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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO LOURENÇO ORMENEZZE – ENSINO FUNDAMENTAL Km 12 – Estrada para Santa Amélia PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 BANDEIRANTES – PARANÁ 1

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO

ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO LOURENÇO ORMENEZZE –

ENSINO FUNDAMENTAL

Km 12 – Estrada para Santa Amélia

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO2012

BANDEIRANTES – PARANÁ

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APRESENTAÇÃO

A educação, segundo estabelece a Constituição (art.205 e art. 227), é um

direito público subjetivo que deve ser assegurada a todos, através de ações

desenvolvidas pelo Estado e pela família, com a colaboração da sociedade.

Quando trata especificamente do direito à educação destinado às

crianças e adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 4) o

descreve como um dever da família, comunidade, sociedade em geral e do

Poder Público. Destas normas, consta-se que a educação não é um direito cuja

responsabilidade seja imposta exclusivamente a um determinado órgão ou

instituição. Na verdade, é um direito que tem seu fundamento na ação do

Estado, mas que é compartilhada por todos, ou seja, pela família, comunidade

e sociedade em geral, resultando na evidência de que a educação deixou de

ser um tema exclusivo dos trabalhadores da área para ser uma questão de

interesse de toda a sociedade.

A escola tem um papel decisivo no processo de socialização do indivíduo

e a diferença qualitativa do trabalho escolar é que este processo será

mediatizado pelo conhecimento histórico, pois somente o desvelamento das

relações sociais dará os parâmetros para superar a compreensão naturalista do

mesmo sobre sua inserção no mundo social, desde a família até os grupos mais

amplos.

Vive-se um momento de grandes decisões e mudanças sócio-política-

econômica-culturais de um novo milênio. Assim, a Educação não poderá ficar

de fora, sem discutir e sem avaliar o seu papel em tal processo. Afinal, ela

precisa buscar respostas para os seus problemas e repensar a sua função,

procurando descobrir as possíveis alternativas para a solução dos seus

problemas.

Um dos grandes desafios à humanidade, neste século XXI, especialmente

nos países com alto grau de concentração de renda e desigualdade, como o

caso do Brasil, são as contradições sociais, o que precisa ser superado. Dentre

essas contradições encontra-se a questão agrária, eminentemente histórica,

visível em diferentes conjunturas políticas, em virtude da atuação dos

movimentos que reivindicam reforma agrária. Assim, a educação do campo,

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que sempre esteve à margem das políticas educacionais, já que oficialmente

não era considerada necessária aos povos trabalhadores da terra, precisa ser

pensada.

Ao elaborarmos o Projeto Pedagógico estamos nos responsabilizando por

uma iniciativa de mudanças, devendo as mesmas ser globais e coletivas, pois a

escola não deverá ficar fragmentada em áreas ou segmentos. Conforme Veiga

(1995, p.12) [...] é preciso “lançarmos-nos para diante, com base no que

temos, buscando o possível é antever um futuro diferente do presente”.

É preciso que o Projeto Político Pedagógico tenha a concepção ampla de

homem e sociedade, neste período de Globalização.

É preciso demonstrar claramente que a escola do campo só tem sentido

se pensada a partir das particularidades dos povos do campo. Conforme a

definição referendada no parágrafo único do art. 2º das Diretrizes Operacionais

para a Educação Básica nas Escolas do Campo, a identidade da escola do

campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes a sua realidade,

ancorando-se na sua temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na

memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de Ciência e Tecnologia

disponível na Sociedade e nos Movimentos Sociais em defesa de projetos que

associem as soluções por essas questões à qualidade social da vida coletiva no

país (MEC, 2002, p.37).

É preciso que saibamos que o projeto político pedagógico deve ser

considerado como um processo permanente de reflexão e discussão dos

problemas da escola, na busca de [...]”alternativas viáveis à efetivação de sua

intenção que propicia a vivência democrática necessária para a participação de

todos os envolvidos com a educação”, ou seja, a comunidade escolar e o

exercício da cidadania. (MARQUES 1990, p. 23 apud VEIGA 1995, p.13).

Os governos vêm procurando vivenciar e absorver tais tendências nos

diversos setores da sociedade, através de projetos. E, nesta empreitada, estão

envolvidos os governos: Federal, Estadual e Municipal, através de suas

secretarias e os diversos segmentos da sociedade.

E, neste processo, encontra-se também a escola, que precisa discutir e

refletir sobre o seu papel, o que é da sua natureza e que vai constituir a sua

função básica, neste momento histórico em que vivemos. O que é educar? O

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que é ser cidadão? Quais os valores e conhecimentos dos quais a Sociedade

necessita hoje? Quais as metodologias que podem melhor assegurar o sucesso

no processo ensino-aprendizagem? E os maiores envolvidos em tal processo

são os professores, os alunos e os pais, portanto precisam refletir sobre a ação

e o papel da escola no passado e no presente para que se tenha visão de

futuro, no seu compromisso de passar o conhecimento produzido pela

humanidade no decorrer da história, além da vivência da cidadania.

A busca da qualidade de ensino da escola pública exige a existência de

um projeto educacional construído coletivamente, para que seja assumido

tanto no seu conteúdo, quanto na sua direção. Em tal contexto, a elaboração

do Projeto Político Pedagógico visa à sistematização de um plano de ações

globais para que sejam buscadas as possíveis soluções para os diversos

problemas que a Escola Estadual do Campo “Lourenço Ormenezze ” enfrenta.

O Projeto Pedagógico nasceu da reflexão, da avaliação e da ação de

todos os envolvidos de alguma forma com a Educação da escola, diretora,

equipe administrativa-pedagógica, professores, alunos, demais funcionários,

pais, membros da APMF e demais setores da sociedade, tendo em vista o

compromisso de todos com a busca de soluções para os diversos problemas

levantados no diagnóstico.

A fundamentação do trabalho pedagógico, a que se propõe será realizado

a partir de um planejamento participativo, comunitário e político, envolvendo

atividade conjunta entre Escola, Família e Comunidade. Proposta esta, criada

da análise de sua prática pedagógica, da reflexão de sua realidade e

fundamentada teoricamente, tendo em vista desempenhar seu verdadeiro

papel social na formação do cidadão crítico e participativo. O Projeto Político

Pedagógico estabelece pontos de partida, para as reflexões e ações que o

direcionam, uma vez que deve estar em contínua sintonia com o mundo vivido,

num processo de construção permanente, ou seja, parte dos princípios da

gestão democrática, ou seja, os princípios da Igualdade e Qualidade.

Vale lembrar ainda que pela sua condição de projeto o P.P.P. será sempre

“imperfeito, incompleto e inconcluso” como atestaria ‘o pai Paulo Freire’.

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SUMÁRIO

1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ….............................. 8

2- MARCO SITUACIONAL........................................................... 9

2.1- Oferta da Instituição......................................................... 11

2.2- Organização Interna da Entidade escolar............................ 11

2.3- Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos................. 11

2.4- Dependências físicas e materiais da Instituição.................. 12

2.5- Organização e caracterização da Instituição....................... 15

2.5.1- Histórico da Instituição.................................................. 15

2.5.2- Caracterização da Comunidade....................................... 16

2.5.3- Quadro de Funcionários................................................. 18

2.5.4- Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais............................................................

19

2.5.5- Resultados educacionais, aprovação e evasão................. 19

2.5.6- Dados das avaliações externas....................................... 21

2.5.7- Relação idade/série........................................................ 21

3- MARCO CONCEITUAL............................................................ 22

3.1- Concepção de Educação.................................................... 27

3.2- Concepção de Campo........................................................ 28

3.3- Concepção de Escola......................................................... 28

3.4- Concepção de Homem....................................................... 29

3.5- Concepção de Sociedade................................................... 30

3.6- Concepção de Cultura....................................................... 30

3.7- Concepção de Tecnologia.................................................. 31

3.8- Concepção de Cidadania................................................... 31

3.9- Concepção de Ensino e Aprendizagem.............................. 32

3.10- Concepção de Avaliação................................................. 32

3.11- Concepção de Gestão Escolar......................................... 34

3.12- Concepção de Currículo................................................. 35

3.13- Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem......................................

37

3.14- Concepção de Alfabetização e Letramento...................... 38

3.15- Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental...........................................................................

39

3.16- Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais.............. 40

4- MARCO OPERACIONAL.......................................................... 41

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4.1- Proposta de ações definidas pelo coletivo escolar.............. 41

4.2- Organização do trabalho pedagógico 43

4.2.1- Organização Curricular 43

4.2.2- Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro, recuperação de estudos, promoção, conselho de classe..................................................................

43

4.2.3- Processo de Classificação e Reclassificação..................... 47

4.2.4- Regime de Progressão Parcial........................................ 49

4.2.5- Adaptação de alunos oriundos de outros regimes............ 49

4.2.6- Formação Continuada.................................................... 49

4.2.7- Articulação da escola com a família e comunidade........... 52

4.2.8- Organização do horário/hora atividade........................... 52

4.2.9- Atuação da Equipe Multidisciplinar................................. 53

4.2.10- Acompanhamento das atividades em contraturno.......... 55

4.2.11- Matriz Curricular.......................................................... 56

4.2.12- Calendário Escolar........................................................ 57

4.2.13- Desafios Educacionais Contemporâneos e Atendimento à Diversidade..........................................................................

57

4.2.14- Ações previstas em parceria......................................... 59

4.2.15- Envolvimento das Instâncias Colegiadas....................... 59

4.2.15.1- Conselho Escolar....................................................... 59

4.2.15.2- Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF..... 61

4.2.15.3- Equipe Diretiva......................................................... 62

4.2.15.4- Equipe Pedagógica.................................................... 63

4.2.15.5- Agentes Educacionais................................................ 65

4.2.15.6- Equipe Docente......................................................... 66

4.2.15.7- FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente.......... 68

4.2.16- Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular..............................................................

69

4.3- Proposta Pedagógica Curricular......................................... 70

ARTE....................................................................................... 71

CIÊNCIAS................................................................................ 84

EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................... 94

ENSINO RELIGIOSO.................................................................. 106

GEOGRAFIA............................................................................. 113

HISTÓRIA................................................................................ 126

LEM – INGLÊS.......................................................................... 135

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LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................. 148

MATEMÁTICA........................................................................... 168

4.4- Proposta das Atividades Complementares......................... 179

4.4.1- Proposta da Atividade Complementar encaminhada ao Núcleo Regional de Ensino para análise....................................

180

5- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................................................

183

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 186

7- ANEXOS.............................................................................. 189

7.1- Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto Político Pedagógico.................................................

189

7.1.1- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP ................................................................................

189

7.1.2- Olimpíada de Língua Portuguesa.................................... 189

7.1.3- Concurso de Soletração.................................................. 190

7.1.4- Jogos Florais.................................................................. 191

7.1.5- Programa Agrinho.......................................................... 191

7.1.6- Projeto “Uma data a ser lembrada e comemorada”......... 191

7.1.7- Torneio “Futsal de Férias”.............................................. 192

7.1.8- Participação em atividades cívicas.................................. 192

7.1.9- Projeto Construindo Regras para o Voleibol..................... 192

7.1.10- Projeto: Alimentação Saudável..................................... 194

7.2- Plano de ação da Equipe Multidisciplinar............................ 196

7.3- Proposta da Agenda 21 Escolar.......................................... 199

7.4- Calendário Escolar – Ano Letivo 2012................................. 200

7.5- Matriz Curricular Vigente.................................................. 201

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1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:

Denominação: Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino

Fundamental

Código do Estabelecimento: 00176

Endereço: Estrada para Santa Amélia, Km12, Bairro Ormenezze – CEP 86.360-000 TELEFONE: XX e-mail : [email protected]ÁGINA DA ESCOLA: bntlourenco.pr.gov.br

Município: Bandeirantes

Código do município: 0240

Dependência Administrativa: Estadual

Núcleo Regional: Cornélio Procópio

Código do NRE: 008

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Autorização de Funcionamento: Res.3798 de 30/12/82

Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: 335/08

Ato Administrativo – Regimento Escolar: 251/2008

Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 071/2008

Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 379/2011

Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 247/2011

Distância da Escola do NRE: 40 Km

Localização da Escola: Bairro Ormenezze – Bandeirantes - PR Tipo de escola: Rural – Do Campo

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2- MARCO SITUACIONAL:

O conhecimento apresenta-se cada vez mais em ritmo acelerado. A cada

dia são apresentadas novas tendências, e verdades tidas como absolutas hoje

são contestadas; o mercado, em seu sentido mais amplo, nos oferece

inúmeras novidades; a tecnologia, neste contexto, se torna indispensável.

E em meio a tantas mudanças, percebemos as dificuldade e fragilidades

que apresentamos, enquanto escola, necessitando rever paradigmas e alterar

posturas.

O trabalho com crianças e sobretudo adolescentes nos impõe a

atualização e a constante busca para podermos desenvolver o trabalho calcado

em seus interesses.

Sabemos que a educação oportuniza situações em que o aluno amplia

seus conhecimentos, desenvolve a experiência e a consciência da própria

capacidade de aprender, o gosto pela investigação e descoberta, a capacidade

de escolha, o espírito crítico, o pensamento, a expressão pessoal e grupal

através das mais variadas formas. Cabe a nós, a própria conscientização sobre

a função da escola para então trabalharmos no sentido de oferecer

perspectivas aos alunos, o que já vem sendo realizado através da valorização

das aptidões, trabalhos em grupos e estímulos aos estudos.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze, assim como inúmeras

outras escolas, apresenta problemas de ordem física, social, política,

econômica, cultural, educacional, etc., que dificultam o trabalho pedagógico

pretendido e o sucesso no processo ensino e aprendizagem. Um dos problemas

mais preocupantes desta escola é o pequeno número de alunos, que decorre

principalmente da realidade política e cultural, que leva muitos pais a

preferirem matricular o filho na “cidade”, achando que vai ter mais vantagens,

sendo respaldado pelo poder público municipal, que disponibiliza o transporte,

o que diminui a demanda de alunos na escola do campo. Entretanto, apesar do

número de alunos ser pequeno, é um alunado que demonstra interesse e é

muito participativo. A totalidade dos alunos reside na zona rural, sendo alguns

filhos de pequenos proprietários de terras, e a maioria moradores de

assentamentos e funcionários de sitiantes, que trabalham com gado, estufas e

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lavouras. A escola é compartilhada com uma escola de anos iniciais, de

dependência administrativa municipal, em turno contrário ao da Escola

Lourenço Ormenezze, o que dificulta um trabalho com mais autonomia e maior

utilização do espaço escolar. Mesmo com essas limitações, conseguimos

avanços significativos, como implantação de salas de apoio à aprendizagem

para o 6º e 9º ano, em contraturno, e está em processo a solicitação de

atividade complementar, também em contraturno, com aulas de informática no

Laboratório de Informática. A parte física também constitui-se num obstáculo,

pois além do espaço, que é compartilhado, a manutenção da estrutura do

prédio também é deficiente, haja vista ser muito moroso e burocrático o

atendimento das necessidades da escola pelo mantenedor. Mesmo com as

verbas dos programas do governo, nem sempre é possível direcionar para o

que é realmente necessário, devido às regras de utilização impostas. O

mobiliário, especialmente de carteiras e cadeiras é deficiente e sucateado,

necessitando de renovação; cozinha e banheiros precisam de reformas; e a

pintura está em péssimo estado, haja vista a última pintura ter ocorrido em

2005, o que mostra o descaso do mantenedor em relação à manutenção do

prédio escolar.

Estando a Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze inserida

dentro desta sociedade complexa, direciona seus esforços e desenvolve

práticas educativas que visem o preparo de pessoas de mentalidade flexível e

adaptável para enfrentar as rápidas transformações do mundo e da sociedade

que as cerca na formação de um ser crítico e integrado, com habilidades

individuais diversificadas e com um profundo senso do coletivo.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental,

na condição de, como o próprio nome diz, escola “do campo”, pretende

contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, mais solidária,

mais participativa, pautada nas necessidades desses alunos do campo, para

que sejam levados a compreender o mundo que vai além dos muros da escola,

dando-lhes a oportunidade de construção do seu próprio conhecimento e do

seu próprio saber, partindo da realidade e das condições em que vivem.

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2.1 – Oferta da Instituição

• Ensino Fundamental – Anos Finais – 6º ao 9º Ano

• Escola do Campo: a partir de 2011, de acordo com o parecer CEE/CEB nº

1011/2010 de 06/10/2010.

• Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa e Matemática para

6º/7º Ano e 8º/9º Ano

2.2 – Organização Interna da Entidade Escolar

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental

atende os alunos do campo nos seguintes turnos e horários:

• ENSINO FUNDAMENTAL

Dias: 2ª a 6ª feira

Turno: Vespertino

Horário: 13:00h às 17:20h

• SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

Dias: 3ª e 5ª feira

Turno: Matutino

Horário: 6º/7º Ano(Português):8:00h às 9:40h

6º/7º Ano(Matemática):10:00h às 11:40h

8º/9º Ano(Português):10:00h às 11:40h

8º/9º Ano(Matemática): 8:00h às 9:40h

2.3 – Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos

• Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º/7º e

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8º/9º Ano salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e

Matemática, em contraturno, duas vezes por semana, com carga horária

de 04 horas semanais cada disciplina, com o objetivo de recuperar os

conteúdos básicos defasados ao longo dos anos iniciais e finais do Ensino

Fundamental.

• Laboratório de Informática: o laboratório, com 12 computadores, é

destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos

professores), para pesquisas, trabalhos e atividades planejadas para

enriquecimento das aulas.

• Biblioteca: não dispõe de espaço suficiente para a realização de leituras

e pesquisas, pois o espaço físico é pequeno e compartilhado com a sala

dos professores. É oportunizado aos alunos consultar os livros

disponíveis nesse ambiente para empréstimo e uso na sala de aula.

• Atividade Complementar periódica: encontra-se no NRE, para análise, a

proposta de solicitação de atividade complementar em contraturno, na

área de informática, para atender os anseios dos alunos e pais desta

comunidade, o que virá oportunizar um melhor desempenho nas

atividades escolares.

2.4 – Dependências físicas e materiais da instituição

Dependências físicas:

SALAS DE AULA 4

SALA SECRETARIA/DIREÇÃO 1

SALA DE PROFESSORES COMPARTILHADA COM A BIBLIOTECA 1

SALA DE ARQUIVOS E MATERIAIS 1

BANHEIRO MASCULINO 1

BANHEIRO FEMININO 1

BANHEIRO DE PROFESSORES/FUNCIONÁRIOS 1

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LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA 1

QUADRA DE ESPORTES COBERTA 1

COZINHA 1

ALMOXARIFADO 1

Materiais e equipamentos:

GELADEIRA 1

FREEZER 1

BEBEDOUROS 2

CAIXA AMPLIFICADORA LL200 1

CÂMERA CCD COLOR 1

RÁDIO PENDRIVE 1

RETROPROJETOR 2

COMPUTADORES PARA SECRETARIA 4

COMPUTADORES PARA LABORATÓRIO 12

IMPRESSORA HP MARCA PHOTO SAMLT MODELO C4680 1

IMPRESSORA MULTIFUNCIONAL HP M1120 1

IMPRESSORA SAMSUNG (PARANÁ DIGITAL) 2

MÁQUINA DE ESCREVER ELÉTRICA 1

MÁQUINA DE ESCREVER MANUAL 1

MICROFONE MARCA LEXON MODELO SM 58P4 2

MICROSCÓPIO BIOLÓGICO TRI 1

MICROSCÓPIO ESTEREOSCÓPIO 1

MICROSSISTEM 2

NOTEBOOK 1

TV 29 POLEGADAS TELA PLANA COM ENTRADA USB 4

TV 20 POLEGADAS 1

VIDEO CASSETE PANASONIC NV-MV40 1

AGITADOR MAGNÉTICO

BALANÇA DIGITAL

BALÃO FUNDO CHATO

BALÃO VOLUMÉTRICO

BANQUETA MADEIRA PAR 32/39cm

BASTÃO DE VIDRO

BÚSSOLA

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COPO BECKER VIDRO

ERLERNMEYER DE VIDRO 6

ESCALA CUISENAIRE 2

FUNIL DE SEPARAÇÃO 5

FUNIL DE VIDRO 5

LÂMINA PERMANENTE MICROSCOPIA 1

LUPA 10

MANTA AQUECEDORA BALÃO 1

MODELO CÉLULA EUCARIONTE 1

MEDIDOR DE PH DIGITAL 1

PIPETA DE VIDRO GRADUADA 5

PLANETÁRIO 1

PRANCHA LAMINADA (CONJUNTO) 1

SUPORTE UNIVERSAL 4

COLCHONETE 30

BOLA BASQUETEBOL 3

BOLA HANDEBOL 2

BOLA FUTSAL 2

BOLA VOLEIBOL 3

BOLA QUEIMADA 1

CONJUNTO BARRAS DE MEDIDAS 1

CONJUNTO BLOCO LÓGICO 1

CONJUNTO DE NÚMEROS E SINAIS 2

CONJUNTO DE RÉGUAS NUMÉRICAS 2

CONJUNTO RÉGUAS NUMÉRICAS (RÉGUA 1 METRO, COMPASSO, ESQUADRO, TRANSFERIDOR)

1

CONJUNTO SÓLIDOS GEOMÉTRICOS 3

DOMINÓ DE MULTIPLICAÇÃO 2

DOMINÓ DE SUBTRAÇÃO 2

DVD OMNICOM RJ-1500 DVX 1

TORRE DE HANÓI 3

FANTOCHE FAMÍLIA BRANCA 20

FLAUTA DOCE SOPRANO - PLÁSTICO 40

JOGO DE ALFABETO SILÁBICO 8

JOGO DE MEMÓRIA COM ANTONIMOS 10

JOGO DE SEQUENCIA LÓGICA DE TRÂNSITO 6

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JOGO DOMINÓ ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS 6

JOGO PICTUREKA 3

JOGO UNO 3

JOGO VAMOS FORMAR PALAVRAS 6

KIT PANCAKE 4

KIT TV ESCOLA 1

MATERIAL DOURADO 2

RELÓGIO DIDÁTICO 1

TANGRAN 2

TNT BRANCO 50 METROS 1

TNT PRETO 50 METROS 1

2.5 – Organização e caracterização da Instituição

A organização e caracterização da Escola Estadual do Campo Lourenço

Ormenezze apresenta-se no presente Projeto Político Pedagógico de forma a

permitir o conhecimento de sua história, o porquê de sua criação, perfil da

comunidade atendida, resultados apresentados, dentre outros.

2.5.1 – Histórico da Instituição

A Escola Estadual Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental, situada no

Bairro Ormeneze, no Km 12, Estrada para Santa Amélia, no município de

Bandeirantes, núcleo regional de Cornélio Procópio, Estado do Paraná, tem

como entidade mantenedora o Governo deste Estado.

A escola foi fundada em 08/09/1961, na gestão do Governador Moisés

Lupion e do Prefeito José Mário Junqueira. Foram seus colaboradores os

senhores Dino Veiga, Moysés Augusto Pires e Ricieri Ormenezze.

O prédio de madeira, com uma sala de aula e a casa da primeira

professora Neiva Ormenezze Tranguete, ocupava 96 m da área de 780 metros.

Em 1968, o prédio foi ampliado, na gestão do Prefeito Moacyr Castanho.

Em 05 de novembro de 1975 na gestão do Prefeito Jamil Fares Midauar, a

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escola em alvenaria, foi reinaugurada ao lado da Igreja Católica do bairro, com

04 salas de aula, cozinha, almoxarifado, sala de diretoria, 03 sanitários ampla

área coberta.

Em 1989, foi realizados o sonho da comunidade, com a construção de

uma Quadra de Esportes, em convênio do Estado com a prefeitura.

Até 1978 a Escola funcionava apenas com 1ª a 4ª séries e em 1979

iniciou o funcionamento da 5ª série, aumentando gradativamente nos anos

posteriores, vindo a funcionar com turmas de 5ª a 8ª série.

Em 30 de dezembro de 1982 deixou de estar sobre a responsabilidade da

Escola Mailon Medeiros e recebeu autorização para funcionar pela resolução nº

3.798/82 e teve o curso de 1º grau regular reconhecido pela resolução nº

3.311/87, de 21 de agosto 1987.

A Escola Estadual Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental, até o ano

de 2011, ofertou os anos finais do Ensino Fundamental - 5ª à 8ª séries/regime

de 08 anos, no turno vespertino. A partir de 2012, com a implantação

simultânea do Ensino Fundamental de 09 Anos, a escola passou a ofertar o

ensino de 09 anos (6º ao 9º ano), também no período vespertino.

Atualmente está sob a direção da professora Simone Fogaça Gasoli e

funciona no período vespertino, com uma turma de cada ano do Ensino

Fundamental de 9 Anos (6º, 7º, 8º, 9º) e no período matutino com 04 turmas

de Apoio à Aprendizagem, sendo 02 turmas para 6º/7º Ano (Língua Portuguesa

e Matemática) e 02 turmas para 8º/9º Ano (Língua Portuguesa e Matemática).

2.5.2- Caracterização da Comunidade

O perfil escolar sócio – econômico e cultural, da comunidade escolar na

grande maioria é de médio para baixo. O alunado atendido constitui-se de

alunos residentes na zona rural, filhos de trabalhadores rurais e pequenos

produtores. Alguns dos nossos alunos são moradores do Assentamento Nova

Bandeirantes.

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As famílias possuem baixa renda sendo a grande maioria assistida pelo

programa Bolsa Escola.

O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio.

Os pais trabalham geralmente como assalariados e muitos são bóias – frias,

tem moradias bem modestas e não tem grandes oportunidades para lazer e

cultura.

Todos os alunos, professores e funcionários utilizam transporte, devido à

distância. Nossos alunos se destacam pelo excelente comportamento, os pais

pela participação efetiva na vida da comunidade escolar e os funcionários pela

dedicação à escola.

Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona

urbana.

Quanto aos valores morais, religiosos, materiais e intelectuais, são

trabalhados com a realidade da comunidade escolar onde o aluno vive, num

meio favorável, onde o respeito, a solidariedade, a responsabilidade, o temor a

Deus fazem parte de suas vidas.

Vindo de uma comunidade carente, consequentemente nossos alunos

precisam de conhecimentos, amor, atenção, respeito. São promovidas

palestras e atividades extraclasse como: jogos, música, dança, festivais.

Entre a escola e a comunidade, há um relacionamento bem estreito e

contínuo, o que possibilita uma boa interação entre família e escola, facilitando

o desenvolvimento do aluno, sua aprendizagem e suas competências.

Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais para

incentivarem seus filhos e também ajudar na orientação de trabalhos

conhecidos dos mesmos.

Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social,

descobrir seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a

obrigação e o compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos

alunos, garantindo-lhes a formação completa para que sejam seres atuantes

em nossa sociedade com bastante autonomia, críticos e participativos.

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2.5.3- Quadro de Funcionários:

CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO

Nº Nome Vínculo Função Formação

1 Simone Fogaça Gasoli QPM Diretora Letras

2 Maria Luiza Cappi PSS Secretária Ciências Biológicas

3 Maria das Graças Ticianel QPM Pedagoga Pedagogia

4 Maria Rosa de Oliveira QFBE Merendeira Ens. Médio

5 Lídia Rosa de Paula Guerra QFBE Servente Ens. Fundamental

CORPO DOCENTE

Nº Nome Vínculo Função Formação

1 Camila dos Santos Vieira PSS Profª Sala de Apoio – Língua Port.

Letras

2 Cleusa Maria Pereira Bisetto QPM Profª - Ed. Física

Educação Física

3 Daisy Ferraz Hampel Gonzaga

QPM Profª - Inglês

Letras

4 Gerson Alves QPM Profº - Ed. Física

Educação Física

5 Fátima Aparecida M. da Silva QPM Profª Língua Port.

Letras

6 Heitor Batista dos santos SCO2 Inglês Letras

7 Idê Néia Acorsi SCO2 Profª - Arte Educação Artística

8 José Cláudio Ranucci QPM Profº Matemática

Ciências – Hab. Matemática

9 Márcia Antonia T. Monteiro PSS Profª - Arte Artes Visuais

10 Meri Hirabara Yanase SCO2 Profª - Arte Artes Plásticas

11 Roziani Aparecida da Silva SCO2 Profª Sala de Apoio – Matemática

Ciências – Hab. Matemática

12 Selma Húngaro SCO2 Profª Geografia/ Ens. Rel.

Geografia

13 Sonia de Fátima Húngaro QPM Profª – História

História

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14 Vanilda Aparecida Monteiro SCO2 Profª Sala de Apoio – Matemática

Ciências – Hab. Matemática

15 Vera Helena Barboza QPM Profª Ciências

Ciências – Hab. Matemática

CORPO DISCENTE

Ano Turmas Turno Quantidade de Alunos

2012 6º A Vespertino 8

2012 7º A Vespertino 14

2012 8º A Vespertino 12

2012 9º A Vespertino 8

2012 Sala de Apoio 6º/7º Ano

Matutino 16

2012 Sala de Apoio 8º/9º Ano

Matutino 8

2.5.4 – Condições de atendimento a alunos com necessidades

educacionais especiais

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental

não tem, até o momento, condições físicas para atender os alunos com

necessidades educacionais especiais , pois não foram feitas as adequações

necessárias pela entidade mantenedora, tanto municipal quanto estadual,

como rampa de acessibilidade e sanitários adaptados. Em relação aos casos de

DM, DV ou DA, a escola não possui profissionais especializados, devendo ser

encaminhados os casos que surgirem para escolas que ofertam salas de

recurso e salas especiais para deficiências mentais, auditivas e visuais.

2.5.5 – Resultados educacionais, aprovação e evasão

Tomando como referência o ano anterior, de 2011, podemos considerar

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que os resultados foram satisfatórios, sendo que 91% dos alunos foram

aprovados, e os reprovados compõem, quase em sua totalidade, o quadro dos

alunos reprovados por frequência, que desistem ou faltam demais por estarem

defasados idade/série e também por trabalharem nas colheitas. Os quadros

abaixo mostram o resultado por turma e por disciplina:

RESULTADO FINAL/ 2011

ENSINO FUNDAMENTALTURMA TURNO Nº

MATRÍ-CULA

TRANS.REC.

TRANS.EXP.

AP REP DES. AP POR CONSELHO

5ª 3 17 - 3 12 2 - -

6ª 3 12 - 1 11 - - -

7ª 3 10 - 2 7 1 - -

8ª 3 17 - 3 13 1 - -

ENSINO FUNDAMENTALDISCIPLINAS ALUNOS

REPROVADOSTURMA TURNO

ARTE 1 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

CIÊNCIAS 1 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

ED. FÍSICA 1 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

ENS. RELIGIOSO - - 3

GEOGRAFIA 1 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

HISTÓRIA 1 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

INGLÊS 2 5ª 3

1 7ª 3

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1 8ª 3

LÍNGUA PORT. 2 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

MATEMÁTICA 2 5ª 3

1 7ª 3

1 8ª 3

2.5.6 – Dados das avaliações externas

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental

não apresenta dados das avaliações externas, haja vista não ser possível

realizá-las devido ao número insuficiente de alunos, ou seja, número inferior a

20 alunos no 9º Ano do ano letivo de 2011.

2.5.7 – Relação idade e série

Do quantitativo de alunos matriculados no corrente ano, verifica-se um

percentual alto de alunos fora da faixa etária, conforme mostra o quadro.

Porém, como é uma escola do campo, têm muitos alunos que faltam demais ou

desistem para trabalhar nas lavouras, o que resulta em reprovação ou

desistência, e os mesmos retornam sempre no ano seguinte. Além disso

também têm pais de alunos que estudam e desistem, e todos esses fatores

interferem no percentual da escola em relação à distorção idade/série.

Ano Letivo

Ano/Série

Nº de alunos matriculados

Nº de alunos com distorção

idade/série

2012 6º 8 3

2012 7º 15 5

2012 8º 12 4

2012 9º 8 4

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3- MARCO CONCEITUAL

Em princípio, toda escola cidadã, que realiza uma educação voltada

para a formação e desenvolvimento da cidadania, sabe que pode incorporar

milhões de brasileiros a essa cidadania, desde que aprofunde a participação da

sociedade civil organizada dentro das escolas.

O grupo educativo, ou seja, a escola, deve se preocupar com a

socialização, isto é, a transmissão de conhecimentos, habilidades e atitudes

necessárias ao desenvolvimento e ajustamento do indivíduo a sociedade. Tanto

os alunos como os professores estão em constante interação. Embora a

principal função da escola seja transmitir os conhecimentos acumulados e

sistematizados pela humanidade, isto é, instruir ou informar, não pode deixar

de desempenhar o grande e importante papel de formar atitudes nos

educandos, contribuindo dessa forma na formação de sua personalidade.

Equivale aqui dizer que a escola prepara os indivíduos para desempenhar

papéis fora dela. Suas atividades dependem basicamente das atividades

associadas de seus membros: professores e alunos.

Oliveira (1998, p. 108) afirma que:

[...] toda a escola é, portanto, um grupo social com uma estrutura

organizada, uma composição mais ou menos definida, diferente de

outros grupos e ao mesmo tempo dependente de outras instituições

mais amplas para sua sobrevivência e mesmo para a sua

institucionalização e que para compreender melhor a dinâmica social

interna da escola é necessário conhecer de um modo mais detalhado a

sua estrutura. Com grupo instituído a escola apresenta uma

regulamentação, isto é, um corpo de normas, no caso do Brasil

conscientemente submetidas ao Poder Público. Esse corpo de normas já

previamente estabelecidas facilita o trabalho de administração da

escola.

A escola é uma realidade viva e complexa. O objetivo é preparar o aluno

para as suas futuras responsabilidades e para o sucesso na vida. É ajudar o

aluno a ser capaz de ter iniciativa própria para a ação, sendo o construtor de

seu próprio conhecimento. A escola é responsável pela promoção do

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desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Cabe à escola

definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão

de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que

julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá

formar. Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar

cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando

na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.

Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na

busca do desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na

elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta

ganha força na construção de um projeto político-pedagógico.

A formação básica comum é constitucionalmente definida pelos

conteúdos mínimos, cabendo aos subsistemas sua complementação para

imprimir aos currículos uma característica regional. O que se objetiva é

proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizado devidamente

contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no seu processo de

transformação da informação e da experiência em conhecimento.

O Ensino Fundamental visa ao domínio da leitura, da escrita, do cálculo e

do raciocínio, preparando progressivamente o educando para a compreensão

dos problemas humanos e o acesso sistemático aos conhecimentos.

Essa compreensão de mundo deve estar amparada por concepções

teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Os

agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim

terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da

conquista coletiva de um espaço para o exercício da cidadania com autonomia.

O conceito de participação se fundamenta no de autonomia, que significa

a capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprio,

isto é, de conduzirem sua própria vida. Como a autonomia opõe-se às formas

autoritárias de tomada de decisão, sua realização concreta nas instituições é a

participação. Portanto, um modelo de escola democrática-participativa tem na

autonomia um dos seus mais importantes princípios, implicado a livre escolha

de objetivos e processos de trabalho e a construção conjunta do ambiente de

trabalho.

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A autonomia implica também responsabilidade e comprometimento com

as instituições que representam a comunidade (conselhos de escola,

associações de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que

haja participação e compromisso de todos.

Estes princípios expressam com muita clareza a necessidade de a

organização escolar ter objetivos comuns e compartilhados, buscar o

envolvimento da equipe de profissionais com esses objetivos, contar com uma

estrutura organizacional em que as responsabilidades estejam muitas bem

definidas, dispor de várias formas de comunicação entre a organização e as

pessoas, ter uma liderança que consiga motivar e mobilizar as pessoas para

uma atuação conjunta em torno de objetivos comuns. Em relação, ainda, ao

trabalho em equipe, é importante assinalar que a liderança não é atributo

exclusivo de diretores e coordenadores nem está ligada apenas ao cargo e ao

status da pessoa. É uma qualidade que pode ser desenvolvida por todas as

pessoas por meios de práticas participativas e de ações de desenvolvimento

pessoal e profissional.

Cabe ressaltar, finalmente, que a prática da participação nos processos

educacionais, por si só, não esgota as ações necessárias para que seja

assegurada a qualidade do ensino. Tanto quanto os vários elementos o

processo organizacional, e como um dos elementos deste, a participação é um

meio de alcançar melhor e mais democraticamente os objetivos da escola, que

se centram na qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.

Com efeito, na conquista da autonomia da escola, estão presentes a

exigência da participação de professores, pais, alunos, funcionários e outros

representantes da comunidade, bem como as formas dessa participação, a

interação comunicativa, a discussão pública dos problemas e soluções, a busca

do consenso em pautas básicas, o diálogo intersubjetivo. Todavia, é preciso

considerar que a participação implica “processo de organização, o

acompanhamento e a avaliação das atividades, a cobrança das

responsabilidades” (LIBÂNEO, 2001, p.81), ou seja, para atingir os objetivos de

uma escola democrática e participativa e o cumprimento de metas e

responsabilidades decidida de forma colaborativa e compartilhada, é preciso

uma divisão de tarefas e a exigência de alto grau de profissionalismo de todos.

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Portanto, a organização escolar democrática implica não só a participação na

gestão, mas a gestão da participação, em função dos objetivos da escola.

É preciso ter clareza de que a tarefa essencial da instituição escolar é a

qualidade dos processos de ensino e aprendizagem que, mediante as práticas

pedagógico-didáticas e curriculares, propiciam melhores resultados de

aprendizagem.

Sabe-se que o trabalho nas escolas se defronta com características

culturais dos alunos, que afetam sua participação nas aprendizagens. Também

os professores são portadores de características culturais: seus saberes, seus

valores, e seus quadros de referência, as formas com que lidam com a

profissão que marcam fortemente as práticas docentes.

A escola é, também, um mundo social, que tem suas características de

vida própria, seus ritmos e seus ritos, sua linguagem, seu imaginário, seus

modos próprios de regulação e de transgressão, seu regime próprio de

produção e de gestão de símbolos. À medida que se considera uma

organização como uma unidade social formada por grupos humanos

intencionalmente constituídos, ganham importância as interações entre as

pessoas e com o contexto social mais amplo, implicando aí os aspectos

culturais.

A escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental,

para a consecução de suas finalidades educativas, deve reforçar o seu papel de

instituição de ensino procurando implementar ações que contribuam para a

formação de um cidadão capaz de atuar no seu contexto social de forma

competente tecnicamente e comprometido com a construção de uma

sociedade mais justa, solidária e ética.

Para tanto, o Projeto Político Pedagógico deve estar sintonizado com nova

visão de mundo, expressa nesse novo paradigma de sociedade e de educação,

garantindo a formação global e crítica para os envolvidos no processo, como

forma de capacitá-los para o exercício da cidadania. Ao ser entendido nessa

perspectiva, o projeto pedagógico, além de constituir-se em um instrumento de

balizamento para o fazer, passa a ser também um instrumento de ação

política, aqui entendido como a própria organização do trabalho da escola.

Portanto, o projeto político e pedagógico vai além de um simples

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agrupamento de planos de ensino e atividades diversas. O projeto é construído

e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo

educativo da escola. De acordo com Veiga (1995, p.22):

O que enfatizamos é que devemos analisar e compreender a

organização do trabalho pedagógico, no sentido de se gestar uma nova

organização que reduza os efeitos de sua divisão do trabalho, de sua

fragmentação e do controle hierárquico. Nessa perspectiva, a construção

do projeto político pedagógico é um instrumento de luta, é uma forma de

contrapor-se à fragmentação do trabalho pedagógico e sua rotinização, à

dependência e aos efeitos negativos do poder autoritário e centralizador

dos órgãos da administração central.(VEIGA, 1995, P.22).

Em resumo, a partir da interação entre diretores, coordenadores

pedagógicos, pedagogos,professores, funcionários, alunos, pais, a escola vai

adquirindo, na vivência do dia-a-dia, traços culturais próprios, vai formando

crenças, valores, significados, modos de agir, práticas. Essas culturas próprias

vão sendo internalizadas pelas pessoas e vai gerando um estilo coletivo de

perceber as coisas, de pensar os problemas, de encontrar soluções.

A ética profissional é principio de nossa ação. Se o desenvolvimento de

cada criança é único, todas as informações sobre esta interessam apenas ao

professor, aos serviços da escola e à família. As relações dentro da escola são

fraternas e profissionais a um só tempo. Educar para cidadania e a cooperação

implica em trabalhar num espaço onde valores estão em primeira ordem: a

autonomia, o respeito e a ética.

A busca de uma gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla

participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas

decisões/ações administrativo-pedagógicas e isso é que a Escola Estadual do

Campo Lourenço Ormenezze objetiva realizar. A liberdade, é outro princípio que

deve ser considerado em nossa escola como: liberdade de aprender, ensinar,

pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade

definida coletivamente.

Para tanto, é necessário conhecer algumas concepções que orientam as

ações da escola:

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3.1 – Concepção de Educação

A educação não é neutra, mas comprometida com a economia e a

política, e enquanto processo supõe o desenvolvimento integral do homem em

suas capacidades física, mental, intelectual, moral e estética, segundo o

contexto histórico e social em que estão inseridos.

A educação almejada é aquela que ultrapassa a transmissão de

conhecimentos para se tornar um instrumento de reflexão crítica dos valores

que estão sendo propostos bem como da própria cultura que muitas vezes é

repassada como verdade universal.

Segundo Saviani a educação por si só não transforma a sociedade, mas

contribui para o processo de democratização. Então, compreende-se que a

educação nessa perspectiva histórico-social, tem como ponto de partida a

prática social inicial e de chegada a prática social transformada, a qual visa a

formação cidadã.

De acordo com a Constituição Brasileira, a educação é direito de todos e

dever do Estado e da família, e será promovida e incentivada com a

colaboração da sociedade visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho.

Na educação do campo, os debates e conteúdos devem ser focados na

criação de alternativas que possibilitem a manutenção do vínculo com o

trabalho e a vida no campo.

Educação significa socializar o saber historicamente produzido, visando à

formação de um cidadão crítico diante de sua realidade.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze prioriza a formação

básica, que é um direito assegurado do aluno, considerando de extrema

importância a formação educacional do mesmo, para que tenha conhecimento

de sua realidade, de todo processo histórico cultural em que foi construído e no

qual está inserido, e assim não apenas aceite o que lhe é imposto quando

concluir sua formação, mas também reflita sobre sua realidade e assim possa

interferir nela tendo consciência de que também é um ser histórico e tem

possibilidade de modificá-la.

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3.2 - Concepção de Campo

A concepção de campo vem opor-se ao termo “rural”, pois historicamente

a concepção de rural sempre partiu de uma lógica economicista, considerando

os povos do campo como necessitados e atrasados.

Em contrapartida, na concepção de campo, os povos são valorizados

como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na

terra. O campo é tratado como lugar de trabalho, de cultura, da produção de

conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.

A identidade da comunidade atendida na Escola Estadual do Campo

Lourenço Ormenezze inclui assentados, arrendatários, pequenos proprietários,

bóias-frias, que se caracterizam pelo jeito peculiar de se relacionarem com a

natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas,

mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que

enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas

comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho

bem diferente da urbana.

Assim, essa compreensão de campo vai além de uma definição jurídica.

Configura um conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e

não apenas sua localização espacial e geográfica. A perspectiva da educação

do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento

local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele

vivem.

3.3 – Concepção de Escola

A escola que queremos para os povos do campo, é a escola que se

constitui no local de ampliação dos conhecimentos, partindo dos aspectos da

sua realidade. O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os

conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados, que devem ser

trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos.

É indispensável que a escola construa seu projeto educativo, visando uma

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mudança metodológica, a valorização da qualidade profissional do educador,

usando técnicas e materiais variados, que permitam ao professor e aluno

construir conhecimentos, a fim de cumprir os objetivos estabelecidos.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze busca ser um espaço

onde o aluno possa expor suas ideias, explicitar seus raciocínios, com o

respeito devido à diversidade e aos sujeitos que nela interagem, com seus

diferentes interesses, visões de mundo e culturas. É indispensável que a

atividade didática propicie o conhecimento e a valorização do universo cultural

do outro.

Numa perspectiva histórico-crítica, é fundamental trabalhar a valorização

da escola, do professor e dos conteúdos; a criatividade, a atividade, a liberdade

do professor e do aluno; os meios e os materiais pedagógicos, onde,

aproveitando a prática vivida pelo aluno e contrapondo-a com a experiência

acumulada, resultará em um novo conhecimento.

Esta escola pretendida tem por objetivo unir os principais elementos:

cidadania, cultura, conhecimento e formação, e a partir destes, todos os

envolvidos no processo ensino aprendizagem (alunos, professores,

funcionários, pais e ou responsáveis) deverão trabalhar numa mesma linha de

pensamento, para que assim, aconteçam as transformações necessárias e a

efetivação da aprendizagem, respeitando a individualidade de cada um,

superando as desigualdades. A escola como espaço de transformação deve

romper com a lógica da reprodução e dos valores por ela imposto, inculcado,

inclusive o da educação racista e elitista.

Uma escola pública de qualidade, comprometida com os anseios e com o

processo de ensino aprendizagem por ela oferecido, deve ter como ponto de

partida o respeito a história e a cultura do aluno. Portanto, a escola propõe

organizar-se enquanto tempo e espaço, para garantir a permanência do

alunado e atender suas necessidades, fazendo as adaptações necessárias e

assim contribuir com o processo de ensino-aprendizagem.

3.4 – Concepção de Homem

No Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze a concepção de

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homem vai de encontro ao sujeito histórico que o mesmo representa,

constituindo-se ao longo do tempo como o produtor das relações econômicas,

sociais, culturais e políticas que o transformam no processo educativo,

conscientizador, transformador, de luta, na busca constante de uma sociedade

justa e igualitária.

3.5 – Concepção de Sociedade

A sociedade contemporânea configura-se pelo sistema capitalista e pelo

neoliberalismo, em uma sociedade baseada na indústria e na exigência de

formação técnica e profissional.

Características desse sistema afetam a sociedade e o sistema

educacional como escola empresa, onde se estimula a competição, o preparo

para o setor produtivo e a formação de um indivíduo unilateral, sem qualquer

preparo crítico para ter consciência de sua existência como sujeito da práxis,

produtor da própria história e não produto dela.

Faz-se mister apresentar uma proposta pedagógica articulada com os

interesses de transformação da sociedade, com vistas a superar esta visão

puramente tecnicista, competitiva e alienada.

A concepção pedagógica histórico-crítica defendida por Saviani (1992)

representa a articulação de uma proposta pedagógica que tem o compromisso

não apenas de manter a sociedade, mas de transformá-la a partir da

compreensão dos condicionantes sociais e da visão que a sociedade exerce

sobre a educação. Trata-se de tomar o trabalho como princípio educativo,

articulando trabalho, ciência, cultura e sociedade.

3.6 – Concepção de Cultura

Cultura pode ser definida como o conjunto de conhecimentos, crenças,

arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos

pelo homem enquanto membro de uma sociedade. É o desenvolvimento

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intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade.

Os homens são seres culturais por natureza. O homem não apenas sente,

faz e age em relação à cultura, mas também pensa e reflete sobre o sentido de

tudo no mundo. E é essa cultura que queremos que seja apropriada por nossos

alunos.

3.7 – Concepção de Tecnologia

Tecnologia na Educação não é meramente a ideia do uso da TV, vídeo,

rádio, internet na sala de aula, e sim um conjunto de procedimentos que

auxiliam o ensino e aprendizagem.

As novas tecnologias parecem ter dominado toda a humanidade, e no

campo da educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em

educação, o foco precisa estar não somente nos avanços e desenvolvimento de

objetos técnicos, mas no entendimento da própria transformação do papel

desses objetos no pensamento e na cognição humana, bem como o

questionamento de como essas mudanças podem afetar radicalmente os

critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas

práticas pedagógicas.

3.8 – Concepção de Cidadania

O conceito clássico de cidadania compreende os direitos e deveres do

homem que vive em sociedade, onde considera-se um conjunto de valores

sociais que determinam o conjunto de deveres e direitos de um cidadão, sendo

esse conceito, ao longo da história, ampliado para o “direito de ter direito”.

A cidadania pretendida pela escola se alicerça na soma de conquistas

cotidianas, indignação às injustiças sociais, civis e políticas, com a prática

efetiva e consciente, ou seja, o exercício diário destas conquistas com o

objetivo de ampliar estes direitos na sociedade.

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3.9 – Concepção de Ensino e Aprendizagem

A metodologia da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze está

ancorada na perspectiva da Pedagogia Histórico-crítica, partindo da prática

social inicial para a prática social final transformadora.

O que se objetiva é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizado

devidamente contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no

seu processo de transformação da informação e da experiência em

conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma visão crítica do seu trabalho,

equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa sociedade e do mundo

do trabalho, bem como deve estar atualizado com os avanços tecnológicos. O

trabalho educativo articulará trabalho, ciência, cultura e tecnologia com

conhecimentos significativos, da síncrese para a síntese, mediado pela análise.

3.10 – Concepção de Avaliação

A avaliação caracteriza-se por ser um processo contínuo, em que cada

nova avaliação promove a gestão de um novo rol de ações. A avaliação deverá

ser a favor da aprendizagem, e não a favor da seleção. O aluno não é a

tradução de uma média mínima exigida, pois a avaliação é um ato de

aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que ocorre o reconhecimento

do limite e da amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o

prosseguimento no percurso de vida ou de estudo que se esteja realizando. A

recuperação de estudos deverá ser ofertada de forma concomitante durante

todo o ano letivo, é um momento de rever as práticas metodológicas e

avaliativas tendo em mente o ingresso, a permanência e o sucesso do

educando.

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada

turma do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem promovendo a reflexão do professor sobre a sua prática e

o Plano de Trabalho Docente (PTD). Cabe a este órgão definir estratégias de

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intervenção sobre os casos analisados.

O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,

onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem

alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

A avaliação é um processo que permite as intervenções necessárias nos

vários momentos da aprendizagem do educando.

A avaliação é parte integrante do ato pedagógico e impulsionador da

aprendizagem, a escola e o professor devem conhecer o aluno real,

abandonando o paradigma de que a avaliação serve só para medir a

aprendizagem do aluno tendo o cuidado de não deixar que o aluno construa

uma visão distorcida sobre seu processo de aquisição de conhecimento,

mostrando que ele também está inserido neste processo.

A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na

participação do aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo

professor. Assim a escola não pode mais pensar em elaborar uma avaliação

baseada num tipo de aluno ideal. É preciso criar uma avaliação que vise a

educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva histórica e cognitiva que se

deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está ensinando

contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva.

A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da

seleção. O aluno não é média 6,0, mas um produto que devemos conservar

para que a avaliação se torna cada vez um ato de aprendizagem, nunca de

punição.

Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, a avaliação é uma apreciação

qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que

auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. (1991, p.196).

Nesta lógica, é possível ver a avaliação como meio para detectar as

defasagens dos alunos,bem como as do professor. É um momento de reflexão

e análise para uma retomada do que ficou falho ou precisa ser mais bem

trabalhado, utilizando-se de outras metodologias e instrumentos avaliativos.

Esta é considerada uma ação que ocorre durante todo o processo, sendo

contínuo, conforme se apresenta no artigo 24 da LDB/96.

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Essa busca de uma nova maneira de avaliar, não deve acontecer somente

sob o olhar da escola e do professor, ela deve acontecer com a participação do

principal interessado o aluno. Contudo, nesta nova concepção, a avaliação

escolar tem de dizer o que vale para a vida, o que é ser competitivo e acima de

tudo qual a sua finalidade na construção do conhecimento do aluno.

Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e

formal, passando a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a

construção da aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa

mudança, o aluno entenderá que a avaliação faz parte de um processo que

tem como objetivo final, uma busca de qualidade no seu processo de aquisição

de conhecimento.

Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com

prazer, pesquisa e descoberta de novos conhecimentos, esta nas mãos dos

professores educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na

construção de novas aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de

qualidade e visando sua formação.

Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que

busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado,

incluindo o aluno cidadão na sociedade, tendo como meta à formação integral

do educando e trazendo para sala de aula prazer em ser avaliado com

qualidade e profissionalismo.

3.11 – Concepção de Gestão Escolar

Considerando sua função social da escola, a gestão escolar deve garantir

a qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,

independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os

alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou

comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática

de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de

gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em

seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de

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discriminação e segregação.

O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para

que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para

que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia

de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias

colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações.

As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o

colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma

transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar,

buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida.

3.12 – Concepção de Currículo

O Currículo, que é uma construção social do conhecimento, pressupõe a

sistematização dos meios para que esta construção se efetive.

Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O

primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma

cultura.

O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto

social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.

O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a

escola deve adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre

na semana pedagógica e observa as mudanças da sociedade atual, sempre

sendo construído dentro de uma perspectiva Histórico-Crítica.

As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem,

também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções que

norteiam o trabalho pedagógico.

O currículo deve sempre ser repensado colocando em pauta as

mudanças econômicas, sociais, culturais, científicas e políticas da atualidade,

levando em conta o conhecimento interdisciplinar que possibilitada o

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estabelecimento de relações recíprocas entre vivências, conteúdos e a

realidade do educando.

O currículo é entendido como elemento simbólico que expressa as

intenções e representações da escola na produção da identidade cultural.

Portanto, a elaboração do currículo define aspectos voltados diretamente para

a prática pedagógica, marcando o espaço e o papel exercido por todos os

elementos envolvidos com o processo educativo: o aproveitamento do tempo

escolar, a articulação entre as áreas do conhecimento, os conteúdos e

programas, as normas e padrões de comportamento, as técnicas e

procedimentos didáticos e de avaliação, assim como as intenções e aspectos

morais projetados pela escola.

Em relação à Educação do Campo, entender o campo como um modo de

vida social contribui para auto-afirmar a identidade dos povos que ali vivem,

para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os seus

conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. O

campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir dos povos que

nele habitam.

A educação do campo tem sido historicamente marginalizada na

construção de políticas públicas, visto que é trabalhada a partir de um currículo

essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das necessidades e da

realidade do campo. A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do

cotidiano dos povos do campo raramente são tomados como referência para o

trabalho pedagógico, bem como para organizar o sistema de ensino, a

formação de professores e a produção de materiais didáticos. Essa visão, que

tem permeado as políticas educacionais, parte do princípio que o espaço

urbano serve de modelo ideal para o desenvolvimento humano. Esta

perspectiva contribui para descaracterizar a identidade dos povos do campo,

no sentido de se distanciarem do seu universo cultural

Combater ao analfabetismo, a evasão escolar, o alto índice de repetência

e a baixa qualidade do ensino exige compromisso e competência. No entanto,

não basta garantir o direito de todos à escola. É preciso assegurar também as

condições para que todas as crianças possam permanecer na escola e

progredir em seus estudos, garantindo-lhes uma educação de qualidade.

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Daí a importância de definir o currículo do Colégio de forma a ultrapassar

a simples delineação de disciplinas que são elencadas na Matriz Curricular,

procurando entender os elementos presentes nas experiências individuais e

coletivas que constituem o movimento pelo qual indivíduos e grupos sociais se

tornam o que são na busca por ser mais. Assim, o currículo não fica reduzido a

conceitos, fórmulas e fatos já produzidos e conhecidos noutras experiências,

mas envolve também outras experiências possíveis, que produzem condições

para outros conceitos e fatos.

3.13 – Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção

de Ensino e Aprendizagem

A infância é um período da vida do ser humano que vai do nascimento à

puberdade, onde acontece não só o desenvolvimento físico do indivíduo, como

também seu desenvolvimento intelectual e social. É na infância que os sujeitos

se aprimoram para a vida. Desde que nasce, a criança possui um papel social

embasado na dialética, considerando a história e a cultura da sociedade onde

se encontra inserida, sendo que a criança , não é uma abstração , mas uma ser

produtor e produtivo dessa história e dessa cultura.

A infância e seu desenvolvimento é analisada por Vygostsky (2007)

como desenvolvimento humano privilegiado à interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Já a adolescência pode ser entendida como uma categoria histórica,

onde ocorrem muitas mudanças físicas, cognitivas e sociais, fazendo um elo

entre a infância e a idade adulta. É um período determinado muitas vezes por

crises do jovem em busca da sua identidade.

A escola pretende proporcionar aos educandos não somente cuidados

necessários ao desenvolvimento biológico, mas oportunizar um espaço, um

atendimento e um processo de aprendizagem que juntos preparem as crianças,

adolescentes e os jovens para atuar num mundo em constantes

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transformações.

3.14 – Concepção de Alfabetização e Letramento

Ao rever e refletir sobre o que ficou para trás pode-se explicar o presente

com mais clareza, ao explicar o presente podemos delinear o futuro. Este

futuro que vem nos sugerir um momento de sintetizar: não mais somente o

letramento ou alfabetização e sim ambos simultaneamente.

A alfabetização e o letramento, são dois processos que interferem no

ensino e orientam de forma adequada a aprendizagem da língua escrita.

Assim, deve-se desenvolver na área do letramento, as competências

necessárias para as diferentes práticas sociais onde a língua se faz integrante

e na área da alfabetização, se apropriar do sistema alfabético e ortográfico da

escrita e as técnicas e convenções para seu uso.

A alfabetização é a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico e

das técnicas para o seu uso. Sabe-se que apenas com a aquisição da escrita

não se desenvolve as competências para o uso da leitura e da escrita nas

práticas sociais. Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever,

designando práticas de leituras e escritas. O letramento compreende tanto a

apropriação das técnicas para a alfabetização quanto esse aspecto de convívio

e hábito de utilização da leitura e da escrita. A pessoa letrada muda o seu

lugar social, passa a ter uma outra condição, pois utiliza socialmente a leitura e

a escrita dentro de um contexto e responde às demandas sociais. A aquisição

do sistema de escrita – a alfabetização - não deve ser realizada com base em

frases e textos construídos artificialmente apenas para servir ao objetivo de

ensinar a ler e escrever e sim de maneira contextualizada com a prática social.

Por outro lado, o desenvolvimento de competências para a leitura e a escrita –

o letramento - deve ser orientado por objetivos específicos: através de

diferentes gêneros de textos, utilização de livros, entre muitas outras

atividades orientadas, para que assim aconteça a familiarização da criança

com a leitura e a escrita.

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3.15 – Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental

Em relação à articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino

fundamental, a escola promoverá a integração entre os envolvidos, de forma

que possa assegurar as aprendizagens necessárias com sucesso, nos estudos

tanto dos educandos que cursam os anos iniciais quanto dos que cursam os

anos finais. A ampliação do ensino fundamental para nove anos implica em

capacitar primeiramente todos os profissionais da educação através da

formação continuada: Semana Pedagógica, Grupo de Estudos, Reuniões

Pedagógicas, Oficinas Disciplinares, etc., bem como reformular o Projeto

Político-Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular em consonância com as

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica e o Caderno de

Expectativas de Aprendizagem, tão necessário para o aprimoramento da

prática pedagógica. Além disso, os espaços educativos, os materiais didáticos e

os equipamentos necessários precisam ser repensados para atender esta

demanda. Este é o momento de rever os conteúdos e as concepções e práticas

pedagógicas de avaliação do ensino e aprendizagem, diante do desafio de uma

formação voltada para a cidadania, a autonomia e a liberdade responsável de

aprender e transformar a realidade de maneira positiva. Cabe ao

estabelecimento de ensino assegurar a flexibilização dos tempos e dos espaços

com vistas a uma efetiva aprendizagem em todas as dimensões do currículo,

através da prática de uma avaliação ética e democrática, garantindo o acesso,

a permanência e a aprendizagem com qualidade.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze é compartilhada com a

Escola Municipal Ricieri Ormeneze e procura manter um diálogo constante

sobre os alunos oriundos dos anos iniciais do ensino fundamental, tão

importante e necessário para o trabalho pedagógico a ser desenvolvido, e que

refletirá no processo ensino e aprendizagem. O Estabelecimento de Ensino

promoverá reuniões com os pais e toda a comunidade escolar explicando sobre

o ensino fundamental de 09 anos e as articulações necessárias para o sucesso

da aprendizagem dos alunos .

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3.16 - Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais

A partir do momento que se faz a articulação com os anos iniciais, é

possível desenvolver um trabalho que promova uma boa adaptação dos alunos

dos anos iniciais, sem aquela ruptura impactante, que intimida e amedronta os

alunos.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze, sendo uma escola

compartilhada, atende os mesmos alunos da escola de anos iniciais, o que

favorece sua adaptação, onde os mesmos são bem acolhidos, com oferta de

um trabalho pedagógico adequado às suas necessidades e nível de

desenvolvimento.

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4- MARCO OPERACIONAL:

Quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico, está se

considerando que as relações de trabalho, no interior da escola, deverão estar

calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação

coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios de divisão do

trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico.

Todo esforço de se gestar uma nova organização deve levar em conta as

condições concretas presentes na escola e assim, propiciar a construção de

novas formas de relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva

que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes

segmentos envolvidos com o processo educativo, tendo como prioridade o

aluno. Sabe-se que a escola existe em função do aluno e para o aluno.

No momento, se faz necessário que a escola crie condições e situações

favoráveis ao bem-estar do educando e ao seu desenvolvimento em todos os

sentidos: cognitivo, psicomotor e afetivo, a fim de que o mesmo adquira

habilidades, conhecimentos e atitudes que lhe permitam fazer face às

necessidades vitais e existenciais. Toda atenção deve ser dada ao

desenvolvimento de atitudes, habilidades e conhecimentos do professor para a

promoção de um processo educativo de qualidade.

A Organização do Trabalho Pedagógico em nossa escola tem como ponto a

articulação entre as ações, considerando a interdisciplinaridade necessária, as

especificidades da escola do campo, a qualificação do corpo docente e o

contexto institucional.

4.1- Proposta de ações definidas pelo coletivo escolar:

romper com estruturas mentais e organizacionais

fragmentadas;

definir claramente os princípios e diretrizes

contextualizadas, que projetem o vir-a-ser da escola;

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estabelecer a parceria e o diálogo franco, envolvendo a

comunidade escolar e rompendo o individualismo;

conhecer a realidade escolar baseado em diagnóstico

sempre atualizado e acompanhado;

criar soluções às situações problema da escola, dos grupos

e dos indivíduos;

estabelecer metas claras com base nos diagnósticos:

geral, das áreas, por componente curricular, por setor escolar, por grupos

de professores, etc.

contemplar toda a abrangência do saber: ensino, pesquisa,

cursos, gestão;

ter clarificação constante das bases teóricas do processo

com revisão e dinamização contínua da prática pedagógica à luz dos

fundamentos e das diretrizes do currículo, da metodologia, da avaliação, dos

conteúdos, das bases da organização escolar, do regimento, dos

mecanismos de participação, do ambiente e do clima institucional, das

relações humanas, dos cronogramas de estudos e de reuniões etc;

realizar a previsão dos recursos necessários às relações de

trabalho de forma que o dimensionamento e a qualificação do quadro de

professores leve em conta as diversas responsabilidades docentes como aulas,

metodologias, pesquisa, formação continuada;

definir e orientar o corpo técnico-administrativo e pedagógico

para trabalhar na perspectiva das dimensões propostas;

implementar programas de apoio ao estudante visando ao

seu melhor aproveitamento;

garantir na infra-estrutura institucional da escola salas de

aula, bibliotecas, laboratórios, equipamentos, secretaria, sistemas e redes de

informação etc., em perfeito estado de funcionamento;

viabilizar a efetivação do currículo, que é uma construção

social do conhecimento, considerando que o currículo passa uma cultura,

deve ser de acordo com o contexto social dos alunos e das diferentes

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modalidades de ensino.

4.2- Organização do trabalho pedagógico, considerando os elementos

essenciais para sua efetivação

4.2.1- Organização Curricular

O regime de oferta da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze –

Ensino Fundamental é de forma presencial, com organização curricular por

Anos na modalidade ofertada, ou seja, nos anos finais do Ensino Fundamental,

com 4 (quatro) anos de duração (6º ao 9º Ano).

Os conteúdos curriculares observam a difusão de valores fundamentais

ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem

comum e à ordem democrática, e o respeito à diversidade.

Os conteúdos e componentes curriculares são organizados na Proposta

Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do

estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e

Estaduais.

Consta na organização curricular dos anos finais uma Base Nacional

Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física, Ensino

Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa; e uma Parte

Diversificada, constituída pela disciplina de Língua Estangeira Moderna –

Inglês.

4.2.2- Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de

registro, recuperação de estudos, promoção, conselho de classe

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

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desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com

preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único

instrumento de avaliação.

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político

Pedagógico.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a

comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa

reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período

letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades

detectadas, de novas ações pedagógicas, para o Estabelecimento de Ensino.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

A recuperação deverá ser organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de

recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da

disciplina.

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A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade de sua vida escolar.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro

de Classe.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da sua freqüência. Na promoção ou certificação de

conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental, a média final mínima

exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida

por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental que apresentarem

frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados

aprovados ao final do ano letivo.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados

retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente

do aproveitamento escolar;

II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a

6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.

A média de conclusão de cada disciplina será obtida por meio da média

aritmética, dos resultados das avaliações dos períodos letivos, constituindo-se

na média anual (M.A) para o Ensino Fundamental.

O Estabelecimento de Ensino utilizará a seguinte fórmula para o cálculo

da Média Anual no Ensino Fundamental:

1º Bimestre + 2º Bimestre + 3º Bimestre + 4º Bimestre = M.A.

4

A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do

aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

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Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e

expedição de documentação escolar.

Após os resultados apresentados, as informações e dados são analisados

pelo Conselho de Classe, que é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto

Político Pedagógico e no Regimento Escolar da escola, com a responsabilidade

de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem

garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

Deve ser visto como um instrumento de possibilidades transformadoras

da escola, como espaço de geração de idéias e como um espaço educativo. O

Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas

previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato

relevante assim o exigir. Serão etapas do Conselho de Classe:

Pré-Conselho: mobilização da equipe pedagógica para coordenar a

reestruturação do Conselho de Classe; discussão sobre a importância, objetivos

e finalidades do Conselho de Classe, com o coletivo escolar; organização de

comissões para reestruturação do Conselho em novas bases; discussão das

concepções sobre Conselho de Classe presente na prática pedagógico da

escola, fazendo contraponto e generalizações com propostas mais avançadas;

determinação do tipo e das etapas do Conselho de Classe; elaboração da

proposta de forma coletiva.

Conselho de Classe: apresentação, no primeiro Conselho, dos dados

compilados das atas do ano anterior; esclarecimento a todos os participantes

sobre objetivos, finalidades e metodologia adotada pela escola;

desencadeamento da proposta; análise coletiva, encaminhamento de possíveis

propostas de trabalho e distribuição de tarefas; análise coletiva sobre o

desempenho pedagógico do grupo como um todo; levantamento de dados

como ponto de partida para o trabalho no bimestre posterior; avaliação da

proposta vivenciada e replanejamento para o bimestre seguinte.

Pós-Conselho de Classe: encaminhamento das ações, ou seja, definir o

que se vai fazer em decorrência das necessidades da turma; análise dos casos

mais relevantes de cada turma; contexto da vida do aluno: situação afetivo-

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emocional na família, relação com os professores, com a turma, com os colegas

e convocação aos pais e alunos através da equipe pedagógica; ata com a

análise da turma; encaminhamentos de ação e relação dos nomes dos alunos

para encaminhamento especial.

Os alunos do 6º Ano, com defasagem de conteúdos dos anos iniciais, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, são atendidos em período

contraturno, nas Salas de Apoio à Aprendizagem, com uma carga horária de 04

aulas semanais cada.

4.2.3- Processos de Classificação e Reclassificação

A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o

Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios

formais, podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série

ou fase anterior, na própria escola;

II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país

ou exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação

para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e

experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e

dos profissionais:

I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da

escola para efetivar o processo;

II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser

iniciado, para obter o respectivo consentimento;

IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou instrumentos utilizados;

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V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início

do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo

à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento,

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série,

dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o

processo de reclassificação.

Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar

aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à

escola aprová-lo ou não.

A Equipe Pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno

e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,

a fim de obter o devido consentimento.

A Equipe Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela

equipe do Núcleo Regional da Educação – NRE, instituirá Comissão, conforme

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação – SEED, a fim de

discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da

reclassificação.

Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,

anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos

realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,

durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

Estabelecimento de Ensino será registrado no Relatório Final, a ser

encaminhado à Secretaria de Estado da Educação – SEED.

A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.

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4.2.4- Regime de Progressão Parcial

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente.

O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos

matrícula com Progressão Parcial.

As transferências recebidas de alunos com dependência em até

três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial

de estudos.

4.2.5- Adaptação de alunos oriundos de outros regimes

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica

curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.

Será feita pela Base Nacional Comum, e na conclusão do curso, o aluno

deverá ter cursado pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da

equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o

aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao

mesmo.

Ao final do processo de adaptação, será elaborada uma ata de

resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no

Relatório Final.

4.2.6- Formação Continuada

A educação, assim como todas as atividades sociais, necessita de um

constante aperfeiçoamento e atualização.

Investir na formação de todos os profissionais da educação é de

fundamental importância para a melhoria efetiva da qualidade de ensino.

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A reflexão coletiva possibilita a revisão da prática educativa e é esta

avaliação que permite o redirecionamento de nossas metas. Para a formação

de alunos críticos e éticos, aptos a exercer a cidadania, é imprescindível zelar

pela qualidade da aprendizagem desses educandos.

É na hora-atividade que os professores podem realizar um trabalho de

embasamento teórico através de leitura, pesquisa e troca de experiências que

vai enriquecer a prática educativa.

Os profissionais da educação deverão ter livre acesso a grupos de

estudos, reuniões, simpósios, cursos, palestras, ofertados por instituições de

nível superior, outros meios de formação de educadores públicos ou privados,

Núcleo Regional de Ensino e Secretaria de Estado da Educação, que

possibilitem a sua atualização profissional, desenvolvendo um trabalho de

qualidade na escola pública.

A mantenedora oferta Seminários, Simpósios, Grupo de Estudos,

formação à Distância e Grupo de Trabalho em Rede - GTR, através de encontros

municipais, regionais e estaduais, sendo modalidades de formação continuada

do Programa de Capacitação da Secretaria de Estado da Educação,

caracterizado como espaço de encontro de caráter presencial e à distância,

que proporciona e organiza a comunicação, a interação, a produção e a

validação de conhecimentos. Na sua concepção, leva em conta a sedimentação

das políticas educacionais adotadas na Rede Estadual.

A hora atividade é cumprida na escola, de acordo com o cronograma

feito a partir da organização do horário das aulas. É um momento de estudos

sobre o processo ensino/aprendizagem, aperfeiçoamento pessoal em relação

às especificidades de sua área através leitura de materiais didáticos da

biblioteca como: livros da biblioteca do professor, Revista Nova Escola, Revista

do Professor, Gestão em Rede, Pátio, Mundo Jovem, Isto É, Folha de Londrina,

livros didáticos, etc., correção e preparação das atividades, pesquisa no

laboratório de informática, dentre outros.

Através de reuniões serão fornecidos textos para estudo e debate, entre

todos os membros da comunidade escolar, tendo como ponto fundamental à

melhoria da qualidade de ensino. No processo de transformação, todos têm um

papel a desempenhar: professores, equipe técnico-pedagógica e direção. O

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professor, no entanto, é um dos principais agentes de mudança do ensino por

estar em contato direto com os alunos, no locus privilegiado onde se

manifestam os problemas.

Ressalta-se, ainda, que a prática pedagógica só se aperfeiçoa por quem a

realiza, a partir de sua história de vida, das experiências, das relações etc. A

capacitação ajuda a organização adequada do currículo, racionalizando as

experiências de aprendizagem, tendo em vista tornar a ação pedagógica mais

eficaz e eficiente; a estabelecer a comunicação com outros professores,

visando a integração curricular; a autoformação do professor, já que possibilita

o pensar mais sistematicamente sobre a realidade, sobre a proposta, sobre a

prática, evitando a rotina viciada e a improvisação.

As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também não

só na formação dos professores, como de todos os profissionais da educação

(diretores, equipe pedagógica, demais funcionários).

A mudança no perfil e nas incumbências do professor, exigida pela LDB e

pela reforma educacional em implementação, são uns bons exemplo da

necessidade dos profissionais de se continuar aprendendo. Outras

competências e outros conhecimentos são necessários, para que os

professores aprendam a trabalhar de forma interdisciplinar e contextualizada.

A formação continuada em serviço é uma necessidade, e para tanto é

preciso que se garantam jornadas com tempo para estudo, leitura e discussão

entre professores, dando condições para que possam ter acesso às

informações mais atualizadas na área de educação e de forma a que os

projetos educativos possam ser elaborados e reelaborados pela equipe escolar.

A escola, como contexto de formação, realiza as seguintes atividades de

formação:

Efetivação da formação continuada prevista pela SEED

Realimentação do projeto pedagógico.

Seleção e elaboração de material didático, do livro didático,

assim como análise da avaliação nacional, com discussão sobre formas de

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utilização.

Estudo de textos e plenárias nas reuniões pedagógicas.

4.2.7 - Articulação da escola com a família e comunidade

A escola procura envolver os pais e toda a comunidade nas atividades

desenvolvidas. Normalmente as reuniões pontuais acontecem no início do ano

e ao final de cada bimestre, e quando necessário, são realizadas reuniões

extraordinárias com os pais, Conselho Escolar, APMF, para tratar de assuntos

que se fizerem necessários para o momento, dentre eles problemas de

aprendizagem, de disciplina, aplicação de recursos financeiros,

desenvolvimento de programas e projetos, festas, etc., a fim de conhecer,

analisar e controlar o que se passa dentro da escola e direcionar as inovações

necessárias ao bom desempenho de suas funções, com a participação efetiva

dos pais e de toda a comunidade escolar.

Nem sempre os pais comparecem, devido aos compromissos com o

trabalho, distância, mas quando a situação requer, o pai ou responsável é

convocado individualmente, seja por telefone, bilhete ou recado, para

comparecer na escola e tomar ciência e providências em relação ao ocorrido

com o filho.

A escola também oportuniza momentos festivos como Páscoa, Dia das

Mães, Dia dos Pais, para estreitar os laços com as famílias e poder mostrar o

trabalho desenvolvido junto aos alunos.

4.2.8- Organização do horário/hora atividade

A escola é pequena, com apenas uma turma de cada ano do Ensino

Fundamental – Anos Finais e o corpo docente trabalha em outras instituições,

sendo portanto necessário conciliar os horários de forma que atenda

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satisfatoriamente a todos, sem comprometer o pedagógico.

As aulas são distribuídas de forma a não sobrecarregar o aluno, e nas

horas atividade, na maioria dos casos, o professor fica sozinho, devido ao

pequeno número de docentes.

4.2.9- Atuação da Equipe Multidisciplinar

O trabalho da Equipe Multidisciplinar será aplicado conforme o Plano de

Ação elaborado. As ações pensadas estão articuladas aos fatos históricos e

atuais solidificando os conteúdos curriculares na tarefa de levar aos alunos, os

conhecimentos científicos.

Cabe à Equipe Multidisciplinar “...orientar e auxiliar o desenvolvimento

das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo de período

letivo” (Res. Nº 3399/2010-GS/SEED) contribuindo para que o aluno negro e

indígena volte sua atenção para os aspectos positivos da história e da cultura

de seu povo, da contribuição para o país e para a humanidade.

Dentre as ações desenvolvidas, podemos destacar:

• Acompanhamento, juntamente com o Conselho Escolar, do

enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente

escolar.

• Trabalho, na Semana Pedagógica, sobre temas referentes à educação das

relações etnicorracias, diversidade sexual e educação do campo,

utilizando materiais como textos, slides, vídeos, documentários, filmes,

indicações de sites.

• Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de

detectar se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e

Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.

• Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura

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Afrobrasileira, Africana e Indígena, com o envolvimento de todas as

disciplinas.

• Participação do evento da Equipe Multidisciplinar – 2011 (Grupo de

Estudos) com carga horária de 80 horas.

• Seleção de material para estudo e divulgação aos docentes e discentes,

bem como incentivo aos professores das diversas disciplinas para

acessar os sites relacionados ao tema, a fim de inteirar-se das ações

implementadas.

• Pesquisa, junto à bibliotecária, da bilbliografia referente às Relações

Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e

Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.

• Desenvolvimento de palestras e debates com a participação de toda a

comunidade escolar.

• Estudo sobre a real situação do indígena no Paraná e no Brasil.

• Estudo das leis - Leis 10.639/03 e 11.645/08 e materiais orientadores do

trabalho.

• Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência

Negra.

• Reuniões dos integrantes da Equipe Multidisciplinar juntamente com os

membros do Conselho Escolar para as apresentações das ações.

As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar,

considerando que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de

planejamento. Nessa perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva

em reuniões juntamente com os membros do Conselho Escolar e pela

comunidade escolar. As avaliações servirão como subsídios para rever as ações

implementadas no decorrer do ano letivo.

A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do

trabalho, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem

tomadas. É parte integrante do processo de construção das ações e

compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e

sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É

também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a

dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto

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de chegada.

COMPONENTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - 2011

Nome Função

Aparecida Marciana de Souza Pedagoga

Terezinha de Fátima Coutinho Professora - História

Sonia Aparecida da Silva Henriques Professora - Inglês

Rosângela Fogaça da Silva Professora - Matemática

Ademar Ribeiro Richter Professor - Ciências

Lídia Rosa de Paula Guerra Agente Educacional I

Maria Rosa de Oliveira Agente Educacional I

Elisângela Trovão Agente Educacional II

Simone Fogaça Gasoli Diretora

4.2.10- Acompanhamento das atividades em contraturno

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze oferta, no período

contraturno, uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Língua Portuguesa

e uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática para os alunos do

6º/7º ano e uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Língua Portuguesa

e uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática para os alunos do

8º/9º ano, para trabalhar as defasagens apresentadas nessas disciplinas. Os

professores são formados na área respectiva e comparecem duas vezes por

semana para ministrarem quatro aulas semanais de cada disciplina. A diretora

e a pedagoga acompanham o desenvolvimento das atividades, verificando a

assiduidade dos alunos, conversando com os pais, orientando o trabalho

desenvolvido pelas professoras em relação ao Plano de Trabalho Docente,

preenchimento do livro registro, fichas de encaminhamento e relatórios

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semestrais, estabelecendo uma ponte entre os professores regentes e os da

Sala de Apoio.

4.2.11- Matriz Curricular

A Matriz Curricular da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze,

contempla para os anos finais do Ensino Fundamental:

I. Uma Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de:

▪ Arte – 02 aulas semanais em todos os anos;

▪ Ciências – 03 aulas semanais no 6º, 7º e 9º Ano e 04 aulas

semanais no 8º Ano;

▪ Educação Física – 03 aulas semanais no 6º, 7º e 8º Ano e 02 aulas

semanais no 9º Ano;

▪ Ensino Religioso – 01 aula semanal no 6º e 7º Ano;

▪ Geografia - 03 aulas semanais no 6º, 7º e 8º Ano e 04 aulas

semanais no 9º Ano;

▪ História - 03 aulas semanais no 6º, 7º e 8º Ano e 04 aulas semanais

no 9º Ano;

▪ Matemática - 04 aulas semanais em todos os anos;

▪ Língua Portuguesa - 04 aulas semanais em todos os anos .

II. Uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna –

Inglês, com 02 aulas semanais em todos os anos.

O Ensino Religioso, é disciplina integrante da Matriz Curricular do

estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural

religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

Os conteúdos de História e Geografia do Paraná são trabalhados na

disciplina de História e Geografia e os conteúdos de História e Cultura Afro-

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Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade

Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência

contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano

letivo, em todas as disciplinas.

4.2.12- Calendário Escolar

O calendário escolar será elaborado anualmente, conforme normas

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de

ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao órgão

competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à

sua vigência.

O calendário escolar atenderá o disposto na legislação vigente,

garantindo o mínimo de 200 dias letivos (800 horas) anuais, com

complementação de carga horária quando necessário.

4.2.13- Desafios educacionais contemporâneos e atendimento à

diversidade

A escola tem hoje também como atribuição, atender a demanda de

acordo com seus anseios sociais e a sua diversidade cultural, que são

relevantes para a comunidade escolar e que estão presentes nas experiências,

práticas, representações e identidades de educandos e educadores. Trabalhar

disciplinarmente e interdisciplinarmente os temas dos Desafios Educacionais

Contemporâneos, a fim de atender as necessidades culturais, sociais e a

realidade das escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná já é

uma exigência. Tornam-se fundamentais a ampliação do acesso a informações

sobre a diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada

por relações étnico-raciais e a promoção de condições de formação e de

instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de

ensino.

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O professor deverá incluir no Plano de Trabalho Docente - PTD e na

prática docente do dia a dia os diferentes temas que tratam dos Desafios

Educacionais Contemporâneos, como: Educação Ambiental; Educação Fiscal;

Sexualidade; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Enfrentamento à

Violência na Escola; educação do Campo; História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena e Fortalecimento de Identidades e de Direitos.

Esses temas devem ser trabalhados de forma planejada disciplinarmente

e em momentos e situações oportunas, ou mesmo de forma interdisciplinar,

por projetos, culminando com exposições, apresentações, murais, painéis, etc.

A Equipe Multidisciplinar na escola trata da História e Cultura da África,

dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de

contribuir para a valorização da história de seu povo, da cultura, da

contribuição para o país e para a humanidade.

Em relação ao Gênero e Diversidade deve ser garantido o acesso e a

permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de

qualidade por meio de políticas públicas educacionais, com reflexões sobre o

preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual

e à identidade de gênero, de forma a propiciar fundamentação teórico-prática

para o enfrentamento dessas práticas na escola.

A sexualidade deve ser trabalhada abordando-se os conhecimentos

historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e

reprodutivos da juventude.

O enfrentamento à violência e ao uso indevido de drogas felizmente não

tem sido necessário nesta escola, pelo fato de não estarem ocorrendo tais

situações. Entretanto, busca através da prevenção, desviar a criança, o

adolescente e o jovem dessas situações de risco, através de trabalhos

orientados em sala de aula, como produção de cartazes, seminários, vídeos e

documentários educativos a respeito, contrato pedagógico com a participação

também da equipe diretiva-pedagógica, onde se priorize o respeito às

diferenças, ao semelhante, o cumprimento de regras para uma boa

convivência, conservação do patrimônio público, enfim, ações que sejam

possíveis realizar no interior da escola. Além disso, também acontecem

palestras educativas com a Patrulha Escolar Comunitária – PEC e com

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profissionais da comunidade.

4.2.14- Ações preventivas em parceria

Muitas ações para prevenir situações de risco ao ser humano, que

comprometem a saúde pública, são realizadas também em parceria com a

UENP e Secretaria da Saúde Municipal, quando da necessidade de montar uma

“força tarefa” para evitar doenças como a dengue, gripe A, DSTs, AIDS, etc.

São realizadas palestras pelos alunos da FALM, teatro, distribuição de panfletos

explicativos, vistorias pelos agentes de saúde, e assim ocorre uma colaboração

mútua.

4.2.15- Envolvimento das Instâncias Colegiadas

Instâncias colegiadas são aquelas em que há representações diversas e

as decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências

diferenciadas.

Para um trabalho efetivo da escola, é necessário que haja um

envolvimento entre os órgãos colegiados, já que representam a comunidade

escolar com atribuições específicas e todos devem trabalhar na busca do bem

comum. É fundamental que todos participem das reuniões, conheçam o

funcionamento da escola e tomem as decisões de forma coletiva.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze possui os seguintes

órgãos colegiados e equipes de trabalho:

4.2.15.1- Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do

trabalho pedagógico e administrativo do Estabelecimento de Ensino, em

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conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria

de Estado da Educação -– SEED.

O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade

escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos

com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu

membro nato, o (a) Diretor (a) Escolar.

A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais

da educação atuantes no Estabelecimento de Ensino, alunos devidamente

matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos

alunos.

A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,

presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.

O Conselho Escolar poderá eleger seu Vice-Presidente dentre os

membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.

O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar

a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.

Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,

mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a

representatividade dos níveis e modalidades de ensino, onde as eleições dos

membros titulares e suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento

convocada para este fim, para um mandato de 02 anos, admitindo-se uma

única reeleição consecutiva.

O Conselho Escolar da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze,

de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é

constituído pelos seguintes conselheiros na gestão 2012/2014:

Membros Função

Simone Fogaça Gasoli Presidente

Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica

José Cláudio Ranucci Representante do Corpo Docente

Maria Luiza Cappi Representante dos Funcionários Administrativos

Maria Rosa de Oliveira Representante dos Funcionários de Serviços Gerais

Brenda Mara Guerra Representante do Corpo Discente

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Valdirene Marques de Almeida Guerra Representante dos Pais de Alunos

João José Guerra Representante da APMF

Osmar José da Silva Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade

4.2.15.2- Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de

representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino,

sem caráter político, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus dirigentes e conselheiros.

A APMF é regida por estatuto próprio, aprovado e homologado em

Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

São objetivos da APMF:

I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando

sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do

Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;

II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-

lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta

Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade;

IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da

APMF e do Conselho Escolar;

V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa

forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,

gratuita e universal;

VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e

toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e

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desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas

em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;

VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta

ação.

Composição da APMF – Mandato 2011/2013

Membros Função

João José Guerra Presidente

Reginaldo Pelissari Vice-Presidente

Elisângela Trovão 1º Secretário

Sonia Aparecida da Silva Henriques 2º Secretário

Maria Rosa de Oliveira 1º Tesoureiro

Maria Cristina Bertachi Reynaldo 2º Tesoureiro

Jacqueline Cristiane dos Santos 1º Diretor Sociocultural e Esportivo

José Cláudio Ranucci 2º Diretor Sociocultural e Esportivo

4.2.15.3- Equipe Diretiva

A equipe diretiva da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze é

composta apenas pelo diretor, haja vista ser uma escola que funciona num

único período, e o mesmo é responsável pela efetivação da gestão

democrática, de forma a assegurar o alcance dos objetivos educacionais

definidos neste Projeto Político Pedagógico.

Dentre as várias competências do diretor, podemos destacar:

I. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

II. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

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III. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

IV. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

V. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento

às decisões tomadas coletivamente;

VI. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

VII. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

VIII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

IX. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico- administrativa no âmbito escolar;

X. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

XI. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,

juntamente com a comunidade escolar;

XIII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar.

4.2.15.4- Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política

educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

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Compete à equipe pedagógica:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando

à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para

todos;

VII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-

ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

IX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

XI. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,

de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico;

XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

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desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade

escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

XIII. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

XIV. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XV. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,

a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XVI. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XVII. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XVIII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino.

4.2.15.5- Agentes Educacionais

A equipe dos agentes educacionais compreende os profissionais técnico-

administrativos, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório, e

os auxiliares operacionais, que têm a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, coordenados e

supervisionados pela direção do estabelecimento de ensino.

Todos têm suas atribuições específicas, de acordo com o Regimento

Escolar, compõem a comunidade escolar, e portanto, devem participar da

tomada de decisões, da construção do Projeto Político Pedagógico, bem como

da sua efetivação.

65

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4.2.15.6- Equipe Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados, sendo os responsáveis mais diretos pela apropriação dos

conhecimentos pelos alunos. Para que se alcance o ensino de qualidade

pretendido é fundamental aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico

e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,

dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto

PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino;

IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente, onde as atividades desenvolvidas

em sala de aula tenham em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo

aluno;

V. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos

alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,

resguardando prioritariamente o direito do aluno;

VI. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas

no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

VII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os

alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no

decorrer do período letivo;

VIII. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos

alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços

e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

IX. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

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escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e

aprendizagem;

X. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

XI. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de

credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

XII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada

aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

XIII. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,

junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à

Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes

ou modificações no processo de intervenção educativa;

XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística;

XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós-

Conselhos, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento

do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e

decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da

cidadania;

XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade à equipe pedagógica;

XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos

dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;

XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento

de ensino;

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XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação

da escola com as famílias e a comunidade;

XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional

em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho

ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria

de Estado da Educação.

4.2.15.7- FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente

Em 2005 foi lançado o PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO

ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA, apresentado com o título Fica Comigo,

onde o combate à evasão foi e é a sua principal meta.

A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA) é um dos instrumentos

colocados à disposição da escola e da sociedade, e tem como objetivo

acompanhar os casos de evasão de todos os alunos a partir do momento em

que apresentem ausência de 5 dias consecutivos e 7 dias alternados num

mesmo mês. Além disso, a FICA também tem sido utilizada para análise dos

principais motivos que levam à evasão escolar, o que possibilita o

acompanhamento e a mediação na busca de órgãos competentes que possam

dar suporte às escolas.

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As ações de enfrentamento da evasão escolar são desenvolvidas durante

todo o ano letivo, com o acompanhamento diário da presença/ausência dos

alunos, procurando saber os motivos das faltas e o que pode ser realizado

para reverter situação, mediante comunicação da ausência pela Equipe

Pedagógica junto aos pais/responsáveis (via telefone ou comunicado por

escrito) solicitando a sua presença no Estabelecimento de Ensino para

esclarecer sobre o motivo da ausência do aluno e adotando procedimentos que

possibilitem o retorno imediato, relatando os fatos no livro de ocorrências do

Estabelecimento de Ensino. Após as medidas tomadas pela escola e esgotados

todos os recursos, sem o retorno do aluno ao Estabelecimento de Ensino, a

Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA é encaminhada ao Conselho

Tutelar, acompanhada de um ofício e do relatório de todas as ações realizadas

pela escola, para providências cabíveis.

4.2.16- Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica

Curricular

A Proposta Pedagógica Curricular das escolas públicas do Paraná são

norteadas pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, um

documento oficial que traz em si o chão da escola e traça estratégias que

visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do

conhecimento pelos estudantes da rede pública.

As Diretrizes constituem-se num material que é fruto de um trabalho

coordenado pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da

Educação e que contou com a participação de todos os professores da rede

estadual de ensino. Nele estão os fundamentos teóricos e metodológicos que

orientam o ensino de cada disciplina.

Os mesmos princípios democráticos que fundamentam a construção

destas Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento na contínua

reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e

transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e

democrático (SEED/PR, 2005).

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4.3- Proposta Pedagógica Curricular

Do ponto de vista de uma pedagogia crítica e progressista é preciso ter

sempre a concepção de educação escolar e o tipo de formação que se

pretende propiciar aos educandos. É importante que os educandos se

apropriem de instrumentos de comunicação e de conteúdos culturais básicos

para entender a sociedade em que vivem e poder transformá-la.

É de responsabilidade do coletivo da escola assumir o papel de elaborar

uma proposta curricular que cada vez mais se aproxime daquilo que acredita

ser fundamental no processo de escolarização dos alunos, na realidade de sua

comunidade e diante de todas as incertezas postas na contemporaneidade. O

primeiro passo é conhecer a realidade por meio de um diagnóstico, não existe

uma orientação segura, uma forma (ou fórmula) de organização curricular,

resolvendo o problema da exclusão que há tempo desafia as escolas.

Sabemos que somos responsáveis pela estruturação e pelo

desenvolvimento do currículo que julgamos ser adequado à construção de uma

identidade social. O currículo não deve ser visto como simples organização

formal das disciplinas, dos conteúdos e dos tempos pedagógicos, ele é um

instrumento norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado,

aberto à produção de sentidos, um processo dinâmico que incorpora os

saberes e os elementos culturais de seus agentes, numa compreensão do

contextualizada do mundo e da cultura que valoriza e fortalece as identidades,

não-excludente e politicamente posicionada.

Os conteúdos da Proposta Curricular da Escola Estadual do Campo

Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental estão vinculados à realidade local,

garantindo a relação entre o acesso aos conhecimentos historicamente

acumulados e os saberes da vivência cotidiana. (SEED/Pr., 2008). Estão

contemplados os saberes da História, da Cultura e da realidade do campo.

(SEED/PR., 2008).

Os conteúdos gerais estão ligados ao mundo do trabalho, ao

desenvolvimento do campo em todas áreas do conhecimento (Matemática,

Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências, etc.). Os específicos estão de

acordo com as características locais, regionais, econômicas e culturais da

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comunidade.

Os estudos estão direcionados para o Mundo do Trabalho,

Desenvolvimento Social Justo, ecologicamente sustentável.

Os textos destacam a cultura do campo, movimentos sociais, a pobreza,

desigualdade social, lutas camponesas, a questão agrária, políticas públicas

para o campo, dentre outros.

A diversidade do campo contempla os aspectos sociais, culturais,

políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.

A metodologia é direcionada a procedimentos como aulas na roça,

excursões, entrevistas, palestras, reuniões, dramatizações, observações etc.

Os recursos utilizados são as enciclopédias, livros, jornais, revistas,

vídeos, recursos naturais como rios, córregos e campos, áreas de plantação,

comunidades locais, estufas, etc. São considerados os tempos na família, na

escola, na produção, nas atividades culturais.

A avaliação se dará por meio de diversos instrumentos e em diversos

espaços.

ARTE

1. Apresentação e Justificativa:

Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz

culturalmente a visão particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o

mundo. Portanto, esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo o

ensino de Artes como conhecimento, trabalho e expressão e como necessidade

de apropriação do saber artístico e estético.

Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a

partir dos conhecimentos estéticos e artísticos, aproximando-o do universo

cultural da humanidade nas suas diversas representações.

Para tanto, é necessário o processo de ensino e de aprendizagem, o

desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a

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articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa

disciplina. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de

pensamento, estabelecer conexões entre saberes e vivências e que possa

expressá-las através de diferentes linguagens artísticas, expandindo suas

potencialidades criativas.

A partir das concepções da Arte e de seu ensino considera-se alguns

campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de

estudo desta disciplina, que é: “o conhecimento estético e o conhecimento da

produção artística”. O pensamento, a sensibilidade e percepção articulam-se

numa organização que expressa os pensamentos e sentimentos, sob a forma

de representações artísticas. O conhecimento artístico está relacionado com o

fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e

formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse

processo as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas

expressam saberes específicos a partir da experimentação com materiais, com

técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da

Dança, da Música e do Teatro.

2. Conteúdos:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Elementos formais;

• Composição;

• Movimentos e períodos.

São conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem

em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. São

apresentados separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, mas

metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada

um do outro, para garantir ao aluno o conhecimento sistematizado da arte.

Seu caráter social é relevante. É preciso considerar tempo-espaço no

trabalho pedagógico, tanto como categoria articuladora dos conteúdos

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estruturantes, quanto pelo caráter histórico e social que enriquece a

compreensão da arte e da vida.

São conteúdos estruturantes:

- Elementos Formais:

São os recursos empregados numa obra. São elementos da cultura

presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a

produção artística e o conhecimento em arte. Ex.: o timbre em Música, a cor

em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.

O professor deve aprofundar na sua área de habilitação e estabelecer

articulação com as outras áreas.

- Composição:

É o processo de organização e desdobramento dos elementos formais

que constituem uma produção artística.

Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos

de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas

visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e

estilos.

- Movimentos e Períodos:

Caracteriza-se pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento da

Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes

numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um

movimento artístico em suas especialidades, gêneros, estilos e correntes

artísticas. Deve estar presente em vários momentos do ensino.

Os conteúdos estruturantes são interdependentes e de mútua

determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de modo

simultâneo.

A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos

artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos

diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão do mundo,

característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de

composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.

Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos

conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.

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No planejamento das aulas, a organização dos conteúdos deve ser de

forma horizontal, pois em toda ação pedagógica planejada deve estar

presentes conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes.

A postura metodológica adotada deve propiciar ao aluno uma

compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando

metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e

movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são

interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma

de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ANO

MÚSICA

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica

pentatônica

cromática

improvisação

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Ponto

Linha

Textura

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura,

Arte Greco-

Romana

Arte Africana

Arte Oriental

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ARTES

VISUAIS

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

escultura, arquitetura

Gênero: cenas da mitologia.

Arte Pré-Histórica

TEATRO

Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais,

teatro indireto e direto,

improvisação, manipulação,

máscara

Gênero: Tragédia, Comédia

e Circo

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de apoio

Movimentos articulares

Fluxo (livre e

interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e

baixo)

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

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Deslocamento (direto e

indireto)

Dimensões (pequeno e

grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

7º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo/Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico, indígena,

popular e étnico

Técnicas: vocal, instrumental

e mista

Improvisação

Música popular e

étnica (ocidental

e oriental)

ARTES

VISUAIS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura, escultura,

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

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Cor

Luz

modelagem, gravura...

Gêneros: Paisagem, retrato,

natureza morta...

TEATRO

Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais,

mímica, improvisação,

formas animadas...

Gêneros: Rua e arena,

Caracterização.

Comédia dell´

arte

Teatro popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoio/Rotação

Coreografia/Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo (livre, interrompido e

conduzido);

Lento, rápido e moderado;

Níveis (alto, médio e baixo);

Formação

Direção

Gênero: Folclórica, popular e

étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIEAltura / Duração Ritmo/ Melodia/ Harmonia Indústria cultural

77

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MÚSICA Timbre

Intensidade

Densidade

Tonal, modal e a fusão de

ambos.

Técnicas: vocal, instrumental

e mista

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

ARTES

VISUAIS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia, áudio-visual e

mista

Indústria

Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

TEATRO

Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação no Cinema e

Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais,

sombra, adaptação cênica...

ndústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Movimento Corporal Giro/ Rolamento/ Saltos Hip Hop

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DANÇA

Tempo

Espaço

Aceleração e

desaceleração

Direções (frente, atrás,

direita e esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria cultural

e espetáculo

Musicais

Expressionismo

Indústria

cultural

Dança Moderna

9º ANO

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

PARA A SÉRIE

ARTES

VISUAIS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafite,

performance...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e

Arte Latino-

Americana

Hip Hop

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Cor

Luz

Gêneros: Paisagem

urbana, cenas do

cotidiano...

TEATRO

Personagem:

Expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos

teatrais, direção, ensaio,

teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia/ Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do

Absurdo

Vanguardas

DANÇA

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de apoio

Peso

Fluxo

Quedas/ Saltos/ Giros

Rolamentos

Extensão (perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance e

moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança

Contemporânea

3. Metodologia:

O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens

artísticas por meio das manifestações/produções compostas pelos elementos

básicos, com prioridade e valorização do conhecimento nas aulas de Arte.

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Nas Artes Visuais, o professor explorará formatos bidimensionais,

tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características específicas

contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição

desses elementos no espaço.

Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu

desenvolvimento no tempo e no espaço implica que o professor explore as

possibilidades de improvisar e compor. Nessa linguagem artística também

podem ser abordadas questões acerca das relações entre o movimento e dos

conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente

recortes da realidade.

Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos

sons presentes no cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que

se priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de

sons percebidos, bem como a identificação de suas prioridades, variações e

maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura

musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da organização desses

elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.

Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as

possibilidades de improvisação e composição no trabalho com os personagens,

com o espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou

dramáticos, clássicos ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento

da linguagem do Teatro na escola também se ocupa da montagem do

espetáculo e da respectiva análise dos elementos formadores dessa

linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio do ato

de dramatizar.

É preciso que aluno compreenda a dimensão histórica em que cada

forma artística aconteceu. Perceber que cada maneira de representar vem

carregada de significados e é o resultado dos esforços e possibilidades ao

alcance do homem, num dado espaço e período da história.

Recursos Metodológicos:

Através de atividades realizadas em grupo, assim o aluno estará

exercitando cooperação, argumentação e tolerância. Capacidades

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fundamentais para sua formação e desenvolvimento.

Produção artística individual, durante o qual o aluno estará exercitando

sua expressividade, criatividade e sensibilidade.

Dialogar com alunos, observar seu interesse, expressão, chamá-los a

opinar. E, ao mesmo tempo, levar o aluno a conhecer a arte como

linguagem, valorizando a cultura.

Serão também trabalhados , articulados aos conteúdos curriculares, os

desafios sócio-educacionais, sempre que for pertinente ao conteúdo

desenvolvido. Em Arte serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Música (Lei

nº11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana;

Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento

à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e

Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21 Escolar.

4. Avaliação:

A avaliação será:

- Diagnóstica, para avaliar a condição de aprendizagem dos alunos.

- Processual, contínua e cumulativa, por permear todos os momentos da

prática pedagógica, ou seja, avaliação da aprendizagem, do ensino

(desenvolvimento das aulas) e autoavaliação dos alunos.

- Somativa, com atribuição de valores (notas)

Será considerado a capacidade individual, o desempenho, interesse e

envolvimento do aluno nas aulas, sem fazer comparações entre os mesmos,

observando as dificuldades e progressos de cada um.

Deverá ser avaliado como o aluno soluciona problemas apresentados e

como interage em grupo, o domínio que o aluno vai adquirindo nos modos de

organização destes conteúdos e os elementos formados na composição

artística, ultrapassando a cópia e a imitação.

Enfim, construir a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do

conhecimento técnico, o trabalho artístico permitindo que este venha a ser

partilhado com os outros, utilizando instrumentos como trabalhos individual e

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em grupo, pesquisas bibliográficas e em grupo, debates em forma de

seminários e simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de

relatórios, gráficos, áudio- visual e outros.

Serão utilizados alguns instrumentos como: trabalhos individual e em

grupo; pesquisas bibliográficas individual e em grupo; debates em forma de

seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de

relatórios, gráficos, áudio-visual e outros.

A recuperação de estudos será ofertada aos alunos no decorrer do

processo ensino/aprendizagem, concomitantemente, considerando o que não

foi apropriado. Será oferecida a todos os alunos, em especial aos com média

inferior à da aprovação, para que, através da retomada dos conteúdos,

resgatem o que não conseguiram aprender. Entre a nota da avaliação e a da

recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriaram dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de

novos instrumentos de avaliação.

5. Referências:

CALABRIA; Carla P.B. e ou. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 Editora:

FTD, 1997.

HADDAD; Denise A e ou. A Arte de Fazer Arte. Editora: Saraiva, 2009;

JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora: Scipione,

1997.

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica – Secretaria de

Estado da Educação. 2008.

Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.

FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.

Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.

Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.

Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo–Governo do Paraná,

1998.

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CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.

CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para

crianças. Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.

BRIOCHI, Gabriela. Arte Hoje – Editora FTD, São Paulo, 2003.

PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte – Editora Ática, São Paulo,

2008.

MEIRA, Beá. ARTE – Projeto Radix – Raiz do conhecimento – Editora Scipione,

São Paulo, 2009.

VALADARES, Solange e ou. – Arte no cotidiano escolar – Editora FAPI, Belo

Horizonte, MG, 2001.

CIÊNCIAS

1. Apresentação e Justificativa:

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o

conhecimento científico que resulta da investigação da natureza, sendo do

ponto de vista científico, o conjunto de elementos integradores que constitui o

Universo em todo sua complexidade, cabendo ao homem interpretar

racionalmente seus fenômenos resultantes das relações entre elementos

fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia

e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e

com a natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência,

porém a maneira de como o homem interage com a natureza possibilita a

incorporação de experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos

através de trabalhos em conjunto com seus semelhantes e transmitidos

culturalmente. Portanto, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecendo novas

formas de relação com a natureza, passando a compreendê-la e apropriando-

se dos seus recursos.

Foi através da observação de regularidades percebidas na

natureza que o conhecimento científico passou a ser sistematizado, permitindo

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a apropriação da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.

A ciência sendo uma atividade humana complexa, histórica e

coletivamente construída, não revela a verdade, mas propõe modelos

explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos.

A disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer

e complementar o entendimento das múltiplas relações físicas, químicas,

biológicas, geológicas, dentre outras, que ocorrem no ambiente. Na Base

Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o trabalho com

questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e exploratórias.

Como não é possível existir uma descrição universal para os

modelos diante da complexidade dos fenômenos naturais, faz-se necessário

considerá-los como uma construção coletiva produzida por grupos de

pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico, num cenário

sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, sendo

imprescindível ainda determiná-lo no tempo e no contexto das realizações

humanas, que são também historicamente determinadas. Neste conceito

conceituar ciência, exige cuidado epistemológico, sendo necessário, para

conhecer a real natureza da ciência, investigar a história da construção do

conhecimento científico.

A historicidade da ciência está ligada não somente ao

conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse

conhecimento é produzido, as tradições de pesquisas que os produzem e as

instituições que as apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e

daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar

sobre a natureza nos diversos momentos históricos.

2. Conteúdos:

2.1. ESTRUTURANTES:

− Astronomia

− Matéria

− Sistemas Biológicos

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− Energia

− Biodiversidade

2.2- BÁSICOS:

6º ANO:

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMASBIOLÓGICOS

Níveis de organização

ENERGIA

Formas de Energia

Conversão de Energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

7º ANO:

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Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de Energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADEOrigem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

8º ANO:

87

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Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de Energia

BIODIVERSIDADEEvolução dos seres vivos

9º ANO:

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA Astros

Gravitação universal

MATÉRIA Propriedades da matéria

SISTEMAS

BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

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ENERGIA Formas de Energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADEInterações ecológicas

3. Encaminhamentos Metodológicos:

Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em

laboratório têm sido valorizadas como o recurso que torna concreto o

tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a

repetir procedimentos e roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo

conteúdo, sem uma maior reflexão sobre os vários fenômenos e fatores

intrínsecos envolvidos.

Destacaram a necessidade de laboratório, materiais e equipamentos

para a realização de atividades práticas, inclusive com o uso de materiais

alternativos, no ensino de Ciências. No entanto, é consenso, que as aulas

práticas sejam desenvolvidas, desde que os conceitos a serem trabalhados não

sejam simplificados de forma extrema e garantam a interpretação de fatos,

fenômenos e conceitos, tendo como principal referência os princípios

específicos da disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação,

intencionalidade, aplicabilidade, provisoriedade).

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos

conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias

metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos

conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser

desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade

(vinculando teoria e prática), visando à construção de noções e conceitos

significativos. Esse encaminhamento evita a dicotomia entre teoria e prática,

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eliminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de

roteiros e procedimentos que induzem as respostas prontas ou a comprovação

de leis, teorias ou fenômenos. As aulas práticas a serem desenvolvidas no

contexto escolar na concepção aqui proposta devem considerar sempre a ação

e a reflexão, portanto, “não basta envolver os alunos na realização de

experimentos, mas também procurar integrar o trabalho prático com a

discussão, análise e interpretação dos dados obtidos” (ROSITO, apud MORAES,

2003).

Julga-se necessário que o planejamento das atividades possibilitem uma

participação dos alunos enquanto sujeitos ativos que colaboram

progressivamente na construção do seu conhecimento. Os encaminhamentos

para a disciplina em questão reforçam a postura dos professores como

mediadores e pesquisadores capazes de considerar o desenvolvimento

cognitivo dos educandos, seus conhecimentos prévios, o contexto histórico

atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os diferentes ritmos de

aprendizagem. Dessa forma, a professora poderá desenvolver, temática

emergencial da sociedade contemporânea, numa abordagem que inter-

relacione “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), concebendo a Ciência como

um processo social, histórico e não dogmático; a Tecnologia “como aplicação

das diferentes formas de conhecimento para atender às necessidades sociais”

e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos podem perceber, por meio da

Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como cidadãos”, sendo

“estimulados a participar democraticamente” expressando suas opiniões

(SOLOMON21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61). Para tanto, sugere-se

algumas estratégias pedagógicas, tais como:

• observação;

• trabalho de campo;

• experimentação;

• construção de modelos;

• jogos de simulação e desempenho de papéis;

• visitas a indústrias, fazendas, museus;

• projetos individuais e em grupos;

• redação de cartas para autoridades;

90

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• palestrantes convidados;

• estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;

• leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.

• fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre

outros (Agenda 21).

Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores

poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais

variados recursos pedagógicos: slides, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s educativos,

entre outros.

A disciplina de Ciências pretende propiciar ao aluno o entendimento dos

fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e transformações no

ambiente. Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as

intervenções, no sentido de possibilitar ao educando o desenvolvimento da

criatividade, da consciência crítica, do trabalho em equipe e do respeito à

diversidade. As proposições teórico-metodológicas apresentadas não têm a

pretensão de esgotar as possibilidades de encaminhamentos metodológicos

para a disciplina, e sim, de indicar caminhos e alternativas para inserir o

conhecimento científico no cotidiano do aluno, numa perspectiva de totalidade,

considerando a realidade social nos seus diversos aspectos.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-

educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ciências

serão trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº 13.381/01); História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação

Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente;Direito das

Crianças e Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07); Educação Tributária (Dec. Nº

1.143/99, Portaria nº 413/02).

4. Avaliação:

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Serão estabelecidos critérios e instrumentos a fim de investigar a

aprendizagem significativa sobre todos os conteúdos trabalhados.

A avaliação será utilizada para atender o aluno, observando o nível em

que ele se apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento e deve

incorporar quatro dimensões: diagnóstica, contínua, cumulativa e participativa,

possibilitando ao professor uma constante revisão de suas aulas para adequá-

las ao ritmo de aprendizagem de seus alunos, promovendo um desempenho

mais eficiente acerca do processo ensino e aprendizagem.

Serão considerados alguns critérios essenciais de avaliação:

• Valorização da natureza como um todo dinâmico e o ser humano em

sociedade como agente de transformações do mundo em que vive,

em relação essencial com os demais seres vivos e outros

componentes do ambiente;

• Compreensão da ciência como um processo de produção de

conhecimento e uma atividade humana;

• Identificação das relações entre conhecimento científico, produção

de tecnologia como meio para suprir necessidades humanas sabendo

elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-

tecnológicas;

• Entendimento da saúde pessoal, social e ambiental como bens

individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de

diferentes agentes;

• Capacidade de formular questões e propor soluções para problemas

reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em

práticas conceito,s procedimentos e atitudes desenvolvidos no

aprendizado escolar;

• Utilização de conceitos científicos básicos associados à energia,

matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;

• Valorização do trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e

cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;

• Estímulo no cuidado com o próprio corpo, com atenção para o

desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação

de convívio e de lazer;

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• Valorização da vida em sua diversidade e a conservação dos

alimentos;

• Identificação dos movimentos visíveis de corpos celestes no

horizonte e seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no

passado da humanidade;

• Interpretação de situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental

relacionando informações sobre a interferência do ser humano e a

dinâmica das cadeias alimentares;

• Compreensão da importância da alimentação humana, da obtenção

e conservação dos alimentos, sua digestão no organismo e o papel

dos nutrientes na sua constituição e saúde;

• Valorização a disseminação de informações relevantes aos membros

da sua comunidade.

A apropriação dos conhecimentos será verificada através da observação

do desempenho do aluno, relatórios, debates, pesquisas, trabalhos individuais

e em grupo, participação do aluno na realização das atividades, prova com/sem

consulta, escrita e oral.

A recuperação de conteúdos será desenvolvida de forma concomitante

ao processo, paralela, incluindo retomada dos conteúdos não apropriados, com

atividades individuais ou em grupo, sendo dada nova oportunidade de

avaliação, prevalecendo a maior nota.

5. Referências:

______. O corpo humano. São Paulo: Ática, 2002.

FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago. 2005.

FONSECA, Albino. Caderno do Futuro. São Paulo: IBEP, 2003.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.

GOWDAK, Demétrio, MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2006.

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GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Natureza e vida. São Paulo: FTD, 1996.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: EDUSP, 1980.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

WILSON, E. O Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

EDUCAÇÃO FÍSICA

1. Apresentação e Justificativa:

As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as

práticas corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas

da Europa. Sobre a égide de conhecimentos médicos e da instrução física

militar, a então denominada ginástica surgiu, principalmente a partir de uma

preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos

cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em

prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e

habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além

de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do

respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. Vivenciamos nos últimos

quinze anos a afirmação gradativa do ensino da Educação Física numa

perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe essa disciplina

como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o

conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao

longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação

Física, além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o

movimento.

O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita

com seu corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada

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momento histórico um diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus

movimentos estiveram sempre à mercê da cultura. Nossa conduta motora nos

revela aspectos biológicos e culturais que são determinantes na evolução do

corpo e da mente.

Na aula de Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em

movimento, possibilitando aos seus alunos participar da construção do

conhecimento de si mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual

possamos incluir o desenvolvimento do organismo enquanto complexidade

biofísico social, criando condições para o desabrochar de processos corporais

mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos, procedimentos, valores

e atitudes.

A Educação Física, cujo objeto de estudo é a cultura corporal, é uma

disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras, espaços onde se pode

dar início às mudanças significativas na maneira de se implementar o processo

de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do

cotidiano associados à cultura de movimentos, que podem ser utilizados como

objetos para reflexão, resgatando e incorporando a cultura popular e a vivência

dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade contemporânea, a escola tem

assumido papel primordial na formação de crianças, jovens e adultos. As

modificações das relações familiares legaram a esta instituição

responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim

formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com

as desigualdades de todas as naturezas e suas consequências, necessitando

para tanto pensar sua práxis do cotidiano.

Neste contexto, cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando

atuar conscientemente neste sentido. A Educação Física, como disciplina do

núcleo comum, busca assim sua reorganização, uma vez entendida como fruto

do processo histórico de evolução do homem que sempre se movimentou,

criou jogos, danças e práticas atendendo suas várias necessidades sociais.

Segundo BRACHT “a pedagogia da Educação Física enquanto ciência prática

tem seu sentido não na compreensão, mas no aperfeiçoamento da práxis”

(1992 p. 42).

Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á

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num processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas

as crianças e jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas

que constituem essa cultura motora, cognitiva e social.

2. Conteúdos:

6º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Atletismo; tênis de mesa.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Danças folclóricas Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.

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Dança

Danças de rua

Danças criativas

Break; funk.

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas de aproximação

Capoeira

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.

Angola; regional.

7º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Individuais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Atletismo; tênis de mesa.

Jogos e brincadeiras Amarelinha; elástico; 5

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Jogos e brincadeiras

populares

Brincadeiras e cantigas de roda;

Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Danças folclóricas

Danças de rua

Danças criativas

Danças circulares

Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.

Break; funk.

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas de aproximação

Capoeira

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.

Angola; regional.

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8º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Radicais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Skate.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Improvisação; imitação; mímica.

Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Danças criativas

Danças circulares

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Contemporâneas;

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folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Esgrima; kendô.

Angola; regional.

9º ANO:

ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS

Esporte

Coletivos

Radicais

Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.

Skate.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Improvisação; imitação; mímica.

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Jogos cooperativos Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.

Dança

Danças criativas

Danças circulares

Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Contemporâneas; folclóricas; sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Corda; arco; bola; fita.

Acrobacias; malabares.

Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).

Lutas

Lutas com instrumento mediador

Capoeira

Esgrima; kendô.

Angola; regional.

3. Metodologia:

Considerando a cultura corporal como objeto de estudo, através

do esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física

colabora para que os alunos possam reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas

corporais. O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos

princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento, mudança,

qualidade e contradição.

A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e

contraposição de saberes, isto é, compartilhar conhecimento científico ou

saber escolar e o saber construído no meio cultural informado pelo senso

comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão criativas apontando

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um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres, respeitando as

dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.

Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o

significado às atividades realizadas para que haja o enriquecimento da

proposta curricular valorizando o aluno e suas habilidades motoras vendo o

mesmo como um todo, não se apegando apenas nas técnicas esportivas, pois

no trabalho como educador, o professor de Educação Física deve aplicar

atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e criativas, tendo como

objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e satisfação, pois

ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar e

nela se realiza.

Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos

“práticos” e sim auxiliar para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo”

adquirindo condições de atuar como cidadão consciente. Serão utilizados

recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de dominó, xadrez e dama, rádio,

bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc; tendo o cuidado de

estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a

criticidade, em busca da superação da meritocracia, da seletividade e do

individualismo.

Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de

dar aos alunos a chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção

social num processo dinâmico, consciente e contínuo, a construção do

conhecimento pela práxis.

Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a

necessidade dos alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano

letivo, assumindo a sua cota de responsabilidade, deixando de lado a

sistemática tradicional de somente participarem das atividades escolares

quando o professor responsável pela turma estiver presente.

O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência

do professor haverá a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de

professores de educação física e/ou outro professor de outra disciplina.

Dentro das temáticas que serão desenvolvidas estarão a História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis 10.639/03 e 11.645/08), a

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Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o

Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07 e a

Educação Fiscal, que serão trabalhadas de forma contextualizada e

relacionadas aos conteúdos.

4. Avaliação:

A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo

desenvolvido para identificar lacunas no processo de ensino e de

aprendizagem, bem como para planejar e propor outros encaminhamentos que

visem a superação das dificuldades constatadas, onde será um processo

contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando o trabalho

visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de

ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que

os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma

relação com o mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o

conteúdo seja produzido e socializado através de vivências que evidenciem o

fundamental papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é

necessário que o professor crie oportunidades para que os alunos os

construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do

professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise de

dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas

pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo

principal o aluno no ato de aprender.

É importante que se tenha clareza da função social da avaliação

na construção do saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a

Educação, da produção do conhecimento de forma crítico-reflexiva,

estabelecendo um diálogo permanente com o cotidiano dos autores

(professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o verdadeiro

exercício da cidadania.

Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja

produzido e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental

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papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o

professor crie oportunidades para que os alunos os construam, a partir das

suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do professor a aplicação de

ações como: uma observação direta, diagnóstica, contínua, cumulativa e

processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento nas

atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no

decorrer do ano atinjam seu alvo principal: o aluno no ato de aprender.

Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e

para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à

necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes

instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como

forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta

de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,

revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento

estão sendo valorizados.

Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas

realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,

seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além

dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados

aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o

significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do

aluno e para a coletividade à qual pertence.

Inicialmente far-se-á a avaliação diagnóstica para detectar o grau

de conhecimento e de dificuldades do educando.

A avaliação deve se materializar em cada aula (observação

constante do aluno feita pelo professor), considerando sua aplicação e

consequência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses

individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas

possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho

no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da

concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um

ser único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na

perspectiva de uma avaliação participativa.

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A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante

numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.

A recuperação paralela ocorrerá de forma concomitante ao

processo ensino e aprendizagem, sempre que o professor verificar que seu

aluno apresentou dificuldades no desenvolvimento das atividades, não

assimilou o que lhe foi proposto, resultando num baixo desempenho. O

conteúdo será retomado, revisto, e os alunos submetidos a nova avaliação,

prevalecendo o melhor resultado.

5. Referências:

BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.

CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.

KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed.Rio de Janeiro: Sprint,1998.

LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e

brincadeiras com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.

ENSINO RELIGIOSO

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1. Apresentação e Justificativa:

Compreender a história do Ensino Religioso é entendê-lo no bojo da

educação desenvolvida nas múltiplas relações do contexto político-

educacional. O Ensino Religioso no espaço escolar, era tradicionalmente o

ensino da Religião Católica Apostólica Romana, então religião oficial, como

determinava a Constituição de 1824. Com a República,o ensino passou a ser

laico, público, gratuito e obrigatório, e a hegemonia católica foi rejeitada. A

partir da Constituição de 1934 o Ensino Religioso passou a ser admitido na

escola pública, como facultativa. Nas constituições de 1937, 1946 e de 1967 foi

mantido como matéria do currículo, com frequência facultativa para o aluno e

de caráter confessional, de acordo com a profissão de fé da família. Na década

de 60, surgiram os debates sobre a questão da liberdade e a diversidade

religiosa, e o Ensino Religioso perdeu sua função catequética. Porém, na

prática, não foi o que aconteceu, pois estava à mercê da crença individual de

quem ministrava as aulas, no caso, voluntários e em caráter proselitista, uma

vez que não existiam cursos de licenciatura para professores. Na LDB 4024/61

o Ensino Religioso era facultativo, sem ônus para o poder público, embora o

Ensino Religioso fosse parte da formação pública, a responsabilidade pelos

docentes não competia ao Estado, e deveria ser ministrado de acordo com a

confissão religiosa do aluno.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se

concretizou legalmente na redação LDBEN de 1996 e sua respectiva correção,

em 1997, pela Lei 9.475 de acordo com o artigo 33, que estabelece o Ensino

Religioso como parte integrante da formatação básica, com matrícula

facultativa, disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação

Básica, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa, sem

quaisquer formas de proselitismo. Pela primeira vez na história houve a

inclusão de temas religiosos na educação brasileira, em que foi proposto um

modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática

catequética nas escolas públicas. Foi então rompido o modelo de ensino dos

assuntos religiosos vigentes, de caráter confessional, e impôs aos responsáveis

pela disciplina de Ensino Religioso a obrigação de repensar a fundamentação

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teórica, sobre a qual se deverá apoiar os conteúdos a serem trabalhados e a

metodologia utilizada. A partir de então surgirão várias propostas pedagógicas,

visando à melhor maneira de se planejar um Ensino Religioso laico, previsto

nessas leis.

O Ensino Religioso no Paraná, para viabilizar a proposta de Ensino

Religioso no Paraná, através da Associação Interconfessional de Curitiba

(Assintec), formada por um grupo ecumênico, se preocupou em elaborar

material pedagógico e cursos de formação continuada. Um desses foi o

Programa Nacional de Tele Educação (Prontel) em 1972, que propôs a

instituição do Ensino Religioso radiofonizado nas escolas municipais. A SEED e

a Assintec aceitaram o Prontel, com parecer favorável do Conselho Estadual da

Educação. Em 1973, a SEED designou a ASSINTEC como intermediária entre a

Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação; foi instituído o Serviço de

Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina. Em 1976,

pela resolução n° 754/76, foram autorizados os cursos de atualização religiosa

em quatorze municípios com apoio de Associação Escolas Católica (AEC) e

disponibilizado aos professores um conjunto de apostilas intituladas

“Crescerem em Cristo”. No ano de 1981, surgiu o projeto “Diga sim” como

forma de ampliar a formação e favorecer a preparação dos temas a serem

trabalhados. Também houve o I Simpósio de Educação Religiosa no CETEPAR,

onde se levantou a necessidade de contribuir com as discussões realizadas na

Constituinte e garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na

legislação brasileira. Em 1987, iniciou-se o curso de especialização em

Pedagogia Religiosa com carga horária de 360 horas, numa parceria SEED,

ASSINTEC e PUC/PR. As discussões iniciadas na Constituinte foram

intensificadas com a promulgação da Constituição de 1988, por meio da

organização de um movimento nacional para garantir o Ensino Religioso como

disciplina escolar. Em 1992, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso

seguindo os moldes do Currículo Básico, elaborado pela ASSINTEC, com a

colaboração da SEED. Dessa forma, mais uma vez se esvazia o papel do Estado

em relação ao Ensino Religioso, a responsabilidade das tradições religiosas se

distancia ainda mais das demais disciplinas do currículo, ficando a cargo da

Assintec definir orientações para a oferta do Ensino Religioso nas escolas, em

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conformidade com a Resolução SEED n.6.856/93. Com a nova LDBEN 9.394/96,

perde a validade essa resolução.

Surgiram novas discussões para mudanças, de acordo com o artigo 33 da

LDBEN 9.394/96, e três propostas foram apresentadas para mudanças nesse

artigo: a primeira seria a exclusão do texto “sem ônus para os cofres públicos”,

a segunda indicava que o Ensino Religioso fosse parte da formação básica do

cidadão, e a terceira solicitava o caráter laico para o Ensino Religioso.

Houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso no Paraná,

de 1995 à 2002, e ficou restrita apenas onde havia professor efetivo da

disciplina. Em 1997, foi publicado o PCN de Ensino Religioso.

Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a

deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas

do Sistema Estadual de Ensino do Paraná, os professores foram envolvidos num

processo de formação continuada, de 2004 a 2008, para elaboração das

Diretrizes Curriculares. Em 2006, o Conselho Estadual de Educação aprova a

Deliberação 01/06 que institui novos encaminhamentos para o Ensino Religioso

no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, em que se destacam, a partir dessa

deliberação, os seguintes avanços:

•O repensar do objeto de estudo da disciplina;

•O compromisso com a formação continuada dos docentes;

•A consideração da diversidade religiosa no Estado Frente à superação das

tradicionais aulas religião;

•A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes

leituras do Sagrado na sociedade;

•O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das

diferentes manifestações culturais e religiosas.

Nessa perspectiva a SEED sustentou um longo processo de discussão que

resultou na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso, em

fevereiro de 2006.

As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária

reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,

diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão

ampla da diversidade cultural.

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As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão

da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente,

e que, são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.

Portanto, busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento,

de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações

religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria

cultura em que se insere.

Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à

diversidade religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto

de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo

presente em todas as manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes

culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras

recentes, ou seja, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira

como o homem vive seu cotidiano.

A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à

compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado,

com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a

sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou

negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas

manifestações são significativos para todos os alunos no processo de

escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das

interfaces da cultura e da construção da vida em sociedade.

2. Objetivos:

- Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

- desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

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– fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social;

- Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões

religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o

acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso;

− Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu intuitivo,

consciente, crítico, participativo, comprometido com a realidade social, política

e econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores de uma

sociedade justa.

3. Conteúdos:

6º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Texto Sagrado

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Organizações Religiosas

• Lugares Sagrados

• Textos Sagrados, Orais ou Escritos

• Símbolos religiosos

7º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES• Paisagem Religiosa

• Universo Simbólico Religioso

• Texto Sagrado

CONTEÚDOS BÁSICOS

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• Temporalidade Sagrada

• Festas Religiosas

• Ritos

• Vida e Morte

4. Metodologia:

Os conteúdos serão abordados numa nova proposta que tem como objeto

de estudo o Sagrado. Este servirá de base para os outros conteúdos. Será

assegurada a especificidade dos mesmos, sem desconsiderar a sua

aproximação com as demais áreas do conhecimento.

Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá

para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença

religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de

qualquer expressão do Sagrado. Ou seja, a construção, a reflexão e a

socialização do conhecimento religioso deverão favorecer a formação integral

do educando e o convívio com o diferente.

A linguagem a ser utilizada nas aulas será a pedagógica e não a religiosa,

de modo a respeitar o direito à liberdade de consciência e opção religiosa de

educando, pois serão destacados os aspectos científicos do universo cultural

do Sagrado e da diversidade sócio-cultural, ou seja, a base teórica que compõe

o universo das diferentes culturas nas quais se firmam o Sagrado e suas

expressões coletivas.

Estará em conformidade com as Leis 10639 e 11645, que orientam quanto

à temática africana e indígena, que são instrumentos de orientação para o

combate à discriminação que estabelece o ensino da história da África e da

Cultura afro brasileira nos sistemas de ensino. As Leis da educação propõem o

Ensino Religioso como um direito que garante acesso a outros direitos e

reconhece a escola como lugar de formação de cidadãos, como ambiente

acolhedor dessas diferenças, em que implica favorecer um lugar onde todos se

sintam valorizados e reconhecidos como sujeitos de direitos em sua

singularidade e identidade.

No Ensino Religioso, é necessário a adoção de múltiplos instrumentos

metodológicos e encaminhamentos que situem o aluno sujeito de seu

aprendizado, com participação ativa e constante em atividades de leituras,

pesquisas, montagem de painéis, visitas, debates, reflexão sobre textos,

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poemas, músicas, filmes, acontecimentos atuais e apresentação de plenárias; a

abordagem de questões que envolvem a criança e adolescentes como:

sexualidade (gravidez indesejada, DSTs e GLBTS), violência, uso indevido de

drogas entre outros e também questões que envolvem a prática da cidadania

no que se refere aos tributos e a aplicação correta dos recursos públicos, bem

como as questões ambientais, que são de suma importância para a

manutenção da vida.

Enfim, serão trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-

educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido, ou seja,

conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº

10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação Fiscal; Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas; Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o

Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.

5. Avaliação:

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como

não terá registro de nota ou conceitos na documentação escolar, isso se

justifica pelo seu caráter facultativo.

Caberá ao professor implementar praticas avaliativas que permitam

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela

classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.

Buscar-se-á com o processo avaliativo, identificar em que medida os

conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações

do Sagrado pelos alunos:• relação respeitosa com os colegas que têm opções religiosas diferentes

da sua;• reconhecimento do fenômeno religioso como um dado da cultura e da

identidade de cada grupo-social;•emprego de conceitos adequados para referir-se a diferentes

manifestações do Sagrado;• retomar os conteúdos e perceber que a apropriação dos conhecimentos

da disciplina o que lhe possibilitará conhecer e compreender melhor a

diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante.

A avaliação pode revelar-se através da transformação social, se a prática

pedagógica está pautada no respeito à diversidade cultural e religiosa por meio

de mudanças de comportamento observado pelo professor em diferentes

situações de ensino e aprendizagem, apresentando sugestões de acordo com

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as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso do Paraná.

6. Referências:

- Educar com Parábolas: Alfonso Francia – Ed. Ave Maria

- Revista Mundo Jovem

- Textos diversos− PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares

Orientadoras para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.

Curitiba, 2008.

GEOGRAFIA

1. Apresentação e Justificativa:

Podemos afirmar que a Geografia sempre fez parte da vida dos seres

humanos como um recurso relacionado à sobrevivência ou como elemento

determinante da organização espacial.

Relacionar-se com a natureza foi primordial para a sobrevivência dos

primeiros agrupamentos humanos. Assim, os povos caçadores e coletores,

preocupavam-se em observar as variações das estações climáticas, que

regulam os ciclos reprodutivos da natureza. Os povos que dependiam da

navegação, se especializaram em observações das marés e ventos

predominantes, e assim sucessivamente, visando, sobretudo, facilitar sua

própria existência.

Deste modo, outros conhecimentos foram desenvolvendo-se, tais como

a confecção de mapas, observação e discussão a respeito da forma e tamanho

da Terra, como se distribuíam os rios, primeiras definições sobre latitude e

longitude, dentre outros que lançaram as bases da ciência geográfica.

Ao analisarmos nossas práticas pedagógicas no ensino da Geografia,

percebemos que elas estão pautadas numa mistura de correntes geográficas

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tradicionais e novas. Um exemplo dessa prática é a dualidade que ainda existe

no conceito geográfico de região natural e humanizada ou física e humana.

Os gregos foram os primeiros a se organizar em termos econômicos,

políticos, sociais e ambientais, passando a utilizar a geografia em vários

aspectos ampliando assim o conhecimento geográfico.

Com o aperfeiçoamento da navegação e o advento do capitalismo, o

mundo passa a ser ocupado pela classe burguesa que começa a explicar as

questões que envolvem o homem e o espaço. A geografia passa a ser estudada

nas escolas francesa e alemã, descrevendo em várias linhas do pensamento

geográfico contemporâneo, os três principais elementos geográficos da terra:

Homem, Natureza e Espaço. Por intermédio desses estudos passaram a criar

leis e princípios que explicam os fenômenos geográficos.

No Brasil, após a Revolução de 1930, o ensino e a pesquisa de Geografia

se institucionalizaram, sendo influencia unicamente pela escola clássica

francesa.

Com a criação do IBGE (1930), primeira instituição a reconhecer o fazer

geográfico, veio atender as necessidades de levantamento de dados

demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. O

ensino de geografia no Brasil foi inserido no século CIC, mas de forma indireta

em textos que enfatizam a descrição do território, sua dimensão, suas belezas

naturais e servir como estratégia para difundir o pensamento das elites sobre o

crescimento do país.

A Geografia teve por muito tempo um enfoque descritivo do espaço,

não se apresentando de maneira clara e objetiva enquanto disciplina,

desempenhando um papel apenas decorativo, pois não apresentava um

caráter crítico da realidade. A profunda mudança ocorrida após o fim da 2ª

Guerra Mundial com o surgimento da Nova Ordem Mundial trouxe novos

enfoques para o estudo da Geografia como exemplo: os problemas sociais e

ambientais que passam a fazer parte dos conteúdos desta disciplina.

Para muitos pensadores da Geografia, o homem passa a ser o principal

elemento da geografia, por ser o causador das mudanças social, econômica,

política, cultural e ambiental. Neste aspecto, a geografia humana torna-se

importante por explicar todo o processo de transformação que vem ocorrendo

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no espaço e nas sociedades.

A geografia humanística – passa a contribuir para a construção do

modelo de espaço mais justo para o homem, sem se preocupar com os

aspectos econômicos, enquanto que a geografia clássica passa a se preocupar

com os conceitos de região, de espaço e território, voltamos aos interesses

sociais e econômicos.

A geografia histórico-crítica objetiva o estudo do espaço geográfico,

valorizando as relações sociais e suas ações sobre o espaço geográfico. Nesta

geografia o professor deve elaborar ou criar situações que promovam a

aprendizagem do aluno, deixando o mesmo participar, opinar e se inteirar do

conteúdo de maneira crítica, articulando através da teoria com prática social,

para que ele possa compreender as relações das forças produtivas do

trabalho e do seu papel na sociedade.

A chamada Geografia Clássica- no final do século XIX até os meados do

século XX, desenvolveu na sua vertente francesa os conceitos de região e

paisagem, eram considerados o próprio objeto de estudo da Geografia, a

paisagem era o aspecto visível de um gênero de vida e tinha valor cultural e

histórico.

Outros conceitos ganharam destaque como ferramentas necessárias

para a explicação do espaço geográfico, entre eles o conceito de lugar e, mais

tarde , o de rede.

Portanto, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico,

entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade, e através

desta Ciência tem-se buscado adquirir conhecimentos de extrema relevância

para a vida em sociedade e em particular para o desempenho das funções de

cidadania, proporcionando aos educandos diferentes práticas pedagógicas que

permitem colocá-los em diferentes situações de vivência com lugares onde

vivem, e que possibilitem, não apenas compreensão das relações sócio-

culturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas

também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a

realidade: o conhecimento geográfico.

Para tanto, deve-se oportunizar aos educandos conhecimentos

específicos da Geografia e, através destes, possibilitá-los a leitura e a

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interpretação do espaço com criatividade, considerando a diversidade das

temáticas geográficas, bem como suas diferentes formas de abordagem.

Neste contexto, entra em cenário a Ciência Geográfica, visto que o seu

estudo é de fundamental relevância e intervenção na realidade social. Através

dela, podemos compreender como diferentes sociedades interagem entre si e

com a natureza na construção de seu espaço, entendendo as múltiplas

relações de um lugar com outros lugares.

Enfim, para que isto ocorra, o educando terá que desenvolver uma

educação que contemple a complexidade do mundo atual, onde tudo se

desloca numa grande velocidade, alternando com rapidez a realidade global.

2. Conteúdos:

2.1. Estruturantes:

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma

disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu

objeto de estudo e ensino, ou seja, o espaço geográfico. São, neste caso,

dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos específicos

devem ser abordados.

Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os

conteúdos estruturantes de Geografia devem considerar, em sua abordagem

teórico-metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas

geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,

sociais e culturais que marcam o atual período histórico.

Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes

da Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos

específicos, por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões

geográficas próprias dos quatro conteúdos estruturantes.

A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado

conteúdo específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo

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estruturante, ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser

explicitada pelo professor para que o aluno compreenda que na realidade

socioespacial eles não se separam.

• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

Discute-se neste conteúdo estruturante os espaços de produção como o

industrial-urbano e o agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de

cada um, a hierarquia dos lugares, as relações econômica entre as diferentes

porções territoriais como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões.

Relações de produção e de trabalho, como as sociedades produzem o espaço

geográfico sob a perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis)

necessários para a manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).Ênfase

nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades, nas diferentes

classes sociais, na configuração sociespacial.

Os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,

especialmente o de Rede.

• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais as instâncias

e instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Neste conteúdo

estruturante aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala

micro (rua, bairro) até a escala macro (país, instituições internacionais). O

papel do Estado e das forças políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime

organizado, associações), bem como as redefinições de fronteiras, orientadas

por motivos econômicos, culturais, sociais, políticos, são fundamentais.

Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante

são Território e Lugar.

• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões

deste conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de

necessidades e a mobilização de “recursos” naturais para satisfaze-las, no

modelo econômico do capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo

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estruturante. Através desse conteúdo é trabalhado como essas relações se

concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os conceitos de

Sociedade e Natureza são entendidos como categoria de análise neste

conteúdo estruturante. Modo de produção, classes sociais, consumo,

sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos a partir da

perspectiva da produção espacial e da paisagem.

• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DOS ESPAÇO

GEOGRÁFICO:

As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são

centrais neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em

funções das especificidades culturais. As marcas culturais na produção das

paisagens (rural e urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; a

ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e suas

consequências econômicas, culturais, sociais; os grupos sociais e étnicos em

sua configuração espacial e urbana, rural, regional.

Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante

são os de região (singularidades e generalidades) e paisagem.

2.2. Básicos:

Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para os anos da

etapa final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a

formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação

Básica, ofertados pela escola. O acesso a esses conhecimentos é direito do

aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico

com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

Os conteúdos básicos, apresentados a seguir em cada ano do Ensino

Fundamental, devem ser tomados como ponto de partida, e por serem

conhecimentos fundamentais para cada ano, não podem ser suprimidos nem

reduzidos, ao contrário, o professor poderá acrescentar outros conteúdos

básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua

disciplina naquilo que constitui como conhecimento especializado e

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sistematizado, sempre articulando com os conteúdos estruturantes.

6º ANO

Conteúdos Estruturantes:

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

- Dimensão Política do Espaço Geográfico

- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

Conteúdos Básicos:

- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico.

- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- A mobilidade populacional e as manifestações socio-espaciais da diversidade

cultural.

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

7° ANO:

Conteúdos Estruturantes:

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

- Dimensão Política do Espaço Geográfico

- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

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Conteúdos Básicos:

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- Movimentos migratórios e suas motivações.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico.

- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

8° ANO:

Conteúdos Estruturantes:

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

- Dimensão Política do Espaço Geográfico

- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

Conteúdos Básicos:

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- O comércio em suas implicações socioespaciais.

- A circulação da mão-de–obra, capital das mercadorias e das informações.

- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

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espaço geográfico.

- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

- O espaço rural e a modernização da agricultura.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- Os movimentos migratórios e suas motivações.

- As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.

- Formação, localização exploração e utilização dos recursos naturais.

9° ANO:

Conteúdos Estruturantes:

- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico

- Dimensão Política do Espaço Geográfico

- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico

- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

Conteúdos Básicos:

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

- A revolução técnico científico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção.

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re) organização do espaço geográfico.

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

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exploração e produção.

- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

3. Metodologia:

Através do método de ensino a Geografia deve contribuir para a formação

de um cidadão, sendo que os próprios conteúdos devem ter a função de

resgatar o conhecimento produzido, ou seja, o que cada um traz junto consigo,

dando sentido social, para estes saberes. A educação e o ensino devem ser

pensados sempre do lugar onde se está inserido e não isoladamente( CALLAI,

2001).

A educação deve assumir um papel que garanta mudança, no modo de

agir e pensar do aluno cidadão.

As questões do território devem ser analisadas em escalas sendo da local

para a global, ou ao contrário, sempre tendo em mente que se deve englobar a

escala em que o aluno esta inserido, para que seja possível entender as outras

escalas.

Quando ao ler e escrever em Geografia, este ganhou uma nova dimensão

desde o uso de obras literárias, que possam ter temática relacionada com o

ensino de Geografia, e o escrever também, por que isto não é restrito somente

a disciplina de Língua Portuguesa, são Linguagens que permitem um maior

atrativo nas aulas e maior interesse nos alunos, quebrando com a mesmice de

sempre.

Outra linguagem muito usada na Geografia é o dos meios de

comunicação, mais vale lembrar que o “ professor não deve se tornar um

jornal, trabalhando apenas com notícias”, além de tomar o devido cuidando

com as notícias vinculadas, pois estas muitas vezes defendem uma ideologia e

interesses de alguns grupos, o ler e escrever em Geografia deve formar alunos

mais atentos a sua realidade e participem da transformação da mesma.

É necessário que os alunos falem, escrevam, tenham suas oportunidades

em sala de aula; O ler escrever falar em público é uma tarefa interdisciplinar

que deve estar ligada a todas as áreas do ensino, passando todas as barreiras

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até então criadas de que só cabe a certa disciplina.

De acordo com as Diretrizes a metodologia de ensino deve permitir que o

aluno se aproprie dos conceitos fundamentais da Geografia e compreenda o

processo da produção e transformação do espaço geográfico.

O professor deve conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para

que a compreensão dos conteúdos e aprendizagem crítica aconteçam. Todo

esse procedimento tem por finalidade de que o ensino de Geografia contribua

para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira

consciente e crítica.

A organização do processo de ensino deve ampliar a capacidade de

análise de espaço geográfico e a formação de conceitos da disciplina. Os

conteúdos serão abordados com ênfase nas dimensões geográficas da

realidade econômica, política, socioambiental, sendo que alguns conteúdos

estruturantes podem se mais enfatizados, devendo haver uma articulação dos

conteúdos estruturantes, básicos e específicos.

A Geografia nos anos finais do ensino fundamental encaminhará o aluno

para que amplie as noções espaciais que desenvolveu nos anos iniciais. Desta

maneira, o professor aprofundará os conceitos básicos que fundamentam a

compreensão e a crítica da organização, destacando que o espaço geográfico é

resultado da integração entre as características físico-natural e humano-social,

analisadas a partir de diferentes níveis e escalas.

As práticas pedagógicas para o ensino de Geografia estarão relacionadas

aos fundamentos teóricos das Diretrizes, utilizando recursos áudio visuais

( filmes, trechos de filmes , programas de reportagem e imagens em geral),

obras de arte e literatura, aula de campo e outras maneiras de abordar o

conteúdo. A cartografia será abordada como um recurso didático ao longo do

processo ensino aprendizagem, devendo estar presente em todos os anos.

Serão também trabalhados , sempre que pertinentes ao conteúdo

desenvolvido, articulados ao currículo, Geografia do Paraná e os desafios sócio-

educacionais: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº

10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação do Campo; Educação Ambiental (Lei

Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal.

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4. Avaliação:

A avaliação deve se fazer presente no processo de ensino e

aprendizagem, tanto como meio de diagnóstico da aprendizagem, quanto

instrumento de investigação da prática pedagógica, assumindo assim

dimensão formadora, sendo o fim desse processo, a aprendizagem ( Paraná,

2008). A avaliação é um elemento integrador do processo ensino e

aprendizagem, visando identificar avanços e dificuldades, levando-nos a buscar

caminhos para solucioná-los.

O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o

conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em

ler e interpretar textos, fazendo uso das representações cartográficas,

analisando o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas,

culturais e políticas, comparando, e sintetizando a densidade das relações e

transformações que tornam concreta e vivida a realidade.

Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em

Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das

relações sócio-espaciais para compreensão e intervenção na realidade. A

avaliação dever ser abrangente. Os mecanismos utilizados devem ser variados,

legítimos e devem ter como função principal a verificação dos progressos

conquistados pelos alunos.

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente

ligada à concepção de avaliação contínua e formativa. A avaliação contínua e

formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade

precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de

ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.

Não tem sentido processos avaliativos que apenas constatem o que o

aluno aprendeu ou não aprendeu, acima de tudo os objetos/processos

avaliativos devem contribuir para a formação de sujeitos que se apropriem do

conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e

conflitos (Paraná, 2008).

Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no

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decorrer do processo de ensino/ aprendizagem, poderão ser utilizados os

seguintes instrumentos de avaliação:

• Atividade de leitura compreensiva de textos;

• Construção, representação e análise do espaço através de maquetes,

entre outros;

• Pesquisas bibliográficas;

• Interpretação e produção de texto;

• Palestra/ Apresentação oral;

• Relatórios;

• Apresentação e discussão de temas em seminários;

• Debates;

• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• Atividades a partir de recursos audiovisuais;

• Trabalho em grupo;

• Confecção de peças teatrais com a temática geográfica;

• Interpretação de músicas e obras literárias;

• Questões discursivas;

• Questões objetivas;

• Projetos de Pesquisa;

• Confecção de Jogos.

Para que as intervenções possam ocorrer satisfatoriamente e de forma

diferenciadas, propiciando assim, alterações de várias naturezas na rotina

cotidiana da sala de aula, o professor utilizará o instrumento que julgar

apropriado, durante o desenvolvimento do conteúdo em sala, para a

compreensão e melhor desempenho da turma, observando que tais

intervenções serão feitas no decorrer dos bimestres.

Desta forma podemos concluir que a avaliação do processo ensino

aprendizagem pela perspectiva de investigar para intervir, deve ser

desenvolvida através de instrumentos (Paraná, 2008).

Quanto ao processo de recuperação, esta se dará de forma paralela e

tratada de forma contínua e concomitante ao processo de ensino

aprendizagem.

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5. Referências:

- DIRETRIZES CURRICULARES ORIENTADORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO

ESTADO DO PARANÁ: SEED 2008

- PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de

Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção

dos conteúdos de Geografia e cultura Afro-brasileira e africana nos currículos

escolares/ Paraná. Curitiba: SEED- PR, 2005.

- www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

- Urbanização e industrialização no Paraná/ Dennison de Oliveira- Curitiba:

SEED, 2001.

- CAVALCANT, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de

conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia.

CEDES, v. 24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005.

- SANTOS, M. Data totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.

HISTÓRIA

1. Apresentação e Justificativa:

Esta breve história tem como objetivo suscitar a respeito dos aspectos

políticos, econômicos, culturais, bem como das relações entre o ensino da

disciplina e a produção do conhecimento histórico.

Na década de 1920, o ensino de História era predominantemente

tradicional. Valorizava-se alguns personagens como sujeitos da História e da

sua atuação em fatos políticos de forma factual e linear, cabiam ao professor

aulas expositivas e ao aluno a memorização a respeito dos conteúdos

ensinados como verdade. Essas práticas remetem ao período imperial.

As produções históricas foram elaboradas sob a influência da escola

metódica e do positivismo. Assim o currículo titular tinha como objetivo

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contribuir para a legitimação dos valores aristocráticos, no qual o processo

histórico conduzido pelos líderes excluía possibilidade das pessoas comuns

serem entendidas como sujeitos históricos.

Com a República, a disciplina perde espaço e volta a ser valorizada

durante o governo de Vargas, onde a elite contribuiu para legitimidade do

projeto nacionalista, o ensino da História se ocupava em reforçar o caráter

moral e cívico dos conteúdos escolares.

Com a introdução da Escola Nova em 1930 foi legitimada através da Lei

5.692 em 1971 a disciplina de Estudos Sociais. O ensino entrou numa formação

termicista e preparação da mão de obra para o mercado de trabalho. No

segundo grau a disciplina de História foi dividida em OSPB, proliferando cursos

de licenciatura curta em Estudos Sociais. A aproximação entre educação básica

e a superior foi retomada a partir da década de 1980, fundamentada na

pedagogia histórico crítica, por meio do Currículo Básico- 1990, e tinha

pressupostos teóricos, a historiografia social, pautada no materialismo

histórico- dialético, indicando alguns elementos da nova história. Esse currículo

valorizava as ações sujeitas em relação ás estruturas em mudanças que

demarcam o processo histórico das sociedades. Essa forma curricular

demonstrava a dificuldade proposta em romper com a visão eurocêntrica da

História, havendo uma supervalorização dos conteúdos em detrimento dos

temas, sub temas que tinham como orientações ás formações sociais do

processo histórico.

A implementação dessas novas proposta no ensino de História foi limitada

devido à ausência prévia de um processo de formação continuada dos

professores, que desde 1970 ministravam aulas de Estudos Sociais, OSPB e

EMC para uma proposta curricular pautada na pedagogia histórico - crítica dos

conteúdos e sem referencias teórico- metodológicos prévios para os

professores além da pouca ênfase dada pelos governos que se seguiram. A

partir da década de 1980 esse modelo tradicional de ensino da disciplina de

História começa a ser questionado com base em novas teorias história gráficas

principalmente a Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa. A Nova

História, ligada à tradição dos Annales, propunha novas abordagens, novos

problemas e novos objetos. Já a Nova História Cultural buscou aproximar a

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disciplina com outros campos do saber como a Antropologia, a Sociologia, a

Geografia e até mesmo a Literatura.

Questionando o Materialismo Histórico, a Nova Esquerda Inglesa ampliou a

noção de poder, passando de um poder estatal para micro-poderes

hierarquizados. Pautada nessas novas teorias a disciplina da História começou

a ampliar seu campo de atuação, compreendendo que o conhecimento

histórico possui diferentes formas de explicar o seu jeito de investigação,

constituídas também nas experiências dos sujeitos, permitindo formar uma

consciência histórica crítica e rompendo com as produções ligadas à

linearidade possibilitando uma maior compreensão do fato histórico. Cumpre

destacar que a História é um conhecimento construído e em construção. Isso

significa que a produção da História não resulta do desenvolvimento de um

método que esgote o que há para saber os objetos no passado, mas sim de

sucessivas perguntas que as diferentes gerações fazem ao mesmo, com novos

métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber possível

de novas interpretações.

Vale dizer, que o estudo da História, tanto mo âmbito da ciência, quando

no da educação, sempre é um recorte da imensa quantidade de dados e ideias

disponíveis, não sendo possível estudar toda a História. A História é também, a

expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a todos, pelo qual as

pessoas se orientam no tempo, desde a mais simples das atitudes às mais

complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si mesma, seus grupos e

outras sociedades. A História como ciência é uma das formas de expressão

dessa atividade, com métodos, fontes e finalidades próprias, mas não única. O

conhecimento histórico escolar é feito da síntese dos saberes científicos com

os saberes cotidianos, orientados da experiência pessoal, familiar, religiosa, da

participação em entidades da sociedade civil, entre outros. O conhecimento

histórico é também fundamental na definição das identidades pessoais e

coletivas, bem como sobre os outros grupos na totalidade temporal. Partindo

desse princípio, o trabalho do professor de História, consiste em favorecer o

respeito à diversidade e ao caráter multicultural das sociedades. O ensino de

História terá como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os

saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. Os

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conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da constituição

da disciplina e no referencial teórico da investigação da política, econômico-

social, a luz da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural, inserindo

conceitos relativos à consciência histórica.

A História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas no tempo. Nesse contexto podemos conhecer a História da humanidade em tempos e

lugares diferentes, levando em consideração as condições de vida, sua

maneira de pensar, agir e organizar, considerando as heranças recebidas

daqueles que viveram anteriormente, além de se preocupar com os problemas

atuais contribuindo para compreensão do momento que estamos vivendo,

devendo considerar em suas dimensões amplas que envolvem a formação

cultural.

2. Conteúdos:

6º ANO – Os diferentes Sujeitos, Suas Culturas, Suas Histórias – Das origens

do ser humano ao século V – as diferentes trajetórias e Culturas.

Conteúdos Estruturantes :

- Relações de Trabalho, cultura e Poder.

Conteúdos Básicos:

- A experiência humana no tempo;

- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

- As culturas locais e a cultura comum.

Conteúdos Específicos:

- Produção do conhecimento histórico;

- O historiador e a produção do conhecimento histórico;

- Tempo e temporalidade;

- Patrimônio Material e Imaterial;

- Pesquisa e Articulação da História com outras áreas do conhecimento;

- A Humanidade e a História;

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- De onde viemos, quem somos, como sabemos? Os estudos do homem

brasileiro através da arqueologia. (Lagoa Santa – MG; São Raimundo Nonato –

PI; Sambaquis – PR);

- Desenvolvimento da Humanidade e grandes migrações: Teorias do

surgimento do ser humano na América;

- Mitos e lendas da origem do ser humano; Desconstrução do conceito de

Pré-histórica; Povos ágrafos, memória e história oral;

- Povos indígenas no Brasil e no Paraná;

- As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia: Mesopotâmia, Egito,

Núbia, Hebreus, China, Gregos e Romanos;

- Império Bizantino.

7º ANO: A constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da

Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços.

Conteúdos Estruturantes:

- Relações de Trabalho, Cultura e Poder.

Conteúdos Básicos:

- As relações de Propriedade;

- A Constituição Histórica do Mundo do Campo e do Mundo da Cidade;

- As Relações entre o Campo e a Cidade;

- Conflitos e Resistências e Produção Cultural Campo/Cidade.

Conteúdos Específicos:

- Formação do Sistema Feudal, a influência religiosa na atribuição de poderes

políticos e na divisão social;

- O homem feudal e os mitos da floresta do mal. A influencia da cultura

religiosa;

- A ocupação do solo em países do oriente médio de cultura islâmica;

- A ocupação do solo em reinos da África e da China e Japão;

- Transição do Feudalismo para o Capitalismo. Surgimento e consolidação dos

Estados Nacionais;

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- A ocupação territorial resultante das reformas religiosas e do renascimento;

- Os des(encontros) entre América e Europa: Astecas, Maias, Incas, Binômio

Tupi-tapuia;

- A Europa pré-capitalista e a ocupação/exploração do território

latinoamericano;

- A colonização espanhola e a portuguesa na América.

8º ANO: O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

Conteúdos Estruturantes:

- Relações de Trabalho, Cultura e Poder.

Conteúdos Básicos:

- História das relações da humanidade com o trabalho;

- O trabalho e a vida em sociedade;

- O trabalho e as contradições da modernidade;

- Os trabalhadores e as conquistas de direito.

Conteúdos Específicos:

- A crise portuguesa do século XVII;

- A época do ouro no Brasil;

- O trabalho e escravidão na África negra;

- O trabalho no período da exploração do ouro no Brasil. (Mão-de-obra

escrava, de subsistência e de integração a dominação portuguesa);

- Revolta contra os impostos sobre o “trabalho”;

- Revoluções Inglesas: uma modificação nas relações religiosas e sociais;

- O processo de cercamentos: a expulsão da mão-de-obra rural e formação

de mão-de-obra obra assalariada na Inglaterra;

- Do artesanato à maquinofatura. Novas relações de trabalho – 1ª Revolução

Industrial;

- As lutas operárias e os sindicatos. (Cartismo, Ludismo);

- O iluminismo e o uso da razão. Questionamentos sobre a origem das

desigualdades sociais;

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- A colonização da América do Norte: exploração, autonomia e povoamento;

- A revolução francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;

- Organização de poder, dominação, trabalho e cidadania no primeiro reinado

e regências do Brasil;

- Brasil e EUA no século XIX;

- Modernização, imigração, abolição da escravidão e a República.

9º ANO – Relação de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e as

Instituições Sociais. REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO

XX AO ANO XXI – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE.

Conteúdos Estruturantes:

- Relações de Trabalho, Cultura e Poder

Conteúdos Básicos:

- A constituição das Instituições Sociais;

- A formação do Estado;

- Sujeitos, Guerras e Revoluções.

Conteúdos Específicos:

- 2ª Revolução Industrial e o neocolonialismo;

- O Imperialismo;

- 1ª Guerra Mundial e a Revolução Russa;

- A república no Brasil;

- O Repensar da Nacionalidade – A Semana de 1922, Economia, Organização

Social e Político-administrativo, Manifestações Culturais, Coluna Prestes;

- Ascensão dos Regimes Totalitários na Europa e Segunda Guerra Mundial;

- Crise de 1929 e surgimento do Welfare State;

- As Era Vargas e JK;

- Movimentos Populares na América Latina (Populismo);

- Regimes militares: Brasil e América Latina;

- A Economia como Transformação do Espaço Paranaense: Relação campo-

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cidade;

- Construção do Paraná Moderno;

- Movimentos Sociais no Campo e na Cidade;

- A guerra Fria e o Socialismo real;

- Independências na África e Ásia, conflitos no Oriente Médio;

- A nova ordem mundial, a redemocratização;

- Das diretas já no Brasil no século XXI.

3. Metodologia:

A proposta metodológica é o trabalho temático onde os conteúdos

(básicos e específicos) possibilitam a discussão sobre os temas previamente

propostos. O encaminhamento que utiliza conteúdos estruturantes, básicos e

específicos contribui para a formação do pensamento e o entendimento da

história enquanto processos históricos permeados de relações e inter-relações

sociais, econômicas de todas as sociedades.

Ao utilizar a pesquisa e a investigação os conhecimentos históricos se

articulam e os alunos passam efetivamente a construir seu conhecimento

sobre a disciplina. Logo, para que isso ocorra diversas fontes devem ser

utilizadas entre elas: livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória,

jornais, fotografias, excertos de historiografia etc.

Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve

ser fundamentado em uma historiografia ampla e diversificada para que o

aluno tenha a compreensão de que não existe sujeito neutro e que não existe

uma única verdade histórica, todavia as verdades são produzidas a partir de

um contexto e de acordo com as fontes analisadas.

Consequentemente, entre os encaminhamentos metodológicos adotados

para 6º a 9º anos estão aqueles que permitirão: investigar o pensamento

histórico a prioridade que cada aluno possui antes de iniciar a nova temática;

verificar como e por que a escrita histórica possui versões diferenciadas no

tempo e no espaço de cada cultura estudada; desenvolver a escrita da história

através da produção de conhecimento histórico, por meio do livro didático, de

imagens, vídeos e textos midiáticos, trabalhos em grupos para a resolução de

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exercícios e subjetivos (inclusive por meio da oralidade), apresentação de

teatros, elaboração de cartazes, varal, assim como utilização do quadro e giz.

Assim, tanto o historiador quanto o pesquisador e professor de história

precisam conhecer mecanismos históricos, contextos, etnias, culturas para

fazer um trabalho mais aprofundado. Também, de acordo com essa proposta,

serão trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-educacionais,

sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em História serão

trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº13.381/01); História e

Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº

11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental (Lei

Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a

Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.

4. Avaliação:

A avaliação realizada é aquela que considera os conhecimentos prévios e

não considera o aluno somente como elemento externo ao processo.

Existem várias possibilidades de avaliação, entre elas estão as que

possibilitam a apreensão do conceitos históricos dos estudantes em relação ao

tema abordado; permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de

uma narrativa histórica; permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de

ideias e conceitos históricos; revelem se o educando se apropriou da leitura de

documentos com linguagens contemporâneas, com: cinema, fotografia, história

em quadrinhos, musicas e televisão, relativas ao conhecimento histórico.

Na avaliação o aluno deverá compreender e saber fazer a leitura,

interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas, e documentos

históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,

sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre

outras.

Pretende-se uma avaliação diagnóstica, processual, paralela, ou seja, a

qualquer momento o professor pode voltar e rever conteúdos que porventura

não tenha sido assimilados pelos alunos, pois, ao final do trabalho, os alunos

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devem ter condições de identificar processos históricos, reconhecer

criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervir no

mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria

história.

5- Referências:

- Alfredo Boulos Junior – História – 6º ao 9º ano

- Textos – Claudino e Nelson Piletti

- Folha de Londrina

- Revista Mundo Jovem

- Revista da História

- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino de 1º grau. Currículo básico para a Escola Pública do

Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

− Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica.Paraná – 2008.

L.E.M. - INGLÊS

1. Apresentação e Justificativa:

Desde o início da colonização houve a preocupação de se

promover educação e aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e

ensinar o Latim. Com a chegada da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de

Inglês e Francês com objetivo de melhorar a instrução pública e de atender

também às necessidades de escolarização dos filhos dos imigrantes europeus,

que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo e mantendo escolas

para seus filhos.

Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês

teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado

nas transações comerciais, e também pela dependência econômica e cultural

com os Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial.

135

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O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,

oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver

o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua

Estrangeira e seu uso pelos alunos permitem aos mesmos perceberem-se como

parte integrante das sociedades contemporâneas, que não podem sobreviver

isolados. É fundamental que se relacionem, atravessem fronteiras geopolíticas

e culturais, participem ativamente desse mundo em que vivem fazendo uso da

língua que estão aprendendo em situações significativas.

O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira

seja para o aluno mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua

cidadania, colaborando no aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor

e agente transformador da sociedade.

O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e

compreendam a diversidade linguística e cultural existente no mundo, sendo

percebido como um instrumento de comunicação e de interação social,

permitindo que os mesmos possam perceber as possibilidades de construção

de significados em relação ao mundo em que vivem.

No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão,

fato que se deve principalmente a modernização e informatização (internet), o

que tem despertado um interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada

dia fica constatado que está “mais” urgente saber inglês.

São muitas as atividades que contribuem para o

desenvolvimento da prática dos grandes eixos da língua inglesa: leitura,

oralidade e escrita através de jornais, livros, revistas, mercados, shoppings,

etc.

É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja

articulado com as demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.

Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira

também tem o importante papel de formar cidadãos críticos, contribuindo

assim para a construção de mundos sociais, sendo que o objeto de estudo é a

língua.

2. Conteúdos:

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6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS

História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de

TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,

lista de compras, avisos, música.

LEITURA ESCRITA ORALIDADEIdentificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade;

Léxico, coesão e

coerência;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Pronúncia.

137

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aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS

Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,

diário, cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Intertextualidade;

Condições de

produção;

Informatividade;

Léxico, coesão e

coerência;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Pronúncia.

138

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negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS

Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio

publicitário, outdoor, blog, e-mail, música, etc.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

texto;

Intertextualidade;

Condições de

produção;

Informatividade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

139

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(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

Léxico, coesão e

coerência;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e o

escrito;

Adequação da fala do

contexto;

Pronúncia.

9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social

CONTEÚDOS BÁSICOS:

GÊNEROS DISCURSIVOS

Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,

charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, Blog, e-mail, anúncio,

filmes, slogan, etc.

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Vozes sociais presentes

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do

Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc...;

140

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no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes

gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e

indireto;

Emprego do sentido

denotativo e conotativo

no texto;

Recursos estilísticos

(figuras de linguagem);

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

texto;

Intertextualidade;

Condições de

produção;

Informatividade;

Vozes sociais presentes

no texto;

Discurso direto e

indireto;

Léxico, coesão e

coerência;

Emprego do sentido

denotativo e conotativo

no texto;

Funções gramaticais no

texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos:

figuras de linguagem;

Marcas linguísticas:

particularidades da

língua, pontuação,

recursos gráficos (como

aspas, travessão,

negrito);

Variedade lingüística/

Ortografia.

Adequação do discurso

ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e o

escrito;

Adequação da fala do

contexto;

Pronúncia.

3. Metodologia:

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Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da

disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através

das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o

discurso.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou

não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos.

Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão

questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que

ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como

construir significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.

Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do

aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem

permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que

cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de

textos de diferentes gêneros discursivos.

O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de

informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os

recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em

si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno

será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e

por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao

texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda

que a língua não é neutra.

Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em

conta:

· Gênero – explorar o gênero escolhido;

· Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando

e por que (contexto de produção e circulação);

· Variedade Linguística – formal ou informal;

· Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se

sentidos;

· Atividades de pesquisa, discussão e produção.

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Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento

discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem

os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite

desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades lingüísticas

conforme as situações de comunicação.

Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar

para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar

para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno

(escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu

discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.

Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos

diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas

não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção

discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas

de comunicação.

Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos os seus

conteúdos ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa

e discussão.

Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios

Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo, sempre que

pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Inglês serão trabalhados conteúdos

de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei

nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de

Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99);

Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das

Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.

As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o

conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará

com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o conteúdo

estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser

retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,

posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que

se expressem ou construam sentidos aos textos.

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Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de

Inglês/Português/Inglês encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV

multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para

leitura e para recorte, CD e CD-room, livro didático, caça-palavras, palavras

cruzadas e outros, atividades extras em folhas e apresentação dos conteúdos

com auxílio de cartazes, cartões, gravuras, jogos e atividades lúdicas.

4. Avaliação:

A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº

9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de

Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED.

Logo, será formativa, diagnóstica e processual.

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-

discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento

diante do que está sendo lido.

Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua

Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da

variedade linguística para diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem

para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno

conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve

planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da

variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante

considerar o erro como efeito da própria prática.

Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão

ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,

alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados anotados em Livro Registro de Classe.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

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Critérios de avaliação:

LEITURA ESCRITA ORALIDADE

É importante que:

Identifique o tema;

Realize leitura

compreensiva do texto;

Localize informações

explícitas e implícitas

no texto;

Posicione-se

argumentativamente;

Amplie seu horizonte de

expectativas;

Perceba o ambiente em

que circula o gênero;

Amplie seu léxico;

Identifique a idéia

principal do texto.

Analise as intenções do

autor;

Deduza dos sentidos de

palavras e/ou

expressões a partir do

contexto;

Compreenda as

diferenças decorridas

do uso de palavras e/

ou expressões no

sentido conotativo e

denotativo.

Espera-se que o aluno:

Expresse as ideias com

clareza;

Elabore/reelabore

textos de acordo com o

encaminhamento do

professor, atendendo:

às situações de

produção propostas

(gênero, interlocutor,

finalidade...), à

continuidade temática;

Diferencie o contexto

de uso da linguagem

formal e informal: use

recursos textuais como

coesão e coerência,

informatividade, etc;

Utilize

adequadamente

recursos linguísticos

como pontuação, uso e

função do artigo,

pronome, numeral,

substantivo, adjetivo,

advérbio, etc.

Empregue palavras e/

ou expressões no

sentido conotativo e

Espera-se que o aluno:

Utilize do discurso de

acordo com a situação

de produção (formal/

informal);

Apresente suas ideias

com clareza,

coerência,mesmo que

na língua materna;

Compreenda os

argumentos no

discurso do outro;

Exponha seus

argumentos;

Organize a sequência

de sua fala;

Respeite os turnos de

fala;

Analise os argumentos

apresentados pelos

colegas de classe em

suas apresentações

e/ou nos gêneros orais

trabalhados;

Participe ativamente

dos diálogos, relatos,

discussões, quando

necessário em língua

materna.

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denotativo, bem como

de expressões que

indicam ironia e

humor, em

conformidade com o

gênero proposto.

Utilize

conscientemente

expressões faciais

corporais e gestuais,

pausas e entonação

nas exposições orais,

entre outros elementos

extralinguísticos;

Analise recursos da

oralidade em cenas de

desenhos, programas

infanto-juvenis,

entrevistas,

reportagem, entre

outros.Instrumentos de Avaliação:

Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e

dificuldades dos alunos serão:

- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação

verbal;

- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;

- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de

aula e em casa.

- Avaliação escrita.

- Interação dos alunos com o material didático.

- Exercícios orais.

- Pesquisas.

No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na

recuperação de conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao

aluno de menor rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela

sua aprendizagem e melhorar suas condições de acesso e permanência na escola,

além de oferecer um ensino de melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela,

parte integrante da ação educativa, se desenvolverá considerando a capacidade

individual do aluno, o seu desempenho e sua participação no processo de

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aquisição/construção do conhecimento, retomando os conteúdos não atingidos,

aplicando recursos diversos, aliados à sua criatividade, de modo a alcançar os

resultados esperados ( atividades como pesquisas, listagem de exercícios, aulas

expositivas, atendimento individual, entre outras), e selecionando previamente os

conteúdos, fazendo uma triagem dos conteúdos relevantes e significativos para a

etapa da aprendizagem a que se refere.

5. Referências:

AMOS, E; PRESCHER, E. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna, 2001.

AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.

MARQUES, A.; SANTOS, D. Links: English for teens. São Paulo: Ática, 2009.

MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002.

MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.

SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.

VIEIRA, M. R.; AMORIM, C. Expedition. São Paulo: FTD, 2004.

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LÍNGUA PORTUGUESA

1. Apresentação e Justificativa:

O estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do

ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção sociointeracionista, a

qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais.

Nesse sentido, a escola está sendo entendida como um espaço onde se

produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação intelectual,

cognitiva e política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que favoreçam o

respeito aos diferentes falares e aos saberes próprios da cultura do educando,

preparando-o para produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequado às

exigências dos diversos contextos sociais.

O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está

fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a

linguagem como interação.

VYGOTSKY (1989) dedicou- se a estudos sobre a origem cultural das

funções superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a partir

da interação social e da relação linguagem- pensamento. Por isso, propõe que

se estudem as mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo o

indivíduo num determinado contexto cultural, a partir da interação com os

membros de seu grupo e de suas práticas sociais.

Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos

apreendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o

outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício

efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a

partir de temáticas do cotidiano, com ênfase na polifonia, dialogismo e

polissemia. O primeiro constitui as diversas vozes do discurso oral e escrito; o

segundo consiste na interação do “eu” com o “outro”; por último, a polissemia,

que compreende os diferentes significados da palavra, de acordo com o

contexto e com a vivência sociocultural de cada sujeito.

As ideias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de que a

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prática pedagógica deve se dar numa relação dialógica, entre os sujeitos

envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Para FREIRE, a relação

pedagógica consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos

mediatizados pelo mundo.

As propostas teóricas dos autores citados valorizam o

processo interativo como espaço de construção dos sentidos do texto,

confrontando situações a partir do contexto histórico, político, filosófico, social,

entre outros.

A proposta pedagógica da disciplina Língua Portuguesa tem por

objetivo possibilitar ao aluno apropriação de saberes constituídos e legitimados

socialmente, a partir do desenvolvimento de suas potencialidades e suas

capacidades cognitivas, afetivas e sociais, sendo que o objeto de estudo é o

discurso. Nessa concepção, o aluno torna- se sujeito de sua aprendizagem, e o

professor deixa de ser apenas um transmissor de saberes e assume-se como

um mediador na construção do conhecimento.

Enfim, a língua deve ser trabalhada como o resultado de um

coletivo histórico, perpassando todas as áreas do agir humano, possibilitando

uma perspectiva interdisciplinar , visando à formação de um ser humano

expressivo, criativo, competente, crítico e transformador.

2. Conteúdos:

2.1. Conteúdos Estruturantes – 6º ao 9º Ano: DISCURSO COMO

PRÁTICA SOCIAL

2.2. Conteúdos Básicos:

6º ANO

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.

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- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,

telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Argumentos do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Léxico;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto , pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras

de linguagem.

ESCRITA:

- Contexto de produção;

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- Interlocutor;

- Finalidade no texto;

- Informatividade;

- Argumentatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficas ( como aspas, travessão,negrito), figuras de

linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal e nominal;

ORALIDADE:

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição,recursos semânticos.

7º ANO:

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

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aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,

telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Informações explícitas e implícitas;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Ambiguidade;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras

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de linguagem.

ESCRITA:

- Contexto de produção;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito0 , figuras

de linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal;

ORALIDADE:

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição;

- Semântica.

8º ANO:

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

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provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,

exposição oral,trava-línguas,

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,

telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);

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- Semântica;

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA:

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

- Concordância verbal e nominal;

- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

- Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto;

ORALIDADE:

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

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-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual ,

pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas( lexicais, semânticas,prosódicas, entre outras);

- Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,gírias,repetições, etc);

- Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO:

GÊNEROS DISCURSIVOS:

- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,

provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,

exposição oral,trava-línguas,

- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,

crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de

aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas

fantásticas.

- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato

histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.

- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,

entrevista, classificados, caricatura.

- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,

publicidade comercial, comercial para TV, fotos.

- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,

debate, panfleto.

- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,

regulamentos.

- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,

rótulos/embalagens.

- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, fotoblog,

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telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.

LEITURA:

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Argumentos do texto;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presente no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como aspas , travessão, negrito;

- Semântica :

- operadores argumentativos;

- polissemia;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ESCRITA:

- conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Intencionalidade do texto;

- Informatividade;

- Contexto de produção;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas;

- Progressão referencial no texto;

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- Marcas linguística:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe de regência;

- Processo de formação de palavras;

- Vícios de linguagem;

- Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia;

ORALIDADE:

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Argumentos;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,corporal e

gestual,pausas...;

- Adequação do discurso ao gênero ;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas( lexicais,semânticas,prosódicas entre outras);

- Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;

- Semântica;

- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

3. Metodologia:

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações

pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,

reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática,

na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do saber. Nesse

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sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre

a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros

discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de

linguagem, ou seja, leitura, análise linguística e produção textual,pois para

Bakhtin

O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e

escritos) concretos e únicos proferidos pelos integrantes desse ou

daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem

as condições específicas e as finalidades de cada referido campo

não só por seu conteúdo (temático) (sic) e pelo estilo da

linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais,

fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua

construção composicional. Todos esses três elementos – o

conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão

indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente

determinados pela especificidade de um determinado campo da

comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é

individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus

tipos relativamente estáveis de enunciados, o quais

denominamos gêneros do discurso. (BAKHTIN, 2003, 262)

Isso significa que cada texto tem uma especificidade, um objetivo, um

tipo de linguagem e se adequa às situações específicas. Por isso, a prática de

leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma verbal ou

não verbal, incluindo aqui o texto literário e o texto não literário, com vistas a

oferecer ao aluno a maior variedade possível de discursos e linguagens.

A linguagem literária constrói textos como o romance, o conto, a crônica,

a poesia, a peça teatral e a novela. Já os textos não literários compreendem as

charges, outdoors, filmes, desenhos, receitas culinárias, resenhas críticas,

artigos de opinião, notícias, propagandas e outros.

Há que se entender que há diferentes níveis de leitura, desde o mais

superficial até o mais profundo, e constituem-se num meio para identificar, nos

diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as

informações explícitas, subentender as implícitas, fazer inferências,

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estabelecer ligações entre o conhecimento do educando e o texto, bem como

estabelecer relações intertextuais.

Assim sendo, os gêneros textuais apresentados pelo professor precisam

contemplar as possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades

propostas, tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição

assumida pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico,

entre outros, com destaque para as variedades linguísticas, os mecanismos

gramaticais e os lexicais na construção do texto e do sentido. Nesse contexto,

salienta-se a importância de apreender os dados sobre o autor (biografia), a

fonte referencial (data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem se

destina o texto.

Os elementos gramaticais e lexicais não são estudados de forma

descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem,

memorização de inúmeras terminologias que, isoladas não fazem o menor

sentido. Eles devem ser analisados como produtores de significado em

determinada situação comunicativa, dependendo de seu contexto, uma vez

que a língua é resultado da interação humana.

Dessa forma, o aluno deve perceber a adequação dos diferentes

discursos aos diferentes momentos de comunicação, deve desenvolver a

perspicácia para perceber as sutilezas ideológicas dos textos e as relações de

poder - próprias da sociedade capitalista - que neles perpassam para não

serem reféns do próprio texto.

Esse processo de aprendizado desenvolvido pelo professor de Língua

Portuguesa cumpre com um dos papéis de toda e qualquer escola que deseja

mobilizar o educando, seguindo o percurso do senso comum para o senso

crítico, com vistas a conhecer a cultura de um povo, do seu país,

reconhecendo-se como um produtor de cultura.

No caso específico do texto literário é importante que o professor

disponha de um suporte teórico-metodológico, resultante dos estudos mais

críticos sobre a literatura, os quais a concebem como um produto social e por

isso, vivo e dinâmico e como tal deve ser tratado. A obra literária é um bem

cultural, é viva, autônoma e, embora, seja marcada pela data de publicação e

fruto de um momento histórico específico e, por isso, representante de uma

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escola literária, deve ser atualizada e aproximada do leitor.

O texto literário de qualidade não envelhece, sempre pode ser

atualizado e sempre significa e ressignifica, independente da época e do lugar

de sua leitura. Este é mesmo o diferencial entre um texto artístico e um texto

utilitário.

Esse suporte teórico-metodológico, fruto de uma vertente crítica pode ser

encontrado nos estudos de Hans Robert Jauss que tratou da teoria da Estética

da Recepção, a qual Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar desenvolveu

como Método Recepcional no livro A formação do leitor: Alternativas

metodológicas(1993).

Outra teoria importante que segue essa linha, mas com algumas

variantes é a desenvolvida por Rildo Cosson, no livro Letramento Literário:

teoria e prática, publicado em 2006. Nele, o autor apresenta dois métodos que

podem ser aplicados no Ensino Fundamental e Médio. Trata-se da “Seqüência

básica” e da “Seqüência Expandida”.

Nesses métodos, a literatura também é vista como produto social e

também leva em conta o momento de recepção da obra pelo leitor. Assim,

tanto no Método Recepcional como nos métodos de Cosson o leitor tem espaço

privilegiado, é visto como um sujeito ativo, com bagagem cultural e capaz de

preencher os “vazios” – termo utilizado por JAUSS (1994) do texto e dar sentido

a ele. Essa postura de entender o leitor como sujeito ativo vai ao encontro da

Pedagogia libertadora de Paulo Freire, da pedagogia histórico-crítica de

Dermeval Saviani e dos estudos de linguagem propostos por Bakhtin.

O Método Recepcional é dividido em cinco etapas e seu início se dá a

partir de textos mais próximos da realidade do aluno para chegar aos textos

mais “complexos” para usar um termo de Bakhtin, os chamados textos

literários de qualidade, que não precisam ser somente os canônicos,

considerados clássicos, desde que tenham literariedade. Dessa forma as

etapas são: 1)Determinação do horizonte de Expectativas; 2)Atendimento do

horizonte de expectativas, 3)Ruptura do horizonte de expectativas;

4)Questionamento do horizonte de expectativas, 5)Ampliação do horizonte de

expectativas.

o texto não pode fornecer uma imagem totalmente acabada do

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universo temático, pois, se o fizer, barra o ingresso do leitor em si

mesmo ou tiraniza de tal modo o seu receptor que não lhe deixa

lugar para a interpretação. Deve predispô-lo, pois, a modificar seu

horizonte, trabalhando os temas contestadores com alto teor de

verossimilhança e coerência. (BORDINI , AGUIAR, 1993, p. 87)

Assim, o aluno é levado a avançar gradualmente, porque começa lendo

textos mais acessíveis e o professor, aos poucos, vai rompendo com os limites

do texto “fácil” e ampliando os horizontes na medida em que coloca o aluno

em contato com textos mais elaborados – com a obra literária de qualidade.

Já os métodos de Rildo Cosson se diferenciam em alguns momentos do

Método Recepcional, pois o texto mais elaborado – a obra literária – não é a

última etapa do método, ela faz parte de todo o percurso. Isso significa que

durante a leitura da obra, o professor vai articulando outras leituras no sentido

de sinalizar caminhos na construção de sentido. Cosson parte do pressuposto

de que

O ensino da literatura deve ter como centro a experiência do

literário. Nessa perspectiva, é tão importante a leitura do texto

literário quanto as respostas que construímos para ela. As práticas

de sala de aula precisam contemplar o processo de letramento

literário e não apenas a mera leitura das obras. A literatura é uma

prática e um discurso, cujo funcionamento deve ser compreendido

criticamente pelo aluno. Cabe ao professor fortalecer essa

disposição crítica, levando seus alunos a ultrapassar o simples

consumo de textos literários. (COSSON, 2006, p. 47)

Dentro das temáticas a serem desenvolvidas, não podem ser esquecidos

os Desafios Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo,

sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Língua Portuguesa

serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e

Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08);

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação

Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Enfrentamento à Violência contra a

Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.

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Esses assuntos devem ser tratados no cotidiano da sala de aula, na

forma de leitura de textos que abordem essas temáticas e que possibilitem a

discussão, o debate, o confronto de opiniões, e, finalmente, o conhecimento

acerca de assuntos até então muito pouco discutidos em sala de aula. Levar os

referidos temas para as aulas de Língua Portuguesa é uma forma de trabalhar

a linguagem de acordo com a proposta bakhtiniana – “a língua como interação

social” – formando pessoas mais esclarecidas sobre a sua formação étnica,

social e histórica e mais tolerantes em relação ao outro, combatendo, por meio

da educação todas as formas de preconceito, sejam eles racial, étnico, sexual e

social.

A disciplina de Língua Portuguesa trabalhada de acordo com essa

proposta pedagógica pode contribuir no processo de formação de cidadãos, de

pessoas capazes de interpretar a sua vida, a sua história, a cultura de seu povo

e de seu país para assim “escrever” e organizar a sua história, configurando-se

um homem emancipado, liberto, capaz de transformar a sua vida e a da

sociedade da qual faz parte.

4. Avaliação:

A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do

nível de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem:

leitura, oralidade, escrita, análise linguística e literária, em uma proposta

reflexiva e contextualizada – a língua como forma de interação.

O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e

com os encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser

dialética, ou seja, o educando confronta-se com o objeto do conhecimento,

com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no

processo ensino-aprendizagem indica a necessidade de retomada ou a

modificação na metodologia de ensino.

O respeito à aprendizagem e ao tempo do aluno se estende também à

avaliação, já que esta também é uma etapa da aprendizagem. É preciso que a

avaliação seja qualitativa, formativa e não quantitativa como quer o sistema

capitalista vigente e toda a tradição da escola, desde os jesuítas até os nossos

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dias. A avaliação formativa

considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,

aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica

aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca

do ponto em que se encontram e contribui com a busca de

estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das

aulas. (Apud PARANÁ, 2008)

O modelo avaliativo tradicional não leva em conta a trajetória do aluno, o

seu ritmo, sua cultura e sua história particular. Os mesmos desafios são

lançados a pessoas com histórias diferentes. Já avaliação na perspectiva

crítica, formativa, considera o ponto de partida do aluno, a sua trajetória e a

sua evolução, respeitando o educando como um sujeito, dono de uma história,

dono de experiências de vida e, geralmente, excluído da sociedade por não ser

detentor da cultura letrada, por pertencer às camadas populares e outras

situações que corroboram para a sua exclusão e alienação.

Esses são motivos suficientes para o professor lançar mão de várias

estratégias de avaliação – não opressoras, considerando as diversidades e as

diferentes aptidões.

Cabe ao professor, ciente da função social da escola, usar o bom senso e

avaliar o educando de modo coerente, respeitando o tempo de cada aluno, a

cultura que ele traz consigo, fazendo da avaliação um instrumento pedagógico

útil para aprimorar os estudos e não fazer dela mais uma forma de exclusão,

instrumento de poder, que, normalmente serve para afugentar os alunos das

instituições escolares.

Há uma infinidade de maneiras de se avaliar um aluno. A simples

participação durante as aulas pode ser avaliada. Seminários, apresentação oral

de pesquisas; interpretação oral ou escrita de texto verbal ou não verbal,

produção textual escrita, leitura oral e outras. É importante ficar claro que os

alunos apresentarão resultados diferentes porque são pessoas diferentes, com

tempos diferentes, por isso, a relevância de considerar a evolução de cada

aluno. Deve ser verificado “de onde ele partiu” até “onde ele chegou” e avaliar

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se houve crescimento significativo no que se refere às práticas de leitura,

escrita, oralidade e análise linguística e literária.

Alguns critérios devem ser considerados, onde espera-se que o aluno:

• Empregue a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-

la a cada contexto e interlocutor, bem como descubra as intenções que

estão “por trás” dos discursos do cotidiano, posicionando- se diante dos

mesmos;

• desenvolva as habilidades de uso da língua escrita em situações

discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os

interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e

suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

• Refllita sobre os textos que lê, escreve, fala ou ouve, intuindo, de forma

contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim

como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso

ou texto;

• Analise, interprete e relacione as informações recebidas;

• Domine a língua materna;

• Opine sobre fatos e ideias e assuma posições críticas;

• Expresse o seu saber, como ouvinte ativo das falas, de forma a

desencadear a construção ( ou reconstrução) do conhecimento a ser

desenvolvido ao longo tempo;

• Interprete os fatos do mundo, expressos através de acontecimentos,

atitudes e manifestações formais de comunicação, e expresse juízos

através de distintos meios e formas de comunicação;

• Aplique a descoberta do processo de formulação de meios de expressão,

seu reconhecimento e sua relação com a expressão da cultura de uma

sociedade ou de seus segmentos;

• Conscientize-se sobre o ato de comunicação, seu valor social-individual,

instrumento de auto- expressão e suas diversas formas;

• Perceba que a linguagem é parte integrante de sua vida dentro e,

sobretudo fora da escola, que é instrumento indispensável, tanto para a

aquisição de conhecimentos em quaisquer áreas do saber, como

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participação dos indivíduos nas mais diversas situações sociais de

interlocução;

Interprete fatos em sequência lógico-temporal, bem como de aufira

juízos interdisciplinares sobre fatos;

Contextualize os fatos aprendidos nos textos, trazendo-os

posteriormente à nossa realidade;

Conheça e reflita sobre fatos importantes que marcaram a nossa

história;

Aprimore a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre

entonação e ênfase;

Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de

comunicação e argumentação orais;

Explore a construção da narrativa (verbal e não-verbal);

Incorpore novas palavras a seu vocabulário;

Desenvolva estratégias de leitura: índices de previsibilidade,

explicação do conteúdo implícito, levantamento de hipótese e relações

de causa e consequência, de temporalidade e especialidade,

transferência, síntese, generalização, tradução de símbolos, relações

entre forma e conteúdo.

A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos, de forma

concomitante, paralela ao processo ensino e aprendizagem, sempre que o

aproveitamento for insuficiente, não atingindo os objetivos propostos. Os

conteúdos não assimilados serão retomados, revistos, por meio de exposição

dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, e entre a nota da avaliação e a da recuperação , prevalecerá sempre

a maior .

5. Referências:

BAKHTIN, M. (Voloshinov) Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,

166

Page 167: ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA … · Quais as metodologias que podem melhor assegurar o sucesso ... Ficha de Comunicação do Aluno Ausente ... 7.1.3- Concurso de Soletração

1992.

_________, (InVOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.

__________, Os Gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. (Trad. De Paulo Bezerra) 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003

BORDINI, M.da G.; AGUIAR, V. T. de. A formação do leitor: Alternativas metodológicas. 2º ed. Porto Alegre: 1993)

CANDIDO, Antonio. O Direito à Literatura. In: __________ Vários Escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995, p. 235-263.

COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.

FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria lingüística que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, n.15, Curitiba: UFPR, 1999.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 18º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 2º ed. São Paulo: Autores Associados, 2003.GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica do Estado do Paraná - Curitiba, SEED, 2008.

SCOTT, Joan. Gênero: Uma categoria útil de análise histórica. In EDUCAÇÃO E REALIDADE. 1995. p. 71-99.

VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,

167

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1989.

ZILBERMAM, Regina. A leitura e o Ensino da Literatura. São Paulo: Contexto, 1991.

MATEMÁTICA

1. Apresentação e Justificativa:

A matemática se desenvolveu ao longo da história da humanidade e está

em constante evolução e se aperfeiçoando ao longo dos tempos. Estando

ciente que a Matemática estudada e ensinada hoje é produto das ideias e

contribuições construídas historicamente, é sempre possível rediscutir

conceitos, modificar pontos de vista sobre assuntos conhecidos e propor

outros, apresentando-se assim como uma ciência viva, como afirma

D’AMBRÓSIO:

“ Para situar a matemática como uma manifestação cultural de

todos os povos em todos os tempos, como a linguagem, os

costumes, os valores, as crenças e os hábitos, e como tal

diversificada nas suas origens e na sua evolução”.

As relações que surgem entre professor - matemática - aluno, dentro da

realidade em que estão inseridos, é que fundamenta a educação matemática

da escola e desenvolve uma concepção de matemática que permite a todos, o

acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos, como uma condição

necessária para participarem e interferirem na sociedade em que vivem.

O objeto de estudo, ainda em construção, está centrado na prática

pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático, envolvendo o estudo de processos que investigam

como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática

“concebida como um conjunto de resultados e métodos, procedimentos,

algoritmos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).

O conhecimento matemático não pode ser tratado como um conjunto de

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fatos e definições isoladas e conclusivas. Sempre haverá outras descobertas e

conexões entre os vários conhecimentos que são fundamentais para que os

alunos possam compreender a evolução da matemática até sua presença nos

dias de hoje. Dessa forma ao concluir seus estudos matemáticos, a

expectativa é que o aluno seja capaz de reconhecer os conhecimentos

matemáticos como ferramenta que estimule a curiosidade, a investigação e

meios para compreender e utilizá-los em situações problemas e na

transformação de sua realidade. Também é preciso estimular o aluno, para que,

através do conhecimento matemático, construa valores e atitudes de

naturezas diversas, visando a formação integral do mesmo, além de interpretar

situações problemas, discutindo meios de resolução e verificação de diferentes

possibilidades de solução que resultem em argumentações a favor ou

contrárias aos resultados apresentados, fazendo-o sentir-se seguro da própria

capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-

estima e a perseverança na busca de soluções.

A proposta pedagógica de Matemática da Escola Estadual do Campo

Lourenço Ormenezze, referente à Educação do Campo, respeitadas as

diferenças e o direito à igualdade e cumprindo imediata e plenamente o

estabelecido nos artigos 23, 26 e 28 da Lei 9.394, de 1996, contemplará a

diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos,

econômicos, de gênero, geração e etnia.

Entendendo o campo como lugar de um modo de vida, de produção

econômica e de organização política, a Matemática deverá ser abordada

observando os eixos temáticos: Trabalho: divisão social e territorial; Cultura e

Identidade; Interdependência campo-cidade, questão agrária e

desenvolvimento sustentável; e Organização política, movimentos sociais e

cidadania, que constituem-se como problemáticas centrais a serem focalizadas

nos conteúdos escolares. Portanto, os temas a serem trabalhados devem ser

ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do campo, respeitando-se

os conteúdos gerais de Matemática, comuns a todas as escolas, e os conteúdos

específicos, de acordo com as características regionais, locais, econômicas e

culturais da comunidade onde a escola está inserida.

Por fim, é fundamental desenvolver metodologias que facilitem e

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estimulem o ensino da matemática, tornando-o agradável e aplicável ao

cotidiano do aluno e possibilite associar as tecnologias aos conhecimentos

científicos matemáticos e sua evolução histórica até os dias de hoje.

2. Conteúdos:

6º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração;

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

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7º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do 1º

grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de Temperaturas;

• Medidas de Ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

Geometrias Não-Euclidianas.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e Mediana;

• Juros Simples.

8º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de Equações do 1º

grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

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• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias Não-Euclidianas.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Gráficos e Informação;

• População e Amostra.

9º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2o grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas no Triângulo

Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo

Retângulo.

FUNÇÕES

• Noção Intuitiva de Função Afim;

Noção Intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

Geometrias Não-Euclidianas.

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TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

Juros Compostos.

3. Metodologia:

Tendo como objetivo possibilitar ao aluno a apropriação do conhecimento

produzido pela humanidade, a educação matemática vê a necessidade de

reflexão sobre a concepção matemática que acompanha o professor e assim

abrir um espaço onde sejam considerados tanto o aspecto cognitivo do

discurso matemático como a relevância social do ensino da matemática. Assim

é necessário que o processo pedagógico em matemática seja revisitado,

quantas vezes forem necessárias. Vejamos como se apresenta em BICUDO,

1999:

“As atuais propostas pedagógicas, ao invés de transferência de

conteúdos prontos, acentuam a interação do aluno com o objeto de

estudo, a pesquisa, a construção dos conhecimentos para o acesso ao

saber. As aulas são consideradas como situações de aprendizagem, de

mediação; nestas são valorizados o trabalho dos alunos (pessoal e

coletivo) na apropriação do conhecimento e a orientação do professor

para o acesso ao saber.” ”(Micotti in Bicudo,1999).

Tendo esta Proposta Pedagógica Curricular (PPC) como base as Diretrizes

Curriculares, é muito importante que haja a articulação entre as tendências

metodológicas apresentadas com os conteúdos matemáticos para a realização

de um trabalho de ensinar e aprender eficaz.

A efetivação desta proposta requer um professor interessado em

desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática

para tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua

formação. Interessa-lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as

ideias centrais que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar

meios para superar desafios pedagógicos.

Para tanto é necessário o professor trabalhar a matemática como uma

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construção que está sempre se renovando e que o aluno – professor –

matemática faz parte desse movimento constante de ensino e aprendizagem,

sendo fundamental a revisão dos conteúdos e a forma de transmissão-

assimilação destes. Pode-se – se verificar isto em (PARANÁ 2008):

“Pela educação matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos

estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e

formulação de idéias. [...] para que, a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da

sociedade” (PARANÁ 2008).

Nesta perspectiva o professor é um pesquisador e passa a se preocupar

com as questões de ensino e aprendizagem, buscando fundamentação não

somente nas teorias matemáticas, mas também em estudos psicológicos,

filosóficos e sociológicos.

Entre o mundo globalizado e a real condição de vida do aluno, está a

escola . Nesse contexto a matemática deve se apresentar como um elo entre o

real e o globalizado sendo um importante instrumento na formação e

apreensão dos conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo a sua volta. Este vínculo entre a matemática, escola e a

realidade do aluno, apresenta-se da seguinte forma :

“A iniciação de um conceito matemático deve ser iniciada através

de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de

que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse

saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimento

matemático já organizado”. (PARANÁ 1990).

O saber escolar se apresenta nos conteúdos das disciplinas. Assim a

aprendizagem matemática se organiza na constante construção do currículo, a

partir dos conteúdos chamados estruturantes que são considerados de grande

amplitude sendo estes NÚMERO E ÁLGEBRA, GRANDEZAS E MEDIDAS,

GEOMETRIAS E TRATAMENTODA INFORMAÇÃO. A partir dos conteúdos

estruturantes organizam-se os conteúdos básicos que são considerados

assuntos mais permanentes distribuídos por série. Assim as articulações

desses conteúdos fundamentados às teorias metodológicas fazem parte da

proposta pedagógica curricular (PPC) da escola. Posteriormente o professor

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elabora seu plano de trabalho docente onde constarão os conteúdos

específicos a serem trabalhados por turmas e nos bimestres que serão

abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática

que fundamenta a prática docente, que são: resolução de problemas;

modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática;

história da matemática; investigações matemáticas.

Como o processo ensino aprendizagem não se esgota em si mesmo, a

articulação entre as tendências deve ser utilizada, além de ferramentas e

equipamentos, tais como:

- materiais manipulativos (tampinhas, palitos, barbantes, fichas, cartões,

papéis cartões, cartolina, recortes...);

- materiais de construção ( régua, compasso, transferidor, esquadros,

tesoura, dobraduras, recortes, embalagens , fita métrica, trena, papel

milimetrado. . .);

- mídias (internet via laboratório Paraná Digital, vídeos, TV pendrive, rádio,

aparelho de som...);

- instrumentos de cálculo (calculadora, computadores,...);

- jogos ( encontrados à venda pela indústria que auxilie em processos de

aprendizagem como também a confecção dos mesmos como os dados, a

trilha, pentaminós, tangram etc.);

- publicações (jornais, revistas, livros didáticos, paradidáticos, de apoio,

panfletos de propaganda...);

- publicidade ( panfletos de propagandas diversos, banners …).

Havendo possibilidade, esses materiais podem ser acomodados em

laboratório apropriado para aulas práticas e sua utilização servirá ao propósito

de articular situações que promovam a análise e a reflexão.

Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios

sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em

Matemática serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); História do Paraná

(Lei nº 13.381/01); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade

Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal;

Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99); Enfrentamento à Violência contra a

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Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.

4. Avaliação:

A educação matemática deve ser pensada como ciência elaborada pelos

homens em constantes modificações e que nos possibilita refletir a avaliação

não como resultado de um único elemento a ser considerado, mas sim a

observação de todo o processo de construção desse conhecimento, sendo

necessária uma observação sistemática, que nos leva a avaliação diagnóstica.

Assim a função diagnóstica da avaliação irá subsidiar o professor para a

retomada do trabalho, identificando qual conhecimento o aluno traz como

referencial e a partir daí poder identificar quais processos não foram atingidos,

e mediar a aprendizagem. Como afirma Vigotsky:

“ [...] a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma

determinar através da solução independente de problemas, e o nível de

desenvolvimento potencial, determinado através da solução de

problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com

companheiros mais capazes”.(VIGOTSKY,1998).

Para tanto alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas

propostas possibilitando verificar se o aluno:

• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• elabora um plano de possibilite a solução do problema;

• encontra meios diversos para a resolução de um problema

matemático;

• realiza o retrospecto da solução de um problema.

Sendo necessário que no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado

a:

• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

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• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares;

• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem

adequada;

• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA,

2006, p. 29).

Cabe ressaltar que os resultados de uma avaliação devem servir para

aprimorar o processo ensino aprendizagem e ajudar a todos os alunos a se

apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham

consciência dessa cidadania. Assim a avaliação deve ser vista como afirma

Micotti in Bicudo, 1999: “Os novos procedimentos didáticos envolvem

mudanças na avaliação. Os erros deixam de indicar fracasso dos alunos,

passam a constituir fontes de informação que o professor com o objeto de

estudo.”

Se o aluno de hoje é ativo e questionador, mas não se apropria de

princípios matemáticos elementares, faz-se necessário questionar e refletir o

porquê dessa situação; e podemos fazê-lo através das palavras de Vigotsky

(2000, p.247):

[...} a experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de

conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril.

O professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir

senão uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e

simples que estimula e imita existência dos respectivos conceitos

na criança, mas, na prática, esconde o vazio. Em tais casos, a

criança não assimila o conceito, mas a palavra capta mais de

memória que de pensamento e sente-se impotente diante de

qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento

assimilado. No fundo, esse método puramente escolástico de

ensino, substitui a apreensão do conhecimento vivo pela apreensão

de esquemas verbais mortos e vazios.

A avaliação se dará de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e

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processual, através de resolução de exercícios e participação em todas as

atividades propostas.

A apropriação do conhecimento será verificada através de interpretações de

textos matemáticos (problemas) a fim de diagnosticar se os objetivos

propostos estão sendo atingidos pelo educando, norteando assim novas

práticas a serem desenvolvidas.

A recuperação de conteúdos ocorrerá no momento em que for constatado o

não aproveitamento satisfatório do processo de ensino, significando então, um

procedimento paralelo da intervenção pedagógica, buscando realimentar o

processo de aprendizagem até o nível de rendimento escolar significativo, ou

seja, mensurado numa escala igual ou preferencialmente,superior a 6,0 (seis).

A matemática envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e

precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos, ainda hoje se

mantenham válidas e úteis, mesmo assim continua a se modificar e a se

desenvolver. Portanto este deve ser o espírito dessa disciplina e não como uma

regra imutável, finalizada, sem questionamentos e assim também o papel do

professor quando avalia o ensino e aprendizagem de matemática.

5. Referências:

BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e

perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999.

BORBA, M.C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 3. ed.

Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo, Cortez,

1992.

DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. São

Paulo: Ática, 1991.

D’AMBRÓSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e

178

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matemática. São Paulo: Summus, 1986.

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica – Matemática.

Curitiba: SEED, 2008.

VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

______________ A construção do pensamento e da linguagem; tradução

Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

4.4- Proposta das Atividades Complementares

As Atividades Complementares em Contraturno são atividades educativas

integradas ao currículo escolar e contempladas no Projeto Político

Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular da escola, podendo ser

permanentes ou periódicas.

A finalidade dessas atividades é promover a melhoria da qualidade do

ensino por meio da ampliação dos tempos, espaços e oportunidades

educativas realizadas em contraturno, na escola ou no território em que está

situada, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos,

vinculadas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular da

escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade;

possiblitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais; oportunizar a

expansão do tempo escolar para os alunos da Educação Básica da Rede Pública

Estadual de Ensino como política pública e indutora para a progressiva

implantação de Tempo Integral.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze encaminhou proposta

ao NRE e aguarda resposta, solicitando a implantação das atividades

complementares periódicas, com aulas de Informática no Laboratório de

Informática, a fim de atender os anseios e necessidades de nossos alunos, que

precisam entender como interagir com a Tecnologia da Informação, e

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encontram dificuldades ao acesso a essa aprendizagem por morarem na zona

rural.

4.4.1- Proposta da Atividade Complementar encaminhada ao Núcleo

Regional de Ensino para análise

NRE: Cornélio ProcópioMUNICÍPIO: BandeirantesESCOLA: Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino FundamentalNÍVEL DE ENSINO: Fundamental

MACROCAMPO Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias

TURNO Matutino

Nº DE ALUNOS 24

CONTEÚDOS Informática e Tecnologia da Informação:• Histórico e evolução dos computadores

(noções);• Tipos de sistemas e linguagens;• Entrada, processamento e saída de dados;• Tipos de armazenamento;• Uso adequado do teclado;• Introdução ao sistema operacional;• Manipulação de arquivos e pastas;• Manipulação de CDs, DVDs, Pendrivers;• Criação e formatação de textos;• Configuração e layout de páginas;• Tabelas;• Impressão de arquivos;• Criação e formatação de planilhas;• Gráficos;• Editor de textos;• Editor de apresentação de slides;• Uso de mídias: edição de vídeos, editor de

áudio, gravação de CD/DVD, editor de imagem;• Pesquisa na internet.

OBJETIVOS • Proporcionar, através de aulas teóricas e práticas, uma noção geral das tecnologias;

• Aprender a utilizar os aplicativos no Sistema Linux;

• Democratizar o acesso aos meios de

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comunicação moderna, incentivando o desenvolvimento dos processos cognitivos, sociais e afetivos;

• Socializar informações sobre a importância do uso do computador como nova ferramenta didática no processo ensino e aprendizagem;

• Ampliar o vocabulário e desenvolver um espírito de investigação e pesquisa, estimulando o exercício do pensamento e do raciocínio.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O professor poderá utilizar material impresso para aulas teóricas, de forma expositiva, em grupos, lançando mão de dinâmicas tantas quantas forem necessárias. Deverá ser oportunizado ao aluno familiarizar-se com os aparelhos, com regras de cuidados e segurança, devendo o professor acompanhar um a um, verificando se está seguindo as orientações dadas para o bom uso do computador.

AVALIAÇÃO Será feita uma avaliação diagnóstica para verificar os conhecimentos tecnológicos dos alunos, e ao longo do processo será avaliado o grau de interesse e participação dos alunos, seja nos trabalhos individuais ou em grupos, bem como a assiduidade e a qualidade das interações no ambiente virtual de aprendizagem.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO:

Espera-se que, ao final processo, os alunos estejam aptos a utilizar o computador como instrumento de apoio às suas atividades de aprendizagem e preparados para atuar numa sociedade informatizada.

PARA A ESCOLA:

Mais valorização da instituição pelo mantenedor, com o uso dos espaços escolares nos dois turnos e um ganho no desempenho dos alunos, em suas atividades regulares.

PARA A COMUNIDADE:

Maior participação e envolvimento nas atividades desenvolvidas pela escola.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPRON, H.L. JOHNSON J. A. Introdução à

Informática. Prentice – Hall

SAWAYA, Márcia Regina. Dicionário de Informática e Internet: Inglês/Português. 3ª Edição. Editora

181

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Nobel.

5- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

182

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A avaliação no contexto do processo de construção do Projeto Político-

Pedagógico é concebida como acompanhamento da qualidade das decisões.

De acordo com Veiga (1998, p. 28), essas decisões são basicamente de dois

tipos:

1) em nível dos atos situacional e conceitual (momento da concepção do

projeto pedagógico) - são decisões pedagógicas, epistemológicas e

metodológicas, implicando levantar questões para um profundo conhecimento

da situação a fim de possibilitar a identificação de quais finalidades precisam

ser reforçadas e priorizadas;

2) em nível do ato operacional (momento de execução do projeto

pedagógico) – são decisões que visam acompanhar a operacionalização do

projeto pedagógico.

Desse modo, a avaliação é ponto de partida e ponto de chegada do

processo de planejamento (concepção e operacionalização) do projeto

pedagógico, implicando em que as decisões das várias etapas do planejamento

se apóiem em avaliação. Villas Boas (1998, p. 180), considera que “falar de

projeto político-pedagógico implica falar de avaliação, por ser esta a categoria

do trabalho escolar que o inicia, o mantém no andamento desejável, por meio

de contínuas revisões de percurso, e por oferecer elementos para análise do

produto final”.

Como adotamos o entendimento de que o projeto pedagógico deve

constituir-se em um processo de construção dinâmico e coletivo, deverá

também ser avaliado por todos os envolvidos na sua concepção e execução.

Não devemos esquecer que a legitimidade de um projeto pedagógico está

devidamente ligada ao grau e ao tipo de participação de todos os envolvidos

no processo educativo, o que requer continuidade de ações. Estas, por sua vez,

para responder ao desafio da mudança e da transformação, tanto na forma

como o curso organiza seu processo de trabalho pedagógico, como na gestão

que é exercida, têm que ser executadas com base nos resultados apresentados

pela avaliação.

A avaliação é elemento dinâmico que perpassa todo o processo

de constituição e efetivação do projeto pedagógico. Integrada ao trabalho

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escolar, deve refletir sobre dois aspectos: o aproveitamento do aluno e a

avaliação do plano de ação.

Em relação ao primeiro aspecto, colabora para gerar novas formas de

organização do trabalho pedagógico, implicando na revisão de diferentes

ações, atividades e procedimentos que compõem esse trabalho, além do

rendimento escolar do aluno.

Com referência ao segundo aspecto, a avaliação institucional assume

significado especial e necessário para o desenvolvimento do projeto

pedagógico, na medida em que possibilita a análise conjunta de todo o

processo. Realizada sistematicamente, a avaliação institucional propicia a

revisão periódica do projeto, viabiliza a análise do percurso e a identificação de

problemas que, após estudados/discutidos levam ao redimensionamento do

processo visando garantir a qualidade do ensino.

Assim, considerando a avaliação como a análise planificada, consciente e

regular do trabalho pedagógico, é possível enfatizar dois pontos fundamentais:

primeiro, a avaliação é um processo dinâmico que qualifica e oferece subsídios

ao projeto pedagógico; segundo, ela imprime uma direção às ações dos

professores e dos alunos.

Em todas as etapas da construção ou da reelaboração do PPP é

fundamental considerar:

MOMENTO REFERENCIAL

O QUE FAZER PERIODICIDADE INSTÂNCIAS ENVOLVIDAS

Ato Situacional Prática social. Análise crítica da realidade: aprendizagem, formação continuada, organização do tempo e do espaço, equipamentos físicos e pedagógicos, critérios de organização de turma, organização da hora/atividade, participação dos pais (gestão democrática), contradições e conflitos presentes

Começo do ano letivo.

DireçãoEquipe PedagógicaProfessoresFuncionáriosAlunosPaisConselho EscolarAPMF

184

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na prática pedagógica.

Ato Conceitual Concepção de sociedade, homem, educação, escola, conhecimento, ensino-aprendizagem, gestão democrática, curricular.

Durante o ano letivo. DireçãoEquipe PedagógicaProfessoresFuncionáriosAlunosPaisConselho EscolarAPMF

Ato Operacional Define as grandes linhas de ação e reorganização do trabalho pedagógico – as mudanças significativas a serem alcançadas.

Durante o ano letivo e ao término do referido ano. Revisão das mudanças significativas e definição de metas a serem alcançadas para o próximo ano.

DireçãoEquipe PedagógicaProfessoresFuncionáriosAlunosPaisConselho EscolarAPMF

Finalmente, cabe ressaltar que, durante o processo, ao discutir a questão

da avaliação referenciada no projeto pedagógico, os participantes perceberam

a necessidade de aprofundar esta questão.

A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do

projeto, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem

tomadas. É parte integrante do processo de construção do projeto e

compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e

sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É

também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a

dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto

de chegada.

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

185

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Fonte. Londrina/PR: v. 2, n. 1, p. 51 –53, nov.1999.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:

introdução à filosofia. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Moderna, 1993.

______. Avaliação mitos e desafios: Uma perspectiva construtiva. 14. ed.

Porto Alegre: Educação e realidade, 1994.

BRASIL. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de

dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Curitiba: 1996.

ELLIOT, Lígia Gomes. Critérios de julgamentos: Chave para a avaliação da

aprendizagem. Ensaio: Avaliação política pública educacional. Rio de Janeiro:

v. 8, n. 27, p. 129-142, abr./jun./2000.

ESTEBAN, Maria Tereza. (org). Avaliação: uma prática em busca de novos

sentidos. 3. ed. Rio de Janeiro: D. P. & A, 2001.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em

construção da pré-escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e realidade,

1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994.

MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.

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______. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos:

orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2006.

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do professor. São

Paulo: EPU, 1986.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. v.1 Curitiba:SEED/PR, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. v.2 Curitiba:SEED/PR, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a

Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PINHEIRO, Maria Eveline. A Ação coletiva como referencial para a organização

do trabalho pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia

Maria Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-

pedagógico. Campinas: Papirus, 1998, p. 75-94.

SACRISTÀN, J. Gimeno; GOMES, A. I. Péres. A avaliação no ensino. In:

Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani da Fonseca Rosa. 4. ed.

Porto Alegre: Artmed, 1998, p.295-351.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar?: como avaliar?: critérios e

instrumentos. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.

_______. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove

187

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anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Departamento de

Educação Básica. Curitiba, 2010.

SOUZA, Clarilda Prado de. (org.). Avaliação do rendimento escolar. 3. ed.

Campinas: Papirus, 1994.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética –

libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1998.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do projeto

político-pedagógico. In: ________; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.).

Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus,

1998, p. 9-32.

VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto político-pedagógico e a

avaliação. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves

de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas:

Papirus, 1998, p. 179-200.

ZABALLA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa.

In: A Avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 195-219.

7- ANEXOS

188

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7.1- Projetos e/ou atividades desenvolvidos na escola, integrados ao

Projeto Político Pedagógico

7.1.1- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas –

OBMEP

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental

participa anualmente da OBMEP, com os alunos de todos os anos, buscando,

muito mais que competição, o incentivo ao estudo da Matemática, e

consequentemente um ensino de qualidade.

7.1.2- Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro

A participação nessa olimpíada tem sido muito gratificante, pois os

alunos tomam gosto pela escrita, já que participam, se envolvem,

principalmente por poder falar de sua realidade, do lugar onde vivem, seja em

forma de poemas, memórias, ou crônicas. Neste ano, 2012, a aluna do 9º Ano,

Gabrielle Juliane Valias, da professora Fátima Aparecida Mantovani da Silva,

teve sua crônica selecionada pela comissão julgadora municipal, para a fase

regional.

Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro 3ª Edição

Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze

Aluna: Gabrielle Juliane Valias - 9º Ano

Professora: Fátima Aparecida Mantovani da Silva

Modalidade: Crônica

Vamos dançar?

Vivo num lugar tranquilo, agradável, no campo. Gosto daqui porque as

pessoas são amigáveis, todos se conhecem. O tempo passa, mas parece não

passar. As festas aqui são raras,mas de vez em quando há alguma diversão.

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Lembro-me de uma vez que ficamos sabendo de um rodeio que teria aqui

no bairro. Minha mãe ficou toda animada para a festa, coisa rara por esses

lados. Ela se arrumou toda, pôs seu melhor vestido, alisou os cabelos, pôs um

salto lindo, passou batom, se maquiou e ficou toda emperiquitada.

Meu pai, vendo aquela alta produção ficou enciumado e disse:

- Para que tanta arrumação, mulher?

Minha mãe se explicou, dizendo que dificilmente havia festas no bairro e

que não poderia perder essa oportunidade de ouro para se enfeitar “um

pouco”.

Então, fomos ao rodeio, era sábado à noite.

Um senhor bem de idade, de cabelos brancos amarelados, casaco grande

e velho, barba por fazer e com um copo na mão igual a um chifre de boi,

chegou perto de minha mãe, puxou-a pelo braço, chamando-a para dançar

com as seguintes palavras “Vamos dançar, moça?”.

Eu presencie tudo e ri muito, ainda mais quando o meu tio se aproximou

dela, fingindo ser seu marido para espantar o velho assanhado. Hoje, quando

quero brincar, chego para minha mãe e digo: “Vamos dançar, moça?”.

Pronto, essa frase é suficiente para eu e minha mãe rirmos o bastante e o

dia fica mais engraçado e mais divertido.

7.1.3- Concurso de Soletração

Com o objetivo de promover e incentivar o hábito de leitura, além da

valorização da língua pátria, o Lions Club Bandeirantes tem realizado

anualmente o Concurso Municipal de Soletração, destinado aos alunos do 9º

Ano, que contou com a participação da Escola estadual do Campo Lourenço

Ormenezze. Neste ano, o livro escolhido para a leitura foi São Bernardo, de

Graciliano Ramos.

Os professores têm um período para trabalhar com os alunos em sala de

aula os vocábulos contidos no livro e também no dicionário de Língua

Portuguesa, dentro da nova ortografia, vindo a realizar um concurso de

soletração com a turma, de onde sai o vencedor para a fase municipal.

190

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7.1.4- Jogos Florais

Anualmente a Prefeitura Municipal de Bandeirantes promove os Jogos

Florais, com a participação das escolas e trovadores de todo o país. O

regulamento é enviado à escola, com os temas escolhidos, e os professores de

Língua Portuguesa em especial, trabalham com os alunos a produção das

trovas, que são enviadas à comissão julgadora do município. As escolhidas são

publicadas no livrinho dos Jogos Florais, podendo ser trovas campeãs, menção

honrosa, e numa solenidade festiva, com a participação de trovadores

convidados, professores e alunos, são declamadas para a plateia.

A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental

estimula os alunos para que participem dessa atividade, que além de permitir o

afloramento da sensibilidade, também é uma excelente oportunidade para o

desenvolvimento da leitura e escrita.

7.1.5- Programa Agrinho

O Agrinho é um programa de longa data que vem sendo desenvolvido

nas escolas, inclusive na Escola estadual do Campo Lourenço Ormenezze, com

o objetivo de desenvolver ações que propiciem o despertar da consciência de

cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à preservação do

meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida.

Os conteúdos do Programa AGRINHO são desenvolvidos de forma

transversal ao currículo escolar, havendo a sensibilização da comunidade,

capacitação docente, desenvolvimento do trabalho e concursos, podendo

participar os alunos, professores, escolas, municípios, NREs.

7.1.6- Projeto “Uma data a ser lembrada e comemorada”

Com o objetivo de estreitar os laços afetivos entre toda a comunidade

escolar, ou seja, alunos, professores, pais, funcionários, são celebradas na

escola algumas datas comemorativas como: Páscoa, Dia Internacional da

191

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Mulher, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia do Estudante, dia dos Professores.

Os alunos realizam atividades como textos, poesias, desenhos, cartões,

cartazes para por no mural sobre a data comemorada, ensaiam danças,

teatro, brincadeiras, músicas, e um lanche especial é oferecido para

comemorar a participação e união da comunidade escolar.

7.1.7- Torneio “Futsal de Férias”

Nas férias de julho acontece o Torneio Futsal de Férias, com o

envolvimento da direção, professores, funcionários, alunos, pais, comunidade

em geral, com o apoio da Prefeitura Municipal de Bandeirantes.

É uma oportunidade que permite a integração da comunidade do campo

através das práticas esportivas, sendo os times compostos por pais, alunos e

moradores do bairro.

Durante toda a semana são realizados os jogos, e as famílias

comparecem para assistir e prestigiar o evento, que já se tornou uma festa

tradicional em parceria com a Escola estadual do Campo Lourenço Ormenezze.

7.1.8- Participação em atividades cívicas

A Escola estadual do Campo Lourenço Ormenezze participa do desfile

cívico em comemoração à Independência do Brasil e também do aniversário do

município, contando com a participação da direção, professores e alunos.

7.1.9- Projeto Construindo Regras para o Voleibol

I- Identificação

Nome do Estabelecimento: Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze - Ensino Fundamental

Município: Bandeirantes

Período de Execução:

192

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Turmas envolvidas: 7º e 8º Anos

Responsáveis pelo projeto: Profª Cleusa Maria Pereira Bisetto

Conteúdo: Esporte – Voleibol e Tênis

II – Objetivo Geral

• Conhecer as regras do tênis e do voleibol, e através delas aprofundar as

relações interpessoais, de autoconfiança e auto-estima a partir dessa

prática esportiva.

III – Objetivos Específicos

• Despertar o interesse e estimular o raciocínio através da comparação das

regras de um esporte para o outro.

• Conhecer e aplicar as regras impostas pelos esportes.

• Aprimorar a socialização dos alunos mediada pelo esporte.

IV - Justificativa

Trabalhar o esporte de forma a desenvolver nos alunos um espírito de

colaboração, cooperação, respeito e coletividade.

V - Desenvolvimento

Para iniciar o conteúdo Voleibol, a professora de Educação Física, Cleusa

Maria Pereira Bisetto, desenvolveu um projeto com os alunos do 7º e 8º Ano,

ao longo de algumas aulas, para dar condições aos mesmos de construir suas

próprias regras, baseando-se nas já existentes. Trabalhou inicialmente com as

regras do tênis, pois o voleibol surgiu por influência do tênis, e explicou os

fundamentos dos dois esportes. Buscou incentivá-los para que se

interessassem pelo esporte e para que desenvolvessem o raciocínio através

da elaboração e comparação de regras entre os esportes, do conhecimento e

aplicação das regras impostas pelos mesmos. Fizeram pesquisa na internet e

treinos na quadra, finalizando com um torneio de tênis e premiação para o

193

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campeão.

VI – Avaliação

Contínua e diagnóstica, respeitando as dificuldades e limites de cada um.

Espera-se que haja um aumento da auto-estima dos alunos e um entendimento

de que a prática esportiva, além de constituir-se num instrumento que traz

benefícios à saúde, também contribui na formação de verdadeiros cidadãos.

7.1.10- Projeto: Alimentação Saudável

I- Identificação:

Estabelecimento: Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze - Ens.

Fundamental

Município: Bandeirantes Estado: Paraná

Turmas: 6º ao 9º Ano Turno: Vespertino

Áreas envolvidas: Ciências, Português e Educação Artística

Professora: Vera Helena Barboza

II - Objetivos:

• Levar o aluno a compreender que a boa alimentação é de grande

importância no crescimento e no desenvolvimento físico e mental.

• Compreender a importância de consumir alimentos nutritivos tanto

em casa quanto na escola.

• Dotar o aluno de conceitos e informações nutricionais corretos, de

forma a contribuir na hora da escolha de alimentos ricos e saudáveis,

fundamentais ao bom funcionamento do organismo.

• Distinguir as diferenças entre alimentos naturais e industrializados,

bem como suas consequências.

• Valorizar e utilizar nas refeições os alimentos produzidos no local onde

moram.

194

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• Entender a necessidade de consumir diariamente alimentos que

contenham os nutrientes necessários para a prevenção de doenças.

III - Justificativa:

A necessidade de uma vida saudável e a prevenção de inúmeras

doenças que atingem a maioria das pessoas do mundo moderno, leva a escola

a preocupar-se cada vez mais com a educação alimentar de nossas crianças,

visto que é nesta faixa etária que melhor podemos desenvolver hábitos

alimentares corretos e que perdurarão para toda a vida. Dessa forma, o

trabalho será desenvolvido em torno dos valores nutricionais dos alimentos e

do benefício que os bons alimentos trazem para a saúde do nosso corpo,

valorizando os alimentos produzidos por suas próprias famílias.

IV - Desenvolvimento:

• Conversa com os alunos, apresentação de vídeos e pesquisa na

internet sobre a importância dos alimentos, abordando os tipos de

vitaminas e seus benefícios, proteínas, o que faz bem e mal à saúde,

produtos orgânicos, industrializados, e a partir daí o desenvolvimento

de atividades variadas como frases, versos, produção de textos,

cartazes.

• Pesquisa de campo com as merendeiras para conhecer que tipos de

alimentos a escola recebe, sua procedência, quem escolhe o

cardápio, etc.

• Informações sobre a compra direta do produtor e sua importância.

• Montagem de um cardápio, utilizando os produtos existentes nos

locais de morada de cada aluno, com a colaboração dos professores,

finalizando com um almoço na escola, nutricionalmente correto.

V - Recursos Físicos: sala de aula, cozinha, pátio da escola.

195

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VI - Recursos Pedagógicos e Materiais: livro didático, internet, utensílios

de cozinha, mesa, cadeira, fogão, liquidificador, copos descartáveis.

VII - Recursos Humanos: alunos, professoras, merendeiras, serventes.

IX - Avaliação:

Durante toda a realização do projeto as crianças demonstraram muito

interesse e consciência da importância dos alimentos ricos em vitaminas,

proteínas e sais minerais, reconhecendo que esses alimentos também podem

ficar muito gostosos quando bem preparados. Além disso, por morarem na

zona rural, se conscientizaram mais ainda que têm o privilégio de ter à sua

disposição uma variedade de produtos fresquinhos e nutritivos. Entenderam

que a saúde do corpo e da mente depende de uma boa alimentação e que

todos devem se esforçar para sempre comer aquilo que faz bem.

7.2- Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar

I- Identificação da Equipe Multidisciplinar:

Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental

Estrada para Santa Amélia, Km 12 – Bandeirantes – Paraná

Componentes:

Aparecida Marciana de souza – Pedagoga

Terezinha de Fátima Coutinho – Professora de Geografia

Sonia Aparecida da Silva Henriques – Professora de Inglês

Rosângela Fogaça da Silva – Professora de Ciências e Ensino Religioso

Ademar Ribeiro Richter – Professor de Ciências

Lídia Rosa de Paula Guerra – Agente Educacional I

Maria Rosa de Oliveira – Agente Educacional I

Elisângela Trovão - Agente Educacional II

Simone Fogaça Gasoli – Diretora

II- Objetivos a serem alcançados:

196

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• Conscientizar e mobilizar a comunidade escolar a respeitar a diversidade

cultural étnico-racial e fazer cumprir a Lei 10.639 e 11.645.

• Reconhecer e combater a discriminação étnico-racial através de ações

pédagógicas e de orientações das atitudes a serem tomadas frente à

existência desses casos no ambiente escolar.

III- Justificativa:

Propor várias ações para que a comunidade escolar perceba a história e

sua importância, e comece a refletir sobre suas relações étnico-raciais, os

direitos e a posição ocupada pelos negros e indígenas na sociedade.

IV- Ações a serem desenvolvidas:

• Reconhecer a realidade escolar, identificando os sujeitos

(afrodescendentes, povos indígenas e do campo);

• Implementação de atividades envolvendo a história e a cultura com a

disponibilização da interdisciplinaridade;

• Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar a cerca dos

diferentes povos;

• Seleção de material para estudo e divulgação a toda a comunidade

escolar;

• Disponibilizar os materiais pesquisados e trabalhados por todo o corpo

docente;

• Desenvolvimento de palestras, debates e visitas com a participação de

toda a comunidade escolar.

V- Cronograma:

MARÇO E ABRIL • Reunião da equipe multidisciplinar analisando e refletindo sobre a importância da EM na escola e os trabalhos a serem desenvolvidos em sala de aula pelos professores, os quais deverão ter a participação de todos.

197

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• Leitura e discussão do Estatuto da Igualdade Racial.

• Apresentação das Diretrizes Curriculares Nacionais para as Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e cultura afro-Brasileira e Africana.

• Confecção e exposição de cartazes das culturas explanadas.

MAIO E JUNHO • Estudo sobre a importância do dia 13 de maio e pesquisas sobre as leis abolicionistas promulgadas antes da libertação dos escravos (Lei do Ventre Livre, do Sexagenário, etc.) e suas implicações negativas para os negros da época.

• Exposição de materiais com temas relacionados aos negros e aos índios no Brasil. Ex.: pratos típicos, palavras de origem africana ou indígena, costumes, religiosidades,..

AGOSTO E SETEMBRO

• Visita ao acampamento indígena.• Filmes diversos escolhidos pela equipe, que

ajudem a explorar o tema.

OUTUBRO E NOVEMBRO

• Leitura e discussão de textos.• Apresentação dos trabalhos realizados durante o

ano letivo, sobre a temática, na semana da Consciência Negra.

As atividades propostas deverão constar no livro registro dos professores.

VI- Avaliação das ações realizadas pela equipe multidisciplinar

As ações serão avaliadas ao término dos encontros realizados, para

capacitação da Equipe Multidisciplinar.

Bandeirantes, _______de_____________ de 2011.

_____________________________________________

Diretora

7.3- Proposta da Agenda 21 Escolar

198

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Na Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze está ocorrendo a

preparação teórica de toda a comunidade escolar através da leitura de textos

referentes à demanda da Educação Ambiental e Agenda 21 no sentido de

embasar contribuições para o funcionamento da AGENDA 21 de acordo com as

orientações da SEED. O objetivo é viabilizar a implementação de uma nova

forma de enxergar-se tal demanda. Os textos são estudados na hora-atividade

de cada professor.

7.4- Calendário 2012

199

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200

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO LOURENÇO ORMENEZZE - ENS. FUNDAMENTAL Bandeirantes - Paraná

Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias);

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 1 2 31 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 228 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 18

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

3007 Dia do Funcionário de Escola

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 12

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

14 Feriado Municipal

1º Semestre 100 Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes2º semestre 101 Janeiro 31 janeiro/férias 30Conselho de Classe 4 fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15Replanejamento 1 julho 18 dez/recesso 12Dias letivos 201 dezembro 12 outros recessos 3

Total 68 Total 60Início/TérminoPlanejamento Reunião Pedagógica - Horário alternado Férias ReplanejamentoRecesso Semana de Integração Escolar/Comunidade

Semana Pedagógica Feriado MunicipalFormação Continuada SEED e NREFormação Continuada

Anexo da Resolução N º 4901/2011- GS/SEED

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012 - ENSINO FUNDAMENTAL

replanejamento (01 dia); – Delib. 02/02-CEE

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi

21 Tiradentes

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 25 Natal

15 Dia do Professor15 Proclamação da República

20 Dia Nacional da Consciência Negra

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7.5- Matriz Curricular

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES

ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL LOURENÇO ORMENEZZE- E.F.

ENDEREÇO: ESTRADA PARA SANTA AMÉLIA,S/Nº KM 12

TELEFONE:

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 4 3

Educação Física 3 3 3 2

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 3 3 3 4

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI

-CADA

L.E.M. - Inglês 2 2 2 2

Subtotal 23 23 23 23

Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.

Bandeirantes, 25 de agosto de 2011.

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_____________________________Direção

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