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1 ESTÁ NA HORA DE MUDAR SUMÁRIO EXECUTIVO

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SUMÁRIO EXECUTIVO

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ESTÁ NA HORA DE

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RECUPERAR A CREDIBILIDADEE DESENVOLVER

PORTUGAL

SUMÁRIO EXECUTIVO DO PROGRAMA ELEITORALDO PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2011

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1. A “Pesada Herança” do Governo Socialista

Seis anos de governação do Eng. José Sócrates condu-ziram Portugal a uma situação gravíssima, tanto no plano económico-financeiro como no domínio social, situação essa que, se não for urgentemente invertida, nos poderá conduzir a um beco sem saída.

Portugal é hoje um País sem rumo nem projecto, inca-paz de cumprir, por si só, os compromissos que assu-miu para com os seus credores, visto com desconfiança pelos seus parceiros, dependente da ajuda externa. Um país de mão estendida na cena internacional: esse é o verdadeiro legado que nos deixa o desvario, a incúria, a incompetência, a teimosia do Partido Socialista.

Incapaz de um acto de contrição e insistindo numa pos-tura de arrogância que significa, em si mesma, um pro-fundo desrespeito para com os Portugueses, o Governo atribui culpas da presente crise a todos menos, evidente-mente, a si próprio. Os Governos que o antecederam, a crise de 2008, os mercados financeiros, os especulado-res, a oposição que reprovou o PEC IV, esses sim são os supostos culpados.

É mais do que tempo de dizer basta a tanta mentira e a tanta mistificação. Ninguém pode negar, evidentemente, que uma pequena economia aberta como é a nossa não poderia ficar imune às influências negativas, de dimen-são tão significativa, que vieram do exterior. Mas os pro-blemas de Portugal não derivaram tanto dessas mudan-ças e sobressaltos, mas essencialmente de o país não se ter adaptado às novas circunstâncias e de o seu governo ter reagido com políticas erradas e não atempadas às dificuldades.

A máquina socialista de propaganda tenta, todos os dias, deitar uma cortina de fumo sobre esta evidência. Mas a verdade nua e crua dos factos encarrega-se, também diariamente, de a desmentir. Com efeito, se a culpa é só, e apenas, da crise internacional, porque é que os outros países já saíram, na maioria dos casos, dessa mesma cri-se e o nosso cada vez se afunda mais nela? Porque é que Portugal é dos poucos países que, nos próximos anos, vão permanecer numa situação de recessão económica? Porque é que o nosso desequilíbrio externo se agravou tão significativamente? Porque é que as nossas contas públicas se mostram, a cada ano que passa, mais e mais deficitárias?

Para que não restem quaisquer dúvidas, eis o retrato objecti-vo de seis anos de governação do Eng. José Sócrates:

• O pior crescimento económico médio dos últimos 90 anos, com divergência dos níveis de vida com a média europeia.

• A maior taxa de desemprego dos últimos 90 anos, com 620.000 desempregados, mais de 30.000 jo-vens licenciados sem trabalho e mais de 300.000 de-sempregados de longa duração.

• O crescimento acelerado da despesa pública e avolumar de encargos sobre as gerações futuras.

• A maior dívida pública, directa e indirecta, dos úl-timos 160 anos, tendo duplicado nos últimos 6 anos.

• A maior divida externa dos últimos 120 anos, ten-do igualmente quase duplicado nos últimos 6 anos e sendo hoje quase 8 vezes maior do que as nossas exportações.

• As dívidas das famílias a atingirem cerca de 100% do PIB e 135% do Rendimento Disponível.

• As dívidas das empresas a representarem um valor equivalente a 150% do PIB.

• Cerca de 50% do nosso endividamento nacional a dever-se, directa ou indirectamente, ao Estado.

• A presença de Portugal no top 10 dos países mais endividados do mundo em praticamente todos os indicadores possíveis.

• A mais baixa taxa de poupança nacional bruta (privada e pública) dos últimos 50 anos, em queda continuada e muito afectada pelos défices públicos dos últimos 6 anos.

• A segunda maior vaga emigratória dos últimos 160 anos, com o crescente abandono do País, nes-tes últimos anos, por parte de pessoas com forma-ção e qualificação superiores (Portugal regista, hoje, o muito dispensável título de País com a maior fuga de cérebros na zona da OCDE).

• O acentuar das desigualdades sociais e das assi-metrias regionais, pondo em causa a coesão nacio-nal.

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• O caos instalado no sistema de justiça, com 1,6 milhões de casos pendentes nos tribunais civis (em 1995, havia 630 mil).

• A pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE (pior do que nós, só o México e a Turquia).

Isto não é política. Isto são factos. Isto é, infelizmente para todos nós, o estado a que Portugal chegou após a irresponsável governação do Eng. José Sócrates.

E, o que é mais extraordinário, é que tudo isso aconte-ceu apesar de todas as oportunidades que, com eleva-do sentido de Estado e preocupação pelo bem-estar dos portugueses, foram dadas a este Governo pelo PSD. É que, nunca é demais relembrá-lo, o PSD, estando na opo-sição, não hesitou em dar a mão ao País, viabilizando Orçamentos de Estado e PEC’s. Colocou em primeiro lu-gar, como sempre, a defesa do interesse nacional. Criou todas as condições para que o Governo pudesse tomar as medidas necessárias para responder às dificuldades que o País enfrentava e para que cumprisse a sua obri-gação e o mandato que os Portugueses lhe conferiram: governar

Pelo seu lado, o que fez o Governo? Nada! Persistiu nos erros, mascarou a realidade, escondeu a gravidade dos números. E, como se isso não fosse prova bastante da sua má-fé, pretende agora fazer-se de vítima, passando a ideia de os responsáveis por aquilo que se está a passar são aqueles que recusaram a aprovação do PEC IV.

Esta atitude do PS, se não fosse tão grave, seria motivo de chacota. Com efeito, alguém de bom senso acredi-tará que o País foi colocado á beira do precipício, não por dias, semanas e anos de erros acumulados, mas em virtude da reprovação, aliás merecida, de um documento que apontava no sentido errado, porque se limitava a in-sistir na austeridade e em medidas recessivas, mas nada apontava em termos de crescimento e de criação de ri-queza?

A destruição do Estado Social pelo Governo Socialista

Para além das consequências gravíssimas no domínio das finanças públicas, o desvario socialista está também a apresentar resultados nefastos no que diz respeito ao Estado Social. Na verdade, não é exagero afirmar que nunca um Governo contribuiu tanto para a destruição do Estado Social. Nunca um Governo atacou tanto os mais necessitados e os mais desprotegidos. Nunca um Go-verno originou uma situação de emergência social como aquela que hoje se vive. E nunca um Governo falou tanto em solidariedade ao mesmo tempo que pouco fazia para, na prática, a assegurar.

No domínio social o PS só tem sabido conjugar um ver-

bo – cortar. Corta no abono de família, corta no subsídio de desemprego, corta nas pensões e nas reformas, corta na comparticipação dos medicamentos. Mas lá onde ele deveria cortar, que é na despesa inútil do Estado, nas mordomias dos administradores e gestores, nos institutos e fundações que para nada servem, aí o PS nada faz. Afinal, não se trata de uma surpresa. Trata-se, antes, do mesmo PS de sempre. Incapaz de contrariar os interes-ses instalados, interessado em colonizar, com apanigua-dos seus, o Estado e a Administração, insensível para com os fracos e subserviente para com os poderosos.

O PSD não se conforma com este estado de coisas. Por isso atribui prioridade absoluta, nos actos concretos, ao domínio social. No plano estratégico, porque sabemos que só é possível prestar mais e melhor solidariedade se formos capazes de criar riqueza que nos permita acorrer às necessidades dos mais desprotegidos. Mas também no plano conjuntural, porque a situação dramática que tantos compatriotas nossos hoje vivem tem de ser ata-lhada com carácter prioritário. E daí a promessa de, nos primeiros meses de governação, lançar um Programa de Emergência Social.

Mudar Portugal – o nosso compromisso

É por demais evidente que aqueles que nos trouxeram à presente da situação não têm quaisquer condições ou qualquer credibilidade para dela nos retirarem. Continuar pelo mesmo caminho seria conduzir o País, inexoravelmente, a um beco sem saída.

Portugal tem de mudar. E, para isso, tem de restaurar a credibilidade da governação. De reconquistar a credi-bilidade financeira externa. De ser capaz de proteger o Estado Social. De voltar a crescer. De criar emprego em clima de coesão e solidariedade sociais.

O PSD está hoje em condições de representar a alterna-tiva de que Portugal necessita. Mais: o PSD representa a única alternativa real ao actual estado de coisas.

O programa eleitoral de Governo que agora apresenta-mos aos Portugueses é, precisamente, a concretização dessa alternativa. E é, ao mesmo tempo, a prova palpável de que é possível fazer diferente e fazer melhor, ofere-cendo ao País um modelo de desenvolvimento económi-co e social coerente e eficaz. Um modelo que parte da compreensão adequada da situação que vivemos e que aponta soluções capazes de assegurar aos cidadãos, sobretudo àqueles que mais fustigados têm sido pela crise, um nível de vida consentâneo com as suas neces-sidades mas, também, com as actuais possibilidades de Portugal.

Esse modelo assenta, no plano político, na criação de condições para assegurar, em concreto, o primado da Democracia, com respeito pelo valor central da dignida-

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de da pessoa humana, dele retirando as indispensáveis ilacções, nomeadamente no que respeita à ideia de co-locar o Estado ao serviço dos cidadãos e não ver nestes, apenas, um objecto da actuação daquele.

No domínio económico e financeiro, o modelo de go-vernação do PSD, que este programa traduz, apresenta como preocupações centrais o equilíbrio sustentado das contas públicas, o controlo do endividamento externo e da dívida pública e a melhoria da produtividade, peça fundamental de qualquer estratégia de desenvolvimento económico.

No domínio social, as nossas propostas visam a realiza-ção de um objectivo central: preservar o Estado Social, que tem sido objecto nos últimos anos de um ataque e um desmantelamento de enormes proporções, precisa-mente pela mão daqueles que tanto apregoam o valor da solidariedade mas que, em concreto, nada fazem para a assegurar. E, nesse domínio, a linha de actuação que neste Programa se propõe, é linear: mudar o actual pa-radigma estatizante, privilegiando formas de actuação que assentem na construção de uma parceria estratégi-ca alargada entre o Estado, as autarquias locais e a so-ciedade civil, neste âmbito reconhecendo o papel fulcral que deve caber às misericórdias e às instituições particu-lares de solidariedade social.

2. Visão e Objectivos

Este Programa traduz a visão estratégica que o PSD tem para Portugal, a qual assenta em ideias claras: melhorar as condições de vida dos Portugueses, restaurar a con-fiança, a credibilidade e a esperança no futuro e promo-ver a recuperação nacional, o crescimento económico, o emprego e a solidariedade social e a justiça intergera-cional.

A nossa visão do futuro, que iremos debater, articular e aprimorar com as forças vivas da nossa sociedade, é ca-racterizada por dez objectivos de médio prazo, a atingir no fim de duas legislaturas.

1. Um Portugal Solvente e Prestigiado, com finanças sólidas, uma balança de pagamentos a tender para o equilíbrio, com elevado prestígio na União Europeia e no Mundo e elevada credibilidade nos mercados financeiros.

2. Um Portugal mais Justo, Coeso e com Protecção Social sustentável, com serviços sociais personaliza-dos, eficientes, factores da inclusão social, à medida das capacidades do país, com menores assimetrias sociais, com escolas devidamente inseridas nas co-munidades locais, e sistemas de saúde, de educa-

ção e de segurança social, adaptados às necessida-des das pessoas e com reforço progressivo da sua liberdade de escolha

3. Um Portugal com um Sistema Político Próximo dos Cidadãos, merecedor de elevados níveis de confiança por parte dos portugueses

4. Um Portugal com uma Sociedade Confiante, com elevada mobilidade, dinâmica e solidária, com ins-tituições fortes e independentes, respeitadas pelos portugueses, com um elevado grau de confiança in-terpessoal e contratual

5. Um Portugal com uma Justiça Célere e Para To-dos, garante de transparência e segurança nas rela-ções interpessoais e contratuais

6. Um Portugal com uma Economia Competitiva Glo-balmente, inovadora, com incremento exponencial da capacidade exportadora, com elevada atractivi-dade global ao nível da agricultura, da floresta, da economia do mar, de certos segmentos da indústria transformadora, do turismo, dos serviços e de seg-mentos económicos da nova economia e geradora de valor e de empregos nas novas actividades eco-nómicas em crescimento

7. Um Portugal Melhor Administrado, com um Esta-do facilitador do crescimento e do desenvolvimento sustentável, com uma administração pública eficien-te, inovadora e orientada para os cidadãos e para as empresas, com pessoas motivadas, a trabalhar em rede, e baseado em modelos de organização flexí-veis e com utilização intensa das novas tecnologias da informação e garante da coesão social

8. Um Portugal com Território Inteligente, seguro, sustentável e atraente, conectado por comunicações de banda larga e serviços móveis, espaços urbanos de qualidade com novos modelos de relação casa-trabalho, suportado por redes de energia eficientes e sustentáveis e de transportes inteligentes.

9. Um Portugal de Empreendedores, centrados em inovações para a economia global e suportados por um dinâmico ecossistema financeiro, científico, em-presarial e institucional

10. Um Portugal mais Qualificado e confiante, com competências ajustadas aos requisitos da emprega-bilidade da economia global e tecnológica do século XXI

O momento que atravessamos não é um momento qual-quer. Porque está em causa mais do que uma simples gestão governamental em período e circunstâncias nor-mais. Porque a margem de erro é limitada.

Por isso mesmo, este não pode ser um programa eleitoral qualquer. Tem de ser um programa que aponte caminhos

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correctos. Que aposte em soluções credíveis. Que dê aos Portugueses um sentido de esperança no futuro.

Portugal precisa urgentemente de um Governo com-petente. Mas também necessita de um Governo que pro-mova uma grande mobilização nacional, actuando com coragem, firmeza e determinação, quebrando o ciclo vicioso défice-dívida, reforçando a confiança dos por-tugueses, restabelecendo a credibilidade internacional, gerando crescimento e emprego, e estabelecendo os fundamentos estruturais para um país mais próspero e mais justo, nesta e nas próximas gerações.

Para alcançarmos os objectivos enunciados, transfor-mando Portugal num país mais competitivo, próspero e justo, é absolutamente determinante implementar apos-tas estratégicas estáveis e que reúnam um consenso alargado da sociedade. Por isso, em coerência com essa linha de pensamento, o PSD irá pugnar por sete grandes desafios nacionais:

1. Gerir e resolver a grave situação financeira, as-sumindo com responsabilidade e transparência os custos e as condicionantes inerentes. Para este efei-to, apostamos numa acção determinada, corajosa e patriótica para enfrentar a realidade que herdamos, através de um Plano de Estabilização Financeira.

2. Garantir o Estado Social, através da criação de condições para a sua sustentabilidade económica e financeira, para o crescimento económico e para a criação de emprego, virando-o mais para os grupos mais frágeis da sociedade, sem esquecer a neces-sidade de uma intervenção imediata através de um Plano de Emergência Social para acudir aos mais desprotegidos e carenciados.

3. Criar condições para acelerar o mais rapidamente possível a taxa potencial de crescimento econó-mico, a geração de emprego e a confiança dos por-tugueses em geral e dos investidores em particular. Para este efeito, apostamos num verdadeiro choque de produtividade e de competitividade como via para

o crescimento económico sustentado, criação de emprego, inclusão social e defesa do Estado Social que seja sustentável e factor de segurança para os portugueses.

4. Iniciar as transformações estruturais necessárias para um desenvolvimento sustentável do país em todos os níveis, político-institucional; recupera-ção da credibilidade financeira e da capacidade de crescimento económico, criando as condições para a revitalização da nossa estrutura produtiva e aumen-to das exportações; processo de transformação do Estado facilitador da vida dos cidadãos e das empre-sas; desenvolvimento humano e do modelo social; relações externas ao serviço do desenvolvimento e afirmação de Portugal no mundo.

5. Dar futuro à juventude, preparando-a para a vivên-cia, a empregabilidade e a competitividade na nova sociedade do conhecimento, actuando sobre a quali-dade e a exigência do sistema de ensino, a ciência e a tecnologia, a inovação, o ensino técnico-profissio-nal e a formação contínua no mundo empresarial.

6. Aumentar a poupança, reduzir o endividamento externo e exportar mais e melhor, através de polí-ticas de ajustamento macroeconómicas e da promo-ção da produtividade e competitividade, apostando na inovação, no empreendedorismo e na acção ex-terna de forma coerente.

7. Promover o desenvolvimento humano e social, para amenizar os choques sociais resultantes da re-cuperação da pesada herança socialista, para mo-dernizar a Protecção Social e assim salvaguardar o Estado Social, e para qualificar os portugueses para a era da globalização onde o conhecimento terá uma importância acrescida.

Para este efeito, apostamos primordialmente em políti-cas e acções estruturais, agrupadas em cinco pilares estratégicos de actuação a curto, médio e longo pra-zo, no horizonte da próxima legislatura e numa visão estratégica para 2020.

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1. PILAR CÍVICO E INSTITUCIONAL

1. Sistema Político:

• Reforma da lei eleitoral para a Assembleia da Repú-blica: Introdução de mecanismos de personalização das escolhas pela via do voto preferencial opcional.

• Redução, para 181, do número de Deputados da Assembleia da República

• Reforma da lei eleitoral autárquica, com os seguin-tes objectivos:

o Consagrar o princípio da homogeneidade e trans-parência do governo local. Em caso de ausência de maioria de um único partido ou lista de cidadãos, deve a Assembleia Municipal funcionar como órgão do qual emana o apoio político aos executivos (de coligação ou não).

o Simplificar o processo eleitoral, fazendo com que haja unicamente a eleição para a Assembleia Munici-pal.

o Consagrar o princípio de maior eficácia e respon-sabilização na governação: o Presidente da Câmara deve ter liberdade de escolha dos seus vereadores.

o Diminuir o número de membros das Assembleias Municipais.

o Extinguir os Governos Civis.

• Consolidação e aprofundamento do Modelo de Auto-nomia das Regiões Autónomas (Açores e Madeira).

o Tomar como próprias as justas pretensões açorianas e madeirenses no âmbito europeu.

o Repartir, em matéria de finanças públicas do País, o esforço nacional com equidade por todos.

o Reabrir o processo negocial com a Comissão Euro-peia no que diz respeito ao actual regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM).

o Promover o cumprimento rigoroso do Acordo entre Portugal e os EUA decorrente da utilização da Base das Lajes.

2. Descentralização Administrativa

Regionalização: O processo de criação de regiões ad-ministrativas previsto na Constituição não tem condições para ser desencadeado nesta fase crítica da vida nacio-nal. Porém, pode vir a ser lançada uma experiência-piloto

no País. Para esse efeito, o PSD está disponível para via-bilizar uma alteração constitucional que permita o levan-tamento do travão constitucional que obriga à simultanei-dade da criação das regiões.

Aprofundamento do Municipalismo: Continuação das transferências da administração central para os muni-cípios e para as suas formas de associação voluntária, com prioridades nas seguintes áreas:

o Educação: construção e manutenção das escolas e de instalação e acompanhamento da gestão dos es-tabelecimentos do ensino básico.

o Saúde: participação no planeamento da rede nacio-nal de equipamentos de saúde, competência em ma-téria de construção/remodelação de centros e exten-sões de saúde.

o Acção social: em articulação com as IPSS e as Mise-ricórdias.

o Promover a aprovação de uma nova Lei de Finan-ças Locais atribuindo aos Municípios o efectivo direito a uma parte das receitas fiscais cobradas no seu território, compensadas com um fundo de coe-são municipal, no caso dos Municípios economica-mente mais débeis.

o A reforma da organização intermunicipalPromover um acordo político alargado para a optimiza-ção do número de municípios e freguesias.

Criar incentivos à alteração do enquadramento intermu-nicipal, condicionando essas alterações a um conjunto de requisitos de racionalidade económica e territorial, nomeadamente revendo modelos de legitimidade e go-vernação, competências e atribuições e modelo de fi-nanciamento. A este último nível, o PSD considera serem princípios fundamentais:

o O princípio da autonomia financeira das associa-ções de municípios;

o O princípio da subsidiariedade, nos termos do qual os municípios devem procurar as áreas de administração territorial que sejam em cada sub-região melhor geridas.

3. Justiça

O PSD guiará o seu processo de renovação da Justiça pelos seguintes propósitos:

• Assegurar o acesso à Justiça e ao Direito e a tu-tela judicial efectiva dos interesses legítimos dos

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cidadãos: criar o Estatuto das Crianças, rever o regi-me das incapacidades e aumentar a protecção aos idosos.

• Reforçar os meios ao dispor do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Em especial, dotar o Conse-lho de efectivos poderes de gestão processual.

• Dotar o Conselho Superior do Ministério Publico (CSMP) de uma estrutura que reforce a presença de membros externos. Permitir a especialização dos Magistrados Judiciais e do Ministério Público.

• Introduzir a capitação processual.• Repensar a arquitectura do sistema de Justiça,

reforçando a sua legitimidade, introduzindo meca-nismos efectivos de escrutínio e avaliação exteriores, responsabilizando também o Ministro da Justiça pe-los resultados.

o O Conselho Superior de Magistratura deve ter mem-bros executivos permanentes e ser dotado de meios efectivos que assegurem uma liderança e gestão dos Tribunais.

o Melhorar o sistema de recrutamento e formação dos magistrados.

o Gerir o Sistema Judicial em função de objectivos preferencialmente quantificados, círculo a círculo, comarca a comarca e sector a sector, avaliando pe-riodicamente o seu grau de concretização.

o Aumentar a eficiência, reduzir custos e evitar os desperdícios, nomeadamente através de:

n Novas tecnologias adequadas ao Sistema Judicial e administrativo, com unificação de sistemas;

n Limitação de contratação de estudos e pareceres a entidades externas;

n Publicação de todos os gastos em consultadoria nos últimos anos e divulgação pública de todos os con-tratos do Ministério da Justiça, designadamente imo-biliários;

o Estabelecer uma verdadeira avaliação do desem-penho dos magistrados, com base em dois crité-rios: qualidade técnico-jurídica das decisões e ava-liação de produtividade e do grau de concretização dos objectivos de trabalho definidos;

o Simplificação processual. Há que consagrar, desig-nadamente:

n A figura das sentenças simplificadas;

n A redução das formas de processo;

n Dotar os Tribunais de uma gestão profissional e do necessário apoio técnico.

n Criar um novo paradigma para a acção declarativa e para a acção executiva.

n Consagrar novas regras de gestão e tramitação pro-cessual;

n Tornar obrigatória a audiência preliminar;

n Agendar as diligências para que os intervenientes, designadamente as testemunhas, não tenham de se deslocar repetidamente ao Tribunal.

• Agilizar a actual lei dos processos de insolvência.

• Desenvolver a Justiça Arbitral. Aproveitar os tribu-nais arbitrais em constituição e remeter com carácter obrigatório para os mesmos todos os processos que se encontrem há três anos sem resolução em sede de tribunal tributário comum.

4. Combate à corrupção e à informalidade

• Racionalizar a regulamentação fiscal, simplifican-do o regime fiscal aplicado às micro e pequenas em-presas;

• Aperfeiçoar auditorias às empresas;

• Reforçar as sanções por não cumprimento de re-gras legais e regulamentares;

• Reforçar a capacidade do Estado para controlar a evasão fiscal;

• Assegurar que as regras existentes não discrimi-nam os agentes económicos, de modo a promover tanto a eficiência como a justiça nas relações econó-micas;

• Assegurar que o Estado respeita e promove as re-gras transparentes e não discriminatórias de mer-cado.

5. Regulação

• Realizar progressivamente o Estado de Garantia, assegurando que os objectivos sociais definidos são efectivamente alcançados. Apresentar uma proposta de Estatuto Jurídico das Autoridades Ad-ministrativas Independentes, reforçando a sua au-tonomia e responsabilidade;

• Transformar as entidades com funções reguladoras dependentes do Governo, em Autoridades Admi-nistrativas Independentes.

• Criação de uma entidade administrativa autónoma de coordenação das actividades regulatórias das di-versas entidades sectoriais.

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6. Segurança Nacional

Na Defesa Nacional:

• Organizar a Defesa Nacional em duas grandes áre-as, a defesa militar e a protecção civil;

• Promover o reagrupamento geográfico dos Órgãos Superiores de Defesa Nacional;

• Reestruturar o Instituto de Defesa Nacional.

Na Defesa Militar:

• Atribuir ao Estado-Maior General das Forças Arma-das o efectivo comando operacional;

• Desactivar unidades e sistemas de armas não essen-ciais;

• Rever a Lei de Programação Militar;• Racionalizar a despesa militar;• Centralizar as aquisições para as Forças Armadas

e para a Guarda Nacional Republicana;

• Racionalizar os recursos humanos, privilegiando sempre a componente operacional;

• Criar nas forças militares Conselhos da Condição Militar, como órgãos de carácter deontológico;

• Criar o Balcão Único para os Antigos Combatentes e melhorar o apoio aos Deficientes Militares:

• Integrar o Instituto Geográfico do Exército e o Instituto Hidrográfico num Instituto Geográfico Nacional único.

Na Protecção Civil e Emergência:

• Incorporar a Autoridade Nacional de Protecção Civil, Comissão do Planeamento Civil de Emergência e Ins-tituto Nacional de Emergência Médica, corporizando o Sistema de Protecção civil;

• Aproveitar a possibilidade de utilização de serviços de apoio comum com o Sistema de Defesa Militar;

• Proporcionar aos serviços de Bombeiros Voluntá-rios, as condições necessárias ao cabal desempe-nho das suas actividades, nomeadamente nas áreas do transporte de doentes.

Na Segurança Interna:

• Promover uma maior articulação entre as forças de segurança.

• Implementar os Sistemas de Autoridade Marítima e de Autoridade Aeronáutica.

Informações da República

Implementar o Sistema de Informações da República (SIR) com a existência de um único serviço, com duas direcções (interna e externa), mas serviços de apoio e técnicos comuns.

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2. Pilar Económico-FinanceiroRestaurar a Credibilidade Financeira, Relançar o Cresci-mento, a Competitividade e o Emprego Reduzir o Défice Externo e o Endividamento Nacional

Uma Nova Política EconómicaO programa económico-financeiro que o PSD propõe tem duas componentes interligadas:

1. Programa de Ajustamento Macroeconómico (PAM) 2. Programa para o Crescimento, a Competitividade

e o Emprego (PCCE)

1. Programa de Ajustamento Macroeconómico (PAM)

1.1. Consolidação Orçamental duradoura e de qualidade

O esforço do aumento das receitas será feito sem aumen-to de impostos, baseando-se na melhoria da eficácia da administração fiscal, do combate à economia informal e à fraude e evasão fiscal, o que permitirá um alargamento da base tributável.

A redução da despesa primária, a atingir no prazo da legislatura, assentará num esforço de racionalização e eficiência do sector público, através de um conjunto de áreas de oportunidade:

• Eliminação de estruturas sobrepostas, reduzindo o número de organismos e entidades;

• Redução dos consumos intermédios, através de cor-tes transversais e de medidas especificas de poupança;

• Fixação de um plafond da despesa em termos nomi-nais;

• Melhoria da eficiência do SNS, garantindo que todos os cidadãos têm acesso aos cuidados de saúde;

• Redução do nível de despesa com subsídios, trans-ferências e indemnizações compensatórias do Sec-tor Empresarial do Estado;

• Redução dos gastos com “outras despesas correntes”

• Maior racionalização e eficiência na decisão dos in-vestimentos públicos.

O PSD já identificou áreas de oportunidade que, no perio-do da legislatura, apontam para um “mix” de consolidação orçamental essencialmente baseado na redução da des-pesa (no intervalo global entre 4 a 5 pontos percentuais do PIB) e de um aumento da receita fiscal, sem alteração da

carga fiscal, por via do alargamento da base tributária e do combate à evasão fiscal.

Despesa PúblicaO nível da despesa pública total deverá caminhar para um valor à volta dos 40% do PIB. O objectivo de uma carga fiscal máxima (impostos directos, indirectos e contribuições para a Segurança Social) a prazo deverá situar-se entre 33% e 35% do PIB.

Política Fiscal de Curto Prazo ou de Emergência

• Reforço da competitividade da economia portuguesa, por via de uma redução dos encargos sociais sobre o factor trabalho em sede de Taxa Social Única (TSU), compensando, em simultâneo, a Segurança Social;

• Proteger o rendimento real disponível das classes de menores rendimentos, nomeadamente dos pensio-nistas com baixas pensões

• A reestruturação do IVA deve manter a aplicação da taxa reduzida ao “cabaz alimentar básico”;

1.2. Sustentabilidade das Finanças Públicas:

• Implementação do Orçamento plurianual, baseado em programas de actividade também plurianuais;

• Fixação de uma regra para a evolução da despesa primária que assegure o cumprimento dos objecti-vos orçamentais de médio prazo;

1.3. Promoção da Poupança e Redução do Endividamento

Redução sustentada da dívida pública (directa e indirecta):• No SPA, ter como meta a obtenção de saldos primá-

rios positivos mínimos na casa dos 4%;

• No SEE, proceder à respectiva reestruturação eco-nómica e financeira, incluindo privatizações;

• Avaliação rigorosa (custo-beneficio) de todos os projectos, no sentido de suspender os que não são

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rentáveis e de recalendarizar os rentáveis de acordo com o envelope financeiro disponível;

• Nas despesas de capital, aplicação de uma política restritiva, a todos os níveis;

• Congelar o novo endividamento líquido das Adminis-trações Locais e Regiões, e definir regras restritivas na evolução do endividamento do SEE;

Programa Nacional de Poupança• Estabilidade nos incentivos fiscais existentes;• Incentivos fiscais para a atracção das poupanças

dos cidadãos portugueses residentes no estran-geiro

• Programa Turismo Sénior Estrangeiro

Redução do défice externoAtravés de uma correcção dos desequilíbrios do saldo comercial português em relação ao resto do mundo, como através de um aumento dos mecanismos de finan-ciamento interno e de uma subida da poupança nacional.

1.4. Fortalecimento do Sistema Bancário e do Financiamento à Economia

• A CGD deve ser mais orientada para o financiamen-to das empresas que operam nos sectores dos bens e serviços transaccionáveis, e muito especialmente para as PME de elevado potencial exportador;

• O Estado, enquanto accionista, tem a obrigação de aumentar o capital social das suas empresas para o nível de um rácio de endividamento que é exigido às empresas privadas.

• No caso extremo de alguns dos bancos não conse-guirem atingir, no prazo previsto, os rácios que vie-rem a ser definidos como objectivo pelo BCE/Banco de Portugal, então, e só então, o Estado deverá pro-ceder, a título transitório, a uma injecção de capital nesses bancos.

• A participação do Estado poderá revestir, de pre-ferência, a modalidade de acções preferenciais sem voto ou empréstimos obrigacionistas.

1.5. Programa de Emergência Social (PES)

• Responder aos novos desafios no campo social;

• Protecção acrescida aos grupos sociais mais frá-geis;

• Modelo de Inovação Social: uma rede nacional de solidariedade em que o Estado, as Autarquias, as Misericórdias e as organizações da sociedade civil devem convergir na acção;

• Criação de um Fundo de Emergência Social, gerido de forma independente do Governo.

2. Programa para o Crescimento, Competitividade e Emprego (PCCE)

Os objectivos do PCCE são os seguintes:

2.1. Redução dos Custos de Contexto

Passa, nomeadamente, pelos processos de reestrutura-ção do Estado, actuando sobre os seguintes factores de competitividade:

• Sistema de Justiça

• SPA, SEE e privatizações

• Novas Políticas de Investimento Público

• Sistema de Protecção Social e Solidariedade

• Sistema Educativo e de Formação Profissional

• Sistema de Saúde

• Sistema de Representação Externa ao serviço do De-senvolvimento

2.2. Redução dos custos de produção para as empresas

Incidindo, nomeadamente, sobre:• Custos de contexto (como atrás caracterizado);

• Desvalorização Fiscal com redução dos custos do factor trabalho, através da redução da Taxa Social Única (TSU) para as empresas exportadoras ou que evitam importações;

• Revisão do processo de formação dos preços regu-lados;

• Revisão da lei da concorrência e outras medidas de reforço das políticas de concorrência;

• Maior flexibilização no funcionamento do mercado de trabalho;

• Grande moderação salarial na economia.

Desvalorização Fiscal Neste contexto existem opções que devem ser combinadas:

• Redução dos encargos fiscais sobre o factor traba-lho;

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• Aprofundamento das políticas estruturais para a melhoria da competitividade externa.

A política de “desvalorização fiscal”, a executar em duas fases, visa os seguintes objectivos:

• Redução substancial dos custos de produção das empresas exportadoras;

• A TSU será reduzida até 4 p.p., ao longo da Legisla-tura, tendo em vista o objectivo estratégico de acorrer a redução dos custos de produção do sector de bens transaccionáveis, bem como no caso das empresas exportadoras.

2.3. Aprofundamento das políticas estruturais horizontais para a competitividade

CONCORRêNCIA E REGULAçãO DOS MERCADOS• Nova Lei da Concorrência;

• Salvaguardar a independência da AdC;

• Definição rigorosa das formas de articulação entre a Autoridade de Concorrência e os Reguladores secto-riais existentes;

• Implementação de Políticas de Regulação secto-riais;

• Internalização nas Políticas de Regulação, de metas agressivas de melhoria substancial de produtividade nas estruturas de custo das empresas reguladas;

• Intensificação sistemática do combate e punição de todas as formas de concertação, de cartelização e de abuso de posição dominante;

• Promoção, através do sistema regulatório, da Inova-ção e incentivo ao investimento produtivo de carácter estruturante.

MERCADO DE TRABALhOAs medidas do PSD visam atingir os seguintes objectivos, a discutir com os parceiros sociais num “Pacto para uma Nova Competitividade”:

• Modernizar o mercado de trabalho e as relações la-borais permitindo uma maior criação de emprego e uma redução estrutural do desemprego;

• Dotar as empresas de instrumentos de resposta a situações de crise e condições para o aumento da produtividade e competitividade;

• Assegurar que a política normal de rendimentos deve respeitar o princípio geral de que os custos do tra-balho deverão evoluir com a produtividade geral da economia.

Enquadramento Legal• Introduzir as alterações na legislação laboral decor-

rentes do acordo celebrado entre a Missão e o Go-verno Português (MoU);

• Simplificar a legislação laboral no sentido da maior clareza das normas e diminuição da burocracia na interacção Empresa-Estado-Estruturas Representati-vas dos Trabalhadores;

• Assimilar na legislação laboral a realidade específica das empresas designadamente nos aspectos rela-cionados com as formalidades inerentes à admissão de trabalhadores;

• Na indemnização em substituição de reintegração a pedido do empregador, concretizar o alargamento da possibilidade de requerer a exclusão da reintegração também às pequenas empresas;

• Promoção da arbitragem laboral de conflitos indivi-duais de trabalho

• Nos contratos a celebrar no futuro, ponderar a pas-sagem para a existência legal de um só tipo de con-trato, de maneira a acabar com os contratos a termo, mas alargando o prazo para o período experimental no recrutamento inicial.

Acordos Internos• Permitir que as Comissões de Trabalhadores ou o co-

lectivo de trabalhadores, possam negociar ou aceitar directamente determinadas condições ou matérias;

• Estabelecer a possibilidade de o acordo dos traba-lhadores, em certas matérias em que esteja em cau-sa um interesse colectivo dos trabalhadores, poder ser manifestado por maioria qualificada.

Flexibilidade da Duração do Trabalho• Permitir o estabelecimento de horários de trabalho

ajustados às necessidades de laboração das orga-nizações e da melhor gestão do seu capital humano, nomeadamente:

• Banco de horas – introduzir a possibilidade de ser estabelecido por acordo individual ou grupal, sem necessidade de previsão em IRCT; e de funcionar por períodos plurianuais;

• Trabalho suplementar – alinhar com práticas interna-cionais de países de referência, adequando a compen-sação às necessidades da empresa e do trabalhador;

Trabalho Temporário• Admissibilidade do recurso a trabalho temporário

quando haja uma verdadeira necessidade transitó-ria de trabalho;

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ESTÁ NA HORA DE

MUDAR

• Prever a possibilidade de prescindir da justificação, desde que respeitados certos limites percentuais deste tipo de contratação, face ao total de trabalha-dores da empresa.

Subsídio de Desemprego• Redução do tempo necessário para o acesso ao

subsídio de desemprego;

• Reestruturação do modelo actual, com vista ao estí-mulo ao regresso ao mercado de emprego.

Mobilidade• Prever mecanismos de cedência temporária de tra-

balhadores por período de tempo limitado, entre em-presas, dependente de acordo expresso do trabalha-dor.

Código Contributivo• Revisão no sentido de diminuir os custos de trabalho

para as empresas e promover o emprego

MERCADO DE ARRENDAMENTO• Implementação de um mecanismo extrajudicial de

despejo do arrendatário em caso de incumprimento do contrato de arrendamento;

• Introdução de um mecanismo de actualização de renda (dependente das condições de habitabilida-de do imóvel), que permita a sua convergência para valores mais actualizados, desenhado numa lógica de negociação privada entre senhorio e arrendatário (acompanhado da estipulação de regras de protec-ção social);

• Ponderar a revisão da prorrogação legal forçada dos contratos num horizonte de 15 anos (acompanhada da estipulação de regras de protecção social);

• Limitação dos casos de transmissão por morte do contrato de arrendamento para habitação;

MERCADO DE ENERGIA E POLíTICA ENERGéTICA: UMA NOVA POLíTICA ENERGéTICANova Política Energética

1. Programa de eficiência energética e racionalização de consumos energéticos:

• Programa acelerado de redução dos consumos de energia no sector Estado (menos 30% de consumo do sector Estado);

• Alinhamento de incentivos, nomeadamente às acti-vidades reguladas de distribuição e comercialização de gás e electricidade;

• Definição de uma política nacional para a elaboração de Planos Energéticos Municipais;

• Criação de um sistema de certificados brancos (cer-tificados que atestam reduções significativas de energia);

• Promoção dos sistemas de transportes inteligentes, criação de barreiras à utilização do veículo sub-ocu-pado e incentivo à criação de condições para au-mentar a utilização do transporte colectivo;

• Promoção da utilização de autocarros eléctricos nas frotas de transporte colectivo de passageiros em centros históricos;

2. Replanificação energética direccionada ao aumento da competitividade nacional:

• Revisão da calendarização de implementação das várias tecnologias renováveis;

• Revisão dos tempos de duração dos incentivos espe-ciais às tecnologias renováveis;

• Implementação de modelos de concurso ao licen-ciamento de nova capacidade de produção eléctrica por método de leilões;

• Revisão transversal da carga fiscal e dos subsídios em todo o sector, tornando-a mais transparente e neutra.

3. Fomento da eficiência e competitividade nos merca-dos energéticos:

• Eliminação progressiva dos défices tarifários na elec-tricidade e gás natural;

• Eliminação progressiva de todas as tarifas nos mer-cados de electricidade e gás natural, criando uma ta-rifa de último recurso para famílias carenciadas (tarifa social);

• Privatização das participações do Estado nas gran-des empresas do sector;

• Os preços da electricidade e gás natural que devem vir ser fixados pelo ERSE e não pelo poder político;

• Reforço da vigilância a comportamentos anti-compe-titivos e oligopolisticos nos mercados energéticos;

4. Redefinição dos compromissos de Portugal no sec-tor energético:

• Negociação com União Europeia da flexibilização dos objectivos de Portugal em termos de emissões

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ESTÁ NA HORA DE

MUDARde gases com efeitos estufa, percentagem de produ-ção com energia renovável e utilização de biocom-bustíveis;

• Análise do PNAER e do PNAEE à luz dos novos objec-tivos e considerando as novas prioridades nacionais.

POLíTICA FISCAL A MéDIO PRAzO• Caminhar no sentido da carga fiscal, em percenta-

gem do PIB, se situar no intervalo [33%; 35%];• Privilegiar os impostos indirectos sobre os directos;

• Garantia de um eficaz funcionamento da justiça fiscal no que toca às medidas de justiça tributária;

• Assegurar as características de transparência, sim-plicidade e estabilidade do sistema fiscal.

Evolução da carga fiscalHá que implementar na área fiscal um conjunto de medi-das de apoio à competitividade:

• Rever o conjunto de incentivos e benefícios fiscais existentes;

• Rever o actual limite legal à dedução de benefícios fiscais em sede de IRC (actualmente em 90% da ma-téria colectável);

• Criar um novo incentivo à actividade exportadora e, em geral, às actividades que produzem bens tran-saccionáveis, através de uma redução do IRC;

• Racionalização da actual estrutura de “tributação au-tónoma”, visando uma discriminação positiva das empresas com grande componente exportadora, particularmente no tratamento das despesas de re-presentação;

• Renovar incentivos às regiões do País com maio-res dificuldades;

• Direccionar a generalidade dos incentivos para actividades de exportação, de produção de bens transaccionáveis e turísticas, agilizando os procedi-mentos necessários à aprovação dos contratos com investidores;

• Criar um balcão fiscal único para grandes empre-sas, nacionais ou estrangeiras, sediadas no País e para as entidades estrangeiras que se disponham a investir valores significativos.

Medidas de Simplificação e de Redução de Custos na Fiscalidade

IVA:• Análise da possibilidade de autoliquidar o IVA devido

nas importações nas declarações periódicas de imposto;

• Ponderação da consagração de um regime de caixa em matéria de IVA aplicável às PME ou, alternativa-mente, equacionar um regime de caixa para todas as operações em que a contraparte seja uma entidade pública.

IRC:• Alargamento da base tributável e simplificação do

regime do imposto, permitindo a prazo a redução das taxas;

• Criação de um regime acessório e facultativo, simpli-ficado e menos oneroso de tributação das PME’s;

• Utilização de incentivos à capitalização e auto-in-vestimento das empresas orientadas para a expor-tação e para o investimento produtivo;

• Desburocratização e simplificação de procedimen-tos, nomeadamente em casos de reestruturações empresariais.

IRS:• Revisão do imposto, visando a simplificação do mes-

mo, com redução do número de escalões no médio/longo prazo, optimização dos benefícios e deduções, aproximação da tributação entre as várias categorias de rendimentos, assegurando simultaneamente um maior controlo cruzado da informação relevante para este efeito.

Revisão do regime das sociedades holding, em linha com as melhores práticas internacionais por forma a tornar Portugal um País atractivo para a localização da sede de grupos nacionais e internacionais.

Justiça Fiscal e Equidade• Imposição, em termos efectivos, do pagamento au-

tomático de juros indemnizatórios sempre que se conclua existir algum atraso em pagamentos devidos aos contribuintes;

• Redução ou limitação no tempo da necessidade de prestação de garantias bancárias para efeitos fiscais;

• Melhoria das relações entre a administração fiscal e os contribuintes, de forma transparente e equitativa e aprofundamento dos meios alternativos de resolução de conflitos;

2.4. Estimular a competitividade empresarial.

O caminho para a competitividade e o crescimento me-diante a internacionalização deverá estar suportado em 4 eixos:

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• Eixo de acção 1: acções orientadas para eliminar as distorções competitivas que impedem o desenvol-vimento do sector externo:

– 1.1: Plano de incentivos e apoio à mobilização do trabalho e talento em direcção às oportunidades de crescimento internacional;

– 1.2: Plano de incentivos e apoio à mobilização do ca-pital em direcção às oportunidades de crescimento externo;

– 1.3: Plano de incentivos e apoio à reestruturação e renovação do tecido empresarial nacional;

• Eixo de acção 2: Desenvolvimento de um Plano In-tegrado de Inovação e Empreendorismo;

• Eixo de acção 3: Desenvolvimento de um plano de acção nos mercados chave externos e reforço e profissionalização das estruturas de execução para assegurar o seu êxito;

• Eixo de acção 4: Desenvolvimento de um conjunto de actuações sectoriais fundamentais para a cap-tura destas oportunidades externas:

– 4.1: Recuperação e dinamização dos clusters tradi-cionais de exportação;

– 4.2: Aposta na exportação de serviços e competên-cias de excelência desenvolvidas no mercado do-méstico;

– 4.3: Promoção de novos clusters orientados às novas tendências globais.

Plano de incentivos e apoio à mobilização do trabalho e talento em direcção às oportunidades de crescimento externas

• Estudar a introdução de estímulos temporários (i.e. ao longo de 2 anos) para a contratação de trabalhadores à procura de emprego há mais de 6 meses em empresas com variação líquida de postos de trabalho;

• Estudar a criação de uma taxa única reduzida de IRS para quadros estrangeiros altamente qualificados;

Plano de incentivos e apoio à mobilização do capital em direcção às oportunidades de crescimento exter-nas

• Assegurar um acesso facilitado ao crédito e ao ca-pital para as empresas em sectores exportação de bens e serviços.

• Incentivar projectos com elevado potencial de ex-portação;

Plano de incentivos e apoio à reestruturação e renova-ção do tecido empresarial nacional

• Promover o ganho de escala das empresas portu-guesas,;

• Constituir Fundos de Capitalização;

• Agilizar processos de criação, reestruturação e extin-ção de empresas:

• Criar a “Loja da Empresa”;

• Promover a criação de redes de empresas de servi-ços partilhados.

Desenvolvimento de um Plano Integrado de Inovação e Empreendedorismo

• Atrair capital de risco (inicial e de desenvolvimento) junto de instituições nacionais e internacionais

• Criar incentivos fiscais à inovação e ao empreende-dorismo como mais adiante se caracteriza.

• Aproximar definitivamente as universidades e a co-munidade empresarial;

Desenvolvimento de um plano de acção nos merca-dos externos chave e reforço e profissionalização das estruturas de execução para assegurar o seu êxito

• Reforçar a proactividade e a promoção de Portugal em 8 mercados externos chave (Estados Unidos, Brasil, China, Índia, Angola, Alemanha, Espanha e França)

• Criar o “Passaporte à Exportação” para facilitar o acesso das empresas a especialistas em comércio internacional e nos mercados prioritários;

• Reforçar serviço de “one stop-shop” para investido-res externos, garantindo o acompanhamento efecti-vo nas várias fases: pré-investimento, investimento e operação.

2.5. Revitalização da Estrutura Produtiva

Agricultura e FlorestaRealização de dois grandes objectivos: aumentar a pro-dução nacional e o rendimento dos agricultores.

• Aproveitamento integral do pessoal pertencente ao Ministério da Agricultura em actividades considera-das prioritárias;

• Concentrações dos serviços de apoio ao agricultor num só local, criando as Lojas do Agricultor.

• Assumir o aproveitamento na totalidade das verbas destinadas a apoiar o rendimento dos agricultores

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(RPU), exclusivamente financiadas pela UE, efectu-ando o pagamento a tempo e horas;

• Assegurar a comparticipação nacional necessária para concluir o Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER), co-financiado pela UE até 2015;.

• Criação de um mecanismo legal (bolsa de terras), que permita aos agricultores ceder as suas terras de forma voluntária, quando não tenham capacidade ou condições para as explorar;

• Concessão aos agricultores, através da celebração de protocolos, das infra-estruturas e terras que não estão a ser aproveitados pelo Estado.

• Garantir o Acompanhamento e aprovação da PAC 2014-20 e respectivos regulamentos, bem como do seu Programa de investimentos de apoio comunitário

Sector FlorestalDinamização do cluster da pasta papel e mobiliário, bem como através do aproveitamento dos resíduos florestais para a produção de energia (biomassa), promovendo um levantamento das doenças fitossanitárias mais comuns e em expansão nas nossas florestas.o estudo e imple-mentação de fórmulas de concessão de exploração a privados de certos segmentos da floresta.

Economia do Mar• Promover o investimento nas actividades ligadas ao

Mar;

• Planos de Sustentação Imediata, nomeadamente:

• Serviços Marítimos;

• Construção e Reparação Navais;

• Obras Marítimas;

• Actuar nos Sectores dos Portos, Logística e Transpor-tes Marítimos;

• Actuar no domínio da Náutica de Recreio e Turismo Náutico;

• Actuar nos sectores relativos a Energia, Minerais e Biotecnologia;

• Incentivar a Construção e Reparações Navais;

• Actuar no domínio das Obras Marítimas;

• Promover a Investigação Científica, Inovação e De-senvolvimento;

Relativamente ao sector das pescas, o PSD:• Acompanhará a Política Comum de Pescas, defen-

dendo o interesse nacional nas negociações e revi-

sões dos planos de pesca para espécies específi-cas.

• Desenvolverá acções junto a Comissão Europeia e de países em que existem acordos bilaterais para promover planos de pesca adequados.

• Acelerará a execução do programa comunitário de investimento na pesca – PROMAR.

Turismo • Criar mecanismos e instrumentos de apoio às empre-

sas turísticas, agindo sobre os factores da competiti-vidade empresarial e de criação de valor e emprega-bilidade;

• Consubstanciar uma plataforma económica e logís-tica que projecte um mercado alargado e reforce os fluxos turísticos de raiz atlântica, assente num triân-gulo virtuoso de génese lusófona Portugal/Europa, América do Sul e África;

• Dar maior expressão aos Programas de Turismo Sénior, Turismo para Emigrantes e Turismo para Cidadãos com Deficiências e Incapacidades, Tu-rismo Religioso e Turismo de Saúde.

• Proceder à reestruturação dos sectores do transporte aéreo e aeroportuário nacionais, que suporte a ope-ração de um hub no aeroporto de Lisboa;

• Requalificar os destinos maduros, valorizar os novos destinos turísticos e aproveitar o mar e a sua matriz cul-tural e civilizacional enquanto recurso diferenciador;

Industria Transformadora• Estimulo ao aumento da dimensão das empresas

industriais, facilitando, do ponto de vista fiscal, regu-latório e burocrático, movimentos de concentração;

• Facilitação dos licenciamentos industriais;

• Revitalização das infra estruturas tecnológicas cria-das pelo PEDIP;

• Revitalização dos Laboratórios do Estado das áreas industriais e agro industriais;

• Apoio à criação de Núcleos de Inovação nas PME’s, e de Centros do I&DT nos grupos económicos e empresas;

• Reformulação dos Centros de Formação Protocolares;

Estímulos específicos às Micro, Pequenas e Médias Empresas

• Promover a criação de novas empresas, o reforço da competitividade, criação de emprego e apoio na gestão de tesouraria das MPMEs e o seu financia-mento.

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• Incentivar e apoiar os esforços de internacionaliza-ção:

• Concentrar numa única plataforma online informa-ções relevantes para as MPMEs, nomeadamente:

• Prestar serviços de aconselhamento e consultoria às MPMEs;

• Incentivar a colaboração entre grandes grupos e em-presas nacionais e MPMEs;

• Melhorar e desburocratizar os procedimentos da Ad-ministração Pública para uma resposta mais adequa-da às necessidades das MPMEs:

Fomento das Exportações e da Internacionalização e do IDE

• Criação de um Conselho para Competitividade e Exportações (CCE);

• Reforçar o apoio financeiro e fiscal às empresas ex-portadoras;

• Reforçar os incentivos às políticas de aumento do va-lor acrescentado nacional incorporado nas exporta-ções dos sectores tradicionais;

• Estimular as grandes empresas portuguesas esta-belecidas no estrangeiro a facilitar a penetração de MPME com potencial de internacionalização;

• Desenvolvimento de estratégias especificam direc-cionadas para cada uma das geografias mais rele-vantes (ex: Angola, China, Brasil, Índia).

IDE• Promoção do País numa óptica selectiva em áreas

que tenham demonstrado capacidade de competir segundo padrões internacionais e em que sejam re-conhecidas vantagens competitivas de eficiência;

• Promoção do País como centralidade entre vários continentes;

• Criação de programas de relacionamento interem-presarial ao nível das compras, logística, qualidade, certificação, investimento de I&D, estabelecendo uma ligação entre investidores estrangeiros e empre-sas nacionais;

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3 . Um Estado Eficiente e Sustentável, e Centrado no Cidadão

Um Estado Promotor do Crescimento Económico e do Desenvolvimento Sustentável

Um Estado promotor do crescimento económico e do desenvolvimento sustentável é uma componente críti-ca para uma estratégia de recuperação nacional, para o crescimento económico sustentado e para a melhoria do bem estar económico e social.

Eixo 1. Liderar Pelo Exemplo: racionalizar as Estru-turas de Governo

• Constituir um governo com menos Ministros, me-nos Secretários de Estado, menos assessores e me-nos pessoal de apoio. Um governo com apenas 10 Ministros, com as Secretarias de Estado reduzidas em 30% eo número de assessores reduzido em, pelo menos, 20% (50% no final da legislatura);

• Os Gabinetes Ministeriais terão uma redução de 15% nas suas despesas de aprovisionamento;

• Os Gabinetes Ministeriais deverão liderar pelo exem-plo, através da crescente utilização de serviços par-tilhados;

Eixo 2. Introduzir Maior Transparência: Reduzir drasticamente o “Novo Estado Paralelo”

• Será efectuado um levantamento da dimensão des-te Estado Paralelo e definidas as políticas apropria-das para o reduzir e integrar na administração públi-ca;

• Cada ministério deverá identificar um conjunto de organismos sobre sua tutela, que deverá fundir, ex-tinguir, manter, transferir para outra entidade do Estado ou privatizar/concessionar ao sector privado. A redução do número de organismos deverá ser de pelo menos 15% em termos cumulativos para todo o governo;

• O objectivo de partida será a redução do número de organismos existentes em pelo menos 50% ao

longo da legislatura;

• Deverão ainda ser identificadas as entidades priva-das, nomeadamente fundações, que recebem contri-butos do orçamento público e reavaliados os crité-rios de atribuição de fundos públicos.

Eixo 3. Realizar um Choque de Gestão: aumentar a eficiência da Administração Pública

No âmbito da melhoria das actividades de suporte, des-tacamos as seguintes iniciativas:

• Optimização das Compras Públicas;

• Contratação pública electrónica;

• Incremento da modalidade dos Serviços Partilhados

No âmbito da redução de custos, tomaremos as seguin-tes iniciativas:

• Plano de Recursos Humanos na Administração Públi-ca Central que garanta a regra de uma entrada de 1 elemento no activo por cada 5 elementos que se reformem ou saiam;

• Remodelar os edifícios existentes, em vez de ad-quirir novos edifícios e utilizar os edifícios devolutos;

• Redução do parque de viaturas das administrações públicas de uma forma considerável;

• Redução do número de cargos de direcção e ad-ministração e de dirigentes intermédios;

• Alargamento da fiscalização do Tribunal de Con-tas a todos os organismos que recebam apoios do Orçamento do Estado.

• Reforço do princípio da orçamentação por progra-mas;

• Reforço do planeamento plurianual das activida-des.

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Eixo 4. Promover um Serviço Público de Excelência: Serviço Centrado no Cidadão

• Elaboração de um programa de melhoria da presta-ção do serviço aos cidadãos e às empresas:

o Redução progressiva da documentação a apresentar pelo cidadão no seu contacto com o Estado;

o Evolução do Portal do Cidadão e das Lojas do Cida-dão para abranger mais serviços integrados da Ad-ministração Pública;

• Elaboração de um Plano de Acção para a Governa-ção Electrónica, que oriente a evolução da Adminis-tração Pública portuguesa até 2020;

• Promoção do Estado Aberto:

o Disponibilização na internet de informação do Estado com valor económico para a sociedade;

o Implementação de um Programa Contínuo de Ava-liação de Satisfação da Qualidade dos Serviços.

Eixo 5. Envolver os Agentes de Mudança: apostar nos Recursos Humanos

• Envolvimento dos Funcionários nas medidas de rees-truturação da Administração Pública.

• Introdução de mais mecanismos de formação.

• Ligação da evolução da massa salarial do Estado à evolução da produtividade.

• Definição gradual de uma política de remunera-ções diferenciada, com base nas responsabilidades e no mérito.

• Despolitização da política de recrutamento dos quadros dirigentes, introduzindo referenciais objec-tivos e baseados na experiência profissional e nas qualificações.

• Possibilidade de trabalho a tempo parcial, por opção de ambas as partes.

Eixo 6. Reestruturar o Sector Empresarial do Estado e acelerar as Privatizações

• Promover, com urgência, programas de redução de custos e de endividamento;

• Proceder ao saneamento financeiro destas empre-sas.

• Diminuir progressivamente a participação do Estado nas empresas públicas, em função da avaliação da

situação concreta;

• Desencadear e concretizar, seguindo um calendário pré-estabelecido, um programa de privatizações a realizar durante esta legislatura;

• Reforçar as competências e capacidades dos ór-gãos de regulação e fiscalização do Estado, que necessariamente estarão envolvidos neste processo, de forma a assegurar condições de livre concorrên-cia.

Para efeitos de alienação da participação do Estado, as empresas podem ser distribuídas em três grupos, cor-respondendo a diferentes abordagens:

• Em primeiro lugar, as empresas que se encontram em condições de serem alienadas no curto prazo, por critérios de posicionamento estratégico, eficiên-cia operacional e estrutura de capitais -- (exemplos: TAP, ANA e CP Carga);

• Em segundo lugar, as que, tendo um claro posicio-namento estratégico e resultados operacionais positivos, têm uma estrutura financeira desequili-brada, (exemplos: Carris, STCP);

• Em terceiro lugar, as empresas que apresentam dé-fices de natureza operacional e uma estrutura de capitais desequilibrada, para as quais o Estado deve inicialmente proceder à recuperação operacional e à reestruturação financeira (exemplos: Refer, CP, Metro de Lisboa, Metro do Porto, Transtejo/Soflusa).

TRANSPORTES E INFRA-ESTRUTURASNeste sector, serão três os eixos de actuação.

• Promover o transporte público e melhorar a eficiência dos operadores;

• Reestruturar a dívida financeira histórica;

• Promover uma clarificação do modelo de relaciona-mento do Estado com os diversos operadores na área dos transportes.

O governo do PSD procederá à avaliação da potencial concessão das Linhas e Rotas da Carris, STCP e Metro de Lisboa.

No sector do Transporte Aéreo, O modelo de privatiza-ção da TAP será definido dentro dos parâmetros seguin-tes:

o Manutenção da imagem de “companhia bandeira”

o Manutenção das suas principais operações basea-das no aeroporto de Lisboa

• No que diz respeito à TAP e à ANA, serão definidos os respectivos modelos de privatização, ponderan-

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do, no caso da ANA, a transferência dos aeroportos da Madeira e dos Açores para a respectiva tutela.

1. Parpublica

O Governo do PSD irá alienar as participações do Estado na EDP, REN e Galp, bem como dará orientações no sen-tido da alienação da CGD Seguros.

2. Serviços de Utilidade Pública

No caso dos CTT, conceber e implementar o modelo de liberalização do sector e privatização total ou parcial em sintonia com as directivas europeias para o sector. No caso das Águas de Portugal, revisão do seu modelo so-cietário estudando-se uma eventual concentração de sociedades, com vista a obter ganhos de eficiência e a definição de um programa de alienações parciais.

3. Empresas Públicas Financeiras e Outras

O PSD propõe a alienação total do BPN, a privatização ou a liquidação da Parque Expo.

Quanto à Caixa Geral de Depósitos (CGD):

• Reforço imediato da autonomia da gestão em rela-ção ao poder político.

• A CGD deverá vender as suas participações no sector dos seguros e da saúde e alienar a sua car-teira de participações financeiras.

• a CGD deverá prosseguir as seguintes orientações estratégicas:

o Reorientar significativamente a sua estrutura de crédito para os bens e serviços transaccionáveis e para o apoio às exportações e à internacionalização de empresas portuguesas;

o A CGD deverá desenvolver a actividade de finan-ciamento de projectos de fomento ao serviço da nossa economia,

• Durante o período de vigência do MoU, não haverá abertura do seu capital social.

• Em momento ulterior, a CGD poderá ser levada à bol-sa, a fim de dispersar uma parte minoritária do seu capital social.

4. Comunicação Social

O Estado deve combater qualquer tipo de exclusão, ac-tuando de forma rigorosa na esfera legislativa ou regula-tória.

• Repensar o posicionamento do Estado enquanto

operador, definindo de forma objectiva quais os ser-viços que deve prestar sem distorcer o mercado e sem prejudicar as entidades, colectivas ou individu-ais, que nele actuam e dele vivem.

• A RTP deve concentrar-se, logo que possível, num novo modelo de gestão exclusivamente orientado para o serviço público com vista a reduzir o actual nível de financiamento público, nomeadamente as in-demnizações compensatórias. Nesse sentido, ir-se-á proceder, em momento oportuno, à alienação ao sec-tor privado de um dos canais públicos comerciais ac-tuais. Quanto ao outro canal, hoje comercial, ficará na esfera pública e será essencialmente orientado para um novo conceito de serviço público. Dentro do ser-viço público inclui-se, entre outras realidades, a ad-ministração e gestão do acervo de memória. Quanto à RTP Internacional e RTP África, o PSD admite que as mesmas venham a ser empresas com maioria de capital público, em que os operadores privados par-ticiparão no capital das mesmas e fornecerão conte-údos a estes canais.

• O universo de rádios da Antena 1, 2 e 3 seguirá os mesmos princípios gerais a aplicar à RTP.

• Quanto à Lusa, hoje já uma empresa de economia mista, o Estado alienará em momento oportuno a sua participação no capital a operadores privados.

Eixo 7. Reavaliar e Reestruturar as Parcerias Públi-co Privadas e Concessões (PPPCs)

• Não celebrar novos contratos sem o pleno conheci-mento e avaliação independente dos compromissos financeiros já assumidos pelo Estado e dos riscos fu-turos para os contribuintes. Após esta reavaliação, o PSD propõe-se renegociar os principais contratos já celebrados, no sentido da optimização dos encargos para os contribuintes em termos de custos e prazos.

• Centralizar numa unidade de gestão, a enquadrar no Ministério das Finanças, todas as competências acumuladas pelo sector público e que estão hoje dis-persas.

• O reforço do princípio do utilizador pagador, atra-vés da inclusão de portagens nas concessões rodo-viárias,

Eixo 8. Nova Política de Investimento Público

• Suspender todas as grandes obras públicas previs-tas pelo anterior governo.

• Elaborar um programa global de investimentos pú-

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blicos a curto e a médio prazo.

• Confiar a análise da viabilidade e dos impactos dos projectos mais significativos a uma entidade inde-pendente.

• Avaliar e adaptar o QREN a novas prioridades de investimento.

• Na actual conjuntura, dar prioridade aos chamados investimentos de proximidade.

Eixo 9. Promover o Desenvolvimento do Território Inteligente e Sustentável

• Agravamento da penalização em sede de IMI para fogos e edifícios devolutos.

• Dedução aos rendimentos prediais das despesas de reparação de edifícios.

• Simplificação dos procedimentos para o licencia-mento de obras de reabilitação urbana.

• Estímulo à constituição de Fundos Imobiliários de Reabilitação Urbana.

• Simplificação do regime da reabilitação urbana, no que se refere à criação e delimitação das Áreas de Reabilitação Urbana (“ARU’s”).

• Inclusão no regime da reabilitação urbana das “ope-rações de reabilitação urbana isoladas”.

• Simplificação do licenciamento urbanístico de obras de reabilitação em edifícios localizados em ARU’s ou construídos há mais de 30 anos.

• Simplificação do regime da realização de obras em prédios arrendados, de modo a torná-lo mais claro e eficiente.

• Estimular a aplicação de novas tecnologias no am-biente urbano, nomeadamente no reforço dos siste-mas de nova mobilidade urbana.

• Adequar a lei das finanças locais com vista a uma economia competitiva favorecendo a reorientação de recursos para o sector produtivo e para as funções sociais.

• Fomentar a mobilidade sustentável nas cidades, favorecendo a circulação do transporte colectivo e dos veículos movidos por energia limpa.

• Promover o envolvimento do sector privado na governança competitiva das cidades e dos sistemas urbanos.

Um Território Sustentável: Política para a Gestão do Ambiente

• Combater as alterações climáticas e desenvolver uma economia de baixo carbono.

• Dar um novo impulso à política e à gestão dos re-cursos hídricos, concretizando e implementando o planeamento hidrológico em atraso.

• Criar um Plano Nacional de Acção para o Uso Efi-ciente da Água.

• Reformular o modelo institucional de gestão dos re-cursos hídricos.

• Garantir a implementação plena da Directiva-quadro da Água ao nível da qualidade da água.

• Reorganizar o sector do abastecimento de água e saneamento de águas residuais.

• Promover a sustentabilidade da política e do siste-ma de gestão e tratamento de resíduos, dinamizan-do as fileiras de tratamento, impulsionando a prática da separação de resíduos na fonte.

• Autonomização do subsector dos resíduos no seio do Grupo Águas de Portugal e implementação das medidas necessárias à sua abertura ao sector privado.

• Privilegiar soluções de valorização energética de resíduos industriais banais e urbanos.

• Optimização das soluções de tratamento/valorização de resíduos industriais perigosos.

• Definição de programas específicos para o problema da contaminação histórica dos solos.

• Apostar na ecoeficiência, com prioridade para a orientação do comportamento das entidades públi-cas.

• Rever a fiscalidade ambiental.• Rever a Lei de Bases do Ambiente, a Lei dos Solos

e os instrumentos legislativos que se encontrem desactualizados.

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4. Desenvolvimento Humano e SocialUm Estado Sustentável e Garante das Funções Sociais

O PSD propõe-se lançar um amplo modelo de inovação social que visa dar resposta e apoio a flagelos e carên-cias sociais graves como seja o caso da fome. Este pro-grama será orientado para crianças e idosos de famílias desamparadas e sem acesso a redes e instituições nor-mais de apoio a que o Estado geralmente recorre.

Além destas pessoas, o modelo de inovação social pro-curará apoiar crianças em risco, oriundas de famílias pro-blemáticas, bem como os novos pobres. Este programa procurará flexibilizar as métricas necessárias para abran-ger e atender mais pessoas necessitadas (por exemplo em ATL’s e Lares de Idosos) assim como disponibilizar a actual rede de cantinas sociais.

Desenvolver Verdadeiras Políticas Sociais:• Tributo solidário, através do qual se assegura que

os beneficiários de algumas prestações sociais, no-meadamente do Rendimento Social de Inserção, prestam uma “actividade socialmente útil, em entida-des públicas ou do sector social.

• Desenvolver uma rede nacional de equipamentos sociais flexível e adaptada às condições sócio eco-nómicas do País .

• Rever a legislação referente ao Fundo de Socorro Social, que deverá actuar como um verdadeiro Fun-do de Emergência Social.

• Fomentar a criação de um Fundo para a Inovação Social, que congregue instituições e empresas na-cionais e que por estas venha a ser directamente ge-rido.

• Criar incentivos ao voluntariado na área social.

• Transferir parcialmente as dotações financeiras actu-almente afectadas ao Rendimento Social de Inserção para as instituições de solidariedade social.

• Ampliar a Rede de Amas Credenciadas da Segu-rança Social, no sentido de reforçar a sua formação e acompanhamento.

• Criar um programa de desburocratização para faci-litar o acesso dos idosos aos serviços públicos e a lidar com a burocracia.

• Rever o regime do Rendimento Social de Inserção (RSI) assegurando o reforço dos mecanismos contra-tuais na sua atribuição e fiscalização.

• Incentivar a inserção sócio profissional dos imi-grantes procurando fomentar o seu sentimento de

pertença à nossa comunidade, o acesso a formação profissional e o reforço do empreendedorismo.

• Criar o Programa QUALIFICAÇÃO +, com o objectivo de promover o acesso ao mercado de trabalho de jovens com elevadas qualificações.

• Lançar o Programa REQUALIFICAÇÃO XXI destina-do à requalificação profissional de 50 000 desempre-gados em 5 anos.

• Desenvolver o recurso ao cheque-formação, facilitan-do o acesso individual dos trabalhadores à formação.

• Criar programas dirigidos à inserção de desempre-gados com mais de 55 anos.

• Desenvolver mecanismos de apoio à promoção do próprio emprego.

• Aprofundar, em conjunto com os Parceiros Sociais, os mecanismos de intervenção previstos no regime dos Centros Emprego – Inserção.

• Confiar a gestão dos Centros Protocolares aos agen-tes económicos e Parceiros Sociais.

• Respeitar o conteúdo do Acordo de Concertação So-cial e desenvolver todos os esforços no sentido de virem a ser alcançados os objectivos definidos.

• Promover as possibilidades de reforma parcial, para facilitar o envelhecimento activo.

• Bonificar o valor da pensão para os beneficiários que, tendo uma carreira mínima de 40 anos, decidam permanecer no mercado de trabalho.

• Nos próximos três anos, ajustar, anualmente, o valor das pensões, suspendendo a regra automática de in-dexação.

• Reduzir as contribuições patronais para a segurança social, nas componentes de pensão e subsídios de desemprego e doença, para os trabalhadores com carreira contributiva de, pelo menos, 40 anos que aceitem permanecer no mercado de trabalho.

• Incentivar a criação de esquemas complementares de reforma, designadamente ao nível das empresas.

Rever o Estatuto do Mecenato e o Estatuto de Utilida-de Pública, concedendo maiores facilidades à conces-são de apoios a estas entidades e desburocratizando o apoio do Estado, das empresas e da sociedade civil;

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• Criar Programas para a “Geração Sénior”, a ser di-namizado pelas IPPS, Misericórdias e outras estrutu-ras sociais que apresentem candidatura ao mesmo.

• Ponderar as medidas que a OCDE em relatório re-cente (Doing Better for Families) propõe para inverter a tendência de queda da taxa de natalidade e dimi-nuir a pobreza infantil, em particular:

o Recentrar o apoio à família nos primeiros anos da criança.

o Estimular o investimento numa rede de creches próxi-mas dos locais de trabalho dos pais.

o Incentivar o aumento da natalidade, através de redu-ção de impostos para as famílias mais numerosas,

• Criar condições para melhorar o nível de saúde e bem-estar dos jovens:

o Introduzir no processo de reforma do Serviço Nacio-nal de Saúde iniciativas específicas para a juventude nomeadamente a prevenção e actuação nas situa-ções de combate às drogas, álcool e protecção se-xual.

o Garantir e aumentar o programa Cheque Dentista.

Desenvolvimento da qualificação das pessoas: Edu-cação e Formação.O PSD assume a Educação como serviço público uni-versal e estabelece como missão para a Escola da pró-xima legislatura a substituição do facilitismo pelo esforço e pelo rigor e exigência, do laxismo pelo trabalho, o to-talitarismo pedagógico pelo rigor científico, a indisciplina pela disciplina.

Dar sentido de futuro e visibilidade de desenvolvimen-to estratégico ao sistema de ensino

• Pôr à discussão pública a nossa visão estratégica para o sistema educativo numa perspectiva de lon-go prazo e com objectivo 2015 - 2020.

• Procurar criar consensos alargados sobre o plano estratégico de desenvolvimento tendo como horizon-te temporal o ano de 2030.

• Elaborar uma nova proposta de Lei de Bases, em função das conclusões anteriores.

Gestão das escolas e envolvimento dos pais e da co-munidadeO PSD entende que se deve exigir um significativo re-forço da descentralização de funções para o nível de responsabilidade das escolas, do Director, dos pais e da comunidade local.

• O primeiro sinal é o do estabelecimento de uma car-reira profissionalizada de Director Escolar;

o O Governo deve garantir a formação adequada e contínua de Directores nas áreas de liderança e ges-tão;

o A selecção do Director deve ocorrer por via de con-curso promovido pelo Conselho Geral;

• O Governo deve começar o seu mandato com a prio-ridade de desenvolver um novo tipo de contrato entre as escolas, os alunos e as famílias;

• Serão desenvolvidas iniciativas de liberdade de es-colha às famílias em relação à oferta disponível;

• Deve ser iniciado o desenvolvimento de um sistema informático para o processo digital do aluno;

• O Ministério da Educação, em articulação com as Au-tarquias, deve proceder a um reforço do Programa Escola Segura;

• O Ministério da Educação estabelecerá um enqua-dramento legal que permita implementar modelos al-ternativos de governo e de contratualização da ges-tão de escolas.

Criação de uma cultura de transparência orientada para resultados.

• Quantificação de metas: As metas de erradicação do abandono e da desistência escolar, de aumento do sucesso escolar em cada ciclo, de melhoria do sucesso nos exames, e de aumento da empregabili-dade dos jovens têm de ser quantificadas e assumi-das, por todos os actores da Educação;

• Avaliação da Educação: Deve ser criada, a partir das estruturas já existentes, a Agência Nacional de Avaliação da Educação;

• Avaliação Externa das Escolas: deve ser implemen-tado um modelo de avaliação externa das escolas baseado no “valor acrescentado”;

• Avaliação do Final do Ciclo: deve ser generalizada a avaliação nacional no final de cada ciclo; transfor-mando as actuais provas de aferição em exames na-cionais

• Avaliação Externa do Programa Novas Oportu-nidades: deverá ainda ser realizada uma avaliação externa e uma reestruturação do Programa Novas Oportunidades;

• Contratualização da Autonomia das Escolas: deve ser elaborado um novo modelo de contratualização da autonomia das escolas, assente em objectivos e incentivos definidos pelo Ministério da Educação e pela comunidade escolar.

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Motivar e desenvolver os recursos humanos da edu-cação

É propósito do Governo do PSD lançar um Programa de Formação para os recursos humanos visando:

• A aquisição de novas competências de gestão com-portamental e de conflitos em sala de aula e na esco-la;;

• Elaboração de um Plano Nacional de Formação Contínua de Professores;

• A simplificação do Estatuto da Carreira Docente;

• O reforço das competências e atribuições do pessoal não docente das escolas.

Estabilidade e dignificação da profissão docente A substituição do actual modelo de avaliação do desem-penho dos docentes é uma iniciativa de particular impor-tância e urgência. Os últimos anos na educação foram prejudicados por um processo de avaliação demasiado burocrático e de difícil aplicação. O Governo do PSD apresentará, no início da legislatura, aos parceiros so-ciais, uma proposta de um novo modelo de avaliação do desempenho docente.

Pretende-se elaborar um Plano Nacional de Formação Contínua de Professores e Educadores que contribua para a concretização dos objectivos e metas da Estraté-gia de Desenvolvimento da Educação.

Desenvolver e consolidar uma cultura de avaliação a todos os níveis do sistema de ensino.

• Criar uma entidade autónoma e independente das estruturas do Ministério da Educação, mas integran-do serviços já existentes, exclusivamente dedicada à concepção e aplicação de todas as provas e exames nacionais;

• Elaborar um modelo de monitorização e avaliação externa das escolas que integre todas as dimensões do seu desempenho (pedagógica, organizacional e financeira).

Racionalização e gestão descentralizada da rede de oferta de ensino

• Consolidação do Processo de Agrupamento de escolas, privilegiando a verticalização pedagógica e organizacional de todos os níveis de ensino, bem como a progressiva autonomia da sua organização e funcionamento;

• Racionalização da oferta de cursos e regulamenta-ção da criação de novas ofertas;

• Lançamento dos Planos de Desenvolvimento Edu-cativo Municipais, em substituição das Cartas Edu-cativas, visando a articulação das estratégias de desenvolvimento económico, social e cultural dos Municípios e comunidades locais, com o desenvolvi-mento educativo das suas populações;

• Contratualização com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses de um novo modelo de dele-gação de competências correspondente aos objecti-vos acima enunciados.

Gestão descentralizada da rede de estabelecimentos de ensino Maior articulação e cooperação entre a oferta pública e a oferta privada de ensino, visando potenciar a comple-mentaridade entre essas duas ofertas.

• Revisão do modelo de financiamento dos contratos de associação e contratos simples com o ensino par-ticular e cooperativo;

• Em situações de carência ou ruptura da rede de ofer-ta de ensino, o Ministério da Educação deverá lançar concursos públicos para contratualização de oferta privada;

• O Ministério da Educação deverá orientar o financia-mento ao ensino privado pelo princípio da qualidade do serviço público prestado e em função do número de alunos efectivamente servidos.

Melhorar a qualidade das aprendizagens no 1º Ciclo• Reforçar os tempos de aprendizagem dos dois sabe-

res axiais – Língua Portuguesa e Matemática.

• Manter os programas lançados no passado que têm elevado valor, por exemplo, o Plano Nacional de Lei-tura e o Plano Nacional da Matemática.

Aumentar o sucesso escolar nos 2.º e 3.º Ciclos• O Governo deve focalizar a sua acção nestes níveis

de ensino em três vertentes: a prevenção do insuces-so escolar no 2.º Ciclo, com identificação dos facto-res de risco e áreas lacunares em cada disciplina, para reforço dirigido das aprendizagens nesse ciclo e também no 1.º Ciclo; combate ao insucesso escolar no 2.º e 3.º Ciclos, por via de uma intervenção pre-coce, com projectos e recursos dirigidos de forma personalizada; erradicação do abandono escolar em idades inferiores a 15 anos, com sinalização dos alu-nos em risco e intervenções articuladas a nível local.

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Apostar fortemente no ensino técnico e na formação profissional

• O Ministério da Educação deve dispor de uma unida-de de gestão especializada do ensino técnico;

• A aposta do novo Governo deve ser a criação de uma Rede Nacional de Escolas Tecnológicas;

• As empresas devem participar na definição dos con-teúdos e currículo das diversas formações profissio-nais;

• O financiamento desta rede deve ser partilhado entre o Estado as empresas, nomeadamente na parcela de formação prática.

Ensino Superior e Ciência

O Desafio da Mudança

Ajustar o Processo de BolonhaO Governo deve promover uma ampla discussão nacional do processo de Bolonha, tendo em vista uma resposta ur-gente e operacional aos seguintes pontos fundamentais:

• Mudança para um novo paradigma de competências e capacidades mais adaptadas às necessidades re-ais do país e da economia global. Aumento da em-pregabilidade dos cursos, em particular no final do 1.º Ciclo;

• Adaptação do regime jurídico das instituições de en-sino superior e da rede nacional aos objectivos de Bolonha;

• Adaptação da carreira docente aos objectivos de Bolonha e revisão do seu Estatuto.

Aumento da Empregabilidade da Oferta• Evitar a duplicação de ofertas, dando primazia às

instituições com cursos de referência e especializando instituições com menor massa crítica a nível nacional;

• A mobilidade interna e externa de docentes, com in-centivos claros no estatuto da carreira docente que promovam a mudança e a fixação em novas zonas com oferta de ensino superior;

• O alargamento e aprofundamento da ligação às em-presas e associações sectoriais, numa perspectiva nacional e regional.

Segmentar as Instituições de Ensino Superior em Ter-mos de Educação e InvestigaçãoAdaptar o estatuto da carreira docente, em linha com Bo-lonha, no sentido da flexibilização dos diversos percursos

possíveis, que valorizem novas vertentes como o empre-endedorismo, a inovação empresarial, e a intervenção social e cívica.

Construir um Novo Sistema de Avaliação mais alinha-do com as necessidades do PaísProceder a uma revisão da acção e do enquadramento legal da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, garantindo os seguintes aspectos:

Desenvolvimento de um sistema de avaliação que incor-pore indicadores detalhados de progresso realizado no cumprimento dos objectivos definidos. . Alterar o Regime Jurídico das instituições de Ensino Superior

• Simplificação da regulamentação actual, longa e uni-formizadora, retirando-se o Estado da intervenção em processos de gestão que competem aos operadores;

• Mais flexibilidade e liberdade para a angariação e contratualização de receitas fora do Orçamento do Estado, sem mecanismos inibidores da iniciativa das instituições por via de cativação dos fundos cap-tados;

• Contratualização com o Estado com base no novo sistema de avaliação, garantindo a prossecução dos objectivos delineados neste programa de uma forma sistémica e não pontual.

Rever o Estatuto da Carreira Docente• Flexibilização dos percursos de carreira possíveis,

com valorização de outras dimensões que não só o ensino, a investigação e a publicação;

• Facilitação da mobilidade entre universidades e ins-titutos politécnicos e com empresas e associações sectoriais;

• Valorização da capacidade de acrescentar valor científico, cultural e económico às respectivas insti-tuições.

Criar um Novo Modelo de Financiamento do Ensino Superior, incorporando as seguintes componentes:

• Dotações para investigação básica limitadas a cer-tas instituições;

• Dotações para investigação aplicada limitadas, com «match funding» de empresas e associações secto-riais;

• Prémios para o nível de internacionalização dos alu-nos e docentes e para presença em listas de referên-cia internacionais;

• Prémios para a empregabilidade dos cursos, a nível nacional e internacional;

• Prémios para a ligação ao tecido empresarial

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Ciência

• Apostar no aumento do rácio de investimento em I+D sobre o PIBO Governo deverá definir, com carác-ter de prioridade, e sem prejuízo de uma investiga-ção fundamental, uma política no sentido de envolver os seus Laboratórios e Centros de Investigação Tec-nológica

• A FCT deverá privilegiar a atribuição de bolsas aos programas doutorais e não de forma individual aos candidatos;

• Os estabelecimentos de Ensino Superior devem ser incentivados a orientar os doutorandos nas áreas tec-nológicas para temas de desenvolvimento de novos produtos, promovendo programas doutorais em es-treita colaboração com as empresas;

• As unidades de investigação das empresas devem ser os grandes centros de dinamização do emprego qualificado;

• A legislação sobre o mecenato deve ser revista visan-do agilizar e reduzir as tarefas burocráticas com que se defrontam os investigadores;

Desenvolvimento do Sistema Nacional de Saúde: Uma Saúde de Qualidade para Todos.

Os Objectivos do PSD:

• Continuar a melhorar a qualidade e o acesso efecti-vo dos cidadãos aos cuidados de saúde, atingindo resultados alinhados com os países mais desenvolvi-dos da Europa;

• Garantir a sustentabilidade económica e financeira do Sistema Nacional de Saúde mantendo os princí-pios fundamentais subjacentes à sua criação:

o Financiamento de base solidária relativamente a um Plano Universal de Benefícios definido em sede de “Contrato Social”, igual para todos os cidadãos;

o Acesso universal e equitativo aos cuidados e servi-ços de saúde incluídos no Plano Universal de Bene-fícios, tendencialmente gratuito no momento da sua utilização;

o Garantia de disponibilização de cuidados de saúde de boa qualidade.

• Promover a humanização dos cuidados de saúde fomentando um maior protagonismo dos cidadãos na utilização e gestão activa do sistema, através do exercício de liberdade de escolha dentro de regras de acesso pré-definidas e reguladas.

Eixos de Acção Melhorar a qualidade e o acesso efectivo dos cida-

dãos aos cuidados de saúde• Aumentar a cobertura dos cuidados primários,

garantindo médico de família a todos os cidadãos, minimizando as actuais assimetrias de acesso e co-bertura de natureza regional ou social:

• Abrir a gestão de cuidados primários a cooperativas de profissionais, entidades privadas ou sociais;

• Reforçar o papel dos cuidados primários como co-ordenadores dos cuidados de saúde dos cidadãos;

• Garantir, em sintonia com as Ordens e outras organi-zações profissionais, a reorganização da prestação de cuidados, optimizando o papel de cada profissio-nal: – médicos, enfermeiros e técnicos de saúde.

• Reorganizar a rede hospitalar, desenvolvendo uma visão integrada e mais racional do sistema de presta-ção.

Garantir a sustentabilidade económica e financei-ra do Sistema Nacional de Saúde

• Intensificar programas integrados de promoção da saúde e de prevenção da doença, dinamizando uma gestão mais efectiva das doenças crónicas e a pro-moção de estilos de vida mais saudáveis:

• Assumir o Plano Nacional de Saúde como pilar fun-damental da reforma do Sistema Nacional de Saúde;

• Apostar na divulgação massiva à população de atitu-des e hábitos de vida de prevenção de doenças e de medidas de combate às principais patologias;

• Reforçar o estabelecimento de programas de gestão de doenças crónicas orientados para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos cidadãos.

• Criar uma base sustentável de financiamento do Sis-tema:

• Reavaliar o actual Plano Universal de Benefícios;

• Promover uma melhor articulação entre os sectores público, privado e social, nomeadamente através do prosseguimento da aposta no desenvolvimento do Registo de Saúde Electrónico;

• Gerir a saúde dos cidadãos e os fundos disponíveis através de uma contratualização/pagamento de serviços aos prestadores que garanta uma correcta intermediação entre a oferta e a procura dos serviços e produtos de saúde:

• Rever a política de taxas moderadoras na Saúde por forma a garantir que apenas se isenta quem real-mente necessita dessa isenção;

• Promover sistemas de incentivos aos cidadãos que

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adiram a programas de gestão de doença e de mo-nitorização terapêutica;

• Introduzir novos mecanismos de contratualização com os cuidados primários;

• Realinhar os incentivos relativamente ao relaciona-mento entre a Rede de Cuidados Continuados e os Hospitais;

• Reforçar as capacidades de controlo de factura-ção;

• Promover uma gestão da rede de prestação que fa-voreça a independência dos cuidados primários relativamente aos hospitais.

• Rever a política de contratualização do sector con-vencionado do Estado, garantindo níveis de eficiên-cia e inovação mais elevados no sector privado e, mais importante, servindo melhor e com mais quali-dade os cidadãos.

• Centralizar na Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) a responsabilidade pela concessão ao sector privado e social de serviços parciais ou de uni-dades pertencentes ao Serviço Nacional de Saúde.

• Papel do Estado e dos Sectores privado e social e Regulação do sector:

o Consolidar a Administração Central do Sistema de Saú-de (ACSS) como gestora do financiamento público.

o Criar uma área de Gestão de cuidados/contratuali-zação de prestação dedicada, independente e se-parada da prestação, com responsáveis e linhas de reporte distintas.

o Criar um organismo responsável pela gestão da rede hospitalar pública que centralize a responsabilidade pelo desempenho da gestão dos Hospitais Públicos.

o Reforçar e reorganizar as funções de regulação do Estado, nomeadamente, concentrando na Direcção Geral da Saúde a definição e a regulação das políti-cas de saúde pública;

o Criar, a partir da reorganização de serviços já exis-tentes, uma Agência de Avaliação de Inovação Tec-nológica, dependente do Ministério da Saúde, refor-çando as capacidades do INFARMED.

o Introduzir modelos focados e seleccionados de liber-dade de escolha em determinadas áreas e em deter-minados serviços, nomeadamente e de forma priori-tária nos cuidados primários. Os cidadãos deverão ter liberdade de escolha do seu médico de Medicina Geral e Familiar;

o Reforçar a transparência da informação em todo o sistema através da promoção do acesso dos cida-dãos à informação sobre a qualidade dos vários prestadores;

o Aumentar a sensibilização dos cidadãos aos custos dos cuidados de saúde através da introdução da “factura virtual”.

Política do MedicamentoAs nossas propostas nesta área são:

• Controlar a utilização dos medicamentos agindo so-bre a prescrição, dando prioridade ao desenvolvi-mento de guidelines terapêuticas no mercado hos-pitalar e de ambulatório, apoiadas em bases sólidas de farmacologia clínica;

• Garantir o acesso e a equidade aos cidadãos, atra-vés do aperfeiçoamento do sistema de preços e Revisão do Sistema de Comparticipação de Medica-mentos.

• Aumentar o consumo de medicamentos genéricos e da prescrição por DCI.

• Fazer com que o médico prescritor apenas possa impedir a substituição do medicamento prescrito por DCI por outro incluído no mesmo grupo homogéneo, quando se destine a tratamento prolongado e ou a patologias crónicas.

• Aquisição e distribuição centralizadas de medica-mentos no SNS.

• Combater ineficiência e o desperdício, adequando a quantidade de medicamentos dispensados ao pe-ríodo de tratamento, quer em terapêuticas de curta duração para doentes após alta hospitalar, quer atra-vés da implementação de dispensa em dose unitária (terapêutica individualizada).

• Efectivar a desmaterialização da receita médica.

ToxicodependênciaEm matéria de toxicodependência, desenvolveremos uma política assente na prevenção e na dissuasão do consumo de drogas, promovendo também o tratamento, a redução de riscos e danos e a formação e reinserção profissional dos toxicodependentes.

Impulsionar uma Nova Política para a Cultura e para o Desporto

Cultura

Desafio da MudançaPatrimónioInvestir no Património, seja a nível das obras públicas e políticas urbanas, criando melhor habitação e melhores

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cidades, seja a nível do emprego, contribuindo para qualifi-cação pessoal e laboral, através de formação profissional es-pecífica, seja pelas suas implicações no mercado do turismo.

Teatros Nacionais/ Entidades Públicas EmpresariaisRestaurar a identidade cultural e o prestígio dos Teatros Nacionais, debilitados por políticas erráticas e irracionais. Como tal, impõe-se:

• Definir contratos-programa para estas entidades, aprofundando a sua dimensão de serviço público.

• Estabelecer e precisar as missões e objectivos cultu-rais dos organismos.

• Promover o trabalho em rede, incentivando a participa-ção nas plataformas internacionais de criação artística.

Livro e Rede de BibliotecasCompletar a Rede Nacional de Bibliotecas iniciada em 1986 no X Governo Constitucional, dotando-a dos instru-mentos adequados ao cumprimento dos contratos-pro-grama estabelecidos com as Autarquias

Integração e MulticulturalidadeParticular atenção deve ser dedicada às outras culturas presentes no espaço nacional, numa perspectiva não só multicultural, mas de relacionamento intercultural e cria-tividade transcultural. Neste sentido, a política cultural deverá ser um factor de integração, dando visibilidade à cultura das comunidades imigrantes e contribuindo para a sua inserção na vida nacional.

EducaçãoO PSD entende que um dos eixos centrais na política cul-tural deverá ser o da criação de novos públicos para a cultura, o que será facilitado pela articulação com o sis-tema educativo.

TransparênciaOs organismos da Cultura deverão adoptar uma postura de total transparência em relação à sua actividade, dis-ponibilizando em permanência os indicadores estatísti-cos provenientes dos seus serviços,.

MecenatoDeverão desenvolver-se procedimentos que permitam o alargamento do Mecenato para lá da rede das grandes empresas e na sua extensão financeira e geográfica a todo o País.

Economia CriativaEntre as preocupações do Estado devem contar-se as que se relacionam com a da protecção das obras de au-tores portugueses contra a pirataria, a da urgência de uma lei da cópia privada e a das condições para o au-mento do investimento privado.

Desporto

São objectivos do PSD:

• Incrementar a prática desportiva, quer em termos de número de praticantes como de frequência, contribuin-do para uma população portuguesa mais saudável;

• Melhorar a acessibilidade e aumentar em especial a participação desportiva por parte de portadores de deficiências, crianças e jovens, praticantes seniores, imigrantes promovendo a sua Inclusão;

• Promover uma acção concertada entre os movimen-tos associativos (clubes, associações e federações), agentes desportivos (praticantes, dirigentes, técnicos, juízes e árbitros) e entidades públicas (Administração Central, autarquias e escolas, entre outros);

• Actuar de forma mais interventiva, erradicando a violência, vandalismo, dopagem, intolerância, racis-mo e xenofobia.

• Efectivar um Programa que fomente a prática despor-tiva contínua ao longo da vida;

• Apostar num projecto de identificação e desenvolvi-mento de Talentos no âmbito dos Programas de Pre-paração Olímpica e Paralímpica;

• Ajustar os estatutos de acesso ao alto rendimento, compa-tibilizando-os com a formação escolar dos seus atletas;

• Promover o Mecenato Desportivo e abrangê-lo no âmbito do Estatuto do Mecenato;

• Profissionalizar os agentes desportivos e qualifi-cá-los através de um Plano Nacional de Formação em parceria com as Universidades, mas também in-ternamente nas Federações;

• Avaliar e redefinir os critérios de apoio públicos, ten-do em conta o contexto macroeconómico e novos critérios de integração no estatuto de alto rendimento e a sua conciliação com outros financiamentos das federações e comités olímpicos:

o Assegurar a requalificação e melhoria das infra-es-truturas e materiais de apoio à prática desportiva e modernizar o Centro de Alto Rendimento do Jamor, assim como alterar o seu modelo de gestão

o Alterar o modelo de gestão do serviço público de me-dicina desportiva, privilegiando a instalação de uni-dades médicas e de controlo de treino nos Centros de Alto Rendimento

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5. POLÍTICA EXTERNA AO SERVIÇO DO DESENVOLVIMENTO

Uma política diferenciadora ao serviço da recuperação da credibilidade externa do País, dos objectivos de desenvolvimento e de afirmação de Portugal no mundo

1. Reforçar a Diplomacia EconómicaNeste âmbito, um governo liderado pelo PSD irá executar as seguintes medidas:

• Contribuir para reforçar a internacionalização e a competitividade das empresas, assegurando uma acção coordenada com as estruturas empresariais privadas com presença nos mercados externos.

• Facilitar a vida burocrática das empresas portu-guesas que actuam no exterior e a dos investidores estrangeiros em Portugal. Para o efeito, devem ser facilitados os processos de concessão e obtenção de vistos de entrada e de permanência dos colabo-radores estrangeiros das empresas portuguesas e a reciprocidade de tratamento nos demais países.

• Criar um modelo de Conselheiros de Comércio Externo de Portugal no estrangeiro, constituído por personalidades de reputação e disponíveis para apoiar Portugal de forma pro bono no seu relaciona-mento económico externo, nomeadamente na cap-tação de investimento, na promoção dos produtos, bens e investimentos portugueses no exterior.

• Intervir no sentido de eliminar os casos de dupla tri-butação que ainda se verificam.

• Estimular as grandes empresas portuguesas, com capitais públicos ou totalmente privadas, através de vários mecanismos, a definir e implementar planos de acção de envolvimento das PME portuguesas na sua acção internacional ou de internacionalização.

• Promover a “Marca Portugal” enquanto símbolo de qualidade, bem como as marcas e o bom nome das empresas portuguesas no estrangeiro.

• Integrar melhor as comunidades portuguesas no processo de internacionalização da economia portu-guesa através do networking activo com esforços

nacionais, suportado por bases de dados especia-lizadas, fomentando e reforçando parcerias entre empresas e empresários portugueses residentes e não residentes,

• Apoiar as redes empresariais entre empresários dos vários países de expressão portuguesa.

• Realizar acções de atracção para Portugal de em-preendedores e empresários portugueses residen-tes no estrangeiro, através da sua integração em pro-gramas de apoio ao empreendedorismo.

• Promover a acção de câmaras de comércio portu-guesas e outras estruturas empresariais nos paí-ses de residência e a sua articulação com os orga-nismos de promoção económica portuguesa.

• Reestruturar e substituir o programa Netinvest, cuja acção não é visível, por um programa de eficácia re-conhecida na promoção de parcerias e de negócios efectivos entre empresários de origem portuguesa.

2. Valorizar as Comunidades Portuguesas

e aprofundar o Espaço Lusófono

• Dar prioridade às relações bilaterais e multilaterais no espaço lusófono, bem como nos países na sua vizi-nhança.

• Melhorar a coordenação e eficácia da ajuda exter-na ao desenvolvimento, promover uma política de cooperação estruturante nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste, que deve incluir o desenvolvimento empresarial e um maior en-volvimento das Organizações Não Governamentais de Cooperação para o Desenvolvimento.

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• Definir estratégias concretas para o relacionamento com cada um destes países, com especial destaque para o Brasil.

• Apoiar a Promoção de linhas de crédito e seguros que permitam às empresas portuguesas aproveitar o seu elevado potencial e competitividade nestes paí-ses. (é o caso da COSEC)

Modernizar a Eficácia da Prestação de Serviços Pú-blicos

• Desburocratizar os procedimentos administra-tivos e simplificar os actos consulares, por forma a facilitar a vida do cidadão residente no estrangeiro.

• Montar um verdadeiro Consulado Virtual, por for-ma a estabelecer uma prestação de serviços indi-vidualizada e de elevada conveniência com os re-sidentes nos estrangeiro, tirando partido das novas tecnologias de informação.

• Dar especial atenção à melhoria da emissão do car-tão do cidadão e de passaportes electrónicos e aos documentos mais solicitados pelos portugueses residentes no estrangeiro.

• Colocar o Portal do Cidadão ao serviço dos portu-gueses residentes no estrangeiro, desenvolvendo novas soluções de governação electrónica para os servir melhor. Os portugueses residentes no estran-geiro devem ter um tratamento o mais igual possível em termos de qualidade de serviço e de direitos rela-tivamente aos residentes em território nacional, salva-guardando e satisfazendo as suas especificidades.

• Dar um grande enfoque à melhoria do atendimento consular.

Promover a Participação Cívica e Política• Promover o recenseamento eleitoral automático

dos portugueses residentes no estrangeiro. A médio prazo, deveremos estar em condições de promover a introdução do voto electrónico.

• Desenvolver acções de formação para dirigentes de associações portuguesas no estrangeiro.

• Promover a maior inserção política dos portugue-ses nos países de residência, através da sua parti-cipação eleitoral e em organizações locais.

• Dinamizar o papel do Conselho das Comunidades Portuguesas enquanto órgão consultivo do Governo para as políticas de emigração e comunidades por-tuguesas.

• Promover parcerias formais entre as associações e o Governo bem como acções de informação e de recenseamento eleitoral pelos consulados nas as-

sociações.

Valorizar a Cultura e a Língua Portuguesas• Incentivar a inclusão de programação moderna nos

canais televisivos vocacionados para a emigração e comunidades lusófonas.

• Promover a modernização dos conteúdos escola-res e didácticos disponíveis para o ensino do portu-guês no estrangeiro, através das novas tecnologias de informação e de telecomunicação.

• Fomentar uma maior aproximação do Instituto Ca-mões às Comunidades Portuguesas.

• Promovera inserção da língua e cultura portuguesas nos programas curriculares dos países de resi-dência.

• Promover novas formas de apoiar o ensino do portu-guês como língua materna.

Valorizar e Fomentar a Ligação às Comunidades Por-tuguesas

• Desenvolver um programa de intercâmbio de es-tágios entre os jovens estudantes universitários portugueses residentes em diversos países, em coo-peração com as universidades portuguesas.

• Informar e envolver a juventude das comunidades portuguesas nas actividades organizadas de juven-tude existentes em Portugal.

• Estimular uma melhor integração das comunidades portuguesas nos países de residência.

• Apoiar o associativismo como instrumento de parti-cipação social, cívica e cultural e de solidariedade.

3. Evoluir nas Relações Bilaterais e Multilaterais

Salientam-se quatro áreas de evolução para as relações bilaterais e multilaterais.

i. Relação Euro-Atlântica• Defender a dimensão histórica de Portugal como País

euro-atlântico e da sua correlativa inserção nos siste-mas colectivos de defesa desse espaço;

• Dinamizar a relação estratégica com os Estados Uni-dos;

• Assumir e manifestar aos nossos parceiros da NATO/ OTAN, uma participação mais activa na estrutura da Aliança Atlântica;

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• Robustecer a relação euro-atlântica.

ii. Integração Europeia• Assegurar a participação de Portugal na linha da

frente da construção Europeia e que os princípios da coesão e da solidariedade entre Estados-membros sejam espelhados nas políticas comunitárias.

• Contribuir para a implementação da Estratégia Euro-pa 2020 e o aprofundamento da integração nas áreas do mercado interno, com destaque para o mercado da energia.

• Restaurar a credibilidade e a reputação de Portugal no quadro europeu.

• Promover um maior envolvimento de Portugal no combate ao crime transnacional.

• Assumir-se como pivot de alianças privilegiadas com regiões marcadas pela Lusofonia.

• Ter um papel mais interventivo na Política Marítima Europeia.

iii. Novos Parceiros• Desenvolver parcerias estratégicas com a China e

com a Índia,

• Implementar novas parcerias com o Magrebe e o

Médio-Oriente, sempre numa perspectiva política e económica integrada.

iv. Contribuir para o Multilateralismo• Cumprir o mandato de Portugal no Conselho de Se-

gurança nas Nações Unidas, reforçando a imagem do país como um Estado empenhado na paz e na resolução dos conflitos internacionais;

• Preparar a candidatura de Portugal ao Conselho de Direitos Humanos 2014-17;

• Promover o recrutamento de portugueses para ins-tituições internacionais e conceder apoio aos que já exercem cargos nessas organizações;

• Valorizar o multilateralismo baseado na cultura, como plataforma para a internacionalização das empresas e comunidades lusas.

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