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Agente esperança, a primeira saga. Introdução Uma das marcas maiores da minha forma de escrever: É a paixão com que me entrego aos meus trabalhos e a Esperança é uma dessas obras que vieram com pedaços do autor, no princípio ela era um forma crítica de matar e soltar minha violência porém com o tempo acabou ganhando contornos próprios. Eu tenho várias influências na hora de escrever esse trabalho, desde filmes de ação simples até quadrinhos como o Lobo, mas o que difere me de tudo em que me baseio é o fato que tento trazer essas histórias sem remorsos de ser violento num caldeirão e a partir tento moldar toda minha narrativa nessa personagem, num contínuo de dor, morte, agonia e desespero que pode. Se você não gosta de histórias com altas doses de sangue, morte e suspense acredito que deva parar por aqui. Mas caso resolva ler, que faça o até o final e eu tenho a certeza que essa história servirá a você querido ou querida leitor(a) um divertimento puro e simples. Quero agradecer a todos os amigos que gostaram dessa história, não vou entrar em nomes, mas todos que curtem o blog do Paradoxo e me incentivaram são meio que responsáveis por esse trabalho, agradeço a cada um de maneira especial e quero deixar aqui um obrigado muito especial ao amigo: Juan Silva e Lancelott Martins, por deixarem eu usar seus personagens aqui nessa história, espero que vocês gostem do uso que fiz. Como sempre eu termino minhas introduções: Fiquem com Deus, bom dia e boa leitura.

Esperança primeira saga

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A primeira história da Agente vinda do Espaço que com suas aventuras mudou toda a história do nosso universo.

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Page 1: Esperança primeira saga

Agente esperança, a primeira saga.

Introdução

Uma das marcas maiores da minha forma de escrever: É a paixão com queme entrego aos meus trabalhos e a Esperança é uma dessas obras quevieram com pedaços do autor, no princípio ela era um forma crítica dematar e soltar minha violência porém com o tempo acabou ganhando

contornos próprios.

Eu tenho várias influências na hora de escrever esse trabalho, desdefilmes de ação simples até quadrinhos como o Lobo, mas o que difere me

de tudo em que me baseio é o fato que tento trazer essas histórias semremorsos de ser violento num caldeirão e a partir tento moldar toda minha

narrativa nessa personagem, num contínuo de dor, morte, agonia edesespero que pode.

Se você não gosta de histórias com altas doses de sangue, morte esuspense acredito que deva parar por aqui. Mas caso resolva ler, que façao até o final e eu tenho a certeza que essa história servirá a você querido

ou querida leitor(a) um divertimento puro e simples.

Quero agradecer a todos os amigos que gostaram dessa história, não vouentrar em nomes, mas todos que curtem o blog do Paradoxo e me

incentivaram são meio que responsáveis por esse trabalho, agradeço acada um de maneira especial e quero deixar aqui um obrigado muito

especial ao amigo: Juan Silva e Lancelott Martins, por deixarem eu usarseus personagens aqui nessa história, espero que vocês gostem do uso

que fiz.

Como sempre eu termino minhas introduções: Fiquem com Deus, bom diae boa leitura.

Page 2: Esperança primeira saga

Capítulo 1 – a história começa.

Estamos no ano de 1967 para os terrestres, no espaço está ocorrendouma guerra espacial entre planetas próximos ao nosso sistema solar, umconflito de proporções gigantescas que ameaçou destruir boa parte denosso universo por algumas vezes. Armas novas foram inventadas e

muita pesquisa foi feita para melhorar as habilidades dos seres doespaço.

No planeta xhorkan, sede da polícia espacial há trinta e dois anos-luz daterra, na área onde os agentes espiões são criados e treinados vemosuma nova agente recebendo as últimas instruções para sua primeira

missão em campo, seu nome é: esperança. Seu corpo foi totalmente feitoem laboratório para ter um corpo jovem e ágil por toda sua vida, suascélulas não envelhecem e ela foi treinada para ser uma artista marcialcapaz de matar somente usando as mãos, foi dado a ela um aparato

tecnológico que a há tornaria invisível aos olhos de câmeras de segurançamesmo aquelas com capacidade de ver o calor dos corpos.

Ela iria para uma das bases científicas para roubar um compostomutagênico que estava sendo pesquisado e que poderia mudar a guerra

totalmente, partiria junto com o diplomata que estava indo tentar negociara paz como uma de suas seguranças, por isso estava trajando uma roupatotalmente preta com detalhes em preto, além de um par de óculos comrealidade aumentada, capaz de dar a ela plantas de prédios e permitir a

comunicação dela com a base.

Eles partiram e ela recebeu uma transmissão no seu comunicador, naimagem dava para ver o rosto do comandante da polícia secreta lhe dando

a última instrução:

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_ agente esperança, lembre se que quando roubar o dispositivo onde àfórmula esta você deverá se separar da comitiva do diplomata para evitar

qualquer incidente maior.

_ sim senhor! Eu sei que não posso dar margem para os inimigos usaremcomo pretexto para aumentar a guerra e que se eu falhar será melhor que

dê fim a minha vida em vez de trair minha missão.

_ ótimo! É assim que se fala, traga esse projeto daqueles malditos e vocêpoderá ir a campo, várias vezes. Desejo lhe sorte e desligo.

O homem sumiu da tela e ela e ativou um dispositivo de áudio que elatinha implantado na orelha e colocou músicas para escutar e relaxou

numa poltrona dentro de uma das cabines onde viajava isolada do restoda comitiva.

A viagem foi transcorrendo sem incidentes, o embaixador que tentaria apaz, não ficou nada satisfeito com sua presença ali e por muitas vezes

fora hostil com ela, considerando a uma agressão e uma garantia que seutrabalho daria errado naquele planeta para onde iriam, mas não podia

fazer nada a respeito, pois seus superiores queriam a bordo e assim tevede tolerar sua presença no meio de sua equipe, todos entusiasmados

ensaiavam discursos enquanto aquela intrusa ficava somente acessandoa internet para ter mais informações sobre aquele planeta, seu governo eseus habitantes e assim foram se passando os dias até que avistaram o

planeta e foram escoltados até o espaço – porto daquele lugar.

Os diplomatas desceram primeiro e depois de quase trinta minutos, elasaiu já completamente invisível aos radares e passou facilmente pelas

sentinelas, ela foi adentrando por aquele lugar até que ao entrar em umaárea onde o lixo era incinerado ela se depara com um funcionário sozinhoali empurrando sacos e mais sacos de lixo para dentro de um incineradoratômico que queimava as moléculas daquele material e revertia aquilo na

forma de energia para alimentar algumas áreas do lugar.

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Após verificar e perceber que ali não tinha nenhum dispositivo demonitoramento, ela aproveita um momento de distração daquele homem e

o joga dentro do dispositivo, matando o na hora e naquele mesmoinstante o alarme toca e vários soldados aparecem ali naquele local,

enquanto eles verificavam o que aconteceria, ela pega num dos bolsosuma granada com um sonífero altamente potente e veste uma máscara degás e joga aquela bomba que põe rapidamente um total de vinte homens anocaute ali no meio daquela sala, ainda com o efeito do gás acontecendo

ela tira as armas dos soldados e vai arrastando os aos pares rumo aoincinerador atômico e em poucos minutos todos aqueles homens estavam

mortos e ela tinha a mão uma metralhadora a laser e mais setentacartuchos de munição, além de várias granadas de diversos tipos e duas

pistolas capazes de desintegrar átomos dos oficiais que comandavamaquele pequeno grupo de homens movimentado para ali, sabendo quedentro de instantes teria novamente soldados ali naquele recinto ela

deixou diversas granadas térmicas armadas para quando eles entrassemna sala fossem mortos e saiu dali rumo à base ao centro transmissor de

rádio, onde recebiam e enviavam mensagens para sua tropa que lutava noespaço.

Ao ir passando pelas diversas salas sempre protegida pela tecnologia dainvisibilidade ela foi espalhando diversos explosivos, minas e outras

armadilhas para que quando fosse perseguida pudesse sair dali com maisfacilidade. O lugar onde ficava a central de transmissão era protegido porum domo de vidro, onde somente as sentinelas com autorização na retina

podiam entrar e mesmo eles não podiam ir até onde ficava a central derádio onde um grupo de robôs recebia ordens e as repassava pelo planeta

ou entre uma das várias naves que estavam em diversos pontos docosmo.

A antena daquela estação era extremamente poderosa e o alcance da ondagerada era capaz de ser ouvido há mais de cinquenta anos - luz de

distância.

Esgueirando pelas sombras com seu mecanismo de invisibilidade ativadoela foi seguindo uma das sentinelas que acabará de sair dali e num

momento de descuido deste o empurrou, contra a porta de um banheiro,fazendo o cair no chão e antes que ele pudesse se recobrar para ver quemo atacou, num movimento preciso ela caiu em cima dela e lhe escaneou o

olho e com um disparo da pistola, desintegrou ele ao nível molecular,deixando no chão do recinto somente uma pasta de células totalmente

amorfa e mal cheirosa ali no chão do lugar.

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Ela pegou sua arma que quando ele caiu fora lançada de sua mão e assimfoi voltando para a porta e esperou até não haver nenhuma testemunha

dos dois lados do domo e colocou o scanner no próprio olho erapidamente desligou a invisibilidade e colocou se de frente ao aparelho

que verificava a retina.

A porta se abriu e antes que o grupo que vigiava o local se desse conta,uma mulher vestida em trajes de couro saiu de armas em punho e

disparando contra a tropa, em poucos minutos o alarme estava disparadoe logo todas as tropas convergiriam para aquele ponto, ela reativou a

invisibilidade e entrou na sala onde as máquinas já recebiam instruçõespara enviar sobre o ataque que acontecia na sede do planeta. Porém antes

que a transmissão de instruções terminasse as máquinas estavamcompletamente inutilizadas, pois uma granada elétrica fora lançada no

recinto por esperança e todos os computadores estavam inutilizados, poralguns dias.

Ao ter certeza que tudo estaria desativado ela deixou uma bomba relógiocom poder de fogo para devastar todo aquele recinto de vez, saindo peloduto de ventilação rapidamente rumo ao objetivo principal da missão: a

sessão de pesquisas avançadas daquela base.

Enquanto se esgueirava pelos dutos de ventilação os esquemas da baseeram mostrados na lente dos seus óculos e assim passados vinte minutos

ela conseguiu percorrer os trezentos metros que há separavam da partefinal de sua missão, antes de prosseguir ela detonou a bomba na sala detransmissão e o choque da explosão foi tamanho que o túnel começou a

se partir, forçando a sair por cima da sala, onde vários cientistastrabalhavam tranquilamente, pois ali não havia nenhum tipo de alarme,

nem contato externo com o resto da base podendo ser acessado somentepor dois lugares, a porta que ficava a leste e os dutos de ventilação que

era por aonde ela veio.

Caindo do teto, ela surge na frente de um grupo de mais de vinte homenstodos vestidos com trajes de cientista, que se assustam ao ver quantas

armas aquela jovem tinha presas ao corpo, rapidamente ela sacou ametralhadora e disparou naquele grupo de homens deixando somente um

deles vivo, que parecia ser uma espécie de coordenador das pesquisasque estavam sendo feitas ali dentro.

_ eu quero o composto mutagênico. Ela disse e apontou a arma na direçãodo último sobrevivente.

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_ está ali no cofre, ele ainda é experimental, não o leve, pode acabarmorrendo, temos outras pesquisas aqui, leve – as, mas deixe a fórmula

conosco. Ela pode salvar milhares de pessoas, por favor!

_ o que mais vocês teriam aqui que possa me interessar? E apontou aarma para a cabeça dele.

_ ali na prateleira de exposição tem várias armas e o controle para ummini - nave controlada mentalmente que é invisível para qualquer radar.

_obrigada pela ajuda, segurou sua mão para ajudar ele a se levantar eentão disparou na sua cara, abrindo um buraco no crânio tão grande que

quase devastou todo o rosto de uma ponta a outra.

Ela sorriu ao ver o rosto partido do cientista e foi mexendo entre asprateleiras pegando toda tecnologia possível e armazenando numa bolsae saiu da entrada e foi caminhando até encontrar um dispositivo em queeles estavam trabalhando, uma pequena cápsula com propulsores que

estava próximo a um hangar alguns níveis de escadas acima da posiçãoonde inicialmente ela estava que parecia ser a tal nave com tecnologia

contra radares que ele tinha falado.

Ela acoplou a bolsa num compartimento e ligou a nave usando o controle,rapidamente desceu do alto da nave um capacete e uma conexão mentalfoi iniciada, quando o processo terminou, o capacete fora retirado e ela

podia ouvir claramente o que a inteligência artificial daquele veículo falavapor meio de sensores e chips que transformavam a fala da nave em sons

audíveis na mente da jovem.

_ nave aero 546, preparada e carregada senhora, o que deseja? Disse umavoz metálica dentro da cabeça dela.

_ ligue os motores e ative o stealth.

_preciso pedir as coordenadas para poder levantar vôo.

_ dirija o curso para o planeta habitado mais próximo.

_travando sistemas, aumentando os níveis de oxigênio, preparando oreator atômico, sistemas preparados. Curso definido: terra, tempo

estimado de vinte e três anos - luz até o planeta, deseja carregar algumconhecimento por meio da conexão mental?

_ sim desejo carregar todos os conhecimentos relativos a artes marciais.

_ o sistema irá lhe colocar em hibernação para podermos viajar acima dabarreira do som, alguma objeção?

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_ nenhuma, pode iniciar a viagem.

Tão logo ela disse isso, um grupo de soldados acessava a área depesquisas e vinha subindo pelas escadas até o pequeno hangar, mas

chegaram tarde e só puderam ver a nave subindo aos céus com destinoincerto, levando todas as tecnologias mais avançadas deles.

O embaixador e toda a comitiva foram mortos num espetáculo de horror,dias depois e a guerra agora tinha se direcionado para a busca por aquelaladra que tinha devastado vários experimentos e qualquer tentativa de paz

após essa missão sempre esbarrava na entrega dessa agente para asautoridades rebeldes para ser devidamente executada, por ter matado em

duas horas quase trezentos homens da elite deles, porém nenhum doslados sabia onde ela estaria e uma busca começava por toda a galáxia,recompensas foram postas para quem a entregasse, porém passados

quase cem anos desse incidente internacional e nenhum rastro dela foraencontrado...

Capítulo 2. A perseguição começa

A nave caiu na terra no final do ano de 1967, numa pequena fazenda próximoao município de crixás e foi avistada nos céus daquela cidade por vários

moradores e por uma nave de aliens pacifistas que foram atacados por ummorador da região que atingiu um deles na testa, matando o, mas acabou

recebendo um tiro de laser que o matou tempos depois devido a um câncer.Porém enquanto eles voavam de volta ao espaço perceberam as avarias no

casco da nave e acabaram explodindo nos céus, somente por sua curiosidadeem saber o que era aquela nave que virão caindo dos céus rumo ao planeta

terra.

Demorou vinte e três anos – luz antes de eu retornar a ver a luz do dia. Mastudo recomeçou errado, pois o sistema da nave ao cair na terra sofreu váriasavarias e assim transferiu para meu ser não somente os conhecimentos que

eu havia pedido, mas todo um banco de dados sobre lutas com os maisdiversos tipos de armas.

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Além de diversas partes do meu corpo foram alteradas de modo a metornar uma perfeita arma humana, não sei explicar até hoje os detalhes detudo que ocorreu, mas eu me tornei durante esses vinte e três anos presa

naquela nave uma verdadeira máquina de matar.

O sistema em que eu estive mantida durante esse período todo mecolocou em estado catatônico enquanto minha mente ligada ao sistema

aprendia os conhecimentos de modo direto, por meio da inserçãocerebral, porém o volume de dados era muito alto e mesmo meu cérebrosendo feito em laboratório não aguentou aquela carga, então o programa

da nave foi forçado a apagar partes da minha vida, transferindo essasinformações do consciente para o subconsciente e assim naquela manhã

eu acordei sem me lembrar de nada do que havia ocorrido no espaço.

Minhas roupas tinham se quebrado por causa dos efeitos do gás geladoque me manteve inativa por todo esse período e quando eu acordei estavatotalmente nua e meu corpo necessitava urgentemente de algum líquido,assim abri um dos compartimentos onde vi várias tecnologias e tirei de lá

um frasco que continha um líquido incolor que parecia reagir ao meutoque, abri a tampa e ingeri todo o conteúdo e cai no chão da nave

inconsciente, por sorte as portas ainda não tinham sido abertas, pois senão eu teria morrido, pois meus pulmões antes da queda ainda não tinham

voltado a funcionar novamente e assim muito tempo passou enquantomeu dna se fundia ao composto químico, numa união que alteraria toda

minha vida daquele momento em diante.

Não tenho idéia de quanto tempo fiquei inconsciente, só me lembro queacordei com a nave pedindo socorro para mim, por meio de uma conexãocerebral. Um grupo de humanos parecia querer abrir a nave usando suas

primitivas ferramentas e somente uma palavra vinha na minha menteenquanto eu lutava para acordar: escudo, e assim pedi para que a naveativasse os escudos e de algum modo pude sentir um cheiro forte decarne fritando pelo lado de fora do recinto, algo como carne humana

eletrocutada.

Assustada pelo cheiro de queimado do lado de fora, acordei rapidamentee olhei no painel da nave que marcava a data de primeiro de janeiro de

2014, de algum modo eu havia dormido muito tempo enquanto o líquidofazia efeito no meu corpo, no susto que eu tomei acabei desenvolvendo

pela primeira a força dos meus poderes, quando no susto acabeiquebrando o painel tentando entender melhor e assim a nave ficou

impossibilitada de voar.

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Meio assustada, sai dali carregando uma bolsa somente, estavacompletamente nua e abri manualmente a entrada da nave e a visão que

eu tive do lado de fora era aterradora:

Milhares de corpos jaziam ao lado da nave, com suas roupas ainda intactas,pessoas que pareciam ser de diversas épocas, ossos que ainda carregavam

suas roupas e fediam muito. O lugar onde a nave parecia ter pousado era umacaverna com pequena atividade sísmica próximo ao município de crixás num

pequeno monte que mais tarde ficaria conhecido como monte do reino, aprimeira sensação que tive era o frio que parecia entrar em meus poros erapidamente fui subindo por um paredão enquanto ao longe pude sentir

novamente o ar e ouvir um barulho muito alto de máquinas que estavam muitoacima de minha posição, possivelmente minerando algo ali naquela região.

Page 10: Esperança primeira saga

Gastei quase quatro horas na subida e quando dei por mim estava noitealta e minha visão pouco a pouco foi se acostumando a escuridão da

caverna, de lá de cima pude olhar para baixo e percebi que aquela navetinha caído por mais de cinco mil metros de profundidade.

Minhas mãos sangravam, quando pude sentir barulhos mais para ointerior da caverna e movida por alguma curiosidade fui adentrando

naquele recinto sem me dar conta do que estava prestes a presenciar.

Fui andando guiada somente pela minha audição que parecia ter seampliado muito e quando cheguei à entrada da caverna, pude ver uma

cena que me deixou estarrecido: duas crianças estavam amarradasenquanto um grupo de cinco homens montava vigia do lado de fora e uma

mulher conversava num telefone com uma voz zombeteira:

_ eu não quero nem saber! Se o pai das piralhas não pagar, entrego-as emtirinhas para esse velho filho de uma puta.

_ você está duvidando de mim, seu bosta então espera ai que eu voumandar para ele um pedacinho delas, quem sabe a cabeça?

E ficou ameaçando aquelas crianças que não deveriam ter nem dez anosde idade com uma arma para que elas pudessem gritar e depois desligou

o telefone rindo, e saiu para o acampamento do lado de fora.

Fiquei por algum tempo olhando as garotinhas, a mais nova só choravaenquanto a outra parecia ter um corte muito profundo na cabeça e

somente se ouvia gemidos daquele pequeno corpo.

Movida por algum instinto me escondi numa parte mais próxima dacaverna e quando a mulher voltou para novamente ameaçar alguém pelo

telefone, acertei a com uma pedra que estava próxima a minha mão,mirando no rumo da cabeça, porém a força do meu arremesso fora muitomaior do que eu havia planejado e a pedra simplesmente varou o crânio

dela de um lado ao outro e caiu no chão próximo das garotas, fiqueiassustada com minha força, me senti bem por ter feito o que fiz e

rapidamente arrastei o corpo daquela mulher para o escuro da caverna eencontrei na parte de trás de sua calça uma pistola calibre 45.

Munida somente com aquela arma esperei até que seus comparsasviessem à procura dela, eu podia escutar até a respiração deles e quando

o primeiro veio, acertei lhe um tiro na mão que empunhava um fuzil erapidamente a arma caiu ao longe e ele gritou de dor, chamando seus

outros amigos que ao me ver próximo ao corpo do que parecia ser a chefedeles ficaram sem reação por alguns segundos e foi nesse espaço curtode tempo que eu aproveitei para livrar o planeta daquela corja maldita.

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O primeiro eu acertei com um tiro na altura do rim enquanto ele seabaixava para tentar ajudar ao amigo ferido, o disparo o fez cair de dorcom urina saindo por fora do ferimento e rapidamente acabou caindodesacordado. O segundo quando olhou para o rumo onde eu estava e

percebeu tarde demais que minha arma já estava engatilhada e recebeuuma bala que atravessou seu cérebro e ao se instalar na base do seu

crânio, quando a bala se fixou dentro dele, ela explodiu e voaram miolosdele por toda a caverna, me deixando totalmente cheia de pedaços

daquele corpo, o terceiro deles saiu correndo gritando por reforços, masnão teve muito tempo para gritar, eu sai para a entrada da gruta e antesque ele pudesse realizar muitos gritos atingi o com a última bala que eutinha no tambor da arma bem na espinha, deixando na hora tetraplégico,como a saída da caverna era uma estreita trilha encravada no paredão de

rocha, o impacto daquela bala o fez cair da trilha e seu corpo foidespencando até chegar ao fim alguns metros abaixo de onde estávamos.

Logo ouvi dois homens conversando entre si e percebi que não teria maisproblemas, os homens ficaram amedrontados e pela primeira vez soube

da lenda que corria a respeito do lugar onde eu estava:

_ por que ninguém lá de cima responde no rádio?

_ será que a lenda é real?

_ que lenda seu idiota, desembucha logo que papo é esse?

_ meu avô me contou certa vez que nessa montanha mora um espírito quevem matando todos os que tentam perturbar a paz desse lugar.

_ não sei você, eu não vou ficar mais aqui.

_ espera eu vou com você também

E assim as sentinelas, sumiram da minha audição e pude me preocuparcom as meninas que estavam bastante amedrontadas com toda aquela

confusão.

Ao chegar perto delas percebi que a criança que tinha um corte na cabeçajazia perto dos portões da morte e que não adiantava tentar salvar ela,

mas a outra ainda estava viva e bem, porém tinha entrado em estado dechoque emocional por tudo o que havia visto.

Page 12: Esperança primeira saga

Rapidamente peguei a calça e o casaco daquela mulher que eu haviaarrebentado a cabeça e só então me dei conta de que o telefone tinha

ficado ligado durante aquele período todo e que as pessoas com que elaestaria falando deviam já ter entrado em choque, após ter escutado toda

aquela algazarra sem nenhuma resposta.

Peguei o aparelho e tentei discar de volta, mas naquele instante vi doishelicópteros do exército nacional aparecerem no horizonte e no puro

instinto de sobrevivência me escondi com as meninas dentro da caverna epor pouco não explodiram elas, soterrando aquelas pobres inocentes.

Fiquei alguns segundos parada de olhos fechados enquanto ouvia astropas se aglomerando na base da caverna, pensando numa forma de

resolver aquela situação sem ferir aquelas pobres meninas.

Por um descuido meu quase que elas acabam se ferindo, os militares jáchegaram abrindo fogo e eu sem pensar muito parti para cima deles, nopuro instinto e quando dei por mim estava usando um dos corpos comouma espécie de trenó para descer aquela elevação, escutava durante o

trajeto cada osso do corpo se partindo enquanto a descida se acentuavanum declive profundo, até que na base eu atingi uma sentinela que vigiavaum dos jipes no rosto, quebrando toda a sua mandíbula com um só tiro e

pulei para dentro do carro, ligando o e saindo dali rapidamente, aadrenalina no meu corpo estava alta e num relance pensei ter visto umhomem vestindo uma máscara que parecia me olhar profundamente,

passando por mim alguns instantes após eu conseguir sair daquele local.

Tudo parecia novo e sentir o vento nos cabelos pelos buracos de balavindos daquele carro, me parecia uma sensação deliciosa.

Fiquei muito mais preocupada com as meninas que se encontravam tãomal do que com minha própria vida e minha mente ficou inquieta tentandoentender o que poderia ter acontecido durante o apagão que eu sofrera eque só retornará quando estava já em cima daquele homem que usei para

descer.

O que estaria acontecendo com minha mente e por que eu não melembrava de nada naqueles minutos? E por que a figura daquele homemde máscara que tão rapidamente passará por mim, tinha me deixado tão

apreensiva.

Tudo isso passava por minha mente enquanto eu adentrava no cerrado,criando minha própria estrada, seguida por um helicóptero militar que nãome atingia com suas metralhadoras e mísseis por alguma razão que a mim

era desconhecida.

Page 13: Esperança primeira saga

A noite chegou nesse ritmo alucinante e cada vez mais os soldadospareciam estar com o ânimo redobrado, fui avançando em zigue-zague porvários quilômetros mantendo o acelerador sempre acima dos cento e vinte

quilômetros por hora, até que já com a noite alta, avistei uma cidadegrande, um lugar iluminado, uma bela cidade que somente passado

alguns dias viria saber se chamar Goiânia, um lugar onde eu esperavapoder me misturar na multidão que ali deveria ter para poder tentar

escapar, meu corpo já começava a mostrar sinais de cansaço quandoolhei para o lado num momento de sono vi a mesma bolsa que tinharetirado da nave onde tinha acordado naquele dia, atravessei ela nos

ombros como uma proteção e pisei fundo, seguida de perto pelosmilitares que quando perceberam que minha intenção era entrar na cidade

atiraram nos meus pneus tentando me parar, mas eu consegui guiar atéuma barreira policial e acelerei tudo o que podia para cima dos carros dapolícia, com o motor do jipe militar já em chamas pelos tiros que estavamsendo disparados e lancei o carro para cima deles pulando poucos metros

antes da colisão e entrando num ônibus que tentava acelerar assustadono meio de toda a confusão que tinha se formado.

Por sorte não fomos parados, pois ninguém tinha percebido naquelemomento que eu não estava mais no carro, assim segui viagem por

alguns metros até que o cobrador vendo que eu estava bem armada, ao viraté mim querendo que eu pagasse a passagem, quando ele me acordouuma pistola que estava no bolso interno do casaco apareceu e o homempediu pelo amor de deus que eu não o matasse, disse a ele baixinho paranão acordar os passageiros que pareciam dormir profundamente durante

o trajeto, que se o motorista não reduzisse um minuto os dois sairiamvivos para contar aquele momento ele correu no motorista que aumentoua velocidade, sem se importar com a qualidade da estrada e durante todo

o trajeto eu fiquei ameaçando o cobrador com a pistola já quase sembalas até que chegamos a uma cidadezinha e eu fui até o lugar onde ocobrador ficava e lhe perguntei com a arma apontada para sua cabeça.

—qual é o nome dessa cidade?

—Pontalina, moça, não me mate, por – favor! Eu tenho filhos para criar.

—eu vou sair aqui e se algum de vocês dois falar algo sobre essa viagempara as autoridades mesmo que seja uma informação mínima vai morrer

de forma bem violenta e sua filha logo estará sem alguém para chamar depai, eu juro que se me entregarem acho vocês dois até no inferno, seus

malditos!

Page 14: Esperança primeira saga

Era eu que os militares estavam caçando naquela cidade e só nessa noite,matei quase duzentos homens, estão me entendendo? E apontei a arma

para o rumo do motorista que urinou nas calças de medo ao ver otamanho da minha arma.

Em uníssono, os dois concordaram que não falariam e eu fui até o painel eabri a porta, enquanto todos os passageiros esperavam para chegar aooutro lado do estado, desci na cidade de Pontalina, pensando que tinhaescapado, mas, na verdade, meus problemas só estavam começando….

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Capítulo 3 – Uma heroína nasce das escolhas.

Enquanto via o ônibus se afastar tive a certeza que não deveria terdeixado aqueles dois idiotas vivos, mas estava mais preocupada em

comer algo decente e não tinha isso que eles chamavam de dinheiro, fuicaminhando esperando alguma oportunidade, sai daquela construçãoonde o veículo tinha estacionado e após subir algumas escadinhas,

enquanto o ônibus parecia sumir rapidamente dali e sob olhares curiososfui andando pelas ruas, com meu casaco fechado, com os relógios

marcando mais de meia-noite e um frio que parecia cortar até a alma,quando passei em frente a um bar próximo dali e um grupo de homenscomeçou a me seguir, até que um deles tentou puxar minha bolsa e me

derrubar ao chão, porém assim que ele deu o primeiro golpe, recebeu umchute tão forte na região genital que pode se ouvir em alto som sua bacia

se partindo com o impacto.

Eu não tinha calçados e fiquei novamente impressionada com a força quepoderia aplicar em um só golpe. Vendo seu amigo cair ao chão aos berrosde dor os outros homens movidos mais pela bebida do que pela coragem

vieram ao ataque, eram ao todo seis caras fora o que eu já tinhaderrubado no chão, dois deles tentaram prender meus braços, no entantoeu acabei fazendo os bater as cabeças, ao girar meus braços, seu crâniosse esmigalharam com isso e os outros três puxaram facas para tentar meatingir, os dois primeiros tentaram estocar na altura do meu coração e umdos golpes acabou me atingindo, porém em vez de me matar apenas me

deixou mais nervosa e numa sequência de chutes eu levantei um deles dochão com um chute na região genital e assim que o corpo estava caindoao chão, quebrei seu tórax com um muro no rumo do seu coração e pudeouvir nitidamente seu coração se partindo quando viram que morreriam

os outros dois se ajoelharam aos meus pés pedindo para viver.

Page 16: Esperança primeira saga

Por algum motivo que eu não sei explicar mandei que eles se despissemme entregando suas armas, carteira e relógios e que saíssem gritando

bem alto que eram assaltantes e que queriam ser entregues para asautoridades. Eu peguei todos os pertences deles e sai quando há algunspassos à frente, vi uma jovem agonizando somente em roupas íntimas,tendo várias escoriações no corpo todo e respirando bem fracamente,

parecia ter sido tentado estupro contra aquela pobre menina, no entantoela havia defendido sua honra mesmo contra aqueles valentões, fiquei

nervosa novamente e peguei a arma que estava no bolso do casaco, mireinaqueles dois malditos que estavam já há alguma distância e com dois

tiros secos lhes acertei o coração, rapidamente parei um carro que vinhapor uma avenida próxima com um soco na lataria, o motorista saiu do

carro nervoso por ver o amassado que eu havia feito no seu capô,entretanto logo ficou foi assustado quando viu minha arma e a ordem que

eu dei:

—pegue a jovem ali. E apontei para ela e engatilhei a arma, rapidamente orapaz pegou a em seus braços e após outra ordem minha colocou a no

banco do carona, sentando se ao seu lado enquanto eu assumia a direção.

—aonde é o lugar onde tratam pessoas mais próximo daqui? E apontei aarma na cara dele.

—e só seguir por essa rua ali e virar umas quatro esquinas a frente.

Eu segui o destino por ele traçado numa velocidade baixa para que asruas esburacadas não deixassem aquela jovem já tão machucada ainda

pior e durante o trajeto ele se apresentou a mim e veio tentando meperguntar algumas questões:

_ foi você que matou aqueles caras?

_ sim, qual é o problema? Respondi bruscamente.

_ nenhum problema, você apenas acaba de matar uma das gangues queassolam a cidade, molestando meninas que voltam da faculdade a noite

desacompanhadas e praticam pequenos furtos e vandalismos, muitagente ali daquela região provavelmente vai dormir mais tranquila depois

do que você fez.

_ meu nome é Fernando e eu sou professor de história no colégio lá emcima na rua.

_ e daí? Respondi desconfiada, mas feliz em saber que, pelo menos,dessa vez tinha feito algo de bom.

Page 17: Esperança primeira saga

Ele continuou falando, mas ignorei o completamente até que chegamos aohospital e eu deixei minha arma dentro da bolsa e parei o carro e carro,pegando aquela jovem em meus braços, porém os níveis de adrenalina

estavam abaixando e a dor e cansaço, devido ao extremo esforço daqueledia me fizeram quase cair enquanto caminhava com ela na marra rumo ao

socorro.

Os médicos vendo o estado da jovem, logo a colocaram numa maca elevaram na para dentro, enquanto uma enfermeira de mais idade vendo

meu estado trouxe do ambulatório para a cadeira onde eu estava ecomeçou a limpar os ferimentos nas minhas mãos e pés, no estado decansaço em que me encontrava receber aqueles cuidados foram uma

dádiva dos céus e logo que ela limpou os ferimentos e passou neles umremédio bem gelado, eles cicatrizaram de uma maneira espetacular,

deixando aquela pobre senhora atônita e eu envergonhada.

Passados alguns instantes que eu estava ali, um grupo de policiais veioentrando e o mais velho deles, que aparentava ser o líder, veio até a mim eme abraçou, agradecendo por ter salvado a vida da sua neta que há doisdias estava desaparecida, após uma briga com os pais, onde ela acabou

por fugir caindo nas ruas e só agora tinha sido encontrada.

Fiquei sem entender aquilo tudo, afinal esperava ser punida pelas mortesdaqueles homens, mas todos os policiais sem exceção pareciam me

congratular pelo meu gesto com olhares e falas a meu respeito, como seueu tivesse agido muito bem.

Logo aquele homem forte entrou pelo hospital a dentro gritando por quequeria ver sua netinha e fiquei sem entender nada do que havia

acontecido até que um jovem rapazinho que estava ali como ajudante deuma senhora que tinha sido internado com dores me disse:

_ então é você e a mulher que arrebentou a cara do pessoal da gangue dorato foi moça?

_ o que?

_ os rapazes que machucaram a menina, eram de uma gangue conhecidacomo a gangue do rato e ficavam nos bares, enchendo a cara e a noite

saiam para matar, roubar e destruir, o líder deles era ligado comtraficantes e políticos e ninguém aqui fazia nada por medo temer algumas

represálias.

_ de que tipo de represálias está falando?

Page 18: Esperança primeira saga

_ morte de parentes e amigos, dos piores jeitos possíveis, sequestro dosteus entes queridos e um fim doloroso para estes.

_ entendo! E após essa fala tudo parecia fazer sentido na minha cabeça,fiquei algum tempo meditando quando chamei o rapazinho e pedi para ele

uma última informação:

_ E aqueles bandidos? O que aconteceu com eles?

_ Quase todos morreram somente um escapou e vai passar o resto davida atado a cadeira de rodas, pois seus golpes quebraram a coluna em

vários pontos.

O major retorna e vê meu estado e rapidamente pede para que eu o sigaaté um carro da PM e num estilo de dirigir deverás rápido, ele me leva parauma igreja onde um padre bonachão está terminando de realizar a missa

matutina de domingo, numa capela bonita, com uma entrada onde se via osímbolo daquele credo: a cruz. As pessoas saiam felizes dali, todas

demonstrando felicidade no olhar e pude perceber que ali deveria ser algoque trouxesse paz.

O policial foi a minha frente, num passo rápido e direto, dava para escutarcada vez que ele pisava no chão tão forte que se ele estivesse há algunsquilômetros eu saberia e com esse gracejo mental me distrai enquanto

caminhávamos alguns passos, ele foi entrando e vendo que todos já iamdirigiu ao padre um forte abraço e conversaram entre si a meia voz, nãoprestei atenção por estar maravilhada com os belos vitrais que ornavamos vitrais daquela antiga catedral, pinturas magníficas cercadas de um

contexto que eu desconhecia, mas muito me agradavam.

Ele voltou até mim e me apresentou ao padre daquela catedral: senhoritaesse é o padre Cicero neves, ele concordou em lhe dar abrigo nos fundos

da igreja, contanto que você mantenha longe da horta um grupo demarginais que vem vandalizar a casa de deus e abrindo a carteira,

entregou a mim um monte de dinheiro e disse: vá comprar umas roupas eum calçado bom e não se atreva a recusar o dinheiro, não é nem umaparte da recompensa que estávamos oferecendo para termos a nossa

menina de volta e após eu pegar o dinheiro me abraçou e saiu dalirapidamente, o padre sem dizer nenhuma palavra foi me levando pela mão

até o local onde eu passaria a morar por um tempo até ter onde meestabelecer.

Era um barraco nos fundos da igreja, próximo a rua dos fundos, uma casapequena com banheiro e quarto somente, ele me levou até lá e saiu para

resolver seus problemas e assim deixei a bolsa que carrego comigosempre e deitei naquele colchão macio e velho e dormi profundamente.

Page 19: Esperança primeira saga

Capítulo 4. Novas descobertas e o cerco se fecha.

Enquanto os eventos acima descritos ocorriam uma figura misteriosarecebia uma ligação num celular criptografado:

_ olá especialista, tem alguma pista do seu alvo?

_ não, senhor! O motorista do ônibus está internado no hospital comestafa mental e o cobrador sumiu desde aquela viagem.

_ lembre se que você só será pago quando entregar ela em brasília, sepossível for viva, se precisar de auxílio mando mais duas divisões paravocê poder captura – la saiba que essa sua operação está me custando

muito e quanto mais rapidamente você terminar será melhor!

_ sim senhor! Estou saindo daqui de Itumbiara hoje ainda e vou emdireção a capital desse estado, no caminho daqui até lá é onde

provavelmente essa assassina está escondida.

_ certo, fico no aguardo de notícias melhores em breve.

Terminando aquela ligação o homem vestido com a máscara que tantoperturbou nossa heroína ficou ali parado num hotel com vista para o rio,lindo daquela cidade e ficou lembrando como ele havia se metido nisso

tudo, uma semana atrás.

Ele havia sido sequestrado por oito divisões de elite dos fuzileiros elevado para dentro de um destróier da marinha brasileira estacionado

próximo ao rio de janeiro, lá dentro tinha se encontrado com um homemcareca de meia idade, um senhor vestido como árabe, que falava um

português muito rebuscado e puxava constantemente na letra r.

_ O senhor é o especialista, o maior mercenário do mundo?

_ Talvez, quem quer saber? Disse ainda aturdido depois de ser atingidopor vários dardos de sonífero.

_ Eu quero saber e o motivo é simples tenho muito interesse que vocêache para mim uma pessoa e traga a viva para mim.

_ E quem seria?

_ Essa pessoa que caiu na terra e se encontra agora no planalto centraldessa nação. Ela carrega consigo vários itens que muito me interessam e

estou disposto a lhe pagar três milhões de euros para que me traga elaviva.

Page 20: Esperança primeira saga

_ e caso eu me negue a fazer isso!

_ bem, pensei que perguntaria, você deve ter visto que no seu pescoçotem um colar pequeno fixo na sua veia do pescoço, caso você não queira

entrar nessa missão, morre aqui e agora.

_ como você não me deu escolha, eu topo, mas quero total liberdade,equipamentos e quero saber tudo sobre esse tal alvo.

_ você terá tudo isso e mais, e saiu da sala, na mesma hora fui levado atéuma pista de pouso anexa a base da marinha e de lá parti num avião b-52rumo ao planalto central, pelo visto as filhas de um senador da repúblicatinham sido sequestradas por um grupo terrorista e levada para a área

onde meu alvo estava escondido, por isso minha presença se fazianecessária.

O piloto do avião saiu da cabine de comando quando o avião atingiu 6000pés, me entregou um bracelete com a localização do meu alvo uma maleta

cheia de armas e um para quedas e disse que assim que as luzespiscassem, eu pulasse rapidamente e que lá embaixo teria todas as

instruções.

Vesti a roupa, coloquei o bracelete e pude ver o que estava sedesenrolando no local por meio de imagens de satélite, atualizadas a cada

trinta minutos. Os terroristas pareciam ter montado uma espécie deacampamento na base do monte para onde eu me dirigia, a viagem foi

seguindo e eu acompanhei passo a passo as imagens do acampamento epude ver o desenrolar de toda a cena, uma mulher parecia ter matado a

todos e posto para correr as sentinelas na base do monte.

Uma mulher nua apareceu nas fotos manejando uma pistola quarenta ecinco e eu a vi pelas imagens alvejar um dos terroristas por duas vezes e

fiquei impressionado com a frieza que o meu alvo parecia ter.

As luzes se acenderam e seguindo as instruções eu pulei e a adrenalinaliberada no salto aumentou meus sentidos e tudo parecia ficar mais amplo

à medida que eu via no solo uma van preparada para me auxiliar,rapidamente puxei a corda e fui descendo segurando a mala e torcendo

para poder começar logo essa maldita missão e assim pegar a grana e melivrar desse colar.

Ao chegar lá embaixo um homem com óculos profundo veio ao meuencontro e parecia estar nervoso, pois mal esperou eu retirar o

equipamento para me dizer num tom histérico:

Page 21: Esperança primeira saga

_ Duas divisões estão posicionadas, senhor especialista, a moça estaráencurralada em 18 minutos. O seu contratador deseja que ela não seja

presa pelas tropas do exército e manda que você se apresse para capturarela.

_ tudo bem, você tem um veículo preparado para me levar até lá, ouiremos nessa van de passeio?

_ Ali está seu veículo: uma moto com o sistema snud, nas laterais dela,saem mísseis balísticos de curto alcance e fora isso ela conta com umsistema de aceleração que usa a energia da gravidade para impulsionar

você, próximo a velocidade do som.

_ Ótimo, então estarei a caminho, preciso só ver as armas que me deram eparto em cinco minutos.

Abri a maleta e lá dentro tinha uma espécie de bracelete que pelasinstruções embutidas na mensagem aumentava a força do meu braço,além de uma pistola pequena que nas instruções rápidas que li tinha apropriedade de aumentar o campo gravitacional a níveis e um rifle de

plasma muito poderoso que estava calibrado para desabilitar qualquerequipamento que ela viesse a utilizar, toquei em todos os equipamentos e

já sabia como eles funcionavam, fiz o mesmo com a moto e fiqueiimpressionado ao perceber que aquela tecnologia muito provavelmente

não pertenceria a terra.

Armei-me e segui para o alvo, acionei o sistema de velocidade da moto equase sou jogado dela se não tivesse preso pelos pés nas laterais, o

caminho passou em minutos e durante o caminho, por azar cruzei com elajá indo longe num dos carros dos militares.

O problema da moto é que ela segue o alvo programado e somente mudade curso quando termina a primeira rota programada assim eu tive de

chegar até o topo do monte onde a cena era aterradora, vários corpos demilitares estavam espalhados no chão, vários deles sem a cabeça, o chão

estava cheio de estilhaços de bomba e um lança—granadasprovavelmente dos militares tinha sido usado por ela para promover um

verdadeiro massacre, nem mesmo nas guerras que eu já tinha vistoanteriormente algo daquelas proporções não era comum e entre lamentospude ver que somente um dos militares estava vivo, mas agonizava, pois a

parte inferior do seu corpo estava toda esmagada, aproveitando queaquele homem ainda estava vivo, fui até ele e lhe perguntei o que havia

ocorrido ali, ele nos seus últimos suspiros disse:

Page 22: Esperança primeira saga

_ ela é um demônio, as balas não podem atravessa – la dizimou mais dequatro divisões e usou o corpo do general como prancha para descer até

lá embaixo.

Agradeci pela informação e o matei com um soco no rosto que devastou orestante de sua energia, tive piedade e acabei assim com seu sofrimento.

Sai da moto e fui verificar a caverna, tendo a certeza que ela não irialonge, a cena lá dentro era aterradora, duas meninas estavam ali quasemortas em completo choque pelo que tinha acontecido, liguei para meu

contratador do sistema de comunicação da moto e ele me permitiu salvaras meninas e assim eu peguei as garotas e coloquei as na lateral da moto,

onde havia o espaço para carregar armas e travei bem as duas naquelaposição, levando as até a cidade de Crixás para que fossem tratadas

decentemente, todos na cidade ficaram impressionados ao me ver e ocomando para lidar com a crise, instalado próximo a cidade, procurousaber quem eu era, mas na mesma hora receberam uma ligação que

mandou os me liberar de qualquer identificação.

O sistema de localização por satélite me avisou que ela prosseguia rumo àcapital, zigue-zagando por toda a rodovia, desviando por pequenas rotas,

enquanto os helicópteros do exército e assim ativei o sistema deaceleração da moto e sai seguindo pela rodovia de maneira retaesperando capturar ela usando minha arma de longa distância.

Não podia me aproximar, para não chamar a atenção dos militares, porisso usei uma das funções da moto que me permitiu ficar invisível tanto a

olho nu quanto aos radares enquanto sobrevoava a pista seguindo emaltíssima velocidade.

Em menos de uma hora reencontrei com o carro dela e diminui minhamarcha, preparei para atirar, mas depois avaliei melhor a situação e decidi

deixar a situação naquele momento ao alcance dos militares, esperavaque a noite o ânimo dos homens do exército diminuísse, mas esqueci oquanto eles se irritam ao verem algum dos seus morrer, ainda mais no

caso dela que tinha matado quase duzentos homens deles.

A perseguição se tornou fechada e em todos os pontos da rodovia,homens da polícia, exército e aeronáutica atacavam na com tudo o que

tinham e como por milagre ela conseguia desviar, não posso dizer omesmo das vítimas inocentes que apenas estavam no lugar errado nahora errada e durante o caminho vi vários carros reduzidos a cinzas

causando um rastro de sangue e fogo durante aquela busca.

Page 23: Esperança primeira saga

A noite se aproximou e o carro parecia pegar fogo, quando ela chegou aoperímetro urbano de Goiânia e ela numa ação ousada jogou o carro paracima da barreira policial e provavelmente alguma granada que havia ali

dentro causou um cogumelo de fogo de grandes proporções e uma nuvemde fumaça e desde então perdi a pista dela em meio a toda confusão que

se seguiu, mas sei que nessa viagem de volta à capital, retomarei suapista e assim poder levar ela para aquele homem e curtir meu dinheiro.

Page 24: Esperança primeira saga

Capítulo 5 – Um fim se aproxima.

No outro dia tudo o que eu queria era ver o que tinha naquela bolsa eretirei cada um dos itens que ali estavam e o que pude ver me deixou sem

palavras, lá dentro estava à seguinte lista de objetos:

Uma pulseira cheia de números, tal como uma calculadora.

Um bracelete com três pedras azuis incrustadas nele.

Uma espécie de gosma espacial que parecia estar viva, dentro de um tubode ensaio.

Minha pistola calibre 45, colocada num bolso do lado de fora.

Um fone com prendedor para encaixar no ouvido.

Um par de óculos e um relógio de pulso feito de um metal que parecia seamoldar ao toque.

Fiquei analisando aqueles itens e peguei o relógio e o bracelete e oscoloquei em meus braços, um de cada lado e no mesmo instante entrei noque mais tarde viria saber se a dimensão da realidade aumentada, onde eupodia estar em contato com quase tudo, tendo a percepção quase igual à

de um satélite que paira nos céus da terra.

Meu corpo e minha mente se separaram e naquele mesmo instante umavoz na minha mente disse em tom bem claro:

—o que você deseja esperança? Aqui é o sistema de inteligência da nave,aguardando instruções?

_ Eu quero saber quem sou eu?

_ Protocolo de busca nas suas memórias iniciado….

_ Lamento, mas a única referência que temos a isso na sua mente e nonosso banco de dados disponível está nesse vídeo.

Ele me mostrou uma imagem contendo eu numa ação frenética, invadindouma base militar e destruindo vários homens, jogando os em um

incinerador ou algo do tipo, no entanto não me lembrava de nada daquiloe não sabia que minhas habilidades com armas eram tão poderosas.

Fiquei horrorizada ao mesmo tempo feliz, por começar a saber quem euera, mal sabia que as vezes o conhecimento é uma benção

Page 25: Esperança primeira saga

Pois naquele mesmo instante uma transmissão conseguiu captar a ondamagnética gerada pelo pulso daquele scan que minha cabeça tinha

sofrido e antes de terminar, pude ver um homenzinho bem pequeno, coma cabeça deformada, vestindo uma coroa real e ele disse:

_ Até que enfim te encontramos sua ladra maldita, por sua causa hoje vivoa vagar pilhando o espaço, mas isso logo vai passar, quando eu te

destruir e recuperar meu soro, tudo vai mudar e meu exército vai varrertodos os mundos habitados, começando por esse planetinha lixo onde

você está!

A transmissão terminou e eu pude ouvir novamente a voz na minha mentecabeça:

_ Senhora, os meus criadores estão se dirigindo para a terra, elestomaram o curso do planeta e em quatro dias terrestres, estarão aqui.

_ Quem são seus criadores, fale logo!

_ Fui criado no laboratório de em y7 a base maior dos rebeldes no espaçoe meu objetivo era criar seres sem sentimentos e mentalmente

controlados a distância para as ordens de Xkuir o terrível, mas a primeirapessoa que acessou meus circuitos foi você e quando eu absorvi suas

memórias acabei ganhando consciência e transcendendo minha própriaprogramação.

_ Aviso: uma arma está para ser disparado visando destruir seu corpo.

_O que! Me mande de volta para o meu corpo e me faça um favor: tentaachar alguém com capacidade para nós ajudar a deter essa tal frota que

está vindo nos matar!

_ Ouço e obedeço! Senhora! Seus sentidos foram ampliados e durantesua estadia na dimensão exo-mental se passaram dez horas.

_ Como? Dez horas? E o que ocorreu com meu corpo nesse período?

_ A senhora saiu para fazer compras mais a mulher do prefeito, foiconvidada para um jantar de gala e nesse exato momento está se

dirigindo para o palco onde um atirador planeja acabar com você e duasequipes de assalto estão invadindo o prédio.

_ Me manda de volta então!

_ Sim estou carregando sua mente nos circuitos do seu corpo e fazendoalgumas melhorias temporárias, seus sentidos estarão aguçados ao

extremo para que possa impedir sua morte, tome cuidado!

Page 26: Esperança primeira saga

E ao terminar de dizer essas palavras ele terminou de me mandar de voltae a cena que eu me vi fora no mínimo lamentável, eu estava num vestidovermelho quase transparente, usando sapatos de salto apertadíssimos,com uma bolsa de madame curta nas mãos, ainda bem que ainda estava

com o relógio e o bracelete mas ao ir para um palco improvisado receber achave da cidade, pude notar que as mãos do prefeito tremiam e ele

parecia ter medo de mim.

Olhei ao redor e por uma das janelas eu vi o homem da máscara queparecia carregar algo grande nos ombros, quando escutei o barulho deum míssil sendo disparado, rapidamente gritei para que todos saíssem

dali, mas no mesmo instante, um helicóptero metralhou a porta lateral dolugar e todos ficaram ali presos, até que ele me acertou no peito.

O choque da explosão não me matou, por que do bracelete saiu uma luzazulada que rapidamente fechou as queimaduras, porém minha pele que

sempre fora bem clara até onde eu me lembrava naquele momento,assumiu um tom de vermelho rubro, porém eu estava no meio de algunscurrais, pois havia sido lançada bem longe pelo impacto daquela arma.

Novamente estava nua, porém dessa vez não eram poucos homens e elesestavam armados, todavia a questão maior era: por que estavam atrás de

mim?

Sem pensar muito em respostas, fui até dentro do espaço onde estavaacontecendo aquilo tudo, mas a cena era aterradora demais para se ver:

todas as pessoas tinham sido arrastadas para fora e seus corpos estavamem chamas bem na entrada, somente o major tinha sido deixado com vida

para me dizer a mensagem que eles queriam:

_ Venha nos encontrar se não quiser que cinco inocentes criancinhasmorram em duas horas!

Sai correndo dali, dirigindo o único carro que ainda estava inteiro,provavelmente estava rastreado, mas eu nem me importei com mais nada,

voltei a igreja pelos fundos, vesti umas roupas que estavam dentro deuma sacola e peguei todos os itens daquela bolsa que eu tinha guardadoembaixo do assoalho e os vesti no meu corpo e coloquei a 45 atrás do

meu short, quando libertei a gosma ela pregou no meu cabelo e no mesmoinstante minha pele que ainda estava vermelha voltou ao seu tom natural.

Page 27: Esperança primeira saga

Sai da igreja, calçada com um par de chinelos e vestindo um short velho euma camisa de banda sem mangas, entrei no mesmo carro com o qual

tinha chegado ali e dirigi ao encontro dos canalhas que tinham feito tudoaquilo, sem pensar muito, sem sobreviventes e sem nenhuma lei, eu

queria somente matar naquele momento e para ser sincera: A idéia deencontrar aqueles homens e corta – los em pedaços era tentadora demais.

O terreno era próximo a um bordel na saída da cidade, uma antiga pista depouso e de longe com meus sentidos aguçados pude perceber que ascrianças estavam num antigo galpão expostas bem no meio de tudo

aquilo e mesmo estando a quase trezentos metros do local, eu vi todos ossoldados que estavam ali prontos para me matar assim que eu me

aproximasse, pensei bem forte, acreditando que assim ativaria aquele talcircuito que vivia me chamando de senhora!

_ Preciso de ajuda! Acorda circuito, me dá um levantamento total dessamaldita enrascada que eu estou.

Passados alguns instantes a voz na minha cabeça disse: - É uma honra lhe ajudar senhora! Segundos a imagem captada por meusatélite, a senhora está a quatrocentos metros do alvo onde as criançasestão sendo mantidas, porém atrás da senhora, no bordel estão mais de

mil homens esperando para lhe atacar assim que você sair da suaposição.

_ Ótimo e como saio dessa enrascada?

_ Processando pergunta, aguarde.

_ A melhor saída é apertar 11347 na pulseira e atacar eles.

_ o que acontece se eu fizer isso?

_ A senhora estará preparada para um ataque massivo e suportará atémesmo a mais avançada tecnologia desse planeta: um míssil atômico!

_ Ótimo obrigado pelo apoio então vamos ver o que essa pulseira faz...

Capítulo 6 – Uma armadilha se fecha mas acaba mal.

Enquanto isso dentro do motel.

Page 28: Esperança primeira saga

_ eu consegui, trouxe a para uma armadilha perfeita!

E naquele momento de triunfo, onde nada parecia dar errado ele seregozijou com a idéia de que em poucas horas poderia ver se livre de todoaquele problema e pensar que tudo havia começado com uma parada doônibus na rodoviária para descansar a noite e uma notícia num jornal decirculação local, mostrando a foto dela como heroína e dizendo que ela

estaria no parque de exposições para receber a chave da cidade.

Tudo estava fácil demais e eu resolvi ficar ali para impedir uma nova fugae liguei para o chefe que rapidamente prontificou a mim duas tropas de

soldados cada qual com mil homens, que chegariam daqui a trintaminutos, numa fazenda próxima ao local que eu havia lhe dito que elaestaria e montamos a primeira armadilha, para lhe deixar zangada, osrapazes queriam acabar com ela ali, mas eu resolvi mudar de tática e

deixei um dos atingidos vivos para levar a ela minha mensagem: a partedas crianças era uma mentira e aquelas criaturas eram macacos vestidos

como crianças, não entendi o por que mas segui as ordens do chefe,fiquei ali dentro do motel, com todas as vadias presas num quarto

esperando os sentinelas localizados em cima da caixa de água avisaremque ela já estava a caminho e no ponto certo as minas dariam o tempo

necessário para que nós saíssemos e disparássemos mais de duzentosdardos por segundos numa metralhadora adaptada para esse fim, fora olança – chamas que eu tinha comigo que usaria para sobrevoar aquela

área toda e queimar ela com uma chama feita a base de hidrogênio e umcomposto gel que gruda no corpo e causa queimadura continua,

acabando com a vida dela caso fosse necessário.

As horas passavam e tudo estava planejado era só esperar a doce heroínada cidadezinha, vir salvar as criancinhas e ir curtir minhas férias em

Aruba, longe de todos aqueles problemas.

_ Afonso, Henrique, na escuta?

_ Sim senhor!

_ nenhum sinal do alvo?

_ não senhor! Temos somente a visão de um carro parado há trezentosmetros de sua posição, as portas estão abertas e não tem ninguém por

perto.

_ André, Salles, venham aqui!

Os dois soldados que estavam ali comendo algo, param e vão em direçãoao chefe: – o que deseja senhor?

Page 29: Esperança primeira saga

_ leve cem homens para perto desse carro e me passem um relatório emquinze minutos.

_ sim senhor, e saíram juntando uma tropa para atacar qualquer ameaça,armados com poucas armas esses homens eram somente para busca derespostas, mas não estavam preparados para aquilo que iriam ver em sua

frente e nem no quanto o conhecimento disso poderia ser mortalmenteperigoso.

No carro parado na pista tudo corria diferente com a jovem...

(Esperança)

_ digitei o código e no mesmo instante meu corpo cresceu me deixandocom dois metros e uma grossa camada de pelos alaranjados saltou do

nada, rasgando novamente minhas roupas e me deixando com umaaparência igual à de um tigre humanóide, cai no chão e quando olhei meurosto contra uma poça de água eu estava totalmente felina, pois no lugaronde antes havia um rosto tinha se mudado para uma face animal que me

deixou diferente, quase como um lobisomem das lendas antigas.

Quando me levantei duas armas apareceram nas minhas patas que eramgigantescas, tal como as pistolas que pareciam ter quase noventa

centímetros de comprimento e vinte centímetros de largura carregadascom o que parecia ser uma espécie de energia roxa bem escura.

Não lembro como foi essa transformação, parecia somente que minhaconsciência parecia menor enquanto meus sentidos se alargaram

bastante. Eu fiquei parada ali um pouco enquanto me acostumava comaquela nova realidade, até que um grupo de soldados chegou próximo a

mim, num carro parado na pista que eu não lembrava ser meu.

Rapidamente algo dentro de mim entrou em ebulição e mal percebiquando disparei dois tiros na direção do carro, explodindo o e lançandouma bola de fogo envolta dos homens que estavam próximos ao local,uma parte foi bastante atingida pelas chamas e os gritos dos homens

queimando era ampliado nos meus ouvidos e podia quase sentir aquelesgemidos de dor e algo dentro de mim ficou feliz por aquilo, um instinto

brutal que dominou minha mente e travou meus sentimentos.

Page 30: Esperança primeira saga

Os soldados depois do choque vieram em formação de ataque em formade uma ponta de flecha tentando me cercar, mas antes que eles

disparassem em dei um salto bem alto e atingi o líder do pelotão nacabeça e os demais foram caindo a cada movimento meu, parecia que

meu corpo sabia a hora de desviar das balas e os soldados eram lentosdemais para meus reflexos aprimorados e assim pude acabar com toda atropa em poucos minutos e no rádio de um dos cadáveres uma voz pediapara saber o que estava acontecendo e eu disparei naquele aparelho e sai

à procura de mais pessoas para eu matar, na minha mente tudo pareciaconvergir para isso e os meus passos se dirigiam ao motel, era hora de

acertar as contas e alguém pagará!

Capítulo 7 – Fim do jogo.

(Esperança) minha mente naquele momento não era mais do que umemaranhado de sentidos extremamente aguçados que pareciam fluir para

um único ponto, tudo em mim queria matança, o código que aperteinaquela pulseira retirou minhas capacidades mentais e o que eu consigolembrar daquele dia são pequenos flash de respingos de sangue caindono meu corpo todo e a felicidade que parecia emanar pelos meus poros,

como se matar fosse algo totalmente natural para mim, lembrar disso hojedepois de tanto tempo é algo complicado e um enigma mesmo para meu

atual estágio evolutivo.

(especialista) dentro do bordel, o especialista gritava comandos e ordens paraseus homens preparando algum esquema de defesa para aquela nova ameaça,mas não deu tempo de entrarem em formação pois uma fera gigantesca comduas pistolas energéticas nas mãos. Sem entender nada do que se passava olíder dos esquadrões tinha a certeza de uma coisa: aquela fera não estava nos

seus planos entretanto agora era preciso lidar com aquela fera.

Movendo se em alta velocidade, chegou até a bazuca e lembrou se com culpado que fora forçado a fazer por seu empregador e pôs a arma nos ombros com

certo remorso pelos seus atos passados, numa crise de consciência quenunca antes tinha acontecido com ele. Essa crise de culpa, passou logoquando ele viu a fera que subia para a casa principal, estraçalhando nos

dentes um coração humano ainda pulsando, provavelmente de algum dos queele havia mandado checar lá fora.

Ao ver aquilo pelo ajuste da mira, ele travou a arma na assinatura de calor dobicho e vendo que seus homens já tinham evacuado o prédio para posições

próximas, disparou a arma.

Page 31: Esperança primeira saga

Um dos espetáculos mais brutais de uma guerra em geral é o fogo causadopelas explosões das bombas e incêndios nas cidades atingidas por essa

catástrofe. A bola de fogo causada pela explosão da munição que ainda estavaali dentro foi suficiente para levantar uma chama que subiu quase há 100

metros de altura.

Era o inferno na terra, nada escaparia daquilo, pensou o especialista, mas aocontatar os homens que estavam cercando a área percebeu que dois deles não

respondiam e soube que a fera tinha escapado da zona de explosão ou tinhauma capacidade regenerativa alta. Os homens saiam de suas posições

enquanto ele via todo o plano ir por água abaixo e de acordo com os gritosdecidia para onde ir, tudo estava acabado quando um fato inesperado, o major

que até então era só um idiota útil que tinha feito tudo de acordo com osplanos do especialista chega na cena do massacre que aquela besta estavafazendo aos homens que não conseguiam correr de suas presas e armas,

junto a outros homens da lei, munidos de rifles estranhos para simplespoliciais comuns do interior de um pequeno estado, aquelas eram armas de

grosso calibre, com tecnologia bem avançada para a terra pelo menos...

Aqueles homens, juntamente aos que haviam sobrado das forças especiais,cercaram a fera e os recém – chegados começaram a disparar suas armas. A

fera parecia sentir profundamente cada golpe e pouco a pouco ia caindo frentea seus novos oponentes e diminuía a cada golpe voltando a forma humana.

Meus homens estavam próximos e excitados pela vitória depois tantas baixasnem perceberam que vindo dos céus um objeto de forma ovalar – cônica

descia pouco a pouco rumo ao solo.

Se deram conta tarde demais e no puro instinto de sobrevivência tentaramsalvar suas pobres vidas, atiraram para o alto mas essa ação lhes custou avida e agora eu contava somente com os homens na torre do plano original,caso eles não tivessem fugido covardemente ao ver toda aquela cena, algo

que caso fizessem eu não os reprovaria de modo algum, pois vendo pela mirada minha arma o que ocorrerá aqueles homens sai correndo e atrás de mim,vieram quatro soldados, enquanto os outros dois ficavam parados próximo a

moça, já totalmente amordaçada, amarrada e acorrentada.

Os lasers voavam por todos os lados e eu no ímpeto de fugir dali o maisrapidamente possível, entrei dentro de uma fábrica desativada. Estavam atrás

de mim aqueles homens, mas pouco a pouco eles pareciam abandonar a formahumana, se tornando criaturas em formato de gel, com manchas negras portodo o corpo e suas armas pareciam aderir ao corpo e agora eles atiravamcontra mim somente apontando os braços na direção para onde eu fugia.

Page 32: Esperança primeira saga

Meu coração estava acelerado e minha mente trabalhava mais rápido, aquelasituação era um lance de vida ou morte e se eu perdesse pagaria caro pelo

meu erro...

(esperança) eu acordei sem ter a mínima idéia de onde estava, não sabia o quetinha acontecido e por que de dentro da nave estava saindo um ser

gigantesco, com altura aproximada de um prédio de cinquenta andares e umaaparência assustadora, cheia de marcas, cicatrizes e manchas no corpo que

era como o de um lagarto, porém não era o corpo que dava medo, mas o olharque causava quase repulsa automática, olhar nele nos olhos fazia mesmo ao

mais valente tremer no mais puro e simples estágio de pânico. A criaturaestava cercado por outras criaturas iguais as que estavam me vigiando e

pouco a pouco foi reduzindo seu tamanho e se aproximando de mim, algo naminha estava avisando que aquilo representava perigo, um instinto de

sobrevivência forte. Mas meu corpo parecia paralisado, mal conseguia moverminhas pernas e ficar em pé naquele estado era praticamente impossível.

O monstro quando chegou perto de mim estava num tamanho normal e pareciamuito com um homem normal, usava um turbante e uma túnica árabe e parecia

tomar extremo cuidado para proteger seus olhos do sol que já estava sepondo.

_ até que enfim, lhe peguei sua maldita! Você me fez perder a guerra e todomeu império, mas jurei antes de morrer ou ser capturado, fazer você morrer

das piores formas possíveis. A criatura parecia feliz em me ver e mandou seushomens me erguerem e num gesto intempestivo me deu um murro no

estômago que me fez vomitar uma gosma incolor que parecia viva e tentavavoltar para meu rumo.

Fiquei em choque ao perceber no que aquilo tinha se tornado e mais aindaquando soube que a gosma podia ser controlada pela minha mente, porém não

fora somente eu que havia percebido aquilo e rapidamente atirou em mim,causando novamente uma certa confusão nervosa e fazendo com que eu

perdesse o controle daquela gosma.

Passou algum tempo sem que eu conseguisse pensar direito, vendo somentealguns flashes passavam rápido pela minha mente, quando eu voltei a mim

estava novamente no espaço, vendo a terra de longe e sem entender nada viuma cena que me deixou sem palavras.

(Especialista)

Tudo ficou confuso conforme o tempo fora passando e aquelas criaturaspareciam ter abandonado sua busca. Pude sair da fábrica abandonada e a

cena que vi fora aterradora, pessoas eram levadas para dentro de uma naveque parecia se com um galpão.

Page 33: Esperança primeira saga

Suas mãos estavam atadas e provavelmente seriam escravas no espaço, corricomo um louco até onde os cadáveres insepultos de meus homens ainda

estavam e peguei uma de suas armas e atirei na criatura que fazia o perímetrona região, mirando bem para atingir o coração daquele monstro e a idéia deucerto, pois no mesmo instante uma pequena explosão aconteceu e no lugaronde estava a criatura só ficou a arma que ele usava e uma gosma escura

como petróleo, os outros ficaram atônitos frente aquela cena, masrapidamente começaram a se recuperar e vieram em minha direção, no entantoeu me aproveitei da vantagem e consegui correndo numa velocidade extrema

pegar a arma do morto e ao toca – la.

Rapidamente descobri como era aquela tecnologia e entendi que a arma erauma extensão do braço daqueles vermes e seus comandos eram feitosmentalmente, quando eu dominei toda a tecnologia daquilo em alguns

segundos a arma se tornou uma gosma e penetrou dentro do meu braço queno mesmo instante cresceu de tamanho e na palma da minha mão surgiu uma

espécie de cano daquela arma e rapidamente atingi em quatro golpes ossentinelas que estavam embarcando a população humana dentro da nave, masos outros lá dentro estavam saindo as centenas para tentar me deter, eu tinha

feito o mesmo processo no outro braço e agora estava com duas armas enovamente fui correndo para dentro da nave deles e enquanto lutava contra

eles usando minhas habilidades para desviar dos tiros consegui fazer com queum deles atingisse o painel que fechava a porta e assim o compartimento se

fechou e somente eu e umas quinhentas pessoas eramos os únicos humanosdentro daquela nave.

O comando de fechar as portas era a ordem para voltarmos ao espaço erapidamente a nave iniciou a subida rumo aos céus e a luta prosseguia forte,

quando eu acabei sendo cercado no deck principal onde os escravos estavamsendo mantidos e quando pensava que ali acabaria minha aventura para tentar

salvar aquelas pessoas elas começaram a atacar os seus captores, muitosmorreram no processo, mas a maioria conseguiu desviar a atenção deles e euconsegui voltar a matar até que sobraram somente alguns poucos sentinelasque rapidamente se evadiram para o andar superior, entre mortos e feridoscontabilizei rapidamente um número próximo a duzentas e vinte pessoas

mortas.

_ melhor morrer defendendo a liberdade do que viver escravo dessascriaturas, cada um em condições pegue as armas deles e ativem nas em seusbraços, ou usem as como tacapes e vamos tomar o controle dessa nave! Pelaliberdade! Todos responderam ao meu discurso e até as crianças que tinham

sido forçadas a embarcar pegaram pequenos pedaços de ferro e forammarchando rumo a sala de controle para morrermos lutando juntos ou nos

tornarmos uma massa de cadáveres no piso daquela nave.

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(Esperança)

Eu estava numa sala repleta de pessoas vindas de todas as partes do mundoque eram mantidas em uma espécie de casulo e com a energia dos seus

corpos alimentavam uma espécie de portal que parecia crescer de tamanho acada minuto.

Mais pessoas eram trazidas para os casulos que aumentavam de tamanho namesma proporção que o portal. Crianças, velhos, mulheres e homens todos

eram levados nus para dentro daquelas câmaras para se tornarem pilhashumanas, pouco a pouco a raiva foi tomando conta de mim e pude perceber

que eu estava numa cruz erguida a quinze metros de altura e que estava sendomantida viva somente para poder ver o portal ser aberto.

Um baixinho alienígena veio até a mim subindo por um elevador paralelo aolugar onde me encontrava e perguntou se eu estava feliz sabendo que graças a

mim aqueles humanos estariam mortos em algumas horas assim como todoseu sistema solar.

O tom da voz numa felicidade zombeteira me fez ficar tão irada que minhaforça retornou pelo menos parcialmente e eu consegui me libertar das

correntes que prendiam minhas mãos naquela plataforma e peguei aquelacriaturinha e lancei a uma longa distância.

De algum modo quando eu lancei aquele monstrinho, atingi um dos cabos quelevavam a energia dos casulos para o portal e este ao se soltar atingiu a mim e

causou um curto – circuito nos meus equipamentos.

Diversas criaturas passavam pelos meus olhos e pareciam criar vida diante demim, tentei parar o processo digitando alguns números, mas isso parecia fazer

com que as criaturas se multiplicassem até que num impulso eu apertei onúmero um no painel e no instante de minhas costas começaram a crescerasas e meu corpo foi crescendo de tamanho, arrebentando as correias que

ainda prendiam meus pés e quando eu terminei meu peso e altura eram tantosque fizeram a nave mãe desequilibrar se arrebentando os outros cabos quealimentavam o portal me acertaram em cheio, mas dessa vez o que aquilo

causou fora somente um pequeno desconforto, as pessoas estavam salvas demorrerem como pilhas mas agora tinham de se defender de mim, que na forma

como estava via a tudo e a todos como potenciais inimigos.

Eu não sabia mais quem eu era, só tinha fome de destruição e tudo estava nomeu caminho!

(Especialista)

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Assumir a torre de comando não fora tão difícil, pois somente poucossoldados tinham sobrado e eu agora liderava um pequeno exército.

Depois de matar todas aquelas criaturas, assumi a posição de piloto e ao tocaros painéis demorei somente alguns instantes para dominar aquele veículo

espacial e rapidamente desviei da rota automática e passei a virar o curso paravoltarmos a Terra, porém as outras naves que estavam seguindo o mesmo

curso passaram a me seguir e eu tive de manobrar rapidamente para não seratingido e decidi me preparar para contra – atacar, eu tinha três naves

pequenas preparadas para me atacar, além das baterias espaciais postadas noalto da principal nave que estavam travando na minha posição canhões com

potência para furar o núcleo de uma estrela, rapidamente fiz um giro completono ar e usando os disparos de uma das naves consegui destruir outras duas,

naquele momento isso me deixou extremamente feliz, somente anos maistarde vim a saber que ali dentro estavam mais de quinhentas mil pessoas

sequestradas na Europa ocidental, a cada nova manobra eu conseguia desviarpor milímetros de segundo da destruição fatal, até que todas as naves

perseguidoras foram abatidas e eu tentando proteger a mim e aos que estavamna minha nave fui responsável por matar quase três milhões de pessoas, umcrime que ainda hoje me dói muito, mas ali naquele momento tudo o que eu

queria era sobreviver e tudo pareceu conspirar a meu favor, quando umagrande explosão pareceu ocorrer dentro da nave e fez um buraco no teto de

onde várias bestas começaram a atacar os artilheiros que operavam oscanhões, lagartos, tigres, leões e outras criaturas humanóides surgiam dafenda e rapidamente voltavam a sair com destino a Terra muitas naves masdessa vez, carregadas de seres modificados que partiam rumo a um novo

planeta, entrei na nave com meus soldados disposto a salvar alguém econforme avançamos tudo que parecia estar ali eram morte e destruição,

rapidamente dei a ordem para os outros que estavam comigo naquela missãode busca saíssem dali.

Eles sairão com alguma dificuldade dali, pois não dominavam tanto atecnologia da nave, mas logo estavam cruzando os céus rumo a salvaçãoenquanto eu adentrava no antro da besta em busca de vingança, minha

máscara por sorte filtrava o ar, pois assim que aquelas pessoas saíram osistema de ventilação parou e somente o cheiro da morte tinha ficado ali

naquele local, criaturas gosmentas corriam tentando refazer suas formaçõesenquanto diversos seres alterados vinham de todas as direções buscando

exterminar elas.

Tudo parecia um cenário caótico e os furos no casco daquela nave eram fataise logo ela explodiria com todo mundo lá dentro, eu só estava ali para me

vingar do meu empregador que provavelmente também ali estava, não tinhamais medo da coleira bomba pois um dos tiros que me atingiu raspou no meu

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pescoço e ela agora estava na minha mão feita em pedaços e quando a toqueipercebi toda a armação que tinha sido feita, pois ali dentro daquele pedaço de

metal só havia um localizador e nada mais, ele me fez matar pessoas atoa eisso eu não perdoava.

Tudo correu sem maiores incidentes, matei várias criaturas e não fui atingido,apesar que alguns tiros que eu levei de raspão durante minhas batalhasanteriores pareciam criar vida, tamanha a dor que eu estava sentindo.

Cada passo meu era uma tortura forte, até que cheguei na área principal e vi oárabe que tinha me sequestrado no alto de uma torre de comando, enquanto

de uma espécie de casulo saiam milhares de criaturas alteradas e iam deencontro aos soldados gosmentos que matavam muitos deles mas acabavam

sendo exterminados e vinham mais outros do interior da nave.

Um portal no centro de tudo estava parcialmente destruído e do seu núcleouma pequena esfera pairava no ar, suspensa por magnetismo e do seu interior

pulsavam raios para todos os lados que mudavam toda a realidade ao seuredor, tudo que aquela energia atingia mudava de forma e assim eu comecei asubir para a torre onde aquele ser que tinha me forçado a iniciar essa busca

estava, para buscar meu dinheiro e a cabeça daquele verme.

(Esperança)

Tudo parecia confuso na minha mente, era como se devido ao curto nosequipamentos que aquele fio de energia tinha me dado, parecia que eu não eramais quem comandava os movimentos do meu corpo, tudo estava estranho eminha visão parecia estar expandida, os meus pulmões queimavam como se

eu tivesse respirando fogo e ao ver uma criança tigre que eu esmagaria se nãome controlasse e novamente voltasse a forma humana.

Fui diminuindo de tamanho mas as asas não sumiram e minha pele agoraparecia com uma escama de cobra, ainda da mesma cor porém mais fina e

quebradiça, o bebê que antes era um humano provavelmente nem tinha noçãoque havia conseguido me fazer retornar, mas o que eu tinha feito desde que

consegui libertar meus braços daquela cruz a que fui atada.

Tudo ali parecia mudado era um cenário de caos e por todos os lados via – seum monte de pedaços de corpos, gosmas negras como petróleo pingavam portodos os lados. Era uma bagunça e minha única missão ali era salvar aquelesfilhotes que ainda estavam dentro dos casulos, por não ter forças para romper

a membrana.

A joia continuava emitindo seus raios e parecia começar a envolver toda anave numa cúpula que parecia fechar todas as avarias que ali estavam

Page 37: Esperança primeira saga

acontecendo e pouco a pouco crescia por meio da energia da pedra um portalque começava a envolver a matéria que havia em seu entorno viva e morta

para aumentar sua densidade

Peguei uma das criaturas pelo pescoço e mandei que ela reunisse todos osbebês ordem que rapidamente começou a realizar, junto há alguns outros

seres alterados pela energia daquela pedra.

Vendo que as crianças estavam sendo reunidas, respirei fundo e esperei atéque o ar queimasse dentro de mim e quando a pressão nos meus pulmões eraquase insuportável soltei e para meu espanto saiu uma chama grande e diretaque atingiu a plataforma onde os gosmentos surgiam para atacar nos e torrouo mecanismo que a fazia descer e subir, tornando aquele grupo o último a vir

para a superfície da nave.

As bestas em forma humana foram juntando todas as crianças enquanto eucombatia o grupo de atacantes com minhas bolas de fogo, procurava saber

onde estariam as outras feras que escaparam da pulseira e por que agora nãovia mais nenhum dos apetrechos em meus braços.

Mas essas dúvidas se dissiparam quando vi o homem da máscara que tinhame caçado até ali naquele momento subindo por uma parede lateral tentando

conseguir chegar até onde um homem se preparava para fugir em umapequena nave de fuga instalada bem no alto, voei até ele percebendo que nãohavia mais monstros para atacar os sobreviventes e as crianças mas quando

cheguei até lá no alto a nave já tinha escapado e ele já estava longe.

Naquele instante, aquele homem veio até mim, usando sua máscara. Eu tinhaproblemas maiores a tratar e depois de ver tanta morte e dor não aguentavamais ver ninguém morrer, mesmo um verme daqueles merecia viver para um

novo amanhã. Agarrei o pelo pescoço e lancei o numa das últimas naves paraque fugisse dali e travei os controles dele para voltar a Terra rapidamente.

Sai do alto com a última nave, após matar dois sentinelas com bolas de fogo efui até onde as feras tinham reunido as crianças e eu mesma coloquei todas lá

dentro e lancei para o espaço poucos segundos antes da cúpula se fecharcompletamente em torno da nave e os soldados conseguirem chegar até nos e

voltarem a carga.

Me transformei em dragão novamente, mas dessa vez minha forma tinha setornado completamente negra e meus olhos tinham adquirido um tom

vermelho como se soltassem fogo.

As feras reuniram se para atacar e usando suas armas naturais, conquistadaspelo poder dos raios daquela pedra e assim a batalha prosseguia e pouco apouco o portal crescia conforme consumíamos nossas energias até que ele

começou a sugar todos para dentro da energia, um buraco negro de

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proporções gigantescas que sugou a todos que ainda estavam ali dentro, ajoia continuava pulsando seu brilho e pouco antes de eu ser levada pelo portal

consegui agarrar aquela pedra e logo tudo ali entrou em colapso, tudo tinhamudado e eu mesma estava sendo arrastada por um vácuo sombrio rumo há

um novo lugar ou a uma prisão eterna, não sabia quais haviam sido asmudanças que aquilo ocasionará na realidade de todos, mas antes de ser

sugada pude ver que todo o sistema solar havia saído de órbita e só isso jámudava tudo.

Catalogador, Costela de Adão.

_ Há alguns eventos que mudam tudo, pessoas que em atos extremos,conseguem mudar toda a realidade.

_ Ela foi criada como uma arma, mas armas não pensam, não tem sentimentosnem sonhos.

_ No seu momento final ela se sacrificou salvando a seu pior inimigo e apequenos inocentes, o ato final fora uma batalha, onde lutou se pela vida e

pela morte.

_Ela se tornou um dragão, uma fortaleza e quando o portal se abriu agarrou apedra mística formada da energia roubada de milhões de corpos humanos

aprisionados e transformados contra sua vontade em feras mortais, animaisbestiais sem muita consciência e ao fazer assim salvou o universo de umaexplosão catastrófica mas quantas mudanças esse novo mundo já havia

sofrido? E para onde ela irá após atravessar o espelho?

_ Somente o tempo pode prever o futuro, mas acredito que a Esperança é osentimento que resta quando tudo mais está perdido!

_ O mundo pode precisar dela novamente, nunca será entendida, nunca teráum passado fixo, mas as pessoas precisam de heróis dispostos a tudo até

mesmo a dar a própria vida pelos outros e com a capacidade de perdoar até omais feroz algoz.

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