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1. FINALIDADE
Este informativo é elaborado quinzenalmente pela seção de operação do
BEA, porém com o início do período proibitivo de queimadas que é de 15 de julho e
estende até 30 de setembro, ele é elaborado toda segunda feira, ou seja,
semanalmente. E tem como finalidade apresentar as ocorrências de incêndios
florestais, as estatísticas de focos de calor, cicatriz de queimadas e as emergências
e atividades envolvendo produtos perigosos no Estado do Mato Grosso.
2. TEMPORADA DE INCENDIOS FLORESTAIS 2017
2.1. INCIDENCIAS DE FOCOS DE CALOR
Os focos de calor são monitorados pelo Centro de Pesquisa do Tempo e
Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
através da análise das imagens de diferentes satélites (das séries NOAA, GOES,
AQUA, TERRA e METEOSAT) que rastreiam a superfície terrestre diariamente ou
várias vezes por dia.
Diferenças entre foco de calor, queimada e incêndio florestal:
Foco de calor: Qualquer temperatura registrada acima de 47°C. Um
foco de calor não é necessariamente um foco de fogo ou incêndio.
Queimada: A queimada é uma antiga prática agropastoril ou florestal
que utiliza o fogo de forma controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as
pastagens. A queimada deve ser feita sob determinadas condições ambientais que
permitam que o fogo se mantenha confinado à área que será utilizada para a
agricultura ou pecuária.
Incêndio Florestal: É o fogo sem controle que incide sobre qualquer
forma de vegetação, podendo tanto ser provocado pelo homem (intencional ou
negligência), quanto por uma causa natural, como os raios solares, por exemplo.
Comparativo Histórico dos Focos de Calor nos Últimos 10 Anos:
Percebe-se que no Estado de Mato Grosso houve um aumento de
aproximadamente 49,27 % dos focos de calor do ano de 2017, em comparação no
mesmo período de 2016, para o mês de setembro. A Amazônia Legal e o Brasil
apresentaram um aumento de aproximadamente 68,84% e 54,77% respectivamente,
considerando unicamente o mês supracitado.
Em relação à média dos últimos 10 anos no mesmo período, verificou-se um
aumento de aproximadamente 75,78% a nível estadual, de 97,33% na região da
Amazônia Legal e de 74,06% a nível nacional.
ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DIRETORIA OPERACIONAL
BATALHÃO DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS SEÇÃO DE OPERAÇÕES AMBIENTAIS
EMERGÊNCIAIS AMBIENTAIS 2017
INFORMATIVO N° 022/2017
Fonte: BEA, 2017.
Fonte: BEA, 2017.
BrasilEstados da
Amazônia LegalMato Grosso
Focos de calor - 2017 191.691 146.616 36.811
Focos de calor - 2016 123.856 86.837 24.661
Média dos últimos 10 anos(2007 - 2016)
110.126 74.301 20.942
191.691
146.616
36.811
123.856
86.837
24.661
110.126
74.301
20.942
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
Foco
s d
e c
alo
r
Comparativo de focos de calor no período 01/JAN a 24/SET
COMPARATIVO DOS FOCOS DE CALOR NO PERÍODO DE 01/JAN a 24/SET
Focos de Calor Média dos Últimos 10 Anos (2007 – 2016)
Variação (%)
2017 2016 2017 10 anos
Mato Grosso
36.811 24.661 20.942 + 49,27 + 75,78
Amazônia Legal
146.616 86.837 74.301 + 68,84 + 97,33
Brasil 191.691 123.856 110.126 + 54,77 + 74,06
Fonte: INPE, 2017, satélite de referência.
Fonte: BEA, 2017.
Observa-se que em números absolutos de focos de calor, o estado de Mato
Grosso está em 2º lugar entre os estados da Amazônia Legal, sendo o 1º o estado do Pará. E quando se verifica a taxa, focos de calor por unidade de área (km²), Mato Grosso ocupa a 4º colocação. Sendo Tocantins o 1º colocado, Maranhão o 2º colocado e Rondônia o 3º colocado.
Ranking de Focos de Calor nos Estados da Amazônia Legal - 01/JAN á 24/SET
Estados Focos de calor - 2017 Ranking
PA 41.438 1º
MT 36.811 2º
MA 20.884 3º
TO 17.885 4º
AM 12.491 5º
RO 11.132 6º
AC 5.252 7º
RR 623 8º
AP 100 9º
Ranking de taxa de Focos de Calor por Unidade de Área - Estados da Amazônia Legal 01/JAN á 24/SET
Estados Focos Área (km²) (FC/km²)x1000 Ranking
Tocantins 17.885 277.720,57 64,3993 1º
Maranhão 20.884 331.936,96 62,9156 2º
Rondônia 11.132 237.576,00 46,8566 3º
Mato Grosso 36.811 903.198,09 40,7563 4º
Pará 41.438 1.247.955,38 33,2047 5º
Acre 5.252 164123,712 32,0003 6º
Amazônas 12.491 1.559.149,07 8,0114 7º
Roraima 623 224.301,08 2,7775 8º
Amapá 100 142.828,52 0,7001 9º
2.1.1. MATO GROSSO E ÁREAS TEMÁTICAS
O quadro a seguir representa as discriminações de áreas no estado de Mato Grosso e suas distribuições dos focos de calor.
Fonte: BEA, 2017.
Observa-se que 67,31% dos focos de calor registrados no período de 01/Jan
a 24/Set de 2017, encontram-se fora de unidades de conservação, terras indígenas, projetos de assentamento e região metropolitana, sendo provenientes de propriedades privadas e outras propriedades.
Distribuição dos Focos de Calor por Discriminação de Áreas Temáticas A grande maioria dos focos de calor no estado de Mato Grosso se encontra
nas propriedades privadas e afins, representando 67,31% deste índice. O restante é
distribuído em Projetos de Assentamento (7,48%), Terras Indígenas (18,24%),
Unidades de Conservações Federais (1,18%), Estaduais (2,89%), Municipais
(0,32%) e região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá (2,90%).
DISCRIMINAÇÃO DA ÁREA ÁREA TOTAL (KM
2)
(%) FOCOS DE CALOR 01/JAN Á 24/SET
(%)
MATO GROSSO 903.366,19 100 26.811
100
Unidade de conservação
Federal (23) 20285,57 2,25 433 1,18
Estadual (45)
28700,1 3,18 1.063 2,89
Municipal (35)
5077,5 0,56 116 0,32
Terra Indígena (84) 146878 16,26 6.716 18,24
Projeto de assentamento (668)
45926,04 5,08 2.755 7,48
Propriedade privada (+ de 150mil)
656.458,98 72,67 24.777 67,31
Número de focos na região metropolitana (Cuiabá, S. Ant. Leverger, Nª Senhora
do Livramento e Várzea Grande).
213,12 0,02 1.067 2,90
Fonte: BEA, 2017.
Distribuição dos Focos de Calor Absolutos por Biomas de Mato Grosso
Na Amazônia se encontra a maioria dos focos 20.962 (57%), seguida pelo Cerrado com 13.613 (37%) e Pantanal com 2.263 (6%) focos de calor.
Fonte: BEA, 2017.
1,18% 2,89%
18,24%
7,48%
67,31%
2,90%
Percentual de focos de calor por áreas temáticas até 01/Jan a 24/Set - MATO GROSSO
Unidade de conservação Federal
Unidade de conservação Estadual
Terra Indígena
Projeto de Assentamento
Propriedades privadas e outraspropriedades
Número de focos na regiãometropolitana (Cuiabá, S. Ant.Leverger, Nª Senhora do Livramentoe Várzea Grande).
20.962 (57%) 13.613 (37%)
2.263(6%)
N° de Focos Absolutos Por Bioma 01/Jan a 24/Set - MATO GROSSO
Amazônia
Cerrado
Pantanal
Distribuição dos Focos de Calor por Área dos Biomas de Mato Grosso Em focos por área, nota-se a mesma colocação dos biomas de focos
absolutos, a Amazônia em primeiro, com 42,73, seguida pelo Cerrado com 37,47 e Pantanal com 45,82 focos de calor por Km².
2.2. MAPA DE KERNEL
O Mapa de Kernel (Anexo I) é uma alternativa para análise geográfica do comportamento de padrões. No mapa é plotado, por meio de métodos de interpolação, a intensidade de recorrência de focos de calor, a qual possui um intervalo de não relevante a critica. Assim, temos uma visão geral densidade e recorrência desses focos a nível estadual.
2.3. MAPA DE FOCOS POR UNIDADE DE CONSERVAÇÃO E TERRA
INDÍGENA
O Mapa estimador de focos de calor por Unidade de Conservação e Terra
Indígena (Anexo II) é uma alternativa para análise geográfica de localização
espacial dos focos. Assim, temos uma visão geral quantidade e recorrência desses
focos a nível estadual.
2.4. BOLETIM DE MONITORAMENTO HIDROLÓGICO - PERÍODO DE ES-
TIAGEM
Edição nº: 171/SEMA/2017, consultar o seguinte link:
http://www.sema.mt.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&
id=3791&Itemid=629
2.5. INCÊNDIOS FLORESTAIS
Houve 2.818 ocorrências detectadas de incêndios florestais registradas pelo
Batalhão de Emergências Ambientais – BEA/CBM-MT, via focos detectados pelo site
do INPE, Solicitações via o 0800-647-7363 e Solicitações via CIOSP, no período
compreendido entre 15 de julho á 24 de setembro. Dessas 2.818(100%) ocorrências,
811(29%) foram atendidas e 2.007(71%) como demanda reprimida.
BIOMA FOCOS % DE FOCOS
POR BIOMA
ÁREA DO BIOMA (KM²)
ÁREA DO BIOMA
(%) (FC/KM²)X1000
Amazônia 20.962 57 490.538,83 54,10 42,73
Cerrado 13.613 37 363.266,81 40,06 37,47
Pantanal 2.263 6 49.388,65 5,45 45,82
2.5.1. PLANILHA DE OCORRÊNCIAS
Fonte: BEA, 2017.
BMM1 DE ÁGUA BOA 52 23 20 23 43
BMM2 DE COLNIZA 755 47 36 47 1 84
BMM3 DE DIAMANTINO 49 26 22 25 47
BMM4 DE LUCAS DO RIO VERDE/ NOBRES 3 2 0 2 2
BMM5 DE MARCELÂNDIA 139 12 20 12 32
BMM6 DE COMODORO 190 36 32 34 66
BMM7 DE NOVA MUTUM 30 20 21 20 41
BMM8 DE TAPURAH 3 3 3
BMM9 DE CLÁUDIA 106 20 23 20 43
BMM10 DE JAURU 3 19 19
BMM11 DE SINOP 38 6 21 6
BMM12 DE ARIPUANÃ 299 2 30 2
BDBM1 DE POCONÉ 86 16 15 16 31
BDBM2 DE SANTO ANTONIO DO LEVERGER 173 30 36 30 1 67
BDBM3 DE CHAPADA DOS GUIMARÃES/CUIABÁ 100 24 14 44 21 65
BDBM4 DE NOVO SANTO ÂNTONIO 85 10 29 9
BDBM5 DE NOBRES 50 11 48 11
BDBM6 DE VILA BELA 124 6 35 6
BDBM7 DE ALTO PARAGUAI 32 13 28 13
UNIDADE DE CONSEVAÇAO ESTADUAL 164 30
Total de Ocorrências Detectadas 2818
Total de Ocorrências Atendidas 811
Demanda Reprimida 2.007
Total de Ocorrências Detectadas Em outros Municipios 12
NOBRES 2 1 1
IPIRANGA DO NORTE 1 1
SÃO JOJE DO RIO CLARO 1 1
ALTA ARAGUAIA 1 1
JANGADA 1 1
SANTA TEREZINHA 1 1
NOVO MUNDO 1 1
BRASNORTE 1 1
SANTA TERESINHA 1 1
CÁCERES 1 1
Paranaíta 1 1
Incêndio em Terrenos Urbanos atendido pelas UOpBM's 941
Incêndio Florestal atendido pelas UOpBM's 218
10
Legenda:
Oc. = Ocorrências
Det. = Detectadas
UOpBM = Unidade Operacional Bombeiro Militar
Elaboração: SD BM IAN
Edição: SD BM CLAUDINEI
Outros Municipios
Sol. = Solicitadas
Total de Demanda Reprimida
Nº de Oc.
Sol. via 0800
e Outros
Nº de Oc.
Atendidas
Sol. via
CIOSP e
Outros
Nº de Oc.
Atendidas
Sol. via 0800
Nº de Oc.
Sol. via
CIOSP
TEMPORADA DE INCÊNDIO FLORESTAL DE 2017
Nº de Oc.
Sol. via
0800 e
Outros
Nº de Oc.
Atendidas EQUIPES DE COMBATE A INCENDIOS FLORESTAIS
Nº de Oc.
Det. via Sat
Nº de Oc.
Atendidas
Sol. via CIOSP
e Outros
Nº de Oc.
Sol. via
CIOSP
Nº de Oc.
Atendidas
Sol. via
0800
Nº de Oc.
Det.
Atendidas
Nº de
Demanda
Reprimida
por
Município
DATA DE EDIÇÃO: 26/09/2017
2.6. EMERGÊNCIAS COM PRODUTOS PERIGOSOS Em julho de 2016 foi efetivada a Companhia de Atendimento a Emergências
com Produtos Perigosos - CAEPP, estruturada dentro do organograma do Batalhão
de Emergências Ambientais do CBMMT. Com o objetivo de ser a unidade de pronta
resposta às emergências ambientais e tecnológicas, envolvendo agentes químicos,
biológicos e radiológicos, suprindo a necessidade de atendimento adequado a este
tipo de emergência em todo o Estado de Mato Grosso.
Entre os anos de 2013 e 2016 foram atendidas mais de 200 ocorrências
envolvendo produtos perigosos (estatísticas do CBMMT). Devemos observar que o
atendimento até o segundo semestre do ano de 2016 não era, em sua grande
maioria, feito pelo Corpo de Bombeiros, reduzindo os dados estatísticos.
A partir do segundo semestre do ano de 2016, levando-se em conta o ano,
houve um incremento de mais 150% nos atendimentos de ocorrências, sendo que
deste total, mais de 40% (quarenta) foi atendido pela CAEPP/BEA após sua
efetivação.
Dentre as ocorrências atendidas pela companhia se destaca o incidente
envolvendo o radioisótopo Césio 137 no Distrito Industrial de Cuiabá, fato que
ocorreu no ano de 2014, com a participação de profissional integrante da CAEPP
antes de sua efetivação.
As ocorrências atendidas pela companhia tem origem em vários cenários,
porém, dominam as estatísticas os atendimentos decorrentes de acidentes
rodoviários com transporte de produtos perigosos.
2.6.1. ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS COM PRODUTOS PERIGOSOS
Houve uma ocorrência envolvendo produtos perigosos atendida pela
CAEPP–BEA/CBMMT, durante o período compreendido entre 11 á 24 de setembro
de 2017. Aonde, de uma carreta que transportava produtos tóxicos, que perdeu o
controle na pista, começou a cair parte da carga.
Fonte: BEA, 2017.
3. PRODES ESTIMA 7.989 KM2 DE DESMATAMENTO POR CORTE RASO NA AMAZÔNIA EM 2016
A estimativa da taxa de desmatamento na Amazônia do Projeto de
Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foi finalizada e aponta a taxa de
7.989 km2 de corte raso no período de agosto de 2015 a julho de 2016.
A taxa de desmatamento estimada pelo PRODES 2016 indica um aumento
de 29% em relação a 2015, ano em que foram medidos 6.207 km2. No entanto, a
taxa atual representa uma redução de 71% em relação à registrada em 2004, ano
em que foi iniciado pelo Governo Federal o Plano para Prevenção e Controle do
Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do
Meio Ambiente (MMA).
Com o PRODES, o INPE realiza o monitoramento sistemático na Amazônia
Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são
usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas
públicas relativas ao controle do desmatamento ilegal. Os dados são imprescindíveis
para toda a sociedade e embasam ações bem-sucedidas como a Moratória da Soja
e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras
iniciativas.
O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat (30 metros de resolução
espacial e frequência de revisita de 16 dias) ou similares, numa combinação que
busca minimizar a cobertura de nuvens, para registrar e quantificar os eventos de
desmatamento com áreas maiores que 6,25 hectares. Considera-se como
desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso,
seguida ou não por ocorrência de fogo e independentemente da futura utilização
destas áreas.
As tabelas abaixo apresentam a distribuição do desmatamento para o ano de
2016 nos Estados que compõem a Amazônia Legal, bem como a comparação com
as respectivas taxas consolidadas para o ano de 2015.
Estado PRODES 2016
(km2)
Acre 389
Amazonas 1099
Amapá 24
Maranhão 261
Mato Grosso 1508
Pará 3025
Rondônia 1394
Roraima 209
Tocantins 80
Total 7989
Estados PRODES 2015
(km2) PRODES 2016
(km2) Variação (%)
Acre 264 389 47
Amazonas 712 1099 54
Amapá 25 24 -4
Maranhão 209 261 25
Mato Grosso 1.601 1508 -6
Pará 2.153 3025 41
Rondônia 1.030 1394 35
Roraima 156 209 34
Tocantins 57 80 40
AMZ. Legal 6.207 7989 29
Para gerar esta estimativa, o INPE analisou 89 imagens do
satélite Landsat 8/OLI selecionadas para atender a dois critérios: 1) cobrir regiões
onde foram registrados aproximadamente 90% do desmatamento no período
anterior (agosto/2014 a julho/2015) e 2) cobrir os 50 municípios prioritários para
fiscalização referidos no Decreto Federal 6.321/2007 e atualizado em 2009. A figura
abaixo apresenta a localização das cenas Landsat utilizadas.
Círculos indicam cenas Landsat selecionadas para a estimativa do PRODES 2016. Cinza: municípios
prioritários
A apresentação dos dados consolidados do PRODES 2016 pela a análise
das demais cenas que cobrem a área de monitoramento na Amazônia Legal está
prevista para o primeiro semestre de 2017. O resultado consolidado poderá variar
em ±10% do valor estimado. A tabela abaixo apresenta as variações encontradas
entre as taxas estimadas e as consolidadas desde 2005.
Ano # Cenas Tx. Estimada
(Km2) # Cenas
Tx. Consolidada (Km2)
Var. (%)
2005 77 18.900 212 19.014 1%
2006 34 13.100 213 14.286 9%
2007 75 11.224 223 11.651 4%
2008 84 11.968 214 12.911 8%
2009 92 7.008 226 7.464 7%
2010 97 6.451 214 7.000 9%
2011 97 6.238 220 6.418 3%
2012 92 4.656 214 4.571 -2%
2013 86 5.843 213 5.891 1%
2014 89 4.848 216 5.012 3%
2015 96 5.831 216 6.207 6%
Os gráficos abaixo mostram a série histórica do PRODES para a Amazônia
Legal e seus Estados, além da variação relativa anual das taxas de desmatamento.
Desmatamento anual na Amazônia Legal (km2) (a) média entre 1977 e 1988, (b) média entre 1993 e
1994, (d) estimativa
Desmatamento anual discriminado por Estado da Amazônia Legal (km2) a) média entre 1977 e 1988, b)
média entre 1993 e 1994, d) estimativa
Variação relativa anual das taxas do Prodes no período 2001 a 2016 Fonte: INPE, 2017.
4. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
4.1. COLNIZA É O PRIMEIRO COLOCADO EM QUEIMADAS E TAMBÉM
EM PRISÕES PELO CRIME
Nesta sexta (22/09)
duas pessoas foram presas
por terem feito uma
queimada num assentamento
no município de Colniza
(1.114 km de Cuiabá). A
queimada aconteceu na
terça-feira, resultando num
incêndio de grandes
proporções próximo da
comunidade Pé de Galinha.
O Corpo de Bombeiros e os
brigadistas foram acionados
para apagar as chamas. Fonte: INPE, 2017
Segundo o Sub-tenente Arilson Soares relatou, após a extinção do incêndio
foi feita a averiguação na comunidade e chegou-se a três suspeitos. Eles foram
levados à delegacia municipal onde foi lavrado o Boletim de Ocorrência e ambos
responderão pelo crime. Em Colniza já foram realizadas sete prisões por queimada
ilegal entre julho e setembro.
A responsabilização de uma queimada é um processo ainda em
desenvolvimento e sempre ocorre depois do combate ao fogo e da perícia técnica.
Com 3.952 focos de calor no estado durante o ano fica mais claro que a denúncia é
indispensável para encontrar e punir os culpados. Essa é uma das principais
ferramentas de repressão ao crime.
Colniza é o município com mais focos de calor em todo o estado com 2.318
registros. O segundo colocado (Paranatinga - 1.308), apresenta mais de mil focos a
menos. A presença do Corpo de Bombeiros Militar está buscando não só combater
os incêndios e prender culpados, mas criar uma compreensão sobre crimes
ambientais na região.
Até a primeira quinzena de agosto, Mato Grosso ostentava uma redução de
20% no número de focos de calor, mas perdemos esse número rapidamente devido
à quantidade de incêndios rurais e florestais em todo o território, com maior
concentração na região amazônica. Mas todo o Brasil apresentou crescimento
preocupante no número de focos de calor em 2017, com mais de 95 mil focos em
setembro.
Mato Grosso também apresentou crescimento dos dados em agosto e
setembro, mas entre os estados da Amazônia Legal que tiveram crescimento do
número de focos de calor, registrou o menor aumento. Pará (229,93%), Maranhão
(123,14) e Tocantins (42,79%) foram os estados da Amazônia com maior aumento
de focos de calor. Mato Grosso ficou em quinto (32.334 focos – 34,71%) entre os
estados que registraram números inflacionados de incêndios. Acre, Roraima e
Amapá conseguiram apresentar números negativos, mas estão numa área com
regime de chuvas diferenciado, com alta umidade durante esse período.
Fonte: Site do GOVERNO DE MATO GROSSO, em 23/09/2017.
Quartel do BEA, Cuiabá, MT, 26 de setembro de 2017.
Elaboração: Seção de Operações do Batalhão de Emergências Ambientais
(bea@cbm. mt.gov.br)