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Estados Unidos da AméricaSíntese setorial de mercado de mobiliário
1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MERCADO
3 312 3 506 4 091 4 058 4 162
18 763 18 290 21 381 22 154 23 881
-15 451 -14 785 -17 291 -18 096 -19 720
-30 000
-20 000
-10 000
0
10 000
20 000
30 000
2010 2011 2012 2013 2014
Milh
ões
de
Eu
ros
Balança comercial de mobiliário - EUA
Exportações Importações Saldo
125
127
90
100
110
120
130
2010 2011 2012 2013 2014
Imp
ort
açõ
es 2
01
0=1
00
Mundo EUA
Evolução das importações de mobiliário EUA vs mundo (2010=100)
12,5% 12,5%
23,4% 21,9%
23,3% 23,9% 23,9%
10%
15%
20%
25%
30%
2010 2011 2012 2013 2014
Totais Mobiliário
Evolução da quota dos EUA nas importações mundiais totais e de mobiliário
China 57%
Vietname 9%
Canadá 8%
México 6%
Itália 3%
Taiwan 3%
Malásia 2%
Indonésia 2%
Índia 1%
Polónia 1%
Portugal 0,3%
Outros 8%
Principais fornecedores de mobiliário aos EUA em 2014
7,1%
9,0%
4,8% 6,2%
2,2%
2,7% 2,5% 2,5%
0,9% 1,3% 1,0% 1,2%
0,05% 0,1% 0,2% 0,2% 0,3% 0%
2%
4%
6%
8%
10%
2010 2011 2012 2013 2014
Vietname México Itália Taiwan
Índia Polónia Portugal
Principais fornecedores - quotas dos que mais ganharam
9,3%
8,1%
3,0% 2,3% 2,2%
2,1%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
2010 2011 2012 2013 2014
Canadá Malásia Indonésia
Principais fornecedores - quotas dos que estabilizaram ou perderam
China: passou de uma quota de mercado de 59% em 2010 para 56,8% em 2014.
Posição dos EUA no comércio mundial de mobiliário em 2014:
Importações: 1º importador mundial (23,9% do total em valor) Exportações: 4º exportador mundial (6,3% do total em valor)
aicep Portugal Global
Estados Unidos da América - Síntese Setorial
Mobiliário (novembro 2015)
Fonte: ITC (dados 2014 - provisórios)
Mobiliário para casa em
madeira e metal 42%
Mobiliário para escritório em madeira e
metal 4%
Assentos 31%
Colchoaria 9%
Outros móveis 14%
Categorias de mobiliário importado pelos EUA em 2014
43,1% 42,3%
4,2% 4,0%
29,5% 30,6%
9,5% 8,9%
13,7% 14,2%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
2010 2011 2012 2013 2014
Mobiliário p/ casa Mobiliário p/ escritório
Assentos Colchoaria
Outros móveis
Evolução da quota de cada categoria nas importações de mobiliário
Principais aspetos a salientar:
Os Estados Unidos da América são os maiores importadores mundiais de mobiliário, com 23,9 mil milhões de euros em 2014, que representam 23,9% das importações mundiais do setor, e um acréscimo de 5,1 mil milhões de euros face a 2010. Entre 2010 e 2014, as importações norte americanas cresceram a uma média anual superior à mundial, quer em termos totais (9% contra 5,4%), quer no mobiliário (6,4% versus 5,7%). Os resultados de 2014 apontam para um aumento anual de 0,3% nas importaç ões totais dos EUA, enquanto as suas compras externas de mobiliário cresceram 7,8% face ao ano anterior. Nos EUA, o valor das exportações de mobiliário é cerca de 6 vezes inferior ao das importações, e tem estado a aumentar a um r itmo mais lento do que o das exportações mundiais do setor (6,1% versus 7,9% em média ao ano, entre 2010 e 2014). Mais de metade do mercado norte-americano de mobiliário importado é dominado pela China que, em 2014, forneceu 13,6 mil milhões de euros destes produtos aos EUA (um aumento médio anual de 5,4% desde 2010). Contudo, apesar de um acréscimo de 2,5 mil milhões de euros entre 2010 e 2014, a quota de mercado da China baixou lenta, mas sistematicamente, de 59% para 56,8%.
Perto de ¼ das importações do setor têm origem em três mercados: Vietname, Canadá e México, com quotas de, respetivamente, 9%,
8,1% e 6,2%, em 2014. Nos últimos cinco anos, o Vietname substituiu o Canadá no 2º lugar do ranking de fornecedores. As importações dos EUA de mobi liário produzido no Vietname aumentaram 13,5% em termos médios anuais (de 1,3 para 2,2 mil milhões de euros) e, apenas, 2,7% no caso do Canadá (de 1,8 para 1,9 mil milhões de euros). Já no caso do México, o crescimento foi de 13,8% (de 907 M€ para 1,5 mil milhões). A estes factos poderá não ser alheios por um lado, o movimento de deslocalização da produção para o oriente e, por outro, alg uma posterior recolocação da mesma no México. A Itália é o 1º fornecedor europeu do ranking, com uma quota de 2,7% em 2014 (2,2% em 2010); neste período, as compras dos EU A de mobiliário italiano aumentaram 11,9% em termos médios anuais (de 409,5M€ para 640,2M€ em, apenas, cinco anos). Seguem-se, com quotas próximas da italiana, mais três fornecedores do oriente: Taiwan, Malásia e Indonésia que, em 2014, respondiam por, respetivamente, 2,5%, 2,3% e 2,1% das compras dos EUA de mobiliário ao exterior (2,5%, 2,3% e 2,2% em 2010). A Polónia é o 2º fornecedor europeu, com 1,2% do mercado em 2014 (279M€, mais 86M€ do que em 2010). Em 2014, Portugal ocupava o 21º lugar no ranking de fornecedores (9º europeu). Com vendas de 8,8M€ em 2010 e de 61,7M€ em 2014, a quota de mercado portuguesa permaneceu reduzida (entre o início e o final do período passou de 0,05 para 0,3%). En tre 2010 e 2014, as importações a Portugal aumentaram todos os anos e encerraram o período com uma variação média anual de 61,5%. Os EUA importaram, em 2014, sobretudo, mobiliário doméstico (42,3% do total, que corresponderam a 10,1 mil milhões de euros), seguido dos assentos (30,6%, 7,3 mil milhões) e de outros móveis (14,2%, 3,4 mil milhões. A colchoaria respondeu por 8,9% das entradas do setor (2,1 mil milhões de euros) e o mobiliário para escritório ultrapassou, ligeiramente, os 951M€. Os maiores crescimentos nas importações verificaram-se nos assentos (7,5% em média ao anos entre 2010 e 2014) e nos outros móveis (7,4%).
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aicep Portugal Global
Estados Unidos da América - Síntese Setorial
Mobiliário (novembro 2015)
MOBILIÁRIO PARA CASA
MOBILIÁRIO PARA ESCRITÓRIO
China 48% Vietname
16%
Canadá 7%
México 4%
Malásia 4%
Indonésia 3%
Itália 3%
Taiwan 3%
Índia 2%
Polónia 2%
Portugal 0,3%
Outros 8%
Principais fornecedores de mobiliário para casa em 2014
1 213 1 263 1 474 1 450 1 504
8 081 7 823 9 061 9 367 10 105
-6 868 -6 561 -7 588 -7 917 -8 600
-12 000
-8 000
-4 000
0
4 000
8 000
12 000
2010 2011 2012 2013 2014
Milh
ões
de
Eu
ros
Balança comercial de mobiliário para casa (sala, quarto e cozinha) - EUA
Exportações Importações Saldo
3,5%
4,5%
2,1%
3,1%
0,9%
1,7%
0,1% 0,3% 0%
1%
2%
3%
4%
5%
2010 2011 2012 2013 2014
México Itália Índia Portugal
Principais fornecedores - quotas dos que mais ganharam
O Vietname passou de 12,7% em 2010 para 16% em 2014 7,7%
7,2%
4,6%
3,6% 3,6% 3,2%
2,8% 2,8%
1,7% 1,6%
0%
3%
6%
9%
2010 2011 2012 2013 2014
Canadá Malásia Indonésia
Taiwan Polónia
Principais fornecedores - quotas dos que estabilizaram ou perderam
Canadá 46%
China 27%
México 6%
Taiwan 3%
Itália 2%
Vietname 2%
Malásia 2%
Alemanha 2%
Polónia 2%
Portugal 1,5%
Outros 7%
Principais fornecedores de mobiliário para escritório em 2014
241 271 335 299 289
792 816
959 902 951
-551 -545 -624 -603 -662
-1 000
-500
0
500
1 000
2010 2011 2012 2013 2014
Milh
ões
de
Eu
ros
Balança comercial de mobiliário para escritório - EUA
Exportações Importações Saldo
2,4% 2,7%
1,6%
2,2%
0,7%
2,1%
1,0%
1,8%
0,8%
1,7%
0,0%
1,6%
0,0%
1,5%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
3,0%
3,5%
2010 2011 2012 2013 2014
Taiwan Itália Vietname
Malásia Alemanha Polónia
Principais fornecedores - quotas dos que mais ganharam
49,8% 45,6%
30,8%
27,1%
5,9% 6,5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
2010 2011 2012 2013 2014
Canadá China México
Principais fornecedores - quotas dos que perderam e do México
A China passou de 51,9% em 2010 para 48,2% em 2014
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aicep Portugal Global
Estados Unidos da América - Síntese Setorial
Mobiliário (novembro 2015)
ASSENTOS
COLCHOARIA
Fonte: ITC (dados 2014 - provisórios)
China 72%
México 6% Canadá
5%
Vietname 5%
Itália 2% Indonésia
2%
Taiwan 2%
Malásia 1%
Polónia 1%
Portugal 0,03%
Outros 5%
Principais fornecedores de assentos em 2014
717 766 883 914 935
5 543 5 317 6 352 6 752 7 307
-4 826 -4 550 -5 469 -5 838 -6 372 -8 000
-4 000
0
4 000
8 000
2010 2011 2012 2013 2014
Milh
ões
de
Eu
ros
Balança comercial de assentos - EUA
Exportações Importações Saldo
4,0%
5,9%
3,7%
4,6%
1,5% 1,7%
0,3% 0,5% 0%
2%
4%
6%
8%
2010 2011 2012 2013 2014
México Vietname Indonésia Polónia
Principais fornecedores - quotas dos que mais ganharam
As variações de quota de Itália, Taiwan e Portugal foram pouco significativas
5,8%
4,8%
2,2% 1,4%
0%
2%
4%
6%
8%
2010 2011 2012 2013 2014
Canadá Malásia
Principais fornecedores - quotas dos que estabilizaram ou perderam
A quota da China passou de 73% em 2010 para 71,9% em 2014
China 78%
México 8%
Índia 5% Paquistão
2%
Canadá 2%
Taiwan 1%
Polónia 1%
Itália 1%
Bangladesh 0,4%
R. Unido 0,3% Portugal
0,1%
Outros 2%
Principais fornecedores de colchoaria em 2014
239 247 287 287 299
1 778 1 741 1 961 2 027 2 125
-1 540 -1 494 -1 674 -1 739 -1 826 -2 000
-1 000
0
1 000
2 000
3 000
2010 2011 2012 2013 2014
Milh
ões
de
Eu
ros
Balança comercial de colchoaria - EUA
Exportações Importações Saldo
0,5%
1,3%
0,1%
0,6%
0,3% 0,5%
0,2% 0,4%
0,1%
0,3%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2010 2011 2012 2013 2014
Taiwan Polónia Itália
Bangladesh R. Unido
Principais fornecedores - quotas dos que mais ganharam
A Índia reforçou a quota de 3,5% para 4,6%
8,2%
7,6%
3,5% 2,5% 2,2% 1,6%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
2010 2011 2012 2013 2014
México Paquistão Canadá
Principais fornecedores - quotas dos que estabilizaram ou perderam
A China passou de uma quota de 78,8% em 2010 para 78,4% em 2014
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aicep Portugal Global
Estados Unidos da América - Síntese Setorial
Mobiliário (novembro 2015)
Principais aspetos a salientar:
Em 2014, o mobiliário para casa e os assentos respondiam, juntos, por 72,9% das importações norte americanas do setor; a colchoaria representava 8,9% e o mobiliário de escritório não ultrapassava os 4%. As balanças comerciais são desfavoráveis aos EUA em todos os subsetores, com défices muito acentuados, sobretudo, no mobiliário para a casa e nos assentos.
A China é líder de mercado na colchoaria, com uma quota de 78,4% em 2014, nos assentos, com 71,9% e no mobiliário para casa (sala, quarto e cozinha) com 48,2%; no mobiliário de escritório, é o 2º fornecedor, com 27,1%.
Os países do NAFTA têm, também, posições de relevo: o Canadá é o principal fornecedor de mobiliário de escritório, o 3º de mobiliário doméstico e de assentos e o 5º de colchões. Já o México ocupa o 2º lugar do ranking nos assentos e nos colchões, o 3º no mobiliário de escritório e o 4º nos móveis para sala, quarto e cozinha.
No quadro europeu, Itália é o fornecedor mais destacado (5º de mobiliário de escritório e de assentos, 7º de mobiliário para a casa e 8º de colchoaria), seguido da Polónia (7º fornecedor de colchoaria, 9º de mobiliário de escritório e de assentos, 10º de mobiliário doméstico). Mobiliário para casa:
Os EUA são o maior importador mundial com uma quota de 25,1% em 2014. O mobiliário doméstico constitui a maior fatia das compras ao exterior, com importações de 10,1 mil milhões de euros em 2014 (mais do triplo das importações alemãs, mais de 4 vezes o valor das do Reino Unido e quase 5 vezes o das francesas).
As importações norte-americanas destes produtos, apesar de um recuo pontual em 2011 (-3,2%), encerraram os últimos 5 anos com um crescimento médio anual de 6%, a que correspondeu um acréscimo de 2 mil milhões de euros entre o valor de 2010 e o de 2014.
Perto de ⅔ das compras dos EUA ao exterior tiveram origem em dois mercados do oriente: a China, com 48,2% em 2014, e o Vietname com 16% (respetivamente, 51,9% e 12,7% em 2010). Nos últimos cinco anos as importações aumentaram, em média ao ano, 4% à China e 12,9% ao Vietname, o que se traduziu em acréscimos entre os valores de 2010 e os de 2014, de 673,7M€ no primeiro caso e de 596,6M€ no segundo.
O Canadá e o México são o 3º e o 4º fornecedores, com quotas de 7,2% e de 4,5% em 2014 (7,7% e 3,5% em 2010). Ao longo do período, as compras norte-americanas aumentaram, respetivamente, 4,1% e 13,5% em termos médios anuais. Assim, em 2014, as importações superavam em 100,6M€ o valor de 2010 no caso do Canadá, e em 174,8M€ no do México.
Com parcelas de mercado de 3,6% e 3,2% em 2014, a Malásia e a Indonésia têm vindo a perder importância relativa.
Entre os mercados europeus, a Itália, com uma quota de 3,1% em 2014, é o principal fornecedor dos EUA, seguida da Polónia com 1,6% (7º e 10º no ranking global). As importações dos EUA a Itália aumentaram 16,3% em média ao ano e 4,7% no caso da Polónia.
Portugal é o 22º fornecedor e o 9º europeu. As compras dos EUA de mobiliário português aumentaram em todos os anos entre 2010 e 2014, a um ritmo médio de 50,4%, o que resultou num aumento de quota de 0,1% para 0,3% e num acréscimo de 20,7M€ entre o início e o final do período.
Mobiliário para escritório:
Com uma parcela de 21,2% nas importações mundiais em 2014, os EUA são o primeiro importador mundial, com uma dimensão correspondente aos mercados alemão, canadiano, francês, britânico e sueco, juntos.
As importações mundiais de mobiliário de escritório aumentaram em 2011, contraíram-se no ano seguinte, mas voltaram a crescer em 2013 e em 2014. O comportamento das importações deste mobiliário pelos EUA seguiu a mesma tendência, encerrando o período com uma variação média anual de 5% (4,9% em termos mundiais).
O maior fornecedor de mobiliário aos EUA é o Canadá, com uma quota 45,6% ou 434,2 milhões de euros em 2014 (49,8% ou 394,5 milhões em 2010), seguido da China com 27,1% (30,8% em 2010). Em qualquer dos casos, o crescimento médio anual das importações, no período 2010-2014, foi reduzido (2,6% e 2,2% ao ano, respetivamente).
O México ocupa a 3ª posição do ranking, com 6,5% do mercado em 2014 (61,8M€) e com as importações norte-americanas a aumentar 8,2% em média ao ano, de 2010 a esta parte.
Apesar de um recuo de 11,5% em 2014, as importações dos EUA a Taiwan, encerraram o período 2010-2014 com um crescimento de 9,2% em termos médios anuais. Assim, Taiwan respondia, em 2014, por 2,7% do mobiliário de escritório importado pelos EUA (25,9M€).
No quadro dos 10 principais fornecedores surgem 4 europeus: a Itália (5º, com 21,2M€ em 2014 ou 2,2% do mercado), a Alemanha (8º, com 20,4M€ ou 2,1%), a Polónia (9º, com 15,5M€ ou 1,6%) e Portugal (10º, com 14,6M€ e 1,5%).
Em qualquer destes casos, entre 2010 e 2014, as importações norte-americanas cresceram acima da média do mercado, 14,9% no caso de Itália (um acréscimo de 8,8M€ entre o início e o fim do período), 32,6% no da Alemanha (mais 9,7M€), 736% no da Polónia (15,2M€) e, a partir de uma base muito reduzida, 1 352% no de Portugal, ou seja 14,6M€ em 2014 acima do valor de 2010.
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aicep Portugal Global
Estados Unidos da América - Síntese Setorial
Mobiliário (novembro 2015)
Assentos:
Os EUA são o 1º importador mundial de assentos com uma quota de 25,8%, e perto de 7,3 mil milhões de euros em 2014 (quase o t riplo do valor das importações alemãs e perto do quíntuplo das francesas). Com um crescimento médio anual de 7,5% de 2010 a esta pa rte, o valor importado no último ano superou, em 1,8 mil milhões de euros, o registado em 2010.
A China lidera o mercado, com uma quota superior à que detém nos restantes tipos de mobiliário (71,9% em 2014). Apesar de uma contração pontual em 2011, as compras norte-americanas à China aumentaram, desde 2010, 7% em média ao ano, o que se traduziu num acréscimo de 1,2 mil milhões de euros entre os valores de 2010 e os de 2014.
O México e o Canadá são o 2º e o 3º fornecedores, com quotas de, respetivamente, 5,9% e 4,8% em 2014 (4% e 5,8% em 2010). As importações ao México aumentaram em todos os anos do período, a um ritmo médio anual de 19,2% o que se traduziu por um acréscimo de 211,2M€ entre 2010 e 2014. As compras norte americanas ao Canadá aumentaram até 2012, mas têm baixado desde então; ainda assim, os últimos cinco anos encerraram com uma variação média anual de 2,4%, e mais 30,7M€ em 2014 face a 2010.
As importações ao Vietname (4º fornecedor) evidenciaram um comportamento idêntico ao das da China: baixaram em 2011 e cresceram, sistematicamente, desde então. Nos últimos cinco anos variaram 14,8% em média ao ano (um acréscimo de 134,1M€ entre 2010 e 2014).
Itália é o 1º fornecedor europeu (5º mundial), com uma quota relativamente estável de 2,5%; as importações aumentaram, em méd ia, 7,7% nos últimos 5 anos (mais 44,5M€ entre os valores de 2010 e os de 2014). Entre os países europeus destaca-se, ainda, a Polónia (9º fornecedor); as importações à Polónia baixaram até 2012, mas têm estado a crescer a um ritmo elevado desde então (35,8% em média ao ano entre 2010 e 2014, ou seja, um acréscimo de 21,1M€ entre o início e o final do período e um reforço de quota de 0,3 para 0,5%).
No ranking de fornecedores de assentos aos EUA, o 6º, 7º e 8º lugares são ocupados por mercados do oriente: Indonésia (1,7% d e quota de mercado em 2014), Taiwan (1,7%) e Malásia (1,4%). Com aumentos médios anuais de 11,5% e 8,2% os dois primeiros reforçaram, ligeiramente, as suas parcelas de mercado nos últimos cinco anos (+0,2pp e +0,1pp). Já a Malásia, com uma variaçã o média anual de -2,6%, perdeu 0,8pp entre 2010 e 2014.
Portugal é o 38º fornecedor e o 19º europeu, com uma quota de 0,03% em 2014. Apesar de uma contração pontual em 2011, as compras a Portugal cresceram a uma média anual de 31,4% entre 2010 e 2014. No último ano, o valor das importações a Portugal foi de 1,9M€ e ficou 1,1M€ acima do registado em 2010.
Colchoaria:
À semelhança do que se verifica nos demais subsetores, os EUA são, também, o maior importador do mundo de colchões e de artig os de colchoaria. Com uma quota mundial de 20,1% em 2014, importaram 2,1 mil milhões de euros (cerca do dobro das importações japonesas e mais do quádruplo das francesas). Com um crescimento médio anual de 4,7% nos últimos cinco anos (abaixo dos 6,3% da média mundial), o valor das entradas em 2014 ultrapassou em 346,7M€ o de 2010.
Mais de 87% das importações proveem de cinco países do oriente. A China domina com 78,4% do mercado em 2014, ou 1,7 mil milhões de euros. As importações norte americanas à China aumentaram 4,6% em média ao ano entre 2010 e 2014, resultando num acréscimo de 264,9M€ entre os valores do início e do final do período.
A Índia é o terceiro fornecedor, com uma quota de 4,6% em 2014 (3,5% em 2010); as compras norte americanas de colchoaria à Ín dia aumentaram 12% em média ao ano (em 2014 ultrapassavam o valor de 2010 em 35,1M€).
O Paquistão ocupa o 4º lugar do ranking com uma quota de 2,5% em 2014 (3,5% em 2010). No período 2010 -2014, as importações baixaram -3,3% em média ao ano (-9,7M€ em 2014 se comparado com 2010).
Taiwan e Bangladesh são o 6º e o 9º fornecedores dos EUA. Com quotas de, respetivamente, 1,3% e 0,4% em 2014 (0,5% e 0,2% em 2010). Entre 2010 e 2014, as importações norte americanas aumentaram em termos médios anuais, 32,3% a partir de Taiwan e 24,2 % a partir do Bangladesh (mais 17,5M€ e mais 4,8M€ entre os valores de 2014 e os de 2010).
No continente americano, os principais fornecedores dos EUA são o México (2º, com 7,6% de quota em 2014) e o Canadá (5º, com 1,6%). As importações ao México estão a aumentar (2,9% em média ao ano entre 2010 e 2014, ou seja, mais 16M€), mas a colchoaria mexicana está a perder quota. Já as importações ao Canadá estão a baixar (-2,7% ao ano, ou menos 4,2M€ entre 2010 e 2014).
No quadro europeu, destacam-se a Polónia (7º fornecedor, com 0,6% de quota em 2014), a Itália (8º, com 0,5%) e o Reino Unido (10 º, com 0,3%). Com crescimentos médios anuais das compras norte americanas de, respetivamente 135,8%, 18,3% e 32,4% desde 2010 (acréscimos de 11,3M€, 5M€ e 4M€), todos reforçaram as quotas de mercado.
Portugal é o 25º fornecedor e o 10º europeu, com uma quota pouco significativa de 0,1% em 2014, correspondente a 1,1M€. As compras a Portugal têm verificado um comportamento irregular, com forte aumento em 2012 e descidas nos demais anos do período . Em 2014, o valor das importações a Portugal ficou 867 mil euros abaixo do registado em 2010.
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Mobiliário (novembro 2015)
2. RELACIONAMENTO BILATERAL
Fonte: INE
152
473
100
200
300
400
500
2010 2011 2012 2013 2014
Exp
ort
açõ
es 2
01
0=1
00
Mundo EUA
Exportações portuguesas de mobiliário para o mundo vs para os EUA
1,6%
5,1%
2,3%
7,7%
0,0%
5,8%
0,5%
0,9% 1,6% 0,7% 0%
2%
4%
6%
8%
2010 2011 2012 2013 2014
Mobiliário (total) Mob. p/ casa Mob. p/ escritório Assentos Colchoaria
Quota dos EUA nas exportações portuguesas de mobiliário (total, para casa, escritório, assentos e colchoaria)
10 068 12 286
16 228
35 701
47 582
1 674 1 605 896 748 951
8 394 10 681
15 332
34 953
46 631
0
10 000
20 000
30 000
40 000
50 000
2010 2011 2012 2013 2014
Mil
Eu
ros
Balança comercial de mobiliário - Portugal / EUA
Exportações Importações Saldo
Posição dos Estados Unidos da América no comércio externo português de mobiliário em 2014: Exportações: 4º cliente (5,1% do total em valor) Importações: 21º fornecedor (0,3% do total em valor)
Mobiliário para casa
84%
Mobiliário para escritório
8%
Assentos 4%
Colchoaria 1%
Outros móveis 3%
Principais categorias de mobiliário exportadas para o mercado em 2014
Principais aspetos a salientar:
Segundo o INE, os EUA foram o 6º cliente de Portugal em 2014, e o destino de 4,4% das exportações totais de bens. No mobiliário, com vendas na ordem de 47,6M€, o mercado norte-americano foi o 4º cliente e o destino de 5,1% das exportações portuguesas do setor.
Entre 2010 e 2014, as vendas portuguesas de mobiliário aos EUA cresceram sucessivamente, a um ritmo médio anual de 58,1%, muito acima dos 11% das exportações portuguesas do setor. Em 2014, as vendas de mobiliário português para os EUA aumentaram 33,3% face ao ano anterior, um ritmo mais rápido do que a média do setor (8,7%).
Relativamente às importações de mobiliário provenientes dos EUA, salienta-se a sua pequena expressão no contexto do setor. Em 2014, cifraram-se em 951 mil euros, situando o mercado na 21ª posição entre os fornecedores externos, com uma quota de 0,27%. Nos últimos cinco anos, as importações destes produtos com origem nos EUA registaram o valor mais elevado em 2010 com 1,7M€, e um mínimo de 748 mil euros em 2013.
O saldo da balança comercial bilateral de mobiliário foi favorável a Portugal no período 2010-2014, com excedentes comerciais que mais do que quintuplicaram em, apenas, 5 anos, passando de 8,4M€ em 2010 para e 46,6 M€ em 2014.
Maiores exportadoras portuguesas de mobiliário para os EUA em 2014 (ordem alfabética):
- A. Brito - Mobiliário, SA - Aquastyl Portugal, Lda
- Armando Ferreira da Silva & Filhos, Lda
- Brasão de la Espada, SA - Brifour, Lda
- Desicor - Indústrias, SA
- Dux Interiores, SA
- IKEA Industry Portugal, Lda - Menina Design, Lda
- TemaHome, SA
Observação: Esta informação considera apenas pessoas coletivas (sociedades) e exclui as empresas não identificadas e as que pediram confidencialidade. Fonte: INE
Posição dos EUA no comércio externo português em 2014:
► Mobiliário para casa (sala, quarto e cozinha): 4º cliente (7,7% das exportações portuguesas destes produtos) 21º fornecedor (0,2% das importações portuguesas destes produtos)
► Mobiliário para escritório: 4º cliente (5,8%) 17º fornecedor (0,1%)
► Assentos: 11º cliente (0,9%) 15º fornecedor (0,3% )
► Colchoaria: 7º cliente (0,7% ) 17º fornecedor (0,2%)
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Mobiliário (novembro 2015)
MOBILIÁRIO PARA CASA
MOBILIÁRIO PARA ESCRITÓRIO
ASSENTOS
COLCHOARIA
Fonte:INE
8 477 9 469 11 993
32 240
39 814
342 282 397 207 238
8 134 9 186 11 596
32 033
39 576
0
10 000
20 000
30 000
40 000
2010 2011 2012 2013 2014
Mil
Eu
ros
Balança comercial de mobiliário para casa - Portugal / EUA
Exportações Importações Saldo
524 491 676 680
1 721
274 367
154 144 221 250 124
522 536
1 500
0
500
1 000
1 500
2 000
2010 2011 2012 2013 2014
Mil
Eu
ros
Balança comercial de assentos - Portugal / EUA
Exportações Importações Saldo
980
676
461
640 679
78 71 64 101 66
901
606
397
539 614
0
400
800
1 200
2009 2010 2011 2012 2013
Mil
Eu
ros
Balança comercial de colchoaria - Portugal / EUA
Exportações Importações Saldo
141
470
100
200
300
400
500
2010 2011 2012 2013 2014
Exp
ort
açõ
es 2
01
0=1
00
Mundo EUA
Exportações portuguesas de mobiliário para casa para o mundo vs para os EUA
179
328
50
100
150
200
250
300
350
2010 2011 2012 2013 2014
Exp
ort
açõ
es 2
01
0=1
00
Mundo EUA
Exportações portuguesas de assentos para o mundo vs para os EUA
21 12 121 118
4 096
29 159 33 49 13 88 69
4 083
0
1 000
2 000
3 000
4 000
5 000
2010 2011 2012 2013 2014
Mil
Eu
ros
Balança comercial de mobiliário para escritório - Portugal / EUA
Exportações Importações Saldo
143
19 548
0
5 000
10 000
15 000
20 000
2010 2011 2012 2013 2014
Exp
ort
açõ
es 2
01
0=1
00
Mundo EUA
Exportações portuguesas de mobiliário para escritório para o mundo vs para os EUA
157
69
40
80
120
160
2010 2011 2012 2013 2014
Exp
ort
açõ
es 2
01
0=1
00
Mundo EUA
Exportações portuguesas de colchoaria para o mundo vs para os EUA
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Mobiliário (novembro 2015)
Principais aspetos a salientar:
Segundo o INE, em 2014, o mobiliário representou 2,3% das vendas portuguesas de bens aos Estados Unidos da América. Em 2010 n ão ultrapassava os 0,8%.
Os móveis para casa (sala, quarto e cozinha) constituíram a maior parcela do mobiliário exportado para o mercado (39,8M€ ou 83,7% do total), seguidos do mobiliário de escritório (4,1M€ ou 8,6%); os assentos responderam por, apenas, 3,6% (1,7M€) e a colchoaria por mais 1,4% (679 mil euros), correspondendo o restante a outros móveis.
A balança comercial é superavitária em todas estas categorias de mobiliário, mas as exportações registaram comportamentos diversos ao longo do período 2010-2014.
O desempenho das saídas portuguesas das diversas categorias de móveis para o mercado norte-americano ficou muito acima da média de cada subsetor, exceto na colchoaria.
As exportações de mobiliário para casa (sala, quarto e cozinha), com forte impacto na balança comercial do setor, aumentaram em todos os anos do período e encerraram 2010-2014 com uma variação média anual de 57,7% (muito acima da média anual de 9,2% do total das exportações portuguesas deste mobiliário). Em 2014, o valor das vendas deste tipo de móveis aos EUA superava, em 31 ,3M€ o registado em 2010.
No caso do mobiliário de escritório, a base de partida das exportações portuguesas para o mercado era muito reduzida em 2010 (apenas 21 mil euros), mas o crescimento médio anual até 2014, apesar do comportamento irregular, atingiu os 1 057%. Este aumento resultou, em larga medida, do valor exportado no último ano (4,1 milhões de euros).
As exportações portuguesas de assentos para o mercado, apesar de uma contração pontual de -6,3% em 2011, aumentaram 46,3% em média ao ano entre 2010 e 2014; a variação média anual do total das saídas destes produtos foi de 16,8%. A diferença entre os valores exportados em 2010 e em 2014 atingiu os 1,2M€.
Ao contrário do que se verificou nos restantes subsetores, as exportações de colchoaria para os EUA baixaram ( -4,5% em média ao ano entre 2010 e 2014, face a um aumento de 12,3% do total das saídas deste subsetor). O comportamento das vendas ao mercado norte-americano foi irregular: entre 2010 e 2012, caíram 31,4% em média ao ano, mas nos dois últimos anos aumentaram 22,5%, em médi a por ano.
Cabe ainda destacar o forte aumento das saídas de outros móveis, em que as exportações passaram de 67 mil euros em 2010 para 1,3M€ em 2014.
Notas Finais:
- O presente trabalho não inclui os valores relativos às NC 9401.10.00 e 9401.20.00 uma vez que as mesmas dizem respeito a assentos para veículos aéreos e automóveis. Não foram também considerados os valores da NC 9401.90 por não ter sido possível a desagregação de dados a seis dígitos, inviabilizando a separação de partes para assentos de automóveis e aeronaves das partes dos restantes assentos. Por esta razão, os valores podem, eventualmente, estar ligeiramente subavaliados.
- No mobiliário de casa agruparam-se as NC 9403.20 e 9403.40 a 9403.60 - consideram-se assim, neste grupo, o mobiliário de cozinha, quarto, sala e outros móveis em madeira bem como camas e outros móveis de metal.
- O mobiliário de casa escritório inclui as NC 9403.10 e 9403.30, englobando assim o mobiliário de escritório em madeira e em me tal.
- O capítulo da colchoaria corresponde à NC 9404.
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3. DESTAQUES DO MERCADO Produção e consumo
A crise de 2008 afetou, profundamente, o setor do mobiliário, muito dependente do comportamento do mercado imobiliário. A retração da procura, as vantagens competitivas da produção em mercados com custos mais baixos e a alteração das preferências dos consumidores, provocaram mudanças significativas no tecido produtivo e nas vendas do setor.
De acordo com dados publicados pela American Home Furnishing Alliance, em 2010 existiam, nos EUA, 3 895 empresas produtoras de mobiliário doméstico, menos 21% do que em 2008.
Cerca de ⅔ destas produzia mobiliário de madeira não estofado, 1 050 produzia estofos e apenas 273 se dedicava à produção de mobiliário doméstico em metal.
A grande maioria destas empresas (mais de 84% do total) empregava 20 ou mais trabalhadores.
O emprego no setor sofreu uma forte redução entre 1999 e 2012 (de 199 mil trabalhadores para 74 mil) que atingiu, sobretudo, a produção de mobiliário em madeira não estofado.
Mas o ponto de viragem da crise que afetou o setor, parece ter sido ultrapassado. Em 2013 o nível de encomendas estava 7% acima do valor registado em 2008 e 23% acima do verificado em 2009.
Também em 2013 o emprego recuperou face ao ano anterior, com aumentos de 0,5% no mobiliário em madeira não estofado, e de 2,4% nos estofos que passaram a contar com, respetivamente, 29,9 mil e 45,9 mil trabalhadores.
Produção interna e importações de mobiliário doméstico – mobiliário de madeira e estofos
Nota: Os valores relativos a 2013 são estimados
Fonte: American Home Furnishing Alliance
A produção interna de mobiliário doméstico aumentou em 2011 e em 2012. A tendência aponta para a redução da produção de mobiliário doméstico em madeira (não estofado), a par do aumento da produção de estofos. As importações têm estado a crescer nas duas categorias de mobiliário.
O aumento da venda de casas e do rendimento disponível dos consumidores são fatores que levarão, muito provavelmente, ao reforço das compras de mobiliário. De acordo com previsões da Furniture Today, tanto a construção como a venda de casas, estará em 2015 e em 2016 aos níveis pré-crise e as vendas de mobiliário doméstico no retalho têm aumentado de forma sistemática, atingindo, em 2013, mais de 95 mil milhões de USD.
De acordo com os resultados de uma pesquisa realizada pela ABTV - Anderson Bauman Tourtellot Vos em 2014, 57% dos retalhistas inquiridos afirmaram que as vendas estavam a aumentar e, em 86% dos casos, projetavam crescer em 2015 e em 2016.
5238 5365 5301 5018
7436 7791 8087 8348
0
5000
10000
15000
2010 2011 2012 2013
milh
ões
USD
móveis de madeira estofos
8737 8545 9062 9629
3764 3665 4191
4674
0
5000
10000
15000
2010 2011 2012 2013
milh
ões
USD
móveis de madeira estofos
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Fonte: American Home Furnishing Alliance
Em, apenas, 10 anos (entre 2003 e 2013), o peso das importações nas vendas de mobiliário doméstico nos EUA, subiu de forma assinalável.
Se em 2003, pouco mais de metade do mobiliário doméstico em madeira vendido no mercado era produzido no exterior (53,3%), em 2013 essa parcela representava já 73,8% do total.
Nos estofos, o peso das importações é menos significativo mas, ainda assim, passou de 20,9% para 42,1% do total.
Todavia, de acordo com um estudo da ABTV, de outubro de 2014, muitos fabricantes norte-americanos, estão a rever as suas operações de produção no exterior, sobretudo em mercados do oriente. Custos do trabalho, proximidade aos clientes, qualidade do produto, acesso a mão-de-obra qualificada, custos de transporte substancialmente menores, questões cambiais, logística e facilidade no ambiente de negócios são fatores que levam cada vez mais decisores a ponderar trazer de volta as operações para os EUA ou, em alternativa, a equacionar a sua deslocalização para países mais próximos como, por exemplo, o México.
No mobiliário de escritório, tanto a produção como o consumo se expandiram de forma bastante regular nos últimos anos mas, se no primeiro caso, o crescimento médio anual entre 2009 e 2014 se situou em 4,6%, já o aumento do consumo se processou a um ritmo mais rápido (5,8% em termos médios anuais).
Fonte: BIFMA - Business and Institutional Furniture Manufacturers Association
Os dados anteriores incluem os valores relativos a assentos que, de acordo com a BIFMA - Business and Institutional Furniture Manufacturers Ass , representam, só por si, 29% da produção local de mobiliário de escritório.
81 561
88 811
93 993 95 343
70 000
80 000
90 000
100 000
2010 2011 2012 2013
Milh
ões
de
USD
Evolução das vendas de mobiliário doméstico no retalho
7 845 8 300
9 375 9 270 9 355 9 772
9 230 9 877
11 131 11 288 11 540 12 165
6 000
8 000
10 000
12 000
14 000
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Milh
ões
de
USD
Evolução do valor do mercado norte-americano de mobiliário de escritório
Produção Consumo
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Fonte: BIFMA - Business and Institutional Furniture Manufacturers Association
Na produção de mobiliário de escritório, a proporção entre produtos de madeira e de não madeira, permanece relativamente estável: 28% para os primeiros e 72% para os segundos. As previsões da BIFMA, publicadas em 31 de agosto de 2015, apontam para um crescimento de 7% no consumo de mobiliário de escritório ao longo do ano de 2015 (para 13 mil milhões de USD) e de 7,4% em 2016 (ano em que se prevê, venha a atingir os 14 mil milhões de USD). De acordo com a mesma fonte, tanto em 2015 como em 2016, o crescimento da produção ficará abaixo do ritmo de expansão do consumo; os valores produzidos ficarão em torno dos 10,2 mil milhões de USD em 2015 (um crescimento de 4% face ao ano anterior) e, em 2016, não ultrapassarão os 10,4 mil milhões de USD, apenas mais 2,3% do que o valor de 2015.
Tendências A qualidade mantém-se como uma preocupação transversal a todos os consumidores, independentemente da preferência dos mais jovens por móveis de cadeias mais facilmente identificáveis com os seus estilos de vida. A geração dos Baby Boomers (nascidos ente 1945 e 1963) está a trocar, progressivamente, as casas de família por apartamentos novos de menor dimensão, nos quais não se enquadra, nem em termos de estilo nem de dimensão, o mobiliário que já possuem. O facto do mercado de móveis em segunda mão estar atualmente saturado, é um indicador da renovação a que a troca de casa obriga. As gerações mais novas valorizam sobretudo os espaços mais abertos, onde coexistem áreas de trabalho e de lazer, com materiais reciclados ou ambientalmente sustentáveis. Esta preferência é extensível ao mobiliário, mais amigo do ambiente, mais funcional e com tecnologia incorporada. É importante ter também presente que a geração que nasceu a partir dos anos 80, e que consome de forma muito diversa da dos seus pais, representará metade da força de trabalho nos EUA em 2020, e trará seguramente alterações ao nível dos ambientes de trabalho com efeitos nas opções de mobiliário para estes espaços. Também a internet está a alterar o retalho de mobiliário, com muitos retalhistas a entrar no mercado de e-commerce, a crescer muito rapidamente, quer pela conveniência de poder comprar a qualquer momento, quer pela preferência dos consumidores mais jovens, mais ligados digitalmente. Uma tendência mais recente, que está a aumentar com a recuperação da economia, é a da distribuição através da rede de designers de interiores que, segundo a Furniture Today representa já uma fatia entre 5% e 10% das vendas de mobiliário.
Systems 29%
Seating 29%
Files 9%
Casegoods 10%
Storage 7%
Tables 11%
Other 5%
Produção por categoria de produtos em 2014
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4. ASPETOS REGULAMENTARES Regime de Importação
Tributação aduaneira
Direitos Aduaneiros:
Os produtos importados, provenientes da União Europeia (UE), estão sujeitos aos direitos aduaneiros decorrentes da aplicação da Cláusula da Nação Mais Favorecida (MFN tariff / World Trade Organization – WTO), que estabelece que todas as vantagens e privilégios acordados a um Membro da Organização Mundial do Comércio devem ser estendidos a todos os demais Membros da Organização), a taxas muito variáveis consoante as posições pautais dos diversos produtos.
Posições pautais Taxas 9401.30; 9401.40; 9401.51; 9401.59; 9401.61; 9401.69; 9401.71; 9401.79; 0% 9401.80; 9402.10; 9402.90 e 9403 0% 9404 Entre 3% e 12,8% Outras Taxas:
- Imposto sobre o Consumo (Sales Tax): Incide a nível estadual ou local mas é cobrado apenas no consumo (aquando da sua comercialização), pelo que não tem quaisquer reflexos nos custos aduaneiros;
- Taxa de Desalfandegamento da Mercadoria (Merchandise Processing Fee – MPF): Recai, à taxa de 0,3464%, sobre o valor aduaneiro das mercadorias, mas nunca inferior a 25 USD ou superior a 485 USD;
- Taxa de Manutenção Portuária (Harbour Maintenance Fee – HMF): Incide, à taxa de 0.125%, sobre o valor aduaneiro das mercadorias importadas via marítima. Nota:
O relacionamento dos EUA com a UE baseia-se na New Transatlantic Agenda, lançada em 1995, e na Transatlantic Economic Partnership, de 1998. Em 2013 deu-se início formal às negociações de um Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a UE e os EUA (Transatlantic Trade and Investment Partnership – TTIP), com o objetivo de eliminar barreiras comerciais (aduaneiras e não aduaneiras), facilitando a compra e venda de bens e serviços por empresas nos dois mercados. Enquanto o Acordo não entrar em vigor os produtos da UE não beneficiam de qualquer tratamento preferencial quando importados nos EUA. Para mais informações sobre as negociações em curso, os interessados devem consultar o site da European Commission / TTIP ou o Portal do Governo Português no tema – Plataforma sobre Negociações Comerciais / Parceria Transatlântica de Comércio UE-EUA Fontes:
Market Access Database (MADB), Tariffs – Selecionar o mercado (United States of America), a posição pautal do produto (ex.: 9401) e clicar no campo Search; consultar a coluna MFN – Most Favoured Nation (data de atualização da informação disponibilizada no site – 14 de setembro de 2015). Para aceder a outras taxas clicar no código pautal específico do produto/classificação mais desagregada (data de atualização da informação disponibilizada no site – 12 de outubro de 2015);
Harmonized Tariff Schedule of the United States 2015 (consultável no site da United Sates International Trade Commission – USITC). Existem 2 colunas de direitos aduaneiros (Rates of Duty): A coluna 1 integra a sub-coluna – General (indica as taxas para a importação dos produtos originários da generalidade dos países, nomeadamente da EU) e a sub-coluna – Special (indica as taxas para a importação de produtos provenientes de países com tratamento preferencial; e a coluna 2 que refere as taxas dos produtos importados de países sem relacionamento comercial com os EUA (Cuba e Coreia do Norte);
Overview of FTA Negotiations (EU / USA) – Updated October 2015;
World Trade Organization (WTO).
Formalidades de Importação
Para além da documentação geral que acompanha as transações comerciais internacionais (ex.: fatura comercial; documentos de transporte), poderão ser exigidas várias formalidades específicas para a importação do produto em apreço, das quais se destacam as seguintes:
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- Plant and Plant Product Declaration, exigível para as posições pautais 9401.61.20.10, 9401.61.20.30, 9401.90.15, 9401.69, 9403.30.40, 9403.40.40, 9403.50.40 e 9403.60.40, a apresentar pelo importador ou seu agente junto do Department of Agriculture, Animal and Plant Health Inspection Service (APHIS) da estância aduaneira de entrada;
- Certification of Conformity for Consumer Products, exigível para a posição pautal 9401.80 (se estiverem em causa assentos infantis para o banho) e posições pautais 9402 e 9403 (se contiverem pintura com tinta de chumbo), a preparar pelo importador (ou por Laboratório Acreditado, caso estejam em causa produtos para crianças) e a entregar junto da Consumer Product Safety Commission (CPSC);
- CITES Document, exigível para as posições pautais 9401.61, 9401.69, 9401.71, 9401.79 e 9401.80 (se sujeitas à Convenção CITES), a emitir pela autoridade competente no país de origem, no caso de Portugal o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF);
- Manufacturer Identification (MID) Code, exigível para as posições pautais 9402.10, 9402.90.00.10 e 9402.90.00.20, a criar pelo fabricante a partir do nome do país de origem, nome da empresa e endereço, com o máximo de 15 caracteres e sem espaços, tendo por base a seguinte ”fórmula”: 2 letras do nome do país; 3 letras da primeira palavra do nome da empresa; 3 letras da segunda palavra do nome da empresa; até 4 números da rua, número de edifício, etc.; 3 letras do nome da cidade. A entidade responsável pelo respetivo controlo é a U.S Customs and Border Protection (CBP);
- Import Licence for Wildlife, exigível para as posições pautais 9403 e 9404 (em caso de bens que contenham produtos com origem em animais ou plantas ameaçados), a solicitar pelo importador junto do U.S. Fish and Wildlife Service (FWS);
- Import Permit for Protected Plants and Products Thereof, exigível para as posições pautais 9403 e 9404 (em caso de bens que contenham produtos com origem em animais ou plantas ameaçados), a solicitar pelo importador junto do Department of Agriculture, Animal and Plant Health Inspection Service (APHIS) da estância aduaneira de entrada e do U.S. Fish and Wildlife Service (FWS).
Segundo a Delegação da AICEP em Nova Iorque, os registos junto da FDA devem ser objeto de renovação de 2 em 2 anos, somente em ano par, e durante o período compreendido entre o dia 1 de outubro e 31 de dezembro, sendo que em caso de expiração da sua validade é aconselhável a efetuação de novo registo (a que a FDA não se opõe). No processo de registo, a empresa tem de proceder à nomeação de um US Agent, contacto que, podendo não ter qualquer relacionamento comercial, é o responsável e liaison da empresa perante as autoridades norte-americanas.
Para além destes aspetos, de um modo geral todos os produtos que entram nos EUA devem indicar o país de origem, em inglês, de forma permanente e legível, não sendo aceitável, por exemplo, a utilização da expressão Made in European Union.
Nota:
Para mais informações sobre procedimentos de importação (ex.: alterações recentes; etiquetagem de produtos; exigências de qualidade) os interessados deverão consultar o tema – Procedures and Formalities, subtema – Country Overview, na Market Access Database.
Fontes:
Market Access Database (MADB), Procedures and Formalities – Selecionar o mercado (United States of America), a posição pautal do produto (por ex.: 9401) e clicar no campo Search (data de atualização da informação disponibilizada no site – 1 de outubro de 2015);
U.S. Customs and Border Protection (CBP); Consumer Product Safety Commission (CPSC); Department of Health and Human Services (HHS); Food and Drug Administration (FDA); Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF);
Delegação da AICEP em Nova Iorque.
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Entraves
Formalidades estritas relativas ao registo de fabricantes e notificação prévia das mercadorias a exportar,
decorrentes da Lei de Segurança da Saúde Pública e Prevenção Contra o Terrorismo (Lei do Bio Terrorismo –
Bioterrorism Act of 2002):
Concorrência por parte de países cujos produtos beneficiam de tarifas preferenciais, dado os EUA disporem de uma
rede diversificada de Acordos Preferenciais em matéria comercial (Multilateral and Bilateral Free Trade
Agreements) que permite, aos bens provenientes dos países signatários, e ao contrário do que sucede com as
mercadorias comunitárias (e enquanto não for aprovado e entrar em vigor o Acordo de Parceria Transatlântica de
Comércio e Investimento entre os EUA e a UE), um tratamento privilegiado em matéria de tributação aduaneira; é
o caso, entre outros, da Austrália, Barém, Chile, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Israel, Jordânia, Marrocos,
México, Panamá, Peru, Omã e Singapura. Os EUA atribuem, igualmente, um Sistema de Preferências Generalizadas
(SPG) a países em desenvolvimento que se traduz na isenção/redução de direitos aduaneiros na importação de
vários tipos de bens.
Fontes:
Market Access Database; Trade Barriers – não existem registos de entraves para o setor do mobiliário nos EUA (data de
atualização da informação disponibilizada no site – 12 de outubro de 2015);
Secretaría de Estado de Comercio de España / Barreras al Comercio – não existem dados sobre entraves concretos e atuais para
o setor do mobiliário nos EUA.
5. OUTRAS INFORMAÇÕES PRÁTICAS SOBRE O MERCADO
5.1. Principais empresas locais produtoras de mobiliário:
Ashley Furniture Industries
Bassett Furniture Industries
Bernhardt
Best Home Furnishings
Dorel Industries
Ethan Allen
Flexsteel Industries
Franklin
Furniture Brands International
Home Meridian International
Hooker Furniture
Klaussner Furniture Industries
L & P Consumer Products Unit
Lacquer Craft
La-Z-Boy
Man Wah Holdings
Natuzzi
Sauder Woodworking
Sherrill Furniture
Standard Furniture Manufacturing
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5.2. Principais retalhistas de mobiliário:
Aaron's
American's Signature
Ashley Furniture Industries
Berkeshire Hathaway
Big Lots
Bob's Discount Furniture
Costco
Ethan Allen
Havertys
Ikea
La-Z-Boy Furniture Galleries
Macy's
Mattress Firm
Office Depot
Raymour & Flanigan
Rent-A-Center
Restoration Hardware
Rooms To Go
Sam's Club
Sleep Number
Sleepy's
Staples
Target
Walmart
Williams-Sonoma
5.3. Principais portais de venda online de mobiliário:
Amazon.com
Anthology Furniture
BedPlanet.com
Bellacor
BestPricedFurniture.com
ClubFurniture.com
Cymax Stores USA
EcoSelect Furniture
Etsy.com
Everything Furniture
EZBuyFurniture
Fab.com
FastFurnishings.com
Furniture.com
Gilt
HauteLook
Hayneedle
Home Furniture Mart
Homelement
Inmod
IvgStores
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Living Direct
Luxe Yard
Max Industries
One Kings Lane
One Way Furniture
Overstock.com
Renegade Furniture Group
Rue La La
Stacks and Stacks
Stratashops
Warehouse Direct USA
Wayfair
5.4.Principais entidades relacionadas com o setor:
5.4.1. Principais associações setoriais:
AFMA - American Furniture Manufacturers Association
BIFMA - Business and Institutional Furniture Manufacturers Assoc.
HFIA - Home Furnishing Independents Association
SPA - International Sleep Products Association
SSA - Specialty Sleep Association
WPA - Wood Manufacturers Association
NHFA - National Home Furnishing Association
IFRA - International Furniture Rental Association
IOPFDA - Independent Office Products and Furniture Dealers Association
ISHP - International Society Of Hospitality Purchasers
5.4.2. Outras associações relacionadas com o setor:
ASID - American Society of Interior Designers
IIDA - International Interior Design Association
ASFD - American Society of Furniture Designers
IFDA - International Furnishing and Design Association
AIA - American Institute of Architects
5.5.Principais feiras e eventos setoriais no mercado:
ICFF – International Contemporary Furniture Fair, 14 a 17 de maio de 2016, Nova Iorque
World Market Center Las Vegas, 24 a 28 de janeiro de 2016, Las Vegas
ADHD-Architectural Digest Home Design Show, 17 a 20 de março de 2016
High Point Market/International Home Furnishings Market, 16 a 20 de abril de 2016
Tupelo Furniture Market, 25 a 28 de fevereiro de 2016
NeoCon World’s Trade Fair, 13 a 15 de junho de 2016
The HD Expo-The Hospitality Design Exposition & Conference, 4 a 6 de maio de 2016
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5.6. Fontes complementares de informação:
Imprensa especializada (profissionais):
Furniture Today
Home Furnishing News
Interior Design
Metropolis
Architectural Digest
Dwell
Hospitality Design
Elle Decor
Fabrics & Furnishing International não consigo conetar-me ao site
Florida Design
Casa y Estilo Internacional
Imprensa especializada (consumidores):
Allure
Architectural Digest
Better Home & Gardens
Cosmopolitan
Country Living
Elle
Esquire
Glamour
Good Housekeeping
Harper’s Bazaar
House Beautiful
Marie Claire
Martha Stewart Living
The Oprah Magazine
Redbook
Robb Report
Surface Magazine
Town & Country
Traditional Home
V Magazine
Veranda
Vogue
5.7. Estudos sobre o setor no mercado:
- Household Furniture Manufacturing in the US: US $10 120
- Household Furniture Manufacturing in the US: US $925
- The Retail Market for Home Furniture & Bedding in the US: US $925
- Diversos documentos sobre o setor, cujos preços variam entre os $60 e $100
5.8.Outra informação económica sobre o mercado:
- EUA – Síntese País
- EUA – Ficha de Mercado - EUA – Guia Prático de Acesso ao Mercado - EUA – Oportunidades e Dificuldades de Mercado