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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO
ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO LOURENÇO ORMENEZZE –
ENSINO FUNDAMENTAL
Km 12 – Estrada para Santa Amélia
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO2012
BANDEIRANTES – PARANÁ
1
APRESENTAÇÃO
A educação, segundo estabelece a Constituição (art.205 e art. 227), é um
direito público subjetivo que deve ser assegurada a todos, através de ações
desenvolvidas pelo Estado e pela família, com a colaboração da sociedade.
Quando trata especificamente do direito à educação destinado às
crianças e adolescentes, o Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 4) o
descreve como um dever da família, comunidade, sociedade em geral e do
Poder Público. Destas normas, consta-se que a educação não é um direito cuja
responsabilidade seja imposta exclusivamente a um determinado órgão ou
instituição. Na verdade, é um direito que tem seu fundamento na ação do
Estado, mas que é compartilhada por todos, ou seja, pela família, comunidade
e sociedade em geral, resultando na evidência de que a educação deixou de
ser um tema exclusivo dos trabalhadores da área para ser uma questão de
interesse de toda a sociedade.
A escola tem um papel decisivo no processo de socialização do indivíduo
e a diferença qualitativa do trabalho escolar é que este processo será
mediatizado pelo conhecimento histórico, pois somente o desvelamento das
relações sociais dará os parâmetros para superar a compreensão naturalista do
mesmo sobre sua inserção no mundo social, desde a família até os grupos mais
amplos.
Vive-se um momento de grandes decisões e mudanças sócio-política-
econômica-culturais de um novo milênio. Assim, a Educação não poderá ficar
de fora, sem discutir e sem avaliar o seu papel em tal processo. Afinal, ela
precisa buscar respostas para os seus problemas e repensar a sua função,
procurando descobrir as possíveis alternativas para a solução dos seus
problemas.
Um dos grandes desafios à humanidade, neste século XXI, especialmente
nos países com alto grau de concentração de renda e desigualdade, como o
caso do Brasil, são as contradições sociais, o que precisa ser superado. Dentre
essas contradições encontra-se a questão agrária, eminentemente histórica,
visível em diferentes conjunturas políticas, em virtude da atuação dos
movimentos que reivindicam reforma agrária. Assim, a educação do campo,
2
que sempre esteve à margem das políticas educacionais, já que oficialmente
não era considerada necessária aos povos trabalhadores da terra, precisa ser
pensada.
Ao elaborarmos o Projeto Pedagógico estamos nos responsabilizando por
uma iniciativa de mudanças, devendo as mesmas ser globais e coletivas, pois a
escola não deverá ficar fragmentada em áreas ou segmentos. Conforme Veiga
(1995, p.12) [...] é preciso “lançarmos-nos para diante, com base no que
temos, buscando o possível é antever um futuro diferente do presente”.
É preciso que o Projeto Político Pedagógico tenha a concepção ampla de
homem e sociedade, neste período de Globalização.
É preciso demonstrar claramente que a escola do campo só tem sentido
se pensada a partir das particularidades dos povos do campo. Conforme a
definição referendada no parágrafo único do art. 2º das Diretrizes Operacionais
para a Educação Básica nas Escolas do Campo, a identidade da escola do
campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes a sua realidade,
ancorando-se na sua temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na
memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de Ciência e Tecnologia
disponível na Sociedade e nos Movimentos Sociais em defesa de projetos que
associem as soluções por essas questões à qualidade social da vida coletiva no
país (MEC, 2002, p.37).
É preciso que saibamos que o projeto político pedagógico deve ser
considerado como um processo permanente de reflexão e discussão dos
problemas da escola, na busca de [...]”alternativas viáveis à efetivação de sua
intenção que propicia a vivência democrática necessária para a participação de
todos os envolvidos com a educação”, ou seja, a comunidade escolar e o
exercício da cidadania. (MARQUES 1990, p. 23 apud VEIGA 1995, p.13).
Os governos vêm procurando vivenciar e absorver tais tendências nos
diversos setores da sociedade, através de projetos. E, nesta empreitada, estão
envolvidos os governos: Federal, Estadual e Municipal, através de suas
secretarias e os diversos segmentos da sociedade.
E, neste processo, encontra-se também a escola, que precisa discutir e
refletir sobre o seu papel, o que é da sua natureza e que vai constituir a sua
função básica, neste momento histórico em que vivemos. O que é educar? O
3
que é ser cidadão? Quais os valores e conhecimentos dos quais a Sociedade
necessita hoje? Quais as metodologias que podem melhor assegurar o sucesso
no processo ensino-aprendizagem? E os maiores envolvidos em tal processo
são os professores, os alunos e os pais, portanto precisam refletir sobre a ação
e o papel da escola no passado e no presente para que se tenha visão de
futuro, no seu compromisso de passar o conhecimento produzido pela
humanidade no decorrer da história, além da vivência da cidadania.
A busca da qualidade de ensino da escola pública exige a existência de
um projeto educacional construído coletivamente, para que seja assumido
tanto no seu conteúdo, quanto na sua direção. Em tal contexto, a elaboração
do Projeto Político Pedagógico visa à sistematização de um plano de ações
globais para que sejam buscadas as possíveis soluções para os diversos
problemas que a Escola Estadual do Campo “Lourenço Ormenezze ” enfrenta.
O Projeto Pedagógico nasceu da reflexão, da avaliação e da ação de
todos os envolvidos de alguma forma com a Educação da escola, diretora,
equipe administrativa-pedagógica, professores, alunos, demais funcionários,
pais, membros da APMF e demais setores da sociedade, tendo em vista o
compromisso de todos com a busca de soluções para os diversos problemas
levantados no diagnóstico.
A fundamentação do trabalho pedagógico, a que se propõe será realizado
a partir de um planejamento participativo, comunitário e político, envolvendo
atividade conjunta entre Escola, Família e Comunidade. Proposta esta, criada
da análise de sua prática pedagógica, da reflexão de sua realidade e
fundamentada teoricamente, tendo em vista desempenhar seu verdadeiro
papel social na formação do cidadão crítico e participativo. O Projeto Político
Pedagógico estabelece pontos de partida, para as reflexões e ações que o
direcionam, uma vez que deve estar em contínua sintonia com o mundo vivido,
num processo de construção permanente, ou seja, parte dos princípios da
gestão democrática, ou seja, os princípios da Igualdade e Qualidade.
Vale lembrar ainda que pela sua condição de projeto o P.P.P. será sempre
“imperfeito, incompleto e inconcluso” como atestaria ‘o pai Paulo Freire’.
4
SUMÁRIO
1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ….............................. 8
2- MARCO SITUACIONAL........................................................... 9
2.1- Oferta da Instituição......................................................... 11
2.2- Organização Interna da Entidade escolar............................ 11
2.3- Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos................. 11
2.4- Dependências físicas e materiais da Instituição.................. 12
2.5- Organização e caracterização da Instituição....................... 15
2.5.1- Histórico da Instituição.................................................. 15
2.5.2- Caracterização da Comunidade....................................... 16
2.5.3- Quadro de Funcionários................................................. 18
2.5.4- Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais............................................................
19
2.5.5- Resultados educacionais, aprovação e evasão................. 19
2.5.6- Dados das avaliações externas....................................... 21
2.5.7- Relação idade/série........................................................ 21
3- MARCO CONCEITUAL............................................................ 22
3.1- Concepção de Educação.................................................... 27
3.2- Concepção de Campo........................................................ 28
3.3- Concepção de Escola......................................................... 28
3.4- Concepção de Homem....................................................... 29
3.5- Concepção de Sociedade................................................... 30
3.6- Concepção de Cultura....................................................... 30
3.7- Concepção de Tecnologia.................................................. 31
3.8- Concepção de Cidadania................................................... 31
3.9- Concepção de Ensino e Aprendizagem.............................. 32
3.10- Concepção de Avaliação................................................. 32
3.11- Concepção de Gestão Escolar......................................... 34
3.12- Concepção de Currículo................................................. 35
3.13- Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem......................................
37
3.14- Concepção de Alfabetização e Letramento...................... 38
3.15- Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental...........................................................................
39
3.16- Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais.............. 40
4- MARCO OPERACIONAL.......................................................... 41
5
4.1- Proposta de ações definidas pelo coletivo escolar.............. 41
4.2- Organização do trabalho pedagógico 43
4.2.1- Organização Curricular 43
4.2.2- Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro, recuperação de estudos, promoção, conselho de classe..................................................................
43
4.2.3- Processo de Classificação e Reclassificação..................... 47
4.2.4- Regime de Progressão Parcial........................................ 49
4.2.5- Adaptação de alunos oriundos de outros regimes............ 49
4.2.6- Formação Continuada.................................................... 49
4.2.7- Articulação da escola com a família e comunidade........... 52
4.2.8- Organização do horário/hora atividade........................... 52
4.2.9- Atuação da Equipe Multidisciplinar................................. 53
4.2.10- Acompanhamento das atividades em contraturno.......... 55
4.2.11- Matriz Curricular.......................................................... 56
4.2.12- Calendário Escolar........................................................ 57
4.2.13- Desafios Educacionais Contemporâneos e Atendimento à Diversidade..........................................................................
57
4.2.14- Ações previstas em parceria......................................... 59
4.2.15- Envolvimento das Instâncias Colegiadas....................... 59
4.2.15.1- Conselho Escolar....................................................... 59
4.2.15.2- Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF..... 61
4.2.15.3- Equipe Diretiva......................................................... 62
4.2.15.4- Equipe Pedagógica.................................................... 63
4.2.15.5- Agentes Educacionais................................................ 65
4.2.15.6- Equipe Docente......................................................... 66
4.2.15.7- FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente.......... 68
4.2.16- Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular..............................................................
69
4.3- Proposta Pedagógica Curricular......................................... 70
ARTE....................................................................................... 71
CIÊNCIAS................................................................................ 84
EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................... 94
ENSINO RELIGIOSO.................................................................. 106
GEOGRAFIA............................................................................. 113
HISTÓRIA................................................................................ 126
LEM – INGLÊS.......................................................................... 135
6
LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................. 148
MATEMÁTICA........................................................................... 168
4.4- Proposta das Atividades Complementares......................... 179
4.4.1- Proposta da Atividade Complementar encaminhada ao Núcleo Regional de Ensino para análise....................................
180
5- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................................................
183
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 186
7- ANEXOS.............................................................................. 189
7.1- Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto Político Pedagógico.................................................
189
7.1.1- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP ................................................................................
189
7.1.2- Olimpíada de Língua Portuguesa.................................... 189
7.1.3- Concurso de Soletração.................................................. 190
7.1.4- Jogos Florais.................................................................. 191
7.1.5- Programa Agrinho.......................................................... 191
7.1.6- Projeto “Uma data a ser lembrada e comemorada”......... 191
7.1.7- Torneio “Futsal de Férias”.............................................. 192
7.1.8- Participação em atividades cívicas.................................. 192
7.1.9- Projeto Construindo Regras para o Voleibol..................... 192
7.1.10- Projeto: Alimentação Saudável..................................... 194
7.2- Plano de ação da Equipe Multidisciplinar............................ 196
7.3- Proposta da Agenda 21 Escolar.......................................... 199
7.4- Calendário Escolar – Ano Letivo 2012................................. 200
7.5- Matriz Curricular Vigente.................................................. 201
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1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
Denominação: Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino
Fundamental
Código do Estabelecimento: 00176
Endereço: Estrada para Santa Amélia, Km12, Bairro Ormenezze – CEP 86.360-000 TELEFONE: XX e-mail : [email protected]ÁGINA DA ESCOLA: bntlourenco.pr.gov.br
Município: Bandeirantes
Código do município: 0240
Dependência Administrativa: Estadual
Núcleo Regional: Cornélio Procópio
Código do NRE: 008
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização de Funcionamento: Res.3798 de 30/12/82
Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: 335/08
Ato Administrativo – Regimento Escolar: 251/2008
Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 071/2008
Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 379/2011
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 247/2011
Distância da Escola do NRE: 40 Km
Localização da Escola: Bairro Ormenezze – Bandeirantes - PR Tipo de escola: Rural – Do Campo
8
2- MARCO SITUACIONAL:
O conhecimento apresenta-se cada vez mais em ritmo acelerado. A cada
dia são apresentadas novas tendências, e verdades tidas como absolutas hoje
são contestadas; o mercado, em seu sentido mais amplo, nos oferece
inúmeras novidades; a tecnologia, neste contexto, se torna indispensável.
E em meio a tantas mudanças, percebemos as dificuldade e fragilidades
que apresentamos, enquanto escola, necessitando rever paradigmas e alterar
posturas.
O trabalho com crianças e sobretudo adolescentes nos impõe a
atualização e a constante busca para podermos desenvolver o trabalho calcado
em seus interesses.
Sabemos que a educação oportuniza situações em que o aluno amplia
seus conhecimentos, desenvolve a experiência e a consciência da própria
capacidade de aprender, o gosto pela investigação e descoberta, a capacidade
de escolha, o espírito crítico, o pensamento, a expressão pessoal e grupal
através das mais variadas formas. Cabe a nós, a própria conscientização sobre
a função da escola para então trabalharmos no sentido de oferecer
perspectivas aos alunos, o que já vem sendo realizado através da valorização
das aptidões, trabalhos em grupos e estímulos aos estudos.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze, assim como inúmeras
outras escolas, apresenta problemas de ordem física, social, política,
econômica, cultural, educacional, etc., que dificultam o trabalho pedagógico
pretendido e o sucesso no processo ensino e aprendizagem. Um dos problemas
mais preocupantes desta escola é o pequeno número de alunos, que decorre
principalmente da realidade política e cultural, que leva muitos pais a
preferirem matricular o filho na “cidade”, achando que vai ter mais vantagens,
sendo respaldado pelo poder público municipal, que disponibiliza o transporte,
o que diminui a demanda de alunos na escola do campo. Entretanto, apesar do
número de alunos ser pequeno, é um alunado que demonstra interesse e é
muito participativo. A totalidade dos alunos reside na zona rural, sendo alguns
filhos de pequenos proprietários de terras, e a maioria moradores de
assentamentos e funcionários de sitiantes, que trabalham com gado, estufas e
9
lavouras. A escola é compartilhada com uma escola de anos iniciais, de
dependência administrativa municipal, em turno contrário ao da Escola
Lourenço Ormenezze, o que dificulta um trabalho com mais autonomia e maior
utilização do espaço escolar. Mesmo com essas limitações, conseguimos
avanços significativos, como implantação de salas de apoio à aprendizagem
para o 6º e 9º ano, em contraturno, e está em processo a solicitação de
atividade complementar, também em contraturno, com aulas de informática no
Laboratório de Informática. A parte física também constitui-se num obstáculo,
pois além do espaço, que é compartilhado, a manutenção da estrutura do
prédio também é deficiente, haja vista ser muito moroso e burocrático o
atendimento das necessidades da escola pelo mantenedor. Mesmo com as
verbas dos programas do governo, nem sempre é possível direcionar para o
que é realmente necessário, devido às regras de utilização impostas. O
mobiliário, especialmente de carteiras e cadeiras é deficiente e sucateado,
necessitando de renovação; cozinha e banheiros precisam de reformas; e a
pintura está em péssimo estado, haja vista a última pintura ter ocorrido em
2005, o que mostra o descaso do mantenedor em relação à manutenção do
prédio escolar.
Estando a Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze inserida
dentro desta sociedade complexa, direciona seus esforços e desenvolve
práticas educativas que visem o preparo de pessoas de mentalidade flexível e
adaptável para enfrentar as rápidas transformações do mundo e da sociedade
que as cerca na formação de um ser crítico e integrado, com habilidades
individuais diversificadas e com um profundo senso do coletivo.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental,
na condição de, como o próprio nome diz, escola “do campo”, pretende
contribuir para a construção de uma sociedade mais humana, mais solidária,
mais participativa, pautada nas necessidades desses alunos do campo, para
que sejam levados a compreender o mundo que vai além dos muros da escola,
dando-lhes a oportunidade de construção do seu próprio conhecimento e do
seu próprio saber, partindo da realidade e das condições em que vivem.
10
2.1 – Oferta da Instituição
• Ensino Fundamental – Anos Finais – 6º ao 9º Ano
• Escola do Campo: a partir de 2011, de acordo com o parecer CEE/CEB nº
1011/2010 de 06/10/2010.
• Sala de Apoio à Aprendizagem – Língua Portuguesa e Matemática para
6º/7º Ano e 8º/9º Ano
2.2 – Organização Interna da Entidade Escolar
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental
atende os alunos do campo nos seguintes turnos e horários:
• ENSINO FUNDAMENTAL
Dias: 2ª a 6ª feira
Turno: Vespertino
Horário: 13:00h às 17:20h
• SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Dias: 3ª e 5ª feira
Turno: Matutino
Horário: 6º/7º Ano(Português):8:00h às 9:40h
6º/7º Ano(Matemática):10:00h às 11:40h
8º/9º Ano(Português):10:00h às 11:40h
8º/9º Ano(Matemática): 8:00h às 9:40h
2.3 – Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos
• Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º/7º e
11
8º/9º Ano salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e
Matemática, em contraturno, duas vezes por semana, com carga horária
de 04 horas semanais cada disciplina, com o objetivo de recuperar os
conteúdos básicos defasados ao longo dos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental.
• Laboratório de Informática: o laboratório, com 12 computadores, é
destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos
professores), para pesquisas, trabalhos e atividades planejadas para
enriquecimento das aulas.
• Biblioteca: não dispõe de espaço suficiente para a realização de leituras
e pesquisas, pois o espaço físico é pequeno e compartilhado com a sala
dos professores. É oportunizado aos alunos consultar os livros
disponíveis nesse ambiente para empréstimo e uso na sala de aula.
• Atividade Complementar periódica: encontra-se no NRE, para análise, a
proposta de solicitação de atividade complementar em contraturno, na
área de informática, para atender os anseios dos alunos e pais desta
comunidade, o que virá oportunizar um melhor desempenho nas
atividades escolares.
2.4 – Dependências físicas e materiais da instituição
Dependências físicas:
SALAS DE AULA 4
SALA SECRETARIA/DIREÇÃO 1
SALA DE PROFESSORES COMPARTILHADA COM A BIBLIOTECA 1
SALA DE ARQUIVOS E MATERIAIS 1
BANHEIRO MASCULINO 1
BANHEIRO FEMININO 1
BANHEIRO DE PROFESSORES/FUNCIONÁRIOS 1
12
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA 1
QUADRA DE ESPORTES COBERTA 1
COZINHA 1
ALMOXARIFADO 1
Materiais e equipamentos:
GELADEIRA 1
FREEZER 1
BEBEDOUROS 2
CAIXA AMPLIFICADORA LL200 1
CÂMERA CCD COLOR 1
RÁDIO PENDRIVE 1
RETROPROJETOR 2
COMPUTADORES PARA SECRETARIA 4
COMPUTADORES PARA LABORATÓRIO 12
IMPRESSORA HP MARCA PHOTO SAMLT MODELO C4680 1
IMPRESSORA MULTIFUNCIONAL HP M1120 1
IMPRESSORA SAMSUNG (PARANÁ DIGITAL) 2
MÁQUINA DE ESCREVER ELÉTRICA 1
MÁQUINA DE ESCREVER MANUAL 1
MICROFONE MARCA LEXON MODELO SM 58P4 2
MICROSCÓPIO BIOLÓGICO TRI 1
MICROSCÓPIO ESTEREOSCÓPIO 1
MICROSSISTEM 2
NOTEBOOK 1
TV 29 POLEGADAS TELA PLANA COM ENTRADA USB 4
TV 20 POLEGADAS 1
VIDEO CASSETE PANASONIC NV-MV40 1
AGITADOR MAGNÉTICO
BALANÇA DIGITAL
BALÃO FUNDO CHATO
BALÃO VOLUMÉTRICO
BANQUETA MADEIRA PAR 32/39cm
BASTÃO DE VIDRO
BÚSSOLA
13
COPO BECKER VIDRO
ERLERNMEYER DE VIDRO 6
ESCALA CUISENAIRE 2
FUNIL DE SEPARAÇÃO 5
FUNIL DE VIDRO 5
LÂMINA PERMANENTE MICROSCOPIA 1
LUPA 10
MANTA AQUECEDORA BALÃO 1
MODELO CÉLULA EUCARIONTE 1
MEDIDOR DE PH DIGITAL 1
PIPETA DE VIDRO GRADUADA 5
PLANETÁRIO 1
PRANCHA LAMINADA (CONJUNTO) 1
SUPORTE UNIVERSAL 4
COLCHONETE 30
BOLA BASQUETEBOL 3
BOLA HANDEBOL 2
BOLA FUTSAL 2
BOLA VOLEIBOL 3
BOLA QUEIMADA 1
CONJUNTO BARRAS DE MEDIDAS 1
CONJUNTO BLOCO LÓGICO 1
CONJUNTO DE NÚMEROS E SINAIS 2
CONJUNTO DE RÉGUAS NUMÉRICAS 2
CONJUNTO RÉGUAS NUMÉRICAS (RÉGUA 1 METRO, COMPASSO, ESQUADRO, TRANSFERIDOR)
1
CONJUNTO SÓLIDOS GEOMÉTRICOS 3
DOMINÓ DE MULTIPLICAÇÃO 2
DOMINÓ DE SUBTRAÇÃO 2
DVD OMNICOM RJ-1500 DVX 1
TORRE DE HANÓI 3
FANTOCHE FAMÍLIA BRANCA 20
FLAUTA DOCE SOPRANO - PLÁSTICO 40
JOGO DE ALFABETO SILÁBICO 8
JOGO DE MEMÓRIA COM ANTONIMOS 10
JOGO DE SEQUENCIA LÓGICA DE TRÂNSITO 6
14
JOGO DOMINÓ ASSOCIAÇÃO DE IDÉIAS 6
JOGO PICTUREKA 3
JOGO UNO 3
JOGO VAMOS FORMAR PALAVRAS 6
KIT PANCAKE 4
KIT TV ESCOLA 1
MATERIAL DOURADO 2
RELÓGIO DIDÁTICO 1
TANGRAN 2
TNT BRANCO 50 METROS 1
TNT PRETO 50 METROS 1
2.5 – Organização e caracterização da Instituição
A organização e caracterização da Escola Estadual do Campo Lourenço
Ormenezze apresenta-se no presente Projeto Político Pedagógico de forma a
permitir o conhecimento de sua história, o porquê de sua criação, perfil da
comunidade atendida, resultados apresentados, dentre outros.
2.5.1 – Histórico da Instituição
A Escola Estadual Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental, situada no
Bairro Ormeneze, no Km 12, Estrada para Santa Amélia, no município de
Bandeirantes, núcleo regional de Cornélio Procópio, Estado do Paraná, tem
como entidade mantenedora o Governo deste Estado.
A escola foi fundada em 08/09/1961, na gestão do Governador Moisés
Lupion e do Prefeito José Mário Junqueira. Foram seus colaboradores os
senhores Dino Veiga, Moysés Augusto Pires e Ricieri Ormenezze.
O prédio de madeira, com uma sala de aula e a casa da primeira
professora Neiva Ormenezze Tranguete, ocupava 96 m da área de 780 metros.
Em 1968, o prédio foi ampliado, na gestão do Prefeito Moacyr Castanho.
Em 05 de novembro de 1975 na gestão do Prefeito Jamil Fares Midauar, a
15
escola em alvenaria, foi reinaugurada ao lado da Igreja Católica do bairro, com
04 salas de aula, cozinha, almoxarifado, sala de diretoria, 03 sanitários ampla
área coberta.
Em 1989, foi realizados o sonho da comunidade, com a construção de
uma Quadra de Esportes, em convênio do Estado com a prefeitura.
Até 1978 a Escola funcionava apenas com 1ª a 4ª séries e em 1979
iniciou o funcionamento da 5ª série, aumentando gradativamente nos anos
posteriores, vindo a funcionar com turmas de 5ª a 8ª série.
Em 30 de dezembro de 1982 deixou de estar sobre a responsabilidade da
Escola Mailon Medeiros e recebeu autorização para funcionar pela resolução nº
3.798/82 e teve o curso de 1º grau regular reconhecido pela resolução nº
3.311/87, de 21 de agosto 1987.
A Escola Estadual Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental, até o ano
de 2011, ofertou os anos finais do Ensino Fundamental - 5ª à 8ª séries/regime
de 08 anos, no turno vespertino. A partir de 2012, com a implantação
simultânea do Ensino Fundamental de 09 Anos, a escola passou a ofertar o
ensino de 09 anos (6º ao 9º ano), também no período vespertino.
Atualmente está sob a direção da professora Simone Fogaça Gasoli e
funciona no período vespertino, com uma turma de cada ano do Ensino
Fundamental de 9 Anos (6º, 7º, 8º, 9º) e no período matutino com 04 turmas
de Apoio à Aprendizagem, sendo 02 turmas para 6º/7º Ano (Língua Portuguesa
e Matemática) e 02 turmas para 8º/9º Ano (Língua Portuguesa e Matemática).
2.5.2- Caracterização da Comunidade
O perfil escolar sócio – econômico e cultural, da comunidade escolar na
grande maioria é de médio para baixo. O alunado atendido constitui-se de
alunos residentes na zona rural, filhos de trabalhadores rurais e pequenos
produtores. Alguns dos nossos alunos são moradores do Assentamento Nova
Bandeirantes.
16
As famílias possuem baixa renda sendo a grande maioria assistida pelo
programa Bolsa Escola.
O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio.
Os pais trabalham geralmente como assalariados e muitos são bóias – frias,
tem moradias bem modestas e não tem grandes oportunidades para lazer e
cultura.
Todos os alunos, professores e funcionários utilizam transporte, devido à
distância. Nossos alunos se destacam pelo excelente comportamento, os pais
pela participação efetiva na vida da comunidade escolar e os funcionários pela
dedicação à escola.
Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona
urbana.
Quanto aos valores morais, religiosos, materiais e intelectuais, são
trabalhados com a realidade da comunidade escolar onde o aluno vive, num
meio favorável, onde o respeito, a solidariedade, a responsabilidade, o temor a
Deus fazem parte de suas vidas.
Vindo de uma comunidade carente, consequentemente nossos alunos
precisam de conhecimentos, amor, atenção, respeito. São promovidas
palestras e atividades extraclasse como: jogos, música, dança, festivais.
Entre a escola e a comunidade, há um relacionamento bem estreito e
contínuo, o que possibilita uma boa interação entre família e escola, facilitando
o desenvolvimento do aluno, sua aprendizagem e suas competências.
Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais para
incentivarem seus filhos e também ajudar na orientação de trabalhos
conhecidos dos mesmos.
Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social,
descobrir seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a
obrigação e o compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos
alunos, garantindo-lhes a formação completa para que sejam seres atuantes
em nossa sociedade com bastante autonomia, críticos e participativos.
17
2.5.3- Quadro de Funcionários:
CORPO TÉCNICO ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO
Nº Nome Vínculo Função Formação
1 Simone Fogaça Gasoli QPM Diretora Letras
2 Maria Luiza Cappi PSS Secretária Ciências Biológicas
3 Maria das Graças Ticianel QPM Pedagoga Pedagogia
4 Maria Rosa de Oliveira QFBE Merendeira Ens. Médio
5 Lídia Rosa de Paula Guerra QFBE Servente Ens. Fundamental
CORPO DOCENTE
Nº Nome Vínculo Função Formação
1 Camila dos Santos Vieira PSS Profª Sala de Apoio – Língua Port.
Letras
2 Cleusa Maria Pereira Bisetto QPM Profª - Ed. Física
Educação Física
3 Daisy Ferraz Hampel Gonzaga
QPM Profª - Inglês
Letras
4 Gerson Alves QPM Profº - Ed. Física
Educação Física
5 Fátima Aparecida M. da Silva QPM Profª Língua Port.
Letras
6 Heitor Batista dos santos SCO2 Inglês Letras
7 Idê Néia Acorsi SCO2 Profª - Arte Educação Artística
8 José Cláudio Ranucci QPM Profº Matemática
Ciências – Hab. Matemática
9 Márcia Antonia T. Monteiro PSS Profª - Arte Artes Visuais
10 Meri Hirabara Yanase SCO2 Profª - Arte Artes Plásticas
11 Roziani Aparecida da Silva SCO2 Profª Sala de Apoio – Matemática
Ciências – Hab. Matemática
12 Selma Húngaro SCO2 Profª Geografia/ Ens. Rel.
Geografia
13 Sonia de Fátima Húngaro QPM Profª – História
História
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14 Vanilda Aparecida Monteiro SCO2 Profª Sala de Apoio – Matemática
Ciências – Hab. Matemática
15 Vera Helena Barboza QPM Profª Ciências
Ciências – Hab. Matemática
CORPO DISCENTE
Ano Turmas Turno Quantidade de Alunos
2012 6º A Vespertino 8
2012 7º A Vespertino 14
2012 8º A Vespertino 12
2012 9º A Vespertino 8
2012 Sala de Apoio 6º/7º Ano
Matutino 16
2012 Sala de Apoio 8º/9º Ano
Matutino 8
2.5.4 – Condições de atendimento a alunos com necessidades
educacionais especiais
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental
não tem, até o momento, condições físicas para atender os alunos com
necessidades educacionais especiais , pois não foram feitas as adequações
necessárias pela entidade mantenedora, tanto municipal quanto estadual,
como rampa de acessibilidade e sanitários adaptados. Em relação aos casos de
DM, DV ou DA, a escola não possui profissionais especializados, devendo ser
encaminhados os casos que surgirem para escolas que ofertam salas de
recurso e salas especiais para deficiências mentais, auditivas e visuais.
2.5.5 – Resultados educacionais, aprovação e evasão
Tomando como referência o ano anterior, de 2011, podemos considerar
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que os resultados foram satisfatórios, sendo que 91% dos alunos foram
aprovados, e os reprovados compõem, quase em sua totalidade, o quadro dos
alunos reprovados por frequência, que desistem ou faltam demais por estarem
defasados idade/série e também por trabalharem nas colheitas. Os quadros
abaixo mostram o resultado por turma e por disciplina:
RESULTADO FINAL/ 2011
ENSINO FUNDAMENTALTURMA TURNO Nº
MATRÍ-CULA
TRANS.REC.
TRANS.EXP.
AP REP DES. AP POR CONSELHO
5ª 3 17 - 3 12 2 - -
6ª 3 12 - 1 11 - - -
7ª 3 10 - 2 7 1 - -
8ª 3 17 - 3 13 1 - -
ENSINO FUNDAMENTALDISCIPLINAS ALUNOS
REPROVADOSTURMA TURNO
ARTE 1 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
CIÊNCIAS 1 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
ED. FÍSICA 1 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
ENS. RELIGIOSO - - 3
GEOGRAFIA 1 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
HISTÓRIA 1 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
INGLÊS 2 5ª 3
1 7ª 3
20
1 8ª 3
LÍNGUA PORT. 2 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
MATEMÁTICA 2 5ª 3
1 7ª 3
1 8ª 3
2.5.6 – Dados das avaliações externas
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental
não apresenta dados das avaliações externas, haja vista não ser possível
realizá-las devido ao número insuficiente de alunos, ou seja, número inferior a
20 alunos no 9º Ano do ano letivo de 2011.
2.5.7 – Relação idade e série
Do quantitativo de alunos matriculados no corrente ano, verifica-se um
percentual alto de alunos fora da faixa etária, conforme mostra o quadro.
Porém, como é uma escola do campo, têm muitos alunos que faltam demais ou
desistem para trabalhar nas lavouras, o que resulta em reprovação ou
desistência, e os mesmos retornam sempre no ano seguinte. Além disso
também têm pais de alunos que estudam e desistem, e todos esses fatores
interferem no percentual da escola em relação à distorção idade/série.
Ano Letivo
Ano/Série
Nº de alunos matriculados
Nº de alunos com distorção
idade/série
2012 6º 8 3
2012 7º 15 5
2012 8º 12 4
2012 9º 8 4
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3- MARCO CONCEITUAL
Em princípio, toda escola cidadã, que realiza uma educação voltada
para a formação e desenvolvimento da cidadania, sabe que pode incorporar
milhões de brasileiros a essa cidadania, desde que aprofunde a participação da
sociedade civil organizada dentro das escolas.
O grupo educativo, ou seja, a escola, deve se preocupar com a
socialização, isto é, a transmissão de conhecimentos, habilidades e atitudes
necessárias ao desenvolvimento e ajustamento do indivíduo a sociedade. Tanto
os alunos como os professores estão em constante interação. Embora a
principal função da escola seja transmitir os conhecimentos acumulados e
sistematizados pela humanidade, isto é, instruir ou informar, não pode deixar
de desempenhar o grande e importante papel de formar atitudes nos
educandos, contribuindo dessa forma na formação de sua personalidade.
Equivale aqui dizer que a escola prepara os indivíduos para desempenhar
papéis fora dela. Suas atividades dependem basicamente das atividades
associadas de seus membros: professores e alunos.
Oliveira (1998, p. 108) afirma que:
[...] toda a escola é, portanto, um grupo social com uma estrutura
organizada, uma composição mais ou menos definida, diferente de
outros grupos e ao mesmo tempo dependente de outras instituições
mais amplas para sua sobrevivência e mesmo para a sua
institucionalização e que para compreender melhor a dinâmica social
interna da escola é necessário conhecer de um modo mais detalhado a
sua estrutura. Com grupo instituído a escola apresenta uma
regulamentação, isto é, um corpo de normas, no caso do Brasil
conscientemente submetidas ao Poder Público. Esse corpo de normas já
previamente estabelecidas facilita o trabalho de administração da
escola.
A escola é uma realidade viva e complexa. O objetivo é preparar o aluno
para as suas futuras responsabilidades e para o sucesso na vida. É ajudar o
aluno a ser capaz de ter iniciativa própria para a ação, sendo o construtor de
seu próprio conhecimento. A escola é responsável pela promoção do
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desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Cabe à escola
definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão
de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que
julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá
formar. Definida a sua postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar
cidadãos conscientes, capazes de compreender e criticar a realidade, atuando
na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na
busca do desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na
elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta
ganha força na construção de um projeto político-pedagógico.
A formação básica comum é constitucionalmente definida pelos
conteúdos mínimos, cabendo aos subsistemas sua complementação para
imprimir aos currículos uma característica regional. O que se objetiva é
proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizado devidamente
contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no seu processo de
transformação da informação e da experiência em conhecimento.
O Ensino Fundamental visa ao domínio da leitura, da escrita, do cálculo e
do raciocínio, preparando progressivamente o educando para a compreensão
dos problemas humanos e o acesso sistemático aos conhecimentos.
Essa compreensão de mundo deve estar amparada por concepções
teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus agentes. Os
agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois só assim
terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da
conquista coletiva de um espaço para o exercício da cidadania com autonomia.
O conceito de participação se fundamenta no de autonomia, que significa
a capacidade das pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprio,
isto é, de conduzirem sua própria vida. Como a autonomia opõe-se às formas
autoritárias de tomada de decisão, sua realização concreta nas instituições é a
participação. Portanto, um modelo de escola democrática-participativa tem na
autonomia um dos seus mais importantes princípios, implicado a livre escolha
de objetivos e processos de trabalho e a construção conjunta do ambiente de
trabalho.
23
A autonomia implica também responsabilidade e comprometimento com
as instituições que representam a comunidade (conselhos de escola,
associações de pais e mestres, grêmios estudantis, entre outras), para que
haja participação e compromisso de todos.
Estes princípios expressam com muita clareza a necessidade de a
organização escolar ter objetivos comuns e compartilhados, buscar o
envolvimento da equipe de profissionais com esses objetivos, contar com uma
estrutura organizacional em que as responsabilidades estejam muitas bem
definidas, dispor de várias formas de comunicação entre a organização e as
pessoas, ter uma liderança que consiga motivar e mobilizar as pessoas para
uma atuação conjunta em torno de objetivos comuns. Em relação, ainda, ao
trabalho em equipe, é importante assinalar que a liderança não é atributo
exclusivo de diretores e coordenadores nem está ligada apenas ao cargo e ao
status da pessoa. É uma qualidade que pode ser desenvolvida por todas as
pessoas por meios de práticas participativas e de ações de desenvolvimento
pessoal e profissional.
Cabe ressaltar, finalmente, que a prática da participação nos processos
educacionais, por si só, não esgota as ações necessárias para que seja
assegurada a qualidade do ensino. Tanto quanto os vários elementos o
processo organizacional, e como um dos elementos deste, a participação é um
meio de alcançar melhor e mais democraticamente os objetivos da escola, que
se centram na qualidade dos processos de ensino e aprendizagem.
Com efeito, na conquista da autonomia da escola, estão presentes a
exigência da participação de professores, pais, alunos, funcionários e outros
representantes da comunidade, bem como as formas dessa participação, a
interação comunicativa, a discussão pública dos problemas e soluções, a busca
do consenso em pautas básicas, o diálogo intersubjetivo. Todavia, é preciso
considerar que a participação implica “processo de organização, o
acompanhamento e a avaliação das atividades, a cobrança das
responsabilidades” (LIBÂNEO, 2001, p.81), ou seja, para atingir os objetivos de
uma escola democrática e participativa e o cumprimento de metas e
responsabilidades decidida de forma colaborativa e compartilhada, é preciso
uma divisão de tarefas e a exigência de alto grau de profissionalismo de todos.
24
Portanto, a organização escolar democrática implica não só a participação na
gestão, mas a gestão da participação, em função dos objetivos da escola.
É preciso ter clareza de que a tarefa essencial da instituição escolar é a
qualidade dos processos de ensino e aprendizagem que, mediante as práticas
pedagógico-didáticas e curriculares, propiciam melhores resultados de
aprendizagem.
Sabe-se que o trabalho nas escolas se defronta com características
culturais dos alunos, que afetam sua participação nas aprendizagens. Também
os professores são portadores de características culturais: seus saberes, seus
valores, e seus quadros de referência, as formas com que lidam com a
profissão que marcam fortemente as práticas docentes.
A escola é, também, um mundo social, que tem suas características de
vida própria, seus ritmos e seus ritos, sua linguagem, seu imaginário, seus
modos próprios de regulação e de transgressão, seu regime próprio de
produção e de gestão de símbolos. À medida que se considera uma
organização como uma unidade social formada por grupos humanos
intencionalmente constituídos, ganham importância as interações entre as
pessoas e com o contexto social mais amplo, implicando aí os aspectos
culturais.
A escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental,
para a consecução de suas finalidades educativas, deve reforçar o seu papel de
instituição de ensino procurando implementar ações que contribuam para a
formação de um cidadão capaz de atuar no seu contexto social de forma
competente tecnicamente e comprometido com a construção de uma
sociedade mais justa, solidária e ética.
Para tanto, o Projeto Político Pedagógico deve estar sintonizado com nova
visão de mundo, expressa nesse novo paradigma de sociedade e de educação,
garantindo a formação global e crítica para os envolvidos no processo, como
forma de capacitá-los para o exercício da cidadania. Ao ser entendido nessa
perspectiva, o projeto pedagógico, além de constituir-se em um instrumento de
balizamento para o fazer, passa a ser também um instrumento de ação
política, aqui entendido como a própria organização do trabalho da escola.
Portanto, o projeto político e pedagógico vai além de um simples
25
agrupamento de planos de ensino e atividades diversas. O projeto é construído
e vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo
educativo da escola. De acordo com Veiga (1995, p.22):
O que enfatizamos é que devemos analisar e compreender a
organização do trabalho pedagógico, no sentido de se gestar uma nova
organização que reduza os efeitos de sua divisão do trabalho, de sua
fragmentação e do controle hierárquico. Nessa perspectiva, a construção
do projeto político pedagógico é um instrumento de luta, é uma forma de
contrapor-se à fragmentação do trabalho pedagógico e sua rotinização, à
dependência e aos efeitos negativos do poder autoritário e centralizador
dos órgãos da administração central.(VEIGA, 1995, P.22).
Em resumo, a partir da interação entre diretores, coordenadores
pedagógicos, pedagogos,professores, funcionários, alunos, pais, a escola vai
adquirindo, na vivência do dia-a-dia, traços culturais próprios, vai formando
crenças, valores, significados, modos de agir, práticas. Essas culturas próprias
vão sendo internalizadas pelas pessoas e vai gerando um estilo coletivo de
perceber as coisas, de pensar os problemas, de encontrar soluções.
A ética profissional é principio de nossa ação. Se o desenvolvimento de
cada criança é único, todas as informações sobre esta interessam apenas ao
professor, aos serviços da escola e à família. As relações dentro da escola são
fraternas e profissionais a um só tempo. Educar para cidadania e a cooperação
implica em trabalhar num espaço onde valores estão em primeira ordem: a
autonomia, o respeito e a ética.
A busca de uma gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas
decisões/ações administrativo-pedagógicas e isso é que a Escola Estadual do
Campo Lourenço Ormenezze objetiva realizar. A liberdade, é outro princípio que
deve ser considerado em nossa escola como: liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma intencionalidade
definida coletivamente.
Para tanto, é necessário conhecer algumas concepções que orientam as
ações da escola:
26
3.1 – Concepção de Educação
A educação não é neutra, mas comprometida com a economia e a
política, e enquanto processo supõe o desenvolvimento integral do homem em
suas capacidades física, mental, intelectual, moral e estética, segundo o
contexto histórico e social em que estão inseridos.
A educação almejada é aquela que ultrapassa a transmissão de
conhecimentos para se tornar um instrumento de reflexão crítica dos valores
que estão sendo propostos bem como da própria cultura que muitas vezes é
repassada como verdade universal.
Segundo Saviani a educação por si só não transforma a sociedade, mas
contribui para o processo de democratização. Então, compreende-se que a
educação nessa perspectiva histórico-social, tem como ponto de partida a
prática social inicial e de chegada a prática social transformada, a qual visa a
formação cidadã.
De acordo com a Constituição Brasileira, a educação é direito de todos e
dever do Estado e da família, e será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Na educação do campo, os debates e conteúdos devem ser focados na
criação de alternativas que possibilitem a manutenção do vínculo com o
trabalho e a vida no campo.
Educação significa socializar o saber historicamente produzido, visando à
formação de um cidadão crítico diante de sua realidade.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze prioriza a formação
básica, que é um direito assegurado do aluno, considerando de extrema
importância a formação educacional do mesmo, para que tenha conhecimento
de sua realidade, de todo processo histórico cultural em que foi construído e no
qual está inserido, e assim não apenas aceite o que lhe é imposto quando
concluir sua formação, mas também reflita sobre sua realidade e assim possa
interferir nela tendo consciência de que também é um ser histórico e tem
possibilidade de modificá-la.
27
3.2 - Concepção de Campo
A concepção de campo vem opor-se ao termo “rural”, pois historicamente
a concepção de rural sempre partiu de uma lógica economicista, considerando
os povos do campo como necessitados e atrasados.
Em contrapartida, na concepção de campo, os povos são valorizados
como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na
terra. O campo é tratado como lugar de trabalho, de cultura, da produção de
conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.
A identidade da comunidade atendida na Escola Estadual do Campo
Lourenço Ormenezze inclui assentados, arrendatários, pequenos proprietários,
bóias-frias, que se caracterizam pelo jeito peculiar de se relacionarem com a
natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas,
mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que
enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas
comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho
bem diferente da urbana.
Assim, essa compreensão de campo vai além de uma definição jurídica.
Configura um conceito político ao considerar as particularidades dos sujeitos e
não apenas sua localização espacial e geográfica. A perspectiva da educação
do campo se articula a um projeto político e econômico de desenvolvimento
local e sustentável, a partir da perspectiva dos interesses dos povos que nele
vivem.
3.3 – Concepção de Escola
A escola que queremos para os povos do campo, é a escola que se
constitui no local de ampliação dos conhecimentos, partindo dos aspectos da
sua realidade. O desafio é lançado ao professor, a quem compete definir os
conhecimentos locais e aqueles historicamente acumulados, que devem ser
trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos.
É indispensável que a escola construa seu projeto educativo, visando uma
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mudança metodológica, a valorização da qualidade profissional do educador,
usando técnicas e materiais variados, que permitam ao professor e aluno
construir conhecimentos, a fim de cumprir os objetivos estabelecidos.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze busca ser um espaço
onde o aluno possa expor suas ideias, explicitar seus raciocínios, com o
respeito devido à diversidade e aos sujeitos que nela interagem, com seus
diferentes interesses, visões de mundo e culturas. É indispensável que a
atividade didática propicie o conhecimento e a valorização do universo cultural
do outro.
Numa perspectiva histórico-crítica, é fundamental trabalhar a valorização
da escola, do professor e dos conteúdos; a criatividade, a atividade, a liberdade
do professor e do aluno; os meios e os materiais pedagógicos, onde,
aproveitando a prática vivida pelo aluno e contrapondo-a com a experiência
acumulada, resultará em um novo conhecimento.
Esta escola pretendida tem por objetivo unir os principais elementos:
cidadania, cultura, conhecimento e formação, e a partir destes, todos os
envolvidos no processo ensino aprendizagem (alunos, professores,
funcionários, pais e ou responsáveis) deverão trabalhar numa mesma linha de
pensamento, para que assim, aconteçam as transformações necessárias e a
efetivação da aprendizagem, respeitando a individualidade de cada um,
superando as desigualdades. A escola como espaço de transformação deve
romper com a lógica da reprodução e dos valores por ela imposto, inculcado,
inclusive o da educação racista e elitista.
Uma escola pública de qualidade, comprometida com os anseios e com o
processo de ensino aprendizagem por ela oferecido, deve ter como ponto de
partida o respeito a história e a cultura do aluno. Portanto, a escola propõe
organizar-se enquanto tempo e espaço, para garantir a permanência do
alunado e atender suas necessidades, fazendo as adaptações necessárias e
assim contribuir com o processo de ensino-aprendizagem.
3.4 – Concepção de Homem
No Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze a concepção de
29
homem vai de encontro ao sujeito histórico que o mesmo representa,
constituindo-se ao longo do tempo como o produtor das relações econômicas,
sociais, culturais e políticas que o transformam no processo educativo,
conscientizador, transformador, de luta, na busca constante de uma sociedade
justa e igualitária.
3.5 – Concepção de Sociedade
A sociedade contemporânea configura-se pelo sistema capitalista e pelo
neoliberalismo, em uma sociedade baseada na indústria e na exigência de
formação técnica e profissional.
Características desse sistema afetam a sociedade e o sistema
educacional como escola empresa, onde se estimula a competição, o preparo
para o setor produtivo e a formação de um indivíduo unilateral, sem qualquer
preparo crítico para ter consciência de sua existência como sujeito da práxis,
produtor da própria história e não produto dela.
Faz-se mister apresentar uma proposta pedagógica articulada com os
interesses de transformação da sociedade, com vistas a superar esta visão
puramente tecnicista, competitiva e alienada.
A concepção pedagógica histórico-crítica defendida por Saviani (1992)
representa a articulação de uma proposta pedagógica que tem o compromisso
não apenas de manter a sociedade, mas de transformá-la a partir da
compreensão dos condicionantes sociais e da visão que a sociedade exerce
sobre a educação. Trata-se de tomar o trabalho como princípio educativo,
articulando trabalho, ciência, cultura e sociedade.
3.6 – Concepção de Cultura
Cultura pode ser definida como o conjunto de conhecimentos, crenças,
arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos
pelo homem enquanto membro de uma sociedade. É o desenvolvimento
30
intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade.
Os homens são seres culturais por natureza. O homem não apenas sente,
faz e age em relação à cultura, mas também pensa e reflete sobre o sentido de
tudo no mundo. E é essa cultura que queremos que seja apropriada por nossos
alunos.
3.7 – Concepção de Tecnologia
Tecnologia na Educação não é meramente a ideia do uso da TV, vídeo,
rádio, internet na sala de aula, e sim um conjunto de procedimentos que
auxiliam o ensino e aprendizagem.
As novas tecnologias parecem ter dominado toda a humanidade, e no
campo da educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em
educação, o foco precisa estar não somente nos avanços e desenvolvimento de
objetos técnicos, mas no entendimento da própria transformação do papel
desses objetos no pensamento e na cognição humana, bem como o
questionamento de como essas mudanças podem afetar radicalmente os
critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas
práticas pedagógicas.
3.8 – Concepção de Cidadania
O conceito clássico de cidadania compreende os direitos e deveres do
homem que vive em sociedade, onde considera-se um conjunto de valores
sociais que determinam o conjunto de deveres e direitos de um cidadão, sendo
esse conceito, ao longo da história, ampliado para o “direito de ter direito”.
A cidadania pretendida pela escola se alicerça na soma de conquistas
cotidianas, indignação às injustiças sociais, civis e políticas, com a prática
efetiva e consciente, ou seja, o exercício diário destas conquistas com o
objetivo de ampliar estes direitos na sociedade.
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3.9 – Concepção de Ensino e Aprendizagem
A metodologia da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze está
ancorada na perspectiva da Pedagogia Histórico-crítica, partindo da prática
social inicial para a prática social final transformadora.
O que se objetiva é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizado
devidamente contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no
seu processo de transformação da informação e da experiência em
conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma visão crítica do seu trabalho,
equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa sociedade e do mundo
do trabalho, bem como deve estar atualizado com os avanços tecnológicos. O
trabalho educativo articulará trabalho, ciência, cultura e tecnologia com
conhecimentos significativos, da síncrese para a síntese, mediado pela análise.
3.10 – Concepção de Avaliação
A avaliação caracteriza-se por ser um processo contínuo, em que cada
nova avaliação promove a gestão de um novo rol de ações. A avaliação deverá
ser a favor da aprendizagem, e não a favor da seleção. O aluno não é a
tradução de uma média mínima exigida, pois a avaliação é um ato de
aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que ocorre o reconhecimento
do limite e da amplitude de onde se está, descortina-se uma motivação para o
prosseguimento no percurso de vida ou de estudo que se esteja realizando. A
recuperação de estudos deverá ser ofertada de forma concomitante durante
todo o ano letivo, é um momento de rever as práticas metodológicas e
avaliativas tendo em mente o ingresso, a permanência e o sucesso do
educando.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada
turma do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo
ensino-aprendizagem promovendo a reflexão do professor sobre a sua prática e
o Plano de Trabalho Docente (PTD). Cabe a este órgão definir estratégias de
32
intervenção sobre os casos analisados.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem
alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
A avaliação é um processo que permite as intervenções necessárias nos
vários momentos da aprendizagem do educando.
A avaliação é parte integrante do ato pedagógico e impulsionador da
aprendizagem, a escola e o professor devem conhecer o aluno real,
abandonando o paradigma de que a avaliação serve só para medir a
aprendizagem do aluno tendo o cuidado de não deixar que o aluno construa
uma visão distorcida sobre seu processo de aquisição de conhecimento,
mostrando que ele também está inserido neste processo.
A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na
participação do aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo
professor. Assim a escola não pode mais pensar em elaborar uma avaliação
baseada num tipo de aluno ideal. É preciso criar uma avaliação que vise a
educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva histórica e cognitiva que se
deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está ensinando
contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva.
A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da
seleção. O aluno não é média 6,0, mas um produto que devemos conservar
para que a avaliação se torna cada vez um ato de aprendizagem, nunca de
punição.
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, a avaliação é uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que
auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho. (1991, p.196).
Nesta lógica, é possível ver a avaliação como meio para detectar as
defasagens dos alunos,bem como as do professor. É um momento de reflexão
e análise para uma retomada do que ficou falho ou precisa ser mais bem
trabalhado, utilizando-se de outras metodologias e instrumentos avaliativos.
Esta é considerada uma ação que ocorre durante todo o processo, sendo
contínuo, conforme se apresenta no artigo 24 da LDB/96.
33
Essa busca de uma nova maneira de avaliar, não deve acontecer somente
sob o olhar da escola e do professor, ela deve acontecer com a participação do
principal interessado o aluno. Contudo, nesta nova concepção, a avaliação
escolar tem de dizer o que vale para a vida, o que é ser competitivo e acima de
tudo qual a sua finalidade na construção do conhecimento do aluno.
Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e
formal, passando a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a
construção da aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa
mudança, o aluno entenderá que a avaliação faz parte de um processo que
tem como objetivo final, uma busca de qualidade no seu processo de aquisição
de conhecimento.
Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com
prazer, pesquisa e descoberta de novos conhecimentos, esta nas mãos dos
professores educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na
construção de novas aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de
qualidade e visando sua formação.
Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que
busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado,
incluindo o aluno cidadão na sociedade, tendo como meta à formação integral
do educando e trazendo para sala de aula prazer em ser avaliado com
qualidade e profissionalismo.
3.11 – Concepção de Gestão Escolar
Considerando sua função social da escola, a gestão escolar deve garantir
a qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,
independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os
alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou
comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática
de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de
gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em
seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de
34
discriminação e segregação.
O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para
que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para
que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia
de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias
colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações.
As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o
colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma
transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar,
buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida.
3.12 – Concepção de Currículo
O Currículo, que é uma construção social do conhecimento, pressupõe a
sistematização dos meios para que esta construção se efetive.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O
primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma
cultura.
O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto
social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a
escola deve adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre
na semana pedagógica e observa as mudanças da sociedade atual, sempre
sendo construído dentro de uma perspectiva Histórico-Crítica.
As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem,
também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções que
norteiam o trabalho pedagógico.
O currículo deve sempre ser repensado colocando em pauta as
mudanças econômicas, sociais, culturais, científicas e políticas da atualidade,
levando em conta o conhecimento interdisciplinar que possibilitada o
35
estabelecimento de relações recíprocas entre vivências, conteúdos e a
realidade do educando.
O currículo é entendido como elemento simbólico que expressa as
intenções e representações da escola na produção da identidade cultural.
Portanto, a elaboração do currículo define aspectos voltados diretamente para
a prática pedagógica, marcando o espaço e o papel exercido por todos os
elementos envolvidos com o processo educativo: o aproveitamento do tempo
escolar, a articulação entre as áreas do conhecimento, os conteúdos e
programas, as normas e padrões de comportamento, as técnicas e
procedimentos didáticos e de avaliação, assim como as intenções e aspectos
morais projetados pela escola.
Em relação à Educação do Campo, entender o campo como um modo de
vida social contribui para auto-afirmar a identidade dos povos que ali vivem,
para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os seus
conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza. O
campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir dos povos que
nele habitam.
A educação do campo tem sido historicamente marginalizada na
construção de políticas públicas, visto que é trabalhada a partir de um currículo
essencialmente urbano e, quase sempre, deslocado das necessidades e da
realidade do campo. A cultura, os saberes da experiência, a dinâmica do
cotidiano dos povos do campo raramente são tomados como referência para o
trabalho pedagógico, bem como para organizar o sistema de ensino, a
formação de professores e a produção de materiais didáticos. Essa visão, que
tem permeado as políticas educacionais, parte do princípio que o espaço
urbano serve de modelo ideal para o desenvolvimento humano. Esta
perspectiva contribui para descaracterizar a identidade dos povos do campo,
no sentido de se distanciarem do seu universo cultural
Combater ao analfabetismo, a evasão escolar, o alto índice de repetência
e a baixa qualidade do ensino exige compromisso e competência. No entanto,
não basta garantir o direito de todos à escola. É preciso assegurar também as
condições para que todas as crianças possam permanecer na escola e
progredir em seus estudos, garantindo-lhes uma educação de qualidade.
36
Daí a importância de definir o currículo do Colégio de forma a ultrapassar
a simples delineação de disciplinas que são elencadas na Matriz Curricular,
procurando entender os elementos presentes nas experiências individuais e
coletivas que constituem o movimento pelo qual indivíduos e grupos sociais se
tornam o que são na busca por ser mais. Assim, o currículo não fica reduzido a
conceitos, fórmulas e fatos já produzidos e conhecidos noutras experiências,
mas envolve também outras experiências possíveis, que produzem condições
para outros conceitos e fatos.
3.13 – Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção
de Ensino e Aprendizagem
A infância é um período da vida do ser humano que vai do nascimento à
puberdade, onde acontece não só o desenvolvimento físico do indivíduo, como
também seu desenvolvimento intelectual e social. É na infância que os sujeitos
se aprimoram para a vida. Desde que nasce, a criança possui um papel social
embasado na dialética, considerando a história e a cultura da sociedade onde
se encontra inserida, sendo que a criança , não é uma abstração , mas uma ser
produtor e produtivo dessa história e dessa cultura.
A infância e seu desenvolvimento é analisada por Vygostsky (2007)
como desenvolvimento humano privilegiado à interação social na formação da
inteligência e das características essencialmente humanas.
Já a adolescência pode ser entendida como uma categoria histórica,
onde ocorrem muitas mudanças físicas, cognitivas e sociais, fazendo um elo
entre a infância e a idade adulta. É um período determinado muitas vezes por
crises do jovem em busca da sua identidade.
A escola pretende proporcionar aos educandos não somente cuidados
necessários ao desenvolvimento biológico, mas oportunizar um espaço, um
atendimento e um processo de aprendizagem que juntos preparem as crianças,
adolescentes e os jovens para atuar num mundo em constantes
37
transformações.
3.14 – Concepção de Alfabetização e Letramento
Ao rever e refletir sobre o que ficou para trás pode-se explicar o presente
com mais clareza, ao explicar o presente podemos delinear o futuro. Este
futuro que vem nos sugerir um momento de sintetizar: não mais somente o
letramento ou alfabetização e sim ambos simultaneamente.
A alfabetização e o letramento, são dois processos que interferem no
ensino e orientam de forma adequada a aprendizagem da língua escrita.
Assim, deve-se desenvolver na área do letramento, as competências
necessárias para as diferentes práticas sociais onde a língua se faz integrante
e na área da alfabetização, se apropriar do sistema alfabético e ortográfico da
escrita e as técnicas e convenções para seu uso.
A alfabetização é a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico e
das técnicas para o seu uso. Sabe-se que apenas com a aquisição da escrita
não se desenvolve as competências para o uso da leitura e da escrita nas
práticas sociais. Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever,
designando práticas de leituras e escritas. O letramento compreende tanto a
apropriação das técnicas para a alfabetização quanto esse aspecto de convívio
e hábito de utilização da leitura e da escrita. A pessoa letrada muda o seu
lugar social, passa a ter uma outra condição, pois utiliza socialmente a leitura e
a escrita dentro de um contexto e responde às demandas sociais. A aquisição
do sistema de escrita – a alfabetização - não deve ser realizada com base em
frases e textos construídos artificialmente apenas para servir ao objetivo de
ensinar a ler e escrever e sim de maneira contextualizada com a prática social.
Por outro lado, o desenvolvimento de competências para a leitura e a escrita –
o letramento - deve ser orientado por objetivos específicos: através de
diferentes gêneros de textos, utilização de livros, entre muitas outras
atividades orientadas, para que assim aconteça a familiarização da criança
com a leitura e a escrita.
38
3.15 – Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental
Em relação à articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino
fundamental, a escola promoverá a integração entre os envolvidos, de forma
que possa assegurar as aprendizagens necessárias com sucesso, nos estudos
tanto dos educandos que cursam os anos iniciais quanto dos que cursam os
anos finais. A ampliação do ensino fundamental para nove anos implica em
capacitar primeiramente todos os profissionais da educação através da
formação continuada: Semana Pedagógica, Grupo de Estudos, Reuniões
Pedagógicas, Oficinas Disciplinares, etc., bem como reformular o Projeto
Político-Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular em consonância com as
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica e o Caderno de
Expectativas de Aprendizagem, tão necessário para o aprimoramento da
prática pedagógica. Além disso, os espaços educativos, os materiais didáticos e
os equipamentos necessários precisam ser repensados para atender esta
demanda. Este é o momento de rever os conteúdos e as concepções e práticas
pedagógicas de avaliação do ensino e aprendizagem, diante do desafio de uma
formação voltada para a cidadania, a autonomia e a liberdade responsável de
aprender e transformar a realidade de maneira positiva. Cabe ao
estabelecimento de ensino assegurar a flexibilização dos tempos e dos espaços
com vistas a uma efetiva aprendizagem em todas as dimensões do currículo,
através da prática de uma avaliação ética e democrática, garantindo o acesso,
a permanência e a aprendizagem com qualidade.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze é compartilhada com a
Escola Municipal Ricieri Ormeneze e procura manter um diálogo constante
sobre os alunos oriundos dos anos iniciais do ensino fundamental, tão
importante e necessário para o trabalho pedagógico a ser desenvolvido, e que
refletirá no processo ensino e aprendizagem. O Estabelecimento de Ensino
promoverá reuniões com os pais e toda a comunidade escolar explicando sobre
o ensino fundamental de 09 anos e as articulações necessárias para o sucesso
da aprendizagem dos alunos .
39
3.16 - Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais
A partir do momento que se faz a articulação com os anos iniciais, é
possível desenvolver um trabalho que promova uma boa adaptação dos alunos
dos anos iniciais, sem aquela ruptura impactante, que intimida e amedronta os
alunos.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze, sendo uma escola
compartilhada, atende os mesmos alunos da escola de anos iniciais, o que
favorece sua adaptação, onde os mesmos são bem acolhidos, com oferta de
um trabalho pedagógico adequado às suas necessidades e nível de
desenvolvimento.
40
4- MARCO OPERACIONAL:
Quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico, está se
considerando que as relações de trabalho, no interior da escola, deverão estar
calcadas nas atitudes de solidariedade, de reciprocidade e de participação
coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios de divisão do
trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico.
Todo esforço de se gestar uma nova organização deve levar em conta as
condições concretas presentes na escola e assim, propiciar a construção de
novas formas de relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva
que favoreçam o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes
segmentos envolvidos com o processo educativo, tendo como prioridade o
aluno. Sabe-se que a escola existe em função do aluno e para o aluno.
No momento, se faz necessário que a escola crie condições e situações
favoráveis ao bem-estar do educando e ao seu desenvolvimento em todos os
sentidos: cognitivo, psicomotor e afetivo, a fim de que o mesmo adquira
habilidades, conhecimentos e atitudes que lhe permitam fazer face às
necessidades vitais e existenciais. Toda atenção deve ser dada ao
desenvolvimento de atitudes, habilidades e conhecimentos do professor para a
promoção de um processo educativo de qualidade.
A Organização do Trabalho Pedagógico em nossa escola tem como ponto a
articulação entre as ações, considerando a interdisciplinaridade necessária, as
especificidades da escola do campo, a qualificação do corpo docente e o
contexto institucional.
4.1- Proposta de ações definidas pelo coletivo escolar:
romper com estruturas mentais e organizacionais
fragmentadas;
definir claramente os princípios e diretrizes
contextualizadas, que projetem o vir-a-ser da escola;
41
estabelecer a parceria e o diálogo franco, envolvendo a
comunidade escolar e rompendo o individualismo;
conhecer a realidade escolar baseado em diagnóstico
sempre atualizado e acompanhado;
criar soluções às situações problema da escola, dos grupos
e dos indivíduos;
estabelecer metas claras com base nos diagnósticos:
geral, das áreas, por componente curricular, por setor escolar, por grupos
de professores, etc.
contemplar toda a abrangência do saber: ensino, pesquisa,
cursos, gestão;
ter clarificação constante das bases teóricas do processo
com revisão e dinamização contínua da prática pedagógica à luz dos
fundamentos e das diretrizes do currículo, da metodologia, da avaliação, dos
conteúdos, das bases da organização escolar, do regimento, dos
mecanismos de participação, do ambiente e do clima institucional, das
relações humanas, dos cronogramas de estudos e de reuniões etc;
realizar a previsão dos recursos necessários às relações de
trabalho de forma que o dimensionamento e a qualificação do quadro de
professores leve em conta as diversas responsabilidades docentes como aulas,
metodologias, pesquisa, formação continuada;
definir e orientar o corpo técnico-administrativo e pedagógico
para trabalhar na perspectiva das dimensões propostas;
implementar programas de apoio ao estudante visando ao
seu melhor aproveitamento;
garantir na infra-estrutura institucional da escola salas de
aula, bibliotecas, laboratórios, equipamentos, secretaria, sistemas e redes de
informação etc., em perfeito estado de funcionamento;
viabilizar a efetivação do currículo, que é uma construção
social do conhecimento, considerando que o currículo passa uma cultura,
deve ser de acordo com o contexto social dos alunos e das diferentes
42
modalidades de ensino.
4.2- Organização do trabalho pedagógico, considerando os elementos
essenciais para sua efetivação
4.2.1- Organização Curricular
O regime de oferta da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze –
Ensino Fundamental é de forma presencial, com organização curricular por
Anos na modalidade ofertada, ou seja, nos anos finais do Ensino Fundamental,
com 4 (quatro) anos de duração (6º ao 9º Ano).
Os conteúdos curriculares observam a difusão de valores fundamentais
ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem
comum e à ordem democrática, e o respeito à diversidade.
Os conteúdos e componentes curriculares são organizados na Proposta
Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e
Estaduais.
Consta na organização curricular dos anos finais uma Base Nacional
Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física, Ensino
Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa; e uma Parte
Diversificada, constituída pela disciplina de Língua Estangeira Moderna –
Inglês.
4.2.2- Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de
registro, recuperação de estudos, promoção, conselho de classe
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
43
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político
Pedagógico.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a
comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa
reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, de novas ações pedagógicas, para o Estabelecimento de Ensino.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação deverá ser organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de
recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da
disciplina.
44
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro
de Classe.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua freqüência. Na promoção ou certificação de
conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental, a média final mínima
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida
por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental que apresentarem
frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados
retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente
do aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
A média de conclusão de cada disciplina será obtida por meio da média
aritmética, dos resultados das avaliações dos períodos letivos, constituindo-se
na média anual (M.A) para o Ensino Fundamental.
O Estabelecimento de Ensino utilizará a seguinte fórmula para o cálculo
da Média Anual no Ensino Fundamental:
1º Bimestre + 2º Bimestre + 3º Bimestre + 4º Bimestre = M.A.
4
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
45
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e
expedição de documentação escolar.
Após os resultados apresentados, as informações e dados são analisados
pelo Conselho de Classe, que é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto
Político Pedagógico e no Regimento Escolar da escola, com a responsabilidade
de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem
garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
Deve ser visto como um instrumento de possibilidades transformadoras
da escola, como espaço de geração de idéias e como um espaço educativo. O
Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas
previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato
relevante assim o exigir. Serão etapas do Conselho de Classe:
Pré-Conselho: mobilização da equipe pedagógica para coordenar a
reestruturação do Conselho de Classe; discussão sobre a importância, objetivos
e finalidades do Conselho de Classe, com o coletivo escolar; organização de
comissões para reestruturação do Conselho em novas bases; discussão das
concepções sobre Conselho de Classe presente na prática pedagógico da
escola, fazendo contraponto e generalizações com propostas mais avançadas;
determinação do tipo e das etapas do Conselho de Classe; elaboração da
proposta de forma coletiva.
Conselho de Classe: apresentação, no primeiro Conselho, dos dados
compilados das atas do ano anterior; esclarecimento a todos os participantes
sobre objetivos, finalidades e metodologia adotada pela escola;
desencadeamento da proposta; análise coletiva, encaminhamento de possíveis
propostas de trabalho e distribuição de tarefas; análise coletiva sobre o
desempenho pedagógico do grupo como um todo; levantamento de dados
como ponto de partida para o trabalho no bimestre posterior; avaliação da
proposta vivenciada e replanejamento para o bimestre seguinte.
Pós-Conselho de Classe: encaminhamento das ações, ou seja, definir o
que se vai fazer em decorrência das necessidades da turma; análise dos casos
mais relevantes de cada turma; contexto da vida do aluno: situação afetivo-
46
emocional na família, relação com os professores, com a turma, com os colegas
e convocação aos pais e alunos através da equipe pedagógica; ata com a
análise da turma; encaminhamentos de ação e relação dos nomes dos alunos
para encaminhamento especial.
Os alunos do 6º Ano, com defasagem de conteúdos dos anos iniciais, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, são atendidos em período
contraturno, nas Salas de Apoio à Aprendizagem, com uma carga horária de 04
aulas semanais cada.
4.2.3- Processos de Classificação e Reclassificação
A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o
Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios
formais, podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série
ou fase anterior, na própria escola;
II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país
ou exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação
para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e
dos profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou instrumentos utilizados;
47
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início
do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo
à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o
processo de reclassificação.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à
escola aprová-lo ou não.
A Equipe Pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,
a fim de obter o devido consentimento.
A Equipe Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional da Educação – NRE, instituirá Comissão, conforme
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação – SEED, a fim de
discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da
reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos
realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
Estabelecimento de Ensino será registrado no Relatório Final, a ser
encaminhado à Secretaria de Estado da Educação – SEED.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
48
4.2.4- Regime de Progressão Parcial
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subsequente e concomitantemente.
O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos
matrícula com Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até
três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial
de estudos.
4.2.5- Adaptação de alunos oriundos de outros regimes
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.
Será feita pela Base Nacional Comum, e na conclusão do curso, o aluno
deverá ter cursado pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da
equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o
aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao
mesmo.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada uma ata de
resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no
Relatório Final.
4.2.6- Formação Continuada
A educação, assim como todas as atividades sociais, necessita de um
constante aperfeiçoamento e atualização.
Investir na formação de todos os profissionais da educação é de
fundamental importância para a melhoria efetiva da qualidade de ensino.
49
A reflexão coletiva possibilita a revisão da prática educativa e é esta
avaliação que permite o redirecionamento de nossas metas. Para a formação
de alunos críticos e éticos, aptos a exercer a cidadania, é imprescindível zelar
pela qualidade da aprendizagem desses educandos.
É na hora-atividade que os professores podem realizar um trabalho de
embasamento teórico através de leitura, pesquisa e troca de experiências que
vai enriquecer a prática educativa.
Os profissionais da educação deverão ter livre acesso a grupos de
estudos, reuniões, simpósios, cursos, palestras, ofertados por instituições de
nível superior, outros meios de formação de educadores públicos ou privados,
Núcleo Regional de Ensino e Secretaria de Estado da Educação, que
possibilitem a sua atualização profissional, desenvolvendo um trabalho de
qualidade na escola pública.
A mantenedora oferta Seminários, Simpósios, Grupo de Estudos,
formação à Distância e Grupo de Trabalho em Rede - GTR, através de encontros
municipais, regionais e estaduais, sendo modalidades de formação continuada
do Programa de Capacitação da Secretaria de Estado da Educação,
caracterizado como espaço de encontro de caráter presencial e à distância,
que proporciona e organiza a comunicação, a interação, a produção e a
validação de conhecimentos. Na sua concepção, leva em conta a sedimentação
das políticas educacionais adotadas na Rede Estadual.
A hora atividade é cumprida na escola, de acordo com o cronograma
feito a partir da organização do horário das aulas. É um momento de estudos
sobre o processo ensino/aprendizagem, aperfeiçoamento pessoal em relação
às especificidades de sua área através leitura de materiais didáticos da
biblioteca como: livros da biblioteca do professor, Revista Nova Escola, Revista
do Professor, Gestão em Rede, Pátio, Mundo Jovem, Isto É, Folha de Londrina,
livros didáticos, etc., correção e preparação das atividades, pesquisa no
laboratório de informática, dentre outros.
Através de reuniões serão fornecidos textos para estudo e debate, entre
todos os membros da comunidade escolar, tendo como ponto fundamental à
melhoria da qualidade de ensino. No processo de transformação, todos têm um
papel a desempenhar: professores, equipe técnico-pedagógica e direção. O
50
professor, no entanto, é um dos principais agentes de mudança do ensino por
estar em contato direto com os alunos, no locus privilegiado onde se
manifestam os problemas.
Ressalta-se, ainda, que a prática pedagógica só se aperfeiçoa por quem a
realiza, a partir de sua história de vida, das experiências, das relações etc. A
capacitação ajuda a organização adequada do currículo, racionalizando as
experiências de aprendizagem, tendo em vista tornar a ação pedagógica mais
eficaz e eficiente; a estabelecer a comunicação com outros professores,
visando a integração curricular; a autoformação do professor, já que possibilita
o pensar mais sistematicamente sobre a realidade, sobre a proposta, sobre a
prática, evitando a rotina viciada e a improvisação.
As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também não
só na formação dos professores, como de todos os profissionais da educação
(diretores, equipe pedagógica, demais funcionários).
A mudança no perfil e nas incumbências do professor, exigida pela LDB e
pela reforma educacional em implementação, são uns bons exemplo da
necessidade dos profissionais de se continuar aprendendo. Outras
competências e outros conhecimentos são necessários, para que os
professores aprendam a trabalhar de forma interdisciplinar e contextualizada.
A formação continuada em serviço é uma necessidade, e para tanto é
preciso que se garantam jornadas com tempo para estudo, leitura e discussão
entre professores, dando condições para que possam ter acesso às
informações mais atualizadas na área de educação e de forma a que os
projetos educativos possam ser elaborados e reelaborados pela equipe escolar.
A escola, como contexto de formação, realiza as seguintes atividades de
formação:
Efetivação da formação continuada prevista pela SEED
Realimentação do projeto pedagógico.
Seleção e elaboração de material didático, do livro didático,
assim como análise da avaliação nacional, com discussão sobre formas de
51
utilização.
Estudo de textos e plenárias nas reuniões pedagógicas.
4.2.7 - Articulação da escola com a família e comunidade
A escola procura envolver os pais e toda a comunidade nas atividades
desenvolvidas. Normalmente as reuniões pontuais acontecem no início do ano
e ao final de cada bimestre, e quando necessário, são realizadas reuniões
extraordinárias com os pais, Conselho Escolar, APMF, para tratar de assuntos
que se fizerem necessários para o momento, dentre eles problemas de
aprendizagem, de disciplina, aplicação de recursos financeiros,
desenvolvimento de programas e projetos, festas, etc., a fim de conhecer,
analisar e controlar o que se passa dentro da escola e direcionar as inovações
necessárias ao bom desempenho de suas funções, com a participação efetiva
dos pais e de toda a comunidade escolar.
Nem sempre os pais comparecem, devido aos compromissos com o
trabalho, distância, mas quando a situação requer, o pai ou responsável é
convocado individualmente, seja por telefone, bilhete ou recado, para
comparecer na escola e tomar ciência e providências em relação ao ocorrido
com o filho.
A escola também oportuniza momentos festivos como Páscoa, Dia das
Mães, Dia dos Pais, para estreitar os laços com as famílias e poder mostrar o
trabalho desenvolvido junto aos alunos.
4.2.8- Organização do horário/hora atividade
A escola é pequena, com apenas uma turma de cada ano do Ensino
Fundamental – Anos Finais e o corpo docente trabalha em outras instituições,
sendo portanto necessário conciliar os horários de forma que atenda
52
satisfatoriamente a todos, sem comprometer o pedagógico.
As aulas são distribuídas de forma a não sobrecarregar o aluno, e nas
horas atividade, na maioria dos casos, o professor fica sozinho, devido ao
pequeno número de docentes.
4.2.9- Atuação da Equipe Multidisciplinar
O trabalho da Equipe Multidisciplinar será aplicado conforme o Plano de
Ação elaborado. As ações pensadas estão articuladas aos fatos históricos e
atuais solidificando os conteúdos curriculares na tarefa de levar aos alunos, os
conhecimentos científicos.
Cabe à Equipe Multidisciplinar “...orientar e auxiliar o desenvolvimento
das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo de período
letivo” (Res. Nº 3399/2010-GS/SEED) contribuindo para que o aluno negro e
indígena volte sua atenção para os aspectos positivos da história e da cultura
de seu povo, da contribuição para o país e para a humanidade.
Dentre as ações desenvolvidas, podemos destacar:
• Acompanhamento, juntamente com o Conselho Escolar, do
enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente
escolar.
• Trabalho, na Semana Pedagógica, sobre temas referentes à educação das
relações etnicorracias, diversidade sexual e educação do campo,
utilizando materiais como textos, slides, vídeos, documentários, filmes,
indicações de sites.
• Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de
detectar se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.
• Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura
53
Afrobrasileira, Africana e Indígena, com o envolvimento de todas as
disciplinas.
• Participação do evento da Equipe Multidisciplinar – 2011 (Grupo de
Estudos) com carga horária de 80 horas.
• Seleção de material para estudo e divulgação aos docentes e discentes,
bem como incentivo aos professores das diversas disciplinas para
acessar os sites relacionados ao tema, a fim de inteirar-se das ações
implementadas.
• Pesquisa, junto à bibliotecária, da bilbliografia referente às Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.
• Desenvolvimento de palestras e debates com a participação de toda a
comunidade escolar.
• Estudo sobre a real situação do indígena no Paraná e no Brasil.
• Estudo das leis - Leis 10.639/03 e 11.645/08 e materiais orientadores do
trabalho.
• Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência
Negra.
• Reuniões dos integrantes da Equipe Multidisciplinar juntamente com os
membros do Conselho Escolar para as apresentações das ações.
As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar,
considerando que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de
planejamento. Nessa perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva
em reuniões juntamente com os membros do Conselho Escolar e pela
comunidade escolar. As avaliações servirão como subsídios para rever as ações
implementadas no decorrer do ano letivo.
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do
trabalho, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem
tomadas. É parte integrante do processo de construção das ações e
compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e
sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É
também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a
dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto
54
de chegada.
COMPONENTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - 2011
Nome Função
Aparecida Marciana de Souza Pedagoga
Terezinha de Fátima Coutinho Professora - História
Sonia Aparecida da Silva Henriques Professora - Inglês
Rosângela Fogaça da Silva Professora - Matemática
Ademar Ribeiro Richter Professor - Ciências
Lídia Rosa de Paula Guerra Agente Educacional I
Maria Rosa de Oliveira Agente Educacional I
Elisângela Trovão Agente Educacional II
Simone Fogaça Gasoli Diretora
4.2.10- Acompanhamento das atividades em contraturno
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze oferta, no período
contraturno, uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Língua Portuguesa
e uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática para os alunos do
6º/7º ano e uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Língua Portuguesa
e uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem - Matemática para os alunos do
8º/9º ano, para trabalhar as defasagens apresentadas nessas disciplinas. Os
professores são formados na área respectiva e comparecem duas vezes por
semana para ministrarem quatro aulas semanais de cada disciplina. A diretora
e a pedagoga acompanham o desenvolvimento das atividades, verificando a
assiduidade dos alunos, conversando com os pais, orientando o trabalho
desenvolvido pelas professoras em relação ao Plano de Trabalho Docente,
preenchimento do livro registro, fichas de encaminhamento e relatórios
55
semestrais, estabelecendo uma ponte entre os professores regentes e os da
Sala de Apoio.
4.2.11- Matriz Curricular
A Matriz Curricular da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze,
contempla para os anos finais do Ensino Fundamental:
I. Uma Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de:
▪ Arte – 02 aulas semanais em todos os anos;
▪ Ciências – 03 aulas semanais no 6º, 7º e 9º Ano e 04 aulas
semanais no 8º Ano;
▪ Educação Física – 03 aulas semanais no 6º, 7º e 8º Ano e 02 aulas
semanais no 9º Ano;
▪ Ensino Religioso – 01 aula semanal no 6º e 7º Ano;
▪ Geografia - 03 aulas semanais no 6º, 7º e 8º Ano e 04 aulas
semanais no 9º Ano;
▪ História - 03 aulas semanais no 6º, 7º e 8º Ano e 04 aulas semanais
no 9º Ano;
▪ Matemática - 04 aulas semanais em todos os anos;
▪ Língua Portuguesa - 04 aulas semanais em todos os anos .
II. Uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna –
Inglês, com 02 aulas semanais em todos os anos.
O Ensino Religioso, é disciplina integrante da Matriz Curricular do
estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
Os conteúdos de História e Geografia do Paraná são trabalhados na
disciplina de História e Geografia e os conteúdos de História e Cultura Afro-
56
Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade
Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano
letivo, em todas as disciplinas.
4.2.12- Calendário Escolar
O calendário escolar será elaborado anualmente, conforme normas
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de
ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao órgão
competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à
sua vigência.
O calendário escolar atenderá o disposto na legislação vigente,
garantindo o mínimo de 200 dias letivos (800 horas) anuais, com
complementação de carga horária quando necessário.
4.2.13- Desafios educacionais contemporâneos e atendimento à
diversidade
A escola tem hoje também como atribuição, atender a demanda de
acordo com seus anseios sociais e a sua diversidade cultural, que são
relevantes para a comunidade escolar e que estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades de educandos e educadores. Trabalhar
disciplinarmente e interdisciplinarmente os temas dos Desafios Educacionais
Contemporâneos, a fim de atender as necessidades culturais, sociais e a
realidade das escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná já é
uma exigência. Tornam-se fundamentais a ampliação do acesso a informações
sobre a diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada
por relações étnico-raciais e a promoção de condições de formação e de
instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de
ensino.
57
O professor deverá incluir no Plano de Trabalho Docente - PTD e na
prática docente do dia a dia os diferentes temas que tratam dos Desafios
Educacionais Contemporâneos, como: Educação Ambiental; Educação Fiscal;
Sexualidade; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Enfrentamento à
Violência na Escola; educação do Campo; História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena e Fortalecimento de Identidades e de Direitos.
Esses temas devem ser trabalhados de forma planejada disciplinarmente
e em momentos e situações oportunas, ou mesmo de forma interdisciplinar,
por projetos, culminando com exposições, apresentações, murais, painéis, etc.
A Equipe Multidisciplinar na escola trata da História e Cultura da África,
dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de
contribuir para a valorização da história de seu povo, da cultura, da
contribuição para o país e para a humanidade.
Em relação ao Gênero e Diversidade deve ser garantido o acesso e a
permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de
qualidade por meio de políticas públicas educacionais, com reflexões sobre o
preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual
e à identidade de gênero, de forma a propiciar fundamentação teórico-prática
para o enfrentamento dessas práticas na escola.
A sexualidade deve ser trabalhada abordando-se os conhecimentos
historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e
reprodutivos da juventude.
O enfrentamento à violência e ao uso indevido de drogas felizmente não
tem sido necessário nesta escola, pelo fato de não estarem ocorrendo tais
situações. Entretanto, busca através da prevenção, desviar a criança, o
adolescente e o jovem dessas situações de risco, através de trabalhos
orientados em sala de aula, como produção de cartazes, seminários, vídeos e
documentários educativos a respeito, contrato pedagógico com a participação
também da equipe diretiva-pedagógica, onde se priorize o respeito às
diferenças, ao semelhante, o cumprimento de regras para uma boa
convivência, conservação do patrimônio público, enfim, ações que sejam
possíveis realizar no interior da escola. Além disso, também acontecem
palestras educativas com a Patrulha Escolar Comunitária – PEC e com
58
profissionais da comunidade.
4.2.14- Ações preventivas em parceria
Muitas ações para prevenir situações de risco ao ser humano, que
comprometem a saúde pública, são realizadas também em parceria com a
UENP e Secretaria da Saúde Municipal, quando da necessidade de montar uma
“força tarefa” para evitar doenças como a dengue, gripe A, DSTs, AIDS, etc.
São realizadas palestras pelos alunos da FALM, teatro, distribuição de panfletos
explicativos, vistorias pelos agentes de saúde, e assim ocorre uma colaboração
mútua.
4.2.15- Envolvimento das Instâncias Colegiadas
Instâncias colegiadas são aquelas em que há representações diversas e
as decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências
diferenciadas.
Para um trabalho efetivo da escola, é necessário que haja um
envolvimento entre os órgãos colegiados, já que representam a comunidade
escolar com atribuições específicas e todos devem trabalhar na busca do bem
comum. É fundamental que todos participem das reuniões, conheçam o
funcionamento da escola e tomem as decisões de forma coletiva.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze possui os seguintes
órgãos colegiados e equipes de trabalho:
4.2.15.1- Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do
trabalho pedagógico e administrativo do Estabelecimento de Ensino, em
59
conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria
de Estado da Educação -– SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade
escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos
com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu
membro nato, o (a) Diretor (a) Escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais
da educação atuantes no Estabelecimento de Ensino, alunos devidamente
matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos
alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu Vice-Presidente dentre os
membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar
a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,
mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a
representatividade dos níveis e modalidades de ensino, onde as eleições dos
membros titulares e suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento
convocada para este fim, para um mandato de 02 anos, admitindo-se uma
única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze,
de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é
constituído pelos seguintes conselheiros na gestão 2012/2014:
Membros Função
Simone Fogaça Gasoli Presidente
Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica
José Cláudio Ranucci Representante do Corpo Docente
Maria Luiza Cappi Representante dos Funcionários Administrativos
Maria Rosa de Oliveira Representante dos Funcionários de Serviços Gerais
Brenda Mara Guerra Representante do Corpo Discente
60
Valdirene Marques de Almeida Guerra Representante dos Pais de Alunos
João José Guerra Representante da APMF
Osmar José da Silva Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade
4.2.15.2- Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino,
sem caráter político, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus dirigentes e conselheiros.
A APMF é regida por estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
São objetivos da APMF:
I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do
Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;
II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-
lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa
comunidade;
IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da
APMF e do Conselho Escolar;
V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,
gratuita e universal;
VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e
toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e
61
desportivas, ouvido o Conselho Escolar;
VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas
em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta
ação.
Composição da APMF – Mandato 2011/2013
Membros Função
João José Guerra Presidente
Reginaldo Pelissari Vice-Presidente
Elisângela Trovão 1º Secretário
Sonia Aparecida da Silva Henriques 2º Secretário
Maria Rosa de Oliveira 1º Tesoureiro
Maria Cristina Bertachi Reynaldo 2º Tesoureiro
Jacqueline Cristiane dos Santos 1º Diretor Sociocultural e Esportivo
José Cláudio Ranucci 2º Diretor Sociocultural e Esportivo
4.2.15.3- Equipe Diretiva
A equipe diretiva da Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze é
composta apenas pelo diretor, haja vista ser uma escola que funciona num
único período, e o mesmo é responsável pela efetivação da gestão
democrática, de forma a assegurar o alcance dos objetivos educacionais
definidos neste Projeto Político Pedagógico.
Dentre as várias competências do diretor, podemos destacar:
I. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
II. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
62
III. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
IV. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
V. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento
às decisões tomadas coletivamente;
VI. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
VII. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
VIII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
IX. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza
pedagógico- administrativa no âmbito escolar;
X. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XI. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
XIII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar.
4.2.15.4- Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política
educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
63
Compete à equipe pedagógica:
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,
em uma perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando
à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para
todos;
VII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
IX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
XI. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,
de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
pedagógico;
XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
64
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIII. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
XIV. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XV. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,
a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVI. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XVII. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVIII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino.
4.2.15.5- Agentes Educacionais
A equipe dos agentes educacionais compreende os profissionais técnico-
administrativos, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório, e
os auxiliares operacionais, que têm a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, coordenados e
supervisionados pela direção do estabelecimento de ensino.
Todos têm suas atribuições específicas, de acordo com o Regimento
Escolar, compõem a comunidade escolar, e portanto, devem participar da
tomada de decisões, da construção do Projeto Político Pedagógico, bem como
da sua efetivação.
65
4.2.15.6- Equipe Docente
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados, sendo os responsáveis mais diretos pela apropriação dos
conhecimentos pelos alunos. Para que se alcance o ensino de qualidade
pretendido é fundamental aos docentes:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico
e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,
dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto
PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino;
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente, onde as atividades desenvolvidas
em sala de aula tenham em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo
aluno;
V. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
VI. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas
no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
VII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no
decorrer do período letivo;
VIII. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços
e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
IX. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
66
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
X. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
XI. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
XII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
XIII. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes
ou modificações no processo de intervenção educativa;
XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós-
Conselhos, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento
do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e
decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;
XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento
de ensino;
67
XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação
da escola com as famílias e a comunidade;
XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria
de Estado da Educação.
4.2.15.7- FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente
Em 2005 foi lançado o PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO
ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA, apresentado com o título Fica Comigo,
onde o combate à evasão foi e é a sua principal meta.
A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA) é um dos instrumentos
colocados à disposição da escola e da sociedade, e tem como objetivo
acompanhar os casos de evasão de todos os alunos a partir do momento em
que apresentem ausência de 5 dias consecutivos e 7 dias alternados num
mesmo mês. Além disso, a FICA também tem sido utilizada para análise dos
principais motivos que levam à evasão escolar, o que possibilita o
acompanhamento e a mediação na busca de órgãos competentes que possam
dar suporte às escolas.
68
As ações de enfrentamento da evasão escolar são desenvolvidas durante
todo o ano letivo, com o acompanhamento diário da presença/ausência dos
alunos, procurando saber os motivos das faltas e o que pode ser realizado
para reverter situação, mediante comunicação da ausência pela Equipe
Pedagógica junto aos pais/responsáveis (via telefone ou comunicado por
escrito) solicitando a sua presença no Estabelecimento de Ensino para
esclarecer sobre o motivo da ausência do aluno e adotando procedimentos que
possibilitem o retorno imediato, relatando os fatos no livro de ocorrências do
Estabelecimento de Ensino. Após as medidas tomadas pela escola e esgotados
todos os recursos, sem o retorno do aluno ao Estabelecimento de Ensino, a
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA é encaminhada ao Conselho
Tutelar, acompanhada de um ofício e do relatório de todas as ações realizadas
pela escola, para providências cabíveis.
4.2.16- Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica
Curricular
A Proposta Pedagógica Curricular das escolas públicas do Paraná são
norteadas pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, um
documento oficial que traz em si o chão da escola e traça estratégias que
visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do
conhecimento pelos estudantes da rede pública.
As Diretrizes constituem-se num material que é fruto de um trabalho
coordenado pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da
Educação e que contou com a participação de todos os professores da rede
estadual de ensino. Nele estão os fundamentos teóricos e metodológicos que
orientam o ensino de cada disciplina.
Os mesmos princípios democráticos que fundamentam a construção
destas Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento na contínua
reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e
transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e
democrático (SEED/PR, 2005).
69
4.3- Proposta Pedagógica Curricular
Do ponto de vista de uma pedagogia crítica e progressista é preciso ter
sempre a concepção de educação escolar e o tipo de formação que se
pretende propiciar aos educandos. É importante que os educandos se
apropriem de instrumentos de comunicação e de conteúdos culturais básicos
para entender a sociedade em que vivem e poder transformá-la.
É de responsabilidade do coletivo da escola assumir o papel de elaborar
uma proposta curricular que cada vez mais se aproxime daquilo que acredita
ser fundamental no processo de escolarização dos alunos, na realidade de sua
comunidade e diante de todas as incertezas postas na contemporaneidade. O
primeiro passo é conhecer a realidade por meio de um diagnóstico, não existe
uma orientação segura, uma forma (ou fórmula) de organização curricular,
resolvendo o problema da exclusão que há tempo desafia as escolas.
Sabemos que somos responsáveis pela estruturação e pelo
desenvolvimento do currículo que julgamos ser adequado à construção de uma
identidade social. O currículo não deve ser visto como simples organização
formal das disciplinas, dos conteúdos e dos tempos pedagógicos, ele é um
instrumento norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado,
aberto à produção de sentidos, um processo dinâmico que incorpora os
saberes e os elementos culturais de seus agentes, numa compreensão do
contextualizada do mundo e da cultura que valoriza e fortalece as identidades,
não-excludente e politicamente posicionada.
Os conteúdos da Proposta Curricular da Escola Estadual do Campo
Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental estão vinculados à realidade local,
garantindo a relação entre o acesso aos conhecimentos historicamente
acumulados e os saberes da vivência cotidiana. (SEED/Pr., 2008). Estão
contemplados os saberes da História, da Cultura e da realidade do campo.
(SEED/PR., 2008).
Os conteúdos gerais estão ligados ao mundo do trabalho, ao
desenvolvimento do campo em todas áreas do conhecimento (Matemática,
Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências, etc.). Os específicos estão de
acordo com as características locais, regionais, econômicas e culturais da
70
comunidade.
Os estudos estão direcionados para o Mundo do Trabalho,
Desenvolvimento Social Justo, ecologicamente sustentável.
Os textos destacam a cultura do campo, movimentos sociais, a pobreza,
desigualdade social, lutas camponesas, a questão agrária, políticas públicas
para o campo, dentre outros.
A diversidade do campo contempla os aspectos sociais, culturais,
políticos, econômicos, de gênero, geração e etnia.
A metodologia é direcionada a procedimentos como aulas na roça,
excursões, entrevistas, palestras, reuniões, dramatizações, observações etc.
Os recursos utilizados são as enciclopédias, livros, jornais, revistas,
vídeos, recursos naturais como rios, córregos e campos, áreas de plantação,
comunidades locais, estufas, etc. São considerados os tempos na família, na
escola, na produção, nas atividades culturais.
A avaliação se dará por meio de diversos instrumentos e em diversos
espaços.
ARTE
1. Apresentação e Justificativa:
Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz
culturalmente a visão particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o
mundo. Portanto, esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo o
ensino de Artes como conhecimento, trabalho e expressão e como necessidade
de apropriação do saber artístico e estético.
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos estéticos e artísticos, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário o processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a
71
articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, estabelecer conexões entre saberes e vivências e que possa
expressá-las através de diferentes linguagens artísticas, expandindo suas
potencialidades criativas.
A partir das concepções da Arte e de seu ensino considera-se alguns
campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de
estudo desta disciplina, que é: “o conhecimento estético e o conhecimento da
produção artística”. O pensamento, a sensibilidade e percepção articulam-se
numa organização que expressa os pensamentos e sentimentos, sob a forma
de representações artísticas. O conhecimento artístico está relacionado com o
fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e
formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse
processo as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas
expressam saberes específicos a partir da experimentação com materiais, com
técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da
Dança, da Música e do Teatro.
2. Conteúdos:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Elementos formais;
• Composição;
• Movimentos e períodos.
São conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem
em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. São
apresentados separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, mas
metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada
um do outro, para garantir ao aluno o conhecimento sistematizado da arte.
Seu caráter social é relevante. É preciso considerar tempo-espaço no
trabalho pedagógico, tanto como categoria articuladora dos conteúdos
72
estruturantes, quanto pelo caráter histórico e social que enriquece a
compreensão da arte e da vida.
São conteúdos estruturantes:
- Elementos Formais:
São os recursos empregados numa obra. São elementos da cultura
presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a
produção artística e o conhecimento em arte. Ex.: o timbre em Música, a cor
em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
O professor deve aprofundar na sua área de habilitação e estabelecer
articulação com as outras áreas.
- Composição:
É o processo de organização e desdobramento dos elementos formais
que constituem uma produção artística.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos
de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas
visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e
estilos.
- Movimentos e Períodos:
Caracteriza-se pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento da
Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes
numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um
movimento artístico em suas especialidades, gêneros, estilos e correntes
artísticas. Deve estar presente em vários momentos do ensino.
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e de mútua
determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de modo
simultâneo.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos
artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos
diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão do mundo,
característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de
composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.
Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos
conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.
73
No planejamento das aulas, a organização dos conteúdos deve ser de
forma horizontal, pois em toda ação pedagógica planejada deve estar
presentes conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes.
A postura metodológica adotada deve propiciar ao aluno uma
compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando
metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são
interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma
de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
MÚSICA
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica
pentatônica
cromática
improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
Ponto
Linha
Textura
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,
Arte Greco-
Romana
Arte Africana
Arte Oriental
74
ARTES
VISUAIS
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
escultura, arquitetura
Gênero: cenas da mitologia.
Arte Pré-Histórica
TEATRO
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto,
improvisação, manipulação,
máscara
Gênero: Tragédia, Comédia
e Circo
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre e
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e
baixo)
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
75
Deslocamento (direto e
indireto)
Dimensões (pequeno e
grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
7º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo/Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena,
popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental
e mista
Improvisação
Música popular e
étnica (ocidental
e oriental)
ARTES
VISUAIS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura, escultura,
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e
Paranaense
Renascimento
Barroco
76
Cor
Luz
modelagem, gravura...
Gêneros: Paisagem, retrato,
natureza morta...
TEATRO
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação,
Leitura dramática,
Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais,
mímica, improvisação,
formas animadas...
Gêneros: Rua e arena,
Caracterização.
Comédia dell´
arte
Teatro popular
Brasileiro e
Paranaense
Teatro Africano
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoio/Rotação
Coreografia/Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido);
Lento, rápido e moderado;
Níveis (alto, médio e baixo);
Formação
Direção
Gênero: Folclórica, popular e
étnica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura / Duração Ritmo/ Melodia/ Harmonia Indústria cultural
77
MÚSICA Timbre
Intensidade
Densidade
Tonal, modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: vocal, instrumental
e mista
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
ARTES
VISUAIS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, áudio-visual e
mista
Indústria
Cultural
Arte no Séc. XX
Arte
Contemporânea
TEATRO
Personagem:
expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema e
Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica...
ndústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Movimento Corporal Giro/ Rolamento/ Saltos Hip Hop
78
DANÇA
Tempo
Espaço
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente, atrás,
direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria cultural
e espetáculo
Musicais
Expressionismo
Indústria
cultural
Dança Moderna
9º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIE
ARTES
VISUAIS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafite,
performance...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e
Arte Latino-
Americana
Hip Hop
79
Cor
Luz
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
TEATRO
Personagem:
Expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos
teatrais, direção, ensaio,
teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia/ Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do
Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do
Absurdo
Vanguardas
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de apoio
Peso
Fluxo
Quedas/ Saltos/ Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance e
moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança
Contemporânea
3. Metodologia:
O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens
artísticas por meio das manifestações/produções compostas pelos elementos
básicos, com prioridade e valorização do conhecimento nas aulas de Arte.
80
Nas Artes Visuais, o professor explorará formatos bidimensionais,
tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características específicas
contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição
desses elementos no espaço.
Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu
desenvolvimento no tempo e no espaço implica que o professor explore as
possibilidades de improvisar e compor. Nessa linguagem artística também
podem ser abordadas questões acerca das relações entre o movimento e dos
conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente
recortes da realidade.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos
sons presentes no cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que
se priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de
sons percebidos, bem como a identificação de suas prioridades, variações e
maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura
musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da organização desses
elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as
possibilidades de improvisação e composição no trabalho com os personagens,
com o espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou
dramáticos, clássicos ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento
da linguagem do Teatro na escola também se ocupa da montagem do
espetáculo e da respectiva análise dos elementos formadores dessa
linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio do ato
de dramatizar.
É preciso que aluno compreenda a dimensão histórica em que cada
forma artística aconteceu. Perceber que cada maneira de representar vem
carregada de significados e é o resultado dos esforços e possibilidades ao
alcance do homem, num dado espaço e período da história.
Recursos Metodológicos:
Através de atividades realizadas em grupo, assim o aluno estará
exercitando cooperação, argumentação e tolerância. Capacidades
81
fundamentais para sua formação e desenvolvimento.
Produção artística individual, durante o qual o aluno estará exercitando
sua expressividade, criatividade e sensibilidade.
Dialogar com alunos, observar seu interesse, expressão, chamá-los a
opinar. E, ao mesmo tempo, levar o aluno a conhecer a arte como
linguagem, valorizando a cultura.
Serão também trabalhados , articulados aos conteúdos curriculares, os
desafios sócio-educacionais, sempre que for pertinente ao conteúdo
desenvolvido. Em Arte serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Música (Lei
nº11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana;
Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento
à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e
Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21 Escolar.
4. Avaliação:
A avaliação será:
- Diagnóstica, para avaliar a condição de aprendizagem dos alunos.
- Processual, contínua e cumulativa, por permear todos os momentos da
prática pedagógica, ou seja, avaliação da aprendizagem, do ensino
(desenvolvimento das aulas) e autoavaliação dos alunos.
- Somativa, com atribuição de valores (notas)
Será considerado a capacidade individual, o desempenho, interesse e
envolvimento do aluno nas aulas, sem fazer comparações entre os mesmos,
observando as dificuldades e progressos de cada um.
Deverá ser avaliado como o aluno soluciona problemas apresentados e
como interage em grupo, o domínio que o aluno vai adquirindo nos modos de
organização destes conteúdos e os elementos formados na composição
artística, ultrapassando a cópia e a imitação.
Enfim, construir a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do
conhecimento técnico, o trabalho artístico permitindo que este venha a ser
partilhado com os outros, utilizando instrumentos como trabalhos individual e
82
em grupo, pesquisas bibliográficas e em grupo, debates em forma de
seminários e simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de
relatórios, gráficos, áudio- visual e outros.
Serão utilizados alguns instrumentos como: trabalhos individual e em
grupo; pesquisas bibliográficas individual e em grupo; debates em forma de
seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de
relatórios, gráficos, áudio-visual e outros.
A recuperação de estudos será ofertada aos alunos no decorrer do
processo ensino/aprendizagem, concomitantemente, considerando o que não
foi apropriado. Será oferecida a todos os alunos, em especial aos com média
inferior à da aprovação, para que, através da retomada dos conteúdos,
resgatem o que não conseguiram aprender. Entre a nota da avaliação e a da
recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriaram dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de
novos instrumentos de avaliação.
5. Referências:
CALABRIA; Carla P.B. e ou. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 Editora:
FTD, 1997.
HADDAD; Denise A e ou. A Arte de Fazer Arte. Editora: Saraiva, 2009;
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora: Scipione,
1997.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica – Secretaria de
Estado da Educação. 2008.
Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.
FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.
Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.
Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.
Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo–Governo do Paraná,
1998.
83
CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.
CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para
crianças. Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.
BRIOCHI, Gabriela. Arte Hoje – Editora FTD, São Paulo, 2003.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte – Editora Ática, São Paulo,
2008.
MEIRA, Beá. ARTE – Projeto Radix – Raiz do conhecimento – Editora Scipione,
São Paulo, 2009.
VALADARES, Solange e ou. – Arte no cotidiano escolar – Editora FAPI, Belo
Horizonte, MG, 2001.
CIÊNCIAS
1. Apresentação e Justificativa:
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o
conhecimento científico que resulta da investigação da natureza, sendo do
ponto de vista científico, o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em todo sua complexidade, cabendo ao homem interpretar
racionalmente seus fenômenos resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia
e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e
com a natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência,
porém a maneira de como o homem interage com a natureza possibilita a
incorporação de experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos
através de trabalhos em conjunto com seus semelhantes e transmitidos
culturalmente. Portanto, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecendo novas
formas de relação com a natureza, passando a compreendê-la e apropriando-
se dos seus recursos.
Foi através da observação de regularidades percebidas na
natureza que o conhecimento científico passou a ser sistematizado, permitindo
84
a apropriação da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.
A ciência sendo uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída, não revela a verdade, mas propõe modelos
explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos.
A disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer
e complementar o entendimento das múltiplas relações físicas, químicas,
biológicas, geológicas, dentre outras, que ocorrem no ambiente. Na Base
Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o trabalho com
questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e exploratórias.
Como não é possível existir uma descrição universal para os
modelos diante da complexidade dos fenômenos naturais, faz-se necessário
considerá-los como uma construção coletiva produzida por grupos de
pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico, num cenário
sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, sendo
imprescindível ainda determiná-lo no tempo e no contexto das realizações
humanas, que são também historicamente determinadas. Neste conceito
conceituar ciência, exige cuidado epistemológico, sendo necessário, para
conhecer a real natureza da ciência, investigar a história da construção do
conhecimento científico.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao
conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse
conhecimento é produzido, as tradições de pesquisas que os produzem e as
instituições que as apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e
daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar
sobre a natureza nos diversos momentos históricos.
2. Conteúdos:
2.1. ESTRUTURANTES:
− Astronomia
− Matéria
− Sistemas Biológicos
85
− Energia
− Biodiversidade
2.2- BÁSICOS:
6º ANO:
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMASBIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de Energia
Conversão de Energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7º ANO:
86
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de Energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADEOrigem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
8º ANO:
87
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA Formas de Energia
BIODIVERSIDADEEvolução dos seres vivos
9º ANO:
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA Astros
Gravitação universal
MATÉRIA Propriedades da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
88
ENERGIA Formas de Energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADEInterações ecológicas
3. Encaminhamentos Metodológicos:
Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em
laboratório têm sido valorizadas como o recurso que torna concreto o
tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a
repetir procedimentos e roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo
conteúdo, sem uma maior reflexão sobre os vários fenômenos e fatores
intrínsecos envolvidos.
Destacaram a necessidade de laboratório, materiais e equipamentos
para a realização de atividades práticas, inclusive com o uso de materiais
alternativos, no ensino de Ciências. No entanto, é consenso, que as aulas
práticas sejam desenvolvidas, desde que os conceitos a serem trabalhados não
sejam simplificados de forma extrema e garantam a interpretação de fatos,
fenômenos e conceitos, tendo como principal referência os princípios
específicos da disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação,
intencionalidade, aplicabilidade, provisoriedade).
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos
conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias
metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos
conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser
desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade
(vinculando teoria e prática), visando à construção de noções e conceitos
significativos. Esse encaminhamento evita a dicotomia entre teoria e prática,
89
eliminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de
roteiros e procedimentos que induzem as respostas prontas ou a comprovação
de leis, teorias ou fenômenos. As aulas práticas a serem desenvolvidas no
contexto escolar na concepção aqui proposta devem considerar sempre a ação
e a reflexão, portanto, “não basta envolver os alunos na realização de
experimentos, mas também procurar integrar o trabalho prático com a
discussão, análise e interpretação dos dados obtidos” (ROSITO, apud MORAES,
2003).
Julga-se necessário que o planejamento das atividades possibilitem uma
participação dos alunos enquanto sujeitos ativos que colaboram
progressivamente na construção do seu conhecimento. Os encaminhamentos
para a disciplina em questão reforçam a postura dos professores como
mediadores e pesquisadores capazes de considerar o desenvolvimento
cognitivo dos educandos, seus conhecimentos prévios, o contexto histórico
atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os diferentes ritmos de
aprendizagem. Dessa forma, a professora poderá desenvolver, temática
emergencial da sociedade contemporânea, numa abordagem que inter-
relacione “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), concebendo a Ciência como
um processo social, histórico e não dogmático; a Tecnologia “como aplicação
das diferentes formas de conhecimento para atender às necessidades sociais”
e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos podem perceber, por meio da
Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como cidadãos”, sendo
“estimulados a participar democraticamente” expressando suas opiniões
(SOLOMON21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61). Para tanto, sugere-se
algumas estratégias pedagógicas, tais como:
• observação;
• trabalho de campo;
• experimentação;
• construção de modelos;
• jogos de simulação e desempenho de papéis;
• visitas a indústrias, fazendas, museus;
• projetos individuais e em grupos;
• redação de cartas para autoridades;
90
• palestrantes convidados;
• estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
• leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
• fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre
outros (Agenda 21).
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores
poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais
variados recursos pedagógicos: slides, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s educativos,
entre outros.
A disciplina de Ciências pretende propiciar ao aluno o entendimento dos
fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e transformações no
ambiente. Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as
intervenções, no sentido de possibilitar ao educando o desenvolvimento da
criatividade, da consciência crítica, do trabalho em equipe e do respeito à
diversidade. As proposições teórico-metodológicas apresentadas não têm a
pretensão de esgotar as possibilidades de encaminhamentos metodológicos
para a disciplina, e sim, de indicar caminhos e alternativas para inserir o
conhecimento científico no cotidiano do aluno, numa perspectiva de totalidade,
considerando a realidade social nos seus diversos aspectos.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ciências
serão trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº 13.381/01); História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº
11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação
Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente;Direito das
Crianças e Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07); Educação Tributária (Dec. Nº
1.143/99, Portaria nº 413/02).
4. Avaliação:
91
Serão estabelecidos critérios e instrumentos a fim de investigar a
aprendizagem significativa sobre todos os conteúdos trabalhados.
A avaliação será utilizada para atender o aluno, observando o nível em
que ele se apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento e deve
incorporar quatro dimensões: diagnóstica, contínua, cumulativa e participativa,
possibilitando ao professor uma constante revisão de suas aulas para adequá-
las ao ritmo de aprendizagem de seus alunos, promovendo um desempenho
mais eficiente acerca do processo ensino e aprendizagem.
Serão considerados alguns critérios essenciais de avaliação:
• Valorização da natureza como um todo dinâmico e o ser humano em
sociedade como agente de transformações do mundo em que vive,
em relação essencial com os demais seres vivos e outros
componentes do ambiente;
• Compreensão da ciência como um processo de produção de
conhecimento e uma atividade humana;
• Identificação das relações entre conhecimento científico, produção
de tecnologia como meio para suprir necessidades humanas sabendo
elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-
tecnológicas;
• Entendimento da saúde pessoal, social e ambiental como bens
individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de
diferentes agentes;
• Capacidade de formular questões e propor soluções para problemas
reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em
práticas conceito,s procedimentos e atitudes desenvolvidos no
aprendizado escolar;
• Utilização de conceitos científicos básicos associados à energia,
matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
• Valorização do trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e
cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
• Estímulo no cuidado com o próprio corpo, com atenção para o
desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação
de convívio e de lazer;
92
• Valorização da vida em sua diversidade e a conservação dos
alimentos;
• Identificação dos movimentos visíveis de corpos celestes no
horizonte e seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no
passado da humanidade;
• Interpretação de situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental
relacionando informações sobre a interferência do ser humano e a
dinâmica das cadeias alimentares;
• Compreensão da importância da alimentação humana, da obtenção
e conservação dos alimentos, sua digestão no organismo e o papel
dos nutrientes na sua constituição e saúde;
• Valorização a disseminação de informações relevantes aos membros
da sua comunidade.
A apropriação dos conhecimentos será verificada através da observação
do desempenho do aluno, relatórios, debates, pesquisas, trabalhos individuais
e em grupo, participação do aluno na realização das atividades, prova com/sem
consulta, escrita e oral.
A recuperação de conteúdos será desenvolvida de forma concomitante
ao processo, paralela, incluindo retomada dos conteúdos não apropriados, com
atividades individuais ou em grupo, sendo dada nova oportunidade de
avaliação, prevalecendo a maior nota.
5. Referências:
______. O corpo humano. São Paulo: Ática, 2002.
FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago. 2005.
FONSECA, Albino. Caderno do Futuro. São Paulo: IBEP, 2003.
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.
GOWDAK, Demétrio, MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2006.
93
GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Natureza e vida. São Paulo: FTD, 1996.
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: EDUSP, 1980.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
WILSON, E. O Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Apresentação e Justificativa:
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as
práticas corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas
da Europa. Sobre a égide de conhecimentos médicos e da instrução física
militar, a então denominada ginástica surgiu, principalmente a partir de uma
preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos
cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em
prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e
habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além
de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do
respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. Vivenciamos nos últimos
quinze anos a afirmação gradativa do ensino da Educação Física numa
perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe essa disciplina
como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o
conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao
longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação
Física, além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o
movimento.
O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita
com seu corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada
94
momento histórico um diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus
movimentos estiveram sempre à mercê da cultura. Nossa conduta motora nos
revela aspectos biológicos e culturais que são determinantes na evolução do
corpo e da mente.
Na aula de Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em
movimento, possibilitando aos seus alunos participar da construção do
conhecimento de si mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual
possamos incluir o desenvolvimento do organismo enquanto complexidade
biofísico social, criando condições para o desabrochar de processos corporais
mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos, procedimentos, valores
e atitudes.
A Educação Física, cujo objeto de estudo é a cultura corporal, é uma
disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras, espaços onde se pode
dar início às mudanças significativas na maneira de se implementar o processo
de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do
cotidiano associados à cultura de movimentos, que podem ser utilizados como
objetos para reflexão, resgatando e incorporando a cultura popular e a vivência
dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade contemporânea, a escola tem
assumido papel primordial na formação de crianças, jovens e adultos. As
modificações das relações familiares legaram a esta instituição
responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim
formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com
as desigualdades de todas as naturezas e suas consequências, necessitando
para tanto pensar sua práxis do cotidiano.
Neste contexto, cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando
atuar conscientemente neste sentido. A Educação Física, como disciplina do
núcleo comum, busca assim sua reorganização, uma vez entendida como fruto
do processo histórico de evolução do homem que sempre se movimentou,
criou jogos, danças e práticas atendendo suas várias necessidades sociais.
Segundo BRACHT “a pedagogia da Educação Física enquanto ciência prática
tem seu sentido não na compreensão, mas no aperfeiçoamento da práxis”
(1992 p. 42).
Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á
95
num processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas
as crianças e jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas
que constituem essa cultura motora, cognitiva e social.
2. Conteúdos:
6º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Individuais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Atletismo; tênis de mesa.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Danças folclóricas Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.
96
Dança
Danças de rua
Danças criativas
Break; funk.
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas de aproximação
Capoeira
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.
Angola; regional.
7º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Individuais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Atletismo; tênis de mesa.
Jogos e brincadeiras Amarelinha; elástico; 5
97
Jogos e brincadeiras
populares
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Danças circulares
Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.
Break; funk.
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas de aproximação
Capoeira
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.
Angola; regional.
98
8º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Skate.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Improvisação; imitação; mímica.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças criativas
Danças circulares
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Contemporâneas;
99
folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Esgrima; kendô.
Angola; regional.
9º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Skate.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Improvisação; imitação; mímica.
100
Jogos cooperativos Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças criativas
Danças circulares
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Esgrima; kendô.
Angola; regional.
3. Metodologia:
Considerando a cultura corporal como objeto de estudo, através
do esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física
colabora para que os alunos possam reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais. O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos
princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento, mudança,
qualidade e contradição.
A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e
contraposição de saberes, isto é, compartilhar conhecimento científico ou
saber escolar e o saber construído no meio cultural informado pelo senso
comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão criativas apontando
101
um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres, respeitando as
dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.
Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o
significado às atividades realizadas para que haja o enriquecimento da
proposta curricular valorizando o aluno e suas habilidades motoras vendo o
mesmo como um todo, não se apegando apenas nas técnicas esportivas, pois
no trabalho como educador, o professor de Educação Física deve aplicar
atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e criativas, tendo como
objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e satisfação, pois
ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar e
nela se realiza.
Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos
“práticos” e sim auxiliar para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo”
adquirindo condições de atuar como cidadão consciente. Serão utilizados
recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de dominó, xadrez e dama, rádio,
bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc; tendo o cuidado de
estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a
criticidade, em busca da superação da meritocracia, da seletividade e do
individualismo.
Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de
dar aos alunos a chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção
social num processo dinâmico, consciente e contínuo, a construção do
conhecimento pela práxis.
Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a
necessidade dos alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano
letivo, assumindo a sua cota de responsabilidade, deixando de lado a
sistemática tradicional de somente participarem das atividades escolares
quando o professor responsável pela turma estiver presente.
O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência
do professor haverá a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de
professores de educação física e/ou outro professor de outra disciplina.
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas estarão a História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis 10.639/03 e 11.645/08), a
102
Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07 e a
Educação Fiscal, que serão trabalhadas de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos.
4. Avaliação:
A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo
desenvolvido para identificar lacunas no processo de ensino e de
aprendizagem, bem como para planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas, onde será um processo
contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando o trabalho
visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de
ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que
os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma
relação com o mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o
conteúdo seja produzido e socializado através de vivências que evidenciem o
fundamental papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é
necessário que o professor crie oportunidades para que os alunos os
construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do
professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise de
dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas
pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo
principal o aluno no ato de aprender.
É importante que se tenha clareza da função social da avaliação
na construção do saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a
Educação, da produção do conhecimento de forma crítico-reflexiva,
estabelecendo um diálogo permanente com o cotidiano dos autores
(professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o verdadeiro
exercício da cidadania.
Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja
produzido e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental
103
papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o
professor crie oportunidades para que os alunos os construam, a partir das
suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do professor a aplicação de
ações como: uma observação direta, diagnóstica, contínua, cumulativa e
processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento nas
atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no
decorrer do ano atinjam seu alvo principal: o aluno no ato de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e
para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à
necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes
instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como
forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta
de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,
revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento
estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas
realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,
seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além
dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados
aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o
significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do
aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a avaliação diagnóstica para detectar o grau
de conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula (observação
constante do aluno feita pelo professor), considerando sua aplicação e
consequência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses
individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas
possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho
no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da
concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um
ser único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na
perspectiva de uma avaliação participativa.
104
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante
numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
A recuperação paralela ocorrerá de forma concomitante ao
processo ensino e aprendizagem, sempre que o professor verificar que seu
aluno apresentou dificuldades no desenvolvimento das atividades, não
assimilou o que lhe foi proposto, resultando num baixo desempenho. O
conteúdo será retomado, revisto, e os alunos submetidos a nova avaliação,
prevalecendo o melhor resultado.
5. Referências:
BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.
KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed.Rio de Janeiro: Sprint,1998.
LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e
brincadeiras com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.
ENSINO RELIGIOSO
105
1. Apresentação e Justificativa:
Compreender a história do Ensino Religioso é entendê-lo no bojo da
educação desenvolvida nas múltiplas relações do contexto político-
educacional. O Ensino Religioso no espaço escolar, era tradicionalmente o
ensino da Religião Católica Apostólica Romana, então religião oficial, como
determinava a Constituição de 1824. Com a República,o ensino passou a ser
laico, público, gratuito e obrigatório, e a hegemonia católica foi rejeitada. A
partir da Constituição de 1934 o Ensino Religioso passou a ser admitido na
escola pública, como facultativa. Nas constituições de 1937, 1946 e de 1967 foi
mantido como matéria do currículo, com frequência facultativa para o aluno e
de caráter confessional, de acordo com a profissão de fé da família. Na década
de 60, surgiram os debates sobre a questão da liberdade e a diversidade
religiosa, e o Ensino Religioso perdeu sua função catequética. Porém, na
prática, não foi o que aconteceu, pois estava à mercê da crença individual de
quem ministrava as aulas, no caso, voluntários e em caráter proselitista, uma
vez que não existiam cursos de licenciatura para professores. Na LDB 4024/61
o Ensino Religioso era facultativo, sem ônus para o poder público, embora o
Ensino Religioso fosse parte da formação pública, a responsabilidade pelos
docentes não competia ao Estado, e deveria ser ministrado de acordo com a
confissão religiosa do aluno.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se
concretizou legalmente na redação LDBEN de 1996 e sua respectiva correção,
em 1997, pela Lei 9.475 de acordo com o artigo 33, que estabelece o Ensino
Religioso como parte integrante da formatação básica, com matrícula
facultativa, disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação
Básica, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa, sem
quaisquer formas de proselitismo. Pela primeira vez na história houve a
inclusão de temas religiosos na educação brasileira, em que foi proposto um
modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer forma de prática
catequética nas escolas públicas. Foi então rompido o modelo de ensino dos
assuntos religiosos vigentes, de caráter confessional, e impôs aos responsáveis
pela disciplina de Ensino Religioso a obrigação de repensar a fundamentação
106
teórica, sobre a qual se deverá apoiar os conteúdos a serem trabalhados e a
metodologia utilizada. A partir de então surgirão várias propostas pedagógicas,
visando à melhor maneira de se planejar um Ensino Religioso laico, previsto
nessas leis.
O Ensino Religioso no Paraná, para viabilizar a proposta de Ensino
Religioso no Paraná, através da Associação Interconfessional de Curitiba
(Assintec), formada por um grupo ecumênico, se preocupou em elaborar
material pedagógico e cursos de formação continuada. Um desses foi o
Programa Nacional de Tele Educação (Prontel) em 1972, que propôs a
instituição do Ensino Religioso radiofonizado nas escolas municipais. A SEED e
a Assintec aceitaram o Prontel, com parecer favorável do Conselho Estadual da
Educação. Em 1973, a SEED designou a ASSINTEC como intermediária entre a
Secretaria e os Núcleos Regionais de Educação; foi instituído o Serviço de
Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina. Em 1976,
pela resolução n° 754/76, foram autorizados os cursos de atualização religiosa
em quatorze municípios com apoio de Associação Escolas Católica (AEC) e
disponibilizado aos professores um conjunto de apostilas intituladas
“Crescerem em Cristo”. No ano de 1981, surgiu o projeto “Diga sim” como
forma de ampliar a formação e favorecer a preparação dos temas a serem
trabalhados. Também houve o I Simpósio de Educação Religiosa no CETEPAR,
onde se levantou a necessidade de contribuir com as discussões realizadas na
Constituinte e garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na
legislação brasileira. Em 1987, iniciou-se o curso de especialização em
Pedagogia Religiosa com carga horária de 360 horas, numa parceria SEED,
ASSINTEC e PUC/PR. As discussões iniciadas na Constituinte foram
intensificadas com a promulgação da Constituição de 1988, por meio da
organização de um movimento nacional para garantir o Ensino Religioso como
disciplina escolar. Em 1992, foi publicado um caderno para o Ensino Religioso
seguindo os moldes do Currículo Básico, elaborado pela ASSINTEC, com a
colaboração da SEED. Dessa forma, mais uma vez se esvazia o papel do Estado
em relação ao Ensino Religioso, a responsabilidade das tradições religiosas se
distancia ainda mais das demais disciplinas do currículo, ficando a cargo da
Assintec definir orientações para a oferta do Ensino Religioso nas escolas, em
107
conformidade com a Resolução SEED n.6.856/93. Com a nova LDBEN 9.394/96,
perde a validade essa resolução.
Surgiram novas discussões para mudanças, de acordo com o artigo 33 da
LDBEN 9.394/96, e três propostas foram apresentadas para mudanças nesse
artigo: a primeira seria a exclusão do texto “sem ônus para os cofres públicos”,
a segunda indicava que o Ensino Religioso fosse parte da formação básica do
cidadão, e a terceira solicitava o caráter laico para o Ensino Religioso.
Houve um enfraquecimento da disciplina de Ensino Religioso no Paraná,
de 1995 à 2002, e ficou restrita apenas onde havia professor efetivo da
disciplina. Em 1997, foi publicado o PCN de Ensino Religioso.
Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a
deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas
do Sistema Estadual de Ensino do Paraná, os professores foram envolvidos num
processo de formação continuada, de 2004 a 2008, para elaboração das
Diretrizes Curriculares. Em 2006, o Conselho Estadual de Educação aprova a
Deliberação 01/06 que institui novos encaminhamentos para o Ensino Religioso
no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, em que se destacam, a partir dessa
deliberação, os seguintes avanços:
•O repensar do objeto de estudo da disciplina;
•O compromisso com a formação continuada dos docentes;
•A consideração da diversidade religiosa no Estado Frente à superação das
tradicionais aulas religião;
•A necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes
leituras do Sagrado na sociedade;
•O ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das
diferentes manifestações culturais e religiosas.
Nessa perspectiva a SEED sustentou um longo processo de discussão que
resultou na primeira versão das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso, em
fevereiro de 2006.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,
diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão
ampla da diversidade cultural.
108
As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão
da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente,
e que, são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.
Portanto, busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento,
de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações
religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria
cultura em que se insere.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à
diversidade religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto
de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo
presente em todas as manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes
culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras
recentes, ou seja, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira
como o homem vive seu cotidiano.
A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado,
com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a
sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou
negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de
escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das
interfaces da cultura e da construção da vida em sociedade.
2. Objetivos:
- Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
- desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
109
– fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
- Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar o
acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso;
− Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu intuitivo,
consciente, crítico, participativo, comprometido com a realidade social, política
e econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores de uma
sociedade justa.
3. Conteúdos:
6º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrado
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Organizações Religiosas
• Lugares Sagrados
• Textos Sagrados, Orais ou Escritos
• Símbolos religiosos
7º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES• Paisagem Religiosa
• Universo Simbólico Religioso
• Texto Sagrado
CONTEÚDOS BÁSICOS
110
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Ritos
• Vida e Morte
4. Metodologia:
Os conteúdos serão abordados numa nova proposta que tem como objeto
de estudo o Sagrado. Este servirá de base para os outros conteúdos. Será
assegurada a especificidade dos mesmos, sem desconsiderar a sua
aproximação com as demais áreas do conhecimento.
Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá
para a superação do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença
religiosa; de toda forma de proselitismo, bem como da discriminação de
qualquer expressão do Sagrado. Ou seja, a construção, a reflexão e a
socialização do conhecimento religioso deverão favorecer a formação integral
do educando e o convívio com o diferente.
A linguagem a ser utilizada nas aulas será a pedagógica e não a religiosa,
de modo a respeitar o direito à liberdade de consciência e opção religiosa de
educando, pois serão destacados os aspectos científicos do universo cultural
do Sagrado e da diversidade sócio-cultural, ou seja, a base teórica que compõe
o universo das diferentes culturas nas quais se firmam o Sagrado e suas
expressões coletivas.
Estará em conformidade com as Leis 10639 e 11645, que orientam quanto
à temática africana e indígena, que são instrumentos de orientação para o
combate à discriminação que estabelece o ensino da história da África e da
Cultura afro brasileira nos sistemas de ensino. As Leis da educação propõem o
Ensino Religioso como um direito que garante acesso a outros direitos e
reconhece a escola como lugar de formação de cidadãos, como ambiente
acolhedor dessas diferenças, em que implica favorecer um lugar onde todos se
sintam valorizados e reconhecidos como sujeitos de direitos em sua
singularidade e identidade.
No Ensino Religioso, é necessário a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos e encaminhamentos que situem o aluno sujeito de seu
aprendizado, com participação ativa e constante em atividades de leituras,
pesquisas, montagem de painéis, visitas, debates, reflexão sobre textos,
111
poemas, músicas, filmes, acontecimentos atuais e apresentação de plenárias; a
abordagem de questões que envolvem a criança e adolescentes como:
sexualidade (gravidez indesejada, DSTs e GLBTS), violência, uso indevido de
drogas entre outros e também questões que envolvem a prática da cidadania
no que se refere aos tributos e a aplicação correta dos recursos públicos, bem
como as questões ambientais, que são de suma importância para a
manutenção da vida.
Enfim, serão trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido, ou seja,
conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação Fiscal; Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas; Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.
5. Avaliação:
O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como
não terá registro de nota ou conceitos na documentação escolar, isso se
justifica pelo seu caráter facultativo.
Caberá ao professor implementar praticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela
classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Buscar-se-á com o processo avaliativo, identificar em que medida os
conteúdos passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações
do Sagrado pelos alunos:• relação respeitosa com os colegas que têm opções religiosas diferentes
da sua;• reconhecimento do fenômeno religioso como um dado da cultura e da
identidade de cada grupo-social;•emprego de conceitos adequados para referir-se a diferentes
manifestações do Sagrado;• retomar os conteúdos e perceber que a apropriação dos conhecimentos
da disciplina o que lhe possibilitará conhecer e compreender melhor a
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante.
A avaliação pode revelar-se através da transformação social, se a prática
pedagógica está pautada no respeito à diversidade cultural e religiosa por meio
de mudanças de comportamento observado pelo professor em diferentes
situações de ensino e aprendizagem, apresentando sugestões de acordo com
112
as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino Religioso do Paraná.
6. Referências:
- Educar com Parábolas: Alfonso Francia – Ed. Ave Maria
- Revista Mundo Jovem
- Textos diversos− PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
Orientadoras para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica.
Curitiba, 2008.
GEOGRAFIA
1. Apresentação e Justificativa:
Podemos afirmar que a Geografia sempre fez parte da vida dos seres
humanos como um recurso relacionado à sobrevivência ou como elemento
determinante da organização espacial.
Relacionar-se com a natureza foi primordial para a sobrevivência dos
primeiros agrupamentos humanos. Assim, os povos caçadores e coletores,
preocupavam-se em observar as variações das estações climáticas, que
regulam os ciclos reprodutivos da natureza. Os povos que dependiam da
navegação, se especializaram em observações das marés e ventos
predominantes, e assim sucessivamente, visando, sobretudo, facilitar sua
própria existência.
Deste modo, outros conhecimentos foram desenvolvendo-se, tais como
a confecção de mapas, observação e discussão a respeito da forma e tamanho
da Terra, como se distribuíam os rios, primeiras definições sobre latitude e
longitude, dentre outros que lançaram as bases da ciência geográfica.
Ao analisarmos nossas práticas pedagógicas no ensino da Geografia,
percebemos que elas estão pautadas numa mistura de correntes geográficas
113
tradicionais e novas. Um exemplo dessa prática é a dualidade que ainda existe
no conceito geográfico de região natural e humanizada ou física e humana.
Os gregos foram os primeiros a se organizar em termos econômicos,
políticos, sociais e ambientais, passando a utilizar a geografia em vários
aspectos ampliando assim o conhecimento geográfico.
Com o aperfeiçoamento da navegação e o advento do capitalismo, o
mundo passa a ser ocupado pela classe burguesa que começa a explicar as
questões que envolvem o homem e o espaço. A geografia passa a ser estudada
nas escolas francesa e alemã, descrevendo em várias linhas do pensamento
geográfico contemporâneo, os três principais elementos geográficos da terra:
Homem, Natureza e Espaço. Por intermédio desses estudos passaram a criar
leis e princípios que explicam os fenômenos geográficos.
No Brasil, após a Revolução de 1930, o ensino e a pesquisa de Geografia
se institucionalizaram, sendo influencia unicamente pela escola clássica
francesa.
Com a criação do IBGE (1930), primeira instituição a reconhecer o fazer
geográfico, veio atender as necessidades de levantamento de dados
demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. O
ensino de geografia no Brasil foi inserido no século CIC, mas de forma indireta
em textos que enfatizam a descrição do território, sua dimensão, suas belezas
naturais e servir como estratégia para difundir o pensamento das elites sobre o
crescimento do país.
A Geografia teve por muito tempo um enfoque descritivo do espaço,
não se apresentando de maneira clara e objetiva enquanto disciplina,
desempenhando um papel apenas decorativo, pois não apresentava um
caráter crítico da realidade. A profunda mudança ocorrida após o fim da 2ª
Guerra Mundial com o surgimento da Nova Ordem Mundial trouxe novos
enfoques para o estudo da Geografia como exemplo: os problemas sociais e
ambientais que passam a fazer parte dos conteúdos desta disciplina.
Para muitos pensadores da Geografia, o homem passa a ser o principal
elemento da geografia, por ser o causador das mudanças social, econômica,
política, cultural e ambiental. Neste aspecto, a geografia humana torna-se
importante por explicar todo o processo de transformação que vem ocorrendo
114
no espaço e nas sociedades.
A geografia humanística – passa a contribuir para a construção do
modelo de espaço mais justo para o homem, sem se preocupar com os
aspectos econômicos, enquanto que a geografia clássica passa a se preocupar
com os conceitos de região, de espaço e território, voltamos aos interesses
sociais e econômicos.
A geografia histórico-crítica objetiva o estudo do espaço geográfico,
valorizando as relações sociais e suas ações sobre o espaço geográfico. Nesta
geografia o professor deve elaborar ou criar situações que promovam a
aprendizagem do aluno, deixando o mesmo participar, opinar e se inteirar do
conteúdo de maneira crítica, articulando através da teoria com prática social,
para que ele possa compreender as relações das forças produtivas do
trabalho e do seu papel na sociedade.
A chamada Geografia Clássica- no final do século XIX até os meados do
século XX, desenvolveu na sua vertente francesa os conceitos de região e
paisagem, eram considerados o próprio objeto de estudo da Geografia, a
paisagem era o aspecto visível de um gênero de vida e tinha valor cultural e
histórico.
Outros conceitos ganharam destaque como ferramentas necessárias
para a explicação do espaço geográfico, entre eles o conceito de lugar e, mais
tarde , o de rede.
Portanto, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico,
entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade, e através
desta Ciência tem-se buscado adquirir conhecimentos de extrema relevância
para a vida em sociedade e em particular para o desempenho das funções de
cidadania, proporcionando aos educandos diferentes práticas pedagógicas que
permitem colocá-los em diferentes situações de vivência com lugares onde
vivem, e que possibilitem, não apenas compreensão das relações sócio-
culturais e o funcionamento da natureza às quais historicamente pertence, mas
também conhecer e saber utilizar uma forma singular de pensar sobre a
realidade: o conhecimento geográfico.
Para tanto, deve-se oportunizar aos educandos conhecimentos
específicos da Geografia e, através destes, possibilitá-los a leitura e a
115
interpretação do espaço com criatividade, considerando a diversidade das
temáticas geográficas, bem como suas diferentes formas de abordagem.
Neste contexto, entra em cenário a Ciência Geográfica, visto que o seu
estudo é de fundamental relevância e intervenção na realidade social. Através
dela, podemos compreender como diferentes sociedades interagem entre si e
com a natureza na construção de seu espaço, entendendo as múltiplas
relações de um lugar com outros lugares.
Enfim, para que isto ocorra, o educando terá que desenvolver uma
educação que contemple a complexidade do mundo atual, onde tudo se
desloca numa grande velocidade, alternando com rapidez a realidade global.
2. Conteúdos:
2.1. Estruturantes:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu
objeto de estudo e ensino, ou seja, o espaço geográfico. São, neste caso,
dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos específicos
devem ser abordados.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os
conteúdos estruturantes de Geografia devem considerar, em sua abordagem
teórico-metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas
geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas,
sociais e culturais que marcam o atual período histórico.
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes
da Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos
específicos, por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões
geográficas próprias dos quatro conteúdos estruturantes.
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado
conteúdo específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo
116
estruturante, ora de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser
explicitada pelo professor para que o aluno compreenda que na realidade
socioespacial eles não se separam.
• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Discute-se neste conteúdo estruturante os espaços de produção como o
industrial-urbano e o agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de
cada um, a hierarquia dos lugares, as relações econômica entre as diferentes
porções territoriais como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões.
Relações de produção e de trabalho, como as sociedades produzem o espaço
geográfico sob a perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis)
necessários para a manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).Ênfase
nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades, nas diferentes
classes sociais, na configuração sociespacial.
Os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,
especialmente o de Rede.
• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais as instâncias
e instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Neste conteúdo
estruturante aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala
micro (rua, bairro) até a escala macro (país, instituições internacionais). O
papel do Estado e das forças políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime
organizado, associações), bem como as redefinições de fronteiras, orientadas
por motivos econômicos, culturais, sociais, políticos, são fundamentais.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante
são Território e Lugar.
• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões
deste conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de
necessidades e a mobilização de “recursos” naturais para satisfaze-las, no
modelo econômico do capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo
117
estruturante. Através desse conteúdo é trabalhado como essas relações se
concretizam na diferenciação das paisagens sociais e culturais. Os conceitos de
Sociedade e Natureza são entendidos como categoria de análise neste
conteúdo estruturante. Modo de produção, classes sociais, consumo,
sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos a partir da
perspectiva da produção espacial e da paisagem.
• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DOS ESPAÇO
GEOGRÁFICO:
As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são
centrais neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em
funções das especificidades culturais. As marcas culturais na produção das
paisagens (rural e urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; a
ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e suas
consequências econômicas, culturais, sociais; os grupos sociais e étnicos em
sua configuração espacial e urbana, rural, regional.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante
são os de região (singularidades e generalidades) e paisagem.
2.2. Básicos:
Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para os anos da
etapa final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação
Básica, ofertados pela escola. O acesso a esses conhecimentos é direito do
aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico
com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
Os conteúdos básicos, apresentados a seguir em cada ano do Ensino
Fundamental, devem ser tomados como ponto de partida, e por serem
conhecimentos fundamentais para cada ano, não podem ser suprimidos nem
reduzidos, ao contrário, o professor poderá acrescentar outros conteúdos
básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua
disciplina naquilo que constitui como conhecimento especializado e
118
sistematizado, sempre articulando com os conteúdos estruturantes.
6º ANO
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
Conteúdos Básicos:
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- A mobilidade populacional e as manifestações socio-espaciais da diversidade
cultural.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7° ANO:
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
119
Conteúdos Básicos:
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- Movimentos migratórios e suas motivações.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico.
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
8° ANO:
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
Conteúdos Básicos:
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- O comércio em suas implicações socioespaciais.
- A circulação da mão-de–obra, capital das mercadorias e das informações.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
120
espaço geográfico.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
- Formação, localização exploração e utilização dos recursos naturais.
9° ANO:
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
- Dimensão Política do Espaço Geográfico
- - Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
- Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
Conteúdos Básicos:
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- A revolução técnico científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
121
exploração e produção.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
3. Metodologia:
Através do método de ensino a Geografia deve contribuir para a formação
de um cidadão, sendo que os próprios conteúdos devem ter a função de
resgatar o conhecimento produzido, ou seja, o que cada um traz junto consigo,
dando sentido social, para estes saberes. A educação e o ensino devem ser
pensados sempre do lugar onde se está inserido e não isoladamente( CALLAI,
2001).
A educação deve assumir um papel que garanta mudança, no modo de
agir e pensar do aluno cidadão.
As questões do território devem ser analisadas em escalas sendo da local
para a global, ou ao contrário, sempre tendo em mente que se deve englobar a
escala em que o aluno esta inserido, para que seja possível entender as outras
escalas.
Quando ao ler e escrever em Geografia, este ganhou uma nova dimensão
desde o uso de obras literárias, que possam ter temática relacionada com o
ensino de Geografia, e o escrever também, por que isto não é restrito somente
a disciplina de Língua Portuguesa, são Linguagens que permitem um maior
atrativo nas aulas e maior interesse nos alunos, quebrando com a mesmice de
sempre.
Outra linguagem muito usada na Geografia é o dos meios de
comunicação, mais vale lembrar que o “ professor não deve se tornar um
jornal, trabalhando apenas com notícias”, além de tomar o devido cuidando
com as notícias vinculadas, pois estas muitas vezes defendem uma ideologia e
interesses de alguns grupos, o ler e escrever em Geografia deve formar alunos
mais atentos a sua realidade e participem da transformação da mesma.
É necessário que os alunos falem, escrevam, tenham suas oportunidades
em sala de aula; O ler escrever falar em público é uma tarefa interdisciplinar
que deve estar ligada a todas as áreas do ensino, passando todas as barreiras
122
até então criadas de que só cabe a certa disciplina.
De acordo com as Diretrizes a metodologia de ensino deve permitir que o
aluno se aproprie dos conceitos fundamentais da Geografia e compreenda o
processo da produção e transformação do espaço geográfico.
O professor deve conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para
que a compreensão dos conteúdos e aprendizagem crítica aconteçam. Todo
esse procedimento tem por finalidade de que o ensino de Geografia contribua
para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira
consciente e crítica.
A organização do processo de ensino deve ampliar a capacidade de
análise de espaço geográfico e a formação de conceitos da disciplina. Os
conteúdos serão abordados com ênfase nas dimensões geográficas da
realidade econômica, política, socioambiental, sendo que alguns conteúdos
estruturantes podem se mais enfatizados, devendo haver uma articulação dos
conteúdos estruturantes, básicos e específicos.
A Geografia nos anos finais do ensino fundamental encaminhará o aluno
para que amplie as noções espaciais que desenvolveu nos anos iniciais. Desta
maneira, o professor aprofundará os conceitos básicos que fundamentam a
compreensão e a crítica da organização, destacando que o espaço geográfico é
resultado da integração entre as características físico-natural e humano-social,
analisadas a partir de diferentes níveis e escalas.
As práticas pedagógicas para o ensino de Geografia estarão relacionadas
aos fundamentos teóricos das Diretrizes, utilizando recursos áudio visuais
( filmes, trechos de filmes , programas de reportagem e imagens em geral),
obras de arte e literatura, aula de campo e outras maneiras de abordar o
conteúdo. A cartografia será abordada como um recurso didático ao longo do
processo ensino aprendizagem, devendo estar presente em todos os anos.
Serão também trabalhados , sempre que pertinentes ao conteúdo
desenvolvido, articulados ao currículo, Geografia do Paraná e os desafios sócio-
educacionais: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº
10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação do Campo; Educação Ambiental (Lei
Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal.
123
4. Avaliação:
A avaliação deve se fazer presente no processo de ensino e
aprendizagem, tanto como meio de diagnóstico da aprendizagem, quanto
instrumento de investigação da prática pedagógica, assumindo assim
dimensão formadora, sendo o fim desse processo, a aprendizagem ( Paraná,
2008). A avaliação é um elemento integrador do processo ensino e
aprendizagem, visando identificar avanços e dificuldades, levando-nos a buscar
caminhos para solucioná-los.
O aluno será avaliado à medida que possa desenvolver relações entre o
conhecimento empírico e o conhecimento científico, mostrando habilidades em
ler e interpretar textos, fazendo uso das representações cartográficas,
analisando o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas,
culturais e políticas, comparando, e sintetizando a densidade das relações e
transformações que tornam concreta e vivida a realidade.
Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em
Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações sócio-espaciais para compreensão e intervenção na realidade. A
avaliação dever ser abrangente. Os mecanismos utilizados devem ser variados,
legítimos e devem ter como função principal a verificação dos progressos
conquistados pelos alunos.
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente
ligada à concepção de avaliação contínua e formativa. A avaliação contínua e
formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade
precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de
ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.
Não tem sentido processos avaliativos que apenas constatem o que o
aluno aprendeu ou não aprendeu, acima de tudo os objetos/processos
avaliativos devem contribuir para a formação de sujeitos que se apropriem do
conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e
conflitos (Paraná, 2008).
Para tanto, entre outros instrumentos que possam se tornar pertinentes no
124
decorrer do processo de ensino/ aprendizagem, poderão ser utilizados os
seguintes instrumentos de avaliação:
• Atividade de leitura compreensiva de textos;
• Construção, representação e análise do espaço através de maquetes,
entre outros;
• Pesquisas bibliográficas;
• Interpretação e produção de texto;
• Palestra/ Apresentação oral;
• Relatórios;
• Apresentação e discussão de temas em seminários;
• Debates;
• Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;
• Atividades a partir de recursos audiovisuais;
• Trabalho em grupo;
• Confecção de peças teatrais com a temática geográfica;
• Interpretação de músicas e obras literárias;
• Questões discursivas;
• Questões objetivas;
• Projetos de Pesquisa;
• Confecção de Jogos.
Para que as intervenções possam ocorrer satisfatoriamente e de forma
diferenciadas, propiciando assim, alterações de várias naturezas na rotina
cotidiana da sala de aula, o professor utilizará o instrumento que julgar
apropriado, durante o desenvolvimento do conteúdo em sala, para a
compreensão e melhor desempenho da turma, observando que tais
intervenções serão feitas no decorrer dos bimestres.
Desta forma podemos concluir que a avaliação do processo ensino
aprendizagem pela perspectiva de investigar para intervir, deve ser
desenvolvida através de instrumentos (Paraná, 2008).
Quanto ao processo de recuperação, esta se dará de forma paralela e
tratada de forma contínua e concomitante ao processo de ensino
aprendizagem.
125
5. Referências:
- DIRETRIZES CURRICULARES ORIENTADORAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DO
ESTADO DO PARANÁ: SEED 2008
- PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de
Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção
dos conteúdos de Geografia e cultura Afro-brasileira e africana nos currículos
escolares/ Paraná. Curitiba: SEED- PR, 2005.
- www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
- Urbanização e industrialização no Paraná/ Dennison de Oliveira- Curitiba:
SEED, 2001.
- CAVALCANT, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de
conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia.
CEDES, v. 24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005.
- SANTOS, M. Data totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
HISTÓRIA
1. Apresentação e Justificativa:
Esta breve história tem como objetivo suscitar a respeito dos aspectos
políticos, econômicos, culturais, bem como das relações entre o ensino da
disciplina e a produção do conhecimento histórico.
Na década de 1920, o ensino de História era predominantemente
tradicional. Valorizava-se alguns personagens como sujeitos da História e da
sua atuação em fatos políticos de forma factual e linear, cabiam ao professor
aulas expositivas e ao aluno a memorização a respeito dos conteúdos
ensinados como verdade. Essas práticas remetem ao período imperial.
As produções históricas foram elaboradas sob a influência da escola
metódica e do positivismo. Assim o currículo titular tinha como objetivo
126
contribuir para a legitimação dos valores aristocráticos, no qual o processo
histórico conduzido pelos líderes excluía possibilidade das pessoas comuns
serem entendidas como sujeitos históricos.
Com a República, a disciplina perde espaço e volta a ser valorizada
durante o governo de Vargas, onde a elite contribuiu para legitimidade do
projeto nacionalista, o ensino da História se ocupava em reforçar o caráter
moral e cívico dos conteúdos escolares.
Com a introdução da Escola Nova em 1930 foi legitimada através da Lei
5.692 em 1971 a disciplina de Estudos Sociais. O ensino entrou numa formação
termicista e preparação da mão de obra para o mercado de trabalho. No
segundo grau a disciplina de História foi dividida em OSPB, proliferando cursos
de licenciatura curta em Estudos Sociais. A aproximação entre educação básica
e a superior foi retomada a partir da década de 1980, fundamentada na
pedagogia histórico crítica, por meio do Currículo Básico- 1990, e tinha
pressupostos teóricos, a historiografia social, pautada no materialismo
histórico- dialético, indicando alguns elementos da nova história. Esse currículo
valorizava as ações sujeitas em relação ás estruturas em mudanças que
demarcam o processo histórico das sociedades. Essa forma curricular
demonstrava a dificuldade proposta em romper com a visão eurocêntrica da
História, havendo uma supervalorização dos conteúdos em detrimento dos
temas, sub temas que tinham como orientações ás formações sociais do
processo histórico.
A implementação dessas novas proposta no ensino de História foi limitada
devido à ausência prévia de um processo de formação continuada dos
professores, que desde 1970 ministravam aulas de Estudos Sociais, OSPB e
EMC para uma proposta curricular pautada na pedagogia histórico - crítica dos
conteúdos e sem referencias teórico- metodológicos prévios para os
professores além da pouca ênfase dada pelos governos que se seguiram. A
partir da década de 1980 esse modelo tradicional de ensino da disciplina de
História começa a ser questionado com base em novas teorias história gráficas
principalmente a Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa. A Nova
História, ligada à tradição dos Annales, propunha novas abordagens, novos
problemas e novos objetos. Já a Nova História Cultural buscou aproximar a
127
disciplina com outros campos do saber como a Antropologia, a Sociologia, a
Geografia e até mesmo a Literatura.
Questionando o Materialismo Histórico, a Nova Esquerda Inglesa ampliou a
noção de poder, passando de um poder estatal para micro-poderes
hierarquizados. Pautada nessas novas teorias a disciplina da História começou
a ampliar seu campo de atuação, compreendendo que o conhecimento
histórico possui diferentes formas de explicar o seu jeito de investigação,
constituídas também nas experiências dos sujeitos, permitindo formar uma
consciência histórica crítica e rompendo com as produções ligadas à
linearidade possibilitando uma maior compreensão do fato histórico. Cumpre
destacar que a História é um conhecimento construído e em construção. Isso
significa que a produção da História não resulta do desenvolvimento de um
método que esgote o que há para saber os objetos no passado, mas sim de
sucessivas perguntas que as diferentes gerações fazem ao mesmo, com novos
métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber possível
de novas interpretações.
Vale dizer, que o estudo da História, tanto mo âmbito da ciência, quando
no da educação, sempre é um recorte da imensa quantidade de dados e ideias
disponíveis, não sendo possível estudar toda a História. A História é também, a
expressão de um conhecimento vital, cotidiano e inerente a todos, pelo qual as
pessoas se orientam no tempo, desde a mais simples das atitudes às mais
complexas, pautando-se por uma reflexão sobre si mesma, seus grupos e
outras sociedades. A História como ciência é uma das formas de expressão
dessa atividade, com métodos, fontes e finalidades próprias, mas não única. O
conhecimento histórico escolar é feito da síntese dos saberes científicos com
os saberes cotidianos, orientados da experiência pessoal, familiar, religiosa, da
participação em entidades da sociedade civil, entre outros. O conhecimento
histórico é também fundamental na definição das identidades pessoais e
coletivas, bem como sobre os outros grupos na totalidade temporal. Partindo
desse princípio, o trabalho do professor de História, consiste em favorecer o
respeito à diversidade e ao caráter multicultural das sociedades. O ensino de
História terá como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os
saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. Os
128
conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da constituição
da disciplina e no referencial teórico da investigação da política, econômico-
social, a luz da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural, inserindo
conceitos relativos à consciência histórica.
A História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas no tempo. Nesse contexto podemos conhecer a História da humanidade em tempos e
lugares diferentes, levando em consideração as condições de vida, sua
maneira de pensar, agir e organizar, considerando as heranças recebidas
daqueles que viveram anteriormente, além de se preocupar com os problemas
atuais contribuindo para compreensão do momento que estamos vivendo,
devendo considerar em suas dimensões amplas que envolvem a formação
cultural.
2. Conteúdos:
6º ANO – Os diferentes Sujeitos, Suas Culturas, Suas Histórias – Das origens
do ser humano ao século V – as diferentes trajetórias e Culturas.
Conteúdos Estruturantes :
- Relações de Trabalho, cultura e Poder.
Conteúdos Básicos:
- A experiência humana no tempo;
- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
- As culturas locais e a cultura comum.
Conteúdos Específicos:
- Produção do conhecimento histórico;
- O historiador e a produção do conhecimento histórico;
- Tempo e temporalidade;
- Patrimônio Material e Imaterial;
- Pesquisa e Articulação da História com outras áreas do conhecimento;
- A Humanidade e a História;
129
- De onde viemos, quem somos, como sabemos? Os estudos do homem
brasileiro através da arqueologia. (Lagoa Santa – MG; São Raimundo Nonato –
PI; Sambaquis – PR);
- Desenvolvimento da Humanidade e grandes migrações: Teorias do
surgimento do ser humano na América;
- Mitos e lendas da origem do ser humano; Desconstrução do conceito de
Pré-histórica; Povos ágrafos, memória e história oral;
- Povos indígenas no Brasil e no Paraná;
- As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia: Mesopotâmia, Egito,
Núbia, Hebreus, China, Gregos e Romanos;
- Império Bizantino.
7º ANO: A constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da
Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços.
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de Trabalho, Cultura e Poder.
Conteúdos Básicos:
- As relações de Propriedade;
- A Constituição Histórica do Mundo do Campo e do Mundo da Cidade;
- As Relações entre o Campo e a Cidade;
- Conflitos e Resistências e Produção Cultural Campo/Cidade.
Conteúdos Específicos:
- Formação do Sistema Feudal, a influência religiosa na atribuição de poderes
políticos e na divisão social;
- O homem feudal e os mitos da floresta do mal. A influencia da cultura
religiosa;
- A ocupação do solo em países do oriente médio de cultura islâmica;
- A ocupação do solo em reinos da África e da China e Japão;
- Transição do Feudalismo para o Capitalismo. Surgimento e consolidação dos
Estados Nacionais;
130
- A ocupação territorial resultante das reformas religiosas e do renascimento;
- Os des(encontros) entre América e Europa: Astecas, Maias, Incas, Binômio
Tupi-tapuia;
- A Europa pré-capitalista e a ocupação/exploração do território
latinoamericano;
- A colonização espanhola e a portuguesa na América.
8º ANO: O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de Trabalho, Cultura e Poder.
Conteúdos Básicos:
- História das relações da humanidade com o trabalho;
- O trabalho e a vida em sociedade;
- O trabalho e as contradições da modernidade;
- Os trabalhadores e as conquistas de direito.
Conteúdos Específicos:
- A crise portuguesa do século XVII;
- A época do ouro no Brasil;
- O trabalho e escravidão na África negra;
- O trabalho no período da exploração do ouro no Brasil. (Mão-de-obra
escrava, de subsistência e de integração a dominação portuguesa);
- Revolta contra os impostos sobre o “trabalho”;
- Revoluções Inglesas: uma modificação nas relações religiosas e sociais;
- O processo de cercamentos: a expulsão da mão-de-obra rural e formação
de mão-de-obra obra assalariada na Inglaterra;
- Do artesanato à maquinofatura. Novas relações de trabalho – 1ª Revolução
Industrial;
- As lutas operárias e os sindicatos. (Cartismo, Ludismo);
- O iluminismo e o uso da razão. Questionamentos sobre a origem das
desigualdades sociais;
131
- A colonização da América do Norte: exploração, autonomia e povoamento;
- A revolução francesa e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;
- Organização de poder, dominação, trabalho e cidadania no primeiro reinado
e regências do Brasil;
- Brasil e EUA no século XIX;
- Modernização, imigração, abolição da escravidão e a República.
9º ANO – Relação de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e as
Instituições Sociais. REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO
XX AO ANO XXI – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE.
Conteúdos Estruturantes:
- Relações de Trabalho, Cultura e Poder
Conteúdos Básicos:
- A constituição das Instituições Sociais;
- A formação do Estado;
- Sujeitos, Guerras e Revoluções.
Conteúdos Específicos:
- 2ª Revolução Industrial e o neocolonialismo;
- O Imperialismo;
- 1ª Guerra Mundial e a Revolução Russa;
- A república no Brasil;
- O Repensar da Nacionalidade – A Semana de 1922, Economia, Organização
Social e Político-administrativo, Manifestações Culturais, Coluna Prestes;
- Ascensão dos Regimes Totalitários na Europa e Segunda Guerra Mundial;
- Crise de 1929 e surgimento do Welfare State;
- As Era Vargas e JK;
- Movimentos Populares na América Latina (Populismo);
- Regimes militares: Brasil e América Latina;
- A Economia como Transformação do Espaço Paranaense: Relação campo-
132
cidade;
- Construção do Paraná Moderno;
- Movimentos Sociais no Campo e na Cidade;
- A guerra Fria e o Socialismo real;
- Independências na África e Ásia, conflitos no Oriente Médio;
- A nova ordem mundial, a redemocratização;
- Das diretas já no Brasil no século XXI.
3. Metodologia:
A proposta metodológica é o trabalho temático onde os conteúdos
(básicos e específicos) possibilitam a discussão sobre os temas previamente
propostos. O encaminhamento que utiliza conteúdos estruturantes, básicos e
específicos contribui para a formação do pensamento e o entendimento da
história enquanto processos históricos permeados de relações e inter-relações
sociais, econômicas de todas as sociedades.
Ao utilizar a pesquisa e a investigação os conhecimentos históricos se
articulam e os alunos passam efetivamente a construir seu conhecimento
sobre a disciplina. Logo, para que isso ocorra diversas fontes devem ser
utilizadas entre elas: livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória,
jornais, fotografias, excertos de historiografia etc.
Nesse sentido, o trabalho pedagógico com os conteúdos históricos deve
ser fundamentado em uma historiografia ampla e diversificada para que o
aluno tenha a compreensão de que não existe sujeito neutro e que não existe
uma única verdade histórica, todavia as verdades são produzidas a partir de
um contexto e de acordo com as fontes analisadas.
Consequentemente, entre os encaminhamentos metodológicos adotados
para 6º a 9º anos estão aqueles que permitirão: investigar o pensamento
histórico a prioridade que cada aluno possui antes de iniciar a nova temática;
verificar como e por que a escrita histórica possui versões diferenciadas no
tempo e no espaço de cada cultura estudada; desenvolver a escrita da história
através da produção de conhecimento histórico, por meio do livro didático, de
imagens, vídeos e textos midiáticos, trabalhos em grupos para a resolução de
133
exercícios e subjetivos (inclusive por meio da oralidade), apresentação de
teatros, elaboração de cartazes, varal, assim como utilização do quadro e giz.
Assim, tanto o historiador quanto o pesquisador e professor de história
precisam conhecer mecanismos históricos, contextos, etnias, culturas para
fazer um trabalho mais aprofundado. Também, de acordo com essa proposta,
serão trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-educacionais,
sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em História serão
trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº13.381/01); História e
Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº
11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental (Lei
Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.
4. Avaliação:
A avaliação realizada é aquela que considera os conhecimentos prévios e
não considera o aluno somente como elemento externo ao processo.
Existem várias possibilidades de avaliação, entre elas estão as que
possibilitam a apreensão do conceitos históricos dos estudantes em relação ao
tema abordado; permitam desenvolver a capacidade de síntese e redação de
uma narrativa histórica; permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de
ideias e conceitos históricos; revelem se o educando se apropriou da leitura de
documentos com linguagens contemporâneas, com: cinema, fotografia, história
em quadrinhos, musicas e televisão, relativas ao conhecimento histórico.
Na avaliação o aluno deverá compreender e saber fazer a leitura,
interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas, e documentos
históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre
outras.
Pretende-se uma avaliação diagnóstica, processual, paralela, ou seja, a
qualquer momento o professor pode voltar e rever conteúdos que porventura
não tenha sido assimilados pelos alunos, pois, ao final do trabalho, os alunos
134
devem ter condições de identificar processos históricos, reconhecer
criticamente as relações de poder neles existentes, bem como intervir no
mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da própria
história.
5- Referências:
- Alfredo Boulos Junior – História – 6º ao 9º ano
- Textos – Claudino e Nelson Piletti
- Folha de Londrina
- Revista Mundo Jovem
- Revista da História
- PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de 1º grau. Currículo básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
− Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica.Paraná – 2008.
L.E.M. - INGLÊS
1. Apresentação e Justificativa:
Desde o início da colonização houve a preocupação de se
promover educação e aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e
ensinar o Latim. Com a chegada da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de
Inglês e Francês com objetivo de melhorar a instrução pública e de atender
também às necessidades de escolarização dos filhos dos imigrantes europeus,
que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo e mantendo escolas
para seus filhos.
Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês
teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado
nas transações comerciais, e também pela dependência econômica e cultural
com os Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial.
135
O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,
oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver
o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua
Estrangeira e seu uso pelos alunos permitem aos mesmos perceberem-se como
parte integrante das sociedades contemporâneas, que não podem sobreviver
isolados. É fundamental que se relacionem, atravessem fronteiras geopolíticas
e culturais, participem ativamente desse mundo em que vivem fazendo uso da
língua que estão aprendendo em situações significativas.
O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira
seja para o aluno mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua
cidadania, colaborando no aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor
e agente transformador da sociedade.
O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e
compreendam a diversidade linguística e cultural existente no mundo, sendo
percebido como um instrumento de comunicação e de interação social,
permitindo que os mesmos possam perceber as possibilidades de construção
de significados em relação ao mundo em que vivem.
No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão,
fato que se deve principalmente a modernização e informatização (internet), o
que tem despertado um interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada
dia fica constatado que está “mais” urgente saber inglês.
São muitas as atividades que contribuem para o
desenvolvimento da prática dos grandes eixos da língua inglesa: leitura,
oralidade e escrita através de jornais, livros, revistas, mercados, shoppings,
etc.
É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja
articulado com as demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.
Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira
também tem o importante papel de formar cidadãos críticos, contribuindo
assim para a construção de mundos sociais, sendo que o objeto de estudo é a
língua.
2. Conteúdos:
136
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de
TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,
lista de compras, avisos, música.
LEITURA ESCRITA ORALIDADEIdentificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Pronúncia.
137
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,
diário, cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Intertextualidade;
Condições de
produção;
Informatividade;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Pronúncia.
138
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio
publicitário, outdoor, blog, e-mail, música, etc.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Intertextualidade;
Condições de
produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
139
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral e o
escrito;
Adequação da fala do
contexto;
Pronúncia.
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,
charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, Blog, e-mail, anúncio,
filmes, slogan, etc.
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
140
no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e
indireto;
Emprego do sentido
denotativo e conotativo
no texto;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
texto;
Intertextualidade;
Condições de
produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Discurso direto e
indireto;
Léxico, coesão e
coerência;
Emprego do sentido
denotativo e conotativo
no texto;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral e o
escrito;
Adequação da fala do
contexto;
Pronúncia.
3. Metodologia:
141
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da
disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através
das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o
discurso.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou
não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos.
Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão
questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que
ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como
construir significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do
aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem
permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que
cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de
textos de diferentes gêneros discursivos.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os
recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em
si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno
será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e
por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao
texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda
que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em
conta:
· Gênero – explorar o gênero escolhido;
· Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando
e por que (contexto de produção e circulação);
· Variedade Linguística – formal ou informal;
· Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se
sentidos;
· Atividades de pesquisa, discussão e produção.
142
Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento
discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem
os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite
desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades lingüísticas
conforme as situações de comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar
para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar
para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno
(escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu
discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos
diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas
não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção
discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas
de comunicação.
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos os seus
conteúdos ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa
e discussão.
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios
Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo, sempre que
pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Inglês serão trabalhados conteúdos
de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei
nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99);
Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente; Direitos das
Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o
conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará
com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o conteúdo
estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser
retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,
posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que
se expressem ou construam sentidos aos textos.
143
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de
Inglês/Português/Inglês encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV
multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para
leitura e para recorte, CD e CD-room, livro didático, caça-palavras, palavras
cruzadas e outros, atividades extras em folhas e apresentação dos conteúdos
com auxílio de cartazes, cartões, gravuras, jogos e atividades lúdicas.
4. Avaliação:
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº
9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de
Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED.
Logo, será formativa, diagnóstica e processual.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-
discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento
diante do que está sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua
Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da
variedade linguística para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem
para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno
conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve
planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da
variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante
considerar o erro como efeito da própria prática.
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,
alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados anotados em Livro Registro de Classe.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
144
Critérios de avaliação:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
É importante que:
Identifique o tema;
Realize leitura
compreensiva do texto;
Localize informações
explícitas e implícitas
no texto;
Posicione-se
argumentativamente;
Amplie seu horizonte de
expectativas;
Perceba o ambiente em
que circula o gênero;
Amplie seu léxico;
Identifique a idéia
principal do texto.
Analise as intenções do
autor;
Deduza dos sentidos de
palavras e/ou
expressões a partir do
contexto;
Compreenda as
diferenças decorridas
do uso de palavras e/
ou expressões no
sentido conotativo e
denotativo.
Espera-se que o aluno:
Expresse as ideias com
clareza;
Elabore/reelabore
textos de acordo com o
encaminhamento do
professor, atendendo:
às situações de
produção propostas
(gênero, interlocutor,
finalidade...), à
continuidade temática;
Diferencie o contexto
de uso da linguagem
formal e informal: use
recursos textuais como
coesão e coerência,
informatividade, etc;
Utilize
adequadamente
recursos linguísticos
como pontuação, uso e
função do artigo,
pronome, numeral,
substantivo, adjetivo,
advérbio, etc.
Empregue palavras e/
ou expressões no
sentido conotativo e
Espera-se que o aluno:
Utilize do discurso de
acordo com a situação
de produção (formal/
informal);
Apresente suas ideias
com clareza,
coerência,mesmo que
na língua materna;
Compreenda os
argumentos no
discurso do outro;
Exponha seus
argumentos;
Organize a sequência
de sua fala;
Respeite os turnos de
fala;
Analise os argumentos
apresentados pelos
colegas de classe em
suas apresentações
e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
Participe ativamente
dos diálogos, relatos,
discussões, quando
necessário em língua
materna.
145
denotativo, bem como
de expressões que
indicam ironia e
humor, em
conformidade com o
gênero proposto.
Utilize
conscientemente
expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação
nas exposições orais,
entre outros elementos
extralinguísticos;
Analise recursos da
oralidade em cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis,
entrevistas,
reportagem, entre
outros.Instrumentos de Avaliação:
Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e
dificuldades dos alunos serão:
- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação
verbal;
- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;
- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de
aula e em casa.
- Avaliação escrita.
- Interação dos alunos com o material didático.
- Exercícios orais.
- Pesquisas.
No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na
recuperação de conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao
aluno de menor rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela
sua aprendizagem e melhorar suas condições de acesso e permanência na escola,
além de oferecer um ensino de melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela,
parte integrante da ação educativa, se desenvolverá considerando a capacidade
individual do aluno, o seu desempenho e sua participação no processo de
146
aquisição/construção do conhecimento, retomando os conteúdos não atingidos,
aplicando recursos diversos, aliados à sua criatividade, de modo a alcançar os
resultados esperados ( atividades como pesquisas, listagem de exercícios, aulas
expositivas, atendimento individual, entre outras), e selecionando previamente os
conteúdos, fazendo uma triagem dos conteúdos relevantes e significativos para a
etapa da aprendizagem a que se refere.
5. Referências:
AMOS, E; PRESCHER, E. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna, 2001.
AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.
MARQUES, A.; SANTOS, D. Links: English for teens. São Paulo: Ática, 2009.
MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002.
MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.
SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
VIEIRA, M. R.; AMORIM, C. Expedition. São Paulo: FTD, 2004.
147
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Apresentação e Justificativa:
O estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do
ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção sociointeracionista, a
qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais.
Nesse sentido, a escola está sendo entendida como um espaço onde se
produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação intelectual,
cognitiva e política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que favoreçam o
respeito aos diferentes falares e aos saberes próprios da cultura do educando,
preparando-o para produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequado às
exigências dos diversos contextos sociais.
O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está
fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a
linguagem como interação.
VYGOTSKY (1989) dedicou- se a estudos sobre a origem cultural das
funções superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a partir
da interação social e da relação linguagem- pensamento. Por isso, propõe que
se estudem as mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo o
indivíduo num determinado contexto cultural, a partir da interação com os
membros de seu grupo e de suas práticas sociais.
Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos
apreendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o
outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício
efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a
partir de temáticas do cotidiano, com ênfase na polifonia, dialogismo e
polissemia. O primeiro constitui as diversas vozes do discurso oral e escrito; o
segundo consiste na interação do “eu” com o “outro”; por último, a polissemia,
que compreende os diferentes significados da palavra, de acordo com o
contexto e com a vivência sociocultural de cada sujeito.
As ideias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de que a
148
prática pedagógica deve se dar numa relação dialógica, entre os sujeitos
envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Para FREIRE, a relação
pedagógica consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos
mediatizados pelo mundo.
As propostas teóricas dos autores citados valorizam o
processo interativo como espaço de construção dos sentidos do texto,
confrontando situações a partir do contexto histórico, político, filosófico, social,
entre outros.
A proposta pedagógica da disciplina Língua Portuguesa tem por
objetivo possibilitar ao aluno apropriação de saberes constituídos e legitimados
socialmente, a partir do desenvolvimento de suas potencialidades e suas
capacidades cognitivas, afetivas e sociais, sendo que o objeto de estudo é o
discurso. Nessa concepção, o aluno torna- se sujeito de sua aprendizagem, e o
professor deixa de ser apenas um transmissor de saberes e assume-se como
um mediador na construção do conhecimento.
Enfim, a língua deve ser trabalhada como o resultado de um
coletivo histórico, perpassando todas as áreas do agir humano, possibilitando
uma perspectiva interdisciplinar , visando à formação de um ser humano
expressivo, criativo, competente, crítico e transformador.
2. Conteúdos:
2.1. Conteúdos Estruturantes – 6º ao 9º Ano: DISCURSO COMO
PRÁTICA SOCIAL
2.2. Conteúdos Básicos:
6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
149
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Argumentos do texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto , pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras
de linguagem.
ESCRITA:
- Contexto de produção;
150
- Interlocutor;
- Finalidade no texto;
- Informatividade;
- Argumentatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Divisão do texto em parágrafos;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficas ( como aspas, travessão,negrito), figuras de
linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal e nominal;
ORALIDADE:
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição,recursos semânticos.
7º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
151
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Informações explícitas e implícitas;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Repetição proposital de palavras;
- Léxico;
- Ambiguidade;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no
texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras
152
de linguagem.
ESCRITA:
- Contexto de produção;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito0 , figuras
de linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal;
ORALIDADE:
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição;
- Semântica.
8º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
153
provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,
exposição oral,trava-línguas,
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);
154
- Semântica;
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Concordância verbal e nominal;
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto;
ORALIDADE:
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
155
-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual ,
pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas( lexicais, semânticas,prosódicas, entre outras);
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;
- Elementos semânticos;
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,gírias,repetições, etc);
- Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,
exposição oral,trava-línguas,
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, fotoblog,
156
telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Discurso ideológico presente no texto;
- Vozes sociais presente no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas , travessão, negrito;
- Semântica :
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:
- conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas;
- Progressão referencial no texto;
157
- Marcas linguística:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência;
- Processo de formação de palavras;
- Vícios de linguagem;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia;
ORALIDADE:
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,corporal e
gestual,pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero ;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas( lexicais,semânticas,prosódicas entre outras);
- Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
- Semântica;
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3. Metodologia:
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações
pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,
reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática,
na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do saber. Nesse
158
sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre
a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros
discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de
linguagem, ou seja, leitura, análise linguística e produção textual,pois para
Bakhtin
O emprego da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e
escritos) concretos e únicos proferidos pelos integrantes desse ou
daquele campo da atividade humana. Esses enunciados refletem
as condições específicas e as finalidades de cada referido campo
não só por seu conteúdo (temático) (sic) e pelo estilo da
linguagem, ou seja, pela seleção dos recursos lexicais,
fraseológicos e gramaticais da língua mas, acima de tudo, por sua
construção composicional. Todos esses três elementos – o
conteúdo temático, o estilo, a construção composicional – estão
indissoluvelmente ligados no todo do enunciado e são igualmente
determinados pela especificidade de um determinado campo da
comunicação. Evidentemente, cada enunciado particular é
individual, mas cada campo de utilização da língua elabora seus
tipos relativamente estáveis de enunciados, o quais
denominamos gêneros do discurso. (BAKHTIN, 2003, 262)
Isso significa que cada texto tem uma especificidade, um objetivo, um
tipo de linguagem e se adequa às situações específicas. Por isso, a prática de
leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma verbal ou
não verbal, incluindo aqui o texto literário e o texto não literário, com vistas a
oferecer ao aluno a maior variedade possível de discursos e linguagens.
A linguagem literária constrói textos como o romance, o conto, a crônica,
a poesia, a peça teatral e a novela. Já os textos não literários compreendem as
charges, outdoors, filmes, desenhos, receitas culinárias, resenhas críticas,
artigos de opinião, notícias, propagandas e outros.
Há que se entender que há diferentes níveis de leitura, desde o mais
superficial até o mais profundo, e constituem-se num meio para identificar, nos
diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as
informações explícitas, subentender as implícitas, fazer inferências,
159
estabelecer ligações entre o conhecimento do educando e o texto, bem como
estabelecer relações intertextuais.
Assim sendo, os gêneros textuais apresentados pelo professor precisam
contemplar as possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades
propostas, tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição
assumida pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico,
entre outros, com destaque para as variedades linguísticas, os mecanismos
gramaticais e os lexicais na construção do texto e do sentido. Nesse contexto,
salienta-se a importância de apreender os dados sobre o autor (biografia), a
fonte referencial (data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem se
destina o texto.
Os elementos gramaticais e lexicais não são estudados de forma
descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem,
memorização de inúmeras terminologias que, isoladas não fazem o menor
sentido. Eles devem ser analisados como produtores de significado em
determinada situação comunicativa, dependendo de seu contexto, uma vez
que a língua é resultado da interação humana.
Dessa forma, o aluno deve perceber a adequação dos diferentes
discursos aos diferentes momentos de comunicação, deve desenvolver a
perspicácia para perceber as sutilezas ideológicas dos textos e as relações de
poder - próprias da sociedade capitalista - que neles perpassam para não
serem reféns do próprio texto.
Esse processo de aprendizado desenvolvido pelo professor de Língua
Portuguesa cumpre com um dos papéis de toda e qualquer escola que deseja
mobilizar o educando, seguindo o percurso do senso comum para o senso
crítico, com vistas a conhecer a cultura de um povo, do seu país,
reconhecendo-se como um produtor de cultura.
No caso específico do texto literário é importante que o professor
disponha de um suporte teórico-metodológico, resultante dos estudos mais
críticos sobre a literatura, os quais a concebem como um produto social e por
isso, vivo e dinâmico e como tal deve ser tratado. A obra literária é um bem
cultural, é viva, autônoma e, embora, seja marcada pela data de publicação e
fruto de um momento histórico específico e, por isso, representante de uma
160
escola literária, deve ser atualizada e aproximada do leitor.
O texto literário de qualidade não envelhece, sempre pode ser
atualizado e sempre significa e ressignifica, independente da época e do lugar
de sua leitura. Este é mesmo o diferencial entre um texto artístico e um texto
utilitário.
Esse suporte teórico-metodológico, fruto de uma vertente crítica pode ser
encontrado nos estudos de Hans Robert Jauss que tratou da teoria da Estética
da Recepção, a qual Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira Aguiar desenvolveu
como Método Recepcional no livro A formação do leitor: Alternativas
metodológicas(1993).
Outra teoria importante que segue essa linha, mas com algumas
variantes é a desenvolvida por Rildo Cosson, no livro Letramento Literário:
teoria e prática, publicado em 2006. Nele, o autor apresenta dois métodos que
podem ser aplicados no Ensino Fundamental e Médio. Trata-se da “Seqüência
básica” e da “Seqüência Expandida”.
Nesses métodos, a literatura também é vista como produto social e
também leva em conta o momento de recepção da obra pelo leitor. Assim,
tanto no Método Recepcional como nos métodos de Cosson o leitor tem espaço
privilegiado, é visto como um sujeito ativo, com bagagem cultural e capaz de
preencher os “vazios” – termo utilizado por JAUSS (1994) do texto e dar sentido
a ele. Essa postura de entender o leitor como sujeito ativo vai ao encontro da
Pedagogia libertadora de Paulo Freire, da pedagogia histórico-crítica de
Dermeval Saviani e dos estudos de linguagem propostos por Bakhtin.
O Método Recepcional é dividido em cinco etapas e seu início se dá a
partir de textos mais próximos da realidade do aluno para chegar aos textos
mais “complexos” para usar um termo de Bakhtin, os chamados textos
literários de qualidade, que não precisam ser somente os canônicos,
considerados clássicos, desde que tenham literariedade. Dessa forma as
etapas são: 1)Determinação do horizonte de Expectativas; 2)Atendimento do
horizonte de expectativas, 3)Ruptura do horizonte de expectativas;
4)Questionamento do horizonte de expectativas, 5)Ampliação do horizonte de
expectativas.
o texto não pode fornecer uma imagem totalmente acabada do
161
universo temático, pois, se o fizer, barra o ingresso do leitor em si
mesmo ou tiraniza de tal modo o seu receptor que não lhe deixa
lugar para a interpretação. Deve predispô-lo, pois, a modificar seu
horizonte, trabalhando os temas contestadores com alto teor de
verossimilhança e coerência. (BORDINI , AGUIAR, 1993, p. 87)
Assim, o aluno é levado a avançar gradualmente, porque começa lendo
textos mais acessíveis e o professor, aos poucos, vai rompendo com os limites
do texto “fácil” e ampliando os horizontes na medida em que coloca o aluno
em contato com textos mais elaborados – com a obra literária de qualidade.
Já os métodos de Rildo Cosson se diferenciam em alguns momentos do
Método Recepcional, pois o texto mais elaborado – a obra literária – não é a
última etapa do método, ela faz parte de todo o percurso. Isso significa que
durante a leitura da obra, o professor vai articulando outras leituras no sentido
de sinalizar caminhos na construção de sentido. Cosson parte do pressuposto
de que
O ensino da literatura deve ter como centro a experiência do
literário. Nessa perspectiva, é tão importante a leitura do texto
literário quanto as respostas que construímos para ela. As práticas
de sala de aula precisam contemplar o processo de letramento
literário e não apenas a mera leitura das obras. A literatura é uma
prática e um discurso, cujo funcionamento deve ser compreendido
criticamente pelo aluno. Cabe ao professor fortalecer essa
disposição crítica, levando seus alunos a ultrapassar o simples
consumo de textos literários. (COSSON, 2006, p. 47)
Dentro das temáticas a serem desenvolvidas, não podem ser esquecidos
os Desafios Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo,
sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Língua Portuguesa
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08);
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.
162
Esses assuntos devem ser tratados no cotidiano da sala de aula, na
forma de leitura de textos que abordem essas temáticas e que possibilitem a
discussão, o debate, o confronto de opiniões, e, finalmente, o conhecimento
acerca de assuntos até então muito pouco discutidos em sala de aula. Levar os
referidos temas para as aulas de Língua Portuguesa é uma forma de trabalhar
a linguagem de acordo com a proposta bakhtiniana – “a língua como interação
social” – formando pessoas mais esclarecidas sobre a sua formação étnica,
social e histórica e mais tolerantes em relação ao outro, combatendo, por meio
da educação todas as formas de preconceito, sejam eles racial, étnico, sexual e
social.
A disciplina de Língua Portuguesa trabalhada de acordo com essa
proposta pedagógica pode contribuir no processo de formação de cidadãos, de
pessoas capazes de interpretar a sua vida, a sua história, a cultura de seu povo
e de seu país para assim “escrever” e organizar a sua história, configurando-se
um homem emancipado, liberto, capaz de transformar a sua vida e a da
sociedade da qual faz parte.
4. Avaliação:
A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do
nível de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem:
leitura, oralidade, escrita, análise linguística e literária, em uma proposta
reflexiva e contextualizada – a língua como forma de interação.
O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e
com os encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser
dialética, ou seja, o educando confronta-se com o objeto do conhecimento,
com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no
processo ensino-aprendizagem indica a necessidade de retomada ou a
modificação na metodologia de ensino.
O respeito à aprendizagem e ao tempo do aluno se estende também à
avaliação, já que esta também é uma etapa da aprendizagem. É preciso que a
avaliação seja qualitativa, formativa e não quantitativa como quer o sistema
capitalista vigente e toda a tradição da escola, desde os jesuítas até os nossos
163
dias. A avaliação formativa
considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,
aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica
aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca
do ponto em que se encontram e contribui com a busca de
estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das
aulas. (Apud PARANÁ, 2008)
O modelo avaliativo tradicional não leva em conta a trajetória do aluno, o
seu ritmo, sua cultura e sua história particular. Os mesmos desafios são
lançados a pessoas com histórias diferentes. Já avaliação na perspectiva
crítica, formativa, considera o ponto de partida do aluno, a sua trajetória e a
sua evolução, respeitando o educando como um sujeito, dono de uma história,
dono de experiências de vida e, geralmente, excluído da sociedade por não ser
detentor da cultura letrada, por pertencer às camadas populares e outras
situações que corroboram para a sua exclusão e alienação.
Esses são motivos suficientes para o professor lançar mão de várias
estratégias de avaliação – não opressoras, considerando as diversidades e as
diferentes aptidões.
Cabe ao professor, ciente da função social da escola, usar o bom senso e
avaliar o educando de modo coerente, respeitando o tempo de cada aluno, a
cultura que ele traz consigo, fazendo da avaliação um instrumento pedagógico
útil para aprimorar os estudos e não fazer dela mais uma forma de exclusão,
instrumento de poder, que, normalmente serve para afugentar os alunos das
instituições escolares.
Há uma infinidade de maneiras de se avaliar um aluno. A simples
participação durante as aulas pode ser avaliada. Seminários, apresentação oral
de pesquisas; interpretação oral ou escrita de texto verbal ou não verbal,
produção textual escrita, leitura oral e outras. É importante ficar claro que os
alunos apresentarão resultados diferentes porque são pessoas diferentes, com
tempos diferentes, por isso, a relevância de considerar a evolução de cada
aluno. Deve ser verificado “de onde ele partiu” até “onde ele chegou” e avaliar
164
se houve crescimento significativo no que se refere às práticas de leitura,
escrita, oralidade e análise linguística e literária.
Alguns critérios devem ser considerados, onde espera-se que o aluno:
• Empregue a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-
la a cada contexto e interlocutor, bem como descubra as intenções que
estão “por trás” dos discursos do cotidiano, posicionando- se diante dos
mesmos;
• desenvolva as habilidades de uso da língua escrita em situações
discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-se os
interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e
suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
• Refllita sobre os textos que lê, escreve, fala ou ouve, intuindo, de forma
contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim
como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso
ou texto;
• Analise, interprete e relacione as informações recebidas;
• Domine a língua materna;
• Opine sobre fatos e ideias e assuma posições críticas;
• Expresse o seu saber, como ouvinte ativo das falas, de forma a
desencadear a construção ( ou reconstrução) do conhecimento a ser
desenvolvido ao longo tempo;
• Interprete os fatos do mundo, expressos através de acontecimentos,
atitudes e manifestações formais de comunicação, e expresse juízos
através de distintos meios e formas de comunicação;
• Aplique a descoberta do processo de formulação de meios de expressão,
seu reconhecimento e sua relação com a expressão da cultura de uma
sociedade ou de seus segmentos;
• Conscientize-se sobre o ato de comunicação, seu valor social-individual,
instrumento de auto- expressão e suas diversas formas;
• Perceba que a linguagem é parte integrante de sua vida dentro e,
sobretudo fora da escola, que é instrumento indispensável, tanto para a
aquisição de conhecimentos em quaisquer áreas do saber, como
165
participação dos indivíduos nas mais diversas situações sociais de
interlocução;
Interprete fatos em sequência lógico-temporal, bem como de aufira
juízos interdisciplinares sobre fatos;
Contextualize os fatos aprendidos nos textos, trazendo-os
posteriormente à nossa realidade;
Conheça e reflita sobre fatos importantes que marcaram a nossa
história;
Aprimore a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre
entonação e ênfase;
Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de
comunicação e argumentação orais;
Explore a construção da narrativa (verbal e não-verbal);
Incorpore novas palavras a seu vocabulário;
Desenvolva estratégias de leitura: índices de previsibilidade,
explicação do conteúdo implícito, levantamento de hipótese e relações
de causa e consequência, de temporalidade e especialidade,
transferência, síntese, generalização, tradução de símbolos, relações
entre forma e conteúdo.
A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos, de forma
concomitante, paralela ao processo ensino e aprendizagem, sempre que o
aproveitamento for insuficiente, não atingindo os objetivos propostos. Os
conteúdos não assimilados serão retomados, revistos, por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, e entre a nota da avaliação e a da recuperação , prevalecerá sempre
a maior .
5. Referências:
BAKHTIN, M. (Voloshinov) Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,
166
1992.
_________, (InVOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986.
__________, Os Gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. (Trad. De Paulo Bezerra) 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003
BORDINI, M.da G.; AGUIAR, V. T. de. A formação do leitor: Alternativas metodológicas. 2º ed. Porto Alegre: 1993)
CANDIDO, Antonio. O Direito à Literatura. In: __________ Vários Escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995, p. 235-263.
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006.
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VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
167
1989.
ZILBERMAM, Regina. A leitura e o Ensino da Literatura. São Paulo: Contexto, 1991.
MATEMÁTICA
1. Apresentação e Justificativa:
A matemática se desenvolveu ao longo da história da humanidade e está
em constante evolução e se aperfeiçoando ao longo dos tempos. Estando
ciente que a Matemática estudada e ensinada hoje é produto das ideias e
contribuições construídas historicamente, é sempre possível rediscutir
conceitos, modificar pontos de vista sobre assuntos conhecidos e propor
outros, apresentando-se assim como uma ciência viva, como afirma
D’AMBRÓSIO:
“ Para situar a matemática como uma manifestação cultural de
todos os povos em todos os tempos, como a linguagem, os
costumes, os valores, as crenças e os hábitos, e como tal
diversificada nas suas origens e na sua evolução”.
As relações que surgem entre professor - matemática - aluno, dentro da
realidade em que estão inseridos, é que fundamenta a educação matemática
da escola e desenvolve uma concepção de matemática que permite a todos, o
acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos, como uma condição
necessária para participarem e interferirem na sociedade em que vivem.
O objeto de estudo, ainda em construção, está centrado na prática
pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático, envolvendo o estudo de processos que investigam
como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática
“concebida como um conjunto de resultados e métodos, procedimentos,
algoritmos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).
O conhecimento matemático não pode ser tratado como um conjunto de
168
fatos e definições isoladas e conclusivas. Sempre haverá outras descobertas e
conexões entre os vários conhecimentos que são fundamentais para que os
alunos possam compreender a evolução da matemática até sua presença nos
dias de hoje. Dessa forma ao concluir seus estudos matemáticos, a
expectativa é que o aluno seja capaz de reconhecer os conhecimentos
matemáticos como ferramenta que estimule a curiosidade, a investigação e
meios para compreender e utilizá-los em situações problemas e na
transformação de sua realidade. Também é preciso estimular o aluno, para que,
através do conhecimento matemático, construa valores e atitudes de
naturezas diversas, visando a formação integral do mesmo, além de interpretar
situações problemas, discutindo meios de resolução e verificação de diferentes
possibilidades de solução que resultem em argumentações a favor ou
contrárias aos resultados apresentados, fazendo-o sentir-se seguro da própria
capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-
estima e a perseverança na busca de soluções.
A proposta pedagógica de Matemática da Escola Estadual do Campo
Lourenço Ormenezze, referente à Educação do Campo, respeitadas as
diferenças e o direito à igualdade e cumprindo imediata e plenamente o
estabelecido nos artigos 23, 26 e 28 da Lei 9.394, de 1996, contemplará a
diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos,
econômicos, de gênero, geração e etnia.
Entendendo o campo como lugar de um modo de vida, de produção
econômica e de organização política, a Matemática deverá ser abordada
observando os eixos temáticos: Trabalho: divisão social e territorial; Cultura e
Identidade; Interdependência campo-cidade, questão agrária e
desenvolvimento sustentável; e Organização política, movimentos sociais e
cidadania, que constituem-se como problemáticas centrais a serem focalizadas
nos conteúdos escolares. Portanto, os temas a serem trabalhados devem ser
ligados ao mundo do trabalho, ao desenvolvimento do campo, respeitando-se
os conteúdos gerais de Matemática, comuns a todas as escolas, e os conteúdos
específicos, de acordo com as características regionais, locais, econômicas e
culturais da comunidade onde a escola está inserida.
Por fim, é fundamental desenvolver metodologias que facilitem e
169
estimulem o ensino da matemática, tornando-o agradável e aplicável ao
cotidiano do aluno e possibilite associar as tecnologias aos conhecimentos
científicos matemáticos e sua evolução histórica até os dias de hoje.
2. Conteúdos:
6º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
170
7º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º
grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de Temperaturas;
• Medidas de Ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
Geometrias Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e Mediana;
• Juros Simples.
8º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do 1º
grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
171
• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Gráficos e Informação;
• População e Amostra.
9º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2o grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Relações Métricas no Triângulo
Retângulo;
• Trigonometria no Triângulo
Retângulo.
FUNÇÕES
• Noção Intuitiva de Função Afim;
Noção Intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
Geometrias Não-Euclidianas.
172
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Noções de Análise Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
Juros Compostos.
3. Metodologia:
Tendo como objetivo possibilitar ao aluno a apropriação do conhecimento
produzido pela humanidade, a educação matemática vê a necessidade de
reflexão sobre a concepção matemática que acompanha o professor e assim
abrir um espaço onde sejam considerados tanto o aspecto cognitivo do
discurso matemático como a relevância social do ensino da matemática. Assim
é necessário que o processo pedagógico em matemática seja revisitado,
quantas vezes forem necessárias. Vejamos como se apresenta em BICUDO,
1999:
“As atuais propostas pedagógicas, ao invés de transferência de
conteúdos prontos, acentuam a interação do aluno com o objeto de
estudo, a pesquisa, a construção dos conhecimentos para o acesso ao
saber. As aulas são consideradas como situações de aprendizagem, de
mediação; nestas são valorizados o trabalho dos alunos (pessoal e
coletivo) na apropriação do conhecimento e a orientação do professor
para o acesso ao saber.” ”(Micotti in Bicudo,1999).
Tendo esta Proposta Pedagógica Curricular (PPC) como base as Diretrizes
Curriculares, é muito importante que haja a articulação entre as tendências
metodológicas apresentadas com os conteúdos matemáticos para a realização
de um trabalho de ensinar e aprender eficaz.
A efetivação desta proposta requer um professor interessado em
desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática
para tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua
formação. Interessa-lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as
ideias centrais que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar
meios para superar desafios pedagógicos.
Para tanto é necessário o professor trabalhar a matemática como uma
173
construção que está sempre se renovando e que o aluno – professor –
matemática faz parte desse movimento constante de ensino e aprendizagem,
sendo fundamental a revisão dos conteúdos e a forma de transmissão-
assimilação destes. Pode-se – se verificar isto em (PARANÁ 2008):
“Pela educação matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos
estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e
formulação de idéias. [...] para que, a partir dela, o homem amplie seu
conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da
sociedade” (PARANÁ 2008).
Nesta perspectiva o professor é um pesquisador e passa a se preocupar
com as questões de ensino e aprendizagem, buscando fundamentação não
somente nas teorias matemáticas, mas também em estudos psicológicos,
filosóficos e sociológicos.
Entre o mundo globalizado e a real condição de vida do aluno, está a
escola . Nesse contexto a matemática deve se apresentar como um elo entre o
real e o globalizado sendo um importante instrumento na formação e
apreensão dos conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo a sua volta. Este vínculo entre a matemática, escola e a
realidade do aluno, apresenta-se da seguinte forma :
“A iniciação de um conceito matemático deve ser iniciada através
de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de
que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse
saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimento
matemático já organizado”. (PARANÁ 1990).
O saber escolar se apresenta nos conteúdos das disciplinas. Assim a
aprendizagem matemática se organiza na constante construção do currículo, a
partir dos conteúdos chamados estruturantes que são considerados de grande
amplitude sendo estes NÚMERO E ÁLGEBRA, GRANDEZAS E MEDIDAS,
GEOMETRIAS E TRATAMENTODA INFORMAÇÃO. A partir dos conteúdos
estruturantes organizam-se os conteúdos básicos que são considerados
assuntos mais permanentes distribuídos por série. Assim as articulações
desses conteúdos fundamentados às teorias metodológicas fazem parte da
proposta pedagógica curricular (PPC) da escola. Posteriormente o professor
174
elabora seu plano de trabalho docente onde constarão os conteúdos
específicos a serem trabalhados por turmas e nos bimestres que serão
abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática
que fundamenta a prática docente, que são: resolução de problemas;
modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática;
história da matemática; investigações matemáticas.
Como o processo ensino aprendizagem não se esgota em si mesmo, a
articulação entre as tendências deve ser utilizada, além de ferramentas e
equipamentos, tais como:
- materiais manipulativos (tampinhas, palitos, barbantes, fichas, cartões,
papéis cartões, cartolina, recortes...);
- materiais de construção ( régua, compasso, transferidor, esquadros,
tesoura, dobraduras, recortes, embalagens , fita métrica, trena, papel
milimetrado. . .);
- mídias (internet via laboratório Paraná Digital, vídeos, TV pendrive, rádio,
aparelho de som...);
- instrumentos de cálculo (calculadora, computadores,...);
- jogos ( encontrados à venda pela indústria que auxilie em processos de
aprendizagem como também a confecção dos mesmos como os dados, a
trilha, pentaminós, tangram etc.);
- publicações (jornais, revistas, livros didáticos, paradidáticos, de apoio,
panfletos de propaganda...);
- publicidade ( panfletos de propagandas diversos, banners …).
Havendo possibilidade, esses materiais podem ser acomodados em
laboratório apropriado para aulas práticas e sua utilização servirá ao propósito
de articular situações que promovam a análise e a reflexão.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em
Matemática serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); História do Paraná
(Lei nº 13.381/01); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade
Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal;
Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99); Enfrentamento à Violência contra a
175
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.
4. Avaliação:
A educação matemática deve ser pensada como ciência elaborada pelos
homens em constantes modificações e que nos possibilita refletir a avaliação
não como resultado de um único elemento a ser considerado, mas sim a
observação de todo o processo de construção desse conhecimento, sendo
necessária uma observação sistemática, que nos leva a avaliação diagnóstica.
Assim a função diagnóstica da avaliação irá subsidiar o professor para a
retomada do trabalho, identificando qual conhecimento o aluno traz como
referencial e a partir daí poder identificar quais processos não foram atingidos,
e mediar a aprendizagem. Como afirma Vigotsky:
“ [...] a distancia entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma
determinar através da solução independente de problemas, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através da solução de
problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes”.(VIGOTSKY,1998).
Para tanto alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas
propostas possibilitando verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano de possibilite a solução do problema;
• encontra meios diversos para a resolução de um problema
matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Sendo necessário que no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado
a:
• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos
problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
176
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições
particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem
adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA,
2006, p. 29).
Cabe ressaltar que os resultados de uma avaliação devem servir para
aprimorar o processo ensino aprendizagem e ajudar a todos os alunos a se
apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham
consciência dessa cidadania. Assim a avaliação deve ser vista como afirma
Micotti in Bicudo, 1999: “Os novos procedimentos didáticos envolvem
mudanças na avaliação. Os erros deixam de indicar fracasso dos alunos,
passam a constituir fontes de informação que o professor com o objeto de
estudo.”
Se o aluno de hoje é ativo e questionador, mas não se apropria de
princípios matemáticos elementares, faz-se necessário questionar e refletir o
porquê dessa situação; e podemos fazê-lo através das palavras de Vigotsky
(2000, p.247):
[...} a experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de
conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril.
O professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir
senão uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e
simples que estimula e imita existência dos respectivos conceitos
na criança, mas, na prática, esconde o vazio. Em tais casos, a
criança não assimila o conceito, mas a palavra capta mais de
memória que de pensamento e sente-se impotente diante de
qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento
assimilado. No fundo, esse método puramente escolástico de
ensino, substitui a apreensão do conhecimento vivo pela apreensão
de esquemas verbais mortos e vazios.
A avaliação se dará de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e
177
processual, através de resolução de exercícios e participação em todas as
atividades propostas.
A apropriação do conhecimento será verificada através de interpretações de
textos matemáticos (problemas) a fim de diagnosticar se os objetivos
propostos estão sendo atingidos pelo educando, norteando assim novas
práticas a serem desenvolvidas.
A recuperação de conteúdos ocorrerá no momento em que for constatado o
não aproveitamento satisfatório do processo de ensino, significando então, um
procedimento paralelo da intervenção pedagógica, buscando realimentar o
processo de aprendizagem até o nível de rendimento escolar significativo, ou
seja, mensurado numa escala igual ou preferencialmente,superior a 6,0 (seis).
A matemática envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e
precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos, ainda hoje se
mantenham válidas e úteis, mesmo assim continua a se modificar e a se
desenvolver. Portanto este deve ser o espírito dessa disciplina e não como uma
regra imutável, finalizada, sem questionamentos e assim também o papel do
professor quando avalia o ensino e aprendizagem de matemática.
5. Referências:
BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e
perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
BORBA, M.C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 3. ed.
Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo, Cortez,
1992.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. São
Paulo: Ática, 1991.
D’AMBRÓSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e
178
matemática. São Paulo: Summus, 1986.
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica – Matemática.
Curitiba: SEED, 2008.
VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
______________ A construção do pensamento e da linguagem; tradução
Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
4.4- Proposta das Atividades Complementares
As Atividades Complementares em Contraturno são atividades educativas
integradas ao currículo escolar e contempladas no Projeto Político
Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular da escola, podendo ser
permanentes ou periódicas.
A finalidade dessas atividades é promover a melhoria da qualidade do
ensino por meio da ampliação dos tempos, espaços e oportunidades
educativas realizadas em contraturno, na escola ou no território em que está
situada, a fim de atender às necessidades socioeducacionais dos alunos,
vinculadas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular da
escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade;
possiblitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais; oportunizar a
expansão do tempo escolar para os alunos da Educação Básica da Rede Pública
Estadual de Ensino como política pública e indutora para a progressiva
implantação de Tempo Integral.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze encaminhou proposta
ao NRE e aguarda resposta, solicitando a implantação das atividades
complementares periódicas, com aulas de Informática no Laboratório de
Informática, a fim de atender os anseios e necessidades de nossos alunos, que
precisam entender como interagir com a Tecnologia da Informação, e
179
encontram dificuldades ao acesso a essa aprendizagem por morarem na zona
rural.
4.4.1- Proposta da Atividade Complementar encaminhada ao Núcleo
Regional de Ensino para análise
NRE: Cornélio ProcópioMUNICÍPIO: BandeirantesESCOLA: Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino FundamentalNÍVEL DE ENSINO: Fundamental
MACROCAMPO Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias
TURNO Matutino
Nº DE ALUNOS 24
CONTEÚDOS Informática e Tecnologia da Informação:• Histórico e evolução dos computadores
(noções);• Tipos de sistemas e linguagens;• Entrada, processamento e saída de dados;• Tipos de armazenamento;• Uso adequado do teclado;• Introdução ao sistema operacional;• Manipulação de arquivos e pastas;• Manipulação de CDs, DVDs, Pendrivers;• Criação e formatação de textos;• Configuração e layout de páginas;• Tabelas;• Impressão de arquivos;• Criação e formatação de planilhas;• Gráficos;• Editor de textos;• Editor de apresentação de slides;• Uso de mídias: edição de vídeos, editor de
áudio, gravação de CD/DVD, editor de imagem;• Pesquisa na internet.
OBJETIVOS • Proporcionar, através de aulas teóricas e práticas, uma noção geral das tecnologias;
• Aprender a utilizar os aplicativos no Sistema Linux;
• Democratizar o acesso aos meios de
180
comunicação moderna, incentivando o desenvolvimento dos processos cognitivos, sociais e afetivos;
• Socializar informações sobre a importância do uso do computador como nova ferramenta didática no processo ensino e aprendizagem;
• Ampliar o vocabulário e desenvolver um espírito de investigação e pesquisa, estimulando o exercício do pensamento e do raciocínio.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O professor poderá utilizar material impresso para aulas teóricas, de forma expositiva, em grupos, lançando mão de dinâmicas tantas quantas forem necessárias. Deverá ser oportunizado ao aluno familiarizar-se com os aparelhos, com regras de cuidados e segurança, devendo o professor acompanhar um a um, verificando se está seguindo as orientações dadas para o bom uso do computador.
AVALIAÇÃO Será feita uma avaliação diagnóstica para verificar os conhecimentos tecnológicos dos alunos, e ao longo do processo será avaliado o grau de interesse e participação dos alunos, seja nos trabalhos individuais ou em grupos, bem como a assiduidade e a qualidade das interações no ambiente virtual de aprendizagem.
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO:
Espera-se que, ao final processo, os alunos estejam aptos a utilizar o computador como instrumento de apoio às suas atividades de aprendizagem e preparados para atuar numa sociedade informatizada.
PARA A ESCOLA:
Mais valorização da instituição pelo mantenedor, com o uso dos espaços escolares nos dois turnos e um ganho no desempenho dos alunos, em suas atividades regulares.
PARA A COMUNIDADE:
Maior participação e envolvimento nas atividades desenvolvidas pela escola.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPRON, H.L. JOHNSON J. A. Introdução à
Informática. Prentice – Hall
SAWAYA, Márcia Regina. Dicionário de Informática e Internet: Inglês/Português. 3ª Edição. Editora
181
Nobel.
5- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
182
A avaliação no contexto do processo de construção do Projeto Político-
Pedagógico é concebida como acompanhamento da qualidade das decisões.
De acordo com Veiga (1998, p. 28), essas decisões são basicamente de dois
tipos:
1) em nível dos atos situacional e conceitual (momento da concepção do
projeto pedagógico) - são decisões pedagógicas, epistemológicas e
metodológicas, implicando levantar questões para um profundo conhecimento
da situação a fim de possibilitar a identificação de quais finalidades precisam
ser reforçadas e priorizadas;
2) em nível do ato operacional (momento de execução do projeto
pedagógico) – são decisões que visam acompanhar a operacionalização do
projeto pedagógico.
Desse modo, a avaliação é ponto de partida e ponto de chegada do
processo de planejamento (concepção e operacionalização) do projeto
pedagógico, implicando em que as decisões das várias etapas do planejamento
se apóiem em avaliação. Villas Boas (1998, p. 180), considera que “falar de
projeto político-pedagógico implica falar de avaliação, por ser esta a categoria
do trabalho escolar que o inicia, o mantém no andamento desejável, por meio
de contínuas revisões de percurso, e por oferecer elementos para análise do
produto final”.
Como adotamos o entendimento de que o projeto pedagógico deve
constituir-se em um processo de construção dinâmico e coletivo, deverá
também ser avaliado por todos os envolvidos na sua concepção e execução.
Não devemos esquecer que a legitimidade de um projeto pedagógico está
devidamente ligada ao grau e ao tipo de participação de todos os envolvidos
no processo educativo, o que requer continuidade de ações. Estas, por sua vez,
para responder ao desafio da mudança e da transformação, tanto na forma
como o curso organiza seu processo de trabalho pedagógico, como na gestão
que é exercida, têm que ser executadas com base nos resultados apresentados
pela avaliação.
A avaliação é elemento dinâmico que perpassa todo o processo
de constituição e efetivação do projeto pedagógico. Integrada ao trabalho
183
escolar, deve refletir sobre dois aspectos: o aproveitamento do aluno e a
avaliação do plano de ação.
Em relação ao primeiro aspecto, colabora para gerar novas formas de
organização do trabalho pedagógico, implicando na revisão de diferentes
ações, atividades e procedimentos que compõem esse trabalho, além do
rendimento escolar do aluno.
Com referência ao segundo aspecto, a avaliação institucional assume
significado especial e necessário para o desenvolvimento do projeto
pedagógico, na medida em que possibilita a análise conjunta de todo o
processo. Realizada sistematicamente, a avaliação institucional propicia a
revisão periódica do projeto, viabiliza a análise do percurso e a identificação de
problemas que, após estudados/discutidos levam ao redimensionamento do
processo visando garantir a qualidade do ensino.
Assim, considerando a avaliação como a análise planificada, consciente e
regular do trabalho pedagógico, é possível enfatizar dois pontos fundamentais:
primeiro, a avaliação é um processo dinâmico que qualifica e oferece subsídios
ao projeto pedagógico; segundo, ela imprime uma direção às ações dos
professores e dos alunos.
Em todas as etapas da construção ou da reelaboração do PPP é
fundamental considerar:
MOMENTO REFERENCIAL
O QUE FAZER PERIODICIDADE INSTÂNCIAS ENVOLVIDAS
Ato Situacional Prática social. Análise crítica da realidade: aprendizagem, formação continuada, organização do tempo e do espaço, equipamentos físicos e pedagógicos, critérios de organização de turma, organização da hora/atividade, participação dos pais (gestão democrática), contradições e conflitos presentes
Começo do ano letivo.
DireçãoEquipe PedagógicaProfessoresFuncionáriosAlunosPaisConselho EscolarAPMF
184
na prática pedagógica.
Ato Conceitual Concepção de sociedade, homem, educação, escola, conhecimento, ensino-aprendizagem, gestão democrática, curricular.
Durante o ano letivo. DireçãoEquipe PedagógicaProfessoresFuncionáriosAlunosPaisConselho EscolarAPMF
Ato Operacional Define as grandes linhas de ação e reorganização do trabalho pedagógico – as mudanças significativas a serem alcançadas.
Durante o ano letivo e ao término do referido ano. Revisão das mudanças significativas e definição de metas a serem alcançadas para o próximo ano.
DireçãoEquipe PedagógicaProfessoresFuncionáriosAlunosPaisConselho EscolarAPMF
Finalmente, cabe ressaltar que, durante o processo, ao discutir a questão
da avaliação referenciada no projeto pedagógico, os participantes perceberam
a necessidade de aprofundar esta questão.
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do
projeto, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem
tomadas. É parte integrante do processo de construção do projeto e
compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e
sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É
também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a
dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto
de chegada.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
185
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Fonte. Londrina/PR: v. 2, n. 1, p. 51 –53, nov.1999.
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dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
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MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.
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MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do professor. São
Paulo: EPU, 1986.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2006.
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PINHEIRO, Maria Eveline. A Ação coletiva como referencial para a organização
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Maria Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-
pedagógico. Campinas: Papirus, 1998, p. 75-94.
SACRISTÀN, J. Gimeno; GOMES, A. I. Péres. A avaliação no ensino. In:
Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani da Fonseca Rosa. 4. ed.
Porto Alegre: Artmed, 1998, p.295-351.
SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar?: como avaliar?: critérios e
instrumentos. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
_______. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove
187
anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Departamento de
Educação Básica. Curitiba, 2010.
SOUZA, Clarilda Prado de. (org.). Avaliação do rendimento escolar. 3. ed.
Campinas: Papirus, 1994.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética –
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VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do projeto
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Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus,
1998, p. 9-32.
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto político-pedagógico e a
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de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas:
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ZABALLA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa.
In: A Avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 195-219.
7- ANEXOS
188
7.1- Projetos e/ou atividades desenvolvidos na escola, integrados ao
Projeto Político Pedagógico
7.1.1- Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas –
OBMEP
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental
participa anualmente da OBMEP, com os alunos de todos os anos, buscando,
muito mais que competição, o incentivo ao estudo da Matemática, e
consequentemente um ensino de qualidade.
7.1.2- Olimpíada de Língua Portuguesa – Escrevendo o Futuro
A participação nessa olimpíada tem sido muito gratificante, pois os
alunos tomam gosto pela escrita, já que participam, se envolvem,
principalmente por poder falar de sua realidade, do lugar onde vivem, seja em
forma de poemas, memórias, ou crônicas. Neste ano, 2012, a aluna do 9º Ano,
Gabrielle Juliane Valias, da professora Fátima Aparecida Mantovani da Silva,
teve sua crônica selecionada pela comissão julgadora municipal, para a fase
regional.
Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro 3ª Edição
Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze
Aluna: Gabrielle Juliane Valias - 9º Ano
Professora: Fátima Aparecida Mantovani da Silva
Modalidade: Crônica
Vamos dançar?
Vivo num lugar tranquilo, agradável, no campo. Gosto daqui porque as
pessoas são amigáveis, todos se conhecem. O tempo passa, mas parece não
passar. As festas aqui são raras,mas de vez em quando há alguma diversão.
189
Lembro-me de uma vez que ficamos sabendo de um rodeio que teria aqui
no bairro. Minha mãe ficou toda animada para a festa, coisa rara por esses
lados. Ela se arrumou toda, pôs seu melhor vestido, alisou os cabelos, pôs um
salto lindo, passou batom, se maquiou e ficou toda emperiquitada.
Meu pai, vendo aquela alta produção ficou enciumado e disse:
- Para que tanta arrumação, mulher?
Minha mãe se explicou, dizendo que dificilmente havia festas no bairro e
que não poderia perder essa oportunidade de ouro para se enfeitar “um
pouco”.
Então, fomos ao rodeio, era sábado à noite.
Um senhor bem de idade, de cabelos brancos amarelados, casaco grande
e velho, barba por fazer e com um copo na mão igual a um chifre de boi,
chegou perto de minha mãe, puxou-a pelo braço, chamando-a para dançar
com as seguintes palavras “Vamos dançar, moça?”.
Eu presencie tudo e ri muito, ainda mais quando o meu tio se aproximou
dela, fingindo ser seu marido para espantar o velho assanhado. Hoje, quando
quero brincar, chego para minha mãe e digo: “Vamos dançar, moça?”.
Pronto, essa frase é suficiente para eu e minha mãe rirmos o bastante e o
dia fica mais engraçado e mais divertido.
7.1.3- Concurso de Soletração
Com o objetivo de promover e incentivar o hábito de leitura, além da
valorização da língua pátria, o Lions Club Bandeirantes tem realizado
anualmente o Concurso Municipal de Soletração, destinado aos alunos do 9º
Ano, que contou com a participação da Escola estadual do Campo Lourenço
Ormenezze. Neste ano, o livro escolhido para a leitura foi São Bernardo, de
Graciliano Ramos.
Os professores têm um período para trabalhar com os alunos em sala de
aula os vocábulos contidos no livro e também no dicionário de Língua
Portuguesa, dentro da nova ortografia, vindo a realizar um concurso de
soletração com a turma, de onde sai o vencedor para a fase municipal.
190
7.1.4- Jogos Florais
Anualmente a Prefeitura Municipal de Bandeirantes promove os Jogos
Florais, com a participação das escolas e trovadores de todo o país. O
regulamento é enviado à escola, com os temas escolhidos, e os professores de
Língua Portuguesa em especial, trabalham com os alunos a produção das
trovas, que são enviadas à comissão julgadora do município. As escolhidas são
publicadas no livrinho dos Jogos Florais, podendo ser trovas campeãs, menção
honrosa, e numa solenidade festiva, com a participação de trovadores
convidados, professores e alunos, são declamadas para a plateia.
A Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental
estimula os alunos para que participem dessa atividade, que além de permitir o
afloramento da sensibilidade, também é uma excelente oportunidade para o
desenvolvimento da leitura e escrita.
7.1.5- Programa Agrinho
O Agrinho é um programa de longa data que vem sendo desenvolvido
nas escolas, inclusive na Escola estadual do Campo Lourenço Ormenezze, com
o objetivo de desenvolver ações que propiciem o despertar da consciência de
cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à preservação do
meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida.
Os conteúdos do Programa AGRINHO são desenvolvidos de forma
transversal ao currículo escolar, havendo a sensibilização da comunidade,
capacitação docente, desenvolvimento do trabalho e concursos, podendo
participar os alunos, professores, escolas, municípios, NREs.
7.1.6- Projeto “Uma data a ser lembrada e comemorada”
Com o objetivo de estreitar os laços afetivos entre toda a comunidade
escolar, ou seja, alunos, professores, pais, funcionários, são celebradas na
escola algumas datas comemorativas como: Páscoa, Dia Internacional da
191
Mulher, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia do Estudante, dia dos Professores.
Os alunos realizam atividades como textos, poesias, desenhos, cartões,
cartazes para por no mural sobre a data comemorada, ensaiam danças,
teatro, brincadeiras, músicas, e um lanche especial é oferecido para
comemorar a participação e união da comunidade escolar.
7.1.7- Torneio “Futsal de Férias”
Nas férias de julho acontece o Torneio Futsal de Férias, com o
envolvimento da direção, professores, funcionários, alunos, pais, comunidade
em geral, com o apoio da Prefeitura Municipal de Bandeirantes.
É uma oportunidade que permite a integração da comunidade do campo
através das práticas esportivas, sendo os times compostos por pais, alunos e
moradores do bairro.
Durante toda a semana são realizados os jogos, e as famílias
comparecem para assistir e prestigiar o evento, que já se tornou uma festa
tradicional em parceria com a Escola estadual do Campo Lourenço Ormenezze.
7.1.8- Participação em atividades cívicas
A Escola estadual do Campo Lourenço Ormenezze participa do desfile
cívico em comemoração à Independência do Brasil e também do aniversário do
município, contando com a participação da direção, professores e alunos.
7.1.9- Projeto Construindo Regras para o Voleibol
I- Identificação
Nome do Estabelecimento: Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze - Ensino Fundamental
Município: Bandeirantes
Período de Execução:
192
Turmas envolvidas: 7º e 8º Anos
Responsáveis pelo projeto: Profª Cleusa Maria Pereira Bisetto
Conteúdo: Esporte – Voleibol e Tênis
II – Objetivo Geral
• Conhecer as regras do tênis e do voleibol, e através delas aprofundar as
relações interpessoais, de autoconfiança e auto-estima a partir dessa
prática esportiva.
III – Objetivos Específicos
• Despertar o interesse e estimular o raciocínio através da comparação das
regras de um esporte para o outro.
• Conhecer e aplicar as regras impostas pelos esportes.
• Aprimorar a socialização dos alunos mediada pelo esporte.
IV - Justificativa
Trabalhar o esporte de forma a desenvolver nos alunos um espírito de
colaboração, cooperação, respeito e coletividade.
V - Desenvolvimento
Para iniciar o conteúdo Voleibol, a professora de Educação Física, Cleusa
Maria Pereira Bisetto, desenvolveu um projeto com os alunos do 7º e 8º Ano,
ao longo de algumas aulas, para dar condições aos mesmos de construir suas
próprias regras, baseando-se nas já existentes. Trabalhou inicialmente com as
regras do tênis, pois o voleibol surgiu por influência do tênis, e explicou os
fundamentos dos dois esportes. Buscou incentivá-los para que se
interessassem pelo esporte e para que desenvolvessem o raciocínio através
da elaboração e comparação de regras entre os esportes, do conhecimento e
aplicação das regras impostas pelos mesmos. Fizeram pesquisa na internet e
treinos na quadra, finalizando com um torneio de tênis e premiação para o
193
campeão.
VI – Avaliação
Contínua e diagnóstica, respeitando as dificuldades e limites de cada um.
Espera-se que haja um aumento da auto-estima dos alunos e um entendimento
de que a prática esportiva, além de constituir-se num instrumento que traz
benefícios à saúde, também contribui na formação de verdadeiros cidadãos.
7.1.10- Projeto: Alimentação Saudável
I- Identificação:
Estabelecimento: Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze - Ens.
Fundamental
Município: Bandeirantes Estado: Paraná
Turmas: 6º ao 9º Ano Turno: Vespertino
Áreas envolvidas: Ciências, Português e Educação Artística
Professora: Vera Helena Barboza
II - Objetivos:
• Levar o aluno a compreender que a boa alimentação é de grande
importância no crescimento e no desenvolvimento físico e mental.
• Compreender a importância de consumir alimentos nutritivos tanto
em casa quanto na escola.
• Dotar o aluno de conceitos e informações nutricionais corretos, de
forma a contribuir na hora da escolha de alimentos ricos e saudáveis,
fundamentais ao bom funcionamento do organismo.
• Distinguir as diferenças entre alimentos naturais e industrializados,
bem como suas consequências.
• Valorizar e utilizar nas refeições os alimentos produzidos no local onde
moram.
194
• Entender a necessidade de consumir diariamente alimentos que
contenham os nutrientes necessários para a prevenção de doenças.
III - Justificativa:
A necessidade de uma vida saudável e a prevenção de inúmeras
doenças que atingem a maioria das pessoas do mundo moderno, leva a escola
a preocupar-se cada vez mais com a educação alimentar de nossas crianças,
visto que é nesta faixa etária que melhor podemos desenvolver hábitos
alimentares corretos e que perdurarão para toda a vida. Dessa forma, o
trabalho será desenvolvido em torno dos valores nutricionais dos alimentos e
do benefício que os bons alimentos trazem para a saúde do nosso corpo,
valorizando os alimentos produzidos por suas próprias famílias.
IV - Desenvolvimento:
• Conversa com os alunos, apresentação de vídeos e pesquisa na
internet sobre a importância dos alimentos, abordando os tipos de
vitaminas e seus benefícios, proteínas, o que faz bem e mal à saúde,
produtos orgânicos, industrializados, e a partir daí o desenvolvimento
de atividades variadas como frases, versos, produção de textos,
cartazes.
• Pesquisa de campo com as merendeiras para conhecer que tipos de
alimentos a escola recebe, sua procedência, quem escolhe o
cardápio, etc.
• Informações sobre a compra direta do produtor e sua importância.
• Montagem de um cardápio, utilizando os produtos existentes nos
locais de morada de cada aluno, com a colaboração dos professores,
finalizando com um almoço na escola, nutricionalmente correto.
V - Recursos Físicos: sala de aula, cozinha, pátio da escola.
195
VI - Recursos Pedagógicos e Materiais: livro didático, internet, utensílios
de cozinha, mesa, cadeira, fogão, liquidificador, copos descartáveis.
VII - Recursos Humanos: alunos, professoras, merendeiras, serventes.
IX - Avaliação:
Durante toda a realização do projeto as crianças demonstraram muito
interesse e consciência da importância dos alimentos ricos em vitaminas,
proteínas e sais minerais, reconhecendo que esses alimentos também podem
ficar muito gostosos quando bem preparados. Além disso, por morarem na
zona rural, se conscientizaram mais ainda que têm o privilégio de ter à sua
disposição uma variedade de produtos fresquinhos e nutritivos. Entenderam
que a saúde do corpo e da mente depende de uma boa alimentação e que
todos devem se esforçar para sempre comer aquilo que faz bem.
7.2- Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
I- Identificação da Equipe Multidisciplinar:
Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze – Ensino Fundamental
Estrada para Santa Amélia, Km 12 – Bandeirantes – Paraná
Componentes:
Aparecida Marciana de souza – Pedagoga
Terezinha de Fátima Coutinho – Professora de Geografia
Sonia Aparecida da Silva Henriques – Professora de Inglês
Rosângela Fogaça da Silva – Professora de Ciências e Ensino Religioso
Ademar Ribeiro Richter – Professor de Ciências
Lídia Rosa de Paula Guerra – Agente Educacional I
Maria Rosa de Oliveira – Agente Educacional I
Elisângela Trovão - Agente Educacional II
Simone Fogaça Gasoli – Diretora
II- Objetivos a serem alcançados:
196
• Conscientizar e mobilizar a comunidade escolar a respeitar a diversidade
cultural étnico-racial e fazer cumprir a Lei 10.639 e 11.645.
• Reconhecer e combater a discriminação étnico-racial através de ações
pédagógicas e de orientações das atitudes a serem tomadas frente à
existência desses casos no ambiente escolar.
III- Justificativa:
Propor várias ações para que a comunidade escolar perceba a história e
sua importância, e comece a refletir sobre suas relações étnico-raciais, os
direitos e a posição ocupada pelos negros e indígenas na sociedade.
IV- Ações a serem desenvolvidas:
• Reconhecer a realidade escolar, identificando os sujeitos
(afrodescendentes, povos indígenas e do campo);
• Implementação de atividades envolvendo a história e a cultura com a
disponibilização da interdisciplinaridade;
• Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar a cerca dos
diferentes povos;
• Seleção de material para estudo e divulgação a toda a comunidade
escolar;
• Disponibilizar os materiais pesquisados e trabalhados por todo o corpo
docente;
• Desenvolvimento de palestras, debates e visitas com a participação de
toda a comunidade escolar.
V- Cronograma:
MARÇO E ABRIL • Reunião da equipe multidisciplinar analisando e refletindo sobre a importância da EM na escola e os trabalhos a serem desenvolvidos em sala de aula pelos professores, os quais deverão ter a participação de todos.
197
• Leitura e discussão do Estatuto da Igualdade Racial.
• Apresentação das Diretrizes Curriculares Nacionais para as Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e cultura afro-Brasileira e Africana.
• Confecção e exposição de cartazes das culturas explanadas.
MAIO E JUNHO • Estudo sobre a importância do dia 13 de maio e pesquisas sobre as leis abolicionistas promulgadas antes da libertação dos escravos (Lei do Ventre Livre, do Sexagenário, etc.) e suas implicações negativas para os negros da época.
• Exposição de materiais com temas relacionados aos negros e aos índios no Brasil. Ex.: pratos típicos, palavras de origem africana ou indígena, costumes, religiosidades,..
AGOSTO E SETEMBRO
• Visita ao acampamento indígena.• Filmes diversos escolhidos pela equipe, que
ajudem a explorar o tema.
OUTUBRO E NOVEMBRO
• Leitura e discussão de textos.• Apresentação dos trabalhos realizados durante o
ano letivo, sobre a temática, na semana da Consciência Negra.
As atividades propostas deverão constar no livro registro dos professores.
VI- Avaliação das ações realizadas pela equipe multidisciplinar
As ações serão avaliadas ao término dos encontros realizados, para
capacitação da Equipe Multidisciplinar.
Bandeirantes, _______de_____________ de 2011.
_____________________________________________
Diretora
7.3- Proposta da Agenda 21 Escolar
198
Na Escola Estadual do Campo Lourenço Ormenezze está ocorrendo a
preparação teórica de toda a comunidade escolar através da leitura de textos
referentes à demanda da Educação Ambiental e Agenda 21 no sentido de
embasar contribuições para o funcionamento da AGENDA 21 de acordo com as
orientações da SEED. O objetivo é viabilizar a implementação de uma nova
forma de enxergar-se tal demanda. Os textos são estudados na hora-atividade
de cada professor.
7.4- Calendário 2012
199
200
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO LOURENÇO ORMENEZZE - ENS. FUNDAMENTAL Bandeirantes - Paraná
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias);
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 31 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 228 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 18
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
3007 Dia do Funcionário de Escola
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 12
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
14 Feriado Municipal
1º Semestre 100 Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes2º semestre 101 Janeiro 31 janeiro/férias 30Conselho de Classe 4 fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15Replanejamento 1 julho 18 dez/recesso 12Dias letivos 201 dezembro 12 outros recessos 3
Total 68 Total 60Início/TérminoPlanejamento Reunião Pedagógica - Horário alternado Férias ReplanejamentoRecesso Semana de Integração Escolar/Comunidade
Semana Pedagógica Feriado MunicipalFormação Continuada SEED e NREFormação Continuada
Anexo da Resolução N º 4901/2011- GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012 - ENSINO FUNDAMENTAL
replanejamento (01 dia); – Delib. 02/02-CEE
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval
6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi
21 Tiradentes
7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 25 Natal
15 Dia do Professor15 Proclamação da República
20 Dia Nacional da Consciência Negra
7.5- Matriz Curricular
ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: ESCOLA ESTADUAL LOURENÇO ORMENEZZE- E.F.
ENDEREÇO: ESTRADA PARA SANTA AMÉLIA,S/Nº KM 12
TELEFONE:
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 4 3
Educação Física 3 3 3 2
Ensino Religioso* 1 1 0 0
Geografia 3 3 3 4
História 3 3 3 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI
-CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal 23 23 23 23
Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Bandeirantes, 25 de agosto de 2011.
201
_____________________________Direção
202