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República Federativa do Brasil Estado do Piauí Ministério Público do Estado do Piauí Diário Oficial Eletrônico ANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Procuradora-Geral de Justiça MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Subprocuradora de Justiça Institucional LEONARDO FONSECA RODRIGUES Subprocurador de Justiça Administrativo CLEANDRO ALVES DE MOURA Subprocurador de Justiça Jurídico CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDES Chefe de Gabinete RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃO Secretária-Geral / Secretária do CSMP Assessor Especial de Planejamento e Gestão _____________________________ CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO Corregedora-Geral Substituta JOÃO PAULO SANTIAGO SALES Promotor-Corregedor Auxiliar RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRA Promotor-Corregedor Auxiliar ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIAS Promotor-Corregedor Auxiliar COLÉGIO DE PROCURADORES ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA TERESINHA DE JESUS MARQUES ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES ANTÔNIO IVAN E SILVA MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA FERNANDO MELO FERRO GOMES JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO ARISTIDES SILVA PINHEIRO LUÍS FRANCISCO RIBEIRO ZÉLIA SARAIVA LIMA CLOTILDES COSTA CARVALHO HUGO DE SOUSA CARDOSO _____________________________ CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA Presidente LUÍS FRANCISCO RIBEIRO Corregedor-Geral IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES Conselheira MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES Conselheira FERNANDO MELO FERRO GOMES Conselheiro RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO Conselheira

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República Federativa do BrasilEstado do Piauí

Ministério Público do Estado do Piauí

Diário Oficial EletrônicoANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020

Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de Justiça

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESSubprocuradora de Justiça Institucional

LEONARDO FONSECA RODRIGUESSubprocurador de Justiça Administrativo

CLEANDRO ALVES DE MOURASubprocurador de Justiça Jurídico

CLÉIA CRISTINA PEREIRA JANUÁRIO FERNANDESChefe de Gabinete

RAQUEL DO SOCORRO MACEDO GALVÃOSecretária-Geral / Secretária do CSMP

Assessor Especial de Planejamento e Gestão

_____________________________

CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃOCorregedora-Geral Substituta

JOÃO PAULO SANTIAGO SALESPromotor-Corregedor Auxiliar

RODRIGO ROPPI DE OLIVEIRAPromotor-Corregedor Auxiliar

ANA ISABEL DE ALENCAR MOTA DIASPromotor-Corregedor Auxiliar

COLÉGIO DE PROCURADORES

ANTÔNIO DE PÁDUA FERREIRA LINHARES

ANTÔNIO GONÇALVES VIEIRA

TERESINHA DE JESUS MARQUES

ALÍPIO DE SANTANA RIBEIRO

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUES

ANTÔNIO IVAN E SILVA

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNES

ROSANGELA DE FATIMA LOUREIRO MENDES

CATARINA GADELHA MALTA MOURA RUFINO

LENIR GOMES DOS SANTOS GALVÃO

HOSAIAS MATOS DE OLIVEIRA

FERNANDO MELO FERRO GOMES

JOSÉ RIBAMAR DA COSTA ASSUNÇÃO

TERESINHA DE JESUS MOURA BORGES CAMPOS

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDO

ARISTIDES SILVA PINHEIRO

LUÍS FRANCISCO RIBEIRO

ZÉLIA SARAIVA LIMA

CLOTILDES COSTA CARVALHO

HUGO DE SOUSA CARDOSO

_____________________________

CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPresidente

LUÍS FRANCISCO RIBEIROCorregedor-Geral

IVANEIDE ASSUNÇÃO TAVARES RODRIGUESConselheira

MARTHA CELINA DE OLIVEIRA NUNESConselheira

FERNANDO MELO FERRO GOMESConselheiro

RAQUEL DE NAZARÉ PINTO COSTA NORMANDOConselheira

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1. SECRETARIA GERAL []

1.1. PORTARIAS PGJ12023 PORTARIA PGJ/PI Nº 1114/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí 30 (trinta) dias de férias do Promotor de JustiçaANTÔNIO CÉSAR GONÇALVES BARBOSA, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Picos, referentes ao 2º período do exercício de 2020,anteriormente previstas para 01 a 30 de junho de 2020, conforme a Portaria PGJ nº 881/2020, ficando os 30 (trinta) dias para usufruto em dataoportuna.Retroajam-se os efeitos da presente Portaria ao dia 01/06/2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 04 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAPromotoria de JustiçaPORTARIA PGJ/PI N° 1115/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas no artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, e considerando a solicitação da Promotora de Justiça Micheline Ramalho Serejo Silva,coordenadora do Grupo de Trabalho para Auxílio em Medidas de Combate ao Covid-19 em Picos,CONSIDERANDO a antecipação do feriado do dia 15 de agosto de 2020, dia de Nossa Senhora dos Remédios, para o dia 04 de junho de 2020,na Comarca de Picos-PI,R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça RAFAEL MAIA NOGUEIRA, titular da Promotoria de Justiça de Monsenhor Gil, para atuar no plantãoministerial do dia 04 de junho de 2020, de atribuição do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19 - Picos.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SEPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Te sina (PI), 03 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI N° 1116/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas no artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, e considerando a solicitação da Promotora de Justiça Micheline Ramalho Serejo Silva,coordenadora do Grupo de Trabalho para Auxílio em Medidas de Combate ao Covid-19 em Picos,CONSIDERANDO a antecipação do feriado do dia 04 de outubro de 2020, dia de São Francisco de Assis, para o dia 05 de junho de 2020, naComarca de Picos-PI,R E S O L V EDESIGNAR o Promotor de Justiça ANTÔNIO CÉSAR GONÇALVES BARBOSA, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Picos, para atuar noplantão ministerial do dia 05 de junho de 2020, de atribuição do Grupo Regional de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SEPROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Te sina (PI), 03 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1117/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições legais,R E S O L V ESUSPENDER ad referendum do Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí o saldo de 20 (vinte) dias de férias da Procuradorade Justiça TERESINHA DE JESUS BORGES DE MOURA CAMPOS, referentes ao 1º período do exercício de 2007, anteriormente previstaspara o período de 11 a 30 de junho de 2020, conforme Portaria PGJ nº 738/2020, ficando os 20 (vinte) dias para usufruto em data oportuna.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 04 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1118/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso de suas atribuições legais, e considerando asolicitação da Coordenadoria de Licitações e Contratos, contida no Protocolo e-doc nº 07010081486202051,R E S O L V EDESIGNAR o servidor ANDRÉ CASTELO BRANCO RIBEIRO, matrícula nº 15243, para fiscalizar a execução do contrato firmado entre aProcuradoria Geral de Justiça do Estado do Piauí e a empresa CWC CONSTRUTORA EIRELI CNPJ: 03.936.360/0001-98 (Contrato nº 09/2020),cujo objeto é a contratação de empresa especializada na prestação de serviço de conservação e manutenção de edificações das Promotorias deJustiça de Parnaíba, Piracuruca e Luís Correia-PI.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 03 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURAProcuradora-Geral de JustiçaPORTARIA PGJ/PI Nº 1119/2020A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA, CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA, no uso das atribuições conferidas pelo artigo 12, incisoXIV, alínea "f", da Lei Complementar Estadual nº 12/93, em conformidade com o Ato PGJ/PI nº 835/18;CONSIDERANDO a suspensão das férias do Promotor de Justiça Antônio César Gonçalves Barbosa, titular da 3ª Promotoria de Justiça dePicos,R E S O L V EREVOGAR a Portaria PGJ 1100/2020, que designou a Promotora de Justiça MICHELINE RAMALHO SEREJO SILVA, titular da 1ª Promotoriade Justiça de Picos, para, sem prejuízo de suas funções, responder pela 3ª Promotoria de Justiça de Picos, de 01 a 30 de junho de 2020, comefeitos retroativos ao dia 01 de junho de 2020.REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE.PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA, em Teresina (PI), 04 de junho de 2020.CARMELINA MARIA MENDES DE MOURA

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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2. PROMOTORIAS DE JUSTIÇA []

2.1. PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE BARRO DURO-PI12016

Procuradora-Geral de Justiça

DECISÃO DE ARQUIVAMENTOINQUÉRITO CIVIL Nº 21/2017AUTOS DE SIMP Nº 000008-325/2018Trata-se de ICP - Inquérito Civil Público - nº 21/2017, sob SIMP Nº 000008-325/2018, instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça de BarroDuro/PI, com o fito de apurar possível ato de improbidade administrativa pelo então gestor municipal, por ter realizado pagamento com recursosda Secretaria de Educação, para a Sra. Lindalva Alves de Andrade e a Sra. Marta Augusta da Silva, em mesmo dia e objetos idênticos sem adevida contraprestação.Requisição de informações às fls. 24, conforme Ofício/PJ nº 180/2018 ao Prefeito de Passagem Franca, Sr. Raislan Farias dos Santos.Resposta ao referido ofício, conforme fls. 27/66, o qual o Prefeito de Passagem Franca apresenta documentos que cuidam a contraprestação dospagamentos da Sra. Lindalva Alves de Andrade e Marta Augusta da Silva.Ofício/PJ nº 123/2018 solicitando relatório de contas ao TCE/PI, o qual respondeu conforme fls. 53-64É o sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos e vinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto,uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências desta Comarca.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.No caso presente, vale ressaltar que há relatórios oriundos do TCE, mas o conjunto amealhado não é capaz de confirmar indícios deatos ilícitos. Além disso, verifica-se que diligências foram realizadas, como requisição de informações às fls. 24, conforme Ofício/PJ nº180/2018 ao Prefeito de Passagem Franca, Sr. Raislan Farias dos Santos. Em resposta ao referido ofício, conforme fls. 27/66, o Prefeitode Passagem Franca apresenta documentos que tratam, em tese, sobre a contraprestação dos pagamentos da Sra. Lindalva Alves deAndrade e Marta Augusta da Silva.Contudo, não se obteve êxito em angariar informações suficientes que dessem concretude à apuração das supostas irregularidades.Ainda, salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentrevárias, a análise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Desta feita, não se tendo até a presente data logrado comprovação quanto aos fatos que motivaram a presente investigação, o mero decursoprocessual enseja a conclusão de ser parca a probabilidade de sucesso ministerial em amealhar elementos probatórios hábeis a representaçãodos fatos que motivaram a presente demanda.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentarconcretamente elementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste casoconcreto.Visto que não há razão para a continuidade deste Inquérito Civil nesta Promotoria de Justiça e que as determinações foram atendidas, com enviode documentos comprobatórios, determino o arquivamento deste Inquérito Civil, sem prejuízo de seu desarquivamento, surgindo novoselementos palpáveis de prova, em consonância com o artigo 10, §§ 1º e 2º da Resolução nº 23/2007 do CNMP.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se, via ofício de ordem, com cópia desta decisão, o noticiante dosfatos que ensejaram a instauração deste procedimento, bem como o noticiado, cientificando-os do presente arquivamento, para que, no prazo de10 (dez) dias, caso queiram, apresentem razões escritas ou documentos a serem juntados nos presentes autos, nos termos do art. 9º, §2º, da Leinº 7.347 c/c art. 10, §1º e §3º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, para fins de apreciação do presente arquivamento no âmbito do ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Decorrido o prazo supura, certifique-se a juntada, ou não, das referidas razões e/ou documentos.Empós, remeta-se ao CSMP, para apreciação.

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Cumpra-se.Barro Duro - PI, 02 de junho de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOINQUÉRITO CIVIL Nº 19/2018AUTOS DE SIMP Nº 000863-325/2018Trata-se de ICP - Inquérito Civil Público - nº 04/2018, sob SIMP Nº 000020-325/2018, instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça de BarroDuro/PI, com o fito de apurar denúncia inicialmente formulada junto à Procuradoria da República no Estado do Piauí, remetida a esta Promotoriade Justiça de Barro Duro para apuração, informando possíveis regularidades em pagamentos realizados pela Prefeitura de Passagem Franca aoSr. Silvoneide Raulino Silva e à Sra. Alcione Sousa Lima, relativos à suposta prestação de serviços de "técnico em laboratório a serviço daSecretaria de Saúde", sem licitação ou regular procedimento de dispensa de licitação.Requisição de informações às fls. 27, conforme Ofício/PJ nº 346/2018 ao Prefeito de Passagem Franca, Sr. Raislan Farias dos Santos.Resposta ao referido ofício, conforme fls. 28/63, no qual o Prefeito de Passagem Franca informa que a Sra. Alcione de Sousa Lima é prestadorade serviços naquele município desde o ano de 2009; ao mudar de gestor em 2013, por não ter funcionários no quadro de efetivo com asqualificações da prestadora de serviços à Administração Pública, resolveu mantê-la nos serviços até o momento.Quanto ao prestador de serviços, Silvoneide Raulino Silva, informou que prestou serviços àquela municipalidade por um curto período, iniciandono dia 1º de maio de 2016 e terminando em 30.12.2016.Ofício/PJ nº 347/2018 solicitando relatório de contas ao TCE/PI, o qual respondeu conforme fls. 70-76.É o sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos e vinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto,uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências desta Comarca.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.No caso presente, vale ressaltar que há relatórios oriundos do TCE, mas o conjunto amealhado não é capaz de confirmar indícios deatos ilícitos. Além disso, verifica-se que diligências foram realizadas, contudo, não se obteve êxito em angariar informações suficientesque dessem concretude à apuração das supostas irregularidades.Ainda, salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentrevárias, a análise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Desta feita, não se tendo até a presente data logrado comprovação quanto aos fatos que motivaram a presente investigação, o mero decursoprocessual enseja a conclusão de ser parca a probabilidade de sucesso ministerial em amealhar elementos probatórios hábeis a representaçãodos fatos que motivaram a presente demanda.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentarconcretamente elementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste casoconcreto.Visto que não há razão para a continuidade deste Inquérito Civil nesta Promotoria de Justiça e que as determinações foram atendidas, com enviode documentos comprobatórios, determino o arquivamento deste Inquérito Civil, sem prejuízo de seu desarquivamento, surgindo novoselementos palpáveis de prova, em consonância com o artigo 10, §§ 1º e 2º da Resolução nº 23/2007 do CNMP.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se, via ofício de ordem, com cópia desta decisão, o noticiante dosfatos que ensejaram a instauração deste procedimento, bem como o noticiado, cientificando-os do presente arquivamento, para que, no prazo de10 (dez) dias, caso queiram, apresentem razões escritas ou documentos a serem juntados nos presentes autos, nos termos do art. 9º, §2º, da Leinº 7.347 c/c art. 10, §1º e §3º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, para fins de apreciação do presente arquivamento no âmbito do ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Decorrido o prazo supura, certifique-se a juntada, ou não, das referidas razões e/ou documentos.Empós, remeta-se ao CSMP, para apreciação.

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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Cumpra-se.Barro Duro - PI, 02 de junho de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 15/2019AUTOS DE SIMP Nº 000086-283/2018Tratam os autos de Procedimento Preparatório, instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça de São Félix, em 09 de julho de 2019, com vistasa apurar interrupção do abastecimento de água na Comunidade Mato Escuro.Ofício nº 16/2016, às fls. 10, com resposta da Prefeitura de São Félix informando que não houve interrupção no abastecimento de água destaComunidade e que há o funcionamento normal na localidade.É sucinto o relatório. Passo à decisão.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos e vinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto,uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências desta Comarca.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.Diligências foram realizadas no presente caderno, no qual consta Ofício nº 16/2016, às fls. 10, com resposta da Prefeitura de São Félixinformando que não houve interrupção no abastecimento de água desta Comunidade e que há o funcionamento normal na localidade.Ainda, salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentrevárias, a análise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentar concretamenteelementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste caso concreto.Visto que não há razão para a continuidade deste Procedimento Preparatório nesta Promotoria de Justiça, determino o arquivamento desteProcedimento Preparatório, sem prejuízo de seu desarquivamento, surgindo novos elementos palpáveis de prova, em consonância com o artigo10, §§ 1º e 2º da Resolução nº 23/2007 do CNMP.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se, via ofício de ordem, com cópia desta decisão, o noticiante dosfatos que ensejaram a instauração deste procedimento, bem como o noticiado, cientificando-os do presente arquivamento, para que, no prazo de10 (dez) dias, caso queiram, apresentem razões escritas ou documentos a serem juntados nos presentes autos, nos termos do art. 9º, §2º, da Leinº 7.347 c/c art. 10, §1º e §3º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, para fins de apreciação do presente arquivamento no âmbito do ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Decorrido o prazo supura, certifique-se a juntada, ou não, das referidas razões e/ou documentos.Empós, remeta-se ao CSMP, para apreciação.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 02 de junho de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PIDECISÃO DE ARQUIVAMENTOPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº 16/2019AUTOS DE SIMP Nº 000212-283/2018Tratam os autos de Procedimento Preparatório, instaurado no âmbito da Promotoria de Justiça de São Félix, em 09 de julho de 2019, com vistasa apurar possível irregularidade em procedimento licitatório relativo à aquisição de pneus 175/65/14, com preço fora do comum, no Município dePrata do Piauí, a partir de informação fornecida à Ouvidoria do MPPI.Ofício nº 405/2019, às fls. 18, requisitando informações acerca dos fatos narrados nos autos.

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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2.2. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE SÃO JOÃO DO PIAUÍ-PI12018

Em resposta, Ofício nº 71/2019, no qual a Prefeitura de Prata do Piauí informou tratar-se de um equívoco ocorrido na parte administrativa aempresa "LOJÃO DOS PNEUS LTDA ME", e ressalta que esta impropriedade foi sanada, após a emissão de Carta de Correção Eletrônica em15.05.2018, em que o proprietário da empresa fez a descrição correta do item, ou seja, dois pneus 265/65/R17, conforme documentos em anexo.É sucinto o relatório. Passo à decisão.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, vale ressaltar que este Promotor assumiu esta Promotoria de Justiça recentemente, hápoucos meses, e se deparou com um acervo de mais de 220 (duzentos e vinte) procedimentos extrajudiciais em tramitação, impedindo, portanto,uma atuação mais atual e contemporânea perante as ocorrências desta Comarca.Salutar frisar, ainda, que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força de indícios, ilações fáticas decorrentes de exercício deprobabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior, de toda e qualquer investigação, a busca de informações que possam ser utilizadoscomo elementos probatórios lícitos na confirmação, ou não, daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa no caso concreto, impondo-se seu estancamento.Nenhuma investigação pode ser perpétua, ainda mais se desprovida de elementos capazes de confirmar os indícios que ensejaram suainstauração, exigindo-se do agente investigador aferição, frente à sua capacidade instalada, necessária medida de esforços disponíveis paraaquele afã, até porque, arquivada esta ou aquela investigação, surgindo novos elementos probatórios que lhe sejam pertinentes, pode a mesma,a qualquer tempo, ser desarquivada, retomando-se até seu desiderato, a teor do ordenamento jurídico pátrio.No contexto acima, o E. CPJ - Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí -, editou a Resolução n.º 001/2008, categórica em imporcomo sendo 02(dois) anos o lapso temporal razoável para a conclusão ordinária de investigação ministerial por inquérito público civil,entendimento decorrente do procedimento ter seu prazo de conclusão fixado em 01(um) ano, prorrogável por igual período por seu titular, peloque excepcional a extensão deste lapso.Diligências foram realizadas no presente caderno procedimental, conforme Ofício nº 405/2019, às fls. 18, requisitando informaçõesacerca dos fatos narrados nos autos. Em resposta, Ofício nº 71/2019, no qual a Prefeitura de Prata do Piauí informou tratar-se de umequívoco ocorrido na parte administrativa a empresa "LOJÃO DOS PNEUS LTDA ME", e ressalta que esta impropriedade foi sanada,após a emissão de Carta de Correção Eletrônica em 15.05.2018, em que o proprietário da empresa fez a descrição correta do item, ouseja, dois pneus 265/65/R17, conforme documentos em anexo.Assim, não havendo outras diligências a serem realizadas, bem como não havendo prova de ocorrência de ilícitos encartados nosautos, o arquivamento do feito se faz medida necessária.Ainda, salutar recordar as diretrizes traçadas pelo CNMP, quando da publicação da "Carta de Brasília", em 29 de setembro de 2019, dentrevárias, a análise consistente das notícias de fato, de modo a ser evitada a instauração de procedimentos ineficientes, inúteis ou a instauração emsituações nas quais é visível a inviabilidade da investigação, bem como a necessidade de delimitação do objeto da investigação, com aindividualização dos fatos investigados e das demais circunstâncias relevantes, garantindo, assim, a duração razoável da investigação.Por outro lado, é válido trazer à colação, para fins de demonstração da sintonia ministerial com a atual quadra de desenvolvimento institucional donosso País, a novel Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 13.869, de 5 de Setembro de 2019, que trata sobre crimes de abuso de autoridadecometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções, ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sidoatribuído, em especial os arts. 27 e 31, abaixo reproduzidos:Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta dequalquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária, devidamente justificada.Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado: Pena - detenção, de 6 (seis)meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de procedimento,o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado.Sem sequer entrar na necessária discussão da presença de dolo específico, para fins de configuração do crime de abuso de autoridade, o que sedaria a título do mero capricho, da busca por se prejudicar outrem ou da busca da finalidade não prevista na norma, elementos absolutamenteincomuns ao fazer ministerial, certo é que tal novo marco regulatório trouxe mais concretude ao direito fundamental à duração razoável doprocesso.Assim, indiscutível, portanto, que o legislador conferiu valor jurídico ao lapso temporal investigativo, cujo termo final ordinário, para serprorrogado, exige, ao menos, motivação e direcionamento justificador daquela prorrogação, devendo o ente ministerial apresentar concretamenteelementos materiais que demonstrem a pertinência da manutenção investigativa, o que não se vislumbra neste caso concreto.Visto que não há razão para a continuidade deste Procedimento Preparatório nesta Promotoria de Justiça, determino o arquivamento desteProcedimento Preparatório, sem prejuízo de seu desarquivamento, surgindo novos elementos palpáveis de prova, em consonância com o artigo10, §§ 1º e 2º da Resolução nº 23/2007 do CNMP.Registros no SIMP, publicações e comunicações necessárias. Comunique-se, via ofício de ordem, com cópia desta decisão, o noticiante dosfatos que ensejaram a instauração deste procedimento, bem como o noticiado, cientificando-os do presente arquivamento, para que, no prazo de10 (dez) dias, caso queiram, apresentem razões escritas ou documentos a serem juntados nos presentes autos, nos termos do art. 9º, §2º, da Leinº 7.347 c/c art. 10, §1º e §3º da Resolução nº 23/2007 do CNMP, para fins de apreciação do presente arquivamento no âmbito do ConselhoSuperior do Ministério Público do Estado do Piauí.Decorrido o prazo supura, certifique-se a juntada, ou não, das referidas razões e/ou documentos.Empós, remeta-se ao CSMP, para apreciação.Cumpra-se.Barro Duro - PI, 02 de junho de 2020.(assinado digitalmente)ARI MARTINS ALVES FILHO (bmc)PROMOTOR DE JUSTIÇAPromotor de Justiça titular da Comarca de Barro Duro/PI

Inquérito Civil Público nº 026/2019SIMP nº 000931-310/2018Assunto: Doação de bem públicoInvestigado: Município de Pedro LaurentinoEMENTA: INQUÉRITO CIVIL. DOAÇÃO DE BEM PÚBLICO. SUPOSTO "COMPROMISSO POLÍTICO" E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS DO PAC.DIVERGÊNCIA DE MATRÍCULAS. AUSÊNCIA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA URBANA. AUSÊNCIA DE LASTRO PROBATÓRIO MÍNIMOE JUSTA CAUSA. PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO.DECISÃO - PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de Inquérito Civil instaurado com o objetivo de apurar suposta doação de bem imóvel municipal, onde se situa o sistema de

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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abastecimento de água da cidade de Pedro Laurentino, a suolente de Vereadora - Sra. Ana Rita -, em rezão de "compromisso político", bemcomo a utilização de máquina do PAC para fins particulares.A denúncia foi ofertada mediante representação, inicialmente feita pelo Sr. Gilson Eugênio Rodrigues e depois corroboradas pelos VereadoresWilson de Sousa Barbosa, Edmar Barbosa Coelho, José Vicente Vilanova e Josivaldo de Sousa Araújo.Após solicitação, o Município informou que o terreno nunca pertenceu ao Municiípio de Pedro Laurentino. Informou que este se encontraregistrado em nome de Antonio Amorim Reis e sua esposa Ana Rita. E por conta da construção de uma caixa d'água e de um muro em torno doterreno, no ano de 1997, estes se comprometeram a doar sem encargos parte do terreno para atender o interesse público.Em virtude da divergência de matrículas apresentadas pelo representante e representado, foi determinada a expedição de ofício ao Cartório deRegistro de Imóveis, cuja resposta dormita nos autos.Dando prosseguimento, foi oficiado ao Município de Pedro Laurentino, por diversas vezes, para que também esclarecesse sobre a divergência dematrículas, tendo este, após insistência desta Promotoria de Justiça, informado que somente o Cartório de Registro de Imóveis poderiasolucionar.Vieram-me os autos conclusos. Passo a decidir.Conforme se infere do que foi apurado, principalmente pelo que foi informado pelo Cartório de Registro de Imóveis, existem duas matrículas de nº13.473 e 13.612 naquele órgão, quando a "Cidade de Pedro Laurentino era apenas um Povoado denominado de 'Terra Nova', no qual ainda nãohavia descrição de ruas de demais políticas de urbanização" (resposta do Cartório de Registro de Imóveis - grifos acrescidos).Vê-se, portanto, que não há registros de urbanização da cidade de Pedro Laurentino, fato que é bastante comum nos municípios de pequenoporte piauiense. Para tanto, a Corregedoria-Geral de Justiça tem promovido desde o ano passado a proposta para que os municípios promovamlegislações de regularização fundiária urbana.Apesar disso, verifica-se a existência, em uma das matrículas, qual seja matrícula 13.612, uma averbação (AV-4-13.612) que consta odesmembramento e doação de parte do imóvel, "atestando que a área doada situa-se na Rua Beroniza Leopoldina de Sousa" (resposta doCartório de Registro de Imóveis - grifos acrescidos).Partindo de tais premissas, verificamos a ausência da irreglularidade apontada pelos representantes, uma vez que as informações prestadas peloCartório de Registro de Imóveis demonstram a veracidade do que foi apresentado pelo Município bem como pela documentação que acostou noprocedimento.Vislumbramos na documentação a certidão do registro de imóvel (matrícula 13.612), termo de doação de terreno sem encargos com firmareconhecida, memorial descritivo etc., que dão sustentáculo as afirmações trazidas pelo Município de Pedro Laurentino.Também não há nos autos elementos que possa se inferir suposto "compromisso político", tampouco da utilização de máquinas doPAC, conforme sugerido pelos representantes, baseando, portanto, as premissas trazidas em mera especulação de natureza pólíticasem qualquer substrato a amparar a manutenção da investigação. Registre-se que as fotos apresentadas sequer guardam início de provaapta a se inferir as ilações trazidas na representação.Traçadas estas argumentações, entendemos faltar justa causa a manutenção deste procedimento.O Inquérito Civil é um procedimento administrativo preparatório (inquisitorial) que poderá ensejar uma futura ação civil pública. Necessário,portanto, que este seja instaurado mediante uma justa causa, pois ela é necessária para salvaguardar os direitos fundamentais do cidadão em tera sua vida privada, honra, intimidade e imagem preservados.Defendendo a necessidade de haver a justa causa para a instauração do inquérito civil público, Hugo Nigro Mazzili afirma sobre o tema que: "Écerto que a instauração de um inquérito civil pressupõe seu exercício responsável, até porque, se procedida sem justa causa poderá ser trancadopor meio de mandado de segurança" MAZZILI, Hugo Nigro. O Inquérito Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 162.).Assim, da mesma forma que ocorre na esfera penal, tem-se por ilegítima a instauração de inquérito civil sem a presença de elementos mínimos(provas) capazes de estabelecerem a real correspondência entre a conduta ilícita praticada pelo investigado e a descrição da infração previstaem Lei.O Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre a necessidade de Justa Causa para instauração ou tramitação do Inquérito Civil, pelo quetranscrevemos a ementa abaixo:PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA - TRANCAMENTO DE INQUÉRITO CIVIL PARA APURAÇÃO DE ATODE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVO - ENRIQUECIMENTO ILÍCITO - JUSTA CAUSA - PRESCRIÇÃO. 1. Somente em situaçõesexcepcionais, quando comprovada, de plano, atipicidade de conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de indícios deautoria, é possível o trancamento de inquérito civil. 2. Apuração de fatos típicos (artigo 9º da Lei nº 8.429/92), com indícios suficientes deautoria desmentem a alegação de inviabilidade da ação de improbidade. 3. Denúncia anônima pode ser investigada, para comprovarem-se fatosilícitos, na defesa do interesse público. 4. A ação civil de ressarcimento por ato de improbidade é imprescritível, inexistindo ainda ação contra oimpetrante. 5. Recurso ordinário desprovido.(STJ - RMS: 30510 RJ 2009/0181206-6, Relator: Ministra ELIANA CALMON, Data de Julgamento: 17/12/2009, T2 - SEGUNDA TURMA, Data dePublicação: DJe 10/02/2010) - grifos acrescidos.Logo, quanto aos pontos delimitados no presente Inquérito Civil entendemos não haver justa causa para continuidade do presenteInquérito Civil, sendo de rigor o seu arquivamento.Por todo o exposto, PROMOVO o ARQUIVAMENTO do presente INQUÉRITO CIVIL, o que faço com fulcro no art. 9º da Lei 7.347/85 e art. 10 daResolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Notifiquem-se os interessados desta decisão: representantes e representado.Decorrido o prazo de 3 (três) dias, SUBMETA a presente decisão de Promoção de Arquivamento do INQUÉRITO CIVIL ao Conselho Superior doMinistério Público (art. 9, § 1º, da Lei 7.347/85 e art. 10, § 1º, da Resolução nº 23, de 17 de setembro de 2007, do Conselho Nacional doMinistério Público - CNMP).Procedam-se às atualizações necessárias no sistema e no livro próprio.Publique-se a presente decisão no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público - DOEMPI.Expedientes necessários.São João do Piauí-PI, 3 de junho de 2020.[Assinado digitalmente]Jorge Luiz da Costa PessoaPROMOTOR DE JUSTIÇAPESSOA INTERESSADA: LUCIANO DE OLIVEIRA MARQUESASSUNTO: SUPOSTA IRREGULARIDADE NO VALOR DO VENCIMENTO BASE DOS PROFESSORES DE SÃO JOÃO DO PIAUÍCONTRATOS POR MEIO DO TESTE SELETIVO REALIZADO ANO DE 2017.DECISÃO DE INDEFERIMENTO DE INSTAURAÇÃO DE NOTÍCIA DE FATOTrata-se de denúncia encaminhada a esta Promotoria de Justiça por meio do e-mail institucional onde relata supostas irregularidades no valor dovencimento base dos professores de São João do Piauí contratados por meio do teste seletivo realizado no ano de 2017, assim como o nãopagamento pelo município empregador de 13º salário, 1/3 de férias e indenizações trabalhistas.A Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público, em seu art. 4º, § 4º, estatui que a instauração da Notícia de Fato seráindeferida "quando o fato narrado não configurar lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público ou forincompreensível".Primeiramente, é dever mencionar que procedimento com o mesmo objeto tramitou nesta Promotoria de Justiça, a saber: Inquérito Civil Público

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2.3. 25ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI12020

nº 20/2018 (SIMP 000269-310/2018).O referido procedimento, após instrução, foi arquivado por ausência de justa causa, por inexistir irregularidades no valor do vencimento base dosprofessores de São João do Piauí contratados pelo teste seletivo realizado em 2017. Com base nos documentos acostados pela municipalidadenaquele procedimento, vem sendo respeitado o valor do piso salarial referentes à carga horária exigida aos professores.O arquivamento do Inquérito Civil Público nº 20/2018 foi homologado pelo Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Piauí na 1316ªsessão ordinária, julgado em 06/09/2019.Quanto aos demais assuntos como irregularidades no não pagamento de 13º salário, 1/3 de férias e indenizações trabalhistas, vê-se que pelanarrativa, que a resolutibilidade do problema aventado pelo denunciante é de natureza particular, não gerando a participação do MinistérioPúblico para a solução do problema apresentado.Pela denúncia apresentada, nota-se que há uma insatisfação por parte do trabalhador em razão do descumprimento do empregador quanto alegislação pertinente. Assim, trata-se claramente de interesso próprio do trabalhador.Assim sendo, INDEFIRO A INSTAURAÇÃO DE NOTÍCIA DE FATO o que faço com fulcro no art. 4º, § 4º, da Resolução nº 174/2017, doConselho Nacional do Ministério Público.Para fins de registro no Sistema SIMP, registre-se o presente indeferimento como Notícia de Fato, diante da impossibilidade de cadastro noreferido sistema nos moldes que se encontra-se previsto na Resolução nº 174/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.Notifique-se, por e-mail, a pessoa interessada do indeferimento de instauração de Notícia de Fato.Publique-se. Após arquive-se.São João do Piauí/PI, 4 de junho de 2020.[Assinado digitalmente]JorgeLuizdaCostaPessoaPROMOTORDEJUSTIÇA

Procedimento Administrativo - 25ª PJSIMP nº 000024-111/2019Reclamantes: Raimundo Nonato dos SantosFrancisco Pereira LemosReclamado: Comissão Eleitoral da Associação de Moradores Bairro Água MineralPARECER DE ARQUIVAMENTOCuida-se a presente demanda de Reclamação feita por Raimundo Nonato dos Santos e Francisco Pereira Lemos noticiando algumasirregularidades junto ao processo de eleição da Associação de Moradores Bairro Água Mineral.Informam os reclamantes que são pessoa associada junto à Associação de Moradores Bairro Água Mineral, e representantes das chapas 01 e02, dirigindo-se a esta Promotoria de Justiça na data de 24 de outubro de 2019, portando alguns documentos, relatou-se que há certasirregularidades atinentes ao pleito, dentre elas o fato de que havia sido requerido urna eletrônica, sendo que, na realidade, haveria de ocorreratravés de cédula; a lista de votantes supostamente se encontrava incompleta e errônea, contendo nomes repetidos, a ausência de um doscandidatos à eleição não constava na lista para votação.Por fim, solicitou a suspensão da eleição a ser realizada na data de 27 de outubro de 2020.Tendo em vista a iminente realização da eleição, a fim de resguardar a Associação de eventuais irregularidades, expediu-se notificaçãorecomendatória a fim de suspender temporariamente a eleição enquanto houvesse a apuração do caso e resolução das pendências.Posteriormente, compareceu a esta Promotoria de Justiça membros da Comissão Eleitoral do Bairro Água Mineral, onde, o Sr. Marco AntônioRocha Sousa informou que não procedem as alegações dos Reclamantes, afirmando, inclusive que a fim de corroborar a improcedência do pleitoperpetrado pelos Reclamantes seria encaminhado ao Ministério Público a documentação correspondente à realidade dos fatos.Em decorrência do lapso temporal que se estendia, devido ao fato de não ter ocorrido a apresentação de documentação, esta Promotoria deJustiça expediu ofício ao Sr. Marco Antônio Rocha Sousa a fim de que comparecesse ao Ministério Público e que fossem encaminhados osdocumentos pendentes para fins de elucidação do feito.Não obstante tenha sido recebido o ofício, decorrido o prazo legal, o Requerido quedou-se de se apresentar, ensejando o devido prosseguimentodo feito as partes foram intimadas para comparecer a audiência extrajudicial conciliatória com o fito de proporcionar resolutividade ao presentecaso.É o relatório. Passo a opinar.Como se verifica nos autos, foram requisitados documentos comprobatórios aos Requeridos, bem como o comparecimento para fins deelucidação das alegações, sob pena de arquivamento.É cediço que as associações são entidades de direito privado sem fins lucrativos, podendo assumir, em maior ou menor grau, uma naturezasocial, ou mesmo ser voltada apenas à satisfação dos interesses de seus associados, diz-se então que as associações são caracterizadas poruma união de pessoas. Senão vejamos o disposto no Código Civil:Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.Logo, nas associações, o patrimônio é constituído pelos associados, sendo os interesses, fins e meios próprios, exclusivos dos sócios, e, porconsequência, os fins podem ser alterados pelos associados.A nossa Lei Maior dispõe que os cidadãos têm direito de criar livremente a associação que quiserem, sem depender da autorização estatal (art.5º, XVIII, CF); de aderir e de desligar-se de qualquer associação, porque ninguém poderá ser obrigado a associar-se nem de permanecerassociado (art. 5º, XX, CF). Ao mesmo tempo que assegura direitos e garantias aos associados, a Constituição Federal veda a interferênciaestatal no funcionamento das associações (art. 5º, XVIII), chegando a proibir sua dissolução compulsória ou a suspensão das suas atividades, anão ser com a observância do devido processo legal (art. 5º, XIX, CF).Outrossim, as associações comunitárias, espécies do gênero associações, são de essencial importância quando possuem condições de fornecero fundamento necessário frente a reivindicações de seus representados, podendo organizar e centralizar as demandas da comunidade,requerendo diante dos poderes públicos a inclusão na agenda política de projetos visando melhores condições de infraestrutura, transporte, lazer,educação e segurança pública.Quanto a este Parquet, a Constituição Federal é categórica ao trazer em seu art. 127 que o Ministério Público é instituição permanente, essencialà função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuaisindisponíveis.Por outro lado, o art. 37 da Lei Complementar Estadual nº 12/1993 elenca um rol de mecanismos dos quais pode se valer o MP, e dentre elesnão há previsão de um que exorbite o dever institucional. Dito isso, porque, quanto às Associações, o Ministério Público cumpre o papelmeramente conciliatório, não havendo disposição no ordenamento pátrio para agir com a mesma cogência judicial de determinação ouacertamento do direito.O acompanhamento e a atuação pelo Ministério Público dos pleitos formulados pela comunidade, por meio da associação, se confunde comintervenção no funcionamento das entidades, o que é vedado pelo art. 5º, inciso XVIII, da Constituição Federal, pois, o MP não detém aprerrogativa de interferir de modo incisivo nas atividades e disposições para fins das associações.Quanto aos pedidos pleiteados pelo Reclamante, vê-se que não obstante tenha ocorrido a juntada de documentação atinente, não se verificou a

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total subsistência de seus pedidos mediante as provas documentais apresentadas, sendo insuficientes para fins de visualização do direitopretendido.Embora tendo sido sucessivamente intimado, o Reclamado não se apresentou para fins da audiência extrajudicial a ser realizada.Passemos à conclusão:Sobre o presente caso, verifica-se que a demanda visa como solução as supostas irregularidades/controvérsias cometidas pela ComissãoEleitoral: a necessidade de eleição por meio de urna eletrônica com o fito de maior lisura do feito; o afastamento da Comissão Eleitoralpor haver irregularidades quanto ao número de cadastrados pelos motivos de não exercerem moradia no Bairro para fins de votação ea apuração quanto ao valor de cerca de 5 mil reais em posse do presidente da Comissão Eleitoral, Sr. Marco Antônio.No que tange ao direito, vê-se que do ponto de vista jurídico-legal pela interpretação analógica do art. 485, VI, do Código de Processo Civil, e,pelo fato de haver a aplicação supletiva deste diploma legal aos processos administrativos, foi apresentada a documentação consistente nosvalores transferidos ao Sr. Marco Antônio Rocha Sousa enquanto Presidente da Comissão Eleitoral da Associação de Moradores do Bairro ÁguaMineral, o que torna sem efeito as advertências cabíveis segundo o Ofício nº 52/2020.Em análise dos valores trazidos pelo Reclamado, verificou-se que, de fato, o Sr. Marco Antônio ainda tem em sua posse a quantia de R$6.320,20 (seis mil, trezentos e vinte reais e vinte centavos), quantia essa que se encontra de acordo, e, na realidade, um pouco superior aosvalores que o Reclamante, Sr. Raimundo Nonato, afirmou estar em posse do membro da Comissão Eleitoral, não havendo, assim, porque sujeitá-lo a qualquer ação de prestação de contas a ser ajuizada pelo Ministério Público, tendo em vista o Reclamado ter afirmado possuir o valorconstante nos comprovantes.Tal situação, todavia, não obsta o zelo para com a Associação de Moradores do Bairro Água Mineral, algo que, em síntese, manifesta-se atravésda consideração de que o presente procedimento merece ser realizado a fim de dar andamento às atividades da Associação.Quanto a tal aplicação, registre-se que a jurisprudência pátria se posiciona no sentido de que é possível a aplicação do Código de Processo Civilaos processos administrativos:Ementa: Assunto: Processo Administrativo Fiscal Período de apuração: 25/06/1999 a 24/09/1999 NORMAS PROCESSUAIS. ADMISSIBILIDADEDO RECURSO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. LEGITIMIDADE PASSIVA. Aplicam-se, subsidiariamente, ao processo administrativo fiscal asnormas do Código de Processo Civil, como a do seu art. 485 (antigo 267) que permite o conhecimento de ofício das matérias de ordempública ali expressamente enumeradas, entre as quais consta a legitimidade das partes. (Acórdão 9303-003.834. Processo16327.001353/2004- 16. Data de Publicação 11/08/2016. Relator Henrique Pinheiro Torres).Em decorrência disso, pelo exposto acima, o entendimento mais razoável adotado por esta Promotoria de Justiça é justamente o reinício doprocesso eleitoral desde o início a fim de que não ocorra prejuízo a quaisquer dos associados e, de modo preventivo, que seja retomado oprocesso a partir de se alteração do nome da Associação dos Moradores do Bairro Água Mineral de modo a se evitar as controvérsias.Não obstante, ressalte-se que sobre as associações incide a determinação constitucional prevista nos seguintes incisos do art. 5º da ConstituiçãoFederal, in verbis:Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentesno País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:(...)XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatalem seu funcionamento;XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se,no primeiro caso, o trânsito em julgado;XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ouextrajudicialmente;Ademais, ressalte-se que o respeito ao referido comando constitucional de não intervenção estatal, constante no art. 5º, inciso XVIII, da CF,naturalmente, não significa blindagem das associações ao controle judicial. Quando existentes indícios de incompatibilidade das atividadesassociativas com a ordem jurídica constitucional, cabe ao Ministério Público atuar para fazer cessar a ofensa.No decorrer do procedimento administrativo, foi informado pelo Reclamante, Sr. Raimundo Nonato, que foi requerida a necessidade de utilização,para fins de lisura do pleito, que ocorressem as eleições por meio de urna eletrônica a ser fornecida pelo Tribunal Regional Eleitoral, algo queesta Promotoria de Justiça concorda, isso porque tal medida acarretará maior veracidade aos votos depositados, motivo esse pelo qual oMinistério Público notificará o Tribunal Regional Eleitoral a fim de que forneça, respeitando-se os meios disponíveis, o fornecimento de urnaeletrônica.No que tange ao afastamento da atual Comissão Eleitoral por haver supostas irregularidades cometidas quanto ao cadastro de associados parafins de manipulação dos resultados do pleito eleitoral, em contraposição à lista de cadastrados inicialmente fornecida pelos Reclamantes - que,de fato, contém diversas incoerências como nomes repetidos, diferentes cédulas de identidade para a mesma pessoa.Somente após sucessivas intimações, foi fornecida, em contrapartida, outra lista onde a ordem de nomes estava em ordem alfabética e algumasincoerências e inconsistências foram supridas, que podem ser evidenciadas, por exemplo, quando da menção do nome de Fabio Francisco dosSantos Sousa e Fabio Francilino dos Santos Sousa, em que constam nomes demasiadamente semelhantes, o mesmo RG e mesmo endereço;Ante a isso, deve-se destacar que as informações ainda foram solicitadas para que houvesse elucidação do presente caso e transparência paracom a comunidade a respeito dos valores em mãos juntamente à Comissão Eleitoral, mas que deve se dar ênfase ao fato de que houvecomparecimento informal do Reclamado em meados de novembro de 2019 a esta Promotoria de Justiça, e, muito embora, tendo secomprometido a trazer a documentação pendente, somente na terceira determinação perpetrada pelo Ministério Público é que houvecomparecimento na data de 13 de março de 2020, mesmo nas anteriores tendo apresentado ciente de recebimento da intimação.Tendo em vista essa situação, vê-se que o não respeito aos prazos de 10 (dez) dias úteis estabelecidos pelo Ministério Público paracomparecimento e requisição de documentos, os quais, não foram respeitados pelo Reclamado. (aplicação analógica da requisição dedocumentos constante na Lei da Ação Civil Pública - Lei nº 7.347/85)Em decorrência disso, é aplicável ao caso, com a devida ponderação e bom senso, os efeitos da revelia, que é uma relativa presunção deveracidade dos fatos alegados pelo autor, aplicando-se, analogamente, nesse ínterim, o disposto no art. 349, do vigente Código de ProcessoCivil, in verbis:Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempode praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.Acerca do tema, o seguinte julgado perfilha e se posiciona no sentido de ser cabível os efeitos da revelia aos procedimentos administrativos:APELAÇÃO CÍVEL - EMBARGOS Á EXECUÇÃO FISCAL - CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA - REQUISITOS PREENCHIDOS - INEXISTÊNCIA DENULIDADE - CUMULAÇÃO DE DÉBITOS - POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DE DECISÃO EM PROCESSOADMINISTRATIVO - INOCORRÊNCIA - DECRETAÇÃO DE REVELIA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO - POSSIBILIDADE DESDE QUEANALISADO O MÉRITO DA QUESTÃO EM SEUS ASPECTOS FORMAIS E MATERIAIS - ATENDIMENTO DA RECLAMAÇÃO DOCONSUMIDOR - NÃO COMPRAVAÇÃO - MERAS ALEGAÇÕES - RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Sobre a certidão da dívida ativa, esta atendeuao disposto no artigo 2º, parágrafo 5º, inciso II, da Lei 6.830/80, eis que consignou, entre outros elementos, os valores originários das dívidas,dando-lhe transparência como título de crédito extrajudicial. As consignações dos dados são, portanto, corretos e compreensíveis, permitindo aojuízo auferir a legalidade, certeza, liquidez e exigibilidade das dívidas, da mesma natureza, o que possibilitou à executada a ampla defesa; 2 .

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2.4. 5ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PICOS-PI12024

Faz-se necessário destacar que, "in casu", todos os débitos referem-se ao mesmo tipo de violação de direitos do consumidor, portantoperfeitamente cumulável, não havendo que se cogitar em nulidade. 3. In casu, as decisões administrativas, a meu ver, encontram-serevestidas de fundamentação, com perfeita observância ao art. 93, IX, da Constituição Federal, vez que a autoridade competentemencionou expressamente em seu decisório as razões que o conduziram à conclusão de que o Apelante teria praticado a referidainfração. 4. Não pode o poder público, ficar a mercê de agente supostamente infrator, aguardando a vontade alheia, para se defenderquando bem entender ou quando a ocasião lhe convier, uma vez que foi concedido o direito do contraditório e ampla defesa; 5 . Noentanto, em que pese às argumentações da apelante, não identifica ou demonstra a ocorrência de ter sanado os vícios que os reclamantesapontaram, sendo que suas argumentações, por si só, não possuem forca capaz de elidir a sanção pecuniária. (TJ-PR - AC: 2887745 PRApelação Cível - 0288774-5, Relator: Dimas Ortencio de Mello, Data de Julgamento: 07/12/2005, 17ª Câmara Cível, Data de Publicação:13/01/2006 DJ: 7037)O Ministério Público não entende ser razoável o comparecimento do Reclamado após findo prazo razoável estabelecido. Nesse diapasão, a LeiComplementar Estadual nº 12, de 18 de dezembro de 1993, em seu art. 37, II, do vigente Código de Processo Civil preceitua a atribuiçãoministerial de requisição de informações e documentosArt. 37 - No exercício de suas funções, o Ministério Público poderá:(...)II - requisitar informações, exames, perícias e documentos a entidades privadas, para instruir procedimentos ou processos em queoficie;Dessa forma, pelo fato de entender se incidir ao caso os efeitos da revelia pelos motivos supramencionados aliado ao não comparecimento emmais de uma ocasião não obstante a intimação do Ministério Público, bem como, pelo fato de que o processo eleitoral da Associação deve existir,entende esta Promotoria de Justiça que o caminho mais prudente é o afastamento desta Comissão Eleitoral a fim de que ocorra oprosseguimento do pleito.Ademais, por pertinência temática, no que tange aos votantes vê-se que o Estatuto da Associação de Moradores do Bairro Água Mineral é silentequanto aos indivíduos que poderão exercer o direito ao voto, in casu, se os associados para fins de votação podem ser moradores ou não. Istoporque o art. 18, que é aquele que em tese se poderia inferir ou suprir tal afirmação, limita-se, tão somente a determinar que PESSOASESTRANHAS À ASSOCIAÇÃO NÃO PODERÃO TOMAR CARGO, mas é omisso quanto aos critérios de votação.Nesse diapasão, é a literalidade do mencionado art. 18, in verbis:"Art. 18 - Não poderão tomar parte de qualquer cargo dos órgãos da Associação pessoas estranhas que não residam no Bairro,Conjunto, perdendo o cargo aquele que o abandonar ou mudar-se para outro Bairro ou Conjunto."Tendo em vista a disposição e pelo fato de não caber ao Ministério Público realizar interpretação extensiva devido ao motivo de que isso feriria aautonomia da Associação em deliberar sobre seu funcionamento e regras, faz-se mister acrescentar que quanto a isso o art. 25 esclarece que oscasos omissos serão decididos pela Diretoria Executiva e referendados pela Assembleia Geral mediante a votação da Maioria Simples de seusfiliados.É o teor do art. 25 do Estatuto da Associação de Moradores do Bairro Água Mineral, verbo ad verbo: "Os casos omissos a este estatuto serãodecididos pela Diretoria Executiva e referendados pela Assembleia Geral por maioria simples de seus filiados"Outrossim, devido ao zelo para com a autonomia inerente às Associações Civis, entende o MP que se aplique tal dispositivo e tal fato sejadiscutido em Assembleia Geral.Ora, é clarividente que a regra constitui a não intervenção ministerial, e as exceções só são legitimadas quando houver irregularidades contráriasà ordem jurídica, mas tal constatação não expurga a atuação conciliatória pretendida por este Parquet.Portanto, diante do exposto, o Ministério Público, investido de suas atribuições legais, através do Promotor de Justiça que ora subscreve,DECIDE pelo ARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo, SIMP nº 000024-111/2019, com base nos fatos e motivossupramencionados, OPINANDO pelo afastamento desta Comissão Eleitoral e a realização do processo de eleição desde o início, com aressalva de que sejam aproveitadas as Chapas até o presente momento inscritas, respeitando-se, desde já, a lisura e publicidade dosatos a fim de disponibilizá-los aos associados, a autonomia inerente às Associações para realização de suas atividades.Acerca do processo eleitoral, o Ministério Público do Estado do Piauí, vislumbrando o interesse social atinente ao caso através daimediata necessidade de realização de eleições, OPINA que o processo eleitoral ocorra NECESSARIAMENTE por meio de urnaeletrônica a ser fornecida pelo Tribunal Regional Eleitoral, respeitando-se, contudo, a disponibilidade e viabilidade deste órgão judicialpara fins de fornecimento.Ademais, no que tange à importância investida para fins da eleição que não ocorrera devido às alegações de iminentes irregularidades,que sejam os valores de R$ 6.320,20 (seis mil, trezentos e vinte reais e vinte centavos) sejam revertidos em favor da Associação dosMoradores do Bairro Água Mineral ou aproveitados quando do processo de nova eleição ficando sobre a posse do Sr. Marco AntônioRocha Sousa até que seja designado eventual novos membros de nova Comissão Eleitoral.Ao final, intime-se deste parecer de arquivamento as partes e o órgão superior, sejam os comprovantes dos valores a título e para finsda Associação sejam devolvidos ao então possuidor, Sr. Marco Antônio, lavrando-se, após, o devido auto de restituição quandosuperada a pandemia do Covid-19, para assim dar seguimento ao procedimento eleitoral para fins pessoa jurídica em comento.Enfim, destaque-se que a intimação das partes ocorrerá por meio eletrônico ou telefônico disponível para contato, tendo em vista aimpossibilidade de fazê-lo pessoalmente, devido à pandemia causada pelo Covid-19.É o parecer.Publique-se. Notifique-se. Arquive-se.Teresina, 30 de maio de 2020.JOSÉ REINALDO LEÃO COELHOPromotor de Justiça25ª Promotoria de Justiça

Processo n.º 0000409-04.2020.8.18.0032SIMP n.º 001034-361/2020DECISÃOTrata-se, em tese, da suposta prática do crime de embriaguez ao volante (art. 306 do CTB), figurando como indiciado RAIMUNDO NONATO DESOUSA, CPF nº 271.604.708-18.Da análise dos fatos e consoante apregoa o art. 28-A do CPP, em face do preenchimento dos requisitos legais exigidos, concluiu-se pelaimpossibilidade de propositura de Acordo de Não Persecução Penal-ANPP ao indiciada, tendo em vista pesar em seu desfavor outras anotaçõescriminais de mesma natureza que apontam pra a incidência habitual nestas condutas delituosas.Fora expedida a notificação nº: 1412/2020-001034- 361.2020/SUPJP/5ªPJ-PICOS, com a finalidade de que o investigado tome ciência dadecisão ministerial para que, querendo, recorra desta.Contudo, observa-se, em consulta ao Sistema Integrado do Ministério Público (SIMP), que foi anexada certidão informando a respeito daimpossibilidade de notificação do imputado, Raimundo Nonato de Sousa.É um sucinto relatório. Passo a decidir.

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2.5. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI12025

Apregoa o art. 28-A do CPP que:Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penalsem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecuçãopenal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa ealternativamente: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; (Incluído pela Leinº 13.964, de 2019)- prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a doisterços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), aentidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicosiguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penalimputada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento ediminuição aplicáveis ao caso concreto. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ouprofissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal,transação penal ou suspensão condicional do processo; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)- nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, emfavor do agressor.Assim, evidenciado pelo MP a existência de elementos probatórios que indicam ter o investigado conduta criminal habitual, inaplicável a benessedespenalizante do ANPP - Acordo de Não Persecução Penal, pois palpável que o instituto não logrará a devida resposta penal junto aocomportamento social do investigado.Pois, cumpre salientar que tramita em desfavor do investigado, além deste, os processos nº 0000327-35.2019.8.18.0152, 0000323-95.2019.8.18.0152 e 0000021-32.2020.8.18.0152, todos de competência do Juizado Especial Criminal, sendo que em um deles já foi beneficiado por proposta de transaçãopenal, denotando ser pessoa com personalidade perigosa, que mesmo sendo agraciado pela justiça voltou a delinquir, vicissitude que afasta aconveniência de viabilizar-lhe o ANPP.Assim, NEGO-LHE a oferta de ANPP - Acordo de Não-Persecução Penal, devido estar caracterizada a reiteração delituosa do investigado.Notifique-se o investigado ou seu advogado para conhecimento desta decisão por publicação em DOEMPI, bem como da faculdade deeventual apresentação recursal no prazo de 05(cinco) dias, conforme art. 28-A, §14 do CPP e Ato PGJ n.º 989/2020.Não apresentada impugnação a presente decisão, venham conclusos.Picos/PI, datado e assinado digitalmente pelo R.MP.MAURICIO GOMES DE SOUZA:950 30301453Assinado de forma digital por MAURICIO GOMES DE SOUZA:95030301453 Dados: 2020.06.0222:26:37 -03'00'

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 75/2019 NOTÍCIA DE FATO Nº 001071-060/2019DECISÃO DE ARQUIVAMENTOO Procedimento Administrativo epigrafado foi instaurado no dia 20.09.2019 (fls. 02/04), através da Portaria nº 75/2019, sob SIMP nº 001071-060/2019, com base no Termo de Declaração prestado pelo Sr. Raimundo Chaves Costa no dia 16.09.2019 na Sede das Promotorias de Justiçade Campo Maior/PI, noticiando que sua filha Maria de Jesus Chaves da Costa (40 anos) vem lhe perturbando o sossego, bem como de suaesposa Filomena Saraiva Chaves Costa ( fl. 07 e documentos de fl. 08).Inicialmente foram determinadas as seguintes medidas: I) Expedição de notificação à Sra. Maria de Jesus Saraiva da Costa, para comparecerjunto a Sede das Promotorias de Campo Maior, para tratar de assunto do interesse da justiça, no prazo de 10 (dez) dias corridos; II) Expediçãode notificação ao Sr. Abimael Saraiva Costa, para comparecer junto a Sede das Promotorias de Campo Maior, para tratar de assunto do interesseda justiça, no prazo de 10 (dez) dias corridos; III) Expedição de notificação à Sra. Maria Lúcia Saraiva Costa, para comparecer junto a Sede dasPromotorias de Campo Maior, para tratar de assunto do interesse da justiça, no prazo de 10 (dez) dias corridos; IV) Expedição de ofício àSecretaria Municipal de Assistência Social e Geração de Renda de Campo Maior/SEMAS, solicitando a realização de Estudo Social acerca dasituação vivenciada pelos idosos, o Sr. Raimundo Chaves Costa e a Sra. Filomena Saraiva Chaves Costa, no prazo de 10 (dez) dias corridos; V)Expedição de ofício ao Conselho do Idoso de Campo Maior, solicitando a realização de Estudo Social acerca da situação vivenciada pelosidosos, o Sr. Raimundo Chaves Costa e a Sra. Filomena Saraiva Chaves Costa, no prazo de 10 (dez) dias corridos; ( fls. 02/04);As medidas acima foram cumpridas através dos expedientes dos dias 07.10.2019, 08.10.2019 e 16.10.2019 acostados aos autos (fls. 17/21 e23/29).O Sr. ABIMAEL SARAIVA CHAVES COSTA compareceu no dia 21.10.2019 na Sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior, onde declarou: " Que confirma as declarações do senhor Raimundo Chaves da Costa; Que a irmã, Maria de Jesus Saraiva Costa, ameaça constantemente oseu pai, dizendo que vai matá-lo e esfaqueá-lo; Que a irmã já ameaçou e tentou agredir o pai fisicamente; Que a irmã agrediu (com socos) aoutra irmã, Maria Lúcia Saraiva Costa; Que Maria de Jesus Saraiva Costa desde de muito cedo (às 4h da manhã) já está na casa da mãe dodeclarante, Filomena, fazendo barulho e perturbando o sossego; Que as ameaças e agressões por parte da irmã não cessaram nem quando anotificação do Ministério Público chegou; Que Maria de Jesus Saraiva Costa tem ciência do que faz e usa como desculpa os problemas mentaisque possui; Que ela tem esse comportamento também com outros parentes (primos e tias); Que as outras pessoas deixaram de frequentar acasa da sua mãe, Filomena, devido o comportamento da sua irmã, Maria de Jesus Saraiva Costa; Que o depoente quer que o Ministério Públicoresolva a situação, que a mãe tenha sossêgo e a irmã fique na sua casa." (fls. 31/32 e documentos de fl. 33).A Sra. MARIA LÚCIA SARAIVA COSTA compareceu na sede das promotorias de justiça de campo maior no dia 21.10.2019, onde declarou: "Que confirma as declarações do senhor RAIMUNDO CHAVES DA COSTA; Que sua irmã não respeita nenhum membro da família; Que a irmã,Maria de Jesus Saraiva Costa, ameaçou dar dez facadas na mãe da declarante; Que impediu que a irmã agredisse fisicamente a mãe; Quepossui um vídeo (anexo) no qual Maria de Jesus Saraiva Costa tenta esfaquear Filomena; Que quer que o Ministério Público tome providênciasno sentido que cessem as ameaças da irmã." (fl. 34 e documentos de fls. 35/37).A Sra. MARIA DE JESUS SARAIVA COSTA compareceu na sede das Promotorias de Justiça de Campo Maior no dia 21.10.2019, onde declarou:" Que responde muito o pai, Raimundo Chaves da Costa, porque ele é muito agressivo e ignorante; Que a relação com seu irmão, Abimael

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2.6. 3ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE PIRIPIRI12026

2.7. 35ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TERESINA-PI12028

Saraiva Costa, e sua mãe, Filomena Saraiva Chaves da Costa, é boa; Que tem um convívioperturbado com a irmã, Maria Lúcia Saraiva Costa, porque ela é encrenqueira e se ressente da relação da depoente com a mãe; Que a irmãtambém não gosta do seu marido, Edimilson Saraiva Lacerda, e o proibiu de ir a casa do pai da declarante; Que, segundo a depoente, o pai atrata mal devido os problemas psicológicos que a declarante possui; Que a irmã não quer a declarante na casa da mãe; Que a irmã tem raiva dadeclarante porque esta faz as atividades domésticas para a mãe, enquanto Maria Lúcia Saraiva Costa quer que uma pessoa seja contratada paraisso; Que xingou o pai em um momento de raiva e que não se lembra de ter ameaçado a vida dele; Que não tem dado sossêgo a sua mãeporque fica como muita raiva devido as provocações da irmã Filomena." (fls. 38/39 e documento de fls. 40/41).Considerando o prazo expirado para o aguardo de resposta em secretaria, exarou-se despacho de impulsionamento no dia 04.12.2019determinando: I) Expedição de ofício à Secretaria Municipal de Assistência Social de Nossa Senhora de Nazaré/PI, solicitando novamente arealização de Estudo Social acerca da situação vivenciada pelos idosos, o Sr. Raimundo Chaves Costa e a Sra. Filomena Saraiva Chaves Costa,no prazo de 10 (dez) dias corridos; II) Expedição de ofício ao Conselho do Idoso de Nossa Senhora de Nazaré/PI, solicitando novamente arealização de Estudo Social acerca da situação vivenciada pelos idosos, o Sr. Raimundo Chaves Costa e a Sra. Filomena Saraiva Chaves Costa,no prazo de 10 (dez) dias corridos (fl. 45).A Secretaria de Assistência Social de Nossa Senhora de Nazaré-PI, via CRAS, protocolou no dia 06.12.2019 PARECER SOCIAL Nº 03 sobre asituação vivenciada pelos idosos Filomena Saraiva Chaves Costa e Raimundo Chaves Costa, relatando que : " ...segundo a depoente Filomena,ela vinha passando por sérios conflitos com a sua outra filha, Maria de Jesus Saraiva Costa, que chegou a agredi-la após a separação docompanheiro. No entanto, após a separação, Maria de Jesus retomou o convívio com este mesmo companheiro, e atualmente encontra-se emunião estável. A mãe relata que a filha apresenta problemas psicológicos e faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial-CAPS.Expressando ter superado os conflitos com a filha, que reside próximo a sua residência, é importante mencionar que a mesma vem dandocontinuidade ao acompanhamento no CAPS, fazendo uso de medicações. Portanto, a Sra. Filomena informa que atualmente tem boa convivênciacoma filha e toda a família, visto que no ambiente não foi encontrado nenhum indício de violação de direitos contra a mesma." (fls. 47/48).É o sucinto relatório. Passo a decidir.Considerando que o Sr. ABIMAEL SARAIVA CHAVES COSTA e a Sra. MARIA LÚCIA SARAIVA COSTA (irmãos da denunciada) sustentaramque a denunciada MARIA DE JESUS SARAIVA COSTA tem ciência desse comportamento agressivo contra os próprios pais e demais familiares,se valendo e usando como desculpa os problemas mentais que possui;Considerando que a denunciada - MARIA DE JESUS SARAIVA COSTA - asseverou que sofre de problemas psicológicos;Considerando que a vítima - Sra. FILOMENA SARAIVA CHAVES COSTA - relatou para a equipe do CRAS de Nossa Senhora de Nazaré que suafilha - MARIA DE JESUS SARAIVA COSTA - apresenta problemas psicológicos e faz acompanhamento no Centro de AtençãoPsicossocial/CAPS;Considerando que Secretaria de Assistência Social de Nossa Senhora de Nazaré-PI, via CRAS, ressaltou a denunciada - MARIA DE JESUSSARAIVA COSTA - vem dando continuidade ao acompanhamento no CAPS e fazendo uso de medicações;Considerando que a vítima - Sra. FILOMENA SARAIVA CHAVES COSTA - relatou para a equipe do CRAS de Nossa Senhora de Nazaré tersuperado os cnflitos com sua filha - MARIA DE JESUS SARAIVA COSTA e que atualmente tem boa convivência com a filha e toda a família;Considerando que Secretaria de Assistência Social de Nossa Senhora de Nazaré-PI, via CRAS, destacou que na visita domiciliar realizada nãofoi encontrado nenhum indício de violação de direitos contra a vítima - FILOMENA SARAIVA CHAVES COSTA.Considerando as informações até o momento amealhadas nos presentes autos dispensam a realização de qualquer outra diligência, inclusive dadiligência requisitada à Presidente do Conselho Municipal do Idoso de Nossa Senhora de Nazaré-PI;Considerando que não há necessidade de que nenhuma outra medida seja observada pelo Ministério Público, ressaltando que eventual fato novoque necessite da pronta intervenção do Ministério poderá ser apurado mediante novel Notícia de Fato e/ou Procedimento Administrativo.O Ministério Público Estadual, via Promotor de Justiça titular da 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior RESOLVE: PROMOVER OARQUIVAMENTO do presente Procedimento Administrativo nº 75/2019, nesta 2ª Promotoria de Justiça de Campo Maior, com base no art. 13,caput, c/c art. 8º, III ambos da Resolução nº 174, 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se o reclamante, através de ofício, com a informação de que desta decisão cabe recurso ao CSMP-PI, no prazo de (10) dez dias,devendo a comunicação ser encaminhada pelos Correios, com aviso de recebimento que deverá ser acostado aos autos, nos termos do art. 13,caput e §§ 1º e 3º da Resolução nº 174/2017, de 04/07/2017, do Conselho Nacional do Ministério Público.Comunique-se ao Egrégio Conselho Superior do Ministério Público sobre esta decisão de arquivamento dos presentes autos, em atendimento aoOfício Circular nº 004/2017 - CGMP/PI, de 17/01/2017.Cumpra-se. Após, proceda-se à baixa no SIMP, observando as cautelas de praxe. Campo Maior (PI), 18 de março de 2020.CEZARIO DE SOUZA CAVALCANTE NETOPromotor de Justiça

PORTARIA nº 17/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio do Promotor de Justiça signatário, no uso de suas atribuições conferidas pelos arts.127 e 129, ambos da Constituição Federal de 1988:CONSIDERANDO que ao Ministério Público compete a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, do patrimônio público e social, dosinteresses sociais e individuais indisponíveis, cabendo-lhe "zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância públicaaos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia", conforme os arts. 127, caput, e 129, inciso II,da CF/88;CONSIDERANDO que decorre da Constituição Federal o direito fundamental à administração pública eficiente e eficaz, cumpridora de seusdeveres, com transparência, motivação, imparcialidade e respeito à moralidade, à participação social e à plena responsabilidade por suascondutas omissivas e comissivas;CONSIDERANDO o requerimento dos reclamantes em anexo, no qual declararam a irregularidade no transporte escolar do Município deBrasileira/PI.RESOLVE, com fulcro nos artigos 8º, III, e 9º, da Resolução nº 174/2017-CNMP, instaurar Procedimento Administrativo, sob o número17/2020, com as seguintes medidas iniciais:a autuação da presente portaria, encaminhando-se cópia da mesma ao DOEMP/PI a fim de conferir a publicidade exigida pelo artigo 9º daResolução n° 174/2017 do CNMP;a juntada do atendimento de registro de nº 542-368/2019, dos Reclamantes e demais documentos;a expedição de Ofício à Prefeitura Municipal de Brasileira/PI para que se manifeste quanto à referida denúncia, no prazo de 15 (quinze) dias.Cumpra-se com urgênciaApós, voltem-me os autos conclusos para análise e ulteriores deliberações Registre-se, Publique-se, e autue-se.Piripiri, 30 de janeiro de 2020.Nivaldo RibeiroPromotor de Justiça da 3ª PJ de Piripiri-PI

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2.8. 2ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE VALENÇA DO PIAUÍ-PI12029

PORTARIA Nº Q02/2020INSTAURA O PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº Q03/2020SIMP 000159-424/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por meio de seu representante, Promotor de Justiça da Fazenda Pública, no uso de suasatribuições legais, em vista do disposto no art. 129 da Constituição Federal e art. 26 da Lei n. 8.625/93 - Lei Orgânica do Ministério Público; eCONSIDERANDO que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, ao teor do art. 127, caput, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que é função institucional do Ministério Público a promoção de Procedimentos Administrativos, Inquéritos Civis e Ações CivisPúblicas para proteção de direitos difusos e coletivos, segundo o que prevê o art. 129, inciso II, da Constituição Federal;CONSIDERANDO que a Constituição Federal impõe à Administração Pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e da eficiência (art. 37,caput);CONSIDERANDO a denúncia encaminhada por meio da Ouvirdoria ao Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e daProbidade Administrativa, na qual, segundo informa o denunciante, o Governo do Estado realizou a aquisição de 17 Computadores e 8Impressoras no âmbito do combate ao COVID 19, totalizando o montante de R$ 274.080,00 consubstanciado através da Nota de Empenho1701162020NE00316;CONSIDERANDO, ainda, que o denunciante aduz que tal despesa não corresponde aos valores usualmente praticados no mercado, o que,segundo ele, denota possível superfaturamento;CONSIDERANDO que, não obstante o quadro de calamidade pública enfrentado pelo Estado do Piauí frente à propagação do COVID-19,reconhecido pelo Decreto Governamental nº 18.895, de 19 de março de 2020, não há margem aos gestores para que atuem em completodescompasso às normas legais, sob pena de infringirem o ordenamento jurídico pátrio;CONSIDERANDO que a Eficiência Administrativa é premissa norteadora da atuação estatal que, por meio de seus órgãos, deve adotar medidastendentes à efetivação do interesse público, sempre tendo como alicerces a presteza, a economicidade e a efetividade;CONSIDERANDO que, segundo o art. 24, IV, da Lei 8.666/1993, "é dispensável a licitação: (...) IV - nos casos de emergência ou de calamidadepública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas,obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situaçãoemergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) diasconsecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos";CONSIDERANDO que, nos termos do parágrafo único do artigo 26 da Lei nº 8.666/93, o processo de dispensa de licitação deverá conter a)razão da escolha do fornecedor ou executante; b) justificativa do preço; c) documento da aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bensserão alocados;CONSIDERANDO, assim, a necessidade de colher elementos quanto à forma de aquisição dos equipamentos eletrônicos acima descritos;RESOLVE:Com fundamento no art. 37, inciso I, da Lei Complementar nº 12, de 18 de dezembro de 1993, e conforme a Resolução nº 23, de 17 de setembrode 2007, do CNMP, INSTAURAR o PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO Nº Q03/35ªPJ/2020, o qual terá por objeto a apuração quanto àregularidade na aquisição de 17 computadores e 8 impressoras para processamento de dados relacionados ao COVID-19. Determino, desde já, arealização das seguintes diligências:1. Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio desta Promotoria de Justiça,conforme determina o art. 8º, da Resolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;2. Encaminhe-se arquivo da presente portaria ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;3. Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina oart. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;5. Oficie-se ao Secretário Estadual de Saúde requisitando que forneçam a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 05 (cinco) dias, cópia doProcesso Administrativo que deu ensejo à aquisição de equipamentos eletrônicos consubstanciados na Nota de Empenho nº1701162020NE00316.Por fim, considerando que, por força do Ato PGJ nº 995-2020 e ss., o Ministério Público do Estado do Piauí está exercendo, temporariamente,suas funções pelo teletrabalho, determino que seja informado aos interessados que as respostas solicitadas devem ser encaminhadas aosseguintes endereços eletrônicos: [email protected], [email protected], [email protected], 04 de junho de 2020.FERNANDO FERREIRA DOS SANTOSPromotor de Justiça35ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa

CONVERSÃO DO PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO DE INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO (PP)EM INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO (IC) N° 25/202 - SIMP 001144-177/2019PORTARIA nº 59/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍ, por seu Promotor de Justiça adiante assinado, no exercício de suas funções legais, econstitucionais, especialmente escudado no art. 5º, incisos I, II, V, VIIX, XI e XVI, da Lei Complementar Estadual n° 36/2004, eCONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público o zelo pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos, dos serviços de relevância pública e aosdireitos assegurados na Constituição Federal, na forma do seu art. 129, inciso II, para tanto promovendo as medidas necessárias à garantia detais direitos;CONSIDERANDO ser dever institucional do Ministério Público o combate à improbidade administrativa, bem como a prevenção e repressão àprática de atos que contrariem interesse público;CONSIDERANDO que, nos termos do art. 1º da Resolução CNMP n.º 23/2007, o inquérito civil, de natureza unilateral e facultativa, seráinstaurado para apurar fato que possa autorizar a tutela de interesses ou direitos a cargo do Ministério Público, conforme legislação aplicável,servindo como preparação para o exercício das atribuições inerentes às suas funções institucionais;CONSIDERANDO que, a teor do art. 2º, §6º, da Resolução CNMP nº 23/2007, antes da instauração de inquérito civil, poderá ser instauradoprocedimento preparatório para complementar as informações relacionadas à tutela dos interesses ou direitos mencionados no artigo 1º dessaResolução, o qual deverá ser concluído no prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual prazo, uma única vez;CONSIDERANDO que ao Órgão Ministerial compete zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aosdireitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia, nos termos do artigo 129, inciso II, da ConstituiçãoFederal;

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2.9. 1ª PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE CAMPO MAIOR-PI12030

CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático, do patrimônio público e social, damoralidade e da eficiência administrativa, nos termos dos artigos 127, caput, e 129, II, da Constituição da República; do artigo 25, IV, "b", da Lein.º 8.625/93, e do artigo 36, VI, "d", da Lei Complementar Estadual n.º 12/93;CONSIDERANDO que o Constituinte Originário erigiu o direito à Educação ao patamar de Direito Social, previsto no art. 6º da ConstituiçãoFederal de 1988, integrante do mínimo existencial, indispensável à condição humana digna, estatuída pelo art. 1º da Carta Magna comofundamento do Estado Democrático de Direito;CONSIDERANDO que o direito fundamental à educação é, nos termos do artigo 205, caput, da Constituição Republicana de 1988, dever doEstado, a quem compete proporcionar os meios de acesso a tal garantia;CONSIDERANDO que, consoante o art. 227 da Lei Fundamental, "É dever a família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, aoadolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, àdignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,exploração, violência, crueldade e opressão";CONSIDERANDO as disposições da Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992 sobre os atos de improbidade administrativa perpetrados por agentespúblicos;CONSIDERANDO os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, previstos no art. 37, caput, da Constituiçãoda República, que regem a Administração Pública;CONSIDERANDO que, em reunião extrajudicial realizada no dia 07/11/2019, na 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí/PI (2ª PJV), osVereadores locais FRANCISCA ÍRIS LIMA VERDE RÊGO MOREIRA, EDILSA DO VALE, GEANE VIEIRA e VANILDO CASTRO, acompanhadosdo advogado, Dr. Felipe William Lopes Cavalcante (OAB n. 16930), informaram graves irregularidades no funcionamento da Unidade Escolar OtoMartins Veloso (CAIC), neste Município, em especial a questão do vazamento de gás de cozinha, constatada em visita realizada na escola emcomento pelos vereadores em apreço há mais ou menos 22 (vinte e dois) dias, bem como problemas de instalação de energia elétrica e ainda osuposto fato da estrutura física estar comprometida, conforme imagens juntadas ao requerimento acostado aos autos;CONSIDERANDO ainda que foi Recomendado ao Município de Valença do Piauí/PI, que, no prazo de 05 (cinco) dias, adotasse providênciastendentes a SANAR, de forma emergencial, possíveis irregularidades relativas ao apontado vazamento de gás de cozinha na Unidade EscolarOto Martins Veloso (CAIC), constatada em visita realizada por alguns Vereadores de Valença do Piauí/PI, bem como para, no prazo de 30 (trinta)dias úteis, providenciasse a adoção de um conjunto de medidas (notadamente, de um organograma de execução de obras e serviços públicosmunicipais etc.), de forma urgente, destinadas a garantir o regular funcionamento da referida Unidade Escolar (CAIC), em especial com a soluçãode problemas de instalação de energia elétrica e da estrutura física em geral, supostamente comprometida, no entanto, o Município deixoutranscorrer o prazo da Recomendação sem se manifestar nos autos;CONSIDERANDO que foi dirigido ofício ao CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE PICOS/PI, requisitando, nos termos da legislação deregência, no prazo de até 10 (dez) dias úteis, a realização de inspeção/vistoria na Unidade Escolar Oto Martins Veloso (CAIC), no Município deValença do Piauí/PI, ante o apontado vazamento de gás de cozinha, encaminhando-se laudo e/ou relatório do que apurar a esta 2ª PJV;CONSIDERANDO que foi expedido Ofício ao CAODEC/MPPI, solicitando auxílio na resolutividade da presente demanda, especificamente osuporte na compreensão do TERMO DE NOTIFICAÇÃO E INTERDIÇÃO bem como do RELATÓRIO DE VISTORIA oriundos do CORPO DEBOMBEIROS MILITAR DE PICOS/PI, no entanto, até o momento, não houve resposta acerca do auxílio solicitado;CONSIDERANDO, por fim, o transcurso do prazo de mais de 180 (cento e oitenta) dias (CNMP, Res. n. 23, art.2º, §7º) desde a instauração dopresente Procedimento Preparatório e a necessidade do prosseguimento das investigações iniciadas;RESOLVE:CONVERTER o presente PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO no INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO (IC) nº 25/2020, para investigar possíveisirregularidades no funcionamento e e no suposto comprometimento da estrutura física da Unidade Escolar Oto Martins Veloso (CAIC), sito nesteMunicípio de Valença do Piauí/PI, em especial a questão do vazamento de gás de cozinha, constatada em visita realizada na escola em comentopelos vereadores em apreço no mês de outubro do ano de 2019, bem como problemas de instalação de energia elétrica, com fundamento noartigo 2º, §7º, da Resolução (Res.) n. 23/2007 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), nos artigos 8º e 38 da Res. 001/2008 doColégio de Procuradores de Justiça do Piauí (CPJ/PI), bem assim à luz da Lei n.° 7.347/95, DETERMINANDO-SE:1. A ADEQUAÇÃO/AUTUAÇÃO dos autos à taxonomia pertinente, confeccionando-se nova capa, numerando-se e rubricando-se todas as suasfolhas, e REGISTRO no livro apropriado desta Promotoria de Justiça e arquivamento de cópia desta em pasta própria, consoante determina o art.8º da Resolução nº 001/2008, do Colendo Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;2. A NOMEAÇÃO dos Assessores de Promotoria de Justiça ANDRESSA MARIA FERREIRA BARBOSA DE AGUIAR e JOAQUIM FERREIRADA SILVA JUNIOR para secretariar este procedimento, como determina o art. 4º, inciso V, da Resolução nº 23 do Conselho Nacional doMinistério Público (CNMP);3. A REMESSA da cópia desta PORTARIA ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP/PI), devidamente assinada eletronicamente, via e-mail institucional, para conhecimento, conforme determina o art. 6º, §1º, da Resolução nº 01/2008, do Colendo Colégio de Procuradores deJustiça do Estado do Piauí (CPJ/PI);4. O ENCAMINHAMENTO do arquivo no formato Word da presente Portaria à Secretaria-Geral do Gabinete do Procurador-Geral de Justiça, parafins de publicação no Diário Oficial Eletrônico do MPPI (DOEMPPI), visando ao amplo controle social, certificando-se nos autos o envio e,posteriormente, a publicação oficial, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradoresde Justiça do Estado do Piauí;5. A REMESSA de cópia desta PORTARIA ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação e Cidadania (CAODEC), paraconhecimento, conforme determina o art. 6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;6. A MANUTENÇÃO dos autos na SECRETARIA do Núcleo das Promotorias de Justiça de Valença do Piauí, ATÉ A INTEGRALDIGITALIZAÇÃO DELES, para fins de tramitação em ambiente virtual, com posterior conclusão ao gabinete da 2ª PJV.Após o cumprimento das diligências, venham os autos conclusos para ulterior deliberação.Publique-se, registre-se e autue-se.Valença do Piauí/PI, 02 de junho de 2020.RAFAEL MAIA NOGUEIRAPromotor de Justiça titular da Promotoria de Justiça (PJ) de Monsenhor Gil,respondendo pela 2ª PJ de Valença do Piauí

SIMP nº 000051-308/2020D E C I S Ã OTrata-se de procedimento extrajudicial, registrado como demanda não-procedimental, (SIMP) 51-308/2020, originado a partir do Inquérito PúblicoCivil nº 016/2019.000002-063/2019 da 3ª Promotoria de Justiça de Campo Maior/PI, noticiando suposta ilegalidade na expedição e recolhimentopela Polícia Civil de taxa de licença. Despacho inicial às fls.04. Cópia da decisão da 3ª PJ de Campo Maior/PI às fls.05/08. Cópia dos autos ICP,fls.09.Distribuição manual à 1ª Promotoria de Justiça.É o relatório.

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3. JUNTA RECURSAL DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR -

JURCON []

3.1. EDITAL JURCON12019

Consta nos autos do presente procedimento extrajudicial, que a Polícia Civil de Campo Maior/PI, é responsável pela emissão de Documento deArrecadação - DAR e recolhimento de taxa de licença de festas nos municípios abrangidos pela Comarca de Campo Maior/PI, e que, a 3ª PJ deCampo Maior/PI instaurou Inquérito Público Civil (016/2019.000002- 063/2019), para apurar a legalidade em referida expedição de DAR e no seurecolhimento.Após investigações, a 3ª Promotoria de Justiça de Campo Maior concluiu pela inexistência de qualquer irregularidade na emissão do documento,bem como, no recolhimento, tendo em vista que existe autorização legal para a delegação de tal competência, conforme Art.11 da Lei Estadualnº4.254/881.Assim, ante a ausência de fundamentos, a 3ª PJ determinou o arquivamento dos autos do IPC supramencionado, determinando no entanto, oencaminhamento de cópia dos autos a uma das PJs com atribuição para controle externo da atividade policial para a fim de que se verificasse aefetiva prestação de serviço pela Polícia Militar em locais festivos, bem como, sua integração com a PC/PI.Conforme ofício nº 351/AJD/2019 oriundo do 15º Batalhão de Polícia Militar, fls.172 do IPC, esclareceu-se que, a Polícia Militar recebe ofícios dosorganizadores de eventos, e, por meio destes, realiza a organização da força policial para que ofereça a segurança necessária, assim, restaevidente a efetiva prestação de serviços por parte da PM/PI, bem como sua interação com a PC/PI, não necessitando os fatos, de maior análise.Assim, ante a ausência de qualquer irregularidade, ou elemento capaz de causar lesão ou ameaça a direitos tutelados por esta Promotoria deJustiça, este órgão ministerial entende pela desnecessidade de instauração de Noticia de fato conforme Art.4º, §4º Res.174/2017 do CNMP2.Ante o exposto, este membro do Parquet requer o arquivamento dos autos (Art.183/CPP), em razão da ausência de elementos mínimos para darinício a uma apuração.Campo Maior, 27 de Fevereiro de 2020.Marcondes Pereira de OliveiraPromotor de Justiça

EDITAL JURCON Nº 06/2020O PRESIDENTE DA JUNTA RECURSAL DO PROCON, JURCON, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no art. 4º, § 1º doRegimento Interno da JURCON, vem a público informar sobre a realização da 2ª SESSÃO DE JULGAMENTO ANO 2020 da Junta Recursal doPrograma de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Piauí - JURCON.As partes ou seus advogados devidamente habilitados deverão comunicar a Secretaria da Junta Recursal, através do e-mailinstitucional da Junta Recursal [email protected], com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, o interesse em se fazerpresente em sessão para fins de sustentação oral, cuja sessão será realizada por meio do programa "Microsoft Teams".Pauta Nº 02 - Ano de 2020SERÃO JULGADOS PELA JUNTA RECURSAL DO PROCON, POR MEIO DE VIDEOCONFERÊNCIA, ATRAVÉS DA FERRAMENTAMICROSOFT TEAMS, NO DIA 12 (DOZE) DE JUNHO DE 2020, SEXTA-FEIRA, ÀS 09: 00 H, O(S) SEGUINTE(S) RECURSO(S)ADMINISTRATIVO(S):PROMOTORA: MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA01. Processo Administrativo Nº (000418-002/2017)- RECURSORecorrente(s): CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA (CEUT)Representante Jurídico: WILSON SALES BELCHIOR (OAB - PI 9.016)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA02. Processo Administrativo Nº (000001-002/2018)- RECURSORecorrente(s): INSTITUTO DE PÓS GRADUAÇÃO - IPOGRepresentante Jurídico: IASMYN BUENO JULIÃO DOS SANTOS (OAB - GO 49.678)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA03. Processo Administrativo Nº (000371-002/2017)- RECURSORecorrente(s): UNOPAR - EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S/ARepresentante Jurídico: FLÁVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA (OAB - MG 109.730)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA04. Processo Administrativo Nº (000127-002/2018)- RECURSORecorrente(s): ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA e UNIVERSIDADE ANHANGUERA - POLO TERESINARepresentante Jurídico: JOÃO PAULO DE CAMPOS ECHEVERRIA (OAB - SP 249.220)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA05. Processo Administrativo Nº (000590-002/2017)- RECURSORecorrente(s): LOJAS MARISA E CLUB ADMINISTRADORA DE CARTÕES DE CRÉDITO S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA06. Processo Administrativo Nº (000118-005/2018)- RECURSORecorrente(s): FAMÍLIA BANDEIRANTE PREVIDÊNCIA PRIVADARepresentante Jurídico: IVAN ALMEIDA CARVALHO (OAB - MG 104.088)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA07. Processo Administrativo Nº (000197-002/2017)- RECURSORecorrente(s): R.R CONSTRUÇÕES E IMOBILIÁRIA LTDA.Representante Jurídico: ANA VALÉRIA SOUSA TEIXEIRA (OAB - PI 3423) e MITCHAEL JOHNSON VIANA MATOS ANDRADE (OAB - PI3029)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA08. Processo Administrativo Nº (000083-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): UNIMED - COOPERATIVA DE SERV. MED. E HOSPITA. DE TERESINARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PI

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Relator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA09. Processo Administrativo Nº (000078-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BANCO DO BRASIL S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA10. Processo Administrativo Nº (000274-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CACIQUE PETRÓLEO LTDA (POSTO CIDADE VERDE)Representante Jurídico: LUIZ TIAGO SILVA FRAGA (OAB - PI 12.091)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA11. Processo Administrativo Nº (000146-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): BV. FINANCEIRA S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA12. Processo Administrativo Nº (001216-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): CONCESSIONÁRIA RENAULT - VIA PARISRepresentante Jurídico: ABDALA JORGE CURY FILHO (OAB - PI 2.067/89), AMANDA RHAYLA LIMA COSTA BRITO (OAB - PI 8.170) eGLÁUCIA COSTA DE BRITO (OAB - PI 7.761)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA13. Processo Administrativo Nº (000192-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): EMPRESA LÍDERRepresentante Jurídico: ANA VALÉRIA SOUSA TEIXEIRA (OAB - PI 3423) e MITCHAEL JOHNSON VIANA MATOS ANDRADE (OAB - PI3029)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA14. Processo Administrativo Nº (000416-002/2015)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ENGECOPI COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÕES LTDA, PINTOS LTDA, DISMOBRÁS IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS LTDA; CLAUDINO S.A LOJAS DE DEPARTAMENTOS; VIA VAREJOS.A; JBR MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS LTDA; MAGAZINE LUÍZA S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVA15. Processo Administrativo Nº (000205-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): PAN SEGUROS S/ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA MICHELINE RAMALHO SEREJO DA SILVAPROMOTOR: JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA16. Processo Administrativo Nº (000343-002/2017)- RECURSORecorrente(s): BANCO DO BRASIL S.A.Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA17. Processo Administrativo Nº (000384-002/2018)- RECURSORecorrente(s): CAIXA ECONÔMICA FEDERALRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA18. Processo Administrativo Nº (000357-002/2017)- RECURSORecorrente(s): R.R CONSTRUÇÕES E IMOBILIÁRIA LTDA.Representante Jurídico: ANA VALÉRIA SOUSA TEIXEIRA (OAB - PI 3423) e MITCHAEL JOHNSON VIANA MATOS ANDRADE (OAB - PI3029)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA19. Processo Administrativo Nº (000537-002/2017)- RECURSORecorrente(s): SOCIEDADE MICHELIN DE PART. IND E COM LTDA/ FABRICA MICHELINRecorrente(s): AUDI DO BRASIL INDUSTRIA E COMÉRCIO DE VEÍCULOS/ AUDI DO BRASILRepresentante Jurídico: CAROLINA LAGO CASTELLO BRANCO (OAB - PI 3.405)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA20. Processo Administrativo Nº (000299-002/2018)- RECURSORecorrente(s): TIM CELULARRepresentante Jurídico: CHRISTIANE GOMES DA ROCHA (OAB - PE 20.335) e (OAB/PB 18.305-A)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA21. Processo Administrativo Nº (000259-002/2018)- RECURSORecorrente(s): CONNECTAPARTS COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS AUTÔNOMO - DAKOTAPARTSRepresentante Jurídico: FLÁVIO LUÍS DE OLIVEIRA (OAB - SP 138.831-D)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA22. Processo Administrativo Nº (000003-005/2019)- RECURSORecorrente(s): FEDERAÇÃO DE FUTEBOL DO PIAUÍRepresentante Jurídico: EMERSON POMPEO CARCARÁ (OAB - PI 3763 B)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA23. Processo Administrativo Nº (000479-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): NETFLIXRepresentante Jurídico: PAULO MARCOS RODRIGUES BRANCHER (OAB - SP 146.221) e BRUNO BEZERRA DE SOUZA (OAB - PE 19352)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA24. Processo Administrativo Nº (000415-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTO

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Recorrente(s): CEUT - CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA LTDARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA25. Processo Administrativo Nº (000035-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COCA - COLARepresentante Jurídico: ANA CAROLINA GUERRA AMORIM (OAB - RJ 126.492)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA26. Processo Administrativo Nº (001254-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): FUNDO ROTATIVO SOLIDÁRIO DA HABITAÇÃO (FRSH)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA27. Processo Administrativo Nº (000043-002/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COMERCIAL CARVALHO E FERNANDES LTDA.Representante Jurídico: THIAGO PORTELA VALE TEIXEIRA (OAB - PI 7559)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA28. Processo Administrativo Nº (000110-005/2015)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): ZTE DO BRASIL COMÉRCIO, SERVIÇOS E PARTICIPAÇÕES LTDARecorrente(s): PINTOS LTDARecorrente(s): MOTOTEC MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS EIRELE - MERecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA29. Processo Administrativo Nº (000542-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): LOJAS RENNERRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOA30. Processo Administrativo Nº (000133-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): P&A DISTRIBUIDORA E CONSULTORIA LTDA - ME (GRACOM SCHOLL OF VISUAL EFFECTS)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTOR DE JUSTIÇA JORGE LUIZ DA COSTA PESSOAPROMOTORA: JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO31. Processo Administrativo Nº (000459-002/2017)- RECURSORecorrente(s): ELETROBRÁSRepresentante Jurídico: MARCOS ANTÔNIO CARDOSO DE SOUZA (OAB - PI 3387)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO32. Processo Administrativo Nº (000445-002/2017)- RECURSORecorrente(s): MOTOROLA INDUSTRIAL LTDARepresentante Jurídico: ALEXANDRE FONSECA DE MELLO (OAB - SP 222.219)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO33. Processo Administrativo Nº (000402-002/2017)- RECURSORecorrente(s): HOSPITAL UNIMED TERESINA S/S LTDA/ HOSPITAL UNIMED PRIMAVERA/ UNIMED TERESINA COOPERATIVA DETRABALHO MÉDICO - UNIMED TERESINARepresentante Jurídico: CAIO ALMEIDA MADEIRA CAMPOS (OAB - PI 6461)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO34. Processo Administrativo Nº (000149-005/2018)- RECURSORecorrente(s): BANCO BMGRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO35. Processo Administrativo Nº (000169-002/2018)- RECURSORecorrente(s): CAIXA ECONÔMICA FEDERALRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO36. Processo Administrativo Nº (000316-002/2017)- RECURSORecorrente(s): REDECARDRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO37. Processo Administrativo Nº (000113-005/2018)- RECURSORecorrente(s): REDECARD S.ARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO38. Processo Administrativo Nº (000400-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): VIVO S/ARepresentante Jurídico: FABIO RIVELLI (OAB - SP 297.608)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO39. Processo Administrativo Nº (000045-002/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): AGESPISARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO40. Processo Administrativo Nº (000190-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): TIM CELULAR S/ARepresentante Jurídico: CHRISTIANNE GOMES DA ROCHA OAB - PE 20.335 e OAB - RN 1057 - A)Recorrente(s): ASSURANT SERVICES BRASIL LTDA.Representante Jurídico: ANTONIO ARY FRANCO CÉSAR (OAB - SP 123.514)

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4. LICITAÇÕES E CONTRATOS []

4.1. EXTRATO DO TERMO ADITIVO Nº. 09 AO CONTRATO Nº. 11/201312014

4.2. EXTRATO DO TERMO ADITIVO Nº. 02 AO CONTRATO Nº. 21/201912015

Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO41. Processo Administrativo Nº (001249-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR MÚLTIPLO - IESMRecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO42. Processo Administrativo Nº (000143-002/2017)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): EINSTEIN SISTEMA DE ENSINORecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO43. Processo Administrativo Nº (000430-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO - EXTRA HIPERMERCADORepresentante Jurídico: SILVIA ZEICLER (OAB - SP 129.611) e ANDRÉ FERRARINI DE OLIVEIRA PIMENTEL (OAB - SP 185.411)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO44. Processo Administrativo Nº (000429-002/2018)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO - EXTRA HIPERMERCADORepresentante Jurídico: SILVIA ZEICLER (OAB - SP 129.611) e ANDRÉ FERRARINI DE OLIVEIRA PIMENTEL (OAB - SP 185.411)Recorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETO45. Processo Administrativo Nº (001251-005/2016)- REEXAME DE ARQUIVAMENTORecorrente(s): HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDARecorrido: Autoridade administrativa do PROCON-PIRelator(a): PROMOTORA DE JUSTIÇA JULIANA MARTINS CARNEIRO NOLETOOs processos que não forem julgados, por qualquer motivo, na data acima mencionada, terão seu julgamento adiado para a sessão subsequente,independentemente de nova intimação.JORGE LUIZ DA COSTA PESSOAPromotor de Justiça - Presidente da JURCON

Espécie: Termo Aditivo nº. 09 ao Contrato nº. 11/2013, firmado em 06 de junho de 2020 entre a Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Piauí- CNPJ 05.805.924/0001-89 e a Sr. Maria das Graças Moreira Leite - CPF: 243.484.303-49;b)ProcessoAdministrativo: n°. 403/203;c) Objeto: O presente Termo Aditivo visa à prorrogação do prazo de vigência do Contrato nº 11/2013 por mais 12 (doze) meses, cujo objeto é alocação do imóvel situado na Rua Raimundo José Leite, nº 200, Bairro Santa Fé, Pedro II - PI, CEP: 64.255-000, que abriga as Promotorias deJustiça de Pedro II;d) Fundamento Legal: Art. 62, § 3º da lei nº 8.666/93 e cláusula sétima do contrato nº 11/2013, combinado com os artigos 45 e 51 da Lei nº8.245/91;e)Vigência: O prazo de vigência deste termo aditivo será de 12 (doze) meses, a partir do dia 06 de junho de 2020(06/06/2020), Conforme dispõeo art. 62, § 3º da lei 8.666/93, assim como a lei nº 8.245/91;f)Valor: O valor pago mensal pela locação do imóvel será de R$ 1.732,62 (um mil, setecentos e trinta e dois reais e sessenta e doiscentavos). O valor total do presente termo aditivo será de R$ 20.791,44 (vinte mil, setecentos e noventa e um reais e quarenta e quatrocentavos), para o período de 12 (doze) meses, custeando-se até o final do ano deste exercício financeiro o valor de R$ 11.839,57 (onze mil,oitocentos e trinta e nove reais e cinquenta e sete centavos);g) Cobertura Orçamentária: Projeto Atividade: 2000; Natureza da Despesa: 3.3.90.36; Fonte de Recurso: 100; Nota de empenho:2020NE00432;h) Ratificação: Permanecem inalteradas as demais cláusulas do Contrato a que se refere o presente Termo Aditivo;i)Signatários: Pela contratada, a Sra. Maria das Graças Moreira Leite, CPF 243.484.303-49 e contratante, Dra. Carmelina Maria Mendes deMoura, Procuradora-Geral de Justiça.Teresina- PI, 04de junho de 2020.

Espécie: Termo Aditivo nº. 02 ao Contrato nº. 21/2019, firmado em 04de junhode 2020 entre a Procuradoria Geral de Justiça do Estado do Piauí- CNPJ 05.805.924/0001-89 e a empresa Bamex Consultoria em Gestão Empresarial - CNPJ: 28.008.410/0001-06;b)ProcessoAdministrativo: n°. 19.21.0013.0003608/2020-66;c) Objeto: O presente termo aditivo visa à supressão unilateral, por parte do contratante em 25%(vinte e cinco por cento) do objeto do contrato21/2019 firmado entre a Procuradoria Geral de Justiça e a empresa Bamex Consultoria em Gestão Empresarial LTDA, cujo presente contrato tempor objeto a contratação de empresa especializada para a administração implantação e operação de sistema informatizado destinado aogerenciamento do abastecimento da frota veicular do MP/PI, incluindo o fornecimento, gerenciamento e controle da aquisição de combustíveis(gasolina, diesel e álcool); lubrificantes, peças, acessórios e outros itens, serviços de manutenção corretiva e abastecimento do gerador eroçadeira ;d) Fundamento Legal: O presente contrato tem como fundamento o Pregão Eletrônico n°. 40/2018, Ata de Registro de Preços n°. 02/2019, osartigos 55 c/c 65, I, "b" e §1°, da Lei n° 8.666/93, que faculta à Administração realizar supressões de até 25% do valor atualizado do contrato eDecreto nº 18.895/2020 do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Piauí, decretando estado de calamidade pública, por conta dapandemia de Covid-19;e)Valor Total: O valor total da presente supressão unilateral, objeto deste termo aditivo será de R$ 162.843,94 ( cento e sessenta e dois mil,oitocentos e quarenta e três reais e noventa e quatro centavos) correspondente a supressão unilateral de 25% (vinte e cinco por cento) do valororiginal atualizado que era de R$ 651.375,76 (seiscentos e cinquenta e um mil trezentos e setenta e cinco reais e setenta e seis centavos),passando o Contrato n° 21/2019 a ter o valor de R$ 488.531,82 (quatrocentos e oitenta e oito mil quinhentos e trinta e um reais e oitenta e doiscentavos);f) Ratificação: Permanecem inalteradas as demais cláusulas do Contrato a que se refere o presente Termo Aditivo;g)Signatários: Pela contratada, a empresa Bamex Consultoria em Gestão Empresarial, inscrita no CNPJ n° 28.008.410/0001-06 e contratante,Dra. Carmelina Maria Mendes de Moura, Procuradora-Geral de Justiça .Teresina- PI, 04 de junho de 2020.

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5. OUTROS []

5.1. 91ª ZONA ELEITORAL - LUÍS CORREIA12017 PORTARIA ELEITORAL Nº 002/2020(Referente ao PPE nº 001/2020)O Representante do Ministério Público Eleitoral nesta zona, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º, e 127da Constituição Federal; Lei Complementar Federal nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federalnº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposições legais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que ao Ministério Público Eleitoral cabe, notadamente, promover a normalidade e legitimidade das eleições, a fim de seassegurar a efetividade da democracia e o livre exercício de direitos políticos pelo cidadão, de maneira a afastar o abuso de poder econômico,político e de qualquer forma de conduta perturbadora das liberdades democráticas;CONSIDERANDO a necessidade de dar organicidade mínima aos diferentes elementos de informação que aportam à Promotoria Eleitoral naseleições, visando eventual instauração de diferentes procedimentos e/ou ajuizamento de ações, em específico, a partir do quanto a vir a sercolhido de forma geral neste feito;CONSIDERANDO a necessidade de acompanhar, de forma próxima e ostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de2020 na 91ª Zona Eleitoral do Piauí, que abrange os Municípios de Luís Correia/PI e Cajueiro da Praia/PI;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus e que em 03.02.2020, o Ministério da Saúde, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o empregourgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO que a coibição ao abuso de poder político encontra sua razão na imperiosa necessidade de serem asseguradas a normalidadee a plena legitimidade das eleições, evitando que tais postulados sejam afetados de modo a comprometer a igualdade entre os futuros candidatose própria vontade popular, que é soberana;CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra a isonomia deoportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder deautoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político"; eCONSIDERANDO que a Portaria nº 499, de 21 de agosto de 2014, institui e regulamenta, no âmbito do Ministério Público Eleitoral, oProcedimento Preparatório Eleitoral - PPE, de natureza facultativa, administrativa e unilateral, o qual será instaurado para colher subsídiosnecessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral para a propositura de medidas cabíveis em relação às infraçõeseleitorais de natureza não criminal;RESOLVE:INSTAURAR PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL nº 001/2020, com o propósito de acompanhar, de forma próxima eostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de 2020 no âmbito da 91ª Zona Eleitoral do Piauí (Luís Correia/PI eCajueiro da Praia/PI), devendo ser realizadas todas as diligências necessárias ao seu normal e legítimo andamento, nos termos da legislaçãopertinente, DETERMINANDO, inicialmente:A autuação da presente portaria;O registro da instauração do presente Procedimento Preparatório Eleitoral no livro respectivo e no SIMP;A juntada do calendário eleitoral estabelecido pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral, para as eleições de 2020;A juntada de toda e qualquer representação eleitoral já encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, no âmbito da 91ª Zona Eleitoral do Piauí, porocasião das eleições de 2020;Expeçam-se RECOMENDAÇÕES, com as considerações de praxe, aos partidos políticos que compõem a 91ª Zona Eleitoral do Piauí (LuísCorreia/PI e Cajueiro da Praia/PI) para fins de notificarem seus filiados e pré-candidatos ao pleito municipal de 2020 acerca da temática, bemcomo aos meios de comunicação social acerca das práticas vedadas em período de pré-campanha;Solicitem-se às rádios, blogs e meios de comunicação social, abrangidos pela 91ª Zona Eleitoral/PI, que confiram ampla divulgação e publicidadeàs medidas Recomendadas no item "5".A publicação deste ato no Diário de Justiça Eletrônico do TRE/PI e a comunicação da instauração deste Procedimento à Procuradoria RegionalEleitoral.A publicação desta Portaria no Diário Oficial do Ministério Público do Piauí, bem como no mural da Sede das Promotorias de Justiça de LuísCorreia-PI, a fim de conferir a publicidade exigida;Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.Luís Correia, 03 de junho de 2020.GALENO ARISTOTELES COELHO DE SÁPromotor de Justiça EleitoralRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 002/2020

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL - PPE Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados acerca de distribuição gratuita à populaçãode bens, serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada após o surto do novo coronavírus (COVID-19).O Representante do Ministério Público Eleitoral nesta zona, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 daConstituição Federal, Lei Complementar Federal nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposições legais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o abuso de poder pode ser preenchido por fatos ou situações tão variados quanto os seguintes: a) uso nocivo edistorcido de meios de comunicação social; b) realização maciça de propaganda eleitoral ilícita; c) compra de votos; d) oferta, promessa oufornecimento de produtos como alimentos, medicamentos, materiais ou equipamentos agrícolas, utensílios de uso pessoal ou doméstico, materialde construção; e) oferta, promessa ou fornecimento de serviços como tratamento de saúde, etc.CONSIDERANDO as formas típicas acerca do abuso de poder: a) art. 14, § 9º da CF ("influência de poder econômico"); b) art. 237, caput, doCódigo Eleitoral ("interferência do poder econômico"); c) art. 19 da LC nº 64/1990 ("abuso de poder econômico"); d) art. 22, caput, da LC nº64/1990 ("uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico"); e) art. 22, XIV, da LC nº 64/1990 ("interferência do poder econômico").CONSIDERANDO que as pré-candidaturas poderão se utilizar no período anterior às convenções partidárias a menção à pretensa candidatura, aexaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos, vedado o pedido explicito de voto.CONSIDERANDO que a prática de determinadas condutas por parte do pretenso candidato com o objetivo de favorecimento eleitoral,configura ilícito eleitoral, onde serão adotadas medidas cabíveis conforme preceitua a legislação vigente, com o fito de evitar adesigualdade futura do pleito.CONSIDERANDO que se aplica as vedações da própria campanha eleitoral aos atos da pré-candidatura, especialmente se a pré-candidatura éalimentada com recursos ilegais, de fontes proibidas, obtidos de modo ilícito ou, ainda, com a antecipação de gastos não contabilizados emcampanha eleitoral, já que fora do período de arrecadação e gastos de recursos eleitorais, caracterizando-se, indubitavelmente, comoarrecadação e gastos ilegais de recursos não contabilizados, ensejando a aplicação das sanções cabíveis:CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o descumprimento do disposto no art. 73 da Lei 9.504/97 aplica-se sanções aos agentes públicosresponsáveis pelas condutas vedadas e aos partidos, coligações e a candidatos que delas se beneficiarem;CONSIDERANDO que as hipóteses legais de condutas vedadas constituem espécie do gênero "abuso de poder" coibido pelos art. 19 e 22, XIV,da LC nº 64/90, sendo concretizado mediante pratica de ato eleitoreiro em que fere a igualdade de oportunidades entre os candidatos, bem comoocorrendo ato que fira a normalidade ou o equilíbrio do processo eleitoral.CONSIDERANDO que a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento do ilícito e aevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições(9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;RESOLVE,RECOMENDAR (art. 6°, XX, da LC nº 75/93) aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados, pertencentes aosMUNICÍPIOS DE LUÍS CORREIA/PI e CAJUEIRO DA PRAIA/PI, ENTES MUNICIPAIS QUE COMPÕEM A 91ª ZONA ELEITORAL/PI:Que não distribuam e nem permitam a distribuição, A QUEM QUER QUE SEJA, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores oubenefícios de qualquer sorte, durante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagensrodoviárias, quitação de contas de fornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveispara instalação de empresas, isenção total ou parcial de tributos, dentre outros, sob pena de restar configurado a arrecadação de recursose gastos ilícitos de campanha, além de abuso do poder econômico e a tipificação dos crimes eleitorais previstos no art. 299 e 334 do CódigoEleitoral;Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí e à Procuradoria Regional Eleitoral, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI e

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5.2. 96ª ZONA ELEITORAL - CAMPO MAIOR12021

Diário Oficial da União, respectivamente;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Luís Correia, 03 de junho de 2020.GALENO ARISTOTELES COELHO DE SÁPromotor de Justiça EleitoralRECOMENDAÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 003/2020PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL - PP Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos meios de comunicação social, pré-candidatos, partidos e terceiros que tenham alguma relação direta ouindireta com o processo eleitoral.O Representante do Ministério Público Eleitoral nesta zona, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 daConstituição Federal, Lei Complementar Federal nº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposições legais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que, somada à força normativa decorrente do disposto no art. 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93, a recomendação legalvisa a exortar os meios de comunicação social, pré-candidatos, partidos e terceiros que tenham alguma relação direta ou indireta com oprocesso eleitoral, para o integral cumprimento da legislação, prevenindo a prático do ilícito e/ou constituindo em mora aqueles que prefiramtrilhar o descumprimento da norma;CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado efetuar pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra aisonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade daseleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder deautoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político";CONSIDERANDO que a Lei das Eleições proíbe a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais antes do registro decandidatura, da obtenção do CNPJ e da abertura da conta bancária, o que se dá depois de 15 de agosto (arts. 17 a 27 da Lei 9504/97);CONSIDERANDO que o art. 37, § 2º, da Lei n. 9.504/97, na sua redação atual, veda a propaganda eleitoral - mesmo após 15 de agosto -mediante placas, faixas, cartazes, pinturas, outdoors, etc;CONSIDERANDO que a propaganda eleitoral veiculada antes de 16 de agosto, se não estiver nos estritos limites do art. 36-A, caracterizao ilícito eleitoral previsto no art. 36, § 3º, da mencionada lei, para o qual há previsão de multa de R$ 5.000,00 a R$ 25.000,00;CONSIDERANDO que a campanha eleitoral iniciada antes do período permitido pode, a depender da gravidade da conduta, caracterizarabuso de poder, punido com inelegibilidade e cassação do registro ou diploma, conforme dispõe os arts. 1º, I, "d", e 22, XIV, ambos da LCn. 64/90;CONSIDERANDO que a movimentação ilícita de recursos de campanha é infração cível eleitoral prevista no art. 30-A, da Lei das Eleições, comprevisão de cassação do diploma;CONSIDERANDO que o desembolso de recursos financeiros ou estimáveis em dinheiro para a confecção e veiculação da propaganda eleitoralantecipada implica em arrecadação e gasto em período vedado pela legislação;CONSIDERANDO que o impulsionamento de conteúdo em rádios locais, mídias sociais e em outras plataformas, podem configurarpropaganda eleitoral antecipada;CONSIDERANDO que os emissoras de rádio e televisão devem conferir tratamento isonômico aos filiados a partidos políticos e pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão, na esteira do art. 36-A, I, in fine da Lei das Eleições;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a Recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa antecipar-se ao cometimento do ilícito eevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;RESOLVE,RECOMENDAR às emissoras de rádio e televisão locais (programas, propagandas e divulgações em geral, inclusive veiculações emmídias sociais), aos pré-candidatos, aos partidos políticos e a terceiros que tenham relação direta ou indireta com o processo eleitoral,pertencentes aos municípios que abrangem à 91ª Zona Eleitoral do Piauí (Luís Correia/PI e Cajueiro da Praia/PI), que se ABSTENHAM: a) daveiculação, antes de 16 de agosto, de qualquer propaganda eleitoral que implique em veiculação de propaganda paga (ou com qualquerônus financeiro/econômico); b) da utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social em benefício de pré-candidato ou departido político (inclusive divulgações de ações sociais de pré-candidatos ou de pessoas jurídicas a eles vinculados); c) da utilizaçãode outros meios ou formas vedados pela legislação eleitoral, observados as disposições dos artigos 40 a 57 da Lei das Eleições.Consigna-se, por fim, que o não cumprimento da Recomendação acima referida importará na tomada das medidas judiciais cabíveis.Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí e à Procuradoria Regional Eleitoral, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI eDiário Oficial da União, respectivamente;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Luís Correia, 03 de junho de 2020.GALENO ARISTOTELES COELHO DE SÁPromotor de Justiça Eleitoral

Procedimento Administrativo Eleitoral n° 02/2020SIMP: 000008-223/2020PORTARIA N° 002/2020

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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O Dr. MAURÍCIO GOMES DE SOUZA, Ex.mo Sr. Promotor de Justiça em exercício na 96ª Promotoria Eleitoral no município de Campo Maior/PI,arrimado no art. 127, caput, e 129, da CRFB e na Portaria PGR/PGE nº 001/2019, no uso de suas atribuições legais e, etc.,CONSIDERANDO:que o art. 127 e 129, da Constituição Federal impõe como poder-dever do Ministério Público a defesa da ordem jurídica, do regime democrático edos interesses sociais e individuais indisponíveis, bem como a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interessesdifusos e coletivos;que os membros do Ministério Público com atribuição na área eleitoral deverão acessar o SISCONTA ELEITORAL e os relatórios deconhecimento expedidos para usa respectiva área de atuação (artigo 5º, caput, da Recomendação de Caráter Geral n. 03/2017, CNMP);a disponibilidade da ferramenta tecnológica SISCONTA ELEITORAL (Sistema de Investigação de Contas Eleitorais), a qual possibilita, no módulo"ficha suja", o acesso a dados em todo o território nacional, para fins de impugnação de registro de candidaturas nas eleições, com base na "Leida Ficha Limpa" (LC n. 35/2010);que as informações inseridas no SISCONTA garantem maior transparência de dados e são indispensáveis para eventual impugnação de registrode candidatura, pelos membros do Ministério Público Eleitoral;RESOLVE:Instaurar PA - Procedimento Administrativo, tendo em mira o acompanhamento da regular alimentação de informações necessárias ao efetivouso do SISCONTA pelos entes públicos municipais, pelo que, determina-se, desde logo, o seguinte:registre-se e autue-se a presente Portaria e documentos que a acompanham, com alimentação do sistema próprio do MPPI, SIMP e publicaçãono DOEMP;comunique-se a presente instauração, com envio de cópia digital da portaria à Procuradoria Regional Eleitoral - PRE/PI;Requisite-se aos seguintes órgãos, com sede ou representação no Município Campo Maior e Nossa Senhora de Nazaré, encaminhando omanual oriundo da PRE/PI, a regular alimentação do SISCONTA com as seguintes informações:Das Prefeituras:- Servidores que tenham sido demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, nos últimos oito anos (art. 1º, I,o, da LC 64/90).Das Câmaras de Vereadores:prefeitos e vice-prefeitos que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual ou da Lei Or- gânica doMunicípio, nos últimos doze anos (art. 1º, I, c, da LC 64/90);prefeitos, vice-prefeitos e dirigentes que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irre- gularidadeinsanável que configure ato doloso de improbidade admi- nistrativa, por decisão irrecorrível dessa Câmara, nos últimos oito anos (art. 1º, I, g, daLC 64/90); eservidores dessa Câmara de Vereadores que tenham sido de- mitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial,nos últimos oito anos (art. 1º, I, o, da LC 64/90).Após, em consulta ao SISCONTA, certifique-se a regular alimentação do SISCONTA e cumprimento das requisições retro;nomeia-se como secretária do presente PA, LAIZA SANTOS CARVALHO, servidora do MP;Diligências no prazo de Lei, a contar da juntada nos autos de respectivos ARs e certificação.Cumpra-se, em até 60 (sessenta) dias, voltando-me conclusos os autos, findo o prazo de lei, com ou sem resposta.Campo Maior/PI, datado e assinado eletronicamente pelo R. MP.MAURÍCIO GOMES DE SOUZAPromotor de JustiçaMINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL96ª PROMOTORIA ELEITORAL DA CIRCUNSCRIÇÃO DO PIAUÍNotícia de Fato nº 005/2019.000059-223/2019D E C I S Ã OTrata-se de notícia de fato instaurada a partir de informação encaminhada pela Procuradoria Regional Eleitoral no Piauí de supostasirregularidades em doações nas eleições gerais do ano de 2018, notadamente quanto ao possível uso irregular de CPF, cujos doadores possuemdomicílio civil na 96ª Zona Eleitoral.A PRE/PI noticia que a Sra. MARIA CRISLANE PINTO PEREIRA teria realizado doação no valor de R$ 1.000,00(um mil reais) em receitafinanceira nas eleições de 2018, mesmo não havendo declarado IRPF no ano anterior.Solicitado ao cartório da 96ª Zona Eleitoral cópia de recibo emitido pelo SPCA em nome da noticiada, foi informada a impossibilidade deatendimento da solicitação em razão de indisponibilidade do sistema.Expedido ofício à noticiada para manifestar-se sobre os fatos, não foi possível efetivar tal ato, vez que endereço informado foi insuficiente paralocalizar o destinatário, conforme certificado em 03/02/2020.Realizada pesquisa em sistema CAGED/INFOSEF constatou-se que a noticiada não possui vínculo formal de emprego ativo desde fevereiro de2018.Vieram-me os autos.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, salutar frisar que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força deindícios, ilações fáticas decorrentes de exercício de probabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior de toda e qualquer investigação abusca de informações que possam ser utilizados como elementos probatórios lícitos na confirmação ou não daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa, impondo-se seu estancamento.O presente procedimento tem como objetivo apurar supostas irregularidades em doações nas eleições gerais do ano de 2018, notadamentequanto ao possível uso irregular de CPF de doadores que possuem domicílio civil na 96ª Zona Eleitoral.A Resolução nº 23.533/2017 do Tribunal Superior Eleitoral, que trata das regras para a arrecadação e gastos de recursos por partidos políticos ecandidatos, bem como prestação de contas, determina que somente pessoas físicas poderão fazer doações eleitorais até o limite de 10% dosseus rendimentos brutos verificados no ano anterior à eleição, comprovados por meio da declaração do Imposto de Renda.Caso o doador não seja obrigado a declarar o Imposto de Renda (pessoas físicas que receberam menos de R$ 28.559,70 anuais), o valor deisenção passa a ser considerado para fins de doação eleitoral, mantido os 10% permitidos (R$ 2.855,79).Determinadas as diligências iniciais, não foi possível determinar a existência de irregularidades na doação efetivada pela noticiada. Some-seainda o fato de ser o montante doado inferior a R$2.855,97, leia-se, 10% (dez por cento) do teto de isenção do IRPF/2018.Assim, chega-se à ilação de que o procedimento em referência não teve seu objeto confirmado, não sendo cabível, destarte, qualquer outraespécie de diligência, conforme as informações supramencionadas, sem prejuízo de sua reabertura pelo surgimento de novos fatos.Eis o que apregoa o art. 56 da Portaria PGR/PGE n. 01/2019:Art. 56. A Notícia de Fato será arquivada quando (Res. CNMP nº 174/2017):III - for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá- la;

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5.3. 49ª ZONA ELEITORAL - PORTO12027

Desta feita, em face da ausência de justa causa para a instauração do procedimento próprio ou promover a medida judicial cabível, ARQUIVO apresente notícia de fato em Promotoria Eleitoral.Publique-se em DOEMP.Após, arquive-se em Promotoria de Justiça, consoante art. 57, §1º, da Portaria PGR/PGE n. 01/2019, comunicando-se à PRE/PI.Cumpra-se.Campo Maior/PI, datado e assinado digitalmente pelo R. MP. Eleitoral Maurício Gomes de Souza.MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL96ª PROMOTORIA ELEITORAL DA CIRCUNSCRIÇÃO DO PIAUÍNotícia de Fato nº 006/2019.000061-223/2019D E C I S Ã OTrata-se de notícia de fato instaurada a partir de informação encaminhada pela Procuradoria Regional Eleitoral no Piauí de supostasirregularidades em doações nas eleições gerais do ano de 2018, notadamente quanto ao possível uso irregular de CPF, cujos doadores possuemdomicílio civil na 96ª Zona Eleitoral.A PRE/PI noticia que o Sr. JOÃO VITOR IBIAPINA FONSECA teria realizado doação no valor de R$ 1.000,00(um mil reais) em receita estimávelnas eleições de 2018, mesmo não havendo declarado IRPF no ano anterior.Oficiado o cartório da 96ª Zona Eleitoral, este encaminhou cópia de recibo emitido pelo SPCA em nome do noticiado.Expedido ofício ao noticiado para manifestar-se sobre os fatos, este informou que a doação foi realizada em receita estimável em dinheirodecorrente da prestação do serviço de motoristaa candidato nas eleições gerais de 2018. Informou ainda que prestou depoimento junto à PolíciaFederal nos autos do IPL nº 0392/2019-4 - SR/PF/PI que cuida da prestação de contas do candidato para o qual efetivou sua doação.Realizada pesquisa em sistema CAGED/INFOSEF constatou-se que o noticiado não possui vínculo formal de emprego ativo desde agosto de2017.Vieram-me os autos.É um sucinto relatório. Passo a decidir.Antes de se analisar as provas existentes nos autos, salutar frisar que toda investigação, seja ela ministerial ou não, tem início por força deindícios, ilações fáticas decorrentes de exercício de probabilidade no órgão investigador, sendo a razão maior de toda e qualquer investigação abusca de informações que possam ser utilizados como elementos probatórios lícitos na confirmação ou não daqueles indícios inaugurais.Essa busca pública por elementos de informação, hábeis a transformar indícios em fatos palpáveis juridicamente, por meio lícito de prova, nãopode ser perpétua, devendo guardar razoabilidade com o contexto procedimental, temporal e fático, pelo que a não confirmação de indício queserviu para instaurar procedimento de investigação, seja pela expressa negativa fática ou pelo decurso temporal sem a profícua colheita deelementos probatórios de confirmação daquele, autorizam concluir pela ineficácia investigativa, impondo-se seu estancamento.O presente procedimento tem como objetivo apurar supostas irregularidades em doações nas eleições gerais do ano de 2018, notadamentequanto ao possível uso irregular de CPF de doadores que possuem domicílio civil na 96ª Zona Eleitoral.A Resolução nº 23.533/2017 do Tribunal Superior Eleitoral, que trata das regras para a arrecadação e gastos de recursos por partidos políticos ecandidatos, bem como prestação de contas, determina que somente pessoas físicas poderão fazer doações eleitorais até o limite de 10% dosseus rendimentos brutos verificados no ano anterior à eleição, comprovados por meio da declaração do Imposto de Renda.Caso o doador não seja obrigado a declarar o Imposto de Renda (pessoas físicas que receberam menos de R$ 28.559,70 anuais), o valor deisenção passa a ser considerado para fins de doação eleitoral, mantido os 10% permitidos (R$ 2.855,79).Determinadas as diligências iniciais, não foi possível determinar a existência de irregularidades na doação efetivada pelo noticiado. Some-seainda o fato de ser o montante doado inferior a R$2.855,97, leia-se, 10% (dez por cento) do teto de isenção do IRPF/2018.Assim, chega-se à ilação de que o procedimento em referência não teve seu objeto confirmado, não sendo cabível, destarte, qualquer outraespécie de diligência, conforme as informações supramencionadas, sem prejuízo de sua reabertura pelo surgimento de novos fatos.Eis o que apregoa o art.56daPortaria PGR/PGE n. 01/2019:Art. 56. A Notícia de Fato será arquivada quando (Res. CNMP nº 174/2017):III -for desprovida de elementos de prova ou de informação mínimos para o início de uma apuração, e o noticiante não atender à intimação paracomplementá-la;Desta feita, em face da ausência de justa causa para ainstauração do procedimento próprio ou promover a medida judicial cabível,ARQUIVOapresente notícia de fato em PromotoriaEleitoral.Publique-se em DOEMP.Após, arquive-se em Promotoria de Justiça, consoante art. 57, §1º, daPortaria PGR/PGE n. 01/2019, comunicando-seà PRE/PI.Cumpra-se.Campo Maior/PI,datado e assinado digitalmente pelo R. MP. EleitoralMaurício Gomes de Souza.

PORTARIA ELEITORAL Nº 002/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 49ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 001/2020Objeto: Instaurar Procedimento Preparatório Eleitoral visando acompanhar de forma próxima e ostensiva, atos de pré-campanha referentes aseleições municipais de 2020 no âmbito da 49ª Zona Eleitoral do Piauí (Porto-PI, Nossa Senhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI).O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de sua representante abaixo-assinada, em exercício junto à 49ª Zona Eleitoral na cidade dePorto/PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que ao Ministério Público Eleitoral cabe, notadamente, promover a normalidade e legitimidade das eleições, a fim de seassegurar a efetividade da democracia e o livre exercício de direitos políticos pelo cidadão, de maneira a afastar o abuso de poder econômico,político e de qualquer forma de conduta perturbadora das liberdades democráticas;CONSIDERANDO a necessidade de dar organicidade mínima aos diferentes elementos de informação que aportam à Promotoria Eleitoral naseleições, visando eventual instauração de diferentes procedimentos e/ou ajuizamento de ações, em específico, a partir do quanto a vir a sercolhido de forma geral neste feito;CONSIDERANDO a necessidade de acompanhar, de forma próxima e ostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de2020 na 49ª Zona Eleitoral do Piauí, que abrange os Municípios de Porto-PI, Nossa Senhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI;CONSIDERANDO que, em 30.1.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII), dado o grau de avanço dos casos de contaminaçãopelo novo coronavírus e que em 03.02.2020, o Ministério da Saúde, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência de saúdepública de importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que a situação atual demanda o emprego

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urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa;CONSIDERANDO que a coibição ao abuso de poder político encontra sua razão na imperiosa necessidade de serem asseguradas a normalidadee a plena legitimidade das eleições, evitando que tais postulados sejam afetados de modo a comprometer a igualdade entre os futuros candidatose própria vontade popular, que é soberana;CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra a isonomia deoportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder deautoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político"; eCONSIDERANDO que a Portaria nº 499, de 21 de agosto de 2014, institui e regulamenta, no âmbito do Ministério Público Eleitoral, oProcedimento Preparatório Eleitoral - PPE, de natureza facultativa, administrativa e unilateral, o qual será instaurado para colher subsídiosnecessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça Eleitoral para a propositura de medidas cabíveis em relação às infraçõeseleitorais de natureza não criminal;RESOLVE:INSTAURAR PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL nº 001/2020, com o propósito de acompanhar, de forma próxima eostensiva, atos de pré-campanha referentes as eleições municipais de 2020 no âmbito da 49ª Zona Eleitoral do Piauí (Porto-PI, NossaSenhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI), devendo ser realizadas todas as diligências necessárias ao seu normal e legítimoandamento, nos termos da legislação pertinente, DETERMINANDO, inicialmente:A AUTUAÇÃO da presente portaria, juntamente com os documentos que originaram sua instauração, E REGISTRO dos autos em livro próprio;O REGISTRO da instauração do presente Procedimento Preparatório Eleitoral no livro respectivo e no SIMP;A JUNTADA do calendário eleitoral estabelecido pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral, para as eleições de 2020;A JUNTADA de toda e qualquer representação eleitoral já encaminhada ao Ministério Público Eleitoral, no âmbito da 49ª Zona Eleitoral do Piauí,por ocasião das eleições de 2020;Expeçam-se RECOMENDAÇÕES, com as considerações de praxe, aos partidos políticos que compõem a 49ª Zona Eleitoral do Piauí (Porto-PI,Nossa Senhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI) para fins de notificarem seus filiados e pré-candidatos ao pleito municipal de 2020acerca da temática, bem como aos meios de comunicação social acerca das práticas vedadas em período de pré-campanha;SOLICITEM-SE às rádios, blogs e meios de comunicação social, abrangidos pela 49ª Zona Eleitoral/PI, que confiram ampla divulgação epublicidade às medidas Recomendadas no item "5";NOMEIA-SE, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a Sra. Maria de Fátima da Silva Sousa, Assessora da 1ª Promotoria de Justiça dePorto-PI, ou eventual servidor substituto em casos de licenças, férias ou impedimentos;A PUBLICAÇÃO deste ato no Diário de Justiça Eletrônico do TRE/PI e a comunicação da instauração deste Procedimento à ProcuradoriaRegional Eleitoral;A PUBLICAÇÃO desta Portaria no Diário Oficial do Ministério Público do Piauí, bem como no mural da Sede das Promotorias de Justiça dePorto-PI, a fim de conferir a publicidade exigida.Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.Porto-PI, 01 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora Eleitoral da 49ª ZonaRECOMENDAÇÃO ELEITORAL Nº 001/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 49ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados acerca de distribuição gratuita à população de bens,serviços, valores ou benefícios, diante da situação de emergência declarada após o surto do novo coronavírus (COVID-19).O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de sua representante abaixo-assinada, em exercício junto à 49ª Zona Eleitoral na cidade dePorto /PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que a democracia pressupõe liberdade e autonomia do eleitor na escolha de seus candidatos;CONSIDERANDO que o abuso do poder econômico e do poder político, como também o uso indevido dos veículos e meios de comunicaçãosocial constituem expedientes que atentam contra a isonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores,afetando a normalidade e a legitimidade das eleições;CONSIDERANDO que o abuso de poder pode ser preenchido por fatos ou situações tão variados quanto os seguintes: a) uso nocivo edistorcido de meios de comunicação social; b) realização maciça de propaganda eleitoral ilícita; c) compra de votos; d) oferta, promessa oufornecimento de produtos como alimentos, medicamentos, materiais ou equipamentos agrícolas, utensílios de uso pessoal ou doméstico, materialde construção; e) oferta, promessa ou fornecimento de serviços como tratamento de saúde, etc.CONSIDERANDO as formas típicas acerca do abuso de poder: a) art. 14, § 9º da CF ("influência de poder econômico"); b) art. 237, caput, doCódigo Eleitoral ("interferência do poder econômico"); c) art. 19 da LC nº 64/1990 ("abuso de poder econômico"); d) art. 22, caput, da LC nº64/1990 ("uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico"); e) art. 22, XIV, da LC nº 64/1990 ("interferência do poder econômico").CONSIDERANDO que as pré-candidaturas poderão se utilizar no período anterior às convenções partidárias a menção à pretensa candidatura, aexaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos, vedado o pedido explicito de voto.

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CONSIDERANDO que a prática de determinadas condutas por parte do pretenso candidato com o objetivo de favorecimento eleitoral,configura ilícito eleitoral, onde serão adotadas medidas cabíveis conforme preceitua a legislação vigente, com o fito de evitar adesigualdade futura do pleito;CONSIDERANDO que se aplica as vedações da própria campanha eleitoral aos atos da pré-candidatura, especialmente se a pré-candidatura éalimentada com recursos ilegais, de fontes proibidas, obtidos de modo ilícito ou, ainda, com a antecipação de gastos não contabilizados emcampanha eleitoral, já que fora do período de arrecadação e gastos de recursos eleitorais, caracterizando-se, indubitavelmente, comoarrecadação e gastos ilegais de recursos não contabilizados, ensejando a aplicação das sanções cabíveis;CONSIDERANDO que representa conduta vedada a agentes públicos fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido políticoou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público, ficando proibidaainda, no ano em que se realizar a eleição, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, exceto emcasos de calamidade pública, estado de emergência ou de programas sociais já em execução (art. 73, IV c/c/ art. 73, §10. da Lei 9.504/97);CONSIDERANDO ainda que o descumprimento do disposto no art. 73 da Lei 9.504/97 aplica-se sanções aos agentes públicosresponsáveis pelas condutas vedadas e aos partidos, coligações e a candidatos que delas se beneficiarem;CONSIDERANDO que as hipóteses legais de condutas vedadas constituem espécie do gênero "abuso de poder" coibido pelos art. 19 e 22, XIV,da LC nº 64/90, sendo concretizado mediante pratica de ato eleitoreiro em que fere a igualdade de oportunidades entre os candidatos, bem comoocorrendo ato que fira a normalidade ou o equilíbrio do processo eleitoral.CONSIDERANDO que a Portaria 188, de 03 de fevereiro de 2020, do Ministério da Saúde, declarou Emergência em Saúde Pública deImportância Nacional (ESPIN) decorrente de Infecção Humana pelo novo coronavírus (2019-nCoV), conforme Decreto nº 7.616, de 17 denovembro de 2011;CONSIDERANDO o disposto no Decreto n.º 18.884, de 16 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que regulamentou a lei nº13.979, de 06 de fevereiro de 2020, para dispor no âmbito do Estado do Piauí, sobre as medidas de emergência de saúde pública de importânciainternacional e tendo em vista a classificação da situação mundial do novo coronavírus como pandemia, institui o Comitê de Gestão de Crise, edá outras providências;CONSIDERANDO que o Decreto nº 18.895, de 19 de março de 2020, do Poder Executivo do Estado do Piauí, que declarou estado decalamidade pública, para os fins do art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em razão da grave crise de saúde públicadecorrente da pandemia da Covid 19, e suas repercussões nas finanças públicas;CONSIDERANDO que constituem crimes previstos no artigo 334 do Código Eleitoral, utilizar organização comercial de vendas, distribuição demercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores, com pena de detenção de seis meses a um ano e cassação doregistro se o responsável for candidato; bem como no artigo Art. 299 do Código Eleitoral, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si oupara outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a ofertanão seja aceita, com pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa a antecipar-se ao cometimento do ilícito e aevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;CONSIDERANDO a Orientação Técnica do Procurador Regional Eleitoral PRE/PI n.º 01/2020 que estabelece diretrizes para a atuação dosPromotores Eleitorais do Estado do Piauí na fiscalização da legalidade eleitoral das medidas adotadas, por gestores públicos, voltadas aoenfrentamento da situação de emergência e de calamidade pública decorrente da pandemia do Covid-19 (Coronavírus);CONSIDERANDO, até o presente momento, a manutenção do Calendário das eleições de 2020, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)confirmado a data de 4 de abril próximo como limite para a filiação partidária de pretensos candidatos às eleições municipais do corrente ano eesclarecido, em sessão de 19 de março de 2019, que, dado que o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições(9.504/1997), a Justiça Eleitoral não tem competência para alterá-lo, inclusive no que diz respeito ao prazo para filiação partidária, tratando-se dematéria de competência reservada ao Poder Legislativo;RESOLVE,RECOMENDAR (art. 6°, XX, da LC nº 75/93) aos pré-candidatos, partidos políticos e seus respectivos filiados, pertencentes aosMUNICÍPIOS DE PORTO-PI, NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS-PI e CAMPO LARGO DO PIAUÍ-PI, ENTES MUNICIPAIS QUE COMPÕEMA 49ª ZONA ELEITORAL/PI:Que não distribuam e nem permitam a distribuição, A QUEM QUER QUE SEJA, pessoas físicas ou jurídicas, de bens, valores oubenefícios de qualquer sorte, durante todo o ano de 2020, como doação de gêneros alimentícios, materiais de construção, passagensrodoviárias, quitação de contas de fornecimento de água e/ou energia elétrica, doação ou concessão de direito real de uso de imóveispara instalação de empresas, isenção total ou parcial de tributos, dentre outros, sob pena de restar configurado a arrecadação de recursose gastos ilícitos de campanha, além de abuso do poder econômico e a tipificação dos crimes eleitorais previstos no art. 299 e 334 do CódigoEleitoral;Informa-se que o e-mail para encaminhamento de representações eleitorais de fatos ocorridos no âmbito dos Municípios de Porto-PI, NossaSenhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI é [email protected] sendo necessário, no campo "ASSUNTO" adicionarexpressamente: DENÚNCIA ELEITORAL.Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Porto-PI, 02 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora Eleitoral da 49ª Zona EleitoralRECOMENDAÇÃO ELEITORAL Nº 002/2020 - PROMOTORIA ELEITORAL DA 49ª ZONA ELEITORAL/PIPROCEDIMENTO PREPARATÓRIO ELEITORAL Nº 001/2020Assunto: Recomendação aos meios de comunicação social, pré-candidatos, partidos e terceiros que tenham alguma relação direta ou indiretacom o processo eleitoral.O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através de sua representante abaixo-assinada, em exercício junto à 49ª Zona Eleitoral na cidade dePorto-PI, no uso de suas atribuições legais e na forma como dispõem os arts. 37, § 1º e 127 da Constituição Federal, Lei Complementar Federalnº 75/93; Lei Federal nº 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público); Lei Federal nº 9.504/97 (Lei das Eleições) e demais disposiçõeslegais aplicáveis à espécie, e;CONSIDERANDO ser atribuição legal do Ministério Público expedir recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e de relevânciapública, bem como ao respeito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover (art. 6º, inciso XX da LC 75/93);CONSIDERANDO que incumbe ao Ministério Público a defesa da ordem jurídica e do regime democrático (art. 127 da CF/88), como também oacompanhamento de todas as fases do processo eleitoral (art. 72 da Lei Complementar Federal n. 75/93);CONSIDERANDO que, somada à força normativa decorrente do disposto no art. 6º, XX, da Lei Complementar nº 75/93, a recomendação legalvisa a exortar os meios de comunicação social, pré-candidatos, partidos e terceiros que tenham alguma relação direta ou indireta com o

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6. GRUPOS REGIONAIS DE PROMOTORIAS INTEGRADAS NO ACOPANHAMENTO DO

COVID - 19 []

6.1. GRUPO REGIONAL DE DEFESA DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA - TERESINA12022

processo eleitoral, para o integral cumprimento da legislação, prevenindo a prático do ilícito e/ou constituindo em mora aqueles que prefiramtrilhar o descumprimento da norma;CONSIDERANDO que o art. 36 da Lei n° 9.504/97 estabelece que a "propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 15 de agosto doano da eleição";CONSIDERANDO que os termos da referida lei o pré-candidato poderá realizar sua promoção pessoal perante a população no período anterior àcampanha, fazendo menção à pretensa candidatura, exaltando suas qualidades pessoais e divulgando seu posicionamento pessoal sobrequestões políticas, estando vedado efetuar pedido explícito de voto;CONSIDERANDO que o uso indevido dos veículos e meios de comunicação social constituem expedientes que atentam contra aisonomia de oportunidades dos candidatos e contra a liberdade de escolha dos eleitores, afetando a normalidade e a legitimidade daseleições;CONSIDERANDO que o art. 22 da LC 64/90 estabelece que qualquer "partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoralpoderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder deautoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político";CONSIDERANDO que a Lei das Eleições proíbe a arrecadação e a aplicação de recursos nas campanhas eleitorais antes do registro decandidatura, da obtenção do CNPJ e da abertura da conta bancária, o que se dá depois de 15 de agosto (arts. 17 a 27 da Lei 9504/97);CONSIDERANDO que o art. 37, § 2º, da Lei n. 9.504/97, na sua redação atual, veda a propaganda eleitoral - mesmo após 15 de agosto -mediante placas, faixas, cartazes, pinturas, outdoors, etc;CONSIDERANDO que a propaganda eleitoral veiculada antes de 16 de agosto, se não estiver nos estritos limites do art. 36-A, caracterizao ilícito eleitoral previsto no art. 36, § 3º, da mencionada lei, para o qual há previsão de multa de R$ 5.000,00 a R$ 25.000,00;CONSIDERANDO que a campanha eleitoral iniciada antes do período permitido pode, a depender da gravidade da conduta, caracterizarabuso de poder, punido com inelegibilidade e cassação do registro ou diploma, conforme dispõe os arts. 1º, I, "d", e 22, XIV, ambos da LCn. 64/90;CONSIDERANDO que a movimentação ilícita de recursos de campanha é infração cível eleitoral prevista no art. 30-A, da Lei das Eleições, comprevisão de cassação do diploma;CONSIDERANDO que o desembolso de recursos financeiros ou estimáveis em dinheiro para a confecção e veiculação da propaganda eleitoralantecipada implica em arrecadação e gasto em período vedado pela legislação;CONSIDERANDO que o impulsionamento de conteúdo em rádios locais, mídias sociais e em outras plataformas, podem configurarpropaganda eleitoral antecipada;CONSIDERANDO que os emissoras de rádio e televisão devem conferir tratamento isonômico aos filiados a partidos políticos e pré-candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão, na esteira do art. 36-A, I, in fine da Lei das Eleições;CONSIDERANDO que o Ministério Público, na defesa do regime democrático e da lisura do pleito, prefere atuar preventivamente, contribuindopara que se evitem os atos viciosos das eleições - como os aqui indicados - e se produzam resultados eleitorais legítimos;CONSIDERANDO que a Recomendação do Ministério Público é instrumento de orientação que visa antecipar-se ao cometimento do ilícito eevitar a imposição de sanções, muitas vezes graves e com repercussões importantes na candidatura;RESOLVE,RECOMENDAR às emissoras de rádio e televisão locais (programas, propagandas e divulgações em geral, inclusive veiculações emmídias sociais), aos pré-candidatos, aos partidos políticos e a terceiros que tenham relação direta ou indireta com o processo eleitoral,pertencentes aos municípios que abrangem à 49ª Zona Eleitoral do Piauí (Porto-PI, Nossa Senhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI), que se ABSTENHAM: a) da veiculação, antes de 16 de agosto, de qualquer propaganda eleitoral que implique em veiculação depropaganda paga (ou com qualquer ônus financeiro/econômico); b) da utilização indevida de veículos ou meios de comunicação socialem benefício de pré-candidato ou de partido político (inclusive divulgações de ações sociais de pré-candidatos ou de pessoas jurídicasa eles vinculados); c) da utilização de outros meios ou formas vedados pela legislação eleitoral, observados as disposições dos artigos40 a 57 da Lei das Eleições.Consigna-se, por fim, que o não cumprimento da Recomendação acima referida importará na tomada das medidas judiciais cabíveis.Informa-se que o e-mail para encaminhamento de representações eleitorais de fatos ocorridos no âmbito dos Municípios de Porto-PI, NossaSenhora dos Remédios-PI e Campo Largo do Piauí-PI é [email protected] sendo necessário, no campo "ASSUNTO" adicionarexpressamente: DENÚNCIA ELEITORAL.Da presente RECOMENDAÇÃO, sejam remetidas cópias aos seguintes órgãos/autoridades:Ao Juízo Eleitoral desta urbe e ao Procurador Regional Eleitoral, para ciência;Secretaria Geral do Ministério Público do Estado do Piauí, para fins de publicação no Diário Oficial do MPPI;Assessoria de Imprensa do MPPI, às rádios e blogues locais, para ampla divulgação.Cumpra-se.Porto-PI, 02 de junho de 2020.ÁUREA EMÍLIA BEZERRA MADRUGAPromotora Eleitoral da 49ª Zona Eleitoral

PORTARIA Nº 013/2020INSTAURA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 013/2020 SIMP 000147-424/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seurepresentante, no Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativo - Teresina, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelosarts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que asituação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/ 1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 4º da Lei nº 13.979/2020, "é dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive deengenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus"sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) a necessidade de pronto atendimento da situação deemergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ouparticulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência";CONSIDERANDO, no entanto, que a mencionada lei, artigo 4º E), impõe alguns requisitos a serem observados, ainda de que de modosimplificado, quais sejam:"O termo de referência simplificado ou o projeto básico simplificado a que se refere o caput conterá:- declaração do objeto;- fundamentação simplificada da contratação;- descrição resumida da solução apresentada; IV - requisitos da contratação;- critérios de medição e pagamento;- estimativas dos preços obtidos por meio de, no mínimo, um dos seguintes parâmetros:Portal de Compras do Governo Federal;pesquisa publicada em mídia especializada;sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplocontratações similares de outros entes públicos; oupesquisa realizada com os potenciais fornecedores; e VII - adequação orçamentária.§ 2º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será dispensada a estimativa de preços de que trata o inciso VI docaput.§ 3º Os preços obtidos a partir da estimativa de que trata o inciso VI do caput não impedem a contratação pelo Poder Público por valoressuperiores decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços, hipótese em que deverá haver justificativa nos autos".CONSIDERANDO a Dispensa de Licitação nº 99.A/2020, processo administrativo nº AA.900.1.005616/20-97, para fins de aquisição demobiliários hospitalares para implementação de leitos em unidades de terapia, tendo como contratada a empresa Distribuidora Saúde e Vida,CNPJ 10.645.510/0001-70.CONSIDERANDO a RESOLUÇÃO CPJ/PI nº 02, de 07 de abril de 2020,cujo teor dispõe sobre a criação de Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, no âmbito do MinistérioPúblico do Estado do Piauí;CONSIDERANDO os documentos que aportaram neste Grupo de Trabalho e que compõem o SIMP nº 000147-424/2020, cuja distribuição forafeita automaticamente a este Promotor de Justiça integrante do Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativa - Teresina;RESOLVECom fundamento no art. 8º da Resolução nº 174 do CNMP, de 04 de julho de 2017, INSTAURAR o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº013/2020, com afinalidade de acompanhar Dispensa de Licitação nº 99.A/2020, processo administrativo nº AA.900.1.005616/20-97 e suas repercussõesjurídicas, determinando, para tanto:Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio, conforme determina o art. 8º, daResolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;Encaminhe-se arquivo da presente portaria, ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina o art.6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;Afixe-se cópia desta portaria no quadro de avisos dessa 44ª Promotoria deJustiça;Oficie-se ao Senhor e oficie ao Senhor Secretário Estadual de Saúde, requisitando que forneça a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10(dez) dias, a) cópia, em mídia digital, o Processo Administrativo b) Cópia das Notas Fiscais apresentadas pela empresa Distribuidora Saúde eVida, CNPJ 10.645.510/0001-70. Oficie-se ao Senhor Controlador Geral do Estado, requisitando que forneça a esta Promotoria de Justiça, noprazo de 10 (dez) dias, cópias de todos os pareceres, relatórios, auditorias realizadas nos procedimentos administrativos de Dispensa deLicitação da Secretaria Estadual de Saúde.REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Teresina, 28 de maio de 2020Fernando Ferreira dos SantosPromotor de JustiçaPORTARIA Nº 016/2020INSTAURA O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 016/2020 SIMP 000150-424/2020O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE PIAUÍ, por seurepresentante, no Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativo - Teresina, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelosarts. 127, 129, III, da Constituição Federal, art. 26, I da Lei n° 8.625/93 e art. 37, incisos I, V e VI, da Lei Complementar Estadual n° 12/93,CONSIDERANDO que a Resolução CNMP nº 174, de 04 de julho de 2017, autorizou a instauração de PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO,para acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, políticas públicas ou instituições;CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa daordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, nos termos do art. 127, caput, da Constituição daRepública;CONSIDERANDO que, em 30.01.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto da doença causada pelo Coronavírus(COVID-19) constitui Emergência de Saúde Pública de importância Internacional (ESPII);CONSIDERANDO que a ESPII é considerada, nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI), "um evento extraordinário que podeconstituir um risco de saúde pública para outros países devido à disseminação internacional de doenças; e potencialmente requer uma resposta

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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6.2. GRUPO DE TRABALHO PARA AUXÍLIO E EXECUÇÃO DE MEDIDAS DE ENFRENTAMENTO AO COVID-19 -

PORTARIAS PGJ/PI 866/2020 E 928/2020 12031

internacional coordenada e imediata";CONSIDERANDO que o Ministério da Saúde, em 30/01/2020, através da Portaria GM/MS nº 188/2020, declarou "emergência em saúde públicade importância nacional", em decorrência da infecção humana pelo Coronavírus, considerando que asituação atual demanda o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública;CONSIDERANDO que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por meio da Comissão da Saúde, emitiu a Nota Técnica Conjunta nº01/2020 - CES/CNMP/ 1ª CCR, contendo subsídios para a atuação coordenada do Ministério Público voltada ao enfrentamento do COVID-19;CONSIDERANDO ser o Ministério Público órgão agente da fiscalização da gestão pública de saúde, assim definido na Seção IV, Capítulo IV, daLei Complementar Federal nº 141, de 13 de janeiro de 2012;CONSIDERANDO que para a contratação de bens, obras ou serviços pela Administração Pública vige o princípio da obrigatoriedade doprocedimento licitatório, conforme exigência da Constituição Federal (art. 37, XI) e Lei 8.666/93, como medida de legalidade, impessoalidade,isonomia, eficiência e moralidade;CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 4º da Lei nº 13.979/2020, "é dispensável a licitação para aquisição de bens, serviços, inclusive deengenharia, e insumos destinados ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus"sendo consideradas presumidas: a) a ocorrência de situação de emergência; b) a necessidade de pronto atendimento da situação deemergência; c) a existência de risco a segurança de pessoas, obras, prestação de serviços, equipamentos e outros bens, públicos ouparticulares; e d) a limitação da contratação à parcela necessária ao atendimento da situação de emergência";CONSIDERANDO, no entanto, que a mencionada lei, artigo 4º E), impõe alguns requisitos a serem observados, ainda de que de modosimplificado, quais sejam:"O termo de referência simplificado ou o projeto básico simplificado a que se refere o caput conterá:- declaração do objeto;- fundamentação simplificada da contratação;- descrição resumida da solução apresentada; IV - requisitos da contratação;- critérios de medição e pagamento;- estimativas dos preços obtidos por meio de, no mínimo, um dos seguintes parâmetros:Portal de Compras do Governo Federal;pesquisa publicada em mídia especializada;sítios eletrônicos especializados ou de domínio amplocontratações similares de outros entes públicos; oupesquisa realizada com os potenciais fornecedores; e VII - adequação orçamentária.§ 2º Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será dispensada a estimativa de preços de que trata o inciso VI docaput.§ 3º Os preços obtidos a partir da estimativa de que trata o inciso VI do caput não impedem a contratação pelo Poder Público por valoressuperiores decorrentes de oscilações ocasionadas pela variação de preços, hipótese em que deverá haver justificativa nos autos".CONSIDERANDO a Dispensa de Licitação nº 27/2020, processo administrativo nº AA.907.1.000639/20-25, para fins de aquisição deequipamentos hospitalares (ventilador pulmonar, monitor multiparâmetro, cama hospitalar, cardioversor e outros).CONSIDERANDO a RESOLUÇÃO CPJ/PI nº 02, de 07 de abril de 2020,cujo teor dispõe sobre a criação de Grupos Regionais de Promotorias Integradas no Acompanhamento do COVID-19, no âmbito do MinistérioPúblico do Estado do Piauí;CONSIDERANDO os documentos que aportaram neste Grupo de Trabalho e que compõem o SIMP nº 000150-424/2020, cuja distribuição forafeita automaticamente a este Promotor de Justiça integrante do Grupo Regional de Defesa da Probidade Administrativa - Teresina;RESOLVECom fundamento no art. 8º da Resolução nº 174 do CNMP, de 04 de julho de 2017, INSTAURAR o PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº016/2020, com afinalidade de acompanhar a a Dispensa de Licitação nº 27/2020, processo administrativo nº AA.907.1.000639/20-25, e suas repercussõesjurídicas, determinando, para tanto:Autue-se a presente Portaria com os documentos que originaram sua instauração e registre-se em livro próprio, conforme determina o art. 8º, daResolução nº 001/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;Encaminhe-se arquivo da presente portaria, ao setor competente da Procuradoria-Geral de Justiça, para fins de publicação no Diário Eletrônicodo Ministério Público do Estado do Piauí, em cumprimento ao disposto no art. 2º, § 4º, inciso VI, da Resolução nº 01/2008, do Colégio deProcuradores de Justiça do Estado do Piauí;Remeta-se cópia desta portaria ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público, para conhecimento, conforme determina o art.6º, § 1º, da Resolução nº 01/2008, do Colégio de Procuradores de Justiça do Estado do Piauí;Afixe-se cópia desta portaria no quadro de avisos dessa 44ª Promotoria deJustiça;Oficie-se ao Senhor e oficie ao Senhor Diretor da Maternidade Evangelina Rosa cópia, em mídia digital, a) do Processo Administrativo b) dasCópia das Notas Fiscais apresentadas pelas empresas c) do Termo de Recebimento e Conformidade do material.Oficie-se ao Senhor Controlador Geral do Estado, requisitando que forneça a esta Promotoria de Justiça, no prazo de 10 (dez) dias, cópias detodos os pareceres, relatórios, auditorias realizadas nos procedimentos administrativos de Dispensa de Licitação da Maternidade EvangelinaRosa.REGISTRE-SE e CUMPRA-SE. Expedientes necessários.Teresina, 28 de maio de 2020

SANTOS:226917903

FERNANDO FERREIRA DOSAssinado de forma digital por FERNANDO FERREIRA DOS SANTOS:22691790304 Dados: 2020.06.04 06:59:3004 -03'00'Fernando Ferreira dos SantosPromotor de Justiça

GRUPO DE TRABALHO- PORTARIA PGJ/PI 866/2020 E 928/2020Promotorias de Justiça de Picos, Fronteiras, Jaicós, Simões, Inhuma, Valença, Padre Marcos, Paulistana, Aroazes, Itainópolis e Pio IX.DECISÃO DE ARQUIVAMENTOTrata-se de Procedimento Administrativo objetivando fiscalizar a efetiva aplicação dos recursos públicos no combate e prevenção ao COVID-19pelo Município de LAGOA DO SÍTIO-PI, e, igualmente, de dar maior transparência dos gastos realizados para este fim.

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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É a síntese necessária. Decido.Após a regular instauração do feito, este signatário tomou conhecimento, por meio do Promotor com atribuição no município em referência,acerca da existência de procedimento com igual teor naquela unidade ministerial, qual seja: PA SIMP: 000384- 177/2020, o que, a par daconcepção de que se trata de demanda de impacto local, implicaria retrabalho por parte do ora subscrevente, em nítido prejuízo à otimização daatividade ministerial.Resta, pois, evidente que, in casu, ocorre a pendência simultânea de procedimentos extrajudiciais com os mesmos objetos e objetivos, já que ofato narrado já está sendo objeto de investigação na 2ª Promotoria de Justiça de Valença do Piauí.Assim, pelos motivos expostos, ARQUIVO o presente Procedimento Administrativo.Publique-se em DOEMP. Remessa de cópia desta decisão ao E. CSMP, viaAthenas.Após, arquive-se o feito em promotoria, com as baixas e registros necessários, conforme art. 12 da Resolução CNMP nº 174/2017.Deixo de comunicar as partes em razão do disposto no art. 13,§2º da Resolução nº 174/2017.Picos-PI, 03 de junho de 2020.RAIMUNDO NONATO RIBEIRO MARTINS JÚNIORPromotor de Justiça Titular da 01º Promotoria de Esperantina Respondendo pela Promotoria de Justiça de Paulistana- Portaria PGJ/PInº 3441/2019

Diário Eletrônico do MPPIANO IV - Nº 648 Disponibilização: Quinta-feira, 4 de Junho de 2020 Publicação: Sexta-feira, 5 de Junho de 2020

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