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Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS L E I ?.IS7 ,DE 03 DE :iunho DE 2008. A CAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TiTULO I DAS PRELIMINARES CAPiTULO I OBJETIVOS Art. 1°. Fica criado 0 Conselho Municipal de Assistencia Social - CMAS, 6rgao deliberativo e paritano, de can iter pennanente e de ambito municipal, vinculado a Secretaria Municipal de Assistencia Social, com a finalidade de assegurar a participa9ao da comunidade na elabora9ao, fiscaliza9ao e implementa9ao de programas na area social e outros estabelecidos pela Conferencia Municipal de Assistencia Social, alcm de orientar e fiscalizar a aplica9ao dos recursos do Fundo Municipal de Assistencia Social - FMAS, instituido no artigo 19 da presente Lei. Art. 2°. Respeitadas as competencias exclusivas do Legislativo Municipal, compete ao Conselho Municipal de Assistencia Social: I. definir as prioridades da politica de Assistencia Social; II. estabelecer as diretrizes a serem observadas na elabora9ao do Plano Municipal de Assistencia Social; III. aprovar a Politica Municipal de Assistencia Social; IV. atuar na fonnula9ao de estratcgias e controle (da execu9ao de """- politica de Assistencia Social; \

Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE …smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca/Leis/Leis Municipais... · V. providenciar, junto it contabilidade geral do Municipio,

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Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

L E I ?.IS7 ,DE 03 DE :iunho DE 2008.

A CAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TiTULO I

DAS DISPOSI~()ES PRELIMINARES

CAPiTULO I

OBJETIVOS

Art. 1°. Fica criado 0 Conselho Municipal de Assistencia Social -

CMAS, 6rgao deliberativo e paritano, de can iter pennanente e de ambito municipal,

vinculado a Secretaria Municipal de Assistencia Social, com a finalidade de assegurar a

participa9ao da comunidade na elabora9ao, fiscaliza9ao e implementa9ao de programas na

area social e outros estabelecidos pela Conferencia Municipal de Assistencia Social, alcm de

orientar e fiscalizar a aplica9ao dos recursos do Fundo Municipal de Assistencia Social -

FMAS, instituido no artigo 19 da presente Lei.

Art. 2°. Respeitadas as competencias exclusivas do Legislativo

Municipal, compete ao Conselho Municipal de Assistencia Social:

I. definir as prioridades da politica de Assistencia Social;

II. estabelecer as diretrizes a serem observadas na elabora9ao do

Plano Municipal de Assistencia Social;

III. aprovar a Politica Municipal de Assistencia Social;

IV. atuar na fonnula9ao de estratcgias e controle (da execu9ao de """-

politica de Assistencia Social;

\

Estado do Rio de Janeiro CAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

IV. firmar, com 0 responsavel pelos controles da execu<;:ao or9amentaria,

as demonstra90es mencionadas anteriormente;

V. providenciar, junto it contabilidade geral do Municipio, as

demonstra90es que indiquem a situa9ao economico-financeiro do FMAS, de acordo com os

demonstrativos mencionados no inciso IV.

Art. 33. A escritura9ao conmbil sera feita pelo metoda das partidas

dobradas.

§ 1°. A contabilidade do FMAS emitira relat6rios mensais de gestao,

inclusive dos custos dos servi90s, conforme dispoe a alinea "a", inciso IV, do artigo anterior.

§ 2°. Entende-se por relat6rios de gestao dos balancetes mensais de receita

e da despesa executada pelos recursos do FMAS, e demonstra90es exigidas pela

administra9ao e legisla9ao pertinente.

§ 3°. As demonstra90es e os relat6rios produzidos passarao a integrar a

contabilidade geral do municipal.

CAPiTULO VII

DA EXECUC;AO ORC;AMENT ARIA

Art. 34. No prazo maximo de 15 (quinze) dias, a contar da promulga9ao da

Lei de Or9amento a Secretaria Municipal de Assistencia Social apresentara ao CMAS, para

analise e acompanhamento, 0 quadro de aplica9ao de recursos do FMAS para apoiar os

programas e projetos contemplados no Plano de Aplica9ao.

Art. 35. Nenhuma despesa sera realizada sem a necessaria cobertura dos

recursos.

Paragrafo Vnico. Para os casos de insuficiencia ou inexistencia de recursos

poderao ser utilizados os credito~icionais, autorizados por Lei e abertos por Decreto do

Executivo.

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§ 1°. 0 oryamento do FMAS integrani 0 oryamento do Municipio,

especificamente da Secretaria Municipal de Assistencia Social, em obediencia ao principio da

unidade.

§ 2°. 0 oryamento do FMAS observant, na sua elaborayao e execuyao,

os padroes e normas estabelecidos na legislayao pertinente.

SE<;AO II

DA COORDENA(AO DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTENCIA SOCIAL

Art. 30. A contabilidade do FMAS tern por objetivo evidenciar a

situayao financeira patrimonial e oryamentana do FMAS, observados os padroes e normas da

legislayao pertinente.

Art. 31. A contabilidade do FMAS sera organizada pela Coordenayao do

Fundo Municipal de Assistencia Social de forma a permitir 0 exercicio das funyoes de

controle previo, concomitante e subsequente, de informar, de apropriar e apurar custos dos

serviyos e, consequentemente, de concretizar 0 seu objetivo, bern como interpretar analisar os

resultados obtidos.

Art. 32. Sao atribuiyoes do Coordenador do Fundo Municipal de

Assistencia Social:

I. preparar as demonstrayoes mensais e da receita e despesa a serem

encaminhadas ao Secretario Municipal de Assistencia Social;

II. manter, em articulayao com 0 setor de patrimonio do Municipio, os

controles necessanos sobre os bens patrimoniais com carga ao FMAS;

III. encaminhar it contabilidade geral do Municipio:

balanyo geral do FMAS;

a)

b)

c)

mensalmente, demonstrayao da receita e da despesa,

trimestralmente, inventario de bens materiais,

__ anualmente, inventano dos bens m6veis e im6veis, e 0

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II. da previa autorizaryao do CMAS.

§ 3°. Saldo positivo apurado no balanryo geral FMAS devera ser

transferido para exercicio seguinte no credito do FMAS.

§ 4°. Observar-se-a na aplicaryao e utilizaryao de recursos provenientes

do FMAS as disposiryoes da Lei nO 8666/93.

Art. 27. Constituem ativos do FMAS:

I. disponibilidade monetaria em bancos, oriunda das receitas

especificadas no artigo anterior;

II. direitos que porventura vier a constituir;

III. bens m6veis e im6veis, destinados it execuryao dos programas e

projetos do Plano de Aplicaryao.

Paragrafo Vnico. Anualmente, processar-se-a inventario dos bens e

direitos adquiridos com recursos do FMAS, que pertencem ao Municipio.

Art. 28. Constituem passivos do FMAS, as obrigaryoes de qualquer

natureza que porventura 0 Municipio venha a assumir para manutenryao e funcionamento da

rede de serviryos de atendimento dos beneficiarios desta Lei.

CAPiTULO VI

DO OR<:AMENTO E DA COORDENA<:AO DO FUNDO MUNICIPAL DE

ASSISTENCIA SOCIAL

SE<:AO I

DO OR<:AMENTO

Art. 29. 0 orryamento do FMAS evidenciara as politicas e os programas

de trabalho govemamentais, observados 0 Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes

Orryamentarias e os principios da univetSalidade e do equilibrio.

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CAPITULO V

DOS RECURSOS DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTENCIA SOCIAL

Art. 26. Sao receitas do FMAS:

I. dota<;ao consignada anualmente no Or<;amento Municipal e as verbas

adicionais que a Lei estabelecer no decurso de cada exercicio;

II. doa<;ao de pessoas fisicas e juridicas feitas diretamente no Fundo;

III. transferencia de recursos fmanceiros oriundos dos Fundos Nacional

e Estadual de Assistencia Social;

IV. doa<;oes, auxilios, subven<;oes, contribui<;oes e transferencias de

entidades nacionais, internacionais, organiza<;oes govemamentais e nao-govemamentais;

V. produtos de aplica<;oes financeiras dos recursos disponiveis

respeitada a legisla<;ao em vigor;

VI. recursos advindos de convenios, consorcios, acordos, parcerias e

contratos firmados entre 0 municipio e institui<;oes privadas e publicas, nacionais e

intemacionais, federais, estaduais e municipais;

VII. saldo positivo apurado no balan<;o geral;

VIII. concursos de prognosticos;

IX. contribui<;oes previstas na Constitui<;ao Federal;

X. outras receitas que venham a ser legalmente instituidas;

X. recursos referentes a presta<;oes ou outras contribui<;oes

provenientes de financiamentos na area habitacional e gera<;ao de renda;

XII. transferencias de outros fundos;

§ 1°. Os recursos que compoem 0 Fundo Municipal de Assistencia

Social serao depositados em institui<;oes financeiras oficiais, em conta especial, sob a

denomina<;ao - Fundo Municipal de Assistencia Social- FMAS.

§ 2°. A aplica<;ao dos recursos de natureza finance ira dependeni:

I. da existencia da disponibilidade em fun<;ao do curnprimento de

programa<;ao;

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Panigrafo Vnico. As entidades e organizayoes de assistencia social

que incorrem em irregulares na aplicayao dos recursos que lhes foram repassados pelos

poderes publicos, ou infringirem a legislayao em vigor, terao cancelados seu registro no

CMAS, sem prejuizo das ayoes civeis e penais.

Art. 24. Os programas a que se ref ere 0 Artigo anterior serao

classificados como de proteyao s6cio-educativos ou habitacionais, e destinar-se-ao:

a) orientayao e apoio s6cio-familiar;

b) orientayao psico-social e juridica;

c) apoio s6cio-educativo em meio aberto;

d) abrigo;

e) construyao de moradias;

f) urbanizayao;

g) melhorias habitacionais;

h) regularizayao fundiaria;

i) outras medidas previstas na Lei Federal no. 8742/93

CAPITULO IV

DA ADMINISTRA~AO DO FMAS E

DA OPERACIONALIZA<:AO E VINCULA<:AO DO FMAS

Art. 25. 0 FMAS ficara subordinado operacionalmente it Secretaria

Municipal de Assistencia Social, que contara com 0 apoio da Secretaria Municipal de Fazenda

na execuyao das atividades de oryamento e contabilidade.

Paragrafo Vnico. 0 FMAS funcionara sob orientayao e controle do

CMAS, conforme preceitua 0 Artigo 28, -§-lo, da Lei Organica de Assistencia Social; ~

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proteyao, apoio e orientayao s6cio-familiar e garantia dos direitos sociais dos grupos descritos

no inciso I deste artigo, desde que aprovado pelo Conselho Municipal de Assistencia Social,

mediante Plano de Aplicayao apresentado no Plano de Trabalho.

VIII. serviyos de assistencia tecnica, pesquisa, estudo e capacitayao

profissional, para implementayao de programas de habitayao, saneamento basico e assistencia

social.

IX. serv190s de apOlO it organizayao comunitaria em programas

habitacionais, saneamento basico e assistencia social;

renda;

habitayoes populares;

X. construyao de moradias populares;

XI. produyao de lotes populares urbanizados;

XII. urbanizayao de Areas com concentrayao de populayao de baixa

XIII. programas para melhoria, ampliayao ou construyao de

XIV. construyao e melhoria de equipamentos comunitarios;

XV. regularizayao fundi aria;

XVI. aquisiyao ou construyao de im6veis para locayao social;

XVII. projetos experimentais de aprimoramento de tecnologias na area

habitacional, saneamento basi co e assistencia social;

XVIII. manutenyao e funcionamento do Conselho Municipal de

Assistencia Social, inc1uindo material de infra-estrutura e equipamentos em geral para a

prestayao dos serviyos.

XIX. quaisquer outras ayoes de interesse social aprovadas pelo

Conselho Municipal de Assistencia Social;

Paragrafo Unico. Os recursos do FMAS deverao ser aplicados

segundo 0 Plano Municipal de Assistencia Social e 0 Plano de Aplicayao de Recursos,

deliberados pelo CMAS e aprovados pelo Executivo e Legislativo.

Art. 23. As entidades govemamentais e nao-govemamentais deverao

pro ceder it inscriyao dos seus progfamas e serviyos, especificando os regimes de atendimento

junto ao CMAS.

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IX. elaborar relatorio anual das atividades da Secretaria Executiva;

X. zelar pelo cumprimento · e atualizayao do Manual de

Procedimentos, detalhando as competencias atribuidas no Regimento Intemo, remetendo-o

posteriormente a Comissao de Normas para sua analise e devido encaminhamento para

aprovayao do Plenario;

XI. desempenhar outras atribuiyoes que the forem designadas pela

Presidencia e/ou pelo Colegiado.

CAPiTULO III

DO FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTENCIA SOCIAL

Art. 21. Fica criado 0 Fundo Municipal de Assistencia Social,

destinado a proplclar apoio, captayao, repasse e aplicayao dos recursos destinados ao

desenvolvimento das ayoes na area de Assistencia Social, coordenadas pela Secretaria

Municipal de Assistencia Social, em consonancia com as diretrizes e normas do CMAS.

Art. 22. Os recursos do Fundo Municipal de Assistencia Social, em

consonancia com as diretrizes do Conselho Municipal de Assistencia Social, poderao ser

aplicados:

I. programas de proteyao especial as crianyas, aos adolescentes, aos

idosos, aos portadores de deficiencia, maternidade e demais grupos expostos a situayao de

risco fisico e/ou social;

II. programas de politicas SOCialS basicas e de assistencia social

especializada para os que dela necessitarem;

III. beneficios, serviyos, programas e equipamentos sociais;

IV. programas de gerayao de trabalho e renda;

V. pagamento de outras ayoes eventuais, conforme disposto no inciso

I, artigo 15, da Lei Organica de Assistencia Social- LOAS;

VI. projetos de comunicayao e divulgayao das ayoes de atendimento

e direitos sociais e de promoyao da Lei Federal nO. 8742/93 - LOAS; ,

VII. convenios, parcerias, auxilio financeiro e subvenyao as entidades

sociais e juridicamente organizadas, para 0 atendimento direto, defesa, estudos, pesquisas,

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SE<;AO III

DAS ATRIBUIC;OES DA SECRETARIA EXECUTIVA

Art. 20. 0 CMAS contara com urna Secretaria Executiva, diretamente

subordinada a Presidencia e ao Colegiado, para dar suporte ao curnprimento de suas

competencias.

§ 1°. Sao competencias da Secretaria Executiva:

I. promover e praticar os atos de gestao administrativa necessarios ao

desempenho das atividades do CMAS e dos 6rgaos integrantes de sua estrutura;

II. dar suporte tecnico-operacional para 0 Conselho, com vistas a

subsidiar as realizac;oes das reunioes do Colegiado;

III. dar suporte tecnico-operacional as Comissoes Tematicas e Grupos

de Trabalho;

IV.levantar e sistematizar as informac;oes que permitam a Presidencia

e ao Colegiado adotar as decisoes previstas em lei;

V. executar outras competencias que the sejam atribuidas.

§ 2°. A Secretaria Executiva tera urn (a) Secretario/a Executivo/a,

com as seguintes atribuic;oes:

I. coordenar, supervisionar, dirigir e estabelecer os pIanos de trabalho

da Secretaria Executiva;

II. propor a Presidencia e ao Colegiado a forma de organizac;ao e

funcionamento da Secretaria Executiva do CMAS;

III. levantar e sistematizar as informac;oes que permitam ao Conselho

tomar as decisoes previstas em lei;

Conselho;

Conselho;

IV. coordenar as atividades tecnico-administrativas de apOlO ao

V. assessorar a Diretoria Executiva na preparac;ao das pautas;

VI. delegar competencias de sua responsabilidade;

VII. promover medidas necessarias ao curnprimento das decisoes do

VIII. coordenar a sistematizac;ao do relat6rio anual do Conselho;

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Art. 15. 0 CMAS teni seu funcionamento regido pelo Regimento

Intemo, ap6s a promulga9ao da Lei, obedecendo as seguintes normas:

1. plemiria como 6rgao de decisao maxima;

II. as sessoes plemirias serao realizadas ordinariamente a cada mes e

extraordinariamente quando convocada pelo Presidente ou por requerimento de 113 (urn ter90)

dos seus membros.

Art. 16. A Secretaria Municipal de Assistencia Social prestani apoio

administrativo necessario ao funcionamento do CMAS.

Art. 17. Todas as sessoes do CMAS serao publicadas e precedidas de

ampla divulga9ao.

Paragrafo Unico. As resolu90es do CMAS, bern como os temas

tratados em plenario, serao objeto de ampla divulga9ao.

Art. 18. Para melhor desempenho de suas fun90es, 0 CMAS podera

bus car parcerias ou a colabora9ao de pessoas fisicas ou juridicas de not6ria especializa9ao na

area de Assistencia Social.

§ 1°. A Secretaria Municipal de Assistencia Social sera a responsavel

em tomar as providencias cabiveis para a devida execu9ao das parcerias ou colabora90es

referidas no caput deste artigo.

§ 2.°. A institui9ao formadora de recursos hurnanos para assistencia

social ou as entidades representativas de profissionais e/ou usulirios dos servi90s de

assistencia social poderao ser colaboradoras do CMAS, mesmo quando tiverem indicado urn

de seus Conselheiros.

Art. 19. Poderao ser instituidas Comissoes, permanentes ou

temporarias, para estudo, elabora9ao e aprova9ao de Projetos de interesse do CMAS, por

delibera9ao do Plenario. L

Estado do Rio de Janeiro CAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

I . Plenaria;

II. Diretoria Executiva:

a . Presidente;

b. Vice-Presidente;

c. Primeiro Secretario;

d. Segundo Secretario.

III. Comiss5es Tecnicas Tematicas e Grupos de Trabalho;

IV. Secretaria Executiva:

a. Secretario Executivo;

b. Assessor Tecnico;

c. Assessor Juridico;

d. Equipe de Apoio Tecnico;

e. Equipe de Apoio Administrativo

Art. 13.0 Presidente e 0 Vice-Presidente do CMAS serao escolhidos,

na primeira reuniao, entre seus membros, em vota<;ao por maioria simples (metade mais urn)

com a presen<;a de todos os membros escolhidos para compor 0 Conselho.

§ 1°. 0 mandato do Presidente sera de 02 (dois) anos, podendo ser

reeleito.

§ 2°. Ocorrendo a ausencia ou impedimento do Presidente e do Vice­

presidente, assurnira a presidencia da reuniao urn Conselheiro escolhido pelo Plenario.

§ 3°. No caso de vacancia do cargo de Presidente, assurnira a

Presidencia 0 Vice-Presidente, se restarem menos de seis meses para 0 termino do mandato.

§ 4°. Se 0 prazo for superior a seis meses, sera realizada elei<;ao para

o cargo de presidente.

Art. 14. 0 CMAS tera urn prazo de 60 (sessenta) dias para aprovar

--seu Regimento Interno, ap6s a promulga<;ao da Lei.

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Art. 10. 0 Conselheiro perdeni ainda 0 mandato quando:

1. se ausentar injustificadamente a 03 (tres) reuni5es ordinarias

consecutivas ou a 06 (seis) intercaladas, como tambem a pnitica de atos que firam os

principios e normas da Administra<;ao Publica e da Politica de Assistencia Social;

II. sofrer penalidade administrativa por fato grave;

III. valer-se da fun<;ao para lograr proveito pessoal ou de outrem em

detrimento do interesse publico;

IV. praticar qualquer tipo de of ens a fisica, no exercicio da fun<;ao a

servidor ou a particular, salvo em legitima defesa propria ou de outrem;

a) As san<;5es previstas nos Artigos 9° e 10° serao impostas pelo

CMAS atraves de processo disciplinar, com a devida comprova<;ao dos fatos, garantindo-se

ampla defesa dos envolvidos, devendo ao final, 0 Presidente do Conselho encaminhar as

providencias cabiveis para a substitui<;ao do Conselheiro e suspensao ou exclusao da entidade,

conforme 0 caso.

b) Sendo cassada 0 mandato do Conselheiro Titular nao se admitira

sua substitui<;ao pelo Suplente, havera necessidade de nova indica<;ao ou elei<;ao conforme

rege § 1 ° do Artigo 3° desta Lei.

Art. 11. 0 ntimero de integrantes do CMAS podera ser aurnentado ou

diminuido, mantendo-se a paridade original, mediante proposta do Presidente ou de 113 (urn

ter<;o) de seus membros, e aprovado por 2/3 (dois ter<;os) dos membros do proprio Conselho.

a seguinte estrutura:

SE<;AO II

DO FUNCIONAMENTO

Art. 12. 0 CMAS elaborara seu Regimento Intemo tendo 0 Conselho r

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II. cada Conselheiro teni direito a urn linico voto por materia

submetida a apreciayao do plemirio;

III. as decisoes do CMAS serao consubstanciadas em Resoluyoes.

§ 1°. No caso de renlincia, impedimento ou ausencia, 0 Conselheiro

Titular do CMAS sera substituido pelo suplente, automaticamente, podendo este exercer os

mesmo direitos e deveres do Titular.

§ 2°. Para 0 exercicio do cargo, 0 Conselheiro devera :

1. firmar declarayao de nao estar cumprindo sanyao por

idoneidade, aplicada por qualquer orgao publico ou entidade da esfera federal, estadual ou

municipal;

2. nao podera ter registro de antecedentes cnmmrus que se

mostrem, a criterio do CMAS, incompativeis com a natureza do cargo.

Art. 9°. 0 Conselheiro perdeni 0 mandato quando indicado por

entidade que:

I. venha ferir por qualquer forma 0 Estatuto dos Funcionarios

Publicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro;

II. estiver funcionando de forma irregular;

III. deixar de exercer suas atividades no Municipio de Duque de

Caxias;

IV. desviar ou utilizar indevidamente recursos financeiros recebidos

de orgaos govemamentais ou nao-govemamentais;

V. deixar de prestar serviyos na area de assistencia, desviando-se de

sua finalidade principal;

VI. estiver envolvido em processo administrativo ou judicial de

apurayao de irregularidades funcionais, 0 que implicara na suspensao temponiria de seu

cadastr~ no CMAS e, se for 0 caso, da sua participayao no CMAS, ate soluyao do processo,

podendo ao final, a suspensao ser transformada em exclusao definitiva.

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§ 5°. Consideram-se organizayoes de trabalhadores da assistencia

social todas as formas de organizayao de trabaIhadores do setor como: associayoes de

trabalhadores, sindicatos, federayoes, confederayoes, centrais sindicais, conselhos federais de

profissoes regulamentadas que organizam, defendem e representam os interesses dos

trabalhadores que atuam institucionalmente na politica de assistencia social, conforme

preconizado na Lei Orgamca de Assistencia Social, na Politica Nacional de Assistencia Social

e no Sistema Unico de Assistencia, de acordo com a Resoluyao n°. 23, de 16 de fevereiro de

2006 e ainda Universidades, Institutos e Nucleos de Estudos e Pesquisas que agreguem

trabalhadores na area.

§ 6°. Todos os Conselheiros terao urna Suplencia.

Art. 5°. Os representantes dos usuanos ou organizayoes de usuanos,

das entidades e organizayoes de assistencia social, dos trabalhadores do setor deverao ser

eleitos em forum proprio, amplamente divulgados.

§ 1 0. Os Conselheiros especificados nos incisos I, II, III e IV, § 2° do

artigo 3°, asslm como seus Suplentes, deverao ser indicados por entidades legalmente

constituidas e em regular funcionamento ha no minimo urn ano, e serao escolhidos em

eleiyoes convocadas por Edital pela Secretaria Municipal de Assistencia Social.

§ 2°. As entidades mantenedoras quando da eleiyao do Conselho

deverao optar pelo seu perfil principal, ficando vedado mais de urna representayao por

entidade.

Art. 7°. Os Conselheiros Titulares e seus Suplentes, regularmente

eleitos, serao nomeados por ato do Prefeito Municipal.

Paragrafo Unico. Os Conselheiros representantes das entidades da

sociedade civil terao mandato de 2 (dois) anos, sendo permitida urna tinica reconduyao por

entidade.

Art. 8°. As atividades dos Conselheiros serao regidas pelas seguintes

disposiyoes:

I. 0 Conselheiro exercera funyao de rel~ante interesse publico;

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coletivos expressos nas diversas formas de participayao, nas quais esteja caracterizado 0 seu

protagonismo direto enquanto usuano. Sao beneficiarios, segundo a Lei Federal nO. 8.742/93:

a) a familia;

b) a crianya e 0 adolescente;

c) a pessoa portadora de deficiencia;

d) 0 idoso;

e) a pessoa em situayao de rna;

f) os demais segmentos em condiyao de vulnerabilidade social.

§ 2°. Consideram-se representantes de usuarios, pessoas vinculadas

aos programas, projetos, serviyos e beneficios da Politica Nacional de Assistencia Social,

organizadas sob diversas formas, em grupos que tern como objetivo a luta por direitos.

Reconhecem-se como legitimos: associayoes, movimentos sociais, foruns, redes ou outras

denominayoes, sob diferentes formas de constituiyao juridica, politica ou social. (Resoluyao

nO. 24 de Fevereiro de 2006, CNAS).

§ 3°. Consideram-se organizayoes de usuanos aquelas juridicamente

constituidas no Municipio de Duque de Caxias, que tenham, estatutariamente, entre seus

objetivos a defesa dos direitos de individuos e grupos vinculados a Politica Nacional de

Assistencia Social, sendo caracterizado seu protagonismo na organizayao mediante

participayao efetiva nos orgaos diretivos que os representam, por meio da sua propria

participayao ou de seu representante legal, quando for 0 caso. (Resoluyao nO. 24 de Fevereiro

de 2006, CNAS).

§ 4°. Consideram-se entidades e organizayoes de assistencia social

aquelas que no Municipio de Duque de Caxias prestam, sem fins lucrativos, atendimento e

assessoramento aos beneficianos abrangidos pela Lei Federal nO. 8.742, de 7 de dezembro de

1993, bern como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos, que tenham em seu

estatuto esta finalidade, de acordo com a Resoluyao CNAS nO. 191, de 10 de novembro de

2005.

SME;

Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

c) 1 (uma) vaga destinada a urn representante da Proteyao Social

Especial de Media Complexidade;

d) 1 (urna) vaga destinada a urn representante da proteyao Social

Especial de Alta Complexidade.

II. 1 (urn) representante da Secretaria Municipal da Saude - SMS;

III. 1 (urn) representante da Secretaria Municipal de Educayao -

IV. 1 (urn) representante da Secretaria Municipal de Fazenda e

Planejamento;

V. 1 (urn) representante da Procuradoria Geral do Municipio.

§ 2°. Dos Conselheiros Representantes da Sociedade Civil:

I. 3 (tres) representantes dos usmmos ou organizayoes de usmirios;

1.1. 3 (tres) representantes das entidades e organizayoes de assistencia

social;

III. 1 (urn) representante de organizayoes de trabalhadores da

assistencia social;

IV. 1 (urn) representante de entidades de Pesquisa e Assessoramento

em Serviyo Social;

§ 3°. Os representantes de que tratam os incisos I, II III, IV e V serao

indicados dentro do quadro de funciomirios da PMDC e identificados com a questao, e

nomeados pelo Prefeito.

Art. 4°. Para os [ms previstos nesta Lei serao adotados os seguintes

criterios:

§ 1°. Consideram-se usmmos os beneficiarios abrangidos peJa Lei

Federal nO. 8.742/93, sujeitos de direitos e publico da Politica Nacional de Assistencia Social

e que, portanto, os representantes de usmirios ou de organizayoes de usmirios sao sujeitos .--

Estado do Rio de Janeiro CAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

vulnerabilidade temponiria, com prioridade para a crianya, 0 adolescente, a familia, 0 idoso, a

pessoa portadora de deficiencia, e gestante, a nutriz enos casos de calamidade publica,

conforme § 2° do artigo 22 da Lei Federal nO. 8.742/93;

§ 1°. Os projetos de enfrentamento da pobreza compreendem a

instituiyao de investimento economico e social nos grupos populares, buscando subsidiar,

tecnica e financeiramente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de

elevayao do padrao de qualidade de vida, preservayao do meio ambiente e sua organizayao

social.

§ 2°. 0 incentivo a projetos de enfrentamento a pobreza, assentar-se­

a em mecanismos de articulayao e de participayao de diferentes areas govemamentais em

cooperayao com a sociedade civil.

CAPiTULO II

DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO DO CMAS

SE<;AOI

DA COMPOSI(:AO

Art. 3°. 0 Conselho Municipal de Assistencia Social sera constituido

..por 16 (dezesseis) Conselheiros Titulares e respectivos Suplentes, sendo 08 (oito)

representantes govemamentais e 08 (oito) representantes da sociedade civil, na forma abaixo:

§ 1°. Dos Conselheiros Govemamentais:

1. 4 (quatro) representantes da Secretaria Municipal de Assistencia

Social - SMAS;

Sendo:

a) 1 (urna) vaga destinada ao representante da Gestao;

b) 1 (urna) vaga destinada a urn representante da Proteyao Social r-

Basica;

Estado do Rio de Janeiro CAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

V. propor criterios para a programac;ao financeira e orc;amentaria do

Fundo Municipal de Assistencia Social, e fiscalizar it movimentac;ao e aplicac;ao dos recursos;

VI. acompanhar, avaliar e fiscalizar os servic;os de assistencia

prestados it populac;ao pelos orgaos e entidades publicas e privadas do municipio;

VII. propor criterios de qualidade para 0 funcionamento dos servic;os

de assistencia social publicos e privados no municipio;

VIII. acompanhar e fiscalizar a elaborac;ao de contratos, convenios ou

termos de parcerias entre setor publico e privado no municipio;

IX. deliberar sobre os contratos, convenios e termos de parcerias

referidos no inciso anterior;

X. elaborar e aprovar seu Regimento Intemo;

XI. zelar pelo funcionamento efetivo do sistema descentralizado e

participativo de Assistencia Social;

XII. convocar ordinariamente a cada 2 (dois) anos, a Conferencia

Municipal de Assistencia Social, e propor diretrizes para 0 aperfeic;oamento do sistema, ou a

qualquer tempo, convoca-Ia extraordinariamente, havendo motivo relevante, por deliberac;ao

da maioria absoluta dos membros do Conselho;

XIII. acompanhar e avaliar a gestao de recursos, bern como gastos

sociais e 0 desempenho dos programas e projetos aprovados;

XIV. atuar, conforme suas atribuic;oes, nas ac;oes de assistencia social

nos casos de emergencia e/ou calami dade publica;

XV. estabelecer diretrizes para programas de enfrentamento it

pobreza;

XVI. fiscalizar criterios para 0 pagamento dos auxilios natalidade e

funeral, conforme incisos I e II, do artigo 22, § 1°, da Lei Federal nO. 8.743/93 e segundo as

orientac;oes da Resoluc;ao nO. 212 do Conselho Nacional de Assistencia Social de 2006.

XVII. fiscalizar e prop or criterios para outJ:Qs beneficios eventuais,

que nao 0 do inciso anterior, para atender necessidades advindas de situac;oes de L

Estado do Rio de Janeiro cAMARA MUNICIPAL DE DUQUE DE CAXIAS

Art. 36. Constituem despesas do FMAS:

1. financiamento total ou parcial dos programas de proteyao especial

constantes do Plano de Aplicayao;

II. 0 atendimento de despesas diversas, de carater urgente e inadiavel,

observado Inciso I do Artigo 2.° desta Lei.

Art. 37. A execuyao oryamentaria da receita processar-se-a atraves da

obtenyao do seu produto nas fontes determinadas nesta Lei e sera depositada e movimentada

atraves da rede bancaria oficia!.

Paragrafo Vnico. A Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento fica

obrigada a liberar para conta especial do FMAS as receitas que the cabem, uma vez arrecadas,

ou iniciado 0 exercicio financeiro.

TiTULO II

DAS DISPOSI<;OES FINAlS E TRANSITORIAS

Art. 38. As despesas decorrentes da aplicayao da presente Lei correrao por

dotayao oryamentaria pr6pria.

Art. 39. 0 Poder Executivo Municipal devera tomar as providencias

cabiveis necessanas para instalayao do CMAS no prazo de 60 (sessenta) dias ap6s a

publicayao desta lei.

Art. 40. 0 CMAS elaborara seu Regimento Intemo no prazo de maximo

de 60 (sessenta) dias ap6s a instalayao do Conselho.