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O esporte é comumente associado à competição. No entanto, além do desenvolvimento físico e de saúde, o esporte é uma ótima ferramenta de inclusão social se aliado a educação (agregação de valores). "Assim, se bem trabalhado, o projeto extrapola - e muito - a esfera da competição esportiva. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, com crianças e adolescentes mais concentradas nas aulas, disciplinadas e, principalmente, fora das ruas."Projetos: Projeto Cestinha (Unisc);Projeto “Arte e Vida em Movimento com o Karatê” (Unopar)Projeto Mini-Tênis (URI-SAN )Paralvras-chave: inclusão social, esporte, valores, educação, saúde, desempenho escolar; benefício terapêutico, projetos sociais.
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Esporte: ferramenta de inclusão Extraído de (Universia.net, 03/03/2005), por Renato Marques
Cresce a percepção de que o esporte pode ser um importante
instrumento para tirar crianças carentes das ruas e dar a elas a
oportunidade de garantir um futuro melhor. Universidades também
investem em projetos desta natureza. Conheça algumas experiências.
Se para você, Esporte é apenas competição, saiba que ele vai
muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios. Cada vez
mais cresce a importância do Esporte como ferramenta de inclusão
social. Mostra disso é que 2005 foi escolhido pela ONU (Organização
das Nações Unidas) como o “Ano do Esporte para a Paz e o
Desenvolvimento”. Esse movimento também chegou às instituições
de Ensino Superior, que têm investido em projetos sociais dessa
natureza.
“Muitos países enfrentam marginalização do sistema de
educação. A ONU observou que o esporte, mesmo que tenha como
princípio o desenvolvimento físico e da saúde, serve também para a
aquisição de valores necessários para coesão social e mundial”,
acrescenta o coordenador do projeto Mini-Tênis da URI-SAN
(Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões),
José Luiz Dalla Costa. “O esporte é uma ferramenta que, aliado à
educação, serviria realmente como ferramenta de inclusão”.
Esses projetos nascem, em geral, dentro dos departamentos de
Esportes, ou Educação Física, como uma oportunidade para que os
alunos coloquem em prática o que aprendem na sala de aula, ao
mesmo tempo em que praticam uma ação social. “A universidade tem
um retorno muito positivo, pois os graduandos aprendem na prática.
Na sala de aula eles vêem a teoria, e nos nossos projetos,
convivem com a aplicação rotineira. Estendemos à comunidade o
projeto e essa presença nos dá resultado”, explica a coordenadora do
curso de Educação Física da Unopar (Universidade do norte do
Paraná), Márcia Regina Aversani Lourenço.
As experiências com projetos sociais ligados ao Esporte
mostram que a atividade física, em especial no que diz respeito aos
mais jovens, tem um fator motivador extremamente positivo. Assim,
se bem trabalhado, o projeto extrapola - e muito - a esfera da
competição esportiva. Os efeitos são sentidos no dia-a-dia, com
crianças e adolescentes mais concentradas nas aulas, disciplinadas e,
principalmente, fora das ruas. Em muitos casos, inclusive, os projetos
não se restringem apenas ao treinamento esportivo.
Criado em 2001, o Projeto Cestinha, ligado à Unisc
(Universidade de Santa Cruz do Sul), atende a mais de 300 crianças.
Além de aprender os segredos do Basquete, as crianças têm aulas de
informática e inglês, além de um trabalho especial de orientação que
é feito junto aos pais. “O Esporte é importante porque dá
oportunidade a um maior número de crianças. Se você deixar o
menor apenas jogando, sem acrescer alguma filosofia, não adianta
nada”, diz o coordenador da iniciativa, Gilmar Weiss. “É preciso
agregar valores, não apenas tratar de habilidades e capacidades
cognitivas.”
Projetos dessa natureza em universidade atendem a crianças,
adolescentes, jovens e até mesmo idosos. É importante lembrar que
o conceito de “inclusão social” não diz respeito apenas à questão
financeira, mas de trazer para a comunidade pessoas que estão à
margem da sociedade, seja na questão de estudos, no
relacionamento interpessoal, no acesso ao sistema de saúde ou
mesmo excluídas da prática esportiva. Essa inclusão ampla é o que
busca, por exemplo, o projeto “Arte e Vida em Movimento com o
Karatê”, sustentado pela Unopar e que atende a portadores de
Síndrome de Down.
Periodicamente, professores e alunos da instituição vão à
escolas para crianças excepcionais, onde ensinam a prática do
Karatê. “Neste projeto, o profissional vai à escola, levando
possibilidades de cultura diferenciadas. Nesse exercício, entram
elementos como concentração, análise do movimento que está sendo
executado, trabalho em parceria com o colega”, afirma Márcia, da
Unopar. “A função é de manter a atividade física, mas,
conseqüentemente, há um grande benefício terapêutico.”
Para quem está interessado, vale procurar em sua universidade
se existe alguma iniciativa. Os projetos atuais, porém, são um tanto
pontuais. “Ainda são ações isoladas, que dependem da boa vontade
das pessoas. Precisamos de apoio dos governos, em todos os níveis,
com incentivo para essas políticas para que tenhamos resultados de
futuro para essas crianças e adolescentes dentro da escola”, finaliza
Dalla Costa.
Fonte: < http://professorrafaelporcari.blog.terra.com.br/inclusao-
social-pelo-esporte/ >
Projetos:
Projeto Cestinha (Unisc); Projeto “Arte e Vida em Movimento com o
Karatê” (Unopar); Projeto Mini-Tênis (URI-SAN).
Palavras-chave: inclusão social, esporte, valores, educação,
desenvolvimento físico, saúde, desempenho escolar; benefício
terapêutico, projetos sociais.