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ESTADO DE MATO GROSSO DEFENSORIA PÚBLICA SECRETARIA DO CONSELHO SUPERIOR Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência e efetivar a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade. Rua 04, Quadra 10 Lote 01 Setor A - Centro Político Administrativo - CEP. 78.049-040. Telefone: (065) 3613.3400 / Telefax: (065) 3613-3402 - Cuiabá-MT 1 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO Às nove horas (09:00h) do dia sete (07) do mês de abril do ano de dois mil e dezessete (2017), no Ed. American Business Center situado na Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 2254, Bosque da Saúde, Cuiabá-MT, se realizou, conforme disposição do artigo 18 do Regimento Interno do Conselho Superior da Defensoria Pública, aprovado pela Resolução n° 03/2004 de 16 de julho de 2004, a OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO. Abertura, conferência de “quorum”, verificação de sigilo e instalação da reunião pelo Presidente do Conselho Superior - artigo 25, I, RICSDP. PRIMEIRO: O Defensor Público-Geral e Presidente do Conselho Superior Silvio Jeferson de Santana fez a abertura dos trabalhos e conferiu a presença da maioria absoluta dos membros: O Primeiro Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, o Segundo Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti, os Conselheiros José Carlos Evangelista Miranda Santos, David Brandão Martins, Liseane Peres de Oliveira Toledo, Diogo Madrid Horita, Paulo Roberto da Silva Marquezini e Érico Ricardo da Silveira. Presentes, também, o Ouvidor-Geral Lúcio Andrade Hilário do Nascimento e a representante da AMDEP, Tathiana Mayra Torchia Franco. Foi registrada a presença do Defensor Público João Vicente. Ausente o Corregedor-Geral e Conselheiro Cid de Campos Borges Filho por motivos de saúde. O Presidente do Conselho Superior informou a inexistência de matéria que necessite sigilo e deu por instalada a reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública. Leitura do expediente e comunicações do Presidente artigo 25, II, RICSDP. SEGUNDO: O Presidente do Conselho Superior Silvio Jeferson de Santana cumprimentou a todos. Comunicações dos Conselheiros artigo 25, III, RICSDP TERCEIRO: O Presidente do Conselho Superior Silvio Jeferson de Santana solicitou que as comunicações fossem feitas ao final da sessão, em razão do número de procedimentos pautados, o que não houve objeção por parte dos Conselheiros. PROCEDIMENTOS PARA CONHECIMENTO: QUARTO: Processo nº: 99413-2017. Interessado (a): Ouvidoria-Geral. Assunto: Apresentação da pesquisa de satisfação aplicada no segundo semestre de 2016 em Cuiabá, nos Núcleos Cível, Atendimento ao Público e Propositura de Iniciais, Criminal, Infância e Juventude, Consumidor e Violência Doméstica. O Ouvidor-Geral solicitou que fosse distribuído o relatório de pesquisa de satisfação dos usuários da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, oportunidade em que o explicou item por item, resumidamente: A Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, por intermédio do seu Ouvidor-Geral Sr. Lúcio Andrade Hilário do Nascimento, em cumprimento ao dispositivo geral da Lei nº 132/2009, Art. 105-C, IX, realizou pesquisa de satisfação junto aos assistidos da Defensoria Pública de Mato Grosso, com o objetivo de mensurar seu grau de satisfação com relação aos serviços prestados, além de oferecer um canal de comunicação livre para que os assistidos possam expor seus sentimentos em relação aos serviços. Essa pesquisa busca também identificar os aspectos que os assistidos consideram mais importantes no relacionamento com a Defensoria Pública, permitindo identificar pontos fracos e fortes do atendimento oferecido. Para a realização da pesquisa de satisfação foi elaborado um formulário impresso e coletado as informações nos Núcleos Cíveis, Balcão/Iniciais/NEP, Consumidor/Violência Domestica, Criminal e Infância e Juventude, convidando os assistidos a responderem os aspectos de sua satisfação. Os dados foram coletados no mês de novembro de 2016, entrevistados 134 assistidos e os resultados são apresentados graficamente e por tabelas e doravante serão utilizados nas próximas pesquisas para comparar os indicadores criados neste relatório. Os conselheiros parabenizaram a iniciativa do Ouvidor-Geral e externaram seu apoio ao trabalho desempenhado. PROCEDIMENTOS PARA JULGAMENTO: QUINTO: Procedimento n°. 104894-2017. Interessado (a): Conselho Superior. Assunto: Edital nº 11/2017/DPG Remoção Voluntária 9ª Defensoria do Núcleo de Rondonópolis/MT - Área de Atuação: 5ª Vara (Juizado Especial Cível e Criminal), JUVAM Juizado Volante Ambiental e Diretoria do Foro - Critério Merecimento. Votação. O Presidente do Conselho Superior informou que o Defensor Público ADEMILSON NAVARRETE LINHARES foi o único inscrito e que preenche ele todos os requisitos legais. Solicitou que se repassasse, pois, à análise do procedimento, e em votação nominal, aberta e fundamentada, observadas as prescrições legais e as normas internas não conflitantes com a Resolução nº 70/2014, iniciando-se pelo Conselheiro votante mais

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DEFENSORIA PÚBLICA SECRETARIA DO CONSELHO SUPERIOR

Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência e efetivar a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.

Rua 04, Quadra 10 Lote 01 Setor A - Centro Político Administrativo - CEP. 78.049-040.

Telefone: (065) 3613.3400 / Telefax: (065) 3613-3402 - Cuiabá-MT

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ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Às nove horas (09:00h) do dia sete (07) do mês de abril do ano de dois mil e dezessete (2017), no Ed. American Business Center – situado na Av. Historiador Rubens de Mendonça, nº 2254, Bosque da Saúde, Cuiabá-MT, se realizou, conforme disposição do artigo 18 do Regimento Interno do Conselho Superior da Defensoria Pública, aprovado pela Resolução n° 03/2004 de 16 de julho de 2004, a OITAVA REUNIÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO SUPERIOR DA DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO.

Abertura, conferência de “quorum”, verificação de sigilo e instalação da reunião pelo Presidente do Conselho Superior - artigo 25, I, RICSDP.

PRIMEIRO: O Defensor Público-Geral e Presidente do Conselho Superior Silvio Jeferson de Santana fez a

abertura dos trabalhos e conferiu a presença da maioria absoluta dos membros: O Primeiro Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo, o Segundo Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti, os Conselheiros José Carlos Evangelista Miranda Santos, David Brandão Martins, Liseane Peres de Oliveira Toledo, Diogo Madrid Horita, Paulo Roberto da Silva Marquezini e Érico Ricardo da Silveira. Presentes, também, o Ouvidor-Geral Lúcio Andrade Hilário do Nascimento e a representante da AMDEP, Tathiana Mayra Torchia Franco. Foi registrada a presença do Defensor Público João Vicente. Ausente o Corregedor-Geral e Conselheiro Cid de Campos Borges Filho por

motivos de saúde. O Presidente do Conselho Superior informou a inexistência de matéria que necessite sigilo e deu por instalada a reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública.

Leitura do expediente e comunicações do Presidente – artigo 25, II, RICSDP.

SEGUNDO: O Presidente do Conselho Superior Silvio Jeferson de Santana cumprimentou a todos.

Comunicações dos Conselheiros – artigo 25, III, RICSDP

TERCEIRO: O Presidente do Conselho Superior Silvio Jeferson de Santana solicitou que as comunicações

fossem feitas ao final da sessão, em razão do número de procedimentos pautados, o que não houve objeção por parte dos Conselheiros.

PROCEDIMENTOS PARA CONHECIMENTO:

QUARTO: Processo nº: 99413-2017. Interessado (a): Ouvidoria-Geral. Assunto: Apresentação da pesquisa de

satisfação aplicada no segundo semestre de 2016 em Cuiabá, nos Núcleos Cível, Atendimento ao Público e Propositura de Iniciais, Criminal, Infância e Juventude, Consumidor e Violência Doméstica. O Ouvidor-Geral solicitou que fosse distribuído o relatório de pesquisa de satisfação dos usuários da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, oportunidade em que o explicou item por item, resumidamente: “A Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, por intermédio do seu Ouvidor-Geral Sr. Lúcio Andrade Hilário do Nascimento, em cumprimento ao dispositivo geral da Lei nº 132/2009, Art. 105-C, IX, realizou pesquisa de satisfação junto aos assistidos da Defensoria Pública de Mato Grosso, com o objetivo de mensurar seu grau de satisfação com relação aos serviços prestados, além de oferecer um canal de comunicação livre para que os assistidos possam expor seus sentimentos em relação aos serviços. Essa pesquisa busca também identificar os aspectos que os assistidos consideram mais importantes no relacionamento com a Defensoria Pública, permitindo identificar pontos fracos e fortes do atendimento oferecido. Para a realização da pesquisa de satisfação foi elaborado um formulário impresso e coletado as informações nos Núcleos Cíveis, Balcão/Iniciais/NEP, Consumidor/Violência Domestica, Criminal e Infância e Juventude, convidando os assistidos a responderem os aspectos de sua satisfação. Os dados foram coletados no mês de novembro de 2016, entrevistados 134 assistidos e os resultados são apresentados graficamente e por tabelas e doravante serão utilizados nas próximas pesquisas para comparar os indicadores criados neste relatório. Os conselheiros

parabenizaram a iniciativa do Ouvidor-Geral e externaram seu apoio ao trabalho desempenhado.

PROCEDIMENTOS PARA JULGAMENTO:

QUINTO: Procedimento n°. 104894-2017. Interessado (a): Conselho Superior. Assunto: Edital nº 11/2017/DPG –

Remoção Voluntária – 9ª Defensoria do Núcleo de Rondonópolis/MT - Área de Atuação: 5ª Vara (Juizado Especial Cível e Criminal), JUVAM – Juizado Volante Ambiental e Diretoria do Foro - Critério Merecimento. Votação. O Presidente do Conselho Superior informou que o Defensor Público ADEMILSON NAVARRETE LINHARES foi o único inscrito e que preenche ele todos os requisitos legais. Solicitou que se repassasse, pois, à

análise do procedimento, e em votação nominal, aberta e fundamentada, observadas as prescrições legais e as normas internas não conflitantes com a Resolução nº 70/2014, iniciando-se pelo Conselheiro votante mais

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Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência e efetivar a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.

Rua 04, Quadra 10 Lote 01 Setor A - Centro Político Administrativo - CEP. 78.049-040.

Telefone: (065) 3613.3400 / Telefax: (065) 3613-3402 - Cuiabá-MT

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antigo, foi obtido o seguinte resultado: ADEMILSON NAVARRETE LINHARES - 08 (oito) votos, ocasião em que todos registraram elogios ao Defensor Público interessado. A lista tríplice foi formada apenas com o nome

do Defensor Público Ademilson Navarrete Linhares, tendo em vista o parágrafo único do art. 63, da LCE nº 146/2003: “Parágrafo único. Poderá ser indicado à promoção por merecimento um número inferior de candidatos, na impossibilidade da formação de lista tríplice, em razão da inexistência de mais de 02 (dois) Defensores Públicos na entrância.” Decisão: “O Defensor Público-Geral proclamou removido, com fundamento no artigo 11, XXVIII, da LCE n° 146/2003, o Defensor Público ADEMILSON NAVARRETE LINHARES para a 9ª Defensoria do Núcleo de Rondonópolis/MT, com área de atuação perante a 5ª Vara (Juizado Especial Cível e Criminal), JUVAM – Juizado Volante Ambiental e Diretoria do Foro, pelo critério de merecimento.”

SEXTO: Procedimento n°. 388733-2016 apenso 239860-2014. Interessado (a): H.S.G. Assunto: Recurso em

face da decisão proferida nos autos do PAD 22/2014. Ex-Conselheira Relatora: Maria Luziane Ribeiro. Procedimento redistribuído ao Conselheiro Diogo Madrid Horita. O Primeiro Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo se declarou suspeito por já ter se manifestado nos autos, na

condição de Corregedor-Geral à época, o que fora acatado pelo Presidente do Conselho Superior. O Conselheiro Diogo Madrid Horita apresentou voto oral, ocasião em que informou que se pautará pelas informações

constantes no relatório da Corregedoria-Geral, bem como no documento assinado pelo ex-Defensor Público-Geral Djalma Sabo Mendes Junior. O PAD foi instaurado para apurar responsabilidade de emissão de dívidas sem prévio empenho. Consta nos autos a informação de que o Defensor Público H. S. G. teria assumido o comando da Instituição no dia 20-05-2012 e a ele somente poderá ser imputado eventual realização de despesa sem prévio empenho, correspondentes aos meses de julho, agosto, setembro e outubro do correspondente ano de 2012. A decisão de instauração do PAD consta às folhas 02-04, assinada pelo o Defensor Público-Gera à época, Djalma Sabo Mendes Junior. A decisão foi prolatada no dia 23-09-2014, para apuração de fato ocorrido no período supracitado. O julgamento fora iniciado em meados de julho e findado no mês de outubro do mesmo ano, constante às fls. 793-798, a qual aplicou penalidade de suspensão do Defensor Público pelo período de 30 (trinta) dias. Deste modo, considerando a decisão deste Egrégio Conselho Superior de que os atos de instauração e julgamento de PAD contra Defensor Público são de competência deste Colegiado, tem-se que o ato de instauração do presente Procedimento Administrativo Disciplinar é nulo e por consequência não gera efeitos. Desta feita, não teve condão de interromper a prescrição, pois do ano de 2012 até a presente data, não houve outros fatos interruptivos, em consonância com a nossa Lei Complementar de nº 146/2003. Posto isto, votou pela prescrição do presente procedimento. É como voto. O Conselheiro foi seguido pelos demais presentes aptos a votarem. Decisão: “O Conselho Superior, à unanimidade, em razão da interpretação à nova ordem constitucional e por entender que a instauração de PAD deve ser feita pelo Conselho Superior julgou nulo o procedimento desde sua instauração e decretou a prescrição da pretensão punitiva do Procedimento Administrativo Disciplinar de nº 22/2014, em razão do lapso temporal decorrido entre os fatos e a presente data, determinando o envio de cópia integral dos autos ao Ministério Público Estadual para apuração de eventual prejuízo ao erário.”

SÉTIMO: Procedimento n°. 388736-2016 apenso 239572-2014. Interessado (a): H. S. G. Conselheiro Relator: Diogo Madrid Horita. Assunto: Recurso em face da decisão proferida nos autos do PAD 21/2014. Obs. O procedimento está com vista para o Conselheiro Paulo Roberto da Silva Marquezini. O Conselheiro

informou que havia pedido vista dos autos para melhor análise, ocasião em que informou que acompanhará o voto proferido outrora pelo Conselheiro Relator pela prescrição. O Conselheiro Érico Ricardo da Silveira votou, também, pela prescrição. Decisão: “O Conselho Superior, à unanimidade, em razão da interpretação à nova ordem constitucional e por entender que a instauração de PAD deve ser feita pelo Conselho Superior julgou nulo o procedimento desde sua instauração e decretou a prescrição da pretensão punitiva do Procedimento Administrativo Disciplinar de nº 21/2014, em razão do lapso temporal decorrido entre os fatos e a presente data.”

OITAVO: Procedimento n°. 73974-2017. Interessado (a): Eduardo Silveira Ladeia. Assunto: Consulta acerca da

possibilidade de pagamento da diferença de vencimento em razão da designação para atuação em 2ª Entrância, embora com percebimento de subsídio correspondente à 1ª Entrância. Conselheiro Relator: Érico Ricardo da Silveira. Os Conselheiros Caio Cezar Buin Zumioti e Paulo Roberto da Silva Marquezini se declararam

suspeitos, tendo em vista que tal decisão os atingiria, independente do resultado, o que foi acolhido pelo Presidente do Conselho Superior. O Conselheiro Relator leu seu voto inserido nos autos nos seguintes termos: “Cuida-se de consulta relativa à possibilidade de pagamento da diferença de vencimento em razão da designação para atuação em 2ª Entrância, embora com percebimento de subsídio correspondente à 1ª Entrância. O consulente, em síntese, postula o recebimento administrativo das diferenças do subsídio em relação à sua designação para atuação em entrância superior à sua efetiva categoria na carreira. Informa que em 08/02/2013 foi nomeado Defensor Público Substituto por meio do ato 110/2013, tendo sido designado para o

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Núcleo da Defensoria Pública de Nova Xavantina-MT (núcleo de 2ª entrância), no dia 08/02/2013, conforme portaria 068/2013/DPG. Continuando, o consulente informa que a situação perdurou até 02/12/2016, quando, promovido a Defensor Público de 2º entrância, permaneceu no Núcleo de Nova Xavantina-MT, realizando as funções inerentes ao cargo em atuação nas duas varas existentes e Juizados Especiais da Comarca, sozinho, apesar da existência de duas Defensorias no Núcleo. Recebido o procedimento pelo Defensor Público Geral (fl. 04), foi determinada a notificação do colega interessado para que se manifestasse sobre o procedimento 537994-2014. Em resposta o consulente afirma que a situação descrita no procedimento anteriormente analisado pelo Conselho Superior é diferente ao seu questionamento (fl. 19 e seguintes). E o necessário. Antes de adentrar na análise do objeto da consulta, necessário assentar que se trata de mais uma situação alicerçada pela odiosa prática das designações que ocorrem na Defensoria Pública, prática esta que mantém a desorganização administrava da carreira, gerando insegurança jurídica para todos os membros e que necessita, urgentemente, ser finalizada, doa a quem doer. Em relação à consulta propriamente dita é importante, de plano, estabelecer alguns pontos que serão de grande valia para a análise da questão. Inicialmente é de se frisar que a situação fática apresentada no procedimento 537994-2014 é diametralmente oposta à do procedimento em análise. Ali, os colegas Defensores postularam a equiparação remuneratória em virtude de que em sua comarca de lotação (3ª entrância) existiriam Defensores Públicos de Entrância Superior (Entrância Especial) o que, segundo eles, atrairia a possibilidade de recebimento do subsídio equivalente aos colegas designados. O pleito foi corretamente rechaçado pelo Conselho Superior à época. No presente caso há um Defensor Público de uma entrância inferior postulando a diferença do subsídio por ocupar, em caráter permanente, Defensoria de entrância superior. O segundo ponto que deve ser levar consideração é a existência (ou não) de fundamento legal a amparar a situação apresentada. Como é de conhecimento geral a emenda constitucional 80/2014 reposicionou1 a Defensoria Pública no cenário politico constitucional brasileiro, passando a Defensoria Pública a ocupar seção exclusiva, estabelecendo expressamente a vocação da instituição com os Direitos Humanos e como instrumento do regime democrático. Com a alteração constitucional também se consolidou a simetria (já existente, diga-se) entre as instituições do sistema de justiça, estando a Defensoria Pública em pé de igualdade em relação ao Judiciário e o Ministério Público, por força do disposto no artigo 134, §4º da CF/88: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) (...) § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014) Mas qual o alcance da norma remissiva estabelecida no §4º do citado artigo? A Defensora Pública Patrícia Kettermann2 em interessante trabalho sobre a Defensoria Pública assevera: Considerando que a EC 80/14 (assim como todas as demais que tratam da Defensoria |Pública) são autoaplicáveis diante da vinculação essencial da Defensoria Pública com os Direitos Humanos (a instituição é, em si mesma, verdadeiro direito humano porque garante o direito a ter direitos), surgem alguns questionamentos acerca da sua extensão imediata. Um deles diz respeito à aplicabilidade da Lei orgânica da magistratura Nacional (LOMAN), em virtude do previsto na nova redação do parágrafo 4º do artigo 134 da CF, que determina a aplicação, no que couber, dos artigos 93 e 96, II da CRFB-ambos relacionados ao Poder Judiciário (repetindo em parte, regra insculpida no artigo 129, parágrafo 4º, da CRFB, que estende ao Ministério Público a aplicação do artigo 93, também no que couber). É certo que os princípios do artigo 93 passam a nortear também a Defensoria Pública, nos mesmos moldes do que já ocorre hoje com o Poder Judiciário e com o Ministério Público, em uma simetria constitucional de todo desejável, na medida em que o tratamento igualitário entre estes atores gera um amplo, eficiente e dinâmico acesso à justiça Para elucidar diversas situações que apareceram na doutrina institucional com a EC 80/2014 a ANADEP encomendou parecer3 dos juristas PIERPAOLO CRUZ BOTTINI, IGOR TAMASAUKAS e JOÃO ANTONIO SUCENA FONSECA, onde de maneira bem didática e sempre alicerçados na isonomia, nos esclarecem, ao serem indagados se a LOMAN pode ser aplicada aos Defensores Públicos: (...)pondera-se que tanto os membros da magistratura e do Ministério Público, como os Defensores Públicos são agentes políticos, e que o legislador constitucional, principalmente diante da promulgação da Emenda Constitucional nº80/2014, demonstra seu anseio em estabelecer uma relação isonômica entre as referidas carreiras. Pois bem. Atualmente, a Defensoria Pública é regulada pela lei Complementar 80 de 12 de janeiro de 1994 (LONDP) e, apesar de ainda não haver qualquer referência jurisprudencial ou doutrinária que assente nesse sentido, mas como base no ocorrido com as demais carreias aqui tratadas, presume-se que a referida lei foi recepcionada pela Constituição Federal, mormente após a promulgação da EC nº 80/2014, ao menos no que tange as disposições não

1 KETTERMANN, Patrícia. Defensoria Pública. São Paulo: Estúdio Editores.com, 2015. p.17.

2 Idem. p. 19.

3 http://www.apadep.org.br/media/PARECERPIERPAOLOOpini%C3%A3o-Legal-EC-80-2014-final.pdf <acesso em 24/02/2017>.

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conflitantes com esta. Por outro lado, observa-se que, com relação a alguns preceitos, a LONDP encontra-se indiscutivelmente desatualizada em relação à emenda constitucional em tela, principalmente no que concerne as garantias insculpidas no artigo 93, da Constituição Federal, na atual conjuntura aplicáveis aos defensores públicos, e por óbvio, não pontualmente tratadas na citada lei complementar. Dessa forma, como acima exposto, o intérprete da norma e aplicador do direito, em observância a integração da norma jurídica pela analogia, ao princípio da isonomia, bem como pela evidente simetria entre as carreiras da Magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública, deve aplicar, quando silente a LONDP e atentando-se ao cabimento e proporcionalidade de determinados preceitos, tanto a LOMAN quanto a LOMP, até que a nova lei complementar que regule a instituição seja promulgada sob a nova égide constitucional. Entendo, pois, considerando o Defensor Público enquanto agente político integrante de instituição constitucionalmente moldada e com suas bases fixadas pelo texto constitucional, que ausente norma que regulamente determinada matéria na LONDP (Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública – LC 80/1994) ou na LCEDP (no caso do Estado de Mato Grosso a Lei Complementar Estadual – LC 146/2003) devemos buscar guarida na LOMAN ou na LOMP. Cumpre mencionar que a norma remissiva ao estabelecer que se aplica “no que couber” os artigos 93 e inciso II do 96 da CF/88 compreende a aplicação daquilo que não for incompatível com as funções institucionais da Defensoria Pública e não podemos fazer um alargamento interpretativo no que concerne às normas de caráter eminentemente administrativo. Fixadas essas premissas é de se notar que nem a LONDP nem a LCE 146/2003 estabelecem regramento específico em relação ao objeto da consulta, diferente da LOMAN e da LOMP que estabelecem, mutatis mutandis, respectivamente: Art. 124. O Magistrado que for convocado para substituir, em primeira ou segunda instância, perceberá a diferença de vencimentos correspondentes ao cargo que passa a exercer, inclusive diárias e transporte, se for o caso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 54, de 22.12.1986) Art. 45. O membro do Ministério Público, convocado ou designado para substituição, terá direito à diferença de vencimento entre o seu cargo e o que ocupar. Apesar da inexistência de regramento específico sobre o recebimento da diferença pela atuação da entrância superior, a Lei complementar estadual ajuda a estabelecer algumas regras no tratamento da questão ao estabelecer: Art. 34 A carreira de Defensor Público é organizada em classes e entrâncias, sendo constituída de cargos de provimento efetivo, providos, na classe inicial, por concurso público de provas e títulos assim estruturados: VI - Defensor Público Substituto, com designação para exercer as funções preferencialmente nos órgãos de atuação das Comarcas de 1ª Entrância, em auxílio ou substituição ao titular, sendo a classe inicial da carreira. § 2º Os Defensores Públicos Substitutos poderão ser designados excepcionalmente para exercerem as funções em Comarcas de Entrância mais elevada, por necessidade imperiosa dos serviços institucionais. § 3º A lotação dos Defensores Públicos Substitutos será feita quando da sua efetivação nas funções após cumprido o estágio probatório e confirmado no cargo de Defensor de 1ª Entrância. Art. 68 A designação para auxílio ou substituição dos membros da Defensoria Pública far-se-á dentre os integrantes de igual entrância na carreira. Parágrafo único Excepcionalmente, os membros da Defensoria Pública poderão ser substituídos por necessidade de serviço, por ocupante de cargo de entrância inferior ou superior. Não se pode tolerar que o Defensor Público que atue em nível superior de sua efetiva classe não perceba o subsídio a ela correspondente, pois assim estaria a Administração Pública, de maneira velada, corrompendo a irredutibilidade dos vencimentos e “economizando” ao determinar designações de Defensores de entrâncias inferiores, o que seria uma forma de se locupletar ilicitamente. Entretanto, compreendo que devem ser fixadas algumas balizas, estabelecendo, com amparo no que se encontra expresso na legislação, requisitos para a concessão, a saber: 1) – Apenas o Defensor Público estável, que estiver designado para entrância superior de sua lotação originária, desde que a designação tenha se dado excepcionalmente, par atender situação de relevância ou força maior; 2) – Somente há possibilidade de pagamento da diferença quando a designação/substituição tenha se dado em comarca onde há cargo existente e efetivamente vago, não compreendendo designações que extrapolem o número de Defensorias existentes na respectiva entrância conforme resolução 46/2011.; 3) – A diferença só terá incidência sobre o subsídio e valores dele decorrentes (ex. 13º, férias), não se considerando quaisquer verbas extras (verbas indenizatórias, auxílios, etc.). Passamos a explicar as balizas. A vedação para os Defensores Públicos substitutos fica evidente, pois em relação a eles a própria LCE estabelece a possibilidade de designações extraordinárias. E também me parece óbvio que a designação de Defensor Público estável não pode se dar pela simples “vontade” do Defensor Público Geral, sem qualquer critério relevante, sob pena de se subverter o padrão de legalidade, impessoalidade e moralidade que vinculam a Administração Pública e soterrar a inamovibilidade. No caso concreto temos um Defensor Público de primeira entrância que permaneceu sozinho em uma Defensoria superior, onde existiam duas vagas em aberto. Os princípios da administração voltam à tona quando da explicitação dos motivos do 2º requisito, ou seja, a vedação de pagamento de diferenças em relação a Defensores Estáveis que estão designados em vagas inexistentes. Ora, quando a Administração Pública estabeleceu determinada quantidade de Defensores para uma Comarca, legalmente, o fez porque entendeu que naquela localidade, aquele número de membros seria suficiente, em tese. Assim, quando a administração entende por preencher determinado local existente e que está vago com Defensor Público de entrância inferior (como no caso dos autos), decide estabelecer em caráter

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permanente, justamente porque a priori, já alcançava a ideia de que aquela vaga necessitava ser ocupada. Isso não ocorre quando a Administração Pública “cria” nova Defensoria fora dos limites legalmente previstos, porque quando o faz, a situação fática deveria ser temporária, evitando assim designações de ocasião. Essa “nova vaga” criada onde não há “espaço”, não pode ser legitimada, não possuindo o necessário caráter permanente que possibilitaria o recebimento da diferença. Em relação ao recebimento da diferença apenas no que tange ao subsídio (considerando que o mesmo expressa um valor único de contraprestação financeira a ser percebido pelo agente político), na Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso as verbas indenizatórias de moradia e transporte são pagas igualmente entre os Defensores, e não há que se falar em diferença em relação às outras verbas como o auxílio livro, já que possuem natureza jurídica diversa e seu pagamento fica vinculado à prévia existência de orçamento. Assim, decido pela possibilidade do pagamento das diferenças correspondentes entre a classe que ocupa o Defensor Público e sua efetiva lotação em decorrência da designação, obedecendo aos requisitos acima elencados, ou seja, apenas quando o Defensor Público estável estiver em substituição/designação em entrância superior que estiver efetivamente vaga, por motivo de excepcional relevância ou força maior, e somente em relação ao subsídio e seus reflexos. Em relação ao caso concreto verifico que o consulente exerceu sua atividade em entrância superior e em comarca onde existiam dois cargos vagos da Defensoria, por mais de 03 anos, designado por motivo relevante, já que único Defensor Público atuante na localidade. Entretanto, não faz jus ao recebimento pelo período como Defensor Público Substituto. Considerando os reflexos financeiros que podem ocorrer, recomendo que a Defensoria Pública Geral elabore estudo de impacto orçamentário, apresentando lotacionograma atualizado dos Defensores Públicos, devendo contemplar todas as designações de Defensores estáveis (seja em entrâncias inferiores ou superiores), no prazo previsto para apresentação da proposta orçamentária, para contemplar, a partir próximo exercício financeiro, o pagamento das diferenças. É como voto.”. O Primeiro Subdefensor Púbico-Geral e Conselheiro Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo parabenizou o Conselheiro Relator pelo voto proferido, mas discordou de alguns

pontos trazidos na leitura da decisão. Consignou que o Ministério Público e o Judiciário já estão, razoavelmente na maioria dos casos, devidamente estruturados. Já a Defensoria Pública, está em processo contínuo de construção da sua estrutura e, em função disto, situações excepcionais têm sido tratadas no campo da excepcionalidade. Quando inaugurada a Defensoria Púbica no Estado de Mato Grosso, muitos dos Defensores Públicos ocuparam as suas funções em Entrâncias diversas. O Conselheiro adiantou que visualiza dificuldade na saída apresentada pelo Professor Bottini, de aplicação imediata dessas legislações, por conta das peculiaridades que guardam a estruturação da Defensoria Pública brasileira. Se raciocinarmos da forma como ele coloca, é como se fosse um divisor de água, por trazer impacto considerável na execução orçamentária e financeira das Defensorias. Por esse motivo, é uma constante construção. Desta feita, registrou que aquilo que Bottini coloca enquanto aplicação é dentro de um ideal que todos os Defensores Públicos buscam, mas por ora acredita que independentemente das opiniões, seria interessante que todos pudessem se sentir partícipes diretamente dos prós e dos contras, corresponsáveis por esse avanço sustentável, de modo que não gere benefícios pra uns em detrimento de outros, ou que possa deixar a Instituição em situação de vulnerabilidade. O Presidente do Conselho Superior passou a colher os votos. O Conselheiro Primeiro Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Marcio Frederico de Oliveira Dorilêo louvou a sugestão e iniciativa, mas discordou de alguns pontos do voto

proferido pelo Conselheiro Relator, oportunidade em que abriu divergência parcial, para tentar fazer com que a partir dessa provocação, possa fixar um marco da Instituição em buscar harmonizar, como já está sendo feito, a legislação nos ditames da Constituição e observar, como bem lembrado pelo Conselheiro José Carlos Evangelista, as avaliações de planejamento e impacto das medidas adotadas. Então, nesse sentido, apresentou discordância ao voto apresentado, mas louvou a fundamentação para sugerir que o Conselho Superior continue a debater a necessidade e acompanhar a partir do encaminhamento da nova minuta que será apresentada neste CSDP. O Conselheiro José Carlos Evangelista Miranda Santos entende que essa situação deve ser

solucionada, pois traz injustiça a alguns Defensores Públicos, especialmente àqueles interessados diretamente, oportunidade em que manifestou sua concordância neste aspecto. Sob o principio da responsabilidade financeira e princípio da legalidade, entende não ser possível por ora atender ao pleito. Acolheu, ainda, a recomendação para que seja realizado estudo, com posterior remessa à comissão legislativa, para que no futuro seja solucionado tal fato. O Conselheiro David Brandão Martins solicitou, antes de proferir o seu voto, que seja feito

referido estudo, oportunidade em que acrescentou pedido para que seja informada nos autos a quantidade de Defensores Públicos estáveis não estão atuando em sua lotação de entrância. O procedimento fora convertido em diligência para que seja feito estudo de impacto orçamentário, apresentando lotacionograma atualizado dos Defensores Públicos, o qual deverá contemplar todas as designações de Defensores Públicos estáveis, sejam em entrâncias inferiores ou superiores, bem como acrescentar a quantidade de Defensores Públicos estáveis que não estão atuando em sua lotação de entrância.

NONO: Procedimento n°. 349870-2016. Interessado (a): T. M. M. C. Assunto: Reclamação disciplinar ofertada

em desfavor dos (as) Defensores (as) Públicos (as) M. A. e A. P. A. Conselheiro Relator: Márcio Frederico de

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Oliveira Dorilêo. O Conselheiro Relator leu seu voto inserido nos autos nos seguintes termos: “Cuida-se de comunicação de suposta infração disciplinar oferecida pela Sra. Tânia Marisa do Monte e Castro, em desfavor dos ilustres Defensores Públicos do Núcleo de Regularização Fundiária, Dr. Air Praeiro Alves e Dr. Munir Arfox. Narra a reclamação que os ilustres membros teriam, em tese, defendido os interesses de invasores de propriedade rural situada em área remanescente da Fazenda São Francisco, no Município de Santo Antônio do Leverger, sem a comprovação de pobreza. Apresentada a defesa às fls. 660/663, os autos foram remetidos para análise da Primeira Subcorregedora-Geral que, no Parecer nº. 03/2017/ASG/SGDP (fls. 734/741), opinou pelo arquivamento dos autos, ante a ausência de comprovação de qualquer tipo de violação do dever funcional. É o breve relato. Pois bem, a irresignação da denunciante diz respeito ao atendimento realizado pelos ilustres Defensores Públicos, Dr. Air Praeiro Alves e Dr. Munir Arfox, aos integrantes da Associação de Pequenos e Médios Produtores Rurais do Vale Abençoado – Município de Santo Antônio do Leverger/MT, envolvendo conflito fundiário, tratando-se de matéria que envolve direitos coletivos lato sensu. Ab initio, cumpre-nos registrar que, sobre a legitimidade ativa para ajuizamento de ações coletivas, no julgamento da ADI 3943, o Supremo Tribunal Federal afirmou a legitimidade da Defensoria Pública para a defesa dos direitos individuais e coletivos, conforme precedente a seguir citado, in verbis: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEGITIMIDADE ATIVA DA DEFENSORIA PÚBLICA PARA AJUIZAR AÇÃO CIVIL PÚBLICA (ART. 5º, INC. II, DA LEI N. 7.347/1985, ALTERADO PELO ART. 2º DA LEI N. 11.448/2007). TUTELA DE INTERESSES TRANSINDIVIDUAIS (COLETIVOS STRITO SENSU E DIFUSOS) E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. DEFENSORIA PÚBLICA: INSTITUIÇÃO ESSENCIAL À FUNÇÃO JURISDICIONAL. ACESSO À JUSTIÇA. NECESSITADO: DEFINIÇÃO SEGUNDO PRINCÍPIOS HERMENÊUTICOS GARANTIDORES DA FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO E DA MÁXIMA EFETIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: ART. 5º, INCS. XXXV, LXXIV, LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE NORMA DE EXCLUSIVIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA AJUIZAMENTO DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO PELO RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE. Nesse sentido, segundo pontuou a Ministra Cármen Lúcia, em um país como o nosso, marcado por graves desigualdades sociais e pela elevada concentração de renda, uma das grandes barreiras para a implementação da democracia e da cidadania ainda é o efetivo acesso à Justiça. Somente se conseguirá promover políticas públicas para reduzir ou suprimir essas enormes diferenças se forem oferecidos instrumentos que atendam com eficiência às necessidades dos cidadãos na defesa de seus direitos. Nesse sentido, destaca-se a ação civil pública. Dessa feita, não interessa à sociedade restringir o acesso à justiça dos hipossuficientes. Afirma na discussão, ainda, que, in litteris: (...) Condicionar a atuação da Defensoria Pública à comprovação prévia da pobreza do público-alvo diante de situação justificadora do ajuizamento de ação civil pública (conforme determina a Lei n. 7.347/1985) parece-me incondizente com princípios e regras norteadores dessa instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, menos ainda com a norma do art. 3º da Constituição da República: “Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; (...) III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. Para consecução desses objetivos, “a melhor interpretação que se pode dar a qualquer direito ligado ao acesso à justiça é aquela que não cria obstáculo à sua efetivação. Que o torne elástico a ponto de alcançar o maior número de pessoas possíveis; que solucione os conflitos de massa da sociedade moderna” (NOGUEIRA, Vânia Márcia Damasceno. “A nova Defensoria Pública e o Direito Fundamental de acesso à Justiça em uma neo-hermenêutica da hipossuficiência.” Repertório de Jurisprudência da IOB. V. III. Civil, Processual Civil, Penal e Comercial. Jan. 2011. p. 29). (...) Ressalte-se, desde já, que a LACP não condiciona a atuação da Defensoria Pública apenas aos casos em que haja interesse exclusivo de hipossuficientes. Ao inverso: dispensa-lhe o mesmo tratamento dado à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e ao Ministério Público, ou seja, outorga-lhe tal possibilidade independentemente de quaisquer requisitos. Diferente, porém, é o regramento imposto às associações, a quem, além do requisito temporal, impõe-se incluir, dentre suas finalidades sociais, a proteção aos direitos abarcados pela LACP para comprovar legitimidade e pertinência temática. Daí porque se diz que o tratamento diferenciado, estabelecendo requisitos de atuação para um dos legitimados, importa silêncio eloquente, a significar que os demais agentes legitimados não se subordinarão a qualquer restrição de atuação. É o que ocorre com a Defensoria Pública, a quem sempre é facultado agir mesmo quando não houver interesses de hipossuficientes, incumbindo-lhe a tutela de direito metaindividual, apenas mais uma atribuição da instituição para além da defesa individual de sujeitos hipossuficientes. Faculta-se, assim, à Defensoria Pública agir sempre. Impondo-lhe ainda a função de atuar sempre que pessoas socialmente vulneráveis puderem ser beneficiadas pela demanda. É a concretização do princípio e garantia constitucional do acesso à justiça. Prosseguindo com a análise do feito, Ada Pellegrini

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Grinover4 ensina sobre o conceito de necessitado, in litteris: (...) nesse amplo quadro, delineado pela

necessidade de o Estado propiciar condições, a todos, de amplo acesso à justiça [evidencia a importância da garantia da assistência judiciária. E ela também toma uma dimensão mais ampla, que transcende o seu sentido primeiro, clássico e tradicional. Quando se pensa em assistência judiciária, logo se pensa na assistência aos necessitados, aos economicamente fracos, aos "minus habentes". E este, sem dúvida, o primeiro aspecto da assistência judiciária: o mais premente, talvez, mas não o único. Isso porque existem os que são necessitados no plano econômico, mas também existem os necessitados do ponto de vista organizacional. Ou seja, todos aqueles que são socialmente vulneráveis: os consumidores, os usuários de serviços públicos, os usuários de planos de saúde, os que queiram implementar ou contestar políticas públicas, como as atinentes à saúde, à moradia, ao saneamento básico, ao meio ambiente etc. E tanto assim é, que afirmava, no mesmo estudo, que a assistência judiciária deve compreender a defesa penal, em que o Estado é tido a assegurar a todos o contraditório e a ampla defesa, quer se trate de economicamente necessitados, quer não. O acusado está sempre numa posição de vulnerabilidade frente à acusação. Dizia eu: "Não cabe ao Estado indagar se há ricos ou pobres, porque o que existe são acusados que, não dispondo de advogados, ainda que ricos sejam, não poderão ser condenados sem uma defesa efetiva. Surge, assim, mais uma faceta da assistência judiciária, assistência aos necessitados, não no sentido econômico, mas no sentido de que o Estado lhes deve assegurar as garantias do contraditório e da ampla defesa. (Grifei). Em estudo posterior, ainda afirmei surgir, em razão da própria estruturação da sociedade de massa, uma nova categoria de hipossuficientes, ou seja a dos carentes organizacionais, a que se referiu Mauro Cappelletti, ligada à questão da vulnerabilidade das pessoas em face das relações sócio-jurídicas existentes na sociedade contemporânea . Da mesma maneira deve ser interpretado o inc. LXXIV do art. 5º da CF: "O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos" (grifei). A exegese do termo constitucional não deve limitar-se ao recursos econômicos, abrangendo recursos organizacionais, culturais, sociais. (...) Assim, mesmo que se queira enquadrar as funções da Defensoria Pública no campo da defesa dos necessitados e dos que comprovarem insuficiência de recursos, os conceitos indeterminados da Constituição autorizam o entendimento - aderente à ideia generosa do amplo acesso à justiça - de que compete à instituição a defesa dos necessitados do ponto de vista organizacional, abrangendo portanto os componentes de grupos, categorias ou classes de pessoas na tutela de seus interesses ou direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos”. É de se ressaltar que a noção de hipossuficiência é ampla, não podendo ser confundida com a ideia de insuficiência de recursos econômicos, mas devendo ser lida como vulnerabilidade social. Pelo exposto, verifica-se que, inobstante se tratar de comunidade em situação de vulnerabilidade – esta que não se esgota, tão só, pela vulnerabilidade econômica, como exaustivamente exposto – não se pode criar barreiras ao direito ao acesso à justiça, sob pena de se limitar, in casu, um dos direitos sociais de grande importância consagrado pela Magna Carta: o direito de propriedade. Ex positis, não se verifica a ocorrência de infração disciplinar praticada pelos dignos Defensores Públicos Dr. Air Praeiro Alves e Dr. Munir Arfox, razão pela qual determino o arquivamento do presente feito, com os registros e baixas de praxe. É como voto. Decisão: “À unanimidade, o Conselho Superior determinou o arquivamento do feito, por não vislumbrar justa causa para abertura de procedimento administrativo disciplinar.”

DÉCIMO: Procedimento n°. 169729-2015. Interessado (a): Edson Jair Weschter. Assunto: Proposta de resolução visando a regulamentação do uso do SICAD. Conselheiro Relator: Diogo Madrid Horita. Obs. Vista com o Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti. Procedimento retirado de pauta, em razão da necessidade de presença do Corregedor-Geral.

DÉCIMO PRIMEIRO: Procedimento n°. 113527-2017. Interessado (a): Alex Campos Martins. Assunto: Adequação da Resolução nº 47/2011. Conselheiro Relator: Caio Cezar Buin Zumioti. Procedimento retirado de pauta a pedido do Conselheiro Relator.

DÉCIMO SEGUNDO: Procedimento n°. 46825-2017. Interessado (a): Secretaria Especial de Políticas para

Mulheres. Assunto: Denúncia formulada junto à Central de Atendimento à Mulher, indicando suposta falta de atendimento jurídico pela Defensoria Pública. Conselheiro Relator: Caio Cezar Buin Zumioti. O Conselheiro Relator leu seu voto inserido nos autos nos seguintes termos: “Trata-se de procedimento deflagrado, em razão de denúncia formulada pela Sra. Eni Gomes Montalvão junto à Central de Atendimentos a Mulher, indicando suposta falta de atendimento jurídico pela Defensoria Pública. Consta na denúncia formulada pela assistida: “informa que está sofrendo agressões por parte do vizinho; a vítima informa que já foi encaminhada denúncia das agressões sofridas através da Central 180, para autoridades competentes, mas a Defensoria Pública diz que

4 GRINOVER, Ada Pellegrini. Assistência Judiciária e Acesso à Justiça, in Novas Tendências do Direito Processual, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2ª ed., 1990, p. 245.

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não pode fazer nada, por que a vítima não tem provas, nem testemunhas...” (fls. 03) Extrai-se ainda dos autos, que na Corregedoria Geral tramitou os procedimentos nº. 57789/2015 e nº. 135846/2016, com as mesmas partes, objeto e causa de pedir do procedimento em epígrafe, sendo diligenciado extração de cópia das principais peças do procedimento nº. 577895/2015, o qual foi devidamente arquivado pelo Defensor Público Geral (fls. 33/34). Aportou-se aos autos ainda, informações de que tramitou junto ao Juizado Especial Criminal de Cuiabá, Código 109525 (fls. 09/28), que foi arquivado após transação penal entre as partes, consoante extrato do andamento processual acostado às fls. 38 e seguintes. Às fls. 41/42vº, a douta 2ª Subcorregedora Geral da Defensoria Pública, pugna pelo arquivamento do feito. É a síntese, passo a analisar o mérito. Analisando os autos, verifico que não foi constatado, nas investigações realizadas pela Egrégia Corregedoria Geral, inércia da Defensoria Pública no exercício de suas atribuições, em especial, no atendimento da reclamante. A presente reclamação não traz em seu bojo elementos que autorizem o processamento de investigação disciplinar, além do que, não vislumbro qualquer infringência legal perpetrada por membro institucional. À espécie ora em análise, deve ser aplicada a doutrina editada pela Controladoria Geral da União – Manual de Processo Administrativo Disciplinar – Brasília 2012, acerca do dever de apurar da autoridade investida deste múnus: “Como já asseverado, a notícia de irregularidade deverá estar revestida de plausibilidade, ou seja, conter o mínimo de elementos indicadores da ocorrência concreta de um ilícito (materialidade) e se possível indícios de autoria, de modo que as notícias vagas podem ensejar o arquivamento sumário da denúncia, eis que não se afigura razoável movimentar a máquina estatal, por demais dispendiosa, para apurar notícia abstrata e genérica, em cujo teor não se encontra requisitos mínimos de plausibilidade.” Diante das razões expostas, voto pelo arquivamento da presente reclamação. Decisão: “À unanimidade, o Conselho Superior determinou o arquivamento do feito, por não vislumbrar justa causa para abertura de procedimento administrativo disciplinar.”

DÉCIMO TERCEIRO: Procedimento n°. 105900-2016 apenso 579931-2015. Interessado (a): Tathiana Mayra

Torchia Franco. Assunto: Acompanhamento de Cônjuge. Conselheiro Relator: Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo. Obs. Vista com o Conselheiro Cid de Campos Borges Filho. Procedimento retirado de pauta em razão da ausência do Conselheiro com vista.

DÉCIMO QUARTO: Procedimento n°. 118261-2017. Interessado (a): Tathiana Mayara Torchia Franco. Assunto:

Consulta quanto ao exercício do Defensor Público na Entrância de sua lotação, nos casos de afastamento para exercer a Presidência da Entidade de Classe. Conselheiro Relator: Cid de Campos Borges Filho. Procedimento retirado de pauta em razão da ausência do Conselheiro Relator.

DÉCIMO QUINTO: Procedimento n°. 140113-2017. Interessado (a): Anderson Cássio Costa Ourives. Assunto:

Requerimento para regulamentar a atuação do Defensor Público durante a substituição legal. Conselheiro Relator: Cid de Campos Borges Filho. Procedimento retirado de pauta em razão da ausência do Conselheiro Relator.

DÉCIMO SEXTO: Procedimento n°. 481924-2015. Interessado (a): Karine Michele Gonçalves. Assunto: Proposta

de modificação da Resolução nº 47/2011-CSDP. Ex-Conselheira Relatora: Elianeth Gláucia de Oliveira Nazário. Obs. Vista com o Conselheiro José Carlos Evangelista Miranda Santos. Procedimento retirado de pauta a pedido do Conselheiro Relator.

DÉCIMO SÉTIMO: Procedimento n°. 411223-2012. Interessado (a): H.S.G. Assunto: Recurso de decisão proferida no PAD nº 16/2014. Ex-Conselheiro Relator: Augusto Celso Reis Nogueira. Obs. Vista com o Conselheiro José Carlos Evangelista Miranda Santos. O Defensor Público-Geral Silvio Jeferson de Santana se declarou impedido para presidir o procedimento, assim como o Primeiro Subdefensor Público-Geral Marcio Frederico de Oliveira Dorilêo. Desta feita, o Segundo Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti assumiu a presidência, ocasião em que informou que em composição anterior do Conselho Superior, votou pela abertura de Procedimento Administrativo Disciplinar. O Conselheiro Diogo Madrid Horita

consignou decisão proferida por este colegiado de que não há impedimento no caso de participação em comissão processante. O Conselheiro com vista dos autos José Carlos Evangelista Miranda Santos fez um

breve resumo dos fatos, oportunidade em que informou o reconhecimento da prescrição pelo então Defensor Público-Geral à época, Djalma Sabo Mendes Junior. Posteriormente, o Corregedor-Geral Cid de Campos Borges Filho pediu a absolvição. Os Defensores Públicos Raquel Regina Souza Ribeiro e Roberto Tadeu Vaz Curvo, membros da Comissão Processante, julgaram improcedentes os fato, face à Emenda 80. Decisão: “O

Conselho Superior, à unanimidade, conheceu do recurso e acatou a primeira preliminar de nulidade e declarou nulo o PAD desde sua instauração, bem como reconheceu a sua prescrição. O Conselho Superior determinou, ainda, que fosse retirada a anotação da prescrição da ficha funcional do Defensor Público com base no voto proferido no Proc. Nº 144336-2014 – 3ª ROCSDP.”

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DÉCIMO OITAVO: A Presidência foi retomada pelo Defensor Público-Geral, Silvio Jeferson de Santana. Procedimento n°. 126096-2017. Interessado (a): Conselho Superior. Assunto: Consulta quanto a possibilidade de

indicação do Defensor Público de Segunda Instância Djalma Sabo Mendes Junior para compor, como membro, a Comissão para apresentação de sugestões de revisão e atualização legislativa referente a membros da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso. Conselheiro Relator: José Carlos Evangelista Miranda Santos. O Conselheiro Relator José Carlos Evangelista Miranda Santos solicitou que este procedimento fosse tratado

como “segredo de justiça”. Consignou que tal procedimento fora requerido por ele próprio, por ter sido questionado por seus próprios eleitores na condição de Conselheiro. No seu entendimento, o Defensor Público Djalma Sabo Mendes Junior não poderia participar de referida comissão, pois muito embora seja como representante da AMDEP, o Defensor está afastado de suas funções. Pediu vênia para ler o art. 90 da LCE 146/2003: “Art. 90 O membro da Defensoria Pública licenciado não poderá exercer qualquer função inerente ao seu cargo; nem, em relação a este, e desde que incompatível, desempenhar qualquer atividade pública ou particular”. O Primeiro Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo registrou

em sua fala de que comunga com o mesmo pensamento do nobre Relator, sem desmerecer a competência e qualidade intelectual do Defensor Público Djalma Sabo Mendes Junior para desempenhar essa função. O Segundo Subdefensor Público-Geral e Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti votou pela possibilidade de

indicação do i. Defensor Público licenciado, pois entende que o Conselho Superior não pode interferir em ato de gestão de entidade privada, bem como pelo fato da portaria de instauração da comissão não prever tal proibição. A Presidente da AMDEP em exercício Tathiana Mayra Torchia Franco informou que apenas Defensores

Públicos lotados no interior do Estado manifestaram interesse em participar de referida comissão, o que inviabilizaria a presença em todas as reuniões. Informou, ainda, que nenhum dos associados se opôs à indicação do Defensor Público Djalma. O Conselheiro David Brandão Martins seguiu o entendimento do Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti. A Conselheira Liseane Peres de Oliveira Toledo acompanhou o voto do Conselheiro Relator. O Conselheiro Diogo Madrid Horita, com base no texto da Portaria, acompanhou o Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti. O Conselheiro Paulo Roberto da Silva Marquezini concordou com as

ponderações dos Conselheiros Márcio Dorilêo e José Carlos Evangelista, mas compreende que o CSDP não pode tolher a indicação da AMDEP. O Conselheiro Érico Ricardo da Silveira acompanhou o voto do Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti. Decisão: “O Conselho Superior, por maioria, respondeu à consulta pela manutenção da indicação do Defensor Público Djalma Sabo Mendes Junior para compor, como membro, a Comissão para apresentação de sugestões de revisão e atualização legislativa referente a membros da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso”.

DÉCIMO NONO: Registrada a saída do Conselheiro Caio Cezar Buin Zumioti às 12h35min. Procedimento n°. 140966-2017. Interessado (a): Willian Felipe Camargo Zuqueti. Assunto: Requerimento para criação de

Núcleo Especializado de Defesa da Diversidade de Gênero, com a atribuição para assistência jurídica plena à comunidade GLBTT. Conselheiro Relator: José Carlos Evangelista Miranda Santos. Os autos foram convertidos em diligência para informar se houve a criação deste Núcleo em outras Defensorias Públicas e como funcionam, se for o caso. O Conselheiro Relator informou que o interessado apresentará a Ação Civil Pública interposta, novos elementos e informação quanto a demanda.

VIGÉSIMO: Procedimento n°. 85993-2017. Interessado (a): Defensores Públicos de Segunda Instância – Área

Cível. Assunto: Divisão da Defensoria Pública de Segunda Instância, com a criação de dois núcleos: Cível e Criminal. Conselheiro Relator: David Brandão Martins. O Conselheiro Relator informou que solicitará a conversão do feito em diligência, oportunidade em que se comprometeu a encaminhar o procedimento à Secretaria do CSDP.

VIGÉSIMO PRIMEIRO: Procedimento n°. 616996-2016. Interessado (a): M. A. A. S. Assunto: Fatos aportados e

noticiados que, em tese, denunciam conduta irregular do (a) Defensor (a) Público (a) E. G. O. N. Conselheiro Relator: David Brandão Martins. O Conselheiro Relator proferiu voto oral, ocasião em que fez um breve resumo dos fatos. O Conselheiro Relator votou pelo arquivamento do feito, por não vislumbrar justa causa para abertura de PAD. Decisão: “À unanimidade, o Conselho Superior determinou o arquivamento do feito, por não vislumbrar justa causa para abertura de procedimento administrativo disciplinar”.

VIGÉSIMO SEGUNDO: Procedimento n°. 642085-2016. Interessado (a): 6ª Vara de Feitos Gerais da Comarca

de Cuiabá/MT. Assunto: Devolução de processos que se encontravam em carga fora do prazo. Conselheira Relatora: Liseane Peres de Oliveira Toledo. A Conselheira Relatora proferiu voto oral, ocasião em que fez um breve resumo dos fatos. Informou, também, que a Corregedoria-Geral entendeu pela orientação dos Defensores Públicos envolvidos para que se mantenham em sempre vigilantes do dever funcional de praticar atos inerentes à postulação e defesa dos juridicamente necessitados. A Conselheira Relatora votou, por fim, pelo arquivamento dos autos, uma vez que não vislumbra justa causa para abertura de PAD. O Conselheiro Érico Ricardo da

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Silveira pediu vista dos autos, oportunidade em que solicitou que fossem digitalizados e encaminhados via e-mail. Os demais Conselheiros se manifestaram por aguardar.

VIGÉSIMO TERCEIRO: Procedimento n°. 193713-2016. Interessado (a): Corregedoria-Geral. Assunto: Reanálise do “quantum” determinado no art. 5ª da Resolução nº 89/2017-CSDP. Ex-Conselheira Relatora: Maria Luziane Ribeiro. Procedimento redistribuído ao Conselheiro Diogo Madrid Horita. O Conselheiro Relator

informou que se trata de pedido formulado pelo Defensor Público Flávio Marcus Asvolinsque Peixoto que, após atenta leitura da Resolução, verificou que, "data máxima venia", os nobres Conselheiros não estão atentos às peculiaridades de cada atuação dos Defensores Públicos Criminais de 1ª Instância. Que ao determinar a obrigatoriedade de, no mínimo, 30 (trinta) segregados, no art. 5º, da Resolução em comento, demonstra desconhecimento, na prática, da atuação nos estabelecimentos prisionais; mais especificamente nos maiores da Capital. Anteriormente, o Defensor já havia enviado ofício à Corregedoria-Geral, informando da impossibilidade de alcançar tal montante. E, outrossim, solicitando àquele órgão que verifique em seus arquivos qual Defensor Público de Várzea Grande ou Cuiabá, que já tenha alcançado, com exceção dos que atuam no Executivo de Penal. Solicitou que seja reanalisado esse "quantum" determinado no art. 5º. O Conselheiro Relator proferiu voto oral pelo indeferimento do pleito, haja vista que a matéria já fora discutida exaustivamente, aliado ao fato de que a própria resolução autoriza a Corregedoria-Geral a baixar ato normativo com a elevação ou diminuição da quantidade de atendimento descrita no caput, levando em consideração o número de membros atuantes no Núcleo, número de pessoas custodiadas, fatores ambientais e estruturais de cada unidade outras peculiaridades, conforme se verifica no art. 5º, § 1º, da Resolução nº 89/2017-CSDP. Decisão: “O Conselho Superior, à unanimidade, indeferiu o pleito do i. Requerente, com base na previsão do art. 5º, §1º da Resolução nº 89/2017-CSDP”.

VIGÉSIMO QUARTO: Procedimento n°. 275109-2016. Interessado (a): R.J.P.D. Assunto: Fatos aportados e

noticiados, mediante Termo de Declaração, em face de conduta imputada ao (à) Defensor(a) Público(a) A. P. A. Conselheiro Relator: Diogo Madrid Horita. O Conselheiro Relator leu seu voto inserido nos autos no seguintes termos: “Trata-se de procedimento instaurado para apuração de conduta imputada ao Defensor Público Dr. Air Praeiro Alves, consistente no fato de ter se recusado a entregar documentos contendo informações pessoais de assistidos – Associação de Pequenos Produtores Rurais Coqueiral São Vicente - ao Advogado Renan Jady Pedroso Dias, OAB/MT Nº 15441, após este ser constituído pela referida Associação. No decorrer do procedimento ficou evidenciado que a documentação consistia em pesquisa socioeconômica e ficha de hipossuficiência, sendo que a erudita Segunda Corregedora Geral, ao apreciar as modulares da situação vertente, registrou que: “... considerando-se que os documentos constantes da pasta me encaminhada relativa à Associação de Pequenos Produtores Rurais Coqueiral São Vicente são apenas os pertencentes à Defensoria Pública do Estado, não há como atender-se ao pleito de devolução de tais documentos. De onde se deduz, ante todo sobredito, bem como das provas carreadas no presente postulado, que não há conduta irregular a ser imputada ao Membro... não vislumbro nos presentes autos infração disciplinar...opino pelo arquivamento do feito...” No processo Administrativo Disciplinar, a justa causa identifica-se com o justo, relevado através de uma coerente acusação, onde existam tipicidade, indícios ou provas diretas da prática de infrações disciplinares. Em sendo assim, para evitar a temeridade do poder, o direito elegeu uma justa causa para contrapor a causa genérica ou inconsistente como elemento essencial de instauração de processos administrativos. Esta é a medida fundamental de segurança jurídica, para que não haja um retrocesso do Poder Público com denuncismos irresponsáveis. Apesar de constituir, em tese, um direito-dever da Administração Pública a abertura de sindicância ou a instauração de processo administrativo disciplinar, há imperiosa necessidade de apreciação da justa causa, notadamente diante da repercussão negativa na esfera funcional, familiar e pessoal do servidor público, mesmo estando ele sob o manto constitucional da presunção de iminência. Desse modo, a justa causa é condição mínima exigida pela norma legal, pela jurisprudência e pela doutrina para que não ocorra uma acusação sem fundamento e temerária, movida por interesses que não são jurídicos, totalmente desatrelada de provas e embasamentos sérios, que não configurem a legitimidade da acusação. Sem essa base de fundamentação, a acusação é insustentável, pois a subjetividade da opinio delict não é algo efêmero, devendo ser justa, equilibrada e baseada no texto legal. Não se pode violar o direito de qualquer pessoa em decorrência de uma simples suspeita, sob pena de configurar constrangimento ilegal e distanciamento do direito. Destaco, nesta quadra, que imputação não encontra arrimo no rol das infrações disciplinares. Registo, ademais, que, ao largo das infrações disciplinares, ao Defensor Público, lhe é legalmente garantida a prerrogativa de se fazer respeitar seu gabinete e seus arquivos, bem como de não ser constrangido, de qualquer modo ou forma, a agir em desconformidade com sua consciência ético-profissional (art. 77, incisos VI e XII, da LCE nº 146/03. Ante o exposto, voto pelo arquivamento do presente procedimento. É como voto senhor Presidente.” Os conselheiros acompanharam o voto do Relator. Decisão: “À unanimidade, o Conselho Superior determinou o arquivamento do feito, por não vislumbrar justa causa para abertura de procedimento administrativo disciplinar”.

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DEFENSORIA PÚBLICA SECRETARIA DO CONSELHO SUPERIOR

Missão: Promover assistência jurídica aos necessitados com excelência e efetivar a inclusão social, respaldada na ética e na moralidade.

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VIGÉSIMO QUINTO: Procedimento n°. 592491-2016. Interessado (a): Corregedoria-Geral. Assunto: Realização

de Mutirão do Júri designado para novembro de 2016, em que o(a) Defensor(a) Público(a) S.C.A. consentiu com o pedido de atuação de advogado particular, na defesa em plenário de assistidos da Defensoria Pública Estadual. Conselheiro Relator: Paulo Roberto da Silva Marquezini. Procedimento retirado de pauta em razão do adiantado da hora.

VIGÉSIMO SEXTO: Procedimento n°. 547868-2016. Interessado (a): Corregedoria-Geral. Assunto: Participação

do(a) ex-assistente jurídico(a) L. O. no 22º Seminário Internacional de Ciências Criminais, sob anuência do(a) Defensor(a) Público(a) E.C.V. Conselheiro Relator: Érico Ricardo da Silveira. Procedimento retirado de pauta em razão do adiantado da hora.

Assuntos gerais e encerramento da reunião – Artigo 25, V e VI do RICSDP.

Comunicações Finais. O Primeiro Subdefensor Público-Geral Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo registrou

parabéns à equipe de jornalismo da Instituição, em razão de seu dia, em nome do Conselho Superior. Informou que esteve em Brasília, na III Reunião Ordinária do CONDEGE, onde teve a oportunidade de representar o Estado de Mato Grosso. Informou que fora elaborada minuta de nota referente à emenda dos Magistrados e membros do Ministério Público, destacando a inconstitucionalidade do tratamento privilegiado a essas carreiras, se não contemplasse a Defensoria Pública, de modo a resguardar os seus direitos em relação à discussão de reforma da previdência. O Conselheiro José Carlos Evangelista Miranda Santos opinou pela criação de grupo de whatsapp institucional. O Conselheiro Diogo Madrid Horita trouxe levantamento do IBGE que trata de uma

situação que vem comentando há bastante tempo, haja vista o aumento populacional da Comarca de Lucas do Rio Verde/MT. Em decorrência da criação dos 55 (cinquenta e cinco) novos cargos de Defensor Público-Geral, questionou o Defensor Público-Geral à sua aplicação, ocasião que informou que serão feitos novos estudos e cálculos. Informou, também, que pretende criar comissão específica para tratar a matéria. O Conselheiro Paulo Roberto da Silva Marquezini apresentou requerimento oral em razão da possibilidade de se realizar cálculos

quanto à viabilidade de elevação da Comarca de Lucas do Rio Verde, a fim de promover a suspensão do edital de remoção publicado na data de ontem, pois se efetivada a remoção, mais um Defensor Público se tornará inamovível, o que acarretaria no impedimento no preenchimento do cargo de Terceira Entrância. O Presidente do Conselho Superior determinou à assessoria que providenciasse a suspensão do edital, eis que, em consulta aos demais Conselheiros, houve consenso com a situação. O Conselheiro Érico Ricardo da Silveira solicitou

providências para aquisição de ponto eletrônico para o interior do Estado, ao menos para os assistentes jurídicos. O Ouvidor-Geral e Conselheiro Lúcio Andrade Hilário do Nascimento desejou um bom dia a todos. A Presidente da AMDEP em exercício Tathiana Mayra Torchia Franco cumprimentou a todos, parabenizou o

Ouvidor-Geral pelo prognóstico apresentado nesta sessão. Nada mais, o Presidente do Conselho deu por encerrada a reunião às 13h20min, sendo por todos lida e assinada a represente ata. Eu, _________, Breno de Almeida Fernandes, Assessor Especial da Defensoria Pública, a digitei.

Silvio Jeferson de Santana Defensor Público-Geral - Presidente do Conselho

Superior

Márcio Frederico de Oliveira Dorilêo 1º Subdefensor Público-Geral

(ausente)

Caio Cezar Buin Zumioti 2º Subdefensor Público-Geral

Cid de Campos Borges Filho Corregedor-Geral – Conselheiro

José Carlos Evangelista Miranda Santos Conselheiro

David Brandão Martins Conselheiro

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Liseane Peres de Oliveira Toledo Conselheira

Diogo Madrid Horita Conselheiro

Paulo Roberto da Silva Marquezini Conselheiro

Érico Ricardo da Silveira Conselheiro

Lúcio Andrade Hilário do Nascimento Ouvidor-Geral e Conselheiro

Tathiana Mayra Torchia Franco Representante da AMDEP