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Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores
PSTFC
Relatório de estágio curricular
Sistemas de Distribuição de Energia em Baixa Tensão
Orientador EDP: Engenheiro Arlindo Monteiro Marinho
Orientador FEUP: Professor Doutor José Eduardo Roque Neves dos Santos
Estagiário: Carlos Filipe Alves Campos
Porto, Julho de 2007
RESUMO
Este relatório traduz o trabalho realizado durante os três meses em que estagiei na Área
de Rede Ave-Sousa em Guimarães, EDP Distribuição, S.A. pertencente ao grupo EDP,
organigrama da empresa no anexo A.
Inicialmente, começa por ser feita uma apresentação da empresa e quais os objectivos
propostos para o estágio.
Seguidamente, é descrito todo o trabalho realizado nos vários Departamentos que
integrei na Área de Rede Ave-Sousa. Grande parte do estágio centrou-se na distribuição
de energia eléctrica em Baixa Tensão e qualidade de serviço da mesma, tendo sido
estudados problemas reais e encontradas soluções para a sua resolução.
Foram também analisados eventuais problemas que possam surgir numa rede de
distribuição em Média Tensão, quais as estratégias e equipamentos utilizados para
prevenir ou minimizar danos causados na rede.
Em anexo a este relatório seguem os vários documentos que foram elaborados ao longo
do estágio e que serviram também de base para as algumas conclusões.
Agradecimentos:
Ao Professor Doutor José Eduardo Roque Neves dos Santos por ter aceite ser meu
orientador de estágio.
Ao Engenheiro Arlindo Monteiro Marinho, responsável pela Unidade de Rede
UR02AS, e ao Engenheiro Armando Freitas pela orientação e apoio prestado durante
todo o meu estágio na Unidade de Rede.
Ao Dr. Baía Patrão pelo apoio na área económica, nomeadamente no estudo sobre
a ligação à rede Média Tensão de um possível cliente.
A todos os colaboradores do Departamento de Novas Ligações BT/IP, Sr. Vítor
Correia, Sr. José Lopes, Sr. José Neves, Sr. António Rodrigues, Sr. Luís Pedroso, Sr.
Faustino Silva, Sr. Ezequiel e Sr.ª Rosa.
A todos os colaboradores do Departamento das Ordens de Serviço e Leituras, Sr.
Dário Jesus, Sr. Henrique e Sr. Silva
Ao Departamento de Manutenção e Contagens, Engenheiro Carlos Amorim,
Engenheiro Fernando Santos e a todos os colaboradores, Sr. Couto, Sr. Correia, Sr.
Marinho e D. Maria.
Ao Departamento de Projecto e Construção, Engenheira Margarida, Engenheiro
Miguel Ângelo, Engenheiro Carlos Aguiar, Engenheiro José Miguel e a todos os
colaboradores, Sr. Arnaldo, Sr. Barbosa e Sr. Sampaio.
À EDP Distribuição, S.A. pela oportunidade de realização deste estágio.
Muito em especial aos meus pais e irmãos, por todo o apoio e incentivo dado ao
longo do meu percurso académico, sem o qual não me teria sido possível realizar o
curso.
Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Sistemas de Energia EDP Distribuição
Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 1
Índice:
1 Introdução................................................................................................................. 5 2 Unidade de Rede – UR ............................................................................................. 6
2.1 Rede BT............................................................................................................ 6 2.2 Novas Ligações BT/IP...................................................................................... 7
2.2.1 Ligação de um Novo Cliente BT.............................................................. 9 2.2.1.1 Características dos materiais e equipamentos .................................... 10
2.3 Critérios de Dimensionamento das redes BT ................................................. 19 2.4 Qualidade de Serviço...................................................................................... 27
2.4.1 DPLan..................................................................................................... 28 2.4.2 Estudo Qualidade de Serviço.................................................................. 31
2.5 Incidentes Causados por Terceiros ................................................................. 38 2.6 Manutenção à rede IP ..................................................................................... 40 2.7 Estudo da ligação de um cliente industrial (150kVA).................................... 43
2.7.1 Alimentação em Baixa Tensão Especial ................................................ 45 2.7.2 Alimentação em Média Tensão .............................................................. 51 2.7.3 Análise ao PayBack................................................................................ 52
2.8 Simulador ....................................................................................................... 56 2.8.1 Exemplo de aplicação............................................................................. 63
3 Média Tensão ......................................................................................................... 68 3.1 Manutenção da rede MT................................................................................. 74 3.2 Telecontagem ................................................................................................. 81 3.3 Dimensionamento de um apoio de betão........................................................ 83
4 Conclusão: .............................................................................................................. 88 5 Bibliografia............................................................................................................. 89 6 ANEXOS................................................................................................................ 90
Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Sistemas de Energia EDP Distribuição
Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 2
Índice de figuras:
Figura 1 Fluxograma organizacional da Unidade de Rede............................................... 6 Figura 2 Cabo LXS........................................................................................................... 7 Figura 3 Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização
com poste encostado ou intercalado. ...................................................................... 13 Figura 4 Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização e
fachada confinante com a via pública (sem muro). ................................................ 14 Figura 5 Ligações a partir de rede subterrânea, construções dotadas de muro. ............. 15 Figura 6 Ligação a partir de rede subterrânea de edifícios com uma instalação de
utilização dotados de muro (caixa de contagem ao lado da portinhola)................. 16 Figura 7 Ligação a partir de rede subterrânea de moradias em banda, geminadas ou
bifamiliares dotadas de muro (caixa de distribuição ao lado da portinhola). ......... 16 Figura 8 Ligação a partir de rede subterrânea de edifícios com uma instalação de
utilização sem muro (portinhola na fachada do edifício). ...................................... 16 Figura 9 Ligação a partir de rede subterrânea de edifícios colectivos sem muro
(portinhola na fachada do edifício)......................................................................... 17 Figura 10 Canalização principal (70mm2) e canalização derivada (25mm2). ................ 24 Figura 11 Regra do Triângulo. ....................................................................................... 25 Figura 12 Topologia de uma Rede Eléctrica de Baixa Tensão, com indicação dos dados
de entrada no programa REBATE.......................................................................... 29 Figura 13 Esquema geral de uma saída da rede BT. ...................................................... 29 Figura 14 Electrocorder. ................................................................................................. 32 Figura 15 Circuito 1 do PT 136/GMR............................................................................ 34 Figura 16 Circuito a ser alimentado pelo novo PT......................................................... 36 Figura 17 Circuito a ser alimentado pelo PT136 após remodelação na rede. ................ 36 Figura 18 Folha “DADOS”, onde são inseridos os dados de cada incidente. ................ 38 Figura 19 Folha “1º Trimestre” onde é visualizado os incidentes referentes a este
trimestre. ................................................................................................................. 39 Figura 20 Folha “ANUAIS” onde é visualizado o número médio de incidentes ocorridos
no ano. .................................................................................................................... 40 Figura 21 Equipamentos existentes no PT611/GMR. .................................................... 44 Figura 22 Ramal BT, em cabo multifilar LVAV 185mm2. ............................................ 45 Figura 23 Ramal BT, em cabo de condutores sólidos LSVAV 95mm2. ........................ 47 Figura 24 Ramal BT, dois cabos em paralelo de condutores sólidos LSVAV 95mm2. . 48 Figura 25 PT611 com mais uma cela do tipo IS375....................................................... 51 Figura 26 Ramal MT, cabo monopolar LXHIOV 120mm2. .......................................... 52 Figura 27 Distribuição dos clientes da EDP por Zonas.................................................. 54 Figura 28 Rectas dos encargos energéticos anuais, BTE e MT...................................... 56 Figura 29 Encargos energéticos mensais BT.................................................................. 57 Figura 30 Termos que não dependem do consumo mensal............................................ 57 Figura 31 Comparação entre potência contratada de 3,45 e 6,9kVA. ............................ 58 Figura 32 Equipamentos existentes na habitação. .......................................................... 63 Figura 33 Potência a Contratar. ...................................................................................... 64 Figura 34 Utilização de cada equipamento..................................................................... 65 Figura 35 Estimativa da factura com tarifa simples. ...................................................... 66 Figura 36 Estimativa da factura com tarifa bi-horária.................................................... 66 Figura 37 Manutenção Preventiva Sistemática. ............................................................. 75
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Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 3
Figura 38 Pinça de medição da resistência da malha de terra. ....................................... 76 Figura 39 Câmara de termografia InfraCAM................................................................. 77 Figura 40 Exemplos de aplicação da câmara de termografia. ........................................ 77 Figura 41 Cela FLUOFIX. ............................................................................................. 79 Figura 42 Constituição de uma cela FLUOFIX. ............................................................ 79 Figura 43 Disposição das linhas MT. ............................................................................. 85 Figura 44 Orientação do apoio. ...................................................................................... 87
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Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 4
Índice de tabelas:
Tabela 1 Tipos de Portinholas. ....................................................................................... 11 Tabela 2 Diâmetros mínimos dos tubos PEAD. ............................................................. 15 Tabela 3 Cabos a utilizar e suas protecções. .................................................................. 18 Tabela 4 Cabos enterrados directamente no solo. .......................................................... 20 Tabela 5 Cabos enterrados no solo mas com tubo ou cabos à vista sobre braçadeiras. . 21 Tabela 6 Cabos em torçada para redes aéreas. ............................................................... 21 Tabela 7 Comprimentos máximos admissíveis (Lmax) em redes subterrâneas em função
do fusível usado na protecção da canalização contra curto-circuitos (In).............. 26 Tabela 8 Comprimentos máximos admissíveis (Lmax) em redes aéreas em torçada em
função do fusível usado na protecção da canalização contra curto-circuitos (In). . 26 Tabela 9 Factor de utilização da potência contratada no ‘escalão tarifário j’. ............... 30 Tabela 10 Factor de Simultaneidade das Cargas no ‘nó i’. ............................................ 31 Tabela 11 Nº de Armaduras necessárias substituir em cada mês. .................................. 41 Tabela 12 Planeamento para a manutenção à rede IP. ................................................... 42 Tabela 13 Encargos energéticos no final de cada ano (€). ............................................. 56 Tabela 14 Resultados finais da folha “Potência a Contratar”......................................... 61 Tabela 15 Valores mínimos para os indicadores de Qualidade de Serviço.................... 69
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Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 5
1 Introdução
Criada em 1976, mas herdeira de mais de um século de história, a EDP – Energias de
Portugal, S.A. é o principal operador português do Sistema Eléctrico, produzindo,
distribuindo e comercializando electricidade em todo o território nacional.
O estágio foi realizado na Unidade de Rede de Guimarães (UR02AS) entre os dias 1 de
Março de 2007 a 1 de Junho de 2007. Durante este período, colaborei em diversos
Departamentos da Área de Rede Ave Sousa, sempre com o intuito de desenvolver
experiências no âmbito da análise e exploração de redes de distribuição de energia,
gestão de tarefas e competência profissional.
Departamentos da Área de Rede onde estagiei:
• Departamento de Novas Ligações BT/IP
• Departamento de Manutenção, Ordens de Serviço e Avarias BT/IP
• Departamento de Manutenção, Reparação de Avarias e Contagens MT.
• Departamento de Projecto e Construção
Este relatório tem como por objectivos:
• Análise de redes de distribuição de energia eléctrica em Baixa Tensão;
• Fiscalização à construção das estruturas eléctricas de novos clientes BT;
• Exploração de redes de Média Tensão.
Durante estes três meses foi-me igualmente permitido, propor soluções aos diversos
problemas e situações que surgiram na Unidade de Rede (UR). Tive oportunidade de
elaborar ferramentas (folhas de cálculo Excel) que servem de auxílio para algumas
tarefas realizadas pela UR. Tendo tido desta forma oportunidade de demonstrar alguns
dos conhecimentos adquiridos durante a minha formação académica.
Com este relatório, pretendo não só demonstrar o que por mim foi realizado durante o
estágio, mas principalmente a razão pela qual se executam determinados trabalhos,
quais os critérios, estudos, preocupações, regras técnicas e regras de segurança
implementadas pela EDP Distribuição, S.A.
Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Sistemas de Energia EDP Distribuição
Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 6
2 Unidade de Rede – UR
O Fluxograma seguinte demonstra de uma forma geral a estrutura de uma Unidade de
Rede.
Figura 1 Fluxograma organizacional da Unidade de Rede.
Todas as tarefas de manutenção, novas ligações e iluminação pública realizadas na rede
BT são da competência da Unidade de Rede. Deste modo, a UR tem a seu cargo uma
grande responsabilidade relativamente ao grau de satisfação dos “clientes EDP”, tendo
assim que possuir uma elevada e rápida capacidade de resposta a todas as tarefas.
2.1 Rede BT
A distribuição de energia eléctrica em Baixa Tensão inicia-se na saída do quadro geral
de baixa tensão (QGBT) dos Postos de Transformação. As redes BT podem ser de dois
tipos: aéreas ou subterrâneas. As linhas aéreas podem ser em condutores nus (cobre) ou
isolados em feixe, cabos torçada (alumínio). As linhas em condutor nu estão fixas sobre
isoladores e apoiados em postes de betão, ou sobre postaletes metálicos fixos na
fachada. Os cabos de distribuição de baixa tensão são normalmente constituídos por
cinco condutores, sendo um destinado à iluminação pública e os restantes para
Remodelação de Redes
Novas Ligações
Expansão da rede BT
Departamento Novas Ligações
BT/IP
Departamento de Manutenção e
Reparação de Avarias
Unidade de Rede (UR)
Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Sistemas de Energia EDP Distribuição
Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 7
distribuição de energia. As tensões destas redes são de 230V monofásico, e 400V
trifásico.
Os condutores existentes nas redes aéreas de baixa tensão da EDP Distribuição são do
tipo LXS, semelhantes aos da figura 2 abaixo.
Figura 2 Cabo LXS.
Estes cabos são constituídos por condutores multifilares de alumínio e o isolamento é de
polietileno reticulado (PEX). As secções adoptadas pela EDP Distribuição no uso deste
tipo de cabos são: 16 mm2; 25 mm2; 50 mm2; 70mm2.
Existem ainda alguns ramais, em zonas rurais constituídos por condutores de cobre nu
de secções [6;10] mm2. Este tipo de redes tem vindo a ser substituído, pelos cabos
torçada. As razões pelas quais a EDP Distribuição adopta o cabo torçada como
alternativa ao cabo de cobre nu são várias, o facto de o cobre ter vindo a atingir valores
de custo bastante elevados e o facto de ser mais fácil e rápida a instalação e manutenção
a uma rede constituída por este tipo de condutores, são algumas dessas razões. A única
desvantagem das redes em cabo torçada é a detecção de defeitos no caso de perfuração
do isolamento, pois não é fácil a detecção por uma rápida inspecção visual à rede,
contrariamente às redes de cobre nu.
2.2 Novas Ligações BT/IP
No Departamento de Novas Ligações BT/IP trata-se: pedidos de fornecimento de
energia; pedidos de aumento de potência; pedidos para remoção/deslocação de apoios;
problemas de qualidade de serviço (QS) e problemas de ausência/degradação de
iluminação pública.
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Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 8
Relativamente à qualidade de serviço, sempre que se regista uma reclamação por parte
de um ou mais clientes, dizendo-se lesados, o técnico responsável do Departamento de
Novas Ligações daquela zona procede ao levantamento da rede existente no local, para
posteriormente inserir os dados da rede no software “DPLan”. Este software calcula
todos os parâmetros referentes ao de regime de exploração rede BT inserida, como por
exemplo, fusível a proteger o ramal, potência que transita no ramal e as quedas de
tensão ao longo da rede. Dado que se trata ainda de um recente método de estudo à rede
BT e totalmente informatizado, existe ainda uma fase de adaptação na utilização deste
método por parte dos técnicos, sendo acompanhada por acções de formação constantes.
Uma grande parte do estágio incidiu sobre este ponto, Qualidade de Serviço da rede BT.
À frente será descrito em detalhe como se processa um estudo à qualidade de serviço.
Quanto a um pedido de remoção/deslocação de apoios, este tipo de situação surge
usualmente por dois motivos distintos, ou porque se trata de um novo cliente e o poste
fica exactamente no acesso à habitação, ou então alargamento da via pública. Nesta
situação o técnico desloca-se ao local, tira uma foto para juntar ao processo e dá
conhecimento ao responsável da UR, permitindo desta forma justificar o investimento
na deslocação do apoio.
Quando existe um pedido de fornecimento de energia ou aumento da potência
contratada, o técnico desloca-se ao local para proceder ao levantamento da rede BT.
Posteriormente, todos os dados referentes à rede serão introduzidos no DPLan para uma
informação mais precisa do estado de exploração da mesma. Verifica-se na maior parte
das situações uma necessidade de intervir na rede. No ponto 2.2.1 encontra-se em
detalhe a forma como se procede à ligação de um novo cliente BT e as regras técnicas a
respeitar.
No que se refere à iluminação pública são executadas acções de manutenção,
conservação e reparação, quer a nível das armaduras, quer a nível de toda a parte
eléctrica inerente. Existe uma equipa de manutenção IP responsável pelo concelho de
Fafe e outra responsável pelos concelhos de Guimarães e Vizela. Estas equipas têm a
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Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 9
seu cargo a vigilância e intervenção na rede IP. É realizada uma revisão geral à IP de
todas as freguesias a cargo da UR num período que pode variar entre 3 a 6 meses de
acordo com a classificação da freguesia. Esta classificação é dada em função do número
de habitantes.
No que se refere à manutenção da rede BT, a mesma encontra-se constantemente sobre
vigilância, quer pelo Departamento de Avarias (piquetes), quer pelo Departamento de
Novas Ligações, sendo realizados planos de acção para substituição dos equipamentos
que se encontram em fraco estado de conservação. Este deve-se ao envelhecimento dos
materiais ou então a actos de vandalismos. É preciso ter uma especial atenção a este tipo
de casos, pois são os que geralmente colocam maior risco à segurança pública.
Relativamente à reparação de avarias, quando estas surgem na rede de distribuição BT,
a rede afectada passa a ser explorada num regime designado por regime de exploração
em rede perturbada. Se a reparação for realizada com a rede em serviço, os trabalhos
são classificados como Trabalhos Em Tensão (TET). Durante a execução deste tipo de
trabalhos existem dois objectivos primordiais, o primeiro visa garantir a realização dos
mesmos respeitando todas as condições de segurança e o segundo uma rápida execução,
permitindo assim uma maior brevidade na reposição de exploração da rede em regime
normal.
2.2.1 Ligação de um Novo Cliente BT
Na sequência de um pedido de ligação à rede, a EDP Distribuição apresentará, no prazo
máximo de 15 dias úteis, um orçamento dos encargos para a construção dos elementos
de ligação. As novas instalações de utilização devem ser concebidas de forma a não
causarem perturbações ao normal funcionamento da rede.
Construção dos Elementos de Ligação
Os elementos de ligação para uso exclusivo podem ser construídos pelo cliente,
devendo respeitar o estudo que serviu de base ao orçamento facultado pela EDP,
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Relatório de Estágio de Carlos Filipe Alves Campos Área de Rede Ave Sousa, Unidade de Rede – UR02AS 10
observar as normas construtivas aplicáveis e utilizar materiais aprovados pela EDP, de
acordo com as características dos materiais e equipamentos que se referem mais abaixo.
Encargos com a Ligação
A ligação à rede implica o pagamento de um ou mais dos seguintes encargos:
• Custos inerentes aos elementos de ligação para uso exclusivo;
• Encargos relativos aos elementos de ligação de uso partilhado;
• Custos com o reforço das redes (se necessário);
• Encargos com a expansão das redes (se necessária).
Reforço das Redes
No caso da “Potência Requisitada” em termos da ligação exceder a “Potência de
Referência” estabelecida para a localidade em causa, são imputadas ao cliente
comparticipações nos custos das acções imediatas ou futuras, necessárias ao reforço da
rede.
2.2.1.1 Características dos materiais e equipamentos
Os materiais e os equipamentos a usar nas ligações de clientes à rede BT devem
obedecer às especificações em vigor na EDP Distribuição e às regras indicadas abaixo.
Na ausência das especificações referidas, os materiais e os equipamentos devem
obedecer às normas em vigor (Normas Portuguesas, Norma Europeias e Documentos de
Harmonização da CENELEC e normas da IEC, ou na ausência destas, normas de países
de reconhecida idoneidade tecnológica, a indicar pela EDP) e devem ter características
adequadas ao local onde forem instalados e ao fim a que se destinam.
Portinholas
As portinholas devem obedecer ao estipulado no DMA-C62-807/N, em anexo
electrónico na pasta “PDF’s”, nomeadamente:
• Possuir características de acordo com o estabelecido na norma IEC 60439,
nas suas partes 1 e 5;
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• Assegurar a protecção das pessoas contra os contactos indirectos por meio
da protecção por isolamento total (esta medida de protecção, aplicável aos
conjuntos de equipamentos eléctricos montados em fábrica, é equivalente à
classe II de isolamento definida para os equipamentos eléctricos);
• Ter um sistema de fecho normalizado de acordo com as indicações da EDP
Distribuição e conforme com o definido no documento acima referido;
• Ser dos tipos normalizados indicados na tabela 1;
• Garantir os graus de protecção mínimos IP45 e IK10 para as portinholas
dos tipos P50, P100 e P400, e IP 32D e IK09 para a portinhola P25.
Tabela 1 Tipos de Portinholas.
Considera-se como fronteira entre a rede BT e a instalação do cliente os ligadores de
saída dos fusíveis existentes na portinhola.
Fusíveis e respectivas bases
As bases que equipam as portinholas P25, P50 e P100 devem ser adequadas à colocação
de fusíveis cilíndricos. As bases que equipam a portinhola P400 devem ser adequadas à
colocação de fusíveis de facas. O dispositivo de neutro das portinholas P50, P100 e
P400 deve ser constituído por uma barra amovível de cobre electrolítico, assente sobre
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uma base isolante. Esta barra deve dispor de terminais concebidos de forma a permitir a
ligação de condutores não preparados, no caso das portinholas P50 e P100, e a ligação
de condutores preparados (com terminais) para o caso da portinhola P400. A barra de
neutro só deve poder ser manobrada por meio de uma ferramenta. Na portinhola P25, o
seccionamento do neutro é feito na própria base de fusíveis e em simultâneo com a fase.
O pólo de neutro desta base deve ser equipado com um shunt tubular de cobre.
Caixas de contagem
As caixas de contagem destinam-se aos edifícios dotados de uma única instalação de
utilização (vivendas unifamiliares, edifícios comerciais isolados, etc.) e são previstas
para colocação encastrada no muro exterior ou, na ausência destes, nas fachadas das
construções.
As caixas de contagem devem ter invólucros adequados que satisfaçam às
características seguintes:
• Ser construídos de modo a garantir a classe II de isolamento (equivalente à
protecção por isolamento total), de acordo com o estipulado na
especificação da EDP Distribuição, DMA-C62-805/N, em anexo
electrónico na pasta “PDF’s”;
• Devem, no relativo às suas características e ensaios, obedecer às condições
regulamentares e ter em atenção as condições de funcionamento em
serviço afectas às situações normais de colocação no exterior;
• Quando instalados na sua posição normal de serviço, de acordo com as
instruções do fabricante, devem ter graus de protecção adequados ao local
de estabelecimento, com o mínimo IP 44 e IK 07, e devem ser dotados de
sistema de fecho que possibilite apenas o acesso ao seu interior com a
ajuda de uma ferramenta ou chave de uso corrente;
• Devem possuir uma tensão estipulada de isolamento não inferior a 400 V;
• Devem ser dotados de bastidor fixo a insertos metálicos roscados ou, em
alternativa, de calhas metálicas para fixação do contador;
• Devem ser providos de tampa com visor, tampa transparente e porta ou
tampa com visor e porta opaca. O visor deve estar localizado de modo a
permitir a realização de leituras sem necessidade de abertura da tampa; os
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parafusos de fecho da tampa devem permitir a selagem e a porta deve ser
dotada de um sistema de fecho que actue sobre pressão ou por meio de
uma fechadura;
• Devem ter como dimensões interiores mínimas 400 mm de altura, 230 mm
de largura e 180 mm de profundidade, a fim de comportarem e permitirem
a ligação de um qualquer contador trifásico de ligação directa,
disponibilizado no mercado.
As caixas de contagem podem também ser usadas no interior dos edifícios colectivos,
por exemplo, nos patamares de entrada das habitações, se bem que neste tipo de
edifícios se recomende a centralização de contagens no vestíbulo de entrada do edifício,
se possível em local com acesso independente a partir do exterior, ou nos patamares dos
pisos no caso dos mesmos possuírem muitas instalações. Os quadros ou painéis
utilizados na centralização de contagens devem obedecer ao especificado na EDP
Distribuição, DIT-C14-140/N, em anexo electrónico na pasta “PDF’s”.
Encontram-se abaixo alguns exemplos dos locais onde devem ser instaladas as
portinholas e as caixas de contagem.
Habitações Unifamiliares:
Figura 3 Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização com poste encostado ou intercalado.
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Esta solução aplica-se nos casos em que os edifícios dispõem de muros sem pilar, ou
com pilar sem altura suficiente para que o ramal seja montado nas condições indicadas
anteriormente. Após amarrar no poste, o cabo torçada desce ao longo deste, protegida
pelo tubo, e entra na portinhola (B) através do tubo (H), que, por estar à vista e
acessível, deve ter resistência mecânica adequada (PN 10). A utilização do tubo (H) de
40 mm de diâmetro (PVC) destina-se a deixar a entrada na portinhola preparada para
permitir a execução de ramais com cabo LXS 4x16 mm2, independentemente de ser ou
não monofásica a ligação a estabelecer, a fim de permitir, no futuro, uma eventual
passagem da ligação de monofásica a trifásica. A ligação entre a portinhola e a caixa de
contagem deve ser feita por meio de condutores H07V-R ou H07V-U, com a secção e o
número de condutores adequados à potência de dimensionamento da instalação, com um
mínimo de 6 mm2 nos ramais monofásicos para potências até 6,90kVA (30 A) ou nos
trifásicos até 20,70kVA (30 A).
Figura 4 Ligação a partir de rede aérea de edifícios com uma instalação de utilização e fachada confinante com a via pública (sem muro).
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Figura 5 Ligações a partir de rede subterrânea, construções dotadas de muro.
A utilização do tubo PEAD (polietileno de alta densidade) de 63 mm destina-se a deixar
a entrada na portinhola preparada para permitir a execução de ramais com cabo LSVAV
4x16 mm2, independentemente de ser ou não monofásica a ligação a estabelecer, a fim
de permitir, no futuro, uma eventual passagem da ligação de monofásica a trifásica, bem
como a facilitar o enfiamento deste cabo. Para outras secções de condutores, devem ser
usados diâmetros compatíveis com a fórmula:
Ø Tubo(int.) ≥ 1,5 x Ø Cabo(ext.).
Da aplicação da fórmula aos cabos subterrâneos normalizados na EDP Distribuição,
resultam os diâmetros mínimos de tubos indicados na tabela 2:
Tabela 2 Diâmetros mínimos dos tubos PEAD.
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Figura 6 Ligação a partir de rede subterrânea de edifícios com uma instalação de utilização dotados de muro (caixa de contagem ao lado da portinhola).
Figura 7 Ligação a partir de rede subterrânea de moradias em banda, geminadas ou bifamiliares dotadas de muro (caixa de distribuição ao lado da portinhola).
Figura 8 Ligação a partir de rede subterrânea de edifícios com uma instalação de utilização sem muro (portinhola na fachada do edifício).
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Edifícios colectivos:
Em edifícios colectivos, tendo mais do que uma instalação de utilização, a portinhola
deve ser instalada na fachada exterior, em local acessível a partir da via pública. Esta
solução é preconizada com vista a permitir a existência de um local no exterior do
edifício onde se possa estabelecer a fronteira entre a rede de distribuição e a instalação
eléctrica do cliente. Em situações excepcionais devidamente autorizadas pela EDP,
poder-se-á dispensar a instalação da portinhola, por exemplo, em edifícios com PT em
que se considere que os fusíveis do quadro geral do PT que protegem a saída em causa
desempenham a função da portinhola, ficando a fronteira localizada nos terminais de
saída das bases dos fusíveis. O cabo e respectivos terminais dos condutores são
propriedade do cliente.
Figura 9 Ligação a partir de rede subterrânea de edifícios colectivos sem muro (portinhola na fachada do edifício).
Instalações inseridas em edifícios com alimentação por ramal próprio:
No caso de instalações inseridas em edifícios cuja alimentação não seja efectuada a
partir do quadro de colunas (quando não existir acesso à instalação de utilização pelas
zonas comuns do edifício ou se, por motivo devidamente justificado, se optar por
alimentação autónoma), mas sim directamente da rede através de um ramal exclusivo,
deve ser instalada uma portinhola no exterior, acessível a partir da via pública.
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Condomínios fechados e edifícios funcionalmente interligados:
Para os condomínios fechados e para as edificações que constituem conjuntos de
edifícios funcionalmente interligados, as respectivas regras são as que se encontram
estabelecidas no “Guia técnico das instalações estabelecidas em condomínios fechados”,
publicado pela Direcção Geral de Geologia e Energia e no DIT-C11-030 da EDP, em
anexo electrónico na pasta “PDF’s”.
No que respeita ao fornecimento de energia, deve existir um ou vários pontos de entrega
da energia, dependendo da dimensão do empreendimento, e uma fronteira estabelecida
entre a rede de distribuição e a rede de distribuição privada, fronteira essa localizada na
via pública ou em local permanentemente acessível ao pessoal da EDP a partir da via
pública.
Cabos para ramais
Os cabos a usar nas ligações entre a rede existente e a portinhola (ramais) são os
indicados na tabela 3 e devem obedecer ao indicado nas especificações DMA-C33-
200/N (para ramais subterrâneos) e DMA-C33-209 (para ramais aéreos), em anexo
electrónico na pasta “PDF’s”.
Uma vez que a entrada dos cabos (ramais) é sempre feita pela parte inferior da
portinhola, os condutores desses cabos devem ser ligados aos terminais inferiores do
dispositivo de neutro e/ou das bases de fusíveis.
Tabela 3 Cabos a utilizar e suas protecções.
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Utiliza-se o fusível normalizado com corrente nominal de fusão imediatamente abaixo
da corrente admissível do cabo.
2.3 Critérios de Dimensionamento das redes BT
Uma rede de baixa tensão deve, de acordo com o Regulamento de Segurança de Redes
de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão (RSRDEEBT), ser dimensionada
tendo em conta os seguintes critérios:
• Queda de tensão máxima admissível na canalização;
• Corrente de serviço da canalização;
• Selectividade entre as protecções colocadas em série;
• Comprimentos máximos protegidos contra curto-circuitos.
Deve-se usar o maior dos valores de secção que resultem da aplicação destes critérios.
Queda De Tensão – QDT
De acordo com as disposições regulamentares, a queda de tensão total, desde o Posto de
Transformação MT/BT até ao final da rede BT, isto é, à Portinhola ou, quando esta não
existir, ao Quadro de Colunas de um edifício ou aos terminais de entrada do contador,
não deve ser superior a 8 %, como mencionado no capítulo III, artigo 9.º do
RSRDEEBT. No entanto, todos os estudos realizados às quedas de tensão na rede BT,
durante o período de estágio, admitiram como QDT máxima 10%. No ponto 2.4
encontram-se em detalhe os indicadores da Qualidade de Serviço.
Na escolha do elemento de uso exclusivo, este critério pode ser conseguido de 2 formas:
• Usando uma canalização de uso exclusivo de secção adequada à queda de
tensão admitida (2% da tensão nominal);
• Aumentando a secção da canalização de uso partilhado, se tal não for
possível.
Nas tabelas 4 e 5 abaixo, referentes aos cabos subterrâneos e na tabela 6 referente aos
cabos aéreos do tipo torçada estão indicados os comprimentos máximos para os cabos
existentes no mercado, em função da corrente de serviço (Is) e de uma queda de tensão
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entre 1% a 8 %. A secção do cabo ou do condutor a escolher para o elemento de uso
exclusivo, deve de acordo com este critério, ser o correspondente ao da queda de tensão
disponível com o comprimento máximo não inferior ao da situação do terreno.
Cabos subterrâneos (0,6/1 kV), armados normalizados em Portugal para redes
subterrâneas e respectivos comprimentos máximos para uma QDT entre [1;8] %.
Tabela 4 Cabos enterrados directamente no solo.
Os comprimentos máximos são calculados da seguinte forma:
IZVU ⋅=Δ )(
( ) IjXRVU ⋅+=Δ )(
Exemplo:
Cálculo do comprimento máximo de um cabo tipo LSVAV 4x35mm2 para uma queda
de tensão de 5%.
V5,1123005,0 =×
)/()( kmVIZVU S⋅=Δ
)/(2,108100082,1)( kmVVU =⋅=Δ
Igualando , é possível obter o comprimento máximo correspondente a uma
queda de tensão nominal de 5%.
VU 5,11=Δ
( ) (kmLkmVV max/2,1085,11 ×= )
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( ) metroskmL 107max ≈
Pode-se confirmar na tabela 4, que este valor está correcto.
Tabela 5 Cabos enterrados no solo mas com tubo ou cabos à vista sobre braçadeiras.
Condutores isolados em feixe (torçadas) normalizados em Portugal para redes aéreas
(0,6/1 kV) e respectivos comprimentos máximos para uma QDT entre 1% e 8 %.
Tabela 6 Cabos em torçada para redes aéreas.
S: Secções e tipo dos condutores normalizados, constantes do Guia Técnico das Redes
em condutores de torçada em BT, editado pela DGE e do Quadro 3.13 do RSRDEEBT
(* - secções em uso na EDP Distribuição).
R20 ºC/R50º C – Resistência dos condutores a 20 ºC e a 50 ºC (50 ºC – temperatura
máxima da torçada em rede aérea tensa em apoios).
X: Admitância dos condutores.
Z: Impedância dos condutores.
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P.L: Momento eléctrico.
Iz: Corrente máxima admissível nos condutores, nas condições de instalação;
In: Corrente estipulada do fusível para proteger os condutores contra
sobreintensidades (If ≤ 1,45 Iz e If = 1,6 In), que deverá ser superior ou igual a Is.
Is: Corrente de serviço (corrente de funcionamento dos condutores).
Lmax: Comprimento máximo dos condutores para uma queda de tensão de 1 % a 8% e
para uma corrente igual a Is e respectivo momento eléctrico.
Corrente máxima de serviço para o cabo ou condutor
A corrente de serviço de um cabo subterrâneo ou de um feixe de condutores em torçada
não pode, ser superior à corrente estipulada do fusível que o protege contra
sobreintensidades e deve respeitar os dois critérios referidos do artigo 128.º do capítulo
XIII do RSRDEEBT.
Is ≤ In≤ Iz e If ≤ 1,45 Iz
Is: corrente de serviço na canalização (determina a capacidade de transporte do
cabo ou condutor em regime permanente);
In: corrente estipulada do fusível (conhecida por “corrente nominal”);
Iz: corrente máxima admissível na canalização é função não só da secção do cabo
ou condutor de torçada como também do seu modo de colocação:
• Cabos enterrados directamente no solo, enterrados no solo mas colocado
dentro de tubo numa extensão significativa (acima de 8 m) ou à vista,
assente sobre braçadeiras ou protegido por tubo;
• Condutores tensos em apoios ou assentes sobre a fachada de edifícios.
If: é a corrente de fusão do fusível.
Como If = 1,6 In, temos que:
In ≤ 0,90625 Iz.
Nas tabelas acima referidas estão indicados os valores de Iz e Is para cada um dos cabos
e condutores de torçada, bem como as características destes.
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Selectividade das protecções
Para haver selectividade entre protecções colocadas em série, é necessário garantir que,
em caso de defeito, apenas actue o aparelho de protecção situado imediatamente a
montante do defeito, permitindo, assim, que continuem a funcionar as canalizações
situadas a montante dessa protecção e que não tenham sido afectadas por esse defeito.
Quando há fusíveis em série, como é o caso de canalizações derivadas de outras, em que
é obrigatório colocar protecções quando há mudanças de secção conforme o artigo 131.º
do capítulo XIII, do RSRDEEBT. De forma a garantir a selectividade na actuação dos
fusíveis é necessário usar, nas derivações da rede, fusíveis cuja relação seja de 1:1,6 ou
superior, relativamente ao fusível a montante. Esta relação corresponde a usar fusíveis
salteadamente aos valores normalizados da série e nunca fusíveis com valores seguidos.
Os valores de In da série normalizada dos fusíveis mais usuais para a gama de secções
dos cabos em uso são:
20 – 25 – 32 – 40 – 50 – 63 – 80 – 100 – 125 – 160 – 200 – 250 – 315, Ampere (A).
Por exemplo, quando se usam fusíveis de 315 A na canalização principal, a canalização
derivada não poderá ter um fusível de calibre superior a 200 A, uma vez que o de 250 A
não assegura a selectividade. Ou seja, quando a canalização principal tiver uma secção
de 185 mm2 (LVAV 3x185+95 mm2, cujo fusível de protecção é de 315 A), nunca se
poderá usar, como cabo derivado e por razões regulamentares relativas à aplicação deste
critério, um cabo de 150 mm2 (LVAV 3x150+70 mm2, cujo fusível de protecção é de
250 A), mesmo que essa fosse a secção do cabo a usar em resultado da aplicação dos
dois critérios regulamentares, mencionados atrás.
No caso dos cabos torçada, não é possível derivar, por exemplo, um feixe de condutores
de 50 mm2 (LXS 4x50 mm2, cujo fusível de protecção é de 125 A) de uma canalização
de 70 mm2 (LXS 4x70 mm2, cujo fusível de protecção é de 160 A). Assim, quando pela
aplicação dos dois critérios anteriores, se for conduzido a uma situação destas, deve-se
usar cabos ou condutores em torçada na canalização derivada, com a mesma secção que
na canalização principal, por questões de selectividade. É necessário assegurar também
que a selectividade, não corresponda a um sobredimensionamento da canalização, por
se tratar do cumprimento de prescrições regulamentares de segurança das instalações.
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Comprimentos máximos protegidos contra curto-circuitos
De acordo com as disposições regulamentares aplicáveis, as canalizações eléctricas
devem ser protegidas contra curto-circuitos, de tal forma que a corrente seja
interrompida antes que estas possam atingir a temperatura limite admissível. Isto
significa que, para um dado fusível actuar num tempo útil que garanta a protecção do
cabo, a impedância do circuito de defeito, desde o fusível até ao extremo da
canalização, não deve ser superior a um dado valor. Esse valor é obtido partindo do
pressuposto de que, numa situação de curto-circuito, a resistência da canalização é a
correspondente à temperatura máxima admissível em regime adiabático.
A coordenação entre as protecções contra sobrecargas e contra curto-circuitos deve ser
feita de acordo com os termos regulamentares. Isto significa que, por exemplo, pode-se
usar na origem de uma canalização principal, um fusível para a protecção contra curto-
circuitos da canalização principal e das diversas canalizações dela derivadas, com um
calibre superior ao que seria indispensável para a protecção contra sobrecargas de cada
uma dessas canalizações derivadas desde que, em cada uma destas, exista um fusível
com a função de protecção contra sobrecargas.
É o caso das derivações em “T”, sem fusíveis, em que o fusível da canalização principal
assegura a protecção contra curto-circuitos das canalizações derivadas segundo a “regra
do triângulo”. Este método é bastante simples e descreve a seguir o método de
aplicação.
Figura 10 Canalização principal (70mm2) e canalização derivada (25mm2).
No RSRDEEBT, em anexos, pode-se consultar no quadro 13.6 relativamente aos
comprimentos máximo das canalizações cuja protecção é assegurada por fusíveis de
a.p.c. do tipo gl, que o comprimento máximo para um cabo de cobre de secção 70 mm2
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isolado a PVC protegido por um fusível de 160 A é de 170 metros. Quando se pretender
proteger uma canalização derivada em cabo de cobre de 25 mm2 com o mesmo fusível
da canalização principal, basta saber qual o comprimento máximo deste cabo quando
protegido por um fusível do mesmo calibre da canalização principal (160 A), que
corresponde a 75 metros.
Aplicação da regra do triângulo à situação acima descrita.
Figura 11 Regra do Triângulo.
O comprimento máximo protegido para a canalização derivada é:
metrosl 1,44170
7017075 =−
×=
Desta forma, consegue-se obter o comprimento máximo protegido da canalização
derivada pelo teorema de Thales. Neste caso, o comprimento da derivação (40 metros) é
inferior ao máximo, o que garante a sua protecção. É possível então garantir a protecção
de derivações sendo estas protegidas pelo fusível da canalização principal da qual
deriva. Isto não quer dizer que não seja de colocar uma protecção específica na
derivação, por outras razões.
Nas tabelas 7 e 8 abaixo estão indicados os valores dos comprimentos máximos,
corrigidos a partir dos constantes do RSRDEEBT para o valor actual da tensão nominal
da Rede de BT em Portugal (230V).
Quando uma canalização principal possui um comprimento real inferior a Lmax, as
canalizações derivadas poderão ter um comprimento que é função da impedância e do
fusível dessa derivação, como foi visto acima. Em baixo, encontram-se as soluções
técnicas normalizadas adoptadas pela EDP Distribuição para protecção de canalizações
subterrâneas tabela 7 e para protecção de canalizações aéreas tabela 8.
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Tabela 7 Comprimentos máximos admissíveis (Lmax) em redes subterrâneas em função do fusível usado na protecção da canalização contra curto-circuitos (In).
Os calibres dos fusíveis de protecção contra curto-circuitos assinalados a sombreado, de
calibre superior aos dos fusíveis de protecção contra sobrecargas, que estão assinalados
a negrito, são mencionados apenas para efeitos da aplicação dos comprimentos
máximos na “regra do triângulo” em relação à protecção destas canalizações contra
curto-circuitos em canalizações derivadas.
Tabela 8 Comprimentos máximos admissíveis (Lmax) em redes aéreas em torçada em função do fusível usado na protecção da canalização contra curto-circuitos (In).
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2.4 Qualidade de Serviço
Os indicadores gerais utilizados para determinar o desempenho das redes de distribuição
BT no que respeita à qualidade de serviço são:
• Energia Anual Não Fornecida (ENF);
• Restrição de potência por quedas de tensão não regulamentares;
• Energia Anual de Perdas (BT);
• ENF Anual devido à Conservação da Rede;
• Número Anual de Interrupções.
No Departamento de Novas Ligações é utilizado o software DPLan, como atrás
mencionado, para fim de estudo aos indicadores acima referidos. Durante o tempo em
que estive neste departamento tive a oportunidade de trabalhar diariamente com este
software. A realização dos vários estudos teve sempre como principal objectivo a
análise ao indicador “Restrição de potência por quedas de tensão não regulamentares”.
A queda de tensão máxima permitida pela EDP Distribuição nas redes de distribuição
BT entre o PT e o cliente era de 10%, sendo revista para 8,5% no final de Maio. Quando
é registada uma reclamação pela Qualidade de Serviço ou então surge um novo pedido
de fornecimento de energia, é sempre necessário proceder ao levantamento da rede. O
levantamento da rede existente não tem apenas como finalidade estudo aos indicadores
acima referidos, mas servirá também para futuramente introduzir a rede BT na base de
dados das redes de Baixa Tensão da EDP Distribuição.
Caso os resultados obtidos no DPLan não estejam de acordo com os regulamentares,
será necessário propor alternativas ao regime de exploração da rede. Após estudos às
possíveis alternativas, estas serão enviadas ao Engenheiro Arlindo Monteiro Marinho.
Posteriormente, e com a aprovação do responsável da UR, seguem para o Departamento
de Planeamento.
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2.4.1 DPLan Em seguida, será feita uma breve descrição sobre o processo de cálculo que é feito pelo
software DPLan nas seguintes grandezas:
• Intensidades máximas de corrente de serviço, por ramo;
• Queda de tensão, por ramo;
• Queda de tensão acumulada (entre a saída do PT e cada um dos nós).
Uma vez definido o esquema topológico de uma rede BT, faz-se a numeração dos
respectivos ‘nós’ e ‘ramos’, a numeração dos ‘nós’ é feita sequencialmente de montante
para jusante a partir do PT. Uma vez que cada ‘ramo’ efectua a ligação entre dois ‘nós’,
a sua numeração coincide com a do respectivo ‘nó’ a jusante, figura 12.
Habitualmente considera-se cada ‘nó’ como sendo um ponto de derivação da rede ou de
carga. O REBATE (folha de cálculo onde são consultados os indicadores da rede)
permite considerar ‘nós fictícios’, isto é, ‘nós’ de carga solicitada nula (exemplo de
‘nós’ de transição de secção, ou de definição topológica, sem carga injectada).
A matriz topológica de uma rede BT radial, apresenta-se como uma matriz esparsa de
elementos ‘unidade’, diagonal e triangular superior, de dimensão N ‘ramos’ por N ‘nós’.
Considera-se o preenchimento da matriz, efectuado por linha, de acordo com a
intervenção do ‘ramo’ considerado, no trânsito de energia nos ‘ramos’ a jusante. A
construção desta matriz é fundamental para a aplicação do modelo, sendo a base de
relacionamento das grandezas solicitadas ou atribuídas aos ‘nós’, com as
correspondentes grandezas afectas aos ‘ramos’.
De acordo com a metodologia de codificação de ‘nós’ e ‘ramos’, a rede radial tem o
mesmo número de ‘nós’ e de ‘ramos’ (o código de um ‘ramo’ é igual ao código do ‘nó’
que o limita a jusante). À saída do PT, início do primeiro ‘ramo’, não é atribuído
código, (considerando-se ‘0’). No caso de existir mais do que uma saída exterior ao PT
ligadas à mesma saída do QGBT, então o ‘nó 1’ é o nó comum a essas saídas e o ‘ramo
1’ liga esse nó ao QGBT.
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Figura 12 Topologia de uma Rede Eléctrica de Baixa Tensão, com indicação dos dados de entrada no programa REBATE.
Com vista à definição das grandezas associadas ao PT e ao ‘nó i’, considera-se o
esquema geral de uma saída da rede BT, indicado na figura 13.
Figura 13 Esquema geral de uma saída da rede BT.
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Os clientes ligados ao ‘nó i’ encontram-se distribuídos por diferentes escalões tarifários
‘j’, com uma potência unitária contratada Pc i j de acordo com o tarifário em vigor
(1,15kVA; 3,45kVA; 6,9kVA; 10,35kVA; 13,8kVA; 17,25kVA; etc.).
Os clientes especiais (com potência contratada diferente da abrangida pelos escalões
tarifários) são indicados na totalidade por ‘nó i’, quer em número, ∑ , quer em
potência contratada, ∑ . A relação entre a Potência Contratada e a Potência de
Ponta, para cada escalão tarifário j associado ao ‘nó i’, é expressa por:
iespN .
iespP .
kVAPFP jicontratadajjiponta ×=
Fj: Factor de utilização da potência contratada no ‘escalão tarifário j’, conforme a
tabela 9.
Tabela 9 Factor de utilização da potência contratada no ‘escalão tarifário j’.
O cálculo da potência de ponta em cada ‘nó’, Pponta ij, baseia-se na distribuição do
correspondente número de clientes pelos escalões tarifários da BT. Esta informação
pode ser do conhecimento do projectista através de vários meios, seja proveniente da
estatística da exploração, seja resultante da atribuição de valores regulamentares, obtida
por recolha dos Sistemas Comercial e SGI, ou ainda através de indicadores de referência
adequados ao tipo de rede, (consumos específicos e utilização de ponta, depois de
identificar e caracterizar os clientes especiais que sofrem tratamento individualizado).
Após a introdução do número de clientes, segundo os diversos escalões de potência
contratada, Nij, o modelo apresenta para a saída em estudo, bem como para cada um dos
seus ‘nós’, o somatório de clientes envolvidos. Considera-se que os clientes ligados a
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tarifário trifásico apresentam carga equilibrada no conjunto das três fases. Os clientes
ligados a tarifário monofásico são considerados no modelo de cálculo, com potência
igualmente distribuída pelas três fases.
É calculado para cada ‘nó i’ da saída, o respectivo factor de simultaneidade das cargas,
FS’nó i’, expresso com uma função do número de clientes ligados ao ‘nó i’, Ni, de acordo
com o Dec. – Regulamentar N.º 90/84 de 26 de Dezembro. Estes factores de
simultaneidade das cargas foram actualizados na última edição do Regulamento, no
entanto o DPLan não se encontra actualizado, e utiliza os factores da tabela 10.
Tabela 10 Factor de Simultaneidade das Cargas no ‘nó i’.
2.4.2 Estudo Qualidade de Serviço
Em seguida, descreve-se a forma como se procede desde a recepção de uma reclamação
pela baixa qualidade de serviço até à sua resolução.
O cliente Joaquim Pedro Gomes (nome fictício) residente na Rua da Electricidade nº 19
em Guimarães (morada fictícia) contactou em 26/03/2007 o ponto de atendimento ao
público (Sra. Maria Elisa Castro) da EDP Guimarães a fim de reclamar a qualidade de
serviço energético na sua habitação.
A partir deste ponto faz-se o encaminhamento para o responsável pela unidade de rede
(UR02AS), Engenheiro Arlindo Monteiro Marinho. Após tomada de conhecimento o
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responsável da UR contacta com o Sr. Dário Jesus, responsável pelo Departamento de
Manutenção e Reparação de Avarias, para se proceder à instalação de um
“Electrocorder” na habitação do cliente, as características do electrocorder encontram-se
no anexo B.
Figura 14 Electrocorder.
O Electrocorder procede ao registo das tensões durante os 5 dias seguintes à sua
instalação.
Após a recolha de dados, o electrocorder é retirado da instalação do cliente e procede-se
ao descarregamento de toda a informação recolhida por este para o computador. Todos
os registos são guardados junto à ficha de reclamação e procede-se ao estudo dos
mesmos.
Na habitação do Sr. Joaquim Pedro Gomes, foram registados os seguintes valores pelo
“Electrocorder”:
• Vmax = 253 Volt
• Vmin = 167 Volt
• Vmed = 227 Volt
Leituras dentro de ±10% do valor nominal = 97.2 %
*Todos os registos efectuados pelo Electrocorder encontram-se em anexo electrónico,
com o nome “Electrocorder”.
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Dado que o valor mínimo registado da tensão é bastante baixo e o desvio padrão das
leituras ainda é significativo, procedeu-se ao levantamento da rede que alimenta o
cliente.
Este levantamento foi realizado por mim com a ajuda do Sr. José Neves. Antes de
sairmos para o respectivo levantamento da rede, utilizou-se o software “e-SIT”, para
impressão do mapa geográfico onde se situa o cliente para nele apontar todos os dados
da rede que alimenta o cliente. Como por exemplo: nº PT; nº do circuito; Ponta do PT;
nº de circuitos disponíveis para futura ligação; secções dos cabos; traçado do circuito
desde o PT até ao fim do circuito (geralmente o reclamante encontra-se sempre muito
próximo do fim da rede); valores das cargas que derivam em cada apoio e estado de
conservação dos mesmos.
Após a recolha dos dados acima referidos, procede-se à introdução destes no software
“DPLan”. Como já foi referido atrás, o indicador ao qual se dá especial atenção é o
valor da queda de tensão máxima naquela saída do PT. Tem-se também em especial
atenção verificar que nenhum dos cabos se encontra em sobrecarga.
Os resultados obtidos na folha de REBATE, anexo C, relativamente à situação actual de
exploração da rede que alimenta o Sr. Joaquim Pedro Gomes, indicam que a QDT
máxima no circuito é de 20,98% e verifica-se no próprio reclamante.
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Situação Actual:
Figura 15 Circuito 1 do PT 136/GMR.
Dado que a queda de tensão se encontra acima dos 10%, será necessário proceder a uma
remodelação na rede. Uma vez que a rede é bastante extensa cerca de 1000 metros, a
solução mais viável e sensata, pois é uma zona em desenvolvimento, será uma futura
instalação de um novo PT, e proceder-se-á a uma divisão na rede existente, passando
parte dela a ser alimentada pelo novo PT. A solução proposta ao departamento de
Planeamento pela Unidade de Rede foi a instalação de um novo PT para uma melhor
qualidade de serviço daquela zona é a remodelação da canalização principal desde o nó
12 até à habitação do Sr. Joaquim Pedro Gomes. A futura canalização principal será em
cabo LXS 50mm2 com cerca de 260 metros, substituído a antiga em cabo LXS 25mm2.
Neste tipo de situações, dado que houve uma reclamação por parte de um ou mais
clientes o prazo máximo estipulado pela EDP Distribuição para informar o cliente(s) de
quais serão as intervenções a ser feitas na rede de forma a solucionar o problema é de 20
dias.
Em relação ao prazo em que essas intervenções serão executadas depende das mesmas,
pois se algumas implicam apenas uma redistribuição de cargas por parte dos circuitos
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nos PT’s, outras são de intervenção e resolução mais complicadas como o caso desta
que implicam a construção de um novo PT.
Sempre que se verificam reclamações na qualidade de serviço, aproveita-se para fazer
um reforço à rede (sobredimensionamento), pois são casos prioritários apresentando
sempre uma resolução num curto espaço de tempo. Com a adopção da metodologia do
“sobredimensionamento” consegue-se garantir que a rede de distribuição BT mantêm
sempre elevados os indicadores de qualidade de serviço. Em contrário, quando se sabe
existirem problemas num dado ponto da rede, mas não se verificam reclamações por
parte dos clientes, fazem-se estudos para uma futura reestruturação à rede, mas até à
realização dos mesmos verificam-se prazos bastante mais elevados, dado não serem
considerados casos prioritários.
Os resultados acima mencionados foram obtidos no software DPLan, no entanto, como
forma de confirmar que os dados devolvidos por este software se encontram correctos,
realizei uma folha de cálculo “Cálculo REBATE”, anexo D, onde são realizados os
cálculos referentes a situação actual de exploração da rede, mais à frente explica-se em
detalhe o método de cálculo adoptado nesta folha.
A solução proposta por mim (Alternativa 1), para a resolução do problema de qualidade
de serviço pela qual o Sr. Joaquim Pedro Gomes reclama, ao Engenheiro Arlindo
Marinho encontra-se abaixo.
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Alternativa 1:
Figura 16 Circuito a ser alimentado pelo novo PT.
Figura 17 Circuito a ser alimentado pelo PT136 após remodelação na rede.
Esta solução foi aprovada pelo Engenheiro Arlindo Marinho e este reencaminhou o
processo para o Departamento de Planeamento.
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É da competência do Departamento de Planeamento fazer um estudo com especial
atenção à energia anual não fornecida (ENF) e à energia anual de perdas (BT)
comparando estes dois aspectos em relação à situação actual da rede e à solução
proposta.
Pode-se no entanto fazer uma análise rápida aos resultados produzidos pelo DPLan
relativamente às perdas. À energia anual de perdas reduziu de 8407,6kWh para
1647,8kWh+1868,9kWh=3516,7kWh, a que corresponde uma diminuição de 58%, face
à situação actual de exploração do circuito 1 do PT.
Folha de Excel “Cálculo REBATE”:
A estrutura da folha “Cálculo REBATE” é semelhante à produzida pelo DPLan.
Seguindo o método de cálculo acima descrito no ponto 2.4.1 elaborei a folha “Cálculo
REBATE” e comparei os resultados obtidos relativamente à QDT em cada ponto da
rede com os devolvidos pelo DPLan.
Pode-se então confirmar que a queda de tensão máxima calculada no DPLan é de
20,98% e a QDT máxima da folha “Cálculo REBATE” é 20,76%, valores muito
semelhantes. Esta diferença deve-se ao facto de não sabermos qual a formula exacta que
foi aplicada pelo DPLan, para o cálculo das quedas de tensão e ainda por não saber
exactamente quais características eléctricas dos cabos existentes no DPLan.
Na folha “Cálculo REBATE” as QDT foram calculadas tendo como base as
características eléctricas dos cabos torçada fornecidas pelo guia técnico da SOLIDAL,
pág.289, onde nos fornece a queda de tensão em Volt por Ampere.km para as diferentes
secções dos cabos torçada em alumínio.
Pode-se então considerar que todos os resultados estão muito próximos dos obtidos no
DPLan, podendo deste modo comprovar que os resultados produzidos por este software
estão correctos.
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2.5 Incidentes Causados por Terceiros
O Engenheiro Armando Freitas, propôs-me que criasse uma folha em Excel para
controlar os incidentes causados por terceiros, a folha deveria conter vários campos,
como por exemplo: Nº do Incidente; Local; Data; Observações e deveria ainda ser
possível visualizar de uma forma gráfica o número de dias de resolução para cada
incidente.
De forma a simplificar o mais possível a estrutura do documento, criei uma folha
“DADOS” de interface onde apenas se realiza a inserção dos dados do incidente. Nesta
folha existem vários campos de pré-selecção como por exemplo: mês, data de
ocorrência, data de resolução, permitindo assim uma maior rapidez e simplicidade na
inserção dos dados. É ainda possível diminuir erros por parte do utilizador, utilizando
para isso mensagens de erro automáticas.
Como já foi referido a folha “DADOS” serve apenas como interface de cada incidente,
depois todos os dados são transferidos para as folhas referentes a cada trimestre onde
são registados os incidentes de cada mês e feito o respectivo gráfico. Toda a
programação da folha foi realizada em Visual Basic.
Figura 18 Folha “DADOS”, onde são inseridos os dados de cada incidente.
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Na folha “DADOS” do documento ICPT em anexo electrónico na pasta “Folhas Excel”
são inseridos os dados referentes aos incidentes, as outras folhas servem apenas para
visualização do acumulado de incidentes em cada mês.
Em função do dia de ocorrência do incidente, do dia de resolução e do mês em questão
será calculado o número de dias que foram necessários para a resolução do incidente.
Caso o número de dias esteja compreendido entre 17 e 20 essa informação aparece em
célula amarela, caso seja superior a 20 aparece em célula vermelha, como forma de
chamada de atenção. Este é o limite máximo aceitável para a resolução deste tipo de
incidentes.
Figura 19 Folha “1º Trimestre” onde é visualizado os incidentes referentes a este trimestre.
Como é visível na figura acima, a célula destinada ao número de dias para resolução,
muda automaticamente de cor de acordo com o número de dias.
É de ter em atenção que o utilizador não insere qualquer dado nesta folha, os dados são
apenas inseridos a folha “DADOS”, posteriormente são processados para esta folha pelo
código realizado em Visual Basic. Desta forma, foi possível inserir rotinas erro para
salvaguardar possíveis erros na inserção dos dados. Por exemplo, se houver um erro por
parte do utilizador e a data de resolução for inferior à data de ocorrência, aparece uma
janela de aviso dizendo que existe erro nas datas. Entre estas foram previstas outras
possíveis situações passíveis de erro por parte do utilizador, e às quais é igualmente
exibida uma mensagem de erro/aviso.
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Na folha “ANUAIS” podem ser consultados os valores médios para os dias de resolução
dos incidentes em cada trimestre.
Figura 20 Folha “ANUAIS” onde é visualizado o número médio de incidentes ocorridos no ano.
2.6 Manutenção à rede IP
O Engenheiro Arlindo Monteiro Marinho propôs-me um estudo sobre os serviços de
manutenção à rede de iluminação pública (IP). Ele informou-me que a manutenção da
iluminação pública é feita em parte quer pelos serviços de manutenção da EDP
Distribuição, quer por recurso a subcontratação. Esse estudo tinha como objectivo
indicar quantas armaduras deverão ser substituídas pelos serviços de manutenção da
EDP e quantas deverão ser substituídas recorrendo a subcontratação de modo a atingir
os objectivos da manutenção IP num período compreendido entre Março e Setembro, ao
menor custo possível. O número de armaduras a substituir em cada mês encontra-se na
tabela 11.
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Tabela 11 Nº de Armaduras necessárias substituir em cada mês.
A cada mês corresponde a manutenção de uma freguesia, no entanto é possível não
cumprir a substituição de todas as armaduras para essa freguesia durante o mês
correspondente, ou então substituir todas as armaduras dessa freguesia e mais as da
freguesia que seria para fazer manutenção no mês seguinte. O objectivo é chegar ao
final do mês de Setembro e garantir que são substituídas as 350 armaduras
correspondentes às 7 freguesias ao menor custo possível. É sabido à partida que será
necessário recorrer à subcontratação pelo facto da EDP Distribuição não possuir
capacidade para manutenção a toda a rede, no entanto é preciso saber quais os meses a
que se deve recorrer à subcontratação para fazer a manutenção ao menor custo possível.
A manutenção da EDP Distribuição pode ser realizada durante a semana ou então
durante o fim-de-semana, e com os custos de 80 e 100 € por armadura, respectivamente.
Os serviços de manutenção da EDP Distribuição conseguem garantir no máximo a
substituição de 40 armaduras durante um mês em hora regular, ou seja, durante o
período semanal, e 8 armaduras durante os fins-de-semana.
A manutenção realizada por subcontratação tem um custo de 115 € por armadura, e têm
capacidade para substituir 12 armaduras por mês.
Se forem substituídas mais armaduras do que as referentes àquele mês/freguesia existe
um custo extra por cada armadura, esse custo reflecte o facto de ser necessário
mobilizar a equipa de manutenção para outra freguesia.
Para saber qual a melhor distribuição de tarefas para cada mês, utilizei a ferramenta do
Excel “Solver”.
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Definição das variáveis
It: Nº extra de armaduras substituídas no final do período;
Ot: Nº de armaduras substituídas em hora extra no período;
Rt: Nº de armaduras substituídas em hora regular no período;
St: Nº de armaduras substituídas por subcontratação no período;
A: Nº de Armaduras a substituir;
Cr: Custo de Manutenção EDP;
Co: Custo Extra Manutenção EDP;
Cs: Custo de Subcontratação;
Ci: Custo por Substituição Extra.
Função Objectivo
[ ]∑ =⋅+⋅+⋅+⋅=
7
1min
t tistotrt ICCSCOCRz
Sujeito a:
ASORII ttttt −+++= −1
12840
≤≤≤
t
t
t
SOR
0=SetembroI
A solução gerada pelo solver foi:
Tabela 12 Planeamento para a manutenção à rede IP.
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Deste modo, podemos garantir que o melhor planeamento para a manutenção à rede IP
entre Março e Setembro corresponde a um encargo mínimo de manutenção de 15150€.
Em anexo encontra-se a folha de Excel “EDP Manutenção IP”, onde foram obtidos estes
resultados.
2.7 Estudo da ligação de um cliente industrial (150kVA)
Durante o período em que estive integrado no Departamento de Novas Ligações, surgiu
um pedido de aumento de potência a um lote situado num parque industrial. Esse pedido
foi requisitado pela empresa “Campos&Campos, Plásticos S.A.”. Este cliente adquiriu
aquele lote pertencente a uma antiga serralharia e pretende agora criar uma indústria de
plásticos. A potência contratada actual naquele lote é de 34,5kVA. O novo cliente
pretende agora uma potência de 150kVA e fez o respectivo pedido de aumento da
Potência Máxima Admissível (PMA).
O Engenheiro Armando Freitas e eu deslocamo-nos ao local para verificar a rede de
baixa tensão existente no local. Verificamos que existiam dois PT´s a alimentar aquele
parque industrial.
A alimentação do lote do cliente era feita a partir do armário de distribuição mais
próximo em cabo LSVAV 4X50 mm2. Armário esse, que alimentava mais 3 clientes de
potências semelhantes. Dado que a nova potência requisitada é bastante elevada
(150kVA) existe a necessidade de fazer a alimentação do cliente através de um ramal
directo entre o PT mais próximo e o cliente.
O PT mais próximo do cliente é o PT 611/GMR, do tipo cabine baixa com isolamento a
SF6, PUCBET 1 4C da EFACEC, equipado com:
• 2 Celas SF6 tipo “CELA DE ENTRADA/SAÍDA IS375”;
• 1 Cela SF6 tipo “CELA DE PROTECÇÃO CIS375”;
• 1 Quadro Geral de Baixa Tensão “QGBT”;
• 1 Transformador 630kVA.
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Figura 21 Equipamentos existentes no PT611/GMR.
Este PT está a funcionar do seguinte modo, a cela nº1 serve de entrada da rede MT, a
cela nº2 serve de saída da rede MT permitindo deste modo que a rede possa ser
explorada em anel fechado, embora seja explorada radialmente, anel aberto.
É necessário verificar também, a que carga o PT se encontra em funcionamento para
garantir que este tem ainda potência disponível para alimentar o cliente. Realizou-se
uma medição às cargas em cada fase no secundário do transformador, recorrendo a uma
pinça amperimétrica, e obtiveram-se os seguintes resultados:
AIR 292=
AIS 310=
AIT 320=
Nos próximos dois pontos será feita uma análise/estudo relativamente ao cliente ser
alimentado em baixa tensão especial (BTE) ou então em média tensão (MT), será
estudada a vantagem e desvantagem para cada uma destas soluções e comentados os
resultados obtidos.
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2.7.1 Alimentação em Baixa Tensão Especial
A Baixa Tensão Especial é apenas para potências contratadas superiores a 41,4kVA.
O PT está a funcionar a aproximadamente um terço da sua potência nominal, a corrente
máxima de serviço em cada fase é:
AIS 11358,04003
630000=
⋅⋅= ,
8,0cos =ϕ , Zona industrial
Uma vez verificada a existência de potência disponível no PT para alimentar o cliente,
será agora estudada a possibilidade de fazer um ramal directo a partir do QGBT do
PT611/GMR até ao cliente a fim de disponibilizar a potência pretendida (150kVA).
Existem duas soluções para esse ramal, pode ser feito em cabo LVAV 3X185+95 mm2
ou então em cabo LSVAV 4X95 mm2, uma vez que são apenas estes os cabos
normalizados utilizados nas redes BT subterrâneas pela EDP Distribuição.
É agora necessário verificar se estes cabos podem ser utilizados para alimentar o cliente,
respeitando para isso todas as condições pelo regulamento de segurança de redes de
distribuição em baixa tensão:
• Protecção contra sobrecargas.
• Protecção contra curto-circuitos.
• Quedas de tensão.
Figura 22 Ramal BT, em cabo multifilar LVAV 185mm2.
Cabo LVAV 3X185 + 95 mm2 enterrado considerando uma temperatura do solo de
20ºC
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Intensidade admissível, . Consideremos um factor de simultaneidade de
(pior caso).
AI z 355=
1=sf
Protecção contra sobrecargas
⎩⎨⎧
≤≤
⋅≤
zns
zf
III
II 45,1
AU
SIc
ns 217
400310150
3
3
≅⋅⋅
=⋅
=
⎩⎨⎧
==
=AIAI
Fusívelf
n
400250
⎩⎨⎧
≤≤≤
OKAOKA
)(355250217)(75,514400
Estão verificadas as condições de protecção contra sobrecargas.
Protecção contra curto-circuitos
⎪⎩
⎪⎨⎧
<
<
st
tt
p
FTp
5, onde
2
min. ⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅=
IccSkt neutro
condFT e consultar nas curvas tempo/corrente do
fusível.
pt
( ) ( ) Ω=⋅⋅=⋅Ω= − 02952,01801064,1/ 4º20º20 mlmRRf
( ) ( ) Ω=⋅⋅=⋅Ω= − 0576,0180102,3/ 4º20º20 mlmRRn
( ) ( ) ARR
UIccnf
s 16720576,002952,05,1
23095,05,1
95,0º20º20min ≈
+⋅⋅
=+⋅⋅
=
74=alk
( )( ) sAIcc
mmSkt neutroalFT 7,17
16729574
22
min
2
≈⎟⎠⎞
⎜⎝⎛ ⋅=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅=
Pelas curvas tempo/corrente do fusível stp 2,0≈⇒
⎩⎨⎧
<<
OKsOKs
52,07,172,0
Estão verificadas as condições de protecção contra curto-circuitos.
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Quedas de tensão
VUUU s 5,11%5 <Δ⇒⋅<Δ
( ) ( )( ) VIlRVU sf 69,72171801064,1004,020701 4º70 =⋅⋅⋅⋅⋅−+=⋅⋅=Δ −
Este cabo RESPEITA todas as condições impostas pelo RSRDEEBT.
Análise para verificar se o ramal de alimentação ao cliente pode ser realizado em cabo
LSVAV 4x95mm2.
Figura 23 Ramal BT, em cabo de condutores sólidos LSVAV 95mm2.
Cabo LSVAV 4X95 mm2 instalação subterrânea considerando uma temperatura do solo
de 20ºC.
Intensidade admissível, . Consideremos um factor de simultaneidade de
(pior caso).
AI z 235=
1=sf
Protecção contra sobrecargas
⎩⎨⎧
≤≤
⋅≤
zns
zf
III
II 45,1
AU
SIc
ns 217
400310150
3
3
≈⋅⋅
=⋅
=
⎩⎨⎧
==
=AIAI
Fusívelf
n
400250
⎩⎨⎧
≤≤≤
VerificaNãoAVerificaNãoA
)(235250217)(75,340400
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Será necessário então considerar a alimentação através de dois cabos em paralelo
LSVAV 4X95 mm2.
Figura 24 Ramal BT, dois cabos em paralelo de condutores sólidos LSVAV 95mm2.
Com alimentação através do paralelo de dois cabos LSVAV 4x95mm2 obtemos
. AI z 4702352 =⋅=
Protecção contra sobrecargas
⎩⎨⎧
≤≤
⋅≤
zns
zf
III
II 45,1
AU
SIc
ns 217
400310150
3
3
≈⋅⋅
=⋅
= , esta corrente agora divide-se pelos dois cabos.
AII scabos 109
2/ ≈=
⎩⎨⎧
==
=AIAI
Fusívelf
n
400250
⎩⎨⎧
≤≤≤
OKAOKA
)(470250217)(5,681400
Estão verificadas as condições de protecção contra sobrecargas.
Protecção contra curto-circuitos
( ) ( ) Ω=⋅⋅=⋅Ω== − 0576,0180102,3/ 4º20º20º20 mlmRRR nf
( ) ( ) ARR
UIccnf
s 12650576,00576,05,1
23095,05,1
95,0º20º20min ≈
+⋅⋅
=+⋅⋅
=
74=alk
( )( ) sAIcc
mmSkt neutroalFT 9,30
12659574
22
min
2
≈⎟⎠⎞
⎜⎝⎛ ⋅=⎟⎟
⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅=
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Pelas curvas tempo/corrente do fusível stp 7,0≈⇒
⎩⎨⎧
<<
OKsOKs
57,09,307,0
Estão verificadas as condições de protecção contra curto-circuitos.
Quedas de tensão
VUUU s 5,11%5 <Δ⇒⋅<Δ
( ) ( )( ) ( ) VIlRVU sf 69,7217180102,3//102,3004,020701 44º70 =⋅⋅⋅⋅⋅⋅−+=⋅⋅=Δ −−
Este cabo RESPEITA todas as condições impostas pelo RSRDEEBT.
Tendo verificado estas duas soluções possíveis para alimentar o cliente, vejamos os
respectivos orçamentos para cada uma delas, para ficar a saber quais os encargos a ser
suportados pelo cliente na construção do ramal.
A través do simulador de Orçamentos PS/PM existente na rede interna da EDP
Distribuição simulei dois orçamentos para o ramal entre o PT e o cliente, um
considerando que o cliente seria alimentado por cabo LVAV 3X185+95 mm2 e outro
que seria alimentado por dois cabos em paralelo LSVAV 4X95 mm2.
O relatório referente a cada orçamento atrás referido, onde são mencionadas todas as
tarefas de unidades construtivas encontra-se no anexo E e F, respectivamente. Estes
orçamentos foram realizados com apoio dos técnicos do Departamento de Novas
Ligações BT/IP.
Total Orçamento=6865,61€ Total Orçamento=7305,37€
Aos valores acima referidos acresce IVA à taxa legal em vigor.
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O cliente provavelmente optará por ser alimentado através de cabo LVAV
3X185+95mm2, pois é a solução para o ramal com menores encargos.
Encontram-se agora reunidos todos os dados necessários para saber o quanto custará a
este cliente ser alimentado em BT, mais à frente é feito um estudo comparativamente ao
cliente ser alimentado em MT.
Aquela área têm como “Potência de Referência da Zona” 50kVA, isto significa que o
cliente terá de pagar uma comparticipação, uma vez que a potência contratada é superior
à potência de referência daquela zona, essa comparticipação devesse a eventuais
reforços na rede devidos àquele pedido de aumento de potência. Essa comparticipação é
calculada da seguinte forma:
( ) ( )( ) 3,88.Re ×−= kVAPkVAPpaçãoCompartici Zonafcontratada (€)
Assim sendo, o cliente terá de pagar uma comparticipação de:
( ) 88303,8850150 =×−=paçãoCompartici €
Aos valores acima acresce IVA à taxa legal em vigor.
Orçamento a entregar ao cliente
Ramal BT cabo LVAV 3X185+95mm2 ……………. 6865,61€
Comparticipação ……………………………………. 8830€
IVA (21%) ………………………………………….. 3296,08€
Total ………………………………………………… 18991,69€
O cliente terá de pagar 18991,69€ para ter uma potência contratada de 150kVA, em
baixa tensão especial (BTE). O cliente tem ainda a hipótese de não aceitar o orçamento
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da EDP, neste caso fica sujeito a pagar 10% do estudo (Orçamento previsto pela EDP) e
pode entregar a construção do ramal a um empreiteiro o qual terá de construir o ramal
de acordo com as regras técnicas impostas pela EDP Distribuição e sob fiscalização da
mesma.
2.7.2 Alimentação em Média Tensão
Estudemos agora a possibilidade de o cliente ser alimentado em Média Tensão.
É conhecido que aquela área possui uma rede MT subterrânea constituída por 3 cabos
monopolares LXHIOV 1X120mm2 8,7/15 (17,5kV). Deste modo, para a interligação
de cabos MT deverão ser executadas caixas terminais, caixas de junção e caixas de
transição adequadas ao tipo de cabo quer no que respeita ao modo de isolamento quer
no que respeita às tensões de serviço. Assim sendo, o ramal MT a criar para alimentar o
cliente terá de ser igual à rede já existente, o cliente passará a ser alimentado desde o PT
611/GMR necessitando para isso introduzir mais uma cela do tipo “CELA DE
ENTRADA/SAÍDA IS375” neste PT.
O PT611 passará a ser constituído da seguinte forma:
Figura 25 PT611 com mais uma cela do tipo IS375.
O orçamento relativo ao ramal de MT (LXHIOV 120mm2) encontra-se no anexo G. Este orçamento foi realizado com a ajuda dos técnicos do Departamento de Projecto e Construção.
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Figura 26 Ramal MT, cabo monopolar LXHIOV 120mm2.
Total Orçamento ramal MT=7639,4€
Orçamento para alimentação em MT
PUCBET I ……………………………………. 8828,72€
Transformador ………………………………… 3975,42€
2 Celas IS ……………………………………… 4674,73€
1 Cela CIS ………………………………........... 3116,49€
Terra Protecção (c/brocagem) ………………… 248,56€
Terra Serviço (c/brocagem) …………………… 248,57€
Ramal MT ……………………………………… 7639,4€
IVA (21%) ……………………………………… 6033,7€
TOTAL …………………………………………. 34765,57€
Comparativamente ao custo do ramal para Baixa Tensão, a opção por ser alimentado em
Média Tensão é 45% mais dispendiosa como investimento inicial. No entanto, dado que
a energia em média tensão é mais barata pode compensar ao cliente optar por ser
alimentado em média tensão. No ponto seguinte será feita uma análise ao PayBack desta
situação.
2.7.3 Análise ao PayBack
Realizei um estudo do tipo “PayBack” com o fim de saber em quanto tempo o cliente
recupera o dinheiro investido (construção de um PT e ramal MT) para ser alimentado
em média tensão, situação a ser analisada mais à frente.
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Existem grandes vantagens em relação à qualidade de serviço no caso de o cliente ser
alimentado em MT. Uma vez que se trata de uma indústria de plásticos existe uma
grande necessidade de o cliente ser alimentado com uma boa qualidade de serviço, pois
uma paragem na produção implicaria elevados prejuízos. Vejamos um pouco o que
significa a QS de serviço de uma rede e como é distribuída pelas diferentes zonas.
A EDP Distribuição tem por objectivo satisfazer, com os mais elevados níveis de
qualidade de serviço, as necessidades e expectativas dos seus Clientes.
Através do Regulamento da Qualidade de Serviço, foram estabelecidos padrões
mínimos de qualidade. Em caso de incumprimento, estes padrões determinam a
obrigação ao distribuidor de comunicar essa informação ao Cliente e proceder ao
crédito, de modo automático, do valor da compensação nas condições
regulamentarmente fixadas.
Para o estabelecimento dos padrões atrás mencionados foi considerada a existência de
três zonas nos termos seguintes:
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Zona A: Capitais de distrito e localidades com mais de 25 000 Clientes
Zona B: Localidades com um número de Clientes entre 2 500 e 25 000
Zona C: Os restantes locais
Em 31 de Dezembro de 2006 os clientes da EDP Distribuição estavam distribuídos,
pelas diferentes zonas, da forma apresentada na figura abaixo.
Figura 27 Distribuição dos clientes da EDP por Zonas.
Este cliente encontra-se numa zona tipo A.
Para fazer o estudo de “PayBack” é necessário saber quais os consumos do último ano
do cliente. Como se tratava de um novo cliente, não tínhamos essa informação e foi
necessário proceder a uma estimativa de consumos para os vários meses do ano. A
aproximação aos consumos que seriam efectuados foi realizada tendo em conta os
equipamentos existentes na instalação e outros consumidores com potências e tipos de
indústrias semelhantes ao deste cliente.
As folhas em Excel “Estudo Económico BTE” e “Estudo Económico MT” utilizadas
para simular qual o valor total dos encargos energéticos que este cliente teria no final de
cada ano, encontram-se no anexo H e I, respectivamente.
Os resultados obtidos indicam que a melhor opção tarifário para o cliente quando
alimentado em baixa tensão especial é a opção pela tarifa de Longas Utilizações que
face às Médias Utilizações acarretam menos 10% (≈3225€) de encargos de energia
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eléctrica no final do ano, face à tarifa de Médias Utilizações. Em relação ao cliente
receber a energia em média tensão a melhor solução é a tarifa Tetra-Horária de Longas
Utilizações, esta solução torna-se ainda mais vantajosa e face à solução BTE de Longas
Utilizações acarreta menos 11,6% (3435€) de encargos na factura eléctrica por cada
ano. No entanto, esta solução implica a construção de um PT.
Estamos agora em condições de dizer ao cliente qual seria o tempo para
“PayBack” do seu investimento na construção do PT.
Se o cliente optar pelo regime BTE terá um encargo de 18991,69€ pela construção do
ramal e respectiva comparticipação, acrescendo o custo da energia por cada ano, que
como foi analisado rondará os 29580€/ano. Se o cliente optar pelo regime MT terá os
encargos referentes à construção do PT e respectivo ramal MT que como já foi visto
será de 34765,57€, acrescendo o custo da energia por cada ano, que como já foi
analisado rondará os 26145€/ano.
Para o Ano 0:
MTMTInicialanoMT EnergiadaCustoINVoEnc +=0arg
BTBTInicialanoBT EnergiadaCustoINVoEnc +=0arg
Para os anos seguintes: kk
MTkano
MTkano
MT iEnergiadaCustooEncoEnc )1(argarg 1 +⋅+= −
( ) kkanokkBT
kanoMT
kanoBT jiEnergiadaCustooEncoEnc *1argarg 11 −− Δ−+⋅+=
É necessário subtrair os lucros dos juros do ano anterior pela diferença de investimento
entre MT e BT. Considerando:
Taxa de Juro: j=2%
Taxa de inflação i=3%
Na tabela 13 abaixo, apresentam-se os encargos que seriam suportados em cada ano ‘k’
por cada uma das soluções de alimentação, MT e BTE.
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Tabela 13 Encargos energéticos no final de cada ano (€).
0,00
50000,00
100000,00
150000,00
200000,00
250000,00
300000,00
0 1 2 3 4 5 6 7
Enca
rgo
no an
o k
Ano k
Rectas de EncargosBTE vs MT
MT
BTE
Figura 28 Rectas dos encargos energéticos anuais, BTE e MT.
Pode-se então concluir que, será entre o 3º e 4º ano que os encargos a ser suportados
pelo cliente em Baixa Tensão Especial ultrapassam os encargos de Média tensão, deste
modo, podemos garantir ao cliente que se o tempo de exploração daquela instalação for
superior a 3 anos, torna-se mais vantajoso receber a energia em Média Tensão, além
ainda de ser ainda mais vantajosa esta solução pela qualidade serviço da energia
eléctrica recebida.
2.8 Simulador
Os encargos energéticos mensais que um consumidor de baixa tensão tem encontram-se
divididos por três categorias: energia eléctrica consumida; potência contratada e termo
tarifário fixo.
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Figura 29 Encargos energéticos mensais BT.
A potência contratada representa cerca de 10% da factura mensal dos consumidores
domésticos.
Os termos que não dependem do consumo mensal (termo fixo e potência contratada)
representam [10;20] % da factura mensal.
Figura 30 Termos que não dependem do consumo mensal.
Os consumidores domésticos pagam na potência contratada cerca de 1/3 do custo das
redes. Os restantes custos são recuperados noutros preços (energia e termo fixo).
Os custos de interesse geral incluem o sobrecusto da produção de origem renovável, a
convergência tarifária nas regiões Autónomas, a remuneração dos terrenos das centrais,
os mercados grossistas, entre outros custos.
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Figura 31 Comparação entre potência contratada de 3,45 e 6,9kVA.
Com o mesmo consumo anual, é possível poupar 23% (6,6€) da factura se se optar por
um escalão de potência contratada inferior.
Em relação ao preço a pagar pela energia é necessário também ter algum cuidado na
escolha do tarifário, para escolher o tarifário mais vantajoso, de acordo com os
consumos. Para clientes BTN existem dois tipos de tarifas, a tarifa simples e a tarifa bi-
horária. A tarifa simples destina-se à generalidade dos clientes residenciais, lojas,
escritórios e pequenas empresas. Preço do kWh é igual em todas as horas do dia. A
tarifa bi-horária tem uma redução de 45% no preço do kWh consumido em vazio. Ideal
para consumo nocturno ou fim-de-semana.
Para além da poupança nos encargos mensais da energia eléctrica, a utilização de
equipamentos eléctricos eficientes, representa uma diminuição no consumo energético,
e pode representar uma redução na necessidade de potência contratada.
Coloca-se agora a questão, qual a potência a contratar para nossa casa e qual o
tarifário mais vantajoso?
Foi por mim desenvolvido um simulador de potência a contratar e simulador de
consumos energéticos. A ideia da criação deste simulador surgiu pelo facto de cada vez
mais se falar em eficiência energética e pelo lançamento do novo tarifário da edp5D.
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Tem ainda como grande objectivo um aconselhamento da potência contratada que cada
cliente deve ter ou requisitar, caso seja um futuro cliente, e ainda a sensibilização para o
que cada cliente pode poupar mensalmente pela escolha da tarifa que mais se adapta aos
seus consumos.
A utilização do simulador serve também para fazer uma análise comparativa aos
consumos energéticos de uma instalação, quando por exemplo, se substitui as lâmpadas
incandescentes por lâmpadas de baixo consumo, ou então se substitui os sistemas de
aquecimento convencionais por acumuladores de calor.
Nos resultados da simulação de potência a contratar não é considerado o efeito da não
simultaneidade dos picos de consumo dos vários equipamentos, correspondendo assim
ao pior caso de potência consumida. A definição do valor da potência contratada de uma
instalação apenas determina o máximo valor da potência fornecida em cada momento à
instalação. Adicionalmente deverá assegurar que os vários aparelhos eléctricos estejam
bem distribuídos pelos diversos circuitos da instalação de modo a evitar a sobrecarga
destes circuitos. Caso contrário, poderá deteriorar a sua instalação eléctrica e limitar
internamente a utilização simultânea dos vários aparelhos.
A potência contratada define o valor instantâneo máximo de energia que uma instalação
de consumo pode receber. O valor da potência contratada e o dimensionamento da
instalação eléctrica estão intimamente ligados, assim como também o dimensionamento
da rede eléctrica mais próxima da instalação. Por essa razão a facturação de energia
eléctrica tem em consideração a aplicação de um preço de potência contratada que
reflecte os custos das redes de distribuição associados à disponibilização da potência
solicitada por cada consumidor. A partir do escalão de potência contratada de 13,8kVA
é necessário que a instalação seja alimentada por um sistema de tensões trifásicas.
A ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos é a entidade responsável pela
regulação dos sectores de electricidade e gás natural.
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Descrição das potências adoptadas para o simulador de potência a contratar
O documento “Simulador” em anexo possui uma folha de Excel “Potência a Contratar”
destinada a determinar qual o valor máximo de potência instantânea consumida que o
utilizador tem ou pode vir a ter na instalação, resultando assim qual a potência a
contratar. Para isso foi necessário estimar potências para os diferentes tipos de
equipamentos. Esse valor foi obtido pela média das potências para 5 equipamentos do
mesmo tipo, existentes no mercado. O valor médio foi utilizando como valor de
referência, os valores máximos e mínimos foram também registados e colocados em
comentário, na célula referente à potência do equipamento.
Com o valor da potência média para os diferentes tipos de equipamentos e sabendo qual
a quantidade de equipamentos dos diversos tipos e que o utilizador ligará no máximo
simultaneamente, temos reunidos todos os dados necessários para saber qual o valor
recomendado para a potência contratada do cliente.
O valor máximo da potência consumida instantânea é obtido da seguinte forma:
( ) ( )∑ =×=
31
1 .Retanmax ..
i ftâneains iQtdiPConsumidaPot , onde ‘i’ representa o tipo de
equipamento.
Para saber qual o escalão da potência contratada que o cliente deve possuir, de acordo
com a sua instalação e uso da mesma, é necessário arredondar o valor da potência
máxima consumida instantaneamente ao valor de potência contratada imediatamente
acima. As potências contratadas disponíveis são: 1,15 – 2,3 – 3,45 – 4,6 – 5,75 – 6,9 –
10,35 – 13,8 – 17,25 – 20,7kVA.
Nota: dado que se tratam de clientes BTN (Baixa Tensão Normal) foi desprezado o
consumo de energia reactiva pois este tipo de clientes apresenta sempre um factor de
potência muito próximo de 1 e neste caso aparenteactiva PotPot .. ≅
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No fim da folha “Potência a Contratar” são apresentados os seguintes resultados:
Tabela 14 Resultados finais da folha “Potência a Contratar”.
De acordo com o escalão de potência a contratar, é possível definir se o cliente pode
escolher entre ser alimentado em monofásico ou trifásico, ou então, se terá de ficar
sujeito a um destes tipos de alimentação.
A EDP Distribuição para potências contratadas inferiores a 6,9kVA não disponibiliza o
sistema de alimentação trifásico, também não disponibiliza o sistema de alimentação
monofásico para potências contratadas superiores a 10,35kVA. O sistema de
alimentação escolhido pelo cliente determina qual o valor do diferencial a instalar pela
EDP Distribuição.
Em relação aos tarifários, o cliente a partir de uma potência contratada de 3,45kVA
poderá optar entre “Tarifa Simples”, “Tarifa Bi-horária”, ou então pelos novos tarifários
“edp5D” com tarifa simples e bi-horária também. A opção pela tarifa bi-horária face à
tarifa simples, implica um maior encargo na mensalidade da potência contratada.
Na folha de Excel “Equipamentos” existem 31 tipos de equipamentos comuns a
qualquer casa, pretende-se com esta folha que o cliente indique os diferentes tipos de
equipamentos que possui e qual a utilização que faz deles. Neste ponto foi necessário
definir a “Potência Média de Funcionamento” para cada equipamento, este foi um
processo não muito fácil e delicado pois por um lado existem equipamentos que só
funcionam uma ou duas vezes por mês outros que funcionam todos os dias e depois
depende ainda do quanto tempo permanecem ligados continuamente e ainda do tipo de
equipamento, por exemplo, um acumulador de calor quando trabalha, trabalha sempre à
sua potência máxima, no caso de uma lâmpada acontece o mesmo. Já para o caso de um
irradiador a óleo ou forno a potência de funcionamento destes equipamentos varia
conforme o regime de funcionamento escolhido. Existe ainda o caso de um ar
condicionado que é um aparelho bastante especial quanto à potência média consumida,
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porque possui um factor de potência bastante baixo (≈0,5), o que significa que o
aparelho necessita do dobro da potência aparente em relação à potência activa quando
se encontra em funcionamento, e ainda se está a fornecer calor ou frio. Para cada tipo de
equipamento e atendendo a todos os factores atrás mencionados aproximei o melhor
possível qual a potência média de funcionamento para cada equipamento.
Sabendo agora quantos equipamentos do mesmo tipo o cliente possui, quantas horas por
dia, semana ou mês faz uso dos mesmos e aproximadamente qual a utilização em vazio
(%), pode-se estimar quais os consumos de cada equipamento e assim saber qual o valor
da factura a pagar no final do mês. Com o valor da utilização em vazio podemos estimar
quanto pagaria o cliente por optar pela tarifa bi-horária.
Nos anexos encontram-se os períodos horários, o valor a pagar pela potência contratada
em função da tarifa e quais as tarifas disponíveis para clientes BTN [3,45;20,7] kVA.
Na folha de Excel “Encargos por Equipamento”, encontra-se os encargos energéticos
mensais por equipamento para os tipos de tarifa que o cliente pode optar (tarifa simples
ou tarifa bi-horária) e quanto poderia ou não poupar por optar pela tarifa bi-horária em
cada equipamento.
Os encargos energéticos com cada equipamento são calculados através, do consumo
total (kWh), do consumo em horas fora do vazio e do consumo em horas de vazio
durante um mês.
Em anexo electrónico na pasta “Folhas Excel” encontra-se o documento “Simulador”
que dispõe das seguintes folhas para consulta: “Facturação T.Simples”; “Facturação
T.Bi-Horária”; “Facturação edp5D T.Simples” e “Facturação edp5D T.Bi-Horária” é
feita uma simulação à factura que o cliente iria receber no final do mês, para estes
quatro tarifários.
Se no final de simular o uso de cada equipamento para uma instalação, se verifica que a
potência contratada ou então o tarifário não é o mais vantajoso, o cliente se pretender
alterar o escalão de potência contratada necessita de contactar o distribuidor de energia
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eléctrica e efectuar o respectivo pedido de alteração. Esta não representa qualquer custo
para o cliente mas obrigará a uma intervenção no local de consumo, alteração do
diferencial no caso de pretender mudar de escalão de potência contratada, ou então
alteração do contador para o tarifário pretendido.
2.8.1 Exemplo de aplicação
A fim de testar o “Simulador”, apliquei-o à utilização que dou a cada equipamento
existente na minha habitação abaixo estão apresentado os equipamentos e a quantidade
de que disponho de cada um deles.
Figura 32 Equipamentos existentes na habitação.
No máximo, os aparelhos que utilizo simultaneamente são:
• 5 Lâmpadas incandescentes;
• 2 Lâmpadas fluorescentes;
• 2 Lâmpadas economizadoras;
• 2 Ar condicionados;
• Maquina de Lavar Roupa;
• Micro-Ondas;
• Exaustor;
• Combinado Frigorífico;
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• Ar Congeladora;
• 2 Televisores;
• Aparelhagem
• Leitor de DVD;
• 2 Computadores.
Esta situação corresponde em geral à situação no final do dia, quando os meus pais e
irmãos regressão do trabalho, entre as 19h e as 22h. Esta situação irá definir qual a
potência contratada que devo ter em casa. Abaixo encontram-se os resultados,
produzidos pelo “Simulador” na folha “Potência a Contratar”.
Figura 33 Potência a Contratar.
A potência contratada da minha habitação corresponde aos resultados produzidos pelo
“Simulador”, o que confirma que o escalão de potência contratada está de acordo com o
uso dos equipamentos.
Na folha “Potência a Contratar” pode-se ainda confirmar qual o diferencial que a EDP
Distribuição instala conforme a potência contratada e o tipo de instalação, monofásico
ou trifásica, tarifários que estão disponíveis, e respectivos encargos de potência
contratada.
Na folha “Equipamentos” é introduzida a utilização a que cada equipamento é sujeito,
durante o dia, semana ou mês. A utilização de cada equipamento encontra-se na figura
34.
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Figura 34 Utilização de cada equipamento.
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Sabendo a potência contratada e quais os usos médios de que cada equipamento, pode-
se fazer uma simulação à factura energética mensal.
A minha habitação encontra-se alimentada pelo distribuidor de energia eléctrica
“CEVE” Cooperativa Eléctrica Vale D’Este, deste modo, os resultados relativamente às
tarifas edp5D serão ignorados.
Figura 35 Estimativa da factura com tarifa simples.
Figura 36 Estimativa da factura com tarifa bi-horária.
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Para verificar a validade dos resultados obtidos, utilizei as facturas energéticas do ano
de 2006 e calculei o valor médio mensal ao longo desse ano. Obtive um valor médio de
factura mensal igual a 81,56€. A tarifa que tinha contratada até ao final do mês de
Novembro era a tarifa simples, e os resultados obtidos no simulador para esta tarifa
andam relativamente próximos da realidade, diferença de 7%. Apenas a partir de
Dezembro, altura em que se realizou a alteração para tarifa bi-horária ciclo diário, os
encargos energéticos baixaram, ou seja, comprova-se que a tarifa bi-horária torna-se
mais vantajosa, tal como os resultados produzidos na simulação da tarifa bi-horária do
“Simulador” o confirmam.
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3 Média Tensão
MT: Media Tensão, instalação cuja tensão nominal é superior a 1,5 kV e igual ou
inferior a 40 kV, como mencionado no artigo 3.º da secção III do Regulamento de
Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão.
Indicadores de qualidade de serviço na rede MT
A qualidade de serviço de uma rede é avaliada pelos seguintes indicadores:
• Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada (TIEPI)
• Energia Não distribuída (END)
• Frequência e duração média das interrupções (SAIFI e SAIDI)
Isto para incidentes de duração superior a 3 minutos, considerando todos os incidentes,
independemente da sua origem.
TIEPI: Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada, quociente entre o
somatório do produto da potência instalada nos postos de transformação de serviço
público e particular pelo tempo de interrupção de fornecimento daqueles postos e o
somatório das potências instaladas em todos os postos de transformação, de serviço
público e particular, da rede de distribuição.
END: Energia Não Distribuída, valor estimado da energia não distribuída nos pontos
de entrega dos operadores das redes de distribuição, devido a interrupções de
fornecimento, durante um determinado intervalo de tempo, normalmente 1 ano civil.
SAIDI: Duração média das interrupções do sistema, “System Average Interruption
Duration Index”, quociente da soma das durações das interrupções nos pontos de
entrega, durante determinado período, pelo número total dos pontos de entrega, nesse
mesmo período.
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SAIFI: Frequência média de interrupções do sistema, “System Average Interruption
Frequency Index”), quociente do número total de interrupções nos pontos de entrega,
durante determinado período, pelo número total dos pontos de entrega, nesse mesmo
período.
No regulamento de qualidade de serviço da EDP Distribuição no artigo 16.º são
mencionados os valores mínimos para os indicadores de qualidade de serviço. Esses
indicadores encontram-se na tabela 15.
Tabela 15 Valores mínimos para os indicadores de Qualidade de Serviço.
Compensações
O não cumprimento dos Padrões Individuais de Qualidade de Serviço implica o
pagamento de compensações aos Clientes afectados.
De modo a melhorar a qualidade de serviço na rede de média tensão, começaram a ser
instalados aparelhos de seccionamento automático e selectivo, localizados em pontos
estratégicos, permitindo assim diminuir o tempo de indisponibilidade de alimentação
dos clientes em caso de defeito. Alguns destes aparelhos são telecomandados o que
permite alcançar uma maior flexibilidade de exploração e uma maior eficiência de
manobras quer em regime normal, quer na execução de trabalhos de manutenção ou
ainda no isolamento de defeitos.
A EDP Distribuição utiliza disjuntores auto-religadores nas saídas das subestações. Os
disjuntores auto-religadores (DAR) tiram partido do carácter fugitivo ou semi-
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permanente da maior parte dos defeitos em linhas aéreas, limitando desta forma a
interrupção definitiva da linha no caso de defeitos permanentes, com os quais é possível
realizar uma religação rápida e até três religações lentas. A instalação dos DAR nas
saídas das subestações é importante se nas linhas a jusante, forem instalados em pontos
estrategicamente definidos aparelhos de seccionamento automático e selectivo em caso
de defeito, diminuindo desta forma o número de clientes afectados por uma avaria.
Consegue-se reduzir o número de clientes não alimentados e portanto a energia não
fornecida (ENF) global, com a instalação deste tipo de equipamentos. Repare-se que
desta forma consegue-se igualmente reduzir a energia não fornecida aos clientes
afectados uma vez que a localização do defeito é bastante mais rápida na medida em
que envolve um menor troço de rede.
Este tipo de aparelhagem é para montagem em apoios de linha podendo ser de dois
tipos, conforme o seu princípio de funcionamento. O seu efeito prático é o de isolar
parte da rede afectada por curto-circuitos, recuperando-se a alimentação de energia para
a restante rede.
Para supervisionar e controlar estas redes existem os denominados Centros de Comando
e Controlo, aplicações SCADA, que com o desenvolvimento das comunicações,
permitem que em tempo real, se tenha a possibilidade de operar remotamente sobre um
determinado conjunto de órgãos e/ou equipamentos alterando-lhe o seu estado ou
efectuando medições de grandezas eléctricas. Desta forma os operadores dos centros de
comando têm a capacidade, de dentro de certos limites, operar na rede eléctrica.
Contudo, existem situações anómalas, para as quais se torna necessária a intervenção
das equipas no terreno, estas situações não sendo muito frequentes, têm um grande
impacto relativamente à continuidade da energia eléctrica. A resposta em tempo útil,
quanto às manobras necessárias, o apoio às manobras de reposição do serviço como a
instrução das brigadas relativamente à anomalia/defeito em causa, são tarefas de
fundamental importância.
Quando existe a necessidade de realização de trabalhos em TET numa linha de média
tensão há a necessidade de comunicar ao piquete de serviço que se dirija à subestação
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pela qual a linha se encontra alimentada, para comutar o DAR dessa linha para o modo
de Regime Especial de Exploração (REE), impedindo desta forma a religação do
disjuntor em caso de ocorrência de um defeito na linha. Garante-se assim, uma maior
segurança na realização dos trabalhos em tensão.
IAR: Interruptor Auto-Religador
Este aparelho tem como objectivo a redução do tempo de localização de avarias e do
tempo de intervenção para reparação, melhorando a continuidade de serviço prestado.
Destinam-se à protecção de alimentações radiais e/ou de malha aberta em redes de
distribuição aéreas de média tensão. O princípio de funcionamento dos Interruptores
Auto-Religadores é baseado na detecção do desaparecimento e do reaparecimento da
tensão durante o período de religação automática do disjuntor de protecção da linha
onde está inserido o IAR. Os tipos de comando mais usados nestes aparelhos são o
comando V-T (tensão-tempo) e o comando O-T (malha aberta).
Na rede de distribuição aérea MT da área de rede Ave-Sousa encontramos apenas o
comando V-T. Estes aparelhos encontram-se sobretudo instalados em ramais.
Constituição do IAR com comando V-T
Um Interruptor Auto-Religador é constituído pelos seguintes elementos:
• Interruptor Tripolar de Vácuo;
• Quadro de comando Tipo VT;
• Transformador de Tensão;
• Cabos de Ligação;
• Pára-Raios.
Princípio de funcionamento
A sequência de operações dos IAR com comando V-T é apresentada a seguir.
• Quando ocorre um defeito na linha, o disjuntor de protecção abre por
ordem dos relés de protecção, o comando do IAR sente a falta de tensão e
dá uma ordem de abertura, que é ligeiramente temporizada para o
insensibilizar aos ciclos rápidos do disjuntor de protecção;
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• Quando o disjuntor efectua a primeira religação lenta a tensão reaparece
nos terminais do IAR. Ao fim de um tempo regulável, designado tempo de
confirmação (tc), o IAR recebe ordem de fecho;
• Após o fecho do IAR, começa a contagem do chamado tempo de bloqueio
(tb), também regulável, podendo então ocorrer duas situações:
o O disjuntor volta a abrir, faltando a tensão no IAR durante o tempo
de bloqueio (tb), provocando a sua abertura. O IAR ficará então
bloqueado nesta posição e não voltará a fechar quando a tensão
reaparecer (só poderá ser fechado depois de rearmado manualmente
ou por telecomando, caso exista). O troço defeituoso fica assim
isolado , e à segunda religação lenta do disjuntor o serviço é
reposto nos troços sãos a montante;
o O disjuntor não volta a abrir, o que significa que o defeito
desapareceu, terminando o tempo de bloqueio (tb) sem que falte a
tensão no IAR. O IAR continua fechado e o automatismo de
comando regressa ao estado inicial.
Localização dos Interruptores Auto-Religadores
A localização dos IAR’s na rede de distribuição aérea de média tensão foi estabelecida
com base em estudos efectuados pelos diferentes centros de distribuição sendo dada
preferência a ramais de maior comprimento e/ou em a ramais pertencentes a saídas
importantes, isto é, a saídas que alimentam clientes importantes. Os pontos da rede
escolhidos para a instalação dos IAR’s permitem repercutir sobre um número elevado
de clientes o benefício da redução do tempo de reposição de serviço nos troços a
montante do troço onde ocorre o defeito.
IAT: Interruptor Aéreo Telecomandado
Um interruptor aéreo telecomandado é constituído por um órgão de corte (OCR) e por
um armário de comando. Esta unidade possibilita a supervisão e o controlo do OCR
tanto localmente através do painel de comando local como à distância via telecomando.
A sua instalação na rede tem como objectivo isolar um troço ou uma área de rede com
avaria, apenas com uma ordem de abertura, recorrendo a um certo grau de inteligência
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para a localização do ponto do defeito. Este permite ainda evitar a abertura do disjuntor
da linha em que está inserido ao retirar de serviço um troço para efeitos de manutenção
e possibilita a reconfiguração da rede.
O armário de comando disponibiliza assim a interface local com o utilizador e
possibilita a comunicação com o centro de comando. Permite ainda a implementação de
automatismos locais com o objectivo de isolar rapidamente defeitos na rede sem que
seja necessária a intervenção de um operador.
Nestes aparelhos existe ainda a possibilidade de serem manobrados através o uso de
uma vara de comando. A operação consiste em manobrar uma alavanca que permite a
abertura ou fecho do interruptor. Os interruptores aéreos telecomandados instalados
recentemente na rede podem ser de dois tipos diferentes, os designados por DAS, em
que o sistema de corte tem como base uma ampola de vácuo e os designados por THO
onde o sistema de corte tem como base o uso de hexafluoreto de enxofre (SF6).
Princípio de funcionamento
O princípio de funcionamento de um interruptor aéreo telecomandado depende do
princípio de exploração da rede, podendo funcionar apenas como interruptor permitindo
a partir do centro de comando (ou localmente) efectuar manobras de reconfiguração da
rede. O IAT nestas condições permite mudar as condições de exploração da rede que
pode ser condicionada por um incidente. Note-se que a possibilidade de reconfiguração
da rede com este tipo de função permite melhorar a continuidade de serviço,
nomeadamente com a utilização do comando à distância. Pode também funcionar como
descrito anteriormente para isolar troços com defeito, sendo o seu princípio de
funcionamento nesta situação em tudo igual ao do Interruptor Auto-Religador descrito
anteriormente.
Conclusão sobre IAR’s e IAT’s
A instalação destes equipamentos na rede de distribuição permite obter ganhos
significativos nos índices da qualidade de serviço, por outro lado permite um maior
controlo da rede, possibilitando acções de reconfiguração em caso de defeito, topologia
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alternativa de exploração, informação sobre o estado dos equipamentos e retirar de
serviço um troço em carga para efectuar manutenção.
Quando devidamente localizados, os aparelhos de corte automáticos e/ou
telecomandados instalados na rede aérea de média tensão, permitem obter grandes
benefícios a custos relativamente baixos através da redução dos tempos de
indisponibilidade. Assim, quando ocorre um incidente na rede, será possível por
manobra ou por telecomando destes equipamentos isolar a zona da rede avariada e
proceder à reposição do serviço nos restantes clientes, sendo assim apenas afectados
durante o tempo de isolamento. É de notar ainda que se não existir esta capacidade de
reconfiguração da rede, estes seriam afectados durante o tempo de reparação da avaria.
3.1 Manutenção da rede MT
A EDP Distribuição tem especial atenção às acções de manutenção preventiva dos seus
postos de transformação. São feitas inspecções às instalações eléctricas por um técnico
responsável pela exploração pelo menos duas vezes por ano, a fim de proceder às
verificações, ensaios e medições regulamentares e elaborar um relatório, uma dessas
inspecções deverá ser feita durante os meses de Verão e outra durante os meses de
Inverno. O relatório sobre as inspecções será posteriormente enviado, anualmente, aos
serviços externos da Direcção Geral de Energia.
Os exploradores de postos e subestações deverão verificar uma vez por ano, durante os
meses, de Junho, Julho, Agosto e Setembro, as resistências de terra de todos os
eléctrodos de terra que lhes pertençam. Os resultados obtidos deverão ser anotados num
registo especial que possa ser consultado, em qualquer ocasião, pela fiscalização do
Governo.
A limpeza das instalações efectuasse com a frequência necessária para impedir a
acumulação de poeiras e sujidades, especialmente sobre os isoladores e aparelhos.
Qualquer trabalho de limpeza, conservação e reparação só poderão ser executados por
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pessoal especialmente encarregado e conhecedor desses serviços ou por pessoal
trabalhando sob sua direcção.
Relativamente aos cuidados a ter por parte da rede explorada por esse posto de
transformação passa por verificar se a ponta máxima (kW) atingida pelo Transformador
de Potência, se enquadra nos parâmetros do seu dimensionamento (kVA), controlar a
energia reactiva (cos φ), efectuar periodicamente a medição das tensões secundárias e,
se necessário adequar a respectiva tomada, operação a ser executada sem tensão e, por
pessoal habilitado.
A Manutenção Preventiva Sistemática (MPS) contempla a realização de dois tipos de
acções para os Postos de Transformação, como podemos ver na figura 37.
Figura 37 Manutenção Preventiva Sistemática.
A acção “Inspecção” passa pela observação visual do estado das instalações e
equipamentos eléctricos e registo em ficha própria das anomalias detectadas e do grau
de prioridade que deve ser considerado para a sua correcção.
A “Termovisão” de todas as ligações com recurso a equipamento especial de medida de
temperatura, sem contacto, para detecção de eventuais pontos quentes e a medição das
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resistências de terra do PT com recurso a processo expedito (Pinça para Medição de
Terras sem necessidade de interrupção do circuito de terra e sem necessidade de
montagem de eléctrodos auxiliares), são alguns dos métodos de inspecção aos
equipamentos eléctricos.
Pinça para Medida da resistência da Malha Terra
O eléctrodo de terra de uma instalação eléctrica é normalmente constituído por várias
ligações em paralelo formando uma malha equipotencial. Em complemento das medidas
tradicionais de continuidade e de terra, estas pinças tem a vantagem de permitir um
controle rápido da medida da resistência do eléctrodo de uma malha de terra, com toda a
segurança (a instalação eléctrica continua permanentemente ligada à terra).
Figura 38 Pinça de medição da resistência da malha de terra.
Características gerais
• Medida de resistências de terra, com várias precisões e resoluções
consoante o calibre;
• Diâmetro do cabo 23mm. Máxima abertura das garras: 27 mm;
• Função Hold;
• Medidas de corrente de fuga de 0,2 mA a 30 A;
• Alarme sonoro programável (baixo/alto) e memorização de 116 leituras;
• Em conformidade com a norma CEI 1010-2-032 CATIII 300 V CAT II
600 V.
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Câmara de termografia modelo InfraCAM
Um pequeno problema eléctrico pode ter consequências muito graves. Se uma ligação
eléctrica mal acabada começar a derreter ou lançar faíscas, essa situação pode estar na
origem de um incêndio. Com recurso à InfraCAM pode visualizar-se potenciais áreas
problemáticas numa imagem térmica, evitando assim a ocorrência de incêndios. A
InfraCAM apresenta-se assim com uma ferramenta bastante útil na detecção de
problemas eléctricos de forma instantânea.
Figura 39 Câmara de termografia InfraCAM.
Na manutenção de postos de transformação, este equipamento permite, entre outras
aplicações, a visualização térmica dos seguintes exemplos:
Figura 40 Exemplos de aplicação da câmara de termografia.
A Manutenção Integrada inclui
• Limpeza geral do Posto de Transformação;
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• Limpeza geral do barramento MT e respectivos elementos de suporte e
isolamento (PT’s com barramento à vista);
• Limpeza de todos os órgãos de corte e / ou protecção;
• Limpeza dos Transformadores de Potência;
• Limpeza do Quadro Geral de Baixa Tensão;
• Manutenção geral (afinações, lubrificações, etc.) dos órgãos de corte e
respectivos comandos;
• Verificação de ligações e apertos;
• Verificação e lubrificação de dobradiças, fechaduras e fechos das portas de
acesso à instalação;
• Verificação do bom estado de funcionamento da iluminação do PT, com
substituição do material avariado ou danificado;
• Medição das resistências dos eléctrodos de terra do PT;
• Eventual substituição da sílicagel;
• Análise físico/química do óleo do Transformador;
• Eventual reposição do nível do óleo do TP;
• Verificação e ensaios dos sistemas de protecção.
A EDP Distribuição ao final de cada ano elabora uma lista de PT´s aos quais são
necessários fazer manutenção. Em geral os PT´s que apresentam necessidade de
intervenção são os PT´s do tipo CA, além das acções de intervenção preventiva acima
referidas tem-se realizado também uma substituição de toda a aparelhagem de corte no
ar neles existente. Este tipo de protecção tem vindo a ser substituída por celas com
interruptor seccionador de corte em SF6.
O Engenheiro Carlos Amorim é o responsável pela manutenção da rede de média tensão
na Área de rede Ave-Sousa, por ele tem sido levadas a cabo estas acções de
manutenção.
Durante a semana em que estive no Departamento de Manutenção fui acompanhado
pelo Sr. Couto, visitamos 3 postos de distribuição, nos quais se iriam realizar acções de
manutenção. Em todos eles proceder-se-á à substituição da aparelhagem de corte no ar
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por celas em SF6, num deles será substituído o transformador pois encontra-se em
sobrecarga e noutro o QGBT pois é do tipo CA1 e dada a localização daquele PT, zona
em crescimento, será necessário dispor de mais saídas disponíveis, irá ser então
instalado um QGBT do tipo CA2.
Em geral, as celas de SF6 que a EDP Distribuição utiliza nos PT’s são celas da
EFACEC do modelo FLUOFIX. Na figura 42 abaixo, está uma cela deste tipo.
Figura 41 Cela FLUOFIX.
Figura 42 Constituição de uma cela FLUOFIX.
1: Olhais de elevação;
2: Manobra do seccionador de terra;
3: Botoneiras eléctricas (opcional);
4: Encravamento da porta;
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5: Compartimento de cabos;
6: Compartimento de baixa tensão;
7: Indicador mecânico de estado;
8: Abertura da protecção do transformador;
9: Manobra do interruptor seccionador;
10: Sinalizadores de presença de tensão nos cabos;
11: Porta-fusíveis;
12: Porta de acesso ao compartimento de cabos.
Tal como na aparelhagem de corte no ar, estas celas possuem de uma série de
encravamentos funcionais que respondem às recomendações CEI 298 que descrevem da
seguinte forma:
• Só é possível fechar o interruptor se o seccionador de terra estiver aberto e
o painel de acesso colocado no lugar;
• O fecho do seccionador de ligação à terra só é possível se o interruptor
estiver aberto;
• A abertura do painel de acesso ao compartimento dos cabos só é possível
se o seccionador de ligação à terra estiver fechado;
• Com o painel dianteiro retirado, é possível abrir o seccionador de ligação à
terra para realizar o ensaio dos cabos, mas não é possível fechar o
interruptor.
Dos encravamentos funcionais também está previsto que algumas das diferentes funções
se encravarão entre elas mediante fechadura. As celas FLUOFIX dispõem de reforços
estruturais quer nos painéis quer na porta de acesso ao compartimento de cabos que lhes
permite resistir em caso de arco interno. Para além deste reforço, estas celas possuem
dispositivos de escape de sobrepressões de modo a proteger os operadores dos fumos e
gases quentes.
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3.2 Telecontagem
O Sistema de Telecontagem destina-se a Companhias distribuidoras de Energia
Eléctrica, Água e Gás que, ao terem de enfrentar um sector em desregulamentação,
procuram aumentos de competitividade na utilização de novas tecnologias de
informação e electrónica.
Foram iniciados os primeiros trabalhos em 1991 tendo ficado mostrado ser possível
comunicar pela rede de baixa tensão PLC-Power Line Carrier. Em 1998 iniciou-se o
projecto Telecontagem Nacional, que visava desenvolver um sistema de Telecontagem
de Energia Eléctrica para a EDP. Na mesma data foi iniciado um Projecto Mobilizador
PEDIP, que estendeu o conceito de Telegestão de Energia à Água e ao Gás.
A Instalação Piloto de Telegestão de Energia, é a única na Europa a reunir contagem de
Electricidade, Água e Gás no mesmo sistema. O sistema de Telecontagem inovador em
diversas vertentes tecnológicas detém no seu principal activo o conjunto de requisitos
funcionais definidos pelos próprios Operadores Nacionais, incorporando no sistema o
conhecimento de operação e exploração das companhias Portuguesas EDP, EPAL e
GDP.
Visão global sobre Telecontagem na EDP Distribuição
A EDP Distribuição está a estudar a substituição dos actuais contadores de electricidade
por um sistema de telecontagem, trata-se de um investimento na ordem dos 600 milhões
de euros e pretende evitar os atrasos e erros nas estimativas de facturação. No entanto, o
investimento é muito elevado, e só vai avançar se for garantida a sua remuneração
através das tarifas, ou seja, se a ERSE (Entidade Reguladora do Sector Energético)
aceitar que este investimento representa um benefício para o sistema e o qualifique
como custo elegível, permitindo a sua recuperação via proveitos da EDP Distribuição.
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Actualmente as leituras de potência consumida aos contadores de BT são realizadas
pelos leitores da EDP Distribuição aproximadamente de 6 em 6 meses, e a facturação
mensal é baseada em estatísticas.
Já para clientes MT as leituras são realizadas mensalmente, sendo registados os valores
de potência activa, reactiva e respectivo factor de potência do cliente.
Os primeiros contadores de electricidade com telecontagem foram instalados em Lisboa
e no Porto. Com este novo sistema, para além do cliente poder escolher qual a tarifa
mais adequada ao seu caso, pode também consultar no site da EDP o seu consumo de
energia hora a hora. A novidade da solução é, o cliente conhecer o seu perfil de
consumo de energia com discriminação horária através deste site, ter diversa informação
disponível no próprio contador e passar a ser facturado com base em leituras reais
recolhidas remotamente.
Uma das intenções deste projecto é avaliar o grau de adesão dos clientes a esta nova
tecnologia, nomeadamente a forma como aproveitam a informação a que passam a ter
acesso para optimizarem o consumo de energia eléctrica.
Durante os dois dias que estive integrado no Departamento de Manutenção e Contagem,
tive a oportunidade de assistir à instalação de um aparelho de telecontagem num PT
privado, o contador era da marca “ERMET” e foi necessário proceder à substituição das
cartas electrónicas do contador, para posteriormente reprograma-lo para o modo de
telecontagem. Após completa a instalação de hardware, ligou-se para o centro de
telecontagem para dar o número do contador e do cartão SIM, “OPTIMUS”. Tive
também a oportunidade para programar contadores electrónicos da marca “ERMET” e
“ACTARIS”, em instalações de utilização residenciais.
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3.3 Dimensionamento de um apoio de betão
O emprego dos postes de betão, como apoios das redes aéreas isoladas, é hoje em dia a
solução encontrada na grande maioria dos casos, sendo os postes de madeira reservados
para aplicação em locais de difícil acesso, o que os torna preferíveis aos postes de betão,
devido ao seu peso inferior. Há, ainda, a salientar o emprego dos postes de madeira, em
casos em que o aspecto paisagístico é importante, por exemplo, redes em zonas
florestais ou parques naturais. Durante o levantamento da rede IP que alimenta a Penha
verifiquei que os apoios mais próximo do parque da Penha são em madeira, justamente
para enquadramento paisagístico.
Durante os dois dias em que estive integrado no Departamento de Projecto e
Construção, o Engenheiro Carlos Aguiar propôs-me que dimensionasse um apoio de
betão, como forma de exercício e também para comprovar se o apoio em questão se
encontrava correctamente dimensionado.
Em Oliveira Santa Maria, no concelho de Vila Nova de Famalicão irá ser construída
uma urbanização para a qual será necessário instalar um PT do tipo AI de 160 kVA. A
rede de média tensão mais próxima do local encontra-se a 16 metros e será necessário
dimensionar o apoio onde será realizada a derivação da linha MT para alimentar o PT.
Trata-se de um apoio de derivação em alinhamento com as seguintes características
associadas à sua aplicação:
• Altura total do apoio 20, e altura útil 16 metros;
• Comprimento dos vãos: linha principal 103 e 124 metros, linha derivada
16 metros;
• Condutor da linha principal: Al-Aço de secção 50 mm2, com tensão
máxima de serviço de 7 daN/ mm2;
• Condutor da linha derivada: Al-Aço de secção 50 mm2, com tensão
máxima de serviço de 1 daN/ mm2;
• Ângulo da linha derivada, βd=158,7º.
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Admitiu-se, por hipótese simplificativa, que os esforços transmitidos ao apoio estão
todos localizados a 25 cm do topo.
Simbologia para o cálculo da estabilidade dos apoios de betão:
T: Tracção máxima do condutor da linha principal, N;
Td: Tracção máxima do condutor da linha derivada, N;
A: Secção do condutor da linha principal
d: Diâmetro aparente do condutor, mm;
S: Semi-soma dos vãos adjacentes, m:
α: Coeficiente de redução;
c: Coeficiente de forma
q: pressão dinâmica do vento, N/m2.
Nota: Sempre que as grandezas se refiram a linhas derivadas, o seu símbolo será
afectado de um apóstrofo (exemplo: d’ = diâmetro aparente do feixe da linha derivada).
Dados da linha principal:
A=50 mm2 S1=103 metros
d=9 mm S2=124 metros
peso linear = 1,687 N/m
tensão máxima de serviço = 7 daN/mm2
Dados da linha derivada:
A=50 mm2 Sd=16 metros
d=9 mm βd=158,7º
peso linear = 1,687 N/m
tensão máxima de serviço = 1 daN/mm2
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Figura 43 Disposição das linhas MT.
Cálculos:
( ) 2/10 3−×⋅⋅⋅= dqcW α α =0,6 para condutores e cabos de guarda
c = 1,2, porque o condutor tem um diâmetro inferior a 12,5 mm.
q = 750 Pa, pressão até 30 metros acima do solo
( ) mNW /43,22/1097502,16,0 3 =×⋅⋅⋅= −
WWd =
mNlinearpesoW /844,02687,1
2' ===
'' WWd =
( ) ( ) NAtT máx 35005070 =⋅=⋅= ( ) ( ) NAtT máxd 5005010 =⋅=⋅=
Hipótese 1 (vento perpendicular à linha principal)
( )[ ]dddddy senTSWSWF ββ ⋅+⋅⋅+⋅⋅= 2cos3 ( ) ( ) ( )[ ]º7,15850016º7,158cos43,212410343,23 2 senFy ⋅+⋅⋅++⋅⋅=
daNFy 1,230=
ddddddx senSWTF βββ ⋅⋅⋅⋅+⋅⋅= cos3cos3 ( ) ( ) ( )º7,158º7,158cos1643,23º7,158cos5003 senFx ⋅⋅⋅⋅+⋅⋅=
daNFx 7,143=
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( )[ ]ddz SWSSWF ⋅++⋅⋅= '21'3
( )[ ]16844,0124103844,03 ×++×⋅=zF daNFz 5,61=
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Escolha do apoio: h= 20 metros
Hipótese 1 (c/vento) Hipótese 2 (s/vento)
1271522
≤+ svspvs FF
1
6261203≤+ snpn FF
VerificaNão124,1271
1,230522
7,143=+
OK21,0
6264,58
12033,141
=+
Hipótese 1 (c/vento) Hipótese 2 (s/vento)
15201000
≤+ svppvp FF
1
6261203≤+ snpn FF
OK51,0520
7,1431000
1,230=+
OK27,0
6263,141
12034,58
=+
Cavan MP02/1000
(1000/520, c/vento) (1203/626, s/vento)
O apoio deverá então ser orientado segundo a direcção da figura 45.
Figura 44 Orientação do apoio.
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4 Conclusão:
A realização deste estágio foi bastante positiva, pois foi o primeiro contacto que tive
com o mundo profissional e de forma activa, onde pude analisar, julgar, dar pareceres e
intervir em situações reais. O contacto com situações reais e às quais têm de ser dadas
respostas céleres, trabalhar com profissionais qualificados e com vastos conhecimentos
em exploração de redes de distribuição BT/IP e MT, permitiu-me adquirir parte desses
conhecimentos e hábitos de trabalho.
A ligação das várias matérias abordadas ao longo do curso, com a realidade do dia-a-
dia, foi extremamente gratificante pela partilha de conhecimentos, e revelou-me ainda
uma forte motivação e ego profissional para o futuro ingresso no mundo profissional.
Em relação às redes de baixa tensão, e dado que o meu estágio foi mais orientado para a
qualidade de serviço da rede BT, a realização do estágio permitiu-me tomar um contacto
directo com o problema das quedas de tensão ao longo de uma rede. Este factor é de
enorme importância pois o correcto funcionamento dos equipamentos existentes nas
instalações eléctricas de uma habitação depende fortemente da qualidade de serviço.
Dado que cada vez mais hoje em dia os equipamentos são constituídos por dispositivos
electrónicos torna-se ainda mais importante garantir que a tensão de alimentação destes
equipamentos não sofre grandes variações, pois são aparelhos bastante sensíveis às
perturbações da rede.
Em relação à exploração de redes MT, não tive muito contacto com este tipo de redes,
no entanto, tomei conhecimento de algumas medidas adoptadas pela EDP Distribuição
para estas redes, de forma a melhorar a qualidade de serviço, desde a instalação de
aparelhos de seccionamento automático e selectivo, localizados em pontos estratégicos,
até acções de conservação/manutenção dos elementos constituintes da rede. Tive ainda
oportunidade de proceder à instalação de um modem para telecontagem, sendo este o
processo de controlo de energia eléctrica consumida do futuro.
Em resumo, considero que todos os objectivos proposto para este estágio foram
atingidos.
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5 Bibliografia
Regulamentos, Relatórios e Guias Técnicos Normalizados da EDP
Distribuição, Energia – S.A. • Regulamento da Qualidade de Serviço 2006;
• Relatório de Qualidade de Serviço 2006;
• Guia para a Ligação de Clientes de Baixa Tensão, DIT-C14-100\N;
• Caixas de Contagem para Instalação em Clientes Residenciais, DMA-C62-805\N;
• Regras para a Concepção de Condomínios Fechados, DIT-C11-030\N;
• Centralização de Contagens em Edifícios, DIT-C14-140\N;
• Cabos isolados para redes de distribuição de Baixa Tensão, DMA-C33-200\N;
• Cabos em torçada para linha aéreas de Baixa Tensão, DMA-C33-209\N;
• Aparelhagem de Baixa Tensão, DMA-C62-807\N;
• Tarifários 2007;
• Guia do REBATE, DPLan;
• Guia de Manutenção a PT´s.
Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica
em Baixa Tensão;
Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de Transformação e de
Seccionamento;
Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão;
Guia Técnico SOLIDAL;
Catálogo FLUOFIX GC, EFACEC;
Catálogo ACTARIS 5000;
Manual Electrocorder.
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6 ANEXOS
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Anexo – A
“Organigrama do Grupo EDP”
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Anexo – B
“Electrocorder”
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Anexo – C
“Folha de resultados do DPLan”
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Anexo – D
Folha de Excel “Cálculo REBATE”
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Anexo – E
“Orçamento ramal em cabo multifilar LVAV 185mm2”
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Anexo – F
“Orçamento ramal em cabo multifilar LSVAV 95mm2”
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Anexo – G
“Orçamento cabo monopolar LXHIOV 120mm2”
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Anexo – H
Folha de Excel “Estudo Económico BTE”