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CAPÍTULO 1 Responsabilidades penal e disciplinar dos componentes da guarda militar ARTIGO I Introdução Ao 1° Batalhão de Polícia de Guarda (1° BPGd), subordinado ao Comando de Policiamento da Capital, cabe executar os serviços de segurança externa dos Presídios e Estabelecimentos Penais de maiores e menores da Capital, competindo-lhe o planejamento, comando, execução e fiscalização do emprego operacional da Unidade, de acordo com planos e ordens do escalão superior. Tamanha é a responsabilidade relativa à segurança externa de presídios, que as autoridades estaduais atribuíram essa missão, como função específica, à Polícia Militar, visto esta dispensar maior dedicação ao cumprimento do dever, consideradas a estrutura da Corporação e a severidade da disciplina. ARTIGO II A fuga e a pena O Código Penal não comina pena ao preso que foge. Considera que o anseio à liberdade é irreprimível e instintivo no homem. Conseqüentemente, não sufragou a idéia de querer abafá-lo com a ameaça da pena. A fuga de preso constitui delito, somente quando ele se evade praticando violência à pessoa (Art. 352 CP).Embora condescendendo com a simples fuga, a lei não permite que outros, não impelidos pelo incoercível impulso de liberdade, contribuam para que sejam frustradas as decisões judiciárias e as imposições legais, com inegável menosprezo e desprestígio à ordem constituída. De acordo com o Art. 351, comete crime quem promove ou facilita a fuga de preso ou de pessoa submetida à medida de segurança. O agente ou sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que imputável. Nada impede a co-autoria que, entretanto, não abrange a pessoa do preso ou detento. Promove a fuga quem diligencia e prepara a evasão, tornando-a exeqüível. Prescinde o agente até da ciência do preso ou detento. Facilita-a quem auxilia na fuga, afastando os óbices existentes, cooperando e colaborando para o evento. Na promoção, a iniciativa, plano e

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CAPTULO 1Responsabilidades penal e disciplinar dos componentes da guarda militarARTIGO IIntroduoAo 1 Batalho de Polcia de Guarda (1 BPGd), subordinado ao Comando de Policiamento da Capital, cabe executar os servios de segurana externa dos Presdios e Estabelecimentos Penais de maiores e menores da Capital, competindo-lhe o planejamento, comando, execuo e fiscalizao do emprego operacional da Unidade, de acordo com planos e ordens do escalo superior. Tamanha a responsabilidade relativa segurana externa de presdios, que as autoridades estaduais atriburam essa misso, como funo especfica, Polcia Militar, visto esta dispensar maior dedicao ao cumprimento do dever, consideradas a estrutura da Corporao e a severidade da disciplina.ARTIGO II A fuga e a penaO Cdigo Penal no comina pena ao preso que foge. Considera que o anseio liberdade irreprimvel e instintivo no homem. Conseqentemente, no sufragou a idia de querer abaf-lo com a ameaa da pena. A fuga de preso constitui delito, somente quando ele se evade praticando violncia pessoa (Art. 352 CP).Embora condescendendo com a simples fuga, a lei no permite que outros, no impelidos pelo incoercvel impulso de liberdade, contribuam para que sejam frustradas as decises judicirias e as imposies legais, com inegvel menosprezo e desprestgio ordem constituda.De acordo com o Art. 351, comete crime quem promove ou facilita a fuga de preso ou de pessoa submetida medida de segurana. O agente ou sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que imputvel. Nada impede a co-autoria que, entretanto, no abrange a pessoa do preso ou detento. Promove a fuga quem diligencia e prepara a evaso, tornando-a exeqvel. Prescinde o agente at da cincia do preso ou detento. Facilita-a quem auxilia na fuga, afastando os bices existentes, cooperando e colaborando para o evento. Na promoo, a iniciativa, plano e providncias so do agente; no auxlio, ele secunda o preso ou detento, quer fornecendo-lhe instrumentos de fuga, quer instruindo-o a respeito.A promoo ou auxlio objetivam a fuga, que consiste na subtrao da pessoa esfera de guarda ou custdia legtima.A fuga se consuma, quando o preso ou detento se encontra livre, quando j saiu daquela rbita de vigilncia, mesmo que precariamente. E no somente dos estabelecimentos carcerrios pode efetivar-se a fuga: esta tambm ocorre, por exemplo, quando o preso ou detento se evade da viatura que o transporta.Consuma-se o crime com a fuga efetivada, que ocorre quando o preso ou detento j transps os limites da esfera de sua guarda ou vigilncia, ainda que logo depois seja recapturado. Enquanto aquela no se d, no se pode cogitar de promoo ou auxlio fuga, por parte do agente. admissvel a tentativa, sempre que no se consumar a fuga. Por exemplo, o preso detido no momento em que tenta galgar ou escalar o muro da priso em que se encontra.O 3 do artigo 351 do C. P. tem em considerao a violao do dever funcional. natural que se crime promover ou auxiliar a fuga de um sentenciado ou detento, maior deve ser a punio quando o fato for praticado por quem responsvel por sua vigilncia.J o 4 do mesmo artigo ocupa-se da forma culposa, visando ao funcionrio encarregado da custdia ou guarda. Trata-se de crime especial e que ocorre mesmo na hiptese em que a fuga executada pelo preso ou detento, sem que terceiros a promovam ou a facilitem. entretanto, necessria a fuga, quer por iniciativa do prprio evadido, quer de outrem com a concomitncia da culpa do funcionrio. Caso no haja fuga o comportamento culposo do agente poder constituir outro delito, como ficar sujeito, a prescries disciplinares ou ser penalmente indiferente.ARTIGO IIICompetncia para julgamento dos Crimes MilitaresO S.T.F. em acrdo, no habeas-corpus n 47111, de que foi relator o Ministro Barros Monteiro, adotou tese de grande interesse para a Justia Militar. A Alta Corte salientou no julgado, que milicianos da Polcia Militar, em servio de Guarda do Instituto de Reeducao de Trememb, responsveis por fuga de preso (reeducandos) que ali se encontravam, deviam responder pelo fato perante a Justia Militar do Estado e no perante a Justia Comum. No caso, consoante salientou a Corte, os policiais estavam sujeitos s autoridades militares e exerciam funes militares, razo por que no tinha aplicao a Smula 297. (Segundo essa Smula, o policial militar em servio de policiamento no est sujeito s autoridades militares e exercem funes policiais; em conseqncia, o crime inerente ao servio, se cometido, ser comum, estando sujeito Justia Comum e no Justia Militar). Pelo que se depreende, os componentes da G M. podero ser julgados pela Justia Militar do Estado. A matria igualmente tratada pelo Cdigo Penal Militar, que segue mesma linha do Cdigo Penal.Considerando ainda as guardas Militares como lugares sujeitos administrao militar, aplica-se aos componentes da G.M. o Cdigo Penal Militar nos crimes cometidos em servio, tais como artigo 163 (recusa de obedincia), artigo 195 (abandono de posto), artigo 202 (embriaguez em servio), artigo 203 (dormir em servio), etc. E o Regulamento Disciplinar prev as transgresses Disciplinares que se referem ao servio, capitulando-as na letra b do pargrafo nico do art. 12: CONTRA AS REGRAS E ORDENS DE SERVIOS ESTABELECIDAS NAS LEIS OU REGULAMENTOS OU PRESCRITAS POR AUTORIDADES COMPETENTES e no artigo 13, ns 7, 8, 17, 18, 19, 20, 25, 26 e 59.ARTIGO IV Consideraes geraisExistem certas transgresses disciplinares que devem ser reprimidas com rigor para que seja possvel manter um nvel razovel de segurana: so, entre outras, as seguintes:desviar a ateno para qualquer assunto audiovisual;dormir no posto;abandonar o posto. preciso ter em mente que o preso s tentar fuga aps estudar devidamente a sentinela e certificar-se de que pode contar com a omisso da mesma na ocasio da transposio da muralha, conseqncia da sua desateno e negligncia. E a sentinela s estar atenta se estiver acordada (no dormindo) e com a ateno voltada para o interior do presdio e certa de que o rondante constantemente a est fiscalizando.Citam-se a seguir alguns dispositivos legais referentes ao assunto:a. CDIGO PENAL (Decreto-lei 2.848, de 7-XII-1940)PARTE ESPECIALCaptulo III - Dos crimes contra a administrao da JustiaArt. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurana detentiva:Pena - Deteno de seis meses a dois anos. 1 - Se o crime praticado a mo armada, ou por mais de uma pessoa mediante arrombamento, a pena de recluso, de dois a seis anos. 2 - Se h emprego de violncia contra a pessoa, aplica-se tambm a pena correspondente a violncia. 3 - A pena de recluso, de um a quatro anos, se o crime praticado por pessoa sob cuja custdia ou guarda est o preso ou o internado. 4 - No caso de culpa de funcionrio incumbido da custdia ou guarda, aplica-se a pena de deteno, de trs meses a um ano, ou multa, de mil cruzeiros acinco mil cruzeiros.Ari 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou indivduo submetido a medida de segurana detentiva, usando de violncia contra a pessoa: Pena - Deteno de trs meses a um ano, alm da pena correspondente violncia.b. CDIGO PENAL MILITAR (Decreto-lei 1.001, de 21-X-1969) PARTE ESPECIALTTULO IIDos crimes contra a Autoridade ou Disciplina MilitarCAPTULO VIIIDa fuga, evaso, arrebatamento e amotinamento de presos.Ari 178 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurana detentiva.Pena - Deteno de seis meses a dois anos. 1 - Se o crime praticado a mo armada ou por mais de uma pessoa mediante arrombamento.Pena - Recluso de dois a seis anos. 2 - Se h emprego de violncia contra pessoa, aplica-se tambm a pena correspondente violncia. 3 - Se o crime praticado por pessoa sob cuja guarda, custdia ou conduo est o preso ou internado.Pena - Recluso, at quatro anos.Ait 179 - Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente presa confiada sua guarda ou conduo.Pena - Deteno de trs meses a um ano.Art. 180 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou internado usando de violncia contra a pessoa.Pena - Deteno de um a dois anos, alm da correspondente violncia 1 - Se a evaso ou tentativa ocorre mediante arrombamento da priso militar.Pena - Deteno de seis meses a um ano. 2 - Se do fato sucede desero, aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes. CAPTULO 2 Riscos ou aes que podem ameaar o funcionamento normal de um presdioARTIGO VIntroduoO planejamento da segurana externa de um Presdio comea pelo meticuloso estudo relativo aos tipos e amplitude dos problemas que possam pr em risco o pessoal (componentes da G.M., funcionrios civis, sentenciados, visitantes), s instalaes e vida interna desse Estabelecimento Penal.ARTIGO VI DesenvolvimentoUm mtodo freqentemente usado na soluo desses problemas, consiste em examinar a situao procurando as respostas para os quesitos: QUE, QUANDO, ONDE, PORQUE e QUEM. As respostas devem, naturalmente, ser condicionadas a cada presdio em estudo, sua localizao e s condies prevalentes. Determinadas respostas so geralmente aplicveis maioria dos estabelecimentos penais.Analisemos o primeiro quesito: QUEa. QUE RISCOS OU AES PODERO AMEAAR O FUNCIONAMENTO NORMAL DE UM PRESDIO? So:tentativa de fuga de um ou mais sentenciados;fuga de um ou mais sentenciados;levante ou motim;incndio;ao externa de uma ou mais pessoa para propiciar ou facilitar fuga de preso;ao externa de uma ou mais pessoa contra as instalaes, ou pessoal de servio;ao interna (subverso, espionagem, sabotagem fsica ou psicolgica, atividades terroristas);incidentes naturais (incndios no provocados, curtos-circuitos, por exemplo) devido a erro humano ou falta de cuidado.CAPTULO 3Incidentes involuntrios, propositais e outros riscosARTIGO VII Incidentes involuntriosInvoluntrios, so os incidentes que independem da vontade humana, tais como: acidentes, incndios, exploses de munio e falhas no fornecimento de energia eltrica que podem provocar situaes de emergncia e afetar a eficincia da vigilncia. Esses incidentes resultam de negligncia, imprudncia ou impercia, falta de treinamento, manuteno defeituosa.O intento deliberado, por parte de qualquer pessoa ou grupo, no concorre para tais incidentes, sendo eles perfeitamente evitveis. Mtodos positivos de prevenes podem reduzi-los ou elimin-los.ARTIGO VIII Incidentes propositaisSo propositais, os incidentes causados deliberadamente por pessoas ou grupos, cujos interesses so hostis ao da Direo do Presdio ou Comando da G.M. Os incidentes podem ser planejados de modo a simularem ocorrncias naturais, tais como, incndios. Se aquele que provoca o incndio, tiver xito em disfarar a ao deliberada, sua identidade permanecer obscura e ele estar livre para atacar novamente (a suspeita no foi suscitada, tendo executado com xito sua misso). Incidentes, assim disfarados, so de difcil soluo.Todo incidente, intencional ou no, merece profunda investigao para verificao de todos os fatores contribuintes. Os dados coligidos oferecem orientao quanto s exigncias de segurana, mediante cuidadosa anlise e avaliao.ARTIGO IX Outros riscosMuitos outros riscos enquadram-se no grupo intencional. Para os objetivos de maior importncia, nos instrumentos usados incluem-se espionagem, infiltrao e subverso (devero ser objeto de palestras). CAPTULO 4 SabotagensARTIGO X A Sabotagem Psicolgica um mtodo que objetiva incitar e transformar problemas, conflitos pessoais e animosidade em descontentamento geral: operao tartaruga, anonimato de rebeldia e boicote. Ela pode ser o instrumento para induzir executantes produo de trabalho inferior ou estragos; a criar problemas entre comandantes e comandados.Numa escala maior, os meios psicolgicos so empregados para investigar falsos problemas polticos, sociais ou ocorrncias e para disseminar propaganda inflamatria, visando causar descontentamento, criar tenses emocionais e diminuir o moral e apoio pblicos ao governo e seus rgos representativosOs meios empregados so os mais diversos: meias verdades ou grandes mentiras; insinuaes ou alegaes vagos a respeito do carter de uma pessoa; lanamento de dvidas sobre a integridade, sinceridade, competncia ou relaes de um chefe; rumores que, iniciados, podem difundir a intranqilidade geral.Os boatos, juntamente com outros indcios, constituem importante indicao de aumento de tenses e da deteriorao do clima emocional numa rea. Cuidadosa coleta e anlise de tais informaes podem fornecer valiosa orientao quanto s necessidades de controle.ARTIGO Xl Sabotagem FsicaA sabotagem fsica pode ser agrupada em duas categorias genricas:Atos dissimulados ou secretos que so disfarados com a aparncia de conseqentes erros ou imprudncia, para os quais so envidados esforos no sentido de ocultar a ao do agente e a noo de que o ato foi deliberado.Atos ostensivos e no disfarados que so imediatamente reconhecidos como sabotagem.Entre os primeiros, temos: incndio causado por combusto espontnea, instalao errnea de circuitos eltricos; entre os segundos, temos por exemplo: o corte de fios eltricos sem qualquer esforo para ocultar o fato. No servio da Guarda Militar, encontramos no muito raramente cartuchos sem plvora e cheios de areia. J houve casos de sirene de alarme no funcionar, no exerccio de treinamento, em virtude de encontrar-se com trava de madeira impedindo qualquermovimentoARTIGO XII Investigao de AcidentesA investigao uma pesquisa sistemtica da verdade relativa a um assunto. Investigar pesquisar mediante paciente averiguao e exame dos fatos. O propsito da investigao verificar o que aconteceu, como sucedeu e porque ocorreu. Destina-se, pois, a estabelecer um relato completo dos eventos que culminaram com o incidente, a hora de cada um e todas as circunstncias contribuintes.As partes necessrias da informao incluem a identidade de todas as pessoas envolvidas; a posio e o movimento de cada uma, e os motivos que nortearam suas aes. As caractersticas fsicas do local e as relaes de cada um com os eventos transpirados, devem ser descobertos e detalhadamente descritos e os resultados dos incidentes e efeitos precisa e cabalmente estabelecidos.A investigao objetiva, principalmente, determinar os meios e os processos de salvaguarda que devam ser aplicados para prevenir futuras ocorrncias de incidentes semelhantes. A perfeita identificao de todos os fatores contribuintes aponta o meio de controlar ou eliminar um ou mais deles, para reduzir a possibilidade de ocorrncias e resultados indesejados.Os tipos de incidentes que exigem investigao so numerosos e variados. Em resumo, toda ocorrncia no contemplada e no projetada deve ser investigada. CAPITULO 5 Situaes de emergncia num presdioARTIGO XIII OcorrnciasExistem certas ocorrncias peculiares em um presdio que provocam medidas especiais, desde o incio ao trmino. Havendo, em certos casos, necessidade da interveno do prprio Governador.So situaes de emergncias em um presdio:TENTATIVA DE FUGA: Acontece quando o preso ou presos, com ou sem meios, chegam at a muralha e a ultrapassam ou no, sem conseguir, todavia, sair das vistas da Guarda externa.FUGA: Quando o preso ou presos, com ou sem meios, chegam at a muralha e a ultrapassam conseguindo sair das vistas da Guarda externa. Escapar da esfera da vigilncia, eis a caracterstica de uma fuga. A recaptura poder ocorrer posteriormente, minutos, horas, dias, meses, ou at anos aps; mas nem que seja por um instante, o agente ficou fora dos limites perimetrais do estabelecimento penal, sem vigilncia de funcionrios civis ou da Polcia Militar.LEVANTE OU MOTIM: Diz o Cdigo Penal: Art. 354 - amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da priso. Pena - deteno de seis meses a dois anos, alm da pena correspondente violncia.O verbo amotinar o empregado pela lei. Designa o levante, o movimento coletivo de rebeldia, desordem e indisciplina obediente a um fim comum, que indiferentemente pode ser justo ou injusto; reao contra punies impostas; contra determinao regulamentar; meio de obrigar funcionrio a praticar outro ato, para facilitar a fuga, etc.A rebelio h de ser de presos, isto , reunio deles; um, jamais constituir motim. Por conseguinte, se um preso se alia a funcionrios em movimento de rebeldia, no haver motim.Consuma-se o crime, quando a ordem ou a disciplina forem transgredidas, com os primeiros atos de motim, pouco importando a permanncia da perturbao. Esta deve traduzir-se em violncia pessoa ou coisa. O no acatamento de uma determinao, a assuada, a vaia, etc., so transgresses disciplinares, no, porm, motim. mister a prtica de violncia fsica contra funcionrios, componentes da G. M., etc. ou depredaes. Ocorrendo a violncia pessoa, h concurso de crimes (motim mais violncia).INCNDIO: O incndio pode ser acidental ou provocado geralmente e o provocado que causa maiores problemas, colocando a administrao do presdio e o Cmt da G.M. em dificuldades, visto a srie de providncias a serem tomadas: debelar o fogo, salvar vidas, e maior vigilncia, a fim de evitar seja aproveitada a situao para a fuga, etc. de supor-se, ainda, que o incndio quase sempreacontece juntamente com o levante, o que gera maiores problemas.e. AO EXTERNA: Pode ser de dois tipos: uma destinada a propiciar ou facilitar a fuga de presos; outra dirigida contra as instalaes ou pessoal do presdio.1) Ambas as aes devem ser consideradas perigosas. E para combater qualquer dos tipos de ao externa, os componentes da G.M. devem estar sempre bem treinados e instrudos, o que os deixa em condies ideais de agir de imediato em caso concreto.ARTIGO XIV Concluso35. Existindo uma razovel segurana externa em um presdio e uma certa tranqilidade no seu interior, dificilmente a Guarda externa chamada par a agir em ocorrncias de grande envergadura . Entretanto, devemos estar preparados para enfrentar qualquer situao mediante treinamento adequado e instruo suficiente, cientes de que pessoas ou grupos que estejam planejando as atividades ilegais tem a vantagem de escolher a hora e local, mtodos e as condies mais favorveis ao seu intento. CAPTULO 6Servios executados pela Polcia Militar em presdios - Legislao vigente referente ao policiamento em presdiosARTIGO XVIntroduoDesde h muito tempo, a Polcia Militar do Estado de So Paulo presta servios na segurana externa de cadeias pblicas e estabelecimentos penais do Estado. Alguns presdios, como por exemplo, a Penitenciaria do Estado, tem sua histria ligada Fora Pblica e Polcia Militar.At 1962 entretanto no havia uma Unidade especializada de presdios, quando ento foi criado, pela Lei 7.184, de 19-X-1962, o 15 B P (posteriormente o 1 BPGd), para esse mister, cujos atribuies foram fixadas pelo Decreto 41.373, de 4-I-1963. Essa Unidade passou disposio da Secretaria da Justia para a execuo dos servios de Guarda externa de presdios e escolta de presos em trabalho.ARTIGO XVIServios Executados pela Polcia Militar em PresdiosNa segurana externa dos presdios 3 (trs) servios so executados pela Polcia Militar: GUARDA MILITAR, ESCOLTA DE PRESOS EM TRABALHO e ESCOLTA DE PRESOS EM TRNSITO.Considera-se Guarda Militar ou Guarda Externa de Presdios a linha de segurana que se faz em volta dos estabelecimentos penais para evitar tentativas de fuga; evaso em massa, provocada por tumultos ou incndios; assim como a ao desencadeada em caso de tumulto ou revolta de qualquer espcie ou proporo, com ou sem auxlio de outras Unidades da Corporao. Tem-se em vista, ainda na Guarda Militar, evitar a atuao de elementos de fora do presdio em pequeno ou grande nmero, inclusive interferncia de elementos subversivos;Considera-se escolta de presos em trabalho, aquela feita nas Penitencirias do Estado, dos presos nos diversos servios fora da linha de segurana da Guarda Militar, especialmente no Parque Agrcola, dentro do programa de laborterapia, em virtude de serem eles escoltados por tropa armada, a fim de garantir sua permanncia no crcere, uma vez que se encontram em um estgio da pena que no permite a sua utilizao em priso aberta;Considera-se escolta de presos em trnsito fora dos presdios, aquela que se faz conduzindo-os ao Frum Criminal ou Varas Distritais para atender requisies do Juiz; a que se realiza na conduo de presos a hospitais, destinados a exames especializados e a referente a presos em velrio de parentes.ARTIGO XVIILegislao referente ao policiamento em presdios39. a seguinte, a legislao que disciplina a matria:O Decreto-lei 667, de 2-VII-1969, modificado pelo Decreto-lei 1.072, de 30- XII-1969, que reorganiza as Polcias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territrios e do Distrito Federal e d outras providncias, diz no art. 3, letra a:Executar com exclusividade, ressalvadas as misses peculiares das Foras Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pelas autoridades policiais competentes, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manuteno da ordem pblica e o exerccio dos poderes constitudos.Regulamento para as Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares (R 200), diz no art. 29, n 13:Policiamento Ostensivo Ao policial em cujo emprego o homem ou frao de tropa engajados sejam identificados de relance quer pela farda quer pelo equipamento, armamento, ou viatura.So considerados tipos desse policiamento a cargo das Polcias Militares, ressalvadas as misses peculiares das Foras Armadas, os seguintesde segurana externa dos estabelecimentos penais do Estadooutros, fixados em legislao da Unidade Federativa.Lei Orgnica da Polcia (Lei 1.0123, de 27-V-1968), que, pelo art. 9, IV, cabe Polcia Militar a guarda externa dos estabelecimentos Penais;Decreto Estadual 7.290, de 15-XII-1975, cujo teor o seguinte:PAULO EGYDIO MARTINS, GOVERNADOR DO ESTADO DE SO PAULO, no uso de suas atribuies legais, Decreta:Artigo 1 - Fica aprovado o Regulamento Geral da Policia Militar do Estado de So Paulo, que com este baixa.Artigo 2 - Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogados os Decretos 49.583, de 20 de junho de 1968; 52.332, de 22 de dezembro de 1969 e 4.039 de 22 de julho de 1974, e as demais disposies em contrrio. Palcio dos Bandeirantes, 15 de dezembro de 1975. PAULO EGYDIO MARTINSAntnio Erasmo Dias, Secretrio da Segurana Pblica.Publicado na Casa Civil, aos 15 de dezembro de 1975.Maria Anglica Galiazzi , Diretora da Diviso de atos do Governador. REGULAMENTO GERAL DA POLCIA MILITARCAPTULO I Disposies GeraisArtigo 1 - A Polcia Militar cumpre as misses que lhe so atribudas pela legislao federal e estadual, atravs dos rgos de Direo, Apoio e Execuo.Artigo 2 - O Comandante Geral (Cmt G) o responsvel superior pela atuao da Polcia Militar.Artigo 3 - A disciplina e a hierarquia constituem a base da organizao da Polcia MilitarArtigo 4 - A cadeia de comando se caracteriza pelo escalonamento vertical dos rgos, a partir do Comandante Geral at o Subdestacamento Policial Militar (Subdest PM).Artigo 5 - Todas as ordens do rgo superior a outro subordinado devam ser dadas pelo comandante superior ao comandante imediatamente subordinado. A cadeia de comando s no ser observada em situaes de emergncia.Artigo 6 - As ordens so baixadas para o nvel imediatamente inferior da cadeia de comando. Cabe a quem receb-las difundi-las entre seus rgos subordinados.Artigo 7 - O Comando (Cmdo) constitudo pelo Comandante Geral (Cmt G) e seu Estado Maior (EM) Artigo 89 - O Batalho de Polcia de Guarda (1 BPGd), subordinado ao Comando de Policiamento da Capital, o rgo responsvel pela segurana externa dos presdios e estabelecimentos penais de maiores e menores da Capital, competindo-lhe o planejamento, comando, execuo e fiscalizao do emprego operacional da Unidade, de acordo com planos e ordens do escalo superior e. Decreto 41.373, de 4-I-1963, que estabelece as atribuies do 15 Batalho Policial da Fora Pblica, criado pela Lei 7.184, de 18-X-1962 e d outras providncias, cujo teor o seguinte:CARLOS ALBERTO ALVES DE CARVALHO PINTO GOVERNADOR DO ESTADO DE SO PAULO, usando de suas atribuies legais, Decreta:Artigo 1 - O 15 Batalho Policial (15 BP), disposio da Secretaria daJustia e Negcios do Interior, destina-se guarda externa de presdios e escolta de presos em trabalhoArtigo 2 - O pessoal para o 15 BP ser submetido a provas de seleo e a curso de especializao. 1 - O Departamento dos Institutos Penais do Estado (D.I.P.E.) colaborar com a Diretoria Geral de Instruo da Fora Pblica na organizao e realizao dos cursos. 2 - Satisfeitas todas as exigncias desse curso e aps estgio probatrio de seis meses, os componentes do 15 BP sero efetivados em suas funes. 3 - Uma vez includos definitivamente no efetivo da Unidade, somente sero transferidos:a pedido;por convenincia;a pedido fundamentado do Diretor do D.I.P.E.; e,por necessidade do servio.Artigo 3 - Provisoriamente poder fazer parte do 15 BP pessoal no habilitado pelo curso de especializao desde que aprovados nos exames de seleo.Artigo 4 - A apreciao dos problemas atinentes a atribuies especficas do Batalho caber ao seu Comandante e ao Diretor do D.I.P.E.Pargrafo nico - Cabe ao Comandante do Batalho estabelecer a ligao entre o Comando Geral da Fora Pblica e Diretoria do D.I.P.E.Artigo 5 - Correro por conta da Secretaria da Justia (D.I.P.E.) as despesas com dirias de diligncias, gratificaes, viaturas e imveis, e por verba da Secretaria da Segurana Pblica, as de material e pessoal.Artigo 6 - O 15 BP reger-se-, como Unidade Administrativa da Fora Pblica, pelas leis, decretos, regulamentos, instrues, diretrizes, etc., em vigor na Corporao.Artigo 7 - As sedes do Batalho e de suas Subunidades, ou fraes destas, sero determinadas pelo Comando Geral, de acordo com o Diretor do D.I.P.E., vista da necessidade do servio.Artigo 8 - O efetivo do 15 BP ser determinado pelo decreto de distribuio de efetivos da Fora Pblica.Artigo 9 - Este decreto entrar em vigor na data de sua publicao.Artigo 10 - Revogam-se as disposies em contrrio. Palcio do Governo do Estado de So Paulo, aos 4 de janeiro de 1963.CARLOS ALBERTO ALVES DE CARVALHO PINTO,(D.O. de 5-I-1963) e (item 2 do Bol G n 6, de 9-I-1962).ARTIGO XVIIIConcluso40. Ao contrrio de outros pases onde o mesmo corpo de funcionrios (militar ou civis, fardados ou no) executa os servios no presdio, no Brasil a segurana externa funo da Polcia Militar, enquanto que os funcionrios civis prestam servios no interior do Estabelecimento Penal sob a orientao e superviso do Diretor. O Cmt da G.M. e o Diretor do Presdio so autoridades autnomas, que devem estar estreitamente ligadas para a consecuo do objetivo comum. CAPTULO 7A guarda militar - organiza - postos e setores de vigilncia - rea de segurana- fiscalizao constante - pontos sensveis e vulnerveis -conclusoARTIGO XIXA Guarda Militar a fora de proteo de um Presdio. Os indivduos que a compem so elementos humanos de proteo dos quais dependem o sucesso ou o fracasso da prpria existncia do presdio. Para isso devem estar cientes de suas misses para perfeita consecuo de sua finalidade: a segurana externa dos estabelecimentos penais.ARTIGO XX OrganizaoAinda no temos um regulamento prprio de segurana externa de presdios que dite normas para a organizao das Guardas Militares e prescreva os deveres de cada um dos seus componentes. Em virtude disso, aplicamos para esse tipo de atividade o que dispe o RISG para o servio de dia s Unidades, e em particular, para a Guarda do Quartel, ou seja, do art. 231 ao 264, mutatis mutandis, considerando sempre o seguinte:O Cmt da G. M. exerce as funes de Oficial de Dia em conseqncia, tem os mesmos deveres;O Sargento, auxiliar da G.M., executa as funes de Adjunto (encarregado da documentao e substituto eventual do Cmt da gM) do Sgt de Dia Subunidade e Sgt Cmt da Guarda do Quartel;Dois ou mais rondantes tm, como funes, as do Cmt da Guarda do Quartel;Aos policiais militares competem as misses de Soldados da guarda e sentinelas, tendo, porm, em vista, que, a vigilncia maior, a do interior do presdio (sem dispensar a do exterior), ao contrrio da Guarda do Quartel onde se sobressai a vigilncia externa.O efetivo da G.M. pode ser determinado mediante cuidadosa anlise de todas as exigncias de segurana, variando, assim, em nmero aqum ou alm do efetivo de um peloto.O plano de Segurana e Operaes prev especialmente a diviso das atribuies de cada homem assim como os deveres, dentro da situao especfica de cada presdio.ARTIGO XXI Postos e Setores de VigilnciaConforme foi dito na conceituao de G. M. esta faz um cerco de vigilncia em torno dos presdios. Para isso, de acordo com a situao particular existente, os postos se distribuem em volta do presdio, geralmente sobre as muralhas, nas torres ou guaritas destas, tendo cada posto um setor de vigilncia interna e extrema, onde a sentinela armada, responsvel disciplinar e penalmente por tudo que nele ocorrer. Para dividirmos os setores entre cada posto (com fins de responsabilidade disciplinar e penal), medimos a distncia entre dois mais um tero da metade da distncia. Assim, se um preso fugir por um local que fica estritamente entre dois postos, no est passando por uma terra de ningum (se assim fosse, no haveria responsabilidade), mas sim por um local pertencente aos setores de dois postos.Alm dos postos em volta dos presdios, so previstos outros em lugares sensveis em forma de patrulha a p, ou fixo. Um dos locais onde sempre deve existir um posto, a entrada das G.M. destinado segurana do local, tendo como misso, entre outras, as seguintes:identificar todas as pessoas estranhas ao servio que a ele se dirijam e anotar seus dados em relao para isso destinada;revistar pastas, malas, pacotes de todas as pessoas que entrarem, sejam estranhas ou no ao servio;cuidar dos meios de comunicao, assim como responsabilizar-se pelo seuuso;alertar o pessoal de servio no caso de alarme, especialmente no funcionando o sistema existente;vedar a entrada de todas as pessoas que no tenham motivo para o acesso s Guardas Militares.ARTIGO XXII rea de SeguranaAlm da vigilncia normal feita nas muralhas dos presdios, h ainda a necessidade de uma rea de segurana interna e extrema, junto quelas, de pelo menos trs metros, para melhor viso da sentinela. Serve como campo de tiro em caso de necessidade e para aproximao de reforo (como carro de bombeiros, carro de choque, etc.).Em volta do presdio, na parte exterior, o estacionamento deve ser proibido e, caso seja encontrado qualquer veculo indevidamente estacionado, medidas enrgicas devero ser tomadas imediatamente para evitar que tal veculo seja usado para fuga de presos ou sirva para depsito de bombas, ou outros fins ilcitos. ARTIGO XXIII Fiscalizao ConstanteVrias vezes durante cada turno, o rondante deve inspecionar cada policial militar em seu posto, patrulha ou outra tarefa e certificar-se de que o nvel desejado de segurana est sendo mantido. A qualidade da fiscalizao exercida constitui fator determinante dos meios de execuo individual, moral e eficincia da operao da G.M. Visitas a postos e patrulhas a intervalos irregulares por parte do Comandante ou seu substituto, podem incrementar tanto o moral quanto a execuo. Com essa medida, evita-se que os policiais militares tendam a relaxar a vigilncia desviando sua ateno para o exterior (mulheres que passam), para rdios portteis, livros, quando no cheguem a dormir no posto, propiciando fuga ou outra ocorrncia comprometendo o nvel da segurana exigida.ARTIGO XXIV Pontos Sensveis ou VulnerveisAteno especial da vigilncia deve ser dispensada aos pontos sensveis ou vulnerveis que so aqueles que podero ser danificados, causando problemas segurana ou que, pela construo ou situao apresentam facilidade para acesso ou sada. Os pontos sensveis de um presdio so entre outros, os seguintes:depsito de lixo;gerador de energia eltrica;pontos de entrada para o servio de utilidade, tais como gua ou energia eltrica;caixa d'gua.A segurana deve ser proporcional vulnerabilidade do ponto. Qualquer lugar cuja proteo no atenda completamente s necessidades, propiciar a vulnerabilidade do presdio.ARTIGO XXV ConclusoA G.M. constitui inegavelmente um fator preponderante segurana do presdio. Dela depende o estabelecimento penal para a garantia de seu funcionamento apropriado. Para assegurar maior eficcia e economia na utilizao do potencial humano comensurada com as necessidades de segurana, as exigncias e o emprego da G. M. devem ser cuidadosamente planejados e freqentemente inspecionados.CAPTULO 8Plano de Segurana e Operaes da Guarda MilitarARTIGO XXVI IntroduoO termo emergncia descrito como uma combinao imprevista de circunstncias que exige ao imediata. A definio implica em total ou parcial surpresa, conseqncia de uma situao inesperada. Em sntese no haver justificativa para que uma operao de segurana seja totalmente surpreendida por uma situao de emergncia. Um sistema eficiente de coleta de Informaes, com avaliao correta dos elementos obtidos, evitar o confronto repentino com qualquer combinao de circunstncias inesperadas. O termo EMERGNCIA, pois, no absorve o elemento de extraordinria surpresa, falta de expectativa que normalmente se depreende.ARTIGO XVIIPlano de segurana e operaes da Guarda MilitarPara ser eficiente e enfrentar qualquer emergncia, toda G.M. possui um PLANO DE SEGURANA E OPERAES em que apresentada a situao geral do presdio e da Guarda Militar em situao normal e previstas as medidas que se tornam necessrias em caso de alarme, por ocasio de uma das situaes de emergncia. O plano de Segurana e Operaes deve estabelecer os seguintes pontos: Conceituao de servio e seus pontos sensveis; postos de servio; obrigaes de cada elemento; medidas de 1 escalo (ou medidas que se tomam em caso de alarme); medidas de 2 escalo (ou providncias a serem tomadas em situaes anormais); medidas de 30 escalo (ou de grande vulto).O Plano de Segurana e Operaes geralmente traz croquis ou planta da rea do presdio onde a G.M. faz a segurana externa; mapas da cidade e da regio, com indicaes das vias de acesso e outros meios de orientao inclusive fotografias.ARTIGO XXVIIIConhecimento do Plano de Segurana e OperaesA existncia de um plano de Segurana e Operaes bem elaborado importante em qualquer Guarda Militar para a eficiente execuo de sua misso. Esse Plano deve ser conhecido em suas particularidades, pelo pessoal de servio, sem o que no trar o proveito necessrio, para o qual foi confeccionado. O Cmt da G. M . e seu substituto eventual devem conhec-lo com perfeio para fiscalizao do que foi previsto e para execut-lo em todas as suas fases. Um Plano, por melhor que seja, no funciona de maneira alguma, se ficar relegado ao esquecimento ARTIGO XXIX Medidas de 1 e 2 escales57. No Plano j citado, destacam-se as medidas de 1 escalo, ou medidas que se tomam em caso de alarme e as medidas de 2 escalo, ou providncias a serem tomadas em situaes anormais.AS MEDIDAS DE 1 ESCALO so um conjunto de aes que se executam, imediatamente aps o toque do alarme. Como no se sabe, geralmente, o local da ocorrncia ou o que est acontecendo, essas medidas so independentes de comandos, devem ser tomadas o mais rapidamente possvel e so nicas para qualquer tipo de situao. Para isso a tropa de servio deve ser instruda constantemente e treinada convenientemente para agir como uma mquina. Cpia dessa parte do Plano de Segurana e Operaes deve, de preferncia, ficar afixada num vidro, em local de acesso aos componentes da G. M. e vedado ao pblico, com demonstrao em croquis para facilitar a assimilao por todos. Para se obter RAPIDEZ, PRECISO E EFICINCIA na execuo dessa parte do Plano afastam-se todos os obstculos (um dos quais o comando verbal, que tem por fim evitar interpretao errnea de uma ordem).1) Nas medidas de 1 escalo normalmente o peloto de servio se divide em 4 grupos:GRUPO DE VIGILNCIA - formado pelos policiais militares de servio nos postos sob o comando de rondantes, com misso de redobradas medidas de segurana, devendo o rondante passar pelos postos e comunicar ao comando da G.M., as novidades;GRUPO DE CERCO E PERSEGUIO - formado por parte dos policiais militares de folga no alojamento sob o comando do graduado mais moderno de folga, com misso de fazer o cerco no presdio e sair no encalo do fugitivo, se for o caso.GRUPO DE CHOQUE - formado por parte dos policiais militares de folga no alojamento sob o comando do graduado mais antigo de folga, com misso de permanecer no recinto da G.M sob as ordens do Cmt da G. M.;GRUPO DE COMANDO - formado pelos policiais militares que no tiram servio nos postos (armeiro, barbeiro, faxineiro, motorista), sob o comando do armeiro, com misso de fazer a segurana do prdio da G.M., especialmente da reserva de armas.AS MEDIDAS DE 2 ESCALO - so as providncias a serem tomadas em situaes anormais. Dependem de comando e somente sero executadas aps anlise de situao pelo Cmt da G M. A coleta de informaes e seu processamento crescem de importncia nessa ocasio. Relatrios de todas as fontes so necessrios para saber-se o que est acontecendo e para possibilitar, a tempo, e com interpretao correta, as prximas modificaes da situao. A falta constante de informaes seguras far que aes rpidas e necessrias, julgamentos, decises e comando das operaes sejam inferiorizados, podendo-se transformar em riscos.ARTIGO XXX Concluso58. Enfrentar emergncias com bom resultado, requer preparao e para se estar preparado apropriadamente, necessrio planejamento antecipado. No existe nenhum substituto para planejamento avanado. As decises precipitadas, conjecturas, excesso de confiana, etc., podem ser dispendiosas e resultar em conseqncias desastrosas Corporao. CAPTULO 9Sistema de iluminao da segurana externa de presdiosARTIGO XXXI IntroduoA iluminao instalada e operada apropriadamente serve para desencorajar e dissuadir o preso da pretenso de fugir, bem como dificultar, seno impedir a aproximao de pessoas mal intencionadas, das muralhas do presdio. Proporciona um meio de estabelecer, durante os perodos escuros, um nvel de proteo aproximado daquele mantido durante as horas de total claridade. Permite G.M. observar as reas iluminadas de pontos menos iluminados e reduz a possibilidade de surpresa quer por presos que tentem fugir, quer por pessoas que tencionem agir contra a sentinela.O custo de manuteno e de operao de iluminao bem instalada baixo na maioria das localidades, alm de oferecer economias em outros servio, bem como elevao do nvel de proteo. O nmero necessrio de postos de vigilncia para proteger o permetro, freqentemente abaixo do necessrio para manter o mesmo nvel de segurana sem iluminao.Centro de comunicao, postos vulnerveis, reas suscetveis de dano podem ser melhor protegidas pela iluminao.ARTIGO XXXII Tipos de IluminaoOs tipos de iluminao so os seguintes: contnua, de reserva, mvel ou porttil.ILUMINAO CONTNUA - Inclui todos os tipos de sistemas fixos que so dispostos para dirigir um fluxo contnuo de iluminao a reas pr-determinadas durante perodos de escurido;ILUMINAO DE RESERVA - Emprega-se o sistema de distribuio de unidades de iluminao (faroletes, lampies, etc. ) aos componentes da G. M. ;ILUMINAO MVEL OU PORTTIL - consiste em holofotes permanentemente acesos, ou acionados somente quando necessrios. Podem ser montados num veculo ou reboque para fcil e rpido deslocamento aos locais de necessidade. Podem, ainda, ser usados para iluminao suplementar, com sistema contnuo ou de reserva.Uma fonte secundria de energia deve ser includa em todos os sistemas de iluminao. Bancos de baterias ou geradores bem protegidos, localizados dentro das dependncias da G. M. ou em local de fcil proteo, servem capacidade de fonte secundria. Devem ser suficientes para continuar a iluminao de proteo durante qualquer perodo do corte de energia principal. necessria a instalao de comutadores automticos para transferir imediatamente a carga de energia secundria, sempre que por qualquer motivo falhar a energia principal.Os sistemas de energia e os comutadores devem ser regularmente inspecionados e freqentemente acionados e testados para assegurar funcionamento satisfatrio, quando necessrio.A iluminao montada em TORRE DE OBSERVAO inclui um holofote externo no cume, de alta intensidade e com os controles instalados no interior da torre. Esses holofotes so manobrveis lateralmente num arco de 360 e perpendicularmente de acordo com as necessidades, de modo que o foco possa ser dirigido a todos os pontos que a sentinela deve manter sob observao. Os controles ficam situados de tal forma que permitam sentinela manobrar o holofote sem aumentar sua exposio a riscos e em posio que permita dispor do comando de suas normas do aparelho de comunicaes e de alarme. Dentro da torre, a luz deve ser de baixa intensidade para evitar exposio da sentinela e permitir-lhe a mxima visibilidade das reas iluminadas.O alcance mximo do holofote e as limitaes da visibilidade da sentinela sobre reas iluminadas, so dois dos fatores que merecem consideraes, quanto localizao das torres, ou distncia mxima entre elas.ARTIGO XXXIII Unidades de IluminaoPodem ser encontradas numa grande variedade de tipos. A distribuio de luz e as caractersticas do facho, devem determinar a correta aplicao de cada uma para atender a exigncia de uma determinada rea de segurana. Espelhos parablicos, que atuam como refletores, lentes refratrias ou uma combinao de ambas usada para dirigir o fluxo de iluminao na forma e direo desejadas.Os cones de iluminao dos vrios tipos de luminrias variam de fachos externamente estreitos de menos de 10 aos de largura superior a 100. A distribuio de luz pode ser dirigida em sentido circular, alongado etc., e a intensidade da iluminao, facilmente controlada.As lmpadas para iluminao podem ser do tipo convencional para servios gerais: de filamento, projetor direcional ou a vapor.As lmpadas a vapor em que a luz produzida diretamente ou indiretamente pela ao do mercrio ou outros gases, so de alta eficincia e economia. Os tipos do sdio-vapor so teis em regies de muita neblina. As lmpadas a vapor exigem dispositivos de limitaes de corrente para assegurar uma operao estvel; requerem um perodo de aquecimento e, na eventualidade de uma falha momentnea no fornecimento da energia eltrica, quando esto quentes, so necessrios 5 (cinco) minutos ou mais para reacenderam.ARTIGO XXXIV Os Sistemas de Projeto OfuscanteEsses sistemas oferecem vantagens nos locais em que o ofuscamento no traga problemas para o trfego prximo ou para as atividades em terrenos adjacentes. As luminrias usadas em sistemas ofuscante projetam um facho de luz em forma de leque de aproximadamente em amplitude horizontal e de 15 a 30 em amplitude vertical.Os sistemas de ofuscao dirigem a luz para fora debilitando a viso de possveis intrusos, tornando quase impossvel a pessoa de fora enxergar internamenteARTIGO XXXV Faixa de IluminaoA faixa de iluminao deve ser contnua, sem pontos escuros. A sobreposio de cones de iluminao de luminrias adjacentes tem por fim evitar pontos escuros resultantes da falha de uma lmpada isolada.ARTIGO XXXVI Controles de IluminaoOs controles de iluminao podem ser do tipo manual e automtico, mas independentes dos controles para o sistema interno de iluminao comum. Todos os controles devem estar fisicamente localizados de modo a prevenir funcionamento acidental ou no autorizado, ou alterao maliciosa.ARTIGO XXXVII ManutenoUma manuteno regular, essencial ao eficaz funcionamento do sistema de iluminao e de proteo. O rendimento das lmpadas e luminrias diminui com o prolongamento das operaes, devido ao escurecimento dos bulbos e da evaporao dos filamentos. O acmulo de sujeira nos refletores e superfcies de vidro diminui o rendimento da luz de modo que a manuteno necessria deve incluir limpeza peridica do equipamento de iluminao.ARTIGO XXXVIII Planejamento de um sistema de iluminaoEsse planejamento deve atender a todas as peculiaridades do presdio no qual deva ser instalado, considerando-se: as diferenas de terreno, condio atmosfrica, tipos e localizao das estruturas, atividades em terrenos adjacentes.ARTIGO XXXIX ConclusoPara corresponder eficazmente a sua funo, cada sistema de iluminao de proteo deve ser bem planejado, cuidadosamente instalado e adequadamente mantido. A iluminao eficaz contribui grandemente para o programa global de segurana, mas, jamais, constituir substituto da vigilncia da sentinela. CAPTULO 10 Sistema de alarme na segurana externa de presdiosARTIGO XLIntroduoOs esforos do homem no sentido de salvaguardar seus pertences e propriedades contra atos de vandalismo, furtos e ataques, constam de registros os mais remotos. Os dispositivos mecnicos, tais como: a pedra equilibrada, ou rvore vergada com um dispositivo de desengate serviam para enviar alarme ou denncia de perigo iminente. A sentinela freqentemente denunciava a aproximao de estranhos, assoprando a trompa ou enviando sinais de tambores para que seus companheiros cuidassem da vigilncia.Houve, com o tempo, pesquisas e melhoria. Hoje podemos contar com mtodos, os mais variados: mecnicos, eltricos ou eletrnicos.ARTIGO XLI Funo do sistemaA funo dos sistemas de alarme utilizados como parte do programa de segurana de um presdio, denunciar anormalidades que exijam pronto comparecimento, ao local, de pessoal treinado e adequadamente equipado. Sem essas respostas um sistema de alarme representa to somente um fator psicolgico que se deteriora quando testado.Os tipos de sistema de alarme podem ser reunidos em 2 (dois) grupos principais, conforme a localizao do aparelho de sinalizao.SISTEMA DE ALARME LOCAL - aquele cujos circuitos so diretamente ligados a um sinal visual, tal como uma luz, ou em elemento produtor de som provido de sirene ou sino unidade anunciadora fica nas proximidades e deve ser visvel ou audvel numa distncia mnima de 200 (duzentos) metros;SISTEMA DE ALARME DE POSTO CENTRAL - aquele cujos dispositivos so armados para disparar um segundo dispositivo de sinalizao, localizado num posto central de alarme. Um painel indicador, ou painel de alarme recebe o aviso e identifica o setor afetado.A identificao por setor facilita o pronto atendimento, visto que h sempre urgncia de tempo para os componentes da Guarda Militar percorrerem a distncia que os separa do local onde se encontram, da rea em que foi dado o alarme.Muitos tipos de equipamentos de alarme so encontrados no mercado comercial. A seleo deve ser baseada em sistema e unidades que melhor atendam s exigncias especficas da segurana do presdio, no qual devero serinstalados.A superviso das linhas de transmisso constitui fator fundamental de qualquer sistema de alarme. Fios partidos, falha na transmisso de impulsos, etc., prejudicam sobremaneira todo o sistema. A manuteno regular para assegurar a estabilidade eltrica das linhas essencial. Deve-se ter em vista, tambm, que freqentes alarmes acidentais (ou falsos alarmes) tendem a degradar a autoridade do sistema, a retardar e reduzir a presteza das respostas dos alarmes.No caso da inexistncia de sistema, ou mau funcionamento do existente, o aviso (alarme) pode ser dado mediante disparo de arma de fogo; (o disparo de fuzil pelo estampido que provoca prefervel ao do revolver) que feito por todos os postos, (e no somente do local do alarme) para chamar a ateno do Corpo da G. M. O disparo de arma de fogo provoca inconvenientes: uso da munio, perigo de ferir ou matar algum, pnico que provoca (maior que o provocado pelo disparo de sirenes), mas deve ser usado na falta de sistema de alarme normal.Podem ser usados, ainda, outros meios de alarme: aviso reservado; sinal de apito ou grito de alerta, quando a anormalidade no for de maior gravidade ou para evitar os inconvenientes da manifestao de solidariedade e outras ocorrncias. Esse meio depende muito da iniciativa e da ponderao da sentinela encarregada da vigilncia, devendo esta tomar o mximo cuidado para no pecar por omisso deixando de usar o sistema de alarme normal, que provoca pronta resposta e imediata ao repressiva, o que no acontece nos casos acima, havendo maior demora no reforo para enfrentar a anormalidade.ARTIGO XLII ConclusoO sistema de alarme bem planejado, apropriadamente instalado e adequadamente mantido emprestar importante contribuio segurana de um presdio. Os sistemas de alarme advertem; os componentes da G. M. respondem ao alarme e empreendem ao repressiva. A pronta resposta nos locais de onde se originaram os alarmes, propiciar poderosa dissuaso contra inteno ou tentativa de quebra da segurana. CAPTULO 11 Incndio e preveno de incndio em presdiosARTIGO XLIII IntroduoO incndio uma das ocorrncias que tm trazido srios problemas nos estabelecimentos penais, tanto que previsto como uma das situaes de emergncia que merecem especial cuidado. Geralmente, o incndio e o levante ou motim so companheiros inseparveis que causam srios problemas segurana externa. Ao incndio, pode seguir tambm a fuga em massa (o que era inteno, no caso do incndio da Casa de Custdia de Taubat, em 1961). Seu estudo de suma importncia, porque constitui uma ameaa sempre presente em todas as instalaes. Estruturas prova de fogo, chamadas resistentes ao fogo, geralmente contm materiais no piros que as tornam combustveis. Partes de estruturas, tais como, circuitos eltricos, comutadores e instalaes eltricas, encana. mentos de gs, equipamentos e aparelhagem, esto, sujeitos a defeitos, desgoste, sobrecarga e uso incorreto. Os ocupantes humanos so s vezes descuidados com fsforos, cigarros acesos, sistema de aquecimento ou aparelhos similares, que podem incendiar mveis cortinas, colches e outros numerosos elementos incendiveis. Quanto se pode dizer da possibilidade de ser provocado um incndio num presdio por sentenciados revoltados?ARTIGO XLIV O FogoO Fogo ou combusto, como chamado mais freqentemente, a combinao qumica do oxignio com outras substncias em proporo tal, que produz a queima, caracterizada e evidenciada pela luz e pelo calor.Toda combusto exige uma combinao de 3 (trs) elementos especiais: COMBUSTVEL, OXIGNIO e TEMPERATURA DE IGNIO. Esses 3 (trs) elementos necessrios so freqentemente apresentados pelos lados de um tringulo equiltero, chamado tringulo do fogo. Existem numerosos meios de demonstrao da necessidade desses 3 (trs) elementos para existncia do fogo. Exemplo: uma vela comum de cera. Colocada num suporte seguro, 2 (dois) dos 3 (trs) elementos esto presentes: o combustvel representado pelo pavio e cera e o comburente, pela suficiente quantidade de oxignio, em toda a sua volta, (ar normal existente no meio ambiente). Entretanto, no ocorre a combusto porque o 3 elemento - temperatura - est faltando. Aplicando-se um fsforo aceso ao pavio, estamos fornecendo o 3 elemento que se encontra ausente - a temperatura de ignio - e ocorre a combusto.A remoo de qualquer dos 3 (trs) elementos essenciais combusto, resultar na extino do fogo. Esse o importante princpio tanto da preveno quanto da extino de incndio. Se qualquer um dos elementos estiver ausente, o incndio no ter incio. Se qualquer um for removido da labareda o fogo se extinguir.Assim, existem trs maneiras de extinguir o fogo, ou incndio (fogo no controlado):remoo do material que est se queimando ou pode se queimar, da presena do combustvel;resfriamento - retirada do calor;abalamento - retirada do oxignio.ARTIGO XLV Consistncia do FogoO FOGO CONSISTE DE VAPORES DE COMBUSTO. Diversos materiais so sujeitos queima em larga variedade de temperaturas. Quando a temperatura necessria para um material especfico atingida, vapores ou gases so expelidos e misturam-se com o oxignio existente para formar uma mistura combustvel e ocorre a combusto. Isso ser facilmente demonstrado inserindo-se dois eletrodos num frasco de gasolina. Se, aps estarem imersos no lquido abaixo da superfcie, uma centelha gerada, nada acontecer. O fogo no ocorrer porque a centelha est enterrada no suprimento de gasolina que no combustvel at que seja vaporizada e exposta a um suprimento de oxignio. Se os eletrodos forem mantidos ligeiramente acima da superfcie da gasolina e for gerada a centelha, os vapores se inflamaro imediatamente. A combusto continuar at que o suprimento de oxignio ou de combustvel seja cortado ou a temperatura abaixada alm do ponto de ignio.A ao do fogo tem lugar em vrios estgios, assim definidos em termos especficos:PONTO DE FULGOR. a temperatura buir em que o vapor de uma substncia expelido com rapidez suficiente para flamejar, quando uma chama ou centelha lhe aplicada;1) Em alguns materiais o ponto de fulgor bem prximo daquele que sustentar a combusto. Na maioria dos slidos, entretanto, esse ponto percebido pela cessao da queima ou da chama quando a centelha externa retirada. O fogo sustentado sem a fonte externa de aquecimento;PONTO DE IGNIO OU TEMPERATURA DE IGNIO. o segundo estgio do fogo, quando vapores suficientes so expelidos e a temperatura se eleva a ponto de sustentar a queima. As chamas continuam, produzindo luz e calor, sem a presena de chama ou centelha externa.COMBUSTO. A queima o terceiro estgio, alcanada quando a oxidao tem lugar a uma velocidade capaz para manter a queima contnua. O calor levado das pores em combusto s no queimadas de um material ou combustvel, na proporo adequada alimentao das chamas e para mant-las em combusto continuamente sustentada. Os resultados nesse estgio da queima so luz, calor, gases e cinzas. Esse ciclo progressivo de fogo - calor para vapor; gs de ignio para combusto - se repetir e continuar at que um dos trs elementos essenciais seja removido ou extinto;EXPLOSO - O quarto estgio do fogo nem sempre acontece. Entretanto, constitui um perigo presente na maioria dos incndios e manifesta-se como combusto rpida, quase instantnea. A exploso pode ocorrer em fogo de queima lenta que tenha acesso a um combustvel altamente voltil ou quando, apenas abafado, devido a deficincia de oxignio. Nesse caso a queima dar-se- para dentro de um grande suprimento de gs de ignio.1 ) Essa ltima situao freqentemente observada nos incndios em stos ou sob telhados. O espao sem uso embaixo dos telhados quase sempre usado para a guarda de todo o tipo de material. O fogo pode ser causado por defeitos da instalao eltrica, fsforo ou cigarro acesos jogados a esmo, ou outros meios. Devido a esse espao estar geralmente fechado, permitindo somente a entrada de pequena quantidade de oxignio, o fogo permanecer latente e a um nvel baixo de combusto durante muitas horas, com pouca ou nenhuma chama. Uma parede finalmente furada pelo anel incandescente e um suprimento fresco de oxignio precipita-se para dentro. O ar superaquecido - gases e vapores - inflama-se com um estrondo e todo o espao enche-se de labaredas violentas que rapidamente consomem os suportes e causam o desabamento do telhado;2) Uma vez iniciado, o incndio alimenta-se de quaisquer combustveis que alcanar e continuar a expandir-se enquanto houver oxignio, que o elemento mais abundante na superfcie da terra. Vinte e um por cento do volume de ar que respiramos oxignio. Quando um incndio consegue alcanar esse suprimento ilimitado de oxignio, qualquer combustvel que encontrar em seu caminho permitir- lhe- crescer em tamanho e intensidade at que seja controlado ou ento exaurido o suprimento de combustvel;INFLAMABILIDADE. A facilidade com que uma substncia pode ser inflamada varia muito, segundo os diferentes materiais e de acordo com o tamanho e forma desses materiais. Uma pequena centelha inflamar facilmente vapores de gasolina que sejam de baixo ponto de fulgor. Uma pequena centelha provavelmente no inflamar algodo enfardado e certamente no inflamar por si s, uma pesada escrivaninha de madeira. Ambos os materiais tm ponto de fulgor mais alto que a gasolina; tem necessidade de temperatura de ignio bem mais alta e so de formas que no se inflamam muito facilmente. Se o algodo dos fardos solto e afofado, maior superfcie exposta ao oxignio e temperatura, e ele poder ser mais facilmente atingido pela centelha. O mesmo acontece com a pesada escrivaninha de madeira, se quebrada em pedaos pequenos, alguns dos quais, picados em forma de cavacos, podero ser alcanados pela centelha que os inflamar. Os pedaos maiores e a escrivaninha sero consumidos pelo fogo.1) Muitas estruturas resistentes ao fogo, erroneamente chamadas prova de fogo, so acabadas, por dentro, por materiais no piros. Freqentemente acrescentam-se enfeites e molduras de madeira portas, armrios, assoalhos e prateleiras; Peas de mveis combustveis, tais como: mesas, cadeiras, estantes e escrivaninhas contendo livros e papis, e as almofadas e coberturas de couro ou plstico que aumentam o suprimento do combustvel dentro do abrigo resistente ao fogo. Muitos desses so difceis de inflamar-se mas outros queimam-se com facilidade e rapidez. Um fsforo ou um cigarro aceso jogado a esmo e que por acaso atinja um cesto de papis usados poder gerar labaredas alcanando cortinas prximas que, por sua vez, daro expanso s chamas, culminando num incndio de grandes propores.ARTIGO XLVI O Incndio CriminosoA queima deliberada e maliciosa talvez a mais antiga forma de sabotagem. Uma larga variedade de materiais pode ser facilmente encontrada para dar incio e causar um incndio rapidamente. Muitos desses materiais so to comuns e to fceis que a posse de razoveis quantidades dos mesmos no causa a menor suspeita.Os dispositivos incendirios para o incio ou de partida do incndio so fceis e rapidamente preparados com uma variedade de materiais obtenveis. Uma caixa de fsforos (cujos palitos podem ser riscados em qualquer lugar), mais uma batata ou laranja do um eficaz fsforo incendirio. Uma garrafa de vidro, um pouco de gasolina ou querosene e um pedao de pano velho, podem ser rapidamente transformados num coquetel molotov simples. Qualquer um deles serve como elemento de ignio para ser lanado sobre materiais combustveis.Bombas ou ignidores incendirios podem ser preparados com materiais dos mais comuns, aos agentes qumicos mais sofisticados. Em sua maioria, so pequeno porte, facilmente transportveis e convenientemente ocultados ou disfarados em pedao de sabo, caneta-tinteiro, lpis, etc. Outros so transportados em lancheiras, maletas, ou pequenos embrulhos. Alguns servem unicamente como iniciadores, enquanto outros destinam-se a conduzir um acelerador para apressar o incio do incndio. Dois dos tipos principais consistem daqueles que so destinados a levar calor sbito e intenso a uma rea limitada, e os que se prestam a arrebetar e espalhar fragmentos por uma grande rea.No incndio criminoso, o agente e seus colaboradores costumam agir para anular, pela sabotagem, os equipamentos de extino de incndio existentes no estabelecimento. Casos ocorrem em que o incendirio antes de acionar a partida no incndio, esvazia os extintores e substitui seu contedo por lquidos inflamveis. Estes quando usados, apenas aumentam as labaredas. Outros casos do conta de bocais de extintores que foram entupidos com sabo ou cera, mangueiras cortadas, e encanamento de gua obstrudos ou danificados.ARTIGO XLVII Preveno de IncndioUm programa que enfatiza com sucesso os aspectos preventivos pode comprovar-se bem menos dispendioso do que um nico incndio desastroso. Os esforos destinados a uma eficiente preveno de incndio so:ateno constante s necessidades de boa arrumao, com manuteno de limpeza e ordem;eliminao de todas as condies que possam ser consideradas como contribuintes para perigos de incndio;estabelecimento de recipientes para depsito e descartes de detritos;armazenamento e manuseio de combustveis com segurana;estabelecimento e fiscalizao da proibio de fumar e usar fsforo ou isqueiros, nas reas em que tais precaues sejam indicadas;fornecimento do nmero adequado de receptculos seguros para cinzas, nos locais em que seja permitido fumar;inspees peridicos e freqentes de todas as reas, para assegurar a inexistncia de situaes que possam causar incndios.ARTIGO XLVIII Equipamentos de combate inicial contra incndioEsses equipamentos destinam-se ao imediato esforo inicial de extino de incndio incipiente e devem estar prontamente mo daqueles que os usaro. Entre outros, destacam-se:Os extintores manuais, como todos os outros tipos de unidades de extino, que se destinam a remover ou bloquear um dos trs elementos essenciais da combusto: oxignio, temperatura de ignio ou combustvel. Os recipientes tornam possvel, dirigir o jato do agente de extino ao p das labaredas. Cada um utiliza o princpio de remoo de um ou mais lados do tringulo do fogo. O dixido de carbono, o tetracloreto de carbono, agentes qumicos secos e espuma, destinam-se a cobrir a substncia que est em combusto com um cobertor qumico que corta o suprimento de oxignio e abala as labaredas. Muitos agentes tm finalidade dupla pois tambm abaixam a temperatura alm do ponto de ignio, ao mesmo tempo;Alguns tipos de extintores manuais e seus contedos so usados contra todos os tipos de incndio. Outros so limitados ao uso contra tipos especficos de substncia em fogo, e sua aplicao incorreta acarretar perigo em certas circunstncias. Graves fermentos, ou mesmo morte por eletroplesso, por exemplo, podem resultar a um indivduo que pretenda usar um extintor d'gua para extinguir incndio de origem eltrica. Os fortes jatos d'gua dirigidos contra leo espalham o fogo e, a gua aplicada contra certas formas de alguns agentes qumicos, na realidade aumentar as labaredas ao invs de extingui-las. Alguns agentes qumicos de extino emitem fumos perigosos respirao, quando usados contra fogo difundido em espaos pequenos e fechados. Os tipos para combater com segurana e eficincia todos os riscos de incndios, se as medidas preventivas falharem, devem ser escolhidos adequadamente. Tenha-se em conta que:A identificao dos tipos de extintores e suas localizaes atravs de toda a instalao, contribuem para o pronto e apropriado uso, quando necessrio.A regular fiscalizao e manuteno de cada equipamento necessria para assegurar estejam cheios, carregados e prontos para utilizao a qualquer momento.Todo equipamento de extino, inclusive encanamentos, mangueiras, vlvulas, compartimento, suportes e bocais devem ser completamente inspecionados a freqentes intervalos, bissemanais por exemplo, e todas as dobras de mangueiras no compartimento, cuidadosamente examinadas quanto a possveis danos, enrugamentos e rachaduras .O treinamento sobre o emprego correto dos extintores parte essencial da eficaz proteo contra o incndio. Essas unidades no so automticas ou auto- ativadas. Se um incndio comea, elas continuam penduradas, inertes, no lugar em que se encontram. As mos humanas que precisam lev-las de seus suportes ao local da necessidade, apont-las corretamente, ativ-las e dirigir a descarga de modo a extinguir as chamas. RAPIDEZ, PRECISO E EFICINCIA so obtidos somente atravs de treinamentos.ARTIGO XLIX Concluso101. Existindo uma razovel segurana externa em um presdio e uma certa tranqilidade no seu interior, dificilmente a Guarda externa chamada para agir em ocorrncias de grande envergadura, como o caso do incndio. Entretanto, devemos estar preparados para enfrentar qualquer situao, mediante treinamento adequado e instruo suficiente e cientes de que a pessoa ou grupo que esteja planejando as atividades ilegais tem a vantagem de escolher a hora, o local, os mtodos e as condies mais favorveis ao seu intento. CAPTULO 12 Escoltas de PresosARTIGO LFinalidadePadronizao do Servio de Escolta de Presos, visando ao aprimoramento do policial militar e reduzindo ao mnimo, os riscos decorrentes.ARTIGO LI A Conduo de PresosDesde tempos remotos a Polcia Militar vem efetuando o transportes de presos, assunto que neste manual ser abordado sob dois aspectos:O RU PRESO: denominao que se d aos rus disposio da Justia Pblica;O ELEMENTO DETIDO: denominao que se d ao elemento disposio da Polcia Preventiva.ARTIGO LII O Escoltado e o DireitoA doutrina jurdica brasileira encara a evaso de presos como direito subjetivo do condenado, desde que o mesmo utilize astcia em lugar de violncia fsica contra quem o esteja vigiando ou escoltando.No raras vezes policiais militares so denunciados pelo Ministrio Pblico, por culpa nas evases de presos, acusados de negligentes ou imprudentes e via de regra se vem processados e condenados.O excesso do policial militar transgride tambm a lei penal e seu ato se torna culpvel, inexistindo, assim, a presena de legalidade. Torna-se, portanto, necessrio o devido esclarecimento e instruo do policial militar no seu relacionamento com o ru preso pois, tomadas as cautelas indicadas, restringem-se os riscos de nossos agentes cometerem infraes penais por ao ou omisso.ARTIGO LIII Acionamento da escolta de presosEscolta de presos da Justia, o ato do policial militar remover um ru condenado: presena da Autoridade Judiciria;de um para outro estabelecimento penal;de uma para outra Comarca;aos Institutos de Sade fsica e mental, para fins de exames clnicos;a outros lugares, por ordem de Autoridade Judiciria. CAPTULO 13CompetnciaARTIGO LIV O PresoPertencendo o preso ao poder jurisdicional do Estado, apenas os Juizes podem determinar que o ru tome destino mediato diferente do que fora previsto na sentena condenatria. A Diviso de Capturas da Secretaria da Segurana Pblica possui, a princpio, a incumbncia de controlar o destino de todos os rus presos e a Corregedoria dos Presdios e Polcia Judiciria alm de fiscalizar a capacidade e estado sanitrio dos presdios, autoriza a transferncia dos presos de um para outro estabelecimento penal.ARTIGO LV A Corregedoria dos PresdiosVisando coibir abusos, a Corregedoria, atravs da Portaria 26, de fevereiro de 1957, instituiu normas para uniformizar os servios de escoltas de presos no Estado de So Paulo, tais como:os presos sero sempre conduzidos por escolta militar;os presos devem ser removidos em compartimento prprio nas viaturas;somente a Autoridade Judiciria pode autorizar a conduo de presos na bolia;presos doentes ou impossibilitados de locomoo devero ser conduzidos em carros prprios.ARTIGO LVICuidados preventivos para o acionamento da escoltaVia de regra, a escolta de presos acionada pela Polcia Judiciria, atendendo requisio da respectiva Autoridade, sendo certo que somente em casos de extrema gravidade, pode a Autoridade Policial determinar a remoo do ru preso.A Autoridade que acionar a Escota de Presos dot-la-, a princpio, de todos os meios necessrios pronta execuo.ARTIGO LVIILocomoo - Meios e ProcedimentosPOR VIA FRREA:a. fornecimento da respectiva requisio de passes de ida e volta, observando a proporo inicial de dois policiais militares para cada preso a ser transportado;1) no caso do ru de periculosidade presumida, a proporo dos escoltantesadequar-se- s circunstncias, podendo, inclusive, um ou mais PM seguir na diligncia em trajes civis, visando garantir a segurana da escolta uniformizada, contra possvel ao de terceiros;um dos componentes da Escolta dever seguir com o preso algemado ao brao esquerdo (Fig. 1) enquanto o outro se incumbe de exercer a vigilncia, podendo, no interior do vago, o preso ser algemado ao banco e uma segunda algema unir seus pulsos (Fig. 2);o coldre do policial militar deve estar sempre do lado oposto ao do assento do preso;a alimentao do preso, durante a diligncia, ser custeada pela verba fornecida pela Autoridade que acionou a escolta;jamais ser permitido ao preso proceder a auto subsistncia ou mesmo dos prprios escoltantes, a fim de evitar a dependncia econmica e moral dos policiais militares em relao ao escoltado ;o sanitrio da composio deve ser previamente revistado, toda vez que for utilizado pelo preso, sendo de bom alvitre alternar o uso dessas dependncias.113. POR VIATURAS:Todos os rus de periculosidade presumida devem, em princpio, ser transportados por viaturas. Neste caso, a escolta ser datada de verba suficiente para aquisio de:combustvel necessrio cobertura da diligncia;alimentao, inclusive para o preso;durante o itinerrio, a escolta no far solicitao de combustvel, a fim de no expor-se a riscos pela natureza do ru transportado;(neste espao fig. 1 e fig. 2)

a escolta evitar utilizar-se sempre do mesmo local de abastecimento, a fim de evitar possvel surpresa por parte de terceiros;a alimentao do detento ser fornecida no prprio compartimento de presos;via de regra os presos conduzidos por viaturas no so algemados, dada a segurana decorrente do prprio meio utilizado;no caso da alnea d, os presos sero conduzidos algemados, somente sendo desalgemados, a partir do instante em que se encontrarem no compartimento de presos. No desembarque, a escolta proceder de modo inverso.114. POR NIBUS:a. o meio mais rpido e seguro depois da viatura, porm as passagens independem de requisio. A escolta seguir com a competente verta da passagens e alimentao compreendida a do escoltado:1) nos deslocamentos por meio de nibus, o policial militar observar as mesmas regras dispostas nas escoltas por via frrea;2) a alimentao do preso, no presente caso, ser fornecida nos restaurante verificados nas paradas do coletivo:b. a escolta no deve permitir que o preso se utilize dos sanitrios do nibus, pois, dadas suas caractersticas, localizam-se em pontos que impedem aos escoltantes procederem com as cautelas prprias, sem constranger os passageiros.115. POR AVIO:a. as escoltas que usarem avies de carreira, daro disso cincia ao Comandante da aeronave, esclarecendo, ainda, quanto perculosidade do escoltado, quando verificar da convenincia ou no do uso de algemas. Em caso positivo:1 ) o preso ser colocado, juntamente com a escolta, em posio e local que no constranjam os demais passageiros;o preso no tomar refeies munidos de faca e garfo, visando-se segurana pessoal do prprio e dos escoltantes;30 ou 40 minutos antes do pouso no local do destino, a escolta solicitar ao Comandante da aeronave que se comunique, via rdio, com os policiais locais, a fim de garantirem a segurana no desembarque;a escolta embarcar antes dos passageiros normais e desembarcar aps. CAPITULO 14 A busca pessoal do escoltadoARTIGO LVIII Treinamento do Policial MilitarO policial militar deve ser treinado com freqncia, para fugir rotina e evitar que seu ato resulte em mera busca superficial, acarretando, assim, graves prejuzos ao cumprimento da misso.ARTIGO LIX Cautelas e ProvidnciasPor mais simples e rpido que seja o itinerrio, todos os presos a serem conduzidos submeter-se-o revista pessoal, assim realizada:o preso deve ser conduzido para um local prprio, onde, inteiramente despido, ser rigorosamente observado, principalmente com vistas a ataduras, gessamentos e orifcios naturais. Essa revista visa apreenso de:1) instrumentos, objetos e substncias que estando de posse do preso colocam em perigo a escolta, outros presos e o prprio, tais como: drogas medicinais, entorpecentes, culos, vidros, cordes, cintos, gravatas, armas brancas, gilete, estiletes, chaves e afins ou objeto que possa originar ferimentos contundentes, perfurantes ou dilacerantes;a escolta surpreendendo o preso de posse de qualquer objeto ou substncia considerados suspeitos dever, se no interior de Cadeias Pblicas, levar ao conhecimento da Autoridade Policial e, se em Estabelecimentos Penais, ao respectivo Diretor;o preso no pode conduzir objetos ou valores passveis de comercializao, do que poder valer-se para corromper terceiros ou, no caso de libertar-se da escolta, deixar o local com maior facilidade.CAPITULO 15 A escolta de presos propriamente ditaARTIGO LX Conduo de presos118. Por menor que seja a pena imposta ao preso, a escolta conduzi-lo- algemado, pois, alm da algema ser um procedimento regular de Polcia Administrativa, a fuga de preso no configura antijuridicidade. E, sabedor de que no se utilizando de violncia pessoa dos escoltantes, no ter complicaes carcerrias, o preso agir com astcia para evadir-se, pelo que a escolta tomar as seguintes medidas:algemar o preso ao brao de um dos escoltantes, enquanto outro exerce a vigilncia (fig. 1);durante a deslocamento a p, o preso dever conduzir os objetos de cuja posse houve permisso (exceto os de valor), para evitar que a escolta se preocupe com sua bagagem, prejudicando a vigilncia e a segurana exigidas (Fig. 3);

Lc no permitir que terceiros ofeream bebidas, cigarros ou alimentos ao preso ou prpria escolta;a escolta no deve aceitar conduo oferecida pelo preso, ou por terceiros;o preso no conduzir seus objetos junto ao compartimento de presos nas viaturas;quando conduzido por viaturas, a escolta tomar todas as cautelas ao abrir o compartimento de presos, seja para o desembarque, seja quando solicitada pelos prprios escoltados, durante o desenrolar da diligencia;no caso da escolta conduzir vrios detentos, estes seguiro algemados brao a brao (Fig. 4);

desde que no haja possibilidade da escolta seguir em viatura com compartimento prprio, os riscos decorrentes da conduo sero de sua inteira responsabilidade;a escolta, ao proceder a busca pessoal, verificar se o preso possui sinais de debilidade mental acentuada, erupes cutneas, tosse estranha, alta temperatura, etc.;j. detentos portadores de desajustes psquicos devem ser transportados em viaturas apropriadas, podendo ser acionada a Central de Carros Auxiliares da Secretaria da Segurana Pblica, a qual funciona junto Diviso de Transporte da Polcia Civil;No caso de conduo de mulheres, conveniente que uma policial feminina, carcereira ou guarda de presdio feminina, siga junto escolta, a fim de que certos atos prprios da misso sejam evitados, por se revelaram constrangedores, o que favoreceria a evaso da escoltada.ARTIGO LXI A utilizao de sanitrios em pontos de paradaTodos os sanitrios a serem utilizados pelo preso devero ser minuciosamente revistados, tomando-se as seguintes precaues:evitar-se-o aqueles que possuam mais de uma porta ou janelas que propiciem a sada do preso;a porta dos sanitrios no poder em hiptese alguma permanecer fechada, enquanto estiver sendo utilizado pelo detento;um dos componentes da escolta manter o p entre o batente e a bandeira da porta, a fim de evitar que a mesma seja fechada por dentro, pelo escoltado.ARTIGO LXII O recebimento do preso pela escoltaVisando resguardar a condio moral dos escoltantes e a prpria eficincia do servio, juntamente com a escolta e o preso, seguir toda a documentao relativa misso:Da documentao constaro:1 ) nome do escoltado, filiao, motivo pelo qual est sendo removido;2) nome e funo da Autoridade que vai receb-lo no destino.ARTIGO LXIII Presos EnfermosOs presos doentes ou feridos, a princpio, no devem ser transportados, a fim de se evitar no sejam recebidos no destino, salvo se as respectivas remoes forem condicionadas a problemas de sade.ARTIGO LXIV A desobedincia do presoH casos em que o policial militar se depara com a desobedincia do preso em acompanhar a escolta e, no raras vezes, utiliza-se de fora fsica a fim de compeli-lo obedincia. Nessa hiptese o escoltante poder ver-se envolvido em ilcito penal, pelo que deve acautelar-se, considerando que:a . no caso de preso recusar-se a acompanhar a escolta, registrar a ocorrncia no Distrito Policial competente e, pelos canais mais rpidos, comunicar- se- com a Autoridade Judiciria que o requisitou;quando ocorrer o fato acima descrito, apenas o Juiz requisitante tem poderes legais para provocar a remoo do preso mediante fora (Fig. 5);

a ordem para tal procedimento deve ser expressa;se o fato se der em Estabelecimentos Penais, imediatamente ser levado ao conhecimento do respectivo Diretor. ARTIGO LXV Apresentao de preso pela escoltaA entrega do preso no destino, far-se- mediante os princpios seguintes:via de regra o preso destinado a determinada Comarca, sendo entregue na respectiva Cadeia Pblica, sem ofcio dirigido Autoridade Policial local;geralmente o preso entregue nas carceragens das Cadeias Pblicas sendo os recibos de entrega, assinados pelo carcereiro;no caso descrito na letra anterior, o preso fica disposio da Autoridade Judiciria local e sob a responsabilidade da Delegacia de Polcia;quando ouvido em Juzo, o preso deve ser apresentado mediante ofcio, em que constaro dia e hora da audincia marcados pelo Juiz;preso quando ouvido em Juzo, pelo Magistrado, permanecer algemado, independente do grau de periculosidade, com ordem tcita ou expressa daquela Autoridade;no caso de o escoltado possuir alto grau de periculosidade, cabe ao Comandante da Escolta alertar o Magistrado;em geral o documento de apresentao dos presos em Juzo entregue aos auxiliares da Justia (Oficiais de Justia ou Escrives);somente se exige recibo dos presos a serem ouvidos em Juzo, se no local houver Guarda Militar na Carceragem, quando o escoltado entregue mediante recibo, e ali aguarda ser chamado para a audincia;quando entregues nos Estabelecimentos Penais, os presos so recebidos pelos Assistentes Penais, os quais assinaro os respectivos recibos;j. quando entregues em Institutos de Sade, sero apresentados diretamente aos respectivos Diretores;l. em geral, os facultativos no assinam termos de responsabilidade, motivo por que a escolta deve acompanhar o preso, durante a realizao dos exames clnicos ou psquicos;m. quando os presos escoltados para a Capital do Estado de So Paulo, no o forem por problemas de retorno aos presdios, sero entregues no Departamento Estadual de Investigaes Criminais (D.E.I.C.), com o respectivo ofcio, dirigido ao Diretor da Diviso de Capturas. Trata-se de procedimento formal, enquanto o preso aguarda da Corregedoria dos Presdios, o local em que cumprir sua pena.ARTIGO LXVI O recibo de entregaO recibo de entrega do preso por parte da escolta de suma importncia, pois visa resguardar situaes que coloquem a mesma em srios riscos morais.Para configurao legal da entrega do preso no destino, esse recibo conter:a. identificao do preso, como: nome e filiao;nome legvel da Autoridade que o recebeu, bem como o carimbo da repartio ou seo;data e local;nmero, origem e data do documento que apresentou o preso;relao de valores e documentos pertencentes ao preso e entregues Autoridade.126. Sendo o recibo o nico comprovante de fato do eficiente cumprimento da misso, mister que seja arquivado com os documentos administrativos da Corporao, tais como: guia de trnsito, etc. CAPTULO 16 Escolta de presos em hospitaisARTIGO LXVII Cuidados necessriosEmbora no seja freqente, h ocasio em que a escolta de preso em hospitais se faz necessria. Neste caso deve-se tomar os seguintes cuidados:cientificar-se da gravidade da enfermidade ou ferimento do preso;verificar as condies de segurana oferecidas pelo local em que est o preso;no permitir visita de espcie alguma ao preso, a no ser de elementos do hospital (corpo clnico, enfermeiros e auxiliares);evitar que o preso se locomova nas dependncias externa ou interna do hospital, (a escolta deve estar sempre presente).ARTIGO LXVIII Proporo da escoltaNo incio da internao do preso, quando seu estado de sade sempre o pior, (h casos em que o preso enfermo no pode se locomover) a escolta pode ser 1 (um) policial militar para 1 (um) preso (mesmo assim o policial militar no se afastar do local em que esteja o preso).A medida que o preso se recupere, redobrar-se- a vigilncia e, quando ele estiver em condies de locomover-se pelo hospital, o nmero de policiais militares deve ser aumentado para 2 x 1.ARTIGO LXIX HorrioO horrio de servio nos hospitais ser de 6x18 horas, para que o policial militar esteja sempre alerta e os elementos devem ser efetivos at o preso receber alta.ARTIGO LXX Relacionamento com o presoOs componentes da escolta abster-se-o de relacionamento amistoso com o preso, posto que poder ser enganado pelo mesmo, to logo ele perceba haver conquistado a confiana dos escoltantes.ARTIGO LXXI Armamento132. A escolta usar o armamento que as circunstncias o exigirem, a fim de evitar ou repetir possveis aes externas com intuito de libertar o preso. CAPTULO 17 Escolta de preso em VelrioARTIGO LXXII Precaues133. Nos velrios, a escolta deve ter cuidados acima do normal, porque ali estaro os parentes e amigos do preso. O USO DE ALGEMA INDISPENSVEL.ARTIGO LXXIII Evacuao do local134. Antes de entrar com o preso no ambiente do velrio, a escolta evacuar o local. Nele entraro somente a escolta e o preso, permanecendo apenas de 10 (dez) a 20 (vinte) minutos. CAPTULO 18 Escolta de Parque AgrcolaARTIGO LXXIV Consideraes GeraisO trabalho da escolta de Parque Agrcola, inicia-se de manh.Os reeducandos so chamados pelo funcionrio da vigilncia interna e conduzidos em coluna por dois at a portaria da Penitenciria do Estado. A so criteriosamente revistados pelo Choque Interno.Esta revista visa impedir que os reeducandos levem: para fora das muralhas, cartas, ofcios, documentos, armas, croquis das instalaes, etc. Tem-se cuidado com as cartas pois, geralmente contm comentrios desairosos e injustos para com a Diretoria e a Polcia Militar.Revistados os presos, so eles encaminhados para fora das muralhas responsabilidade do Cmt da Escolta do P.A. Esta procede contagem e conferncia dos nomes. Conferidos, os reeducandos so conduzidos ao local de trabalho onde recebero as tarefas e os instrumentos de ofcio.Este deslocamento feito com a tropa envolvendo o grupo de reeducandos que caminha em formao. O envolvimento dos reeducandos feito da seguinte forma:a primeira coluna pelo lado direito;a segunda, pelo lado esquerdo;a terceira, dividida em dois grupos, cobre a vanguarda e a retaguarda da formao dos presos.O local de encontro e distribuio dos servios, chama-se, na Penitenciria do Estado, Casa de Pedra.Na Casa de Pedra, o mestre geral dos servios atribui a cada reeducando ou grupo, as suas funes, fornecendo as ferramentas. Simultaneamente o Cmt do P. A., escala os policiais militares que faro as escoltas dos sentenciados que vo trabalhar.Conhecedor do local, o Cmt do P. A. dosa perfeitamente a escolta em relao ao local de trabalho, observando a topografia do terreno e considerando o grau de periculosidade que o reeducando apresenta.Nos estabelecimentos penais de Taubat, essas medidas apresentam srias dificuldades, pois os reeducandos sofrem de problemas mentais, sendomuitas vezes fronteirios.ARTIGO LXXV FerramentasAs ferramentas usadas pelo reeducando merecem especial ateno da parte do policial militar. Usam enxadas, foices, rastelos, forcados, machados e outros instrumentos. Todos eles se prestam agresso e, dada as caractersticas, produzem efeitos altamente danosos. Isto recomenda que o escoltante dever manter-se a uma distncia razovel do reeducando que trabalha para no ser atingido de surpresa.ARTIGO LXXVI Policiais Militares EmpregadosO nmero de policiais militares empregados na escolta de presos varivel. Em princpio emprega-se a proporo de 1 (um) policial militar para 2 (dois) reeducandos. Se a periculosidade dos reeducandos exigir maior escolta, conveniente entrar em entendimentos com a Direo do Estabelecimento e manter o preso recolhido intramuros.Quando os reeducandos apresentam boas condies e o local for proibido, pode um policial militar escoltar, 3 (trs) ou mais presos, isto a critrio do Cmt do P. A. e da administrao da Penitenciria do Estado.ARTIGO LXXVII ArmamentoO armamento empregado varia de estabelecimento para estabelecimento.No Parque Agrcola da Penitenciria do Estado, os policiais militares trabalham armados de revlveres. Isto aps muitos anos de experincias. J em outros estabelecimentos, os policias militares usam fuzil ou mosqueto. Estas armas oferecem o risco da sua grande potncia e um tiro perdido em reas habitadas poder fazer vtimas inocentes. Tambm o emprego de armas como fuzil foge aos princpios adotados pela Penitenciria do Estado em relao com o trabalho no Parque Agrcola, pois os reeducandos tm com a administrao um pacto de responsabilidade de no fugirem. Se forem usadas armas de grande potncia pela escolta, isto viria demonstrar a falta de crena da administrao para com os reeducandos. Esta filosofia vem produzindo seus resultados positivos, verificados pelo baixo ndice de tentativa de fuga. Importa sejam observados os seguintes tpicos:a. Em princpio, deve-se evitar o uso de armas de fogo na rea do Parque Agrcola pois, ao se atirar num reeducando e errar, facilmente se atingiria um inocente, um prprio colega mais adiantado, ou pessoas que transitem nas imediaes, principalmente se a arma for fuzil ou mosqueto.Se houver necessidade de dar o alarme, deve-se atirar para cima, verticalmente, porque se o tiro for inclinado poder atingir policiais militares que estejam nas muralhas, ou em pontos elevados. Atirar para o solo totalmente proibido visto permitir o projtil ricochetear e vir a ferir o prprio atirador e circunstantes.Se, em extrema necessidade, e no estrito cumprimento do dever atirarmos num reeducando isto deve ser feito da maneira mais correta, procurando-se apenas neutralizar a ao criminosa. Se, entretanto, o fato converter-se em legtima defesa prpria ou de terceiros, evitar-se- a todo custo, o excesso culposo. No ato que se destina as aes concretas, objeto de futuros julgamentos.No Parque Agrcola, quando do emprego de armas, deve-se usar as de pouco alcance. Exemplo: o revlver.Em casos de tumulto entre os presos, sem constituir tentativa de fuga usa- se disparar para o alto, com fim intimdativo, como demonstrao de fora.Tambm, nestes casos, deve-se ter em mente as medidas cautelares para efetuar os disparos com segurana, evitando o auto-ferimento ou o de terceiros.O revlver e o cassetete so portados normalmente, cada um no seu estojo (cartucheira ou porta-cassetete).Quando for empregado o fuzil ou mosqueto, h vrias maneiras de port-los;em bandoleira-arma, quando o deslocamento for conjunto;quando o policial militar trabalhar isolado, usar o fuzil na mo, de modo a utiliz-lo com facilidade;quando o policial militar estiver em posto fixo, portar o fuzil como as sentinelas;as armas devam estar sempre em condies de uso.ARTIGO LXXVIIIDeslocamentosAlm do presdio para os grandes grupos, quando se emprega a ttica de cerco envolvendo os reeducandos, deve-se considerar os deslocamentos menores conduzindo-os por caminhos livres de boa visibilidade, evitando-se as picadas de curvas no meio dos cerrados entre rvores e morros. Os reeducandos sempre devem seguir frente do policial militar, quando este est s.ARTIGO LXXIX Tentativa de FugaEntende-se por tentativa de fuga o ato iniciado, porm, frustrado. Em que pesem todos os cuidados e atenes dos policiais militares e funcionrios, certos reeducandos, apesar das condies especiais em que se encontram, vez por outra, tentam evadir-se. Quando tal ocorre, dado o alarme geral. Todos os demais reeducandos so imediatamente recolhidos pois no se conhece a extenso do plano. Os que tentarem fugir ou fujes, so encaminhados ao Cmt do P.A. e ao Encarregado da Disciplina para as providncias decorrentes. Conforme o caso, os demais voltaro s atividades normais. Esta descrio refere-se mais ao Parque Agrcola da Penitenciria do Estado, onde os reeducandos so previamente escolhidos para os trabalhos de Parque. J nas Casas de Custdia, ou mesmo em presdios, onde para os trabalhos, saem sentenciados sem prvia seleo, o problema se afigura de maneira diferente e mais complexo.ARTIGO LXXX FugaQuando uma fuga ocorrer, tomam-se as seguintes providncias:Aciona-se o alarme geral em conexo com as demais autoridades: Rdio Patrulha, ROTA, DEIC e os demais rgos locais e Estaduais que possam cooperar na recaptura;Se possvel o policial militar que escoltava o fugitivo segue diretamente em sua perseguio, enquanto so adotadas outras providncias, tais como:1) envio de observadores nas residncias de seus parentes, amigos e amantes, pois comum passarem os fugitivos nesses locais para trocarem de roupa e se munirem de dinheiro, quando ali mesmo no se ocultarem.Os demais reeducandos do Parque Agrcola so encaminhados para a administrao e recolhidos para interrogatrios.ARTIGO LXXXI ResponsabilidadesRecapturado ou no o fugitivo, o policial militar que escoltava o preso ser indiciado em inqurito para se analisar a sua inocncia ou o grau de participao no evento. Esta matria vem regulada no C.P. nos arts. 351 e 354 e no CPM. artigos 178 e 182, respectivamente.Somente o inqurito policial ou I.P.M, que dir dos fatos e indicar o grau de responsabilidade na participao do ocorrido; qualquer julgamento a priori nocivo e pode ser injusto.ARTIGO LXXXII AlarmeCada Parque Agrcola ou Campo de Trabalho, dispe de meios prprios para seus sistemas de alarme. Na Penitenciria do Estado desprovida de outros meios, emprega-se o tiro. Trs de revlver ou F.O. para o ar (verticalmente) so o sinal indicado.Dado o alarme este tambm comunicado sede da Cia que adota as providncias complementares, de acordo com o grau da notcia. J h estudos para o emprego, nos trabalhos de P. A., do sistema de comunicaes atravs de rdio (Handie-Talkie), ou outros, que traro direto contato com o Cmt do P.A., e com o Cmdo da G.M. do Presdio.Soado o toque de alarme, cada policial militar adota as medidas de 1 escalo que lhe so atribudas dentro dos planos de segurana locais.ARTIGO LXXXIIIEntrosamento entre os Policiais Militares em caso de ocorrnciasO primeiro fator importante o esprito de coeso e solidariedade do Peloto. Este sentimento desenvolvido pelas constantes prelees e pela conscincia do dever de cada um. Se no houver estes sentimentos, melhor ser no sair para trabalhar em servios conjugados. Alm destes fatores psicolgicos, h os planos de segurana em que cada policial militar tem suas funes. S os casos concretos que determinam os procedimentos; afora isso, tudo so planos.ARTIGO LXXXIV Contagem dos sentenciados durante o trabalhoA contagem peridica dos reeducandos durante a execuo dos servios muito importante quando estes trabalham em grupos de mais de trs e em locais de que possam se esgueirar facilmente.A contagem e conferncia feita pelos funcionrios em cooperao com os policiais militares. Independentemente destas contagens os policiais militares devem, de per si, controlar os reeducandos que escoltam. Se houve dvidas, recontam-se os reeducandos e, se assim no conferir o nmero, comunica-se o fato ao Cmt do P.A.ARTIGO LXXXV Conhecimento do presoO policial militar deve procurar conhecer a periculosidade dos reeducandos, principalmente do que escolta.Este conhecimento facilitar sobremaneira a sua tarefa, pois os antecedentes criminais e a conduta do reeducando durante o cumprimento da pena, revelaro as atenes que o policial militar dever ter no desempenho das suas misses,