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ESTGIO SUPERVISIONADO V
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ESTGIO SUPERVISIONADO V
VIVNCIA EM LNGUA PORTUGUESA NO ENSINO
FUNDAMENTAL
MARIA DE FTIMA ALMEIDA
A Disciplina Vivncia em Lngua Portuguesa no Ensino Fundamental pretende visualizar a
linguagem em uso desenvolvendo prticas de leituras e leituras prticas a partir dos diversos gneros
textuais/discursivos para a sala de aula. Prope, como objetivo principal, a iniciao docncia e interveno
escolar no que respeita aplicao de contedos bsicos da Lngua Portuguesa em sala de aula (Leitura,
Produo Textual e Anlise Lingstica). Iremos vivenciar os contedos j vistos na disciplina anterior: Estgio
Supervisionado de Lingustica Aplicada Lngua Portuguesa no Ensino Fundamental que mostrou os
referenciais norteadores da Poltica Educacional do Brasil.
Revisitaremos alguns conceitos importantes para o estudo da Lngua Portuguesa apresentados
pelos Parmetros Curriculares Nacionais-PCN`s que tratam de o que e o como se deve estudar no Ensino
Fundamental. O foco central revela a linguagem como interao verbal e mostra que ler e escrever sempre
foram modalidades que exigem habilidade e competncia dos sujeitos que movimentam a linguagem. A leitura
no neutra, ela um processo de construo de sentido que envolve autor/leitor/texto e diferentes prticas
pedaggicas. Veremos que no lemos apenas livros, mas uma diversidade de gneros que circulam em vrias
esferas do nosso cotidiano. Assim, lemos para nos formar e nos informar, lemos para aprender e por prazer,
at para viajar. Lemos para nos comunicar, falar e escrever melhor.
A nossa metodologia prope a diviso da disciplina em quatro mdulos dispondo o contedo e
atividades que sero executadas pela turma. A primeira unidade versa sobre concepes de linguagem, de
leitura e de gneros no-verbais abordando a aprendizagem significativa em que o sujeito ser capaz de
interpretar, refletir, criar, construir, analisar. Mostraremos que lemos no s para aprender, mas tambm por
prazer. Na segunda unidade enfocaremos o trabalho com o ensino da leitura na sala de aula para aprender,
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usando os gneros lendas, contos e fbulas para estimular a produo escrita e desenvolver a anlise
lingstica tambm atravs dos textos escritos pelos alunos. A terceira unidade ressalta a leitura como
informao e se desenvolve a partir de gneros da prtica cotidiana como enrevista, cartas e bilhetes, receitas
e tem o objetivo de sugerir um plano de aula na perspectiva sociointeracionista de linguagem. A quarta
unidade enfoca o modo de ler como um processo criativo e capaz de formar leitores competentes para ler o
mundo modernizado. Utilizaremos debates, oficinas de leitura e produo textual, livros paradidticos para
incentivar a leitura e elaborao de projetos pedaggicos para escolas do ensino fundamental. Vamos juntos
construindo caminhos que nos conduzam a uma educao melhor, de qualidade e solidria. Mos a obra!
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UNIDADE I
O ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA LUZ DOS PCNS
Abordaremos os principais conceitos e discusses sobre o que dizem os Parmetros Curriculares
Nacionais de Lngua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Recordamos o que sugerem como objetivo e
atividades que capacitem os alunos para atuarem, agirem e compreenderem as modalidades da leitura e da
escrita, enfatizando a anlise lingustica; Para tanto, enfatizamos alguns pontos importantes para que o aluno
seja capaz de:
compreender a cidadania como participao social e poltica, exercendo seus direitos e deveres no mbito social, cooperando e respeitando de forma solidria;
Posicionar-se de maneira crtica, responsvel e construtiva nas diferentes situaes sociais, tomando como base o dilogo como mediador de decises coletivas;
Possuir um conhecimento das caractersticas fundamentais do Brasil nas dimenses sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noo de identidade nacional e pessoal e o
sentimento de pertinncia ao Pas;
Utilizar as diferentes linguagens para se expressar e usufruir, seja em contextos pblicos e privados, visando atender as situaes diversas de comunicao, assim por meio da linguagem verbal,
matemtica, grfica, plstica e corporal, entre outras.
Ter o domnio para utilizar diferentes fontes de informao e recursos tecnolgicos e assim adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolv-los, utilizando para isso o pensamento lgico, a criatividade, a intuio, a capacidade de anlise crtica, selecionando
procedimentos e verificando sua adequao.
A observncia e a utilizao desses objetivos no s ampliam a capacidade de uso da lngua de modo
coerente, mas tambm auxiliam o aluno no processo da leitura e da comunicao oral e escrita.
Conceituando os termos: Linguagem, Gnero, leitura e texto.
Os estudos sobre a linguagem sempre estiveram presentes nas reflexes e questionamentos de
pesquisadores de todas as pocas e de t
profundamente essa temtica. Atualizamos a discusso para recortar a viso que escolhemos para dar suporte
ao nosso estudo.
Bakhtin (1995), um filsofo russo, v a linguagem como forma ou processo de int
concepo, o que o indivduo faz ao usar a lngua no to
ou transmitir informaes a outro, mas sim realizar aes, agir, atuar sobre o interlocutor (ouvinte/leitor), por
meio dela o sujeito que fala, pratica aes. Esse processo denominado de interao verbal na lingstica da
enunciao.
Mas, o que linguagem?
por meio dela, damos forma e compreenso, s experincias cotidianas, reavaliando continuamente os fatores externos, modificand
A capacidade de se comunicar por meio de cdigo de linguagem uma atividade que se faz presente em todas as atividades humanas de comunicao.
o conjunto de cdigos pelo qual nos comunicamos uns com os outros. Acultura de um povo, ela representa um dos mais fortes laos de unio entre os membros de uma
comunidade e tambm representa a perpetuao de nossa histria atravs dos tempos.
papel fundamental da linguagem: constituio de sujeit
- Voc sabia que h diversos tipos de linguagem?
Por exemplo, a linguagem verbal:
O homem utiliza as palavras para o processo de comunicao nas modalidades oral ou escrita. pela
utilizao da linguagem verbal que expomos aos outros as nossas ideia
Link: Para ter maiores informaes sobre os PCNler o material indicado:
PCN Lngua Portuguesa pdf
Conceituando os termos: Linguagem, Gnero, leitura e texto.
Os estudos sobre a linguagem sempre estiveram presentes nas reflexes e questionamentos de
pesquisadores de todas as pocas e de todas as reas do conhecimento que visam compreender
profundamente essa temtica. Atualizamos a discusso para recortar a viso que escolhemos para dar suporte
Bakhtin (1995), um filsofo russo, v a linguagem como forma ou processo de int
concepo, o que o indivduo faz ao usar a lngua no to-somente traduzir e exteriorizar um pensamento,
ou transmitir informaes a outro, mas sim realizar aes, agir, atuar sobre o interlocutor (ouvinte/leitor), por
ue fala, pratica aes. Esse processo denominado de interao verbal na lingstica da
por meio dela, damos forma e compreenso, s experincias cotidianas, reavaliando continuamente
os fatores externos, modificando-os, numa incessante troca com o outro.
A capacidade de se comunicar por meio de cdigo de linguagem uma atividade que se faz presente
em todas as atividades humanas de comunicao.
o conjunto de cdigos pelo qual nos comunicamos uns com os outros. A
cultura de um povo, ela representa um dos mais fortes laos de unio entre os membros de uma
comunidade e tambm representa a perpetuao de nossa histria atravs dos tempos.
papel fundamental da linguagem: constituio de sujeitos.
Voc sabia que h diversos tipos de linguagem?
Por exemplo, a linguagem verbal:
O homem utiliza as palavras para o processo de comunicao nas modalidades oral ou escrita. pela
que expomos aos outros as nossas ideias e pensamentos, por meio da
Link: Para ter maiores informaes sobre os PCNler o material indicado:
PCN Lngua Portuguesa pdf
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Os estudos sobre a linguagem sempre estiveram presentes nas reflexes e questionamentos de
odas as reas do conhecimento que visam compreender
profundamente essa temtica. Atualizamos a discusso para recortar a viso que escolhemos para dar suporte
Bakhtin (1995), um filsofo russo, v a linguagem como forma ou processo de interao. Nessa
somente traduzir e exteriorizar um pensamento,
ou transmitir informaes a outro, mas sim realizar aes, agir, atuar sobre o interlocutor (ouvinte/leitor), por
ue fala, pratica aes. Esse processo denominado de interao verbal na lingstica da
por meio dela, damos forma e compreenso, s experincias cotidianas, reavaliando continuamente
A capacidade de se comunicar por meio de cdigo de linguagem uma atividade que se faz presente
o conjunto de cdigos pelo qual nos comunicamos uns com os outros. A lngua o solo comum da
cultura de um povo, ela representa um dos mais fortes laos de unio entre os membros de uma
comunidade e tambm representa a perpetuao de nossa histria atravs dos tempos.
O homem utiliza as palavras para o processo de comunicao nas modalidades oral ou escrita. pela
s e pensamentos, por meio da
Link: Para ter maiores informaes sobre os PCNs
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diversidade de gneros que circulam nas vrias esferas de nosso cotidiano. Vemos que a linguagem
imprescindvel para nos expressarmos seja pela palavra, seja por outras formas de linguagens.
Na voz do filsofo Bakhtin (1999, p.95):
Na realidade, no so palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou ms, importantes ou triviais, agradveis ou desagradveis, etc. A palavra est sempre carregada de contedo ou de um sentido ideolgico ou vivencial. assim que compreendemos as palavras e somente reagimos quelas que despertam em ns ressonncias ideolgicas ou concernentes vida.
Na voz do poeta Drummond:
Lutar com Palavras a Luta Mais VLutar com Palavras a Luta Mais VLutar com Palavras a Luta Mais VLutar com Palavras a Luta Mais V
Lutar com palavras a luta mais v.
Entanto lutamos mal rompe a manh.
So muitas, eu pouco.
Algumas, to fortes como o javali.
No me julgo louco.
Se o fosse, teria poder de encant-las.
Mas lcido e frio,
apareo e tento apanhar algumas
para meu sustento num dia de vida.
Deixam-se enlaar, tontas carcia e sbito
fogem e no h ameaa e nem h sevcia
que as traga de novo
ao centro da praa.
Carlos Drummond de Andrade, in 'Poesia Completa'
acesso em 2009////10////13 12:00
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Na voz do lingista Geraldi (2006, p. 67):
neste sentido que a linguagem uma atividade constitutiva: pelo processo de
internalizao do que nos era exterior que nos constitumos como os sujeitos que
somos (...) Por isso a lngua no um sistema fechado, pronto, acabado de que
poderamos nos apropriar.
Nessa afirmao, a linguagem passa a ser considerada o lugar de constituio da subjetividade, o
sujeito se constitui e constitudo pela linguagem.
E a linguagem no-verbal?
A comunicao que no feita por signos verbais nem pela escrita realizada pela linguagem no-
verbal. A linguagem no-verbal constituda por smbolos estabelecidos socialmente, gestos, tom de voz,
postura corporal, entre outros aspectos que possam oferecer sentido e significao ao processo de
comunicao estruturado para aquele domnio de linguagem. As artes, as danas, as pinturas e esculturas, os
gestos so exemplos de comunicao sem palavras.
O Abapor de Tarsila de Amaral um exemplo de linguagem no-verbal na pintura.
Ao pensamos no cdigo de trnsito brasileiro e de outros pases ocidentais compreendemos os
sinais de trnsito como uma linguagem universal que pode ser compreendida por qualquer usurio de
qualquer lngua. Um motorista ao conduzir um veculo e visualiza o sinal vermelho, o que ela faz? Pra. A
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linguagem no-verbal revela o contedo significado, mesmo sem nenhum signo verbal a mensagem foi
transmitida porque todos conhecem o cdigo apresentado. A luz vermelha j suficiente para a compreenso
do que se quer dizer.
O semforo nos transmite a ideia de ateno, de acordo com a cor apresentada no semforo,
podemos saber se permitido seguir em frente (verde), se para ter ateno (amarelo) ou se proibido
seguir em frente (vermelho) naquele instante.
Agora vejamos o que ocorre com essa outra imagem!
Descontextualizada, ela pode sugerir vrios sentidos, mas no contexto do futebol o carto vermelho
representa uma falta grave no jogo. Calma, seu juiz! Ou carto vermelho nele.
E a linguagem Verbal e no-verbal?
Essa modalidade nos permite ler o que est dito no texto atravs das palavras e das imagens. Observe
o que assegura Chau ( 1994):
Dizer que somos seres falantes significa dizer que temos e somos linguagem, que ela uma criao humana (uma instituio sociocultural), ao mesmo tempo em que nos cria humanos (seres sociais e culturais). A linguagem nossa via de acesso ao mundo e ao pensamento [...]. Ter experincia da linguagem ter uma experincia espantosa: emitimos e ouvimos sons, escrevemos e lemos letras, mas, sem que saibamos como, experimentamos sentidos, significados, significaes, emoes, desejos, idias.
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A afirmao da autora nos remete ao fato de que uma das diferenas marcantes entre o ser humano e
os outros animais a faculdade da linguagem. A linguagem um sistema de signos que permite construir uma
interpretao da realidade atravs de sons, letras, cores, imagens, gestos etc. Dentre os exemplos de
linguagem, importante destacar as lnguas naturais (portugus, ingls, espanhol, chins etc), que so
sistemas de signos lingusticos. Os signos lingusticos so os elementos de significao nos quais se baseiam as
lnguas. Possuem uma dupla face: 1) a face do significante (o suporte para uma ideia; por exemplo, a
sequncia de sons que se combinam nas palavras) e 2) a face do significado (a prpria ideia ou contedo
intelectual).
A expresso que remete a imagem a seguir designa um pedido ou uma exigncia. Todo o plano do
sentido dessa expresso se articula em sua imagem, som, gesto e letras.
Silncio!
Vejamos, agora, como funciona a linguagem verbal, no-verbal e verbo-visual. J sabemos que a
linguagem no apenas um conjunto de palavras faladas ou escritas. Afinal, no nos comunicamos apenas
pela fala ou escrita, no verdade?
A linguagem pode ser verbalizada, e da vem analogia ao verbo, uma imagem pode representar
uma idia, uma expresso no plano simblico, mas que j significa socialmente e que carrega todo um sentido
social.
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H uma variedade lingstica e de gneros que marcam as diversas situaes humanas em vrios
espaos e tempos. A linguagem est presente em qualquer atividade comunicativa do ser humano. Utilizamos
um cdigo que se estabelece atravs de linguagem, uma representao do homem, pelo homem e para o
homem, a linguagem enquanto interao. Vejamos a interao palavra/imagem no gnero charge:
Charge do autor Tacho exemplo de linguagem verbal (xente, plo norte 2100)
e no-verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).
Linguagem no-verbal permite que visualizemos o uso de imagens, figuras, desenhos, smbolos,
danas, tom de voz, postura corporal, pintura, msica, mmica, escultura e gestos como meio de comunicao.
A linguagem no-verbal pode ser at percebida nos animais, quando um cachorro balana a cauda quer dizer
que est feliz ou coloca a cauda entre as pernas medo, tristeza. Dentro do contexto temos a simbologia que
uma forma de comunicao no-verbal. Exemplos: sinalizao de trnsito, semforo, logotipos, bandeiras, uso
de cores para chamar a ateno ou exprimir uma mensagem. muito interessante observar que para manter
uma comunicao no preciso usar a fala e sim utilizar uma linguagem, seja verbal ou no-verbal.
Observem, tambm, o uso simultneo da linguagem verbo-visual na tirinha, articulando palavras
escritas e imagens ao mesmo tempo como temos no exemplo da tirinha da Turma da Mnica:
O que essa imagem transmite para voc?
RESUMINDO, H VRIOS TIPOS DE LINGUAGEM:
escrita: impresso
verbal: fala, canto
visual: arte, imagens
verbo-visual : propaganda linguagem da publicidade
gestual: expresses faciais, posies do corpo
libras : linguagem dos mudos
O que essa imagem transmite para voc?
RESUMINDO, H VRIOS TIPOS DE LINGUAGEM:
linguagem da publicidade
gestual: expresses faciais, posies do corpo
libras : linguagem dos mudos
PENSE BEM - No s nos comunicamos com linguagem, mas, com ela, fazemos muitas coisas: perguntamos, respondemos, pedimos, pensamos, agimos, criamos. A linguagem nos oferece vrias possibilidades de nos expressarmos e nos mostrarmos no mundo e para o mundo.
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No s nos comunicamos com linguagem, mas, com ela, fazemos muitas coisas: perguntamos, respondemos, pedimos, pensamos, agimos, criamos. A linguagem nos
expressarmos e nos mostrarmos no mundo e
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Espao para Anotaes do aluno:
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O ler e escrever a partir de gneros textuais/discursivos na escola
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O trabalho com linguagem, especialmente coom os gneros, na escola requer outra postura e, com j
vimos, uma prtica pautada em concepes que envolvem conceitos de gneros, de texto, de leitura e
produo. Essa postura exige muita dedicao e boa formao do professor para atuar na sala de aula. Nessa
viso sociointeracionista, ler e escrever tomam novas formas de aprendizagem exigindo dos leitores/escritores
outro modo de ver e lidar com linguagem. O mundo mudou, os meninos e as meninas mudaram, chegou
tambm a tecnologia para auxiliar na educao.
Segundo Bakhtin (1999, p.122), se no existissem os gneros do discurso e se no os dominssemos; se
tivssemos de cri-los pela primeira vez no processo da fala; se tivssemos de construir cada um de nossos
enunciados, a comunicao verbal seria quase impossvel.
Neste sentido, a leitura e a escrita so vistas como um modo de interao, um processo dialgico entre
vrios componentes, professor e alunos, pois quem l e escreve tem um objetivo, um propsito a comunicar
ou expressar. Quem escreve dever responder para que e para quem se escreve e em que condies. Assim, o
sujeito ao escrever enuncia seu pensamento, seu entendimento, com um propsito definido, o de realizar a
comunicao de forma satisfatria. Assim a leitura , pois, um processo de construo do sentido do texto.
importante tambm reconhecermos o significado da escrita, para que possamos utiliz-la de modo
adequado. A escrita, nesta perspectiva dialgica, definida como, um evento comunicativo no qual
convergem aes lingsticas, cognitivas e sociais. (BEUGRANDE, 1997, p.10).
A definio de texto preponderante para a compreenso de uma prtica conjunta e ampla. O texto
compreendido como um todo significativo. O entendimento do texto acontece por meio da atribuio de
sentido entre leitor, texto e autor. No se escreve nem se l uma charge ou propaganda da mesma que se
produz ou se faz a leitura de um conto ou um poema. H textos verbais e no-verbais, textos longos e curtos,
textos em prosa e em verso, h texto para todo gosto, h texto para tudo!
Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, da linguagem oral ou escrita, dizemos que ele est
utilizando uma linguagem verbal, pois o cdigo usado a palavra. Tal cdigo est presente quando falamos
com algum, quando lemos, quando escrevemos. pela palavra falada ou escrita que expomos aos outros
nossas ideias e pensamentos, interagimos por meio desse cdigo verbal imprescindvel em nossas vidas.
Veja como o poema de Vincius de Morais corresponde a um belo exemplo de linguagem verbal,
atravs das palavras.
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Soneto de FidelidadeSoneto de FidelidadeSoneto de FidelidadeSoneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero viv-lo em cada vo momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angstia de quem vive Quem sabe a solido, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que no seja imortal, posto que chama Mas que seja infinito enquanto dure.
O estudo dos gneros, em especial nos ltimos anos, tem crescido e buscado uma compreenso
ampla, tendo em vista a determinao dos PCNs para uma nova prtica metodolgica de trabalho com a
leitura e a escrita na sala de aula. Nessa perspectiva, os (PCNs, 1998, p.21) determinam que:
Todo texto se organiza dentro de determinado gnero em funo das intenes
comunicativas, como parte das condies de produo dos discursos. As quais
geram novos usos sociais que os determinam. Os gneros so, portanto,
determinados historicamente, constituindo formas relativamente estveis de
enunciados, disponveis na cultura.
Nas atividades que abordam os gneros, destacamos a sua importncia para a sala de aula, pois
sugerem novas metodologias a serem discutidas e trabalhadas na escola. Utilizar o novo no pelo simples fato
de ser novo, mas pela necessidade que se impe de uma nova prtica pedaggica para o ensino da leitura e da
escrita em sala de aula. Desse modo, vislumbramos em que est alicerada a demanda social, cultural,
econmica e poltica de nossa sociedade. Assim, consequentemente, a sala de aula, no pode estar alheia s
novas respostas que a sociedade atual busca e questiona para a melhoria da educao.
Como produzir a leitura e a escrita na escola?
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Um primeiro passo proposto pelos PCNs interrogar sobre: O que se ensinar em Lngua Portuguesa?
O que nossos alunos devem falar, ler e escrever?
O processo de ler e de escrever sempre foi o principal desafio de todo professor. Percebe-se que isso
no uma realidade inerente apenas s sries iniciais do ensino fundamental, na aquisio da escrita, mas na
realidade educacional, essa a preocupao principal do educador na sociedade mediatizada. Apesar de o
Estado apresentar uma proposta curricular de mudana e busca de aperfeioamento dos professores, ainda
temos de pensar muito sobre o desenvolvimento do sistema educacional e do aperfeioamento e formao
dos educadores.
Portanto, a linguagem escrita ou falada pode se apresentar de vrias formas, dependendo de seu
objetivo comunicacional. Dominar a linguagem saber us-la de maneira adequada a seus destinatrios,
adapt-la s diferentes situaes, aos diferentes registros de forma coerente com seus objetivos e assunto
tratado. Para Almeida (2004), ler e escrever so processos que se articulam e envolvem autor/leitor na
construo do texto. Saber ler escrever , sobretudo, ler o mundo em suas multifaces. A leitura tem uma
releveante funo social e pode ser apresendada nos diferentes gneros que circulam nas diversas esferas
sociais. Observem, no quadro abaixo, o esquema de como isso poder ocorrer:
FUNO SOCIAL DA LEITURA
(Os Gners na sociedade)
Informao
Artigos cientficos
Editoriais
Notcias
Reportagens
Comunicao e cultura
Artigos diversos
Literatura
Msica/MPB
Contos, Poesias
Orientao
Receita
Manual de instruo
Lazer
Histria em quadrinhos
Gibis
Tirinhas
Humor
Leia o quadrinho a seguir e chame a ateno dos alunos para a apresentao do tema e das linguagens utilizadas. Lembreproposta
Agora com voc
Leia o quadrinho a seguir e chame a ateno dos alunos para a apresentao do tema e das linguagens utilizadas. Lembre-se que a proposta ler para aprender e por prazer.
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Leia o quadrinho a seguir e chame a ateno dos alunos para a se que a
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Proposta de produo textual
O professor de qualquer ciclo do Ensino Fundamental, ao propor a produo escrita de textos ao
escola dever apontar as condies em que esse texto ser produzido. O que significa pensar em: para quem,
para que e qual o veculo ou esfera de circulao desse gnero produzido.
# Participe da enquete:
A enquete um gnero textual que objeti
Participe respondendo:
1 Voc costuma ler apenas o que a escola sugere e exige ou realiza outras leituras que escolhe? Caso faa,
quais so? Por qu?
1 Na sua opinio, que atividades de ensino dev
mais motivam a produo de texto no ensino fundamental?
2 Todos ns temos experincias de leitura. Conforme a sua vivncia, voc tem dificuldades em relao
leitura? Caso tenha, o que sugere para mi
# Voc um leitor proficiente e sabe escrever belas narrativas. Conte de modo breve uma histria que voc
leu ou ouviu e gostou muito em sua infncia.
Proposta de anlise lingustica
# Selecionar alguns dos textos produzid
culta neles existentes.
SUGESTO DE ATIVIDADE:quadrinhos, espalhar entre os alunos num crculo e pedir para que se observe o gnero, sua estrutura, sua funo social, para que e quando so usadas as histrias em quadrinhos, quais as formas de linguagem encontradas no gnero. Aps essa etapa de apresentao e discusso sobre os textos, sugerir a turma que construa uma Histria em quadrinhos sobre um fato do diaem equipe para estimular a interao entre os alunos e as ideias desenvolvidas em sala de aula sobre a linguagem.
O professor de qualquer ciclo do Ensino Fundamental, ao propor a produo escrita de textos ao
escola dever apontar as condies em que esse texto ser produzido. O que significa pensar em: para quem,
para que e qual o veculo ou esfera de circulao desse gnero produzido.
A enquete um gnero textual que objetiva fazer um levantamento de opinies sobre determinado tema.
1 Voc costuma ler apenas o que a escola sugere e exige ou realiza outras leituras que escolhe? Caso faa,
Na sua opinio, que atividades de ensino devem predominar nas aulas de leitura e quais os gneros que
mais motivam a produo de texto no ensino fundamental?
Todos ns temos experincias de leitura. Conforme a sua vivncia, voc tem dificuldades em relao
leitura? Caso tenha, o que sugere para minimiz-las?
# Voc um leitor proficiente e sabe escrever belas narrativas. Conte de modo breve uma histria que voc
leu ou ouviu e gostou muito em sua infncia.
Proposta de anlise lingustica
# Selecionar alguns dos textos produzidos pelos alunos para fazer a correo coletiva dos desvios de norma
SUGESTO DE ATIVIDADE: Trazer para a sala de aula vrias Histrias em quadrinhos, espalhar entre os alunos num crculo e pedir para que se observe o gnero, sua estrutura, sua funo social, para que e quando so usadas as histrias em quadrinhos, quais as formas de linguagem encontradas no gnero. Aps essa etapa de apresentao e discusso sobre os textos, sugerir a turma que construa uma Histria em quadrinhos sobre um fato do dia-a-dia da escola ou da famlia. O trabalho deve ser realizado em equipe para estimular a interao entre os alunos e as ideias desenvolvidas em sala de aula sobre a linguagem.
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O professor de qualquer ciclo do Ensino Fundamental, ao propor a produo escrita de textos ao aluno na
escola dever apontar as condies em que esse texto ser produzido. O que significa pensar em: para quem,
va fazer um levantamento de opinies sobre determinado tema.
1 Voc costuma ler apenas o que a escola sugere e exige ou realiza outras leituras que escolhe? Caso faa,
em predominar nas aulas de leitura e quais os gneros que
Todos ns temos experincias de leitura. Conforme a sua vivncia, voc tem dificuldades em relao
# Voc um leitor proficiente e sabe escrever belas narrativas. Conte de modo breve uma histria que voc
os pelos alunos para fazer a correo coletiva dos desvios de norma
Trazer para a sala de aula vrias Histrias em quadrinhos, espalhar entre os alunos num crculo e pedir para que se observe o gnero, sua estrutura, sua funo social, para que e quando so usadas as histrias em quadrinhos, quais as formas de linguagem encontradas no gnero. Aps essa etapa de apresentao e discusso sobre os textos, sugerir a turma que construa uma Histria em quadrinhos sobre
dia da escola ou da famlia. O trabalho deve ser realizado em equipe para estimular a interao entre os alunos e as ideias
A VIVNCIA DA LNGUA PORTUGUESA NO ENSINO
Traremos do processo de produo da escrita ou modos de elaborao de texto que exige ateno,
boas leituras e bastante exerccio de leitura e de escrita. Apresentaremos alguns conceitos, sugestes de
atividades de leitura e de escrita e mais alguma leituras complementares e gneros que estimulem o processo
de produo na sala de aula.
A experincia com a escrita na escola
Podemos, a priori, tomar a escrita como resultado de uma ao fsica que implicar um traar de
signos manualmente ou mecanicamente, ao pensarmos na mquina de escrever e no computador. Porm, no
podemos deixar de compreender que a escrita pode ser significativa de um conjunto de valores que
influenciam no s o contedo, como tambm a forma esttica daquilo que foi escrito o que a aproxima da
noo de estilo. Segundo Roland Barthes ( 1953), este
dimenso vertical e solitria do pensamento .
UNIDADE II
A VIVNCIA DA LNGUA PORTUGUESA NO ENSINO
FUNDAMENTAL
Traremos do processo de produo da escrita ou modos de elaborao de texto que exige ateno,
boas leituras e bastante exerccio de leitura e de escrita. Apresentaremos alguns conceitos, sugestes de
atividades de leitura e de escrita e mais alguma leituras complementares e gneros que estimulem o processo
ia com a escrita na escola
Podemos, a priori, tomar a escrita como resultado de uma ao fsica que implicar um traar de
signos manualmente ou mecanicamente, ao pensarmos na mquina de escrever e no computador. Porm, no
r que a escrita pode ser significativa de um conjunto de valores que
influenciam no s o contedo, como tambm a forma esttica daquilo que foi escrito o que a aproxima da
. Segundo Roland Barthes ( 1953), este estilo fruto de um impulso,
dimenso vertical e solitria do pensamento .
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A VIVNCIA DA LNGUA PORTUGUESA NO ENSINO
Traremos do processo de produo da escrita ou modos de elaborao de texto que exige ateno,
boas leituras e bastante exerccio de leitura e de escrita. Apresentaremos alguns conceitos, sugestes de
atividades de leitura e de escrita e mais alguma leituras complementares e gneros que estimulem o processo
Podemos, a priori, tomar a escrita como resultado de uma ao fsica que implicar um traar de
signos manualmente ou mecanicamente, ao pensarmos na mquina de escrever e no computador. Porm, no
r que a escrita pode ser significativa de um conjunto de valores que
influenciam no s o contedo, como tambm a forma esttica daquilo que foi escrito o que a aproxima da
fruto de um impulso, [] como uma
Neste momento, temos que retomar nossa discusso sobre a importncia da leitura e sua relao
com a escrita. Para tanto, torna-se relevante seguirmos duas perspectivas: a leitura como fonte
que diramos O que escrever? e tambm, como matriz de como escrever?. A partir desta relao
estabelecida entre leitura e escrita; surgem outras questes que remetem aos aspectos j apontados. At que
ponto a leitura interfere ou influencia
No basta saber falar e escrever, necessrio dominar a linguagem para participar da vida social.
Atravs da linguagem, as pessoas se comunicam, trocam opinio, tm acesso a informaes e se colocam
como sujeitos pensantes e ativos em seu meio. Formar cidados ativos, reflexivos e crticos uma postura do
ensino fundamental que engloba toda a realidade scio
Entende-se por escritor todo aquele capaz de escrever
dessa forma, qualquer aluno podera ser um escritor. E nessa perspectiva que o professor de Lngua
Portuguesa deve encarar o processo de produo textual na escola com seus alunos. Das aulas de produo
textual devem sair escritores, capazes de escrever de forma coerente, objetiva e que se adeque ao fim para o
qual foi produzido.
H uma gramtica da fala e para termos acesso a ela necessrio respeitar a fala dos alunos,
respeitar a variedade lingstica e sem
registro ou reforo da fala. Mostrar que a escrita uma forma de expresso verbal bem mais exigente e ligada
aos parmetros normativos de nossa lngua materna. Ler e escrever so ativ
exercitadas continuamente, pois so processos articulados e interdependentes. O processo de construo de
texto envolve os componentes: para quem se escreve, para que e em que condies se escreve.
O ensino tradicional da lngua materna pode ser caracterizado por seu aspecto predominantemente
normativo e conceitual. Uma ateno privilegiada e discriminadora ortografia, produo e sintaxe. No
referente noo de texto usual que as escolas articu
uma forma que, apenas so abordados os aspectos ortogrficos, sintticos e morfolgicos, desconsiderando
suas especificidades e intenes. No ambiente escolar, o texto abordado como um produto, ignoran
assim, a dinamicidade de seu processo de significao, que inclui a considerao de estruturas, de
conhecimentos prvios partilhados, de mltiplos recursos semiticos, como a imagem e, ainda, as condies
Realizar atividades de leitura e escrita em sala, em que os alunos possam vivenciar esses processos, elaborando idias e refletido sobre suas prtica cotidianas.
Agora com voc
Neste momento, temos que retomar nossa discusso sobre a importncia da leitura e sua relao
se relevante seguirmos duas perspectivas: a leitura como fonte
que diramos O que escrever? e tambm, como matriz de como escrever?. A partir desta relao
estabelecida entre leitura e escrita; surgem outras questes que remetem aos aspectos j apontados. At que
ponto a leitura interfere ou influencia na correo gramatical, na dita boa escrita?
No basta saber falar e escrever, necessrio dominar a linguagem para participar da vida social.
Atravs da linguagem, as pessoas se comunicam, trocam opinio, tm acesso a informaes e se colocam
ujeitos pensantes e ativos em seu meio. Formar cidados ativos, reflexivos e crticos uma postura do
ensino fundamental que engloba toda a realidade scio-histrica e a realidade dos prprios alunos.
se por escritor todo aquele capaz de escrever um texto adequado a determinado propsito,
dessa forma, qualquer aluno podera ser um escritor. E nessa perspectiva que o professor de Lngua
Portuguesa deve encarar o processo de produo textual na escola com seus alunos. Das aulas de produo
devem sair escritores, capazes de escrever de forma coerente, objetiva e que se adeque ao fim para o
H uma gramtica da fala e para termos acesso a ela necessrio respeitar a fala dos alunos,
respeitar a variedade lingstica e sempre orientar os alunos a utilizarem a linguagem escrita como apoio para
registro ou reforo da fala. Mostrar que a escrita uma forma de expresso verbal bem mais exigente e ligada
aos parmetros normativos de nossa lngua materna. Ler e escrever so ativ
exercitadas continuamente, pois so processos articulados e interdependentes. O processo de construo de
texto envolve os componentes: para quem se escreve, para que e em que condies se escreve.
ensino tradicional da lngua materna pode ser caracterizado por seu aspecto predominantemente
normativo e conceitual. Uma ateno privilegiada e discriminadora ortografia, produo e sintaxe. No
referente noo de texto usual que as escolas articulam, percebemos o trabalho com a leitura/escrita de
uma forma que, apenas so abordados os aspectos ortogrficos, sintticos e morfolgicos, desconsiderando
suas especificidades e intenes. No ambiente escolar, o texto abordado como um produto, ignoran
assim, a dinamicidade de seu processo de significao, que inclui a considerao de estruturas, de
conhecimentos prvios partilhados, de mltiplos recursos semiticos, como a imagem e, ainda, as condies
Realizar atividades de leitura e escrita em sala, em que os alunos possam vivenciar esses processos, elaborando idias e refletido sobre suas prtica
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Neste momento, temos que retomar nossa discusso sobre a importncia da leitura e sua relao
se relevante seguirmos duas perspectivas: a leitura como fonte geradora do
que diramos O que escrever? e tambm, como matriz de como escrever?. A partir desta relao
estabelecida entre leitura e escrita; surgem outras questes que remetem aos aspectos j apontados. At que
No basta saber falar e escrever, necessrio dominar a linguagem para participar da vida social.
Atravs da linguagem, as pessoas se comunicam, trocam opinio, tm acesso a informaes e se colocam
ujeitos pensantes e ativos em seu meio. Formar cidados ativos, reflexivos e crticos uma postura do
histrica e a realidade dos prprios alunos.
um texto adequado a determinado propsito,
dessa forma, qualquer aluno podera ser um escritor. E nessa perspectiva que o professor de Lngua
Portuguesa deve encarar o processo de produo textual na escola com seus alunos. Das aulas de produo
devem sair escritores, capazes de escrever de forma coerente, objetiva e que se adeque ao fim para o
H uma gramtica da fala e para termos acesso a ela necessrio respeitar a fala dos alunos,
pre orientar os alunos a utilizarem a linguagem escrita como apoio para
registro ou reforo da fala. Mostrar que a escrita uma forma de expresso verbal bem mais exigente e ligada
aos parmetros normativos de nossa lngua materna. Ler e escrever so atividades que precisam ser
exercitadas continuamente, pois so processos articulados e interdependentes. O processo de construo de
texto envolve os componentes: para quem se escreve, para que e em que condies se escreve.
ensino tradicional da lngua materna pode ser caracterizado por seu aspecto predominantemente
normativo e conceitual. Uma ateno privilegiada e discriminadora ortografia, produo e sintaxe. No
lam, percebemos o trabalho com a leitura/escrita de
uma forma que, apenas so abordados os aspectos ortogrficos, sintticos e morfolgicos, desconsiderando
suas especificidades e intenes. No ambiente escolar, o texto abordado como um produto, ignorando-se,
assim, a dinamicidade de seu processo de significao, que inclui a considerao de estruturas, de
conhecimentos prvios partilhados, de mltiplos recursos semiticos, como a imagem e, ainda, as condies
Realizar atividades de leitura e escrita em sala, em que os alunos possam vivenciar esses processos, elaborando idias e refletido sobre suas prtica
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de produo: o contexto, os sujeitos envolvidos nessa ao de linguagem, as intenes comunicativas e o meio
de circulao do texto elaborado. So produzidos textos artificiais, padronizados, mal sequenciados e fora de
seu contexto de produo.
Eis aqui um bom exemplo de produo textual descontextualizada.
No perodo da volta s aulas, o professor, geralmente, sugere aos alunos uma redao sobre
as frias. Os alunos ficam sem noo do que iro escrever. Para alguns as frias so timas, mesmo
assim se torna uma atividade montona e sem objetivo. A escola certamente reconhece e explica sua
ao, atravs da justificativa de que os textos narrativos so mais fceis que os expositivos, por
refletirem uma realidade mais simples e imediata, mas no pensam sobre a contextualizao dessa
atividade, como levar o aluno a compreender a inteno dele mesmo diante de sua produo.
Produo textual nos PCN`s
Os Parmetros Curriculares Nacionais trazem uma proposta de atividade pautada nos gneros
textuais/discursivo para motivar o aluno a manter contato com os mais diversos textos, tornando-o capaz de
se posicionar scio-historicamente e de produzir textos coerentes e com objetivos.
Segundo os PCN de Lngua Portuguesa ( 1997, p. 21):
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a escola deve viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente,
ensinar a produzi-los e a interpret-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com os
quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim, na
consegue manejar, pois no h um trabalho planejado com essa finalidade. Um exemplo: nas
aulas de Lngua Portuguesa, no se ensina a trabalhar com textos expositivos como os das
reas de Histria, Geografia e Cincias Naturais; e nessas aulas tambm no, pois considera-
se que trabalhar com textos uma atividade especfica da rea de Lngua Portuguesa. Em
conseqncia, o aluno no se torna capaz de utilizar textos cuja finalidade seja compreender
um conceito, apresentar uma informao nova, descrever um problema, comparar
diferentes pontos de vista, argumentar a favor ou contra uma determinada hiptese ou
teoria. E essa capacidade, que permite o acesso informao escrita com autonomia,
condio para o bom aprendizado, pois dela depende a possibilidade de aprender os
diferentes contedos. Por isso, todas as disciplinas tm a responsabilidade de ensinar a
utilizar os textos de que fazem uso, mas a de Lngua Portuguesa que deve tomar para si o
papel de faz-lo de modo mais sistemtico.
O trabalha com a escrita na escola tornou-se algo muito artificial, criaram receitas de como bem
escrever. Isso levou nosso sistema de educao a desenvolver mtodos de trabalho com a escrita que
simplesmente fracassaram, demonstrando a falta de habilidade e competncia de nossos alunos para
escrever, para se expressar atravs da escrita. Ainda que apenas com canetas, papel e principalmente ideias,
possvel extrapolarmos as paredes da sala de aula ou os muros da escola, produzindo textos coerentes e
desenvolvendo as competncias e habilidades de lngua materna.
Faz-se necessrio que num primeiro momento, o professor chame a ateno do aluno para a
importncia da escrita e onde ela utilizada na sociedade, para ento, atravs das prticas da leitura e
produo, podermos inserir o aluno no seu universo, trabalhando a escrita em suas diferentes funes.
Esse trabalho implica a tarefa no somente de levar para reflexo em sala de aula textos de
diferentes gneros (informativos, ldicos, literrios...), mas principalmente, encaminhar a produo dentro de
parmetros que estabeleam a funo social da escrita.
O trabalho de produo que deve ser realizado na escola no pode, de forma alguma, apresentar-se
descontextualizado, como se estivesse num mundo a parte da vida real dos educandos. Esses no iro
conhecer os gneros, mas iro perceber a funo social desses gneros que eles j matm contato em sua
vivncia diria.
A seguir, apresentamos um quadro com alguns gneros que podem ser trabalhados no Ensino
Fundamental e revelam a funo social da escrita:
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Algumas habilidades e competncias de letramento no processo de ensino-aprendizagem no ensino
fundamental recebem tratamento especial, mais enftico e mais constante, dessa forma, podem auxiliar no
desenvolvimento das habilidades e competncias com a Lngua Materna:
Modos de falar: a transio da lngua oral para a lngua escrita (regras fonolgicas variveis, marcadores discursivos, elementos diticos etc.);
Modos de ler: a leitura de textos contnuos ou no, com compreenso de informaes implcitas, processos de inferncia, distino entre fatos e opinies etc;
Modos de escrever: a produo de textos sociais de diferentes gneros com os quais os alunos tenham ou venham a ganhar familiaridade. Nesse momento, especificamente, o educador deve orientar os alunos a perceberem o quo importante so os gneros, como so articulados na sociedade, qual a funo social dos textos que eles mantm contato ou que possam vir a produzir.
Kleiman (2002), dentre outros autores, afirma que, principalmente a partir da proposta de
documentos oficiais como os Parmetros Curriculares Nacionais de fundamentar o trabalho com o texto
nessa perspectiva, colocando o gnero explicitamente como objeto de ensino. Observa-se uma preocupao
crescente em apresentar aos alunos diferentes gneros, o que fica bastante evidenciado nos manuais didticos
que trazem um universo de gneros para serem apresentados e trabalhados com os alunos. Nos Parmetros
Curriculares para terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental/lngua portuguesa, a relevncia da noo de
gnero no ensino de leitura um dos pontos mais enfocados.
Bakhtin (1997) traz a concepo de que os textos organizam-se sempre dentro de certas restries
de natureza temtica, composicional e estilstica, que os caracterizam como pertencentes a este ou aquele
gnero. Desse modo, a noo de gnero, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino,
trabalhando conceitos, funo social e estrutura composicional de cada grupo de texto que constitui um
gnero.
Embora esses referenciais nacionais de
desencadeado um maior interesse pelo trabalho com os gneros textuais, no se pode perder de vista que a
simples exposio a gneros variados no implica necessariamente uma mudana significativa na prtica
pedaggica da leitura. Nesse sentido, preciso investigar como os avanos tericos em relao noo de
gnero tm-se traduzido na prtica da escola, ou seja, como os gneros esto sendo efetivamente abordados
nas aulas de leitura e produo.
Conforme Bakhtin, haver tantos gneros de discurso quanto houver atividades humanas. Portanto,
temos que nos direcionar as atividades humanas e sua relao com os gneros textuais. Qual a funo social
do gnero, como e para que est sendo empregado numa esfera espec
Afirma ainda Bakhtin (1997, p.284):
Uma dada funo (cientfica, tcnica, ideolgica, oficial, cotidiana) e dadas condies, especficas para cada uma das esferas da comunicao verbal, geram um dado gnero, ou seja, um dado tipo de ecomposicional e estilstico.
Distancia-se desta concepo de texto a definio de produto acabado, fechado em si mesmo. Para
Bakhtin ( 1997) o enunciado um elo na cadeia da comunicao verbal e
questo do dialogismo, exatamente, por seu carter responsivo ativo, o enunciado est ligado no s aos elos
anteriores como aos que lhe sucedem nessa cadeia de comunicao.
O dialogismo, na acepo bakhtiniana, opera emna interao entre autor e leitor ou entre diferentes leitores; seja nas relaes do texto com outros discursos e textos e do texto com o contexto, pois h um vnculo indissolvel entre linguagem e vios textos se constroem dialogicamente.
A produo e a interpretao de textos dependem desse dilogo constante entre fatores textuais e contextuais, em que cada palavra resultado das trocas sociais por membros de grupos determinadhistoricamente. Portanto, os gneros, embora marcados pela regularidade, so mutveis por natureza e sujeitos a transmutao. Apreciem essas imagens e exercitem mais um gnero muito produtivo e motivador para leitura, discusso e produo textual
A leitura informativa aquela que alm de nos deixar a par dos acontecimentos cientficos ou no,
tambm nos conduz aos debates e a discusses interessantes sobre temas polmicos, sugestivos e atuais
LER PARA SE INFORMAR
trabalhando conceitos, funo social e estrutura composicional de cada grupo de texto que constitui um
Embora esses referenciais nacionais de ensino de lngua materna tenham, com certeza,
desencadeado um maior interesse pelo trabalho com os gneros textuais, no se pode perder de vista que a
simples exposio a gneros variados no implica necessariamente uma mudana significativa na prtica
daggica da leitura. Nesse sentido, preciso investigar como os avanos tericos em relao noo de
se traduzido na prtica da escola, ou seja, como os gneros esto sendo efetivamente abordados
htin, haver tantos gneros de discurso quanto houver atividades humanas. Portanto,
temos que nos direcionar as atividades humanas e sua relao com os gneros textuais. Qual a funo social
do gnero, como e para que est sendo empregado numa esfera especfica da sociedade?
Afirma ainda Bakhtin (1997, p.284):
Uma dada funo (cientfica, tcnica, ideolgica, oficial, cotidiana) e dadas condies, especficas para cada uma das esferas da comunicao verbal, geram um dado gnero, ou seja, um dado tipo de enunciado, relativamente estvel do ponto de vista temtico, composicional e estilstico.
se desta concepo de texto a definio de produto acabado, fechado em si mesmo. Para
Bakhtin ( 1997) o enunciado um elo na cadeia da comunicao verbal e, portanto no pode ser separado da
questo do dialogismo, exatamente, por seu carter responsivo ativo, o enunciado est ligado no s aos elos
anteriores como aos que lhe sucedem nessa cadeia de comunicao.
O dialogismo, na acepo bakhtiniana, opera em vrios nveis: nas relaes entre interlocutores, seja na interao entre autor e leitor ou entre diferentes leitores; seja nas relaes do texto com outros discursos e textos e do texto com o contexto, pois h um vnculo indissolvel entre linguagem e vios textos se constroem dialogicamente.
A produo e a interpretao de textos dependem desse dilogo constante entre fatores textuais e contextuais, em que cada palavra resultado das trocas sociais por membros de grupos determinadhistoricamente. Portanto, os gneros, embora marcados pela regularidade, so mutveis por natureza e sujeitos a transmutao. Apreciem essas imagens e exercitem mais um gnero muito produtivo e motivador para leitura, discusso e produo textual.
A leitura informativa aquela que alm de nos deixar a par dos acontecimentos cientficos ou no,
tambm nos conduz aos debates e a discusses interessantes sobre temas polmicos, sugestivos e atuais
LER PARA SE INFORMAR
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trabalhando conceitos, funo social e estrutura composicional de cada grupo de texto que constitui um
ensino de lngua materna tenham, com certeza,
desencadeado um maior interesse pelo trabalho com os gneros textuais, no se pode perder de vista que a
simples exposio a gneros variados no implica necessariamente uma mudana significativa na prtica
daggica da leitura. Nesse sentido, preciso investigar como os avanos tericos em relao noo de
se traduzido na prtica da escola, ou seja, como os gneros esto sendo efetivamente abordados
htin, haver tantos gneros de discurso quanto houver atividades humanas. Portanto,
temos que nos direcionar as atividades humanas e sua relao com os gneros textuais. Qual a funo social
fica da sociedade?
Uma dada funo (cientfica, tcnica, ideolgica, oficial, cotidiana) e dadas condies, especficas para cada uma das esferas da comunicao verbal, geram um dado gnero, ou
nunciado, relativamente estvel do ponto de vista temtico,
se desta concepo de texto a definio de produto acabado, fechado em si mesmo. Para
, portanto no pode ser separado da
questo do dialogismo, exatamente, por seu carter responsivo ativo, o enunciado est ligado no s aos elos
vrios nveis: nas relaes entre interlocutores, seja na interao entre autor e leitor ou entre diferentes leitores; seja nas relaes do texto com outros discursos e textos e do texto com o contexto, pois h um vnculo indissolvel entre linguagem e vida. Em outras palavras,
A produo e a interpretao de textos dependem desse dilogo constante entre fatores textuais e contextuais, em que cada palavra resultado das trocas sociais por membros de grupos determinados scio-historicamente. Portanto, os gneros, embora marcados pela regularidade, so mutveis por natureza e sujeitos a transmutao. Apreciem essas imagens e exercitem mais um gnero muito produtivo e motivador
A leitura informativa aquela que alm de nos deixar a par dos acontecimentos cientficos ou no,
tambm nos conduz aos debates e a discusses interessantes sobre temas polmicos, sugestivos e atuais
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como esse apresentado nos textos que iremos ler. Trata-se do gnero reportagem e reporta-se a assuntos que
merecem destaque em nossos estudos.
Vista Area do Farol do Cabo Branco. Foto: Secretaria de Turismo da Paraba.
O Farol localiza-se no topo de uma falsia no Cabo Branco, aproximadamente 4 km ao sul de
Tamba. A caminhada pela praia tranquila, mas a subida da falsia ngreme.
Todos os passeios para o litoral sul incluem uma parada para fotos no Farol.
O farol tem um mirante com uma vista do mar (Joo Pessoa fica encoberta pelas rvores vizinhas),
tradicional ponto de fotografias. Em vista do seu potencial turstico, o Farol tratado com certo descaso pelo
Governo.
No h no local guias que expliquem a Histria do Farol. Ao redor do farol, h algumas lojinhas
vendendo artesanato, lanches, lembranas e cartes postais; costumava haver um restaurante de maior porte
com um pequeno bosque, mas encontra-se fechado (meados de 2008).
No h atividade comercial ou cultural que seja relacionada privilegiada posio geogrfica do
Cabo. Esse descaso, contudo, amplamente superado pelo que se observa na vizinha Ponta Seixas.
S.O.S falsia do Cabo Branco 18 de abril de 2009
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A falsia do Cabo Branco fica no extremo leste de Joo Pessoa, sendo um dos mais belos cartes postais da cidade, a
despeito de seu avanado processo de degradao. Confundida com a Praia da Ponta do Seixas tem, na sua parte superior, o
Farol do Cabo Branco. Ao fundo, est a Estao Cincia, que foi estruturada para ser mais um espao para a cultura e a arte.
Todavia, a falsia do Cabo Branco est sendo destruda pelo avano do mar na sua barreira, que nos ltimos anos aumentou
muito devido ao aquecimento global. Comunidades cientficas e polticas tm discutido sobre o que se deve fazer para a
preservao (proteo) desse ambiente.
O lugar um dos mais visitados por turistas e pelos prprios pessoenses que desejam ter uma viso privilegiada do mar e
do nascer do sol, pois a cidade de Joo Pessoa foi presenteada com o reconhecimento singular de ser o ponto mais oriental
das Amricas.
A demora com que as aes para a preservao da falsia sejam factveis e sentidas pelas pessoas que conhecem a
urgncia do Projeto de Engenharia Ocenica, anunciado pela Prefeitura de Joo Pessoa e noticiado pela imprensa Paraibana,
preocupa. Estudos esto sendo feitos atravs da SEMAN Secretaria do Meio Ambiente para a possibilidade de se construir
arrecifes artificiais que protejam as barreiras da falsia, atravs do impedimento das correntes martimas das mars altas.
Espero que esse Projeto ache coraes e mentes capazes de faz-lo acontecer, e que no sejam motivados apenas por
questes polticas, ou interesses particulares. Preservar a falsia do Cabo Branco tarefa das mais urgentes e necessrias,
pois alm de influenciar diretamente o turismo paraibano, mais que isso, tem a ver com a geografia da cidade, com a sua
histria e que no final de tudo tem a ver com a histria do prprio pas.
Portanto, espero que o Prefeito Ricardo Coutinho consiga o feito de realizar as obras de um projeto eficiente que garanta a
preservao da falsia. Lembro ter lido no site da Prefeitura de Joo Pessoa (17/06/2005) anncio da criao, por parte do
Prefeito, do Parque do Cabo Branco. Este projeto foi definido como um plano de ocupao do solo para as reas prximas
ao Altiplano Cabo Branco. Essa rea ficou definida como de preservao natural, cabendo a obrigatoriedade da
contrapartida financeira aos novos empreendimentos particulares instalados no local. As palavras do Prefeito foram:
Estamos recuperando o atraso de anos... Do jeito que estava no servia a ningum. Essa rea vem sofrendo, ao longo dos
anos, um processo avanado de degradao. Os resqucios da nossa mata estavam sendo assassinados permanentemente. A
cidade voltou a ser planejada. Daqui para frente, vai haver uma convergncia entre a ocupao da rea e a preservao
ambiental. Ou se converge para esse ponto, ou no se avana. Esse o caminho desse governo. Esse parque ser uma
referncia nacional. Vamos modificar o perfil turstico da cidade.
Que eu e voc alcancemos a concretizao desse sonho: de termos um parque que seja referncia nacional. Estamos
aguardando..... e torcendo.
http://www.paraibavip.com.br/turismo, acesso em 30 de Outubro de 2009.
ATIVIDADES: MOVIMENTOS INTERATIVOS NA SALA DE AULA
Como toda fala supe algum que esteja ouvindo, durante o debate instigado pelo educador sobre as
reportagens vistas e lidas, pode-se preparar os alunos para a troca de opin
apresentar e defender pontos de vista, argumentar e contra
retomam temas atuais e que esto inseridos na realidade dos alunos, podem ser realizadas diversas
atividades:
- Discutir com a classe um tema polmico que esteja inserido na realidade social dos mesmos, dando
oportunidade e abertura para que os alunos se coloquem enquanto sujeitos ativos. Aps essa etapa, pode
exigir a produo de um texto escrito, no qual o aluno poder exp
-Jornalismo ao vivo, em bom portugus:
- Sugerir uma apresentao entre duas turmas do fundamental II sobre o tema j discutido;
- Estabelecer regras formais de oralidade para a apresentao, trabalhando as normas da ln
a variante da linguagem informal tpica da oralidade.
direito dos alunos no gostar da escolha de leitura apresentada pelo professor, j que algo imposto,
ser naturalmente rejeitado. Principalmente quando os alunos se deparam com textos
com os quais no tm nenhum repertrio e quando se trata de um gnero totalmente desconhecido, sem
familiaridade com suas atividades. Portanto, a forma como o professor apresenta o livro ao aluno, a maneira
como o professor media o primeiro contato entre aluno e texto, podem estabelecer o sucesso dessa relao.
SUGESTO DE ATIVIDADE:
- Identificar as opinies sugeridas pelo gnero reportagem;
- Ampliar a compreenso dos leitores sobre um determinado assunto.
- Provocar Polmica: um bom jeito de ensinar os alunos a argumentar
SUGESTO DE LEITURA:
- DUAS VEZES NO SE FAZ
Um Filme poema sobre a Ponta do Cabo Branco, extremo oriental das Amricas, mostrando sua lenta degradao pelas correntes martimas e o fluxo das mars, acentuando nas ltimas dcadas pela interveno humana. Um grito de alerta para a preservao de um dos mais importantes monumentos naturais do Brasil.
DIREO E ROTEIRO: MARCUS VILAR
ATIVIDADES: MOVIMENTOS INTERATIVOS NA SALA DE AULA
Como toda fala supe algum que esteja ouvindo, durante o debate instigado pelo educador sobre as
se preparar os alunos para a troca de opinies, em que eles podero
apresentar e defender pontos de vista, argumentar e contra-argumentar. Diante de textos jornalsticos que
retomam temas atuais e que esto inseridos na realidade dos alunos, podem ser realizadas diversas
a classe um tema polmico que esteja inserido na realidade social dos mesmos, dando
oportunidade e abertura para que os alunos se coloquem enquanto sujeitos ativos. Aps essa etapa, pode
exigir a produo de um texto escrito, no qual o aluno poder expor sua opinio e seus argumentos;
Jornalismo ao vivo, em bom portugus:
Sugerir uma apresentao entre duas turmas do fundamental II sobre o tema j discutido;
Estabelecer regras formais de oralidade para a apresentao, trabalhando as normas da ln
a variante da linguagem informal tpica da oralidade.
direito dos alunos no gostar da escolha de leitura apresentada pelo professor, j que algo imposto,
ser naturalmente rejeitado. Principalmente quando os alunos se deparam com textos
com os quais no tm nenhum repertrio e quando se trata de um gnero totalmente desconhecido, sem
familiaridade com suas atividades. Portanto, a forma como o professor apresenta o livro ao aluno, a maneira
eiro contato entre aluno e texto, podem estabelecer o sucesso dessa relao.
SUGESTO DE ATIVIDADE:
Identificar as opinies sugeridas pelo gnero reportagem;
Ampliar a compreenso dos leitores sobre um determinado assunto.
Provocar Polmica: um bom jeito de ensinar os alunos a argumentar
SUGESTO DE LEITURA:
DUAS VEZES NO SE FAZ. Documentrio, 12 minutos, DV 2008
Um Filme poema sobre a Ponta do Cabo Branco, extremo oriental das Amricas, mostrando sua lenta degradao pelas correntes martimas e o fluxo das mars, acentuando nas ltimas dcadas pela interveno humana. Um grito de alerta para a preservao de um dos mais importantes monumentos naturais do Brasil.
DIREO E ROTEIRO: MARCUS VILAR - PRODUO: DURVAL LEAL FILHO.
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Como toda fala supe algum que esteja ouvindo, durante o debate instigado pelo educador sobre as
ies, em que eles podero
argumentar. Diante de textos jornalsticos que
retomam temas atuais e que esto inseridos na realidade dos alunos, podem ser realizadas diversas
a classe um tema polmico que esteja inserido na realidade social dos mesmos, dando
oportunidade e abertura para que os alunos se coloquem enquanto sujeitos ativos. Aps essa etapa, pode-se
or sua opinio e seus argumentos;
Sugerir uma apresentao entre duas turmas do fundamental II sobre o tema j discutido;
Estabelecer regras formais de oralidade para a apresentao, trabalhando as normas da lngua padro e
direito dos alunos no gostar da escolha de leitura apresentada pelo professor, j que algo imposto,
ser naturalmente rejeitado. Principalmente quando os alunos se deparam com textos que tratam de temas
com os quais no tm nenhum repertrio e quando se trata de um gnero totalmente desconhecido, sem
familiaridade com suas atividades. Portanto, a forma como o professor apresenta o livro ao aluno, a maneira
eiro contato entre aluno e texto, podem estabelecer o sucesso dessa relao.
Identificar as opinies sugeridas pelo gnero reportagem;
Ampliar a compreenso dos leitores sobre um determinado assunto.
Provocar Polmica: um bom jeito de ensinar os alunos a argumentar
2008
Um Filme poema sobre a Ponta do Cabo Branco, extremo oriental das Amricas, mostrando sua lenta degradao pelas correntes martimas e o fluxo das mars, acentuando nas ltimas dcadas pela interveno humana. Um grito de alerta para a preservao de um dos mais importantes monumentos naturais do Brasil.
PRODUO: DURVAL LEAL FILHO.
Trazer livros com temas atuais ou apresentar um pouco da histria do autor e do perodo em que o livro foi
escrito podem se tornar atrativos para estimular a leitura. Livros que f
televiso j trazem em si uma fora de atrao e motivao a leitura, dessa forma o professor pode e deve
trabalhar a obra nas duas verses apresentadas.
Neste sentido podemos sugerir atividades com os gneros: Contos, poes
e trabalhados tanto em obras escritas como em filmes e desenhos animados.
Contos: Filme em Desenho animado.
A bela e a Fera (Christiane Angelotti adaptao da obra de Madame Leprince de Beaumont
Era uma vez um jovem prncipe que vivia no seu lindo castelo. Apesar de toda a sua riqueza ele era muito egosta e no tinha amigos.
Numa noite chuvosa recebeu a visita de uma velhinha que lhe pediu abrigo s por aquela noite. Com um enorme mal humor ele se recusou a ajudar que aquela velhinha era uma bruxa disfarada, que j ouvira diversas histrias sobre o egosmo daquele jovem prncipe. Indignada com a sua atitude, ela lanou sobre ele um feitio que o transformara numa fera horrvel. Todos os seu criados haviam se transformado em objetos. O encanto s poderia ser desfeito se ele recebesse um beijo de amor.
Enquanto isso, numa vila distante dali, vivia um comerciante com sua filha chamada Bela. Eles eram pobres, mas muito felizes.
Bela adorava livros, histrias, vivia a cont
comerciante e viajava muito comparando e vendendo seus produtos diversos.
Um dia voltando de uma longa viajem, Maurcio foi pego de surpresa por uma forte t
passou em frente a um castelo que parecia abandonado e resolveu pedir acolhida. Bateu porta,
mas ningum o atendeu. Como a porta do castelo estava aberta resolveu entrar se proteger da
chuva. Acendeu a lareira e encontrou uma garrafa de vinho
adormecendo. No dia seguinte uma Fera furiosa apareceu diante dele. Quis castig
seu castelo e assim, o fez prisioneiro.
Trazer livros com temas atuais ou apresentar um pouco da histria do autor e do perodo em que o livro foi
escrito podem se tornar atrativos para estimular a leitura. Livros que foram adaptados para o cinema ou
televiso j trazem em si uma fora de atrao e motivao a leitura, dessa forma o professor pode e deve
trabalhar a obra nas duas verses apresentadas.
Neste sentido podemos sugerir atividades com os gneros: Contos, poesia e Fbulas. Textos j consagrados
e trabalhados tanto em obras escritas como em filmes e desenhos animados.
Contos: Filme em Desenho animado.
Christiane Angelotti adaptao da obra de Madame Leprince de Beaumont
m prncipe que vivia no seu lindo castelo. Apesar de toda a sua riqueza ele era muito egosta e no tinha amigos.
Numa noite chuvosa recebeu a visita de uma velhinha que lhe pediu abrigo s por aquela noite. Com um enorme mal humor ele se recusou a ajudar a velhinha. Porm, o que ele no sabia que aquela velhinha era uma bruxa disfarada, que j ouvira diversas histrias sobre o egosmo daquele jovem prncipe. Indignada com a sua atitude, ela lanou sobre ele um feitio que o
el. Todos os seu criados haviam se transformado em objetos. O encanto s poderia ser desfeito se ele recebesse um beijo de amor.
Enquanto isso, numa vila distante dali, vivia um comerciante com sua filha chamada Bela. Eles
Bela adorava livros, histrias, vivia a cont-las para as crianas da vila. Seu pai, Maurcio, era
comerciante e viajava muito comparando e vendendo seus produtos diversos.
Um dia voltando de uma longa viajem, Maurcio foi pego de surpresa por uma forte t
passou em frente a um castelo que parecia abandonado e resolveu pedir acolhida. Bateu porta,
mas ningum o atendeu. Como a porta do castelo estava aberta resolveu entrar se proteger da
chuva. Acendeu a lareira e encontrou uma garrafa de vinho sobre a mesma. Aps beb
adormecendo. No dia seguinte uma Fera furiosa apareceu diante dele. Quis castig
seu castelo e assim, o fez prisioneiro.
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Trazer livros com temas atuais ou apresentar um pouco da histria do autor e do perodo em que o livro foi
oram adaptados para o cinema ou
televiso j trazem em si uma fora de atrao e motivao a leitura, dessa forma o professor pode e deve
ia e Fbulas. Textos j consagrados
Christiane Angelotti adaptao da obra de Madame Leprince de Beaumont)
m prncipe que vivia no seu lindo castelo. Apesar de toda a sua riqueza
Numa noite chuvosa recebeu a visita de uma velhinha que lhe pediu abrigo s por aquela a velhinha. Porm, o que ele no sabia
que aquela velhinha era uma bruxa disfarada, que j ouvira diversas histrias sobre o egosmo daquele jovem prncipe. Indignada com a sua atitude, ela lanou sobre ele um feitio que o
el. Todos os seu criados haviam se transformado em objetos. O
Enquanto isso, numa vila distante dali, vivia um comerciante com sua filha chamada Bela. Eles
las para as crianas da vila. Seu pai, Maurcio, era
comerciante e viajava muito comparando e vendendo seus produtos diversos.
Um dia voltando de uma longa viajem, Maurcio foi pego de surpresa por uma forte tempestade,
passou em frente a um castelo que parecia abandonado e resolveu pedir acolhida. Bateu porta,
mas ningum o atendeu. Como a porta do castelo estava aberta resolveu entrar se proteger da
sobre a mesma. Aps beb-la acabou
adormecendo. No dia seguinte uma Fera furiosa apareceu diante dele. Quis castig-lo por invadir o
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A Fera decretou ao velho comerciante que este morreria por tal invaso. Aterrorizado, o
pobre homem suplicou:
- Deixa que me despea da minha filha.
A Fera concedeu-lhe o pedido. De volta a sua casa, contou o ocorrido a sua filha. Sem medo,
ela decidiu voltar ao palcio com o pai.
Uma vez no palcio da Fera, Bela tomou coragem e fez uma proposta:
- Deixa meu pai ir embora. Eu ficarei no lugar dele.
A Fera concordou, e o pobre comerciante foi embora desolado.
A jovem permaneceu com a Fera no castelo, mas no era mantida na priso, podia ficar em
um quarto ou na biblioteca, local que muito a agradava.
Bela tinha medo de morrer, mas percebia que a Fera a tratava bem a cada dia que passava.
Com o passar do tempo o monstro e a Bela foram ficando mais amigos. Ele se encantava com a forma
que a moa via o mundo, as pessoas a natureza. Sentia que ela o via de uma forma diferente, alm da
sua aparncia.
A Fera enfim havia se apaixonado, de verdade. Numa noite, ao jantarem, pediu-a em
casamento. Bela no aceitou, mas ofereceu sua amizade.
Apesar da tristeza, a Fera, aceitou o desejo da Bela.
Bela , por sua vez, passava dias muito agradveis no castelo, sentia-se bem l, porm com
muitas saudades do seu pobre pai.
Certo dia dia, Bela pediu permisso Fera para visitar o seu pai.
- Voltarei logo - prometeu.
A Fera, que nada lhe podia negar, a deixou partir. Bela passou muitos dias cuidando de seu
pai, que estava doente, tinha envelhecido de tristeza pensando que tinha perdido a filha para
sempre. Quando Bela retornou ao palcio, encontrou a Fera no cho meio morta de saudade por sua
ausncia. Ento Bela soube o quanto era amada.
Bela se desesperou, tambm sentia um algo forte pela Fera. Amizade, amor compaixo.
- No morras, caso-me contigo - disse-lhe chorando.
Comovida, a Bela beijou a Fera... e nesse momento o monstro transformou-se num belo
prncipe. Enfim, o encanto havia se desfeito. A Fera encontrou algum que o amava de verdade, alm
da sua aparncia grotesca.
Afinal, a verdadeira beleza est no corao.
Trabalhar a linguagem nos diversos gneros uma forma interassante de co
compreender a funo social da linguagem em contexto
Na proposta sociointeracionista, conforme Almeida (2004), a leitura interao em que
interagem autor e leitor na construo do texto. O espao da sala dea aula o lugaar das interaes e
das relaes interpessoais que so fundamentais no processo de ensino e e aprendizagem.
Poesia: Verso escrita e Msica expostos no portal:
arruda/porta-do-sol.html
Porta do sol Renata Arruda
Somos a porta do Sol
Deste pas tropical
Somos a mata verde, a esperana
somos o Sol do estremo oriental
A Lua fez um poema nas palhas do coqueral
Eu escrevi seu nome na areia
No corao do estremo oriental
A luz do interior
Brilhou na capital
E clareou o cu da Borborema
No Cariri no extremo oriental
Salve o serto do brejo, a Borborema
Que vem saldar o extremo oriental
O calor do vero chegou pra te abraar essa alegria beira de mar (BIS)
Pesquise sobre o tema do poema e faa tambm o seu para ser compartilhado ecom os colegas e quem sabe at publicado no Jornal de sua cidade.
Agora com voc
Trabalhar a linguagem nos diversos gneros uma forma interassante de co
compreender a funo social da linguagem em contexto
Na proposta sociointeracionista, conforme Almeida (2004), a leitura interao em que
interagem autor e leitor na construo do texto. O espao da sala dea aula o lugaar das interaes e
relaes interpessoais que so fundamentais no processo de ensino e e aprendizagem.
Poesia: Verso escrita e Msica expostos no portal: http://vagalume.uol.com.br/renata
Somos a mata verde, a esperana
A Lua fez um poema nas palhas do coqueral
Salve o serto do brejo, a Borborema
Que vem saldar o extremo oriental
O calor do vero chegou pra te abraar essa alegria beira de mar (BIS)
Pesquise sobre o tema do poema e faa tambm o seu para ser compartilhado ecom os colegas e quem sabe at publicado no Jornal de sua
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Trabalhar a linguagem nos diversos gneros uma forma interassante de contrapor e
Na proposta sociointeracionista, conforme Almeida (2004), a leitura interao em que
interagem autor e leitor na construo do texto. O espao da sala dea aula o lugaar das interaes e
relaes interpessoais que so fundamentais no processo de ensino e e aprendizagem.
http://vagalume.uol.com.br/renata-
Pesquise sobre o tema do poema e faa tambm o seu para ser compartilhado ecom os colegas e quem sabe at publicado no Jornal de sua
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SUGESTO DE OUTRAS ATIVIDADES DE LER, DE CONTAR E (EM) CANTAR
- O que voc pode fazer para que seus alunos escrevam com competncia?
Escolher um livro, um conto de fadas para trabalhar em sala de aula.
Pedir que os alunos redijam um texto, mesmo que ainda no saibam escrever no padro normativo, pois a escrita competente um processo de prtica exaustiva que envolve educador e educando.
1. a classe examina a capa, o ttulo e as ilustraes do livro. Hipteses sobre a principal personagem e sua histria so levantadas;
2. Sem ler o texto, s olhando as imagens, os alunos tentam contar a histria do livro trabalhado;
3. A professora l a histria em voz alta para o grupo e pede aos alunos que a recontem. Eles podem, a todo momento, consultar o livro;
4. Cada aluno deve imaginar e desenhar uma outra verso do livro. Surgir inmeras figuras e novas caracterizaes para a personagem principal.
5. Caractersticas da personagem imaginada pelos alunos so anotadas em cartolinas, assim elas podem interagir e conhecer os pontos de vista dos outros colegas;
6. Os alunos produzem uma outra verso em prosa para a histria. A professora corrige os trabalhos e todos os alunos passam os textos a limpo;
7. Todos os textos reproduzidos e corrigidos so seram reunidos em um volume e um novo livro ser elaborado.
Realizar uma tividade de mudana de gnero, onde os alunos individualmente possam escolher um outro gnero para reproduzir a mesma histria do livro.
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UNIDADE III
AS PRTICAS DE LEITURA E AS LEITURAS PRTICAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Caros alunos, nesta unidade refletiremos e aprenderemos alguns pressupostos metodolgicos
quanto realizao do plano de aula, plano de curso, conceitos fundamentais para nossa pratica pedaggica.
Para inicio de conversa abordaremos a definio de planejamento, pois tendo como base este
conhecimento, podemos construir nosso plano de aula, de curso e o projeto da escola.
Apresentaremos ainda,algumas abordagens sobre pedagogia de projetos sob a orientao dos PCN`s,
uma oficina de anlise do livro didtico e sugesto de projeto para os alunos desenvolverem e tomarem como
exemplo.
O PLANEJAMENTO NA ESCOLA
Toda unidade escolar possui seu modo de organizao e de funcionamento. O planejamento ajuda a
alcanar a eficincia; ou seja, a fim de que seja bem feito aquilo que se faz dentro dos limites previstos para
aquela execuo. Mas, tambm visa eficcia, pois, no importa apenas fazer bem, mas, fazer aquilo que
importante que se faa. Danilo Gandim.
Podemos concluir, portanto, que
Na educao, o planejamento importante porque a partir dele que podemos articular contedos
e definir prticas educativas.
O planejamento educacional
ao, recursos e cronograma de atividades
lo. Requer objetivos a longo prazo.
O planejamento escolar:
processo de ensino e aprendizagem. O planejamento escolar consis
O planejamento pode ser definido como:
- Processo de prever necessidades.Menegolla).
- Processo contnuo e dinmico de reflexo, de tomada de deciso, de colocao em prtica e de acompanhamento. (
PLANEJAR :
Podemos concluir, portanto, que
planejamento importante porque a partir dele que podemos articular contedos
planejamento educacional quando feito em nvel escolar, estabelece os princpios, estratgias de
ao, recursos e cronograma de atividades. Parte de um contexto e prope medidas que venham a modific
O planejamento escolar: compreende as atividades que dizem respeito a dinmica da escola e do
processo de ensino e aprendizagem. O planejamento escolar consiste na prtica de elaborao conjunta dos
pode ser definido como:
Processo de prever necessidades. (Maximiano
Processo contnuo e dinmico de reflexo, de tomada de deciso, de colocao em prtica e de acompanhamento. (Angelo Dalmas).
PLANEJAR :
- Transformar a realidade numa direo escolhida.
- Todo planejamento requer clareza de intenes, objetivos e mtodos.
- Organizar a prpria ao.
- Dar clareza e preciso prpria ao.
- Pr em ao um conjunto de tcnicas para racionalizar a ao
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planejamento importante porque a partir dele que podemos articular contedos
quando feito em nvel escolar, estabelece os princpios, estratgias de
. Parte de um contexto e prope medidas que venham a modific-
compreende as atividades que dizem respeito a dinmica da escola e do
te na prtica de elaborao conjunta dos
tomada de deciso, de colocao em prtica e de
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planos (Plano Escolar, Plano de Ensino e Plano de Aula), com discusso pblica, tendo como principal
caracterstica o carter processual, ou seja, uma atividade constante de reflexo e ao.
O planejamento analisa continuamente a realidade escolar em suas contradies concretas e busca
solues de problemas e tomada de decises, tornando possvel a reviso dos planos e projetos, corrigindo o
rumo das aes. A incorporao do planejamento no campo pedaggico no ocorre do mesmo modo em
todas as realidades educacionais. possvel identificar trs concepes de planejamento presentes nas
tendncias do campo educacional:
Planejamento como Princpio Prtico: O planejamento feito sem grande preocupao ou formalizao, basicamente pelo professor, tendo como horizonte a tarefa a ser desenvolvida em sala de aula. Uma vez elaborados, so retomados independente da realidade.
Planejamento Instrumental/Normativo: Neste caso, o aluno deve aprender exatamente aquilo que o professor planeja, reforando a prtica do ensino como mera transmisso. Instruo programada.
Planejamento Participativo: Nesta tendncia o planejamento um processo que parte de uma leitura de mundo. Neste processo, necessrio analisar e compreender a realidade, bem como buscar, atravs dos esforos, a participao conjunta nos processos educativos. O planejamento participativo implica em instrumento e metodologia, pois enquanto modelo tcnico abre espao especial para as questes polticas que cercam a educao.
Operaes mentais envolvidas no planejamento
PREVER O QUE
PORQUE
IDENTIFICAR PARA QUE
COMO
ANALISAR QUANDO
ONDE
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DISCUTIR COM O QUE
PARA QUEM
Segundo Libneo h trs nveis de planos no cotidiano escolar:
- Da escola / instituio: um documento que contm orientaes gerais da escola; onde se
expressam as concepes da instituio sobre o processo educativo. Estas concepes precisam estar
relacionadas socialmente. um produto do trabalho coletivo.
- De ensino/ curso: Corresponde ao trabalho docente a ser desenvolvido no ano / mdulo, dividido em
unidades seqenciais, de acordo com as temticas propostas; Neste plano, so apontados os objetivos
educacionais por rea, atividade e disciplina. no plano de ensino que se define os objetivos, mtodos
e a prtica avaliativa. necessrio conhecer a realidade dos alunos.(diagnstico).
- De aula/de disciplina: um detalhamento do plano de ensino. desenvolvido para uma aula, ou
conjunto de aulas. Possui carter especfico para cada tema.
A seguir, trazemos como modelo um Plano de Aula, especificando cada contedo a ser abordado em
suas partes. Aps estudo deste plano, realizar o seu plano de aula, como sugesto de atividade do Moodle.
PLANO DE AULA
Disciplina (ou grupo de disciplinas a que o plano corresponde)
Ciclo: (a qual o plano est direcionado)
Ano:
N aulas: (a que o plano corresponde)
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Justificativas:
Este item do plano deve responder a seguinte pergunta: Qual a importncia e o papel da
matria/contedo de ensino no desenvolvimento cognoscitivo dos alunos? Em outras
palavras, para que serve ensinar estes contedos deste modo aqui proposto? Resumindo,
a justificativa da disciplina deve responder a trs questes bsicas do processo didtico: o
porqu, o para qu e como.
Objetivos gerais:
Os objetivos gerais se coadunam com o que desejamos alcanar com o trabalho docente
com os alunos.
Objetivos especficos:
Ao escrever a justificativa desta matria/contedo, possvel definir o que se espera com
o contedo a ser assimilado. Os objetivos especficos correspondem aos resultados a
serem obtidos no processo de ensino/aprendizagem atravs de conhecimentos, conceitos,
habilidades (os objetivos especficos definem os contedos a serem aprendidos para
atingi-los).
Contedos (Unidades didticas):
Os contedos so delimitados pelas unidades didticas, e so definidos a partir dos
objetivos que se quer alcanar com o processo de ensino/aprendizagem.
Desenvolvimento metodolgico:
atravs do desenvolvimento metodolgico que se articulam os objetivos e contedos
com mtodos e procedimentos de ensino que provoquem a atividade mental e prtica dos
alunos (atravs da resoluo de situaes problemas, trabalhos de elaborao mental,
discusses, exerccios etc).
Este item do plano deve responder as seguintes questes:
Que atividades o professor deve desenvolver de forma a orientar sistematicamente as atividades dos alunos adequadas aos contedos e aos objetivos?
Que atividades os alunos devero desenvolver para atingir os objetivos propostos no plano?
Processos de avaliao (do processo, da aprendizagem)
Bibliografia (do professor)
Bibliografia (indicada para o aluno)
Neste segundo momento, prezados alunos, elencaremos alguns pressupostos da Didtica como
referencial terico-metodologico para nosso fazer em sala de aula. Vejamos:
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A didtica como atividade pedaggica escolar
Conceito de didtica: uma disciplina da Pedagogia (estudo sistemtico da educao) que se refere
aos contedos do ensino e aos processos para a construo do conhecimento
A didtica definida como a cincia e arte do ensino (Regina Haydt)
A Didtica estuda:
=> O processo de ensino e aprendizagem
=> A relao professor-aluno
A didtica , pois, uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino atravs dos
seus componentes os contedos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o embasamento numa
teoria da educao, formular diretrizes orientadoras da atividade profissional dos professores. (Libneo)
Elementos da didtica:
Instruo
Curriculo
Metodologia
Tcnica
ALGUNS CONCEITOS BSICOS
A nossa prtica de sala de aula nos autoriza a reforar a necessidade de o professor ser bem formado
e atualizado, pois a concepo que ele tem de educao de ensino refletem em sua prtica pedaggica e
influencia na aprendizagem do aluno. Apontaremos alguns conceitos que so importantes que os
relembremos aqui, por exemplo:
Educao: um fenmeno social e universal, sendo uma atividade humana, necessria existncia
e funcionamento de todas as sociedades
Instruo: refere-se formao intelectual, formao e desenvolvimento das capacidades
cognoscitivas mediante o domnio de certo nvel de conhecimentos sistematizados.
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Ensino: corresponde a aes, meios e condies para a realizao da instruo; contm, pois, a
instruo.
Educao Escolar: constitui-se um sistema de instruo e ensino com propsitos intencionais,
prticas sistematizadas e alto grau de organizao, ligado intimamente s demais prticas sociais
Objeto de estudo da didtica: O processo de ensino
=> O ensino viabiliza as tarefas da instruo e promove o aprendizado;
=> O processo de ensino inclui: os contedos, mtodos, atividades e avaliao;
Definio do processo de ensino: sequncia de atividades do professor e dos alunos , tendo em vista
a assimilao de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades, atravs dos quais os alunos aprimoram
capacidades cognitivas.
Quando mencionamos que a finalidade do processo de ensino proporcionar aos alunos os
meios para que assimilem ativamente os conhecimentos porque a natureza do trabalho docente a