ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS ......ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 1.062, 04 ABRIL DE 2016. Dispõe sobre a Organização e o Plano

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ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS GABINETE DO PREFEITO

LEI Nº 1.062, 04 ABRIL DE 2016.

Dispõe sobre a Organização e o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos Guardas Civis Municipais da Administração Direta, Autárquica e Fundacional Integrantes do Poder Executivo do Município de Eunápolis-Bahia; Estabelece Perspectivas de Desenvolvimento Funcional; Institui Novos Padrões de Vencimento; Altera os artigos 3º e 5º da Lei Municipal nº. 511, de 19 de abril de 2004; Revoga os §1º e §2º do artigo 1º; §4º e §5º do artigo 5º; artigos 6º, 7º e 9º; anexo II, todos da Lei Municipal nº. 748, de 28 de julho de 2010, e e dá Outras Providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE EUNÁPOLIS, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, faz saber que a Câmara Municipal APROVA e, eu SANCIONO a seguinte lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 1º – Esta Lei dispõe sobre a organização e o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos Guardas Civis Municipais da Administração Direta, Autárquica e Fundacional Integrantes do Poder Executivo do Município de Eunápolis, Estabelece Perspectivas de Desenvolvimento Funcional, Institui Novos Padrões de Vencimento e dá Outras Providências, tendo por objetivo a eficiência, eficácia e a continuidade da Ação Administrativa, bem como a valorização e profissionalização desses servidores, mediante a adoção das políticas nelas previstas, inclusive, no tocante a sua estrutura, compreendendo a hierarquia e as competências institucionais.

§1º – Os dispositivos desta Lei estão fundados nos princípios constitucionais da legalidade, igualdade, impessoalidade, moralidade e eficiência.

§2º – O Regime Jurídico Único adotado para os Servidores do Município é o Estatutário.

§3º – SUPRESSO.

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Art. 2° – Os cargos de provimento efetivo do Quadro da Guarda Civil Municipal ficam com as quantidades, denominações, referências de vencimentos e formas de provimento estabelecidas na conformidade do Anexo I, integrante desta lei, onde se discriminam também as Partes e Tabelas.

Parágrafo Único – Para ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da guarda municipal, deverá ser observado o percentual mínimo de 20% (vinte por cento) para o sexo feminino.

Seção II

Do Glossário

Art. 2º – Para os efeitos desta Lei entende-se por:

I – Servidor Público: pessoa legalmente investida em cargo público, com atribuições específicas, com Regime Jurídico Único Estatutário e integrante da Administração Direta, das Autarquias e Fundações Públicas com personalidade de Direito Público;

II – Plano de Carreira: conjunto de normas que disciplinam o ingresso e regulamentam o desenvolvimento da carreira funcional do servidor público, objetivando a instituição de oportunidades e estímulos ao desenvolvimento pessoal e profissional dos trabalhadores, contribuindo com a qualidade dos serviços e constituindo-se em instrumento de gestão da política de pessoas;

III – Carreira: trajetória do servidor desde o seu ingresso no cargo público até o seu desligamento, organizada por classes de remuneração e níveis de vencimentos, observando a escolaridade, a qualificação profissional e a complexidade das atribuições a serem exercidas por seus ocupantes;

IV – Cargo ou Emprego Público: conjunto de atribuições e responsabilidades exercidas pelo servidor de maneira como previsto na Estrutura Organizacional do Serviço Público Municipal e legislação pertinente em vigor.

V – Vencimento: retribuição pecuniária pelo exercício de um cargo, com valor fixado em lei, nunca inferior a um salário mínimo vigente;

VI – Remuneração: vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas em lei;

VII – Avaliação de Desempenho: monitoramento do processo de trabalho e do conjunto de atividades desenvolvidas no exercício funcional de acordo com sua evolução, qualificação, desempenho e assiduidade funcional;

VIII – Preceitos Éticos: Conjunto de valores que otimizam o serviço público municipal, sendo eles:

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A) Ética: agir baseando-se em conduta moral de idoneidade;

B) Respeito: respeitar o ser humano;

C) Qualidade dos serviços: ter o compromisso de oferecer serviços de qualidade, com eficiência e bons resultados;

D) Responsabilidade: ser comprometido com os resultados, buscando a satisfação dos munícipes e de seus servidores;

E) Transparência: agir com respeito, transparência e comprometimento perante toda a comunidade com a qual está envolvida.

IX – Classes: divisões que agrupam dentro de um mesmo cargo a evolução na carreira por qualificação profissional;

X – Área de Qualificação: área de conhecimento e qualificação profissional da habilitação legal, com atribuições especificas do cargo efetivo;

XI – Cargo em comissão: cargos de atribuições de direção, chefia ou assessoramento, preenchidos por servidores de carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei;

XII – Formulário de avaliação de desempenho: instrumento no qual estão contidas informações referentes a aspectos quantitativos e qualitativos individualizados, tendentes a avaliar mérito e desenvolvimento na carreira, objetivando conduzir o exercício profissional a patamares mais elevados de complexidade segundo classes definidas nesta lei, a ascensão profissional, a apuração de meritocracia e faltas na conduta funcional do servidor ou infração funcional.

XIII – Grupo ocupacional: agrupamento de cargos com a mesma escolaridade e atribuições de complexidade e semelhança.

Seção III

Dos Princípios

Art. 3º – São princípios mínimos de atuação da Guarda Municipal de Eunápolis:

I – Disciplina e respeito a hierarquia;

II – Proteção e Guarda do Patrimônio Público Municipal;

II – Proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas;

IV – Preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas;

V– Patrulhamento preventivo;

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VI – Compromisso com a evolução social da comunidade; e

VII – Uso progressivo da força.

Seção IV Das Diretrizes e Objetivos

Art. 4º – O Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração ora estabelecido tem como diretrizes básicas:

I – Adoção do critério de merecimento para ingresso e desenvolvimento na carreira;

II – Adoção de uma sistemática de vencimento e remuneração, harmônica e justa, que permita a contribuição qualificada do Servidor na prestação de seus serviços.

III – Valorização e o desenvolvimento profissional do Servidor público de modo a possibilitar o estabelecimento de trajetória da carreira, mediante ascensão profissional;

IV – Prestação de serviços públicos de excelência na Guarda Civil Municipal, mediante a mobilidade, dentro dos limites legais vigentes, no cargo de ingresso na carreira, por reconhecimento das especialidades nos diversos ambientes organizacionais da Administração, considerando a avaliação e os deveres estabelecidos nesta Lei;

V – Adoção de instrumentos gerenciais de política de pessoal, integrados ao planejamento estratégico do Município.

Seção V

Das Competências e Das Atribuições

Art. 5º – É competência geral da Guarda Municipal a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais, prédios e demais instalações do Município.

Parágrafo único – Os bens mencionados no caput abrangem os de uso comum, os de uso especial e os dominiais.

Art. 6 º – São atribuições específicas dos Guardas Civis Municipais, respeitadas as competências dos órgãos federais e estaduais:

I – Zelar e proteger pelos bens, equipamentos e prédios públicos do Município em áreas abertas ou fechadas;

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II – Prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e instalações municipais;

III – Atuar, preventiva e permanentemente, no território do Município, para a proteção sistêmica da população, bens, serviços e instalações municipais;

IV – Colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social;

V – Colaborar com a pacificação de conflitos que seus integrantes presenciarem, atentando para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas;

VI – Proteger o patrimônio ecológico, histórico, cultural, arquitetônico e ambiental do Município, inclusive adotando medidas educativas e preventivas;

VII – Cooperar com os demais órgãos de defesa civil em suas atividades;

VIII – Interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades;

IX – Estabelecer parcerias com os órgãos estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração de convênios ou consórcios, com vistas ao desenvolvimento de ações preventivas integradas;

X – Articular-se com os órgãos municipais de políticas sociais, visando à adoção de ações interdisciplinares de segurança no Município;

XI – Integrar-se com os demais órgãos de poder de polícia administrativa, visando a contribuir para a normatização e a fiscalização das posturas e ordenamento urbano municipal;

XII – Garantir o atendimento de ocorrências emergenciais, ou prestá-lo direta e imediatamente quando deparar-se com elas;

XIII – Encaminhar ao Delegado de Polícia, diante de flagrante delito, o autor da infração, preservando o local do crime, quando possível e sempre que necessário;

XIV – Contribuir no estudo de impacto na segurança local, conforme Plano Diretor Municipal, por ocasião da construção de empreendimentos de grande porte;

XV – Desenvolver ações de prevenção primária à violência, isoladamente ou em conjunto com os demais órgãos da própria municipalidade, de outros Municípios ou das esferas estadual e federal;

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XVI – Auxiliar na segurança de grandes eventos e na proteção de autoridades e dignatários;

XVII – Atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e participando de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de ensino municipal, de forma a colaborar com a implantação da cultura de paz na comunidade local;

XVIII – Patrulhar o entorno das instalações de edifícios municipais e áreas adjacentes, e pessoas que lhes pareçam suspeitas, para possibilitar a tomada de medidas preventivas;

XIX – Zelar pela segurança de materiais e veículos postos sob sua guarda;

XX – Prestar socorro as pessoas acidentadas;

XXI – Exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e logradouros municipais, nos termos da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), ou de forma concorrente, juntamente com os Agentes Municipais de Trânsito, na forma de convênio celebrado com órgão de trânsito estadual ou municipal, bem como:

a) Orientar e prestar informações a qualquer cidadão sobre normas de trânsito;

b) Executar a fiscalização do trânsito em geral e de veículos que fazem o transporte escolar rural e urbano, moto-táxi, transporte coletivo de passageiros, táxi, ciclomotores, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis por infrações de circulação, estacionamento e parada, consoante legislação competente;

c) Fiscalizar o cumprimento das normas regulamentares e da programação operacional estabelecidas para o sistema de transporte público, aplicar medidas administrativas e/ou autuar por irregularidades ocorridas;

d) Fiscalizar e promover a retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade ou que possa gerar transtornos à sinalização viária, ou que venha obstruir ou interromper a livre circulação ou comprometer a segurança do trânsito;

e) Providenciar a sinalização de emergência e/ou medidas de reorientação do trânsito em casos de acidentes, alagamentos e modificações temporárias da circulação;

f) Fiscalizar e manter o controle operacional dos pontos regulamentares de táxi, moto-táxi e transporte coletivo;

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g) Auxiliar através de apoio operacional/fiscalização na realização de eventos em vias públicas por parte da comunidade, órgãos públicos e outros, mediante solicitação e autorização prévia da Prefeitura Municipal de Eunápolis e demais órgãos competentes;

h) Trabalhar em conjunto com o Departamento de Educação para o Trânsito, na realização de palestras e atividades educativas, com ou sem a presença da Polícia Militar, objetivando repreender ou educar condutores que tenham ou não cometido infrações de trânsito.

Parágrafo único – No exercício de suas competências, a guarda municipal poderá colaborar ou atuar conjuntamente com órgãos de segurança pública da União, dos Estados, do próprio Município ou de congêneres de Municípios vizinhos e, nas hipóteses previstas nos incisos XII e XIII deste artigo, diante do comparecimento de órgão descrito nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal, deverá a guarda municipal prestar todo o apoio à continuidade do atendimento.

Seção VI

Dos Deveres dos Guardas Civis Municipais

Art. 7º. – São deveres do servidor da carreira de Guarda Civil Municipal:

I – Ter conduta em conformidade com os preceitos disciplinares e hierárquicos da Guarda Civil Municipal de Eunápolis;

II – Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

III – Ser leal a instituição que servir;

IV – Observar as ordens de seus superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V – Atender com presteza e urbanidade o público em geral, prestando informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

VI – Ser assíduo e pontual ao serviço, inclusive, quando convocado para cumprimento de atividades em escala extraordinária;

VII – Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

VIII – Levar ao conhecimento das autoridades superiores as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;

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IX – Cooperar e manter o espírito de solidariedade com os colegas de trabalho;

X – Manter-se atualizado em relação as leis, estatutos, regulamentos, instruções e ordens de serviço que digam respeito às suas funções;

XI – Frequentar cursos instituídos para aperfeiçoamento ou especialização;

XII – Proceder, pública e particularmente, de forma que dignifique a função pública exercida;

XIII – Apresentar relatórios de suas atividades, nas hipóteses e prazos previstos em lei ou ato normativo interno;

XIV – Representar contra a ilegalidade, omissão ou abuso de poder;

XV – Ser disciplinado e respeitar a hierarquia.

Seção VII Das Proibições

Art. 8º. – É proibido ao servidor da carreira de Guarda Civil Municipal:

I – Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização de superior hierárquico;

II – Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto de que tenha guarda ou posse;

III – Recusar fé a documentos públicos;

IV – Opor resistência injustificada ao andamento da execução do serviço;

V – Promover manifestação de apreço ou desapreço no local de trabalho, à partido político, ideologia política, comprometendo a imparcialidade e isenção que deve ter o Guarda Civil Municipal;

VI – Cometer a pessoa estranha ao trabalho, fora dos casos previstos em lei, o desempenho da atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII – Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional, sindicato ou partido político;

VIII – Proceder de forma desidiosa;

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IX – Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

X – Praticar usura sob qualquer de suas formas;

XI - Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

XII - Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

XIII - Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XIV - Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Seção VII

Das Responsabilidades

Art. 9º – O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 10 – A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1º – Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 2º – A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 11 – A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 12 – A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 13 – As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 14 – A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

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Art. 15 – Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA DA CARREIRA

Seção I Da Investidura

Art. 16 – A investidura no cargo de Guarda Civil Municipal depende de aprovação em concurso público de provas e/ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para o exercício de suas atividades, que atenda aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sempre na Classe e padrão inicial do cargo.

§1º – São requisitos básicos para investidura em cargo de Guarda Civil Municipal:

I – Nacionalidade brasileira;

II - Gozo dos direitos políticos;

III – Quitação das obrigações militares, no caso de cidadãos do sexo masculino;

IV – Quitação das obrigações eleitorais;

V – Nível médio completo de escolaridade;

VI – Idade mínima de 18 (dezoito) anos;

VII – Aptidão física, mental e psicológica;

VIII – Disponibilidade de tempo integral para exercer suas atividades de acordo com a jornada de trabalho;

IX – Idoneidade moral comprovada por investigação social e certidões expedidas perante o Poder Judiciário estadual, federal e distrital.

§1º – Os concursos públicos para o provimento cargo de Guarda Civil Municipal serão voltados para suprir às necessidades da Prefeitura Municipal, podendo exigir

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conhecimentos e/ou habilitações específicas, bem como exames psicotécnicos ou outros, e terá como etapas obrigatórias:

I – Prova objetiva;

II – Teste de aptidão física para desempenho do cargo;

III – Avaliação médica;

IV – Exame psicotécnico;

V – Investigação social;

VI – Exame toxicológico.

VII – Curso de formação profissional de guarda municipal.

§2º – Para fins do parágrafo anterior, poderão ser destinadas vagas por conhecimentos e/ou habilitações específicas, se determinados por normas complementares federais ou estadual.

§3º – A lotação e o exercício do servidor definido pela Administração Municipal na investidura no cargo poderão ser alterados de ofício, de acordo com a necessidade de serviço.

§4º – Para o quanto disposto no inciso VII, caso o candidato aprovado tenha exercido a função de guarda civil municipal, em que lhe tenha sido ofertado o Curso de formação profissional de guarda municipal, com grade curricular compatível com a exigida no Município de Eunápolis, poderá ser concedido o aproveitamento de curso e aprovação imediata à fase posterior da seleção pública;

Seção I

Das Especificações

Art. 17 – A carreira única que integra o Quadro da Guarda Civil Municipal de Eunápolis é composta pelo cargo constante do Anexo I desta lei, passa a ser configurada na seguinte conformidade:

I – Nível I: Guarda Civil Municipal - 3ª Classe;

II – Nível II: Guarda Civil Municipal - 2ª Classe;

III – Nível III: Guarda Civil Municipal - 1ª Classe;

IV – Nível IV: Guarda Civil Municipal – 2ª Classe Distinta;

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V – Nível V: Guarda Civil Municipal – 1ª Classe Distinta;

§ 1º – O quantitativo de vagas do cargo público e dos postos previstos no caput deste artigo é o constante no Anexo II desta lei, podendo ser alterado de acordo com as especificidades de demanda, por Lei própria.

§ 2º – A partir da publicação desta Lei, os vencimentos base dos servidores públicos efetivos que compõem a Carreira da Guarda Municipal são os constantes do Anexo I desta lei.

Art. 18 – Os ocupantes dos cargos públicos efetivos de Guarda Municipal progredirão em sua carreira desde que aprovados em processo de avaliação de desempenho destinado à promoção para os postos de hierarquia imediatamente superiores, respeitada, em qualquer hipótese, a existência de vagas, bem como o cumprimento dos tempos de serviço mínimos no posto precedente, nos termos do Anexos II e III desta lei.

§1º – O processo de avaliação de desempenho a que se refere o caput deste artigo compreende as etapas contidas nos artigos 37 e seguintes, nas quais deverão ser aprovados os candidatos para serem promovidos aos postos hierárquicos.

§2º – Havendo necessidade de provimento de vagas, a partir do Nível III, poderá ocorrer seleção interna com aplicação de provas e títulos, desde que seja respeitado o interstício mínimo de 02 (dois) anos da referência que o servidor se encontra.

§3º – O servidor que for promovido por meio de seleção interna, não poderá apresentar no processo de avaliação de desempenho destinado à promoção para o posto subsequente os mesmos títulos que tenha apresentado para as promoções antecedentes.

§4º – Na hipótese de resultados iguais ao final das etapas do processo de avaliação de desempenho, serão considerados como critérios de desempate às vagas para o posto subsequente os seguintes, na ordem indicada:

I – a classificação do comportamento do candidato durante o tempo de serviço no posto precedente, conforme avaliação de desempenho do servidor;

II – o tempo de exercício de cargo público efetivo/posto hierárquico pertencente à estrutura funcional da Guarda Municipal de Eunápolis;

III – a idade do candidato, em ordem decrescente.

§5º – Os processos de avaliação de desempenho de que trata esta Lei, serão conduzidos por Comissões designadas por ato de competência do Prefeito.

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Art. 19 – Na data da publicação desta Lei, os ocupantes do cargo público efetivo de Guarda Municipal de Eunápolis ficam imediatamente enquadrados na Carreira nela instituída conforme a seguinte correspondência:

SITUAÇÃO FUNCIONAL NO INSTANTE ANTERIOR À PUBLICAÇÃO DESTA

LEI

CARGO PÚBLICO EFETIVO / POSTO HIERÁRQUICO PROPOSTO

Servidor que tenha sido admitido após 28.09.2011 e não tenha

cumprido os demais requisitos desta Lei.

Nível I: Guarda Civil Municipal - 3ª Classe;

Servidor que tenha sido admitido até 27.09.2011 e tenha cumprido os

demais requisitos desta Lei.

Nível II: Guarda Civil Municipal - 2ª Classe;

§1º – Para os servidores que forem enquadrados no posto hierárquico de Guarda Municipal de 1ª Classe, o tempo de serviço mínimo neste posto para fins de promoção para o posto subsequente de Guarda Civil Municipal - 2ª Classe, exigido no caput, será reduzido, em caráter excepcional, para 02 (dois) anos, sem prejuízo da aplicação das etapas do processo de avaliação de desempenho.

§2º – O servidor público efetivo terá computado, para os fins da progressão profissional, exclusivamente os períodos trabalhados em cumprimento das atribuições de seu cargo público/posto hierárquico, admitidos nesse cômputo, exclusivamente, os tempos de afastamentos referentes a licenças para frequentar cursos, congressos e seminários de interesse da Municipalidade, os de efetivo exercício de cargo de provimento em comissão, mandato classista, conforme as hipóteses previstas nesta lei e os de licença-maternidade.

Art. 20 – Integram o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos Guardas Civis Municipais da Administração Direta, Autárquica e Fundacional Integrantes do Poder Executivo do Município de Eunápolis, os anexos:

I – Quadro Geral de Cargo, Requisitos de Escolaridade, Vencimento, Vagas e Carga Horária: Composto pelo cargos com os seus respectivos quantitativos;

II – Quadro Geral de Cargos e Vagas: Composto pelas classes profissionais com o respectivo quantitativo de vagas;

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III – Quadro de Requisitos de Progressão Profissional: Composto pelos requisitos para mudança de classe;

IV - Padrão de Vencimentos dos Servidores do Quadro Geral do poder executivo do Município de Eunápolis: Constando os níveis e classes e os vencimentos de acordo com as classes;

V – Cursos da Progressão por Formação: Constando os cursos que habilitam para Progressão Por Formação.

Seção III Da Remuneração

Art. 21 – O servidor será remunerado de acordo com a Tabela de Vencimentos constante do anexo IV, conforme o seu enquadramento, jornada e evolução funcional.

§ 1° – Considera-se vencimento básico da Carreira o fixado para a classe inicial, no nível mínimo, estabelecido para o cargo;

§ 2° – A remuneração dos servidores ocupantes de cargos públicos deste Plano não poderá exceder o subsídio mensal do Prefeito Municipal, conforme disposto no art. 37, XI, da Constituição Federal;

§ 3° – O vencimento básico das Carreiras será reajustado anualmente, fixando-se a data base no mês de fevereiro de cada exercício financeiro, de acordo com a disponibilidade financeira, orçamentária e os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal;

§ 4° – O primeiro reajuste com fundamento na data base ora estabelecida ocorrerá no ano de 2017.

Seção V Da Vantagem Pessoal

Art. 22 – Faculta ao Chefe do Poder Executivo conceder, gratificação por Condição Especial de Trabalho – CET, de até 100% (cem por cento) do vencimento mensal, aos servidores de cargo em comissão.

Art. 23 – Poderá, o Chefe do Poder Executivo, conceder Função de Confiança Gratificada, de até 30% (trinta por cento) do vencimento mensal, de acordo com o que se destina a remunerar os encargos especiais que não justifiquem a criação de cargo, mas que exijam do Servidor maior grau de responsabilidade e dedicação.

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CAPÍTULO III DA JORNADA DE TRABALHO

Art.24 – A jornada de trabalho dos servidores regidos pela presente Lei é de 40 (quarenta) horas semanais.

Parágrafo Único - Para efeito do cumprimento da jornada de trabalho, serão consideradas 200 (duzentas) horas mensais, como divisor, para fins de cálculo do valor da hora extra.

Art. 25 – Os servidores poderão trabalhar em regime de 08 (oito) horas diárias, ou em regime especial de trabalho (plantão) diurno e/ou noturno, em atendimento a natureza e a necessidade do serviço, inclusive, em turnos de revezamento.

Parágrafo Único – Os plantões e/ ou turnos de revezamento serão cumpridos em regime de escala de 12X36 (doze horas de trabalho, por trinta e seis horas de descanso), salvo especificidade do serviço público, cuja jornada deverá ser regulamentada complementarmente mediante em escalas distintas ou sobreaviso pelo INSPETOR CHEFE, devidamente visada pelo Secretário da Pasta.

CAPÍTULO IV DA EVOLUÇÃO NA CARREIRA

Seção I Disposições Gerais

Art. 26 – A Evolução na Carreira ocorrerá no cargo de ingresso na carreira através de Progressão Horizontal, Progressão por Formação ou Promoção Funcional, e será mensurada por intermédio de avaliação de desempenho pessoal e coletivo, da qualificação profissional e da escolaridade do servidor.

Art. 27 – Estará habilitado a obter progressões e promoção o servidor que:

I – seja estável;

II – não tenha sofrido pena disciplinar nos últimos 03 (três) anos, salvo 01 (uma) advertência;

III – tenha obtido aprovação no mínimo de 02 (duas) avaliações de desempenho no último período de três anos;

IV – tenha cumprido o interstício mínimo de 03 (três) anos na referência em se encontra, tanto no caso de progressão horizontal, quanto no caso de Progressão por Formação;

V – não tenha, por cada ano, mais de 05 (cinco) faltas injustificadas;

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VI – tenha requerido expressa e tempestivamente, mediante RDV - Requerimento de Direitos e Vantagens.

§ 1º – É vedada a concessão cumulativa de progressões da mesma espécie, no mesmo exercício financeiro.

§ 2º – É proibida a concessão das Progressões Horizontal, Progressão por Formação concomitantemente, ou cumulativamente, no mesmo exercício.

§ 3º – As progressões serão concedidas com rubrica específica e nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal do exercício concessivo.

Art. 28 – Para efeito do cumprimento do interstício mínimo para as progressões e promoções que tratam a presente Lei, somente serão considerados os dias efetivamente trabalhados e as férias, sendo vedada na sua aferição os períodos de licenças e afastamentos acima de quinze dias, exceto:

I – nos casos de licença maternidade, cujo período é contado integralmente;

II – nos casos de afastamento por doença ou acidente de trabalho, cujo período é contado, desde que não superior a 12 (doze) meses;

III – mandato classista.

§ 1º – Nos casos dos afastamentos listados no inciso II deste artigo, o período prorrogado será o excedente aos 12 (doze) meses.

§ 2º – Nos casos de licenças e afastamentos descritos acima, a Avaliação de Desempenho recairá somente sobre o período trabalhado.

§ 3º – Não prejudica a contagem de tempo para os interstícios necessários para as progressões e promoções a nomeação para cargo em comissão, ou a designação para função gratificada.

§ 4º – A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

§ 5º – Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão computados, arredondando-se para um ano quando excederem este número.

§ 6º – A contagem do tempo para novo período iniciar-se-á no dia seguinte aquele que houver completado o período anterior.

Art. 29 – A Progressão por Formação será calculada sobre o vencimento básico do cargo do servidor.

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Art. 30 – O acesso na hierarquia Guarda Municipal, fundamentado principalmente no desempenho profissional e valor moral, é seletivo, gradual e sucessivo e será feito mediante promoções, de conformidade com a legislação e regulamentação de promoções de modo a obter-se um fluxo ascensional regular e equilibrado de carreira.

§1º – A promoção tem como finalidade básica o preenchimento de vagas pertinentes ao grau hierárquico superior, com base nos efetivos fixados no anexo II.

§2º – A forma gradual e sucessiva da promoção resultará de um planejamento organizado de acordo com as suas peculiaridades.

Seção II Da Progressão Horizontal

Art. 31 – Progressão Horizontal é a passagem dos servidores estáveis regidos por esta Lei de uma classe para outra superior, conforme anexo IV, a cada triênio de efetivo exercício, dentro da carreira q u e ocupe, com acréscimo de 2% (dois por cento) sobre o vencimento básico, observando as condições estabelecidas nos artigos 26 a 28 da presente Lei, sempre mediante requerimento do servidor, salvaguardado a promoção funcional.

§ 1° – A primeira progressão horizontal poderá ocorrer 03 (três) anos após o efetivo exercício.

Art. 32 – As Progressões Horizontais deverão ser requeridas, sempre após o período aquisitivo e nunca antecipadamente, mediante Requerimento de Direitos e Vantagens – RDV, no mês de maio ou no mês de novembro, e somente serão autorizadas após emissão de parecer da Comissão de Avaliação, nomeada através de decreto pelo Chefe do Poder Executivo, qual será constituída por servidores estáveis de diferentes grupos funcionais.

§ 1° – Para o período que trata o caput deste artigo, é considerado início e final do prazo o primeiro e o último dia útil do mês, respectivamente.

§ 2° – Os requerimentos realizados fora do prazo previsto no caput do presente artigo não serão conhecidos, sendo de plano indeferidos por intempestividade do pleito.

§ 3º – A progressão de que trata o caput, uma vez deferida, produzirá efeitos financeiros 90 (noventa) dias após o requerimento do servidor público, desde que atendido o disposto no presente artigo.

Seção III

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Progressão por Formação

Art. 33 – Progressão por Formação é o conjunto de elementos que caracterizam e dimensionam a experiência profissional dos servidores e será levada a efeito através de análise curricular, sempre no cargo de ingresso do servidor através de concurso público, uma vez comprovada a realização de qualificação profissional superior a exigida para o cargo exercido, observando as condições estabelecidas nos artigos 26 a 29 da presente Lei, sempre mediante requerimento do servidor.

Art. 34 – É considerado habilitado para a Progressão por Formação o servidor público que tiver realizado curso, com a devida certificação, desde que vinculado a área específica de atuação do cargo, de acordo com anexo V.

§ 1º – A comprovação da escolaridade para fins de Progressão por Formação dar-se-á mediante apresentação de diploma devidamente reconhecido pelo MEC, pelos Conselhos Federais ou Estaduais, ou ainda por entidades conveniadas a Prefeitura Municipal de Eunápolis.

§ 2º – Os títulos apresentados para fins de qualquer progressão só poderão ser utilizados uma única vez.

§ 4º – A Progressão por Formação ocorrerá mediante processo de Avaliação de Desempenho e Escolaridade acima do requisito do cargo.

Art. 35 – A obtenção de escolaridade superior à exigida como requisito para o cargo dar-se-á da seguinte forma:

Percentual Requisito 3% Certificado de curso de aperfeiçoamento com

duração mínima de 120 (cento e vinte) horas; 5% Certificado de Graduação em Ensino Superior;

10% Certificado de curso de pós-graduação lato sensu;

18% Certificado de curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado);

25% Certificado de curso de pós-graduação stricto sensu (doutorado ou pós-doutorado).

Art. 36 – As Progressões por Formação deverão ser requeridas, sempre após o período aquisitivo e nunca antecipadamente, mediante Requerimento de Direitos e Vantagens – RDV, no mês de maio ou no mês de novembro, e somente serão autorizadas após emissão de parecer da Comissão de Avaliação, nomeada através

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de decreto pelo Chefe do Poder Executivo, qual será constituída por servidores estáveis de diferentes grupos funcionais.

§ 1° – Para o período que trata o caput deste artigo, é considerado início e final do prazo o primeiro e o último dia útil do mês, respectivamente.

§ 2° – Os requerimentos realizados fora dos prazos previstos no caput do presente artigo não serão conhecidos, sendo de plano indeferidos por intempestividade do pleito.

§ 3º – A progressão de que trata o caput, uma vez deferida, produzirá efeitos financeiros 90 (noventa) dias após o requerimento do servidor público, desde que atendido o disposto no presente artigo.

Art. 37 – É permitida a percepção cumulativa dos percentuais previstos no art. 34, desde que respeitado o grupo ocupacional, o interstício mínimo, e que sejam decorrentes de cursos diferentes, e não relacionados ao mesmo grau de escolaridade, estando limitado ao percentual máximo de 50% (cinquenta por cento).

Seção IV Promoção

Art. 38 – Promoção é a elevação do servidor de uma classe para o nível inicial de outra classe, imediatamente superior dentro da mesma carreira de ingresso, mediante avaliação de desempenho e demais requisitos dos artigos 26 a 30 da presente Lei.

Parágrafo Único - As promoções serão efetuadas pelos critérios estabelecidos nos Anexos II e III, de acordo com o regulamento.

CAPÍTULO V

DO SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL Seção I

Da Avaliação de Desempenho

Art. 39 – Fica instituída a Avaliação de Desempenho, com os seguintes objetivos:

I – avaliar continuamente o desempenho individual e coletivo, direcionado ao desenvolvimento profissional;

II – estimular a reflexão sobre a qualidade dos serviços prestados ao cidadão;

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III – criar instrumentos de aferição de indicadores de qualidade como parâmetros para o desenvolvimento profissional e melhoria da prestação de serviços ao cidadão;

IV – subsidiar o planejamento de ações de capacitação e qualificação do Sistema de Formação e Desenvolvimento Profissional, na hipótese de implementação pelo Município de Eunápolis;

V – valorizar o servidor pelo conhecimento, habilidades, atitudes e pelo desempenho através da Evolução Funcional.

Art. 40 – A Avaliação de Desempenho é composta por:

I – Avaliação Especial de Desempenho, utilizada para fins de aquisição da estabilidade no serviço público, conforme o art. 41, § 4º da Constituição Federal;

II – Avaliação Periódica de Desempenho;

III – Evolução da Qualificação.

§1º – As notas e pontuação obtidas na Avaliação de Desempenho e Evolução da Qualificação, respectivamente, serão utilizadas para Evolução na Carreira na forma desta Lei.

§2º – As decisões das avaliações deverão ser devidamente motivadas pelo avaliador.

§3º – Das decisões das avaliações proferidas pela Comissão caberá recurso ao Secretário Municipal de Administração, qual poderá rever a decisão ou mantê-la, em qualquer dos casos devidamente motivada.

Art. 41 – A Avaliação Periódica de Desempenho será um processo anual e sistemático de aferição do desempenho do servidor compreendendo:

I – preceitos éticos;

II – assiduidade;

III – pontualidade;

IV – disciplina;

V – iniciativa;

VI – eficiência;

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VII – produtividade;

VIII – integração social com os colegas.

§ 1º – A avaliação de competências ocorrerá anualmente, até o dia 30 de outubro, a partir da identificação de conhecimentos, habilidades e atitudes, exigidas para o bom desempenho do cargo e para a prestação de serviços ao munícipe.

§ 2º – A Avaliação do servidor é condicionante para os casos de Transferência e Remoção, bem como de relatório circunstanciado do chefe imediato do servidor.

Art. 42 – As Avaliações de Desempenho serão realizadas por Comissão própria, cuja regulamentação ocorrerá por decreto, no prazo de 01 (um) ano contado da data de publicação desta Lei.

§ 1º – Compete à Secretaria Municipal de Administração a gestão da Avaliação de Desempenho.

§ 2º – A Comissão de Avaliação de Desempenho poderá, a qualquer tempo, utilizar-se de todas as informações existentes sobre o servidor avaliado, bem como realizar diligências junto às unidades e chefias, solicitando, se necessário, a revisão das informações, a fim de corrigir erros e/ou omissões.

CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 43 – Os grupos existentes na data de publicação desta lei ficam alterados e renomeados, conforme anexo I desta lei.

Art. 44 – Na implantação dos processos de Evolução na Carreira previstos nesta Lei, será observado:

I – A primeira Avaliação Periódica de Desempenho ocorrerá no ano de 2016;

II – O primeiro processo de Progressão por Formação:

a) ocorrerá no mês de novembro ano de 2016;

b) utilizará apenas uma Avaliação de Desempenho como critério para habilitação e classificação.

III – o segundo processo de Evolução Funcional:

a) ocorrerá no ano de 2017;

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b) utilizará apenas duas Avaliações de Desempenho como critério para habilitação e classificação.

Art. 45 – Os vencimentos dos cargos comissionados de livre nomeação e exoneração são os valores fixados por lei própria.

§1º – Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos por membros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade, sempre dentre aqueles Guardas Municipais que ocuparem maior nível em carreira;

§2º – servidor efetivo nomeado para o cargo comissionado, poderá optar pelo vencimento do seu cargo de carreira, acrescido de 40% (quarenta por cento).

Art. 46 – Os direitos e vantagens estabelecidos na presente Lei não são cumulativos com direitos e vantagens de mesma espécie previstos em leis especiais.

Art. 47 – Ficam assegurados os direitos adquiridos dos Servidores Públicos Municipais, inclusive, a contagem de tempo a título de Progressão Horizontal.

Art. 48 – Todo e qualquer pedido dos servidores deverá ser realizado mediante Requerimento de Direitos e Vantagens – RDV, tendo efeito somente após o deferimento do pedido pelo órgão competente.

Art. 49 – As guardas municipais utilizarão uniforme e equipamentos padronizados, preferencialmente, na cor azul-marinho.

Art. 50 – As despesas decorrentes da presente Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias consignadas no orçamento em vigor.

Art. 49 – Esta Lei consolida a carreira de servidores efetivos investidos no cargo de Guarda Civil Municipal.

Parágrafo Único – Os Guardas Civis Municipais ficam excluídos do amparo da Lei Municipal nº. 969 de 22 de dezembro de 2014, passando a serem regulamentados exclusivamente por esta lei.

Art. 51 – A Lei Municipal nº. 511, de 19 de abril de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 3º – A Guarda Municipal terá quadro, hierarquia e funções estabelecidas em Lei, fixado seu efetivo no limite estabelecido no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, entre homens e mulheres.

Parágrafo Único – O Regulamento da Guarda será estabelecido por Lei.

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Art. 5º – Aos servidores da Guarda Municipal, aplica-se o regime jurídico estatutário previsto na Lei Municipal nº. 341/1999.”

Art. 52 – Revoga-se os §1º e §2º do artigo 1º; §4º e §5º do artigo 5º; artigos 6º, 7º e 9º; anexo II, todos da Lei Municipal nº. 748, de 28 de julho de 2010.

§1º – O Anexo I da Lei Municipal nº. 748/2010 passa a vigorar com a redação do anexo VI da presente Lei.

§2º – A remuneração, e respectivo nível de remuneração, dos servidores que integram o comando da Guarda será tratada pela Lei que disponha sobre a Organização Administrativa Municipal, sua Estrutura, Define Competências e dá outras providências.

Art. 53 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, para que surtam todos os seus jurídicos e legais efeitos.

Gabinete do Prefeito

Eunápolis-BA, 04 de abril de 2016.

DEMETRIO GUERRIERI NETO Prefeito Municipal

Adm. LUIZ ARNALDO MAGALHÃES VIANNA Secretário Municipal de Administração

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ANEXO I DA LEI Nº. 1.062, DE 04 DE ABRIL DE 2016

QUADRO GERAL DE CARGOS, REQUISITOS DE ESCOLARIDADE, VENCIMENTO, VAGAS E CARGA HORÁRIA

GRUPO IV – CARGOS DE NÍVEL MÉDIO + PRÉ-REQUISITO OU CURSO TÉCNICO CARGO REQUISITO DE

ESCOLARIDADEVENCIMENTO

(R$) NÚMERO

DE VAGAS

CARGA HORÁRIA

Guarda Civil Municipal Ensino Médio Completo

+ Informática

R$ 1.450,00 200 40h

TOTAL DE VAGAS: 200


Eunápolis-BA, 04 de abril de 2016.

DEMÉTRIO GUERRIERI NETO

Prefeito Municipal


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ANEXO II DA LEI Nº. 1.062, DE 04 DE ABRIL DE 2016

QUADRO GERAL DE CARGOS E VAGAS

CARGO PÚBLICO EFETIVO / POSTO HIERÁRQUICO QTDE.

VAGAS

Nível I: Guarda Civil Municipal – 3ª Classe 70

Nível II: Guarda Civil Municipal – 2ª Classe 40

Nível III: Guarda Civil Municipal – 1ª Classe 30

Nível IV: Guarda Civil Municipal – 2ª Classe Distinta 30

Nível V: Guarda Civil Municipal – 1ª Classe Distinta 30

Total 200

Gabinete do Prefeito Eunápolis-BA, 04 de abril de 2016.


Prefeito Municipal


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ANEXO III DA LEI Nº. 1.062, DE 04 DE ABRIL DE 2016 REQUISITOS DE PROGRESSÃO PROFISSIONAL

CARGO PÚBLICO EFETIVO / POSTO HIERÁRQUICO TEMPO MÍNIMO

Nível I: Guarda Civil Municipal – 3ª Classe 05 anos

Nível II: Guarda Civil Municipal – 2ª Classe 05 anos

Nível III: Guarda Civil Municipal – 1ª Classe 05 anos

Nível IV: Guarda Civil Municipal - Classe Distinta – 2ª Classe

05 anos

Nível V: Guarda Civil Municipal - Classe Distinta – 1ª Classe -------

Gabinete do Prefeito Eunápolis-BA, 04 de abril de 2016


Prefeito Municipal


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ANEXO V DA LEI Nº. 1.062, DE 04 DE ABRIL DE 2016.

CURSOS DA PROGRESSÃO POR FORMAÇÃO

Nível Percentual Requisito Cursos I Inicial Ensino Médio Completo +

Informática Escolaridade mínima de Investidura no cargo.

II 3% Certificado de curso técnico profissionalizante com duração mínima de 120 (cento e vinte) horas

Curso técnico profissionalizante com duração mínima de 120 (cento e vinte) horas, desde que seja da área de Segurança Pública, Trânsito ou Defesa Civil.

III 5% Certificado de Graduação em Ensino Superior

Graduação em Administração; Direito; Educação Física; Pedagogia; Serviço Social; Gestão Ambiental.

IV 10% Certificado de curso de pós-graduação lato sensu

Curso de pós-graduação lato sensu, nas áreas relacionadas no item anterior, bem como na área de Segurança Pública, devidamente regulamentado e reconhecido pelo MEC, obtido em curso de especialização.

V 18% Certificado de curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado)

Curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado), nas áreas relacionadas no nível III, bem como na área de Segurança Pública, devidamente regulamentado e reconhecido pelo MEC, com defesa e aprovação de dissertação.

VI 25% Certificado de curso de pós-graduação stricto sensu (doutorado ou pós-doutorado)

Curso de pós-graduação stricto sensu (doutorado ou pós-doutorado), nas áreas de relacionadas no nível III, bem como na área de Segurança Pública, devidamente

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regulamentado e reconhecido pelo MEC, com defesa e aprovação de dissertação.


Eunápolis-BA, 04 de abril de 2016


Prefeito Municipal


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ANEXO VI DA LEI Nº. 1.062, DE 04 DE ABRIL DE 2016. ALTERA O ANEXO I DA LEI MUNICIPAL Nº. 748/2010

CARGOS DO COMANDO DA GUARDA

CARGO VAGAS REQUISITO DE ESCOLARIDADE JORNADA Inspetor Chefe 01 Nível Superior em Curso,

dentre aqueles servidores Guardas Municipais que ocuparem maior nível em carreira.

40h semanais

Inspetor 01 Superior em Curso 40h semanais Subinspetor 04 Ensino Médio Completo + Curso de

Aperfeiçoamento ou Profissionalizante na área

40h semanais


Eunápolis-BA, 04 de abril de 2016


Prefeito Municipal


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ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS ......ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIO DE EUNÁPOLIS GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 1.062, 04 ABRIL DE 2016. Dispõe sobre a Organização e o Plano