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ESPORTES Você que é antenado no mundo dos esportes, não deixe de ler o caderno OS DONOS DO JO- GO. Lá, você encontrará reportagens, entrevistas e resenhas sobre tudo o que está rolando nos campos e nas quadras. Não perca a entrevista exclusiva com o craque Roberto Rivellino! Ainda, uma conversa com o nosso querido professor Zé. Confira a história da seleção brasileira nas copas. Fique informado sobre o mundo esportivo! MUSICALIZANDO “A vida sem a música é um erro”, já dizia o filósofo alemão, Friedrich Nietzsche. Venha conhecer mais sobre o universo musical! Confira no nosso caderno reportagens, entrevistas e resenhas sobre o mundo mágico da música! Leia a nossa melodia! TECNotícias Você curte tecnologia? Então veja nosso ca- derno que traz matérias sobre GAMES e sobre a tecnologia usada nas lâmpadas de LED. Entre- vista com um pioneiro no ramo da construção das primeiras TELEVISÕES e uma avaliação do NETFLIX. O QUE SÃO PAULO NOS OFERECE? Você está antenado nas novidades tecnológicas? Curte ir ao cinema, museus ou circo? Então venha conferir nosso caderno de entretenimento: ARTES E LAZER! Você não pode perder a entrevista exclusiva com o ator global Wagner Molina e com o autor do livro “O diário de um grávido”! Vá direto ao nosso ca- derno e leia as principais dicas de lazer e cultura! Adolescência Conheça o caderno JUVENTUDE DA HORA! Di- versas reportagens e entrevistas sobre musculação, bullying entre outros assuntos que estão em evidência. Confira tudo isso e muito mais no mundo surpreen- dente dos jovens! SAL E PIMENTA Gostaria de saber mais sobre a arte da culinária? Nos- so caderno irá ajuda-lo a ampliar o seu conhecimento so- bre o assunto. Você irá conhecer um pouco mais sobre a culinária brasileira. Também encontrará dicas de restau- rantes e cursos diferentes! Não perca essa chance, vire a página e mergulhe no mundo delicioso do “sal e pimenta”!

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ESPORTES

Você que é antenado no mundo dos esportes, não deixe de ler o caderno OS DONOS DO JO-GO. Lá, você encontrará reportagens, entrevistas e resenhas sobre tudo o que está rolando nos campos e nas quadras.

Não perca a entrevista exclusiva com o craque Roberto Rivellino! Ainda, uma conversa com o nosso querido professor Zé. Confira a história da seleção brasileira nas copas.

Fique informado sobre o mundo esportivo!

MUSICALIZANDO

“A vida sem a música é um erro”, já dizia o filósofo alemão, Friedrich Nietzsche. Venha conhecer mais sobre o universo musical! Confira no nosso caderno reportagens, entrevistas e resenhas sobre o mundo mágico da música! Leia a nossa melodia!

TECNotícias

Você curte tecnologia? Então veja nosso ca-derno que traz matérias sobre GAMES e sobre a tecnologia usada nas lâmpadas de LED. Entre-vista com um pioneiro no ramo da construção das primeiras TELEVISÕES e uma avaliação do NETFLIX.

O QUE SÃO PAULO NOS OFERECE?

Você está antenado nas novidades tecnológicas? Curte ir ao cinema, museus ou circo? Então venha conferir nosso caderno de entretenimento: ARTES E LAZER! Você não pode perder a entrevista exclusiva com o ator global Wagner Molina e com o autor do livro “O diário de um grávido”! Vá direto ao nosso ca-derno e leia as principais dicas de lazer e cultura!

Adolescência

Conheça o caderno JUVENTUDE DA HORA! Di-versas reportagens e entrevistas sobre musculação, bullying entre outros assuntos que estão em evidência.

Confira tudo isso e muito mais no mundo surpreen-dente dos jovens!

SAL E PIMENTA

Gostaria de saber mais sobre a arte da culinária? Nos-

so caderno irá ajuda-lo a ampliar o seu conhecimento so-bre o assunto. Você irá conhecer um pouco mais sobre a culinária brasileira. Também encontrará dicas de restau-rantes e cursos diferentes! Não perca essa chance, vire a página e mergulhe no mundo delicioso do “sal e pimenta”!

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Editora Chefe Priscila Pinheiro Informática Sandra Maria da Cunha Alves

OS DONOS DO JOGO Coordenador Pedro Ito Asbahr Ilustrador Miguel Maschion Pavoski dos Santos Leonardo Vacaro Nogueira Redatores e revisores Leonardo Vacaro Nogueira Mateus Getlinger Santomauro Miguel Maschion Pavoski dos Santos Pedro Ito Asbahr MUSICALIZANDO Coordenador Gabriel Manrique Bonilha Ilustrador Júlia Keunecke Salerno Moreira de Carvalho Redatores e revisores Carolina Wurzmann Gabriel Manrique Bonilha Júlia Keunecke Salerno Moreira de Carvalho Pedro de Mattos Lopes Ricardo Daher Gonçalves Dias Teixeira Thomas Almeida Hansford TEC NOTÍCIAS Coordenador Rodrigo Magalhães Bonel Ilustrador Sofia Pereira Rodriguez Redatores e revisores André Athayde Gimenes Daniel Rabello Guerra Vieira Julia Pimenta de Castro Mayer Rodrigo Magalhães Bonel Sofia Pereira Rodriguez Vinícius Araujo da Costa ARTES & LAZER Coordenador Lais Oliveira Afonso Cortes Ilustrador Helena de Godoy Ferreira Redatores e revisores Helena de Godoy Ferreira João Marques Hassun João Freire Siqueira de Carvalho João Rossi Corbett Laís Oliveira Afonso Cortes Maria Clara Bueno Hernandes JUVENTUDE DA HORA Coordenador Joana Brandão Ziller Ilustrador Victor Brito Ayala Redatores e revisores Francesca Colucci Ribeiro Joana Brandão Ziller Rafael Rodrigues Simões Rodrigo Peiter Carballido Mendes Victor Brito Ayala SAL E PIMENTA Coordenador Giulia de Paula Rivellino Ilustrador Beatriz Arruda Fontenelle Redatores e revisores Beatriz Arruda Fontenelle Giulia de Paula Rivellino Julia Moutinho Ramalho Pinto Manuella Kjekshus Mansur Haddad Marina Vieira Moraes Martins

Editorial O jornal é uma coletânea de notícias, reportagens, entrevistas e

resenhas. O C-NEWS não fugiu desse propósito. Nosso jornal traz diversos cadernos que abordam fatos do nosso cotidiano e traz ma-térias interessantíssimas sobre o mundo da gastronomia, tecnologia, esportes, música, artes e, é claro, o nosso mundo - jovem. C-NEWS representa um ótimo veículo para você desfrutar dos acontecimentos atuais que rolam no nosso cotidiano.

Como comemorar meio século de história? O caderno VERA CRUZ - 50 ANOS foi feito para prestigiar esse evento. Acompa-nhe sua trajetória desde o início lendo nossa reportagem. Confira a entrevista com a diretora do Ensino Fundamental e saiba mais sobre a orientadora dos 8º anos, Gláucia.

No caderno OS DONOS DO JOGO, você dará um chute na pre-guiça e ficará antenado nas últimas informações que estão rolando no mundo dos esportes! Comece dando uma olhada nas entrevistas com o professor Zé e o ex-jogador Rivellino. Além disso, ficará por dentro do filme do lutador brasileiro Anderson Silva! Conheça o rendi-mento do nosso Brasil nas Copas do Mundo e muito mais! Conecte-se no mundo esportivo.

Agora, se sua praia é a música, leia o caderno MUSICALIZAN-DO. Aqui, você terá as melhores informações sobre ícones da músi-ca como Michael Jackson. Conhecerá Fernando Butrico, e conhece-rá mas a fundo estilos musicais como pop , rock , samba entre ou-tros. Não perca a oportunidade de dialogar com tudo que acontece no mundo das partituras.

Se você prefere tecnologia e games, vá para o caderno TEC No-tícias. Leia várias entrevistas, reportagens e resenhas: desde te-mas sobre MagLev, um sistema de levitação magnética para trans-porte, até Battlefield 4.

Já no caderno de entretenimento, ARTES & LAZER, você co-nhecerá lugares e eventos que acontecem em São Paulo, como o Museu do Futebol e o Cirque du Soleil. Confira a entrevista feita com o autor do livro “O diário de um grávido”. Ainda, uma conversa com Wagner Molina, o ator global que faz sucesso nas telas. Sem contar as resenhas de filmes e muitas reportagens! Desfrute das novidades que a nossa cidade oferece!

Como você já deve ter percebido, o caderno JUVENTUDE DA HORA traz matérias sobre adolescentes do século XXI, com uma linguagem jovem e que combina com você! Notícias e reportagens sobre temas como bullying, influência da mídia e musculação. So-mado a isso, você lerá uma entrevista exclusiva com Carlos Gomes, professor do Vera Cruz. Venha conferir!

Tem dúvidas sobre como escolher um restaurante? Quer saber um pouco mais sobre gastronomia? O caderno SAL E PIMENTA traz uma entrevista com o chefe do restaurante “Le Manjue”, defensor da culinária funcional e orgânica. Ainda, uma conversa com a nutricio-nista Fernanda Tudi. Leia resenhas sobre restaurantes e sobre o fil-me “Sem Reservas”. Ficou curioso? Venha e deguste o que separa-mos para você!

Vire logo a página e não perca tempo!

As matérias publicadas neste jornal foram produzidas de acordo com a última ver-são realizada pelos alunos na sala de informática, após sucessivas revisões. Ainda assim, alguns textos apresentam algumas incorreções gramaticais, semânticas ou estilísticas, uma vez que nossa intenção foi a de respeitar o limite das possibilida-des de cada autor/revisor.

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SONY REVELA NOVO CONSOLE O que o Playstation 4 traz de novo?

Após muitos rumores e dezenas de in-formações vazadas, a Sony apresenta o PS4 ao mundo, satisfazendo aqueles que não vi-am a hora de conhecer o novo console.

O Playstation Meeting, evento da Sony, ocorreu em fevereiro deste ano nos EUA. A conferência durou cerca de 2 horas, o que foi suficiente para a companhia apresentar desde detalhes técnicos de seu sistema até suas funcionalidades exclusivas.

O videogame em si não foi mostrado para o público, mas seus detalhes técnicos foram bem especificados e revelam que o futuro já chegou.

O lançamento está previsto para o final de 2013 e promete ser um sucesso.

Segundo Linus Blomberg, produtor do estúdio Avalanche e responsável pela série de Just Cause, o PS4 pode ser um console mais poderoso que imaginávamos, mais até que os atuais e futuros computadores. Ele complementa dizendo que os consoles preci-savam de uma melhoria urgente, já que fo-ram ultrapassados pelos PCs há alguns anos.

O novo console utilizará um processador que o deixará muito avançado em termos técnicos. O aparelho deve contar com chips secundários que o ajudarão a executar deter-minadas funções em segundo plano. Pessoas ficaram empolgadas quando disseram que o Blu-Ray continuará sendo formato padrão e sem bloqueio de jogos usados.

Outro rumor que se confirmou foi o Du-

alshock 4, o controle do PS4. Ele possui um touchpad, que reconhecerá até dois toques simultâneos, que será uma espécie de zoom. Outra inovação foi o botão Share para com-partilhamento de conteúdo. O joystick foi redesenhado, trazendo melhorias, os gatilhos estão mais firmes e a distância entre as ala-vancas analógicas foi aumentada. Para quem reclamava da péssima pegada do Dualshock 3, seu sucessor vem para acabar com as críti-cas.

Todos respiraram aliviados quando se descobriu que a estranha barra luminosa não era uma evolução do Playstation Move, mas sim, um simples mecanismo de identificação do jogador. Além de identificar player 1 e 2, também serve como um sistema de imersão em determinados jogos, indicando o status do personagem. Imagine um jogo de tiro em que a cor vai do verde ao vermelho à medida em que o personagem recebe dano.

A ideia é que o próprio PS4 sabe qual será o próximo game que o usuário pretende comprar, fazendo o download antes mesmo dele pensar em sacar o seu cartão de crédito. É como se o console usasse sua paixão por certos jogos, como Call of Duty ou FIFA, para já deixar o novo Crysis para ser rodado e pago. Se o Dualshock 4 possui um botão dedicado ao compartilhamento de conteúdo, não é di-fícil imaginar que o PS4 pretende focar em questões sociais. Tanto que o próprio perfil

dos jogadores deve mudar, recebendo infor-mações reais e com várias formas de integra-ção. Mas essa socialização também está den-tro dos jogos. O botão Share vai permitir que se capture cenas de jogos, permitindo que os amigos do usuário vejam o que o colega está jogando, como também acompanhem a par-tida. Isso não será um processo demorado ou complicado, já que ele acontece em se-gundo plano enquanto você avança no título. Tudo isso poderá ser catalogado e registra-do, facilitando a busca dentro da própria PSN. Apesar da Sony ter dedicado mais de duas horas ao seu novo console, algumas questões ainda precisam ser respondidas, como a data de lançamento e o preço que o videogame chegará às lojas. Outra dúvida é o visual do aparelho. O presidente da Sony diz que o produto é ape-nas uma caixa, o que é importante mesmo são os detalhes técnicos.

HABEMUS PAPAM: JORGE MARIO BERGOGLIO Igreja Católica quebra tabus e escolhe Jorge Mario Bergoglio como pri-

meiro papa Jesuíta e La no Americano da história

No dia 13 de março de 2013, foi escolhido o novo lí-der da igreja católica: Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, de 76 anos.

O novo papa, que esco-lheu seu nome como Francisco foi eleito um mês após a renún-cia de seu antecessor e agora papa emérito Bento XVI. Fran-cisco é o pontífice de número 266 da história.

O conclave que elegeu o

novo pontífice ocorreu dos dias 12 ao dia 13 de março. Bergoglio foi eleito na 5ª vota-ção do conclave, segundo in-formações de membros do Va-ticano. Ele teria sido eleito com mais de 90 votos dos car-deais.

O nome Francisco é uma homenagem ao santo dos po-bres, São Francisco de Assis.

VATICANO INICIA OFENSIVA Ofensiva da igreja para limpar o nome de novo Papa Bergoglio

O novo papa, Jorge Mario Bergoglio, é acusado de co-laborar com a ditadura mili-tar da Argentina, que deixou 15 mil mortos e 30 mil desa-parecidos entre 1976 e 1983.

Em 15 de março de 2013 o Vaticano lançou uma ofen-siva contra as acusações ao papa. O porta voz de Santa Fé, Frederico Lombardi, se referiu a estas acusações como “caluniosas, difamató-rias e usadas para atacar a imagem da igreja”.

O pronunciamento de Frederico foi o primeiro mo-vimento oficial do Vaticano para responder às críticas feitas.

Investigações com o no-

me de Bergoglio falam de envolvimento com o seques-tro de dois padres durante a ditadura, uma tentativa de “derrubar” os jesuítas.

A igreja católica começa a usar defesa contra acusado-res e acha necessário res-ponder aos ataques ao novo papa.

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GOOGLE GLASS JÁ ESTÁ EM PROCESSO DE TESTES

Óculos inteligente está sendo testado por 8000 desenvolvedores

O novo produto desenvolvido pelo Google está previsto para ser lançado em 2014. Os desenvolvedores desembolsa-ram US$ 1,5 milhões para poder testar o novo gadget.

O Google Glass será banido de certos estabelecimentos co-mo bares, cassinos e casas de show ao vivo, pelo direito da privacidade das imagens, pois o usuário poderá gravar e foto-grafar tudo que vê sem que os outros percebam. Apesar de Schimidt, engenheiro de softwares e presidente executivo do Google, reforçar a preocupação da empresa com dados dos usuários, ele ressalta que também é responsabilidade das pes-soas atentar ao que estão fazendo, em que local e quais cir-cunstâncias.

A tela do aparelho terá 645x360, o que pela proximidade ao olho do usuário é equivalente a uma tela HD de 25 polega-das vista a 2,5m de distância, além de ter uma câmera de 5 megapixels capaz de gravar vídeos em HD (720p).

O som será por condução óssea, ele terá capacidade de 16 Giga bits, mas apenas 12 poderão ser usados pelo usuário.

Reconhecimento facial do óculos

Mapa sendo usado por usuário

BOLIVIANO MORRE DURANTE JOGO DE FUTEBOL Jovem boliviano é atingido por sinalizador

Torcedor do San José de 14 anos é atingindo por um sinalizador durante o jogo contra o Corinthians pela Copa Libertadores da América. Isso aconteceu na quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013. No intervalo da partida, oficiais bolivianos saíram a procura dos responsáveis em meio a torcida adversária.

Nascido e criado em Cochabamba, Kevin Douglas Bel-trán Espada foi atingido no olho por um sinalizador lança-do pelos corintianos. Foi levado direto para o hospital Obrero, em Oruro, mas não resistiu. Sua morte foi ins-tantânea, em virtude da perda da massa encefálica devi-do ao objeto que penetrou em seu crânio.

Doze corintianos, identificados como suspeitos, fo-ram presos pela polícia local e continuam na penitenciá-ria. Existem notícias de que o verdadeiro culpado já es-teja no Brasil e talvez seja delatado pela torcida da Ga-viões da Fiel, para libertar os outros detidos.

Por enquanto, a punição aplicada pela Conmebol para o Corinthians foi ficar sem torcida nos jogos fora de casa por dezoito meses.

É UMA MINISSÉRIE QUE FALA DE OBJETOS DE CRIME. É UM

FILME ONDE TEM UMA BRIGA DE VITOR COM RUFUS.

ELLES BRIGA PROQUE VIITOR É BOM E RUFUS É MAU. VITOR É

CHEFE DA CASA DE ANUBIS. VITOR É AMIGO DA PATRICIA.

A CASA DE ANUBIS É GRANDE, TEM PORTAS, JANELAS, BANHEI-

RO.

RUFUS FALO PARA SARA SAIU DA FRETIR. ELE RITO COM VITOR.

A MOÇA ABRU A POTA E ELA FALOU RUFUS MAIS RESPETO.

PASSA NA TV TODOS OS DIAS ÀS 13 HORAS.

O MISTÉRIO DE ANUBIS

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As obras de ampliação do estádio do Palmeiras, na Zona Oeste de São Paulo, foram inter-rompidas nessa segunda-feira (15) devido a um acidente que deixou uma pessoa morta e outra ferida. Um membro do sindicato se reportou, informando que a falha ocorreu quando seis vigas que sustentavam a arquibancada cederam e desabaram. Segundo informações do Corpo de Bom-beiros de SP, Carlos Jesus, de 34 anos, funcionário de uma presta-dora de serviços da WTorre, morreu. Crispiano Santos, de 22 anos, teve escoriações leves na região lombar e uma contusão no ombro. As obras do estádio foram iniciadas em outubro de 2010 e os responsáveis pela obra infor-

maram que a previsão de entrega era para o final deste ano e a ca-pacidade da nova arena será de aproximadamente 45 mil pesso-as. Em julho de 2011, o promotor

José Carlos de Freitas, da Pro-motoria da Habitação e Urba-nismo do Ministério Público de SP, enviou à justiça uma ação civil que pedia a concessão de uma liminar para a paralisação imediata das obras. Pretendia-se evitar a concretização com a impermeabilização diária mai-or que a permitida pela legisla-ção. A justiça negou o pedido.

DESABAMENTO NA ARENA PALESTRA Desmoronamento no Palestra deixa um morto e um ferido

TRAGÉDIA EM SANTA MARIA DEIXA MORTOS E FERIDOS Foram 241 mortes e 106 pessoas hospitalizadas após o incidente

Incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), deixa 241 mortos e 106 feridos, na madru-gada de domingo, dia 27 de ja-neiro de 2013, durante a apre-sentação da banda Gurizada Fandangueira. A causa provável do incêndio foi o uso de um si-nalizador (sputinik). O fogo ini-ciou quando a faísca atingiu a espuma de isolamento acústico da boate.

O incêndio demorou a ser controlado pois dos cinco extin-tores presentes no local somente três estavam operáveis sendo que os outros dois (um vencido e um com pouca carga) não pu-deram ser utilizados para com-bater as chamas. Segundo a po-lícia, no dia da tragédia, a boate Kiss tinha diversas irregularida-des como a superlotação, que dificultou a saída dos mais de 1000 clientes que estavam no

local. Outro fator que contribuiu

para o elevado número de mor-tes foi a fumaça tóxica produzi-da pela espuma. Isso causou muitas mortes por asfixia. Em 2009, fiscais da prefeitura reco-mendaram o fechamento da bo-ate, procedimento este que não foi efetuado.

Após a tragédia, o serviço de fiscalização a esse tipo de esta-belecimento foi reforçado e as boates que apresentam proble-mas, como era o caso da boate Kiss, estão sendo fechadas.

BRASIL PERDE GRANDE ÍCONE DO ROCK Ex-mulher diz que casal estava afastado por causa do

consumo de drogas do cantor

Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Cho-rão , morreu aos 42 anos, em virtude de uma overdose, em seu apartamento, em São Paulo.

O cantor e compositor da banda Charlie Brown Jr foi encontrado morto em seu apartamento no bairro onde mora-va, em Pinheiros. Seu corpo estava em meio a latas e garra-fas espalhadas e móveis quebrados, porém sem nenhum si-nal de arrombamento na porta. A polícia afirma que foram encontradas cocaína por todo o apartamento.

O corpo do cantor foi levado para Santos e sepultado às 17h. Ruas que davam acesso ao local onde a cerimônia ocor-ria foram restritas com barreiras e policiais. Ao final da ceri-mônia, todos que estavam presentes cantaram a música “ Di-as de luta dias de glória”, composta pelo cantor.

O futuro da banda é incerto. Chorão produziu 11 álbuns e vendeu cerca de 5 milhões de discos. Ele foi um grande

compositor ao mesmo tempo em que mantinha a imagem de Rock Star Clássico.

HUGO CHAVES NÃO SERÁ EMBALSAMADO Ele teria que ser levado para a Rússia

Hugo Chávez, o polê-mico presidente venezue-lano de 58 anos, morre depois de 2 anos de bata-lha contra um câncer na região pélvica, no dia 5 de março de 2013.

O ministro de informa-ções Ernesto Villegas, in-formou sobre o cancela-mento do embalsamento no Twitter:

“Comissão médica rus-sa estabeleceu que para praticar o procedimento o

corpo deve ser transporta-do para a Rússia por um período de 7 a 8 meses”. O governo venezuelano cancelou o embalsamento devido ao tempo que le-varia para transportar o corpo.

TRAGÉDIA NA BOATE KISS Após incêndio 234 pessoas morreram

Na noite do dia 27 de janeiro de 2013, um incêndio foi provocado na boate Kiss, em Santa Maria (RS).

Logo após o ocorrido, foram com-provados 234 óbitos, provocados por inalação de fumaça tóxica. Houve fa-lha durante a apresentação do show pirotécnico da banda Gurizada Fan-dangueira. Sobreviventes relatam que o revestimento acústico foi atingindo por faíscas, ocasionando o incêndio. O fogo não foi controlado, pois o extintor não funcionou.

Vítimas não conseguiram sair do local porque o plano de evacuação não tinha sido verificado. Não havia saída de emergência.

Grande parte do pânico foi causado

pois seguranças barraram a única saída esperando pa-gamento. Somente depois que a fumaça se espalhou, as portas foram abertas, porém já havia várias pes-soas desmaiadas.

A Associação Nacional para Exigên-cia do cumprimento das obrigações Legais (ANECOL) impôs para os pro-prietários da boate que os integrantes da banda e a prefeitura de Santa Maria paguem o valor de 3 milhões de reais para todas as famílias envolvidas na tragé-dia. Ainda, 300 mil reais por danos morais para cada ferido.

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Lollapalooza 27 suspeitos de furto de celulares são presos

A polícia civil prendeu até o dia 1° de abril, 27 suspeitos de furto de celulares durante o festi-val musical Lollapalooza, entre a sexta-feira (29/03) e domingo (31/03). O evento aconteceu no Jockey Clube, em São Paulo. Com os bandidos foram recupera-dos 78 aparelhos.

Os ladrões aproveitavam a aglomeração de pessoas para efe-tuar a ação. Eles agiam de forma organizada, colocando etiquetas com o nome ou o apelido do la-drão para, posteriormente, o mes-mo ser identificado e receber uma comissão pela prática criminosa. Em todos os eventos a qua-drilha age da mesma forma, facili-tando o trabalho dos nossos inves-tigadores que ficam misturados na multidão, disse Marco Antônio Desgualdo, responsável pelo de-partamento de capturas e delega-cias especializadas (DECADE).

O Delegado Osvaldo Nico

Gonçalves, que é responsável pela divisão policial de Aeroportos, Dignatários, Portos e Proteção ao turista, afirmou que são muito comuns durante eventos de entre-tenimento a prática de furtos, pois os criminosos aproveitam a distra-ção do público para efetuar os crimes. Acrescentou ainda que em todos os shows a equipe tática se surpreende. Quando é um furto simples, somos obrigados a man-dar embora. Não é o caso, pois eles foram enquadrados por for-mação de bando ou quadrilha, disse o delegado.

As vítimas desses ladrões foram, até a sede da Deatur para tentar reconhecer e recuperar seus aparelhos roubados.

BATTLEFIELD 4 É ANUNCIADO O game virá com a engine Frostbite 3

Quarta-feira, dia 27 de março, a produtora de vídeo-game EA (Eletronic Arts) e a DICE anunciaram Batllefield 4, em uma conferência no GDC (Game Developer Confe-rence).

O jogo, recém anunciado, tem um visual muito parecido com seu antecessor (Battlefield 3), porém mais “polido” e com uma maior riqueza de deta-lhes nas animações gráficas, personagens e, claro, tiros e explosões. Todo esse realismo será capacitado pela nova en-gine Frostbite 3 que, além dis-so, trará um cenário comple-tamente destrutível e uma in-teligência artificial melhorada.

Um gameplay de quase 20 minutos foi liberado e com ele, pudemos conferir as melhori-as na engine do jogo, mas ti-rando os detalhes a mais, per-cebemos que o game ainda está em fase de testes pois tem uma jogabilidade igual a de Battlefield 3.

Posteriormente, um game-play multiplayer foi liberado. O maior destaque foi a anima-ção realista de um arranha-céu caindo. A queda não foi proporcionada pelo jogo, mas pelos jogadores que derruba-ram as vigas de sustentação.

NOVO PLAYSTATION É REVELADO Sony promove evento para anunciar o sucessor do PS3

No dia 20/02,em uma pales-tra, a Multinacional Sony anunci-ou, após sete anos, o sucessor do Playstation 3, o PS4. O novo con-sole apresentará: Novo processa-dor muito mais rápido, controle remodelado, nova placa de vídeo e, além de ler discos em Blu-Ray de até 100GB também lerá DVDs comuns.

A Desenvolvedora não só inova com a possibilidade de ler filmes 4K (resolução mais alta desenvolvida até hoje) como tam-bém reformula o DualShock (Controle).

O novo controle será de bor-racha, para as mãos não escorre-

garem, e terá no meio uma tela Touchscreen para acessar os Me-nus durante os jogos. O Du-alShock terá botão de comparti-lhamento para redes sociais como Facebook e Twitter.

A Sony reconstruiu o siste-ma de processamento da “ Web-Cam “ o PSEye, para que ele pos-sa captar os sinais do controle.

O PS4 terá um sistema que possibilitará o armazenamento de informações em servidores espe-cializados da Sony ao invés de comuns HDs internos.

O console chegará as lojas no final de 2013 por cerca de 350 dólares.

LADY GAGA CANCELA TURNÊ Cantora cancela sua turnê por conta de cirurgia no quadril

A cantora, compositora Lady Gaga, de 27 anos, cancelou 21 shows de sua turnê “Born This Way Ball” por conta de uma in-flamação perigosa nas juntas. Gaga estava em Los Angeles quan-do descobriu que tinha uma inflamação no quadril direito e preci-saria de uma cirurgia para resolver esse pro-blema.

Lady Gaga ope-rou na quarta feira, 6 de março de 2013, por volta de 7h da manhã. Ela precisa-va passar por um rígido repouso que, segundo a cantora, terminará por volta de setembro deste mes-mo ano. Segundo os médicos, a

inflamação foi provavelmente cau-sada pelo fato de fazer muitos mo-

vimentos bruscos e repe-titivos em seus shows e por carregar muito peso em seus trajes. A turnê iniciada há 2 anos, já havia passado por todos os continentes e a canto-ra ainda faria 20 shows nos EUA e 1 no Canadá para encerrá-la. Após a cirurgia, Gaga passou 13 dias sem dar notícias sobre sua saúde. Depois de seu desaparecimento, no dia

12 de março, Lady Gaga foi foto-grafada, em Nova York, em sua cadeira de rodas com ouro de 24 quilates.

No dia 21 de setembro de 2012, foi lançado o IPhone 5, da Apple Store, em Sao Francisco nos EUA. O aparelho bateu recorde de vendas sendo o mais comprado da historia, com 2 milhoes de unidades nas primeiras 24 horas (superando o IPhone 4s com 1 milhao). Seu lançamento no Brasil ocorreu no dia 14 de dezembro de 2012.

O novo IPhone possui uma tela maior com resoluçao de 1136 x 640 pixels, que aceita 5 linhas de aplicativos, uma a mais que os outros IPhones. Ele e revestido com alumınio, o que o deixa 20% mais leve, porem esse modelo pode ser amassado mais facilmente ao ser pressionado. O sensor da ca-mera e de 8mp com resoluçao de 2364 x 2448 pixels.

Nele pode ser usado o recurso do Facetime (uma ligaçao por vıdeo para outros aparelhos da Apple). Sua base e com-posta por 3 microfones, 2 cameras e 1 lash. Traz um proces-sador 2 vezes mais rapido do que o IPhone 4s e possui uma tecnologia que permite utilizar a banda 5ghz. O aparelho tam-bem melhorou na bateria, agora ele dura 10 horas de navega-çao via Wi-Fi e 8 horas com LTE.

IPHONE 5 BATE RECORDE DE VENDAS Nas primeiras 24 horas, foram vendidos 2 milhões de IPhones

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Na quarta feira, dia 20 de fevereiro de 2013, Mitch Winehouse homena-geou sua filha Amy Wi-nehouse, falecida em 2011. Isso aconteceu na 33º edição do Brit Awards. O pai usou uma camisa com a foto da filha nas costas.

Awy Winehouse, famo-sa cantora britânica, pro-pagou a sua música pelo mundo. Ela começou a se envolver no mundo das drogas e foi parar na rea-bilitação várias vezes. Amy ficou famosa pelas

suas músicas inovadoras, e pelo seus problemas com drogas. No final de 2011, a cantora morreu de overdose.

Em janeiro, 18 meses após a morte da Amy, ela foi indicada ao prêmio “Solo feminino Britânico”, no Brit Awards de 2013. Disputou o prêmio com Elen Sandé, Jessie Ware, Paloma Faith e Bat For Lasher. A disputa aconte-ceu através da música “Hidden Treasures”, grava-da em 2002.

PAI HOMENAGEIA AMY WINEHOUSE NO BRIT AWARDS Pai de Amy Winehouse faz homenagem a cantora

CHEGADA DA REDE 4G

O 4G do Brasil, apesar de estar disponível em oito capitais brasileiras, aparen-ta não ser compatível com 27 dos 69 países que já possuem tal tecnologia. O 4G chegará em cidades fo-ra das especificadas e es-tará disponível até maio de 2014.

A rede 4G brasileira não é compatível com paí-ses como Estados Unidos, Argentina e Uruguai, os três principais destinos tu-rísticos do brasileiro no ex-terior. Na Argentina, as re-des 4G ainda estão em fa-

se de testes, mas não se-rão compatíveis com a bra-sileira.

Os usuários sedentos para testar a rede devem se conter e esperar pelos aparelhos vendido no Bra-sil. As frequências de 4G adotadas no Estados Uni-dos e em países da Europa são diferentes das brasilei-ras.

NOVO WII O mais novo e esperado console da Nintendo

Wii U é o console de oita-va geração da Nintendo. Apresentado na Electronic Entertainment Expo, no dia 7 de junho de 2011.

Após o anúncio, houve uma queda de 5,7% nas ações da Nintendo, isso não ocorreria na empresa desde o lançamento do Wii em 2006.

O novo Wii foi lançado no dia 18 de novembro de 2012, na América do Norte; 30 de novembro, na Europa; 8 de dezembro, no Japão. Já na América do Sul, foi adiado

para o primeiro semestre de 2013.

A Nintendo, empresa que nasceu fabricando baralhos no final do século XIX, teve que reduzir a projeção de vendas do Wii, 3DS e do DS pela concorrência de empre-sas fabricantes de tablets.

O novo console da Nintendo

SWORDPLAY: A BATALHA DOS NERDS Jovens simulam batalhas históricas com trajes e armas medievais

Nos parques Ibirapuera e Villa-Lobos, em São Paulo, crianças de no mínimo 12 anos, adolescentes e jovens praticam swordplay (jogo de espadas), um esporte que simula batalhas históricas da Época Medie-val. O esporte existe no Brasil des-de a década de 90 e os jogadores lutam com trajes e armas medievais, com proteção de borracha para evi-tar acidentes.

Os guerreiros são divididos em clãs. Cada um tem seu próprio papel, por exemplo: os arqueiros, guardi-ões, líderes, soldados e guerreiros. Os jogadores levam o esporte a sé-rio, como o clã Draikaner, que treina todo domingo no Ibirapuera. Além disso, o grupo conta com uma base no Centro de Artes Marciais Magui-la, em Osasco.

Para participar é preciso pagar cerca de 25 reais pelo traje e 15 re-ais por uma boa arma, mas é preciso comprometimento e treinos sema-nais para melhorar suas habilidades.

Com o passar do tempo, o parti-cipante pode subir de nível, passan-do por testes que incluem desempe-nho físico, manuseio de armas, es-tratégia e conhecimento sobre a Ida-de Média. Se você ficar bom o sufi-ciente, pode até criar o seu próprio clã.

MORRE MARCOS BASSI O ESPECIALISTA EM CARNES Morto aos 64 anos, o churrasqueiro era conhecido como o

“artesão das carnes”

Na tarde de 24 de março de 2013, o especia-lista em carnes, Marcos Bassi, morreu aos 64 anos. O churrasqueiro es-tava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tratando de um câncer no pulmão.

Ele será sepultado no dia 25 de março de 2013, no Cemitério do Araçá.

Bassi era dono do restaurante Templo da Carne, localizado na regi-ão central de São Paulo,

no Bexiga, bairro Bela Vis-ta.

Ele era conhecido por ser especialista em corte de carnes. Marcos valori-zou as carnes considera-das inferiores e de menor qualidade, como a fraldi-nha. Também, divulgou o modo de preparo correto do bombom de alcatra e steak de açougueiro, além de outras peças as quais popularizou entre churras-queiros.

Marcos Bassi

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VENDA DE INGRESSOS PARA O ROCK IN RIO 2013 Apesar de pani no site, ingressos se esgotam em pouco mais de 4h

A venda de ingressos para o Rock in Rio 2013 foi liberada pouco mais das 10 h de quinta feira, 04/04. Em pouco mais de quatro horas, todos os 455 mil ingressos colocados a venda pelo site oficial do evento já haviam sido vendidos.

Segundo a organização do evento, os ingressos foram colo-cados a venda apenas pela inter-net para evitar filas quilométricas como as que ocorreram na edição de 2011. Mesmo assim, a venda de ingressos não foi um sucesso pois uma sobrecarga, causada pe-lo alto número de acessos, deixou o site fora do ar. Isso porém não tirou a animação do público que, logo após a normalização do site, continuou comprando ingressos com o intuito de ver as grandes estrelas que irão participar do fes-

tival como Beyoncé, Metálica, Bom Jovi, Jessie J, entre outros.

O Rock in Rio, que já foi rea-lizado em Lisboa e Madrid, além do Rio de Janeiro, terá algumas novidades para 2013, como a di-minuição do público que deverá circular pela cidade do Rock nos dias dos shows. A capacidade, que no ano passado era de 100 mil pessoas, foi reduzida para 80 mil. O preço do ingresso era de 230 reais com desconto para apo-sentados e estudantes brasileiros.

LEAGUE OF LEGENDS É SUCESSO Depois de ser quase um sucesso mundial, o jogo chega ao Brasil

No mundo inteiro, League of Legends é diversão garan -da. Graças a Riot Games, esse jogo agora está no Brasil com o obje vo de entreter as pessoas através de seus modos de jogo, sua complexidade e jogabilida-de.

League of Legends, apelida-do como LoL, é um jogo online, ou seja, você pode jogar contra outras pessoas no mundo co-nectado. Após fazer uma pes-quisa para obter o resultado de qual o jogo mais jogado no mundo, o LoL apareceu na pri-meira colocação em destaque, pois passou seu concorrente mais forte na indústria de ga-mes, Dota, com mais de 12 mi-lhões de jogadores conectados em seus servidores.

Com 112 personagens, o jogo se destaca na qualidade que é usada para criar e desen-volver os personagens com his-tórias que contam de onde ele veio e como ele chegou ao jo-go. Para o jogo não ficar enjoa-

vo, a Riot Games cria novos personagens a cada mês, além

de relacionar histórias dos per-sonagens. Um exemplo disso é a Lux, uma personagem muito famosa por ser irmã do Garen, um destemido guerreiro que luta por sua cidade, Demacia.

League of Legends ficou tão conhecido que hoje, várias em-presas famosas no mundo todo patrocinam campeonatos mun-diais que reúnem equipes de todos os países para disputar um troféu, além de uma gran-de quan a de dinheiro para a equipe vencedora. O jogo já está na sua terceira temporada e, pelo sucesso, não vai parar por aí.

CCICLISTAS PROTESTAM NUS EM SÃO PAULO Celebrando a pedalada e o corpo humano

No sábado, dia 9 de março, cerca de 200 pessoas foram protestar contra a dependência do petróleo e contra a vulnerabilidade dos ciclistas na Avenida Paulista, sendo de bicicleta ou qualquer outro veículo movido a força humana.

O código de vestimenta diz “tão nu quanto você ousar”. A concentração foi feita às 18h, na Praça do Ciclista, e a largada foi às 20h, na Av. Paulista. O evento foi organizado pelo Facebook e pelo Twitter.

Em 2012, o número de mortes de ciclistas cresceu 6% em

relação ao ano anterior e, de acordo com o CET, a Zona Leste é a região que mais tem mortes causadas por acidentes.

A Pedalada Pelada foi criada originalmente no Canadá, com o nome de World Naked Bike Ride em 2004. Ocorre em São Paulo desde 2008 e também acontece no mesmo dia em Florianópolis (SC) e cidades do hemisfério Sul.

MUSCULAÇÃO EM EXCESSO Adolescentes se preocupam cada vez mais com a forma do corpo

Estudante carioca de 15 anos preocupa-se em ficar mais forte. Ele malha 6 vezes por semana e pesquisa sobre novos exercícios e suplemen-tos alimentares. A meta do adolescente é aumentar o diâ-metro de seus braços de trinta e nove para cinquenta e cinco centímetros.

Estudos internacionais apontam a insatisfação de mui-tos meninos com o próprio cor-

po. Como exemplo, a Universida-de Federal de Santa

Catarina fez uma pesquisa com 641 jovens de 11 a 17 anos, e 54,3% estavam insatisfeitos com sua imagem.

Em muitos casos de ado-lescentes, viciados em malha-ção, acabam tendo transtornos que afetam sua auto percepção e se tornam vigoréxicos, ou se-ja, veem-se mais magros e fra-cos do que são e, para ganhar mais músculos, treinam inten-samente.

LE CORDON BLEU INAUGURA FILIAL NO RIO A tradicional escola de gastronomia francesa tem data

para ser inaugurada

Em agosto de 2013, a escola de gastrono-mia francesa, Le Cor-don Bleu, terá a pri-meira filial no Brasil. A cidade escolhida foi o Rio de Janeiro, a insti-tuição funcionará no bairro do Botafogo, com a ajuda do go-verno do Rio que ce-derá o prédio onde funcionará a institui-ção. O presidente da escola, André Cointre-au, disse em entrevista a revista Veja, que o Rio foi escolhido, devi-do a fase que está vi-vendo, com muitos eventos e desenvolvi-mento.

Le Cordon Bleu foi fundada em 1895 e é internacionalmente conhecida por formar mais de 20 mil estu-dantes a cada ano e ensinar o domínio das

técnicas culinárias francesas. O objetivo da escola é preservar e transmitir a maravi-lha dessa culinária.

A primeira turma dis-ponibilizará 480 vagas, 96 são reservadas aos alunos da FAETEC. O governo investira 3,5 milhões em obras e 5,8 milhões de reais em equipamentos, em um total de 9,9 milhões.

A instituição irá ofe-recer cursos técnicos de cozinha, pâtisserie, bakery, vinhos e quei-jos, alguns cursos de longa duração.

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No dia 21 de setembro de 2013 a Escola Vera Cruz comemorou seus 50 anos de existên-cia. Foi uma grande conquista para todos que participaram da instituição desde o seu início. Gostaríamos de relatar nesta reportagem a his-tória da escola em que estudamos.

Quando tudo começou...

A Escola Experimental Vera Cruz iniciou seu projeto educacional em 1963, com menos de 100 crianças, com jardim e pré. O Vera era uma pequena escola localizada numa casa em frente à igreja N. S. do Perpétuo Socorro, em Pinheiros. Sua criação atendia à demanda de pais que, naquele momento, buscavam um espaço escolar onde meninos e meninas tivessem acesso a educação pré-escolar e primária. O “fazer escola” se aperfeiçoou, novas unidades foram surgindo como resposta às necessidades de ampliação do projeto pedagógico e da comunidade.

A partir da pré-escola, foram montadas as primeiras séries do primário. O início do 1º ano do primário foi em 1964, e em 1967 a escola já contava com uma sequência de Jardim I à 4ª série. Nesse período, o Vera Cruz mudou de endereço duas vezes: em 1965, para a Rua Alves Guimarães e, em 1966, para a Rua Frei Caneca.

Em 1971, a escola funcionava na Av. Brasil, mas no ano seguinte, o ginásio iria ser inaugurado num novo prédio, na Praça Professora Emília Barbosa Lima. As obras da nova unidade atrasaram e o ano letivo não quis saber de esperar: o Vera teve que alugar um espaço dentro do colégio vizinho, o Santa Clara. Cerca de 50 alunos da quinta série do Vera estudaram em duas salas isoladas das demais, com horários de recreio diferentes, sem contato com os estudantes do Santa Clara. “Ficamos lá até outubro, aproximadamente, quando finalmente chegou o dia da mudança para o novo prédio! E lá fomos nós, descendo a Rua Bernarda Luís em direção à Nazaré Paulista, com carteiras e cadeiras sobre as cabeças, carregando tudo no braço, mas bem contentes por inaugurar as novíssimas instalações da escola, contou Annette Schwartsman, ex-aluna da escola.

Ninguém melhor do que os primeiros Os 50 anos do Vera têm muitas histórias

que ficaram na memória de quem passou por

aqui. Logo no começo, a escola passou por grandes mudanças que evoluíram ao longo dos anos que tornaram a escola uma referência de ensino.

Inicialmente a instituição era uma de escola experimental, trabalhando com estratégias que hoje se provaram eficazes, como: o T.P, traba-lho pessoal; aulas de Matemática, momento descontraído em que os alunos aprendem brincando com cubos e placas de madeira; ou Biologia, recolhendo, herborizando e catalogando folhas diferentes nas aulas de botânica. “Iniciativas ousadas e inovadoras”, diz Annete Schwartsman, ex-aluna da primeira turma até o 9º ano. “Nós fomos as "cobaias" que inauguraram a quinta, sexta, sétima e oitava série, mas as turmas seguintes continuavam chegando a cada ano, aumentando a quantidade de alunos da escola”, completa a ex-aluna.

As matérias eram quase as mesmas: Matemática, Português, Ciências, Estudos sociais, Artes e Educação Física, mas não existia Trabalho Rítmico.

Aula de Educação Física

Em geral, o dia começava com o TP, as aulas eram de 50 minutos e aulas duplas de 1h40. “Chegávamos às 7h na escola, antes mesmo do primeiro horário, para jogar bola. Eu e mais uma meia dúzia de fanáticos por futebol”, disse o ex-aluno Sérgio Fausto.

Na época não era necessário usar uniforme, só nas aulas de Educação Física, mas a moda era exatamente a inversa da atual: os meninos usavam shorts justinhos, e as meninas uns calções largos. Nessa mesma época, houve a mudança para as calças de elanca.

Em contato com antigos alunos, eles se dizem felizes por terem estudado no Vera Cruz e elogiaram bastante a escola. “Acho que o que foi mais marcante para mim foi o convívio com as pessoas. Podíamos dizer o que pensávamos, escrever sem preocupação de sermos repreendidos pelos professores... Meninos e meninas se juntavam, se misturavam, sem clubes do Bolinha e da Luluzinha. O Brasil era muito mais autoritário e conservador do que é hoje. O Vera era um espaço de liberdade”, diz Sergio Fausto.

Vera nos anos atuais

Nos anos que se seguiram, o Vera Cruz

ampliou muito o seu atendimento: desenvolveu seu próprio curso de inglês, constituiu o Ensino Fundamental, criou o Ensino Médio e fez o pré-dio da educação infantil. Entre suas ações voltadas para a comunidade, organizou o projeto Ilha de Vera Cruz, que tem como objetivo a Educação de Jovens e Adultos iletrados ou que não conseguiram completar a escola. Ao todo, o Vera Cruz possui cinco unidades.

Uma das unidades: Educação Infantil

A educação infantil tem períodos matutinos

e vespertinos que duram das 8h às 12h15 e das 13h às 17h15, respectivamente. As aulas do ensino fundamental II (do 3º ao 5º ano) se iniciam às 13h e terminam às 17h40. O EF III (do 6º ao 9º ano) dura das 7h45 às 12h30.

A partir do EF2, a rotina se inicia com o TP, onde os alunos realizam lições dadas pelos professores. Porém no EF III só existem quatro dias de TP na semana.

Em seguida, acontece a aula coletiva, de uma hora e meia de duração, seguida de um intervalo de meia hora. No final do dia, aconte-ce outra aula coletiva.

A partir do 6º ano é obrigatório o aprendiza-do de inglês que tem como duração uma 1h15. A polivalência dos professores existe até o 7º ano. A partir do 8º ano se tem um professor especialista para cada matéria.

As aulas do ensino médio acontecem das 7h15 às 13h15, com cinco aulas de uma hora de duração. Em dois dias da semana os alunos entram às 8h20, mas saem às 16h40, em virtu-de do integral.

A diferença quanto às outras escolas é que se aprende algo útil e interessante para cada faixa etária e isso faz com que os alunos se inte-ressem por estudar.

Finalizaremos a reportagem com a fala de uma ex-aluna, Annette: “sinto-me uma felizarda por ter estudado no Vera, já sentia isso na época e não pensei duas vezes antes de colocar meus filhos na escola. Só guardo ótimas lembranças dessa época e tenho certeza que a escola me ensinou a pensar. Não decorei todas as datas históricas, nem as fórmulas de física ou os elementos da tabela periódica, mas sei raciocinar, investigar, analisar e, modéstia parte, virei uma profissional respeitada e bem-sucedida na minha área, o jornalismo”.

***

Parabéns ao Vera Cruz que tem ampliado cada vez mais seus serviços à comunidade. Desejamos que daqui a 50 anos, em 2063, ou-tros alunos estejam escrevendo uma reporta-gem comemorando o centenário.

Vera Cruz 50 anos Toda a história da escola, de 1963 até 2013

Amanda W. Martins Pereira - 8A

Luca Conti - 8A

Ana Carolina C. Gonçalves - 8B

Lucas Xavier da Cunha - 8B

Rafaella Avakian Mansur - 8B

Renata Pinto de S. Sawaia - 8B

André Athayde Gimenes - 8C

Mateus G. Santomauro - 8C

Vinícius A. da Costa - 8C

André Corradi Rocha - 8D

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Entrevista com Stella Galli Mercadante Stella Galli Mercadante, a diretora do Ensino Fundamental do Vera Cruz, teve e tem um papel muito importante na história da escola. Em 1973, ela entrou como fundadora do ginásio do Vera (atual fundamental III). Não há ninguém melhor que ela para nos contar mais sobre sua contribuição. Na entre-vista para o nosso jornal, Stella nos contou sobre sua própria vida profissional e sua im-portante relação com a escola a partir de 1973. Jornal: Qual é a sua formação inicial? Stella: Eu fiz Pedagogia na PUC, depois fiz uma especialização em Psicologia Clínica voltada para a formação de psicólogo clinico, por 3 anos. No meio deste processo, eu par-ticipava de política universitária e minha fun-ção era educação de adultos. O objetivo era que eu fizesse uma cartilha para a educação de adultos mas eu questio-nava a cartilha de alfabetização, não achava que era a melhor forma de alfabetizar um adulto. E eu soube de uma experiência, do Paulo Freire, em Angicos, no norte do Brasil. Eu mandei uma carta para ele dizendo que eu gostaria de saber sobre o projeto (alfabetizar em 40 horas). Quando ele estava passando por São Paulo, me ligou e eu fui conhecer mais sobre... Eu fiquei apaixonada! A gente montou o movi-mento de cultura popular de São Paulo para trabalhar com a alfabetização de adultos, dentro do sistema Paulo Freire. Este trabalho foi minha grande formação como educadora, eu trabalhei dois anos e meio discutindo, pen-sando, aprendendo e realizando o trabalho com ele. Quando ele me contou sobre o projeto, eu fiquei tão entusiasmada que eu fui até a mi-nha faculdade e pedi para a freiras, que eram as diretoras, me emprestarem uma sala, cha-mei um monte de pessoas que trabalhavam comigo na política universitária. Assim, Paulo Freire contou para todos sua ideia. A partir daí, a gente montou o movimento de cultura popular de São Paulo ligada a ação popular que era do partido político de que eu partici-pava. Esse projeto se espalhou por São Pau-lo. Quando veio o golpe militar, o projeto foi con-siderado comunista. Paulo Freire foi preso, tivemos que parar com todas as nossas ativi-dades e muitas outras pessoas do projeto também foram presas, eu ainda era estudan-te e ainda tinha mais um ano de curso. A gente parou de se encontrar, foram tempos muitos difíceis. Neste ano eu terminei meu curso e abri uma clínica com algumas pesso-as para atender crianças. J: O que é educação para você? S: Educação para mim é um processo de en-sino aprendizagem. Antigamente, só se fala-va no ensino; o professor ensinava e o aluno

aprendia. Hoje temos que enxergar o proces-so em conjunto. Que situações de ensino eu devo proporcionar para cada faixa etária de idade para que o aprendizado tenha algum significado e a pessoa realmente integre aquele conhecimento na sua vida. A ideia é uma escola onde se aprende: onde nós aprendemos ensinando e os alunos ensi-nem aprendendo, é um processo que integra aprender e ensinar. Todo o nosso trabalho está voltado para o conceito de aprendizagem que diz o seguinte: eu aprendo comigo mesmo, por isso a exis-tência do TP (trabalho pessoal) nessa escola. Nessa atividade eu entro em contato com o texto, eu penso, eu vejo o que eu não enten-di, eu procuro o atendimento... A medida que eu vou trabalhando individual-mente eu também vou percebendo como eu aprendo: eu aprendo melhor português do que matemática, eu levo mais tempo para fazer uma ficha de estudos sociais do que uma de ciências. Não é só aprender o conte-údo, é aprender como eu aprendo. É como eu entendo educação e é o grande foco do trabalho do Vera Cruz. E tem também o aprender com o outro, que é o trabalho em grupo. Discussão em grupo, na qual muitas vezes vocês são portadores de conhecimento, colocando suas ideias, suas diferentes opiniões, hipóteses. E a ideia é que os diferentes olhares dão uma noção me-lhor do conteúdo tratado. J: A escola Vera Cruz inovou colocando professores polivalentes no 6º e 7º ano. Como foi o processo de formação desses professores que antes eram especialis-tas? S: Nós convidamos muitos professores do GEPE e inventamos a polivalência na 5ª se-rie. Nós chamamos duas professoras com 10 anos de sala de aula e as desafiamos a vira-rem professoras polivalentes. Elas aceitaram porque elas estavam mais interessadas no processo de aprender do que no ensinar por-tuguês. Essa foi a grande inovação que até hoje nenhuma escola teve. Daí em diante, fomos estruturando, formando pessoas, cha-mando assessores: professores especialistas que ajudavam na formação do professor poli-valente. Quando o professor polivalente che-ga aqui na escola, ele normalmente é especi-alista em alguma área e ele tem que entrar em contato com as outras matérias e saber não só o conteúdo da matéria mas o como ensiná-lo, que hoje se chama didática. A gente leva essa proposta para outras esco-las. Levamos para escolas públicas e as pro-fessoras que eram, por exemplo, de matemá-tica, diziam: Eu sou melhor professora de português do que de matemática. Como eu sei muito de matemática, eu não tenho muito a percepção da dificuldade do outro. Como eu tive que aprender português e vi aquela

dificuldade eu sou melhor professora de por-tuguês. Então é muito interessante essa pos-sibilidade do professor se tornar polivalente, se tornar um professor que está olhando a aprendizagem em quatro áreas e cada uma tem um aspecto de desenvolvimento cogniti-vo, de desenvolvimento atitudinal... As maté-rias todas complementam e ajudam a formar competência que vão fazer vocês continua-rem aprendendo o resto da vida. Hoje em dia ninguém sai da escola achando que sabe tu-do. J: Quais experiências educacio-nais você vivenciou antes do Vera Cruz que te ajudaram a criar um método de en-sino tão diferente? S: Em 1968 eu fui convidada para trabalhar no projeto do Ginásio Experimental Pluricurri-cular Estadual (GEPE). Eu vendi minha parte da clínica onde estava trabalhando, e fui para GEPE porque eu queria mesmo educação e era uma experiência nova. O projeto visava alunos e alunas de classe social bem baixa... Fiquei lá 4 anos, ajudei a formar a primeira turma, mas uma hora o go-verno foi cortando os investimentos e, no final de 1971, um grande grupo de professores, inclusive eu, saiu dessa escola. No GEPE, fizemos várias experiências para conseguir uma ligação maior entre os profes-sores, alunos e conteúdo com o objetivo de diminuir o índice de reprovação para o giná-sio. Isso porque, no Brasil, os alunos tinham 50% de reprovação do 4º pro 5º ano. Mas, percebemos que o problema era a estrutura. Assim, nós criamos outra estrutura: a poliva-lência do 5º ano ao 8º, para que os professo-res continuassem vendo o aluno de um ponto de vista integrado e dando continuidade ao processo de aprendizado. Não era só ensi-nar, era acompanhar e aprender. Nas duas primeiras turmas ficou esse siste-ma. Depois cortamos a polivalência na 7ª sé-rie (8º ano). Hoje com a ideia de que todos têm direito a educação, o sistema de ensino brasileiro funciona da seguinte forma: educa-ção infantil, ensino fundamental I e II (aqui no Vera é II e III) e o ensino médio, fazem parte da educação básica. Todo brasileiro tem di-reito de fazer a educação básica. J: Sabemos que você entra no Vera em 1973 e a partir disso inicia o ginásio (ensino fundamental III). Qual o cargo que você ocupava quando o início do traba-lho? Como foi esse processo de criação? S: Em 1972, eu fui convidada para montar o ginásio do Vera Cruz, que se iniciou em 1973. Eu entrei como orientadora pedagógi-ca. Foi nesse ano que foi criada uma lei na qual o ginásio tinha que dar continuidade ao primário. Até aquela época, você fazia o pri-mário, até o quarto ano.

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Entrevista com Gláucia Affonso

Para entrar no ginásio você fazia um quinto ano e fazia um teste. Quem passava, ia para o ginásio; quem não passava, parava de es-tudar, não fazia ginásio. Ou seja, havia uma seleção dos melhores alunos que continuari-am a estudar. Com a democratização do en-sino, ou seja, com a ideia de que o ensino deve ser para todos, surge essa lei. O Vera Cruz já tinha um primário, até o 5º ano. Com a lei, ela teve que escolher entre fazer um convênio o com um ginásio de outra escola, ou construir seu próprio. Nós queríamos criar um ginásio que realmente desse continuidade ao projeto que o Vera já tinha. Percebemos que o TP deveria continuar, na medida em que tínhamos criado o Vera dentro de uma proposta que visava o trabalho individual. A pergunta foi: Como fazer com que o projeto continuasse? No Brasil, os alunos tinham 50% de reprovação do 4º para o 5º ano por que saíam do primário com 1 professor e se debatiam com 11 professores no ginásio, com o foco voltado para o conteúdo das ma-térias. Enquanto no primário, o foco era o aprendizado e o desenvolvimento do aluno. A Escola Vera Cruz acompanhou no seu de-senvolvimento esse processo de democrati-zação do ensino no Brasil. Ela já tinha educa-ção infantil, entendia que a educação come-çava na infância, tinha que ser mista... De-pois ela constrói o primário, o ginásio e o en-sino médio. Esse processo foi construído ano a ano porque o que a gente queria era fazer um conteúdo que fosse adequado à faixa de idade do aluno. Não é porque disseram que temos que ensinar raiz quadrada no 5º ano que nós vamos ensinar, nós começamos a pensar o que da matemática seria interessan-te, importante e significativo para cada faixa de idade.

J: Que diferenças você percebe entre os alunos antigos, de 50 anos atrás, em rela-ção aos estudantes atuais? S: No corredor da entrada temos as fotos das turmas. Podemos ver claramente a diferença de tamanho, de postura, de roupa, de olhar, de jeito de estar nessas fotos... Estamos fa-zendo um livro que vai ser lançado para co-memorar os 50 anos da escola, são depoi-mentos de ex-alunos, da década de 60 até 90. A escola também mudou em função dessas gerações, por exemplo: a escola dos anos 70, no final da ditadura, era uma escola que se caracterizava pela busca da liberdade por-que na sociedade daquela época não se po-dia nem falar, não podia conversar num res-taurante porque se você falasse alguma coi-sa, alguém podia te denunciar... Aqui a gente criou um espaço onde os alunos podiam se expressar. A partir dos anos 80 e 90, quando começa o processo de democratização no Brasil, pas-samos a focar na formação de um cidadão: Como vamos atuar nesse mundo agora que é possível atuar no mundo? E hoje com a tec-nologia a escola tem que fazer o aluno perce-ber que eu estou no meu quarto sozinho, mas quando eu ponho no computador eu estou falando com o mundo, então cria um conflito entre o privado e o público. A escola tem que ajudar vocês, até mesmo nós, a diferenciar esses dois conceitos. E a escola é um lugar público, quando você entra aqui você tem que adquirir valores públicos , valores de con-vivência pública, com o outro. Então os alunos mudam, a escola muda, o mundo muda... O aluno de hoje, por exemplo, a escola precisa trabalhar tempo de concen-tração porque a criança está muito acostuma-

da a ter respostas imediatas e a escola tem que mostrar que para transformar, você tem que suar um pouco, não é só apertar um bo-tão... Até a questão de apertar botão endure-ce o pulso e assim temos que pensar em co-mo trabalhar esse corpo porque elas estão com dificuldade em escrever o oito e o cinco, por exemplo, já que precisam de uma flexibili-dade que os joguinhos não exigem. J: O que você sente quando pensa que contribuiu com a construção de uma esco-la inovadora e hoje, depois de 50 anos, percebe que muitas das pessoas forma-das pela escola fazem grande diferença no mundo? S: Eu estou muito orgulhosa com o livro que vai ser lançado. Ele tem muitos depoimentos de alunos, sobre o que eles são hoje, e mui-tos se referem à contribuição do Vera para a formação deles. Eu pedi depoimentos de alu-nos que hoje estão fazendo alguma coisa no mundo, o conhecimento tem que estar relaci-onado com aquilo que você tem interesse e também tem que estar relacionado com uma atuação produtiva e transformadora no mun-do e essa é a ideia da escola: ser um lugar onde pessoas são formadas para transfor-mar o mundo e não que vão ficar repetindo as coisas que acontecem todos os dias.

Há mais de 24 anos no Vera Cruz, Gláu-cia Affonso, ex-aluna do Vera e orientadora do ensino fundamental, nos contará um pou-co sobre sua trajetória na área da educação. Jornal: Sabemos que você passou a sua infância (dos 3 aos 11anos) no Chile, quais as diferenças no método de ensino desses países? Glaucia: Na época em que vivi no Chile, es-tudei numa escola de freiras de ensino tradici-onal, só de meninas, o “Compañia de Maria”. Na época, havia poucas escolas com méto-dos mais inovadores e democráticos no mun-do em geral, esse movimento começou mais adiante, sei que hoje a educação no Chile é considerada uma das melhores do mundo. Quando cheguei ao Brasil em 1973 e conheci o Vera Cruz, foi uma grata surpresa pois era uma escola com uma proposta diferente, ba-seada no movimento da Escola Nova. A rela-ção dos alunos com os professores era mais

próxima, menos formal, eu era avaliada com conceitos e não com notas, havia muitas ativi-dades em grupo e com uso de materiais con-cretos e não só de livros e cadernos. Era pe-dido aos alunos que lessem livros literários (isso eu não tinha no Chile), havia Estudos do Meio e acampamentos como atividades com-plementares à sala de aula. Não havia aula de religião, a escola era laica e estava mais de acordo com o jeito com que meus pais nos educavam em casa. Além disso, a organiza-ção do tempo escolar era diferente, dividida em Trabalho Pessoal e Aula Coletiva; eu gos-tei muito disso tudo, passei a ir para a escola com felicidade. J: Quando voltou para o Brasil, conseguiu se adaptar facilmente? As diferenças eram muito drásticas? G: A volta ao Brasil exigiu adaptações de mim e de minha família porque meu pai não pôde voltar conosco pois era exilado político; voltamos os quatro filhos e minha mãe. Eu sabia falar bem em Português porque meus

pais sempre fizeram questão de que falásse-mos Português em casa, o Espanhol só falá-vamos com quem fosse chileno; isso fez com que tivéssemos a língua garantida e facilitou a adaptação. Eu e meus irmãos tivemos au-las particulares para aprendermos alguns conteúdos mas foi por pouco tempo. J: O Vera Cruz fez parte da sua vida. Sente muitas diferenças entre a escola na qual estudou e o Vera? G: A família nos acolheu muito, tenho vários primos e convivi muito com eles desde que chegamos de volta. Nessa época eu era uma menina tímida e estranhava um pouco o jeito extrovertido de ser dos brasileiros. Sofri um pouco para fazer amigos quando cheguei ao Vera Cruz pois as pessoas estudavam juntas há muitos anos, tinham muita intimidade. Cheguei na 6ª série, atual 7º ano e cursei até a 8ª série e nesse período fui me soltando e fiz amigos especiais que tenho até hoje.

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J: Você não fez colegial no Vera Cruz, e sim no Equipe. Quais as diferenças no método de ensino entre dessas duas es-colas? G: Quando cheguei à 8ª série, o Vera Cruz não tinha colegial e propôs aos alunos que fizéssemos pesquisas em várias escolas para conhecer os métodos e contar aos colegas. Foi uma troca muito legal. Meus dois irmãos mais velhos já haviam estudado no Equipe e eu já queria estudar lá mas confirmei com a visita que fiz ao colégio e ao ouvir as pesqui-sas que outros colegas fizeram. O Equipe também era uma escola mais aber-ta e democrática como Vera, mas não tinha Trabalho Pessoal, a gente tinha aulas exposi-tivas, trabalhos em grupo, assistia a filmes e tinha também uma relação próxima com os professores; para mim foi uma continuidade, pois embora houvesse variações, ambas as escolas tinham como princípio o diálogo e a aprendizagem significativa. J: Você fez pedagogia na PUC, trabalhou na escola Crie e só depois no Vera. O que lhe fez traçar este caminho? G: Sai do colegial e cursei Filosofia na USP por 6 meses, aí percebi que não era aquilo que queria e fiz outro vestibular para Pedago-gia na PUC. Logo comecei a trabalhar no Crie, o que fez com que os estudos ganhas-sem ainda mais sentido, pois eu tinha a sala de aula. Mais adiante, o Crie passou por re-formulações e eu sai de lá por não concordar com elas. Resolvi dedicar-me à faculdade somente até que foi preciso fazer estágio para a mesma; nesse momento fui fazer estágio no Vera Cruz porque conhecia e admirava a proposta e se me selecionassem poderia trabalhar lá. O estágio durava uns dois ou três meses e a gente observava todas as faixas etárias da educação infantil, antiga pré escola, depois escolhia uma série e observava por um mês, havia reuniões com a coordenação (Heitor Fecarotta e Márcia Lopez) para discutirmos o que observávamos e ao final entregávamos um relatório. Aprendi muito e fiquei torcendo para ser chamada. A notícia veio no final das férias quando eu voltei de uma viagem e logo comecei a trabalhar como auxiliar do Jardim I(3/4 anos), eu tinha 22/23 anos.

J: Ao longo dos anos, como você se rela-ciona com os alunos de diferentes idades e personalidades? G: Trabalhei muitos anos com os pequenos, do berçário ao 2º ano e achei que essa era a faixa etária com que me dava bem, mas quando mudei para o EF 2 percebi que tam-bém me dou bem com os adolescentes. Na verdade gosto de trabalhar com educação e gosto das histórias das pessoas, dos cami-nhos delas, das descobertas, então a idade não importa, importa você se abrir para esta-belecer contato com o outro.

J: Partindo de suas experiências na esco-la Vera Cruz, que pontos positivos e nega-tivos você encontra no método dessa es-cola? G: Acho difícil fazer uma análise desse tipo em poucas linhas, mas em termos gerais po-deria dizer que o aspecto mais positivo do Vera Cruz é que é um lugar onde trabalha-mos em equipe, estudamos em equipe, pen-samos em equipe. É uma escola que trabalha com princípios e valores e respeita o pensa-mento do aluno, eu me identifico com isso. O ponto negativo nem sei se pode ser chamado assim... pelo fato de tomarmos decisões em equipe, as decisões às vezes demoram, pois não dependem do que eu acho ou quero, mas do que foi “costurado” nas várias instân-cias da escola. Quando digo que isso não é exatamente negativo é porque esse funciona-mento, apesar de às vezes ser demorado, gera decisões consistentes e isso em Educa-ção é fundamental. J: Suas duas filhas estudaram no Vera, assim como você. Ao acompanhar o aprendizado delas, quais foram as seme-lhanças e diferenças que encontrou em relação ao seu? G: Identifiquei os mesmos princípios presen-tes no meu tempo de aluna mas com ativida-des e materiais diferentes. Quando eu era aluna, por exemplo, as fichas eram impres-sas no mimeógrafo – a Elza que hoje é se-cretária geral rodava as cópias e as trazia para a sala no Trabalho Pessoal (TP), muitas vezes os textos tinham sido criados na sema-na anterior, tudo estava sendo construído. Minhas filhas já pegaram o material embloca-do e impresso na gráfica, vocês usufruíram das fichas coloridas e da pasta fichário. J: O que suas filhas sentiam em relação ao ensino da escola? Elas gostavam? De-sejaram mudar de escola em algum mo-mento? G: Minhas filhas sempre gostaram muito de estudar no Vera Cruz, elas iam felizes para a escola e voltavam cheias de assunto. É claro que aqui e ali tinham críticas a alguns aspec-tos, como aconteceria em qualquer lugar, mas nunca nada que fosse significativo. J: Você trabalha no Vera Cruz há muito tempo. No decorrer deste período, qual foi a pior e a melhor questão que já vivenciou na escola? G: Fica muito difícil falar o que foi a melhor e a pior situação pois quando estamos vivenci-ando aquilo parece que é o que há de melhor ou de pior. O trabalho na escola é muito dinâ-mico, a gente se surpreende a todo momen-to, quando espera e quando não. J: Você se relaciona bem com os profes-sores e alunos atuais? G: Me relaciono bem com os professores e alunos em geral, gosto de acompanhar o gru-po de alunos nessa fase de tantas transfor-

mações (6º ao 9º ano), gosto de conversar com eles, de saber o que e como pensam. Os professores são muito engajados e parti-cipantes e isso enriquece muito o trabalho. J: Você já contribuiu em vários assuntos da escola. Quais desses você considera mais importante? G: As escolas têm sido desafiadas a de fato oferecer Educação a todos e o Vera não está fora desse movimento. Sempre foi uma esco-la que se baseou no princípio da heterogenei-dade mas tem recebido alunos com diversas necessidades diferenciadas o que tem nos feito estudar e buscar novas soluções. Te-mos avançado muito nesse sentido e penso que tenho contribuído com essa questão que julgo da maior relevância, fiz inclusive uma pós graduação em Educação Inclusiva. J: O Vera Cruz promove várias comemora-ções e eventos. Qual sua atuação em rela-ção a estes festivais? G: Há eventos que são mais gerais como as comemorações do aniversário do Vera Cruz, nessas eu ajudo com artesanato para o “Feito por nós” e trabalho no dia da festa. Quando se trata de um evento da série que eu oriento, é preciso revisar o planejamento, discutir como fazer o evento acontecer com a equipe, providenciar ou pedir para que sejam providenciados materiais, lanche, e por fim comparecer ao evento e receber pais e alu-nos. J: Você está no Vera há mais de 24 anos. Como se sente sabendo que este ano ele completa 50 anos? G: Fico muito feliz e orgulhosa em ver que o Vera Cruz continua firme e forte. Principal-mente quando penso que quando estudei aqui a escola era pequena, com uma propos-ta diferente do que era vigente na época e hoje o projeto se solidificou e se ampliou. J: Trabalhando no Vera todo este tempo, você pensa em sair do ramo da pedago-gia? G: Não penso em sair da pedagogia, ao con-trário, o que vem ocorrendo é que venho di-versificando dentro da própria pedagogia. Explico – além de trabalhar no Vera Cruz, venho trabalhando em assessorias a outras instituições, fiz contribuições em livros didáti-cos, dei aula em faculdade de Pedagogia e na pós graduação em Educação Inclusiva. Adoro trabalhar com Educação.

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Leonardo Vacaro Nogueira Mateus Getlinger Santomauro

Miguel Maschion Pavoski dos Santos

Pedro Ito Asbahr

A Seleção Brasileira de Futebol é o time nacional do Brasil de futebol masculino, gerido pela Confederação Brasileira de Fute-bol (CBF), que representa o país nas competi-ções de futebol concebidas pela CONME-BOL e pela FIFA. É o time mais bem-sucedido de futebol na história das Copas do Mundo, ganhando cinco Copas até então (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). Tendo con-quistado um total de 71 títulos internacionais oficiais à nível profissional, sendo assim, um recorde internacional. O Brasil é consistente entre todas as nações mais fortes de futebol do planeta e é a única equipe a ter jogado em todas as copas do mundo.

A Copa após o holocausto

Após a segunda guerra mundial, a FIFA não sabia onde sediar a copa de 1950, pois nenhum dos países da Europa queria sediá-la com seu território destruído. O Brasil fez uma proposta dizendo que pode-ria sediar esta copa - foi rapidamente aceita.

Entretanto a Copa de 50 não foi co-mo a grande seleção brasileira esperava. A seleção era favorita para ganhar, mas na final com o Uruguai, perdeu, no Maracanã, de virada por 2x1.

A Copa de 1958

O técnico do Brasil, Vicente Feola, impôs regras restritas para a equipe escalada para a Copa do Mundo de 1958. Os jogadores receberam uma lista de coisas que não tinham permissão de fazer, incluindo usar chapéu ou guarda-chuva, fumar enquanto estivessem de uniforme oficial e conversar com a imprensa fora dos locais designados. Era o único time que trazia um psicólogo (por causa das me-mórias de 1950, que ainda afetavam alguns jogadores) e um dentista (já que, por causa de suas origens humildes, muitos jogadores ti-nham problemas dentais, o que causava infec-ções e tinha também um impacto negativo nas performances).

O Brasil caiu no grupo mais difícil, com a Inglaterra, a Áustria e URSS. Eles ba-teram a Áustria por 3x0 e empataram com a Inglaterra 0x0. Os brasileiros estavam preocu-pados com sua partida contra os soviéticos, que tinham um físico excepcional e eram um dos favoritos a ganhar o torneio. A estratégia do Brasil era arriscar no começo do jogo para tentar marcar o gol no início. No apito inicial, eles passaram a bola para Garrincha que pas-sou por três jogadores antes de chutar na tra-ve. Eles mantiveram a pressão sem descanso e, após três minutos, que mais tarde seriam chamados de “os três minutos mais grandio-sos da história do futebol”, Vavá deu ao Bra-sil a liderança no placar. Eles ganharam a par-tida por 2x0. A seleção acabou invicta com 16 gols e sofreu apenas 4 em seis jogos, o ti-me escalado para a final foi: Gilmar (goleiro),

Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton San-tos (defensores), Zito e Didi (meio-campistas), Garrincha, Vavá, Zagalo e Pelé, com apenas 17 anos.

A Copa do Mundo de 1962

A Copa do Mudo de 1962 foi a sétima edição do campeonato internacional, que ocorreu do dia 30 de maio até 17 de junho. O evento foi sediado no Chile. O Brasil conse-guiu seu segundo título, mesmo não partici-pando da fase eliminatória, pois já tinha sua vaga garantida. Com Garrincha, como a gran-de estrela, fazendo gols de cabeça e também de perna esquerda e ainda jogando com febre

na final, especialmente após Pelé ter se ma-chucado no segundo jogo e estar impossibili-tado de jogar pelo resto da Copa do Mundo.

A Copa do Mundo de 1970

Após o fracasso na Copa de 1966, a seleção brasileira voltou a participar com Carlos Alberto, Brito, Piazza, Félix, Clodo-aldo, Everaldo, Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino. Disputou uma das três va-gas do continente sul-americano contra as seleções da Colômbia, Venezuela e Paraguai que completavam o grupo B. A participação do Brasil foi irretocável, sob o comando do técnico João Saldanha, venceu todos os ad-versários em ambas as partidas (jogos de ida e de volta), marcando 23 gols e sofrendo apenas dois. No entanto, apesar do sucesso da seleção, ocorreram vários incidentes que levaram a substituição do técnico João Sal-danha por Zagallo, faltando apenas alguns meses para o início da Copa. Zagallo, que já havia dirigido a seleção antes de João Salda-nha, adotou algumas posições polêmicas, entre elas a separação da dupla de ataque Pelé e Tostão, chegando a deixar Pelé no banco de reservas durante um amistoso con-tra a Bulgária. Antes da Copa do Mundo de 1970, houve um amistoso no dia de 3 de se-tembro de 1969 contra o Atlético Mineiro e a futura seleção campeã de 1970 fora derro-tada por 2x1. Depois do ocorrido, foram proibidos jogos amistosos de equipes brasi-leiras com a seleção.

A Copa de 1994 Em 1994, o Brasil não era tido como

favorito. Um ano antes, nas eliminatórias, havia se classificado no sufoco, graças à aju-da de Romário, que foi apelidado de São Romário. Já na Copa disputada nos Estados Unidos, o time de Carlos Alberto Parreira era considerado defensivo demais, o que contrariava o estilo do futebol brasileiro. No decorrer da competição, entretanto, o Brasil foi ultrapassando barreiras e se classificando para as fases seguintes. Foi o líder de seu grupo na primeira fase, depois de vencer Camarões e a Rússia e empatar com a Sué-cia. Nas oitavas-de-final da Copa, eliminou os Estados Unidos em pleno 4 de julho, dia da independência do país. Nas quartas-de-final, em um jogo emocionante, voltou a eliminou a Holanda e, nas semifinais, vol-tou a encontrar a Suécia, despachando o time que era considerado favorito. Na final, derrotou a Itália nos pênaltis, após um em-pate sem gols no tempo normal e na prorro-gação. Passaria assim, a ser a primeira a primeira seleção a conquistar quatro copas do mundo e a primeira a conquistar o título através da cobrança de penalidades máxi-

mas. A Copa de 2002

A Seleção Brasileira teve problemas para se classificar para a Copa de 2002. O primeiro deles foram as constantes trocas de técnicos (Vanderlei Luxemburgo, Candinho, Emerson Leão e Felipe Scolari). O pouco tempo para treinos atrapalhou a campanha. Outra vez a seleção não era vista como favo-rita, mas acabou surpreendendo bastante.

Ronaldo foi novamente convocado, apesar das dúvidas se realmente tinha condi-ções de jogar, pois estava parado há pratica-mente dois anos, por problemas de contusão. Porém, na Copa, teve grandes atuações. O Brasil eliminou as seleções da Bélgica, Ingla-terra, Turquia e Alemanha, esta última na fi-nal. Ronaldo tornou-se o artilheiro, com 8 gols, sendo assim um dos grandes nomes da conquista, juntamente com Rivaldo, tendo assim conquistado o quinto título para a sele-ção brasileira, vencendo todas as partidas do mundial de 2002 e mantendo sua hegemonia.

A Copa de 2014

A Copa de 2014 será sediada no Bra-sil, ela será a vigésima edição da Copa do Mundo. As capitais que sediarão os jogos são: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Forta-leza, Cuiabá, Brasília, Manaus e Natal e as seleções que irão participar são: Brasil, África do Sul, México, Uruguai, Nigéria, Espanha, Japão, França, Argentina, Coréia do Sul, Es-tados Unidos, Grécia, Argélia, entre outros.

O BRASIL NAS COPAS DO MUNDO A retrospectiva do Brasil nas Copas

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Roberto Rivellino é um ex-jogador de futebol brasileiro. Jogou do final de 1960 até o fim da década de 1970 pelo Co-rinthians e Fluminense. Atuou pela seleção brasileira por quase 13 anos e jogou 3 Copas do Mundo. Hoje, tem 67 anos e tem sua própria escola de futebol, chamada Sport Center Rivellino. Lá, criou um espaço para jovens praticarem e, claro, para ensi-ná-los a jogar. Jornal: Como você se sentiu ao vestir pela 1ª vez a camisa da seleção brasileira? Rivellino: Foi um sonho realizado. Desde criança era meu sonho ser um jogador de futebol e jogar pela seleção. Joguei por 10 anos na seleção e foi uma sensação muito boa. J: Durante sua carreira de jogador você atuou pelo Corinthi-ans, Portuguesa, Fluminense e Al Hihal da Arábia. Qual desses times você teve mais prazer em jogar? Por quê? R: Na verdade, eu não atuei pela Portuguesa, só fiz um jogo comemorativo. O Corinthians e o Fluminense são os times que eu tenho mais carinho, porque foram os luga-res onde eu joguei por mais tempo. Ocorreu o centená-rio do fluminense, agora pouco, e fui homenageado o melhor jogador da história do Flu, o que me fez ter um afeto a mais por esse clube, por recebido todo esse agradecimento e reconhecimento. O Corinthians, eu não tenho nem palavras para dizer o quanto eles fizeram por mim. Foram os melhores anos da minha carreira, porque foi o período que eu deslanchei.

J: O que você acha do momento vivido pelo Corinthians? R: É muito bom. O time é muito forte e agora pouco teve a

passagem do melhor presidente da história do clube, Andres Sanchez, que construiu o novo CT e o estádio do clube. O Co-rinthians também tem o melhor treinador da história do clube, o Tite, que é um dos maiores responsáveis pela glória do clube.

J: Como foi ser um campeão mundial e um dos maiores destaques da seleção brasileira de todos os tempos? R: “O Rivelino”, o Pelé, o Carlos Alberto Torres, todos joga-ram bem. Essa foi a seleção dos sonhos, o melhor time, não só uma seleção. Foi incrível ter participado desse time. Tenho muito orgulho. J: Diego Maradona, em várias entrevistas, disse que você foi um dos melhores jogadores que já viu atuar em campo. O que você pode nos dizer sobre isso? R: (risos) eu adoro o Diego. É uma ótima pessoa e eu tenho um carinho especial por ele. Toda vez que a gente se encontra, ele me abraça, me dá beijos e eu sinto muito orgulho de ter si-do considerado por um craque, o melhor jogador que ele já viu jogar. J: Você atuou na seleção brasileira, com o considerado Rei do futebol, Pelé. Como foi jogar ao seu lado? R: Foi fácil. Acho que posso dizer pelo time inteiro, que jogar ao lado de Pelé, é precisar fazer apenas metade do seu trabalho. Quando jogamos a copa de 70 e tínhamos aquela poderosa sele-ção, todos se sentiam mais tranquilos por jogar ao lado dele, dentro e fora de campo. Então sim, jogar ao lado de Pelé, além ser uma grande benção, foi uma das melhores coisas que acon-teceu na minha carreira. J: O que você acha que mudou no futebol daqueles tempos pa-ra hoje? R: Taticamente, pouca coisa. Mas, a grande mudança é a falta

de craques. Mesmo a gente tendo Neymar, Ronaldinho Gaúcho e companhia, não é suficiente. Na minha época, todos no time tinham que ser craques, e nos tempos de hoje, não é isso que acontece. Você viu a convocação do Felipão? Não é o mesmo time que fez os amistosos preparativos. Não há entrosamento na equipe, e há jogadores convocados que não jogam nem a meta-de de outros que mereciam a convocação, mas não a receberam. Outra grande diferença, é a formação de craques na base. Rivel-lino, Pelé, Garrincha e Tostão, todos esses foram formados na base de uma equipe e receberam a chance, e se tornaram lendas no mundo do futebol. É o que falta para esses jovens que estão na base hoje. J: Você abriu uma escolinha de futebol chamada “ Sport Cen-ter Rivellino”. O que ela representa para você? R: Ela representa minha vida, atualmente. Meu objetivo quan-do a criei, foi dar a oportunidade, um espaço para que garotos pudessem jogar. Quando eu era garoto, eu jogava na rua e não era muito bom. Isso foi o que mais me motivou a criar o Sports

Center Rivellino. O que não me agrada é quando ouço que, ao entrar na escola Rivellino, o garoto se tornará um Rivelino ou um Pelé. O que eu faço é melhorar o futebol da garotada e fazer com que eles se divirtam. Se eles se tornarem um Rivelino ou um Pelé, melhor ainda - me deixaria muito orgulhoso.

J: Você recebeu na sua carreira cinco apelidos: Garoto do Par-que, Reizinho do Parque, Patada Atômica, Bigode e Riva. Qual deles você mais gosta? R: (risos) Acho que prefiro Reizinho do Parque e Garoto do Parque, porque quando cheguei ao Corinthians era considerado com um futuro promissor. O Corinthians tinha parque no seu nome, se não me engano. É daí que vem o apelido. Reizinho do Parque veio do Pelé. Em 70, todos o chamavam de Rei do Par-que e ao mostrar meu bom futebol e ficar mais conhecido, rece-bi o apelido de Reizinho do Parque, por menção ao Pelé. Isso me deixou muito orgulhoso.

J:Você se incomoda com o assédio do público? R: Eu não me incomodo nem um pouco. Eu sinto prazer em tirar uma foto ou dar um autógrafo para a garotada e acho que me sentiria mal se não tivesse esse assédio, porque seria como se não tivesse feito direito a minha lição de casa.

O REIZINHO DO PARQUE A vida atual e antiga de Roberto Rivellino

“Não era uma canhota qual-quer”

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O ARANHA EM SUA TEIA A vida do lutador Anderson Silva dentro e fora do octógono

No dia 14 de abril de 1975, em São Paulo, nasceu o lutador brasileiro de MMA (Artes Marciais Mistas), especializado em Muay Thay - Anderson Silva. Ele é dono da maior sequência de vitórias e defesas de títulos deste campeonato. Ainda, ele é considerado por muitos, o melhor lutador da história do UFC.

Mudou-se para Curitiba na infância e, aos cinco anos, começou a lutar taekundo. Aos 18 anos, tornou-se faixa preta, a melhor faixa da categoria.

Aumento da fama

Anderson Silva é conhecido no MMA como “The Spider”. Este apelido começou na infância, quando aos 10 anos ganhou uma fan-tasia de Homem-Aranha, que usava todos os dias. Assim tornou-se Anderson, The Spider Silva.

Silva estreou em um torneio de GP (torneio de luta) onde foi o campeão e, a partir daí, começou a ficar famoso. Após suas pri-meiras lutas, no Brasil, recebeu a chance de lutar nos Estados Unidos. Em 2001, foi cam-peão do Shooto, campeonato mais importante da época, e com isso, ficou conhecido em todo país. Nos cinco anos seguintes, ficou invicto e ganhou três troféus de campeão, os cinturões, tornando-se o melhor lutador da categoria. Ho-je, Anderson é considerado o melhor lutador de MMA da história, o único a ser derrotado apenas uma vez em sua carreira.

Guerra contra Chael Sonnem A polêmica história envolvendo Chael

Sonnem, um lutador americano, começou em agosto de 2010, quando Silva defendeu seu cinturão. A vitória do brasileiro foi considera-da a luta mais difícil de sua carreira, pois, ele

foi golpeado mais nessa luta que em toda sua carreira, cerca de 290 socos em 25 minutos.

Quase todos disseram que Sonnem devia ter levado a vitória aquela noite, por mérito, mas o americano foi pego no exame anti-doping, invalidando a luta. Foi descoberto também, que Anderson lutou com a costela trincada, tirando mais o mérito do adversário.

No dia 7 de julho de 2012, foi marcada a revanche entre Silva e Sonnem. O clima pré-luta foi muito tenso. Sonnem provocou Ander-son, insultando o Brasil e Anderson. Ainda, disse que seria o funeral do brasileiro. Silva que já tinha perdido a paciência respondeu:

“Eu vou bater nele, vou bater nele, ele vai ten-tar me agarrar, vou continuar batendo na cara feia dele até ele desistir. Acho que a luta acaba no primeiro round. Acabou a brincadeira, ele pode ficar falando bobagem, mas acabou. Sá-bado, muita coisa vai mudar. O Sonnem, em outras palavras, está perdido”.

Na hora da luta, Silva provou porque é considerado o melhor lutador da história e der-rotou o americano com um chute no queixo, ainda no primeiro round, levando a torcida a delírio. Após o término da luta, o brasileiro pediu, surpreendendo a todos no ginásio, que aplaudissem Chael Sonnem e convidou-o para um churrasco em sua casa que, foi aceito pelo americano em um tom cômico.

“Como Água”

Anderson Silva: Like Water (no Brasil: Anderson Silva: Como Água) é um documen-tário americano de 2011. O filme é distribuído pela ESPN filmes nos Estados Unidos, a se-gunda produção brasileira da Disney no Brasil, conta a história do lutador brasileiro de UFC Anderson Silva, como o detentor do título de pesos médios do UFC, por mais tempo na his-

tória. Considerado por muitos, um dos maiores lutadores da história, focando em seu relacio-namento com sua família, sua filosofia e, prin-cipalmente, seu treinamento e preparação físi-ca, além de conter entrevistas com vários luta-dores de UFC. O título do filme se refere a seguinte frase de Bruce Lee: não se limite a uma forma, adapte-se e construa a sua própria, e deixe-a crescer, ser como a água. Esvazie a sua mente, seja amorfo, sem forma - como a água. Se você colocar água num copo, ela se torna o copo; se você coloca água numa garra-fa ela se torna a garrafa; se colocá-la num bu-le, ela torna-se o bule. A água pode fluir ou pode colidir. Seja água, meu amigo.

As principais lutas da carreira

A estreia de Anderson Silva no Shooto aconteceu em 2000 contra o japonês Tetsuji Kato. Silva venceu a luta por decisão unânime dos juízes.

Anderson deu uma entrevista após a luta dizendo que aquela vitória seria a primeira de muitas.

O brasileiro foi derrotado apenas uma

vez em toda sua carreira. Essa derrota ocorreu em 2004 contra o também japonês Yushin Okami. Nesta luta, Silva chutou o rosto do oponente em posição de guarda, o que é proi-bido. Ele foi penalizado sendo desclassificado da luta, ou seja, foi considerado derrotado.

Anderson Silva teve seu título desafiado pelo ex-campeão da categoria meio-pesado, Forrest Griffin que disse a todos que iria aca-bar com a sequência de vitórias do brasileiro. A luta foi rápida. Anderson nocauteou seu ad-versário ainda no primeiro round, acertando um soco cruzado de direita na parte esquerda do rosto do americano. O nocaute ganhou o prêmio de “Beatdown of the year” (Nocaute técnico do ano).

Em 2011, a nova vítima do Aranha foi o compatriota Vítor Belfort. A luta antes de co-meçar já havia sido apontada por todos como a luta da década e isso se confirmou. Anderson Silva nocauteou seu oponente com um chute no queixo, apagando-o pelo resto da noite. O golpe foi considerado o nocaute do ano .

No final de 2012 Silva subiu de categoria meio-pesado para enfrentar o mestre da cate-goria Stephan Bonnar. O brasileiro derrotou Bonnar com um triângulo (meio de fazer o ad-versário desistir) obrigando o brutamonte a desistir. Após a luta, descobriram que o ameri-cano lutou sob o efeito de anabolizantes, e ad-mitiu que uma vitória contra o Spider era im-possível.

No começo de 2013, Dana White, presi-dente do UFC, afirmou que o lutador brasileiro assinou contrato com mais 10 lutas, o equiva-lente a 10 anos mas, Anderson afirmou que não sabe se terá condições para as lutas e que garante que consegue pelo menos 3 delas.

Hoje, o lutador tem 38 anos e disse que já pensa em uma nova vida, após pendurar as luvas. Anderson afirma que quer começar uma vida de ator e já está treinando atuar com um professor nos Estados Unidos. Há também o rumor que Anderson Silva esteja trabalhando em um novo filme com seu mestre, Steven Se-agal.

Anderson Silva (direita) e seu mestre Steven Seagal

Silva chuta a cabeça de Belfort

Anderson em sua estreia contra Tetsuji Kato

Sonnem acerta um soco no brasileiro

Anderson peita o lutador americano no evento pré-luta

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José Maria de campos Junior, 30 anos, é professor de educação física da Escola Vera Cruz há dez anos. José, mais conhecido como Zé, é o atual treinador de handball feminino e também atual presi-dente da empresa Handshow. Zé também é quem criou a Copa Toshiaki que acontece durante o intervalo. Essa disputa acontece entre os alunos do oitavo e nono e alguns professores.

Jornal: Você sempre quis ser profes-

sor de educação física? Prof. Zé: Não. Na verdade, eu queria

ser jogador de futebol desde criança. J: Qual é o maior desafio de sua pro-

fissão? Z: Ensinar as crianças os valores em

que a escola e eu acreditamos. Isso é difí-cil, pois a sociedade ensina outros valores.

J: Muitas crianças chegam ao oitavo

ano com vontade de jogar na Copa Toshia-

ki. Como você se sente por ter criado a co-pa?

Z: Eu acho bem legal, pois consegui-mos reproduzir um torneio escolar, de ma-neira educativa, mostrando o outro lado do futebol do Brasil, tentando deseducar os

valores ensinados em um campo ofi-cial de futebol. J: Você gosta de seu trabalho? Já

pensou em mudar de profissão? Z: Gosto, não penso em mudar de pro-

fissão, pois gosto do que faço e de onde eu trabalho.

J: O que você pensa para seu futuro? Z: Eu quero que a empresa Handshow

cresça e eu possa trabalhar mais nessa par-te, mas sem deixar de lecionar no Vera.

J: Qual a importância da educação

física para os jovens de hoje? Z: Eu quero que meus alunos criem

mais gosto pelas atividades físicas e apren-

dam os valores corretos dos esportes. J: Que valores esportivos são esses

para você? Z: Esses valores são diversão, a não

reprodução de atitudes incorretas da torci-da e de jogadores em jogos esportivos ofi-ciais.

A TRAJETÓRIA DE UM GRANDE PROFESSOR

Um pouco sobre José Maria de campos Junior, professor de Educação Física do Vera Cruz

“Os valores do esporte”

Viraram quatro e acabaram oito, mas poderia ter virado oito e acabado dezesseis. Não seria exagero algum. A diferença do Barcelona para o San-tos é enorme. Os gols foram marca-dos por Messi, Fabregas, Adriano, Pedro e Fabregas.

Conseguindo ou não, a mediocri-dade continuará presente em nosso futebol. Estamos muito atrasados em relação à Europa.

O atacante brasileiro, Neymar, entrou em campo mais para o final da partida e até deu uma assistência para um dos inúmeros gols da partida.

Após a partida, o craque, ficou conversando com os ex-companheiros e deu uma entrevista dizendo que desejava a maior sorte para o Santos e que sempre será um fiel torcedor.

Sabe-se que o Santos está longe dos seus melhores momentos. O San-tos se tornou um time envelhecido e enfraquecido com a saída de Neymar. O futebol com mais vitórias no mun-do, que revela mais talentos ao longo dos anos, que mais ganhou jogos e títulos na história desde que a bola é redonda e, mesmo assim, perder para o Barcelona é aceitável, perder de oito a zero, não, para nenhum time brasileiro.

Foi tão ruim quanto, embora muito menos impactante, ver o São Paulo “comemorar” a derrota para o Bayern de Munique por “apenas” 2-0.

Santos e São Paulo deveriam ter vencido Barcelona e Bayer de Muni-que? Sendo realista: não conseguiri-am, hoje.

O presidente Luis Álvaro de Oli-veira Ribeiro, o Laor, que muito fez pelo clube em seu primeiro mandato, mas neste segundo, joga tudo em uma lata de lixo e ficará marcado

como o presidente que trouxe a maior humilhação da história do Santos.

Por mais dolorosa que possa ter sido a goleada sofrida pelo Peixe, ela deve ser discutida abertamente por quem se importa com o futebol brasi-leiro. Santos, São Paulo e outras equipes brasileiras devem ir mais vezes ao exterior, como Atlético Pa-ranaense foi no começo do ano, dis-putar um torneio na Espanha, como Cruzeiro e Fluminense fizeram nos EUA, durante a Copa das Confedera-ções. Devem ir, interagir, vender sua marca, estudar mercados, ver novos jogadores. Devem contar, também, principalmente, com a ajuda da CBF, desde representar o calendário e a distribuição de renda até conseguir que os clubes visitem esses mercados mais frequentemente.

Não sabemos se isto vai acontecer. Depende da boa vontade de quem comanda o futebol brasileiro. Já as goleadas continuarão acontecendo, se nada disto for repensado.

Durante este mês, alguns clubes europeus visitaram a América, inver-tendo o intercâmbio. Foram oito jo-gos, com Porto, os espanhóis Sevilla e Atlético de Madrid. No placar ge-ral, 5 vitórias europeias, 2 america-nas e 1 empate.

BARCELONA FAZ 8-0 NO SANTOS E iguala maior derrota do Santos na era do profissionalismo

RÚSSIA: CAMPEÃ DO MUNDIAL DE ATLETISMO

Seleção faz melhor campanha no torneio

A seleção russa de atletismo superou as expectativas de todos e foi campeã mundial em sua própria casa, conquistando sete medalhas de ouro, quatro de prata e seis de bron-ze, batendo seu próprio recorde, ganhando cinco medalhas de ouro. Apesar do título considerado a me-lhor campanha do país na história do torneio, a Rússia teve um rendi-mento razoável no masculino, con-quistando cinco medalhas e sendo apenas duas de ouro. Já o feminino teve o melhor desempenho de sua história, conquistan-do doze medalhas, sendo cinco de ouro.

A atle-ta russa Antonina Krivosha-pka foi a única que conseguiu levar duas medalhas de ouro, porém a atleta Yelena Isinba-yeva (que causou uma polêmica sobre a homossexualidade) é a ver-dadeira heroína do título, pois con-seguiu o que muitos achavam uma missão quase impossível, venceu a brasileira Fabiana Murer (a ex cam-peã) e a americana Jennifer Suhr no salto com vara, pulando 4,89. A fa-çanha feita pela russa deu um gran-de incentivo a todos os atletas de seu país que, com muito esforço, conseguiram o segundo título da Rússia em mundiais de atletismo.

Uma das maiores atrações do mundial foi o corredor mais alto e mais rápido do atletismo atual. O

jamaicano Usain Bolt provou nova-mente que é o homem mais rápido do mundo, vencendo duas provas individuais e uma com sua equipe.

O Brasil foi um verdadeiro fra-casso nesse mundial. Além de não ter conseguido nenhuma medalha, não está presente no ranking de paí-ses, estando atrás da República Do-minicana, que só esteve presente em dois torneios, e Uganda, que conse-guiu uma medalha de ouro na mara-tona. O Brasil não decepcionou to-dos os amantes de atletismo. Nossa

melhor po-sição foi fora do pó-dio, com a saltadora de vara Fabia-na Murer, que ocupou a quinta colocação. Outro gran-de fracasso

dos participantes que representam nossa pátria foi a humilhante cena no revezamento 4x100, quando a corredora Vanda Santos deixou o bastão cair na hora de passar para sua companheira. O Brasil não con-seguiu recuperar e voltou para casa sem medalhas, uma campanha pior do que a de 2011, quando ganhamos ouro no salto com vara.

A campeã, Rússia, merece os parabéns. Fizeram uma ótima cam-panha, sediando um ótimo mundial e é um exemplo para nossa seleção se espelhar para ter mais sucesso no próximo torneio.

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Carolina Wurzmann Gabriel Manrique Bonilha Júlia K. S. Moreira de Carvalho

Pedro de Mattos Lopes

Ricardo D. Gonçalves Dias Teixeira

Thomas Almeida Hansford

A nona edição anual da virada cul-tural ocorreu das 18 horas de sábado, 18 de maio, até às 18 horas de domin-go, 19 de maio. O público desfrutou de 900 atrações e 25 palcos espalha-dos por diversos locais do centro de São Paulo durante as 24 horas de evento. Além disso, estavam disponí-veis 8 pistas de dança, 10 telões, 1000 banheiros e algumas outras comodida-des para entreter o público. Cerca de 4 milhões de pessoas participaram do evento que custou, aproximadamente, 10 milhões de reais.

Programação

A virada cultural abrangeu todos

os gostos em sua programação musi-cal. Para quem gosta de rap, por exemplo, o rapper Mano Brown ani-mou a galera no palco Júlio Prestes e aproveitou para fazer duras críticas aos criminosos que agiram na primei-

ra noite de evento. Outro artista que fez seu show no palco Júlio Prestes foi Gal Costa, que misturou em sua apresentação sucessos consagrados com músicas de seu novo disco. Dani-ela Mercury, que abriu o evento, foi outra a animar o público ao fazer um discurso defendendo o casamento gay e criticando a homofobia.

Mas não foram só os fãs de música que puderam aproveitar o evento. A atração “Chefes na rua” atraiu a aten-ção de pessoas que queriam provar diferentes sabores da culinária brasi-leira por preços acessíveis. Chefes co-mo Ailton Piovan, que cozinhou po-lenta com ragu de ossobuco (R$ 15,00), Allan Prisco, que preparou seu bacon burger (R$ 15,00) e chefe Le-andro Freitas, com seu combinado de sushi (R$ 12,00), foram alguns dos principais chefes a cozinhar no even-

to, que ocorreu na pista da esquerda da avenida São Luíz.

Transporte

Para quem queria participar do

evento, uma das boas opções foi utili-zar trens e metrôs. As estações de me-trô e da via 4 funcionaram durante as 24 horas de shows, das 4h40 de sába-do à meia noite de domingo.

As linhas de trem (7-rubi, 8– dia-mante, 9-esmeralda, 10-turquesa, 11-coral e 12-safira) também funciona-ram durante a virada. As linhas da CPTM voltaram a funcionar às 4h40 de segunda-feira.

Outras opções para se ter acesso ao evento foram os ônibus e ciclo fai-xas. 44 linhas de ônibus estavam a disposição do público. Os ônibus que estavam identificados com o letreiro ‘Virada cultural’ circularam durante a madrugada atendendo aos quatro pon-tos de ônibus do centro de São Paulo. Para quem preferiu utilizar as ciclo faixas: Sul/Oeste, Zona Norte, Zona Leste, Paulista Ibirapuera e Lazer Guarapiranga, funcionaram entre às 7h e 16h de domingo.

Pontos Fracos: Violência/Lixo A nona edição da virada cultural

também foi marcada por muita vio-lência. Segundo a polícia militar, du-rante as 24 horas de evento, 4 pessoas foram feridas por armas de fogo, 6 pessoas foram feridas por armas bran-cas (facas, canivetes etc). Além dos 12 arrastões, 33 pessoas foram presas e 10 menores foram apreendidos. Um dos crimes que ganhou mais destaque na mídia foi o furto de Eduardo Supli-cy. O senador teve a carteira, o celular e documentos furtados durante o show de Daniela Mercury. Depois do apelo da cantora para que os objetos fossem devolvidos, Suplicy conseguiu recuperar seus documentos e sua car-teira, mas sem o dinheiro. Os crimino-sos ficaram com R$ 400,00 e um ce-lular.

O evento também contou com du-

as mortes. A primeira vítima foi o pa-deiro Elias Martins Moraes Neto, de 19 anos. Elias estava com três amigos quando foram abordados por crimino-sos que pediram seus celulares. Os rapazes entregaram os aparelhos, po-rém numa tentativa de perseguição aos assaltantes, Elias levou um tiro no rosto. A segunda morte foi a de um homem de 21 anos, vítima de uma pa-rada cardiorrespiratória.

Ao todo, as unidades de saúde re-gistraram 1883 atendimentos, a maio-ria causada por intoxicação por álcool e drogas, ferimentos por armas bran-cas e pancadas.

Outro grave problema registrado na virada cultural 2013 foi a enorme quantidade de lixo presente nas ruas ao final das 24 horas de evento. Ao todo foram recolhidas 4459,4 tonela-das de resíduos, 42% maior do que o registrado na edição anterior do even-to. 4200 pessoas trabalharam na tarefa de limpeza das ruas, sendo 19 delas moradores de rua, foram recrutadas para a realização do evento.

Avaliação final do evento

A virada cultural 2013 foi por

muitos considerada um fracasso. O alto índice de violência contribuiu pa-ra isso.

Mesmo assim, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, elogiou o even-to e disse que foi uma das melhores edições dos últimos anos. Apesar dis-so, admitiu que a violência foi um fa-tor preocupante e que foram registra-das mais ocorrências do que era espe-rado. “A cultura ganhou”, disse Had-dad ao fazer avaliação do evento.

VIRADA CULTURAL 2013: 24 HORAS DE ESPETÁCULOS E TRAGÉDIAS Virada cultural 2013 é marcada por roubos e mortes

Público desfrutando da virada cultural 2013

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Gilberto Stolarsky, conhecido no mun-do artístico como Kuki, consagrou-se na música como baterista de várias bandas brasileiras conhecidas como Zeca Baleiro e Karnak. Além disso, já fez trilhas sono-ras para teatro, dança e vídeos. Ainda, tocou com ícones da música brasileira co-mo Rita Lee, Seu Jorge e Zélia Duncan. Kuki nos contará um pouco sobre o início de sua carreira e sobre as diferenças sofri-das pela música durante esse período.

Jornal: Você já fez trilhas sonoras

para teatro. Como se dá esse processo? Gilberto Stolarsky: É um processo

muito interessante, no qual tem muita gen-te envolvida. Uma vez passei seis meses ajudando a produzir uma peça. Toda se-gunda feira, todas as pessoas, direção de arte, iluminação, dramaturgia..., se reuni-am para discutir sobre o projeto. Eu não ficava em casa sozinho “bolando” a músi-ca. Eu também costumava filmar os ensai-os com o meu Iphone para poder ver mais tarde. Mas meu sonho mesmo é entrar no mercado do cinema.

J: Durante toda sua carreira, você

sempre tocou bateria. De onde veio a pai-xão por esse instrumento?

GS: É uma história muito curiosa. Na verdade, na minha casa, nem meu pai nem minha mãe são músicos, mas sendo de uma família rural, todas as minhas oito ir-mãs tocavam um pouco de violão, de for-ma bem simples mesmo. E um dia, quando eu tinha uns 13 anos, eu fui com a minha mãe pegar minha irmã mais nova na aula de música. A gente chegou um pouco cedo na escola e ficamos esperando na sala, on-de tinha um potinho de gelo em formato de bateria, que me chamou muita atenção. Um pouco depois, a professora da minha irmã apareceu e perguntou se eu tocava algum instrumento. Respondi que não. Ela perguntou então se tinha algum instrumen-to que eu gostaria de aprender. Na hora, me veio a imagem do potinho de gelo na cabeça. Ela me levou para uma sala cheia de instrumentos e me deixou tocar um pou-co. A partir dali, comecei a fazer aulas de bateria, até me tornar o músico que sou hoje.

J: Sendo você baterista de bandas

brasileiras, o que você pensa dessa influên-cia americana na música, principalmente por parte dos jovens?

GS: Eu acho que os países de terceiro mundo sempre tiveram uma forte influên-cia americana. Mas a crise na música bra-sileira começou mesmo a partir da ditadura militar. Nessa época, os grandes cassinos e boates onde iam grandes artistas brasileiros foram fechados, o que contribuiu muito para o empobrecimento da nossa música. Foi aí que veio a jovem guarda, que fazia adaptações de músicas americanas. Eram músicas de amor, não criticavam o gover-no da ditadura militar. A partir daí que ocorreu a maior queda na música brasilei-ra. Teve uma época, por exemplo, em que era moda artistas criarem pseudônimos americanos e cantar em inglês.

Outro fator responsável pela influência americana na música são as rádios. As grandes rádios são formadoras de opinião. Se uma rádio grande, como a Jovem Pan , passa a tocar somente músicas america-nas, as rádios menores tendem a seguir es-sa mesma linha, e dessa forma, sobram poucas rádios alternativas para quem quer ouvir músicas diferentes.

J: Mesmo tendo começado sua carrei-

ra há um tempo, você ainda sente um frio na barriga quando entra no palco?

GS: Esse nervosismo sempre existe, mas com o tempo você vai aprendendo técnicas para controlá-lo e fazer com que ele não atrapalhe. Essa adrenalina muitas vezes contribui para dar ânimo a continuar fazendo as coisas e tentando se superar. Mesmo estando com minha carreira já con-solidada, continuo buscando coisas novas, tentando acompanhar a tecnologia. Acho que isso faz com que eu me mantenha mo-tivado a continuar.

J: Você é um baterista muito experi-ente. Apesar disso, já cometeu algum gran-de erro durante uma apresentação?

GS: Mesmo os mais experientes er-ram de vez em quando, mas geralmente não são bem erros e sim confusões. Uma vez, por exemplo, quando terminou a pri-meira música do set list, eu, sem querer, comecei a tocar a terceira e todos os inte-grantes da banda começaram a me olhar como se perguntassem o que eu estava fa-zendo. Foi então que eu me dei conta de que tinha cometido um erro, dei uma “virada” e aí comecei a tocar a música cer-ta. Errinhos sempre acontecem, mas muitas vezes damos um jeito de disfarçá-los.

J: Você participou do Rock in Rio

2011. Qual foi a sensação de participar desse evento levando em conta que ele é mundialmente famoso?

GS: Primeiro eu gostaria de falar que além de ter participado do Rock in Rio 2011 com o Zeca Baleiro, também partici-pei de um Rock in Rio do início dos anos 90 e a tensão foi a mesma. Em relação a sensação de participar de um evento desse porte, eu penso que, por ser um evento te-levisionado para o mundo todo, a respon-sabilidade acaba aumentando, mas eu tento dar meu máximo sempre, não importa qual seja o show nem o tamanho do público.

J: Você vive da música. Quando inici-

ou na música, você já tinha certeza de fa-

zer dela sua profissão ou a considerava apenas um simples hobby?

GS: Quando eu comecei a fazer aulas com o filho da professora de música da minha irmã, ele não era um músico profis-sional, então chegou um momento em que ele não tinha mais nada para me ensinar. Foi nesse momento que ele me indicou a um baterista profissional. Dessa forma mi-nha paixão pela música e pelo instrumento foi aumentando cada vez mais.

Quando eu estava no primeiro colegial, falava para o meu pai que não queria pres-tar vestibular. Mesmo achando o ramo da música difícil, ele aceitou e apenas me pe-diu para que eu terminasse o terceiro cole-gial.

Bem na época em que estava começan-do a me interessar por um assunto para prestar vestibular, conheci umas pessoas que tocavam em barzinhos e comecei a tocar com eles. Com o tempo, comecei a ganhar dinheiro com a música. Quando vi, percebi que tinha encontrado a minha pro-fissão. Não foi uma escolha planejada.

J: Você já fez inúmeros shows. Tem

algum que te marcou especialmente? GS: Vários shows me deixaram mar-

cado, mas os principais foram o Rock in Rio 2011, com o Zeca Baleiro; a primeira turnê mundial do Karnak (banda da qual eu faço parte), feita nos Estados Unidos e no Canadá e os shows que eu fiz na Europa.

J: Você iniciou sua carreira nos anos

80. Qual a grande diferença entre o público que ia aos shows naquela época e aquele que vai ultimamente?

GS: No início da minha carreira, eu tocava muito em bares, então era um públi-co que gostava mais da vida noturna. Mas o que eu vejo hoje é uma diversidade da plateia muito grande, desde crianças até idosos, passando por jovens, adultos, estu-dantes e universitários. Isso se deve basica-mente ao fato de que hoje se tem muito mais acesso à shows. Na minha época, ti-nham poucos shows e estes se limitavam apenas as rotas de São Paulo e Rio de Ja-neiro. Já hoje, quando você abre o Guia da Folha, por exemplo, você encontra uma variedade enorme.

J: O que você considera essencial para

uma pessoa que quer seguir carreira na música?

GS: Eu acho que ultimamente está muito mais fácil seguir carreira na música. Há muito mais possibilidades de acesso a boas escolas de música, bons instrumentos. Hoje em dia, por exemplo, você consegue aprender a tocar qualquer música apenas acessando a internet. Na minha época tudo isso era muito mais difícil, a gente tinha que se virar com o que tinha.

A dica que eu dou para quem quer se-guir essa profissão é se dedicar, estudar, procurar saber mais sobre o assunto e não ser radical, pode até ter um estilo musical de sua preferência, mas é importante saber o que está acontecendo em todos eles. É muito importante ter a mente aberta.

MAIS QUE UM HOBBY, UMA PAIXÃO Baterista conta sobre sua paixão pelo instrumento

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Fernando Butrico é um saxofonista paulista e participou da renomada ban-da de samba Banda Glória. Fernando teve uma carreira de 13 anos como mú-sico profissional. Depois de tantos anos nesse meio, ele irá contar um pouco so-bre algumas de suas experiências e aprendizados durante a carreira.

Jornal: Você fez parte da Banda

Glória durante 13 anos. Nesse tempo, qual foi a experiência que mais te mar-cou como músico?

Fernando Butrico: Para mim, a ex-periência mais marcante como músico foi quando nós (Banda Glória) abrimos o show de Jorge Bem Jor, no 454º ani-versário da cidade de São Paulo, em 2008. Tocamos para mais de 10 mil pessoas no Parque da Independência.

J: A Banda Glória era formada por

13 músicos. A relação entre todos vocês era estritamente profissional ou havia uma relação de amizade entre os inte-grantes da banda?

FB: A relação entre nós era de muito companheirismo e amizade, até mais amizade do que profissionalismo.

J: Em toda sua carreira você sempre

tocou saxofone. De onde veio tanta pai-xão por esse instrumento?

FB: A minha paixão pelo saxofone veio pelo amor às músicas de jazz. Ou-via e queria tocá-las, porém eu não co-mecei com saxofone, mas com uma cla-rineta.

J: O terceiro CD gravado da Banda

Glória contou com a participação espe-cial da renomada cantora Cristina Buar-que. Qual foi a sensação de tocar com uma das mais importantes intérpretes da história da música brasileira?

FB: Foi sensacional, ela é uma gran-de artista, e colaborou muito mais para o disco do que se pensa. Além de cantar, também ajudou na concepção do disco, escolheu repertório, a gente só teve o trabalho de criar os arranjos (risos). O resultado final ficou muito bom porque ela entende muito de música. Esse disco foi uma produção independente, ou seja, nós gravamos, arranjamos e produzimos as músicas sem qualquer participação de uma gravadora.

J: Quando você começou a tocar sa-

xofone, você já tinha em mente viver da música, ou era apenas um hobby que de-pois se transformou em trabalho?

FB: Quando comecei a tocar eu tinha esse sonho de um dia poder viver de música, ou pelo menos tocar profissio-

nalmente por um tempo. Porém nunca tinha tido oportunidade, era um hobby. Até que em 1997, minha cunhada me convidou para a Banda Glória. No en-tanto, só em 2005, que eu comecei a vi-ver apenas da banda. Antes eu vivia da banda e da minha carreira na área farma-cêutica.

J: Você é um músico bastante experi-

ente. Mesmo assim você ainda fica ner-voso ao tocar para um grande público?

FB: Com certeza , todo artista fica nervoso quando entra no palco, princi-palmente tocando para um grande públi-co, e isso é bom. O que você não pode permitir é que esse medo seja grande o bastante para paralisá-lo. Erros aconte-cem com todos, você só não pode se abalar.

J: A Banda Glória já fez muitos

shows. Qual foi o show que mais te mar-cou?

FB: Foi um show beneficente que nós fizemos com a cantora Monica Sal-maso, no auditório do colégio Santa Cruz, onde todos tinham que doar uma quantidade de alimentos que seriam re-vertidos para a ONG Banco de Alimen-tos.

J: A Banda Glória é uma banda de

samba. Pensando no começo de sua car-reira até hoje, você acha que o samba mudou muito?

FB: Acho que o samba não mudou muito, apenas os artistas que estão em evidência e em contato com a grande massa fazem, em sua maioria, letras po-bres e sem nenhuma mensagem para passar, como por exemplo o pagode. Acredito que isto aconteceu com todos os gêneros de música como rock, pop, funk etc.

J: A banda Glória se apresentou em

programas de televisão como Senhor Brasil, Programa do Jô e Altas Horas. Como foi a experiência de tocar em pro-gramas de tanto renome?

FB: Foi uma experiência muito legal, O altas Horas (TV Globo) foi, em minha opinião, mais interessante. Nele, nós fi-zemos uma apresentação com músicas da Carmen Miranda e tocamos com vá-rios artistas legais, como Baduí, vocalis-ta do CPM22, uma banda de rock, ou seja, um contraste bem legal.

J: Como você vê o atual momento da

música brasileira? FB: Temos dois cenários hoje: o ce-

nário da música para a grande massa e que está em evidência como: Funk, Ser-

tanejo Universitário, Pagode, músicas de pouca cultura e mensagem para passar. E o segundo cenário que são os artistas que não estão em evidência. Nesse últi-mo, temos mais conteúdo e maior quali-dade. Uma pena.

J: O que você acha dessa enorme

influência da música estrangeira (principalmente americana) no gosto musical dos jovens ?

FB : Acho que a cultura musical americana é uma das mais importantes para o mundo. Entretanto, no Brasil, consumimos o que há de pior dela. Além disso, existe uma coisa que se chama Jabá, momento em que um em-presário ou alguém ligado a um artista paga para que as músicas desse artista toquem na rádio. Isso contribui para que ele faça mais sucesso, corrompendo com a indústria musical, criando esse cenário ruim de hoje. Mesmo assim respeito muito a música americana.

J: Qual seria o conselho que você

daria para que um jovem músico tenha sucesso?

FB: O meu conselho seria para que ele se dedique muito para que assim possa se diferenciar dos demais. Além disso, diria para ele ser versátil, ou seja, trabalhar com todos os estilos e também se virar sozinho, fazendo um vídeo para colocar na internet, ou até gravar um CD em casa. Hoje em dia, com um computa-dor e um microfone você já pode gravar seu CD com seu conteúdo musical, uma facilidade muito grande que, infelizmen-te, não existia quando eu comecei.

J: Valeu a pena investir na carreira

musical? FB: Valeu demais, apesar de hoje eu

ter me afastado da música, tenho a sen-sação de que fiz a coisa certa. Foi uma experiência fantástica!

O SAMBA SEGUNDO FERNANDO BUTRICO Saxofonista paulista conta sua história dentro do mundo do samba

Banda Glória e Cristina Buarque

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O Grammy Awards é o evento mais importante da indústria musical norte-americana. O prêmio homenageia cantores e bandas que tiveram o melhor desempenho durante os anos anteriores. O evento também apresenta os ganhadores de prêmios como álbum do ano, gravação do ano, canção do ano, artista revelação, perfor-mance, solo pop etc. A cerimônia acontece no Staples Center, em Los Angeles. Esse ano foi a 55º edição do evento.

Todos os anos, no Grammy, alguns cantores fazem uma home-nagem para cantores que já morreram. Em 2009, a homenagem foi a Michael Jackson; em 2011, Lady Gaga homenagiou Aretha Fran-klin; em 2012, Jennifer Hudson prestigiou a amiga Whitney Hous-ton. Nesse ano, Rihanna se juntou a Bruno Mars e S Ting para homenagear o cantor Bob Marley.

Como é habitual em todos os anos, o Grammy foi palco para muitas performances marcantes como: apresentações de Maroon 5 e Alicia Keys cantando “Girl on fire” e “Dayligh”, Muford & Sons - ” I Will Wait”, Kelly Clarkson-” Tennesse Waltz” Ed Sheeran & Elton John - “the A team”, Miranda Lambert & Dierks Bentley - “Home” e “Over you”, Justin Timberlake - “Suit & Tie”, Fun- “Carry On”, Miguel e Wiz Khalifa - “Adorn”, Carrie Underwood e Hunter Haye - ”Blow Away” e “Two Black Cadillacs”.

Em 2012 aconteceram apresentações marcantes como: Tony

Bennett e Carrie Underwood - ”I had to be you”, Foo Fighters - “Walk”, Rihanna e Coldplay - “We found Love”, “Princes of china” e “Paradise”, Maroon 5 “Surfer Girl”, Foster the people “Wouldn’t It Be Nice”, The Beach Boys “Good Vibrations”, Paul McCartney,” My Valentine”, e Adele “Rolling in the Deep”.

Já em 2011, não aconteceram muitas apresentações, porém to-das foram de qualidade como a de Katy Perry-”Teenage dream”, Bruno Mars-”Granade”, e Lady Gaga- “Born this way”.

Nesta edição, o Grammy Awards teve ganhadores como, Mu-ford & Sons - álbum do ano. Gotye - Gravação do ano, e perfor-mance pop duo ou grupo. Fun - canção do ano e artista revelação. Adele-performance solo pop. The Black Keys - álbum de rock, e canção de rock. Zac Brown band - melhor álbum country. Carrie Underwood - melhor canção country. Robert glasper experiment –álbum de R&B.

O GRAMMY O maior evento da indústria musical de todos os tempos

O troféu do Grammy Awards

LEGIÃO REPRESENTADA Filme conta a história da trajetória de Renato Russo e sua banda

O filme “Somos Tão Jovens” conta a história de Renato Russo, desde sua adolescência e todos os problemas enfrentados nessa fase. Ainda, mostra o momento em que a banda tem sua primeira oportuni-dade no mundo artístico.

Obviamente, o filme conta além da história de Renato Russo, a história de suas bandas, principalmente da banda em que ele é lembra-do até hoje - “Legião Urbana”.

O filme, dirigido por Antonio Carlos da Fontoura, tem como pro-tagonistas Thiago Mendonça (Renato Russo) e Laila Zaid (Ana Cláu-dia).

O jovem Renato Manfredini Júnior, mais conhecido como Rena-to Russo se muda com seus pais para Brasília, capital nacional. Logo após sua chegada, Renato fica preso em seu quarto por conta de uma doença degenerativa, sem absolutamente nada a fazer e pouquíssimos amigos na cidade. Renato começa a compor músicas, despertando assim seu interesse por esse meio, ficando tão entusiasmado com seu novo “Hobby” que decide que seu sonho, de se tornar o líder de uma banda de Rock, acontecerá no futuro bem próximo.

Após a sua recuperação, Renato começa a se relacionar com ou-tras pessoas com os mesmos interesses que ele, no caso o Rock. Ele conhece e se identifica com o “movimento punk” de Brasília e então conhece a mulher que seria sua maior amiga em sua vida, Ana Cláu-dia. Para ela, ele cria a música “Ainda é cedo”.

Com o passar do tempo, Renato junto com seus amigos do movi-mento punk, mais especificamente da “turma da colina”, formam a banda “Aborto Elétrico”. Nessa época, ele compõe dois de seus mai-ores sucessos as músicas: “Que País é este?” e “Geração Coca Cola”. Por conta de discussões e da falta de repercussão de seu trabalho, Re-nato decide sair da banda, que mais tarde se tornaria com um novo vocalista, Dinho Ouro Preto, o “Capital Inicial”.

O jovem segue carreira solo, período em que ele cria outras obras emblemáticas como: “Eduardo e Mônica” e “Faroeste Cabo-clo”.

A princípio, suas novas músicas não são tão bem aceitas, princi-palmente por remanescentes do movimento punk, porém ele se abre a um novo tipo de público. Para a sua surpresa, em 1982, ele é convi-dado por Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos para integrar a banda

“Legião Urbana”. Renato e seus amigos colecionavam fãs até que, no mesmo ano de sua formação, a banda deixa Brasília, partindo para o Rio de Janeiro. Lá, os garotos se apresentam e iniciam a trajetória até se tornarem uma das maiores bandas do Rock Brasileiro.

O filme tem um enredo muito interessante para os amantes de música em geral. Um ponto fraco é o excesso de cautela por parte de diretores e roteiristas que fazem com que o filme siga uma estrutura linear, sem grandes momentos e grandes cenas, deixando o especta-dor, em alguns momentos, bastante entediado. Além disso o filme pe-ca na falta de interatividade entre a realidade e a ficção. Já que é ba-seado em uma história real, seria interessante contar com imagens re-ais os acontecimentos; no entanto, em apenas um momento do filme todo, é mostrado uma música da Legião Urbana produzido em um show deles.

Mesmo sem nomes reconhecidos, o elenco é impecável - todos, sem exceção, dão conta do recado, principalmente Thiago Mendonça, que interpreta Renato Russo com maestria.

A fotografia é razoável, não se percebe um grande cuidado e ca-pricho com a fotografia, mas nada que prejudique o filme. Já a trilha sonora, é muito boa, com vários momentos embalados por hinos da banda, além de contar com músicas que retratam muito bem a vida de Renato na época, como músicas de Heavy Metal em sua “fase punk” que, aliás, é muito bem representada pelo figurino nele empregado.

O ponto realmente forte é o enredo, história da vida de um dos maiores ícones de toda a história da música brasileira. Os fãs de Rena-to Russo irão vibrar ao relembrar de um dos maiores representantes da nossa música.

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A TRAJETÓRIA DE HENRIQUE PORTUGAL O integrante da banda Skank conta um pouco sobre sua história de vida

Henrique Portugal, 42 anos, é o tecladista e um dos fundado-res da banda Skank. Ele começou a tocar piano com 5 anos de idade. Se formou pela PUC de Minas Gerais – Economia, e com 17 anos, teve a sua primeira banda. Em pouco tempo, formou a banda “Skank”, atual ganhadora de mais de 20 prêmios.

Jornal: Sabendo que você é formado em economia. O que le-

vou a escolha da carreira de músico? Henrique Portugal: Sempre gostei mais da música, mas mi-

nha mãe fez um acordo comigo: eu teria que me formar e, só de-pois, poderia escolher o que fazer. Escolhi a música!

J: Em 1983, você e Samuel Rosa começaram a tocar em uma

banda chamada “Pouso Alto”. Por que a banda tinha esse nome? HP: Era o nome da rua onde ensaiávamos, na casa do baterista

e do baixista. J: A banda Pouso Alto mudou o nome para “Skank”, inspira-

do na música Easy Skanking do Bob Marley? Por que vocês es-colheram essa música? E o nome?

HP: O Skank é outra banda e o nome veio da sugestão de um amigo, que sabia da nossa relação com o reggae. Quando você está dançando reggae você está Skanking! Somente depois des-cobrimos a relação com o nome da música.

J: Como foi o lançamento do primeiro álbum? HP: Foi a realização de um sonho. Foi um esforço pessoal

muito grande, pois economizamos dinheiro durante 1 ano para pagar o CD, fazer um clipe e lançá-lo!

J: O segundo álbum, lançado em 1994, vendeu mais de um

milhão de cópias. Música como Jackie Tequila se tornou hits

cantados por todo o país. Como foi essa mudança para você? HP: Esse álbum mudou nossas vidas. Foi quando nós fizemos

mais shows na nossa carreira. Foi este álbum que tornou o Skank conhecido em todo o Brasil.

J: O Skank chegou a se apresentar na França, EUA , Chile,

Argentina, Suíça, Espanha, Portugal, Itália e Alemanha. Qual foi o show mais marcante e por quê?

HP: Cada país tem sua característica. Os argentinos são mais loucos. O país que mais tocamos foi a Alemanha. Os Suíços são muito animados. Já os japoneses prestam atenção em tudo.

J: A música Garota Nacional foi sucesso no Brasil e líder da

parada espanhola por três meses. Por que você acha que essa canção fez tanto sucesso?

HP: Quando uma música é boa, não interessa em qual língua foi gravada, vai fazer sucesso em qualquer lugar. Na Espanha, a música Garota Nacional fez sucesso em português. Há 15 dias estive em Barcelona e um motorista de táxi sa-bia cantar a música, mesmo depois de muitos anos.

FAROESTE CABOCLO: A MÚSICA QUE VIROU FILME Filme inspirado na música de Legião Urbana

Isis Valverde e Fabrício Boliveira foram os atores esco-lhidos para representarem, respectivamente, João de Santo Cristo e Maria Lúcia, os dois personagens principais do fil-me Faroeste Caboclo.

O filme brasileiro, dirigido por René Sampaio, conta a história de João de Santo Cristo que vai para Brasília depois de passar uma infância conturbada em Natal, Santo Cristo. Lá, conta com a ajuda de seu primo e traficante Pablo, com quem começa a trabalhar. João, então, se envolve com o tráfico, ao mesmo tempo em que conhece Maria Lúcia, mulher pela qual ele se apaixona. A partir daí, João precisa conciliar sua paixão por Maria Lúcia com a guerra que trava com Jeremias, famo-so traficante de drogas.

Como já era de se esperar, a trilha sonora do filme não de-cepcionou, pelo contrário, foi um dos pontos fortes. Contou principalmente com músicas de Renato Russo, como a música Faroeste Caboclo, que foi acertadamente colocada no final da trama.

Em termos de fotografia, o filme apresentou belas imagens da cidade de Brasília, palco principal do longa.

Em termos de enredo, o longa prende a atenção do espec-tador do começo ao fim, apresentando cenas marcantes de brigas e tiroteio.

Os atores tiveram um ótimo desempenho, principalmente Ísis Valverde, que fez valer sua experiência como atriz.

Com isso, pode-se concluir que o longa foi muito bem executado, conta com bons atores e possui ótimo enredo, tornando-o um sucesso nos cinemas.

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QUEM É REI NUNCA PERDE A MAJESTADE Tudo sobre a vida do “Rei do Pop”

Michael Joseph Jackson foi um cantor, compositor e baila-rino norte-americano. Nasceu na cidade de Gary, Indiana, no dia 29 de agosto de 1958. Morreu no dia 25 de junho de 2009 em Los Angeles, Califórnia.

O artista foi também um notável humanitário, doando mi-lhões de dólares durante toda a sua carreira a causas beneficen-tes, por meio da “Dangerous World Tour” voltada a 39 centros de caridade, através de sua própria fundação. Depois se casou e foi pai de três filhos.

Sucesso e Fama

Começou a cantar e a dançar aos 5 anos de idade, iniciando sua carreira profissional aos 11 anos como vocalista dos Jackson 5. Logo de-pois, começou uma carreira solo. Reconhecido nos anos seguintes como “Rei do Pop”. Cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tem-

pos: “Off The Wall” (1979), “Thriller” (1982), o álbum mais vendido e po-pular da história, Bad (1987),

“Dangerous” (1991) e “HIStory” ( 1995). Em idade adulta, gravou o álbum mais vendido e popular

da história. Jackson é considerado “o maior ícone negro de to-dos os tempos”.

Vida pessoal e polêmicas

No início dos anos 80 tornou-se uma figura dominante na música popular e o primeiro cantor afro-americano a receber exibições constantes na MTV. Foi o criador de um estilo total-mente novo de dança utilizando especialmente os pés, como Robot, The Lean, e o mais famoso o Moonwalk.

Em alguns aspectos de sua vida pessoal como a mudança

de aparência, principalmente de cor de pele, geraram controvér-sias significantes a ponto de prejudicar sua imagem pública. Em 1993, foi acusado de abuso infantil, mas a investigação foi arquivada devido a falta de provas.

Impacto mundial: a morte do “Rei do Pop”

Michael morreu de intoxicação aguda do anestésico “Propofol”, em 25 de junho de 2009, após sofrer uma parada cardíaca. O tribunal de justiça de Los Angeles considerou sua morte um homicídio, e seu médico pessoal, Dr. Conrad Murray, foi condenado por homicídio culposo (sem a intenção de matar, mas com responsabilidade pela morte).

Ganhador de 13 prêmios Grammy, Michael Jackson revo-lucionou a música Pop, explorando novas linguagens sonoras e corporais. Seu estilo diferente e único de cantar e dançar bem como a sonoridade de suas canções influenciaram uma série de artistas nos ramos do Hip Hop, Pop e Rock.

* * *

Foi um dos grandes revolucionários da música negra nos Estados Unidos. Ele foi o artista que redefiniu a música ameri-cana e a transformou a música Pop atual. Além de tudo isso, Michael Joseph Jackson foi um show-man, um artista que dominava o palco como poucos. Ele se tornou o artista com mais discos vendidos (mais de 750 milhões) e o mais rico da história, ga-nhando mais de 7 bilhões de dólares durante sua vida.

Michael Jackson na capa de seu álbum “Thriller”

Michael na gravação de um clipe

THIS IS IT– MICHAEL JACKSON Filme mostra o que seria última turnê de Michael Jackson

O filme “Michael Jackson This is It” trata-se de um documentário sobre o show de Michael Jackson que nunca chegou a acontecer. Durante o filme, podemos ver cenas que mostram os ensaios de Jackson em Los Angeles, ao lado de músicos e bailarinos sempre dispostos a cumprir as orienta-ções do ídolo.

O enredo do filme é muito interessante, prende a aten-ção de quem o vê. Inicialmente, documentar a turnê de Mi-chael, foi uma ideia dele, mas o filme não é apenas para seus fãs, é para os amantes de música e dança em geral.

O filme traz emoções fortes e inúmeros depoimentos do cantor. O material gravado traz imagens dos últimos meses da vida do pop star. Críticos de plantão dizem que o diretor não conseguiu fazer uma imagem interessante do rei do pop.

As cenas mais marcantes no filme foram ver o Michael cantando “Black or White”, e ver os seus famosos passos de dança.

A trilha sonora é o ponto mais alto, já que traduz a traje-tória do compositor e bailarino norte-americano.

Para os fãs do cantor, fica a dica do longa “Michael Jack-son This is it”.

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André Athayde Gimenes Daniel Rabello Guerra Vieira Julia Pimenta de Castro Mayer

Rodrigo Magalhães Bonel

Sofia Pereira Rodriguez

Vinícius Araujo da Costa

Em 20 de fevereiro, a Sony come-ça sua conferência e revela seu novo console para a próxima geração, o Playstation 4.

Três meses após a conferência da Sony, a Microsoft anuncia o seu conso-le para competir com o PS4, Xbox One, momento em que se inicia a guerra dos consoles.

PS4 A Sony desta vez saiu na frente, diferentemente da última geração, ela anunciou com antecedência seu novo console.

Mesmo não o divulgando, todos enten-deram o que a empresa queria com isso. Queria que o público não falasse sobre o design do console, e sim sobre seu poder e novas funcionalidades. O novo console virá com uma CPU AMD “Jaguar” (sua mais nova tecnologia) de 8 núcleos . Igualmente como sua placa de vídeo que também será AMD e será uma Radeon de próxi-ma geração com 1.84 TFLOPS (operações por segundo, ou seja, 1,8 trilhões de operações por segundo) e uma memória RAM de 8GB, ou seja, GDDR5, 16 vezes mais memória do que o antigo PS3. Ele também lerá dis-cos de Blu-Ray, bem como DVD. O Dual Shock 4 será o novo con-trole do PS4. Seu visual está mais arre-dondado e seus analógicos parecem mais altos, do mesmo modo que eles não possuem mais uma superfície con-vexa, o que permite que os dedos fi-quem mais firmes ao controle. Ele tam-bém traz uma superfície de toque, como a parte de trás do Vita. Ela suporta até 2 pontos de toque e pode ser apertada co-mo um botão, porém a Sony preferiu mantê-la como um segredo e preferiu não mostrar o uso deste recurso. Os bo-tões “Start” e “Select” se uniram e as-sim viraram o botão “Options”. No controle, há também um botão novo: “Share”. Com ele, será possível gravar vídeos do que você está jogando, editar, fazer upload, assim fazer lives-treaming em tempo real da rede. A Sony também pretende lançar um aplicativo onde todas essas funções

estarão disponíveis, sendo possível ver e compartilhar coisas de seus amigos por celular ou tablet.

No último dia 10/06/13, a Sony fez uma conferência na E3 revelando o design de seu console e outras informa-ções que foram abaladoras. Diferente-mente do Xbox One o PS4, não terá tra-va de jogos usados, do mesmo modo no qual não precisará ser conectado uma vez a cada 24 horas para fazer uma ve-rificação.

Xbox One

Diferentemente da Sony, a conferên-cia do anúncio do Xbox One começou com o design do console. O Xbox One virá com um processador AMD “Jaguar” de 8 nú-cleos, 8GB de memória RAM DDR3, disco rígido de 500 GB interno e leitor de disco Blu-Ray. No entanto, sua pla-ca de vídeo não foi revelada. O controle do Xbox One é uma evolução da versão anterior. Ele possui uma bateria interna, dispensando o uso de pilhas, como ocorre atualmente. Seu direcional tem o formato de uma cruz e as duas alavancas analógicas estão me-nores, porém com mais precisão. Os antigos “Back” e “Start” foram substi-tuídos pelo botão “Menu” , que fica a direita; “View”, que fica a esquerda. O “Menu” leva os usuários para as opções de jogo e para aplicativos como Skype, filmes e o navegador Internet Explorer, já que o console é multitarefa, indepen-dente do que estão fazendo. Já o botão “View”, terá diversos usos nos games como a apresentação dos mapas da pis-ta em jogos de corrida, por exemplo. Também, o botão guia foi levado mais ao topo do controle. O Kinect do Xbox One será vendido junto ao console. A sua nova versão tem maior precisão e nível de detalhamento, além disso, ele pode enxergar no escuro. O novo Kinect terá basicamente três tipos de “visão”. A primeira delas continua sendo uma identificação tridimensio-nal do jogador, mas dessa vez feita por um sensor com o campo de sen-

sor estendido, o que permite tanto jogar em um ambiente pequeno quanto se movimentar sem estar na frente do televisor. Segundo a Micro-soft, a fidelidade das capturas da no-va versão do acessório é três vezes maior do que as do modelo antigo. O sensor também capta movimentos individuais dos dedos das mãos, além da expressão facial do jogador. A re-solução da câmera é de 1080p e o Ki-nect identifica a força que o jogador distribui em cada parte do corpo. Na conferência de anúncio e na E3, algumas informações extras fo-ram reveladas. Uma delas foi a inte-gração com a TV que, na realidade, ocupou boa parte da conferência. Ou-tra coisa, foi a trava de jogos usados, ou seja, para emprestar um jogo a um amigo ou vender um jogo usado será preciso pagar uma taxa que ainda não foi estipulada. Também, o Xbox One terá uma desvantagem para países onde a internet é instável, já que seu console precisar ser conectado uma vez a cada 24 horas para fazer uma verificação, na qual se você não esti-ver conectado boa parte das suas fun-ções serão desabilitadas.

Impressões causadas

Os dois consoles causaram uma grande repercussão após suas confe-rências. No caso do PS4, a maior parte das pessoas acham que o con-sole estava ótimo. “Para mim, o PS4 será o melhor console da próxima geração, já que não terá trava para jogos usados e nem verificação de conexão com a internet”, disse Yuri Ferrera, um amante dos games. Para o Xbox One, a coisa ficou um pouco feia, já que após sua conferência de anúncio, as ações da Sony dispara-ram e, as da Microsoft, caíram. Também, após o evento de E3, esta situação se repetiu e as vendas do Wii U, console da Nintendo, tam-bém concorrente do Xbox One, subi-ram em 302% no site amazon.com.

Os amantes dos games estão an-siosos pela chegada dos consoles no final deste ano.

CHEGOU A NOVA GERAÇÃO Começa a briga entre o PS4 e o Xbox One, os consoles da nova geração

O PS4, seu controle e a PS Eye

O Xbox One, seu controle e o novo Kinect

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Antônio Hélio Guerra Vieira , 83, foi pioneiro na cons-

trução do computado no Brasil, em 1973. Além disso, ele

escolheu o sistema de cores que seria utilizado nas televi-

sões brasileiras produzidas posteriormente.

Jornal: Você ajudou no projeto do primeiro computador

brasileiro. Como você se sente revolucionando a tecnolo-

gia brasileira?

Hélio Guerra Vieira: Para falar a verdade, eu não sinto

nada, o computador foi apenas um projeto de final de

ano. Para montarmos o computador, era preciso saber co-

mo ele funcionava. Para nossa sorte, o conde Alvares

Penteado morreu e deixou um dinheiro para uma escola

de engenharia. Nós (a POLI) pegamos esse dinheiro, mas

outra escola falou que era para eles. O diretor daquela

época, Fadigas, falou que o único jeito de gastar 11 mi-

lhões de dólares de um dia para o outro era comprando

um computador. Na mesma hora, Fadigas comprou o

computador, mas não sabia onde por. Eu falei para ele

dar para a minha turma para estudarmos como ele era.

Com o tempo, nós fomos mexendo na máquina. Meu cole-

ga, Lucas, fez uma impressora a par-

tir de uma máquina de escrever ele-

trônica, que estava surgindo na épo-

ca. Outro colega meu, Paulo Patulo,

fez um acoplamento de dados usando

um fone acústico para lê-los. Com is-

so, nós fazíamos transmissões de da-

dos daqui para o Rio de Janeiro, que

aliás, fizemos uma demonstração de teleprocessamento

daqui, a POLI, até o hotel Glória no Rio. Essa foi a primei-

ra transmissão de dados do Brasil. Depois eu trouxe gente

de vários lugares para nos ensinar como o computador

funcionava. O principal "convidado", Glan Langdom saiu

da IBM e veio nos ensinar a meu convite. A turma que es-

tava tendo aula teve como projeto de final de curso cons-

truir um computador. Foi nesse momento que eu fui atrás

dos componentes que foram bem difíceis de achar; tive-

mos até adaptar componentes de telefones. Enquanto fa-

zíamos isso, a marinha teve a ideia de fazer um computa-

dor industrial para suas fragatas que eles encomendaram

da Inglaterra. Para isso, eles chamaram outra empresa

para fazer e outra para reproduzir em escala industrial. Só

que esse era um projeto bonito, cheio de expectativas. Ti-

nha acabado de lançar um jornal novo onde na última pá-

gina sempre tinha uma notícia boa, interessante. Então

eles sempre viviam naquelas páginas. Eles iam chamar o

computador de Cisne Branco, pois esse era o nome do

grande hino da marinha. Em paralelo, minha turma esta-

va fazendo o projeto de final de curso fazendo um compu-

tador e nós resolvemos chamá-lo de Patinho Feio fazendo

uma brincadeira com o exército. Quando terminamos veio

até um bispo para benzer o computador. Foi então que a

marinha nos chamou para ajudar no projeto. Como o ofici-

al de marinha apoiou o projeto, após a sua morte, o proje-

to começou a chamar Guaranis, que era o seu sobreno-

me.

J: Como você se sentiu ao receber a notícia de que seria

reitor da USP?

H: Eu não fiquei muito contente, pois todo engenheiro pre-

fere ficar no seu laboratório. Mesmo assim, vi aquilo co-

mo uma missão a ser cumprida e a cumpri com orgulho.

Um dia quando estava em meu laboratório, o diretor falou

para mim que era minha vez de ser o diretor. Como dire-

tor, eu era automaticamente candidato a reitor.

J: Como você se sente sendo presidente

da FDTE?

H: Na verdade eu não sou mais. Eu sinto

mais orgulho de fundar a FDTE mais do

que ser apenas presidente dela. A FDTE

foi um modelo para essas fundações.

J: Qual foi o projeto mais importante para você?

H: O maior foi o do G-10. Os projetos importantes são

aqueles que estamos fazendo no momento.

J: Você escolheu o sistema de cores da TV Brasileira.

Como foi assistir ao primeiro programa de TV colorido do

Brasil?

H: Ah, essa história foi muito interessante. Já existia no

mundo alguns sistemas de cores para transmissão de si-

nais de TV. O americano era muito ruim e mais difundido.

O francês era melhor que o americano, mas muito pouco

utilizado. E o sistema alemão era muito bom. mas não

muito difundido. E o americano não conseguiu fazer cores

muito reais e elas variavam muito durante uma transmis-

são. O que era pior no sistema americano é que as pesso-

as ficavam com a pele vermelha, verde, amarela....

O PATINHO REVOLUCIONÁRIO O primeiro computador brasileiro foi feito nos anos 70 como projeto de final de curso pelo ilustre Antônio Hélio Guerra Vieira

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Patinho feio

Durante décadas, os gráficos dos jogos evoluíram até a tecnologia atual. Apesar do grande progresso do 8 bits ao 3D atual, ainda é possível que os gráficos evoluam muito.

A era 8 bits Os gráficos 8 bits tinham um visual bastante pixiali-

zado devido a baixa capacidade de processamento dos consoles. Jogos como Donkey Kong, onde o objetivo do jogador é salvar a princesa esquivando– de barris, e o primeiro FIFA, jogo de futebol, atribuíam os gráficos 8 bits. O Sonic, franquia de sucesso da SEGA, sur-giu na era 8 bits junto com o encanador gor-

ducho Mário. A franquia de maior sucesso da Nintendo, Mário

Brothers, teve seu primeiro jogo neste período. O protago-nista da série já havia aparecido antes no jogo Donkey Kong, mas era conhecido pelo nome de Jump Man. Quan-do ganhou o seu primeiro jogo era possível notar uma leve noção de profundidade entre o personagem e o fundo do cenário devido a melhoria da capacidade gráfica do con-sole onde se jogava, e consequentemente dos gráficos. O jogo foi um sucesso, o que provocou um estouro da fran-quia e trouxe uma sequência de jogos de sucesso, incluin-do um jogo 3D.

A revolução 3D Nos anos 90, os jogos com gráficos 3D se populariza-

ram. O grande responsável por isso foi Star Fox, um jogo desenvolvido pela Nintendo. O game mostra claramente sua idade, apesar de avançado para sua época. O jogo 3D de jatos futuristas é muito divertido e ótimo para passar o tempo, esse atributos fizeram desse jogo um completo su-cesso. Apesar do sucesso de Star Fox, quem realmente revo-

lucionou o 3D foi o jogo, também da Nintendo, Super Má-rio 64. Neste game, os produtores conseguiram um ótimo controle nos ambientes e consequentemente uma boa jo-gabilidade, a mudança de seus antecessores que eram 2D para o 3D foi incrivelmente bem executada trazendo ini-migos e elementos de cenário para o mundo tridimensio-nal. Foi um dos primeiros jogos do console Nintendo 64, e também o carro chefe deste, vendeu até não poder mais. Literalmente, só parou de vender quando a plataforma em que rodava também parou. Depois de Mário 64, os gráficos só

melhoraram. Unreal, lançado no mercado em 1998, revolucionou os gráficos em re-lação a iluminação, pois além de ter sombras aprimoradas, também tinha alguns efeitos como ao olhar para uma fonte de luz observar um clarão. O jogo não vendeu tanto, mas inspirou outros jogos que viriam no futuro com Heavy Rain. Antes de seu lançamento, esperava-se que o jogo seria um filme interativo, tamanha a qualidade gráfica.

Com o lançamento, a expectativa não foi cumprida, mas com ótimas expressões fa-ciais e o cenário muito detalhado, o jogo não deixa a desejar. Pode-se considerar

que o jogo tem a tecnologia 3D atual, que roda na geração de consoles momentânea. Os gráficos continuam evoluindo e assim continuarão

por muito tempo. Existem projetos que visam colocar áto-mos nos jogos, assim otimizando a qualidade gráfica em milhões de vezes. O fator que mais impede a evolução dos gráficos é o

poder de processamento das plataformas. Portanto, a evo-lução dos componentes de hardware e principalmente da placa gráfica vão trazendo com si melhorias nos gráficos.

A EVOLUÇÃO GRÁFICA DOS JOGOS Desde os 8 bits ao 3D atual

Quando isso acontece com um carro, por exemplo, não tem mui-

to problema. Mas na pele isso era muito ruim. E o que era pior,

não ficava com a pele verde o tempo todo. Na mesma cena, a

pele ficava verde, vermelha, amarela, era muito ruim. Então, eles

decidiram colocar quase tudo com a cor da pele. Então ficava tu-

do meio bege. O mar era meio bege, os morros, os carros e tam-

bém a pele das pessoas. O sistema francês não era muito bom,

mas melhor que o sistema americano. Mas não era usado para

quase ninguém. O melhor sistema era o sistema PAL, desenvol-

vido na Alemanha. Esse sim tinha cores muito boas e que não

variavam. Eu e minha equipe na Escola Politécnica da USP reco-

mendamos ao governo da época que o sistema fosse o alemão.

Mas respondendo à sua pergunta, o primeiro programa de televi-

são transmitido foi um jogo do Brasil na Copa do Mundo de 1970.

Eu assisti ao jogo com minha equipe num evento no Terraço Itá-

lia, aqui em São Paulo. Fiquei muito orgulhoso do trabalho da

minha equipe e emocionado por poder ver o Pelé colorido. Mas

tenho que confessar que teve uma coisa engraçada: houve um

problema na recepção e a cor amarela chegava um pouco atra-

sada em relação às outras cores. Então, enquanto os jogadores

corriam, parecia que suas camisas corriam atrás deles, logo

atrás! Logo depois esse problema foi corrigido e isso nunca mais

aconteceu.

J: Você ganhou muitos prêmios. Qual foi o prêmio mais importan-

te da sua carreira?

H: Bem, eu posso falar de quatro prêmios que tiveram significa-

dos bem diferentes. Minha primeira conquista e por isso que eu

me lembro dela com muito carinho. Quando eu me tornei Profes-

sor Titular da Escola Politécnica da USP, que eu tanto admiro,

lugar onde eu estudei. Depois, um dos prêmios mais famosos, foi

o de Engenheiro do Ano em 1977, dado pelo Instituto de Enge-

nharia. Eu era bem jovem e isso foi um destaque importante. Ga-

nhei o Prêmio Guerreiro da Educação do Jornal O Estado de São

Paulo, um jornal que eu respeito e admiro muito. Foi uma honra.

Mas o que eu mais fiquei emocionado foi o título de Professor

Emérito da Escola Politécnica da USP. É como se eles me esco-

lhessem como um dos professores mais importantes de toda a

história da Poli. Quando vejo quem são os outros professores

Eméritos, eu me orgulho muito.

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LEVITAÇÃO MAGNÉTICA NO FUTURO Eduardo Costa nos contará um pouco sobre levitação magnética

Eduardo Alves da Costa é formado em engenharia elétrica pela USP e também tem mes-

trado e doutorado nessa mes-ma área e universida-de, atual-mente é pró-reitor de pesqui-sa e inova-ção no Ins-tituto Fede-

ral, falará um pouco sobre levi-tação magnética. Jornal: Qual era a sua ma-téria preferida no colégio? Isso influenciou na sua escolha para a faculdade? Eduardo Costa: Minha ma-téria preferida sempre foi mate-mática desde o 1º ano - e per-manece até hoje. J: Você fez faculdade, mes-trado e doutorado pela USP em engenharia elétrica. Por que es-colheu essa área? EC: Escolhi essa área, pois quando era criança, além de gostar de matemática, estava na época do desenvolvimento de robótica. Por isso o interesse pela área. J: Você, ao acabar a facul-dade, não ingressou diretamen-te no mestrado. Ao término da faculdade, você já planejava in-gressar no mestrado em enge-nharia elétrica? EC: Sim, porém preferi ir para o mercado de trabalho por-que estava um pouco cansado de só estudar engenharia. Além do mercado de trabalho pagar mais. J: A levitação magnética não é muito conhecida nos dias de hoje. Quais são seus usos atualmente?

EC: Seus principais usos são em trens de levitação mag-nética, mancais, corações artifi-ciais e em flywheel, que é uma roda livre que gira e acumula energia e, quando você quer li-berar essa energia, a roda vai girando no sentido contrário. A energia liberada é transformada em energia elétrica. J: A levitação magnética es-tá sendo bastante desenvolvida nesses últimos anos. O que vo-cê acha que será possível fazer com ela no futuro? EC: Eu acho que ela não evoluirá tanto no futuro, prevejo mesmo um aprimoramento nas tecnologias já existentes, como o coração artificial, que ainda esta sendo pesquisado. J: Os trens maglev já são utilizados em certos países co-mo Alemanha e China. Eles utili-zam a tecnologia de levitação magnética. Quais são os seus benefícios e seus problemas em relação aos trens normais? EC: Na realidade o trem na Alemanha não é comercial ain-da. Os únicos utilizáveis estão no Japão e na China. O benefí-cio destes trens é que você con-segue uma velocidade maior com eles, mas o custo é muito alto para manter e principalmen-te construí-lo. J: Você acha que podere-mos utilizar uma tecnologia de levitação magnética semelhante a dos trens em carros no futuro? EC: Essa tecnologia não se-ria viável para carros, pois le-vando em conta que seu maior benefício é a velocidade, carros não têm a necessidade de uma velocidade tão alta, já que a dis-tância percorrida normalmente não é tão grande. Em relação a poluição, o carro elétrico é uma opção muito mais viável em re-lação a tecnologia que vocês

me propuseram, pois ela ainda não existe. J: Seu doutorado foi sobre um mancal magnético. O que é isso e onde é utilizado? EC: Mancal é basicamente o que segura o eixo de uma ro-da, nos carros costuma ser um rolamento. O mancal magnético faria o eixo levitar e então elimi-naria o atrito com do eixo com os rolamentos, já que o mancal substituiria os mesmos. Isso au-mentaria a velocidade e o km/l do veículo.

J: Você acha que ele terá mais usos no futuro? EC: O mancal no futuro não teria muitas outras aplicações. As várias funções que ele pode desempenhar hoje podem ser muito desenvolvidas. J: Atualmente você tem mestrado e doutorado em enge-nharia elétrica. Você pretende explorar outra área? Ou fazer um pós doutorado nesta mes-ma? EC: Tenho planos para fazer um pós-doutorado nessa mes-ma área, mancais magnéticos, de preferência no exterior.

O mancal magnético produzido por Eduardo

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Gabor Szakacs, geólogo e criador de aplicações de softwa-res, nos contará mais sobre os softwares de geo processa-mento. Jornal: Sabemos que você estudou nas universidades Hum-boldt e USP. O que o levou a trabalhar com softwares? Gabor Szakacs: Fiz faculdade de Geografia e Informações Geográficas. Agora, vendo softwares de geo processamento que são usados para localização geográfica. Na pós-graduação, trabalhei com geo processamento. J: Sabemos que sua origem é alemã. O que fez você vir ao Brasil vender softwares de geo processamento? GS: Vi que aqui, no Brasil, existia uma boa empresa centrali-zada em venda de softwares. Fiquei interessado e me mudei para cá. Aproveitei para fazer um mestrado na USP. J: Quais as aplicações de Softwares que mais ajudam os seus clientes? GS: O agromapeador M23, uma aplicação de software, ajuda a grande maioria de meus clientes, pois ele possui dados que permitem gerenciar áreas agrícolas. J: Sabemos que você já criou algumas aplicações de softwa-res. Quem é o seu público-alvo?

GS: O público-alvo da minha empresa são os agricultores, principalmente aqueles que trabalham com cana de açúcar. J: Sabemos que o software que você criou é americano. Co-mo e por que você começou a trabalhar com essa tecnolo-gia? GS: Eu comecei a trabalhar em uma empresa americana que tinha vindo ao Brasil quem me convidou para participar de sua empresa e foi assim que eu comecei a trabalhar com tal tecnologia. J: Quais são as tecnologias que sua empresa possui? GS: Eu revendo software de geotecnologia. Minha empresa possui a tecnologia de geo processamento. J: O senhor criou Agromapeador M23. Para que ele serve? GS: Eles servem para gerenciar área agrícola, criar relatório com mapas e avaliar a produtividade da lavoura. J: Qual a importância da internet no seu trabalho? GS: A internet é importante no meu trabalho para dar assis-tência com aplicativos, usar página da empresa na internet, e ter contato com clientes. Também serve para dar assistên-cia técnica e treinamento.

SSOFTWARES DE GEO PROCESSAMENTO A inovação da agricultura

O Netflix inova maneira de assistir a filmes online

Em 1997, Mark Randolph e Reed Hastings cria-ram uma ferramenta ótima para visualização de fil-mes na rede online. O serviço é pago e custa R$ 16,90 ao mês. Porém, é disponibilizado ao assinan-te, uma grande variedade de filmes, todos com, no mínimo, 2 opções de áudio e legendas.

O Netflix tem como destaque a flexibilidade de gêneros cinematográficos, com filmes de 1960 até 2013. Ele também possui um alto número de séries que vão de “Dora, a aventureira” até “Dexter” e sé-ries próprias do site, como “House of Cards”.

O programa pode ser acessado por inúmeras pla-taformas como: computador (pelo site ou pelo pro-grama), pela TV, pelo videogame ou pelo celular. A única coisa que deixa a desejar é a falta de filmes atuais, o que pode ser resolvido, no computador, usando um software para browsers, chamado “Hola Unblocker”, que possibilita o assinante brasileiro acessar o Netlflix americano com a sua conta.

Levando em conta os aspectos levantados anteri-ormente, é possível observar que o programa tem co-mo maior problema a falta de filmes atuais. O que

destaca o serviço dos outros e justifica os 33 milhões de membros é a acessibilidade. O assinante pode acessar o filme pelo celular e assisti-lo na televisão.

O Netflix é barato em relação ao que oferece. Além disso, oferece um mês grátis para teste. O ser-viço é bom e vale o seu custo.

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REVOLUÇÃO DO LED Tecnologia que “dura” mais e utiliza menos energia

O LED é muito conhecido, embora sua popularidade seja baixa no mercado. Ele começou a aparecer na década de 60, surpreendendo a todos, já que não existia nenhum com-ponente eletrônico que emitisse luz própria.

Iluminação em carros

Nos carros de luxo, são usados Led’s, substituindo lâm-padas normais. Ele é considerado “melhor”, pois tem me-nos consumo de energia e atinge sua potência máxima mais rápido do que as lâmpadas convencionais. Porém, um par de barras pequenas, com 15 LED’s e cerca de 30 cm, sai por R$250,00. O par maior (50 cm e 30 LED’s) sai por R$350,00.

Lojas

A empresa Lamina anunciou a disponibilização dos pri-meiros LED’s comparáveis às lâmpadas que iluminam ca-sas e empresas e até áreas externas. São dois engines (LED sem acabamento final) que serão usados para substi-tuir as lâmpadas fluorescentes compactas e as incandes-cestes. A lâmpada LED dura até 40 anos, embora seja mui-to mais cara, cerca de R$70,00.

LED ou Plasma? TV’s LED

Foi graças à evolução do LED que as televisões pude-ram chegar a um novo nível de qualidade. As televisões de LED, nada mais são do que as mesmas telas de LCD, mas com iluminação do LED. Ao invés de uma única fonte de luz, as TV’s LED contam com iluminação mais precisa, vá-rias cores e melhor qualidade.

TV’s Plasma

Em uma TV de plasma, a tela que você visualiza é, na verdade, um composto com duas finas placas de vidro. En-tre essas placas, existe uma série de eletrodos que rece-bem sinais de vídeo decodificados e os exibem de maneira precisa.

Para que os eletrodos sejam ativados e exibam as co-res corretas eles necessitam de plasma, uma substância que não está disposta da tela em estado permanente. Sim, é isso mesmo, a sua TV de plasma, quando está desligada, não possui plasma.

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Estudos comprovam que o LED é um ótimo substituto das lâmpadas e TVs atuais porque são pequenas e econô-micas além de proporcionarem uma ótima iluminação.

Carro Audi V8 com tecno-logia LED TV de LED

O Battlefield 3, desenvolvido pela DICE, publica-do pela EA (Eletronic Arts) foi lançado no ano de 2011 no gênero de FPS. A história da campanha re-trata as recordações do sargento Blackburn (fictício). A batalha se passa no norte do Irã, nas ruas de Paris, nos esgotos e túneis de metro de Nova York, onde um grupo de fuzileiros navais dos Estados Unidos estão lutando contra um grupo terrorista chamado TLR.

O jogo possui, além da campanha, mais dois ti-pos, o Coop (cooperativo) e Multiplayer (multijogador). Vários modos de jogo estão presen-tes, incluindo Conquest, Rush, Squad Deathmatch, Squad Rush e pela primeira vez desde Battlefield 1942, Team Deathmatch. No Coop, seis missões es-tão disponíveis para duas pessoas, no máximo, joga-rem juntas conectadas pela internet.

Apesar do jogo ser bem aceito pela crítica, requer uma tecnologia avançada, o que limita o público sem os requisitos para jogar.

Os gráficos foram muito revolucionários na em-presa de jogos de FPS (first person shooter), pois eram de muita boa qualidade. Porém o que define um jogo de ser bom ou não é sua história e jogabili-dade, que no jogo são bem feitos, mas os gráficos ajudam.

O jogo Battlefield 3, depois de dois anos após seu lançamento, continua um sucesso, com mais de um milhão de usuários ativos.

A jogabilidade do game é uma das melhores dis-poníveis até hoje.

Cena da campanha do jogo Battlefield 3

BBattlefield 3- A guerra dentro de nós O jogo de guerra, Battlefield 3, foi um sucesso de vendas

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Helena de Godoy Ferreira João Marques Hassun João Freire Siqueira de Carvalho

João Rossi Corbett

Lais Oliveira Afonso Cortes

Maria Clara Bueno Hernandes

Há muitos covers no mundo atual, tanto de cantores antigos quanto de cantores recentes. Muitos deles fazem sucesso pela in-ternet, alguns fazem shows ao vivo e participam de concursos, ganhando prêmios e troféus.

Michael Jackson

Um dos cantores mais imitados do mun-do é o Norte americano Michael Jackson, co-nhecido também como “rei do pop”. Mesmo depois de sua morte, em 25 de junho de 2009, inspira seus fãs como Rodrigo Teaser, entre outros, que copi-

am seu estilo de se vestir, de cantar e, principalmente, de dançar. No Brasil, há um show de muito sucesso que é realizado na

Avenida Paulista, em São Paulo, todos os finais de semana - “Irmãos Jackson”. Três irmãos que começaram a imitar o figurino e a dança de seu ídolo no meio da calçada. Matheus, de 15, Davi, de 7, e Felipe, de 14 anos. Atualmente são um sucesso, lucrando e, ao mesmo tempo, se divertindo

Elvis Presley Outro cantor que traz grande influência aos covers, é o famo-

so “Rei do Rock”, Elvis Presley. Ele contagia muitos com seu modo de vestir e cantar. Seu jeito é muito imitado em shows, con-cursos, e apresentações de covers.

Nesse ano, um festival para julgar o melhor cover do Elvis, reuniu 40 participantes e o vencedor ganhou um título de melhor cover do “Rei”. Hely Jr., da Amazônia foi para a final do concur-so e foi escolhido como o mais completo dos covers.

Muitos covers de cantores, também atuam hoje em dia, estes fazem mais sucesso na internet, pelos canais do Youtube, Sound Cloud, Vimeo etc. Eles imitam cantores recentes e populares, co-mo Justin Bieber, Lady Gaga, Katy Perry, entre outros.

QUEM JÁ FOI LENDA, NUNCA SAI DOS PALCOS O retorno de Michael Jackson e Elvis Presley

Elvis Presley Hely Jr.

CIRCO MÁGICO As maravilhas do Cirque du Soleil

O Cirque du Soleil, atualmente, apre-senta o espetáculo Corteo, no parque Vil-la Lobos, em São Paulo. Neste show, pes-soas apresentam contorcionismo, malaba-rismo, palhaços e trapezistas, todos com roupas coloridas e maquiagens chamati-vas. Fazem uso de música ao vivo para despertar o interesse da plateia e falam a língua “cirquish”, um dueto imaginário criado pela companhia.

O circo possui artistas de mais de 40 nacionalidades.

História do Circo O Cirque du Soleil foi fundado em

Quebec, no Canadá, em 1984, por Guy Laliberté e Daniel Gauthier em comemo-ração do 450° aniversário da descoberta do país.

Cada apresentação possui a síntese da inovação do circo, contando com enredo,

cenário e vestuário próprio. O circo já ganhou várias premiações

e, no ano de 1990 a 2000, houve uma grande expansão de mais de 3.500 em-pregados apresentando seus shows em mais de 40 países. Cada um com 15 es-petáculos apresentados, gerando um lucro anual de R$ 600 milhões.

Corteo O espetáculo estreou em 2005, três

anos após o último espetáculo do circo (Varekai).

O Corteo, “cortejo”, foi criado por Do-minic Champagne e Daniel Finzi Pasca. O enredo gira em torno de um palhaço que imagina seu próprio funeral. Um funeral alegre, uma festa animada sendo observada por bons anjos.

A apresentação conta com 60 artistas de 19 nacionalidades, entre elas o Brasil,

com três artistas: Marcelo Pena, Fábio Santos e Camila Comin.

O circo já passou pelo Brasil quatro vezes com os espetáculos: Alegria, Saltin-banco, Quidam, Varekai e, o mais recen-te, Corteo.

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O músico Carlos Zimbher fala um pouco mais sobre o que o inspira a compor canções. Ainda diz que nunca se imagina-ria fazendo outra coisa além de cantar e tocar instrumentos.

Jornal: Depois de ter integrado várias

bandas de vários tipos de músicas diferen-tes, qual você gostou mais de fazer parte?

Carlos Zimbher: Os corais que partici-pei, na minha formação, foram muito im-portantes para mim. É muito gostoso can-tar em grupo. Mas hoje tenho um grupo chamado Projeto Guarará que me dá muito prazer em participar, pois junto a possibili-dade de cantar em coro com a percussão e outros instrumentos; a cultura popular, co-mo a viola e a rabeca.

J: O que tem aprendido com os canto-

res consagrados? CZ: Sempre é um aprendizado conviver

e trabalhar com pessoas que são seus ído-los. Isso vale para qualquer profissão. Ter, por exemplo, participado da produção de dois shows com o Ney Matogrosso, me trouxe a possibilidade de ver como ele age nos bastidores, o quanto ele é profissional, sério e dedicado. Isso é um exemplo para um profissio-nal, mas também é um exemplo de vida.

J: Com o CD ‘Zimbher

e o Zunido’, você recebeu elogios de músicos como Zeca Baleiro e Arrigo Bar-nabé. Isso o afetou na hora de compor músicas novas?

CZ: Receber o aval de pessoas que nós admiramos sempre é um estímulo para que passemos a nos dedicar mais para fazer o melhor. O Arrigo Barnabé foi um artista que me influ-enciou muito e a quem eu admiro como ar-tista e pessoa. Só dele ter ouvido meu som já foi um prêmio. Ainda por cima ouvir o quanto ele gostou do trabalho foi, talvez, um dos maiores prêmios que já recebi em minha trajetória profissional. O Zeca tam-bém é um cara importantíssimo na cena musical e a quem dedico enorme admira-ção. Ele é meu contemporâneo e o tenho certamente como exemplo a seguir.

J: Em 1995, você montou e escreveu

um musical infantil. Qual era o seu objeti-vo com isso?

CZ: O universo infantil sempre me interessou muito. Acho lindo ler e ouvir a resposta das crianças para as músicas e textos feitos para elas. Sempre fiquei atento e li coisas feitas por Vinícius de Moraes, Chico Buarque e outros artistas para esse universo dos pequenos. Chegar a escrever um musical foi uma conse-quência quase natural. Eu já tenho umas outras duas peças musicais que um dia vão sair do papel também.

J: Depois de já ter feitos vários CDs,

pretende fazer novos? CZ: Lancei três CDs até hoje. Agora

estou na produção de mais um que espero lançar ainda esse ano. Além disso, o Pro-jeto Guarará também está finalizando o CD. Espero conseguir lançar ambos esse ano.

J: Atualmente, como está sua vida?

Continua a compor letras e participar de vários eventos?

CZ: Sim. Criei agora um grupo cha-mado SAMBAXIXE que interpreta com-posições autorais e clássicos. Sempre es-tou fazendo shows por aí.

J: Após ter escrito várias canções,

qual o marcou mais? Por quê? CZ: É difícil escolher uma. É como

ter filhos, você não escolhe qual gosta mais, você ama todos igualmente. No entanto, uma das músicas que mais gosto é “Seda”.

J: Você veio de Brasília para São Pau-

lo para iniciar sua carreira. Por que esco-lheu a capital paulista?

CZ: Eu escolhi São Paulo pela grande diversidade cultural que existe. Não só na música, mas em todas as artes.

J: Você passou por dificul-dades em sua carreira? Quais e como as superou ? CZ: Passei, passo, passarei. Existem diferentes e varia-das dificuldades que um pro-fissional passa em sua car-reira, seja ela qual for. O Brasil é um país difícil para quem escolhe fazer arte. Mesmo assim, tenho certeza de que é isso que vim fazer

nesse mundo, é a principal forma de supe-rar os percalços por que passam a maior parte dos artistas.

J: Quando você começou a ter interes-

se em seguir uma carreira artística? CZ: Eu escrevo poemas desde a ado-

lescência, também toco violão desde antes dos 12 anos, quando compus minha pri-meira canção.

J: Você já lançou vários CDs. Qual a

sensação de ver as pessoas ouvindo suas músicas?

CZ: É algo divino, sinto alguma coisa espiritual ao perceber que alguém gostou de uma música minha. Me sinto realizado.

J: Depois desses anos de carreira,

continua gostando do que faz? CZ: Sim, não me vejo fazendo outra

coisa. Entretanto gostaria de ser melhor remunerado. Mas o prazer de compor uma música é uma sensação indescritível.

J: Sabemos que uma música é muito

mais que só rimas. Como você se prepara para compor uma canção?

CZ: Leio muito. Isso é a base para qualquer pessoa que trabalha com a criati-vidade. Além da leitura, o cinema sempre foi uma fonte de inspiração para mim.

Uma Trajetória musical A vida e a paixão de Carlos Zimbher

Filho de donos de um zoológico, Piscine Patel (Suraj Sharma) é um menino que mo-ra em Pondcherry, na Índia. Mas eles não podem continuar a pagar altos preços pelo terreno do zoo, então resolvem enviar os animais de navio e se mudar para os Esta-dos Unidos.

No meio da viagem há um naufrágio e apenas Pi, uma hiena, um orangotango, uma zebra com uma pata quebrada e um tigre de bengala, chamado Richard Parker. Faminto, Richard devora os outros animais e tenta comer Pi também, mas ao longo do tempo ele é domesticado. Assim eles aca-bam aprendendo a conviver um com o ou-tro.

Esta obra de Ang Lee é baseada no li-vro “A Vida de Pi”, do Yann Martel, que se tornou um grande best-seller. O filme é uma ficção científica sobre a luta pela so-brevivência de um jovem náufrago.

O elenco é composto por atores não muito conhecidos porém muito bons, como Suraj Sharma (Pi), Rafe Spall (Yann Martel) e Tabu (Gita Patel, mãe de Pi), entre ou-tros.

O enredo provoca angústia e tristeza, prende a atenção, pois o cenário é incrível e desperta a curiosidade sobre o que vai acontecer. Há muitas cenas marcantes, uma delas é a noite, quando o mar está repleto de águas vivas que brilham no es-curo e aparece uma enorme baleia que pu-la por cima do barco.

O filme torna-se monótono a partir do naufrágio, momento em que Pi fica um grande tempo sozinho com o tigre no bar-co.

No Oscar de 2013, “As Aventuras de Pi” ganhou com a melhor trilha sonora original, por Mychael Danna; com a melhor fotogra-fia, por Claudio Miranda; melhor efeito vi-sual e melhor diretor, Ang Lee. O longa fez mais sucesso como “Hulk” ou “Brokeback Mountain”.

AS AVENTURAS DE PI LEVA

4 ESTATUETAS

Filme ganha de “Os Miseráveis” e “Argo”

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O museu do Futebol de São Paulo/SP se localiza na pra-ça Charles Miller e foi inaugura-do em 29 de setembro de 2008. O museu apresenta inú-meras atividades para entreter o visitante.

Sobre o Museu O museu foi construído pe-

lo Ministério da Cultura abaixo das instalações do está-dio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu, ocupando uma área de 6,9 mil metros qua-drados. A ideia da construção do museu foi inovadora pois tinha como objetivo, informar o visitante sobre a histó-ria do futebol no mundo. O museu possui uma loja perto da saída, onde o visitante pode encontrar vários itens relacionados a fu-tebol, como mesas de futebol de botão, camisetas, ca-necas etc.

Atividades Os visitantes são recebidos em uma sala onde tele-visores mostram desde o começo do futebol na Ingla-terra até sua disseminação pelo mundo. Na sala ao lado é mostrada a história do futebol de botão.

Dentro do museu estão localizadas várias salas com atividades para as pessoas, como uma pequena quadra de futebol, onde o objetivo é marcar um gol de pênalti em um goleiro holográfico e uma sala onde em uma TV, você pode escolher o ano que quer e automa-ticamente um radialista famoso da época escolhida, co-meça a narrar um jogo de futebol.

Jogadores que Fizeram História No museu são apresentadas várias gerações de grandes ídolos do futebol Brasileiro, como Pelé, Zico e Ronaldo, além de ter o histórico de todas as finais de copas do mundo em mais de 6 horas de vídeos. Nesta sala, vídeos de Pelé e seus companheiros de seleção brasileira são exibidos em todas as cinco vezes que eles foram campeões do mundo, desde 1958.

*** Depois de uma visita ao museu, o visitante Anis nos contou que o local é óti-mo para um passeio de pai e filho, pois é muito interes-sante e divertido, também nos disse que o museu pas-sa uma ideologia que fute-bol é mais que um esporte, e sim, uma arte.

FUTEBOL: ALÉM DE UM ESPORTE, UMA HISTÓRIA O Museu de SP mostra desde os primórdios do Futebol

Entrada do Museu do Fu-tebol, localizado na Pra-

ça Charles Miller

“O museu passa uma ide-ologia de que futebol é mais que um esporte, e

sim, uma arte.”

Um ator de peças de teatros, cinema e novelas, com três filhos e com anos de car-reira, atou em no-velas da Globo, do SBT e da Record como: Cama de

Gato, Cordel Encantado, Marisol, O Profeta, Ci-dadão Brasileiro etc.

Jornal: Wagner Molina sabendo que

você já fez várias novelas, qual foi a sua pri-meira? Em que ano atuou? Conte-nos um pou-co mais sobre sua participação na primeira novela e sobre seu personagem.

WM: A primeira participação foi em Marisol, uma pequena participação que me deixou muito feliz como acontece em cada novo trabalho. A novela que me abriu mais espaço na TV foi “O Profeta”, vivi o mágico “Jaya Raj” foi também uma participação, mas um presente especial porque, como eu disse me abriu novas portas, novas possibilidades.

J: Você já fez vários papeis em vários

filmes, novelas e peças. Por que decidiu ser ator?

WM: O desejo de ser ator me persegue desde a infância, quando, em uma montagem teatral na escola, pude sentir a emoção de es-tar no palco. Eu tinha 7 anos.

J: Para você, o que é melhor: atuar no

cinema, numa novela, ou numa peça de tea-tro? Por que? Qual é a diferença?

WM: Todos os veículos tem sua magia,

a sua técnica e dinâmica, mas sem dúvida ne-nhuma, o prazer e a realização de um ator é de estar no palco. Nele que o ator se sente em casa.

J: Sabemos que tem três filhos: a Maria-

na, o Gabriel e a Julia. Eles se mostram inte-ressados em seguir a carreira do “pai”?

WM: Não. Por enquanto seguem uma vida de gente normal, o que me deixa feliz saber as tantas dificuldades que um artista tem de enfrentar.

J: Já vi várias entrevistas de atores/

atrizes contando sobre seu trabalho e seu dia a dia, e sei que ser ator não é tão fácil como pa-rece. Gostaria de saber como é seu dia a dia durante as gravações numa novela. Imagino que seja muito cansativo!

WM: O trabalho do ator não se resume em gravar, ensaiar ou se apresentar em um espetáculo. É um ofício que exige muito estu-do e dedicação.

J: Relembrando de seus personagens,

qual se identifica mais com você? Ou em qual papel gostou mais de atuar? Diga-me um pou-co sobre ele.

WM: Todos os personagens são como presente, difícil dizer qual o mais gostoso, ou o mais querido, talvez, por me levarem para perto da crianças e de uma ingenuidade meio esquecida nos tempos atuais, acho que o Fias-co de Cama de Gato, e o Genaro de Cordel Encantado, ficaram mais gravados na minha memória e no meu coração. Mas todos eles tem um lugarzinho especial dentro do meu

coração.

J: No início de sua carreira ou quando disse para seus pais que queria ser ator, qual foi a reação deles? Você teve apoio deles? Se não, o que fez para mudar a opinião de-les? De onde surgiu essa vontade?

WM: Como eu disse, a vontade surgiu na minha infância, e sobre o apoio da famí-lia, foi sempre minha avó quem mais apoi-ou, desde criança.

J: Quando era criança assistia a algum

programa de TV ou filme que contribuiu, de certa forma, para a sua carreira artística? Se sim, quais eram?

WM: Quando criança, ficava admiran-do com as novelas da época, com programas humorísticos, sem dizer que minha mãe me levava muito ao cinema, onde eu ficava fas-cinado com os desenhos e filmes infantis.

J: Antes de a ideia de seguir esse cami-

nho teatral, trabalhava em alguma coisa? Por que decidiu mudar de ideia e se tornar ator?

WM: Acho que, na verdade, sempre fui ator, mas a coragem de me dedicar e enfren-tar todas as dificuldades desse ofício chegou tarde, já com 38 anos. Foi quando realmente assumi a carreira e segui até aqui. Antes dis-so, eu trabalhei na área da moda. Trabalhei desenhando, comprando, vendendo, negoci-ando e, principalmente, criando durante vin-te anos.

RELEMBRANDO AS ATUAÇÕES DE WAGNER MOLINA O ator conta um pouco sobre sua vida

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Mestre em Comunicações Interati-vas pela Universidade de Nova York, Renato Kaufmann é redator pu-blicitário, durante o dia, e escritor, durante a noite. Finge nunca ter sido jornalista, mas escreveu para a Folha de S.Paulo, o Jornal da Tarde, para revistas como Superinteressante, Set, +Dinheiro e Pais&Filhos e foi cor-respondente internacional do iG, em Nova York. Criador do blog Diariogra-vido.com.br, que tem milhares de se-guidores e presença também no Fa-cebook e no Twitter, Kaufmann es-creve crônicas baseadas em fatos re-ais, relatando o aprendizado cotidia-no de alguém cujo maior mérito – nas suas palavras – até então tinha sido cuidar de dois gatos.

Jornal: Como surgiu a ideia de es-

crever sobre sua experiência como pai?

Renato Kaufmann: A ideia surgiu de puro desespero. Eu descobri que estava “grávido”, não me sentia pron-to pra isso, e minha cabeça virou um turbilhão. Comecei a escrever quase que como uma forma de terapia, colo-car os pensamentos em ordem.

J: Você imaginou que esse blog

viraria um livro? Ou a ideia original era somente ter um blog?

RK: Nunca imaginei que seria um livro. Mas depois de muita sugestão dos leitores, que queriam dar de pre-sente ou ler no banheiro, achei que era uma boa ideia.

J: Você começou a escrever com

frequência há pouco tempo, quando você descobriu que ia ter um filho. Antes disso você já tinha o hábito de escrever?

RK: Bom, eu já fui jornalista e es-crevia bastante. E agora como publi-citário, também escrevo bastante. In-felizmente, como escritor, tenho es-crito com menos frequência do que gostaria. Mas gosto de escrever des-de criança.

J: Você trabalha, tem sua filha e

seu blog, como você administra seu tempo no dia a dia? Como faz para manter o blog atualizado?

RK: Alguma coisa sempre per-de... Como não quero que seja a Lu-cia, e preciso do trabalho, o blog está super desatualizado...

J: Depois de publicar os livros e se

tornar mais conhecido com a ajuda do blog quais foram as experiências positivas que vieram com isso? Como tudo isso repercutiu na sua vida?

RK: Eu não me sinto conhecido, e minha vida não mudou nada. Mas vieram experiências muito positivas, em especial mensagens e conversas com outros pais e mães.

J: Você gosta de ler tanto quanto

de escrever? Quais foram os livros que marcaram sua vida?

RK: Eu adoro ler! Aliás, amo. O que me inspirou a ser escritor foi um “Para gostar de ler” que tinha um conto do Verissimo. O primeiro livro grande que eu li foi Shogun, do James Clavell. Fora isso, amo ficção científi-ca clássica, como Isaac Asimov, os cyberpunks, como William Gibson, e livros que aumentam seu conheci-mento, como o divertido “Uma breve história de quase tudo”do Bill Bryson. E recentemente tenho lido Game of Thrones e o tudo que consigo achar do Haruki Murakami.

J: De alguma maneira você incen-tiva a Lucia ao habito da leitura? Co-mo?

RK: Eu gosto de ler para ela, mas também adoro inventar histórias, co-mo Branca de neve e os sete dra-gões.

J: Na sua opinião quais as caracte-

rísticas que um livro deve ter para atrair os leitores? Como você acha que as pessoas leriam mais aqui no Brasil?

RK: Ele tem que ter a ver com o perfil desse leitor. E gostaria muito de saber como aumenta o número de lei-tores no Brasil.

J: Lendo seus livros percebemos

que você gosta de ser pai, pretende ter mais filhos?

RK: Eu amo ser o pai da Lucia e o “para-sempre-padrasto” da Maria. Talvez eu tenha mais filhos, mas se não tiver, já me sinto realizado.

J: E daqui pra frente? Você preten-

de continuar escrevendo livros sobre sua experiência como pai? Se sim, já existe algum tema em produção?

RK: Eu queria fazer mais um livro nesse tema, o “Dicionário ilustrado de gravidez e paternidade”. Vai ser um livro engraçado, mas não de histori-nhas. E depois escrever outras histó-rias.

NNOVA CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA Criador do blog Diariogravido.com.br , Renato fala sobre a experiência como escritor

“Eu amo ser o pai da Lucia “

O MAIS NOVO FILME DA MARVEL O mutante mais famoso ganha um novo filme

O filme “Wolverine-Imortal”, dirigido por James Mangold, conta a história de Logan (Hugh Jackman), um mutante conheci-do como Wolverine, que após ser obrigado a matar sua amada, Jean Grey (Famke Janssen), mora sozinho em uma floresta, com apenas a companhia de um urso. Após arranjar briga com caça-dores que mataram seu amigo urso, acaba sendo encontrado por Yukio (Rila Fukushima), filha adotiva de um homem que o mu-tante salvara, em Nagasaki, de uma bomba atômica para levá-lo ao Japão para de despedir de seu velho amigo Yashida (Hal Ya-manouchi).

Chegando lá, o herói se depara com uma proposta. O senhor já quase morrendo oferece a ele a perda da imortalidade tranferindo-a à Yashida sabendo que Logan estava cansado de viver.

Antes de voltar para os Estados Unidos, acaba sendo infectado pelo vírus tecnológico da enfermeira de seu velho amigo conhe-cida como Víbora.

Após recusar a proposta o velho, acaba morrendo, e já fragili-zado pelo vírus que tirava seu fator de regeneração é obrigado a proteger Mariko ( Tao Okamoto) neta do falecido que em seu ve-lório é atacada pela máfia japonesa, Yakusa.

O herói sai pelo Japão protegendo Mariko que a recusa, Wol-verine insistindo segue-a.

O filme não tem muita ligação com os outros da série (a histó-ria muda completamente, nem se fala dos X-Men).

No filme não há muitas partes monótonas, pois há muita ação nele o tempo todo, já que se trata de um dos mais violentos he-róis.

A fotografia do filme é de boa qualidade, as posições das câ-meras são bem variadas e usam bons cenários.

Muitas pessoas se perguntaram onde no filme está Stan Lee, dono da Marvel, já que é tradição em seus filmes ele aparecer brevemente sem mudar a história. Neste filme, o milionário realmente não aparece, causando dúvidas em muitos. Stan Lee diz que não apare-ce, em virtude das filmagens terem acontecido na Austrália. Dessa vez foi a distância que o impediu.

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Francesca Colucci Ribeiro Joana Brandão Ziller Rafael Rodrigues Simões

Rodrigo Peiter Carballido Mendes

Victor Brito Ayala

Os jovens e as crianças brasileiras de hoje em dia são cons-tantemente influenciados pela mídia, seja em casa, na rua ou na escola. Essas pessoas são frequentemente induzidas a usarem, falarem, agirem ou pensarem como a mídia e os colegas querem.

O jovem de 12 a 18 anos é o público alvo das grandes in-dústrias, pois é mais aberto à influências e não pensa nas futuras consequências de seus atos. A televisão e a internet despertam o desejo de consumo e o pensamento de que adquirindo certo produto alcançará a felicidade e conquistará seus objetivos mais rápido.

Particularmente, a televisão pode causar pro-blemas sérios como: obesidade infantil, que ocorre devido ao fato dos jovens passarem horas sentados em frente à televisão sem praticar exercícios e, muitas vezes comendo; comportamentos de risco, que são exibidos sem advertir as consequências; alterações na rotina, como por exemplo, a diminui-ção do horário de sono e hábitos que podem ser prejudiciais ao desenvolvimento escolar; e exposi-ção à cenas de violência e sexo, que podem causar perturbações psicológicas.

Modas

Cada vez mais, o adolescente precisa estar dentro da moda – as famosas “modinhas” – para ser aceito pelos colegas, seja ela uma roupa de marca, um sapato importado, o último modelo de celular ou a mochila mais cara.

É em virtude dessa pressão social que o jovem acaba se tor-nando consumista. A mídia tem o poder de manipular a mente das pessoas, sem que as próprias percebam o que está ocorrendo.

Comportamento As propagandas e programas televisivos fazem com que o

jovem brasileiro sinta-se insatisfeito com a própria imagem e com o seu jeito de agir e pensar. Hoje em dia um dos principais objeti-vos do adolescente é alcançar a grandeza, a riqueza e o heroísmo.

É possível perceber que o comportamento dos jovens é todo rotulado: alguns são nerds, outros são atléticos ou até mesmo “populares” ou “excluídos”. O enfra-quecimento da personalidade própria faz com que todos pareçam iguais e levam à perda de valores e princípios.

Gostos Pode-se ver que as músicas, artistas e filmes mais divulgados na televisão e na internet são os que mais fazem sucesso entre os adolescentes. É comum ver a presença de referências ao mundo pop no dia-a-dia, porém é raro ouvir falar sobre um filme de cer-to diretor desconhecido ou uma música de um gêne-

ro diferente, por exemplo. Até mesmo na alimentação a mídia interfere. Não é difícil

assistir à vários comerciais de restaurantes fast food, refrigeran-tes ou doces, alimentos pobres em vitaminas e com alto teor ca-lórico, que não fazem bem à saúde se ingeridos regularmente.

* * *

O rotular sempre existirá e cabe à cada um decidir o que vestir, ouvir, assistir e fazer. A mídia apenas mostra um lado do que acontece, o que, muitas vezes, não é a realidade da maioria dos adolescentes brasileiros.

PERSONALIDADES PADRONIZADAS O controle da mídia sobre os jovens brasileiros

DDRAMA ADOLESCENTE - O CLUBE DOS CINCO Se você fosse um aluno de colegial e passasse seu sábado com mais 4 colegas, sendo eles completa-mente diferentes de você, imaginaria que possuíssem proble-mas em comum? O Clube dos 5 conta a história de cinco personagens que estão na deten-ção. Passam o sábado na biblioteca da es-cola, Shermer High

School, por mau comportamento, tendo que escrever uma reda-ção sobre quem eles são, supervisionados pelo diretor, Richard Vernon.

O diretor John Hughes, que já dirigiu vários filmes co-mo “Curtindo a vida adoidado” (1986) e “ Gatinhas e Ga-tões” (1984), cria cenas inesperadas entre as personagens por serem socialmente diferentes; uma patricinha (Claire Standish),

um valentão (John Bender), um lutador (Andrew Clark), uma excluída neurótica (Allison Reynolds) e um nerd (Brian John-son).

Por mais que pareça um típico filme americano, é intri-gante acompanhar o drama que conta os problemas enfrentados por cada um dentro de sua própria casa. Isto leva o espectador a entender que mesmo que você não queira, terá sua família co-mo fonte de seu aprendizado.

Acompanhado por uma trilha sonora de grandes músi-cas “jovens”, do ano de 1986, como “Don’t you forget about me” que é colocada na primeira e na ultima cena do filme.

Os personagens principais são interpretados por Anthony Michael Hall (Brian), Judd Helson (John), Emilio Estevez (Andrew), Molly Ringwald (Claire) e Ally Sheedy (Allison). Eles participam de forma impactante no filme, tanto nas cenas de drama quanto nas cenas de comédia. Judd Helson, é o valen-tão que, por não ligar ou pensar no que fala, é quem inicia os diálogos de forma que aos poucos todos falam o que sentem.

O filme não possui cenas monótonas e, por mais que possa agradar a todas as idades, atinge a faixa etária de 13 a 17 anos. Um prato cheio para quem curte um drama adolescente.

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Carlos Gomes, professor de Educação Física na Escola Vera Cruz e psicólogo clínico de São Paulo, nos conta, em entrevista exclusiva ao caderno de Comportamento Jovem, suas experiências e histórias a partir de seu trabalho com crianças e adolescentes.

Jornal: Você trabalha há 18 anos no Vera Cruz. Como

foi essa experiência até agora? Carlos Gomes: Minha experiência tem sido muito boa,

eu gosto de trabalhar aqui. Percebo que no começo era mais difícil e que, com o passar do tempo, foi ficando cada vez melhor.

J: Sabemos que a sua formação é em Educação Física e

Psicologia. Como você utiliza a sua segunda formação du-rante as aulas?

CG: Eu acho que a Psicologia me ajuda a olhar e ouvir um pouco mais as coisas que os alunos trazem. Essa for-mação me ajudou no sentido de entender o porquê e como as coisas acontecem com os jovens.

J: Por que você decidiu cursar Psicologia? CG: Quando prestei minha primeira facul-

dade, em 1995, eu estava na dúvida entre Educação Física e Psicologia. Psicologia era um desejo antigo. Depois que eu já estava formado e trabalhando, eu pensei: "Por que não fazer os dois?". Por conta disso, aproveitei a chance e estou satisfa-zendo a vontade de trabalhar em conjunto com essas duas grandes áreas.

J: Trabalhar com jovens e crianças deve ser muito gratifi-

cante, ao mesmo tempo, desafiador. Como é o seu relacio-namento com eles?

CG: No geral, meu relacionamento com adolescentes e crianças é muito bom. É claro que nada é perfeito, ninguém é 100%, ninguém é unanimidade. Mas eu fico feliz em sa-ber que me dou bem com a grande maioria. Mas não foi de uma hora para a outra, como dito anteriormente, os dois primeiros anos foram bem difíceis. Mas conforme você vai ganhando experiência, você consegue se relacionar de uma maneira melhor.

J: Houve alguma polêmica que envolvesse alunos duran-

te uma partida? CG: Muitas! Competições e partidas de futebol e basque-

te envolvem muitas questões técnicas. Sempre teve e sem-pre terá, não só aqui como em qualquer lugar. Nós vemos diariamente entre os jogadores e a arbitragem, isso porque nos jogos oficiais temos vários árbitros. Na hora em que o emocional está presente, que é a hora da competição, a chance de alguém perder o controle é muito grande. É nes-sa hora que acontece o problema.

J: Onde você iniciou a sua carreira? CG: Como professor de Educação Física, eu comecei

aqui no Vera Cruz. Na faculdade, já fazia estágio em outros lugares, em acampamentos, como monitor e já fui até pro-fessor de natação.

J: Você participou de algum processo seletivo para in-

gressar aqui no Vera? CG: Uma entrevista. Lembro-me de que tinham vários

candidatos. Pelo incrível que pareça, o Toshiaki e a Stella-Mercadante me disseram que, de todos os candidatos, eu era o mais inexperiente. Os outros já tinham trabalhado em outras escolas, mas por conta da entrevista, acho que eles perceberam o meu potencial e resolveram investir em mim.

J: Além de trabalhar aqui na escola, você faz algum

atendimento fora que envolva adolescentes? Se positivo, conte-nos um pouco a respeito.

CG: Sim, sou psicólogo clínico, tenho um consultório on-de trabalho com crianças, adolescentes e adultos. Estou como psicólogo há três anos. Nesse tempo em que eu te-

nho trabalhado, tenho aprendido mais ainda a me re-lacionar com adolescentes. Tem sido bem positivo pa-ra mim, pois é gratificante saber que ajudo as pesso-as.

J: A sua orientadora conversa com os professores sobre comportamento jovem?

CG: Bastante. Nós temos aqui no Vera reuniões com os professores de série em que todos os professores conver-sam e falam sobre todas as questões que envolvem os alu-nos. Temos também as reuniões gerais em que alunos e questões da escola fazem parte da pauta. Sem contar as reuniões chamadas “miniconselho”. Ou seja, os jovens es-tão sempre em pauta.

J: Desses 18 anos de trabalho, você percebeu alguma

mudança drástica no comportamento jovem? CG: A capacidade de ouvir por mais tempo diminuiu.

Quando eu quero dar um recado, é preciso ser, cada vez, mais objetivo. Sinto como se a concentração dos jovens ti-vesse diminuído.

J: O seu trabalho de psicologia interferiu em sua vida pessoal?

CG: Sim, de certa forma. Hoje eu consigo ouvir mais as pessoas. Antes, eu sempre respondia muito rápido sem pensar muito nas respostas. Agora acho que eu consigo ouvir as pessoas mais atentamente do que antes. Consigo ficar mais tempo calado. Nesse sentido, a psicologia mu-dou positivamente a minha vida pessoal.

UUM PSICÓLOGO ATLETA Professor de Educação Física é psicólogo clínico

É gra ficante saber que aju-do as pessoas

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O nutricionista de 45 anos, Luís Meireles, que trabalha na clíni-ca Nutrimorphose, acredita na satisfação do indivíduo com o pró-prio corpo. Luís vem de uma família de médicos. Desde peque-no, é interessado em esportes e percebeu que eram os alimen-tos que faziam a diferença nas competições e treinamentos. As-sim, se interessou pela nutrição. A partir de sua trajetória, ele nos contará um pouco sobre sua área e como é importante o jo-vem ter uma nutrição adequada.

Jornal: A estética tornou-se um assunto muito sério nas últi-

mas décadas e algumas pessoas podem acabar se preocupando demais com isso. Você diria que “excessos”, como parar de co-mer ou malhar excessivamente para manter o padrão de beleza podem fazer mal? Por quê?

Luís Meireles: Não acredito em excessos, acredito em satisfa-ção, se o indivíduo se sente bem fazendo o que faz e se é super-visionado por um profissional, ou até mesmo feito por conta pró-pria com critério e lógica, não vejo mal algum em super valorizar sua imagem. Há pessoas que preferem valorizar a imagem de diferentes formas, com cirurgias plásticas e botox. O certo é fa-zer o que nos dá prazer e quem sou eu, para julgar o certo ou o errado das pessoas. Eu sei o certo para mim e, como profissio-nal, acredito na ciência do bem estar dentro de um bom senso. Sobre parar de comer, eu conheço pessoas que vivem de luz e que jejuam por longos dias, e estas pessoas estão com saúde e o mais importante, felizes.

J: Você é bem conhecido e atende a muitos pacientes. Você

tem pacientes jovens? L: Sim. Tenho pacientes de várias faixas etárias. Já atendi um

senhor de 80 anos. J: Qual a idade média dos jovens que frequentam sua clínica? L: A maioria dos jovens que frequentam minha clínica possu-

em em torno de 12 a 50 anos. “Considero que pessoas de 50 anos são jovens.”

J: Muitos jovens estão insatisfeitos com seus corpos? Qual a

principal causa? Normalmente, estão acima do peso ou só que-rem ganhar mais corpo?

L: Existem aqueles insatisfeitos e que, mesmo com corpos es-culturais, eles sempre tentam e querem melhorar cada vez mais. Mas creio que a principal causa seja a insegurança. Normalmen-te, meus pacientes estão acima do peso, 65% a 70% deles, e o restante querem ganhar massa magra (músculos).

J: Há alguma ligação entre a idade do paciente e as solicita-

ções feitas por ele? L: Sim, não só a idade, mas a individualidade bioquímica de

cada um precisa ser levada em consideração. Às vezes gêmeos têm necessidades e indicações diferentes.

J: Sabemos que para se fazer uma dieta que a pessoa deve

perder peso, é preciso saber a porcentagem de gordura corporal e muscular dela. Como é feito este cálculo? Qual o processo?

L: Eu costumo usar um protocolo de dobras cutâneas criados por fisiologistas chamados Pollock e Jackson. Acredito ser o me-lhor método. Para isso, uso um instrumento de precisão e o me-lhor software de computador do mercado para analisar dados sobre a quantidade de massa magra, massa gorda, peso de gor-dura e etc... não acredito muito nos aparelhos de medição, por-que, por mais modernos que sejam, podem dar erro.

J: Com a medicina ortomolecular, a dieta de cada indivíduo é construída de acordo com seu tipo sanguíneo. Você tem de ade-quar a dieta à cada paciente ou coletivamente para pessoas com o mesmo tipo?

L: O estudo da dieta ortomolecular foi testada coletivamente em um grupo de pessoas, e depois essa ciência deu origem a nutri genômica que analisa a individualidade bioquímica de cada um, a partir destes conhecimentos e alguns dados sobre a pes-soa, a dieta será projetada. A ciência nutricional já nos permite fazer a dieta perfeita para cada paciente, eu poderia batizá-la como a dieta do DNA, mas os métodos usados são caros e al-guns pacientes ainda não estão conscientes o suficiente para investir neste procedimento. Infelizmente, preferem investir em

planos de saúde. Mas nutrição é a melhor medicina preventiva que existe.

J: Em uma dieta é preciso seguir um cardápio que correspon-

de com o total de peso que a pessoa deve perder. Qual o proce-dimento feito para identificar o cardápio diário do paciente?

L: De acordo com sua necessidade, o ideal é ganhar massa magra e perder a gordura ao mesmo tempo. Isso é possível, em-bora muitos ainda não acreditem. Eu detenho essa tecnologia, mas isso é segredo...

J: Por ser um nutricionista, você se preocupa bastante com

sua saúde? Faz alguma dieta especial? Se sim, você costumar incentivar seus pacientes?

L: Não sigo uma dieta especial, uso bom senso. Todos nós sabemos o que faz bem e o que faz mal. Eu tenho consciência de quando como algo danoso, eu tenho que reequilibrar depois. Também não sirvo de exemplo para quem quer ficar com múscu-los definidos, já que para ter um corpo cheio de músculos, é pre-ciso comer muitas calorias e proteínas. O excesso de calorias diminui a expectativa de vida.

J: Como se interessou por esta área da medicina? Você já

tinha esta ideia, de ter sua clínica? L: Me interessei porque na minha família todos são médicos,

mas a ideia de nutrição veio porque sempre gostei de esportes e percebi que eram os alimentos que faziam aquela diferença nos treinamentos. Desde então, comecei a gostar do assunto e me aprofundei. As clínicas foram acontecendo porque nos conhece-mos e gostamos do nosso trabalho.

J: Há outros profissionais envolvidos no processo que envolve

os pacientes? Por exemplo, psicólogos, psiquiatras? Você costu-ma indicá-los?

L: Ainda não consegui achar um psicólogo sério que trabalhe nessa área para atuar em conjunto. E psiquiatra, geralmente al-guns pacientes já tem o seu. Mas gostaria e acharia muito impor-tante ter um psicólogo na equipe. Eu mesmo procuro ser psicólo-go, sempre incentivando o meu paciente, mas tem limites, al-guns precisam mesmo de um profissional desse ramo.

J: Há algum curso que você pensa em fazer? Algum congres-

so importante na área? L: Já fiz todos os cursos que vocês possam imaginar, estudo

desde meus 16 anos e tenho quatro especializações. O que pen-so agora, é parar um pouco e escrever um livro. Mas, sempre que tem um congresso de nível internacional e bom, eu participo.

A NOVA ONDA DOS ADOLESCENTES Luís Meireles conta a importância da nutrição

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Bullying atual Os fatores que contribuíram para o bullying

Bullying é um termo inglês usado para uma situação onde uma ou mais pessoas se envolvem de forma agressiva, verbal ou fisica-mente, para intimidar um indivíduo sem possibilidade de defesa.

Sendo um problema mundial, o bullying pode ocorrer com qualquer um. Este comportamento agressivo e repetitivo pode acontecer em diversos locais como na universidade, no trabalho, entre vizinhos e principalmente entre colegas na escola.

Bullying Escolar

Normalmente no ambiente escolar, o bullying ocorre de forma indireta, com isolamento da vítima ou o uso negativo de apelidos e expressões humilhantes.

Mais frequente entre homens, o bullying também pode ser aplicado de forma direta com ameaças e violência física ou sexual.

Violência

As crianças de hoje em dia têm muito acesso a violência, diz uma mãe de uma aluna da Escola Vera Cruz. Atualmente, no mun-do, existe um grande índice de atos agressivos, isso influencia, ca-da vez mais, os jovens através de filmes, seriados, novelas e até mesmo jornais.

Como diversos adolescentes estão ligados a acontecimentos violentos do cotidiano, muitas vezes são influenciados e de certa forma, acabam cometendo os mesmos atos de maldade.

Redes Sociais

O bullying antigamente era aplicado de forma menos agressi-va, as pessoas apenas eram excluídas causando angústia. Já hoje em dia, observamos que em alguns casos, esta violência pode cau-sar bem mais que uma dor sentimental.

Um dos fatores que contribuiu para este crescimento foi a in-ternet. Com o surgimento das redes sociais (Facebook, Twitter,

Orkut...), temos acessibilidade à vida pessoal das pessoas, pois normalmente colocam fotos e informações que dizem seu nome, endereço, escola, família, amigos, telefone, de forma que o agres-sor pode permanecer no anonimato.

Os sites de relacionamento também podem ser uma forma de praticar o bullying. Eles também permitem criar uma conta anôni-ma, conhecer estranhos e marcar encontros.

* * * Um fato que pode contribuir para a solução destes casos é o diálogo com pessoas amigas, familiares ou até mesmo professores, de forma que eles possam comunicar-se com o agressor e conven-cê-lo a parar com o bullying e, até mesmo, puni-lo. De qualquer forma, hoje em dia, observamos, cada vez mais, protestos, sites e propagandas a fim de ajudar as vítimas. Além dos pais, as escolas procuram prevenir estes atos abordando temas co-mo este em discussão coletiva com os alunos.

Bullying entre jovens

UMA HISTÓRIA DE GUERRA E AMOR Livro conta a história de adolescentes com mentes opostas

Famoso por escrever roteiros de programas e fil-mes infantis como Castelo Rá-Tim-Bum e TV Xuxa, Flávio de Souza lançou, em 2001, o livro infanto-juvenil Desenhos de Guerra e de Amor, vencedor do Prêmio FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) de 2001, na categoria Jovem.

Com uma linguagem moderna e bem-humorada, Flávio de Souza conta a história de Gabriel Lopes Silva, um adolescente “incompreendido pelo mun-do, solitário e ter com quem conversar” que conta, por meio de um caderno, suas viagens de ônibus à caminho da escola e de casa. Tudo muda quando Isabel, aluna nova, começa a escrever em seu pró-prio caderno durante as idas e vindas da escola.

Gabriel, a partir de seu relato, mostra um ponto de vista crítico e pessimista sobre o que acontece ao seu redor. Isabel, por sua vez, tem um comporta-mento romântico e otimista.

Por ter um enredo cativante e surpreendente, a leitura é dinâmica. Os protagonistas possuem cará-ter forte e opiniões distintas, e os coadjuvantes são bem construídos e divertidos. A história rende boas gargalhadas e conta com ilustrações detalhadas e bem feitas. As páginas têm um fundo quadriculado para o caderno de Gabriel e colorido para o de Isa-bel, que dão um tom mais realista a história. O livro é escrito de uma forma diferente, pois cada página é contada a partir do ponto de vista dos protagonis-tas.

Apesar de não ter muitas cenas marcantes, o li-vro é uma boa opção para jovens e crianças.

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Beatriz Arruda Fontenelle Giulia de Paula Rivellino Julia Moutinho Ramalho Pinto

Manuella Kjekshus Mansur Haddad

Marina Vieira Moraes Martins

Desde 1500 até os dias de hoje, os povos que migraram para o Brasil trouxeram consigo suas culturas, hábitos e crenças. Em virtude disso, o Brasil é um país que abrange várias preferências alimentares, com uma grande diversidade de pratos.

A culinária brasileira é fruto de uma mistura de ingredientes, tra-dições e alimentos europeus, africanos e indígenas. Muitas técnicas de preparo brasileiras foram criadas pelos índios e futuramente mo-dificadas pelos europeus.

Região Norte do Brasil

É considerada o maior exemplo da culinária típica brasileira. O que a difere das outras regiões é a presença da culinária indígena e portuguesa, apesar de suas origens amazônicas. Outros traços na culinária foram adquiridos após a chegada de outros povos.

Alguns pratos típicos da região Norte são a maniçoba, mais co-nhecida como feijoada paraense, pato no tucupi, pirarucu de casaca, picadinho de jacaré, pratos feitos com peixes, o tacaca e o vatapá pa-raense. Há também pratos doces, como o açaí , doce de cupuaçu, bacuri, bolo de macaxeira, biscoito de castanha do Pará e sorvetes de frutas regionais. Os principais ingredientes utilizados por eles são a mandioca, o cupuaçu, urucum (açafrão brasileiro), jambu, guaraná, tucunaré e castanha do Pará.

Região Nordeste

A culinária é, em sua maioria, determinada pela diversidade cli-mática. Desde o litoral de Pernambuco até o da Bahia, a presença africana é mais notada, devido aos resquícios da escravidão. Em Ala-goas, a presença dos frutos do mar são mais recorrentes devido as diversas lagoas costeiras, por isso podemos notar a presença de pra-tos como a moqueca e o caruru. Já no Maranhão, a influência portu-guesa é mais presente do que nas demais regiões, tendo assim o uso de temperos picantes. No sertão nordestino, as condições climáticas favorecem o consumo de carnes, principalmente a carne de sol e pra-tos feitos com raízes.

Um prato que pode ser considerado típico do nordeste é o acara-jé que em seu preparo apresenta alguns ingredientes típicos da região como o azeite de dendê, camarões e pimenta vermelha. Entre os pra-tos mais conhecidos esta a moqueca, preparada com frutos do mar e azeite de dendê.

Região Centro-Oeste

A culinária regional é em grande parte influenciada pela pecuária (principal atividade econômica). Os habitantes da região tem preferên-cia por carnes bovinas, suínas e caprinas. A gastronomia do centro-oeste conta com a presença da culinária africana, portuguesa, italiana e síria. No entanto, o Mato Grosso do Sul sofreu forte influência da culinária latino-americana, especialmente nos ensopados de peixe: pacu, pintado e dourado.

Entre os pratos típicos da região estão presentes o arroz com pequi, picadinho com quiabo, sopa paraguaia, empadão goiano, caldo de piranha e vaca atolada, feita com mandioca e costela. Em relação aos ingredientes temos o pequi, mandioca, carne seca, a erva mate e o milho.

Região Sudeste

A gastronomia é essencialmente influenciada pelas origens por-tuguesas, indígenas e africanas. Em Minas Gerais, conhecida como cozinha mineira, onde os pratos como o pão de queijo, tutu à mineira, queijo minas e angu são os mais famosos e conhecidos. Já no Espíri-to Santo, o prato local é a moqueca capixaba, incluindo em seu prepa-ro peixe e tomate. Os pratos possuem uma forte influência indígena, com o uso da banana-da-terra. No estado do Rio de Janeiro, há vários restaurantes com cardápios que englobam pratos de todas as regiões do país. Uma das comidas tradicionais é a feijoada, preparada com vários tipos de carne e feijão preto.

A capital paulista é um centro gastronômico mundial, ou seja,

apresenta uma diversidade de pratos de diferentes regiões do globo, porém também possui suas comidas típicas como o pastel, com in-fluências orientais, virada à paulista que é feito principalmente com arroz e tutu de feijão (massa de feijão com farinha de mandioca) e o cuscuz paulista ou brasileiro. Nessa grande variedade de pratos mun-diais, podemos encontrar principalmente forte influência libanesa, sí-ria, italiana e japonesa, com os pratos da culinária francesa a chinesa.

Região Sul Possui uma culinária completamente diferente das outras regi-ões, com a presença forte da culinária italiana, alemã, portuguesa e espanhola. No Rio Grande do Sul, o principal prato, é o churrasco preparado com carne bovina ou ovina. O hábito alimentar regional foi complementado pelos italianos com massas, polentas e frango. O Pa-raná além da culinária italiana também possui traços da culinária indí-gena com raízes e grãos. Do cardápio gaúcho podemos observar os tradicionais pratos como barreado, galeto, sopa de capeletti e arroz carreteiro. Uma bebi-da típica da região sul é o chimarrão, composta por erva mate moída misturada com água quente servida em uma cuia e bebida através de uma bomba.

Projetos Hoje em dia, há projetos que tem a intenção de divulgar a culiná-ria local. O projeto chefes do Brasil lança a gastronomia brasileira no mer-cado internacional, desenvolvido pela APEX– Brasil (agência brasilei-ra de promoção de exportações e investimentos). Ocorreu em São Paulo um jantar no restaurante Dalva e Dito com o intuito de lançar a gastronomia brasileira no mercado internacional. O jantar, sob a coor-denação do chefe Alex Atala, teve um cardápio exclusivo para apre-sentar a culinária nacional aos grandes nomes da gastronomia brasi-leira e exterior. A chefe Ana Luiza Trajano é dona do restaurante chamado Brasil a gosto que surgiu a partir de uma pesquisa sua feita nos estados brasileiros com a intenção de divulgar a cultura do país pela culinária traduzida pela história e costumes de suas regiões.

Superstições alimentares A maioria das superstições brasileiras tem origem portuguesa. Os indígenas evitavam comer seus animais totem. Os escravos já não deixavam comida no prato, em virtude de que seus inimigos podi-am come-las. A ingestão da cachaça após certos alimentos como leite, man-ga, melancia, farinha e bananas era mal vista, porque a base de res-trições envolve a mistura de comidas e a ingestão de bebidas após alguns alimentos. O leite, era visto como um alimento completo e não era ingerido junto com outros alimentos. Se fosse misturado, faria mal à saúde. Segundo a chefe Ana Luiza Trajano, “a culinária brasileira é uma mistura muito mais rica do que se imaginava. É um conjunto de ele-mentos que ultrapassa os limites de uma cozinha.”

MISTURA DE INFLUÊNCIAS E SABORES A influência de diversos povos enriquecem a culinária brasileira

Típica feijoada brasileira

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Nos dias de hoje, há uma grande diversida-

de de fast food . McDonald´s, Bob’s e Burguer

King são alguns exemplos. Os jovens represen-

tam uma grande parcela que contribuem para o

sucesso desse novo estilo. Mas também famílias

e casais utilizam esses serviços. Há uma grande

diversidade de comidas fast food, não apenas

hambúrgueres e batatas-fritas, mas também re-

des japonesas, italianas e árabes.

Segundo Isleide Arruda Fontenelle, autora

do livro “O nome da marca: McDonald´s, fetichis-

mo e cultura descartável”, o McDonald´s, por

exemplo, dizia que não era do ramo de hambúr-

gueres, mas do “show business”, e que vendia

felicidade, diversão. Tanto é que o seu persona-

gem de marca é um palhaço, o Ronald McDonald.

Com o sucesso do McDonald´s, chefes de cozi-

nha que queriam manter o estilo de comida tradi-

cional, começaram a lançar um movimento con-

trário a tudo isso: o slow food.

O movimento slow food Slow food, “ao pé da letra”, significa comida

lenta. Portanto, é o oposto de fast food, que signi-

fica comida rápida.

Slow food é também o nome de um movi-

mento que se originou quando o McDonald´s

abriu uma filial bem ao lado da famosa Piazza di

Spagna, em Roma, em 1986. Para muitos italia-

nos isso já era um pouco demais. Foi quando o

escritor Carlo Petrini, especializado em culinária,

lançou o slow food, um movimento que vai contra

os principais princípios do McDonald´s e do fast

food em geral e defende os produtos frescos e

sazonais da própria região; receitas transmitidas

de geração a geração; agricultura sustentável;

produção artesanal; refeições tranquilas com a

família e os amigos.

Mas há críticas ao movimento. Elas apon-

tam que, ao se posicionar contra alimentos indus-

trializados e produzidos em grande escala, o slow

food estaria desencorajando o uso de alimentos

mais baratos, que poderiam solucionar a fome do

mundo.

História do fast food

O fast food se originou no estado do Kan-

sas, em 1921, com a primeira cadeia de restau-

rante especializada em hambúrgueres, a White

Castle, existente até hoje. Mas o conceito de fast

food demorou

algum tempo para

fazer sucesso.

Isso só ocorreu

nas décadas de

30 e 40 com o

surgimento dos

drive-ins,

que eram defini-

dos como uma mistura de garçonetes bonitas,

carros e comidas fora de hora. Os drive-ins funci-

onavam do seguinte modo: os clientes paravam

nos estacionamentos de lanchonetes, ou até mes-

mo de outros serviços, onde garçonetes vinham

retirar e entregar os pedidos, assim os clientes

não se locomoviam e os serviços vinham até eles.

Em 1937, um desses drive-ins, o McDonald´s

Brothers Burguers, na Califórnia, desenvolveu um

novo sistema de produção e entrega de lanches.

McDonald´s

Devido à falta de faturamento do drive-in

McDonald´s Brothers Burguers, esperado pelos

irmãos Richard e Maurice McDonald, eles decidi-

ram introduzir um novo sistema de produção e

entrega de lanches: nada de garçonetes ou refei-

ções com talheres. O novo sistema levava os cli-

entes a pegarem os seus próprios pedidos que

vinham em copos, sacos e pratos descartáveis.

Tornaram, também, o preparo da comida uma

linha de montagem, onde cada funcionário execu-

tava só uma tarefa. Assim, as mudanças feitas

pelos irmãos McDonald fizeram com que os ham-

búrgueres da lanchonete ficassem muito mais

baratos, atraindo, assim, famílias operárias e fa-

zendo com que o estabelecimento fast-food dei-

xasse de ser frequentado apenas por jovens. O

vendedor Ray Kroc, um desses novos clientes,

ficou impressionado com a rapidez do serviço ao

visitar o McDonald´s. Em 1954, Kroc comprou os

direitos de franquear, em todo os Estados Unidos,

a lanchonete. E em um ano, montou uma cadeia

com mais de 20 restaurantes. Hoje, o McDonald´s

é a rede mais famosa de fast food do mundo e

possui mais de 30 mil restaurantes em 129 paí-

ses, atendendo 46 milhões de pessoas por dia.

Segundo a pesquisadora Isleide Arruda

Fontenelle, autora do livro “O nome da marca:

McDonald´s, fetichismo e cultura descartável”, o

fast food é produto de um modelo social mais am-

plo. Ela diz, em seu livro, que o fast food foi a

“fordização” da alimentação, ou seja, foi a aplica-

ção do que Henry Ford fez na indústria do auto-

móvel (a criação da linha de montagem para pro-

duzir carros em massa). Em uma sociedade in-

dustrializada, em rítmo cada vez mais veloz, com

uma quantidade grande de pessoas precisando

ser alimentadas rapidamente, o fast food apare-

ceu como a resposta “natural” a esse modelo.

Não é por acaso que as primeiras lanchonetes do

McDonald´s surgiram nas rodovias, ao lado de

postos de gasolina. A pesquisadora afirma que

as pessoas, assim como os carros, precisavam

ser alimentadas rapidamente. E o modelo funcio-

nou. Então, seria preciso questionar o modelo. O

fast-food é uma espécie de “sintoma” desse mo-

delo, mas não é a causa.

Marcas de Fast Food Brasileiras O Brasil não demorou muito para entrar no

mapa dos fast food. Em 1952, Robert Falkenburg,

um americano, inaugurou a primeira lanchonete

no Rio de Janeiro, em Copacabana e batizou com

o seu apelido: Bob's, servindo cachorros-quentes,

hambúrgueres, milk-shake e sundaes. No entanto,

em 1972, Falkenburg vendeu a loja que hoje é

administrado por brasileiros. Atualmente a rede

conta com um cardápio mais diversificado.

O Bob's é conhecido pelos seus lanches

mais próximos da culinária brasileira, com o uso

de hambúrgueres de picanha. Um dos sanduíches

mais conhecidos é o Big Bob, feito com dois ham-

búrgueres de carne, cebola, alface americana,

molho e pão com gergelim, parecido com o Big

Mac, da rede McDonald´s. Outro destaque é o

seu milk-shake.

Hoje, há lojas em todos os estados brasilei-

ros, em Angola e no Chile, totalizando 700 lancho-

netes.

Décadas depois, em 1988, nasceu em São

Paulo a rede Habib´s, criada pelo médico Alberto

Saraiva. É uma rede especializada em comida

árabe e outros lanches de baixo custo, tais como

esfiha, pastel e pizza. É hoje a maior cadeia de

fast food de comida árabe do mundo.

Índice Big Mac

Partindo do princípio que os procedimentos

operacionais padronizados da cadeia fast food,

McDonald´s são os mesmos em todos os países

em que opera, a revista britânica criou, em 1986,

o Big Mac Index, conhecido no Brasil como índice

Big Mac. Esse índice é calculado com base no

preço, em dólar, do sanduíche Big Mac em mais

de 100 países, tendo como objetivo medir o grau

de valorização da moeda local em relação ao dó-

lar americano, comparando os preços do hambúr-

guer Big Mac nos EUA com o preço do Big Mac

no país no qual se pretende comparar a moeda.

Assim, esse índice serviria também para

medir o poder de compra de uma moeda frente ao

dólar.

Restaurante Casual O McDonal's, o Bob's, Burger King são

considerados fast food, enquanto, por exemplo.

Restaurantes como The Fifties, PJ Clarkers, são

considerados restaurantes casuais.

A diferença entre eles é a seguinte: em

restaurantes casuais o atendimento é feito por

meio de garçons. Já em fast food´s não há esse

serviço e normalmente não há talheres ou utensí-

lios que não sejam descartáveis. Nos restaurantes

casuais, observamos a utilização de talheres e um

maior conforto.

FFAST FOOD X SLOW FOOD

Hambúrguer Big Mac, um dos mais famosos do McDonald´s

Réplica de um drive-in dos anos 50 na Disney,

em Orlando

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Chef executivo e sócio do restaurante Le Manjue Bistrô, Renato atua no estudo e na aplicação da gastronomia orgânica e funcional. É membro da Comissão Técni-ca da Associação Brasileira das Empre-sas de Refeições Coletivas (Aberc) e da comissão executiva e técnica do projeto "Restaurante Escola - Aprendiz de gar-çom", da ONG Ação Comunitária. Diretor de Gastronomia da Associação Brasileira de Fomento à Banana Verde (AFBV) e consultor de gastronomia do Portal Orgâ-nico. Também é autor do livro Escolhas e impactos – Gastronomia funcional.

Jornal: Você é o chefe executivo e só-

cio-proprietário do restaurante Le Manjue Bistrô que apresenta um proposta de gas-tronmia orgânica funcional. O que fez vo-cês escolherem esse tipo de cardápio?

Renato Caleffi: Salvar o planeta e nosso organismo, promovendo saúde com potencial preventivo. Aprendi a como fazer isso na prática, é um caminho sem volta; não dá para saber que um ingredi-ente ou técnica é um veneno e continuar a utilizá-la, a menos que descubra como minimizar esses impactos.

J: Você é membro da comissão técnica

da associação brasileira da empresa de refeições coletivas e da ONG projeto-restaurante escola aprendiz de garçom. Acha que esse é um jeito de incentivar e interessar os jovens?

RC: Sem dúvida precisamos estimular jovens a trabalhar, encontrar seus cami-nhos e acima de tudo, melhorar o merca-do de trabalho com mão de obra qualifica-da.

J: Qual é a importância da sua partici-

pação na associação brasileira de fomen-to a banana verde?

RC: Realmente estou há cerca de 10 anos falando e fomentando a utilização da biomassa de banana verde; sobretudo na formação de indústrias. É um trabalho de formiga e de tanto falar na biomassa, pa-rece que isso se tornou uma assinatura minha, assim como as jambalayas, e pou-cos chefs que querem abordar o assunto; fica na mão de poucos e de nutricionistas.

J: Quando você começou a se interes-

sar por gastronomia? O que fez você que-rer obter mais conhecimentos sobre esse assunto?

RC: Desde criança, porém fui estimula-do a fazer Direito. Depois disso resolvi se-guir um sonho antigo. Tive que fazer gas-tronomia para aprender de fato e depois ir me aperfeiçoando na prática.

J: Você é autor de alguns livros culiná-

rios, acha que essa é uma maneira de passar seu conhecimento aos outros?

RC: Sim, de fato considero um dom e uma missão, ensinar as pessoas a serem mais saudáveis. Tento não concentrar em minhas mãos as minhas criações justa-mente para que todos sejam saudáveis e tenham menos doenças, comprem sem-pre mais orgânicos e estimulem a agricul-tura familiar.

J: Sabemos que você é formado em

gastronomia pela Anhembi Morumbi, foi aperfeiçoar seus conhecimentos em San Francisco, Havaí, Argentina, Canadá e por todo o Brasil. Como foi essa experiên-cia? Alguns conhecimentos obtidos influ-enciaram na sua vida como um profissio-nal?

RC: Toda experiência é boa, até as ruins, para nunca repetir os erros de ou-tros. Aprendi a lidar com diferentes tipos de pessoas, a ser tolerante e respeitar a diversidade e isso me tornou um gestor melhor. Aprendi coisas tão diferentes que isso moldou um estilo próprio em mim; nunca consegui repetir o que eu aprendia e até hoje evito fazer o que os outros es-tão fazendo, justamente para consagrar um estilo próprio. Estive no momento do fusion nos EUA e isso me moldou muito, tanto que nunca consegui seguir o clássi-co, a risca e isso me permitiu recriar com enfoque em restrições alimentares e em saudabilidade e sempre com ingredientes brasileiros.

J: Você acredita que hoje em dia, as

pessoas estão mais preocupadas com o bem estar?

RC: Sim, e eu provo isso no meu res-taurante, onde o movimento é crescente diariamente.

J: Você leciona no próprio Le Manjue

Bistrô. Quais são os objetivos dessas au-las? O que você ensina?

RC: Ensino meus pratos, dicas de sau-dabilidade, biodisponibilidade de nutrien-tes, ensino a fazer comida gostosa, práti-ca e saudável; com biomassa, com chia, com quinoa, com gel de linhaça e sempre sem leite, glúten e soja.

J: Sua gastronomia funcional é inova-

dora, pois consiste em preparações de pratos sem glúten e lactose. Você acredi-ta na "dieta" de só comer coisas saudá-veis e se privar totalmente de doces e co-midas mais gordurosas?

RC: Eu não me privo de nada, mas controlo o que como. Como digo em meu livro, o corpo fala, e nem sempre isso é agradável: no peso, no humor, na disposi-ção, na pele, cabelo... Infelizmente, algu-mas pessoas não podem se dar ao luxo de comer algumas coisas, outras apenas são disciplinadas. Para quem adota esse plano alimentar por consciência, acho que não é possível viver numa bolha, mas eu tento mostrar que é possível comer com restrição com muito prazer. Outro fato im-portante, comida de verdade, comida sim-ples e de nossos avós, não contem glúten nem leite; aposto numa valorização do passado. Mas também me preocupo em colocar no prato ingredientes naturalmen-te antioxidantes, antifúngicos, antinflama-tórios, destoxificantes, alcalinizantes, pré e pró bióticos e hipoglicemiantes.

"Ter de comer mantendo a consciência

de tudo o que está em jogo pode parecer carregar um fardo, mas na prática poucas coisas na vida podem nos proporcionar tanta satisfação. Comer é um ato agrícola, ecológico, além de um ato político. O que e como comemos determinam, em grande parte, o que fazemos do nosso mundo e o que vai acontecer com ele."

UM NOVO JEITO DE COZINHAR Renato Caleffi apresenta uma gastronomia orgânica funcional fugindo do clássico

COMIDA CASEIRA FORA DE CASA Delicie-se com a variedade da comida brasileira

A chef Morena Leite, socia do restau-rante Capim Santo, acaba de inaugurar , no Museu da Casa Brasileira, uma ilial do Santinho, restaurante localizado ori-ginalmente no Instituto Tomie Ohtake.

O Santinho procura proporcionar um cardapio tipicamente brasileiro, trazen-do elementos da cozinha caseira. Com-posto por seis bancadas, seu bufe e di-versi icado, incluindo comidas de varias partes do paıs.

Seu atendimento nao e dos melho-res. Mesmo o serviço nao tendo de se preocupar em retirar os pedidos de pratos, as bebidas escolhidas demoram para chegar na mesa.

O local tem uma decoraçao cativante, com iluminaçao indireta, feita por belos abajures, deixando o ambiente acon-chegante.

Incluıdo, nos inais de semana, a so-bremesa e deliciosa, tendo como favori-

ta as tapiocas, tanto de doce de leite, quanto de chocolate. Ja de terça a sexta, a sobremesa e paga a parte, porem con-ta com os mesmos pratos.

En im, apesar da demora no atendi-mento, vale a pena visitar o Santinho, para saborear a sua comida caseira em um ambiente agra-davel.

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Fernanda Tude, 30 anos, formou-se em nutri-ção, em julho de 2009, na Universidade Federal Flu-minense (UFF). À convite do namorado, morou em Barcelona durante um ano, e assim teve a oportuni-dade de estudar gastronomia. Antes de retornar ao Brasil definitivamente, também morou no México. Voltou para cá e foi para São Paulo, sua atual resi-dência. Trabalha no restaurante From The Gallery, no bairro Itaim, capital paulista. Nessa entrevista, ele irá contar um pouco sobre seu percurso profissio-nal como nutricionista, levando em conta a sua expe-riência no exterior.

Jornal: Sabendo que você é formada em Nu-

trição e que vários profissionais desta área traba-lham em consultórios auxiliando na melhor alimen-tação de seus pacientes, o que te levou a trabalhar em um restaurante?

Fernanda Tude: Acredito que a nutrição e a gastronomia são profissões que se complementam. Devemos ter uma alimentação saudável, mas o sabor e a apresentação do prato são importantes, pois nos remetem à lembranças da infância, sentimentos e alegria. O importante é saber equilibrar e unificar a nutrição com a gastronomia. No meu caso, quando eu fui morar em Barcelona, tive a oportunidade de estu-dar gastronomia, o que já era um sonho.

J: Que tarefas você realiza em seu emprego? F.T: Sou cozinheira, executo junto com uma

equipe todas as preparações dos pratos. J: Sabemos que o “From The Gallery” abre

apenas quando há reserva. A partir disso, como você organiza o seu horário?

F.T: Fica difícil ter atividades em horários fi-xos porque tenho que estar à disposição do restauran-te de segunda a sábado. Se for viajar, tenho que pedir autorização para o chef. Como não tenho uma rotina fixa, vou à academia, festas e faço comida em casa somente quando tenho tempo.

J: Qual é a rotatividade de um cardápio? De

quanto em quanto tempo ele é modificado? F.T: Ele é modificado a cada um mês e meio,

mas não existe uma rigidez. O chef, que é o dono do restaurante, tem o restaurante como hobby, portanto modifica quando acha necessário. Alguns clientes que fazem reservas pedem um cardápio diferenciado que é negociado com o chef.

J: O cardápio é escolhido individualmente

pelo chef ou em grupo? F.T: O cardápio é modificado pelo chef Ton

Vasconcelos (que é o dono do restaurante) com o auxilio da Gabriela Cabett que é a sua su-chef. Mas a equipe da cozinha participa do teste e da degustação, e são aceitas críticas e sugestões.

J: Em 2010, você morou na cidade de Barcelo-

na, na Espanha, aonde fez um curso de gastronomia. Como foi essa experiência?

F.T: Foi uma experiência incrível. Tive a opor-tunidade de estudar espanhol, gastronomia, viajar e conhecer a cultura do povo catalão. Morar longe da família e amigos é uma experiência difícil, mas traz um grande amadurecimento.

J: Além de Barcelona, em 2011, você morou

no México. O que você aprendeu nessas viagens que te ajuda em seu trabalho?

F.T: Acredito que viajar é algo importante na gastronomia. A alimentação reflete muito da cultura de um país. Cada lugar tem os seus costumes, tradi-ções e através da cozinha de cada país você aprende novas técnicas, novas combinações, novos pratos. É um aprendizado imensurável.

J: Na internet, há referências ao “From The Gallery”, inclusive indicando o seu próprio site. Exis-tem outros veículos para divulgação do restaurante? Você tem alguma participação direta neles?

F.T: O From The Galley encanta pela sua gas-tronomia gourmet. São pratos que surpreendem o cliente. Por exemplo, trabalhamos com um biscoito de pipoca que é colocado em nitrogênio liquido, quando o cliente come a pipoca sai fumaça pelo na-riz. É algo divertido e que muitas vezes impressiona. A divulgação acaba sendo do próprio cliente que se encanta com a comida, com a louça, com o ambiente e o tratamento. Nós trabalhamos com muitas empre-sas que fazem jantares fechados para os clientes ou funcionários, acredito que é um grande fator para a divulgação, pois os clientes acabam querendo voltar com amigos ou família.

J: Você completou a faculdade em 2009. Des-

de então, teve outros empregos? F.T: Sim, me formei em julho de 2009 e em

agosto já estava trabalhando com um médico endocri-nologista. Fazia toda a anamnese, avaliação nutricio-nal e dieta. Trabalhei por um ano e fui morar e estu-dar em Barcelona.

J: Como você se vê profissionalmente no futu-

ro? F.T: Planejo adquirir mais experiências traba-

lhando em restaurantes, estudando e viajando. Poste-riormente, montar uma linha própria de produtos.

TRAJETÓRIA DE UMA NUTRICIONISTA Fernanda Tude conta um pouco mais sobre a sua vida

SEM RESERVAS Nem tudo na vida deve ser calculado

Sob a direção de Scott Hicks, Catherine Zeta-Jones, Aaron Eckhart e Abigail Breslin contracenam em uma co-média romântica onde o cenário é a cozinha de um bistrô em Manhattan.

A ganhadora do Oscar de atriz coadjuvante pelo filme Chicago e protagonista do Titanic de 1996, Catherine, in-terpreta Kate Armstrong, uma chefe de cozinha que leva seu trabalho mais a sério do que sua própria vida pessoal. Já seu assistente, Nick Palmer, interpretado pelo ator Aa-ron Eckhart, é uma pessoa espontânea e de bem com a vida. Ao contrário dela, acredita que nem tudo na vida de-ve ser calculado. Ele entra na vida de Kate para, de certa forma, mostrar isso a ela.

Quando a irmã de Kate morre, sua sobrinha Zoe, inter-pretada por Abigail Breslin, vai morar com ela. Kate come-ça a ter problemas com a alimentação da garota. Em meio a essa situação, sua ajudante é substituída por Nick Pal-mer, que acaba conquistando Zoe e a tia.

Esse engraçado enredo prende a atenção do especta-dor durante todo o filme, em virtude de provocar alegria em algumas cenas, sem dúvidas marcantes. Um exem-plo, é quando a garota come um macarrão preparado por

Nick. Os atores protagonistas são muito convincentes e con-

seguindo passar aos te-lespectadores todas as emoções e característi-cas dos personagens.

A parte ligada à filma-gem é muito bem feita e bem pensada. Na parte do cenário, cada cena é filmada no local certo o que ajuda muito na com-preensão do filme. E a trilha sonora, apesar de pouca quantidade, em virtude do filme possuir muitos diálogos, é bem colocada.

Pode-se dizer que o filme produzido em 2007, ainda prende a atenção dos telespectadores, já que o tema abordado permanece