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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CARTOGRÁFICA 1 o Ten LUIZ CARLOS TEIXEIRA COELHO FILHO ESTAÇÃO FOTOGRAMÉTRICA DIGITAL Rio de Janeiro 2002 1

ESTAÇÃO FOTOGRAMÉTRICA DIGITAL · Aos meus colegas da DSG (Tenentes BARRETO, MORAIS e FELIPE), do 4o Ano de Engenharia Cartográfica e do 5 o Ano, de inúmeras especialidades (em

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CARTOGRÁFICA

1o Ten LUIZ CARLOS TEIXEIRA COELHO FILHO

ESTAÇÃO FOTOGRAMÉTRICA DIGITAL

Rio de Janeiro

2002

1

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

1o Ten LUIZ CARLOS TEIXEIRA COELHO FILHO

ESTAÇÃO FOTOGRAMÉTRICA DIGITAL

Projeto Final de Curso apresentado ao Curso de

Graduação em Engenharia Cartográfica como requisito

parcial para a obtenção do Grau de Engenheiro

Cartógrafo.

Orientador: Cel R/1 Jorge Luís Nunes e Silva Brito - Ph.D.

Rio de Janeiro

2002

2

c2002

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

Praça General Tibúrcio, 80 – Praia Vermelha

Rio de Janeiro - RJ CEP: 22290-270

Este exemplar é de propriedade do Instituto Militar de Engenharia, que poderá incluí-lo

em base de dados, armazenar em computador, microfilmar ou adotar qualquer forma de

arquivamento.

É permitida a menção, reprodução parcial ou integral e a transmissão entre bibliotecas

deste trabalho, sem modificação de seu texto, em qualquer meio que esteja ou venha a ser

fixado, para pesquisa acadêmica, comentários e citações, desde que sem finalidade

comercial e que seja feita a referência bibliográfica completa.

Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do autor e do

orientador.

Coelho F., Luiz C. T.Estação Fotogramétrica Digital / Luiz Carlos Teixeira Coelho Filho. - Rio de Janeiro :Instituto Militar de Engenharia, 2002.

35 f. : il., graf., tab. : - cm.

Projeto Final de Curso - Instituto Militar de Engenharia, 2002.

3

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

1o Ten LUIZ CARLOS TEIXEIRA COELHO FILHO

ESTAÇÃO FOTOGRAMÉTRICA DIGITAL

Projeto Final de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia

Cartográfica como requisito parcial para a obtenção do Grau de Engenheiro Cartógrafo.

Orientador: Cel R/1 Jorge Luís Nunes e Silva Brito - Ph.D.

Aprovado em 28 de outubro de 2002 pela seguinte Banca Examinadora:

_______________________________________________________________

Cel R/1 Jorge Luís Nunes e Silva Brito – Ph.D. (OSU) – Presidente

_______________________________________________________________

Prof. Oscar Ricardo Vergara – D. Eng. (USP)

_______________________________________________________________

Prof. Walter da Silva Prado – M. C. (INPE)

Rio de Janeiro

2002

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta obra a todos aqueles que me ajudaram a chegar neste ponto através de

seu valioso incentivo, esperando que, com este trabalho, tenha podido acrescentar mais um

pequeno tijolo na imensa parede do conhecimento e que as gerações futuras de

engenheiros cartógrafos possam se beneficiar do projeto E-FOTO, perdendo seus traumas

em enveredar-se pelos caminhos da fotogrametria digital.

5

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Cel NUNES, que, desde 1998 tem me guiado pelo caminho da

pesquisa científica e a quem, hoje em dia, já posso considerar em vários aspectos muito

mais que um mero tutor. Somente através da sua confiança em minha motivação e meu

potencial, pude conseguir propor este trabalho, aparentemente superdimensionado, mas

que felizmente chegou a atender a todos os objetivos propostos.

Aos professores e pessoal de nível técnico do Departamento de Engenharia

Cartográfica, os quais puderam me proporcionar um ambiente de tranqüilidade para que

pudesse desenvolver com segurança meu projeto de pesquisa.

Aos meus colegas da DSG (Tenentes BARRETO, MORAIS e FELIPE), do 4o Ano de

Engenharia Cartográfica e do 5o Ano, de inúmeras especialidades (em especial os Tenentes

DE ARAÚJO, GIOVANA e RAFAEL CORRÊA), sem a motivação dos quais seguramente

não teria chegado tão longe. Além destes, cabe ressaltar o papel fundamental do também

colega de turma Aspirante-a-Oficial HANS, que convenceu-me a usar o binômio C++/Qt, e

que, eventualmente, teve de dar-me suporte quanto ao desenvolvimento de software

através destas ferramentas.

Ao IME e ao Exército Brasileiro, organização e instituição que, com suas

peculiaridades e idiossincrasias aprendi a respeitar e amar.

À minha família, um agradecimento em especial, pois, mesmo muitas vezes não

tendo quase nenhuma noção do que eu estava a desenvolver, sempre deu seu suporte

material e espiritual.

E, sobretudo, ao Senhor Deus, que é o grande responsável por tudo o que foi citado

nos parágrafos acima e, principalmente pelo que será descrito nas páginas a seguir.

6

EPÍGRAFE

“ meu rosto agorasobrevoa

sem barulhoessa fotografia aérea

Aqui estánum papel

a cidade que houve(e não me ouve)

com suas águas e seus manguesaqui está

(no papel)uma tarde que houve

com suas ruas e casasuma tarde

com seus espelhose vozes (voadas

na poeira)uma tarde que houve numa cidade

aqui estáno papel que (se quisermos) podemos rasgar ”

Ferreira Gullar – “Uma Fotografia Aérea”

7

SUMÁRIO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................... 09

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 10

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS .................................................................. 11

LISTA DE SIGLAS ........................................................................................................ 12

RESUMO ....................................................................................................................... 13

ABSTRACT ................................................................................................................... 14

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 15

1.1 A Fotogrametria ao Longo da História ............................................................. 15

1.2 Enquadramento do Projeto .............................................................................. 16

1.3. Fotogrametria Digital no IME ............................................................................ 16

1.4 Motivação .......................................................................................................... 17

2 METODOLOGIA................................................................................................ 19

2.1 O Projeto E-FOTO............................................................................................. 19

2.2 Objetivos do PROFIC........................................................................................ 23

2.3 Métodos e Técnicas de Elaboração dos Componentes.................................. 24

3 RESULTADOS.................................................................................................. 31

3.1 Desempenho dos Programas.......................................................................... 31

3.2 Utilização do Material Didático......................................................................... 32

3.3 Sugestões para Trabalhos Futuros.................................................................. 33

4 CONCLUSÕES.................................................................................................. 34

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 35

ANEXO: VERSÃO IMPRESSA DO E-BOOK SOBRE FOTOGRAMETRIA DIGITAL

8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.1 – Enquadramento do PROFIC ............................................................... 16

Figura 1.2 – Componentes do Projeto .................................................................... 18

Figura 2.1 – Fluxograma do Projeto E-FOTO ......................................................... 19

Figura 2.2 – Tutorial de Fotogrametria Digital ........................................................ 21

Figura 2.3 – Homepage da Área de Atuação Fotogrametria Digital ......... .............. 22

Figura 2.4 – Screenshots do Programa de Configuração do Projeto ........ ............. 24

Figura 2.5 – Arquivo de Configuração de Projeto ................................................... 24

Figura 2.6 – Ajuda para o Programa de Configuração de Projeto .................... ...... 25

Figura 2.7 – Sobre E-Foto ................................................................................ ...... 25

Figura 2.8 – E-Book em Fotogrametria Digital ........................................................ 25

Figura 2.9 – Módulo de Parâmetros de Câmara ..................................................... 26

Figura 2.10 – Ajuda do Módulo de Parâmetros de Câmara .................................... 28

Figura 2.11 – Orientação Interior .......................................... .................................. 27

Figura 2.12 – Questionamento ao Usuário ............................................................. 28

Figura 2.13 – Janela Marcas Fiduciais ................................................................... 28

Figura 2.14 – Janela Arquivo .................................................................................. 29

Figura 2.15 – Exemplos de Resultados Obtidos com as Duas Transformações .... 29

Figura 2.16 – Programa de Medição Digital ........................................................... 30

Figura 3.1 – Algoritmo de Teste em Planilha MathCAD ......................................... 31

9

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Cronograma ......................... .............................................................. 23

10

LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

ABREVIATURAS

La – Matriz das Observações Ajustadas

Xa – Matriz dos Parâmetros Ajustados

MVC – Matriz Variância-Covariância

11

LISTA DE SIGLAS

CAD Computer Aided Design

PROFIC Projeto Final de Curso

IME Instituto Militar de Engenharia

DE/6 Departamento de Engenharia Cartográfica

GNU GNU's Not Unix

GPL General Public License

FDL Free Documentation License

GUI Graphic User Interface

DVP Digital Video Plotter

SSK Stereo Softcopy Kit

12

RESUMO

Este trabalho versa sobre o desenvolvimento de uma estação fotogramétrica digitaleducacional no âmbito do Departamento de Engenharia Cartográfica do Instituto Militar deEngenharia.

O conceito de estação fotogramétrica digital educacional envolve dois pilares básicos:a gratuidade dos programas componentes e o princípio de auto-aprendizagem, permitindo autilização da mesma sem nenhum ônus por qualquer pessoa que esteja disposta a fazê-lo.

A partir desse conceito, são desenvolvidas várias obras de apoio além dos programaspropriamente ditos, tais como: a ajuda dos componentes, o tutorial–online em fotogrametriadigital e a home-page de suporte da área de atuação Fotogrametria Digital.

O presente texto possui, além disso, a finalidade de prover o suporte necessário paraseu aproveitamento por outros pesquisadores interessados em realizar etapas futuras desteprojeto.

13

ABSTRACT

This work aims to develop an educational digital photogrammetric workstation at theDepartment of Cartographic Engineering of the Military Institute of Engineering.

The concept of an educational digital photogrammetric workstation deals with two mainpillars: the freedom of its many components and the self-teaching approach, allowing its usewith no cost by any person who is interested to do it.

From this concept, some support work is developed, like the software help, the onlinetutorial on digital photogrammetry and the support homepage of the Digital PhotogrammetryArea of the Terrain Imagery Workgroup.

Also, the current text has the intention to provide the necessary support for its use byother researchers interested in working on future steps of this project.

14

1. Introdução

1.1. A Fotogrametria ao Longo da História

Entende-se por fotogrametria o estudo da reconstrução do espaço tridimensional

(espaço-objeto) através de imagens bidimensionais (espaço-imagem). Tal ciência

encontrou especial utilidade na Engenharia Cartográfica, uma vez que pode ser usada

para reconstruir a superfície terrestre, bem como as inúmeras feições que se encontram

sobre a mesma.

Pode-se dizer que, durante muitos anos, esta ciência foi considerada a fonte mais

prática para a obtenção de dados cartográficos. Como conseqüência, muitos

equipamentos opto-mecânicos foram criados, levando aos conhecidos restituidores

analógicos e analíticos. No final dos anos oitenta, um pequeno grupo de empresas

mantinha o monopólio do setor, enquanto outras, menores, também tentavam dividir tal

mercado, oferecendo suas próprias soluções. Todas as soluções disponíveis, porém,

requeriam um certo nível de componentes ópticos e/ou mecânicos, acarretando em

preços muito altos para a aquisição de tais máquinas, tornando-as, assim, disponíveis

apenas para grandes empresas e instituições que fossem usá-las efetivamente na

produção intensiva de cartas e produtos afins. Nenhuma informação adicional sobre os

métodos de fabricação destes aparelhos era fornecida e muitas universidades e centros

de pesquisa (em especial aqueles situados em países em desenvolvimento) não tinham

condições de ter o equipamento mais avançado para conduzir seus projetos de ensino e

pesquisa. Desse modo, o ensino de fotogrametria, muitas vezes era restrito aos

princípios teóricos e à utilização de restituidores de segunda-mão.

Durante os anos noventa, entretanto, uma grande revolução no mundo da

fotogrametria foi vista. Os primeiros instrumentos totalmente digitais foram criados,

devido aos avanços da tecnologia computacional, que permitiram a manipulação em

tempo real de grandes arquivos matriciais de imagens. O estado-da-arte da

fotogrametria é representado hoje em dia pelas inúmeras técnicas de fotogrametria

digital, que pode ser descrita como a reconstrução automática do espaço-objeto através

de imagens, utilizando-se, para isso, de imagens digitais ou digitalizadas e de métodos e

processos computacionais.

O aparelho capaz de executar todas estas tarefas em conjunto chama-se estação

fotogramétrica digital, que nada mais é que uma estação de trabalho voltada para a

execução de tarefas fotogramétricas. Entre essas tarefas, pode-se destacar as seguintes:

15

módulo de definição de projeto, pré-processamento das imagens obtidas, orientação

interior com delimitação de parâmetros do certificado de calibração da câmara,

orientação exterior, aerotriangulação analítica (por feixes perspectivos), retificação e

normalização de imagens, extração semi-automática de um modelo de elevações do

terreno, ortorretificação e restituição em ambiente CAD.

Tal tecnologia começou a ser utilizada em larga escala a partir de 1995, tendo

chegado ao Brasil principalmente a partir de 1998. Hoje em dia, pode-se dizer que a

maior parte das instituições produtoras de dados cartográficos a emprega largamente, ou

pretende fazê-lo no mais curto período de tempo possível. A utilização e domínio da

mesma torna-se, então, essencial nos órgãos formadores de profissionais habilitados a

trabalhar junto à produção cartográfica atual.

1.2. Enquadramento do Projeto

Este trabalho insere-se no contexto do Grupo de Pesquisa de Imageamento do

Terreno (que segue a Linha de Pesquisa de Imageamento Digital) do Departamento de

Engenharia Cartográfica (DE/6). Convém ressaltar que o projeto E-FOTO (que será

delineado nos tópicos seguintes) não se restringe a este trabalho apenas (Figura 1.1).

Pelo contrário, pretende-se que este venha a se tornar uma linha de pesquisa constante,

permitindo a futura adesão de trabalhos em nível graduação e pós-graduação ao mesmo.

Figura 1.1 – Enquadramento do PROFIC

1.3. Fotogrametria Digital no IME

Nesta área em especial, destaca-se o IME, na figura do Departamento de

Engenharia Cartográfica, pelo pioneirismo na aquisição e transmissão do funcionamento

dos inúmeros métodos utilizados na fotogrametria digital. Após o ano de 1998, o DE/616

vem propagando sistematicamente tais conhecimentos na disciplina de mesmo nome

para o curso de graduação e para o programa de mestrado, além de estágios especiais

para engenheiros já formados e alunos de outras universidades que não possuem ainda

tal formação em seus currículos. Convém ressaltar que a disciplina não se restringe ao

conhecimento teórico do assunto – ela também consiste de inúmeros laboratórios onde

os alunos podem visualizar os procedimentos fotogramétricos sendo realizados em

estação comercial e, após isso, implementá-los de acordo com os conhecimentos

adquiridos em classe, permitindo a todos o entendimento do funcionamento – e não

apenas do modo de utilização – dos inúmeros programas que são utilizados hoje em dia

na produção cartográfica. Tais experiências vieram a se concretizar na realização de

diversos trabalhos de iniciação à pesquisa, projetos de fim de curso e dissertações de

mestrado, sempre na linha de desenvolvimento e implementação (em software

matemático ou linguagem de programação de alto nível) de procedimentos

fotogramétricos.

1.4. Motivação

Tendo em vista os fatores anteriormente descritos, pode-se compor um pano de

fundo para a situação da fotogrametria digital no Brasil.

Em geral, os cursos que oferecem disciplinas relacionadas a fotogrametria

apresentam uma escassez de equipamentos modernos, decorrente de uma falta de

recursos generalizada. Conseqüentemente, a maioria dos engenheiros é formada sem

qualquer treinamento formal em fotogrametria digital.

No IME, a Estação DVP encontra-se defasada de sete anos, e o Kit SSK é alugado

apenas por determinado período. Em revanche, houve um domínio da tecnologia

adquirido nos últimos cinco anos, uma vez que os algoritmos de fotogrametria digital são,

em geral, descritos nos manuais do gênero.

Por fim, um projeto como este necessita de quatro componentes principais:

pessoal, equipamento (computadores) e uma linguagem de programação que seja capaz

de processar tais processos, além, é claro, do conhecimento, que atua como peça

integradora dos três primeiros (Figura 1.2). Examinando esse diagrama, percebe-se que

já se dispõe, no próprio IME, dos pré-requisitos necessários para a elaboração de um

projeto deste porte, podendo o mesmo ser dividido em etapas, a curto e médio prazos, e

estando o presente PROFIC enquadrado no primeiro caso.

17

Figura 1.2 – Componentes do Projeto

18

2. Metodologia

2.1. O Projeto E-FOTO

O conceito básico do Projeto E-FOTO envolve o desenvolvimento e o

gerenciamento de uma Estação Fotogramétrica educacional.

A configuração de uma estação fotogramétrica digital envolve vários módulos, que

executam diferentes tarefas do fluxo de trabalho fotogramétrico (figura 2.1).

Figura 2.1 – Fluxograma do Projeto E-Foto

Na escolha dos componentes, foi priorizada a abordagem monoscópica (ou seja,

sem exibição estereoscópica) na maior parte dos casos, de modo a não limitar o projeto a

19

componentes específicos de hardware. O método de aerotriangulação escolhido foi o

analítico, usando os princípios baseados na equação de colinearidade (resseção

espacial e interseção espacial), que permitem a realização da orientação exterior em

conjunto com a própria aerotriangulação, sem a necessidade de execução das etapas

relativa e absoluta em separado, que demandavam um ajustamento baseado na

eliminação da paralaxe e dos componentes de base “by” e “bz”.

A abordagem educacional é expressa, principalmente, por dois pilares básicos: a

gratuidade dos componentes e o auto-aprendizado

Todos os componentes, sejam os programas, seja a literatura de apoio são

distribuídos livremente, podendo ser acessados por qualquer usuário. O software, em

especial, segue os princípios da Free Software Foundation, que podem ser enunciados

como:

“A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade no. 0)

A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas

necessidades (liberdade no. 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta

liberdade.

A liberdade de redistribuir cópias de modo que um usuário possa ajudar ao seu próximo

(liberdade no. 2).

A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que

toda a comunidade se beneficie (liberdade no. 3). Acesso ao código-fonte é um pré-

requisito para esta liberdade.” Fonte: [ 1 ]

Entre as várias licenças que se enquadram na categoria “software livre”, foi

escolhida a GNU GPL (GNU General Public License) para os programas e a GNU FDL

(GNU Free Documentation License) para os textos elaborados.

Para desenvolver os algoritmos fotogramétricos, foi escolhida a linguagem C++,

dada a maior popularidade da sintaxe C, aliada à capacidade de orientação a objeto, o

que facilita bastante o trabalho de programação. Aliado a isso, é utilizada a ferramenta

Qt, que é, ao mesmo tempo, uma classe de biblioteca C++ e uma caixa de ferramentas

GUI (Graphic User Interface). A escolha do Qt deu-se devido à sua gratuidade (livre para

Unix e disponível em versão não-comercial para Windows) e por ser multiplataforma.

Desse modo, todos os componentes podem ser compilados nos ambientes Unix,

Windows e Macintosh livremente, obviamente, possuindo-se a versão do Qt para cada

sistema operacional e um compilador C++ de qualidade (recomenda-se o G++ para Unix

20

e o Visual C++ para Windows).

A filosofia de auto-aprendizado pressupõe a existência de três níveis que

delimitam diferentes esferas de interação entre o usuário e o sistema.

No nível 1, enquadram-se os usuários que desejam apenas realizar alguma tarefa

fotogramétrica, utilizando, para isso, os executáveis. Para isso, há uma ajuda online de

cada um dos módulos, que abrange sua utilização e conceitos básicos de fotogrametria.

O usuário do nível 2, além de meramente aprender como utilizar os programas,

quer entender o funcionamento dos mesmos. Para isso, conta com o e-book em

fotogrametria digital (figura 2.2), que cobre todos os temas principais da fotogrametria.

Neste tutorial, é dado o enfoque auto-explicativo, ensinando-se não apenas os

princípios teóricos, mas também a montagem das equações e algoritmos. São atmbém

apresentadas comparações entre diferentes métodos e resultados. Na confecção do

tutorial, é priorizada a abordagem da auto-aprendizagem. Assim, a disciplina é

apresentada de tal modo que não é necessário qualquer conhecimento prévio em

fotogrametria.

Figura 2.2 – Tutorial de Fotogrametria Digital

O tutorial foi projetado para ser composto por dez capítulos, a saber:

1. Introdução

2. Princípios Básicos

3. Orientação Interior

4. Correlação de Imagens

5. Orientação Exterior

6. Aerotriangulação Analítica

7. Retificação/Normalização

8. Extração de MDT

21

9. Ortorretificação

10. Restituição Digital

Estes compõem o núcleo básico de assuntos em fotogrametria digital. Outros

tópicos menos essenciais, porém, merecedores de destaque especial, estão planejados

para futuras versões ao longo do desenvolvimento do projeto:

I. Projeto de Vôo Fotogramétrico

II. Fotogrametria Digital com Imagens de Satélite

III. Fotogrametria Digital a Curtas Distâncias

IV. Novas Tecnologias e Tendências Futuras

Por fim, o usuário pode consultar o código-fonte. Este código está comentado, de

modo a facilitar seu entendimento), verificando a aplicação dos métodos aprendidos.

Além disso, para aqueles que têm acesso à Internet, a homepage da Área de

Atuação “Fotogrametria Digital” (figura 2.3) apresenta toda a bibliografia nesta área

desenvolvida no DE/6, bem como o estado de desenvolvimento do projeto E-FOTO.

Figura 2.3 – Homepage da Área de Atuação Fotogrametria Digital

No nível 3, com o entendimento adquirido nos níveis 1 e 2, os usuários

interessados podem participar ativamente do projeto, melhorando o código, enviando

sugestões e desenvolvendo novos módulos e textos.

Como conseqüência, o usuário, ao final do terceiro nível, estará preparado para o

entendimento do processo de produção em um ambiente totalmente digital. A

fotogrametria digital não será mais um mistério para ele, e o abismo que separa os

22

conceitos ensinados nas universidades e a realidade da prática das empresas será

bastante reduzido. Mais importante que isso será a habilidade de criar e de desenvolver

senso crítico, pois o usuário/estudante não será um mero executante – ao contrário, terá

aprendido os conceitos do funcionamento de uma estação fotogramétrica digital.

2.2. Objetivos do PROFIC

Considerando as informações apresentadas no tópico anterior, os seguintes

objetivos foram delimitados para este Projeto de Fim de Curso:

w Delineamento do arcabouço do Projeto E-FOTO; Com a finalidade de, através da

presente documentação, assegurar uma base sólida para que outros trabalhos possam

juntar-se ao projeto como um todo.

w Realização de todos os capítulos do e-book, ficando pendentes apenas os apêndices;

w Confecção da homepage da Área de Atuação Fotogrametria Digital, contendo o site do

Projeto E-FOTO;

w Elaboração dos módulos: Definição de Projeto, Calibração de Câmara, Orientação

Interior e Medição Digital;

w Efetiva utilização do material desenvolvido no DE/6 já no ano de 2002; Visa criar, no

departamento, uma filosofia de utilização de sua própria solução em fotogrametria digital.

w Divulgação em nível nacional e internacional, angariando estudantes e pesquisadores,

assim como fundos para um possível financiamento do projeto. Realizado através da

apresentação do trabalho em dois simpósios: O Mid Term Symposium on New

Approaches for Education and Communication, da Comissão 6 da ISPRS e o III Simpósio

de Iniciação Científica do IME.

Um cronograma para estas etapas é descrito na Tabela 2.1:

Tabela 2.1 – Cronograma

23

2.3. Métodos e Técnicas de Elaboração dos Componentes

O primeiro dos componentes elaborados foi o programa de configuração de dados

do projeto (Figura 2.4). Ele funciona da seguinte forma: são inseridos os respectivos

valores nos campos correspondentes a cada um dos dados necessários para o projeto.

Estes campos vão sendo armazenados na memória e, quando o usuário clica no botão

“salvar”, os dados são, por sua vez, escritos em um arquivo .txt. Além destes dados, o

programa computa o coeficiente de refração do ar de acordo com a fórmula descrita em [2].

Figura 2.4 – Screenshots do Programa de Configuração do Projeto

Os arquivos texto gerados (Figura 2.5) podem ser usados como relatórios de cada

uma das etapas do projeto.

Figura 2.5 – Arquivo de Configuração de Projeto

Os arquivos gerados em cada uma das versões podem ser lidos pelo outro

programa, uma vez que os dados que importam ao software são apenas aqueles

localizados em determinadas linhas do arquivo. O restante é apenas uma série de textos

24

que visam complementar o arquivo digital, de modo a utilizá-lo como um relatório.

Figura 2.6 – Ajuda para o Programa de Configuração de Projeto

Figura 2.7 – E-Book sobre Fotogrametria Digital

Figura 2.8 – Sobre o Projeto E-Foto

Outros botões complementares do arquivo são: “Novo arquivo” (apaga todos os

25

campos), “Abrir arquivo” (abre arquivo de configuração de projeto já existente), “Salvar

arquivo” (salva os dados em um arquivo tipo texto), “Ajuda” (exibe a ajuda online para o

programa) – Figura 2.6, “Tutorial” (leva à página de onde podem ser lidos os capítulos do

e-book sobre Fotogrametria Digital) – Figura 2.7, “Sobre E-Foto” (mostra dados do

projeto) e “Sair” (fecha o aplicativo) – Figura 2.8.

O segundo dos componentes elaborados foi o programa de configuração de

parâmetros de câmara (Figura 2.9). Ele contem uma série de campos que devem ser

preenchidos com os dados constantes do respectivo certificado de calibração de câmara.

Segue uma interface bem semelhante à do programa de configuração de projeto, com os

mesmos botões. Os arquivos gerados (Figura 2.10) também são semelhantes, apenas

havendo neles os dados relativos à câmara, e não ao projeto.

Figura 2.9 – Módulo de Parâmetros de Câmara

Figura 2.10 – Ajuda do Módulo de Parâmetros de Câmara

26

Com estes dados devidamente salvos em arquivos de configuração, pode-se

realizar a primeira das operações fotogramétricas propriamente ditas: a Orientação

Interior. Esta se dá através do programa de mesmo nome, cuja interface está

representada na figura 2.11.

Figura 2.11 – Orientação Interior

O programa é composto de quatro janelas: a primeira, à esquerda, contém os

comandos do programa. Abaixo desta, encontra-se a janela de visualização das marcas

fiduciais, que contém todas as marcas exibidas em detalhe. A mais abaixo, à esquerda,

exibe uma cópia do texto que será salvo em arquivo como parâmetros da orientação

interior.

Os botões da janela principal são semelhantes aos já apresentados nos dois

módulos anteriores, à exceção de três: os dois primeiros, que servem para abrir os

arquivos de configuração de projeto e de câmara e o quarto, que realiza a orientação

interior e exibe os resultados em uma janela a parte. A seqüência operacional é a

seguinte:

w O primeiro botão abre a caixa de seleção de arquivo de configurações de projeto.

w O segundo botão exibe a janela de abertura de arquivo de configuração de câmara. No

momento em que o arquivo de câmara é aberto, o painel "Tipo de marcas fiduciais",

situado imediatamente abaixo dos botões da janela principal, torna visível o tipo de

marcas especificado no arquivo.

w O terceiro botão (abrir) exibe uma janela para seleção da imagem com a qual será

realizada a orientação interior. São aceitos os seguintes formatos: bmp, xbm, xpm, pnm,

png. São também suportados alguns tipos de jpeg. Dependendo do tamanho da

imagem, será necessário algum tempo para a exibição da mesma. Em ambientes

Windows, pode haver limitações no tamanho da imagem para sua exibição.

27

w Aberta a imagem, o usuário a percorre com o mouse, e, instantaneamente, na janela

"Marcas fiduciais", é exibido ampliado o trecho sob o mouse.

w Quando a cruzeta vermelha estiver sobre o centro da marca, deve-se clicar com o

botão esquerdo do mouse. Surge uma janela a perguntar se as outras marcas devem ser

localizadas automaticamente ou não. Se o processo escolhido for o manual, o programa

automaticamente posicionará a imagem próxima à segunda marca fiducial, uma vez que

o posicionamento das marcas foi definido no arquivo de configuração de câmera. O

processo deve ser repetido até que se chegue à última marca. Caso a opção automática

seja escolhida, o programa apenas exibibe as marcas selecionadas automaticamente

para conhecimento do operador. Esse processo é mais demorado e não é totalmente

garantido. Na dúvida, deve-se usar a opção manual.

w Em todo caso, ao se chegar ao final por qualquer um dos métodos, o programa

pergunta se o usuário está de acordo com as marcas medidas (Figura 2.12). Se não

estiver, pode-se refazer o processo.

Figura 2.12 – Questionamento ao Usuário

w A janela "marcas fiduciais" (Figura 2.13) exibe todas as marcas selecionadas.

Figura 2.13 – Janela Marcas Fiduciais

w Com as marcas selecionadas, pode-se executar a orientação interior clicando-se neste

botão. Há dois métodos: afim e similaridade. Eles são selecionados na janela principal,

abaixo dos botões. Surgirá uma janela com as estatísticas do processo, bem como uma

informação sobre a qualidade do ajustamento.

28

w A janela chamada "arquivo" (Figura 2.14) exibe as informações que serão salvas,

através do quinto botão, em um arquivo .txt, que será o arquivo de configuração da

orientação interior para aquela imagem.

Figura 2.14 – Janela Arquivo

Como já descrito, os modelos matemáticos empregados para realizar a orientação

interior são as transformações afim e de similaridade, que podem ser utilizados, por sua

vez, como ferramentas computacionais para o aprendizado de modelos matemáticos,

como La (observações ajustadas), Xa (parâmetros ajustados), MVC (matriz variância –

covariância), etc (Figura 2.15). As operações matemáticas de adição, multiplicação e

inversão de matrizes foram implementadas como funções do próprio programa, não

exigindo, assim, a necessidade de bibliotecas matemáticas.

Figura 2.15 – Exemplos de Resultados Obtidos com as Transformações Afim e de Similaridade

29

O último dos módulos elaborados como objetivo para este trabalho é o módulo de

medição digital (Figura 2.16). Este realiza a medição de coordenadas no sistema

imagem de pontos de campo e fotogramétricos, a serem salvos em um arquivo para

posterior processamento em um programa de aerotriangulação.

Figura 2.16 – Programa de Medição Digital

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3. Resultados

3.1. Desempenho dos Programas

Os módulos elaborados foram exaustivamente testados quanto à correção dos

algoritmos utilizados. Para isso, protótipos de aplicativos elaborados utilizando-se o

programa matemático MathCAD foram empregados (figura 3.1).

Figura 3.1 – Algoritmo de Teste em Planilha MathCAD

Outros testes foram realizados quanto à funcionalidade dos programas utilizados.

Foi verificado que, em programas compilados utilizando as bibliotecas Qt Non-

Commercial for Windows, imagens maiores que cerca de 2000 X 2000 pixels não eram

exibidas (as barras de rolagem se deslocavam para compensar o tamanho da imagem,

porém esta era representada como um grande retângulo cinza).

As funções de zoom, entretanto, continuavam normalmente (ao se passar o mouse

sobre ela, o trecho correspondente surgia ampliado na janela lateral). Consultando o

manual online das bibliotecas, descobriu-se que este problema era corriqueiro em

ambiente Windows, utilizando-se a versão não-comercial. Com a biblioteca livre para

Linux, isto não ocorreria.

Em testes realizados em uma compilação sob o ambiente Linux Red Hat 7.2,

imagens de 5000 X 5000 pixels foram exibidas normalmente. Não se determinou o

tamanho máximo passível de ser aberto, porém, o tamanho dado acima é aceitável para

o uso educacional da fotogrametria.

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3.2. Utilização do Material Didático

De modo a se testar o uso efetivo dos textos do e-book sobre Fotogrametria

Digital, uma pesquisa de opinião foi encaminhada aos alunos da disciplina Fotogrametria

Digital, do 4o Ano de Graduação em Engenharia Cartográfica do Instituto Militar de

Engenharia durante o ano de 2002. Os textos foram entregues impressos em tons de

cinza, para serem copiados. A versão dos mesmos é a que acompanha este trabalho,

como anexo. Antes de se distribuir o questionário, o projeto E-FOTO foi apresentado à

turma em um tempo de aula.

Público-Alvo: 2 Primeiros-Tenentes do Curso de Graduação

1 Tenente Peruano do Curso de Graduação

5 Alunos (Praças Especiais) do Curso de Formação e Graduação / Ativa

Sexo: 8 Homens / 0 Mulheres

Nível de Conhecimento de Fotogrametria: 6 cursaram regularmente as disciplinas

Fotogrametria Básica, Fotogrametria Analítica e Fotogrametria Digital; 1 cursou

regularmente as disciplinas Fotogrametria Básica, Fotogrametria Analógica (hoje

extinta), Fotogrametria Analítica e Fotogrametria Digital, além de realizar Iniciação à

Pesquisa em Fotogrametria; 1 cursou regularmente as disciplinas Fotogrametria Básica,

Fotogrametria Analítica e Fotogrametria Digital, além de realizar Iniciação à Pesquisa em

Fotogrametria e ser bolsista do CNPq em Iniciação Científica também na área de

Fotogrametria.

Apesar de ter sido aplicado a uma turma de oito alunos, amostra que não permite

realizar inferências estatísticas sobre a aceitação ou rejeição do trabalho, ressaltam-se

os resultados constantes abaixo:

Questionário Proposto:

1) Como o Sr. / a Sra. avalia o material didático?

( )Excelente ( )Bom ( )Regular ( )Ruim ( )Péssimo

2) Na sua opinião, qual é o grau de importância deste material?

( )Altíssimo ( )Alto ( )Médio ( )Baixo ( )Baixíssimo

3) Qual foi o seu grau de compreensão dos modelos e exemplos apresentados?

( )Altíssimo ( )Alto ( )Médio ( )Baixo ( )Baixíssimo

4) O texto apresentou-se claro, de fácil entendimento?

( )Totalmente ( )Parcialmente ( )Não está claro

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5) A leitura suscitou alguma mudança de interesse pela fotogrametria?

( )Totalmente ( )Parcialmente ( )Não houve mudança

6) Acrescente, caso seja de seu interesse, alguns comentários sobre o assunto.

Dentre as respostas coletadas, pôde-se traçar um perfil médio das opiniões

emitidas. Cabe lembrar que, devido ao pequeno número de componentes da amostra, é

impossível elaborar qualquer tipo de análise estatística.

A maioria dos entrevistados considerou o material excelente, tendo este grau de

importância alto. O grau de compreensão dos modelos e exemplos apresentados foi

médio para a maior parte dos envolvidos na pesquisa. Eles também consideram o texto

totalmente claro, porém não consideram que a leitura tenha suscitado algum tipo de

mudança de interesse pela fotogrametria.

3.3. Sugestões para Trabalhos Futuros

Como sugestões naturais para trabalhos futuros, pode-se citar: o desenvolvimento

do módulo de aerotriangulação e dos quatro apêndices do e-book.

Outro fator essencial que ainda encontra-se pendente é um módulo para

visualização estereoscópica que se incorpore às fases posteriores do projeto.

Convém ressaltar que estes são objetivos de necessidade imediata, ficando os

subseqüentes condicionados ao fluxograma que se encontra na figura 2.1.

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4. Conclusões

O trabalho realizado permitiu a identificação de algumas necessidades básicas do

público que estuda, ensina ou trabalha com fotogrametria. A partir das soluções

adotadas, algumas observações puderam ser traçadas.

Primeiramente, pode-se verificar a necessidade que os países em

desenvolvimento, em especial o Brasil, têm de diminuir o abismo tecnológico na área de

fotogrametria digital. Conseqüentemente, insere-se o conceito de um conjunto de

programas aliado a ferramentas educacionais como uma solução viável para que se

consiga a redução deste “abismo”.

Além disso, a experiência de produção de literatura no âmbito do IME coroa o

pioneirismo conquistado nesta área do conhecimento. O projeto E-FOTO em si surge,

naturalmente, como decorrência natural de todo esse esforço.

Como uma palavra final, espera-se ter pavimentado o caminho para a diminuição

do abismo tecnológico acima referido.

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5. Referências Bibliográficas

[1] O que é o Software Livre? – O Projeto GNU e a Fundação para o Software Livre.

http://www.fsf.org/philosophy/free-sw.pt.html em 05/06/2002.

[2] Schenk, Toni. Digital Photogrammetry – Volume I. TerraScience. 1a Ed. Estados

Unidos: 1999.

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