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144 dezembro 2010 viagem e turismo 145 viagem e turismo dezembro 2010 foto: foto: DIVULgação Fun on the hill um carro alugado, uma família, muita neve. CLauDio CamPos conta  como é esquiar com crianças, com a mulher e também sozinho  no Colorado, o estado americano do esqui  arte FÁBio gomes Paiva FOGO AMIGO A tradicional queima de fogos das quintas da estação de Beaver Creek

Esqui Colorado VT 2011

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Fun on the hillum carro alugado, uma família, muita neve. CLauDio CamPos conta como é esquiar com crianças, com a mulher e também sozinho no Colorado, o estado americano do esqui 

arte FÁBio gomes Paiva

FOGO AMIGO A tradicional queima de fogos das quintas da estação de Beaver Creek

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Depois de escutar pela quinta vez con-secutiva a musiquinha de abertura do Ben 10, comecei a me perguntar se co-locar o DvD com a temporada com-

pleta da série de animação havia sido mesmo uma boa  idéia. mas como bom pequeno grande su-perherói que é, Ben 10 conseguiu tornar bem tran-quilas as quatro horas de viagem para os meus dois filhos, de quatro e seis anos, pelas estradas do Colorado, o estado americano que tem dez es-tações de esqui, algumas das melhores das améri-cas, como vail, aspen, stemboat springs,telluride e tantas outras. 

as crianças estavam no banco de trás do Pon-tiac alugado, que acomodava, sabe-se lá como, o que parecia ser uma tonelada de bagagens, brin-quedos e equipamentos de esqui. Havíamos pega-do o espaçoso g6, um carro totalmente “tiozão”, no aeroporto de Denver. apenas com tração dian-teira, ele era bem mais em conta (60 dólares por dia) do que o 4x4 que quiseram me empurrar. É verdade que dirigir no Colorado, no inverno, exige certos cuidados, já que neva muito e a temperatu-ra pode chegar a 20 graus negativos. assim, ape-sar da manutenção impecável, as estradas conge-lam com facilidade.

De vez em quando, eu e monika, minha mu-lher, conseguíamos desviar a atenção das crianças da telinha do DvD portátil para a bela paisagem dos picos nevados lá fora, que iam ficando cada vez mais brancos à medida que a estrada subia as imponentes montanhas rochosas. Queríamos que Chloe e Nicholas conhecessem algumas das nossas montanhas favoritas – e que havíamos vi-sitado pela última vez quando eles ainda não exis-tiam. aquela foi uma rotina de viagem bem dife-

RAPSÓDIA EM BRANCO Manobras em Steamboat e, no sentido horário, o restaurante Beano's Cabin, em Beaver Creek e Nicholas no powder de Steamboat

rente, para dizer o mínimo. o primeiro contato das crianças com a neve ha-

via sido na argentina e a experiência foi tão boa que nos animou a planejar um roteiro pelo Colo-rado que começaria por steamboat springs, uma autêntica cidade de cowboys que tem a estação de esqui sempre apontada como a melhor para fa-mílias daquele país. um pouco mais afastada que os vários resorts de inverno que pipocam ao lon-go da rodovia i-70, steamboat também se orgulha da qualidade de sua neve, tão leve e seca que ga-nhou o apelido de “champagne powder”. Leve e se-ca o suficiente para frustrar a guerra de neve das crianças, cujos projéteis se desfaziam no ar antes de acertar o alvo. 

o climão de velho oeste de steamboat é um ba-rato. a cidade preserva seus prédios da época da fundação, no início do século 20. ainda existem di-versos ranchos autênticos que podem ser visitados a poucos minutos do centro e não é incomum ver pessoas com chapéu de cowboy pelas ruas e até so-bre esquis. Da main street dá para ver muito bem as pistas (são 165 no total, várias de inclinação bem suave), cortando a floresta de pinheiros nas encos-tas do monte Werner, de 3 220 metros de altitude.

 a maioria dos visitantes aluga casas e chalés na base da montanha, sempre com cozinha e lavande-ria. Por conta desse perfil de turista mais familiar, a base da estação conta com vários supermercados e lojas de bebidas, onde abastecíamos nossa geladei-ra de hambúrgueres de búfalo e da deliciosa cerve-ja local Fat tire.

meus sogros, que são americanos, juntaram-se à família e deram uma força com os netos. assim, eu e monika pudemos nos dar ao luxo de esquiar sozinhos durante um dia inteiro, quando mais de 

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um metro da tal neve “champagne” despencou so-bre as pistas enquanto estávamos na montanha. a visibilidade não era das melhores, mas a sensa-ção de deslizar silenciosamente e sem resistência, com a neve na altura das canelas e os esquis sub-mersos debaixo do manto branco era quase má-gica. a única maneira de esquiar no powder é se manter em movimento constante para não perder embalo e acabar por afundar na neve fofa. Por is-so é tão legal aos brasileiros, pouco acostumados à “superfície”. os mais experientes podem procurar os bolsões intocados nos espaços com árvores que dividem algumas pistas de steamboat, onde a ne-ve chega à altura do peito!

o negócio é sensacional, mas cansa demais. No dia em que for encarar o powder, melhor desmar-car tudo que houver à noite. se você não quiser perder aquele show, o jantar romântico ou a leitu-ra da tora, deixe o powder para outro dia.  

 No dia seguinte, depois de remover a neve que quase soterrava o carro lá fora, seguimos viagem até Beaver Creek. e tome musiquinha do Ben 10... ao longo do caminho de 200 quilômetros, pas-samos em frente às estações de Winter Park, Lo-veland e Copper, verdadeiras tentações para um “esquiaholic” como eu, mas o que nos fez parar mesmo foi o outlet de silverthorne, perto de vail, para uma sessão de shopping e fast food que fez a alegria dos demais membros da família.

 Principal rival de aspen no posto de destino de inverno mais sofisticado do Colorado, Beaver Cre-ek é um resort tão exclusivo que o acesso é contro-lado por uma guarita, logo na estrada. sem tanta badalação, mas freqüentada por gente como o bi-lionário mexicano Carlos slim, também conhecido como o homem mais rico do mundo, “the Beav” é um conjunto de três vilas independentes - arro-whead, Bachelor gulf e Beaver village – integra-das por teleféricos.

Na temporada há sempre queima de fogos de artifício às quintas-feiras. um negócio meio Dis-ney, mas que sempre encanta a criançada. o lu-gar possui ainda outros luxos  como as escadas ro-lantes cobertas no acesso às pistas, distribuição 

OPEN AIR O bistrô Cloud Nine, nas alturas de Aspen, e, no sentido horário, a neve champanhe de Steamboat e a estação de Breckenridge ao anoitecer

de cookies grátis todo final de tarde para as crian-ças e um belo rinque de patinação no gelo ao ar li-vre. o pavimento das ruas de pedestres ao redor da base da estação é aquecido internamente para evitar a formação de gelo e o risco de escorregões. além disso, os hotéis estão bem próximos dos tele-féricos, alguns a passos de distancia. a escolinha de esqui de Beaver Creek também fez tanto suces-so que não foi nada difícil deixar Chloe e Nicholas ali em período integral. ao voltar pra casa, mos-travam orgulhosos os bottons e distintivos que ha-viam ganhado pelos avanços nas aulas, embora Chloe diga até hoje que o ponto alto era o almoço de maccaroni&cheese junto com os colegas.

 assim ficávamos sossegados o suficiente para dirigir cerca de 40 minutos até a estação vizinha de vail e passar o dia inteiro lá. Não que faltasse o que fazer em Beaver Creek - descer a vertiginosa pista preta Birds of Prey, palco da única etapa america-na do campeonato mundial de esqui é uma expe-riência e tanto -, mas vail é simplesmente a mon-tanha com o maior terreno esquiável dos eua e, num corte mais pessoal, o lugar onde eu me iniciei na neve. No Prêmio vt 2010/11, vail foi lembra-da pelos leitores como a estação mais bonita (jun-to com a argentina Las Leñas) e com mais varieda-

BRECkENRIODGE

ESQUI

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de de pistas. Por coincidência, naquele dia estava sendo ce-

lebrado o décimo aniversário do setor de Blue sky Basin e os primeiros esquiadores que chegassem ao abrigo Belle’s Camp ganhariam pins comemora-tivos e cupcakes. o evento tinha significado espe-cial para nós, pois havíamos esquiado lá no primei-ro ano de abertura da área mais remota da estação, que até então fazia parte de uma reserva florestal. Chegar até esse paraíso exige determinação, pois é preciso embarcar em gôndolas e teleféricos até o topo de vail, descer do outro lado da montanha pelas longas pistas e bacias nevadas de sonho pa-ra poder tomar enfim o lift de acesso a Blue sky Ba-sin. o projeto original procurou reproduzir da ma-neira mais segura possível a sensação de liberdade do esqui fora de pista, como nas descidas entre ar-vores cuidadosamente dispostas a boa distância umas das outras, até a escolha de uma encosta com grande acúmulo de neve powder, fina como pó, ide-al para os esportes de inverno. Com o pin de metal no casaco como troféu, partimos para aproveitar ao máximo Blue sky e quando fomos buscar as crian-ças no final da tarde, elas não eram as únicas com um distintivo para lembrar as façanhas do dia.

Para todo o lado que se olhe no Colorado há uma estação de esqui. Como telluride, nos cafun-dós do estado, a 580 kms de Denver. a distância imprimiu uma aura cult à estação, assim como as dificuldades das pistas. o lugar é perfeito para os montanhismo no verão e para os que gostam de extreme skiing no inverno, com descidas pra lá de perigosas por couloirs (corredores estreitos entre as pedras), com pouquíssimo espaço para as ma-nobras. mas nos últimos anos telluride começou a atrair personalidades que antes só tinham olhos para aspen e Beaver Creek, como tom Cruise e oprah Winfrey, proprietários de mansões na montanha. a estação também tem investido bas-tante na abertura de novas áreas e uma crescente oferta de hotelaria de luxo e alta gastronomia.

mas eu ainda tinha de conferir como andava Breckenridge, a linda cidadezinha vitoriana que surgiu no auge da corrida do ouro e ficou semi-abandonada durante décadas até renascer como uma das melhores estações de esqui do mundo. Breck é uma favorita dos snowboarders (foi uma pioneira da modalidade, há 25 anos), por seus sno-wparks com obstáculos, half pipes e rampas pa-ra manobras aéreas insanas. e também pela naite, cheia de bares que ficam abertos até tarde, como 

ON thE SNOw O carro corta a I-70, a estrada principal do Colorado e, no sentido horário, a pista Blue Ski, em XXXX, e diversão para toda família num trenó em Vail

S

Steamboat

NÃO FAÇA GUERRA A neve fofa, champagne powder, é boa para esquiar, mas não para jogar nos outros

EXPERTISE Tem a única pista para experts do Colorado no mundial de esqui

CLASSE AAA Rivaliza com Aspen na atração de milionários (ou bi), como o mexicano Carlos Slim, o homem mais rico do mundo

SNOWBOARD É a mais indicada do Colorado por conta de sua pista de obstáculose half pipes

FORA DE PISTA Em Vail está a Blue Sky Basin, a, pode-se dizer, pista fora de pista mais bacana do Colorado, no local onde havia uma reserva florestal

NIGHTLIFE A estação promove esqui noturno para quem suporta o frio e os perigos da noite

A TOQUE DE TRATOR O veículo é utilizado para levar os esportistas para foras de pistas nessa estação próxima de Denver, a capital do Colorado

ESTILO VELHO OESTE Prédios centenários e esquiadores de chapéu de cowboy

Beaver Creek

Breckenridge

VailKeystone

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BEAVER CREEK

h FICAR

o hotel-butique the Osprey (10 Elk track Lane, 888-485-4317,os preyatbeavercreek.rockresorts.com; diárias desde US$ 497; Cc: todos), reformado recente-mente, fica ao lado da estação.

r COMER

Para chegar até o Beano’s Cabin (Beaver Creek Mountain, 970-754-3463, beavercreek.com; Cc: todos) é preciso pegar um trenó aberto. o menu completo, com três pra-tos, custa desde US$ 85.

BRECKENRIDGE

h FICAR

a pé é fácil chegar do Moun-tain thunder Lodge (50 Moun-tain thunder Drive, mountain thunderlodge.com, 547-5650; diárias desde US$ 290; Cc: todos) até a gôndola Breck Connect.

r COMER

o mexicano Mi Casa (600 Park Village, 453-2071, micasamexi-canrestaurant.com; Cc: todos) tem seleção de margaritas. a pi-zzaria Downstairs at Eric’s (111 South Main Street, 453-1401, do-wnstairsaterics.com; Cc: M, V) é concorrida – espere pela mesa nas máquinas de fliperama.

KEYSTONE

; COMPRAR

Com pontas de estoque como Banana Republic, Calvin Klein, gap e Le Creuset, o Outlets at Silverthorne (246-V Rainbow Drive, 468-5780, outletssatsilver-thorne.com) está a 15 minutos da vila.

STEAMBOAT

h FICAR

Bem localizado junto às pistas, o Steamboat Grand (2 300 Mt.

ONDE É MELHOR

Werner Circle 2 300, 871-5500, ste-amboatgrand.com; diárias desde US$ 149; Cc: todos) tem diversas atividades para a família, como passeios a cavalo e tubing,. r COMER

Com cara de saloon, o Old west Steak house (1104 Lincoln ave-nue, 879-1441,oldweststeakhou-se.com, Cc: todos) é famoso pe-las caranes, como a de alce.

x PASSEAR

Se quiser viver uma experiência típica, junte-se aos cowboys do Del’s triangle 3 Ranch (55675 County Road 62, Box 893, 879-3495, steamboathorses.com; US$ 75 por hora) para acompanhá-los numa cavalgada sobre a neve.

VAIL

h FICAR

o luxuoso Arrabelle at Vail Square (675 Lionshead Place, 754-7777,arrabelle.rockresorts.com; diárias desde US$ 369; Cc: todos), com spa e pub, ganha es-se ano a concorrência de uma unidade do luxuoso Four Se-

asons (one Vail Road, 416-445-5031, fourseasons.com; Diárias desde US$ 575; Cc: todos). r COMER

o animado Red Lion (304 Bridge Street, 476-7676, theredlion.com; Cc: todos) tem saladas, sanduí-ches e grelhados e rock na trilha sonora. o tap Room (333 Bridge Street, 479-0500, taproomvail.com; Cc: todos) também é infor-mal, com jeitão de pub.

x PASSEAR

tire um dia de folga dos esquis e encare a neve de snowmobile. a Nova Guides (719-486-2656,no-vaguides.com) tem passeios pe-las trilhas do parque nacional White River desde US$ 275.

O ESSENCIAL

COMO CHEGARNão há voos diretos para o Co-lorado. a Continental (0800-7027500, continental.com), via Nova York, voa desde US$ 2 000. Via Dallas ou Miami, a American (0300-7897778, aa.com.br) leva

desde US$ 2 095. a Delta (0800-8812121, pt.delta.com), por atlan-ta, voa desde US$ 2 350. a Colo-rado Mountain Express (cmex.com) tem transfer para as esta-ções do Colorado.

QUEM LEVAa Snowtime (11/3088-3700, sno-wtime.com.br) tem sete noites em Vail e cinco dias de meio de elevação desde US$ 3 079. a Ski Brasil (11/2196-9399, skibra-sil.com.br) hospeda no luxuoso Little Nell (thelittlenell.com), em aspen. Sete noites ali ficam em US$ 5 049 (inclui passe de seis dias na estação). Com saídas do Rio, a AIt Ski (21/3461–9134, aitski.com.br) tem sete noites de hotel e seis dias de meios de elevação em Steamboat Sprin-gs mais aluguel de carro desde US$ 3 247. a Interpoint (11/3087-9400, interpoint.com.br) tem se-te noites de hotel e seis dias de lift em Beaver Creek desde US$ 2 591. Consulte também seu agen-te de viagem.

E o código do

Colorado 970

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gostam os snowboarders. além disso, tem preços mais acessíveis que outras estações famosas do Co-lorado, mas a altitude pode ser um incômodo pa-ra quem não está acostumado. a estação tem até um bar de oxigênio, com inaladores no balcão e tu-do, em meio aos restaurantes e lojas da rua prin-cipal. Não é por acaso que teleférico mais alto da terra está em Breckenridge: o imperial express superchair, um quádruplo de alta velocidade que dá acesso a bacias de neve powder a 3 914 metros de altitude. mas não é necessario ser um expert pa-ra conferir a grande atração do novo vista Haus, em frente à entrada do imperial express. Dentro do restaurante, devidamente aquecido e com um chocolate quente nas mãos, fica bem mais confor-tável admirar sem pressa a vista panorâmica da Di-visória Continental - a linha de picos com mais de 4 000 metros de altitude que divide o continente nor-te-americano. e foi ali, no vista Haus, que me cha-mou atenção o inconfundível traçado de pistas de esqui um pouco mais longe, do outro lado do vale onde está Breckenridge. era a estação de Keystone, da qual eu já ouvira falar bastante.

 Foi então que baixou o Claudio repórter e, em nome do bom jornlismo, me desgarrei da turma 

para conferir o lugar. Depois de uma rápida via-gem por uma das estradas mais cênicas do Colora-do, lá estava eu na gôndola de Keystone, a caminho do topo. É uma estação mais voltada para os mo-radores de Denver e arredores, sem a sofisticação das vizinhas célebres, mas com neve de primeira e um menu variado de pistas rápidas entre florestas de pinheiros, excursões a bordo de tratores de ne-ve para descidas foras de pista e esqui noturno pa-ra quem tem coragem de encarar a friaca.

 No ponto mais alto de Keystone foi incrível dar de cara com o panorama oposto ao que eu havia observado do janelão do vista Haus no dia ante-rior. Desta vez era o extenso emaranhado de pistas entre os picos de Breckenridge que eu podia vis-lumbrar com clareza do outro lado. Quando a tar-de vai caindo, muita gente se acomoda nos bancos e espreguiçadeiras espalhadas no platô nevado em frente ao bar LaBonte’s Cabin, tomando sol e be-bendo cerveja com os amigos como se fosse um do-mingão de praia. aproveitei para abrir uma latinha também, curtir sossegado os momentos finais da-quela jornada inesquecível e pensar em uma boa explicação para o sumiço do DvD do Ben 10 na via-gem de volta para Denver.  t