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Estado Novo Caracterização Queda do Regime Docente: João Maia Carmo Discente: Ana Machado Número:110230010 Escola Superior de Educação de Santarém 1º ano de Educação Social Diurno Ano Lectivo 2011/2012

Estado novo ana machado

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Estado Novo

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Estado NovoCaracterizaçãoQueda do Regime

Docente: João Maia CarmoDiscente: Ana Machado

Número:110230010

Escola Superior de Educação de Santarém

1º ano de Educação Social Diurno Ano Lectivo 2011/2012

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Da Ditadura Militar ao Estado Novo

A 28 de Maio de 1926, um golpe de Estado executado pelos militares pôs fim à Primeira República parlamentar portuguesa.

A democracia só voltou a Portugal decorridos sensivelmente 50 anos. Instalou-se uma Ditadura Militar que se manteve até 1932-33

fracassou nos propósitos de “regenerar a pátria” e de lhe devolver a estabilidade.

Em 1928, a ditadura recebeu um novo alento com a entrada deAntónio de Oliveira Salazar

tomou posse da pasta das finanças (com a condição, expressa por si, de inspeccionar as despesas de todos os ministérios)

Fig.1 Salazar

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Democracia - FascismoConceito:

Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo.

Nas democracias, é o povo quem detêm

o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.

Conceito: Fascismo é doutrina totalitária .Desenvolvida por Benedito Mussolini

na Itália, a partir de 1919 e durante seu governo.

A palavra "fascismo" deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados.

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Democracia - Fascismo O poder e a responsabilidade cívica

são exercidos por todos os cidadãos, directamente ou através representantes livremente eleitos.

Consiste: num conjunto de princípios e práticas

que protegem a liberdade humana;

proteger os direitos humanos fundamentais (como a liberdade de expressão e de religião; o direito a protecção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, económica e cultural da sociedade)

 

Totalitarismo: baseado num sistema antidemocrático concentra os poderes totais nas mãos do líder de governo.

pode tomar qualquer tipo de decisão ou estabelecer leis sem consultar políticos ou representantes da sociedade.

 Nacionalismo: valorização do que pertence apenas ao país. Valorização extrema da cultura do próprio país.

Militarismo: Grandes investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra. Objectivo de expansão territorial através de guerras.

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As eleições são livres e justas

Reflecte a vida política, social e cultural de cada país.

Os cidadãos não têm apenas direitos têm o dever de participar no sistema político (por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades) 

Culto à força física: O objectivo do estado fascista era preparar soldados fortes e saudáveis.

Censura: Proibia qualquer tipo de crítica aos seus governos.

Nenhuma notícia ou ideia, contrária ao sistema, poderia ser propagadas. Aqueles que arriscavam criticar o governo eram presos e até condenados à morte.Propaganda: os líderes fascistas usavam os meios de comunicação para divulgarem as suas ideologias.

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1928

entrada no Governo de António de Oliveira Salazar;tomou posse da difícil pasta das finanças; com a condição expressa por si de inspeccionar as despesas de

todos os ministérios.

o país apresentou um saldo positivo no Orçamento este facto só foi possível devido a todas as restrições impostas por Salazar.

Este sucesso financeiro conferiu-lhe prestígio acabando por explicar a sua nomeação em Julho de 1932, para chefia do governo.

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Ainda no decorrer da década de 30

Foram lançadas as bases orgânicas da União Nacional

Proclamado o Acto Colonial.

Em 1933 foi a vez da publicação do Estatuto do Trabalho Nacional e da

Constituição de 1933

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“Estado Forte”; “Tudo pela Nação, nada contra a Nação”

 Salazar:Rejeitou o parlamentarismo, a democracia e o liberalismo;

Proclamou o carácter autoritário, corporativo, conservador e nacionalista.

Conseguiu convencer grande parte do país da sua política obtendo o apoio dos que eram contra a primeira República e que tinham desacreditado na sua nação

(hierarquia religiosa e devotos católicos, grandes proprietários agrários e alta burguesia ligada ao comércio colonial e externo, média burguesia, monárquicos, integralistas, militares e os simpatizantes do ideário fascista).

Fig2 Slogan do Regime

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Estado Novo

Ideais do Fascismo Salazarista

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Forte conservadorismo e Tradição

António de Oliveira Salazar foi uma personalidade extremamente conservadora.

Estado Novo distingue-se entre os fascismos pelo seu carácter extremamente conservador e tradicionalista.

Defendia valores e conceitos que já mais alguém deveria questionar:

“Deus, a Pátria, a Família, a Autoridade, a Paz Social, a Hierarquia, moralidade e a Austeridade”.

Respeitou as tradições nacionais e promoveu a defesa de tudo o que fosse genuinamente português.

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A Religião Católica Religião da Nação Portuguesa o Santuário de Fátima testemunhou a forte ligação entre o Estado e a Igreja.

A mulher tinha um papel passivo do ponto de vista: económico social político e cultural

Existia uma mulher modelo: devia ser, mulher feminina, uma esposa carinhosa e submissa, uma mãe sacrificada e

virtuosa deveria ser portanto uma boa esposa e dona de casa.

“verdadeira família portuguesa” Família católica, De moralidade austera que repelia os vícios e a falta de regras,O trabalho feminino fora do lar era tido como uma ameaça à estabilidade familiar.

Defendia-se a política dos 3F´s- Fátima, Fado e Futebol, sendo estas as tradições típicas portuguesas.

Fig3

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Fig.4

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NacionalismoA recusa do parlamentarismo, da democracia e do liberalismo

Salazarismo demarcou-se por um nacionalismo exagerado.

Instituiu um desígnio supremo da sua actuação o bem da nação, expresso no slogan “tudo pela Nação, nada contra a Nação”.

Enaltecia-se a história e o passado do país (como feitos e descobertas).

À semelhança do fascismo Italiano, o Estado Novo afirmou-se Antiliberal, antidemocrático e antiparlamentar.

Recusou a liberdade individual, pois o interesse na nação sobrepunha-se ao interesse individual.

Os partidos políticos, na medida em que representavam apenas as opiniões e os interesses particulares de grupos de indivíduos, constituíam um elemento desagregador da unidade da Nação e um factor de enfraquecimento do Estado.

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Para Salazar, só a valorização do poder executivo era o garante de um Estado forte e autoritário.

Constituição de 1933 reconheceu a autoridade do Presidente da República

Como 1º poder dentro do Estado,

completamente independente do resto do parlamento, atribuiu vastas competências ao presidente do concelho (entre elas o poder de legislar através de

decretos-lei).

A Assembleia Nacional, órgão máximo, do poder legislativo

Limitava-se à discussão das propostas de lei que o governo lhe enviava para aprovação.

Inferiorizando o poder legislativo, quem efectivamente sobressaia, no seio do executivo era a figura do Presidente do Conselho.

Salazar interpretou na perfeição a figura de chefe providencial, interprete supremo do interesse nacional.

Fig.5

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Enquadramento de Massas A longevidade do Estado Novo pode explicar-se:pelo conjunto de instituições e processos que de certa forma, conseguiram enquadrar as

massas e obter a sua adesão ao projecto do regime.

Foi criado o Secretariado de Propaganda Nacional (SPN) em 1933, divulgava a ideologia do regime, astutamente dirigido por António Ferro que desempenhou um

papel activo na divulgação do ideário do regime e na padronização das culturas e das artes. (O projecto cultural do Regime – A política do Espírito)

Em 1935 criou a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT), a sua função era controlar os tempos livres dos trabalhadores.

Controlou-se o ensino, especialmente ao nível do primário e do secundário, expulsaram-se os professores oposicionistas e adoptaram-se “livros únicos” oficiais, que veiculavam os valores do Estado Novo.

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 O projecto Cultural do Regime A política do Espírito

O estado Novo sentiu a necessidade de uma produção cultural submetida ao Regime.

concebeu um projecto totalizante que fez de artistas e escritores instrumentos privilegiados da propaganda do seu ideário

projecto teve o nome de “política do espírito”

Ferro servia-se assim da política de espírito para mediatizar o regime.

Objectivo: elevar a mente dos portugueses e alimentar a sua alma.

António Ferro convenceu Salazar da importância das manifestações culturais para o regime. Afirmava:

“a arte a literatura e as ciências constituem a grande fachada de uma nacionalidade, o que se vê lá de fora”

pelo que ao estado caberia estimular a criação cultural.

António Ferro e Salazar incutiam no povo o amor da pátria, o culto dos heróis, as virtudes familiares, a confiança no progresso, ou seja, o ideário do Estado Novo.

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Essa cultura, que se queria Portuguesa e nacionalista, teria, igualmente, que evidenciar uma estética moderna e aberta ao seu tempo, aquilo que ferro designava de “bom gosto “.

No domínio literário, a acção do Secretariado da propaganda Nacional revelar-se-ia um fracasso. A Adesão dos escritores foi escassa e dos que o regime nomeou poucos se vieram a destacar.

Já nas artes plásticas e decorativas, na arquitectura, no bailado, no cinema e até no teatro, a colaboração mostrou-se mais fecunda.

O Estado assumia-se como grande entidade empreendedora, através: Exposições nacionais e internacionais, muitas de cariz histórico, como a exposição do Mundo

Português, realizada em 1940, Obras públicas do regime, Festas populares, Teatro, do cinema e da rádio, do bailado, do turismo e de concursos (como os concursos de

montras e da “aldeia mais portuguesa”), Patrocinaram-se artistas e produções que divulgassem, sobretudo, as tradições nacionais e

populares e que enaltecessem a grandeza histórica do país e a dimensão civilizadora dos portugueses.

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Aparelho Repressivo do estado

O Estado Novo rodeou-se de um aparelho repressivo que amparava e perpetuava a sua acção.

Existia censura prévia à televisão, imprensa, teatro, entre outros

Objectivo: era supervisionar os assuntos políticos, militares, morais e religiosos, assumindo constantemente um carácter de ditadura intelectual.

Por sua vez a polícia política - Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado (PVDE) mais tarde designada

por PIDE, Policia Internacional e de Defesa do Estado, distinguia-se por prender, torturar e matar opositores ao regime.

As suas maiores vítimas foram os militares e simpatizantes do Partido Comunista Português.

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Defesa do Ruralismo Condicionamento Industrial

O ruralismo era tido como o ideal do Estado Novo, que se traduziu num conjunto de medidas promotoras da “lavoura nacional”.

Foram destinadas verbas para construir barragens,

a população fixou-se em áreas rurais, a produção de alimentos aumentou,exerceu-se um proteccionismo alfandegário entre outras medidas.

A defesa do Ruralismo, permitiu assim o crescimento rural que levou ao aproveitamento do solo e por sua vez o aumento do emprego em Portugal.

A Industria não foi uma prioridade do Estado Novo.

O fraco crescimento Industrial poder-se-á explicar pela,

política de crescimento Industrial,esta política lembrava os produtores industriais

que precisavam de autorização para todas as medidas que pretendessem adoptar.

Afirmava-se como uma política anti-crise, que garantia o

controlo industrial, regulava a concorrência e diminuiu a super-produção, que levou a

quedas nos preços e por sua vez a despedimentos.

 

A defesa do Ruralismo leva a um condicionamento Industrial

Criticou-se a sociedade urbana e industrial que era tida como fonte de todos os v ícios, enaltecendo-se assim o mundo rural, pois este era o refúgio seguro da virtude e da moralidade.

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Fig.6

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Economia Modelo económico fortemente intervencionista e austero

Dirigismo económico ficou patente nas políticas financeira, agrícola, de obras públicas, industrial e colonial adoptadas.

Deste modo a estabilidade financeira era uma prioridade para Salazar

Exerceu um apertado controlo sobre os ministérios, Conseguiu um equilíbrio orçamental, Fez com que diminuíssem as despesas e aumentassem as receitas, administrou melhor os dinheiros públicos, criou novos impostos, aumentou as tarifas alfandegárias

sobre as importações e aumentou as reservas do ouro.

As condições rigorosas e austeras de Salazar permitiram um apertado controlo, no que diz respeito a gastos públicos.

Assim a estabilização financeira garantiu ao Estado Novo uma imagem de credibilidade e de competência governativa.

Fig.7

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A Política Colonial

O Acto Colonial reflectiu a importância das colónias

Salazar recusou a independência das colónias e reforçou a tutela sobre estas. Segundo o Pacto Colonial

Caberia às colónias: ser apenas fornecedoras de matérias-primas para a indústria metropolitana que

obtinha escoamento garantido nos mercados coloniais.

O Estado Novo reagia a pressões internacionais, que se faziam sentir sobre as colónias portuguesas,

Simultaneamente incutia-se no povo português uma mística imperial, que vários congressos, conferências e exposições ajudariam a propagandear, citam-se:Exposição Colonial Portuguesa, realizada no Porto em 1934 e Exposição do mundo Português em Lisboa em 1940.

Fig.8

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As oposições e o Sobressalto Político

Início do Fim do Regime

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Nos dias 7 e 8 de Maio de 1945 derrota da Alemanha.

Salazar tirou deste facto a lição de que o seu regime deveria (pelo menos na aparência) democratizar-se ou correria o risco de cair.

Neste contexto, o Governo toma a Iniciativa de antecipar a revisão constitucional,dissolver a Assembleia Nacional e convocar Eleições antecipadas que seriam

supostamente “livres”.

Um clima de optimismo instala-se nos que de certa forma vêem com maus olhos o Estado Novo.

A 8 de Outubro

uma Reunião no centro Republicano Almirante Reis nasce o MUD- Movimento de Unidade Democrática

reúne as forças clandestinas de oposição ao Regime.

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Adesão ao MUD alastra-se Para garantir legitimidade do acto eleitoral o MUD formula algumas exigências que

considera fundamentais. Entre elas: o adiantamento das eleições por 6 meses (para se instituírem novos partidos), a reformulação dos cadernos eleitorais, e a liberdade de opinião, de informação e de reunião.

As esperanças falharam, pois nenhumas das reivindicações do Movimento foi satisfeita, e este desistiu à boca das urnas.

As listas de adesão ao MUD foram recolhidas pelo governo com o objectivo de “examinar a autenticidade das assinaturas”

acabando por fornecer à polícia política as informações necessárias para uma repressão eficazmuitos aderentes ao MUD foram interrogados, presos ou despedidos do seu trabalho.

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® Nesse mesmo ano, as forças opositoras voltam a ter nova oportunidade de mobilização.® Com a candidatura de Norton de Matos às eleições presidenciais. ® Era a primeira vez que um candidato da oposição concorria à Presidência da República.® A sua candidatura voltou a entusiasmar o país mas. ® Face a uma severa repressão, Norton de Matos apresentou também a sua desistência,

pouco antes das eleições.® Nos sucessivos anos, a oposição democrática dividiu-se, acabando por enfraquecer e assim

o governo pensou ter a situação controlada.

1958 os animos voltam a exaltar-se com a candidatura de Humberto Delgado, e as novas eleições presidenciais desencadearam um autentico terramoto político.

Humberto Delgado fica conhecido como “General sem Medo”, mostrou um carisma e uma

determinação surpreendentes, entusiasmaram o país.Anunciou demitir Salazar, caso fosse eleito, o que levou a uma intensa mobilização da

população, de tal forma que Salazar acusou o General de provocar ”agitação social, desordem e intranquilidade política”.

Fig.9

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O resultado final das eleições deu a esmagadora maioria ao candidato Humberto Delgado.

Mas a credibilidade dos resultados e com ela, a do próprio Regime saíram seriamente abaladas

Para evitar um novo risco de um “golpe de Estado constitucional”, Salazar anulou o sistema de sufrágio directo, passando o chefe de estado a ser eleito por um colégio eleitoral restrito.

As eleições acabaram assim por ser desonestas. Os anos de 1959-62 foram marcados por uma forte diminuição da oposição. O Bispo do Porto, António Gomes, escreveu uma dura carta a Salazar em que denuncia a

miséria do Povo e a falta de Liberdades cívicas.

A coragem do Bispo, custou-lhe 10 anos no exílio, mas inspirou um grupo crescente te católicos que passaram a criticar o Estado Novo.

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A instabilidade crescia e ocorreram dois golpes a fim de derrubar o regime. A ditadura portuguesa mostrava o seu carácter repressivo ao fazer em apenas dois

anos mais de 1200 presos políticos e ao reprimir, com mortos e feridos, as manifestações do 31 de Janeiro, do 5 de Outubro e do 1º de Maio.

Humberto Delgado é exilado para o Brasil, mas governa de longe contra Salazar.

1ºMomento Em 1968 Salazar é vitima de um AVC® O seu estado de saúde agravou-se® O presidente da república vê-se obrigado a iniciar os procedimentos institucionais

para a sua substituição. ® A escolha Recais sobre o professor Marcello Caetano

Fig.10

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Primavera Marcelista

2º Momento

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Marcello Caetano

Em parte contra o Salazarismo

Era mais liberalPretendia a evolução do país e mais liberdade

Nos primeiros meses do mandato o governo dá

sinais de Abertura

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Opositores políticos enchem-se de esperanças,Faz regressar do exílio algumas pessoas como o Bispo do Porto e Mário Soares,Modera-se a Polícia Política que por sua vez passa a chamar-se de DGS, Abranda-se a censura e é aberta a união Nacional.Este clima de mudança ficou conhecido como Primavera Marcelista. Em 1969

preparam-se as eleições legislativas.

Procurando legitimá-las aos olhos da opinião pública, o Governo:® Alargou o sufrágio feminino;® Permitiu maior liberdade de campanha à oposição;® Consentiu a consulta dos cadernos eleitorais;® Autorizou a fiscalização das mesas de voto.

No entanto, embora possa considerar-se o menos manipulado de todos os que ocorreram durante o Estado Novo, o acto eleitoral saldou-se por uma série de atropelos aos princípios democráticos.

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Marcello Caetano viu-se sem o apoio dos liberais,

Condenavam-lhe a falta de força para continuar a implementar as reformas necessárias.

Obrigado a reprimir um poderoso surto de agitação estudantil, greves operárias e até acções bombistas

Marcello Caetano liga-se cada vez mais à direita e inflecte a sua política inicial.

Marcello Caetano toma novas medidas, tais como:1. Encerra Associações de Estudantes;2. Aperta a legislação sindical;3. Polícia Política volta a actuar;4. Opositores são enviados para o exílio;5. Américo Tomás é reconduzido para Presidente da República, eleito por

um colégio eleitoral restrito.

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Da Revolução à DemocraciaEm 1973 de Julho, surge o Movimento dos Capitães,

Nasceu como forma de protesto, contra as diplomacias legais que facilitavam o acesso de oficiais milicianos ao quadro permanente do exército.

O Movimento dos Capitães depositou a sua confiança nos Generais Costa Gomes e Spínola, respectivamente chefe e vice-chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

Vários acontecimento deram força àqueles que, dentro do movimento (agora denominado Movimento das Forças Armadas - MFA), acreditavam na urgência de um golpe militar, para restaurar as liberdades cívicas e permitissem a tão desejada solução para o problema colonial.

O MFA preparou a operação Militar na madrugada de 25 de Abril de 1974 que pôs fim ao Estado Novo.

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Operação Fim do Regime

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Coordenação: Major Otelo Saraiva CarvalhoPlano: Transmissão pela rádio, das canções-senha “E depois do Adeus” de Paulo

Carvalho e “Grândola Vila-Morena” de Zeca Afonso. As unidades militares ocupam as estações de rádio de RTP e controlam o

aeroporto e os quartéis-generais de Lisboa e Norte e cercam os ministérios militares do Terreiro do Paço.

Falha: No Terreiro do Paço a Escola Prática Cavalaria de Santarém, chefiada por Salgueiro Maia depara-se com um regimento da cavalaria em defesa do Regime (contudo não havia disparos/violência)

Fim do Regime: Marcelo Caetano rendeu-se ao general Spínola e o “Movimento dos Capitães” sentia-se já vitorioso.

Multidão saiu às ruas em apoio aos militares e distribui-lhes cravos Vermelhos

Nota: Só a Policia Política resistiu a esta Revolução, acabando por matar 4 pessoas.

Conclusão: A Facilidade com que o regime autoritário caio nas mãos do seu próprio

exército prova o anacronismo e total isolamento em que tinha mergulhado a vida política portuguesa.

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25 de Abril de 1974

Não podemos ficar Indiferentes

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BibliografiaPinto do Couto, Célia; Rosas, Maria, “O Tempo da História parte 1”, Porto Editora

2010

Pinto do Couto, Célia; Rosas, Maria, “O Tempo da História parte 2”, Porto Editora 2010

Cardoso, Eurico, “Segunda República 1926-1974”, Edição do autor 2010