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ANO XXXIX - Nº 030 - SÃO LUÍS, QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012. EDIÇÃO DE HOJE: 56 PÁGINAS 177º ANIVERSÁRIO DE INSTALAÇÃO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO MARANHÃO 25.ª SESSÃO ORDINÁRIO DA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17.ª LEGISLATURA RELAÇÃO DE ORADORES......................................................... 03 ORDEM DO DIA .......................................................................... 03 PAUTA .......................................................................................... 03 SESSÃO ORDINÁRIA ................................................................. 03 PROJETO DE LEI ........................................................................04 REQUERIMENTO......................................................................... 05 INDICAÇÃO................................................................................ 06 RESUMO DA ATA ......................................................................... 14 SUMÁRIO DIÁRIO DA ASSEMBLEIA PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO ESTADO DO MARANHÃO ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Deputado Arnaldo Melo (PMDB) Presidente 1. Vice-Presidente: Deputado Marcos Caldas (PRB) 2.° Vice-Presidente: Deputado Neto Evangelista (PSDB) 3.° Vice-Presidente: Deputado Afonso Manoel (PMDB) 4.° Vice-Presidente: Deputada Francisca Primo (PT) ° 1.° Secretário: Deputado Hélio Soares (PP) 2.° Secretário: Deputado Jota Pinto (PR) 3.° Secretário: Deputado Edilázio Júnior (PV) 4.° Secretário: Deputada Cleide Coutinho (PSB) MESA DIRETORA BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO PSB - PC do B - PPS 1. Deputada Cleide Coutinho (PSB) 2. Deputada Eliziane Gama (PPS) 3. Deputado Luciano Leitoa (PSB) Deputado Marcelo Tavares LÍDER 4. Deputado Rubens Pereira Júnior (PC do B) 5. Deputado Marcelo Tavares (PSB) Deputado Rubens Pereira Júnior VICE-LÍDER LICENCIADOS 1. Deputado Ricardo Murad (PMDB) 2. Deputado Max Barros (DEM) 3. Deputado Victor Mendes (PV) BLOCO DA UNIÃO DEMOCRÁTICA PT do B - PT - PHS - PP - PMN - PR - PRB - PSC - PSL 1. Deputado Bira do Pindaré (PT) 2. Deputado Carlinhos Florêncio (PHS) 3. Deputado Eduardo Braide (PMN) 4. Deputado Edson Araújo (PSL) 5. Deputada Francisca Primo (PT) 6. Deputado Hélio Soares (PP) Deputado Eduardo Braide LÍDER 7. Deputado Jota Pinto (PR) 8. Deputado Léo Cunha (PSC) 9. Deputado Marcos Caldas (PRB) 10. Deputado Raimundo Louro (PR) 11. Deputado Rogério Cafeteira (PMN) 12. Deputado Zé Carlos (PT) Deputado Carlinhos Florêncio Deputado Zé Carlos VICE-LÍDERES BLOCO PARLAMENTAR PELO MARANHÃO PMDB - DEM - PV - PTB - PSD 1. Deputado Alexandre Almeida (PSD) 2. Deputado André Fufuca (PSD) 3. Deputado Arnaldo Melo (PMDB) 4. Deputado Afonso Manoel (PMDB) 5. Deputado Antônio Pereira (DEM) 6. Deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD) 7. Deputado Carlos Filho (PV) 8. Deputado Camilo Figueiredo (PSD) 9. Deputado César Pires (DEM) 10. Deputado Dr. Pádua (PSD) Deputado Carlos Alberto Milhomem LÍDER 11. Deputado Edilázio Júnior (PV) 12. Deputado Fábio Braga (PMDB) 13. Deputado Hemetério Weba (PV) 14. Deputado Manoel Ribeiro (PTB) 15. Deputado Magno Bacelar (PV) 16. Deputado Raimundo Cutrim (PSD) 17. Deputado Rigo Teles (PV) 18. Deputado Roberto Costa (PMDB) 19. Deputado Stênio Rezende (PMDB) 20. Deputada Vianey Bringel (PMDB) Deputado Magno Bacelar Deputada Vianey Bringel Deputado Rigo Teles Deputado Antônio Pereira VICE-LÍDERES LIDERANÇA DO GOVERNO LÍDER Deputado César Pires Deputado Alexandre Almeida Deputado Magno Bacelar Deputado Rogério Cafeteira VICE-LÍDERES BLOCO PARLAMENTAR PSDB - PDT 1. Deputado Carlinhos Amorim (PDT) 2. Deputada Graça Paz (PDT) 3. Deputada Gardênia Castelo (PSDB) Deputado Carlinhos Amorim LÍDER 4. Deputado Neto Evangelista (PSDB) 5. Deputada Valéria Macedo (PDT) ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA..................................................... 15 LEI COMPLEMENTAR N. 145 DE 12/03/2012 ............................. 16 ATO DO PRESIDENTE..................................................................17 RESENHA ...................................................................................... 17 PARECER ...................................................................................... 17 ATO DE RATIFICAÇÃO .............................................................. 54 RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................... 55

ESTADO DO MARANHÃO 1 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA … · veto total ao projeto de lei complementar nº 008/2011, que altera a redaÇÃo do art. 130 da lei complementar estadual nº 13/91

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 1

ANO XXXIX - Nº 030 - SÃO LUÍS, QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012. EDIÇÃO DE HOJE: 56 PÁGINAS177º ANIVERSÁRIO DE INSTALAÇÃO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO MARANHÃO

25.ª SESSÃO ORDINÁRIO DA 2.ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17.ª LEGISLATURA

RELAÇÃO DE ORADORES.........................................................03ORDEM DO DIA ..........................................................................03PAUTA ..........................................................................................03SESSÃO ORDINÁRIA .................................................................03PROJETO DE LEI ........................................................................04REQUERIMENTO.........................................................................05INDICAÇÃO................................................................................06RESUMO DA ATA .........................................................................14

SUMÁRIO

DIÁRIO DA ASSEMBLEIAPALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO

ESTADO DO MARANHÃOASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Deputado Arnaldo Melo (PMDB)Presidente

1. Vice-Presidente: Deputado Marcos Caldas (PRB)2.° Vice-Presidente: Deputado Neto Evangelista (PSDB)3.° Vice-Presidente: Deputado Afonso Manoel (PMDB)4.° Vice-Presidente: Deputada Francisca Primo (PT)

° 1.° Secretário: Deputado Hélio Soares (PP) 2.° Secretário: Deputado Jota Pinto (PR)3.° Secretário: Deputado Edilázio Júnior (PV)4.° Secretário: Deputada Cleide Coutinho (PSB)

MESA DIRETORA

BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃOPSB - PC do B - PPS

1. Deputada Cleide Coutinho (PSB)2. Deputada Eliziane Gama (PPS)3. Deputado Luciano Leitoa (PSB)

Deputado Marcelo TavaresLÍDER

4. Deputado Rubens Pereira Júnior (PC do B)5. Deputado Marcelo Tavares (PSB)

Deputado Rubens Pereira JúniorVICE-LÍDER

LICENCIADOS1. Deputado Ricardo Murad (PMDB)2. Deputado Max Barros (DEM)3. Deputado Victor Mendes (PV)

BLOCO DA UNIÃO DEMOCRÁTICAPT do B - PT - PHS - PP - PMN - PR - PRB - PSC - PSL

1. Deputado Bira do Pindaré (PT)2. Deputado Carlinhos Florêncio (PHS)3. Deputado Eduardo Braide (PMN)4. Deputado Edson Araújo (PSL)5. Deputada Francisca Primo (PT)6. Deputado Hélio Soares (PP)

Deputado Eduardo BraideLÍDER

7. Deputado Jota Pinto (PR)8. Deputado Léo Cunha (PSC)9. Deputado Marcos Caldas (PRB)10. Deputado Raimundo Louro (PR)11. Deputado Rogério Cafeteira (PMN)12. Deputado Zé Carlos (PT)

Deputado Carlinhos FlorêncioDeputado Zé Carlos

VICE-LÍDERES

BLOCO PARLAMENTAR PELO MARANHÃOPMDB - DEM - PV - PTB - PSD

1. Deputado Alexandre Almeida (PSD)2. Deputado André Fufuca (PSD)3. Deputado Arnaldo Melo (PMDB)4. Deputado Afonso Manoel (PMDB)5. Deputado Antônio Pereira (DEM)6. Deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD)7. Deputado Carlos Filho (PV)8. Deputado Camilo Figueiredo (PSD)9. Deputado César Pires (DEM)10. Deputado Dr. Pádua (PSD)

Deputado Carlos Alberto MilhomemLÍDER

11. Deputado Edilázio Júnior (PV)12. Deputado Fábio Braga (PMDB)13. Deputado Hemetério Weba (PV)14. Deputado Manoel Ribeiro (PTB)15. Deputado Magno Bacelar (PV)16. Deputado Raimundo Cutrim (PSD)17. Deputado Rigo Teles (PV)18. Deputado Roberto Costa (PMDB)19. Deputado Stênio Rezende (PMDB)20. Deputada Vianey Bringel (PMDB)

Deputado Magno BacelarDeputada Vianey BringelDeputado Rigo TelesDeputado Antônio Pereira

VICE-LÍDERES

LIDERANÇA DO GOVERNOLÍDERDeputado César Pires

Deputado Alexandre AlmeidaDeputado Magno BacelarDeputado Rogério Cafeteira

VICE-LÍDERES

BLOCO PARLAMENTARPSDB - PDT

1. Deputado Carlinhos Amorim (PDT)2. Deputada Graça Paz (PDT)3. Deputada Gardênia Castelo (PSDB)

Deputado Carlinhos AmorimLÍDER

4. Deputado Neto Evangelista (PSDB)5. Deputada Valéria Macedo (PDT)

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA.....................................................15LEI COMPLEMENTAR N. 145 DE 12/03/2012 .............................16ATO DO PRESIDENTE..................................................................17RESENHA ......................................................................................17PARECER ......................................................................................17ATO DE RATIFICAÇÃO ..............................................................54RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA ...............................................55

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA2

TitularesDeputado Manoel RibeiroDeputado Raimundo CutrimDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rogério CafeteiraDeputada Gardênia CasteloDeputado Rubens Pere ira Júnior

SuplentesDeputado Stênio RezendeDeputada Vianey BringelDeputado Rigo TelesDeputado Eduardo BraideDeputado Bira do PindaréDeputado Carlos AmorimDeputada Eliziane Gama

COMISSÕES PERMANENTES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA(de acordo com o art. 30 da Resolução Legislativa n.º 599/2010)

I - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania II - Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle

REUNIÕES:

SECRETÁRIATerças-Feiras - 08:30h

Glacimar / Vera Lúcia

TitularesDeputado Stênio ResendeDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Alexandre AlmeidaDeputado Eduardo BraideDeputado Rogério CafeteiraDeputada Valéria MacedoDeputado Luciano Leitoa

SuplentesDeputado César PiresDeputado Manoel RibeiroDeputado Antônio PereiraDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Zé CarlosDeputada Graça PazDeputado Rubens Pere ira Júnior

TitularesDeputado Rigo TelesDeputado Magno BacelarDeputado Fábio BragaDeputado Léo CunhaDeputado Eduardo BraideDeputada Graça PazDeputada Eliziane Gama

SuplentesDeputado Roberto CostaDeputado Doutor PáduaDeputado Raimundo CutrimDeputado Rogério CafeteiraDeputado Edson AraújoDeputada Gardênia CasteloDeputado Luciano Leitoa

TitularesDeputado Roberto CostaDeputado César PiresDeputado Alexandre AlmeidaDeputado Edson AraújoDeputado Bira do PindaréDeputado Carlos AmorimDeputado Luciano Leitoa

SuplentesDeputado Fábio BragaDeputado André FufucaDeputado Magno BacelarDeputado Rogério CafeteiraDeputado Léo CunhaDeputada Valéria MacedoDeputado Marcelo Tavares

III - Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável IV - Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia

TitularesDeputado Hemetério WebaDeputado Carlos FilhoDeputado César PiresDeputado Raimundo LouroDeputado Bira do PindaréDeputada Valéria MacedoDeputado Rubens Pere ira Júnior

SuplentesDeputado André FufucaDeputado Camilo FigueiredoDeputado Fábio BragaDeputado Léo CunhaDeputado Zé CarlosDeputado Carlos AmorimDeputada Eliziane Gama

TitularesDeputado André FufucaDeputado Doutor PáduaDeputada Vianey BringelDeputado Léo CunhaDeputado Carlinhos FlorêncioDeputada Valéria MacedoDeputado Marcelo Tavares

SuplentesDeputado Stênio RezendeDeputado Camilo FigueiredoDeputado Magno BacelarDeputado Raimundo LouroDeputado Rogério CafeteiraDeputada Gardênia CasteloDeputado Luciano Leitoa

V - Comissão de Administração Pública, Seguridade Social e Relações do Trabalho VI - Comissão de Saúde

TitularesDeputado Rigo TelesDeputado Camilo FigueiredoDeputado Stênio ResendeDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Zé CarlosDeputada Gardênia CasteloDeputado Marcelo Tavares

SuplentesDeputado Roberto CostaDeputado Raimundo CutrimDeputado Fábio BragaDeputado Eduardo BraideDeputado Raimundo LouroDeputada Graça PazDeputado Rubens Pereira Júnior

TitularesDeputado Doutor PáduaDeputado Antônio PereiraDeputada Vianey BringelDeputado Bira do PindaréDeputado Eduardo BraideDeputada Graça PazDeputada Eliziane Gama

SuplentesDeputado Rigo TelesDeputado Magno BacelarDeputado Alexandre AlmeidaDeputado Edson AraújoDeputado Léo CunhaDeputado Carlos AmorimDeputado Rubens Pere ira Júnior

VII - Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional

TitularesDeputada Vianey BringelDeputado Raimundo CutrimDeputado Carlos FilhoDeputado Raimundo LouroDeputado Léo CunhaDeputado Carlos AmorimDeputada Eliziane Gama

SuplentesDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Antônio PereiraDeputado Hemetério WebaDeputado Edson AraújoDeputado Eduardo BraideDeputada Valéria MacedoDeputado Marcelo Tavares

TitularesDeputado Antônio PereiraDeputado Raimundo CutrimDeputado Alexandre AlmeidaDeputado Rogério CafeteiraDeputado Edson AraújoDeputado Carlos AmorimDeputado Marcelo Tavares

SuplentesDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputada Vianey BringelDeputado Fábio BragaDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Raimundo LouroDeputada Valéria MacedoDeputado Luciano Leitoa

VIII - Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e das Minorias

IX - Comissão de Obras e Serviços Públicos X - Comissão de Ética

TitularesDeputado Antônio PereiraDeputado Fábio BragaDeputada Vianey BringelDeputado Edson AraújoDeputado Zé CarlosDeputada Gardênia CasteloDeputado Rubens Pere ira Júnior

SuplentesDeputado André FufucaDeputado Manoel RibeiroDeputado Carlos FilhoDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Bira do PindaréDeputada Graça PazDeputado Marcelo Tavares

TitularesDeputado Manoel RibeiroDeputado Raimundo CutrimDeputado Magno BacelarDeputado Raimundo LouroDeputado Zé CarlosDeputada Graça PazDeputado Luciano Leitoa

SuplentesDeputado Carlos FilhoDeputado Alexandre AlmeidaDeputado Doutor PáduaDeputado Bira do PindaréDeputado Rogério CafeteiraDeputada Gardênia CasteloDeputada Eliziane Gama

XI - Comissão de Assuntos Econômicos XII - Comissão de Segurança Pública

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTEManoel Ribeiro

Carlinhos FlorêncioREUNIÕES:

SECRETÁRIARegina / Leibe

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTERogério Cafeteira

Alexandre Almeida

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTEEliziane Gama

Fábio Braga

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTERaimundo Louro

César PiresREUNIÕES:

SECRETÁRIAQuartas-Feiras - 12:30h

Silvia Tereza

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTEAndré Fufuca

Léo Cunha

REUNIÕES:

SECRETÁRIATerças-Feiras - 08:30h

Dulcimar Mendonça

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTECarlos Amorim

Raimundo LouroREUNIÕES:

SECRETÁRIACélia Pimentel

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTEAlexandre Almeida

Carlos Amorim

REUNIÕES:

SECRETÁRIAQuintas-Feiras - 08:30h

Lúcia Maria

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTEZé Carlos

Rubens Pereira Júnior

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTERoberto Costa

Edson Araújo

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTEBira do Pindaré

Vianey Bringel

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTECarlinhos Florêncio

Marcelo Tavares

REUNIÕES:

SECRETÁRIAQuartas-Feiras - 08:30h

Eunes / Valdenise

REUNIÕES:

SECRETÁRIAMaria das Dores

REUNIÕES:

SECRETÁRIATerças-Feiras - 08:30h

Lucimar Ribeiro de Melo

REUNIÕES:

SECRETÁRIAQuartas-Feiras - 08:30h

Elizabeth Lisboa

REUNIÕES:

SECRETÁRIAQuintas-Feiras - 08:30h

Silvana Roberta

PRESIDENTE

VICE-PRESIDENTERaimundo Cutrim

Raimundo LouroREUNIÕES:

SECRETÁRIAQuartas-Feiras - 08:30h

Iranise / Maria Helena

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 3SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 21/03/2012 - 4a FEIRA

GRANDE EXPEDIENTE

1.º ORADOR (A) - 30 MINUTOS

TEMPOS DOS PARTIDOS E BLOCOS PARLAMENTARES

1. BLOCO UNIÃO DEMOCRÁTICA................................18 MINUTOS2. BLOCO PARLAMENTAR PELO MARANHÃO...........28 MINUTOS3. BLOCO PARLAMENTAR DE OPOSIÇÃO.....................7 MINUTOS4. BLOCO PARLAMENTAR (PDT - PSDB)......................7 MINUTOS

ORDEM DO DIASESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 21.03.2012 – QUARTA-FEIRA

I – VETO TOTAL - EM DISCUSSÃO E VOTAÇÃOÚNICO TURNO (VOTAÇÃO NOMINAL – ART. 243 RI)

1. VETO TOTAL AO PROJETO DE LEICOMPLEMENTAR Nº 008/2011, QUE ALTERA A REDAÇÃO DOART. 130 DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 13/91 (LEIORGÂNICA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DOMARANHÃO). COM PARECER FAVORÁVEL, ÀMANUTENÇÃO DO VETO, OFERECIDO PELA COMISSÃODE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA. – RELATORDEPUTADO MANOEL RIBEIRO.

II - REQUERIMENTOS À DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIOEM DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

1. REQUERIMENTO Nº 078/2012, DE AUTORIA DODEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR, QUE REQUER DEPOISDE OUVIDO O PLENÁRIO, SEJA CONVOCADA UMA SESSÃOSOLENE A REALIZAR-SE NO DIA 29 DE MARÇO, ÀS 11;00HORAS, PARA COMEMORAÇÃO DO 90º ANIVERSÁRIO DEFUNDAÇÃO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL-PC DOB.

2. REQUERIMENTO Nº 079/2012, DE AUTORIA DODEPUTADO HÉLIO SOARES, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDO O PLENÁRIO, SEJAM ENCAMINHADOS VOTOS DEAPLAUSOS E CONGRATULAÇÕES À TV MIRANTE, NAPESSOA DE SUA DIRETORA, SENHORA TERESA MURADSARNEY, PELA PASSAGEM DOS 25 ANOS DE UMA TELEVISÃOQUE JÁ NASCEU COM A VOCAÇÃO DE SER LÍDER EMAUDIÊNCIA NA COMUNICAÇÃO TELEVISIVA

III- REQUERIMENTOS À DELIBERAÇÃO DA MESAEM DISCUSSÃO E VOTAÇÃO

1. REQUERIMENTO Nº 076/2012, DE AUTORIA DODEPUTADO BIRA DO PINDARÉ, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDA A MES A, SEJA ENCAMINHADO OF ÍCIO AOEXCELENTÍSSIMO SENHOR PREFEITO DE SÃO LUÍS, SENHORJOÃO CASTELO, SOLICITANDO EXPLICAÇÕES SOBRE AMORTE DO PEDREIRO CRISTINO SOUSA QUE FALECEU EMSUA RESIDÊNCIA APÓS SOLICITAR ATENDIMENTO MÉDICO04 (QUATRO) VEZES PELO SAMU, EM SÃO LUÍS, CONFORMEMATÉRIA VEICULADA PELA TV GLOBO E EXIBIDA NOJORNAL NACIONAL NO DIA 13 DE MARÇO DE 2012.

2. REQUERIMENTO Nº 077/2012, DE AUTORIA DODEPUTADO LUCIANO LEITOA, QUE REQUER DEPOIS DEOUVIDA A MES A, SEJA ENCAMINHADO PEDIDO DEINFORMAÇÕES AO DEPARTAMENTO NACIONAL DEINFRAESTRUTURA EM TRANSPORTES NO MARANHÃO,

SOBRE A EXISTÊNCIA OU NÃO DE PROJETOS EMANDAMENTO NO DEPARTAMENTO, PARA A CONSTRUÇÃODE PASSARELA PARA PEDESTRES NA PONTE LOCALIZADASOBRE O RIO PERITORÓ.

3. REQUERIMENTO Nº080/2012, DE AUTORIA DODEPUTADO HÉLIO SOARES, PARA QUE, DEPOIS DE OUVIDAA MESA, SEJA REQUERIDO ÀS COMISSÕES DE OBRAS ESERVIÇOS PÚBLICOS E MEIO AMBIENTE, QUE REALIZEMUMA AUDIÊNCIA PÚBLICA, EM CARÁTER DE URGÊNCIA,PARA DISCUTIR A GRAVE DENÚNCIA DE QUE A COMPANHIAVALE EXTRAVIOU MATÉRIA RADIOATIVA, OFERECENDOSÉRIOS RISCOS À SAÚDE PÚBLICA

PAUTA DE PROPOSTA PARA RECEBIMENTO DE EMENDADATA: 21/03/2012 - QUARTA-FEIRA:

ORDINÁRIA 1ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 038/12, de autoria do Senhor

Deputado Manoel Ribeiro, que torna obrigatoria aos graduados daUniversidade Estadual do Maranhão – UEMA, a atuação profissionalno âmbito do Estado do Maranhão

2. PROJETO DE LEI Nº 039/12, de autoria do SenhorDeputado Hélio Soares, que dispõe sobre a Política Estadual deincentivo ao Turismo para o idoso e dá outras providências.

3. PROJETO DE LEI Nº 040/12, de autoria da SenhoraDeputada Eliziane Gama, que considera de Utilidade Pública, aAssociação de Jovens Empreendedores do Coroadinho – AJEC, comsede e foro em São Luis-MA.

ORDINÁRIA 2ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 037/12, de autoria do Senhor

Deputado Manoel Ribeiro, que considera de Utilidade Pública, aAssociação Cultural e Recreativa Bumba Meu Boi Mimo de Peri-Mirim, com sede e foro no Municipio de Piri-Mirim.

ORDINÁRIA 3ª SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 036/12, de autoria do Senhor

Deputado Jota Pinto, que institui a Política Estadual de Prevenção eCombate ao furto e roubo de cabos e fios metálicos e disciplina noEstado o comércio desse material, qualquer que seja a sua forma deapresentação, e dá outras providências.

ORDINÁRIA 4ª E ÚLTIMA SESSÃO:1. PROJETO DE LEI Nº 033/12, de autoria do Senhor

Deputado Marcelo Tavares, que dispõe sobre a proibição da utilizaçãode recursos públicos na aquisição de bebidas alcoólicas por parte daAdministração Pública Direta e Indireta do Estado do Maranhão e dáoutras providências.

2. PROJETO DE LEI Nº 034/12, de autoria do SenhorDeputado César Pires, que denomina “Unidade Integrada ProfessoraAracy Oliveira e Silva” a Escola de Ensino Médio, construída noPovoado Santa Rosa no Município de Governador Eugênio Barros noEstado do Maranhão.

3. PROJETO DE LEI Nº 035/12, de autoria do SenhorDeputado Carlos Amorim, que considera de Utilidade Pública, aAssociação dos Moradores do Residencial Maria Aragão – AMORA,com sede e foro nesta Capital.

SECRETARIA GERAL DA MESA DIRETORA DOPALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO, em 20 de março de 2012.

Sessão Ordinária da Segunda Sessão Legislativa daDécima Sétima Legislatura da Assembléia Legislativa do Estadodo Maranhão, realizada no dia vinte de março do ano de dois mile doze.

Presidente, em exercício, Senhor Deputado Marcos Caldas.Primeiro Secretário, em exercício, Senhor Deputado Edilázio

Júnior.Segundo Secretário Senhor Deputado Jota Pinto.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA4

Às nove horas e trinta minutos, presentes os SenhoresDeputados: Afonso Manoel, Alexandre Almeida, André Fufuca, AntônioPereira, Arnaldo Melo, Bira do Pindaré, Camilo Figueiredo, CarlinhosFlorêncio, Carlos Alberto Milhomem, Carlos Amorim, Carlos Filho,César Pires, Cleide Coutinho, Edilázio Júnior, Edson Araújo, EduardoBraide, Eliziane Gama, Fábio Braga, Francisca Primo, Gardênia Castelo,Graça Paz, Helio Soares, Jota Pinto, Léo Cunha, Luciano Leitoa, MagnoBacelar, Manoel Ribeiro, Marcelo Tavares, Marcos Caldas, Rigo Teles,Roberto Costa, Rogério Cafeteira, Rubens Pereira Júnior, StênioRezende, Valéria Macêdo e Vianey Bringel. Ausentes: Doutor Pádua,Hemetério Weba, Neto Evangelista, Raimundo Cutrim, Raimundo Louroe Zé Carlos.

I – ABERTURA.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - Em nome do povo e invocando a proteção deDeus, iniciamos os nossos trabalhos.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - O senhor segundo secretário para fazer a leiturada Ata da sessão anterior e do texto Bíblico.

O SENHOR SEGUNDO SECRETÁRIO DEPUTADO JOTAPINTO (lê texto Bíblico e Ata) - Ata lida, senhor presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - Ata lida e considerada aprovada.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - O senhor primeiro secretário para fazer a leiturado Expediente.

O SENHOR PRIMEIRO SECRETÁRIO EM EXERCÍCIODEPUTADO EDILÁZIO JÚNIOR - (lê Expediente).

II – EXPEDIENTE.

PROJETO DE LEI Nº 039 / 12

Dispõe sobre a Política Estadual de Incentivo aoTurismo para o Idoso e dá outras providências

Art. 1º. A Política Estadual de Incentivo ao Turismo para oIdoso consiste na formulação da política do desenvolvimento turísticodo Estado voltada para geração de emprego e renda.

Parágrafo único. Considera-se turismo para idoso a práticadas atividades adequadas e planejadas para pessoas maiores de 60(sessenta) anos, no contexto turístico, visando melhor qualidade devida da terceira idade.

Art. 2º. Para o crescimento do turismo que se pretende alcançar,conforme dispõe o “caput” do art. 1.º da pressente Lei o Poder PúblicoEstadual estabelecerá normas e diretrizes para os programasgovernamentais e empreendimentos privados voltados para os idosos.

Art. 3º. As diretrizes da Política Estadual de que trata o art.2.º, são:

I - políticas públicas, com a finalidade de estimular as empresasligadas ao turismo no Estado a operar com produtos voltados para aspessoas da terceira idade;

II - geração de emprego e renda em ações que levem aodesenvolvimento econômico de cada região por meio de instrumentoscreditícios, observando-se o princípio do desenvolvimento sustentável;

III - estímulo ao ecoturismo em áreas ligadas ao patrimôniohistórico e cultural;

IV - realização de campanhas de estímulo junto às áreas ligadasao turismo, para melhor qualidade de vida da terceira idade,promovendo:

a) a qualificação dos produtos por meio de curso de capacitaçãoe organização empresarial;

b) o planejamento de atividades adequadas aos idosos;c) a disponibilização de profissionais capacitados nos

empreendimentos que visem ao turista idoso;d) programa que possa reduzir preços de tarifas.Art. 4º. A implantação de empreendimento ou de serviço voltado

ao turismo para o idoso pelas empresas interessadas dependerá deaprovação previa pelo órgão estadual competente, que poderá exercerincentivos creditícios e priorizar parcerias, de acordo com as normasjurídicas vigentes, junto às empresas, associações, sindicatos einstituições públicas estaduais e municipais.

Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Assembleia Legislativa do Maranhão, em 15 de março de 2012.

- HÉLIO SOARES - DEP. ESTADUAL – PP - Primeiro Secretário [email protected]

JUSTIFICATIVA

“Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa queperdeu a jovialidade”. Estas são as palavras de um idoso de setentaanos.

A idade causa degenerescência das células. A velhice causadegenerescência do Espírito. Daí que nem todo idoso é velho e hávelho que ainda nem chegou a ser idoso.

Essas palavras retratam muito bem que a idade não é empecilhopara ninguém desenvolver qualquer atividade laboral.

O presente projeto tem por escopo formular polí tica dedesenvolvimento turístico no Maranhão voltado para a geração deemprego e renda para o idoso.

De acordo com a organização mundial de saúde a pessoa idosaé aquela com mais de 65 anos que os caracteriza como grupo da terceiraidade.

É prec iso que o idoso seja tratado c om reverencia econsideração, por terem idade mais avançada e por terem maisexperiência de vida, aspectos importantes para a estabilidade emocional.

Portanto, com o lado emocional equilibrado a saúde mentalserá mais equilibrada, o idoso será mais bem aproveitado no mercadode trabalho.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 5Assembleia Legislativa do Maranhão, em 15 de março de 2012.

- HÉLIO SOARES - DEP. ESTADUAL – PP - Primeiro Secretário [email protected]

PROJETO DE LEI Nº 040 / 12

Considera de Utilidade Pública a Associação deJovens Emp reend ed ores do Coroa din ho -AJEC,Com sede e foro no Município de SãoLuís,no Estado do Maranhão.

Art. 1º - Fica considerado de utilidade pública o da AJAC –Associação de Jovens Empreendedores do Coroadinho, com sedee foro no Município de São Luís, no Estado do Maranhão.

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

PLENÁRIO DEPUTADO NAGIB HAICKEL, DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 01 de junho 2010. –Eliziane Gama – Deputada Estadual.

JUSTIFICATIVAA Associação de Jovens Empreendedores do Coroadinho –

AJEC, com sede e foro na cidade de São Luís no Estado do Maranhão,dotada de personalidade jurídica de direito privado, com endereço naRua São José, nº 14, Qda 37, Lt. 10 Vila Nazaré - Coroadinho, São Luís– MA, sem fins lucrativos tem como finalidades:

· Promover o desenvolvimento na área da Assistência Social;· Promover o desenvolvimento na área da educação, saúde,cultura, meio ambiente, esporte e economia solidária;· Desenvolver ações de proteção à família, a infância, àadolescência, à juventude e aos idosos;· Promover a inserção no mercado de Trabalho;· Desenvolver projetos culturais e artísticos;· Executar programas e projetos na área de trabalho e renda,capacitação e inclusão digital;· Executar programas de aperfeiçoamento de jovens, adultos ede pessoas portadoras de deficiência.Por sua contribuição e atuação social, em benefício às pessoas

menos favorecidas da população é de justiça que o Estado tambémconsidere como de Utilidade Publica, visto a sua contribuição noprocesso de inclusão social da comunidade do Coroadinho da cidade deSão Luís do Estado do Maranhão.

PLENÁRIO DEPUTADO NAGIB HAICKEL, DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 01 de junho 2010. –Eliziane Gama – Deputada Estadual.

REQUERIMENTO Nº 076 / 12

Senhor Presidente,

Nos termos que dispõe o art. 163, inciso VIII do RegimentoInterno da Assembleia Legislativa do Maranhão, requeiro que sejaencaminhado oficio ao Excelentíssimo Senhor Prefeito de São Luis,João Castelo, solicitando explicações sobre a morte do Pedreiro CristinoSousa que faleceu em sua residência após solicitar atendimento médico4 (quatro) vezes pelo SAMU em São Luis, conforme matéria veiculadapela TV Globo e exibida no Jornal Nacional no dia 13 de maio de 2012.

Assembléia Legislativa do Maranhão, 19 de Março de 2012. -Bira do Pindaré - Dep. EstadualNOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRES IDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 21.03.12EM: 20.03.12

REQUERIMENTO Nº 077 / 12

Senhor Presidente,

Na forma do art. 158 do Regimento Interno desta Egrégia Casa,requeiro a Vossa Excelência que, após ouvida a Mesa, seja encaminhado

pedido de informações ao Departamento Nacional de Infraestruturaem Transportes no Maranhão para solicitar informações se existemou não, projetos em andamento do Departamento para a construção depassarela para pedestres na Ponte localizada sobre o Rio Peritoró, quefica na BR 316 e se houver algum projeto planejado, qual o andamentodo mesmo, por conta da referida ponte colocar em risco há muitosanos as pessoas que por ali trafegam.

Plenário “Deputado Nagib Haickel” do Palácio “ManoelBequimão”, 19 de Março de 2012. - Luciano Leitoa - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRES IDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 21.03.12EM: 20.03.12

REQUERIMENTO N° 078 / 12

Senhor Presidente,

Na forma regimental requeiro a V. Exa. que, depois de ouvido oPlenário, seja convocada uma sessão a realizar-se no dia 29 de março,às 11:00 horas, para comemoração do 90º aniversário de fundação doPartido Comunista do Brasil-PC do B.

SALA DAS SESSÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, 14 de março de 2012.

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRES IDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 21.03.12EM: 20.03.12

REQUERIMENTO Nº 079 / 12

Senhor Presidente,

Nos termos do art. 163 do Regimento Interno da AssembléiaLegislativa do Maranhão, Requeiro a Vossa Excelência que, ouvido emanifestado o Plenário, seja encaminhado VOTOS DE APLAUSOS ECONGRATULAÇÕES A TV MIRANTE, na pessoa de sua Diretora,Dra. Teresa Murad Sarney, pela passagem dos 25 anos de uma televisãoque já nasceu com a vocação de ser líder em audiência na comunicaçãotelevisiva.

O Maranhão está de parabéns por ter uma televisão que buscasempre a qualidade e está sempre compromissada com o conteúdo dainformação em imagens perfeitas e sons sem ruídos.

Que a excelência profissional de todos aqueles que fazem daTV Mirante uma televisão moderna, continue inspirando crescimentoe qualificação, fatores indispensáveis para o processo de evolução denossa sociedade.

Assembléia Legislativa do Maranhão, em 12 de março de 2012.- HÉLIO SOARES - DEP. ESTADUAL – PP - Primeiro Secretário [email protected]

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRES IDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 21.03.12EM: 20.03.12

REQUERIMENTO Nº 080 / 12

Senhor Presidente,

Nos termos regimentais requeiro a Vossa Excelência, apósdeliberação da Mesa, seja requerido as Comissões de Obras e ServiçosPúblicos e Meio Ambiente, que realizem uma Audiência Pública, emcaráter de urgência, para discutir a grave denuncia de que a CompanhiaVale do Rio Doce extraviou matéria radioativo, com sérios riscos asaúde publica.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA6A denuncia, veiculada em diversos órgãos de imprensa e em

alguns Blogs nos remete a triste lembrança do acidente ocorrido emGoiânia, em 1986, conhecido mundialmente como Caso “Césio – 137”,que vitimou 04 pessoas e contaminou outras centenas, com gravesprejuízos material ao Poder Público e conseqüências até a data de hoje.

A Assembléia Legislativa não pode se omitir de investigar osfatos, requerendo inclusive informações a CVRD e a Comissão Nacionalde Energia Nuclear, autarquia federal responsável pela supervisão efiscalização da atividade nuclear no Brasil.

Assembléia Legislativa do Maranhão, em 12 de março de 2012.- Hélio Soares - Deputado Estadual

NOS TERMOS DO ART. 107 DO REGIMENTO INTERNO, O SR.PRES IDENTE DETERMINOU A INCLUSÃO DOREQUERIMENTO NA ORDEM DO DIA. 21.03.12EM: 20.03.12

INDICACÃO N° 085 / 12.

Senhor Presidente,

Na forma regimental, requeiro a Vossa Excelência que, depoisde ouvida a Mesa Diretora, encaminhe à Senhora Governadora doEstado, Roseana Sarney Murad, a presente indicação solicitando aesta que adote as medidas legais e administrativas necessárias, com amaior brevidade possível, para a Implantação de uma DelegaciaEspecial da Mulher no Município de Estreito, neste Estado.

A implantação de uma delegacia especializada naquelemunicípio beneficiará diretamente uma população estimada em 46.000habitantes, segundo dados do IBGE. Na última década, o contingentepopulacional e, consequentemente, o processo de aceleração daurbanização do Município de Estreito cresceu muito. Esse fato éresultado da conjunção de vários fatores dentre os quais se pode destacarprincipalmente o econômico com a construção da Usina Hidrelétricade Estreito. Desta forma, Estreito que já era um dos municípios dereferência na região sul do Estado, ficou ainda mais importante epopuloso. Porém, junto a esse desenvolvimento econômico vieram osproblemas sociais e com eles a vulnerabilidade social de famílias, idosos,jovens, mulheres, etc. Nesse contexto, indivíduos e grupos sentem-sedesprotegidos, o que se faz necessária a implementação de políticaspúblicas que garantam direitos constitucionais adquiridos e proteçãosocial por parte do Estado. No que se refere especificamente às mulheres,em Estreito bem como em toda a região, cresceu muito as agressõestanto psicológicas quanto físicas contra elas. Quando ocorrem taisagressões, as mulheres não sabem a quem recorrer. Algumas se senteminseguras e às vezes quando são ameaçadas ou mesmo agredidas, nãodenunciam as violências sofridas principalmente porque não tem acerteza de que o conflito será resolvido de forma eficiente e segura.Outras, quando o fazem vão à delegacia local, mas, infelizmente, pornão se tratar de uma especializada, seus problemas não são bemencaminhados e solucionados. Por tudo isso, Estreito necessita deuma Delegacia Especial da Mulher para que possa defender e garantirdireitos, segurança e uma melhor qualidade de vida para as mulheres deEstreito e de toda região.

São Luís (MA), 15 de março de 2012. - VALÉRIA MACEDO- Deputada Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 086 / 12

Senhor Presidente,

Nos termos do art. 152 do Regimento Interno da AssembléiaLegislativa do Maranhão, Requeiro a Vossa Excelência que, ouvida aMesa Diretora, seja encaminhado ofício a EXCELENTÍSSIMASENHORA GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO,DRA. ROSEANA SARNEY , solicitando providências no sentido de

determinar QUE SEJA ANALISADO E ALOCADO A FONTE DERECURSOS PARA CONTRUÇÃO DE UM POSTO DE SAÚDENO MUNICÍPIO DE MILAGRES DO MARANHÃO, considerandoque saúde pública deve ser tratada como prioridade entre as demaispolíticas públicas, cujos serviços é de vital importância para o serhumano.

A Construção de um Posto de Saúde no município daráoportunidade às pessoas receberem atenção médica mediante aosprimeiros sintomas das doenças que as molestam. O povo de Milagresdo Maranhão terá um pouco mais de atenção em saúde pública. Saúdeé premissa básica para o exercício da cidadania, escopo de todo cidadãono exercício dos seus direitos.

Portanto, urge a construção do Posto de Saúde que orapleiteamos através de nossa propositura, haja vista que saúde éindispensável para melhorar a qualidade de vida do ser humano.

Assembleia Legislativa do Maranhão, em São Luis, 19 de Marçode 2012. - HÉLIO SOARES - DEP. ESTADUAL – PP - PrimeiroSecretário - [email protected]

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 087 / 12

Senhor Presidente,

Nos termos do art. 152 do Regimento Interno da AssembléiaLegislativa do Maranhão, Requeiro a Vossa Excelência que, ouvida aMesa Diretora, seja encaminhado ofício a EXCELENTÍSSIMASENHORA GOVERNADORA DO ESTADO DO MARANHÃO,DRA. ROSEANA SARNEY , solicitando providências no sentido dedeterminar, em caráter de urgência , A PAVIMENTAÇÃOASFÁLTICA DE 23 QUILÔMETROS DA MA 323, NO TRECHODE ENTROCAMENTO-POVOADO NOVA OLINDA,MUNICÍPIO DE PAULO RAMOS AO MUNICIPIO DE MARAJÁDO SENA (MA), considerando que os impactos da pavimentação derodovias levam progresso industrial, comercial e social (educação,saúde, transporte, cultura, trabalho), a outras regiões. Encurta distânciaentre pessoas, favorece a comunicação, a economia, o turismo, enfim.

A Pavimentação Asfáltica da MA 323 facilitará a circulaçãopara ir e vir das pessoas que transitam entre os dois municípios, diminuio tempo de viagem, é muito importante para o bem - estar dos cidadãosque usam a MA para se deslocarem entre uma cidade e outra, evitadanos e acidentes com veículos e facilita o progresso da economia naregião.

Portanto, a realização de Obras de Engenharia para aPavimentação da MA 323 é condição necessária para o desenvolvimentodos Municípios de Marajá do Sena e Paulo Ramos. Esperamos que V.Exa. determine a inclusão e execução dos serviços no cronograma deObras de 2012.

Assembleia Legislativa do Maranhão, em São Luis, 19 de Marçode 2012. - HÉLIO SOARES - DEP. ESTADUAL – PP - PrimeiroSecretário [email protected]

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 088 /12

Senhor Presidente,

Na forma regimental requeiro a Vossa Excelência que, depoisde ouvida a Mesa, seja encaminhado expediente ao Senhor RonaldPereira dos Santos, Promotor da 11ª Promotoria de JustiçaEspecializada na Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência doMaranhão, no sentido de que seja feita uma vistoria no Shopping daIlha, para averiguação da existência de acessibilidade das pessoasportadoras de necessidades especiais – PNE’s.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 7A referida indicação faz-se necessária, em virtude de tratar-se

de um fator muito importante para o exercício da cidadania dosportadores de necessidades especiais, contribuindo para sua interaçãoe inclusão dentro da sociedade.

PLENÁRIO “DEPUTADO NAGIB HAICKEL” DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 19 de março de 2012. -EDILÁZIO JÚNIOR - Deputado Estadual 3º Secretário

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

INDICAÇÃO Nº 089 / 12

Senhor Presidente,

Nos termos do art.152 do Regimento Interno da AssembléiaLegislativa do Maranhão, solicitamos que a presente Indicação sejaencaminhada a Excelentíssima Senhora Governadora do Estado,ROSEANA SARNEY MURAD, solicitando o desvio do RiachoBacuri e a sua canalização na margem esquerda da BR-010 aoRio Cacau, no sentido Imperatriz/Brasília, considerando que comesta obra, o leito do Riacho Bacuri deverá ser transformado em umagrande rede de esgoto e a sua superfície aterrada, evitando assim o focode doenças proveniente do riacho poluído, garantindo qualidade de viaa população dos bairros Bacuri e Mercadinho.

Assembléia Legislativa do Maranhão, em 19 de março de 2012.- LÉO CUNHA - Deputado Estadual

NA FORMA DO ART. 146 DO REGIMENTO INTERNO,O SR. PRESIDENTE DETERMINOU O ENCAMINHAMENTODA PRESENTE INDICAÇÃO.

O SENHOR PRIMEIRO SECRETÁRIO EM EXERCÍCIODEP UTADO EDILÁZIO JÚNIOR - Exp ediente lid o, senhorpresidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - Expediente lido. À publicação.

III – PEQUENO EXPEDIENTE.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS - Deputada Cleide Coutinho, por cinco minutossem direito a apartes.

A SENHORA DEPUTADA CLEIDE COUTINHO (semrevisão da oradora) - Senhor presidente, membros da Mesa, colegasdeputados e deputadas, galeria, imprensa. Eu não poderia deixar de viraqui para compartilhar com vocês uma grande preocupação, inclusivepeço aqui, estou vendo aqui o vice-líder, meu amigo deputado MagnoBacelar, que sempre trabalhou lá em Caxias para que V.Ex.ª, já que odeputado César Pires não está aqui, que é o líder, me traga uma respostapara que eu possa alegrar o povo de Caxias. Ou então que fale averdade. A senhora governadora Roseana fez esse governo itinerante,andou em várias cidades, inaugurou alguma coisa em cada uma, não seise com razão, sem razão, mas ela diz que inaugurou, só que em Caxiasnão tinha nada, ela apenas se reuniu com o grupo que a apoia, que é ogrupo do Paulo Marinho, que é um deputado cassado. Mas aqui nãotenho nenhuma objeção com isso. A minha pergunta, a minha inquietaçãoque eu quero que V. Exª. me responda, por gentileza, é que a governadorafalou na televisão para todo mundo ouvir, que daqui a 60 dias ia começara construir o hospital tão esperado pelo novo povo. Devo dizer quefiquei contente, mas eu fui olhar. E vi, deputado Rubens, que aqueleterreno famoso que custou aos proprietários, Márcia Marinho e PauloMarinho, apenas R$ 32.000,00 e que venderam ao estado por R$ 3milhões. Continua ainda... eu vi agora o deputado César Pires, o líder,também V. Exª vai me responder com certeza, esse terreno ainda seencontra, deputado, em nome da SOEDUCA que é uma empresa quetem como presidente a ex-deputada Márcia Marinho. Esse terrenoestá penhorado e me lembro que quando o deputado e secretário de

Saúde Ricardo Murad esteve aqui naquela audiência, no dia 20 desetembro de 2011, quando eu coloquei para ele a minha preocupação,como é que o estado pagou, que pagou esse preço exorbitante, comofoi colocado, mas que até aquela data estava ainda no nome da suaSOEDUCA, porque esse terreno está penhorado na Justiça Federal. Eele me respondeu, veja bem, respondeu e foi ouvido por todos, estáaqui na taquigrafia. Disse ele: “Deputada Cleide, quanto à questão dohospital, do terreno do hospital, eu sou e aguardo o pronunciamentoda SEPLAN”. Porque a desapropriação foi feita e não vejo como oEstado possa ter problemas com esse terreno. A desapropriação foifeita pela Secretaria de Planejamento e Administração, a avaliação foifeita pelo pessoal da Caixa Econômica, o recurso, o dinheiro foidepositado. Então, disse ele: “Estranha-me a condição desse bem aindanão estar em nome do Estado, porque a desapropriação é um ato deimpério, de força e não depende da vontade de terceiros”. É o Estadochegar com toda aquela documentação legal, ir ao cartório e registrarem nome do patrimônio do Estado. Eu vou alertar o secretário dePlanejamento sobre essa informação que eu tinha de que ainda não estáno nome do Estado o terreno do hospital e vão resolver. Ora, deputados,isso foi dito no dia 20 de setembro de 2011, eu estou aqui com acertidão de inteiro teor do dia 15 março de 2012 e esse terreno aindacontinua em nome da SOEDUCA que tem o casal Marinho comodono. E a governadora foi à televisão e prometeu que com 60 dias vaicomeçar o hospital. E eu tenho uma foto que nesse terreno o senhorPaulo Marinho está plantando eucalipto, inclusive tem fotos. Entãoeu sei realmente, eu queria dar essa grande alegria para meu povo, parao povo de Caxias. Das duas uma, ou a governadora vai pagar a penhoraou ela vai comprar outro terreno ou então ela foi enganada para falaraquilo, porque eu não vejo como naquele terreno, em 60 dias começara construir, e deixo aqui o meu pedido ao deputado Magno, ao deputadoCésar Pires que, por favor, traga para esta Casa uma resposta e peçoque pelo menos a Governadora cumpra o que prometeu, por que aísim, Caxias vai ficar grata. Muito obrigada.

O SENHOR DEPUTADO EDUARDO BRAIDE – SenhorPresidente?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS – Deputado Braide.

O SENHOR DEPUTADO EDUARDO BRAIDE – Questãode Ordem senhor Presidente. Aproveitar que os deputados já estão atéaqui. Eu queria que se V. Ex.ª pudesse suspender a Sessão para que odeputado Carlinhos Florêncio recebesse os cumprimentos que ele temdireito e que o deputado Roberto Costa recebesse os cumprimentospelo dia de domingo passado que foi o seu aniversário também.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOMARCOS CALDAS – Suspendo a Sessão por cinco minutos paraque possamos dar os parabéns para os companheiros.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Declaro reaberta a sessão, com a palavra o deputado MarceloTavares.

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES (semrevisão do orador) – Senhores deputados, senhoras deputadas. Venhoaqui já que não terei a oportunidade de me manifestar quando da votaçãodo Requerimento, o último dos meus requerimentos de convocação doSecretário Fábio Gondim para que nós possamos tratar da transferênciado Hospital do Servidor do antigo Hospital Carlos Macieira para oHospital novo, o novo hospital do servidor e também lamentar e solicitarà liderança do governo que apesar da não aprovação dos meusrequerimentos, que as respostas fossem dadas a população, o atrasodo pagamento dos professores do Pro Jovem; seis a sete meses compagamento atrasado, o fato de meu Requerimento de convocação doSecretário ter sido rejeitado, não invalida a denúncia, são sete meses desalários atrasados dos professores do Pro Jovem, em relação àconvocação do Secretário Bringel pelo fechamento das escolas de ensino

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA8médio, escolas essas, segundo ele, para economizar recursos e porfalta de alunos; duas inverdades, porque recurso existe aí farto noEstado, para praticar delitos, todos os dias nós temos denúncias dessegoverno; denúncias como, por exemplo, agora, a que novamente foifeita pela deputada Cleide. Um terreno de R$ 03 milhões, comprado deum aliado político e que nunca foi transferido para o estado e o governonão dá nem bola, não dá bola porque controla a mídia, controla astelevisões, controla boa parte dos jornais; não todos, mas boa parte.Então não, nem liga, não dá satisfação. A Assembleia do Maranhão,não convoca nem Secretário; é um arremedo de fiscalização, é o pactoda mediocridade, é o silêncio perante tantas e tantas irregularidades.Brincam com o dinheiro público aqui no Maranhão sem ter a mínimanecessidade de dar uma resposta para a população. O crime nesseestado compensa! Não tem escolas, fecham-se escolas, os hospitaissão uma enganação, nas UPAs a fraude na licitação é grotesca; oshospitais estão aí, 72, há não sei quantos anos e o deputado Magno,que tanto defende, na hora de se tratar vai à São Paulo. Então, senhoresdeputados, é uma vergonha o que nós temos no Maranhão e eu lamentoa passividade da Assembleia Legislativa, que é o órgão fiscalizador, é oPoder que deve conter os excessos do Executivo, e não faz isso. Entãosenhores deputados é lamentável, é triste a situação do povomaranhense e onde deveria ter resposta, onde deveria ser a caixa deressonância da sociedade que é a Assembleia Legislativa, há um pactode não agressão, de não interferência, de não fiscalização, de nãofuncionamento. Isso é triste, e eu peço aos senhores deputados quepelo menos convoquemos aqui o Secretário Fábio Gondim, outro quenão conhece o Maranhão, outro que não sabe onde o Maranhão começa,onde o Maranhão termina, como secretário de educação, mas aqui todomundo cuida da sua vida, cada um nos seus interesses políticospessoais, em geral o coletivo fica em segundo plano. Deputada Cleideparabéns mais uma vez por ter a coragem de fazer uma denúncia tãograve quanto essa, que a senhora insiste em manter na memória dosbons maranhenses, essa atrocidade que está sendo feita em Caxias,com um terreno comprado para construir um hospital e que continuano nome de uma instituição ligada ao ex-deputado Paulo Marinho, quesegundo a deputada Cleide já está plantando até eucalipto, deve plantarmesmo deputada, ninguém vai fazer nada. A governadora deu o dinheirona época da eleição. Então ninguém vai fazer mais nada mesmo, estácerto o deputado Paulo Marinho em não deixar aquela terra ociosa quenunca vai ver um hospital, é mais fácil ele cortar um eucalipto daqui a20 anos, do que Roseana construir um hospital em Caxias para cumprira promessa que fez para o povo. Muito obrigado.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO - Concedo a palavra ao deputado Rubens Pereira Júnior.

O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR (semrevisão do orador) - Senhor presidente, membros da Mesa, nobrescolegas deputados, imprensa, galeria, funcionários da Casa, internautas.Senhor Presidente, em maio, será realizado em Brasília a 1º ConferênciaNacional sobre Transparência e Controle Social a Consocial, cuja etapanacio nal, s erá realizada tendo como tema: A s ociedade noacompanhamento e no controle da gestão pública. A primeira Consocialé um marco histórico e certamente contribuirá para o processo deconsolidação de uma efetiva democracia brasileira, embora a temáticaseja recorrentemente tratada em outras conferências, esta é a primeiravez que um processo conferencial se dedicará ao debate exclusivo detemas como: Transparência, controle social, prevenção e combate acorrupção. A Conferência Nacional de Transferência e Controle Social,esta organizado entre 04 eixos temáticos; 01 - Promoção da transparênciapública e acesso as informações e dados públicos, 02 - Mecanismo decontrole social, engajamento e capacitação da sociedade para o controleda gestão pública, 03 - Atuação dos conselhos de políticas públicascomo estância de controle, 04 - Diretrizes para a prevenção e o combatea corrupção. O controle social senhoras e senhores deputados, senhorPresidente, é entendido como um mecanismo que possibilita aoscidadãos acompanhar as ações do governo em nível municipal, estaduale nacional, bem como as ações do Estado com os seus 03 Poderes. OMaranhão já realizou a etapa estadual há 10 dias, mas estamos bem

distante do que determina a Lei Complementar nº 131. Lei Capiberibe,que obriga desde então todas as divulgações de todas as despesas ereceitas públicas no site da internet. No caso maranhense falta mesmoé vontade política. Para uma política limpa, além, do aspecto financeiro,é necessária também vontade política de divulgar com clareza tambémas ações com gastos do governo. O incentivo a transparência naadministração pública pede mecanismos efetivos de prestação de contaspermanente e o Maranhão tem que avançar e muito nesta área. Deacordo com o decreto que determina a transparência do Estado doMaranhão, a liberação das informações orçamentárias e financeirasdeveria ocorrer de forma real e pormenorizada, isto é, detalhada. A leise aplica para todos os poderes e todas as entidades da administraçãodireta, as autarquias, fundações e aos fundos e empresas estataisdependentes. O portal da transparência do governo do estado doMaranhão, ele possui parte dos itens exigidos pela Lei Complementarnº 131, deputado Edilázio, e dificulta sobremaneira a interação com ointernauta. Não possibilita, por exemplo, download completo do bancode dados disponibilizados naquele portal. O conteúdo não se encontraem único site, aliás, recomenda-se a criação de um link imediato para ápagina de licitações dentro do portal da transparência. Trata-se apenasde valores soltos e brutos sem qualquer link com o contrato e o atoadministrativo. A Comissão Central de Licitação, por exemplo, temum site próprio e não existe link no Portal da Transparência, então aComissão de Licitação faz uma publicidade parcial, o Portal daTransparência faz outra publicidade parcial e a transparência públicaefetiva é prejudicada favorecendo os indícios de corrupção. Falta noPortal da Transparência, por exemplo, a exibição do valor totaldesembolsado, que seriam os valores pagos com orçamento do exercício,mais os acrescidos aos restos a pagar incluídos no orçamento do anoque vem. Não vou nem falar de SIAFEM, que todos os parlamentarestêm direito a fiscalizar o governo do Estado ou governo federal, mas aAssembleia Legislativa do Maranhão, infelizmente, não tem acesso aesse importante sistema. A transparência e o acesso às informaçõessão essenciais para consolidação de um regime democrático e para aboa gestão pública, além disso, são ótimas, excelentes medidas deprevenção à corrupção. A transparência e o acesso à informaçãoincentiva os gestores públicos a agirem com mais responsabilidades eeficiência, e ainda são fundamentais para possibilitar a participaçãopopular e o controle social. Com acesso aos dados públicos, os cidadãospodem acompanhar a implementação de políticas públicas e fiscalizara aplicação do dinheiro público. O governo transparente deve e deveriafacilitar aos cidadãos o acesso às informações do interesse público,divulgando, de forma proativa e espontânea, essas informações sempreque possível, numa linguagem clara e de fácil entendimento. Era istoque nós esperávamos do atual governo do Maranhão.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALO MELO– Concedo a palavra ao deputado Bira do Pindaré.

O SENHOR DEPUTADO BIRA DO PINDARÉ (sem revisãodo orador) – Senhor presidente, colegas parlamentares, imprensa, galeria,servidores da Casa, povo do Maranhão pode, neste momento, nosacompanhar. Senhor presidente, na semana passada, exatamente 07dias atrás, propus desta tribuna um desafio a meu adversário no PT, ovice-governador do Maranhão, para um debate. E hoje lendo o Estadodo Maranhão na sua página 3ª, li uma resposta, que eu considero umaresposta do vice-governador. Ele diz assim: não aceitarei a propostadele; naturalmente se referindo a mim; porque meu adversário não querdiscutir o que é melhor para São Luís e a importância do PT nisso, esim fazer ataques. Essa foi a resposta do vice-governador, fugiu dodebate, fugiu, desapareceu, escafedeu-se, não quer debater, e parajustificar diz que não aceita porque a única coisa que eu quero é fazerataques. Que ataques? Por acaso dizer a verdade é fazer ataques? Ovice-governador se demonstra incomodado com o fato de que nósestamos informando uma verdade, a verdade de que ele é o candidatodo grupo dominante do estado, que ele é o candidato da oligarquia, e elese incomoda com isso, tanto se incomoda que o material de campanhadele, deputado César Pires, que é líder do governo, aqui na Assembleia,não faz a menor referência ao grupo político da qual ele faz parte, não

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 9faz, esconde, nega, não assume e pensa que pode enganar os filiados doPT. É impossível, é improvável, toda cidade sabe o que estáacontecendo. O debate do PT não é um debate apenas dos filiados dopartido, é um debate de toda população de São Luís, deputado Marcelo.Toda cidade quer saber, e ele diz que isso é um ataque. Eu quero saberqual foi a inverdade que eu falei dessa tribuna ou em qualquer órgão deimprensa se referindo as prévias do Partido dos Trabalhadores.Nenhuma. Agora, quem está sendo vítima de ataque sou eu, de umacampanha orquestrada e sistemática, todos os dias através dos órgãosde comunicação ligados a oligarquia, aqui no Estado do Maranhão,todos os dias estou sendo vítima de ataque, inclusive com base emmentiras como, por exemplo, essa mentira absurda de que eu tenhoapoio do prefeito João Castelo. Onde já se viu? O prefeito João Castelodeve estar torcendo para ele vencer as prévias, porque sabe que paraele vai ser uma eleição muito mais fácil, deputada Graça Paz. Entãocertamente ele está torcendo pela minha derrota pra facilitar o caminhoda sua reeleição. E eu digo isso porque já enfrentamos o Castelo e euvenci quando fui candidato a senador. E eu não tinha apoio de prefeito,eu não tinha apoio de governador e eu não tinha apoio de presidente,nada disso. Eu tinha apenas o apoio do povo e a benção de Deus,apenas isso, e fui o mais votado em São Luís do Maranhão. Portanto,falo isso, com muita humildade, reconhecendo que é uma missão muitoespecial representar o povo do Maranhão nas batalhas diversas quenós temos. E estamos preparados para enfrentar o prefeito João Castelo,que é o candidato dos tucanos, partido que faz oposição ao nossoprojeto nacional. Portanto, primeiro cada dia com sua agonia. Primeirovamos derrotar o candidato da oligarquia, depois nós vamos derrotar ocandidato dos tucanos, esses são os passos, cada dia com sua agonia. Eo momento agora é o momento do debate. E eu lamento, e essa é arazão principal de eu ocupar este Pequeno Expediente neste momento.Lamento profundamente que o vice-governador do Maranhão, ocandidato da oligarquia tenha fugido do debate. Perde o PT e perde acidade. Lamento. Muito obrigado, senhor presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Concedo a palavra o deputado Magno Bacelar. Quero registrara presença do ex-deputado José Jorge Leite. Seja bem-vindo a estaCasa, Dr. José Jorge.

O SENHOR DEPUTADO MAGNO BACELAR (sem revisãodo orador) - Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, galeria,imprensa, venho a esta tribuna para defender o vice-governador,candidato do PT, cidadão chapadinhense. E o vice-governador que é deum partido importante da república, é do PT. A união PMDB/PT foiuma união perfeita no estado do Maranhão. A divisão, essa questão dadisputa partidária interna, isso é natural, mas eu disse que independentedo pré-candidato, do prefeito eleito de São Luís é importante o bomrelacionamento com o governo do Estado. Assim como Caxias, assimcomo São Luís, assim como Imperatriz onde há um prefeito do PSDB,mas ele sabendo as suas limitações orçamentárias procurou o governodo Estado e lá ele está conseguindo viabilizar seus projetos, melhorianas vias urbanas da cidade de Imperatriz, também na questão da saúde,já foi inaugurada uma UPA. E na questão de Caxias, deputada CleideCoutinho, V.Exª que está coberta de razão quando vem aqui falar desseproblema de Caxias, porque, no Maranhão, está acontecendo essaverdadeira revolução com a inauguração dessas UPAs, dos hospitais,de urgência e emergência e Caxias realmente nós sabemos que V.Exªque é médica, que já tem uma estrutura boa naquela cidade, sempretratou muito bem essa questão da saúde estar sentindo esseressentimento, é natural. Principalmente com essa denúncia que V. Exªvem cobrando desde o ano passado. Mas eu quero aqui defender aintenção da nossa governadora Roseana Sarney que não quis deixarjamais Caxias de lado. Então, quando ela botou, no seu projeto daSaúde, a construção de um grandioso hospital, inclusive aquela regiãofoi priorizada como um dos grandes polos de saúde, mostrou do carinhoque ela tem para com aquela região dos Cocais, por Caxias. Então,lamento profundamente essa situação política do prefeito, o ex-deputado, amigo, médico deputado Humb erto Coutinho,evidentemente de não procurar a nossa governadora Roseana Sarney,

que ele inclusive já foi partidário político. Então, nessa questão, euacho que é o momento de se tirar a política e procurar resolver aquestão municipal. Então, eu acho que a nossa governadora receberiamuito bem o prefeito de Caxias, com V.Exª, para discutir. Assim tambémcomo deputado Ricardo Murad, onde o deputado Humberto Coutinho,quando era vereador, votou pra ele para deputado estadual. Agora aquieu quero dizer a V. Exª que eu também estou aqui de portas abertaspara com V.Exª ir até o Palácio acompanhando o prefeito HumbertoCoutinho, como também fui um deputado bem votado em Caxias paradiscutirmos esse problema. E realmente é questão de justiça, essaquestão desse problema lá do terreno é uma questão de justiça, então éuma questão que tem que ser resolvida. E dizer, deputado MarceloTavares, que V. Exª também tem discutido muito a questão do ProJovemque, inclusive, foi um dos motivos da convocação do secretário! MasV.Exa. também foi presidente desta Casa quando, naquela oportunidade,surgiram aquelas denúncias gordas lá naquela secretaria em relação aoProJovem. Naquela oportunidade não foi apurado absolutamente nada!Aquilo passou ileso aqui, nesta Casa, exatamente porque quemcomandava era uma pessoa que participava do grupo político de V.Exa.E respondendo, deputado Bira, eu fiquei muito satisfeito quando V.Exa.lançou a sua candidatura a prefeito de São Luís como um jovem deputadoque tem postura política, que tem o seu ponto de vista. Mas, quandoV.Exa. disse que o seu maior projeto político era combater a oligarquia,eu vi que realmente não concordo com V.Exa. É por isso que euconcordo exatamente, como eu já tenho esse relacionamento com ovice-governador, tanto é que nós, chapadinhenses, convidamos paradar um título. O PT, em Chapadinha, está unido com os grupospolíticos, porque nós fazemos política em Chapadinha e observamoscomo é uma pessoa preparada, uma pessoa capacitada, e vamos deixarque os filiados decidam porque. evidentemente, não é querendo jamaislhe diminuir, mas ele em uma função hoje, uma função de um gestor,uma função de vice-governador, V.Exa. hoje que é um deputado estadual,evidentemente que sempre trilharam caminhos opostos, entãoevidentemente vamos decidir e, se V.Exa. levar, que V.Exa. tenha sucesso.Vamos também torcer e peço exatamente para o vice-governador queeu vejo que vem fazendo um trabalho extraordinário auxiliando bastantea governadora Roseana Sarney a fazer o melhor governo deste estadodo Maranhão. Muito obrigado, senhor presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Concedo a palavra ao deputado Alexandre Almeida.

O SENHOR DEPUTADO ALEXANDRE ALMEIDA (semrevisão do orador) – Senhor presidente, senhoras deputadas e senhoresdeputados, senhoras e senhores da imprensa, senhoras e senhores queacompanham esta sessão através dos instrumentos de comunicação ouparticipam aqui com as suas presenças. Eu acompanhei, no últimodomingo, uma reportagem do Fantástico que tratou de esquemas queexistem na área de saúde lá do Rio de Janeiro e que infelizmente deveser uma prática em vários estados em nosso País e em váriosmunicípios. Todos nós sabemos que foi ali retratada uma realidade nuae crua que infelizmente é o câncer do sistema de saúde do nosso País eque precisa ser combatido com ferramentas transparentes e sérias,buscando na administração pública mecanismos de economicidade e,acima de tudo, de compromisso com o que se compra sem receber. OMaranhão dá exemplo hoje para o País, por exemplo, com sua ferramentade aquisição de compra de medicamentos para toda rede estadual. OMaranhão, por exemplo, adota o Sistema Biomédico, que é umareferência para o País e que tem sido uma ferramenta modelo incentivadapelo Ministério da Saúde, para que todas as administrações estaduaise municipais possam adotar. É uma ferramenta que, por exemplo, temo perfil de fazer cotações nacionais com distribuidoras e comfornecedores de medicamentos no sentido de oferecer um custo baixoe, acima de tudo, o fornecimento de medicamentos de qualidade. Essascoisas o Maranhão começa a implementar, e infelizmente a oposiçãonão é capaz de enxergar porque me parece que o espírito da oposiçãoé trabalhar o modelo do quanto pior melhor. É esse sistema que osecretário de Saúde, Ricardo Murad, está implementando e que temdado certo e que tem sido reconhecido pelo Ministério da Saúde no

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA10sentido de mostrar, de fato, o compromisso que o Sistema de Saúde donosso estado está implementando. Era desta forma que eu queriaregistrar a grande vantagem, o grande modelo implementado porquenós sabemos que o nicho de compras de medicamentos é muito utilizadonesses esquemas. No Maranhão, a coisa é diferente, a coisa étransparente, é comprometida e, acima de tudo, é uma coisa que mostraa preocupação de poder bem servir a população, de bem servir osistema de saúde de uma forma bem transparente. Eu também querotratar aqui, senhor presidente, da agonia que a oposição vive no sentidode querer diminuir a Assembleia Legislativa e no sentido de convocaçõespolitiqueiras, que a oposição tenta aqui fazer. Todos nós sabemos que,infelizmente, o interesse de uma convocação de um secretário não édebater tec nicamente os assuntos pertinentes às pastas doscorrespondentes secretários, infelizmente o que se busca aqui fazersão debates políticos, esquecendo os assuntos técnicos que o governodo Estado tem implementado no nosso Estado e que, certamente, vemdando certo e ao final do governo de Roseana, a gente vai ter a capacidadede a condição de mostrar os avanços que nós tivemos seja na área dasaúde, seja na área da educação, porque, de fato, a gente percebe quandoa gente vai para as cidades, quando a gente fala com a população osavanços que o governo do Estado tem implementado. Quero tambémfalar aqui em relação da UEMA, que me parece que semana passada foitema aqui de discussão, uma manifestação pequena, de minuta, eorquestrada por alguns políticos que tentaram fazer, lá em Timon, nosentido de reivindicar melhorias para a UEMA. A governadora, deforma muito decente, muito comprometida, porque sabe do seucompromisso, recebeu os alunos e teve um diálogo franco, mostroupara os alunos, por exemplo, que a UEMA tem autonomia orçamentária,que a UEMA ela tem autonomia funcional e que o reitor da UEMA foieleito pela comunidade estudantil e pela comunidade universitária e elaapenas nomeou aquele que foi o mais votado. Se nós temos problemana UEMA e nós não podemos esquecer isso, nós precisamos tratarsim desses problemas. E eu inclusive sugiro aqui ao presidente daComissão de Educação, o deputado Roberto Costa, para que nóspossamos fazer uma visita a UEMA e procurarmos saber o que estáacontecendo, porque esse problema, por exemplo, da UEMA de Caxiasnão é de hoje, ele não é de ontem, é de 2009, 2008, 2007, 2006, por queassim foi dito pelos alunos que ali estavam conversando com agovernadora. Então, nós precisamos tratar as cosias com clareza, porqueé dessa forma que, certamente, a gente vai contribuir e exatamente quedessa forma a Assembleia vai poder fazer sua parte. Muito obrigado,senhor presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO - Concedo a palavra à deputada Eliziane Gama.

A SENHORA DEPUTADA ELIZIANE GAMA (sem revisãoda oradora) – Senhor presidente, senhora e senhores deputados,membros da galeria, colegas da imprensa. Presidente, a discussão, aeducação é algo extremamente fundamental, gostaria, inicialmente, delamentar a não aprovação por partes dos colegas acerca da convocaçãodos secretários, notadamente do secretário de Educação. O deputadoRubens Júnior falava agora da Consocial, que foi um evento abertopelo governo do Estado, o vice-governador do Estado abriu a Consocial,que foi a conferência que trata da questão transparência pública quecombate à corrupção e combate todo tipo de ação que venhaproporcionar o desvio de dinheiro de recursos e coisas mais parecidas.Nós tivemos a abertura por parte do governo do Estado e uma dasprimeiras ações foi não impedir o esclarecimento e, portanto, a chegadade informações, nesta Casa, por exemplo, acerca do fechamento dasescolas. Nós recebemos, aqui nesta Casa, uma comissão vinda de alunose demais membros inclusive da UMES e demais movimentosestudantis, falando da questão do fechamento da Almirante Tamandaré,se era violência, se era por condições mínimas, a saída não é fecharescola, na verdade, saída nunca é fechar uma escola, a saída é encontrarmelhorias, abrir novas escolas, é trazer mais condições realmente básicasde funcionamento escolar, é o que não está acontecendo nas maisdiferentes regiões do Maranhão, inclusive na capital São Luís. E comrespeito a capital São Luís, presidente, nós continuando com as crianças

fora de sala de aula, nós temos cento e trinta mil alunos, e o que foi queaconteceu? Nós tivemos uma discussão aqui preliminar, aqui na semanapassada, o movimento, o sindicato dos educadores e dos professoresda rede municipal fez uma assembleia no ano passado, no mês denovembro, foi decidida a paralisação depois de uma pauta de 21 itensapresentados pelo governo municipal. Foi definido que haveria umaparalisação no dia 31 de janeiro, o prefeito então fez toda umaorganização, uma mobilização, no meu entendimento, numa tentativade barrar o movimento grevista, mas anunciou que as aulas só retomariamno dia 15 de março porque estaria fazendo a reforma das escolas. Ofato é que foi somente no dia 14, ou seja, no dia 15 o início das aulas,no dia 14 o prefeito da ordem de serviço para a reforma das escolas, 24horas antes do início do ano letivo. Uma coisa que é absurda e aí entãoficou inviabilizado o ano letivo. Nós comentamos isso aqui na semanapassada e a deputada Gardênia disse que se iniciaria ontem, o fato éque não se iniciou, apenas teve um inicio precário, na verdade, algumasescolas abriram. Mas como há uma mobilização de mais de 50% deprofessores hoje paralisados, por não atendimento da pauta dereivindicação que foi apresentada ao governo municipal, nós hojeestamos com as crianças fora da sala de aula por duas razões básicas:uma pela falta de professores, pelo não atendimento da pauta dereivindicação e pelas más condições de funcionamento das estruturasfísicas, estruturais das escolas. Ou seja, como é que você vai ter aulase as escolas estão sendo reformadas? Então é uma situação realmenteabsurda, está acontecendo neste exato momento uma reunião com oMinistério Público, com o Promotor Paulo Avelar em uma tentativa deencontrar uma saída para essa situação e amanhã haverá uma vistoriado Ministério Público e demais professores nas escolas da redemunicipal da Região Itaqui-Bacanga, que é uma das regiões gravementeafetadas pela suspensão das aulas das crianças do ensino fundamental.E os anexos também que não estão funcionando, por quê? Por que tema escola, passa para o anexo e o anexo é um local alugado e o aluguel nãoé pago, sem falar que o aluguel não é pago, todas as condições realmentede salubridade não existem e as crianças realmente ficam sem estudar.Então eu gostaria presidente que houvesse, eu diria uma atenção gente,uma mínima sensibilidade dos dois governos; do Estado e do municípiode São Luís, porque o prefeito João Castelo simplesmente estádeixando, como deixou 4 mil crianças fora de sala de aula, nós estamoshoje com mais de 80 mil crianças, 90 mil crianças e adolescentes semfrequentar o ambiente escolar porque não há nenhuma condição de issoacontecer aqui em São Luís. Muito obrigada.

IV – ORDEM DO DIA.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Projeto de Resolução Legislativa 01/2012 de autoria da MesaDiretora. Em discussão. Em votação. Os deputados que aprovampermaneçam como estão. Aprovado à promulgação. Requerimento àdeliberação do Plenário Requerimento nº 075/2012...

O SENHOR DEPUTADO CARLOS ALBERTOMILHOMEM – Questão de Ordem senhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO - Pois não, deputado Carlos Alberto Milhomem.

O SENHOR DEPUTADO CARLOS ALBERTOMILHOMEM – Só pedir a bancada do Bloco pelo Maranhão, quefique atenta para esse projeto do deputado Marcelo, votar contra.

O SENHOR DEPUTADO CÉSAR PIRES - Pela liderança deGoverno, também uma ordem deputado, que rejeite o Requerimento.

O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR -Senhor Presidente, Pela Ordem.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Deputado Rubens Júnior.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 11O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR –

Pela ordem para questionar uma aplicação do Regimento, o Regimentoproíbe em recursos, é que já houve encaminhamento e envolvediscussão, não houve encaminhamento por parte dos líderes governistassenhor Presidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Ele não está na realidade encaminhando a votação.

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES – Mas elesenc aminharam; o Deputado Milhomem e o Dep utad o Césarencaminharam. Eu gostaria até de fazer o encaminhamento senhorPresidente.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO - Ontem foi feito deputado Marcelo, inclusive V. Ex.ªencaminhou a votação ontem.

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES – Mas eleme encaminhou hoje de novo deputado. Mesmo com rapidez até porqueele não tem argumentos para fazer a defesa, mas ele encaminhou denovo.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Requerimento nº 075/2012, de autoria o Deputado MarceloTavares. (lê). Em discussão. Em votação. Os deputados que aprovamo requerimento permaneçam como estão. Rejeitado o requerimentocontra o voto do Deputado Rubens Pereira Júnior, Marcelo Tavares,Cleide Coutinho, Eliziane Gama e Gardênia Castelo. Requerimento nº070/2012, de autoria do Deputado Bira do Pindaré. (lê). Em discussão.Em votação. Os Senhores Deputados que aprovam, permaneçam comoestão. Aprovado. Requerimento nº 071/2012, de autoria do deputadoBira do Pindaré. (lê). Em discussão. Em votação. Os senhores deputadosque aprovam, permaneçam como estão. Aprovado. Inclusão na Ordemdo Dia da sessão de quarta-feira 21 de março. Veto total ao Projeto deLei Complementar nº 08/2011. Requerimento nº 076/2012 de autoriado deputado Bira do Pindaré. Requerimento nº 077/2012 de autoria dodeputado Luciano Leitoa. Requerimento nº 076/2012 de autoria dodeputado Rubens Pereira Júnior. Requerimento nº 079/2012 de autoriado deputado Hélio Soares e Requerimento nº 080/2012 de autoria dodeputado Hélio Soares.

V – GRANDE EXPEDIENTE.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Não há orador inscrito para o Grande Expediente. Horáriodestinado aos partidos e blocos, Bloco Parlamentar pelo Maranhão.Deputado Carlos Alberto Milhomem V. Ex.ª indica alguém pelo tempodo bloco?

O SENHOR DEPUTADO CARLOS ALBERTOMILHOMEM – Deputado Arnaldo, declina.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO – Bloco Parlamentar de Oposição, deputado Marcelo Tavares,V. Ex.ª indica alguém pelo bloco?

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES - SenhorPresidente, eu mesmo vou usar o tempo.

O SENHOR PRESIDENTE DEPUTADO ARNALDOMELO - Pois não, sete minutos a disposição do deputado MarceloTavares pelo Bloco Parlamentar de Oposição.

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES (semrevisão do orador) - Senhores deputados, senhoras deputadas, assistiaqui a um pronunciamento do deputado Alexandre Almeida e tomei adecisão de usar o tempo apenas para que não passasse em branco. Odeputado Alexandre citou as denúncias do Fantástico e vem dizer que

a Secretaria de Estado do Maranhão dá exemplo contrário, adotandouma regra de licitação das mais modernas do Brasil. Mentira! NaSecretaria de Estado da Saúde do Maranhão, a licitação é exceção, poisa regra é a dispensa de licitação. Deputado Alexandre, foi a dispensa delicitação que originou aquelas denúncias no Rio de Janeiro, foram oscontratos de emergência. Emergência essa da qual o secretário RicardoMurad é useiro e vezeiro aqui por milhares de vezes na Secretaria deSaúde do Maranhão. Deputado Alexandre Almeida, o senhor RicardoMurad já fez um bilhão de reais de dispensa de licitação na Secretariado Maranhão. Se esses batedores de carteira do Rio de Janeiro viessemfazer um curso de uma semana, eles sairiam daqui formados e graduadosem fazer o mal feito. Aqui no Maranhão, deputado, não se faz licitaçãocomo regra na Secretaria de Saúde do Estado. Aqui se contrata a OSCIPque vai fazer essas compras, então não tem essa coisa de ficar licitando,de ficar negociando. Essa turma do Rio de Janeiro faz no varejo; aquino Maranhão, ele faz no atacado. Um bilhão de reais de dispensa delicitação e vem dá regra de licitação para alguém? Deputado Alexandre,menos, deputado, menos. V.Exa. deveria ter ficado caladinho, porque aregra da Secretaria de Saúde do Maranhão, se for obedecida no Brasilinteiro, o Brasil desmonta.

O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR -Deputado, um aparte?

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES - DeputadoRubens Júnior, concedo um aparte a V. Exª.

O SENHOR DEPUTADO RUBENS PEREIRA JÚNIOR(aparte) - Deputado, hoje na CCJ foi aprovado, contra o nosso voto, ofamigerado Código de Licitações Estaduais, que alegavam aqui noplenário que era o que havia de mais moderno referente à legislação delicitação no estado, no País, feito pelos grandes especialistas, e odeputado Manoel Ribeiro conseguiu melhorar um pouco o projeto. Seele não tivesse apresentado um voto alterando diversos dispositivos,seria um desastre. Continua ainda ruim, mas melhoraram o que era umainsanidade. Ainda assim não resolveram inúmeros problemas elencadosnesse Código Estadual. Por isso que nós ainda votamos contra, paradar oportunidade ao governo de elaborar um novo código, dessa vezcorreto, e encaminhar para esta Casa. Mas além disso, deputado MarceloTavares, veja o exemplo do governo federal, isto é, a presidente Dilmavem fazendo uma verdadeira faxina entre os ministros. Na dúvida, elapreserva o patrimônio público e afasta o ministro, ainda que sejatemporariamente e podendo voltar. Isso no Maranhão é um sonho,quer dizer, não existe. E olha que órgãos oficiais do estado do Maranhãodetectaram irregularidades inclusive nos recursos da enchente, e agovernadora se cala, não fala nada, desconhece, não sabe, não viu, masa corrupção corre solta no atual governo.

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES – Então,deputado Alexandre Almeida, se V.Exa. quer fazer uma discussão séria,me traga aqui os processos de compra de medicamentos das OSCIPs,todas elas. Vamos quebrar a caixa preta das OSCIPs e discutir o modelode licitação de Ricardo Murad. Vamos fazer essa discussão. Aí ele pegaos 5% que ele compra de medicamento direto e faz um pregão eletrônico.Ótimo. E os 95% que não são feitos? Então, secretário que faz R$ 1bilhão de dispensa de licitação acha-se no direito de dar aulas de licitação.Secretário que contrata Proenge por R$ 6 milhões e no final paga quase50. Secretário que está há três anos enrolando, fez contrato deemergência na reforma do Hospital Pan Diamante, emergência de nomáximo 180 dias. E já foram 180 dias umas 10 vezes, deputadoAlexandre Almeida, e até hoje não tem hospital. Secretário que contratouparente de deputado por dispensa de licitação por emergência parareformar o hospital de Coroatá, pagou pela reforma e a reforma nuncaterminou. Secretário que fez por R$ 80 milhões a reforma daqueleCarlos Macieira, que nem com tijolo de ouro daria para justificar tantodinheiro. E V.Exa. vem falar que Ricardo Murad é exemplo demoralidade. Nem em Timon, deputado, terra de V.Exa. que está liquidadoo hospital regional de Timon com as pessoas, infelizmente, tendo queir para o Piauí. Então não venha aqui só com discurso, traga documentos.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA12Vamos discutir as licitações, as dispensas de licitação da secretaria.Secretaria que já contratou agora Duda Mendonça por R$ 6 milhões.Ano eleitoral, será que não é para pagar a campanha de alguém, porexemplo? Será que não é para pagar a Campanha de alguém? Será queele não vai ser marqueteiro do Candidato da Oligarquia aqui em SãoLuís? Será que esse dinheiro também não vai mais servir para isso? Éuma pergunta que eu faço. Secretário que agora contratou por quasequatro milhões de reais a reforma do Prédio da Secretaria para ficarparecido com o Hotel Luzeiros, aonde ele despacha de verdade. Estáno Diário Oficial, para transformar o ambiente da Secretaria em umambiente luxuoso. Essa que é a revolução Saúde do Maranhão?Revolução de UPAs que pelo padrão do Ministério da Saúde, essasUPAs deveriam custar dois milhões de reais, senhores, construída eequipada e aqui no Maranhão, está lá a placa com a inauguração comRoseana, custou cinco milhões, duzentos e oitenta e cinco mil reais,mas do que o dobro do preço sugerido pelo Ministério da Saúde. Esseé o Maranhão que a população infelizmente não tem conhecimento,porque o Grupo de V. Ex.ª é dono de quase todas as empresas de mídiae isso não pode passar na televisão. Esse é o Maranhão de verdade.Então, senhores deputados, estou à disposição deputado Alexandre!Vamos fazer uma Audiência Pública, eu e V. Ex.ª, que eu vou mostrar oescândalo que é a contratação dessas obras dessas UPAs, escândalo,desde a licitação fraudada até os pagamentos finais dessa obra, euquero mostrar, eu quero ter o prazer de mostrar para V. Ex.ª isso.

O SENHOR DEPUTADO CARLOS ALBERTOMILHOMEM – Deputado Marcelo?

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES – Terminoumeu tempo deputado Milhomem, se V. Ex.ª quiser suba na Tribuna.

O SENHOR DEPUTADO ALEXANDRE ALMEIDA –Presidente, eu queria solicitar o Tempo da Liderança para fazer umacomunicação inadiável.

O SENHOR DEPUTADO MAGNO BACELAR – Presidenteo Tempo da Liderança pelo Bloco Parlamentar pelo Maranhão.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO – Deputado Alexandre pela liderança do governo, cincominutos sem apartes.

O SENHOR DEPUTADO ALEXANDRE ALMEIDA (semrevisão do orador) – Senhor presidente eu acho muito interessante oque o destino é capaz de fazer com as pessoas. O deputado RobertoCosta fala que o deputado Marcelo sofre de amnésia, é verdade, porquesó amnésia, só muita capacidade de esquecimento é capaz de alimentaro discurso do líder da oposição, o líder da oposição fala de OSCIP.Quem foi que inaugurou esse expediente no Maranhão meu Deus?

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES (aparte) -Foi Roseana, com a Pró Saúde naquele outro governo dela.

O SENHOR DEPUTADO ALEXANDRE ALMEIDA –Respeitei V. Ex.ª e V. Ex.ª não tem a capacidade de me respeitar?

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO – Deputado Marcelo não tem aparte.

O SENHOR DEPUTADO ALEXANDRE ALMEIDA – Ora,quem inaugurou o expediente das OSCIPs no Maranhão foi um grupode trabalho que estava lá assentado deputado Marcelo Tavares quandoera governo, estava lá o deputado fazendo parte desse grupo que elediz hoje ser oligarquia. Quer dizer pelo fato de ter havido algumdescontentamento de poder por parte dele, do grupo dele, ele não émais oligarquia? Por que? Quer dizer que quando é da alegria somosjuntos, quando da tristeza não conta comigo. E aí ele lança o desafio:vamos discutir com documentos. Tudo bem, eu retribuo o desafio, V.Ex.ª traz as compras de medicamentos que aconteceram no governo

que V. Ex.ª fazia parte, que a gente pode começar a trazer documentos.Por que olha que compras de medicamentos no governo que V. Ex.ª fezparte eram feitas de formas absurdas, o governador se chamava JoséReinaldo Tavares e V. Ex.ª era Secretário desse governo. O que eutrouxe aqui, senhoras e senhores deputados, é um assunto sério, oGoverno do Estrado do Maranhão, a Secretaria de Saúde do Estado doMaranhão trabalha com uma ferramenta transparente, trabalha comuma ferramenta de compra de medicamentos que é preocupada com omenor preço e a melhor qualidade, esta é uma verdade; agora, issoincomoda a Oposição, porque talvez se lembre das práticas que tevequando era governo e agora que as coisas começam a mudar para melhor,começam a ficar incomodados. Quer queiram, quer não, esta ferramentaé séria, é transparente, proporciona para o governo comprarmedicamentos com menor preço, porque a compra de medicamentostodos nós sabemos que é um grande início de corrupção, todos nóssabemos que a compra de medicamentos é um grande início de propina,e no Maranhão, a coisa é diferente, e está de parabéns sim o secretárioRicardo. O secretário Ricardo que, orientado pela governadora, estáimplementando sim uma revolução no Sistema de Saúde do nossoestado. O nosso estado, deputado Magno, vivia sim em situação deemergência com aquele sistema atrofiado, sem capacidade instalada,sem capacidade de atendimento, mas as coisas começam a mudar e issoincomoda a oposição que diz: olha, são 10 UPAs, e não vão inaugurar.Elas estão todas inauguradas. Olha, são 72 novos hospitais, mas nãovai inaugurar. No entanto, já começamos a inaugurar. Se inaugurar, nãovai ter médico. Sim, vai ter médico. Se tiver médico, não vai funcionar.Espera aí, isso aí é o discurso do quanto pior melhor, e é com essediscurso que nós não chegaremos a lugar algum. Por isso que eu venhoaqui, nesta tribuna, quantas vezes forem necessárias, para mostrar osavanços do nosso estado do Maranhão porque, deputado EdilázioJúnior, V.Exa., que tem uma presença muito forte política no meumunicípio de Timon, pode perceber a grande vantagem e a capacidadeque a UPA de Timon passou a ter quando instalada. Deputado RogérioCafeteira, na quinta-feira, a UPA de Timon começou a funcionar, quinta,sexta, sábado, domingo, hoje é terça, V.Exa. sabe quantos pacientes jápassaram pela UPA de Timon? Mais de 650 pessoas, um númeroexpressivo. São pessoas que são tratadas como gente, pessoas que,acima de tudo, entram naquela unidade precisando de atendimentomédico e encontram lá uma estrutura organizada, uma estrutura comequipe técnica preparada e com condições de dar resolutividade aosproblemas de saúde daquela região. O líder da oposição fala que oHospital Alarico Pacheco... Meu Deus do céu! Eu tenho certeza de queele não quer se lembrar do passado daquele hospital, porque ele édenunciante. Não queira entrar nessa discussão, mas se quiserem eutopo qualquer desafio.

O SENHOR DEPUTADO MAGNO BACELAR – Senhorpresidente, pela liderança do Bloco Parlamentar do Maranhão, eugostaria de usar o tempo.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO – Deputado Magno Bacelar por cinco minutos, peloBloco Parlamentar do Maranhão.

O SENHOR DEPUTADO MAGNO BACELAR (sem revisãodo orador) - Senhor presidente, retorno a esta tribuna, depois do violentoe agressivo discurso do líder da oposição, deputado Marcelo Tavares,incomodado com as realizações do governo da nossa governadoraRoseana Sarney porque este governo efetivamente vem fazendo obrasem prol do povo do Maranhão. As obras estão aí à vista, os colégios,os hospitais, as estradas, reforma de tudo, obras importantes inclusiveaqui na nossa capital. Isso incomoda o líder da oposição, deputadoMarcelo Tavares. Deputado Marcelo Tavares, V.Exa. foi muito duroagora em relação ao governo do estado do Maranhão, citando muitoessa essa cifra de R$ 1 bilhão. Evidentemente que aquelas pessoas quenão acompanham a realidade acham que é muito dinheiro, e todos nós,deputados estaduais, a imprensa de um modo geral e a população vãoachar que V.Exa. está falando a verdade. Mas aqui, deputado, eu vouler a matéria do blog do Décio Sá com o título: Chame a PF, licitação

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 13escandalosa de R$ 10 milhões em secretaria do PSB em São Luís. Essasecretaria, que é indicação do deputado Marcelo Tavares e do vice-governador José Reinaldo Tavares, o partido do PSB quem indicou oatual secretário de Educação do Município de São Luis. No apagar dasluzes, em uma sexta-feira, abra-se um processo licitatório que com otempo exíguo para que a pessoa vá frequentar e visitar 190 colégiosaqui em São Luís. Isso a empresa, que não tinha credibilidade, de umahora para outra transforma um patrimônio, de R$ 25 milhões para R$1 milhão e 200 mil. Deputado, isso é uma prova de que, aqui dentro deSão Luís e de nossa ilha, agora com V.Exa...

O SENHOR DEPUTADO CARLOS ALBERTOMILHOMEM - Deputado Bacelar, eu só queria saber quem estáfazendo isso? É o sobrinho do deputado Marcelo, o padrinho?

O SENHOR DEPUTADO MAGNO BACELAR – É o ídolodo Zé Reinaldo, o ídolo do deputado Marcelo Tavares nós podemosdizer, que é uma pessoa que realmente está lá e de repente aquilomancha a sua biografia. Está aqui, inclusive, a denúncia das pessoasque estão envolvidas nisso, deputado. Nós lamentamos profundamente,deputado Marcelo Tavares, o presidente Arnaldo Melo, eu faço umapergunta aqui, deputada Graça Paz, deputada Valéria Macedo, paraonde iam os recursos públicos da saúde antes da Roseana sergovernadora do estado do Maranhão? Para onde, deputado? O objetivoera exatamente o quê? Era mudar a intenção do eleitor, por isso que eudisse aqui na tribuna que havia o objetivo de tirar da governadoraaquela eleição, que era uma eleição garantida pelas opiniões públicas. Equando V.Exa. vem falar de Duda Mendonça, V.Exa. conhece muitobem o Duda Mendonça, porque quem trouxe o Duda Mendonça parao Maranhão, quem foi? Quem foi o Duda Mendonça? Quem foi quecoordenou a campanha do João Castelo, aquele que não queria e quecolocou aquele slogan: Agora Vai, Agora Vai, Agora Vai...? Esse governoque tanto V.Exa. defende quem trouxe para o Maranhão, para asvaquejadas, não foi a governadora Roseana Sarney. O Duda Mendonçaera muito famoso porque era o marqueteiro do Paulo Maluf em SãoPaulo. Depois o PT, para ganhar as eleições, traz o Duda Mendonça. Epor que agora criticar Roseana Sarney, a governadora? Por que nãopode trazer Duda Mendonça, Carlos Filho, por quê? Por que deputado?V.Exa. pode tudo e esse governo não pode, mas se V.Exa. estivesse hojena base do governo, V.Exa. faria como o seu tio, aquele verdadeirocarneirinho, sempre balançando a cabecinha como uma vaca de presépio.Eu não, eu sempre tive posições firmes e sempre fui do lado e nuncame transvesti como determinados políticos que vivem mudando dolado conforme as suas conveniências políticas. Então eu volto nestatribuna, em qualquer circunstância, para defender este lado porque eusei que é o lado que tem feito as realizações para nosso estado doMaranhão. Recentemente, um deputado, um senador do PSB, deputadoManoel Ribeiro, Antônio Carlos Valadares, criticou aquela maquiagemque era feita na secretaria no governo do PSB aqui em São Luís, e issoaí foi estampado na Folha de São Paulo. Hoje, o deputado MarceloTavares utiliza, rotineiramente, esta tribuna para criticar o governoque chama “governo de pé de barro”, mas não, esse não é governo queanda de aviãozinho por aí e que qualquer tempestade leva e vem tudopara Brasília. É diferente. Esse governo, não digo o governo de pé debarro como diz V.Exa., é o governo de realizações, é o governo que tempropostas, é o governo que tem o objetivo de fazer aqueles que nuncafizeram nada além de falar mal do governo. Meu muito obrigado, senhorpresidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO - Com a palavra, o deputado Marcelo Tavares pelaliderança da oposição, por cinco minutos sem aparte.

O SENHOR DEPUTADO MARCELO TAVARES (semrevisão do orador) - Senhores deputados, senhoras deputadas, senhorese senhoras da galeria, senhores maranhenses que nos assistem pela TVAssembleia. Tivemos aqui a resposta pífia de um governo queenvergonha os maranhenses. O governo de um bilhão de reais dedispensa de licitação e onde o vice-líder do governo acha que isso é

modelo para o Brasil. Depois outro vice-líder do governo mistura tudoe puxa uma licitação da prefeitura de São Luís que, em tese, tem umsecretário indicado por mim. Deputada Gardênia, diga ao prefeito JoãoCastelo que ele pode exonerar todos os indicados por mim na prefeiturade São Luís. Ele não terá nenhum trabalho porque não há nenhumindicado por mim na prefeitura de São Luís. Depois, deputado MagnoBacelar, eu não falo sobre prefeituras porque não sou vereador, eu soudeputado estadual. Eu não falo de prefeituras como a de Chapadinha,como a de São Luís e outras, porque eu sou Caxias, porque eu soudeputado estadual. O dia que eu tiver a honra de ser vereador, eu voufalar sobre a prefeitura do município e onde eu exercer a vereança, oque não é o meu caso. Por isso é que eu falo de governos estaduaisporque sou deputado estadual. Mas mesmo assim, V.Exa puxou umalicitação de São Luís, o que V. Ex.ª não disse é que a Secretaria deEducação do Estado não faz nem a solicitação que a prefeitura de SãoLuís fez. Aqui há dispensa de licitação, porque há uma ação na justiçaque emperra desde o mandato, desde a gestão de César Pires, e ele nãocometeu nenhum erro naquela época, ele é que não podia fazer acontratação na justiça pelas empresas do peito do grupo Sarney quetem segurança privada. De lá para cá a Secretaria de Educação só fazdispensa, milhões e milhões de reais e V. Exª. ainda tem coragem defalar de uma licitação. Mas tudo bem, deputado, não é esse o nossoassunto. O que eu disse e volto a dizer que a saúde do Maranhão é umcaos, tudo aqui é fraudado, inclusive com a participação da governadoraRoseana Sarney. Agora a minha diferença, para as lideranças do governo,é que eu falo e provo, eu não fico só falando baboseiras. Aqui puxaramque quem começou a OSCIP no Maranhão foi José Reinaldo, mas nãofoi, foi a Roseana com a Pró-saúde. Depois quem devia defender agestão de saúde de José Reinaldo era o deputado Afonso Manoel, queera a esposa dele que era secretária. Então ele deveria ter no mínimovergonha de participar da base do governo que todo dia insinua adesonestidade da esposa dele. Então não sei como ele ainda faz partedesse governo que todo dia insinua que a esposa dele foi desonesta naSecretaria de Saúde, ele deveria ter vergonha e voltar para a oposição,isso que ele deveria fazer. E não tenho aqui procuração para defendera esposa do deputado Afonso Manoel. Se ele quiser que faça ele mesmoessa defesa. Mas vamos lá. Aqui todos os contratos de OSCIP feitospor Ricardo Murad são nulos, porque não obedeceram a lei estadualpara contratação. Existe um decreto, na época do Zé Reinaldo, ainda2007, que dizia deputado César Pires, V. Exª. que tem nível paracompreender essas críticas, veja: Artigo 2º - Para fim deste decreto aescolha da OSCIP dar-se-á mediante concurso de projetos a serrealizado pelo órgão interessado na administração direta, observadaas normas gerais da Lei Federal n.º 8.666. Ou seja, havia necessidadede fazer um concurso de projeto, de publicar o edital no diário oficial,de chamar as OSCIPs interessadas e ouvir delas qual era o projeto decada uma para administrar aquela unidade hospitalar. Ricardo Muradnunca seguiu esse decreto, descumpriu todas as maneiras de contratação.O que faz a governadora Roseana Sarney, moralizadora, correta, proba?Não, ela muda a lei. Está aqui o decreto publicado no diário do Executivo,do dia 08 de março deste ano, para livrar a pele do cunhado que nuncaobedeceu a lei. Ela faz aqui: Decreta, parágrafo único: a exigênciaprevista neste artigo não se aplica aos termos de parceria firmadopela Secretaria de Estado da Saúde, voltados para o fomento e arealização dos serviços do sistema único de saúde. Ou seja, ela revogou.Está aqui, Decreto n.º 23.218, para contratar OSCIP tem que fazerconcurso de projetos. O cunhado não fez! Não fez. Para que licitar? Oque faz a cunhada e amiga? Muda a lei para garantir o descumprimentoda legislação. Esse é o governo, deputado Alexandre Almeida, de V.Ex.ª, esse é o governo de V. Ex.ª deputado Magno, o governo que podeter a porta aberta, mas faz questão de arrombar a janela para entrar.Todos os contratados de OSCIP no Maranhão feitos por esta gestãodesobedeceram ao decreto estadual, desobedeceu a lei. Está aqui aprova! Aí vem dizer que este governo é modelo de moralidade? Só sefor para dar aulas para aquela turma do Rio de Janeiro. Está aqui, todosos contratados de OSCIP são nulos porque não cumpriram a lei. Euquero ver argumento agora para dizer que eu não tenho razão. Então,senhores deputados, já chamaram V. Ex.ª deputado César Pires, porqueos vice-líderes não vão dar conta.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA14O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADO

JOTA PINTO – Bloco Parlamentar PDT/PSDB.

A SENHORA DEPUTADA GARDÊNIA CASTELO – Eugostaria de solicitar o tempo.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO – Deputada Gardênia, por sete minutos.

A SENHORA DEPUTADA GARDÊNIA CASTELO (semrevisão da oradora) – Senhor presidente, senhoras deputadas, senhoresdeputados, galeria, imprensa, telespectadores da TV Assembleia. Euacho no mínimo curioso, realmente, o líder do governo deputado MagnoBacelar, falar aqui de uma licitação da Secretaria Municipal de Educação,deputado Marcelo. Mas sabe o que é: É porque esta palavra lá noEstado é palavrão. Não existe licitação. Não existe licitação. Enquantoo prefeito João Castelo passou quase 02 anos para concluir a licitaçãoaqui do hospital de emergência, porque tinha gente para atrapalharentrando na justiça. O deputado Ricardo Murad, secretário de Saúdecontratou mais de R$ 600 milhões para reformar os hospitais semlicitação. E aí como o dinheiro foi pouco, licitou novamente para reformaros mesmos hospitais. Pagou primeiro e depois licitou novamente parareformar os mesmos hospitais. Enquanto isso, a Prefeitura ficou aqui02 anos lutando para concluir a licitação de Emergência e Urgência.Realmente, é uma diferença muito grande. Então, eu acho que é atéruim, deputado Magno, o senhor vir à tribuna para falar em licitação,por que isto para o governo é um palavrão, não faz parte das práticas,das boas práticas de administração do governo. O que, aliás, este governoque aí está ele nunca se preocupou com boas práticas, pelo contrário.Ele costuma agir exatamente diferente de tudo que manda a boa condutaadministrativa de um gestor público, quer dizer, não licita, arrumamaneira de contratar emergencial em tudo. O caso das OSCIPs está aíque o deputado Marcelo Tavares acabou de denunciar. E assim vai:contrata OSCIP para o hospital que está fechado, por que isso? Porqueeste governo que está aí não tem a menor condição de falar em licitaçãoou criticar o município porque faz licitação. Esta licitação a que odeputado se referiu foi pregão, pregão presencial. Que é isso, gente?Coisa que aqui não se costuma fazer em hipótese alguma. O Estadonão faz nem pregão, nem concorrência, o Estado só pratica dispensa otempo inteiro em todas as áreas. É incrível! Se for preciso, decreta atéemergência para poder não contratar licitação. Quando não tem umamaneira de fugir, decreta um estado de emergência, foge da licitação.Então, fica difícil defender um governo como este que aí está. Eu achoque um governo que está aí lutando, trabalhando, um governo que jáinvestiu 700 bilhões de reais, ao longo desses três anos, na área desaneamento; 134 milhões na área de habitação; 203 milhões numconvênio inclusive com o governo federal na área de pavimentação;mais de 200 milhões somente com recursos próprios, tudo issoeconomizando dinheiro, deputada Cleide, da prefeitura porque antes odinheiro não dava, mas agora dá. Um governo que tem investido e temfeito a sua parte, apesar de não contar com a boa vontade e com oapoio do governo do estado, mas que felizmente conta com o apoio dogoverno federal, porque tem apresentado bons projetos. Como ogoverno do PT tem sido em nível federal, tem tido bom senso, temaprovado vários e vários projetos em parceria com a prefeitura de SãoLuís. Então eu queria dizer que vamos deixar o homem trabalhar porque,se não dá para ajudar, pelo menos não vamos atrapalhar o prefeito.Muito obrigada, presidente.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO - Bloco União Democrática.

O SENHOR DEPUTADO ROGÉRIO CAFETEIRA – Declina,senhor presidente.

VI – EXPEDIENTE FINAL.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO - Não há oradores inscritos.

O SENHOR PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DEPUTADOJOTA PINTO - Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presenteSessão.

Resumo da Ata da Vigésima Terceira Sessão Ordináriada Segunda Sessão Legislativa da Décima Sétima Legislaturada Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão, realizada nodia dezenove de março do ano de dois mil e doze.

Presidente Senhor Deputado Arnaldo Melo.Primeiro Secretário, em exercício, Senhor Deputado Marcos

Caldas.Segundo Secretário, em exercício, Senhor Deputado Alexandre

Almeida.

Às dezesseis horas, presentes os Senhores Deputados:Alexandre Almeida, André Fufuca, Antônio Pereira, Arnaldo Melo,Bira do Pindaré, Carlinhos Florêncio, Carlos Alberto Milhomem, CarlosFilho, César Pires, Fábio Braga , Edilázio Júnior, Edson Araújo, EduardoBraide, Eliziane Gama, Francisca Primo, Helio Soares, Jota Pinto,Luciano Leitoa, Magno Bacelar, Manoel Ribeiro, Marcelo Tavares,Marcos Caldas, Neto Evangelista, Raimundo Cutrim, Raimundo Louro,Rigo Teles, Rogério Cafeteira, Rubens Pereira Júnior, Stênio Rezendee Vianey Bringel. Ausentes: Afonso Manoel, Camilo Figueiredo, CarlosAmorim, Cleide Coutinho, Doutor Pádua, Gardênia Castelo, GraçaPaz, Hemetério Weba, Léo Cunha, Roberto Costa, Valéria Macêdo eZé Carlos. O Senhor Presidente deu início aos trabalhos, determinandoa leitura do texto bíblico, do resumo da Ata da Sessão anterior, que foiconsiderado aprovado e do expediente que foi encaminhado àpublicação. Em seguida, concedeu a palavra no horário do PequenoExpediente aos Deputados Raimundo Cutrim, Manoel Ribeiro, JotaPinto, Edilázio Júnior e Alexandre Almeida. Não havendo mais oradoresinscritos, o Senhor Presidente Arnaldo Melo deu início a Ordem doDia, anunciando a discussão e votação das seguintes proposições emprimeiro turno, regime de tramitação ordinária: Projeto de ResoluçãoLegislativa nº 054/2011, do Deputado Edilázio Júnior, que concedetítulo de Cidadão Maranhense ao Senhor Carlos Francisco Shimidt deOliveira, natural da Cidade de São Paulo-SP, que foi aprovado eencaminhado ao segundo turno de votação. Em Redação Final, foiaprovado o Parecer nº 004/12, da Comissão de Constituição, Justiça eCidadania, ao Projeto de Lei nº 030/11, da Deputada Vianey Bringel,que dispõe sobre a divulgação da relação de medicamentos excepcionaisno site do Governo do Estado. Em seguida, o planário aprovou oRequerimento nº 053/12, de autoria do Deputado Edilázio Júnior,solicitando que seja realizada uma Sessão Solene para entrega dostítulos de cidadãos maranhenses aos Senhores Parmênio Mesquita deCarvalho e Carlos Francisco Schmidt de Oliveira, no dia 10 de maio doano em curso; Requerimentos nºs 060 e 061/12, da Deputada VianeyBringel, solicitando que sejam registrados nos Anais da Casa votos decongratulações com a população de Santa Inês pelo transcurso do 45ºaniversário de fundação do Município, a ser comemorado no dia 14 demarço e com a população de Miranda do Norte pelo transcurso defundação do Município, comemorado no dia 15 de março. Requereuainda que seja dada ciência aos respectivos Prefeitos e Presidentes dasCâmaras Municipais dos referidos municí pios do teor d osRequerimentos; Requerimento nº 062 e 065/12, de autoria dasDeputadas Vianey Bringel e Francisca Primo, solicitando o registronos Anais da Casa de Votos de Congratulações a população de BomJardim pelo transcurso de 45º aniversário de fundação do município,ocorrido no dia 14 de março ,requerendo ainda que seja dada ciênciaaos respectivos Prefeitos e Presidentes das Câmaras Municipais doteor dos Requerimentos. Em seguida foram submetidos à deliberaçãodo Plenário os Requerimentos: nº 072/12, de autoria do DeputadoMarcelo Tavares, requerendo a convocação do Secretário de Estadoda Educação do Maranhão, Senhor João Bernardo de Azevedo Bringel,para prestar informações e esclarecimentos acerca do fechamento dasescolas de ensino médio no âmbito do Estado do Maranhão; nº 073/12,

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 15do mesmo Deputado, solicitando ao Secretário de Estado deComunicação Social do Maranhão, Senhor Sérgio Macedo, cópias doprocesso Administrativo nº 1418/2011, referente à contratação, pordispensa de licitação, da Fundação São Luís Convenções e Eventospara prestação de serviços de planejamento, organização e realizaçãodo reveillon dos 400 anos de São Luís; nº 074/2012, ainda do DeputadoMarcelo Tavares, requerendo a convocação o Secretário de Estado daJuventude do Maranhão, Senhor Marcos André Campos da Silva,para prestar esclarecimentos acerca da contratação da Fundação Gomesde Sousa para execução dos programas “Pró Jovem Trabalhador” e“Pró Jovem Urbano” no âmbito do Estado do Maranhão. O autorencaminhou a votação, solictando a sua aprovação. Ainda noencaminhamento da votação, manifestaram-se contrário a suaaprovação os Senhores Deputados Carlos Alberto Milhomem , peloBloco Parlamentar Pelo Maranhão e Magno Bacelar,pela Liderança doGoverno. Submetido a votação , as referidas proposições foramrejeitadas com o votos contrários dos Deputados Marcelo Tavares,Rubens Rereira Júnior, Bira do Pindaré, Neto Evangelista e pelaDeputada Eliziane Gama. O Requerimento nº 075/12, de autoria doDeputado Marcelo Tavares, convidando o Senhor Fábio Gondim,Secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, para emSessão Especial a ser realizada no dia 12 de abril do ano em curso,proferir palestra, seguida de debates acerca do atendimento médicoprestado aos servidores do Estado e o funcionamento do Hospital doServidor do Estado teve a discussão e votação encerradas, deixando deser votado devido a falta de “Quorum” regimental.Sujeito à deliberaçãoda Mesa, foi deferido o Requerimento nº 068/12, de autoria do DeputadoBira do Pindaré, solicitando que seja encaminhado ofício ao MagníficoReitor da Universidade Estadual do Maranhão, Senhor José AugustoSilva Oliveira,requerendo informações sobre o funcionamento do Cursode Medicina na cidade de Caxias. Nos termos do Art. 113 do RegimentoInterno, o Senhor Presidente determinou a inclusão na Ordem do Diada próxima Sessão Ordinária o Projeto de Resolução Legislativa nº001/12 e os Requerimentos nº 071 e 072/21. No primeiro horário doGrande Expediente ouviu-se o Deputado Marcos Caldas. No horáriodestinado aos Partidos e Blocos, não houve indicação dos membrospara utilização do tempo.No horário Expediente Final não houveoradores inscritos e nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente,em exercício, Dep utado Marcos Caldas encerro u a Ses são,determinando que fosse lavrado o presente Resumo, que lido econsiderado aprovado, será devidamente assinado. Plenário DeputadoNagib Haickel, do Palácio Manoel Bequimão, em São Luís, 20 demarço do ano de 2012.

Ata da Décima Nona Sessão Ordinária da Segunda SessãoLegislativa da Décima Sétima Legislatura da AssembléiaLegislativa do Estado do Maranhão, realizada no dia doze demarço do ano de dois mil e doze.

Presidente, em exercício, Senhor Deputado Marcos Caldas.Primeiro Secretário Senhor Deputado Hélio Soares.Segundo Secretário Senhor Deputado Jota Pinto.

Às dezesseis horas, presentes os Senhores Deputados: AfonsoManoel, Alexandre Almeida, André Fufuca, Bira do Pindaré, CarlinhosFlorêncio, Eduardo Braide, Eliziane Gama, Francisca Primo, GardêniaCastelo, Graça Paz, Hélio Soares, Hemetério Weba, Jota Pinto, LéoCunha, Luciano Leitoa, Manoel Ribeiro, Marcelo Tavares, MarcosCaldas, Neto Evangelista, Raimundo Cutrim, Rogério Cafeteira, RubensPereira Júnior, Valéria Macêdo, Vianey Bringel e Zé Carlos. Ausentes:Antônio Pereira, Arnaldo Melo, Camilo Figueiredo, César Pires, CarlosAlberto Milhomem, Carlos Amorim, Carlos Filho, Cleide Coutinho,Doutor Pádua, Edilázio Júnior, Edson Araújo, Fábio Braga, MagnoBacelar, Raimundo Louro, Rigo Teles, Roberto Costa e Stênio Rezende.O Senhor Deputado Marcos Caldas, Presidente em exercício, deu inícioaos trabalhos: “Em nome do povo e invocando a proteção de Deus.Determinou a leitura do texto bíblico, do resumo da Ata da Sessãoanterior, que foi considerado aprovado e do seguinte expediente:

Requerimento nº 056/12, do Deputado Rigo Teles, solicitando arealização de uma Audiência Pública pela Comissão de Obras e AssuntosEconômicos desta Assembléia, com o objetivo de debater o graveproblema da demora de conclusão das obras de reforma e recuperaçãodo Aeroporto Marechal Cunha Machado; Requerimento n° 057/12, doDeputado Jota Pinto, solicitando que sejam abonadas suas faltasreferentes aos dias 06, 07 e 08/03, por se encontrar em tratamento desaúde, conforme consta do Atestado Médico em anexo; Indicação n°064/12, da Deputada Valéria Macêdo, a Governadora do Estado, SenhoraRoseana Sarney, reiterando o pedido da Indicação nº 028/11, que solicitaa adoção de providências no sentido de recuperar a pavimentaçãoasfáltica de 42 km da MA - 335 que liga o Município de Porto Francoa São João do Paraíso; Indicação n° 065/12, da mesma Deputada ValériaMacêdo, a Governadora do Estado, Senhora Roseana Sarney, reiterandoo pedido da Indicação nº 026/2011, solicitando a execução de serviçosde terraplanagem de 198 km da MA-138, que liga o Município deEstreito a São Pedro dos Crentes; Indicação nº 066/12, do DeputadoHélio Soares, a Governadora do Estado do Maranhão, Senhora RoseanaSarney, solicitando providências,junto ao Secretário de Estado da Saúde,que autorize a criação e instalação de uma Unidade do LaboratórioCentral de Saúde Pública - LACEN, no Município de Açailândia;Indicação n° 067/12, do Deputado Hélio Soares, ao Secretário de Estadoda Segurança Pública Senhor Aluísio Mendes, solicitando que sejaanalisado e alocado a fonte de recurso para execução do Projeto deconstrução de uma Delegacia de Polícia sob o Comando de um Delegadode Carreira no Município de Milagres do Maranhão; Indicação nº 068/12, do Deputado Hélio Soares, a Governadora do Estado do Maranhão,Senhora Roseana Sarney, solicitando a construção de uma escola deensino médio, com Biblioteca, Laboratório de Tecnologia da Informaçãoe Quadra Poliesportiva, no Município de Milagres; Indicação nº 069/12, do mesmo Deputado ao Presidente da Companhia de SaneamentoAmbiental do Maranhão – CAEMA, Senhor João Reis Moreira Lima,solicitando a regularização no abastecimento d’água do bairro CidadeOlímpica; Indicação n° 070/12, do Deputado Antônio Pereira, subscritopor vários Parlamentares, ao Magnífico Reitor da UFMA, ProfessorNatalino Salgado Filho, solicitando a implantação do curso de Medicinano Campus Universitário da UFMA, no Município de Imperatriz;Indicação n° 071/12, do Deputado Antônio Pereira, subscrito porvários Parlamentares, ao Presidente do Senado Federal, Senador JoséSarney, solicitando seu apoio no sentido de agilizar providências juntoao Ministério de Educação com vistas ao credenciamento do Curso deMedicina da Faculdade de Imperatriz, a fim de que a entidade possaoferecer aos estudantes da região tocantina acesso ao referido cursoatravés do competente vestibular; Indicação nº 072/12, do DeputadoRaimundo Cutrim, a Governadora do Estado, Senhora Roseana Sarney,no sentido de autorizar a Secretaria de Estado de DesenvolvimentoSocial a reabertura dos Restaurantes Populares no Estado. Esgotado oexpediente para leitura, o Senhor Presidente deferiu as indicações acimamencionadas e encaminhou o expediente à publicação. Em seguida,concedeu a palavra aos Deputados Marcelo Tavares, Alexandre Almeida,Bira do Pindaré e Luciano Leitoa, inscritos no Pequeno Expediente. ODeputad o Marcelo Tavares justificou s eu po sic io namentocontrariamente à Medida Provisória 117/12, que institui o Códido deLicitações e Controle no Estado do Maranhão. O parlamentar observouque a Governadora, através dessa MP, importou regras adotadas paraconstrução e estádios, nos Estados sede da Copa do Mundo de 2014,o que não é o caso do Maranhão. Para o Líder da Oposição, a MP nãose justifica, a não ser por transgredir a referida regra e facilitar o caminhodas empresas do grupo da Governadora para construir estádio noMaranhão. O Deputado Alexandre Almeida usou a Tribuna para prestaresclarecimentos à sociedade maranhense, sobre o o possívelenvolvimento de um de seus assessores na operação que tinha comoobjetivo investigar o envolvimento de possoas com drogas. Sobre aquestão, o parlamentar disse primeiramente que se sentiu traído, peloassessor, pois não tinha conhecimento de tal situação, lembrando queapoia qualquer tipo de ação da Polícia contra o tráfico de entorpecente.O Deputado garantiu que, caso seja confirmado o envolvimento do seuassessor com o tráfico, esse não terá sua ajuda, porém, tomará outroposicionamento, se tratar de um usuário e precisar de ajuda. Por fim,

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA16ele lamentou o fato de algumas pessoas tentarem politizar o assunto.O Deputado Bira do Pindaré justificou sua proposição encaminhadaao reitor da Universidade Federal do Maranhão, Senhor NatalinoSalgado, solicitando informações sobre o Curso de Medicina noMunicípio de Caxias. O Parlamentar disse que foi procurado por umgrupo de professores do Curso de Medicina que passaram no concurso,mas ainda não foram chamados. Além disso, existem denúncias de queo laboratório não tem nenhum cadáver, para estudo e o AmbulatórioEscola também não funciona. Por fim, o Deputado cobrou uma resoluçãopara a situação do curso de Medicina em Caxias. O Deputado LucianoLeitoa, voltou a criticar o setor de segunraça pública de Timon. Paraeste parlamentar, o final de semana tumultuado em Timom, reflete afragilidade do referido setor e apelou para o Governo no sentido domelhorar a estrutura policial daquele Município. Por fim, ele sesolidarizou com o Deputado Alexandre Almeida, quanto a assuntoanteriormente levantado. Não havendo mais oradores inscritos, o SenhorPresidente declarou que por falta de “Quorum” regimental a matériaconstante da Ordem do Dia, ficou transferida para a próxima SessãoOrdinária. Sujeito à deliberação da Mesa, o Requerimento nº 051/2012,do Deputado Neto Evangelis, foi transsferido para a próxima sessãoordinária, em virtude de sua ausência no Plenário. Na forma do art. 113do Regimento Interno, determinou a inclusão na Ordem do Dia dapróxima Sessão Ordinária os Requerimentos nºs 056 e 057/2012. Noprimeiro horário do Grande Expediente não houve orador inscrito. Nohorário destinado aos Partidos e Blocos, o Deputado Marcelo Tavaresvoltou à Tribuna pela Liderança da Oposição para reforçar suascolocações contrariamente a aprovação da MP 117/2012. Ainda notocante às criticas contra o Governo do Estado, o Parlamentar condenouo pagamento que o Governo do Estado está fazendo ao empresárioDuda Mendonça, para fazer a propaganda de obras que não foramconstruída. Segundo o Parlamentar, são cerca de 6 milhões que oGoverno estaria pagando a Duda Mendonça, quantia essa que, segundoo Deputado, daria para construír 4 UPAs, no padrão do Ministério daSaúde. A Deputada Vianey Brigel usou parte do no tempo do BlocoParlamentar pelo Maranhão para cobrar dos gestores públicoscompetentes, que dêm condições aos cidadãos de tirar o cartão SUS.Ela lembrou que a apresentação do Cartão SUS, é exigência prioritáriapara atendimento do cidadão pelo Sistema Único de Saúde, mas afirmouque tem Prefeitura limitando esse serviço. As demais agremiaçõesdeclinaram do tempo destinado a cada uma. Nada mais havendo atratar, Senhor Presidente, em exercício, Deputado Marcos Caldasencerrou a sessão determinando que fosse lavrada a presente Ata, quelida e considerada aprovada, será devidamente assinada. PlenárioDeputado Nagib Haickel, do Palácio Manoel Bequimão, em São Luís,12 de março do ano de 2012. Deputado Marcos Caldas - Presidente,em exercício. Deputado Hélio Soares - Primeiro Secretário. DeputadoJota Pinto - Segundo Secretário.

LEI COMPLEMENTAR n.º 145 DE 12 DE MARÇO DE 2012

Altera o Código de Divisão e OrganizaçãoJudiciárias do Maranhão, Lei Complementar nº14, de 17 de dezembro de 1991, e dá outrasprovidências.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais e deacordo com o § 2º, do art. 47, da Constituição do Estado do Maranhão,PROMULGA a seguinte Lei:

Art. 1º. O art.18; o § 2º do art.20; o caput e o § do art.22; e oart.28; todos do Código de Divisão e Organização Judiciárias doMaranhão, Lei Complementar nº14, de 17 de dezembro de 1991, passama vigorar com a seguinte redação:

Art.18- O Tribunal funcionará em Plenário, em uma SeçãoCível, em Câmaras Reunidas e Câmaras Isoladas, cujasespecialidades serão especificadas neste Código e noRegimento Interno.

§ 1º- A Seção Cível será presidida pelo vice-presidente, quenão exercerá as funções de relator e revisor e será substituídonas suas férias, licenças ausências e impedimentos, pelomembro da Seção Cível mais antigo no Tribunal.§2º- São oito as câmaras isoladas, divididas em três criminaise cinco cíveis.§3º- As câmaras isoladas, cíveis e criminais, serão compostasde três desembargadores, e presididas, em sistema de rodízio,a cada ano, pelo desembargador mais antigo na câmara, quetambém exercerá as funções de relator e revisor.§4º- As Câmaras Criminais reunidas serão compostas pelosrespectivos membros das câmaras isoladas criminais, epresididas pelo membro mais antigo do Tribunal, que tambémexercerá as funções de relator e revisor.§5º- São duas as câmaras cíveis reunidas, compostas pelosrespectivos membros das câmaras cíveis isoladas e presididaspelo membro de cada uma dessas câmaras cíveis reunidasmais antigo no Tribunal, que também exercerá as funções derelator e revisor.I- as Primeiras Câmaras Cíveis Reunidas, com oito membros,serão compostas pelos membros da 1ª e 2ª câmaras cíveis epelos dois membros da 5ª Câmara Cível mais antigos noTribunal.II- as Segundas Câmaras Cíveis Reunidas, com sete membros,serão compostas pelos membros da 3ª e 4ª câmaras cíveis epelo membro da 5ª Câmara Cível menos antigo no Tribunal.§6º- As competências do Plenário, da Seção Cível, dasCâmaras Reunidas e das Câmaras Isoladas serão fixadas noRegimento Interno.§7º- Ocorrendo vaga no Tribunal, será facultado aosdesembargadores requererem remoção, até a posse do novodesembargador, dando-se preferência ao requerente maisantigo.§8º- Terminados seus mandatos ou cessadas suas funções, opresidente, o vice-presidente e o corregedor-geral da Justiçaintegrarão as câmaras a que pertenciam seus respectivossucessores.§9º- No caso do parágrafo anterior, se os seus sucessoresnão integravam câmaras, o presidente, o vice-presidente e ocorregedor-geral da Justiça preencherão respectivamente asvagas dos que passaram a ocupar os lugares deixados poraqueles.Art.20......§2º- Ocorrendo vacância do cargo de desembargador dentreos integrantes do quinto constitucional, o preenchimento sedará por representante da categoria que originou a vaga,observando o disposto no §1º do art.100 da Lei Orgânica daMagistratura Nacional (Lei Complementar nº 35/79)....Art.22- O Plenário funcionará com a presença, pelo menos,de quinze desembargadores, incluindo o presidente; e osseus julgamentos serão tomados por maioria de votos, salvoos casos que exijam quórum especial.§1º- A Seção Cível funcionará com pelo menos oitodesembargadores, não incluído o presidente; as duas câmarascíveis reunidas funcionarão com no mínimo cincodesembargadores cada uma, incluindo o seu presidente; e asCâmaras Criminais Reunidas, com cinco desembargadores,além do seu presidente....Art.28- Ordinariamente, o Plenário e as Câmaras isoladasreunir-se-ão uma vez por semana; a Seção Cível, uma vezpor bimestre; e as câmaras reunidas, duas vezes por mês.Parágrafo único- Serão realizadas sessões extraordináriassempre que restarem em pauta ou em Mesa mais de quinzefeitos sem julgamento nos casos do Plenário, das CâmarasReunidas ou Isoladas; e mais de dez feitos no caso da SeçãoCível; ou ainda, a juízo do Presidente do Tribunal, do

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 17Presidente da Seção Cível, dos Presidentes das CâmarasReunidas ou das Câmaras Isoladas, quando requerido pelointeressado.

Art. 2º. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,revogadas as disposições em contrário.

MANDA, portanto, a todas as autoridades a quem oconhecimento e execução da presente Lei pertencerem, que a cumprame a façam cumprir na forma em que se encontra redigida. O SENHORPRIMEIRO SECRETÁRIO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO, a faça imprimir, publicar e correr.

PLENÁRIO DEP UTADO “ NAGIB HAICKEL” DOPALÁCIO “MANOEL BEQUIMÃO”, em 12 de março de 2012.Deputado ARNALDO MELO - Presidente.

ATO DO PRESIDENTE N° 03 / 2012

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DOESTADO DO MARANHÃO , no uso de suas atribuições legais econsoante o disposto no art. 42, § 8° da Constituição do Estado doMaranhão, combinado com o art. 9° da Resolução Legislativa n° 450/04;

RESOLVE:

PRORROGAR por mais 60 (sessenta) dias o prazo de vigênciada Medida Provisória n° 113/2011, que “dá nova redação ao art. 21 daLei n° 9.340, de 28 de fevereiro de 2011”, devendo ser considerado apartir do dia 18 de março de 2012.

Publique-se e Cumpra-se.PLENARIO DEPUTADO NAGIB HAICKEL DO PALÁCIO

MANOEL BEQUIMÃO, em 15 de março de 2012.

Deputado Arnaldo MeloPresidente

R E S E N H A

RESENHA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃODE DEFESA DOS DIRETOS HUMANOS E DAS MINORIAS,REALIZADA AOS 15 DIAS DO MÊS DE MARÇO DE 2012 ÀSOITO HORAS E TRINTA MINUTOS NA SALA DAS COMISSÕES“DEP UTADO LÉO F RANKLIN“ DA ASS EMBLÉIALEGISLATIVA DO ESTADO DO MARANHÃO.

PRESENTES OS SENHORES DEPUTADOS:DEP. BIRA DO PINDARÉ - PRESIDENTEDEP ANTONIO PEREIRADEP. EDUARDO BRAIDEDEP. VIANEY BRINGELDep. ELIZIANE GAMADEP. DR. PADUA

CONSTOU DA REUNIÃO A SEGUINTE PAUTAPARECER Nº 002/2012 - Emitido ao Projeto de Lei nº 229/

2011, que regulamenta a oferta de serviços do tipo “couvert” no Estadodo Maranhão dá outras providências.

AUTORIA: Dep. VIANEY BRINGELRELATOR: Dep. EDUARDO BRAIDEDECISÃO: Parecer favorável, aprovado por unanimidade

nos termos do voto do Relator.SALA DAS COMISSÕES DEPUTADO “LÉO FRANKLIN”

DA ASSEMBLÉIA LEGISLATVA DO ESTADO DO MARANHÃO,em 20 de março de 2012.

Silvana Roberta Amaral AlmeidaSecretária da Comissão

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAP A R E C E R Nº 035 /2012

RELATÓRIO:A Governadora do Estado, nos termos do art. 64, IV da

Constituição do Estado do Maranhão vetou parcialmente o Projeto deLei nº 207 /2011, de autoria da Senhora Deputada Cleide Coutinho,que institui no calendário oficial do Estado do Maranhão o “Dia daConsciência Jovem”, a ser celebrado, anualmente, no último domingodo mês de abril, e dá outras providências.

Nas razões do veto, sustentou a Chefe do Executivo Estadual,que a matéria veiculada no parágrafo único do art.1º do projeto de Lei,ora sob analise, está inserida dentre àquelas reservadas à iniciativa delei privativa do Chefe do Poder Executivo, conforme o art. 43, inciso V,da Constituição Estadual, que determina que são de iniciativa privativado Governador do Estado as Leis que dispõem sobre estruturação eatribuições das secretarias de estado ou órgãos equivalentes e outrosórgãos da administração pública estadual.

De sorte que não se admitiria, através de iniciativa de membrodo Poder Legislativo, a estipulação de atribuições a serem seguidaspela Administração Pública Estadual. As razões do Veto Governamentalsão convincentes.

A doutrina ainda não chegou a um consenso sobre a naturezajurídica da iniciativa, mas o fato é que a partir da iniciativa começa atramitação do projeto de lei apresentado.

Para alguns projetos de lei a Constituição da República, bemcomo as Constituições dos Estados–membros, em virtude do princípioda simetria constitucional, admitem a iniciativa privativa a um órgãoou a uma única pessoa, e a não-observância destes dispositivosconstitucionais implicaria em inconstitucionalidade formal subjetiva,ou seja, em vício de iniciativa ou de competência, levando,necessariamente, à inconstitucionalidade de toda a lei.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que ovício de iniciativa do projeto de lei cuja matéria é de iniciativa privativado Chefe do Executivo não é sanado pela sanção.

Desta forma, o dispositivo em referência (§ único do Art. 1º doprojeto de lei) incide em vício de iniciativa, na medida em que somenteatravés de projeto de lei de iniciativa privativa do Chefe do ExecutivoEstadual poderia fazê-lo (art. 43, V, da Constituição Estadual).

Diante d os argumentos exp os tos a guisa de razões,reconhecemos a necessidade do veto em exame, visto estar emconsonância com a legislação em vigor.

VOTO DO RELATOR:Assim sendo, e pela fundamentação supramencionada, somos

pela MANUTENÇÃO do veto parcial aposto ao Projeto de Lei emcomento.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela MANUTENÇÃO do Veto Parcial aposto aoProjeto de Lei nº 207/2011, nos termos do voto do relator, contra osvotos dos Senhores Deputados Rubens Pereira Junior e GardêniaCastelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA18COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA

PARECER Nº 036/2012

RELATÓRIO:Nos termos do art. 42, § 1º, da Constituição Estadual, a

Excelentíssima Governadora do Estado submete à apreciação daAssembleia Legislativa do Maranhão, a Medida Provisória nº 117, de03 de fevereiro de 2012, que institui o Código de Licitações e Contratosdo Estado do Maranhão.

De conformidade com o que dispõe o § 1º do Art. 6º daResolução Legislativa nº 450/2004, a matéria veio a esta ComissãoTécnica Permanente para exame e Parecer.

É o sucinto relatório.Com efeito, cabe agora ser analisado o aspecto constitucional,

inclusive o atendimento dos pressupostos de relevância e urgência,adequação orçamentária e financeira, e por último o mérito, consoanteestabelece o art. 5º da Resolução Legislativa nº 450/2004.

Da Constitucionalidade e legalidade.Consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, os

Estados-Membros podem estabelecer em suas Constituições, apossibilidade de Edição pelo Chefe do Poder Executivo de MedidasProvisórias desde que sejam observados os princípios e vedaçõesestabelecidos na Magna Carta Federal, in verbis:

“Adotou-se a orientação fixada pela Corte no julgamento daADI 425/TO (DJU d e 19/2/2003), no s entido daconstitucionalidade da adoção de medida provisóriapelos Estados-Membros, desde que esse instrumentoesteja expressamente previsto na Constituição estaduale que sejam observados os princípios e as limitaçõesestabelecidos pela Constituição Federal. Asseverou-se,ainda, que a Constituição Federal, apesar de não terexpressamente autorizado os Estados-Membros a adotaremmedidas provisórias, bem indicou essa possibilidade aoprever, no § 2º do seu art. 25, a competência de referidosentes fed erativos para exp lorar diretamente, ou porconcessão, os serviços locais de gás canalizado, porquantovedou, nesse dispositivo, a edição de medida provisória parasua regulamentação. Ou seja: seria incoerente dirigir essarestrição ao Presidente da República em dispositivo quetrata somente de atividade exclusiva de outros partícipes daFederação que não a União, ou ainda, impor uma proibiçãoespecífica quanto à utilização pelos Estados-Membros deinstrumento legislativo cuja instituição lhes fosse vedada.(ADI 2.391, Rel. Min. Ellen Gracie, Informativo 436). Nomesmo sentido: ADI 425, DJ 19/12/03. O grifo é nosso

Com efeito, as vedações estabelecidas na Constituição Federaldevem ser observadas de forma obrigatória quando da edição deMedidas Provisórias pelos Estados-Membros, tais limitações estãocontidas no § 1º, art. 62 da CF.

Nota-se, que a matéria tratada na presente Medida Provisóriaenquadra-se dentre aquelas que, além de serem privativas do Chefe doPoder Executivo, não estão incluídas dentre as vedações estabelecidasno art. 62, §1º, da CF.

Ademais, de acordo com o art. 43, III, da Constituição Estadualem observância compulsória da Magna Carta Federal, competeprivativamente ao Governador do Estado: legislar sobre “organizaçãoadministrativa”.

Art. 43. São de iniciativa privativa do Governador doEstado as leis que disponham sobre:I - fixação e alteração dos efetivos da Polícia Militar e doCorpo de Bombeiros Militares;II - criação de cargos, funções ou empregos públicos naadministração direta e autárquica ou aumento de suaremuneração;

III - organização administrativa, matéria tributária eorçamentária e serviços públicos;IV- servidores públicos do Estado, seu regime jurídico,provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis,reforma e transferência de militares para a inatividade;V- criação, estruturação e atribuições das Secretarias deEstado o u órgãos eq uivalentes e outros ó rgãos daadministração pública estadual.* V com redação dada pela Emenda Constitucional nº 023,de 18/12/98.

Da Relevância e UrgênciaO Supremo Tribunal Federal esposou entendimento no sentido

de que os pressupostos da relevância e urgência são conceitos jurídicosrelativamente indeterminados e fluidos, relacionados com o atributoda discricionariedade do Chefe do Poder Executivo.

A tí tulo de ilustração, vale aqui salientar a decisão proferida naADI 2150 / DF, tendo como relator Ministro Ilmar Galvão:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.ARTS. 11 E 18 DA MEDIDA PROVISÓRIA N.º1.925-5,SUCESSIVAMENTE REEDITADA ATÉ O ADVENTO DAEMENDA CONSTITUCIONAL N.º 32/2001. ALEGADAVIOLAÇÃO AOS ARTS. 5.º, CAPUT; 37, CAPUT, E 62,TODOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Os dispositivosem referência, ao atribuírem aos órgãos de trânsito o registrode ônus reais sobre veículos automotivos de qualquer espécie,não ofendem as normas constitucionais indicadas. Osrequisitos de relevância e urgência para edição de medidaprovisória são de apreciação discricionária do Chefe do PoderExecutivo, não cabendo, salvo os casos de excesso de poder,seu exame pelo Poder Judiciário. Entendimento assentadona jurisprudência do STF. Ação julgada improcedente.”

A Discricionariedade é nada mais que a conveniência e aoportunidade da edição da Medida Provisória, dentro dos limites legais.

O Conteúdo da Medida Provisória nº 117/2012 demonstra,por si só, a natureza relevante da matéria legislada, bem como a urgênciana adoção imediata da providência contida na proposição.

Dessa forma, tendo em conta as razões anteriormente expostas,pode-se asseverar que foram atendidos os pressupostos constitucionaisda relevância e da urgência, no tocante à edição da Medida Provisóriaem comento.

Da Adequação Orçamentária.Sob o prisma da adequação orçamentária e financeira, não

haverá repercussão da medida provisória sobre a receita ou a despesapública do Estado e a proposição esta de conformidade com as normasorçamentárias e financeiras traçadas na Constituição e na Lei deResponsabilidade Fiscal.

Do Mérito.Sabe-se que, a análise do mérito é a verificação da conveniência

e oportunidade da matéria contida na referida Medida Provisória.No que concerne ao mérito, deve ser ponderado que as

providências estabelecidas no texto da Medida Provisória nº 117/2012,estão pautadas na percepção das demandas emergentes do seio dasnegociações da máquina pública e trará benefício imediato na melhorcompreensão do tema licitações bem como das normas que regem ascompras públicas, em decorrência de uma sistematização mais científica,característica primordial de um Código.

A Exposição de Motivos que acompanha a proposição sobexame, esclarece que diversas outras melhorias são oferecidas pelapresente proposta da Medida Provisória em comparação com a Lei deLicitações e Contratos atual, merecendo destaque: redução dasmodalidades de licitação a apenas quatro; mudança de paradigma damenor proposta, para a melhor proposta; direitos do contratado,inclusive a garantia de pagamentos pela Administração Pública;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 19regularização da ocupação de áreas públicas com a definição adequadado direito de preferência, dentre outras.

Por fim, objetivando corrigir algumas impropriedadesconstantes do texto da Medida Provisória sob análise, propomos a suaaprovação na forma de um Projeto de Lei de Conversão.

VOTO DO RELATOR:Pelo exposto, concluo pela admissibilidade da Medida

Provisória nº 117/2012, considerando atendidos os pressupostos derelevância e urgência, bem como satisfeita a adequação financeira eorçamentária da proposição. Além disso, deve ser consignado que amatéria tratada no corpo da Medida Provisória em análise, não encontravedação constitucional e, por conseguinte, votamos favoravelmentepela sua aprovação, na forma do Projeto de Lei de Conversão nº 001/2012, anexo a este Parecer.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela aprovação da Medida Provisória nº 117, de03 de fevereiro de 2012, nos termos do voto do relator, contra os votosdos Senhores Deputados Rubens Pereira Junior e Gardênia Castelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES DEPUTADO “LÉO FRANKLIM”

em 13 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro - Presidente e RelatorDeputado Eduardo BraideDeputado Raimundo CutrimDeputada Vianey BringelDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 001 / 12

Institui o Código de Licitações e Contratos doEstado do Maranhão.

TÍTULO IDA LICITAÇÃO

CAPÍTULO IDAS NORMAS GERAIS E DOS CONCEITOS

Seção IDos órgãos e entidades abrangidos por este Código

Art. 1º Esta Lei estabelece o Código de Licitações e Contratosdo Estado do Maranhão.

§ 1º Subordinam-se ao regime deste Código:I – os órgãos da Administração Direta do Poder Executivo;II – as autarquias, inclusive as em regime especial, as agências

executivas e reguladoras, os consórcios públicos organizados comoassociações civis ou públicas, as fundações públicas;

III – as empresas públicas e as sociedades de economia mista;IV – os fundos especiais e as demais entidades controladas

direta ou indiretamente pelo Estado;V – os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como

os do Tribunal de Contas, do Ministério Público e da DefensoriaPública do Estado.

§ 2º As entidades que por disposição constante do contrato ouconvênio sejam obrigadas a aplicar recursos recebidos medianteprocesso geral de licitação, podem editar regulamento próprio delicitações e contratos, observadas as seguintes regras:

I – adoção integral dos princípios da licitação definidos nesteCódigo;

II – aprovação pela autoridade máxima;III – publicação do regulamento em meio de divulgação oficial.§ 3º As empresas públicas e as sociedades de economia mista

que explorem atividade econômica, enquanto não for aprovado o

estatuto jurídico a que se refere o art. 173, § 1º, da Constituição Federal,podem editar regulamento próprio, o qual deve observar:

I – o âmbito de aplicação restrito às atividades fins;II – a submissão, a este Código, da atividade administrativa e

de apoio;III – o atendimento aos incisos do parágrafo anterior.§ 4 º Em suas licitações e co ntratações , as unidades

administrativas sediadas fora do Estado seguem também as regras desteCódigo, exceto quando forem incompatíveis com as peculiaridadeslocais, fato que deverá ser motivado no processo.

Seção IIDos objetos regulados

Art. 2º Aplica-se o disposto neste Código:I – à alienação de bens;II – à autorização, permissão e concessão de uso de bens;III – às compras;IV – às locações;V – aos serviços;VI – aos bens e serviços de informática e automação; eVII – às obras e serviços de engenharia.§ 1º Não se subordinam ao regime deste Código, continuando

sujeitas à legislação específica:I – as autorizações, permissões e concessões de serviços

públicos;II – as concessões de direito real de uso, que continuam regidas

pelo Decreto-Lei nº 271, de 28 de fevereiro de 1967;III – a contratação de empréstimos internacionais;IV – as operações de crédito interno ou externo celebradas

pelo Estado ou que dependam da concessão de garantia do TesouroEstadual;

V – o uso de áreas portuárias.§ 2º Para a realização de obras, prestação de serviços ou

aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento oudoação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ouorganismo financeiro de que o Brasil seja parte, podem ser admitidas,na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordosinternacionais aprovados pelo Congresso Nacional e ratificados peloPresidente da República, quando a autoridade superior da administraçãodo financiamento declarar, motivadamente, a inaplicabilidade dasnormas brasileiras, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte.

§ 3º É dispensável a justificativa de inaplicabilidade quando oprocedimento prévio à contratação estiver regulado em Manual deConvergência de Normas Licitatórias que assegure, previamente, acompatibilidade entre as normas e discipline objetivamente eventuaisconflitos.

Seção IIIDos princípios

Art. 3º Na aplicação deste Código a Administração Públicaobservará, dentre outros que lhes sejam correlatos, os seguintesprincípios:

I – legalidade;II – impessoalidade;III – moralidade;IV – publicidade;V – eficiência;VI – isonomia;VII – motivação;VIII – razoabilidade;IX – proporcionalidade;X – ampla defesa;XI – contraditório;XII – segurança jurídica;XIII – formalidade;XIV – vinculação ao instrumento convocatório;XV – julgamento objetivo;XVI – padronização;XVII – ampla competitividade; e

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA20XVIII – celeridade.

Seção IVDos conceitos

Art. 4º Para os fins deste Código consideram-se:I –aditivo contratual- instrumento jurídico escrito e assinado

pela mesma autoridade que firmou o contrato, ou emitiu o instrumentoequivalente, e a outra parte da relação jurídica, tendo por objetivo amodificação dos termos e condições do contrato, desde que estes nãopossam ser feitos por simples apostilamento, devendo seu extrato serpublicado na imprensa oficial como condição de eficácia;

II – administração - órgão, entidade ou unidade administrativapela qual a Administração Pública opera e atua concretamente;

III – Administração Pública - a administração direta e indiretada União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,abrangendo inclusive as entidades com personalidade jurídica de direitoprivado sob controle do poder público e das fundações por eleinstituídas ou mantidas;

IV –alienação - transferência de propriedade ou domínio debem, móvel ou imóvel, ou direitos;

V –ambiente físico- ambiente real, concreto. Expressãoempregada em oposição a ambiente virtual;

VI –ambiente virtual - ambiente onde usuários, tanto pessoasfísicas quanto jurídicas, utilizam recursos derivados da Tecnologia daInformação. É composto por subsistemas com atribuições específicas,voltados à modernização dos procedimentos administrativos;

VII – anteprojeto – documento que contemple os documentostécnicos destinados a possibilitar a caracterização da obra ou serviço,incluindo:

a) a demonstração e a justificativa do programa de necessidades,a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível deserviço desejado;

b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo deentrega, observado o disposto no caput e no § 1º do art. 6º desteCódigo;

c) a estética do projeto arquitetônico; ed) os parâmetros de adequação ao interesse público, à economia

na utilização, à facilidade na execução e aos impactos ambientais e àacessibilidade.

VIII – apostila contratual- instrumento jurídico escrito,assinado pela mesma autoridade que firmou o contrato ou emitiu oinstrumento equivalente, tendo por objetivo:

a) alterar o contrato reajustando ou repactuando o valor, nostermos inicialmente previstos;

b) modificar a modalidade de garantia, a pedido da contratada;c) empenhar dotações suplementares até o limite do valor

corrigido, oud) instituir outras modificações que independam da anuência

do contratado e dispensem alteração de valor;IX –arrendamento - transferência do direito de uso mediante

pagamento em dinheiro;X –ata de registro de preços - documento vinculativo,

obrigacional, com característica de compromisso para futuracontratação, onde se registram os preços, fornecedores, órgãosparticipantes e condições a serem praticadas, conforme as disposiçõescontidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas;

XI –autoridade - servidor ou agente público dotado de poderde decisão;

XII –autoridade máxima do órgão ou entidade, sendo, conformea entidade/órgão:

a) autarquias, inclusive as em regime especial, FundaçõesPúblicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista - osrespectivos Presidentes;

b) Ministério Público - o Procurador-Geral;c) Poder Executivo – Os secretários e autoridades equivalentes;d) Poder Legislativo - o Presidente da Assembleia Legislativa;e) Poder Judiciário - o Presidente do Tribunal de Justiça;f) Tribunal de Contas - o Presidente.

XIII –autoridade superior- a definida em Regimento Internoou que receba delegação de competência para a prática de atos emnome de pessoa jurídica;

XIV – beneficiário de preferência – titular de direito depreferência, na disputa da proposta, e direito de saneamento, na fasede habilitação, nas modalidades de concorrência e pregão, assimconsiderados:

a) a microempresa ou empresa de pequeno porte, conformeprevisto na legislação específica, em especial a Lei ComplementarFederal nº 123, de 14 de dezembro de 2006;

b) a cooperativa a esses equiparados, na forma do art. 34 daLei Federal nº 11.488, de 15 de junho de 2007;

c) o microempreendedor individual – MEI, previsto na LeiComplementar Federal nº 128, de 19 de dezembro de 2008.

XV – bens afetados - bens p úblicos pertencentes àAdministração Pública que estejam ocupados ou destinados a umafinalidade de interesse público;

XVI –bens públicos - bens do domínio pertencentes a umapessoa jurídica de direito público;

XVII –bens e serviços de informática, automação e tecnologiada informação - conforme conceituado em legislação específica;

XVIII –carona- órgão ou entidade, que, não tendo participadodos procedimentos iniciais do Registro de Preços, comum oupermanente, decide aderir à Ata de Registro de Preços;

XIX – cessão de uso - transferência de bem público entreórgãos e entidades da Administração Pública, de forma gratuita ou emcondições especiais, por tempo certo ou indeterminado;

XX – compra- toda aquisição remunerada de bens parafornecimento de uma só vez ou parceladamente;

XXI –concedente - em se tratando de contrato de concessão, éo titular do bem ou serviço público, definido de acordo com a legislaçãopertinente, quando realiza a transferência do uso ou da exploração dobem para terceiros;

XXII –concessão de uso - contrato por meio do qual aAdministração transfere a outrem o direito de uso de determinado bemou parte dele, ou ainda, a exploração de serviço, conforme condiçõesdefinidas em edital;

XXIII –concessionário em concessão - pessoa jurídica dedireito público ou privado que por meio de contrato obteve o direitode uso de bem ou parte dele, ou ainda, de exploração de serviço,transferida pela concessão;

XXIV – concorrência- modalidade de licitação entre quaisquerinteressados ou restrita a pré-qualificados, conforme dispuser o edital,na qual o exame da habilitação precede ou não o exame da proposta;

XXV – concurso- modalidade de licitação entre quaisquerinteressados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico,mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores;

XXVI –contratação direta- procedimento administrativodestinado a obter proposta mais vantajosa, sem licitação;

XXVII – contratação integrada - regime de contratação eexecução que compreende a elaboração e o desenvolvimento dosprojetos básico e executivo, a execução de obras e serviços de engenharia,a montagem, a realização de testes, a pré-operação e todas as demaisoperações necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.

XXVIII –contratado- pessoa física, jurídica ou consórcio depessoas jurídicas, signatária de contrato com a Administração Pública;

XXIX – contratante- órgão ou entidade integrante daAdministração Pública promotora da licitação ou da contratação direta;

XXX – contrato- todo e qualquer ajuste formal promovido porórgãos ou entidades da Administração Pública entre si ou comparticulares, em que haja acordo de vontades para a formação de vínculoe a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominaçãoutilizada, ressalvada a terminologia convênio;

XXXI – contrato de eficientização - contrato que temremuneração variável estabelecida sobre parcela de ganhos deprodutividade gerado para a Administração, redução de custos diretosou indiretos;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 21XXXII – convênio - todo ajuste celebrado entre entidades da

Administração Pública, ou entre essas e organizações particulares,sem fim lucrativo, tendo por objeto a realização de interesses comuns;

XXXIII –credenciamento – ato pelo qual o interessado, ouseu representante, identifica-se e, se for o caso, comprova aexistência dos necessários poderes para formulação de propostae para a prática de todos os demais atos inerentes ao certamelicitatório;

XXXIV –cumprimento da obrigação- prestação do serviço, arealização da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem comoqualquer outro evento contratual cuja ocorrência esteja vinculada àemissão de documento de cobrança;

XXXV – empreitada integral – regime de execução no qual secontrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendotodas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteiraresponsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante emcondições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos elegais para sua utilização em condições de segurança estrutural eoperacional e com as características adequadas às finalidades para quefoi contratada;

XXXVI – empreitada por preço global- contratação da execuçãoda obra ou do serviço por preço certo e total;

XXXVII –empreitada por preço unitário- contratação daexecução da obra ou do serviço por preço certo de unidadesdeterminadas;

XXXVIII –entidade - unidade de atuação da AdministraçãoPública dotada de personalidade jurídica;

XXXIX – entrega imediata - aquela com prazo de entrega até30 (trinta) dias da data da assinatura do contrato ou instrumentoequivalente, ou do pedido ou ordem de fornecimento;

XL – execução direta - execução feita pelos órgãos e entidadesda Administração, pelos próprios meios;

XLI – execução indireta - execução em que o órgão ou entidadecontrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: empreitadaintegral, empreitada por preço global, empreitada por preço unitário etarefa;

XLII – hipoteca de segundo grau - ato de hipotecar o mesmoimóvel mais de uma vez, seja em favor do mesmo credor, seja em favorde outrem;

XLIII –imprensa oficial - o Diário Oficial do Estado;XLIV –investidura- incorporação pelos proprietários lindeiros,

por meio de alienação da Administração, de área pública com valor deavaliação inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), que, por ato motivadoda autoridade máxima, seja considerada inaproveitável individualmente,sob o aspecto econômico;

XLV –item - conjunto de objetos idênticos ou de mesmanatureza;

XLVI – leasing- contrato pelo qual uma pessoa jurídica cede aoutrem o direito de uso de um bem, por prazo determinado, recebendoem troca uma contraprestação, com opção de compra pelo valor residualao final do contrato;

XLVII – leilão- modalidade de licitação entre quaisquerinteressados para venda de bens:

a) móveis inservíveis e imóveis; eb) legalmente apreendidos, que possam ser alienados na forma

das respectivas legislações.XLVIII –licitação- processo administrativo destinado a observar

o princípio constitucional da isonomia e a garantir a seleção da propostaque melhor atenda aos interesses públicos para futura contrataçãopela Administração Pública;

XLIX –licitação internacional- licitação processada no territórionacional em que se admite a participação de licitantes estrangeiros coma possibilidade de cotação de preços em moeda estrangeira, ou ainda,quando o objeto contratual puder ou dever ser executado no todo ouem parte em território estrangeiro;

L –licitantes- pessoas físicas e jurídicas que participam oumanifestam a intenção de participar do processo licitatório. Equipara-se a licitante, para os fins deste Código, o fornecedor ou prestador deserviço que, atendendo solicitação da Administração, oferece proposta;

LI – locação de bens- contrato pelo qual uma das partes seobriga a conceder o uso e gozo de determinado bem, mediante retribuição;

LII – lote – conjunto de itens agrupados segundo semelhançade características ou ramo de atividade econômica do fornecedor ouprestador de serviço;

LIII –nota de empenho - documento que materializa o atoadministrativo que determina a dedução do valor da despesa a serexecutada da dotação consignada no orçamento;

LIV - nota de movimentação de crédito- instrumento que registraos eventos vinculados à descentralização de créditos orçamentários;

LV –notória especialização- qualidade de profissional ouempresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente dedesempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionadoscom suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial eindiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto docontrato;

LVI – meio de divulgação oficial- Diário Oficial do Estado, emversão impressa, ou endereço eletrônico definido em Decreto do PoderExecutivo;

LVII – obra- construção, reforma, recuperação ou ampliaçãode bem imóvel, realizada por execução direta ou indireta, que exijaregistro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA;

LVIII –obras, serviços e compras de grande vulto- àquelescujo valor estimado seja superior a R$ 37.500.000,00 (trinta esete milhões e quinhentos mil reais);

LIX –órg ão - unid ade o u conjunto de unidades nãopersonalizadas, integrante da estrutura da Administração Pública diretae indireta, com competência específica definida em lei ou regulamento;

LX –órgão gerenciador- órgão ou entidade da AdministraçãoPública responsável pela condução do conjunto de procedimentos docertame para registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro dePreços dele decorrente;

LXI – órgão participante- órgão ou entidade que participa dosprocedimentos iniciais do Sistema de Registro de Preços, comum oupermanente, e integra a Ata de Registro de Preços;

LXII – preços manifestamente inexequíveis- aqueles que oslicitantes, após determinação da Administração, não comprovem a suaviabilidade de execução;

LXIII –preços manifestamente superiores- aqueles que semostrarem superiores aos praticados no mercado, no âmbito daAdministração Pública, ou forem incompatíveis com os fixados nosórgãos competentes;

LXIV –pregão- modalidade de licitação para aquisição de bens,serviços e obras que possam ser definidos por especificações usuaisno mercado, entre quaisquer interessados ou pré-qualificados, conformedispuser o edital, na qual a disputa é feita por meio de propostas elances em sessão pública;

LXV –pré-qualificação- procedimento seletivo prévio àlicitação, permitido para a análise da habilitação, total ou parcial, dosinteressados ou do objeto, convocado por meio de edital;

LXVI – projeto básico- ressalvados os casos de contrataçãointegrada, é o documento necessário para a contratação de obras eserviços de engenharia, que contém:

a) o conjunto dos elementos necessários à definição das obrase serviços de engenharia pretendidos pela Administração Pública esuficiente para os proponentes elaborarem a proposta;

b) a demonstração da viabilidade técnica da obra ou serviço deengenharia;

c) a definição dos métodos e do prazo de execução;d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de

métod os construtivos, instalaç ões provisórias e c ond içõ esorganizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo dalicitação;

e) o desenvolvimento da solução escolhida, apresentando visãocompleta da obra e identificando todos os seus elementos constitutivoscom clareza;

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA22f) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente

detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou devariantes durante as fases de realização das obras e montagem;

g) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiaise equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações queassegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustraro caráter competitivo da licitação;

h) o ad equado tratamento d o imp ac to ambiental doempreendimento, de modo suficiente para a obtenção da licença prévia;

i) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão daobra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos,as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

j) a avaliação do custo.LXVII – projeto executivo- conjunto dos elementos necessários

e suficientes à execução completa da obra ou serviço de engenharia,admitindo-se a variação de até 15% (quinze por cento) em relação aoprojeto básico, quanto a preços e quantitativos, de acordo com asnormas pertinentes:

a) da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;b) do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA.LXVIII –protótipo- modelo ou exemplar de bem apresentado

pela Administração, para que o proponente forneça com a mesmanatureza, espécie e qualidade, no futuro contrato;

LXIX –registro cadastral- conjunto de informações defornecedores e prestadores de serviços, ou de registro de bens deinteresse da Administração, aprovados em razão da qualidade;

LXX –securitização– conversão de ativos financeiros em títulosde empréstimos bancários e outros ativos negociáveis, para venda ainvestidores;

LXXI – serviço- atividade ou conjunto de atividades, intelectualou material, contratada e remunerada pela Administração Pública,realizada em seu proveito ou da sociedade;

LXXII – serviço de engenharia- atividade em que predomine arelevância do trabalho de profissional registrado no Conselho Regionalde Engenharia e Agronomia - CREA;

LXXIII -serviço e fornecimento contínuos- serviços e comprasrealizados pela Administração Pública, para a manutenção da atividadeadministrativa, decorrentes de nec essidades permanentes ouprolongadas da Administração;

LXXIV – serviços técnicos profissionais especializados -trabalhos relativos a:

a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ouexecutivos;

b) pareceres, perícias e avaliações em geral;c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras

ou tributárias;d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou

serviços;e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.LXXV –similar- objeto que oferece condições de qualidade,

rendimento ou produtividade idêntica à do objeto ou marca pretendidosno edital;

LXXVI – Sistema de Gerenciamento de Licitações e Contratos- SGC- banco de dados, gerenciado pela CCL e alimentado pelos órgãoscontratantes e gestores de contratos, contendo o registro cadastral delicitantes, as informações das licitações e o cronograma físico-financeirodo contrato, da execução do objeto, da satisfação dos indicadores dequalidade, punições e quantitativos das compras realizadas pelo Estado,na forma que vier a ser disciplinada em Decreto;

LXXVII – Sistema de Registro de Preços - SRP- conjunto deprocedimentos para registro formal de preços relativos à prestação deserviços, aquisição e locação de bens para contratações futuras;

LXXVIII –Sistema de Registro de Preços Permanente – SRPP– é o sistema de registro de preços que permite a atualização anual depreços, a inclusão de novos licitantes e modificações de quantidades econdições do objeto;

LXXIX –subvenção social- transferência que independe de leiespecífica, a instituições públicas ou privadas de caráter assistencialou cultural, sem finalidade lucrativa, com o objetivo de cobrir despesasde custeio;

LXXX –tarefa - execução de reparos ou serviços de engenhariade menor complexidade pagos por unidade de tempo estimado para aexecução, homem-hora, ou pelo resultado pretendido;

LXXXI – termo de referência- documento necessário para acontratação de bens e serviços, contendo o conjunto de elementosdescritivos do produto, além das seguintes informações:

a) no caso de bens:1 - indicação do produto, a partir do catálogo definido como

padrão pela Comissão Central Permanente de Licitação – CCL,preferencialmente, ou a especificação completa do bem a ser adquirido,sem indicação de marca;

2 - definição das unidades e das quantidades a serem adquiridasem função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa seráobtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativasespecíficas;

3 - condições de guarda e armazenamento de forma a evitar adeterioração do material;

4 - locais de entrega dos produtos;5 - regras específicas para recebimento provisório e definitivo,

quando for o caso;6 - indicação das condições de manutenção, assistência técnica

e garantia exigidas;7 - detalhamento de forma suficiente a permitir a elaboração da

proposta, com características que garantam a qualidade, rendimento,compatibilidade, durabilidade e segurança;

b) no caso de serviços:1 - unidades de medida para fins de remuneração;2 - se necessário, os quantitativos, uniformes e planilhas de

encargos;3 - no caso de mão de obra que cumpra jornada no órgão, a

descrição dos uniformes e os horários de atividade;LXXXII – unidade administrativa - menor repartição da

estrutura administrativa com competência própria, definida em lei ouregulamento, e com um agente responsável pela sua direção.

LXXXIII – unidade gestora executora- é a que realiza os atosde gestão orçamentária, financeira e/ou patrimonial.

Parágrafo único. No ambiente virtual, as expressões previstasneste Código terão a seguinte correspondência:

I –assinatura - mensagem encaminhada com certificação digitalou, alternativamente, a certificada com senha e código de acesso;

II – encaminhar - enviar mensagem, texto ou documentodigitalizado;

III – recebimento - ato de colher a informação no ambientevirtual;

IV –sessão e reunião - endereço eletrônico no qual todos osinteressados podem conhecer as informações voluntariamentedisponibilizadas e organizadas pelo órgão;

V –envelope - mensagem com arquivo-texto digital anexado emque o licitante apresenta a proposta ou os documentos correspondentesà licitação;

VI –declaração - mensagem com assinatura certificada.

CAPÍTULO IIDO SISTEMA INTEGRADO DE LICITAÇÕES DO ESTADO

Seção IDos órgãos do sistema integrado de licitações

Art. 5º São órgãos do Sistema Integrado de Licitações do Estadodo Maranhão:

I – a Comissão Central Permanente de Licitação - CCL, quefunciona:

a) em composição plenária;b) em Câmaras de Julgamento de Licitação - CJLs.II – as Comissões Setoriais de Licitação - CSLs;III – os Pregoeiros e as respectivas equipes de apoio;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 23IV – as Comissões Especiais de Licitação - CELs.

Da composição da CCL§ 1º Dos membros da Comissão Central Permanente de Licitação

- CCL, 2 (dois) serão escolhidos entre integrantes da AdministraçãoDireta e Indireta do Estado, ativos ou inativos.

§ 2º O Presidente será escolhido dentre os membros daComissão Central Permanente de Licitação e nomeado pelo Governador.

§ 3º Nos casos descritos no parágrafo anterior, é vedada ahipótese de recondução da totalidade dos membros para a mesmaComissão no período subsequente.

Art. 6º A Comissão Central Permanente de Licitação - CCL,órgão da Governadoria do Estado, é constituída por 7 (sete) membros,tendo 1 (um) Presidente e 1 (um) Secretário, todos de livre escolha enomeação do Governador.

§ 1º O Presidente da CCL será nomeado entre os membroscom experiência superior a 3 (três) anos na área de licitações e contratose reputação ilibada e terá direito à remuneração e tratamento protocolarde Secretário de Estado.

§ 2º Os membros da CCL terão remuneração de Secretário-Adjunto de Estado.

§ 3º O provimento dos cargos dos órgãos do sistema que atuamde forma colegiada será por mandato de um 1 (ano), vedada a reconduçãosimultânea de todos os membros para a mesma Comissão no períodosubsequente.

§ 4º Os mandatos de Presidente e de Pregoeiro podem serrenovados sucessivamente.

§ 5º No Poder Legislativo, Poder Judiciário, Tribunal de Contasdo Estado e Ministério Público serão definidos os órgãos dispostos noart. 5º deste Código por ato próprio da respectiva autoridade máxima.

Da função normativaArt. 7º À Comissão Central Permanente de Licitação compete:I – disciplinar, por meio de resolução:a) os procedimentos licitatórios;b) os procedimentos relativos a dispensa e inexigibilidade de

licitação;c) os valores de alçada para os trabalhos das Comissões Setoriais

de Licitação.

Da função coordenadoraII – em relação às Comissões Setoriais de Licitação - CSLs:a) receber e analisar os processos encaminhados pelas CSLs,

devidamente instruídos, inclusive com a minuta do edital e osrespectivos anexos, quando for o caso;

b) coordenar, orientar e supervisionar a ação das CSLs no quediz respeito à realização de licitação, dispensa e inexigibilidade, até ovalor de alçada;

c) diligenciar para que seus atos e os das CSLs tenham a maisampla divulgação, além das publicações obrigatórias.

Da função decisória e julgadoraIII – decidir sobre:a) dispensa e inexigibilidade de licitação, exceto nos casos de

valor de alçada das CSLs;b) adjudicação da licitação e os aditivos dela decorrentes,

submetendo à homologação do titular do órgão ou entidade em que seiniciou o respectivo processo ou daquele responsável pela contratação;

c) procedimentos auxiliares à licitação.

Da função recursalIV – decidir sobre os recursos contra seus próprios atos e das

suas respectivas Câmaras de Julgamento de Licitação e, quando mantidaa decisão, instruí-los para decisão da autoridade competente;

Da função opinativaV – emitir parecer sobre:a) os termo s aditivos aos c ontratos d ecorrentes das

adjudicações que realizar;

b) pronunciar-se sobre a aplicação de sanções a licitantes,fornecedores, prestadores de serviços e agentes públicos que praticarematos em desacordo com a lei, com este Código e com as demais normasaplicáveis à espécie, inclusive as condições do edital e do contrato,relativamente às licitações, dispensas e inexigibilidades a seu cargo.

Da função disciplinarVI – apurar as infrações e aplicar sanções:a) a seus membros e aos servidores lotados no órgão, por

infrações a este Código;b) a licitantes que praticarem atos em desacordo com este

Código, com as normas baixadas pela CCL ou com as condições doedital, relativamente às licitações, dispensa e inexigibilidade que estejama seu cargo;

c) representar à autoridade competente em relação às condutasde servidores dasCSLs.

Das outras funçõesVII – preparar os atos e os relatórios circunstanciados de suas

atividades;VIII – requerer, sempre que necessário, inclusive mediante a

contratação de pessoas físicas ou jurídicas especializadas, parecerestécnicos e quaisquer outras diligências destinadas a esclarecer oucomplementar a instrução dos procedimentos licitatórios e outros deinteresse dos órgãos de licitação;

IX– req uisitar segurança administrativa necessária aodesempenho de suas funções;

X – executar outras atividades inerentes a sua área decompetência.

§ 1º As normas de alcance externo, expedidas na forma doinciso I, deverão ser publicadas por meio de divulgação oficial.

§ 2º O pronunciamento da CCL, em relação ao agente públicode que trata o inciso V, alínea b, e inciso VI deste artigo, consistirá naimediata comunicação da irregularidade ao titular do órgão ou entidadea que pertença o servidor.

Da composição da Câmara de Julgamento de LicitaçãoArt. 8º As funções da Comissão Central Permanente de Licitação

serão desenvolvidas por duas Câmaras de Julgamento, compostas poraté 4 (quatro) membros escolhidos dentre os membros da CCL;

Da competência da Câmara de Julgamento de LicitaçãoParágrafo único. Compete às Câmaras de Julgamento de

Licitação - CJLs:I – realizar os procedimentos licitatórios definidos pela

Comissão Central Permanente de Licitação, bem como os sistemasauxiliares de licitação dispostos no art. 38 deste Código;

II – opinar sobre a celebração de termo aditivo, subcontrataçãoe rescisões de contrato, nas licitações adjudicadas pela CCL;

III – deliberar sobre pedidos de reconsideração de suasdecisões;

IV – executar outras atividades inerentes à sua área decompetência;

V – adjudicar o objeto quando não houver recursos.

Da composição das Comissões Setoriais de LicitaçãoArt. 9º As Comissões Setoriais de Licitação, pertencentes à

estrutura dos órgãos da Administração Pública Estadual Direta eIndireta, serão compostas observando as seguintes regras:

I – mínimo de 3 (três) membros, sendo 1 (um) deles oPresidente;

II – indicação e nomeação dos membros e secretário pelo titulardo órgão ou entidade.

Art. 10. Na composição das CSLs, pelo menos 2 (dois) deseus membros serão escolhidos entre integrantes da AdministraçãoDireta e Indireta do Estado, ativos ou inativos.

Parágrafo Único. Em cada órgão ou entidade haverá apenas 1(uma) CSL.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA24Da competência das Comissões Setoriais de Licitação

Art. 11. Compete às Comissões Setoriais de Licitação:

Da função coordenadoraI – orientar os setores dosórgãos sobre a instrução do processo;II – disponibilizar à CCL, em meio eletrônico e/ou impresso,

os processos de licitação, dispensa e inexigibilidade sobre os quaisdecidir;

III – propor à CCL:a) criação de subcomissões;b) medidas para o aperfeiçoamento e simplificação dos

processos de licitação.IV – diligenciar para que seus atos tenham a mais ampla

divulgação, além das publicações obrigatórias;

Da função instrutóriaV – encaminhar à CCL os processos de licitação de dispensa e

inexigibilidade que ultrapassarem sua alçada, acompanhados, inclusive,das minutas do edital e seus anexos e do contrato, quando for o caso;

Da função decisória e julgadoraVI – decidir e julgar nos valores de alçada definidos pela CCL:a) as licitações;b) as dispensas e as inexigibilidades de licitação;c) os credenciamentos e pré-qualificação, por delegação da CCL.Da função disciplinarVII – apurar as infrações e propor, em seguida, à autoridade

superior as respectivas penalidades:a) a seus membros e servidores lotados no setor, sem prejuízo

do poder disciplinar das autoridades superiores;b) a licitante, fornecedor e prestador de serviço que, no âmbito

de sua jurisdição, praticar atos em desacordo com o disposto nesteCódigo.

Da função opinativaVIII – opinar, previamente, sobre celebração de termo aditivo,

subcontratação e rescisão de contrato;

Das outras funçõesIX – preparar as atas e os relatórios circunstanciados de suas

atividades;X – executar outras atividades inerentes a sua área de

competência;

Do Pregoeiro e da equipe de apoioArt. 12. A função de Pregoeiro e equipe de apoio observará as

seguintes regras:I – funcionará como Pregoeiro o dirigente do respectivo órgão

do processo licitatório ou membro por este indicado;II – os demais membros da Comissão ou Câmara funcionarão

como equipe de apoio;III – a responsabilidade pelas decisões é individual do Pregoeiro,

salvo má-fé ou negligência dos membros da equipe de apoio nodesempenho de funções delegadas pelo Pregoeiro.

Parágrafo único. Observado o valor de alçada dos trabalhosdas CSLs, caberá aos respectivos presidentes da CSLs e CCL indicaros Pregoeiros.

Da Comissão Especial de LicitaçãoArt. 13. Poderá ser formada Comissão Especial de Licitação -

CEL, vinculada à CCL, para objeto específico quando, a juízo doPresidente da CCL e da autoridade máxima do órgão interessado, talopção se revelar oportuna ou conveniente.

Parágrafo único. A função de Presidente de CEL será exercidapor 1 (um) dos membros da CCL, por designação do seu Presidente.

Da Comissão TécnicaArt. 14. A Comissão Técnica, formada para objeto específico,

compõe-se de grupo de profissionais com número mínimo de 3 (três)

integrantes, designados pela autoridade superior para proceder a examede objeto ou de habilitação, respondendo cada um dos membrosfuncional e tecnicamente pela informação que produzir.

§ 1º No ato de designação será indicado o Presidente daComissão, o secretário e o prazo de duração, podendo este sercondicionado a evento futuro específico.

§ 2º Caberá ao Presidente da CCL requerer a instauração deComissão Técnica à autoridade máxima do órgão requisitante, quandoentender necessário, à vista da complexidade dos documentos exigidospara a habilitação ou as especificações técnicas do objeto.

§ 3º A Comissão Técnica produzirá laudo circunstanciadovinculativo, sob o aspecto técnico, que servirá ao processo decisório.

Dos órgãos do Sistema Integrado de LicitaçõesArt. 15. A estrutura organizacional dos órgãos do Sistema

Integrado de Licitação será definida em Decreto do Poder Executivo.

CAPÍTULO IIIDAS ALIENAÇÕES DE BENSDos requisitos para alienação

Art. 16. A alienação de bens da Administração Públicasubordina-se à:

I – existência de interesse público devidamente justificado;II – prévia avaliação, visando a definição do preço mínimo;III – realização de licitação.

Da modalidade de licitação para alienação§ 1º Os bens imóveis da Administração Pública podem ser

alienados por ato da autoridade competente, respeitados os critériosdeste artigo;

§ 2º o ato de alienação dependerá de autorização legislativapara órgãos da administração direta e entidades autárquicas, utilizando-se a modalidade de concorrência ou leilão.

Do dever de transferir o imóvel§ 3º O edital para a venda de bens imóveis deve estabelecer o

prazo para que o licitante efetue a transferência e a multa pelodescumprimento dessa obrigação.

Do direito de preferência na alienação§ 4º Assegurar-se-á o direito de preferência:a) ao ocupante por tí tulo legal;b) aos ocupantes de boa-fé que atendam a outros requisitos

definidos em lei estadual.

Da regra geral para a preferência§ 5º O edital poderá estabelecer que o direito de preferência

deve ser exercido pelo interessado, arrematando o bem nas mesmascondições da proposta vencedora.

Da preferência para regularização de área ou atendimento definalidade social

§ 6º Na alienação para regularização de ocupação ou atendimentode finalidade social, será permitido o exercício do direito de preferência,antes das propostas, pelo valor mínimo da avaliação.

Da desafetação§ 7º Os bens públicos afetados por lei, ou pela tradição de

tempo superior a 2 (dois) anos, dependem de prévia autorizaçãolegislativa para a alienação.

Seção IDa alienação direta de imóveis

Art. 17. É permitida a alienação direta de bens imóveis semlicitação nos seguintes casos:

I – dação em pagamento;II – investidura;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 25III – venda, no âmbito de programas habitacionais de interesse

so cial, po r órgãos o u entidades d a Administraç ão Púb licaespecificamente criados para esse fim;

IV – quando destinados a outros órgãos e entidadesdaAdministração Pública:

a) doação;b) permuta por outro imóvel;c) venda;d) concessão de direito real de uso.

Da dação em pagamento com bens§ 1º Os bens públicos, após prévia avaliação, podem ser

utilizados como parte de pagamento, devendo essa condição ser:I – prevista no edital;II – motivada pela autoridade máxima da entidade, demonstrando

que o bem é inservível para a Administração ou que terá melhorfinalidade para o interesse público.

Da doação§ 2º Na doação com encargo devem constar, obrigatoriamente,

os encargos, o termo, o prazo ou condição de seu cumprimento e acláusula de reversão, sob pena de nulidade do ato.

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatárionecessite oferecer o imóvel em garantia de financiamento, a cláusula dereversão e demais obrigações devem ser garantidas por hipoteca emsegundo grau.

§ 4o A doação de bens móveis e imóveis sem licitação é permitidaexclusivamente para:

I – outro órgão ou entidade da Administração Pública, dequalquer esfera de governo;

II – fins e uso de interesse social, após avaliação de suaoportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolhade outra forma de alienação.

§ 5o No ato de doação previsto no parágrafo anterior, pode serimposta condição definindo que, cessadas as razões que a justificaram,os bens devem reverter ao patrimônio da pessoa jurídica doadora,vedada a sua alienação pelo beneficiário.

Seção IIDa alienação direta de móveis

Art. 18. É permitida a alienação direta de bens móveis semlicitação para:

I – dação em pagamento;II – doação, observados os § § 2º e 5º do artigo anterior;III –permuta;IV – venda de ações, que podem ser negociadas em bolsa,

observada a legislação específica;V – venda de títulos, na forma da legislação pertinente;VI – venda de bens móveis e semoventes produzidos ou

comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública,em virtude de suas finalidades;

VII – venda de materiais e equipamentos para outros órgãosou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível porquem deles dispuser.

§ 1º Para a venda de bens móveis avaliados em quantia nãosuperior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) é permitida a venda direta ouo leilão.

§ 2º para a venda de bens móveis avaliados em quantia superiora R$ 10.000,00 (dez mil reais) deve ser utilizado o leilão.

CAPÍTULO IVDAS COMPRAS

Das regras gerais das compras

Art. 19. Nas compras devem ser observadas as seguintes regras:I – elaboração do termo de referência com todas as informações

exigidas, na forma do art. 4º, inciso LXXXI;II – submissão às condições de aquisição e pagamento

semelhantes às do setor privado;

III – processamento por meio de sistema de registro de preços,preferencialmente;

IV – atendimento aos princípios:a) da padronização, considerando a compatibilidade de

especificações estéticas, técnicas ou de desempenho;b) do parcelamento, quando for tecnicamente viável e

economicamente vantajoso; ec) da responsabilidade fiscal, mediante a verificação da despesa

estimada com a prevista no orçamento.

Do princípio do parcelamento§ 1º Na aplicação do princípio do parcelamento, referente às

compras, devem ser considerados:I – a divisão do objeto em lotes, de modo a minimizar as

despesas dos contratados na entrega dos lotes de produtos;II – a necessidade de aproveitar as peculiaridades do mercado

local e permitir a participação das micro e pequenas empresas, visandoa economicidade, sempre que possível, desde que atendidos osparâmetros de qualidade;

III – o dever de buscar a ampliação da competição e evitar aconcentração do mercado;

IV – até o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) é permitidolimitar a participação na licitação aos beneficiários do direito depreferência conceituados no art. 4º, inciso XIV, deste Código.

§ 2º A formação do lote deve reunir produtos do mesmoramo de atividade e um valor que justifique a cotação em separado,sendo recomendável que seja superior a R$ 5.000,00 (cinco milreais).

Da responsabilidade fiscal§ 3º É dispensável a avaliação da compatibilidade com a

previsão de recursos orçamentários para:I – procedimento auxiliar de:a) pré-qualificação;b) registro de preços;c) credenciamento.II – objeto visando execução de convênio.

Da prova da qualidade§ 4º No caso de a Administração solicitar prova de qualidade

do produto apresentado pelos proponentes como similares às marcasindicadas no edital, é admitido qualquer um dos seguintes meios:

I – comprovação de que o produto se encontra de acordo comas normas técnicas determinadas pelos órgãos oficiais competentes oupela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT ou por outraentidade credenciad a pelo Instituto Nacional de Metrolo gia,Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO;

II – declaração de atendimento satisfatório emitido por outroórgão público que tenha adquirido o produto.

Da amostra e do protótipo§ 5º A Administração pode exigir amostra dos proponentes e

oferecer protótipo do objeto pretendido.

Da indicação de marcaArt. 20. A indicação de marca é permitida quando:I – decorrente de pré-qualificação de objeto;II – indispensável para melhor atendimento do interesse público,

comprovado mediante justificativa técnica;III – o consumo do material no exercício for inferior a R$

5.000,00 (cinco mil reais) e a marca estiver disponível em mais de umfornecedor.

Da exclusão de marca§ 1 º A exclusão de marc a ou pro duto , a critério da

Administração, é permitida quando:I – decorrente de pré-qualificação de objeto.II – indispensável para melhor atendimento do interesse público,

comprovado mediante justificativa técnica;

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA26III – o produtor tiver recusado o cumprimento de obrigações

previstas no contrato ou no Código de Defesa do Consumidor.

Do similar§ 2º É permitido indicar marca ou modelo também quando a

descrição do objeto a ser licitado puder ser melhor compreendida pelaidentificação de determinada marca ou modelo aptos a servir comoreferência, situação em que será obrigatório o acréscimo da expressão“ou similar ou de melhor qualidade”.

Do processo de padronização§ 3º O processo de padronização deverá conter parecer técnico

sobre o produto considerando as especificações técnicas e estéticas,desempenho, análise de contratações anteriores, custo e condições damanutenção, garantia e, finalmente, despacho motivado da autoridadesuperior, com a adoção do padrão (standard), devendo ser publicadano meio de divulgação oficial a síntese da justificativa e a descriçãosucinta do padrão definido.

§ 4º A decisão sobre padronização:I – pode ser impugnada, no prazo de 10 (dez) dias da

publicação, mediante a apresentação de prova, por laudo técnico deinstituição oficial ou credenciada por órgãos oficiais, atestando queoutros produtos apresentam as mesmas condições que justificaram apadronização;

II – deve ser revista a cada 2 (dois) anos, visando aferir asnovas condições do mercado.

§ 5º É permitida padronização com base em processos deoutros órgãos públicos, devendo o ato que decidir pela adesão à outrapadronização ser publicado no meio de divulgação oficial.

CAPÍTULO VDAS LOCAÇÕES

Seção IDas regras gerais da locação

Art. 21. Os contratos de locação em que a Administração Públicaseja locatária regem-se pelas disposições gerais do direito privado,inclusive quanto:

I – à oferta de garantias;II – ao período de vigência;III – às condições de rescisão.

Do prazo de locação§ 1º O prazo de locação de imóveis deve ser ajustado de modo

a compensar o investimento com as adaptações necessárias àsinstalações.

Das providências anteriores à locação§ 2º Antes de proceder à locação, a Administração deve:I – realizar a avaliação prévia;II – avaliar os custos de adaptações, quando imprescindíveis

às necessidades de utilização;III – avaliar os custos diretos e, quando for o caso, indiretos da

manutenção incidentes na execução do contrato;IV – assegurar-se da compatibilidade com a previsão de recursos

orçamentários para a contratação;V – certificar-se da inexistência de outros imóveis públicos

vagos e disponíveis que atendam ao objeto;VI – analisar e documentar a conveniência da locação em relação

a outras formas de uso do imóvel;VII – avaliar a existência de ônus reais sobre o imóvel.

Da forma de seleção - licitação ou contratação diretaArt. 22. A locação de imóvel deve ser precedida de licitação.Parágrafo único. É permitida a locação direta para atender

finalidade da Administração, quando as necessidades de instalação elocalização condicionarem a sua escolha, desde que:

I – o preço seja compatível com o valor de mercado;II – o ato seja publicado em meio de divulgação oficial.

Do leasingArt. 23. A contratação de leasing deve ser precedida de licitação

e avaliação técnica das propostas, considerando o valor mensal, astaxas de financiamento aplicadas e o tempo.

Parágrafo único. A avaliação da vantagem do leasing sobre asdemais operações e a aferição das propostas entre si podem sercometidas a consultor especializado em gestão financeira ou aintegrantes da própria Administração Pública.

Da securitizaçãoArt. 24. É permitida a contratação de locação de bem a construir,

desde que demons trada a vantagem econô mica em favor daAdministração, comparada às opções de aluguel simples, compra econtratação de obra.

§ 1º A Administração poderá permitir a securitização dofinanciamento.

§ 2º A avaliação da vantagem da securitização sobre as demaisopções e a aferição das propostas entre si podem ser cometidas aconsultor especializado em gestão financeira ou Administração Pública.

Seção IIDa preferência da concessão de uso em relação à locação

Art. 25. As locações de imóveis em que a Administração forlocadora devem ser substituídas por concessão de uso ou concessão dedireito real de uso, na medida em que forem encerrados os prazos doscontratos vigentes.

CAPÍTULO VIDOS SERVIÇOS E OBRAS

Seção IDas regras gerais

Art. 26. Os serviços somente podem ser licitados quandohouver:

I – projeto básico ou termo de referência com as informaçõesprevistas no art. 4º, incisos LXVI e LXXXI, respectivamente;

II – atendimento aos princípios:a) da padronização, considerando a compatibilidade de

especificações estéticas, técnicas ou de desempenho;b) do parcelamento, quando for tecnicamente viável e

economicamente vantajoso; ec) da responsabilidade fiscal, mediante a verificação da despesa

estimada com a prevista no orçamento.

Do princípio do parcelamento§ 1º Na aplicação do princípio do parcelamento, referente a

serviços e obras, devem ser considerados:I – a responsabilidade técnica pelo empreendimento;II – o custo para administração de vários contratos frente às

vantagens da redução de custos, com divisão do objeto em itens;III – a necessidade de aproveitar as peculiaridades do mercado

local e permitir a participação das micro e pequenas empresas, visandoeconomicidade, sempre que possível, desde que atendidos osparâmetros de qualidade;

IV – o dever de buscar a ampliação da competição e evitar aconcentração do mercado;

V – até o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) é permitidolimitar a participação na licitação aos beneficiários do direito depreferência conceituados no art. 4º, inciso XIV, deste Código.

§ 2º A formação do item deve reunir serviços do mesmo ramode atividade.

Da responsabilidade fiscal§ 3º É dispensável a avaliação da compatibilidade com a

previsão de recursos orçamentários para:I – procedimento auxiliar de:a) pré-qualificação;b) registro de preços;c) credenciamento.II – objeto visando à execução de convênio.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 27

Seção IIDas restrições à terceirização

Art. 27. Não podem ser contratados serviços inerentes aatividades previstas para cargos permanentes do órgão, exceto quando:

I – se tratar de cargo extinto total ou parcialmente;II – se tratar de trabalho temporário, nos termos da respectiva

legislação;III – houver lei que disponha em contrário.Art. 28. Nas contratações de serviços terceirizados é vedado:I – a indicação, pela Administração ou seus agentes:a) de pessoas expressamente nominadas para executar direta

ou indiretamente o objeto contratado;b) de salário a ser pago, pelo contratado, inferior ao definido

em lei ou ato normativo;c) de salário superior ao pago para funções assemelhadas, com

igual qualidade, na Administração.II – definir forma de pagamento mediante exclusivo reembolso

dos salários pagos;III – à empresa prestadora de serviços, contratar cônjuges,

companheiros ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, atéo terceiro grau, inclusive, de ocupantes de cargos ou empregos deconfiança, de natureza especial ou eletiva do Estado, devendo talcondição constar expressamente dos editais de licitação.

Parágrafo único. Ressalvam-se do disposto neste artigo oscasos de inexigibilidade de licitação com notórios especialistas.

Seção IIIDos direitos autorais

Art. 29. A Administração só pode contratar, pagar, premiar oureceber projeto ou serviço técnico especializado desde que o autorceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a Administração possautilizá-los de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou noajuste para sua elaboração.

Dos acessórios do direito autoral§ 1º Quando o projeto referir-se à obra imaterial de caráter

tecnológico, insuscetível de privilégio, a cessão dos direitos deve incluiro fornecimento de todos os dados, documentos e elementos deinformação pertinentes à tecnologia de concepção, desenvolvimento,fixação em suporte físico de qualquer natureza e aplicação da obra.

Da licitação§ 2º Na alteração de projeto ou serviço técnico especializado

deverão ser observadas as disposições da Lei Federal nº 9.610, de 19de fevereiro de 1998, e do art. 18 da Lei Federal nº 5.194, de 24 dedezembro de 1966.

Do repúdio da criação alterada

§ 3º Discordando o autor do projeto original das modificaçõesrealizadas, assiste-lhe o direito a repúdio da criação, que deverá merecera mesma publicidade do ato inicial.

Seção IV

Dos serviços de informática, automação e tecnologia dainformação

Art. 30. Para os fins deste Código, os serviços de informáticae automação classificam-se em:

I – comuns - aqueles disponíveis no mercado e que apresentempadrões de desempenho e qualidade objetivamente definidos noinstrumento convocatório por meio de especificações usuais;

II – especiais - definidos na forma da legislação pertinente.Parágrafo único. Para contratação de serviços de informática,

a Administração deve observar o disposto na legislação federalespecífica e a regulamentação por Decreto Estadual.

Seção VDas obras e serviços de engenharia

Art. 31. As obras e os serviços de engenharia devem observaro seguinte:

I –prévia existência de projeto básico ou executivo, realizadopor profissional detentor de habilitação específica, com os seguinteselementos:

II –planilha orçamentária, inclusive com previsão demobilização e desmobilização.

III –cronograma físico-financeiro de desembolso;IV –plano de gerenciamento da execução do objeto;V –composição de custos unitários;VI –planilha de encargos;VII –planilha de Benefícios e Despesas Indiretas - BDI;

Dos requisitos dos projetos§ 1º Nos projetos básico e executivo de obras e serviços, devem

ser considerados principalmente os seguintes requisitos:I – segurança;II – funcionalidade e adequação ao interesse público;III – economia na execução, conservação e operação;IV – possibilidade de emprego de mão de obra, materiais,

tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução,conservação e operação;

V – facilidade na execução, conservação e operação;VI – durabilidade da obra ou do serviço;VII – adoção das normas técnicas de saúde e de segurança do

trabalho adequadas;VIII – impacto ambiental.

Da padronização§ 2º As obras e serviços destinados aos mesmos fins devem ter

projetos padronizados por tipos, categorias ou classes, exceto quandoo projeto padrão não atender às condições peculiares do local ou àsexigências específicas do empreendimento.

Do planejamento total

§ 3º A programação da execução das obras e dos serviços deveser realizada em sua totalidade, previstos seus custos atual e final econsiderados os prazos de sua execução e o cronograma mensal dedesembolso.

Da atualização dos preços

§ 4º Não será computado como valor da obra ou serviço, parafins de julgamento das propostas de preços, a atualização monetáriadas obrigações de pagamento, desde a data final de cada período deaferição até o respectivo pagamento, que será calculada por critériosestabelecidos obrigatoriamente no ato convocatório.

CAPÍTULO VIIDAS MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Art. 32. São modalidades de licitação:I – concorrência;II – pregão;III – concurso;IV – leilão.§ 1 º Além d as modalidad es referidas neste artigo , a

Administração Pública pode servir-se dos procedimentos auxiliares deregistro de preços, da pré-qualificação, do credenciamento e do registrocadastral.

§ 2º É vedado aos administradores públicos a adoção deprocedimentos diversos daqueles especificados no parágrafo anteriorou criação de outras modalidades de licitação ou, ainda, a combinaçãodas referidas neste artigo.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA28CAPÍTULO VIII

DAS REGRAS PECULIARES DAS MODALIDADESSeção I

Das regras comuns à concorrência e ao pregãoArt. 33. A licitação relativa a pregão e concorrência tem

procedimentos comuns, podendo ser aplicadas, por analogia, as regrasentre essas modalidades.

§ 1º Na fase interna, o processo deverá ser instruído com:I – requisição do objeto pelo órgão competente;II – detalhamento do objeto no termo de referência ou projeto

básico com as informações previstas no art. 4º, incisos LXXXI e LXVI,respectivamente;

III – estimativa de custos diretos e, quando for o caso, indiretos;IV – verificação da existência de recursos orçamentários;V – conforme o caso:a) elaboração de pareceres técnicos indispensáveis à realização

da licitação e do contrato;b) elaboração da minuta do contrato e expressa aprovação;VI – elaboração do edital e expressa aprovação;VII – autorização da licitação pela autoridade competente.§ 2º A fase externa compreende:I – a publicação do aviso do edital;II – o recebimento, processamento e resposta às impugnações

e solicitações de esclarecimentos;III – o credenciamento de licitantes;IV – a sessão pública para:a) recebimento dos documentos de habilitação e das propostas

técnica e/ou preço;b) análise e julgamento das propostas;c) análise e julgamento da habilitação.V – análise e julgamento do recurso;VI – a adjudicação;VII – a fase de homologação da licitação.§ 3º O credenciamento dos licitantes observará o seguinte

procedimento:I – no horário previsto para o início da sessão, os licitantes que

tiverem interesse na prática de atos durante o certame deverãocomparecer pontualmente e credenciar-se mediante a apresentação dedocumento de identificação e procuração com poderes pararepresentação;

II – aberta a sessão, o presidente da comissão ou da câmara ouo Pregoeiro convocará os licitantes interessados, na forma do incisoanterior, para o credenciamento do representante;

III – encerrado o credenciamento, o ingresso de licitantes norecinto é permitido para assistir a sessão, sem perturbar os trabalhos.

§ 4º Quando o volume de documentos a ser examinado ou acomplexidade da proposta ou da habilitação recomendarem a análisedetalhada, a publicidade será limitada à abertura de envelopeseconferência de documentos pelos licitantes presentes.

§ 5º Nas situações do parágrafo anterior, quando a sessão fordestinada a recebimento de propostas, essas serão imediatamenteabertas em público, registrando-se em ata os valores totais de cadalicitante para o valor global ou dos itens, conforme o caso. Nessasituação, o exame a ser realizado em recesso terá por objetivo a análisedo detalhamento da mesma, quanto a planilhas, objetos e demaisinformações.

Seção IIDas regras específicas para concorrência

Art. 34. A concorrência é obrigatória para:I – concessão de uso de bem público;II – concessão de serviço público;III – concessão de direito real de uso de bem público, ressalvada

a situação disposta no art. 17, inciso IV, alínea “d” deste Código;IV – outros casos previstos em lei específica ou Decreto.§ 1º O edital poderá definir que somente será examinada a

prop osta que apres ente melhor p reço e, somente se ho uverdesclassificação dessa, proceder-se-á ao exame das seguintes.

§ 2º As regras do procedimento de concorrência serão definidasem Decreto.

Seção IIIDas regras específicas do pregão

Art. 35. O pregão é obrigatório para bens, serviços e obras quepossam ser definidos por especificações usuais no mercado.

§ 1º No pregão também admite-se o uso de pré-qualificação delicitantes e produtos.

§ 2º As regras do procedimento do pregão serão definidas emDecreto.

Seção IVDas regras específicas do leilão

Art. 36. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou aservidor designado pelo Presidente da Comissão Central Permanentede Licitação, devendo observar o seguinte procedimento:

I – análise da vantagem do uso de leilão, em relação a outrasformas de alienação;

II – indicação de representantes;III – exigência de garantia, definida na forma do edital.

Do pagamento§ 1º Os bens arrematados devem ser pagos à vista ou a prazo

com entrada no percentual estabelecido no edital que não poderá serinferior a 5% (cinco por cento) do valor do lance.

§ 2º O não cumprimento, pelo contratante, das condiçõesdefinidas para pagamento e recebimento implica perda, em favor daAdministração, do valor já recolhido e da garantia e anotação no Sistemade Gerenciamento de Licitações e Contratos - SGC, sem prejuízo deoutras sanções.

§ 3º A entrega do bem ao licitante vencedor ou a transferênciado bem deve observar o prazo e condições definidas no edital, inclusivemediante a apresentação de garantias, se for o caso.

Do leilão internacional§ 4º Nos leilões internacionais, o pagamento ou entrega de

garantia podem ser feitos em até 48 (quarenta e oito) horas a contar dahomologação, sob pena de perda da arrematação, sem prejuízo a outrassanções.

Da divulgação do edital de leilão§ 5º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado,

principalmente no município em que será realizado.

Seção VDas regras específicas do concurso

Art. 37. O concurso pode ser utilizado para contratação deserviço técnico profissional especializado.

Da cumulação de objetos§ 1º A Administração pode promover concurso para vários

objetos de mesma especialidade técnica, para contratação eventual.

Da execução e pagamento para mais de um vencedor§ 2º É permitida a realização do concurso em 2 (duas) fases,

sendo a primeira para seleção de esboço ou anteprojeto, cujo vencedorperceberá prêmio, e a segunda para execução do respectivo serviço.

§ 3º O edital poderá prever pagamento para mais de umvencedor.

Da comissão do concurso§ 4º A comissão do concurso deve ser integrada por profissionais

com qualificação na área de conhecimento do objeto, presidida porservidor público a ser indicado pelo Presidente da CCL.

§ 5º É dispensável a licitação para contratação de profissionaispara compor a comissão do concurso, quando se tratar de profissionaltécnico de notória especialização.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 29Do edital do concurso

§ 6º O edital deve indicar:I – a qualificação exigida dos participantes;II – as diretrizes e a forma para entrega dos trabalhos;III – a descrição do seu objeto e os critérios para julgamento

dos trabalhos;IV – os prêmios ou a remuneração a serem concedidos; eV – o prazo para entrega dos trabalhos, que deve ser compatível

com a complexidade do objeto.§ 7º Em se tratando de projeto, deve ser observada a regra do

art. 29 deste Código.§ 8º O edital pode definir que haverá prêmio para o melhor

esboço, anteprojeto ou simples traçado arquitetônico do objeto eremuneração para o desenvolvimento do projeto da solução escolhida.

CAPÍTULO IXDOS PROCEDIMENTOS AUXILIARES À LICITAÇÃO

Art. 38. Para facilitar os procedimentos de seleção da propostamais vantajosa, a Administração pode utilizar o sistema de registro depreços - SRP, a pré-qualificação ou o credenciamento.

Do julgamento dos sistemas auxiliaresParágrafo único. O julgamento dos sistemas auxiliares de

licitação segue a mesma competência definida para as licitações.

Seção IDo Sistema de Registro de Preços

Art. 39. A licitação para registro de preços, comum oupermanente, será realizada pela CCL, que será responsável pelogerenciamento das respectivas atas.

§ 1º O registro de preços será regulamentado por decreto quedeverá dispor sobre:

I – as situações em que será obrigatório o registro de preços;II – as especificidades na definição do objeto e da licitação;III – a possibilidade de prever preços:a) diferentes, quando o objeto for realizado em locais diferentes;b) apurados por desconto sobre tabela de preços praticados no

mercado, nos casos de peças de veículos, medicamentos, passagensaéreas, manutenções e outros similares.

IV – as condições para alteração de preços registrados;V – as situações em que a CCL poderá autorizar a adesão a

outras atas de registro de preços;VI – o registro de mais de um fornecedor ou prestador de

serviço;VII – a restrição ao uso para serviços apenas quando o objeto

a ser contratado possa ser definido em unidades de medida;VIII – a vedação aos órgãos consultados de serem participantes

em aderir a outras atas durante determinado tempo;IX – o cancelamento da Ata de Registro de Preços;X – garantia da ampla defesa e do contraditório na aplicação

das penalidades;XI – as atribuições da CCL e dos órgãos participantes, inclusive

quanto à definição do órgão competente para aplicar penalidade porirregularidades ocorridas no curso da licitação e por descumprimentodo pactuado na Ata de Registro de Preços.

§ 2º A licitação para registro de preços independe de previsãoorçamentária.

§ 3º Salvo disposição em sentido contrário no edital, osfornecedores e prestadores de serviço com preços registrados poderãofornecer, a outros órgãos ou entidades, o mesmo objeto na quantidade,qualidade, preço e condições registrados na ata, desde que nãoprejudiquem os compromissos assumidos anteriormente.

§ 4º No caso de licitação para registro de preços permanente –SRPP, o edital deverá dispor, ainda, sobre:

I – a informação acerca da licitação com o objetivo de registrarpermanentemente os preços, os quais ficarão sujeitos a atualização;

II – o prazo mínimo de 3 (três) dias úteis para convocação doslicitantes visando a atualização de preços, sempre que for necessário,no entendimento do órgão gerenciador;

III – as exigências de habilitação a serem comprovadas na CCLpara participar das próximas atualizações de preços;

IV – a informação de que o órgão gerenciador poderá, nasfuturas atualizações, alterar a quantidade e as qualidades dos objetos eincluir novos itens;

V – a obrigação do órgão gerenciador de guardar pertinênciaentre o ramo de atividade dos licitantes sempre que incluir novosobjetos na atualização do SRPP.

Art. 40. A existência de preços registrados não obriga aAdministração a firmar as contratações que deles poderão advir,facultando-se a realização de licitação específica para a aquisiçãopretendida, desde que devidamente motivada.

Parágrafo único. Havendo licitação específica, ficaráassegurado ao beneficiário do registro a preferência na contratação,desde que a sua proposta atenda às mesmas condições do licitantevencedor.

Art. 41. O prazo de vigência da Ata de Registro de Preços seráde 1 (um) ano.

§ 1º É admitida a prorrogação da vigência da Ata, por até igualperíodo, quando:

I – a pesquisa, por amostragem, revelar que os preçoscontinuam sendo mais vantajosos;

II – o beneficiário da ARP concordar com a prorrogação.§ 2º A prorrogação da ARP renova integralmente a quantidade

do objeto disponibilizado, salvo manifestação em contrário do órgãogerenciador ou do beneficiário da Ata.

§ 3º Os contratos decorrentes do SRP terão sua vigênciaconforme as disposições contidas nos respectivos instrumentosconvocatórios e respectivos contratos decorrentes.

Seção IIDa pré-qualificação

Art. 42. A pré-qualificação é o procedimento técnico-administrativo destinado a selecionar previamente:

I – licitantes que reúnam condições de habilitação para participarda futura licitação; ou

II – bens e serviços a serem contratados em futura licitação.§ 1º A pré-qualificação pode ser aberta ou fechada, observando-

se o seguinte:I – na pré-qualificação aberta para licitantes, podem ser

dispensados os documentos que já constarem do registro cadastral;II – na pré-qualificação aberta aos produtos, poderá ser exigida

a comprovação de qualidade a que se refere o art. 19, § 4º deste Código;III – na pré-qualificação fechada, após o prazo definido para a

entrega dos documentos, não é mais permitido o ingresso de novoslicitantes ou novos produtos, mas o período de validade será restrito a12 (doze) meses a contar do resultado publicado.

§ 2º Havendo pré-qualificação, a licitação posterior pode serrestrita aos licitantes ou aos objetos pré-qualificados.

§ 3º Na pré-qualificação de licitantes serão exigidos osdo cumentos previstos em edital específic o p ublicado pelaAdministração, observando-se o seguinte:

I – o edital deve conter as informações mínimas necessáriaspara definição do objeto e, se possível, o termo de referência ou oanteprojeto;

II – a pré-qualificação de licitantes para execução de obraspoderá referir-se a um ou a vários empreendimentos;

III – o prazo mínimo de 15 (quinze) dias úteis, entre apublicação do edital e a apresentação da documentação;

IV – a aplicação das regras pertinentes à impugnação do edital,prevista no art. 51 deste Código;

V – na pré-qualificação fechada, a validade de até 1 (um)ano,admitida a prorrogação:

a) para os que tiverem interesse após esse prazo; eb) com reabertura de prazo para novas inscrições.§ 4º Na seleção de bens e serviços por pré-qualificação:

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA30I – o período de inscrição pode ter termo definido ou ser

permanentemente aberto;II – a Administração apresenta, no edital, os critérios que

utilizará para julgamento;III – os produtos e serviços pré-qualificados passam a integrar

o catálogo debens e serviços da Administração.§ 5º A apresentação de documentos faz-se perante o órgão ou

comissão indicada pela Administração, que deve examiná-los no prazode 5 (cinco) dias úteis, ordenando as correções e reapresentação dedocumentos, quando for o caso, visando a ampliação da competição.

§ 6º A Administração deve divulgar aos interessados a relaçãodos pré-qualificados.

§ 7º O edital deve definir as regras complementares, atentandopara os princípios definidos neste Código.

Seção IIIDo credenciamento

Art. 43. O credenciamento é o processo administrativo dechamamento público destinado à contratação de serviços junto àquelesque satisfaçam os requisitos definidos pela Administração.

§ 1º O credenciamento é indicado quando:I – o mesmo objeto puder ser realizado por muitos contratados

simultaneamente, como a execução de serviços de assistência médica,odontológica, jurídica ou treinamento comum;

II – por razões de estratégia logística houver interesse na diluiçãoda demanda.

§ 2º O pagamento dos credenciados é realizado de acordo coma demanda, tendo por base o valor pré-definido pela Administração, aqual pode utilizar-se de tabelas de referência.

§ 3º No credenciamento o edital deverá prever:I – o período de inscrição, o qual poderá ter termo definido ou

ser permanentemente aberto;II – o termo de referência ou projeto básico e os critérios

técnicos que utiliza para julgamento;III – o prazo mínimo de 15 (quinze) dias úteis, entre a

publicação do edital e a apresentação da documentação;IV – aplicação das regras pertinentes à impugnação do edital,

prevista no art. 51;V – validade de até 1 (um) ano, admitida a prorrogação:a) para os que tiverem interesse após esse prazo; eb) com reabertura de prazo para novas inscrições.

CAPÍTULO XDAS LICITAÇÕES INTERNACIONAIS

Art. 44. Nas licitações de âmbito internacional, o edital deveajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior eatender às exigências dos órgãos competentes, observado, quando foro caso, o disposto no art. 2º, § 1º, inciso IV, deste Código.

§ 1º Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preçoem moeda estrangeira, igualmente poderá fazê-lo o licitante brasileiro.

§ 2º O pagamento feito ao licitante brasileiro, eventualmentecontratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior,será efetuado em moeda brasileira em conformidade com a taxa decâmbio definida na forma do edital, quando tratar da hipótese previstano art. 76, inciso XIII deste Código.

§ 3º As garantias de pagamento ao licitante brasileiro devemser equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.

§ 4º Para fins de julgamento da licitação, as propostasapresentadas por licitantes estrangeiros devem ser acrescidas dosgravames do correspondente Imposto de Importação e de todos ostributos e encargos que oneram exclusivamente os licitantes brasileirosquanto à operação final de venda.

§ 5º Os gravames referidos no parágrafo anterior constarão doedital e serão definidos a partir de estimativas ou médias dos tributos.

§ 6º As cotações de todos os licitantes devem ser para entregano mesmo local de destino.

§ 7º Para viabilizar o princípio da unidade das relaçõesexteriores, o edital e o resultado da licitação devem ser comunicados aoMinistério das Relações Exteriores.

§ 8º Para as licitações de maior complexidade é permitido,desde que devidamente justificado, à Comissão Central Permanente deLicitação contratar profissional técnico especializado para promovero acompanhamento da licitação.

CAPÍTULO XIDO EDITAL

Seção IDa vinculação do edital

Art. 45. A Administração e os licitantes não podem descumpriras normas e as condições do edital, ao qual se acham estritamentevinculados.

Seção IIDo conteúdo do edital

Art. 46. O edital divide-se em 3 (três) partes, devendo constar:

Do preâmbulo do editalI – na primeira parte, preâmbulo:a) o nome da entidade, do órgão e da unidade administrativa

que está promovendo a licitação;b) o número de ordem em série anual;c) a modalidade e o tipo da licitação;d) menção de que é regida por este Código;e) o local, dia e hora para o credenciamento dos licitantes e

entrega dos documentos de habilitação e proposta.

Do corpo do editalII – na segunda parte, corpo do edital:a) o objeto da licitação em descrição sucinta e clara;b) o ramo de atividade dos licitantes que o edital está

convocando para a licitação;c) instruções para a impugnação do edital e obtenção de

esclarecimentos;d) os meios de comunicação e os códigos de acesso

disponibilizados para os interessados, com indicação dos horários deatendimento e nome dos servidores responsáveis pelos esclarecimentos;

e) as condições para participação na licitação;f) a forma de apresentação dos documentos e das propostas;g) os procedimentos para a sessão de recebimento e análise

das propostas,dos documentos e a ordem do julgamento, comprecedência ou não do exame da habilitação;

h) o critério para julgamento, com disposições claras eparâmetros objetivos, inclusive, quando exigida a apresentação depropostas técnicas e a pontuação prevista para cada item;

i) o preço máximo, quando for do interesse da Administraçãodivulgá-lo;

j) as instruções para os recursos previstos neste Código;k) o prazo e as condições para assinatura do termo de contrato

ou retirada do instrumento equivalente;l) as penalidades aplicáveis por irregularidades praticadas

durante o processo licitatório e pelo não atendimento às regras referidasna alínea anterior;

m) outras indicações específicas ou peculiares da licitação;n) no caso de serviços:1 – o uso de uniforme e normas disciplinares;2 – o tempo mínimo até a efetiva disponibilidade da mão de

obra;3 – cumprimento da Lei estadual nº 9.116, de 11 de janeiro de

2010, a ser verificado no início da execução do contrato ou instrumentoequivalente.

o) no caso de obras e serviços de engenharia, os locais e horáriosonde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico.

Dos anexosIII – na terceira parte, anexos:a) na concorrência e no pregão, o termo de referência ou o

projeto básico;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 31b) a planilha de custos ou a estimativa de preços quando o

edital estabelecer preços máximos;c) a minuta do contrato e, se for o caso, da Ata de Registro de

Preços;d) outros elementos c onsid erad os relevantes pela

Administração.

Do sigilo das planilhas§ 1º O edital poderá estabelecer que as planilhas de custos e

estimativas de preços sejam sigilosas até a fase do julgamento, excetoquando o edital estabelecer preços máximos.

§ 2º O sigilo referido no parágrafo anterior não prevalece paraos órgãos de controle e não pode ser causa de desclassificação delicitantes.

§ 3º Diante de indícios de sobrepreço, ou de inexequibilidadeda proposta, a Administração deve oportunizar o contraditório a fimde que o licitante demonstre que pratica os preços indicados ou que opreço é exequível.

Da proposta por desconto§ 4º Alternativamente à indicação de preços, a Administração

pode exigir que a proposta apresente descontos em relação às tabelasde referência usualmente praticadas na iniciativa privada ou fixadaspor órgão oficial.

Do prazo de validade das propostas§ 5º O edital deve estabelecer prazo de validade das propostas,

observando-se que:I – o máximo é de 60 (sessenta) dias a contar da entrega das

propostas, se outro não estiver fixado no edital,II – findo o prazo, não havendo convocação para assinar o

contrato ou, se for o caso, a Ata de Registro de Preços, o licitante ficaráliberado dos compromissos assumidos;

III – a ausência de indicação de prazo pelo licitante poderá sersanada pelo representante, antes da proclamação da desclassificação.

Da ordem de abertura das propostas de técnica e de preço§ 6º O edital deve prever que, nas licitações de técnica e preço,

só serão abertas as propostas de preços dos licitantes classificados natécnica.

§ 7º No caso de contratação integrada, o edital deverá conteranteprojeto de engenharia que contemple os documentos técnicosdestinados a possibilitar a caracterização da obra ou serviço, incluindo:

I – a demonstração e a justificativa do programa de necessidades,a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível deserviço desejado;

II – as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo deentrega;

III – a estética do projeto arquitetônico; eIV – os parâmetros de adequação ao interesse público, à

economia na utilização, à facilidade na execução, aos impactosambientais e à acessibilidade.

Das vedações ao editalArt. 47. É vedado constar do edital:I – cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou

frustrem o caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinçõesem razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes, semprévia motivação técnica;

II – qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevantepara o específico objeto do contrato;

III – tratamento diferenciado de natureza comercial, legal,trabalhista, previdenciária ou de qualquer outra, entre empresasbrasileiras e estrangeiras, modalidade e local de pagamentos, inclusiveno que se refere à moeda, quando se tratar de licitação internacional ouestiverem envolvidos financiamentos de agências internacionais,ressalvado o direito de preferência em relação:

a) aos bens e serviços de informática especiais, nos termosdefinidos na Lei Federal nº 8.248/1991, alterada pela Lei Federal nº10.176/2001;

b) aos bens e serviços produzidos no país;c) aos bens e serviços produzidos ou comercializados com

tecnologia desenvolvida no país;d) aos beneficiários do direito de preferência conceituados no

art. 4º, inciso XIV, deste Código.IV – obrigação do licitante de obter recursos financeiros para

execução do contrato, qualquer que seja a sua origem, exceto:a) nos casos de empreendimentos executados e explorados sob

o regime de concessão ou permissão, nos termos da legislação específica;b) no s caso s d e empreendimento s co ntratad os p or

securitização.V – fornecimento de bens e prestação de serviços sem previsão

de quantidade ou cujo quantitativo não corresponda às previsões reaisdo projeto, ressalvados os casos de pré-qualificação e sistema de registrode preços, que podem incluir definição apenas para os percentuaismáximos;

VI – objeto que inclua bens e serviços sem similaridade ou comdefinição de marca, características e especificações exclusivas, salvonos casos previstos no art. 20 deste Código;

VII – exigência de comprovação de atividades ou de aptidão,com limitações de tempo ou de época, ou, ainda, em locais específicosou quaisquer outras não previstas neste Código, que inibam aparticipação na licitação;

VIII – exigência de valores mínimos de faturamento anterior eíndices de rentabilidade ou lucratividade;

IX – pagamento de taxas ou emolumentos, salvo os referentesa fornecimento do edital, que não serão superiores aos custos de suareprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologiada informação, quando for o caso;

X – fixação de preços mínimos, ressalvados os casos dealienação de bens;

XI – julgamento do preço por critérios estatísticos ou faixas devariação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto noart. 39, § 1º, inciso III, alínea “b”, e 63, § 1º deste Código;

XII – utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso,secreto, subjetivo ou reservado que possa, ainda que indiretamente,elidir qualquer dos princípios do art. 3º deste Código e a igualdadeentre os licitantes.

§ 1º As exigências mínimas relativas a instalações de canteiros,máquinas, equipamentos e pessoal técnico especializado, consideradosessenciais para o cumprimento do objeto da licitação, devem seratendidas mediante a apresentação de relação explícita e da declaraçãoformal da sua disponibilidade para a data de início do contrato, sob aspenas cabíveis, vedadas as exigências de propriedade e de localizaçãoprévia.

§ 2º O edital pode prever a equalização de propostas parainserção de tributos ou encargos diferenciados para assegurar a isonomiaentre os licitantes.

§ 3º É vedado recusar a comprovação de aptidão mediantecertidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidadetecnológica e operacional equivalente ou superior.

Art. 48. Nas licitações de obras e serviços de engenharia poderáser utilizad a a c ontratação integrad a, desde q ue técnica eeconomicamente justificada.

§ 1o No caso de contratação integrada:I - o instrumento convocatório deverá conter anteprojeto de

engenharia que contemple os documentos técnicos destinados apossibilitar a caracterização da obra ou serviço, incluindo:

a) a demonstração e a justificativa do programa de necessidades,a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível deserviço desejado;

b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo deentrega;

c) a estética do projeto arquitetônico; e

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA32d) os parâmetros de adequação ao interesse público, à economia

na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambientais e àacessibilidade.

II - o valor estimado da contratação será calculado com basenos valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pelaadministração pública em serviços e obras similares ou na avaliação docusto global da obra, aferida mediante orçamento sintético oumetodologia expedita ou paramétrica; e

III - será adotado o critério de julgamento de técnica e preço. § 2o Caso  seja permitida  no  anteprojeto  de  engenharia  a

apresentação de projetos com metodologias diferenciadas de execução,o instrumento convocatório estabelecerá critérios objetivos paraavaliação e julgamento das propostas.

§ 3o Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada,é vedada a celebração de termos aditivos aos contratos firmados, excetonos seguintes casos:

I - para recomposição do equilíbrio econômico-financeirodecorrente de caso fortuito ou força maior; e

II - por neces sidade de alteração do projeto ou dasespecificações para melhor adequação técnica aos objetivos dacontratação, a pedido da Administração Pública, desde que nãodecorrentes de erros ou omissões por parte do contratado, observadosos limites previstos no § 1º do art. 65 da Lei Federal no 8.666, de 21 dejunho de 1993.

Seção IIIDa elaboração do edital

Art. 49. A minuta do edital será elaborada no âmbito dasComissões Setoriais de Licitação e aprovada pela Assessoria Jurídicadoórgão contratante.

§ 1º Nos casos de licitação para atender as necessidades daprópria CCL, e nos de registro de preços em geral, o edital será elaboradopor servidor lotado na Comissão Central Permanente de Licitação eaprovado pelo Chefe da Assessoria Jurídica da CCL.

§ 2º É permitido o uso de edital padrão com cláusulas uniformes.§ 3º No caso de edital padrão, o órgão jurídico somente pode

ser responsabilizado pelas cláusulas que tiver examinado.§ 4º O parecer jurídico que desaprovar edital, no todo ou em

parte, poderá ser rejeitado pela autoridade superior, em despachomotivado, oportunidade em que esta passa a responder pessoalmentepelas irregularidades que, em razão desse fato, sejam imputadas.

Do apoio da área requisitante

§ 5º Caberá ao órgão requisitante a responsabilidade pela:I – elaboração do termo de referência ou do projeto básico e/ou

executivo;II – a indicação da qualificação técnica exigível no edital;III – o estabelecimento de cláusulas contratuais peculiares ao

objeto;IV – Indicação, dentre os tipos previstos no art. 63, incisos I

ao V deste Código, do critério de julgamento das propostas.

Seção IVDa publicidade do edital

Art. 50. Na publicação do edital, devem ser observadas asseguintes regras:

I – a obrigatoriedade da publicação do aviso do edital, em meiode divulgação oficial, constando as informações previstas no art. 46,inciso I e alínea “a”do inciso II deste Código;

II – a acessibilidade do processo licitatório a qualquer cidadãodesde a publicação do resumo, mediante o recolhimento das respectivascustas;

III – concomitante comunicação, por meio eletrônico ou outromeio eficaz, à associação sindical correspondente ao ramo de atividadeque comercialize o objeto da licitação.

§ 1º Nas licitações de grande vulto, o resumo do edital deve serpublicado em veículo da imprensa oficiosa - jornal, rádio ou televisão- do local onde será realizada a licitação.

§ 2º A licitação que envolva objeto com recursos da Uniãodeverá ser publicada ainda no Diário Oficial da União e observar asregras peculiares sobre imprensa oficial vigentes à época da contratação.

§ 3º A escolha do veículo da imprensa oficiosa é ato discricionárioda autoridade superior, devendo ser fundamentada nos melhores índicesde leitura ou audiência do possível mercado de licitantes e aeconomicidade, exigindo-se equidade na distribuição dos serviçosquando existente mais de um veículo na mesma condição.

§ 4º O prazo para elaboração e entrega das propostas peloslicitantes deve ser definido, em cada caso, pela Administração Pública,contado da publicação, observando as seguintes regras:

I – mínimo de 30 (trinta) dias consecutivos para concorrênciaque envolva:

a) obras e serviços de grande vulto;b) compra de objeto a ser produzido por encomenda no valor

equivalente a grande vulto.II – mínimo de 5 (cinco) dias úteis nos demais casos.§ 5º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior são contados

a partir da última divulgação do resumo do edital ou ainda da suaefetiva disponibilidade, com os respectivos anexos, prevalecendo adata que ocorrer mais tarde.

§ 6º As modificações no edital, que afetarem substancialmentea formulação das propostas, exigem:

I – divulgação pela mesma forma que se deu ao texto original; eII – fixação de prazo igual ao inicialmente estabelecido.§ 7º O prazo entre a homologação da licitação e o início da

execução do contrato não poderá ser inferior a 30 (trinta) dias, noscasos que exijam mobilização de efetivo a ser utilizado diretamente naexecução dos serviços:

I – superior a 100 (cem) profissionais; ouII – superior a 20 (vinte) profissionais de nível superior.

Seção VDa impugnação do edital

Art. 51. O edital d e lic itação p ode ser imp ugnad o,motivadamente:

I – por qualquer pessoa física ou jurídica,independentementede comprovação de interesse;

II – por membro do Ministério Público ou pelo Tribunal deContas.

§ 1º O prazo para impugnar o edital, contado da publicação, édecadencial, observado o seguinte:

I – 5 (cinco) dias úteis, no caso do inciso I do § 4º do artigoanterior;

II – 2 (dois) dias úteis, no caso do inciso II do § 4º do artigoanterior.

§ 2º Ocorrendo impugnação, o órgão responsável pela licitaçãodeverá responder, em 2 (dois) dias úteis, os pedidos de informações ouesclarecimentos sobre o objeto impugnado.

§ 3º Extrapolado o prazo de resposta, o prazo para abertura dasessão de licitação será suspenso, devendo o responsável estabelecer anova data para realização do certame.

§ 4º No prazo estabelecido para a impugnação, o Tribunal deContas pode determinar:

I – a apresentação do edital e do processo, os quais poderãoser encaminhados por cópia ou meio eletrônico/digital, devendo aComissão Central Permanente de Licitação proceder às correções quelhe forem determinadas; e

II – em caráter excepcional, e por uma única vez, a suspensãoda licitação pelo prazo de até 15 (quinze) dias.

§ 5º Nos processos submetidos à apreciação do Poder Judiciárioe do Ministério Público, a Procuradoria-Geral do Estado deverá avaliara conveniência de arguir litigância de má-fé em relação aos licitantesque, tendo deixado consumar-se a decadência, buscarem a via judicialpara discutir regra do edital.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 33CAPÍTULO XII

DA HABILITAÇÃOSeção I

Das formas de habilitaçãoArt. 52. As condições de habilitação são definidas no edital,

que pode limitar a participação na licitação:I – aos pré-qualificados, na forma do art. 42, inciso I e § 2º

deste Código;II – aos que demonstrarem, em fase própria da licitação,

possuírem as condições exigidas; ouIII – aos previamente cadastrados ou aos que atenderem a

todas as condições exigidas para cadastramento.§ 1º A habilitação pode ser realizada por processo eletrônico

de comunicação a distância, nos termos dispostos em Decreto.

Da habilitação específica para a alienação de imóveis§ 2º No caso de leilão ou concorrência para a venda de bens

imóveis, a fase de habilitação limita-se à comprovação do recolhimentode quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação, devendoa transferência formalizar-se apenas após a integralização do pagamentoou apresentação de garantias, se for o caso.

§ 3º O não cumprimento, pelo licitante, das condições referidasno parágrafo anterior para pagamento e recebimento do objeto implicaperda, em favor da Administração, do valor já recolhido e da garantia,sem prejuízo de outras sanções.

Seção IIDa habilitação

Art. 53. A habilitação é o conjunto de informações e documentosnecessários e suficientes para demonstrar a capacidade do licitante derealizar o objeto da licitação e divide-se em:

I – jurídica;II – técnica e operacional;III – fiscal, social e trabalhista; eIV – econômico-financeira.§ 1º O edital pode ainda dividir a habilitação ou a pré-qualificação

em duas etapas, correspondentes ao exame da:I – qualificação jurídica e fiscal;II – qualificação técnica e econômica.§ 2º O edital poderá também estabelecer a ordem das etapas da

habilitação e que o exame da proposta intermediará essas etapas.

Seção IIIDa habilitação jurídica

Art. 54. A habilitação jurídica, que visa a demonstrar acapacidade de exercer direitos e assumir obrigações, a critério daAdministração, se faz por meio da apresentação de:

I – no caso de pessoas físicas:a) cédula de identidade ou documento equivalente;b) certidão negativa de insolvência civil.II – no caso de pessoas jurídicas, o ato constitutivo arquivado

no registro competente, devidamente atualizado.

Seção IVDa habilitação técnica e operacional

Art. 55. A habilitação técnica e operacional, que visa demonstraraptidão para realizar o objeto da licitação, é definida no edital e, acritério da Administração, se faz por meio da apresentação de:

I – registro ou inscrição na entidade profissional competente,quando o objeto envolver responsabilidade técnica de agente comprofissão regulamentada;

II – comprovação deque o licitante realizou, satisfatoriamente,em um único contrato, ou, se for o caso, vários simultaneamente,objeto com características equivalentes às da licitação;

III – declaração de disponibilidade dos equipamentos, materiaise instalações que devem estar disponíveis durante a execução docontrato;

IV – atendimento a outros requisitos, pertinentes ao processoprodutivo para a realização do objeto da licitação;

V – comprovação, por parte do licitante, de dispor, ao tempodo início do contrato, profissional de nível superior ou outrodevidamente reconhecido pela entidade competente, detentor deatestado de responsabilidade técnica por execução de obra ou serviçode características semelhantes, devidamente reconhecido pela entidadecompetente.

§ 1º Os profissionais indicados pelo licitante, para fins decomprovação da capacitação técnico-profissional, devem participarda obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se a substituição porprofissionais de experiência equivalente ou superior, desde queaprovada pela Administração.

§ 2º É obrigatória a exigência de atestados de realizaçãosatisfatória anterior quando o objeto:

I – envolver obras e serviços de engenharia de valor de grandevulto;

II – for alimentação hospitalar que inclua o fornecimento dedietas médicas nutricionais;

III – for bens e serviços de informática especiais.§ 3º O edital poderá exigir que o licitante comprove a

regularidade do recolhimento dos encargos tributários incidentes naexecução do objeto que é apresentado no atestado.

Seção VDa habilitação fiscal, social e trabalhista

Art. 56. A habilitação fiscal, social e trabalhista, que visaassegurar a isonomia das propostas dos licitantes, a critério daAdministração, deve observar o seguinte:

I – a exigência da habilitação fiscal será restrita aos tributos eencargos incidentes sobre o objeto da licitação, na forma da parte finaldo art. 193 do Código Tributário Nacional;

II – o licitante deve apresentar declaração de cumprimento dodisposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal;

III – o licitante deve apresentar declaração de que está emsituação regular perante a Seguridade Social e o Fundo de Garantia porTempo de Serviço;

IV - o licitante deve apresentar, ainda, prova de inexistência dedébitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante aapresentação de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas nos termosda Lei Federal nº 12.440, de 11 de novembro de 2011.

§ 1º As declarações referidas nos incisos anteriores podem sersubstituídas ou confirmadas, no todo ou em parte, por diligência feitapela Administração, inclusive por meio eletrônico de comunicação àdistância.

§ 2º O edital pode estabelecer que o licitante, alternativamenteà apresentação de certidões, declare formalmente, sob as penas da lei,de que está em situação regular com todos os tributos que incidem naatividade objeto da licitação, indicando o Cadastro de Pessoa Física -CPF ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ;

§ 3º A Administração, em coordenação com os órgãos dearrecadação, poderá apresentar a relação dos tributos e contribuiçõesde seguridade social necessários que incidirem diretamente sobre oobjeto da licitação.

§ 4º É permitida a retenção da seguridade social e dos tributos,na forma da regulamentação específica a ser aprovada pelos órgãoscompetentes.

§ 5º No caso de pessoa jurídica, a exigência de regularidadefiscal, social e trabalhista de tributos federais deve abranger a matriz ea todos os demais tributos incidentes sobre o objeto para a filial queparticipar da licitação.

Seção VIDa habilitação econômico-financeira

Art. 57. A habilitação econômico-financeira, que visa ademonstrar a possibilidade de o licitante cumprir a obrigação decorrenteda licitação, limita-se em exigir, a critério da Administração, declaraçãoassinada por profissional habilitado da área contábil, atestando que aempresa atende aos índices econômicos previstos no edital.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA34§ 1º A comprovação da boa situação econômico-financeira do

licitante é feita de forma objetiva, por coeficientes e índices econômicosprevistos no edital e devidamente justificados no processo da licitação.

§ 2º A exigência de índices limita-se à demonstração dacapacidade financeira do licitante, com vistas aos compromissos quedeve assumir, vedada a exigência de valores mínimos de faturamentoanterior, índices de rentabilidade ou lucratividade.

§ 3º Pode ser exigida, ainda, a relação dos compromissosassumidos pelo licitante que importem em diminuição da capacidadeeconômico-financeira.

§ 4º É vedada a exigência de índices e valores não usualmenteadotados para a correta avaliação de situação econômico-financeirasuficiente ao cumprimento das obrigações decorrentes da licitação.

Seção VIIDo registro cadastral

Art. 58. O registro cadastral será mantido pela CCL para efeitode habilitação na forma definida em Decreto específico, o qual deverádispor sobre:

I – a ampla divulgação e abertura permanente aos interessados;II – a faculdade das unidades administrativas de utilizar registros

cadastrais da CCL e, quando por esta autorizadas, de outros, desdeque acessíveis por meio eletrônico de comunicação a distância;

III – a classificação dos inscritos por categorias, tendo emvista sua especialização, subdivididas em grupos, segundo a qualificaçãotécnica e econô mica avaliada pelos elemento s constantes dadocumentação;

Da anotação do desempenho do contratadoIV– a atuação do licitante no cumprimento de obrigações

assumidas, que deve ser anotada no respectivo registro cadastral parafins de emissão de atestados padronizados e disponíveis por meioeletrônico de comunicação a distância;

Competência para julgar o registroV – o julgamento do registro cadastral, que deve ser feito pelo

servidor lotado nos órgãos cadastradores, cabendo recursos para aCCL;

Do direito a recursoVI – o direito a recurso do julgamento;

Seção VIIIDas vedações à participação em licitação

Art. 59. Não pode participar diretamente da licitação ou daexecução de contrato:

I – o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, exceto no casode contratação integrada;

II – a empresa, isoladamente ou em consórcio, responsávelpela elaboração do projeto ou da qual o autor do projeto, seu cônjugeou parente até 3º (terceiro) grau, seja dirigente, gerente, acionista oudetentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto,ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;

III – o servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratanteou responsável pela licitação;

IV – pessoa jurídica impedida, suspensa ou declarada inidôneapara licitar e contratar;

V – pessoa jurídica que tenha participado ou que participe depessoa jurídica punida na forma do inciso anterior;

VI – pessoa física impedida, suspensa ou declarada inidôneapara licitar e contratar ou que integre ou tenha participado comoproprietário, sócio, dirigente ou cotista de pessoa jurídica punida naforma dos incisos anteriores.

§ 1º É permitida a participação do autor do projeto ou daempresa a que se refere o inciso II deste artigo na licitação de obra ouserviço de engenharia ou na execução, como consultor ou técnico, nasfunções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamentea serviço da Administração interessada.

§ 2º O disposto neste artigo não impede a licitação ou contrataçãode obra ou serviço de engenharia que inclua a elaboração de projetoexecutivo como encargo do contratado.

§ 3º Não pode participar direta ou indiretamente da licitação,do contrato, ou fornecimento dos bens e serviços a estes necessários,aquele que mantiver vínculo de natureza técnica, comercial, econômica,financeira, trabalhista ou familiar com servidores da Comissão CentralPermanente de Licitação ou da Comissão Setorial de Licitação integrantedo órgão responsável pela requisição do objeto.

§ 4º Não pode participar, concorrendo entre si, empresasintegrantes de um mesmo grupo econômico, assim entendidas aquelasque tenham diretores, sócios ou representantes legais comuns ou queutilizem recursos materiais, tecnológicos ou humanos em comum.

Seção IXDa participação de consórcios

Art. 60. Quando permitida na licitação a participação deempresas em consórcio, observam-se as seguintes regras:

I – comprovação do compromisso público ou particular deconstituição de consórcio, subscrito pelos consorciados;

II – indicação da empresa responsável pelo consórcio, a qualdeve atender às condições de liderança obrigatoriamente fixadas noedital;

III – apresentação dos documentos exigidos no art. 53 a 57deste Código por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeitode qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cadaconsorciado e, para efeito de qualificação econômica, o somatório dosvalores de cada consorciado na proporção de sua respectivaparticipação;

IV – impedimento de participação de empresa consorciada, namesma licitação, por meio de mais de 1 (um) consórcio ou isoladamente;

V – responsabilidade solidária dos integrantes pelos atospraticados em consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execuçãodo contrato.

§ 1º No consórcio de empresas brasileiras e estrangeiras, aliderança cabe, obrigatoriamente, à empresa brasileira, observado odisposto no edital.

§ 2º O licitante vencedor fica obrigado a promover, após oresultado da licitação e no prazo definido no edital, a constituição e oregistro do consórcio, nos termos do compromisso referido no inciso Ideste artigo;

§ 3º O edital pode prever a obrigatoriedade de os consorciadosconstituírem sociedade de propósito específico como condição préviapara assinatura do termo de contrato.

CAPÍTULO XIIIDO JULGAMENTO

Seção IDo ambiente físico

Art. 61. No dia e hora designados no edital, a Comissão, aCâmara ou o Pregoeiro procederão ao credenciamento e, em seguida, aorecebimento e análise dos documentos do representante da empresa.

Parágrafo único. Após o exame da representação, iniciará asessão de julgamento da licitação.

Seção IIDa sessão de julgamento

Art. 62. A sessão de julgamento da licitação observará o seguintedesenvolvimento:

I – terá início na hora definida no edital;II – a abertura é feita com o início da palavra do dirigente do

órgão julgador, que informará:a) a metodologia a ser desenvolvida;b) os esclarecimentos sobre o desenvolvimento dos trabalhos.III – no caso de ambiente físico, serão recebidos os envelopes

lacrados e, se for o caso, as amostras dos licitantes presentes;IV – no caso do procedimento virtual, serão recebidos os

envelopes e, sendo exigida a amostra, a mesma poderá ser enviadaapós a etapa de lances, no prazo definido no edital;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 35V – o exame e julgamento dos documentos iniciarão segundo a

ordem indicada no edital, que poderá ser:a) habilitação técnica e econômica;b) habilitação jurídica, fiscal, social e trabalhista;c) se for o caso, proposta técnica; ed) proposta de preços.VI – quando a habilitação - única ou dividida, na forma do art.

53, §1º deste Código, anteceder o julgamento da proposta, somenteserão abertos os envelopes dos licitantes habilitados.

VII – quando o exame da proposta anteceder a habilitação,somente será examinada a habilitação do licitante vencedor;

VIII – o julgamento consiste em verificar:a) se o licitante apresentou todos os documentos exigidos no

edital;b) se os documentos comprovam a habilitação e a qualificação

dos licitantes exigida no edital;c) se a proposta de preço apresenta o produto exigido no edital

e oferece preço justo;d) se a proposta técnica, quando exigida, apresenta a pontuação

exigida no edital.

Do recursoIX – encerrado o julgamento, será questionado aos presentes o

interesse em recorrer, devendo a manifestação ser imediata, expressa emotivada, sob pena de decadência do direito de recorrer;

X – caracteriza-se a renúncia do direito em recorrer quando olicitante:

a) expressamente declina do direito;b) consultado, se mantém silente;c) está ausente à sessão; oud) não indica representante na fase de credenciamento da sessão.XI – não havendo a manifestação da intenção de recurso, será

lavrada ata da sessão, procedendo-se a adjudicação do objeto ao licitantevencedor;

XII – havendo manifestação da intenção de recurso, seráanotado o motivo e as razões e aberto prazo para o interessado juntarmemoriais;

XIII – o dirigente do órgão responsável pelo processo licitatóriopoderá reconsiderar desde logo a decisão, hipótese em que anulará osatos ilegais praticados e os subsequentes dele decorrentes;

XIV – mantida a decisão, ou adiada para depois de melhorexame:

a) aos interessados no recurso será concedido o prazo de 3(três) dias úteis para apresentação dos respectivos memoriais;

b) os demais licitantes serão, desde logo, intimados paraapresentar contrarrazões em igual número de dias, que começará acorrer do término do prazo do recorrente;

c) vista imediata dos autos será assegurada aos recorrentes;d) no ambiente virtual, a vista será assegurada por meio da

disponibilização de arquivos de texto ou de imagem digitais e, ainda, naforma física.

XV – recebidos os memoriais, o recurso será julgado, na CCL,na composição plenária, e, nas licitações desenvolvidas pelos demaisórgãos, na sua composição colegiada;

XVI– após a fase recursal, ou não havendo recurso, a licitaçãoseguirá para a adjudicação e homologação do resultado no órgãorequisitante e formalização da contratação.

Da suspensão da sessão§ 1º  A qualquer tempo, as Câmaras de Julgamento de Licitação,

as Comissões Setoriais de Licitação e os Pregoeirospoderão suspenderos trabalhos para análise de documentos, diligências e julgamento daspropostas.

§ 2º Havendo suspensão dos trabalhos, os presidentes dasCâmaras, da Comissão ou o Pregoeiro informará o dia, hora e local emque serão reiniciados.

Das amostras§ 3º Ao edital é permitido exigir amostras:

a) com antecedência à entrega das propostas, para exame pelaAdministração, na forma prevista no edital;

b) no ato do julgamento, para atender diligência;c) após o julgamento da proposta, como condição para firmar

contrato.

Seção IIIDo julgamento da proposta

Art. 63. O julgamento das propostas pode ser do tipo:I – melhor preço, quando é declarado vencedor da licitação o

proponente que, atendendo às condições de habilitação e aos requisitosmínimos do objeto, cotar o menor preço;

II – técnica e preço, quando é declarado vencedor o licitanteque, atendendo as condições da habilitação e aos requisitos mínimosda técnica, cotar preço que, pelo fator ponderado com a nota técnica,resulte na proposta mais vantajosa para a Administração;

III – maior lance, no caso de leilão;IV – menor lance, no caso de pregão;V – melhor projeto, no caso de concurso.§ 1º Na ponderação a que se refere o inciso II, o fator técnica

não pode ser inferior a 30% (trinta por cento) nem superior a 70%(setenta por cento) do resultado.

§ 2º O tipo de licitação técnica e preço terá utilização restritae, somente pode ser admitida nos seguintes casos:

I – o o bjeto c onsis tir em serviço s de naturezapredominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos,cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento;

II ­– o objeto consistir em serviços de engenharia consultivaem geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicospreliminares e projetos básicos e executivos;

III – excepcionalmente, por autorização expressa e mediantejustificativa da autoridade máxima, para fornecimento de bens eexecução de obras ou prestação de serviços, se o objeto:

a) for de valor superior ao indicado no art. 4º, inciso LVIII,deste Código;

b) for majoritariamente dependente de tecnologia nitidamentesofisticada e de domínio restrito, atestado por autoridades técnicas dereconhecida qualificação;

c) admitir soluções alternativas e variações de execução, comrepercussões significativas sobre sua qualidade, produtividade,rendimento e durabilidade mensuráveis;

d) admitir que as soluções referidas no inciso anterior possamser adotadas por livre escolha dos licitantes, na conformidade doscritérios objetivamente fixados no ato convocatório, bem como para ofornecimento de bens de capital e/ou prestação de serviços queenvolvam os referidos bens.

IV – se tratar de alimentação hospitalar, que inclua ofornecimento de dietas médicas nutricionais;

V – do fornecimento de bens e serviços de informática especiais,se exigido pela legislação específica.

§ 3º É permitido o tipo melhor preço quando a licitaçãopuder garantir a qualidade.

Seção IVDo julgamento da técnica

Art. 64. Quando prevista a apresentação de proposta detécnica, o julgamento deve:

I – verificar se o licitante apresenta técnica superior à mínimaexigida;

II – atribuir nota técnica, segundo os critérios definidos noedital.

Parágrafo único. É permitida a contratação de consultorexterno para avaliar a proposta técnica.

Art. 65. A análise das propostas de preços consiste em:I – verificar se o objeto descrito na proposta e, se for o caso, a

amostra, atendem aos requisitos do edital;II – verificar se o preço cotado pelo licitante é:a) compatível com a estimativa de preços ou com a planilha de

custos da Administração;

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA36b) inferior ao máximo estabelecido no edital, quando for o

caso; ouc) superior ao mínimo estabelecido no edital, no caso de

alienação de bens.III – desclassificar os preços superiores aos praticados no

mercado ou os inexequíveis;IV – lançar as propostas classificadas em quadro próprio;V – definir a ordem de classificação das propostas.§ 1º Em relação às propostas consideradas inexequíveis, a

Comissão e o Pregoeiro podem:I – abrir prazo para que o licitante demonstre, em planilha de

custos, a exequibilidade dos preços ou a realização de contrato compreço semelhante;

II – facultar ao licitante a classificação, desde que apresentegarantia adicional de até 50% (cinquenta por cento) do valor estimadoda contratação;

§ 2º Quando todas as propo stas de preç o foremdesclassificadas, a Administração pode conceder o prazo de até 3 (três)dias úteis para a apresentação de novas propostas.

§ 3º O Presidente da Comissão e o Pregoeiro podem, a qualquertempo, negociar os preços visando sua redução.

§ 4º No caso de empate entre duas ou mais propostas, aclassificação se faz, obrigatória e sucessivamente, em favor dos seguintescritérios:

I – aos bens produzidos no País;II – aos beneficiados pelo direito de preferência, nos termos do

art. 4, inciso XIV, alínea “a” deste Código;III – aos bens produzidos e aos serviços prestados por

empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologiano País, desde que tenha relação com o objeto do contrato;

IV – aos licitantes que tenham aderido a programas de qualidadee produtividade, desde que tenha relação com o objeto do contrato;

V – aos que tenham preços registrados no órgão ou entidade;VI – por sorteio, para o qual todos os licitantes são convocados.

Seção VDo julgamento da habilitação

Art. 66. Antes ou depois do julgamento das propostas,conforme definido no edital, haverá o julgamento da habilitação.

§ 1º Não é permitida, após a entrega dos documentos dahabilitação, a substituição ou apresentação de documentos, salvo:

I – a atualização de documentos cuja validade tenha expiradoapós a data de recebimento dos documentos e propostas;

II – os esclarecimentos sobre dubiedades ou manifestos errosmateriais, a critério da Comissão de Licitação ou do Pregoeiro;

§ 2º O edital poderá dispensar a apresentação de documentosde licitantes que estejam nas seguintes situações:

I – pré-qualificados;II – inscritos no Registro Cadastral do Estado;III – registrados em banco de dados de acesso disponível à

Comissão Central Permanente de Licitação ou à Comissão Setorial deLicitação.

§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados, aAdministração pode conceder o prazo de até 3 (três) dias úteis para aapresentação de novos envelopes.

Seção VIDa homologação

Art. 67. A autoridade superior pode:I – homologar o resultado e ordenar a sua publicação no meio

de divulgação oficial;II – desaprovar, no caso de ilegalidade, motivando a decisão e

ordenando a correção do procedimento com reabertura da respectivafase viciada e retomando-se, a partir de então, o seguimento dostrabalhos.

§ 1º A autoridade que desaprovar ato irregularmente respondedireta e pessoalmente pelos atos praticados.

§ 2º O ato de homologação é da competência da autoridadesuperior do órgão e implica a responsabilidade:

I – dos atos e procedimentos homologados;II – dos atos praticados em substituição aos desaprovados;III – do dever de fiscalizar os atos subsequentes até a assinatura

do termo de contrato.

CAPÍTULO XIVDA ANULAÇÃO E DA REVOGAÇÃO

Art. 68. A autoridade competente para a aprovação doprocedimento somente poderá revogar ou anular a licitação medianteprévio parecer, escrito e devidamente fundamentado, observando oseguinte:

Da revogação§ 1º A revogação da licitação depende de:I – razõ es de interesse público decorrentes de fato

superveniente, devidamente comprovado, pertinente e suficiente parajustificar esse ato;

II – observância do contraditório e da ampla defesa.

Da anulação§ 2º A anulação da licitação depende de motivo de ilegalidade

de atos essenciais, sendo garantido aos interessados o contraditório eampla defesa, no prazo disposto no ato de anulação.

Da extinção do processo§ 3º Pode ainda a autoridade declarar extinto o processo quando

exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível,inútil ou prejudicado por fato superveniente, caso em que tambémserá garantido aos interessados o contraditório e ampla defesa.

Da convalidação§ 4º Em decisão na qual não se evidencie lesão ao interesse

público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitossanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

Dos defeitos e vícios sanáveis§ 5º No julgamento da habilitação e das propostas, poderão ser

sanados erros ou falhas que não alterem a substância das propostas,dos documentos e sua validade jurídica, mediante despachofundamentado, registrado em ata e acessível a todos, atribuindo-lhesvalidade e eficácia para fins de habilitação e classificação.

Dos efeitos da nulidade do processo licitatório§ 6º Ressalvados os danos causados a terceiros de boa-fé, a

anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade nãogera obrigação de indenizar.

Da extensão à contratação direta§ 7º O disposto neste artigo aplica-se também aos atos do

procedimento de contratação direta sem licitação.

TÍTULO IIDA CONTRATAÇÃO DIRETA SEM LICITAÇÃO

CAPÍTULO IDA LICITAÇÃO DISPENSÁVEL

Art. 69. É dispensável a licitação:I – quando o valor do objeto pretendido pela Administração

for inferior ao custo do procedimento licitatório, definido em decretodo Chefe do Poder Executivo Estadual, por iniciativa da CCL;

II – quando houver urgência de atendimento decorrente defatos imprevistos ou previsíveis, mas de consequências incalculáveis,que possam acarretar prejuízos a pessoas e bens, somente permitida acontratação no prazo máximo de 90 (noventa)dias consecutivos,prorrogável, no máximo, por igual período, contado da ocorrência daurgência;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 37III – quando a Administração Pública tiver realizado licitação

em prazo inferior a 1 (um)ano, mantidas todas as condições definidasno edital e for verificado que:

a) na licitação, não foram apresentadas propostas válidas;b) na licitação, as propostas apresentadas consignaram preços

manifestamente superiores aos praticados no mercado, ou foramincompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes; ou

c) o licitante vencedor não compareceu para assinar o contratoou retirar o instrumento equivalente ou, ainda, deu causa a rescisãocontratual, hipóteses em que a Administração pode firmar contratopara continuar a execução com os licitantes remanescentes, observadaa ordem de classificação.

IV – quando se tratar de entidade:a) integrante da Administração Pública, criada com o fim

específico de atendê-la;b) sem fim lucrativo, dedicada à recuperação social do preso,

de inquestionável reputação ético-profissional;c) sem fim lucrativo, sob a forma de associação de portadores

de deficiência física ou mental, de inquestionável reputação ético-profissional;

V – quando o objeto for a contratação de:a) componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira,

necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantiatécnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando talcondição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;

b) fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás naturalcom concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normasda legislação específica;

c) bens ou serviços, nos termos de acordo internacionalespecífico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condiçõesofertadas forem manifestamente vantajosas para a AdministraçãoPública;

d) bens destinados exclusivamente à pesquisa científica etecno lógica co m recurso s concedidos pela Coordenaç ão deAperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, Financiadorade Estudos e Projetos - FINEP, Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico - CNPq ou outras instituições de fomento àpesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico;

e) abastecimento ou suprimento de navios, embarcações,unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento, quando emestada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidadesdiferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional oude adestramento;

f) bens de uso militar padronizados por comissão instituídapor decreto, destinados à estrutura de apoio logístico, com exceção demateriais e eq uip amentos ad minis trativo s, ou que vis em odesenvolvimento do esforço de mobilização estratégica;

g) serviços de impressão e publicação de diário oficial ou deformulário padronizado de uso da Administração e edições técnicasoficiais;

h) transferência de tecnologia para o licenciamento de direitode uso ou de exploração de criação protegida com Instituição Científicae Tecnológica - ICT ou por agência de fomento;

i) serviços contempladas no contrato de gestão firmado com asorganizações sociais, qualificadas por decreto do Poder Executivo;

j) serviços prestados porOrganização da Sociedade Civil deInteresse Público – OSCIP, qualificadas nos termos da Lei.

VI – quando for declarada guerra, estado de defesa ou de sítioou calamidade pública;

VII – quando a finalidade do órgão ou entidade for a manutençãode acervo histórico ou artístico e o objeto for a aquisição ou restauraçãode obras de arte e objetos históricos de autenticidade certificada.

§ 1º Em relação ao valor, para fins de aferição de atendimentoao limite referido no inciso I deste artigo, deve ser observado osomatório:

I – do que for despendido no trimestre pela respectiva unidadegestora;

II – da despesa realizada no mesmo subelemento, o gasto comobjetos de mesma natureza, como tal entendidos os que pertinem acontratações no mesmo ramo de atividade.

§ 2º Quando a situação de urgência decorrer de desídia ouomissão de agente público, pela falta de adoção oportuna de providênciasnecessárias para licitação, a autoridade superior deve, sob pena deresponsabilidade solidária, determinar a imediata abertura deprocedimento para apuração do fato e aplicação de sançõesadministrativas cabíveis, sem prejuízo da responsabilidade civil e penal.

§ 3º As contratações com as entidades referidas no inciso V,alíneas “i” e “j”, deste artigo serão objeto de prévia audiência pública,observando-se o seguinte:

a) convocação pela imprensa oficial para debate público dotermo de referência, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias dacontratação;

b) comunicação da audiência pública, com a mesma antecedênciada alínea anterior, para o Ministério Público e o Tribunal de Contas;

c) juntada de ata da reunião ao processo de contratação.§ 4º É vedada a contratação de organizações sociais - OS - e

organização da sociedade civil de interesse público - OSCIP:I – para realizar objeto não previsto na convocação;II – quando a entidade não possuir no seu quadro permanente,

registrados como empregados, os profissionais necessários ao integraldesempenho do objeto;

III – quando a entidade subcontrata total ou parcialmente oobjeto, observado, no caso, o disposto no art. 88 deste Código.

CAPÍTULO IIDA INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

Art. 70. É inexigível a licitação para a contratação de:I – fornecedor ou prestador de serviço exclusivo, sendo:a) exclusividade no Estado quando envolver recursos estaduais

e até o limite de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);b) a exclusividade nacional, quando envolver recursos federais

ou organismos internacionais;II – serviço público em regime de monopólio;III – objeto de natureza singular que inviabilize a competição,

devendo a demonstração da singularidade ser definida em estudo técnicopreliminar, justificando a necessidade de restringir a competição;

IV – profissional de setor artístico, diretamente ou por meiode empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializadaou pela opinião pública.

V – aquisição ou locação de imóvel cujas características deinstalações e localização sejam elementos determinantes da decisão;

Parágrafo único. É vedado promover a contratação direta, nocaso do inciso III, para a execução de serviços técnicos profissionaisespecializados relacionados, direta ou indiretamente, a:

I – obras e serviços de engenharia ou arquitetura, ressalvadosos casos singulares autorizados em ato do Poder Executivo;

II – serviços jurídicos consistentes no patrocínio de causasjudiciais ou consultorias administrativas, judiciais, auditorias financeirase tributárias que não apresentem singularidade;

III – serviços de publicidade, propaganda e divulgação.

CAPÍTULO IIIDA INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE CONTRATAÇÃO

DIRETA

Art. 71. O processo de contratação direta deve ser instruídocom os seguintes documentos:

I – termo de referência ou projeto;II – planilha de custos ou estimativa de preços;III – parecer técnico ou jurídico, demonstrando o atendimento

aos requisitos exigidos;IV – compatibilidade da previsão de recursos orçamentários

com o compromisso a ser assumido;V – as condições técnicas e de habilitação mínimas necessárias;VI – razão de escolha do contratado;

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA38VII – justificativa de preço;VIII – despacho motivado que decidir pela contratação e a

ratificação da autoridade superior;§ 1º A comprovação de exclusividade do fornecedor ou prestador

do serviço deve ser feita por meio de:I – no caso de exclusividade de produção, em que o produto

não seja comercializado por outro fornecedor - o registro no órgãocompetente;

II – no caso de exclusividade de fornecedor - declaração dofabricante ou produtor, devendo ser ratificada pela unidade requisitantenos autos do processo;

§ 2º Quando a singularidade do objeto implicar a contrataçãode notório especialista deve-se:

I – juntar o comprovante dos trabalhos realizados, emquantidade suficiente para demonstrar a especialização e paracomprovar que o profissional ou empresa:

a) executou o objeto anteriormente; oub) realizou objeto similar, permitindo-se inferir que é essencial

e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto,conforme conceituado no art. 4, inciso LV deste Código.

II – justificar a relação de pertinência entre a notoriedade doespecialista e a sua essencialidade para a concretização da singularidadedo objeto.

§ 3º O ato de ratificação da contratação direta deve ser publicadona imprensa oficial, constando a síntese das informações previstas nosincisos V e VI do caput deste artigo.

§ 4º Dispensa-se a publicação referida no parágrafoanterior nos casos enquadrados no inciso V, alíneas “e” e “f” doart. 69 deste Código.

I – em todos os casos de contratação por valor inferior aoprevisto na alínea “a” do inciso I do art. 70 deste Código;

II – nos casos enquadrados no inciso V, alíneas “e” e “f” do art.69 deste Código.

§ 5º A publicação pode ser realizada de forma conjunta,observando-se o seguinte:

I – os atos devem ser publicados por mês, contendo asinformações exigidas no § 4º deste artigo;

II – a publicação mensal ratifica a validade de todas ascontratações realizadas nos últimos 30 (trinta) dias;

§ 6º É dispensável a publicação do contrato decorrente erespectivos aditivos, se mantidas as condições inicialmente publicadas.

§ 7º O órgão responsável deve dar publicidade mensalmente,em endereço eletrônico oficial, da relação das compras e contrataçõesfeitas pela Administração, contendo o objeto, o preço e o fornecedor.

Art. 72. A autoridade máxima e o Tribunal de Contas devemavaliar, periodicamente, o desempenho dos agentes que, por ação ouomissão, motivem ou autorizem a contratação direta indevida,promovendo a responsabilização, quando verificada irregularidade.

TÍTULO IIIDOS CONTRATOS

CAPÍTULO IDAS REGRAS GERAIS DOS CONTRATOS

Seção IDo regime dos contratos administrativos

Art. 73. Os contratos administrativos caracterizam-se peloregime jurídico de prerrogativas conferidas à Administração Pública,conforme definido neste Código.

§ 1º Os contratos em que a Administração Pública for partecomo usuária deverão ter cláusulas uniformes entre os usuários, vedadaa suspensão da execução dos serviços essenciais.

§ 2º Aos contratos de seguro, de financiamento e de locação emque o Poder Público seja locatário e aos demais, cujo conteúdo sejaregido, predominantemente, por norma de direito privado, não seaplicam as regras do caput.

§ 3º Todos os contratos em que a Administração Pública forparte sujeitam-se aos mecanismos de controle e fiscalização inerentesà atividade da Administração.

§ 4º Quando o objeto do contrato interessar a mais de umórgão, cabe ao respectivo contratante, perante a entidade interessada,responder pela sua boa execução, fiscalização e pagamento.

Seção IIDas cláusulas exorbitantes

Art. 74. O regime jurídico dos contratos administrativosinstituído por este Código confere à Administração Pública aprerrogativa de:

I – modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação àsfinalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado;

II – rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados noart. 93, inciso I, deste Código;

III – fiscalizar-lhes a execução;IV – aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial

do ajuste;V – provisoriamente, ocupar bens imóveis e utilizar-se de bens

móveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, nos casosde interesse público e nas hipóteses de necessidade de acautelar aapuração administrativa de infrações contratuais pelo contratado e derescisão administrativa do contrato.

§ 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias doscontratos administrativos não podem ser alteradas sem préviaconcordância do contratado.

§ 2º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, as cláusulaseconômico-financeiras do contrato devem ser revistas para que semantenha o equilíbrio contratual.

Seção IIIDas regras de interpretação e da elaboração

Art. 75. Os contratos devem estabelecer, com clareza e precisão,as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definamos direitos, as obrigações e responsabilidades das partes.

§ 1º Na interpretação dos contratos devem ser considerados:I – os termos do edital e da proposta a que se vinculam;II – os motivos da contratação direta que fundamentam o ato e

a respectiva proposta;III – os preceitos de direito público e, ainda, supletivamente,

os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direitoprivado.

§ 2º As minutas dos contratos serão elaboradas por agente comhabilitação jurídica, designado pela autoridade competente, com o apoioda unidade técnica requisitante do objeto e após a apresentação doprojeto ou termo de referência.

§ 3º O prazo para a redação da minuta do contrato é, em regra,de 5 (cinco) dias úteis, se outro não for estabelecido pela autoridadesuperior.

§ 4º O descumprimento do prazo referido no parágrafo anteriorimplica a abertura de procedimento para avaliação dos motivos.

Seção IVDas cláusulas necessárias

Art. 76. São cláusulas necessárias em todo contrato as queestabeleçam:

I – os nomes das partes e os de seus representantes;II – o número do processo da licitação ou da contratação direta;III – o objeto e seus elementos característicos;IV – o regime de execução ou a forma de fornecimento;V – o preço, o critério, a data-base e a periodicidade de reajuste

de preços que devem:a) retratar a variação efetiva do custo de produção ou da

execução do serviço, admitida a adoção de índices específicos ousetoriais;

b) considerar a data prevista para apresentação da propostaou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data documprimento de cada parcela.

VI – os prazos para:a) início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de

observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; e

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 39b) apresentação dos ensaios, testes e demais provas exigidos

por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato.VII – as condições de pagamento e prazos, em especial:a) as multas e encargos como compensações financeiras por

eventuais atrasos no cumprimento da obrigação;b) os descontos ou prêmios, inclusive financeiros, no caso de

cumprimento antecipado da obrigação;c) os critérios de atualização monetária entre a data do

cumprimento da obrigação e do efetivo pagamento;d) as multas e os encargos pelo atraso nos pagamentos.VIII – o crédito pelo qual deve ocorrer a despesa, com a

indicação da classificação funcional programática e da categoriaeconômica, para a Administração Direta e Autárquica, e indicaçãoorçamentária equivalente para os demais casos;

IX – as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,quando exigidas;

X – os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidadescabíveis e os valores das multas;

XI – os casos de rescisão;XII – o reconhecimento dos direitos da Administração, em

caso de alteração contratual administrativa prevista no art. 91 desteCódigo;

XIII – no caso de ser licitado produto não fabricado no país, ascondições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão;

XIV – na contratação de p rojeto ou s erviç o técnicoespecializado, cláusula de cessão dos direitos patrimoniais relativosao objeto para que a Administração possa utilizá-lo de acordo com oprevisto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração,na forma do art. 29 deste Código;

XV – quando o projeto referido no inciso anterior for obraimaterial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a cessão dosdireitos deve incluir o fornecimento de todos os dados, documentos eelementos de informação pertinentes à tecnologia de concepção,desenvolvimento, fixação em suporte físico de qualquer natureza eaplicação da obra;

XVI – a obrigação do contratado de manter, durante toda aexecução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por eleassumidas, as condições de habilitação e qualificação exigidas nalicitação;

XVII – a vinculação, ao edital de licitação ou ao termo que adispensou ou a inexigiu, e à proposta do licitante vencedor;

XVIII – a legislação aplicável à execução do contrato e àscondições de tratamento para os casos omissos e, em especial, a Leiestadual nº 9.116, de 11 de janeiro de 2010;

XIX – o foro para dirimir os conflitos resultantes do contratoe de sua execução;

XX – o modo amigável de solução das divergências contratuais,se for o caso.

§ 1º Constituem anexos do contrato:I – o projeto ou o termo de referência;II – o cronograma de desembolso máximo por período, em

conformidade com a previsão de desenvolvimento do objeto;III – o custo da mobilização e desmobilização para execução de

obras ou serviços, quando necessário, observando-se o seguinte:a) os limites devem ser previstos em base percentual;b) o pagamento de instalação e mobilização deve ser calculado

sobre o valor das parcelas a serem executadas;c) o pagamento de desinstalação e desmobilização deve ser

calculado sobre o valor das parcelas executadas;d) a reparação desse custo deve ser prevista em separado das

demais parcelas, etapas ou tarefas;e) a terceirização de mão de obra, que deve levar em conta:1 - a mobilização que corresponde à estimativa do custo de

recrutamento e treinamento, aquisição de materiais, equipamentos einsumos, que não pode ultrapassar a 20% (vinte por cento) do primeiromês de pagamento;

2 - a desmobilização, cujo valor pode ser retido mensalmentedas faturas, se houver previsão contratual. A desmobilizaçãocorresponde à parcela de provisão de quitação, a qual será paga ao

contratado se incorrer nessas despesas, mediante apresentação, apóso término do contrato, dos recibos de rescisão homologados pelosindicato ou Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.

§ 2º Nos contratos celebrados pela Administração, inclusivecom as unidades administrativas sediadas fora do Estado, deve constar,necessariamente, cláusula que declare competente o foro da sede daAdministração para dirimir qualquer questão contratual.

§ 3º O pagamento da atualização financeira de que trata o inc.VII do caput deste artigo será feito junto com o principal e correrá àconta das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos créditosa que se referem.

§ 4º O pagamento pode ser ajustado em base percentual sobrevalor economizado em determinada despesa, quando o objeto docontrato visar a implantação de processos de racionalização oueficientização, hipótese em que as despesas correrão à conta dos mesmoscréditos orçamentários, na forma de regulamentação específica.

§ 5º Os contratos de eficientização ou promessa de redução decustos deverão conter metas quantitativas e qualitativas, sendo o riscotransferido integralmente para o contratado.

§ 6º Somente por lei específica os contratos regidos por esteCódigo poderão ter riscos compartilhados entre a Administração Públicae o contratado.

Seção VDa garantia da execução

Art. 77 A Administração, em cada caso, e desde que haja previsãoexpressa no edital, pode exigir a prestação de garantia nas contrataçõesde obras, serviços e compras.

Das modalidades de garantia§ 1º Cabe ao contratado, quando exigido, optar por uma das

seguintes modalidades de garantia:I – caução em dinheiro, a qual será recolhida em instituição

bancária em aplicação que preserve o seu valor monetário;II – seguro garantia;III – fiança bancária;IV – garantia de execução do construtor ou fabricante;V – outra permitida no edital; ouVI – títulos da dívida pública, devendo estes terem sido emitidos

sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado deliquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil eavaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido peloMinistério da Fazenda.

Do valor da garantia§ 2º A garantia a que se refere o parágrafo anterior é, como

regra, de até 5% (cinco por cento) do valor do contrato.§ 3º No caso de serviços e de fornecimentos contínuos, o

limite da garantia deve ser definido pelo valor correspondente a 1 (um)exercício financeiro, devendo ser renovada a garantia a cada exercíciofinanceiro subsequente até o término da vigência contratual.

§ 4º Nas licitações de grande vulto envolvendo riscos técnicosou financeiros consideráveis, tecnicamente demonstrados medianteparecer aprovado pela autoridade superior, o limite de garantia previstono parágrafo anterior é de:

I – até 20% (vinte por cento), nos casos de obras ou bensfabricados sob encomenda;

II – até 10% (dez por cento), nos demais casos.

Do momento da apresentação§ 5º A garantia prestada pelo contratado deve ser apresentada

no ato de assinatura do termo de contrato e será liberada ou restituídaapós a regular execução do contrato.

Da retenção da garantia§ 6º Excepcionalmente, desde que motivada na fase interna da

licitação e prevista no edital, a Administração pode reter parte dagarantia, após a execução do contrato, inclusive nas licitações

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA40internacionais, visando assegurar o cumprimento de cláusulas essenciaisdurante o período de vigência da garantia do objeto do contrato.

Da garantia do depositário§ 7º Nos casos de contratos que importem na entrega de bens

pela Administração, dos quais o contratado fica depositário, ao valorda garantia deve ser acrescido o valor desses bens.

Da reposição de equipamentos§ 8º No caso de manutenção de equipamentos, quando

necessária a sua retirada das instalações do órgão, poderá o contratoexigir que o contratado reponha bem similar enquanto realiza amanutenção.

Seção VIDa duração dos contratos

Art. 78. A vigência dos contratos regidos por este Código ficaadstrita à dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto:

I – aos contratos cujo objeto esteja contemplado nas metasestabelecidas no Plano Plurianual;

II – aos contratos de serviços contínuos, que podem ter seusprazos de vigência dimensionados por período maior, limitado a 60(sessenta) meses, observando que:

a) é exigida compatibilidade com a previsão orçamentária paraos períodos subsequentes, considerando-se como compromissadasapenas as prestações cujo pagamento deva se verificar no exercíciofinanceiro, observado o cronograma pactuado;

b) devem ser reavaliados a cada 12 (doze) meses mediantejustificativa escrita, devidamente aprovada pela autoridade superior,de forma a manter-se a qualidade na execução do objeto e as condiçõesque melhor atendam ao interesse público;

c) no reajuste, os preços devem ser reavaliados, de forma amanter-se a qualidade na execução do objeto e as condições vantajosaspara a Administração.

Dos contratos sem despesas§ 1º Os contratos em que a Administração não incorra em

despesa podem ter vigência de até 60 (sessenta) meses.

Dos contratos do Plano Plurianual§ 2º Nos projetos contemplados no Plano Plurianual, o prazo

de vigência dos contratos deve ser compatível com a conclusão doobjeto.

Da vigência superior ao exercício§ 3º A Administração pode fixar prazo de vigência superior ao

do orçamento, desde que haja previsão expressa no edital e no contratode condição resolutiva prevendo sua extinção, na hipótese das despesasdecorrentes não serem compatíveis com orçamentos ou planosplurianuais subsequentes.

Dos contratos sem definição de prazo

§ 4º É permitido firmar contrato, sem definição de prazo, sujeitoapenas à condição:

I – nas hipóteses dos §§ 1º e 2º deste artigo;II – no caso de convênios para execução de serviços;III –nos contratos de locação em que a Administração for parte

como locatária;IV – nos contratos em que a Administração for usuária de

serviço público.V – nos contratos de financiamento;VI – nas alienações de imóveis:a) construídos ou destinados para assentamentos com finalidade

social e programas de assentamento de população de baixa renda;b) nas concessões de áreas portuárias.§ 5º. Para fornecimentos contínuos será preferencialmente

licitável por srpp.

CAPÍTULO IIDA FORMALIZAÇÃO

Do local de lavratura e arquivamento

Art. 79. Os contratos, seus aditamentos e apostilas são lavradosna unidade interessada.

§ 1º Os contratos relativos a direitos reais sobre imóveisformalizam-se de acordo com o Código Civil.

§ 2º Os contratos devem ser arquivados junto com os processosde licitação ou de contratação direta, abrindo-se tantos volumes quantosforem necessários à boa organização processual.

§ 3º Os contratos lavrados por certificação digital terão, pelomenos, uma via posteriormente impressa para fins de arquivamento.

Das formas do contrato e sua aplicaçãoArt. 80. A formalização do contrato se faz por meio de:I – instrumento de contrato - que é obrigatório nos casos

precedidos de licitação ou contratação direta em que o valor seja superiora 10% (dez por cento) do valor previsto no art. 4º, inciso LVIII, desteCódigo e ocorra pelo menos 1 (um) dos seguintes casos:

a) existência de obrigação futura do contratado, não garantidapor cláusula de assistência técnica ou certificado de garantia dofabricante;

b) o objeto seja manutenção de equipamentos, bens ouinstalações da Administração Pública;

c) o objeto seja bens e serviços de informática não comuns;d) o objeto seja concessão ou permissão de uso de bens;e) vigência superior a 12 (doze) meses;f) existência de cláusula de reversão de doação ou de bens; oug) em qualquer caso, quando exigida garantia.II – carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização

de compra ou ordem de execução de serviço nos demais casos;III – aditivo contratual, quando houver alteração do preço,

prazo ou objeto, em condições diferenciadas das previstas inicialmente;IV – apostila, quando a alteração se efetivar em estrita

conformidade com a prevista no edital ou inserir no contrato modificaçãopara a qual não se exija a manifestação do contratado; ou

V – ata de registro de preços, no caso de SRP.§ 1º Nos casos do inciso II do caput deste artigo a Administração

deverá:I – entregar, ao proponente, a relação das informações

usualmente constantes do instrumento de contrato, a cujo cumprimentofica o mesmo obrigado;

II – anexar, ao edital, a minuta da relação das informações, paraprévio conhecimento do proponente;

III –proceder às alterações por simples apostila.§ 2º Processam-se também por simples apostila as alterações:I – de preço, decorrentes de reajustes previstos no próprio

contrato;II – quantitativas do objeto e dos consequentes preços, até o

limite admitido neste Código;III –as prorrogações de prazo inicialmente previstas no edital

e as de até metade do prazo inicialmente estabelecido.§ 3º É vedado o contrato verbal com a Administração, salvo o

de pequenas compras de pronto pagamento feitas em regime deadiantamento, até o limite máximo de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

§ 4º A Administração pode celebrar e registrar contratos pormeio eletrônico, nos termos da legislação pertinente.

Seção IDa assinatura do termo de contrato

Art. 81. No prazo estabelecido no edital, após a homologaçãoda licitação, ou no prazo estabelecido na convocação, o interessadodeve comparecer para assinar, aceitar ou retirar o termo de contrato ouo instrumento equivalente e indicar o preposto que atuará na execuçãodo contrato.

§ 1º Decai do direito à contratação o proponente que nãoatender ao prazo estabelecido.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 41§ 2º O não comparecimento, a recusa em firmar o compromisso

ou a pretensão de alterar os seus termos, em prejuízo do interessepúblico, implica a imposição das sanções previstas neste Código parao descumprimento total do contrato, além da perda da garantia dalicitação.

§ 3º O prazo de que trata este artigo pode ser prorrogado porigual período, durante o seu transcurso, quando solicitado pela parte,desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.

§ 4º É facultado à Administração, quando não atendida aconvocação no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantesremanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo,desde que o preço da proposta seja compatível com o praticado nomercado, ou revogar a licitação.

Seção IIDa publicação e da publicidade dos contratos

Da publicação obrigatóriaArt. 82. É obrigatório publicar o resumo do contrato e os

respectivos aditamentos, o qual deve conter o nome da unidadeadministrativa, o preço, o prazo de vigência, o nome do contratado e oobjeto.

Da dispensa da publicação§ 1º É dispensável a publicação:I – das apostilas contratuais;II – dos meios de formalização referidos no inciso II e V do art.

80 deste Código;III – nos casos decorrentes de contratação direta.

Da publicação coletiva§ 2º A publicação dos resumos dos contratos pode ser realizada

de forma coletiva, observando-se o seguinte:I – devem constar as informações exigidas no caput;II – ficarão convalidados todos os contratos assinados no

período de 30 (trinta) dias antecedentes.

Da publicidade do contratoArt. 83. É permitido o conhecimento dos termos do contrato e

do respectivo processo licitatório:I – a qualquer pessoa física ou jurídica, independentemente de

comprovação de interesse;II – aos deputados estaduais, independentemente de motivação;III – aos Conselheiros e aos membros do Ministério Público

junto ao Tribunal de Contas, bem como aos servidores expressamentecredenciados para auditoria e inspeção;

IV – aos Procuradores do Estado e do Ministério Público e aosPromotores de Justiça;

V – aos auditores da Auditoria Geral do Estado e órgãos decontrole equivalente.

Dos custos da publicidade§ 1º Os custos de reprodução por cópia ou certidões serão

custeadas pelos interessados constantes do inciso I.

Da decisão pela publicidade§ 2º Caberá ao Presidente da Câmara de Julgamento de Licitação

e ao Presidente da Comissão Setorial de Licitação:I – autorizar a extração de cópias, cuja reprodução deve ocorrer

no menor prazo possível;II – decidir pela entrega em meio magnético ou pela remessa

por meio eletrônico de comunicação à distância, atendendo, sempreque possível o interesse do solicitante.

CAPÍTULO IIIDA EXECUÇÃODa fiel execução

Art. 84. O contrato deve ser executado fielmente pelas partesde acordo com as cláusulas avençadas e as normas deste Código,

respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ouparcial.

Da gestão do contratoArt. 85. Todo contrato deve ser acompanhado por um gestor

de contrato, representante da Administração Pública, sendo:I – 1 (um) agente ocupante de cargo efetivo do quadro

permanente da Administração, preferencialmente;II – previamente designado e qualificado pela autoridade

signatária do contrato, por parte da Administração.§ 1º O gestor do contrato anotará as ocorrências em registro

próprio, que deverá ser juntado ao contrato ao término de sua vigência,observando-se:

I – a obrigatoriedade do registro próprio, nos casos de:a) objeto de execução continuada;b) obras e serviços de engenharia;c) bens e serviços de informática especiais.II – o direito do contratado a obter cópia dos registros e ser

informado a cada alteração;III – a garantia da ampla defesa e do contraditório na aplicação

da sanção estabelecida no art. 96, incisos I e II, deste Código.§ 2º É permitida a contratação de terceiros para assistir e

subsidiar o gestor de informações pertinentes a essa atribuição.§ 3º As decisões e providências que ultrapassarem a

competência do gestor do contrato devem ser solicitadas a seussuperiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

§ 4º Os fatos que possam determinar prorrogação de prazo,reajustamento do valor contratual ou justificação de mora só podemser considerados se estiverem motivados e devidamente anotados noregistro próprio.

§ 5º O gestor do contrato deve comunicar as irregularidades àautoridade designante e ao Controle Interno.

Do representante do contratadoArt. 86. O contratado deve indicar 1 (um) representante, aceito

pela Administração, para representá-lo na execução do contrato, aoqual compete:

I – coordenar as relações da empresa com o gestor do contrato;II – gerenciar os serviços e as obras;III – receber as notificações do gestor do contrato e da

autoridade máxima do órgão ou entidade;§ 1º O gestor do contrato, desde que apresentada justificativa,

poderá determinar a substituição de empregado do contratado.§ 2º Da decisão referida no parágrafo anterior cabe recurso, à

autoridade designante do gestor do contrato, no prazo de 3 (três) dias.§ 3º É condição para início do contrato a indicação do

representante, por parte do contratado.§ 4º No caso de obras e serviços é necessário que o preposto

esteja no local da execução.

Das obrigações do contratadoArt. 87. O contratado é obrigado a:I – reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas

expensas, no todo ou em parte, o objeto do contrato em que severificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução oude materiais empregados;

II – respo nder p elos danos causad os diretamente àAdministração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo naexecução do c ontrato, não se excluindo ou reduzindo essaresponsabilidade da fiscalização ou do acompanhamento pelo órgãointeressado;

III – resp onsabilizar-se integralmente pelos encargostrabalhistas, securitários, previdenciários, fiscais e comerciaisresultantes da execução do contrato.

§ 1º O contrato pode estabelecer limites de responsabilidadecivil do contratado, nas licitações de grande vulto.

§ 2º A responsabilidade civil do contratado pode, a critério daAdministração, ser atendida por seguro, desde que previsto no edital.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA42§ 3º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos

estabelecidos neste artigo, não transfere à Administração Pública aresponsabilidade por seu pagamento, nem pode onerar o objeto docontrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações,inclusive perante o Registro de Imóveis, observando-se o seguinte:

I – em relação à seguridade social:a) a vedação à contratação de quem esteja em situação irregular

em relação às contribuições e pagamentos;b) a necessidade de pagar os serviços quando a inadimplência

for superveniente à contratação;c) o dever de providenciar oportunamente a rescisão dos

contratos contínuos quando o contratado permanecer em situação deinadimplência;

d) o dever de reter as contribuições incidentes nos pagamentosefetuados.

II – em relação aos encargos trabalhistas, inclusive parcelasremuneratórias e indenizatórias:

a) o dever de fiscalizar, por amostragem;b) a necessidade de registrar, no livro de ocorrências ou no

diário de obras, a fiscalização ocorrida;c) a possibilidade de o contrato prever a retenção mensal das

parcelas de provisão de quitação, a qual será paga ao contratado seincorrer nessas despesas com a apresentação, após o término docontrato, dos recibos de rescisão homologados pelo sindicato ouSuperintendência Regional do Trabalho e Emprego.

§ 4º Nos termos da regulamentação específica dos órgãosarrecadadores, é permitida a retenção de outros tributos e encargosincidentes diretamente na execução do contrato, desde que prevista noedital e no contrato.

Da subcontrataçãoArt. 88. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo

das responsabilidades contratuais e legais, pode subcontratar partesda obra, serviço ou fornecimento, até o limite previamente admitido noedital, em cada caso, pela Administração.

Parágrafo único. Não havendo previsão contratual, o limiteserá de 20% (vinte por cento).

Seção IDo recebimento do objeto

Art. 89. Executado o contrato, o seu objeto deve ser recebido:I – provisoriamente, pelo gestor do contrato:a) em se tratando de obras e serviços, em até 15 (quinze) dias

da comunicação escrita do contratado;b) em se tratando de compras ou de locação de obras e serviços,

em até 5 (cinco) dias da comunicação escrita do contratado.II – definitivamente, por servidor ou comissão designada pela

autoridade competente:a) em se tratando de obras e serviços, em até 90 (noventa) dias

da comunicação escrita do contratado ou do recebimento provisório;b) em se tratando compras ou de locação de obras e serviços,

em até 30 (trinta) dias da comunicação escrita do contratado ou dorecebimento provisório.

§ 1º O recebimento provisório transfere para a Administraçãoa responsabilidade civil pela guarda do bem e autoriza a ocupação domesmo; o recebimento definitivo visa a verificação da qualidade,quantidade e conformidade do material com a proposta e consequenteaceitação.

Da dispensa do recebimento provisório

§ 2º Pode ser dispensado o recebimento provisório nosseguintes casos:

I – gêneros perecíveis e alimentação preparada;II – valor do recebimento inferior ao previsto no art. 20, inciso

III, deste Código, desde que não se trate de aparelhos, equipamentos einstalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.

Da forma do recebimento

§ 3º O recebimento se faz:I – mediante termo circunstanciado, nos casos de aquisição de

equipamentos de grande vulto e obras; eII – mediante recibo, nos demais casos.

Dos efeitos do não recebimento

§ 4º Se o recebimento não ocorrer nos prazos estabelecidos, ocontratado notificará a Administração para fazê-lo no prazo de 5 (cinco)dias, após o qual se caracterizará o recebimento tácito, reputando-secomo realizado satisfatoriamente o objeto do contrato.

§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, cabe à autoridadesuperior apurar a responsabilidade pela irregularidade, sob pena de sercondenada solidariamente.

Da rejeição

§ 6º A Administração deve rejeitar, no todo ou em parte, obra,serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato.

Da responsabilidade que subsiste após o recebimento

§ 7º O recebimento provisório ou definitivo não exclui aresponsabilidade civil, principalmente quanto à solidez e segurança daobra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução docontrato dentro dos limites estabelecidos por Lei ou pelo contrato.

Dos outros requisitos para recebimento§ 8º Salvo disposições em contrário constantes do edital ou de

ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidas por normastécnicas oficiais, para a boa execução do objeto do contrato, corrempor conta do contratado.

Seção IIDo pagamento

Da ordem e do prazo de pagamento

Art. 90. Cada Unidade Gestora Executora da Administração,no pagamento de obrigações pecuniárias decorrentes de contrato, deveobedecer à estrita ordem cronológica das datas da exigibilidade doscréditos, observando-se o seguinte:

I – o prazo de pagamento contado a partir da data dorecebimento expresso ou tácito do objeto é, no máximo, de:

a) 5 (cinco) dias, para valores inferiores a 5% (cinco por cento)do indicado no art. 19, § 1º, inciso IV, deste Código;

b) 30 (trinta) dias, para os demais valores.II – a apuração da ordem cronológica se faz para cada fonte

diferenciada de recursos;III – excepcionam-se da ordem cronológica os casos em que se

caracterizem relevantes razões de interesse público, mediante préviajustificativa da autoridade competente, devidamente publicada no meiode divulgação oficial.

Dos efeitos da não observância da ordem de pagamento

§ 1º A inobservância da ordem cronológica:I – é prevista como crime no art. 92 da Lei Federal nº 8.666, de

21 de junho de 1993;II – deve ser apurada administrativamente, mediante sindicância.

Do controle dos pagamentos

§ 2º A Secretaria de Estado da Fazenda manterá controle daordem cronológica dos recebimentos dos objetos do contrato e dopagamento das faturas, para auditagem pelos órgãos de controle econhecimento dos interessados.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 43Dos efeitos do atraso de pagamento

§ 3º As compensações financeiras por atraso de pagamentodevem observar a equivalência com as regras estabelecidas pelaAdministração para o recolhimento tributário intempestivo.

Do pagamento por conta vinculada - conta garantia§ 4º Quando a Administração exigir garantia superior a 10%

(dez por cento), o pagamento integral do objeto, ou o valor da despesacorrespondente ao exercício financeiro, deverá ser depositado em contabancária específica e vinculada apenas à execução satisfatória e aorecebimento definitivo do objeto.

CAPÍTULO IVDAS ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS

Da motivação da alteraçãoArt. 91. Os contratos regidos por este Código podem ser

alterados unilateralmente pela Administração Pública, precedidos dasdevidas justificativas e manifestação da Comissão Central Permanentede Licitação.

Da alteração do objeto§ 1º O objeto do contrato pode ser alterado unilateralmente

nos seguintes casos:I – por motivos imprevistos ou previstos, mas de consequências

incalculáveis;II – se houver modificação do projeto ou das especificações,

para melhor adequação técnica aos seus objetivos;III –se for necessário acréscimo ou supressão do objeto, até o

limite máximo de 25% (vinte e cinco por cento) do valor do contratoinicial atualizado;

IV – se for necessário acréscimo ou diminuição, no caso dereforma, recuperação, reparo ou conservação de edificação ouequipamento, até o limite máximo de 50% (cinquenta por cento);

V – a critério da Administração se, após o edital, for lançadoproduto tecnologicamente mais avançado e o contratado aceitar fornecê-lo pelo preço da proposta.

§ 2º Quando o contrato não tiver continuidade, os percentuaisde acréscimo terão por base de cálculo o valor do contrato inicialatualizado.

Da alteração qualitativa§ 3º Os contratos de obras e serviços podem ainda ser alterados,

po r consens o entre as partes, em hip óteses qualitativas eexcepcionalíssimas, quando é facultado à Administração ultrapassaros limites aludidos no parágrafo anterior, observados, cumulativamente,os seguintes pressupostos:

I – não acarretar para a Administração encargos contratuaissuperiores aos oriundos de uma eventual rescisão contratual por razõesde interesse público, acrescidos os custos da elaboração de um novoprocedimento licitatório;

II – não possibilitar a inexecução contratual, à vista do nível decapacidade técnica e econômico-financeira do contratado;

III – decorrer de fatos supervenientes que impliquem emdificuldades não previstas ou imprevisíveis por ocasião da contrataçãoinicial;

IV – não ocasionar a transfiguração do objeto originalmentecontratado em outro de natureza e propósito diversos;

V – for necessária à completa execução do objeto original docontrato, à otimização do cronograma de execução e à antecipação dosbenefícios sociais e econômicos decorrentes;

VI – demonstrar, na motivação do ato que autorizar oaditamento contratual que extrapole os limites legais mencionados noinciso I deste parágrafo, que as consequências da outra alternativa (arescisão contratual, seguida de nova licitação e contratação) importasacrifício insuportável ao interesse público primário (interesse coletivo)a ser atendido pela obra ou serviço, ou seja, gravíssimas a esse interesse,inclusive quanto à sua urgência e emergência;

VII – a po ss ível rescisão acarretar dificuldades naresponsabilização civil do empreendimento;

VIII – for autorizada pela máxima autoridade do órgão.

Da alteração de valor§ 4º O valor do contrato pode ser alterado quando:I – for necessária a modificação do valor contratual, nos casos

dos incisos II a IV do § 1º deste artigo;II – visar restabelecer a relação que as partes pactuaram

inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição daAdministração para a justa remuneração da obra, serviço oufornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de:

a) sobrevirem fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém deconsequências incalculáveis, retardadoras ou impeditivas da execuçãodo ajustado, ou

b) em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe,configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

III –for criado, alterado ou extinto qualquer tributo ou encargolegal, bem como a superveniência de disposições legais ocorridas apósa data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nospreços contratados.

Da alteração de prazo§ 5º O prazo de execução do contrato pode ser alterado quando

houver:I – alteração do projeto ou especificações, pela Administração;II – superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho

à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições deexecução do contrato;

III – interrupção da execução do contrato ou diminuição doritmo de trabalho, por ordem e no interesse da Administração;

IV – aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato,nos limites permitidos por este Código;

V – impedimento de execução do contrato por fato ou ato deterc eiro, reco nhecido pela Ad minis tração em do cumentocontemporâneo à sua ocorrência;

VI – omissão ou atraso d e pro vidências a c argo daAdministração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de queresulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução docontrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis;

VII – culpa do contratado e, demonstrado mediante justificativaque a opção da rescisão do contrato e nova licitação importam sacrifícioao interesse público, sem prejuízo da aplicação de penalidades aocontratado.

Da alteração da garantia§ 6º A alteração da garantia ocorrerá:I – a pedido do contratado ou licitante, se aceita pela

Administração;II – quando houver alteração do objeto para adequação do

valor ou prazo inicialmente ajustados ao decorrente da alteração.

Da alteração do regime de execução§ 7º O regime de execução pode ser alterado em face de

verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuaisoriginários.

Da alteração da forma de pagamento§ 8º A forma de pagamento pode ser alterada, por imposição de

circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedadaa antecipação do pagamento com relação ao cronograma financeirofixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bensou execução de obra ou serviço.

Da indenização do material do canteiro§ 9º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o

contratado já houver adquirido e acondicionado os materiaisno localdos trabalhos, em conformidade com o cronograma físico-financeiro,este deve ser ressarcido pela Administração pelos custos de aquisiçãoregularmente comprovados.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA44

Da manutenção do equilíbrio§ 10. Havendo alteração unilateral do contrato que aumente os

encargos do contratado, a Administração deve restabelecer, poraditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.

CAPÍTULO VDA INEXECUÇÃO E DA RESCISÃO

Art. 92. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a suarescisão, com as consequências contratuais e as previstas em lei ouregulamento.

§ 1º Constituem motivos para a rescisão, entre outros, osseguintes:

I – não cumprimento das especificações, projetos e prazos;II – lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a

comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou dofornecimento, nos prazos estipulados;

III – cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadasna forma do § 1º do art. 85 deste Código;

IV – alteração subjetiva da execução do contrato, sem préviaconcordância da Administração, mediante:

a) a subcontratação parcial do seu objeto, a cessão outransferência parcial, com quem não atenda as condições de habilitação,observado o disposto no inciso XVI do art. 76 deste Código;

b) a subcontratação, cessão ou transferência total do objeto;c) a fusão, cisão, incorporação ou associação do contratado

com outrem.V – alteração social, ou modificação da finalidade ou da estrutura

do contratado, que prejudique a execução do contrato;VI – razões de interesse público, de alta relevância e amplo

conhecimento, justificadas e determinadas pela autoridade máxima daesfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradasno processo administrativo a que se refere o contrato;

VII – falência do contratado;VIII – ocorrência de caso fortuito ou de força maior, impeditivo

da execução do contrato, regularmente comprovada;IX – não existência de crédito orçamentário para emissão de

nota de empenho para cobrir despesas do exercício subsequente, quandoa vigência do contrato ultrapassar o exercício financeiro e, ainda, nocaso de limitação de empenho previsto na Lei Complementar Federalnº 101, de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal;

X – supressão, por parte da Administração, de obras, serviçosou compras, acarretando modificação do valor inicial do contrato alémdo limite permitido no art. 91, § 1º, inciso III, deste Código;

XI – susp ens ão da exec uç ão, p or ordem esc rita daAdministração, por prazo superior a 90 (noventa) dias, assegurado aocontratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão documprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada asituação, salvo:

a) em caso de calamidade pública;b) grave perturbação da ordem interna ou guerra;c) por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo.XII – atraso superior a 60 (sessenta) dias dos pagamentos

devidos pela Administração, assegurado ao contratado o direito deoptar, a partir desse prazo, pela suspensão do cumprimento de suasobrigações até que seja realizado o pagamento, devendo, nessa hipótese,a Administração arcar com os encargos devidos;

XIII – não liberação, por parte da Administração, de área, localou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazoscontratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadasno projeto.

§ 2º Os casos de rescisão contratual devem ser formalmentemotivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampladefesa.

Art. 93. A decisão sobre rescindir o contrato pode ser:I – da Administração, por ato unilateral e escrito, nos casos

enumerados nos incisos I a X do § 1º do artigo anterior;II – por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo

da licitação;

III –judicial, nos termos da legislação.§ 1º A rescisão administrativa ou amigável deve ser precedida

de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.§ 2º Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos X e

seguintes do § 1º do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado,deve ser este ressarcido dos prejuízos, regularmente comprovados,que houver sofrido, tendo ainda direito a:

I – devolução de garantia integral ou parcial, caso necessária aretenção para assegurar a regularidade da parte executada;

II – pagamentos devidos pela execução do contrato até a datada rescisão;

III –pagamento do custo da desmobilização.§ 3º No caso de rescisão, a Administração Pública deve

promover o acerto de contas entre o realizado e o valor pago,providenciando no prazo de 60 (sessenta) dias:

I – o pagamento dos valores devidos;II – as medidas administrativas e judiciais, visando restituição

de valores pagos indevidamente e apuração da responsabilidade dogestor do contrato; ou

III – medidas visando a conservação do objeto do contrato e,se for o caso, o reinício da execução do objeto.

TÍTULO IVDAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

CAPÍTULO IDAS SANÇÕES APLICÁVEIS AOS SERVIDORES E

LICITANTES

Art. 94. Os servidores públicos e licitantes que praticarematos em desacordo com os preceitos deste Código, ou visando frustraros objetivos da licitação ou fraudá-la, sujeitam-se às sanções aquiprevistas, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que oseu ato ensejar.

§ 1º Considera-se servidor público, para os fins deste Código,aquele que exerce, mesmo que transitoriamente, cargo, função ouemprego público.

§ 2º Equipara-se a servidor público o particular que é contratadodireta ou indiretamente pela Administração Pública para auxiliar acomissão de licitação ou a fiscalização do contrato.

§ 3º Os servidores responderão pelas infrações às regras desteCódigo em processo administrativo disciplinar aplicável aos servidoresdo Estado.

CAPÍTULO IIDAS SANÇÕES APLICÁVEIS AO CONTRATADO

Art. 95. As sanções, a serem aplicadas por autoridadecompetente, terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação defazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

Art. 96. Pela inexecução total ou parcial, ou ainda por atrasono cumprimento das obrigações pelo contratado, a Administração pode,garantida a prévia defesa, aplicar as seguintes sanções:

I – advertência escrita;II – multa na forma prevista no edital ou no contrato;III –suspensão temporária para participar de licitação e assinar

contratos com o Estado por prazo não superior a 2 (dois) anos;IV – declaração de inidoneidade para participar de licitação e

assinar contratos com a Administração Pública, pelo prazo previstono inciso anterior ou até que o contratado cumpra as condições dereabilitação;

V – impedimento para participar de licitação e assinar contratoscom o Estado pelo prazo de até 5 (cinco) anos e descredenciamento doSistema de Gerenciamento de Licitações e Contratos - SGC por igualprazo, no caso particular de licitação na modalidade de pregão.

§ 1º O licitante pode ser punido com as sanções previstasneste artigo quando:

I – deixar de cumprir obrigações contratuais ou cumpri-lasirregularmente:

II – deixar de cumprir com os deveres definidos neste Código;

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 45III – agir de má-fé;IV – sendo vencedor, se recusar injustificadamente a assinar,

aceitar ou retirar o contrato ou o instrumento equivalente, dentro doprazo estabelec ido pela Administração, hipó teses em que secaracterizará o descumprimento total da obrigação assumida.

§ 2º O disposto no inciso IV do parágrafo anterior não seaplica aos licitantes convocados após o prazo de validade da proposta.

§ 3º É admitida a reabilitação integral ou parcial do licitante oucontratado, em todas as penalidades aplicadas, sempre que o envolvido:

I – ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes,promovendo a reparação integral; e

II – cumprir as condições de reabilitação definidas no atopunitivo.

§ 4º Em razão da gravidade dos fatos, a Administração podeconceder a reabilitação parcial, reduzindo o prazo de suspensão ou dadeclaração de inidoneidade pela metade.

§ 5º As sanções aplicadas e a reabilitação devem ser anotadaspela Administração para referência em atestados que fornecer e inscritasno SGC.

§ 6º É condição para a validade da aplicação das sanções agarantia da ampla defesa e do contraditório.

§ 7º É da competência do gestor do contrato citar o representantedo contratado pelas irregularidades que ocorrerem na execução docontrato, para assegurar-lhe a ampla defesa e o contraditório.

§ 8º  É da competência do Presidente da Câmara  Julgadora,dos presidentes de Comissões Setoriais de Licitação e dos Pregoeirosa citação pelas irregularidades praticadas no curso da licitação.

§ 9º Recusando-se o representante ou interessado a receber acitação, será anotado o fato com a presença de pelo menos umatestemunha, valendo para todos os efeitos como válida, sem prejuízoda determinação para troca de representante.

§ 10. Os atos de comunicação de irregularidades ao contratadopara fins de exercício do direito de defesa prévia devem necessariamenteconter:

I – a disposição legal ou contratual transgredida;II – os fatos ocorridos;III – a penalidade máxima passível de aplicação no caso;IV – a especificação do prazo de 5 (cinco) dias para a

apresentação de defesa.§ 11. O prazo para citação é de, no máximo, 5 (cinco) dias,

contado do conhecimento do fato pela autoridade competente parapromover a citação.

Art. 97. São competentes para aplicar as sanções previstasneste Código:

I – advertência:a) a Comissão Setorial de Licitação ou a Câmara de Julgamento

de Licitação ou os Pregoeiros;b) após assinado o contrato, o gestor do contrato ou, não

tendo sido esse designado, a autoridade signatária do contrato.II – multa, suspensão e impedimento: a autoridade imediata e

hierarquicamente abaixo da autoridade máxima;III – declaração de inidoneidade: a autoridade máxima do órgão.Art. 98. A multa poderá ser moratória ou compensatória pela

inexecução total ou parcial do objeto e se regula pelas seguintesdisposições:

I – poderá ser estabelecida em valor ou percentual;II – sendo moratória, poderá ser estabelecida em percentual

crescente por dia de atraso;III – no caso de não pagamento voluntário, no prazo de 2

(dois) dias úteisapós a imputação, a Administração poderá:a) descontar dos pagamentos eventualmente devidos pelo órgão

ou por outro órgão do Estado;b) sendo de valor superior aos pagamentos eventualmente

devidos, será descontada da garantia, a qual deverá ser imediatamenterecomposta, sob pena de considerar-se a ausência de recomposiçãocomo inexecução contratual;

c) não sendo viável a aplicação das regras das alíneas anteriores,será cobrada judicialmente.

IV – o pagamento total ou parcial da multa não impede que aAdministração rescinda unilateralmente o contrato e aplique outrassanções previstas neste Código.

§ 1º Quando o valor da multa não puder ser satisfeito na formadeste artigo e for antieconômica a cobrança, pode ser dispensado oprocesso de execução, ficando o fato anotado pelo Controle Internonas contas anuais que o órgão prestar ao Tribunal de Contas.

§ 2º O mesmo valor percentual de multa pelo atraso por partedo contratado, na execução do objeto, será também observado pelaAdministração nos pagamentos devidos e realizados em mora.

§ 3º A reciprocidade estabelecida no parágrafo anteriorindepende de previsão no edital ou no contrato.

Art. 99. As penalidades previstas nos incisos III a V do art. 96deste Código serão publicadas na imprensa oficial e ainda comunicadasaos demais órgãos e entidades do Estado.

Parágrafo único. Tomando ciência da aplicação da penalidade:I – no curso de processo licitatório, a Administração inabilitará

o licitante;II – antes da assinatura do termo de contrato, impedirá o licitante

de firmá-lo;III – após a assinatura do termo de contrato, pode rescindi-lo

de imediato ou mantê-lo até a conclusão de novo processo licitatório.Art. 100. A declaração de inidoneidade pode ser estendida:I – às pessoas físicas que constituíram a pessoa jurídica que

firmou o contrato ou participou da licitação, exceto os sócios cotistasminoritários que não participem da administração da empresaenquantoperdurarem as causas da penalidade;

II – às pessoas jurídicas que tenham sócios comuns com aspessoas físicas referidas no inciso anterior.

Art. 101. As sanções previstas nos incisos III a V do art. 96deste Código podem, também, ser aplicadas aos contratados ou aosprofissionais que, em razão dos procedimentos regidos por este Código:

I – tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, pormeios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;

II – tenham praticado atos ilícitos, visando a frustrar osobjetivos da licitação;

III – demonstrem não possuir idoneidade para contratar com aAdministração Pública, em virtude de atos ilícitos praticados;

IV – infrinjam o Código de Defesa de Consumidor e constemda lista de inadimplentes dos órgãos de Proteção ao Consumidor –PROCONS.

Parágrafo único. A falsidade de declaração, comprovada emregular processo administrativo, implica a declaração de inidoneidade,sem prejuízo de outras penalidades.

TÍTULO VDO RECURSO ADMINISTRATIVO

Art. 102. Das decisões edemais atos regulados por este Códigocabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

§ 1º Do julgamento das propostas e habilitação caberá apenasum recurso, antes da adjudicação.

§ 2º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão,a qual, se não a reconsiderar no prazo de 3 (três) dias úteis, oencaminhará à autoridade superior.

§ 3º O recurso administrativo tramitará no máximo por 2 (duas)instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.

§ 4º Tem legitimidade para interpor recurso administrativo:I – os titulares de direitos e interesses que forem parte no

processo;II – aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente

afetados pela decisão recorrida.§ 5º Salvo disposição específica, observar-se-ão os seguintes

prazos:I – 3 (três) dias úteis p ara interp osição d e rec urso

administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial dadecisão recorrida;

II – decisão no prazo máximo de 5 (cinco) dias, a partir dorecebimento dos autos pelo órgão competente, admitindo-seprorrogação por igual período somente ante justificativa explícita.

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA46§ 6º O recurso interpõe-se por meio de requerimento, no qual

o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame,podendo juntar os documentos que julgar convenientes.

§ 7º Salvo disposição legal em contrário, o recurso não temefeito suspensivo, mas poderá a autoridade, atendendo a pedido daparte ou de ofício, dar efeito suspensivo ao recurso.

Art. 103. O recurso não será conhecido quando interposto:I – fora do prazo;II – perante órgão incompetente;III – por quem não seja legitimado;IV –após exaurida a esfera administrativa.§ 1º Na hipótese do inciso II deste artigo, será indicada, ao

recorrente, a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo pararecurso, salvo má-fé.

§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administraçãode rever, de ofício, o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusãoadministrativa.

Art. 104. O órgão competente para decidir o recurso poderáconfirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisãorecorrida, se a matéria for de sua competência.

Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigopuder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá sercientificado para que formule novas alegações antes da decisão.

Art. 105. Cabe recurso administrativo no prazo de 3 (três)dias úteis, a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, noscasos de:

I – anulação ou revogação da licitação;II – proclamação do resultado da licitação;III – indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral,

sua alteração ou cancelamento;IV – aplicação das penalidades.§ 1º A intimação dos atos referidos neste artigo deve ser lavrada

em ata e comunicada diretamente aos representantes, podendo, a critérioda Administração, ser publicada nos meios oficiais de divulgação.

§ 2º No caso previsto no inciso II deste artigo:I – a manifestação do direito de recorrer do resultado da licitação

deve ser comunicada na sessão de apresentação do resultado dojulgamento e as razões juntadas no prazo estabelecido no caput desteartigo;

II – interposto, o recurso é comunicado aos demais licitantes,que podem contestá-lo no prazo de 3 (três) dias úteis.

§ 3º O recurso é dirigido à autoridade superior por intermédioda que praticou o ato recorrido, a qual pode reconsiderar sua decisãono prazo de 3 (três) dias úteis ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir,devidamente informado. Nesse caso, a autoridade superior deve proferirsua decisão no prazo de 3 (três) dias úteis, contado do recebimentonessa instância, sob pena de responsabilidade.

§ 4º No exame do recurso, devem os agentes públicos examinartodas as questões tratadas nas razões e contrarrazões recursais.

§ 5º Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido dereconsideração se inicia ou corre sem que os autos do processo estejamcom vista franqueada ao interessado.

§ 6º Havendo indícios de má-fé por parte do recorrente, acomissão de licitação poderá, de ofício, ou por provocação dos demaislicitantes, representar ao Ministério Público, visando a aplicação daspenalidades previstas em lei pelos crimes de impedir, perturbar oufraudar o procedimento licitatório ou outra conduta legalmentetipificada.

TÍTULO VIDO SISTEMA DE CONTROLE

Art. 106. O controle das licitações, contratos e demaisinstrumentos regidos por este Código será feito:

I – pelo Tribunal de Contas;II – pelos órgãos de Controle Interno;III – pelo Ministério Público;IV – pelos superiores hierárquicos;V – pelos interessados; e

VI – pelos dirigentes dos órgãos e entidades da sociedade civilorganizada.

§ 1º Qualquer interessado pode representar ao Tribunal deContas ou aos órgãos integrantes do Sistema de Controle Interno contrairregularidades na aplicação deste Código, observado o disposto noart. 51, §§ 4º e 5º.

§ 2º Os servidores e autoridades que praticarem atos com baseneste Código ficarão responsáveis por demonstrar, no processo, alegalidade e a regularidade desses atos.

§ 3º Em qualquer hipótese de contratação, se comprovadosuperfaturamento, respondem solidariamente pelo dano o fornecedorou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízode outras sanções legais cabíveis.

TÍTULO VIIDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO IDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 107. Este Código entra em vigor na data de sua publicação,observando-se ainda o seguinte:

I – a substituição das locações, na forma recomendada no art.25, deverá ocorrer no prazo de até 2 (dois) anos, a contar do início davigência deste Código.

II – no prazo de 90 (noventa) dias será:a) regulamentado o disposto no art. 39, § 1º, deste Código;b) implantado o uso de endereços eletrônicos de comunicação

à distância como meio de divulgação oficial, de que trata o art. 4º, incisoLVI;

c) realizado seminário de âmbito nacional para conhecimentodos interessados e meio jurídico e acadêmico;

d) aplicado às licitações cujos avisos sejam publicados apóseste prazo.

Art. 108. No prazo de 2 (dois) anos, o Estado do Maranhãopromoverá a regularização dos espaços públicos estaduais ocupadospor particulares, inclusive quiosques, bancas, feiras livres e ambulantes.

§ 1º Os títulos de regularização são intransferíveis a terceirose observarão as seguintes regras:

I – constarão do tí tulo a descrição da área, a natureza daocupação, os bens que a integram e quais serão revertidos ao final daocupação;

II – determinação para que havendo transferência irregular, oua desistência da ocupação, os bens reverterão para o Estado;

III – a responsabilidade criminal prevista na legislaçãoespecífica pela transferência e ocupação irregular.

§ 2º Excepciona-se da regra do parágrafo anterior a ocorrênciade óbito do ocupante, hipótese em que poderá ocorrer a transferênciaprecária do título apenas aos dependentes econômicos e no prazomáximo de 5 (cinco) anos.

§ 3º O processo de regularização será realizado por licitação,pré-qualificação ou credenciamento e observará os princípios daisonomia, da publicidade e o direito de preferência dos atuais ocupantes.

CAPÍTULO IIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 109. Os órgãos da Administração poderão expedir normasrelativas aos procedimentos operacionais a serem observados naexecução das licitações, no âmbito de sua competência, observadas asdisposições deste Código.

Parágrafo único. As normas de alc ance externo aosrespectivos órgãos serão publicadas na imprensa oficial.

Art. 110. O disposto neste Código não se aplica às licitações:I – instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua

vigência;II – para publicidade, que continuam regendo-se pela Lei Federal

nº 12.232, de 29 de abril de 2010;III – para permissões ou concessões regidas pela Lei Federal nº

8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e alterações posteriores;IV –para parcerias-público privadas.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 47Parágrafo único. As licitações referidas neste artigo também

serão conduzidas pela CCL.Art. 111. Ficam revogadas as seguintes leis estaduais e seus

respectivos regulamentos:I – Lei nº 5.088, de 08 de janeiro de 1991;II – Lei nº 6.303, de 22 de maio de 1995.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAP A R E C E R Nº 038 /2012

RELATÓRIO:A Governadora do Estado, nos termos do art. 64, IV da

Constituição do Estado do Maranhão vetou integralmente, porinconstitucionalidade, o projeto de lei nº 141/2011, de autoria do SenhorDeputado Zé Carlos, que dispõe sobre a isenção de taxa de inscriçãoem concursos públicos realizados pelo Estado do Maranhão.

Nas razões do veto, sustentou a Chefe do Executivo Estadual,que a matéria veiculada no referido projeto está inserida dentre àquelasreservadas à iniciativa de lei privativa do Chefe do Poder Executivo, desorte que não se admitiria, através de iniciativa de membro do PoderLegislativo, a iniciativa de Leis que disponham sobre matéria tributária(Art. 43, III da CE).

O Supremo Tribunal Federal tem declarado inconstitucional odesrespeito às matérias reservadas à iniciativa do Poder Executivo,dada à sua implicação com o princípio fundamental da separação depoderes (RDA, 215:270-8; 188:139; RTJ, 159:736).

No tocante ao projeto de lei, ora vetado, vê-se que é inválido,pois o mesmo foi gerado em processo parlamentar com vício de iniciativa– o projeto resultante foi proposto por deputado e não pelo chefe dopoder executivo, caracterizando inconstitucionalidade formal.

A matéria constante do projeto de lei vetado versa sobre isençãode taxa de inscrição em concursos públicos realizados pelo Estado doMaranhão.

Com efeito, taxa é uma espécie do gênero tributo, que pode serinstituída por todos os entes federativos, dentro de seu âmbito deabrangência, cujo fato gerador é uma atuação estatal específica, seja oregular exercício do Poder de Polícia ou a prestação ao contribuinte, oucolocação à disposição deste, de serviço público específico e divisível.

É o que havia a relatar.Passo a opinar.Segundo o doutrinador José Afonso da Silva o Processo

Legislativo é um conjunto de atos preordenados visando à criação denormas de direito. A primeira fase deste processo é a fase de iniciativa,instauradora de um procedimento que deverá culminar, preenchidostodos os requisitos e seguidos todos os trâmites, com a formação daespécie normativa.

Desta forma, o projeto em referência incide em vício deiniciativa, na medida em que somente através de projeto de lei deiniciativa privativa do Chefe do Executivo Estadual poderia fazê-lo(art.43, III, da Constituição Estadual), in verbis:

“São de iniciativa privativa do Governador do Estado asleis que disponham sobre:”(...)III – organização administrativa, matéria tributária eorçamentária.” (Grifamos).

Ademais, salvo exceções previstas na Constituição Estadual, évedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e quem for investidona função de um deles não poderá exercer a do outro (Parágrafo único,do art. 6º da Constituição Estadual).

Diante d os argumentos exp os tos a guisa de razões,reconhecemos a necessidade do veto em exame, visto estar emconsonância com a legislação em vigor.

VOTO DO RELATOR:Assim sendo, e pela fundamentação supramencionada, somos

pela MANUTENÇÃO do veto total aposto ao Projeto de Lei emcomento.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria,pela MANUTENÇÃO do Veto Total aposto aoProjeto de Lei nº 141/2011, nos termos do voto do relator, contra osvotos dos Senhores Deputados Rubens Pereira Junior e GardêniaCastelo.

É o parecer.SALA DAS COMIS SÕES “DEP UTADO LÉO

FRANKLIM”, em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 042/2012

RELATÓRIO:Cuida-se da análise de constitucionalidade, legalidade e

juridicidade do Projeto de Lei Ordinária nº 321/2011, de autoria doSenhor Deputado Fábio Braga, que dispõe a permanência deprofissionais habilitados em primeiros socorros nos eventos queespecifica no âmbito do Estado do Maranhão e dá outras providências.

Conforme o art. 18 da Magna Carta Federal a organizaçãopolítico-administrativa da República Federativa do Brasil compreendea União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todosautônomos, nos termos desta Constituição.

O Poder Público Municipal possui auto-organização enormatização própria, autogoverno e auto-administração que nada maisé que as competências administrativas, tributárias e legislativas extraídasdiretamente da Constituição Federal, não podendo o Poder LegislativoEstadual interferir na competência dos Municípios.

A Constituição Federal no art. 30, I, estabelece que é decompetência do Município legislar sobre assuntos de interesse local.A regulação e a fiscalização dos eventos são da competênciaMunicipal, pois está inserido dentro de assuntos de interesselocal.

Em todos os artigos o Projeto viola assim o princípiofederativo e a autonomia municipal, sendo formal e materialmenteinconstitucional.

É necessário ressaltar que já é obrigatório em eventos a presençade profissionais em primeiros socorros, ficando a cargo do municípioa verificação dos cumprimentos dessa norma, pois este Ente federadoque é o responsável pela expedição do Alvará.

VOTO DO RELATOR:Ex positis, opinamos pela rejeição do Projeto de Lei nº 321/11

por violar o art. 30, I, da CF, bem como o princípio federativo.É o voto.

PARECER DA COMISSÃO: Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 321/2011, nostermos do voto do relator, contra os votos dos Senhores DeputadosRubens Pereira Junior e Gardênia Castelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Carlinhos Florêncio

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA48Deputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER N.º 043 /2012

RELATÓRIO:Trata-se de Moção nº 002/2012, apresentada pelo Senhor

Deputado Roberto Costa, que propõe Mensagem de Aplausos aosCampeões do Carnaval 2012 de São Luis Maranhão nas categoriasEscolas de Samba e Blocos Organizados.

Com efeito, Moção é a proposição em que é sugerida amanifestação da Assembléia sobre determinado assunto, apelando,aplaudindo ou protestando, (Art.148 do Regimento Interno da Casa).

Ademais, verificam-se estarem preenchidos os requisitos doart. 149 do mesmo Regimento, o qual determina que “a moção deveráser redigida com clareza e precisão, concluída, necessariamente pelotexto que será objeto de apreciação do Plenário”.

VOTO DO RELATOR:Ante o exposto, voto favoravelmente pela aprovação da Moção

n.º 002/2012, de autoria do Senhor Deputado Roberto Costa, e pelasua consequente apreciação em Plenário.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, pela aprovação da Moção n.º 002/2012, de autoria do SenhorDeputado Roberto Costa, nos termos do voto do Relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIN”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Eduardo BraideDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rubens Pereira JuniorDeputada Gardênia Castelo

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER N.º 044 /2012

RELATÓRIO:Trata-se de Moção nº 001/2012, apresentada pelo Senhor

Deputado Marcos Caldas, que propõe Mensagem de Pesar pelofalecimento do filho do Presidente da EMBRATUR, Senhor FlávioDino.

Com efeito, Moção é a proposição em que é sugerida amanifestação da Assembléia sobre determinado assunto, apelando,aplaudindo ou protestando, (Art.148 do Regimento Interno da Casa).

Ademais, verificam-se estarem preenchidos os requisitos doart. 149 do mesmo Regimento, o qual determina que “a moção deveráser redigida com clareza e precisão, concluída, necessariamente pelotexto que será objeto de apreciação do Plenário”.

Por outro lado, o art.158, IX, do Regimento deixa claro que emtais situações o projeto deve ser “requerimento sujeito à deliberaçãoda Mesa”.

Nestes termos, opino pela aprovação do Projeto em tela, quese encontra compatível para adentrar ao ordenamento jurídico estadual,desde que seja transformado em um “Requerimento”, nos termos doart.158, IX, do Regimento Interno.

VOTO DO RELATOR:Ante o exposto, voto favoravelmente pela aprovação da

presente proposição, na forma de requerimento a ser deliberado pela

Mesa Diretora da Casa, nos termos do Art.158, inciso IX do RegimentoInterno.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, pela aprovação da Moção n.º 001/2012, de autoria do DeputadoMarcos Caldas, nos termos do voto do Relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIN”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira JuniorDeputada Gardênia Castelo

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 045/2012

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto de Decreto Legislativo nº 002/2012,

apresentado pela Senhora Deputada Eliziane Gama, que visa a concedera Medalha do Mérito Legislativo “Manoel Bequimão” ao DoutorNelson de Moraes Rego – Juiz Titular da Vara Especial de ViolênciaDoméstica e Familiar contra a Mulher de São Luís do Maranhão.

A comenda é regulamentada pelo Decreto Legislativo n.º 68/80, alterado pelo Decreto Legislativo n.º 126/87, o qual dispõe:

Art. 3º. Serão agraciadas com a Medalha “Manoel Bequimão”,personalidades nacional ou estrangeira, nas seguintescondições:a) aos que c oncorrerem d ec isivamente para odesenvolvimento cultural, científico, econômico, artístico ousocial do Maranhão e do Brasil;b) aos membros dos parlamentos nacional ou estrangeiroque se destacarem nas lides parlamentares;c) aos cidadãos que pelos seus méritos especiais ou queproporcionarem algum feito considerado notório foremconsiderados merecedores do recebimento da comenda.

Por outro lado, o Regimento Interno da Casa, em seu art. 139,alínea “a”, com nova redação dada pela Resolução Legislativa nº 599/2010, determina que serão agraciados com a Medalha do MéritoLegislativo “Manoel Bequimão”, os cidadãos que contribuíram parao desenvolvimento do Maranhão ou do Brasil, pelos seus méritosespeciais, ou ainda, aos que proporcionarem algum feito consideradonotório e forem considerados merecedores do recebimento dacomenda.

Em Biografia resumida anexada ao Projeto de DecretoLegislativo verifica-se que o homenageado, o Doutor Nelson de MoraesRego, é atualmente juiz titular da Vara Especial de Violência Domésticae Familiar contra a Mulher de São Luís, Estado do Maranhão. É pós-graduado em Direito do Consumo e mestre em Direito Processual Civilpela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, bem comodoutorando em Direitos Humanos pela Universidade de Salamanca(Espanha). Atua como professor universitário e é membro do IBDP(Instituto Brasileiro de Direito Processual) e do IMB.

Tem-se, pois, por preenchidos os requisitos exigidos para aconcessão da homenagem, notadamente os estabelecidos nosdispositivos legais acima citados.

VOTO DO RELATOR:Em face do exposto, opino pela constitucionalidade, legalidade

e juridicidade e, por conseguinte, pela aprovação do Projeto de Decreto

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 49Legislativo n.º 002/2012, de autoria da Senhora Deputada ElizianeGama.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo n.º 002/2012,nos termos do voto do relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Eduardo BraideDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rubens Pereira JuniorDeputada Gardênia Castelo

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAP A R E C E R Nº 046 /2012

RELATÓRIO:A Governadora do Estado, nos termos do art. 64, IV da

Constituição do Estado do Maranhão vetou integralmente, porinconstitucionalidade, o projeto de lei nº 063/2011, de autoria do SenhorDeputado Stênio Rezende, que dispõe sobre a obrigatoriedade do usode sistema de vigilância eletrônica nas escolas da rede pública e particulardo Estado do Maranhão.

Nas razões do veto, sustentou a Governadora do Estado, quea matéria veiculada no referido projeto está inserida dentre àquelasreservadas à iniciativa de lei privativa do Chefe do Poder Executivo,conforme previsto no art. 43, III e V da Constituição Estadual, desorte que não é permitida, através de iniciativa de membro do PoderLegislativo, projeto de lei que trate de atribuições a órgãos estaduais.

O Supremo Tribunal Federal tem declarado inconstitucional odesrespeito às matérias reservadas à iniciativa do Poder Executivo,dada à sua implicação com o princípio fundamental da separação depoderes (RDA, 215:270-8; 188:139; RTJ, 159:736).

No tocante ao projeto de lei, ora vetado, vê-se que é inválido,pois o mesmo foi gerado em processo parlamentar com vício de iniciativa– o projeto resultante foi proposto por deputado e não pelo chefe dopoder executivo, caracterizando inconstitucionalidade formal.

A matéria constante do projeto de lei vetado versa sobre aobrigatoriedade do uso de sistema de vigilância eletrônica nas escolasda rede pública e particular do Estado do Maranhão.

É o que havia a relatar.Passo a opinar.Segundo o doutrinador José Afonso da Silva o Processo

Legislativo é um conjunto de atos preordenados visando à criação denormas de direito. A primeira fase deste processo é a fase de iniciativa,instauradora de um procedimento que deverá culminar, preenchidostodos os requisitos e seguidos todos os trâmites, com a formação daespécie normativa.

Desta forma, o projeto em referência incide em vício deiniciativa, na medida em que somente através de projeto de lei deiniciativa privativa do Chefe do Executivo Estadual poderia fazê-lo(art. 43, III e V, da Constituição Estadual), in verbis:

“Art. 43 - São de iniciativa privativa do Governador doEstado as leis que disponham sobre:”(...)III – organização administrativa, matéria tributária eorçamentária.”(...)

V – criação, estruturação e atribuições das Secretarias deEstado ou órgãos equivalentes e outros órgãos daadministração estadual.”(Grifamos).

Ademais, salvo exceções previstas na Constituição Estadual, évedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e quem for investidona função de um deles não poderá exercer a do outro (Parágrafo único,do art. 6º da Constituição Estadual).

Diante d os argumentos exp os tos a guisa de razões,reconhecemos a necessidade do veto em exame, visto estar emconsonância com a legislação em vigor.

VOTO DO RELATOR:Assim sendo, e pela fundamentação supramencionada, somos

pela MANUTENÇÃO do veto total aposto ao Projeto de Lei emcomento.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, pela MANUTENÇÃO do Veto Total aposto ao Projeto de Leinº 063/2011, nos termos do voto do relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira JuniorDeputada Gardênia Castelo

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAP A R E C E R Nº 047 /2012

RELATÓRIO:A Governadora do Estado, nos termos do art. 64, IV da

Constituição do Estado do Maranhão vetou integralmente, porinconstitucionalidade, o projeto de lei nº 251/2011, de autoria do SenhorDeputado Jota Pinto, que modifica e suprime dispositivos da Lei nº293, de 30 de maio de 2007, que dispõe sobre o acesso de pessoas aosbanheiros dos terminais rodoviários na forma que especifica.

Nas razões do veto, sustentou a Governadora do Estado, quea matéria veiculada no referido projeto está inserida dentre àquelasreservadas à iniciativa de lei privativa do Chefe do Poder Executivo,conforme previsto no art. 43, III e V da Constituição Estadual, desorte que não é permitida, através de iniciativa de membro do PoderLegislativo, projeto de lei que trate da organização administrativa doEstado, alterando atribuições de Secretarias e Órgãos.

O Supremo Tribunal Federal tem declarado inconstitucional odesrespeito às matérias reservadas à iniciativa do Poder Executivo,dada à sua implicação com o princípio fundamental da separação depoderes (RDA, 215:270-8; 188:139; RTJ, 159:736).

No tocante ao projeto de lei, ora vetado, vê-se que é inválido,pois o mesmo foi gerado em processo parlamentar com vício de iniciativa– o projeto resultante foi proposto por deputado e não pelo chefe dopoder executivo, caracterizando inconstitucionalidade formal.

É o que havia a relatar.Passo a opinar.Segundo o doutrinador José Afonso da Silva o Processo

Legislativo é um conjunto de atos preordenados visando à criação denormas de direito. A primeira fase deste processo é a fase de iniciativa,instauradora de um procedimento que deverá culminar, preenchidostodos os requisitos e seguidos todos os trâmites, com a formação daespécie normativa.

Page 50: ESTADO DO MARANHÃO 1 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA … · veto total ao projeto de lei complementar nº 008/2011, que altera a redaÇÃo do art. 130 da lei complementar estadual nº 13/91

QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA50Desta forma, o projeto em referência incide em vício de

iniciativa, na medida em que somente através de projeto de lei deiniciativa privativa do Chefe do Executivo Estadual poderia fazê-lo(art. 43, III e V, da Constituição Estadual), in verbis:

“Art. 43 - São de iniciativa privativa do Governador doEstado as leis que disponham sobre:”(...)III – organização administrativa, matéria tributária eorçamentária.”(...)V – criação, estruturação e atribuições das Secretarias deEstado ou órgãos equivalentes e outros órgãos daadministração estadual.”(Grifamos).

Ademais, salvo exceções previstas na Constituição Estadual, évedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e quem for investidona função de um deles não poderá exercer a do outro (Parágrafo único,do art. 6º da Constituição Estadual).

Diante d os argumentos exp os tos a guisa de razões,reconhecemos a necessidade do veto em exame, visto estar emconsonância com a legislação em vigor.

VOTO DO RELATOR:Assim sendo, e pela fundamentação supramencionada, somos

pela MANUTENÇÃO do veto total aposto ao Projeto de Lei emcomento.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, pela MANUTENÇÃO do Veto Total aposto ao Projeto de Leinº 251/2011, nos termos do voto do relator.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Eduardo BraideDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rubens Pereira JuniorDeputada Gardênia Castelo

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAP A R E C E R Nº 048 /2012

RELATÓRIO:A Governadora do Estado, nos termos do art. 64, IV da

Constituição do Estado do Maranhão vetou integralmente, porinconstitucionalidade, o projeto de lei nº 178/2011, de autoria do SenhorDeputado Neto Evangelista, que veda a realização de concurso públicoexclusivo para a formação de cadastro de reserva e dá outrasprovidências.

Nas razões do veto, sustentou a Governadora do Estado, quea matéria veiculada no referido projeto está inserida dentre àquelasreservadas à iniciativa de lei privativa do Chefe do Poder Executivo,conforme previsto no art. 43, V, da Constituição Estadual, de sorte quenão é permitida, através de iniciativa de membro do Poder Legislativo,projeto de lei que delega atribuições às Secretarias de Estado ou Órgãosequivalentes.

O Supremo Tribunal Federal tem declarado inconstitucional odesrespeito às matérias reservadas à iniciativa do Poder Executivo,dada à sua implicação com o princípio fundamental da separação depoderes (RDA, 215:270-8; 188:139; RTJ, 159:736).

No tocante ao projeto de lei, ora vetado, vê-se que é inválido,pois o mesmo foi gerado em processo parlamentar com vício de iniciativa– o projeto resultante foi proposto por deputado e não pelo chefe dopoder executivo, caracterizando inconstitucionalidade formal.

É o que havia a relatar.Passo a opinar.Segundo o doutrinador José Afonso da Silva o Processo

Legislativo é um conjunto de atos preordenados visando à criação denormas de direito. A primeira fase deste processo é a fase de iniciativa,instauradora de um procedimento que deverá culminar, preenchidostodos os requisitos e seguidos todos os trâmites, com a formação daespécie normativa.

Desta forma, o projeto em referência incide em vício deiniciativa, na medida em que somente através de projeto de lei deiniciativa privativa do Chefe do Executivo Estadual poderia fazê-lo(art. 43, V, da Constituição Estadual), in verbis:

“Art. 43 - São de iniciativa privativa do Governador doEstado as leis que disponham sobre:”(...)V – criação, estruturação e atribuições das Secretarias deEstado ou órgãos equivalentes e outros órgãos daadministração estadual.”(Grifamos).

Ademais, salvo exceções previstas na Constituição Estadual, évedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e quem for investidona função de um deles não poderá exercer a do outro (Parágrafo único,do art. 6º da Constituição Estadual).

Diante d os argumentos exp os tos a guisa de razões,reconhecemos a necessidade do veto em exame, visto estar emconsonância com a legislação em vigor.

VOTO DO RELATOR:Assim sendo, e pela fundamentação supramencionada, somos

pela MANUTENÇÃO do veto total aposto ao Projeto de Lei emcomento.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela MANUTENÇÃO do Veto Total aposto aoProjeto de Lei nº 178/2011, nos termos do voto do relator, contra osvotos dos Senhores Deputados Rubens Pereira Junior e GardêniaCastelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 049/2012

RELATÓRIO:Cuida-se da análise de constitucionalidade, legalidade e

juridicidade do Projeto de Lei Ordinária nº 013/12, de autoria do SenhorDeputado Neto Evangelista, que “dispõe sobre a concessão de anistiaem relação a infrações ocorridas no período de 08 de novembro a 02de dezembro de 2011 vinculados ao movimento grevista denominado“Unidos Somos Fortes” dos policiais militares e corpo de bombeirosmilitar.”

Page 51: ESTADO DO MARANHÃO 1 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA … · veto total ao projeto de lei complementar nº 008/2011, que altera a redaÇÃo do art. 130 da lei complementar estadual nº 13/91

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 51A título de ilustração, é de bom alvitre dizer que a iniciativa de

Lei do Poder Executivo é um preceito do controle recíproco (freios econtrapesos) decorrente do princípio da separação dos Poderes.

Destaca-se que, o art. 61, § 1º, II, c da Constituição Federalprevê a iniciativa privativa do Chefe do Executivo na elaboração de leisque disponham sobre servidores públicos, regime jurídico, provimentode cargos, estabilidade e aposentadoria.

Os Estados-membros, na elaboração de seu processolegislativo, não podem afastar-se do modelo federal ao qual devemsujeitar-se obrigatoriamente (CF, artigo 25, caput). Entre as matériasque não podem ser disciplinadas pelo poder estadual acham-se aquelascuja iniciativa é reservada ao Chefe do Poder Executivo, como no casoem tela.

Neste contexto, a Constituição Estadual em repetição obrigatóriada CF, determina em seu art. 43, IV, que compete privativamente aoGovernador do Estado dispor sobre servidores públicos do Estado,seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoriade civis, reforma e transferência de militares para a inatividade.

Assim sendo, é necessário salientar o entendimento esposadopelo Supremo Tribunal Federal quando do julgamento da Ação Diretade Inconstitucionalidade nº 2420 / ES, vejamos:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEICOMP LEMENTAR Nº 191/00, DO ES TADO DOES PÍRITO SANTO. DOCUMENTOS DEAPRESENTAÇÃO OBRIGATÓRIA NA POSSE DENOVOS SERVIDORES. MATÉRIA RELATIVA AOPROVIMENTO DE CARGO P ÚBLICO. LEI DEINICIATIVA PARLAMENTAR. OFENSA AO ART. 61, §1º, II, C DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. O art. 61, §1º, II, c da Constituição Federal prevê a iniciativaprivativa do Chefe do Executivo na elaboração de leisque disponham sobre servidores públicos, regimejurídic o, provime nto de cargo s, es tabilida de eaposentadoria. Por outro lado, é pacífico o entendimentode que as regras básicas do processo legislativo da Uniãosão de observância obrigatória pelos Estados, “por suaimplicação com o princípio fundamental da separação eindependência dos Poderes”. Precedente: ADI 774, rel.Min. Sepúlveda Pertence, DJ 26.02.99. 2. A posse, matériade que tratou o Diploma impugnado, complementa ecompleta, juntamente com a entrada no exercício, oprovimento de cargo público iniciado com a nomeação docandidato aprovado em concurso. É, portanto, matériaclaramente prevista no art. 61, § 1º, II, c da Carta Magna,cuja reserva legislativa foi inegavelmente desrespeitada. 3.Ação direta cujo pedido se julga procedente.”( ADI 2420 /ES) – O grifo é nosso.

Outrossim, a Policia Militar e o Corpo de Bombeiros Militarpertencem a estrutura do Poder Executivo, através de Secretaria deSegurança Pública, não podendo o Poder Legislativo interferir emproblemas administrativos que envolvam servidores ligados daquelePoder.

Sendo assim, o princí pio da res erva de iniciativa e,conseqüentemente, o princípio da separação dos poderes, padecendode inconstitucionalidade formal.

VOTO DO RELATOR:Diante das razões acima expostas, opinamos pela rejeição do

Projeto de Lei nº 013/2012, em face de sua inconstitucionalidade formal,haja vista, violar da reserva de iniciativa e consequentemente doprincípio da separação dos Poderes.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 013/2012, nos

termos do voto do relator, contra os votos dos Senhores DeputadosRubens Pereira Junior e Gardênia Castelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 050/2012

RELATÓRIO:Cuida-se do Projeto de Lei Ordinária nº 021/2012, de autoria

da Senhora Deputada Eliziane Gama, que Dispõe sobre a concessão dereparação pecuniária aos filhos separados dos seus pais em razão depolíticas públicas estatais de tratamento de hansenianos.

No art.1º do presente Projeto autoriza o Poder Executivo aconceder a reparação pecuniária, mensal, vitalícia e intransferível aosfilhos separados compulsoriamente dos seus pais pelas políticaspúblicas de tratamento de hansenianos.

Em apertada síntese é o relatório,O Poder Legislativo, como sabemos exerce tipicamente a

produção de normas infraconstitucionais geradoras de direitos eobrigações, como, também, a função de fiscalização, com base nosistema de freios e contrapesos.

Sobre o assunto, vale aqui destacar Michel Temer em seu livrointitulado Elementos do Direito Constitucional, 6º ed. Editora Revistados Tribunais, vejamos:

“Duas competências fiscalizadoras são atribuídas aoLegislativo: uma ampla e geral, que lhe permite indagare questionar a respeito de todos os atos do PoderExecutivo, inclusive os da administração indireta. Écompetência derivada da idéia segundo a qual os atosda a dministraç ão de vem s er ac ompanhados efiscalizados pelo povo.”

No exercício da competência de fiscalização, a Constituição ououtras Leis estabelecem a necessidade de normas autorizando o PoderExecutivo a praticar determinado ato, o que não se aplica ao caso emtela.

Outrossim, para que o Legislativo autorize o Executivo apraticar algum ato, há a necessidade do pedido de autorização destecom a remessa do Projeto de Lei para a Assembléia.

E a título de ilustração, as chamadas leis autorizativas quandonão prevista em Lei e não solicitada pelo Executivo através do enviodo Projeto à Assembléia, não possuem resultados práticos, pois alémde serem inconstitucionais, não produzem nenhum efeito concreto,haja vista, a sua implementação ficar na órbita discricionária do PoderExecutivo, ou seja, ele decidi quando, como e se vai fazer.

Neste sentido, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em sedede Representação de Inconstitucionalidade nº 2004.007.00135, jámanifestou-se sobre a matéria, vejamos:

“REPRES ENTAÇÃO PORINCONSTITUCIONALIDADE DA LEI MUNICIPAL Nº3801/2004. Cuida-se de mais uma das manifestaçõesdas chamadas “leis autorizativas” que invadem esferade atribuição de outro Poder, sendo absolutamenteinco nstituciona is . A le i autoriza tiva ao fixar acompetência do Poder Executivo, autorizando-o apraticar determinada atividade, invade alçada própriada Constituição, a quem cabe, com exclusividade,

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA52determinar as atribuições dos Poderes da República. Epo r isso e la é inco nstituciona l. Repre sentaç ãoProcedente.”

E ainda sobre o assunto, vale salientar alguns trechos do Votodo Desembargador do Rio de Janeiro - Flávio Nunes Magalhães naRepresentação por Inconstitucionalidade nº 32004.007.00135, inverbis:

“Entretanto, a inconstitucionalidade das leis autorizativasafigura-se inegável. Aliás, um dos argumentos em sua defesa- a inocuidade- só serve a convencer ainda mais dailegitimidade constitucional das leis dessa natureza.Decreto, só cabe autorizar quem não está autorizado, o queparece óbvio. Porém, o Executivo não precisa de autorizaçãopara construir obras, onde, quando e da forma que lhepautar o poder discricionário de que é titular para esse fim.

A ordem consti tucional é que fixa as competênciaslegislativa, executiva e judiciária. Pelo que, se uma leifixa o que é próprio da Constituição fixar, pretendendodeterminar ou autorizar um poder constituído no âmbitode sua competênci a con sti tu ci ona l, essa l ei éinconstitucional.”

VOTO DO RELATOR:io fixar, pretendendo determinar ou autorizar um poder

constitui o poder discricionEx positis, opinamos pela rejeição do Projeto de Lei nº 021/12

em face de sua inconstitucionalidade formal e material.È o voto.

PARECER DA COMISSÃO: Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 021/2012, nostermos do voto do relator, contra os votos dos Senhores DeputadosRubens Pereira Junior e Gardênia Castelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Eduardo BraideDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 051/2012

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto de Lei nº 017/2012, de autoria do Senhor

Deputado Hélio Soares, que institui o programa “Campus Digital” nasUniversidades Públicas Estaduais e nas Escolas da Rede PúblicaEstadual de Ensino no Estado do Maranhão e dá outras providências.

Nos termos dos artigos 1º e 2º da referida lei, vê-se que seuobjetivo é criar um programa a ser desenvolvida pela Secretaria deCiência e Tecnologia do Estado do Maranhão.

Eis o relatório. Passo a fundamentar.A Constituição Federal, tomando a hierarquia do ordenamento

jurídico, define uma seqüência de atos a serem observados pelos órgãoslegislativos, visando à formação das espécies normativas.

Assim, o respeito ao devido processo legislativo na elaboraçãodas espécies normativas é um corolário à observância do princípio dalegalidade consagrado no art. 5°, II, da Constituição Federal, uma vezque ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa

senão em virtude de lei, ou seja, de espécie normativa devidamenteelaborada pelo Poder competente, segundo as normas de processolegislativo constitucional, determinando, assim, a Carta Magna, quaisos órgãos e quais os procedimentos de criação da norma.

Tal princípio a que está submisso o Poder Público não permiteque haja arbitrariedade por parte de qualquer ente que dele faça parte,sob pena de ferir-se o Estado Democrático de Direito e a segurançajurídica.

Assim, estabelece a Constituição Estadual:

“Art. 43 - São de iniciativa privativa do Governador doEstado as leis que disponham sobre:I - fixação e alteração dos efetivos da Polícia Militar e doCorpo de Bombeiros Militares;II - criação de cargos, funções ou empregos públicos naadministração direta e autárquica ou aumento de suaremuneração;III - organização administrativa e matéria tributária;IV - servidores públicos do Estado, seu regime jurídico,provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis,reforma e transferência de militares para a inatividade;V - criação, estruturação e atribuições das Secretariasde Estado ou órgãos equivalentes e outros órgãos daadministração pública estadual.”

Constata – se, diante da disposição supra transcrita, que amatéria constante neste projeto versa sobre atribuições do PoderExecutivo. Incorre, portanto, na vedação expressa no art. 43, III e V, daConstituição Estadual.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou sobre a questão.Eis o teor da decisão, in verbis:

“Lei do Estado do Rio Grande do Sul. Instituição do PóloEstadual da Música Erudita. Estrutura e atribuições de órgãose secretarias da Administração Pública. Matéria de iniciativaprivativa do Chefe do Poder Executivo. Precedentes.Exigência de consignação de dotação orçamentária paraexecução da lei. Matéria de iniciativa do Poder Executivo.Ação julgada procedente.” (ADI 2.808, Rel. Min. GilmarMendes, julgamento em 24-8-06, DJ de 17-11-06)

Dessa feita, resta evidenciado, que a matéria constante desteprojeto é intrínseca à reserva de iniciativa legislativa do Chefe do PoderExecutivo local, razão pela qual incide em manifesto vício deinconstitucionalidade formal, em que se pese o seu caráter meritório.

VOTO DO RELATOR:Ante o exposto, opina-se pela inconstitucionalidade formal do

presente projeto, não podendo, pois, adentrar ao ordenamento jurídico.É o voto

PARECER DA COMISSÃO: Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 017/2012, nostermos do voto do relator, contra o voto do Senhor Deputado EduardoBraide.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- Presidente e RelatorDeputado Carlos Alberto MilhomemDeputado Eduardo Braide- voto contraDeputado Rubens Pereira JúniorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputada Gardênia Castelo

Page 53: ESTADO DO MARANHÃO 1 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA … · veto total ao projeto de lei complementar nº 008/2011, que altera a redaÇÃo do art. 130 da lei complementar estadual nº 13/91

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 53COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA

PARECER Nº 052/2012

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto Lei nº 016/2012, de autoria do Senhor

Deputado Roberto Costa, que denomina de Avenida Quarto Centenárioa Avenida que integra o PAC Rio Anil e dá outras providências.

Como é sabido, o devido processo legislativo, conjuntocoordenado de disposições que disciplinam o procedimento a serobedecido pelos órgãos competentes na produção dos atos normativos,decorre do devido processo legal e além de ser um direito subjetivo dosvereadores, é uma garantia da sociedade, vez que o seu desrespeitoacarreta, inexoravelmente, a inconstitucionalidade do dispositivonormativo.

Portanto, torna-se notório que o processo de produçãolegiferante exige a observância estrita das regras constitucionais e legais,porquanto são requisitos essenciais indispensáveis, sendo evidenteque seu desrespeito enseja vício formal à norma jurídica editada.

Com efeito, é de competência privativa dos Municípios legislarsobre assuntos do interesse local (Art.30, I da CF/88).

Ademais, o art. 29 da CF/88, dispõe sobre a autonomiamunicipal, que traz a capacidade de auto-organização dos Municípios.Significa que, os estados-membros não terão, como tinham noordenamento jurídico passado, qualquer ingerência sobre asmunicipalidades, no que tange no poder de organizar, estabelecercompetência ou ditar suas estruturas.

Ressalte-se que, a ofensa à autonomia municipal é hipótese deintervenção da união nos estados (Art. 34, VII, “c” da CF/88).

O projeto de lei, em tela, todavia, não observa o aspectoconstitucional- legal. Com efeito, não se pode, por lei estadual, darnome a avenida municipal, que liga os Bairros Camboa e Alemanha, nacidade de São Luís.

VOTO DO RELATOR:Ante o exposto, opina-se pela inconstitucionalidade formal do

presente projeto, não podendo, pois, adentrar ao ordenamento jurídico.É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 016/2012, nostermos do voto do relator, contra o voto do Senhor Deputado RubensPereira Junior.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 053/2012

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto de Lei nº 020/2012, de autoria do Senhor

Deputado Marcos Caldas, que estabelece regras para suspensão dofornecimento de serviços considerados essenciais, prestados porconcessionárias de serviços públicos, por atraso do pagamento dosvalores devidos pelo usuário. Com efeito, busca o projeto de leiregulamentar dispositivo do código de defesa do consumidor queprescreve a continuidade dos serviços públicos essenciais.

Eis o relatório. Passo a opinar.

Com efeito, na reforma do ordenamento jurídico há de seobservar determinados círculos de atribuições, que se constituem numplexo de competências públicas.

Assim, antes que poderes as competências são deveres. Sãoatribuídas aos Estados, a seus órgãos, e, pois, aos agentes nelesinvestido, especificamente para que possam atender a certas finalidadespúblicas consagradas em lei, para que possam cumprir o dever legal desuprir interesses concebidos em proveito da coletividade.

Tais “deveres-poderes” têm caráter instrumental, então, pode-se dizer, na competência, o poder é a vicissitude de um dever.

Assim, segundo Celso Antonio Bandeira de Mello , acompetência pode ser conceituada “como o círculo compreensivo deum plexo de deveres públicos a serem satisfeitos mediante o exercíciode correlatos e demarcados poderes instrumentais, legalmenteconferidos para a satisfação de interesses públicos”. O poder expressadonas competências não é senão a face reversa do dever de bem satisfazerinteresses públicos.

De mais a mais, pode-se dizer que as competências são deexercício obrigatório para os órgãos e agentes públicos; irrenunciáveis,já que seu titular não pode abrir mão delas enquanto as titularizar;intransferíveis, uma vez que não podem ser objeto de transação,cabendo, tão somente, nos casos previstos em lei, delegação de seuexercício, sem que o delegante perca, com isso, a possibilidade deretomar-lhes o exercício, retirando-o do delegado; imodificáveis pelavontade do próprio titular, vez que não pode dilatá-las e nem restringi-las, pois sua compostura é a que decorre da lei; imprescritíveis.

Assim, função legislativa é a função que o Estado, e somenteele, exerce por via de normas gerais, normalmente abstratas, que inovaminicialmente na ordem jurídica, ou seja, que se fundam diretamente eimediatamente na Constituição.

Neste sentido, esta atividade, para ser regularmente exercida,observa uma série de mandamentos. De forma circular, o Legislativonecessita fazer a lei e obedecer à legalidade, ou de outro modo, legislare agir de acordo com seus atos.

Imperioso se faz, pois, obedecer ao princípio da legalidade,que nasceu com o próprio Estado de Direito. A lei, ao definir o campode atuação legislativa, estabelece limites a ela quando tenha por objetoa restrição ao exercício de direitos individuais em beneficio dacoletividade.

A Assembléia Legislativa, no seu atuar, pois, necessita observardetidamente suas regras, seus costumes, mas também o círculo decompetê ncias estabelecidos em lei e na Constituição daRepública. Assim, estabelece a Constituição Federal:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federallegislar concorrentemente sobre:(...)V - produção e consumo;

É importante notar, desta ordem, que a Constituição prevêapenas competência concorrente da União, Estado e DF para legislarsobre matéria atinente a consumo.

Mas o aludido projeto de lei vai além, querendo regular osserviços essenciais, aqueles entendidos como imprescindíveis para osinteresses básicos da sociedade, aos quais o Código impõe um dever decontinuidade. Com efeito, o projeto perfilha a tese de autores no sentidode que somente existiria continuidade do serviço essencial em relaçãoà coletividade de consumidores, no sentido de que o serviço não poderiadeixar de ser ofertado a todos os usuários. Neste tocante, estabeleceum período dentro do qual o serviço não poderia deixar de ser fornecido.

O STJ, contudo, vem acatando tese diversa, afirmando aconstitucionalidade do corte, sem ressalvas: “A 1ª Seção, no julgamentodo Resp. nº 363.943/MG, assentou o entendimento de que é lícito àconcessionária interromper o fornecimento de energia elétrica, se, apósaviso prévio, o consumidor de energia elétrica permanecer inadimplenteno pagamento da respectiva conta (Lei nº 8.987/95, art. 6º, §3º, II)”(STJ, Resp. 604.364/CE).

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA54Outrossim, ao também estabelecer regras no tocante à concessão

dos serviços públicos, vê-se que também está a incidir em outrainconstitucionalidade, porquanto tão-somente o Poder Executivo possuicompetência para atuar nesta esfera.

Diante do exposto, verifica-se, pois, que o projeto de lei padecedo vício de inconstitucionalidade formal e material, não devendo, pois,adentrar ao ordenamento jurídico pátrio.

VOTO DO RELATOR:Ex positis, opinamos pela rejeição do Projeto de Lei nº 020/12

em face de sua inconstitucionalidade formal e material.È o voto.

PARECER DA COMISSÃO: Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 020/2012, nostermos do voto do relator, contra os votos dos Senhores DeputadosRubens Pereira Junior e Gardênia Castelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIAPARECER Nº 054/2012

RELATÓRIO:Trata-se de Projeto Lei nº 010/2012, subscrito pelos Senhores

Deputados Rubens Pereira Junior e Marcelo Tavares, que denominade Avenida Governador Jackson Lago, a Avenida que integra programade aceleração e crescimento PAC-Rio Anil, no Bairro da Camboa aoBairro da Alemanha, na forma que especifica.

Como é sabido, o devido processo legislativo, conjuntocoordenado de disposições que disciplinam o procedimento a serobedecido pelos órgãos competentes na produção dos atos normativos,decorre do devido processo legal e além de ser um direito subjetivo dosvereadores, é uma garantia da sociedade, vez que o seu desrespeitoacarreta, inexoravelmente, a inconstitucionalidade do dispositivonormativo.

Portanto, torna-se notório que o processo de produçãolegiferante exige a observância estrita das regras constitucionais e legais,porquanto são requisitos essenciais indispensáveis, sendo evidenteque seu desrespeito enseja vício formal à norma jurídica editada.

Com efeito, é de competência privativa dos Municípios legislarsobre assuntos do interesse local (Art.30, I da CF/88).

Ademais, o art. 29 da CF/88, dispõe sobre a autonomiamunicipal, que traz a capacidade de auto-organização dos Municípios.Significa que, os estados-membros não terão, como tinham noordenamento jurídico passado, qualquer ingerência sobre asmunicipalidades, no que tange no poder de organizar, estabelecercompetência ou ditar suas estruturas.

Ressalte-se que, a ofensa à autonomia municipal é hipótese deintervenção da união nos estados (Art. 34, VII, “c” da CF/88).

O projeto de lei, em tela, todavia, não observa o aspectoconstitucional- legal. Com efeito, não se pode, por lei estadual, darnome a avenida municipal, que liga os Bairros Camboa e Alemanha, nacidade de São Luís.

VOTO DO RELATOR:Ante o exposto, opina-se pela inconstitucionalidade formal do

presente projeto, não podendo, pois, adentrar ao ordenamento jurídico.

É o voto.

PARECER DA COMISSÃO:Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

votam, por maioria, pela rejeição do Projeto de Lei nº 010/2012, nostermos do voto do relator, contra os votos dos Senhores DeputadosRubens Pereira Junior e Gardênia Castelo.

É o parecer.SALA DAS COMISSÕES “DEPUTADO LÉO FRANKLIM”,

em 20 de março de 2012.

Deputado Manoel Ribeiro- PresidenteDeputado Carlos Alberto Milhomem- RelatorDeputado Carlinhos FlorêncioDeputado Eduardo BraideDeputado Rubens Pereira Junior- voto contraDeputada Gardênia Castelo- voto contra

ATO DE RATIFICAÇÃO DEINEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 0927/2012 – ALEMANos termos do art.26, caput, da Lei nº8.666, de 21 de junho de

1993, § 1º do art.27 da Resolução Administrativa nº 788, de 09 deagosto de 2011, da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estadodo Maranhão, RATIFICO, a inexigibilidade de licitação respaldada noartigo 25, caput, da Lei nº 8.666 e AUTORIZO a contratação diretacom a empresa da ESAFI - Escola de Administração e Treinamento,para inscrição do servidor desta Assembléia lotado na Diretoria deRecursos Humanos, Maurício José Dias Leite (matrícula nº 1609890),no Curso de Capacitação “GFIP/SEFIP 8.4 para Órgãos Públicos comprática no computador e Certificação Digital para envio da GFIP em2012” a ser realizado na cidade de Fortaleza-CE, no período de 28 a 30de março de 201, no no valor unitário e total de R$ 2.300,00 (dois mile trezentos reais).Determino a publicação na imprensa oficial no prazode 05 (cinco) dias como condição para eficácia dos atos.DÊ-SECIÊNCIA, PUBLIQUE E CUMPRA-SE, PALÁCIO MANOELBEQUIMÃO, SÃO LUÍS (MA), 19 DE MARÇO DE 2012.DEPUTADO ARNALDO MELO-Presidente d a Ass emb léiaLegislativa do Maranhão.

ATO DE RATIFICAÇÃO DEINEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 0601/2012 - ALEMANos termos do art.26, caput, da Lei nº8.666, de 21 de junho de

1993, § 1º do art.27 da Resolução Administrativa nº 788, de 09 deagosto de 2011, da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estadodo Maranhão, RATIFICO, a inexigibilidade de licitação respaldada noartigo 25, caput, da Lei nº 8.666 e AUTORIZO a contratação diretacom a empresa da ESAFI - Escola de Administração e Treinamento,para inscrição da servidora desta Assembléia, Cynthia Celina deCarvalho Mota – Diretora de Orçamento e Finanças (matrícula nº1411826) no Curso de Capacitação “A Nova Contabilidade PúblicaBrasileira e a perspectiva de implantação do Sistema de Custos noSetor Público” a ser realizado na cidade de Fortaleza-CE, no períodode 28 a 30 de março de 2012, no no valor unitário e total de R$2.380,00 (dois mil trezentos e oitenta reais).Determino a publicaçãodo Ato na imprensa oficial, no prazo de 05 (cinco) dias, como condiçãopara sua eficácia, consoante dispõe o art.26, caput da Lei nº8.666/93.DÊ-SE CIÊNCIA, PUBLIQUE E CUMPRA-SE, PALÁCIOMANOEL BEQUIMÃO, SÃO LUÍS- MA, 19 DE MARÇO DE2012.DEPUTADO ARNALDO MELO-Presidente da AssembléiaLegislativa do Maranhão.

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DIÁRIO DA ASSEMBLEIA QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 55ATO DE RATIFICAÇÃO DE

INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 0850/2012 - ALEMANos termos do art.26, caput, da Lei nº8.666, de 21 de junho de

1993, § 1º do art.27 da Resolução Administrativa nº 788, de 09 deagosto de 2011, da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estadodo Maranhão, RATIFICO, a inexigibilidade de licitação respaldada noartigo 25, caput, da Lei nº 8.666 e AUTORIZO a contratação diretacom a empresa da ESAFI - Escola de Administração e Treinamento,para inscrição das servidoras desta Assembléia lotadas na Diretoria deRecursos Humanos, Marisa Vilma Rodrigues (matrícula nº 332411) eMaria Adalgisa Dias (matrícula nº 1205228), no Curso de Capacitação“Previdência Social dos Servidores Públicos: Aposentadorias e Pensões”a ser realizado na cidade de Fortaleza-CE, no período de 28 a 30 demarço de 2012, no valor total de R$ 4.200,00 (quatro mil e duzentosreais).Determino a publicação na imprensa oficial no prazo de 05 (cinco)dias como condição para eficácia dos atos.DÊ-SE CIÊNCIA,PUBLIQUE E CUMPRA-SE, PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃO,SÃO LUÍS (MA), 19 DE MARÇO DE 2012. DEPUTADOARNALDO MELO-Presidente da Assembléia Legis lativa doMaranhão

RESENHA DE EXPEDIENTEMESA DIRETORA

1 – RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVAN.º 135/2012, de 09 de março de 2012, tendo em vista a

solicitação do Deputado CÉSAR PIRES (Líder do Governo),exonerando os servidores JOSÉ DE RIBAMAR COSTA, do cargoem Co mis são, Símbolo DANS -1 de As ses sor Parlamentar,LEONARDO JOSE DIAS CORDEIRO, do cargo em Comissão,Símbolo DANS-1 de Assessor Parlamentar, MARIA HELENAALMEIDA AMORIM do cargo em Comissão, Símbolo DANS-1 deAssessor Parlamentar e VALTEMIR NASCIMENTO NUNES, docargo em Comissão, Símbolo DANS-1 de Assessor Parlamentar, doQuadro de Pessoal deste Poder, a partir de 1º de março do ano emcurso.

N.º 136/2012, de 09 de março de 2012, tendo em vista asolicitação do Deputado CÉSAR PIRES (Líder do Governo),nomeando os senhores CLEO DIEGO MENDES NASCIMENTO,para o cargo em Comissão, Símbolo DANS-1 de Assessor Parlamentar,FABIANO MATOS ROCHA, para o cargo em Comissão, SímboloDANS-1 de Assessor Parlamentar, MARIA CELMA DIAS, para ocargo em Comissão, Símbolo DANS-1 de Assessor Parlamentar ePAULO VINICIUS ALMEIDA NERY, para o cargo em Comissão,Símbolo DANS-1 de Assessor Parlamentar, do Quadro de Pessoaldeste Poder, a partir de 1º de março do ano em curso.

REPUBLICAR POR INCORREÇÃO EM 20/03/2012

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QUARTA-FEIRA, 21 DE MARÇO DE 2012 DIÁRIO DA ASSEMBLEIA56

ESTADO DO MARANHÃOASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

PALÁCIO MANOEL BEQUIMÃODIÁRIO DA ASSEMBLEIA

EDITADO PELA DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIALRegistro no cartório de títulos e documentos sob os números 1.780 e 24.950.

Av. Jerônimo de Albuquerque, S/N - Sítio Rangedor - CalhauFone (98) 32693701 CEP.: 65071-750 - São Luís - MASite: www.al.ma.gov.br - E-mail: [email protected]

ARNALDO MELOPresidente

DULCE BRITTODiretoria de Comunicação

PODER LEGISLATIVO

BRÁULIO MARTINSDiretoria Geral da Mesa

RAIMUNDO JOÃO RIBEIRONúcleo de Suporte de Plenário

CRISTIANO CACIQUE DE NEW YORKNúcleo de Diário Legislativo

HERALDO MARINELLIDiretor Geral