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Comissão de Educação do Senado aprova projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que determina que o esperanto seja incluído na lista de disciplinas facultativas. Texto ainda precisa passar pela Câmara Esperanto pode virar disciplina facultativa nas escolas Na comissão, o projeto foi relatado por Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que recomendou a aprovação da lei pois “a universalização do conhecimento do esperanto pode representar um fomento à paz entre as nações”. Para Mozarildo, isso será muito significativo pois as nações também entram em conflitos de natureza cultural, “como já aconteceu na luta pela hegemonia entre o francês e o inglês e que pode em futuro próximo ocorrer entre o inglês e o mandarim”. O texto foi aprovado como decisão terminativa (não precisa passar pelo plenário da casa) e segue direto para a Câmara. http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI93275-1 5223,00. html

Esperanto pode virar disciplina facultativa nas escolas

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Page 1: Esperanto pode virar disciplina facultativa nas escolas

Comissão de Educação do Senado aprova projeto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) que determina que o esperanto seja incluído na lista de disciplinas facultativas. Texto ainda precisa passar pela Câmara

Esperanto pode virar disciplina facultativa nas

escolas

Na comissão, o projeto foi relatado por Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que recomendou a aprovação da lei pois “a universalização do conhecimento do esperanto pode representar um fomento à paz entre as nações”. Para Mozarildo, isso será muito significativo pois as nações também entram em conflitos de natureza cultural, “como já aconteceu na luta pela hegemonia entre o francês e o inglês e que pode em futuro próximo ocorrer entre o inglês e o mandarim”. O texto foi aprovado como decisão terminativa (não precisa passar pelo plenário da casa) e segue direto para a Câmara.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI93275-15223,00.html

Page 2: Esperanto pode virar disciplina facultativa nas escolas

Foi Fundado na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP) um grupo de pesquisa científica que estudará o Esperanto.

O grupo funcionava desde a década de 80, fundado pelo famoso pesquisador, o Prof. Dr. Osvaldo Sangiorgi, que trouxe a "matemática moderna" para o Brasil, e que também divulgou o Esperanto no Brasil.

O Grupo está reconhecido pela Pesquisa Científica Pioneira sobre o Esperanto no Brasil e funcionará de forma semelhante às realizadas pelo Prof. Helmar Frank e seus colaboradores em Paderborn e em vários países da Europa.

O objetivo do projeto é demonstrar de maneira científica o valor propedêutico do Esperanto, ou seja, demonstrar que o aprendizado da Língua Transnacional Esperanto é facilitador do aprendizado de línguas estrangeiras (Inglês e do Espanhol), da própria língua pátria, de disciplinas relacionadas à Matemática e ainda estimulador do aprendizado de disciplinas como História, Geografia e Filosofia.

O Projeto conta com o apoio didático do Grupo Monda e o apoio institucional da Liga Brasileira de Esperanto.

Leia mais em http://www.monda.org/dok/pr-ensg.htm.

A propedêutica do Esperanto:

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Publicado em 1887 por um jovem oftalmologista polonês, L. L. Zamenhof, o Esperanto foi criado para facilitar a comunicação entre falantes de línguas diferentes.

Não possui um país próprio, porque pertence a todos. Se fosse propriedade de alguém, de algum lugar, de alguma corrente ideológica, perderia sua principal característica: a neutralidade.

Mas afinal, o que é o Esperanto?

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Características. O Esperanto é tanto falado como

escrito. Seu léxico provém principalmente das línguas da Europa Ocidental, enquanto sua sintaxe e morfologia mostram fortes influências eslavas. Os morfemas do Esperanto são invariáveis e quase infinitamente combináveis em palavras diferentes, de modo que a língua também tem muito em comum com línguas isoladas como o chinês, enquanto sua estrutura vocabular apresenta semelhanças com línguas aglutinantes como o turco, o swahili e o japonês.

Mas afinal o que é o Esperanto

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Reconhecimento oficial. Em 1954, a Conferência Geral da Unesco

reconheceu que as conquistas do Esperanto estão em sintonia com os objetivos e ideais da Unesco,

Em 1985 a Conferência Geral da Unesco conclamou os Estados-membros e as organizações internacionais a fazerem avançar o ensino do Esperanto nas escolas e o seu uso nas questões internacionais.

A UEA (Universala Esperanto-Asocio)mantém ainda relações consultivas com as Nações Unidas, o UNICEF, o Conselho da Europa, a Organização dos Estados Americanos e a Organização Internacional de Normas.

Mas afinal o que é o Esperanto

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Há pelo menos 3 milhões de pessoas que falam esperanto fluentemente em todo o mundo.

Esperantistas já ganharam 5 Prêmios Nobel. Podemos citar como Esperantistas famosos: Papa João Paulo II, Umberto Eco - escritor italiano, Julio Verne, - escritor francês, Leon Tolstoy – escritor russo, Reinhard Selten - o Prêmio Nobel de Economia de 1994, entre outros.

O esperanto é falado em 110 países, nos 4 quadrantes do mundo.

Mas afinal, o que é o Esperanto

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Como facilitador da comunicação, eis alguns veículos de divulgação em Esperanto:

Radio VaticanaGrupo de filosofia japonesa Oomoto, ATEO-associação de ateus esperantistas Espero Katolika, criada em 1903...Acção Mundial para a UnescoClube EuropeuComité de Acção para uma Política Linguística da

Federação EuropeiaUnião Europeia de Esperanto

Mas afinal, o que é o Esperanto?

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Com 3 milhões de falantes o Esperanto é maior que... Andorra - Entre França e Espanha: 64.000 pessoas (1278) Barbados (Caribe)- 430 km2. Cerca de 260.000 (1966). Grenada - 344 km2 98.000 habitantes, (1974.) Está localizado próximo à

América do Sul. Maldivas, Ilhas - 298 km2. 200 das 2000 ilhas que compõem esse país

do Oceano Índico são ocupadas por 181.000 habitantes Malta - 316 km2. Esta ilha está bem próximo ao sul da Sicília, na Itália.

Se tornou independente do Reino Unido em 1964, mas o exército britânico só abandonou completamente o local após 1979. População de 362.000 pessoas.

Mônaco - 2 km2. O pequeno Estado de Mônaco se localiza na Riviera francesa, na costa mediterrânea da França, próximo a Nice. Uma população impressionante de 30.000 pessoas vive neste Estado conhecido pelos cassinos de Monte Carlo e por sua Princesa Grace. É independente desde o século XIII, com alguns períodos de interrupção.

Mas afinal, o que é o Esperanto

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Posso testemunhar com vários exemplos sobre essa marca registrada do Esperanto. Quando fui realizar um estágio de um ano, em Nantes, na França, o grupo esperantista local acolheu-me de uma forma extraordinária. Alguém foi a Paris me recepcionar no aeroporto, hospedaram-me enquanto procurava uma moradia (minha família chegaria um mês depois), e até me emprestaram quase toda a mobília necessária para o apartamento alugado.  Mas, sobretudo, me foi de muita valia o fato de me oferecerem prontamente a sua amizade. Recém-chegado a um país estrangeiro, pela primeira vez, já contava com muitos amigos, o que se traduzia em diversos convites para visita, almoço ou jantar, passeios na região, etc. O que eu havia feito para merecer tudo isso? Nada. Apenas me apresentara como esperantista.

Efeito Esperanto...

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Na Alemanha, um casal de esperantistas aceitou me hospedar. Eles já moravam juntos há algum tempo, sem se casar. Mas estavam planejando um jantar, num restaurante, para convidar os amigos e comemorar a união. Quando chegou meu pedido de hospedagem, eles responderam afirmativamente, mas também me convidaram para fazer uma pequena palestra, durante esse jantar. Obviamente em Esperanto. Com um pequeno detalhe: a data do jantar seria alterada para que coincidisse com minha estada entre eles. Fantástico, não? Isso só ocorre com grandes amigos. E, pelo fato de sermos esperantistas, já éramos grandes amigos, mesmo antes de nos conhecermos.

Efeito Esperanto...

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Em Guadalajara, no México, o meu hospedeiro esperantista, contatado previamente, foi me buscar no aeroporto. Ao chegar em sua casa, reparei que todos estavam muito bem vestidos. Logo me disseram que estavam de saída para a festa de casamento de alguém muito importante. E me convidaram para ir também. Imaginando que, caso aceitasse, iria atrasá-los, pela necessidade de um banho, trocar de roupa e até passar a roupa, amassada que deveria estar na mala, aleguei cansaço da viagem e declinei do convite. Então eles se foram todos, mas antes me mostraram o quarto, o banheiro e a cozinha, indicando-me a geladeira e colocando-me à vontade para me servir do que quisesse. Muitas horas depois, de madrugada, estava dormindo, quando ouvi barulho e deduzi que estavam chegando de volta. Já imaginaram tamanha confiança? Receber em casa um estrangeiro que acabara de conhecer, entregar-lhe a chave e deixá-lo sozinho por várias horas? O detalhe diferencial é que esse estrangeiro fala o Esperanto. Só isso.

Efeito Esperanto...

Page 12: Esperanto pode virar disciplina facultativa nas escolas

O Esperanto é o idioma mais democrático do mundo.

O Esperanto em países estrangeiros nos dá uma incomparável sensação de igualdade. Ninguém se sente estrangeiro se comunicar em Esperanto.

O Esperanto não provoca nenhuma espécie de supremacia cultural de determinado povo. Ao contrário, valoriza as culturas nacionais e contribui para a não-extinção de idiomas nacionais ou locais.

 Aprender e divulgar o Esperanto é trabalhar pela paz.

José Carlos Cintra é Professor Titular do Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo. Esperantista, ministra curso de Esperanto no Centro Cultural da USP de São Carlos.  

Enfim:

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Porque ajuda a aprender melhor;Porque estimula o contato com culturas e povos;Porque ensina a fraternidade;Porque forma um caráter ético, baseado na igualdade e

no direito, inclusive cultural, de cada grupo humano;Porque a cidadania pressupõe liberdade, e o Esperanto

é uma ferramenta de acesso ao conhecimento;Porque desmitifica preconceitos e supremacias;Porque promove a paz;Porque eleva a auto-estima individual e coletiva;Porque é um idioma afinado com a visão Cristã de

Homem de Bem.

Por que Esperanto nas escolas?

Page 14: Esperanto pode virar disciplina facultativa nas escolas

Dankon, Thank you, Gracias, Merci...

Obrigada!