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D ia 2 de julho, 7h30. Após uma caminhada de cerca de 19 quilô- metros iniciada cinco horas antes, partindo de Canabrava, em Pesqueira (Agreste), e percorrendo outras sete al- deias, cerca de 200 índios do povo Xukuru do Ororubá so- bem a ladeira da Igreja de Nossa Senhora das Monta- nhas, na Aldeia da Vila de Cimbres, também no municí- pio. Alguns chegam paramen- tados com adereços feitos de palha de coco catolé - bar- retinas na cabeça e saias - e colares de sementes. Empu- nham varas de cana-de-açúcar e instrumentos como maracás e jupagos 1 . O som no povoa- do, fundado no século 17, mistura os sinos da paróquia, as notas sopradas no memby 2 e as palavras de ordem entoa- das pelo bacurau 3 em ho- menagem à Mãe Tamain, as- sociada a Nossa Senhora das Montanhas e considerada protetora do povo Xukuru. A celebração – que acon- tece uma vez por ano e se estende ao longo do dia com missa, procissão e o toré 4 mistura espiritualidade e cultura, mas possui também contornos políticos. “Nessa caminhada, fazemos um reen- contro com nossos ancestrais, que chamamos de encanta- dos, e uma reflexão sobre a história de vida e a luta do povo Xukuru pela reconquis- ta da terra, por direitos e pela preservação do espaço sagra- do”, explica o cacique Marcos Xukuru, 37 anos. “Através dos rituais sagrados, conse- guimos manter vivos nossos costumes, crenças e tradi- ções”, defende. Hoje, os Xukurus se en- contram numa área de 27.555 hectares, homologada em 2001, abrangendo parte das cidades de Pesqueira e Poção, também no Agreste. Até o reconhecimento desse terri- tório indígena, porém, a dis- puta pela posse da terra mo- tivou conflitos com fazen- deiros e políticos locais. Os embates resultaram na morte, em 1995, do procurador Geraldo Rolim, defensor da regularização, e, em maio de 1998, do cacique Francisco de Assis Araújo, o Xicão, pai de Marcos. Em uma outra emboscada em 2003, Marcos ficou ferido e dois índios morreram. De acordo com a Secreta- ria Especial de Saúde Indíge- na (Sesai) do Ministério da Saúde, em 2013, a população de índios em Pernambuco era de 48.683 pessoas. Com base em outra metodologia, o Ins- tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) conta- bilizou 53.284 no Censo 2010. Embora dez terras in- dígenas estejam com o pro- cesso de demarcação concluí- do no Estado (ver gráfico), episódios recentes de vio- lência demonstram que a ten- são não está completamente superada. Continua nas páginas 2 e 3 Diário Oficial Estado de Pernambuco Poder Legislativo Recife, sexta-feira, 9 de setembro de 2016 Ano XCIII • N 0 162 CERTIFICADO DIGITALMENTE Índios obtêm reconhecimento, mas ainda enfrentam conflitos Embora dez terras indígenas estejam com o processo de demarcação concluído, episódios recentes de violência demonstram que a tensão não está superada RINALDO MARQUES DADOS - Em 2013, a população de índios em Pernambuco era de 48.683 pessoas 08/09/2016 18:52:37 96123040763603 COMPANHIA EDITORA DE PERNAMBUCO CNPJ: 10921252000107 Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil por: Certificado ICP-Brasil - AC SERASA RFB v2: COMPANHIA EDITORA DE PERNAMBUCO N° de Série do Certificado: 4577888325301812920 Hora Legal Brasileira: 08/09/2016 18:52 Autoridade de Carimbo do Tempo (ACT): Comprova.com O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe oferece o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art 1º - Fica instituída a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.

Estado de Pernambuco - Alepe - Assembleia Legislativa do ... disparos feitos pelo carona de uma motocicleta, sendo atingido por quatro tiros. ... identificar como índios tem como

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Dia 2 de julho, 7h30.Após uma caminhadade cerca de 19 quilô-

metros iniciada cinco horasantes, partindo de Canabrava,em Pesqueira (Agreste), epercorrendo outras sete al-deias, cerca de 200 índios dopovo Xukuru do Ororubá so-bem a ladeira da Igreja deNossa Senhora das Monta-nhas, na Aldeia da Vila deCimbres, também no municí-pio. Alguns chegam paramen-tados com adereços feitos depalha de coco catolé - bar-retinas na cabeça e saias - ecolares de sementes. Empu-nham varas de cana-de-açúcare instrumentos como maracáse jupagos1. O som no povoa-do, fundado no século 17,mistura os sinos da paróquia,as notas sopradas no memby2

e as palavras de ordem entoa-das pelo bacurau3 em ho-menagem à Mãe Tamain, as-sociada a Nossa Senhora dasMontanhas e consideradaprotetora do povo Xukuru.

A celebração – que acon-tece uma vez por ano e seestende ao longo do dia commissa, procissão e o toré4–mistura espiritualidade ecultura, mas possui tambémcontornos políticos. “Nessacaminhada, fazemos um reen-contro com nossos ancestrais,que chamamos de encanta-dos, e uma reflexão sobre ahistória de vida e a luta dopovo Xukuru pela reconquis-ta da terra, por direitos e pelapreservação do espaço sagra-do”, explica o cacique MarcosXukuru, 37 anos. “Atravésdos rituais sagrados, conse-guimos manter vivos nossoscostumes, crenças e tradi-ções”, defende.

Hoje, os Xukurus se en-contram numa área de 27.555hectares, homologada em2001, abrangendo parte dascidades de Pesqueira e Poção,também no Agreste. Até oreconhecimento desse terri-tório indígena, porém, a dis-puta pela posse da terra mo-

tivou conflitos com fazen-deiros e políticos locais. Osembates resultaram na morte,em 1995, do procuradorGeraldo Rolim, defensor daregularização, e, em maio de1998, do cacique Francisco deAssis Araújo, o Xicão, pai de

Marcos. Em uma outraemboscada em 2003, Marcosficou ferido e dois índiosmorreram.

De acordo com a Secreta-ria Especial de Saúde Indíge-na (Sesai) do Ministério daSaúde, em 2013, a população

de índios em Pernambuco erade 48.683 pessoas. Com baseem outra metodologia, o Ins-tituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE) conta-bilizou 53.284 no Censo2010. Embora dez terras in-dígenas estejam com o pro-

cesso de demarcação concluí-do no Estado (ver gráfico),episódios recentes de vio-lência demonstram que a ten-são não está completamentesuperada.

Continua nas páginas 2 e 3

Diário OficialEstado de Pernambuco

Poder Legislativo Recife, sexta-feira, 9 de setembro de 2016Ano XCIII • N0 162

CERTIFICADO DIGITALMENTE

Índios oobtêm rreconhecimento,mas aainda eenfrentam cconflitosEmbora dez terrasindígenas estejam com o processo de demarcação

concluído, episódiosrecentes de violênciademonstram que a

tensão não estásuperada

RINALDO MARQUES

DADOS - Em 2013, a população de índios em Pernambuco era de 48.683 pessoas

08/09/201618:52:37

96123040763603

COMPANHIA EDITORA DE PERNAMBUCOCNPJ: 10921252000107

Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil por:Certificado ICP-Brasil - AC SERASA RFB v2: COMPANHIA EDITORA DE PERNAMBUCO N° de Série do Certificado: 4577888325301812920Hora Legal Brasileira: 08/09/2016 18:52 Autoridade de Carimbo do Tempo (ACT): Comprova.comO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe oferece o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:Art 1º - Fica instituída a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica,das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras.

Continuação da capa

Em 1º de abril deste ano,um incêndio destruiu umacasa sagrada do povo Pan-kará, na Serra do Arapuá,em Carnaubeira da Penha(Sertão de Itaparica). Se-gundo lideranças, o ataque,que resultou na destruiçãode instrumentos, vestes, pe-ças tradicionais e objetos deculto, teria sido provocadopor ocupantes não indíge-nas do território, que aindanão foi demarcado. Mariadas Dores dos Santos, acacique Dorinha Pankará,52 anos, relata que em ou-tras ocasiões, para impediros cultos, agressores colo-caram som alto e atirarampedras. “Sofremos muitasperseguições na prática dosnossos rituais. Há pessoasque querem nos intimidar,destruir nossa história e nosimpedir de dar continuidadeà nossa luta por território”,diz Dorinha, que é ve-readora em Carnaubeira daPenha.

Também em abril, nodia 16, Ailson dos Santos, oYssô Truká, 56 anos, sofreuum ataque em Caruaru(Agreste), quando se prepa-

rava para voltar para aaldeia localizada no mu-nicípio de Orocó (Sertão doSão Francisco). Ele recebeudisparos feitos pelo caronade uma motocicleta, sendoatingido por quatro tiros.Embora evite apontar umamotivação para o crime, cita“sérios problemas por contada indefinição sobre asterras indígenas”. Em Ca-brobó (Sertão do São Fran-cisco), uma área de apro-ximadamente 1,6 mil hecta-res está regularizada, en-quanto outra de 5.769 aindaestá pendente de homologa-ção. Em Orocó, a aquisiçãode um imóvel para criaçãode uma reserva indígenaTruká está sem acordo e éalvo de ação judicial. Aterra está inserida na regiãoconhecida como “Polígonoda Maconha”, e os índiosdenunciam a utilização dolocal para o plantio dadroga, o que agrava os con-flitos.

“Estou com medo, impe-dido de transitar normal-mente e, até agora, nãohouve suporte de segurançado Estado para mim e outraspessoas do povo Truká quepassaram por esse processo

doloroso de tentativa de exe-cução. Tenho minha família,a luta do meu povo, precisome sentir seguro para desen-volver minhas ações. Esperoque os responsáveis sejampunidos, para que outroscasos não aconteçam”, dizYssô, que perdeu um irmãoe um sobrinho executadosdentro da aldeia, segundoele, por quatro policiaismilitares vinculados a pos-seiros. “As ameaças nosrondam de forma constan-te”, acrescenta.

De acordo com a secre-tária-executiva de DireitosHumanos de Pernambuco,Laura Gomes, o Programade Proteção aos Defensoresdos Direitos Humanos doEstado acompanha quatrolíderes indígenas, represen-tantes dos povos Xukuru,Truká, Pankará de Itacurubae Pankararu Entre Serras.Eles estariam em estado derisco ou vulnerabilidade. “Oprograma articula medidasde proteção e promove aatuação do defensor dosdireitos humanos e de suaspautas de militância, objeti-vando a permanência dapessoa protegida no seulocal de atividade.”

A reportagem do Tri-buna Parlamentar buscoua assessoria de imprensa daPolícia Federal para tratardas investigações sobreconflitos em áreas indíge-nas, mas a demanda não foiatendida até o fechamentodesta edição. O MinistérioPúblico Federal aponta que,entre outros procedimentos,apura o caso de um homi-cídio na comunidade indí-gena Atikum – supostamen-te praticado por policiaismilitares –, agressões eameaças contra índios daAldeia Pankararu e tambémnotícias de violência contrao povo Kapinawá.REDUÇÃO DE CONFLITOS -Ivson José Ferreira, antro-pólogo da AdministraçãoRegional da FundaçãoNacional do Índio (Funai)no Recife, aponta que osconflitos em Pernambucodiminuíram em comparaçãocom a década de 1990.Entretanto, segundo ele, háuma tensão permanente porcausa da presença de nãoíndios nessas terras e dapressão de empreendimen-tos econômicos. “O maisimportante é concretizar ademarcação onde está pen-

dente, com a desintrusão,para que os índios possamter pleno domínio do ter-ritório”, diz o indigenista.Ele critica, ainda, o esva-ziamento da Funai, queestaria com quadros insu-ficientes e teve atribuiçõesdistribuídas por outros ór-gãos, além da inexistência,em Pernambuco, de um se-tor que acompanhe a me-diação de conflitos entre ín-dios e posseiros.EDUCAÇÃO - Assessor doConselho Indigenista Mis-sionário (Cimi), o professorda Universidade Federal dePernambuco (UFPE) SauloFerreira Feitosa afirma quea demora nos processos dedemarcação gera instabili-dade e colabora para oscasos de violência. “A si-tuação não é tão deflagradacomo em décadas passadas,mas segue difícil, pela sen-sação de impunidade e pelacriminalização das lideran-ças indígenas.”

Em termos de políticaspúblicas, Feitosa cita aindaproblemas na área deEducação Indígena. “A lutado movimento resultou naconstituição de escolas porprofessores indígenas, mas

não houve avanço na pers-pectiva de reconhecimentoe regulamentação da profis-são desse tipo de professor,com concurso diferenciado.O trabalho é prestado pormeio de contratos tempo-rários renovados a cada ano,gerando insegurança”, ava-lia.

A Secretaria Estadual deEducação informa que Per-nambuco tem 142 escolasestaduais indígenas, com1.498 professores indígenase 13.262 alunos. Todos osfuncionários, entre meren-deiras, motoristas e outrosprofissionais, são das diver-sas etnias ou terceirizados.

O deputado WaldemarBorges (PSB), líder do Go-verno na Assembleia Legis-lativa de Pernambuco, afir-ma que essas populaçõesrecebem, além de educaçãoespecífica, assistência socialcom atenção para pleitosreferentes a suas questões.“O Governo direciona osindígenas aos serviços ofere-cidos pelo Estado, em parce-ria com todas as secretariasque têm trabalho destinado aesse público”, diz.

Leia mais na página 3

2 — Ano XCIII • N0 162 Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Legislativo Recife, 9 de setembro de 2016

RINALDO MARQUES

Uma vez por ano,

Xukurus do

Ororubá

caminham por

aldeias de

Pesqueira em

direção à igreja

da Vila de

Cimbres

GLOSSÁRIO: 1. Instrumentos utilizados no toré, cujas batidas no chão marcam o ritmo dos passos e dos toantes. 2. Flauta usada pelos Xukurus. 3. Índio que vai à frente no toré tocandomaracás e puxando os cantos. 4. Cultos religiosos que sincretizam elementos africanos, indígenas, espíritas e católicos.

Recife, 9 de setembro de 2016 Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Legislativo Ano XCIII • N0 162 — 3

Continuação da capa

Lançado pelo IBGE nofim de junho, um CadernoTemático com base noCenso de 2010 aponta que896,9 mil indígenas resi-diam no País. Desses, 517,4mil (57,8%) viviam emterras oficialmente reconhe-cidas. O estudo tambémidentificou 305 etnias e 274línguas. O Nordeste temuma população de 232.739índios, atrás apenas daRegião Norte (342.836).Entre os Estados brasilei-ros, Pernambuco possui oquarto maior número depessoas autodeclaradas in-dígenas. E, com 9.335 ín-dios, o município de Pes-queira tem a sétima maiorpopulação indígena do Bra-sil, em termos absolutos.

Nacionalmente, essenúmero cresceu 205%desde 1991, quando foifeito o primeiro levanta-mento no modelo atual. Àépoca, os índios somavam294 mil. De acordo com oantropólogo AlexandreGomes, professor da li-cenciatura InterculturalIndígena da UFPE, o au-mento populacional e depessoas que passaram a seidentificar como índiostem como marco a Cons-tituição de 1988, que esta-beleceu o direito ao ter-ritório originário e à orga-nização social própria.

“Grupos antes invisibi-lizados, que ocultavam a

identidade como estratégiade sobrevivência, passarama se organizar para obterreconhecimento. E, a partirdo momento em que con-seguiram acessar direitos,suas condições de vida me-lhoraram e as populaçõesaumentaram”, explica.

Nesse processo, osindígenas também passa-ram a se articular politica-mente. Apesar dessas mu-danças, a situação nas terrasnão está completamenteequalizada. O relatório Vio-lência contra os Povos In-dígenas no Brasil, doConselho Indigenista Mis-sionário (Cimi), registrou138 homicídios nas áreasindígenas em 2014, contra97 no ano anterior. Desses,quase um terço foram no-tificados no Mato Grossodo Sul (41), Estado quetambém lidera o número desuicídios de índios (48). EmPernambuco, foram noveassassinatos. Entre as cau-sas citadas pelo Cimi paraas mortes, estão conflitosinternos e situações de-correntes de confinamentoterritorial e disputas fun-diárias.

Em maio, durante reu-nião do Fórum Indígena daOrganização das NaçõesUnidas (ONU), em NovaYork, a relatora especialVictoria Tauli-Corpuz assi-nalou que “os riscos en-frentados pelos povos in-dígenas no Brasil estãomais presentes do que nun-

ca”. Ela citou a paralisaçãodas demarcações, o impactode grandes obras, homi-cídios, ameaças e intimida-ções. O documento resul-tante do encontro recomen-dou ao Brasil o reconhe-cimento e respeito aos di-reitos humanos dos índios epediu ao Governo interino apreservação das atribuiçõesda Funai.LEGISLATIVO - As contro-vérsias também repercutemno Legislativo. Entre osprojetos em tramitação noCongresso Nacional quegeram polêmica, estão aProposta de Emenda àConstituição nº 215/2000,que transfere do Executivopara o Congresso a compe-tência para demarcar asterras indígenas; e o Projetode Lei nº 1.610/ 1996, quepretende regulamentar amineração nessas áreas.

Os propositores da PEC215 alegam que o processode demarcação é "notada-mente arbitrário" e concen-trado na Funai. Autor do PLnº 1.610, o senador RomeroJucá (PMDB-RR) cita que aatividade é permitida pelaConstituição e pelo Estatutodo Índio. O antropólogo daFunai Ivson Ferreira con-sidera que, na prática, asdemarcações serão paralisa-das. Do grupo Pankararu,Elisa Urbano, 44 anos,avalia que “estão matandoos índios a tiro e também nopapel, nas leis que criam eaprovam”.

Contextonacional é de tensão

4 – Ano XCIII • 162 Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Legislativo Recife, 9 de setembro de 2016

ATO Nº. 932/16O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso das atribuições que lhe sãoconferidas pelo inciso Xll, Art. 64 do Regimento Interno, tendo em vista o contido no Ofício nº 117/2016, do Deputado Eduíno Brito,RESOLVE: exonerar o servidor ANTÔNIO BENVINDO DOS SANTOS FILHO, do cargo em comissão de Assistente Parlamentar,símbolo PL-APC, retroagindo seus efeitos ao dia 01 de setembro do corrente ano, nomeando para o referido cargo, GRAZIELLEDOS SANTOS CANTO, atribuindo-lhe a gratificação de representação de 80% (oitenta por cento), nos termos da Lei nº 11.641/99,com alteração que lhe foi dada pela Lei nº 13.245/07 e 15.161/13.

Sala Torres Galvão, 8 de setembro de 2016.

Deputado GUILHERME UCHOAPresidente

ATO Nº. 933/16O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso das atribuições que lhe sãoconferidas pelo inciso Xll, Art. 64 do Regimento Interno, tendo em vista o contido no Ofício nº 582716/2016, do Deputado EribertoMedeiros,RESOLVE: exonerar o servidor ROGÉRIO CAVALCANTI ALVARES, do cargo em comissão de Assessor Especial, símbolo PL-ASC, nomeando para o referido cargo, AURÉLIO GUILHERME ARAÚJO PEREIRA, atribuindo-lhe a gratificação derepresentação de 7% (sete por cento), nos termos da Lei nº 11.641/99, com alteração que lhe foi dada pela Lei nº 13.245/07 e15.161/13.

Sala Torres Galvão, 8 de setembro de 2016.

Deputado GUILHERME UCHOAPresidente

ATO Nº. 934/16O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso das atribuições que lhe sãoconferidas pelo inciso Xll, Art. 64 do Regimento Interno, tendo em vista o contido no Ofício nº 048/2016, do Deputado AglaílsonJúnior,RESOLVE: exonerar o servidor ESTEVAM JOSÉ DA SILVA, do cargo em comissão de Assessor Especial, símbolo PL-ASC,nomeando para o referido cargo, ABDISIO VENCESLAU DA SILVA, atribuindo-lhe a gratificação de representação de 120%(cento e vinte por cento), nos termos da Lei nº 11.641/99, com alteração que lhe foi dada pela Lei nº 13.245/07 e 15.161/13.

Sala Torres Galvão, 8 de setembro de 2016.

Deputado GUILHERME UCHOAPresidente

PORTARIA Nº 479/16A SUPERINTENDENTE GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO, no uso de suas atribuições,e tendo em vista o contido no Ofício nº 72/2016, do Deputado Guilherme Uchoa,RESOLVE: lotar naquele Gabinete Parlamentar, o servidor ROBSON DOS SANTOS SOARES, matrícula nº 12.691, ora adisposição deste Poder, com efeitos retroativos a 1º de agosto de 2016.

Sala Austro Costa, 08 de setembro de 2016.

CRISTIANE ALVES DE LIMASuperintendente Geral

Portaria

Atos

PODER LEGISLATIVOMESA DIRETORA: Presidente, Deputado Guilherme Uchoa; 1º Vice-Presidente, Deputado AugustoCésar; 2º Vice-Presidente, Deputado Pastor Cleiton Collins; 1º Secretário, Deputado Diogo Moraes;2º Secretário, Deputado Vinícius Labanca; 3º Secretário, Deputado Romário Dias; 4º Secretário,Deputado Eriberto Medeiros; 1° Suplente, Deputado André Ferreira; 2° Suplente, Deputado RogérioLeão; 3° Suplente, Deputado Beto Accioly; 4° Suplente, Deputado Adalto Santos. Procurador-Geral - Ismar Teixeira Cabral; Superintendente-Geral - Cristiane Alves de Lima; Secretária-Geralda Mesa Diretora - Ana Olímpia Celso de M. Severo; Superintendente de Planejamento e Gestão- Sheila Carina de Aquino Cunha; Superintendente Administrativo - Maria do Socorro ChristianeVasconcelos Pontual; Superintendente de Gestão de Pessoas - Maria Margarida Freire Novaes; Superintendente deTecnologia da Informação - Bráulio José de Lira Clemente Torres; Chefe do Cerimonial - Francklin Bezerra Santos;Superintendente de Saúde e Medicina Ocupacional - Aldo Mota; Superintendente de Segurança Legislativa - TenenteCoronel Renildo Alves de Barros Cruz; Superintendente de Preservação do Patrimônio Histórico do Legislativo -Cynthia Barreto; Auditora-Chefe - Maria Gorete Pessoa de Melo; Superintendente da Escola do Legislativo - SebastiãoRufino; Consultor-Geral - Marcelo Cabral e Silva; Ouvidor-Geral - Deputado Adalto Santos; Ouvidor Executivo -Douglas Stravos Diniz Moreno; Superintendente de Comunicação Social - Margot Dourado; Chefe do Departamentode Imprensa - Helena Castro de Alencar; Editora - Verônica Barros; Subeditores - Cláudia Lucena e Isabelle Costa Lima;Repórteres - André Zahar, Edson Alves Jr., Gabriela Bezerra, Ivanna Castro e Luciano Galvão Filho; Fotografia: RobertoSoares (Gerente de Fotografia), Breno Laprovitera (Edição de Fotografia), Giovanni Costa, João Bita, Rinaldo Marques eHenrique Genecy (estagiário); Diagramação e Editoração Eletrônica: Alécio Nicolak Júnior e Anderson Galvão;Endereço: Palácio Joaquim Nabuco, Rua da Aurora, nº 631 – Recife-PE. Fone: 3183-2368. Fax 3217-2107. PABX3183.2211. Nosso e-mail: [email protected].

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