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Henrique Wittler Engenheiro Civil 10/04/2015 PRIMEIRA E SEGUNDA AUDIÊNCIA PÚBLICA ESTALEIRO SÓ PONDERAÇÕES SOBRE O EIA RIMA

Estaleiro só documento á ser entregue smam sobre o eia rima foi entregue

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A área do Estaleiro Só de área de propriedade do Estado do Rio Grande do Sul passou á ser área de uma empresa falida para pagamento do passivo trabalhista. Como área particular foi presenteada pelos Vereadores com altos índices construtivos para beneficiar os proprietários da mesma. Para atender os requisitos de Lei foi feito o EIA RIMA, que no sentido de favorecer os proprietários da área apresenta dados ireais, mentirosos e que não atendem pelo menos cinco LEIS, sendo uma Federal, uma estadual e três municipais. O EIA RIMA, como a maioria dos elaborados hoje em dia são feitos para atender uma exigência legal, sem se preocupar com o seu questionamento pois a maioria dos Órgãos Ambientais o aprovam sem ler e a partie dai tudo que diz o EIA RIMA passa á ser verdadeiro. É preferível acabar com a exigência dos EIA RIMA até termos Secretarias Ambientais técnicas sem influência política, pois hoje em dia são administradas por cargos de confiança dos Prefeitos ou Governadores.

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Henrique Wittler

Engenheiro Civil

10/04/2015

PRIMEIRA E SEGUNDA AUDIÊNCIA PÚBLICA

ESTALEIRO SÓ PONDERAÇÕES SOBRE O EIA RIMA

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ESTALEIRO SÓ

EIA RIMA

UM ESTUDO INCOMPLETO, EVAZIVO E TENDENCIOSO

Encaminho documentos que indica a possibilidade de uma análise falha, incompleta e tendenciosa á favor dos especuladores imobiliários da área do Estaleiro Só, contrariando interesses do Povo e diversas Leis conforme descrito nas folhas anexas.

São 49 folhas rubricadas por mim e numeradas de 1 á 49.

O presente relatório elaborado após a segunda Audiência Pública na Igreja Sagrada Família, Rua Jose do Patrocínio em Porto Alegre no dia 09/04/2015 das 19 às 22 horas e substitui o relatório de 35 páginas entregue após a primeira Audiência Pública realizada nas dependências do Hipódromo do Cristal, no dia 08/04/2015.

O presente relatório apresenta algumas alterações de dados após novos conhecimentos obtidos na segunda Audiência.

Não posso deixar de enfatizar que nenhum dos meus questionamentos foi respondido pelo representante da PROFFIL, nem mesmo tentado responder, pela falta de argumentos e de conhecimento das Leis e da diferença entre dados, que pudessem anular os dados que eu fornecia. Reafirmo que isto ocorreu tanto na primeira quanto na segunda Audiência.

Cabe dizer da constatação que se fez nas duas audiências quando mais de 70% dos presentes se manifestavam contra construções na área do Estaleiro Só.

Cópia encaminhada a Defensoria Pública aqui presente.

Henrique Cezar Paz Wittler Engenheiro Civil – Perito Ambiental

Rua Veríssimo Rosa, 632 – CEP 90.610-280 Jardim Botânico Porto Alegre

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RESUMO DOCUMENTADO SOBRE APRESENTAÇÃO FEITA NA PRIMEIRA E SEGUNDA AUDIÊNCIA PUBLICA SOBRE O EIA RIMA REFERENTE À ÁREA DO ESTALEIRO SÓ Nem mesmo as decisões do POVO em CONSULTA POPULAR contra obras na área do Estaleiro, fizeram com que os Políticos anulassem a Lei 614 de 2009 que estabeleceram índices a esta área Pública Estadual (questiona-se também a legalidade da propriedade) para construções por especuladores imobiliários.

Se por um lado ainda existem questionamentos sem decisão definitiva sobre a posse da área e outros fatos, por outro lado a SMAM - Secretaria Municipal do Meio Ambiente coloca em Audiência Pública o EIA RIMA que se refere uma obra irreal, sem definição clara de sua distribuição, com referência dos dados topográficos errados, com dados e índices errados correspondentes a outros elementos o que dá uma forma incorreta a obra e principalmente pelo tratamento de assuntos que não atende a diversas Leis, deturpando a decisão da utilidade da mesma.

O EIA RIMA apresentado não cita conclusões para pontos fundamentais apresenta meias verdades e omite fatos graves. Portanto é nulo. O EIA RIMA apresentado e aprovado pela SMIC, por desconsiderar (omitir) a necessidade de construção de um dique fronteiro á área na cota 5,13 tenta induzir aos Órgãos públicos que vão fazer a analise dos estudos pela aprovação o que não deixa de ser um apoio total e ilegal aos investidores. Tal apoio passa para a área criminal. O EIA RIMA como apresentado desrespeita diversas LEIS que foram omitidas:

• Lei Federal do Código Florestal, pois adota o Guaíba como LAGO sem analisar a mudança do topônimo de RIO para LAGO, fato hoje em juízo.

• Lei Nº 11.520, DE 03 DE AGOSTO DE 2000. (atualizada até a Lei n.º 13.914, de 12 de janeiro de 2012) do Código do Meio Ambiente do Estado. Artigo192 sobre o parcelamento.

• Lei Orgânica de Porto Alegre, nem a Lei 434 referente ao PDDUA – Plano de Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre. Desconsidera a altura dos diques de Proteção contra inundações, artigo 136.

• Lei Complementar 614 de 2009 que determina os procedimentos para os procedimentos na área do Estaleiro.

• Lei Orgânica de Porto Alegre no artigo 245 que reza: “Consideram-se de preservação permanente: I - as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais;”

A falta de atendimento as Leis citadas inviabilizam a audiência Pública e anulam o EIA RIMA apresentado. O EIA RIMA desconsidera a margem do Rio, propondo aterro e cortes na mesma e não se pronuncia a respeito, justificando esta adoção em face de Leis. O EIA RIMA indica uma área útil bem superior ao que o PDDUA e a Lei 614 determinam, e desta forma a área á ser construída permitida é bem menor (a metade) do afirmado no EIA RIMA, onde cita 41.519,22 m2. O IA – Índice de Aproveitamento é 1,0 de acordo com a Lei 470, pois o artigo segundo da Lei 614 foi rejeitado publicamente em Consulta Popular. A conclusão adotada e acima citada é fruto da falta de dique de proteção na cota 5,13 m

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(referência do município), que teria aproximadamente 3,0 m de altura, pois a área estaria entre 2,0 m e 3,20 (Referência zero municipal). Também com referência ao zero municipal a Avenida Diário de Notícias estaria em cota 3,5 m (De acordo com mapas da Prefeitura feitos na gestão Collares).

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ESTALEIRO SÓ – NOTAS GERAIS Em primeiro lugar tenho que informar que trabalhei nas áreas de hidrologia e de obras hidráulica desde os 23 anos de idade. Trabalho e estudo até hoje completando uma experiência muito maior aos 72 anos.

Trabalhos e estudos:

• DNOS • Mestrado em Hidrologia e Irrigação e Drenagem • Professor na PUC RS em Portos Rios e Canais, Planejamento hidroelétrico e Hidrologia • Engenheiro Coordenador e Chefe dos Estudos referentes às Obras de Controle de

Inundações no Vale Rio dos Sinos em São Leopoldo.. • Esquema e dados para modelo Reduzido do Rio dos Sinos em São Leopoldo executado

pelo IPH. • Engenheiro Projetista das obras do Sistema de Irrigação do Arroio Duro em Camaquã,

hoje produzindo em mais de 30.000 hectares 3.500.000 sacos de arroz com água distribuída por gravidade.

..........................................................................................................................

AO MINISTÉRIO PÚBLICO E Á DEFENSORIA PÚBLICA

Solicito atenção do MP e da Defensoria Pública, a nível Estadual e Federal para o que vem ocorrendo com os estudos de EIA RIMA, que hoje em dia são tratados pelos seus executores como mero formalismo exigido por Lei, sem se preocuparem em realmente em apresentarem uma real situação ambiental.

Os EIA RIMA hoje em dia apresentam falhas e têm como objetivo atender os objetivos dos clientes, pouco se preocupando realmente com o meio ambiente.

Os EIA RIMA têm sido em uma maioria (mais de 80%) uma fraude contra o meio ambiente, falseada para aprovar projetos nos Órgãos competentes, ocultando dados ou mascarando os mesmos.

...............................................................................................................................

O ATUAL EIA RIMA

O atual EIA RIMA é uma compilação de elementos que relatam dados diversos sem, no entanto atender os itens principais sobre a ocupação da área no que se refere a inundações e aterros. Equivoca-se ao se referir a cheia que pode ocorrer na área e não leva em conta o que determinam as Leis específicas municipal, estadual e Federal.

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TERMOS UTILIZADOS NO PDDUA (glossário)

• ÁREA LIQUIDA DE TERRENO - é a área não atingida por traçado (vias, praças etc.).

• NDICE DE APROVEITAMENTO (IA) - é o fator que multiplicado pela área liquida de terreno define a área de construção computável (as partes do prédio utilizadas para atividades, ou seja, morar, trabalhar, estudar etc.).

• ÁREAS DE PROTEÇÃO AO AMBIENTE NATURAL - são zonas que concentram espaços representativos do patrimônio natural e cuja ocupação deverá ser disciplinada com vistas à sua manutenção. Englobam os morros, as margens do Guaíba e os arroios. Podem estar situadas tanto na Área Intensiva, como na Rarefeita. Estes índices é que define a área á ser construída. O EIA RIMA afirma a construção de mais de 40.000 m2, quando a área útil de todo o terreno mesmo computando a área pública Estadual (pois esta nunca foi cedida ou doada pelo estado). OUTROS TERMOS IMPORTANTES:

• Parcelamento do solo O termo parcelamento de solo urbano é gênero das espécies loteamento e desmembramento. Como loteamento entende-se a divisão de gleba em lotes com destinação específica, a saber, a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. Como desmembramento entende-se a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou amplificação dos já existentes.

Lei 6.766/79 Art. 2º - O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou amplificação dos já existentes.

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IMAGENS DAS ÁREAS E LINHAS LIMITES: IMAGEM DAS LINHAS LIMITES DOS 60 m (AZUL) E A DOS 60+15 m (BRANCA)

IMAGEM DA ÁREA CONFORME ESCRITURA

A área é a da escritura de 41519,22 m2. Este quadro a baixo extraído do EIA RIMA é claro quanto à área.

ÁREA DA PROPRIEDADE ESCRITURADA 41.519,22 100,0% ÁREA DESTINADA À CONSTITUIÇÃO DO PARQUE 18.175,14 43,8%

ÁREA ATINGIDA POR TRAÇADO VIÁRIO DA AV. PE. CACIQUE 297,84 0,7% ÁREA ATINGIDA PELA APP ARROIO DESTINADA AO PARQUE 572,78 1,4%

ÁREA ATINGIDA PELA APP ARROIO SANGA DA MORTE 1.169,96 2,8% ÁREA REMANESCENTE (LIVRE PARA CONSTRUÇÃO) 21.303,50 51,3%

Vejam que a área remanescente é de 21303,50 m2 dos quais ainda devem ser descontadas as ruas, praças e outros elementos previstos em Lei para atingir a área líquida que

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multiplicada por 1,0 (lei 470) fornece o valor da área possível de construção. Tal cálculo indica que nunca serão os 41.519,22 m2 citados no volume geral do EIA RIMA. Estima-se que a área máxima á ser construída não passe dos 16.000 m2.

IMAGEM DA ÁREA RESTANTE SEM CONSIDERANDO OS 60 m DA LEI – ÁREA DE 28289 m2.

IMAGEM DA ÁREA RESTANTE APÓS OS 60 m DE LEI E 15 m ESTIMADOS PARA O DIQUE CONFORME LEI. ÁREA DE 20653 m2. DESTA ÁREA DEVERÃO SER DESCONTADAS RUAS, PRAÇAS, ETC. DE ACORDO COM A LEI. ESTIMA-SE A ÁREA LÍQUIDA EM 16000 M2.

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IMAGEM DA ÁREA TOTAL PARTICULAR E PÚBLICA DA QUAL SE DERIVARAM AS IMAGENS ANTERIORES. ÁREA DE 60000 m2.

Pode-se constatar que a ÁREA LÍQUIDA será inferior á 16.000 metros quadrado o que permitira construir nada mais do que 16.000 m2 no máximo.

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TERMO DE REFERÊNCIA PARA O EIA RIMA (SMAM – PREFEITURA MUNICIPAL) – PRINCIPAIS ELEMENTOS SOBRE A CONTESTAÇÃO. Colocado aqui com comentários na parte que interessa a possível contestação.

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UMA ANÁLISE DO TERMO DE REFERÊNCIA Nºº XX/13, AQUI APRESENTADO.

Em vermelho comentários.

Engenheiro Henrique Cezar Paz Wittler

TERMO DE REFERÊNCIA N° xx/13

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL / RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA/RIMA) 1 INTRODUÇÃO

PARQUE DO PONTAL

I

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O presente Termo de Referência para elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), visa subsidiar a proposta de implantação de empreendimento de grande porte, comercial e de serviços, em gleba com área aproximada de 41.500m2 (A área, conforme escritura 8533, livro 78 folha 176 – Cartório da Tristeza é de 37.154,30 m², apresentando uma diferença da citada de 4.345,70 m² a menos) ,na Avenida Padre Cacique, n° 2893. O empreendimento prevê a intervenção em uma área de

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82.657,75m

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(Não é justificado este acréscimo de área, e de quem é a posse) e a área a ser construída é

de 99.568,56m2 (Esta área indicada como a liberada para construção corresponde á um índice de 2,40 em relação a área de posse de 41.500 m² e de 2,68 se considerada a área da escritura de 37.154,30 m², apresentando uma área de construção com 11,66% a mais ). O empreendimento foi proposto pela empresa BM PAR Empreendimentos Ltda., mediante o processo administrativo n° 002.242241.00.7.07869.

O Termo de Referência tem validade de um ano, a contar da data de sua homologação, conforme estabelecido na Resolução Conama n° 001/86, art. 5°, e aplica-se tão somente ao projeto de viabilidade urbanística proposto, estando automaticamente sem validade em caso de qualquer alteração ou modificação do projeto.

2 OBJETIVOS

O EIA/RIMA deverá contemplar as diretrizes citadas nas Resoluções Conama n° 01/86 e 237/97 e Leis Municipais n° 8.267/98 e 10.360/08 com posteriores alterações que dispõem sobre o licenciamento ambiental, identificando e avaliando sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de planejamento, implantação e de operação da atividade, obedecendo em especial às seguintes diretrizes gerais:

2.1 Avaliar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto.

2.2 Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e de operação da atividade.

2.3 Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a(s) bacia(s) hidrográfica(s) na(s) qual (is) se localiza.

2.4 Analisar a compatibilidade do empreendimento com os planos e programas governamentais, legalmente definidos, existentes ou propostos na área de influência do projeto.

O estudo deverá ser objetivo e conciso. Referências bibliográficas deverão ser utilizadas apenas para a comparação e discussão dos dados obtidos no trabalho com dados disponíveis na literatura. Nas demais situações deverão ser evitadas, em especial no que se refere ao diagnóstico da área de estudo, quando deverão ser apresentados os resultados obtidos, e não descritas informações da literatura conhecida para o local.

Na elaboração do estudo ambiental deverão ser consultadas bibliografias pertinentes, em especial, no tocante às medidas compensatórias, quanto ao atendimento à Resolução Consema n° 001/00 e a Lei n° 9.985/00 art. 36; aos Decretos n° 4.340/02, n° 5.566/05 e n° 6.848/09; às Resoluções Conama n° 371/06 e n° 428/2010, Resolução SMAM 03/2011 e Lei Complementar n° 679/11.

3 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1 Base legal.

3.2 Nome e razão social, endereço, inscrição estadual, CGC. 3.3 Informações gerais que identifiquem o porte do empreendmento.

3.4 Localização geográfica proposta para o empreendimento, apresentada em mapa ou croqui, incluindo as vias de acesso e a bacia hidrográfica.

3.5 Previsão das etapas de implantação do empreendimento.

M

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3.6 Investimento necessário para a implantação do empreendimento.

3.7 Nome e endereço para contatos relativos ao Estudo de Impacto Ambiental.

3.8 Descrever o Estudo de Viabilidade Urbanística, em especial os aspectos urbanísticos e arquitetônicos propostos - fundamentos, conceitos, referências, características, justificativas, etc.

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4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

Descrição e caracterização da área de influência, antes da implantação do empreendimento. O diagnóstico deverá englobar os fatores suscetíveis de sofrer, direta ou indiretamente, efeitos significativos das ações nas fases de planejamento, implantação e operação.

4.1 MEIO FÍSICO

4.1.1 ECCPS. Apresentar caracterização geológica, estrutural e geotécnica da área atingida pela obra, de modo a indicar problemas de aptidão referentes à realização de corte/aterro, suporte para pavimento, comportamento frente a fundações e capacidade de drenagem durante as obras; definição dos coeficientes de permeabilidade, compressibilidade, resistência ao cisalhamento.

4.1.2 Apresentar caracterização geomorfológica, com a compartimentação das formas de relevo e indicação de trechos suscetíveis à incidência de processos erosivos, assoreamentos e inundações. ( Neste ponto deverá ser analisada a cota de inundação que deverá ser relativa ao zero adotado pela Prefeitura de Porto Alegre, ou seja adotar providências á cota e determinações do PDDUA, onde se refere a ocupação de áreas entre o local onde hoje se localiza o Museu Iberê Camargo e as antigas barcas na Assunção.)

4.1.3 Apresentar caracterização hidrogeológica regional e local.

4.1.4 Apresentar caracterização hidrográfica regional e local.

4.1.5 Apresentar características pedológicas do local.

4.1.6 Caracterizar a área de acordo com as NBR‟s 15.515-1 e 15.515-2, caso necessário.

4.1.7 Apresentar enquadramento da área no fluxograma das etapas de gerenciamento de áreas contaminadas, conforme preconiza o Art. 21 da Resolução Conama 420/2009, caso seja diagnosticada contaminação no local.

4.1.8 ECCPSV. Descrição dos níveis de Ruído de Fundo (RF) coletados em pontos definidos na área de influência direta do empreendimento determinado por medições de níveis equivalentes de pressão sonora (LAeq) para os períodos diurno e noturno, em dB(A).

4.1.9 Caracterização e identificação dos equipamentos e dos procedimentos operacionais que possam configurar incomodidade sonora à comunidade.

4.1.10 Levantamento das características das edificações e da população a ser atingida pelo ruído gerado pelo empreendimento.

4.1.11 DEP. Descrição do sistema de drenagem natural e construído da área em questão e da(s) bacia(s) hidrográfica(s) em que a mesma está inserida, com demarcação de redes, valas, talvegues e arroios e suas respectivas faixas não-edificáveis.

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4.1.12 Caracterização do sistema de drenagem superficial com relação ao comportamento atual de redes e corpos d‟água existentes, ressaltando pontos críticos no escoamento. Os limites serão os da bacia ou sub-bacia hidrográfica que contém a área potencialmente atingida pelo empreendimento.

4.1.13 Caracterização do comportamento da gleba com relação às inundações. (Deverá ser comprovado aqui que a área não sofre com as inundações, não podendo executar nenhum aterro pois, o código de postura do município não permite aterro em margens dos cursos de água).

4.1.14 Descrição das medidas propostas pelo Plano Diretor de Drenagem Urbana para a(s) bacia(s) hidrográfica(s) em que o empreendimento está inserido, ressaltando alguma intervenção eventualmente prevista para a própria área objeto de estudo.

4.2 MEIO BIOLÓGICO

4.2.1 CAN. Descrever a cobertura vegetal existente na área de implantação do empreendimento, conforme Decreto Municipal nº 17.232/11, com demarcação em planta de levantamento planialtimétrico, em escala compatível com os projetos. Para os vegetais descritos deverá estar indicada a determinação taxonômica (espécie), os dados dendrométricos referentes à altura total, diâmetro de projeção da copa e diâmetro do tronco à altura do peito, no sistema métrico, bem como suas condições fitossanitárias. Devem ser identificados os vegetais isolados ou sob a forma de mancha ou de agrupamentos. Os vegetais devem ser numerados sequencialmente (1 → n) na planta, assim como as manchas de vegetação. Os vegetais descritos no laudo deverão ser identificados na área de intervenção através da colocação de etiquetas com os respectivos números. As manchas vegetais deverão ser dimensionadas quanto à área (m²) e altura média do dossel.

4.2.2 Identificar os espécimes da flora raros, endêmicos, ameaçados de extinção e declarados imunes ao corte incidentes na área do empreendimento.

4.2.3 Apresentar manifestação quanto à incidência de remanescentes florestais do Bioma Mata Atlântica (floresta ou restinga) na gleba, atendendo ao disposto na legislação vigente: Lei Federal n° 11.428/06, Decreto Federal n° 6.660/08, Resolução CONAMA n° 33/94, Resolução CONAMA n° 388/07, Resolução CONAMA n° 417/09, Resolução CONAMA n° 441/2011, e Lei Estadual n° 11.520/00 ( A Lei 11520 prevê no Art. 192 - Os parcelamentos urbanos ficam sujeitos..... IV – o parcelamento do solo será permitido somente sob prévia garantia hipotecária, dada ao município, de 60% (sessenta por cento) da área total de terras sobre o qual tenha sido oplano urbanístico projetado. Diz também esta Lei que: Parágrafo único - Não poderão ser parceladas: I – as áreas sujeitas à inundação:.... Esta área esta sujeita á inundações e portanto não pode ser parcelada. Por outro lado a Lei da Câmara 614/2209 que definiu índices para a área prevê que deva ser feito um sistema de proteção contra as inundações, isto foi previsto porque a área é inundável. Também o PDDUA reza que após o Nuseu Iberê até as Barcas em assunção, as áreas a baixo da cota 5,xx, para serem parceladas devem estar protegidas das inundações, ou seja somente após a construção de obras de proteção contra inundações. Também devemos levar em conta que o Código de Postura do Município proíbe aterro nas margens dos cursos de água.).

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4.2.4 Caso haja incidência de remanescente florestal de Mata Atlântica no imóvel, apresentar Inventário Fitossociológico, conforme disposto na Lei Federal nº 11.428/06 e o Decreto Federal n° 6.660/08.

4.2.5 Identificar Áreas de Preservação Permanente (APP‟s) na área de influência direta e indireta do empreendimento, conforme Lei Federal n° 12.651/12 ( A Lei 12.651/12 prevê que ao longo dos rios com mais de 600 m de largura a área de APP é de 500 m, hoje não adotado no Rio Guaíba por alguns considerarem Lago, embora até hoje não exista um documento legal para esta alteração. Mas mesmo sendo considerado Lago, deveríamos deixar 30 m, conforme esta mesma Lei, a contar da borda da calha do leito regular. Veja o que diz a Resolução CONAMA 303/2002, que ainda esta vigente mas tem- se dúvida de sua validade face a Lei 12651/12: Art. 3º Constitui Área de Preservação Permanente a área situada: I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal, com largura mínima, de:..... III - ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de: a) trinta metros, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas;)

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4.2.6 Avaliar a importância de habitats e nichos.

4.2.7 Apresentar zoneamento ecológico da região abrangida ambientais.

pelo estudo, destacando seus valores

4.2.8 PCFS. Definir a área de influência direta e indireta para o estudo da fauna silvestre apresentando

justificativa de escolha. A

4.2.9 Apresentar descrição das espécies da fauna silvestre, indicadas para a localidade ou região, baseada em dados secundários.

4.2.10 Apresentar descrição detalhada da metodologia a ser utilizada no registro de dados primários da fauna silvestre. A metodologia deverá incluir o esforço amostral para cada grupo em cada fitofisionomia, contemplando a sazonalidade para cada área amostrada.

4.2.11 Indicar em mapas, imagens de satélite ou foto aérea, contemplando a área afetada pelo empreendimento com indicação das fitofisionomias, localização e tamanho das áreas a serem amostradas.

4.2.12 Descrever as espécies encontradas, indicando a forma de registro e habitat, destacando as espécies ameaçadas de extinção, as endêmicas, as consideradas raras, as passíveis de serem

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utilizadas como indicadoras de qualidade ambiental, as de importância econômica e cinegética, as potencialmente invasoras ou de risco epidemiológico, inclusive as migratórias e suas rotas.

4.2.13 Identificar as áreas de corredores que promovam a conectividade entre áreas no empreendimento e entorno, bem como de áreas de nidificação de aves e quelônios.

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4.2.14 Caracterizar os ambientes encontrados na área de influência do empreendimento, com descrição dos tipos de habitats encontrados (incluindo áreas antropizadas) e do grau de conservação de cada ambiente.

4.2.15 Avaliar a importância da vegetação como substrato para a avifauna (alimentação, abrigo e nidificação).

4.2.16 Avaliar as áreas úmidas descrevendo os ambientes baseados nos aspectos biológicos e hidrológicos caracterizando o tipo de área úmida encontrada levando em consideração todas as estações do ano.

4.2.17 No caso de áreas úmidas, avaliar a presença de peixes anuais.

4.2.18 Para o trabalho de coleta e captura de fauna, quando a metodologia assim exigir, a empresa deverá solicitar à SMAM autorização de captura e coleta e apresentar a mesma juntamente com o diagnóstico no estudo ambiental.

4.2.19 SMS/CGVS. Identificar as espécies com importância em saúde pública, destacando as espécies de culicídeos, flebotomíneos, ixodídeos, triatomíneos, roedores urbanos e silvestres, animais peçonhentos e quirópteros. Recomenda-se que a identificação dos exemplares seja realizada ao nível de espécie.

4.2.20 A coleta de culicídeos diurnos deve ser realizada durante três dias consecutivos, contemplando os horários do amanhecer ou entardecer e deve ser utilizado um capturador motorizado, pelo menos um dia.

4.2.21 A coleta de flebotomíneos deve ser realizada durante três noites consecutivas, através de armadilhas luminosas (tipo CDC), com exposição de 12 horas, cada noite, isto é, das 18h de um dia às 6h do dia seguinte. Também deve ser utilizada a armadilha de Shannon, pelo menos uma noite, concomitante à noite da exposição da armadilha luminosa, a partir do crepúsculo vespertino até às 23h.

4.2.22 Na presença de criadouros com larvas de culicídeos, estas deverão ser coletadas, identificadas e relatadas no RIA.

4.2.23 Caso sejam constatadas outras espécies, com interesse em saúde pública, estas deverão ser apresentadas no RIA.

4.2.24 Lembramos que a maior variedade de espécimes de artrópodos deve ser coletada em estações com temperaturas mais elevadas, portanto, as coletas deverão ser realizadas nos meses de primavera e verão.

4.2.25 Para os demais grupos de animais relatar a metodologia utilizada para a identificação e/ ou detecção dessas espécies na área.

4.2.26 UC’s. Identificar as Unidades de Conservação (UCs) municipais, estaduais e federais existentes num raio de 10 km do empreendimento.

4.2.27 Apresentar imagem com a localização das UCs com distância de até 10 km em relação ao empreendimento.

4.2.28 Indicar se o empreendimento encontra-se dentro da zona de amortecimento ou corredores ecológicos descritos nos Planos de Manejo das UCs.

4.2.29 Identificar a existência de espécies exóticas invasoras da flora e fauna nas áreas naturais remanescentes localizadas na área de influência do empreendimento.

4.2.30 Identificar as formações vegetais e ecossistemas predominantes na região de localização do empreendimento.

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4.2.31 Apresentar levantamento e metodologia utilizados para diagnóstico da flora localizada na zona de influência do empreendimento.

4.2.32 Identificar a presença de áreas úmidas em diferentes gradientes e a rede hidrográfica da área que compreender: as Unidades de Conservação, o local do empreendimento e os territórios existentes entre estes.

4.2.33 Apresentar levantamento e metodologia utilizados para diagnóstico da fauna silvestre localizada na zona de influência do empreendimento, destacando que para cada grupo de animais (anfíbios, répteis,

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P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E P O R T O A L E G R E S E C R E T A R I A M U N I C I P A L D O M E I O A M B I E N T E

mamíferos, aves) deverão ser realizadas no mínimo cinco dias de incursões a campo a cada estação do ano.

4.3 MEIO ANTRÓPICO

4.3.1 DPC. Identificar as praças e seus equipamentos existentes nas Áreas de Influência Direta e Indireta do empreendimento, em um raio de aproximadamente 700m, avaliando os respectivos estados de conservação e analisando a carência de áreas verdes públicas nesse entorno.

4.3.2 ECCPHA. Caracterizar as unidades residenciais e comerciais existentes na área de influência do empreendimento que poderão ser atingidas por possíveis emissões de poluentes atmosféricos (material particulado, odores, fumaça, etc.) gerados pelo empreendimento.

4.3.3 SPM. Descrever a insolação incidente na gleba nos solstícios e equinócios, através de plantas e animação, levando em conta os elementos morfológicos naturais e antrópicos, propostos e existentes no entorno imediato, incluindo a incidência das sombras „perenes‟ (sem e com a presença do

empreendimento). N

4.3.4 Identificar o regime de ventos incidentes no sítio, impactos no empreendimento e influência na sua área de influência direta.

4.3.5 Identificar potenciais de incremento turístico e de lazer no sítio do empreendimento, as articulações rodo-hidroviária e aérea, gerados por empreendimentos existentes, em gestação ou em implantação ao longo da orla, a partir das Diretrizes Urbanísticas para a Orla do Guaíba no município de Porto Alegre e Estudo de Impacto Ambiental da Marina Pública de Porto Alegre, entre outras.

4.3.6 Identificar as alterações da estrutura fundiária, decorrentes da presente proposta de Estudo de Viabilidade Urbanístico (figura/fundo), relacionando as áreas públicas e privadas.

4.3.7 Identificar as modificações dos usos, decorrentes da presente proposta de Estudo de Viabilidade Urbanístico (figura/fundo), relacionando os usos públicos e privados.

4.3.8 Identificar a morfologia do leito, regime de cheias e mecânica das correntes do Lago Guaíba, na área de influência da marina.

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4.3.9 Inventariar a legislação brasileira referente a modelos legais de uso e ocupação de áreas públicas correspondentes ao estacionamento subterrâneo, ancoradouro e marina propostos.

4.3.10 SMED. Identificar as escolas que atendem a região, e verificar a oferta de vagas por escolas.

4.3.11 Apresentar planta de localização (em escala) com o empreendimento e as escolas apontadas no estudo assinaladas e quadro das escolas com os seus endereços.

4.3.12 Identificar os dados demográficos da população existente em estudo discriminando por faixa etária e por faixas de renda percápita.

4.3.13 SMOV. Identificação das vias sob influência direta e indireta do empreendimento especificando: a) Levantamento e diagnóstico da condição dos pavimentos de acordo com a Norma DNIT PRO

008/2003 e das estruturas dos pavimentos existentes de acordo com a Norma DNER PRO 011/79;

b) Contagens de Tráfego classificadas por tipo de veículo para determinação da Carga de Tráfego (N) atuante sobre os pavimentos;

c) Levantamento e cadastro da iluminação pública existente; d) Geometria atual das vias com identificação das obras de arte, ciclovias e todas as particularidades existentes na região analisada;

e) Identificação das interseções existentes no empreendimento e no seu entorno.

4.3.14 EPTC. Apresentar a caracterização da circulação, acessibilidade e segurança viária (todos os modais) conforme roteiro DENATRAN e recomendações abaixo:

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P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E P O R T O A L E G R E S E C R E T A R I A M U N I C I P A L D O M E I O A M B I E N T E

4.3.15 O estudo deverá ser elaborado em uma área de influência de pelo menos 3 km de ráio, considerando o porte do empreendimento e a sobreposição de diversos polos geradores, aprovados e em estudo.

4.3.16 As contagens deverão ser efetuadas em dias típicos (terça a quinta), nas interseções principais (das 6 às 20h) e nas demais (no pico da manhã e da tarde).

4.3.17 DMAE/GPLA. Identificar e caracterizar a infraestrutura implantada na área de influência do empreendimento, incluindo capacidade de atendimento e possibilidade de expansão, com mapeamento em escala 1:5000, contemplando rede de abastecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos sanitários.

4.3.18 SMC. Demonstrar o tratamento paisagístico da área e a visualização do empreendimento e sua relação com a paisagem circundante a partir do Parque Marinha do Brasil, da Av. Padre Cacique, da Av. Diário de Notícias e Lago Guaíba. Demonstrar sua adequação às diretrizes gerais utilizadas pela PMPA para projetos de ocupação da Orla (permeabilidade, leveza, qualidade arquitetônica, acesso público, mobiliário urbano, iluminação pública), em especial as diretrizes desenvolvidas pelo Projeto Parque Urbano da Orla do Guaíba, de autoria do escritório Jaime Lerner – Arquitetos Associados. 4.3.19 ERES. Realizar estudo e levantamento dos resíduos sólidos preexistentes na área do futuro empreendimento. O estudo deve conter levantamento quali-quantitativo destes resíduos com base na norma NBR 10.004/04 (Classificação de Resíduos Sólidos), a descrição dos processos e métodos de retirada (dos resíduos sólidos preexistentes ou oriundos de demolição), armazenamento temporário, coleta, transporte, tratamento e/ou destinação final. O estudo deve atender ao disposto na Lei Estadual nº 11.520/00 (Esta Lei – Código Ambiental do RS proíbe o parcelamento de solo inundável); na Lei Estadual nº 9.921/93 e no Decreto nº 38.356/98, que regulamenta a referida lei; na Lei Estadual nº 11.019/97 e no Decreto Estadual 45.554/08, que regulamenta a referida Lei; na Resolução COMAM 06/06, na Resolução CONAMA 401/08; na Resolução CONAMA 307/02; na Resolução CONSEMA 109/05; na Resolução CONAMA 420/09 e na Lei Complementar nº 234/90

(Código Municipal de Limpeza Urbana). U

4.3.20 Elaborar o Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) conforme prevê a Resolução CONAMA nº 307/2002 e Resolução CONSEMA nº 109/05, onde conste o levantamento quali-quantitativo dos resíduos sólidos gerados baseado nas classificações descritas na norma NBR

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1004/04 (Classificação de resíduos sólidos) e na Resolução CONAMA 307/02, bem como a descrição dos processos e métodos de armazenamento temporário, coleta, transporte, tratamento e destinação final.

4.3.21 Priorizar a reutilização de resíduos da construção civil Classe A, conforme Resolução CONAMA

307/02, provenientes de obras devidamente licenciadas junto ao órgão ambiental, com a devida comprovação de origem.

4.3.22 Buscar alternativas, dentro do conceito de construções sustentáveis, para as diversas técnicas construtivas utilizadas no empreendimento.

4.3.23 SMS/ASSEPRO Apontar os Estabelecimentos de Atenção à Saúde públicos (EAS‟s da Rede de Atenção Primária e da Rede de Urgências) que atendem as áreas de influência direta e indireta do empreendimento. Destacar os vazios de atendimento e/ou a saturação dos estabelecimentos identificados. Este levantamento deverá ser apresentado através de planta de localização (em escala).

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Como vimos anteriormente mesmo a estimativa acima não se sustenta e a área líquida não passa dos 16.000 m2, o que limita o volume das construções em 16.000 m2 no máximo.

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O PROJETO

Vemos que não foi adotada a solução dique. As cotas nesta área estão bem abaixo cota 5,13 m que estão bem abaixo da prevista para o dique e, portanto não dando a proteção contra inundações para o empreendimento. Neste caso a Lei do PDDUA e do Código do Meio ambiente do Estado são desrespeitadas.

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EIA RIMA DO ESTALEIRO SÓ E A ÁREA INUNDÁVEL

No volume geral diz o Estudo:

A área do empreendimento está localizada na bacia do arroio Sanga da Morte, segundo a divisão do município de Porto Alegre em bacias hidrográficas, em zona sujeita a inundações, pois não está protegida pelo Sistema de Proteção do Município de Porto Alegre. A Av. Padre Cacique funciona como um dique de proteção contra cheias.

Ora a Avenida Padre Cacique e a Guaíba não são Diques de Proteção, pois estão abaixo do que determina o PDDUA e mesmo assim está depois das margens onde esta a área do empreendimento.

No primeiro volume diz: Página 134 e seguintes

4.1.13 Caracterização do comportamento da gleba com relação às inundações Cruzando a topografia da área com os níveis de cheia apresentados no item 4.3.8.2 (considerando o marégrafo de Imbituba), observa-se que a área do empreendimento está sujeita a inundações por ocasião de cheias no Lago Guaíba superiores a 50 anos de período de recorrência. O nível de 3,23 m correspondente a uma cheia com TR de 100 anos causaria a inundação de uma parcela da área. Para um TR de 50 anos (nível= 2,86 m), uma pequena parcela junto ao arroio Sanga da Morte estaria sujeita a inundações ribeirinhas. 4.3.8.2 Regime de cheias 4.3.8.2.1 Níveis diários: Curva de permanência e tendências A Figura 4.3.8.3 mostra a variabilidade do nível máximo diário e anual no Lago Guaíba no período 1941-2012 medido na régua da Harmonia. Nesse período, o nível no Lago variou entre -0,20 m (1988) e 2,83 m (1967) metros. O nível médio (Figura 4.3.8.4) no sistema foi de 0,90 metros. O nível mostrou uma variabilidade uniforme em torno do valor médio durante o período. Os níveis diários máximos e anuais no Lago não apresentam tendências ao longo do tempo. Essa série não possui o nível de 4,75 m observado durante a cheia histórica ocorrida em abril de 1941.

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Figura 4.3.8.3 – Série Histórica de níveis diários no Lago Guaíba – Praça da Harmonia Período 1941-2012 4.3.8.2.3 Níveis máximos O Quadro 4.3.8.1 apresenta a série de níveis máximos anuais no Lago Guaíba no período 1941-2012. Quadro 4.3.8.1 – Série de níveis máximos anuais no Lago Guaíba - Praça da Harmonia - 1941- 2012

Ano Nível

Ano Nível

Ano Nível

Ano Nível 1941 4.7

1960 1.8

1978 1.5

1995 2.0

1942 2.2

1961 1.9

1979 1.6

1996 1.6 1943 1.9

1962 1.1

1980 1.7

1997 1.9

1944 1.8

1962 1.1

1981 1.6

1998 2.0 1945 1.4

1963 2.5

1982 2.0

1999 1.5

1946 1.7

1964 1.5

1983 2.3

2000 1.9 1947 1.7

1965 2.5

1984 2.6

2001 2.4

Ano Nível

Ano Nível

Ano Nível

Ano Nível

1948 1.7

1966 2.5

1985 2.2

2002 2.5 1949 1.8

1967 2.8

1986 1.8

2003 2.0

1950 1.7

1968 1.3

1987 2.3

2004 1.6 1951 1.6

1969 1.4

1988 2.0

2005 2.1

1952 1.6

1970 1.7

1989 2.0

2006 1.4 1953 2.1

1971 1.7

1990 2.2

2007 2.4

1954 2.4

1972 2.2

1991 1.6

2008 2.0 1955 1.4

1973 1.9

1992 1.9

2009 2.4

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1956 1.7

1974 1.5

1992 1.8

2010 1.8 1957 2.0

1975 1.6

1992 0.9

2011 2.2

1958 1.9

1976 1.8

1993 2.1

2012 1.8 1959 2.0

1977 2.1

1994 2.0

O risco de inundações ribeirinhas em Porto Alegre pode ser estimado com base na distribuição estatística das enchentes ocorridas no passado. A análise de freqüência de cheias tem como objetivo estabelecer a relação entre os valores de níveis ou vazões máximas e os tempos de retorno ou de recorrência associados. Esta análise baseia-se no exame probabilístico dos máximos registros anuais. Desta forma, cada ano está associado um máximo anual resultando num conjunto {n1, n2,..., nn}, que pode ser interpretado como sendo uma amostra de variável aleatória n, máximo nível anual. A Figura 4.3.8.6 apresenta o ajuste de Gumbel para os níveis máximo no Lago Guaíba obtido no Projeto Executivo da bacia do Arroio do Salso, utilizado como referência pelo Departamento de Esgotos Pluviais de Porto Alegre. Na sequência, o Quadro 4.3.8.2 apresenta os níveis de cheia para os tempos de recorrência de 2, 5, 10, 25, 50 e 100 anos do Lago Guaíba considerando como datum vertical o marégrafo de Torres e Imbituba.

Figura 4.3.8.6 – Ajuste de Gumbel para a relação entre os níveis máximos anuais e tempos de retorno no Lago Guaíba Fonte: ENGEVIX (1968)

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Cópia do Gráfico de Gumbel do DNOS em referência zero do DNOS que deve ser corrigido para o sistema de referência do município que constam nos mapas municipais elaboradas no Governo Collares. Considerando que nos mapas citados o dique da Praia de Belas esta na cota 5,13 mais ou menos enquanto que no sistema de referência do DNOS esta na 4,75, constata-se uma diferença de 0,38 m, que indica que sempre que tratarmos de cotas do DNOS e compararmos com dados municipais se deve somar 0,38 m (Todos os sistemas citados por diversos Órgãos Públicos se dizem referenciados ao Serviço Geográfico do Exército, mas tem diferenças grandes entre si, portanto muito cuidado).

Quadro 4.3.8.2 – Níveis de cheia no Lago Guaíba

Tempo de retorno

RRNN Marégrafo Torres

RRNN Marégrafo Imbituba 10

4,1

3,2

50 3,7

2,8 25 3,2

2,4

10 2,8

2,0 5 2,4

1,6

2 1,9

1,0 Observação do contestador: O zero Imbituba aqui utilizado deve ser revisado, pois

em análise agora feita os dados apresentam incoerência com os mapas da Prefeitura, principalmente comparado ao que diz o artigo 136 do PDDUA. Tem–se que descobrir o erro que existe no EIA RIMA e o PDDUA incluindo o mapa citado e também anexado. Na primeira linha o período de retorno deve ser 100 anos e não dez. Neste quadro, portanto os autores do EIA RIMA querem dizer que os dados do DNOS estão referidos ao zero do marégrafo de Torres e, portanto o Gráfico de Gumbel também. Não da para entender porque os dados foram convertidos para o marégrafo Imbituba, pois nada tem a ver com as referências do município do Porto Alegre. Cita, no entanto, na página 132 do Volume I do EIA RIMA o que segue: “4.1.13 Caracterização do comportamento da gleba com relação às inundações Cruzando a topografia da área com os níveis de cheia apresentados no item 4.3.8.2 (considerando o marégrafo de Imbituba), observa-se que a área do empreendimento está sujeita a inundações por ocasião de cheias no Lago Guaíba superiores a 50 anos de período de recorrência. O nível de 3,23 m correspondente a uma cheia com TR de 100 anos causaria a inundação de uma parcela da área. Para um TR de 50 anos (nível= 2,86 m), uma pequena parcela junto ao arroio Sanga da Morte estaria sujeita a inundações ribeirinhas.”

Aqui cabe dizer que existe uma falta de conhecimento sobre os problemas das inundações do Guaíba, em primeiro lugar por considerar uma cheia de TR = 100 anos, pois o DNOS adotou a cheia de 41 com TR=370 como definidora da altura das obras, ou seja, 4,75 m (marégrafo Torres). Em segundo lugar e este é um assunto mais GRAVE, adota o marégrafo Imbituba como referência da altura das

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obras de contenção. Portanto desqualifica o estudo apresentado no tocante às obras e Poe dúvida quanto ao restante.

Os dados que deveriam constar no quadro acima seriam os seguintes:

TR (anos) Zero DNOS (m) Zero Prefeitura (m) Diferença (m) Período de

Retorno Cota DNOS Cota Município Entre Zeros

370 4,75 5,13 0,38 100 4,10 4,48 0,38

50 3,70 4,08 0,38 25 3,20 3,58 0,38 10 2,80 3,18 0,38 5 2,40 2,78 0,38 2 1,90 2,28 0,38

A cheia de TR = 100 anos é de 4,48 m e não 3,23 m conforme afirma o EIA RIMA.

Se as cotas citadas do nivelamento topográfico, também no EIA RIMA, estiverem sendo referidas ao marégrafo Imbituba devem ser alteradas e somadas ao valor 4,48 – 3,20 = 1,28 para estarem no sistema municipal sob pena de um erro gravíssimo.

Notem bem estou analisando estes dados com utilização Dos mapas municipais da Gestão Collares, pois são os mesmo utilizados desde a confecção de PDDUA anteriores e constava no site da SPE da Prefeitura até recentemente. Portanto se o PDDUA que utilizava estes mapas até a alteração feita recentemente nele e os dados dos artigos referentes à cota dos diques de proteção não mudaram, logicamente os mapas valem.

Nesta contestação foi inserida uma parte do mapa da gestão Collares onde ressaltamos as cotas nos locais junto à área em estudo.

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PARCELAMENTO DO SOLO URBANO Os itens das Leis sobre parcelamento do solo urbano cabem na exigência deste tópico em face da abertura de ruas e acessos. Não prevalece a afirmação de que a área já foi ocupada por edificações, pois no caso era uma só unidade dentro da área. No presente momento trata-se de analisar a mesma área, mas não só para um empreendimento (um só acesso privativo, mas de parcelar a áreas com inclusão de diversas ruas e acessos e, portanto segundo a Lei Lei 6.766/79, ela deve ser novamente parcelada e para isso atender as Leis em vigor. (Ver Lei logo á seguir). Quanto ao Parcelamento do solo, antes temos que relembrar:

O termo parcelamento de solo urbano é gênero das espécies loteamento e desmembramento. Como loteamento entende-se a divisão de gleba em lotes com destinação específica, a saber, a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. Como desmembramento entende-se a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou amplificação dos já existentes.

Lei 6.766/79 Art. 2º - O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes. 1º - Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 2º - Considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou amplificação dos já existentes.

O PDDUA em seu artigo 136 reza:

Art. 136. Fica vedado o parcelamento do solo, para fins urbanos:

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I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas ou a proteção contra as cheias e inundações;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde, sem que sejam previamente saneados;

III - em terrenos ou parcelas de terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas a serem estabelecidas por decreto;

IV - em terrenos onde as condições geológicas e hidrológicas não aconselham a edificação;

V - em terrenos situados fora do alcance dos equipamentos urbanos, nomeadamente das redes públicas de abastecimento de água potável e de energia elétrica, salvo se atendidas exigências específicas dos órgãos competentes;

VI - em Áreas de Proteção do Ambiente Natural, após detalhamento que resulte em preservação permanente;

VII - em áreas onde a poluição ambiental impeça condições sanitárias, salvo se houver correções de acordo com as normas oficiais;

VIII - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados ou lotes em desacordo com padrões estabelecidos em lei;

IX - em imóveis que não possuam frente para logradouros públicos oficiais;

X - em Áreas de Contenção ao Crescimento Urbano (ACCRU).

§ 1º Para os efeitos do inciso I do "caput" deste artigo, imóveis não protegidos de cheias e inundações são os que estiverem localizados em:

I - quota de nível inferior a 05,13m (cinco metros e treze centímetros) positivos em relação ao sistema oficial de referência de nível do Município, exceto aqueles situados com quota de nível superior a 02,13m (dois metros e treze centímetros) positivos, localizados na faixa litorânea do lago Guaíba, ao sul do cruzamento da Av. Guaíba com a Rua Dr. Pereira Passos;

II - quota de nível inferior a 02,13m (dois metros e treze centímetros) positivos em relação ao sistema oficial de referência de nível, mesmo quando protegidos de diques de defesa contra inundações, cujo coroamento situe-se na quota mínima de 05,13m (cinco metros e treze centímetros) positivos, e sejam dotados de sistema de drenagem das águas pluviais, com bombeamento em operação.

Em um primeiro momento podemos constatar que o artigo 136 do PDDUA foi para atender a Lei do Código do meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul que determina:

Art. 192 - Os parcelamentos urbanos ficam sujeitos, dentre outros, aos seguintes quesitos:

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I - adoção de medidas para o tratamento de esgotos sanitários para lançamento no solo ou nos cursos d'água, visando à compatibilização de suas características com a classificação do corpo receptor; II- proteção das áreas de mananciais, assim como suas áreas de contribuição imediata, observando características urbanísticas apropriadas; III- que o município disponha de um plano municipal de saneamento básico aprovado pelo órgão ambiental competente, dentro de prazos e requisitos a serem definidos em regulamento; IV - o parcelamento do solo será permitido somente sob prévia garantia hipotecária, dada ao município, de 60% (sessenta por cento) da área total de terras sobre o qual tenha sido o plano urbanístico projetado. Parágrafo único - Não poderão ser parceladas: I - as áreas sujeitas à inundação;

Veja que no Código do Meio Ambiente do Estado Item I do parágrafo único do artigo 192 confirma que não poderão ser parceladas áreas localizadas em locais sujeitos á inundação. Aqui a Lei não abre nenhuma possibilidade de execução de obras que evitem as inundações.

Por outro lado o PDDUA no artigo 136 determina as áreas de Porto Alegre que devam ter Diques de Controle de Inundações e as que não necessitam.

A área que deve ter diques de proteção para serem parcelas vem desde o Rio Gravataí e vai até as barcas na Assunção, ou seja, no encontro das Avenidas Guaíba e Pereira Passos. Após este ponto para o sul não serão necessárias obras de proteção.

As áreas á serem ocupadas fica limitado a áreas acima da cota 2,13 m do sistema de referência da Prefeitura de Porto Alegre.

Os diques ficam definidos que atinjam a cota 5,13 m.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

A área do Estaleiro, segundo mapa da SPM, tem um bom percentual na cota 2,2 o que determina a construção do dique de um sistema contra inundações.

Mesmo tentando aterrar a área o investidor teria que fazer o aterro até a cota 5,75 conforme o PDDUA.

No entanto a ocupação de áreas entre o Estaleiro e o ponto de encontro das avenidas Guaíba e Pereira Passos esta sendo liberada sem a construção deste dique que o

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PDDUA determina e a Lei do Código do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul obrigaria se não proibisse.

Desta forma o Barra Shopping não poderia ter sido construído e o foi. Quem indenizará este complexo em caso de inundação algum dia?

NOTA: Reparem bem o mapa acima que indica as cotas que constam no mapa municipal de Porto Alegre feitos na gestão Collares. Isto indica total desrespeito ao PDDUA (artigos 134 a 136).

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A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

CAPÍTULO VII

Da Política do Meio Ambiente

Art. 236 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo, cabendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas nesse sentido.

§ 1º – O Município desenvolverá ações permanentes de planejamento, proteção, restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe primordialmente:

I – elaborar o plano diretor de proteção ambiental;

II – prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão;

III – fiscalizar e disciplinar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino final de produtos, embalagens e substâncias potencialmente perigosos à saúde pública e aos recursos naturais;

IV – promover a educação ambiental, formal e informal;

V – proteger a flora, a fauna e a paisagem natural;

VI – fiscalizar, cadastrar e manter as matas remanescentes e fomentar o florestamento ecológico;

VII – incentivar e promover a recuperação das margens do rio Guaíba e de outros corpos d’água, e das encostas sujeitas a erosão.

§ 2º – Qualquer cidadão poderá, e o servidor público deverá provocar iniciativa do Município ou do Ministério Público, para fins de propositura de ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente ou a bens e direitos de valor artístico, histórico e paisagístico.

Art. 237 – Dar-se-á amplo conhecimento à população, através dos meios locais de comunicação, durante os noventa dias que antecederem sua votação, dos projetos de lei, de iniciativa de qualquer dos poderes, de cujo cumprimento puder resultar impacto ambiental negativo.

Parágrafo único – Por solicitação de qualquer entidade interessada em oferecer opinião ou proposta alternativa, cabe ao poder iniciador do

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projeto promover audiência pública, nos termos do art. 103, dentro do prazo estabelecido pelo "caput".

O item VII do artigo 236 diz que todos deverão se empenhar na defesa do meio ambiente: “VII – incentivar e promover a recuperação das margens do rio Guaíba e de outros corpos d’água, e das encostas sujeitas a erosão.”

Margem aqui nesta área do Estaleiro é toda ela, pois se assim não o for estaremos consagrando o fato de que margem me apenas uma linha e não uma área.

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CRITÉRIOS PARA DEMARCAÇÃO DE FMP

Existem critérios adotados para demarcação de FMP pela extinta Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (SERLA), agora INEA. Tais critérios consistem, principalmente, em definir uma seção de cheia a partir da qual é demarcada a FMP. A definição do leito maior sazonal, que segundo a legislação anteriormente citada seria a calha alargada ocupada nos períodos anuais de cheia. A cheia é definida de acordo com os períodos de recorrência a ela associados. A extinta SERLA adotou a vazão de cheia recorrente em 10 anos, o que permite a definição de uma seção do corpo hídrico e conseqüentemente uma FMP de maior largura. Mas, esta escolha é arbitrária e poderia ser de dois, três, vinte ou cinqüenta anos de TR, lembrando que quanto maior o período de recorrência da cheia, maior será a largura da FMP. É essencial para a demarcação de FMP, a definição do leito maior sazonal. O Código Florestal define o limite do nível de água ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal. Já o Código de Águas define como limite de nível d’água para a demarcação a linha das cheias ordinárias. Assim, poderia ser considerada como cheia ordinária aquela que ocorresse uma vez a cada dois ou três anos e proceder a uma verificação do limite da FMP observando o nível atingido por uma cheia maior (TR 10 ou 20 anos), como forma de garantir, em termos técnicos, a melhor e mais segura FMP.

Considerando o Gráfico de Gumbel elaborado pelo DNOS quando do projeto das obras de Proteção Contra Inundações:

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Considerando que a cheia adotada foi a de 1945 cujo Período de Retorno é de 370 anos cuja cota no Zero do DNOS é 4,25 m, e no zero da Prefeitura Municipal 5,13 m, encontra-se uma diferença de 0,88 m a mais se formos considerar o zero municipal a fim de compararmos obras e adotarmos valores do PDDUA.

Daí:

TR (anos) Zero DNOS (m) Zero Prefeitura (m) Diferença (m) Período de

Retorno Cota DNOS Cota Município Entre Zeros

370 4,75 5,13 0,38 1 1,30 1,68 2 1,90 2,28

10 2,85 3,18 20 3,30 3,68

Para Porto Alegre, seguindo os critérios da SERLA, poderíamos adotar o TR de 2 anos para definir a margem inicial e 20 anos para a margem final.

A adoção deste critério nos parece bastante lógico, pois 2 anos seria um dado praticamente normal para o Rio Guaíba e o de 20 anos praticamente, na área do Cristal, seriam o ponto de transbordamento para uma área bem mais vasta que a própria caixa do rio.

Portanto, neste caso, a margem, junto ao Estaleiro Só iria da beira do Rio até próximo da avenida que passa na frente da área citada.

COTAS JUNTO AO ESTALEIRO SÓ (Sistema de zero da Prefeitura Municipal):

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Constata-se que a Margem do Rio, por critérios apontados acima, estaria entre as cotas 2,28 e 3,68, ou numa média nas cotas 1,98 e 3,43, o que mostra que toda a área do Estaleiro estaria na margem do Rio, pois as cotas na área do Estaleiro obtidas no mapa de Porto Alegre estão entre as cotas 2,20 e 2,60 m.

DIQUE DE PROTEÇÃO SEGUNDO O PDDUA NA COTA 5,13 DO ZERO MUNICIPAL:

MARGENS: Esquema indicando as margens na área do Estaleiro conforme critério adotado.

Henrique Wittler

[email protected]

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Ato 614 /2009 - Lei Complementar Municipal

Data 30/04/2009 Ano 2009

Fonte DOPA 04/05/2009 Pág. 2

Prefeitura Municipal de Porto Alegre

LEI COMPLEMENTAR Nº 614, DE 30 DE ABRIL DE 2009.

Determina adequações e observância para os projetos e os empreendimentos a serem executados na Subunidade 3 da Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 4036 e permite, nessa Subunidade, sob as condições que determina, edificações cujas atividades sejam classificadas no Código 7 do Grupamento de Atividades.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Os projetos e os empreendimentos a serem executados na Subunidade 3 da Unidade de Estruturação Urbana (UEU) 4036 deverão adequar-se às disposições da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, e alterações posteriores, e às normas relativas ao parcelamento do solo e observar as disposições desta Lei Complementar.

§ 1º O projeto de parcelamento do solo deve especificar e dimensionar a área total privativa, assim como os lotes a

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serem alienados.

§ 2º As áreas dos logradouros a serem transferidas ao Município de Porto Alegre, bem como os lotes privativos, conforme disposições da legislação do parcelamento do solo, deverão ser apresentadas em planta própria, para fins de registro cartorial.

§ 3º Quando os projetos e os empreendimentos de que trata o “caput” deste artigo contemplarem a implantação de loteamentos, esses deverão contar com os seguintes equipamentos públicos devidamente urbanizados, conforme determina a legislação:

I – as vias públicas;

II – as obras de proteção contra cheias do Lago Guaíba;

III – as áreas de praças; e

IV – o trapiche.

§ 4º Poderá haver Transferência de Potencial Construtivo entre os lotes sobre os quais seja proposto o projeto.

§ 5º Em qualquer hipótese, o projeto deverá preservar área pública junto à orla, urbanizada por conta dos empreendedores, com largura mínima de 60m (sessenta metros), não podendo ser efetuado aterro no Lago Guaíba.

Art. 2º Ficam permitidas, na Subunidade 3 da UEU 4036, edificações cujas atividades sejam classificadas no Código 7 do Grupamento de Atividades, respeitando as disposições dos Anexos 5.1 e 5.4 da Lei Complementar nº 434, de 1999, e alterações posteriores.

§ 1º A implantação de edificações e atividades na Subunidade 3 da UEU 4036 deverá ser objeto de Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU), que será analisado após elaboração, avaliação e aprovação de Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (EIA – RIMA), os quais deverão apontar todas as medidas mitigadoras e compensatórias necessárias à implementação do empreendimento, especialmente as

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que dizem respeito à circulação viária e à proteção ambiental.

§ 2º Sem prejuízo das demais contrapartidas exigidas pela legislação vigente, caberá ao empreendedor a instalação de sistema de proteção à Subunidade 3 da UEU 4036 contra eventuais cheias do Lago Guaíba.

§ 3º O esgoto cloacal decorrente de todo o empreendimento será obrigatoriamente tratado pelos empreendedores, se o Poder Público não possuir rede para tratamento à época da aprovação do projeto urbanístico.

Art. 3º A área de proteção permanente e a faixa de terreno localizada entre matrícula existente e o Lago Guaíba serão caracterizadas como um parque urbano, com uso público e acesso irrestrito à orla do Lago Guaíba, devendo esta ser urbanizada pelo empreendedor, conforme projeto a ser aprovado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), pelo Grupo de Trabalho da Orla Guaíba da Secretaria Municipal de Planejamento (SPM) e pela Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social (SEACIS).

Art. 4º Relativamente às disposições do “caput” do art. 2º desta Lei Complementar, deverão ser referendadas, por maioria simples, em consulta pública aos eleitores inscritos em qualquer zona eleitoral do Município de Porto Alegre.

§ 1º A consulta pública será convocada e realizada pelo Executivo Municipal no prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da data da publicação desta Lei Complementar, observadas, no que couber, a estrutura e a regulamentação da Lei nº 7.595, de 17 de janeiro de 1995, e alterações posteriores.

§ 2º Concluído o processo de consulta pública, o Executivo Municipal deverá, no prazo de 48h (quarenta e oito horas), encaminhar à Câmara Municipal de Porto Alegre o resultado oficial.

Art. 5º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de

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sua publicação.

§ 1º A eficácia das disposições do art. 2º desta Lei Complementar está condicionada ao cumprimento do disposto no “caput” do art. 4º desta Lei Complementar.

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido no § 1º do art. 4º desta Lei Complementar, sem o cumprimento dos procedimentos de responsabilidade do Executivo Municipal, esta Lei Complementar passa a viger com a derrogação do art. 4º e do § 1º deste artigo.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 30 de abril de 2009.

José Fogaça,

Prefeito.

Márcio Bins Ely,

Secretário do Planejamento Municipal.

Registre-se e publique-se.

Clóvis Magalhães,

Secretário Municipal de Gestão e

Acompanhamento Estratégico.

ATERRO NAS MARGENS - LEI COMPLEMENTAR Nº 12 (ALTERAÇÕES INSERIDAS NO TEXTO ATÉ A LC 702/12)

Art. 91 - Para impedir a poluição das águas, é proibido:

I - as indústrias e oficinas depositarem ou encaminharem a cursos d’água, lagos e reservatórios de água os resíduos ou detritos provenientes de suas atividades, sem obediência a regulamentos municipais. Pena: multa de 17,50 a 35,00 URMs II - canalizar esgotos para a rede destinada ao escoamento de águas pluviais. Pena: multa de 17,50 a 35,00 URMs

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III - localizar estábulos, pocilgas e estabelecimentos semelhantes nas proximidades de cursos de água, fontes, represas e lagos, de forma a propiciar a poluição das águas; Pena: multa de 17,50 a 35,00 URMs IV - acrescer terrenos descobertos, por meio de depósitos e aterros artificiais, em detrimento das atuais margens do Rio Guaíba. Pena: multa de 10,5 a 16,50 URMs, quando o infrator for primário, e de 35,00 a 70,00 URMs, quando for reincidente. (acrescido pela LC 56/81).

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LEI COMPLEMENTAR N� 470, 02 de janeiro de 2002.

Cria a Subunidade de Estruturação Urbana 03 da UEU 4036, referente à área do Estaleiro Só, define seu regime urbanístico e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Fica criada a Subunidade de Estruturação Urbana 03 da Unidade de Estruturação Urbana 4036, cujos limites constam no Anexo desta Lei.

Art. 2º Fica mantida a classificação de Área Especial para toda Unidade de Estruturação Urbana 4036, tal como se encontra na Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, que instituiu o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, e definido o regime urbanístico para as edificações da Subunidade 03, criada pelo artigo anterior, com as seguintes especificações:

I - Densidade Bruta: Código 25, conforme projeto específico;

II - Atividades: Código 15.2, com definição de ocupação, para uso privado, de atividades de interesse cultural, turístico e paisagístico, relacionadas no Anexo 5.2 da Lei Complementar nº 434, de 1999, vedado habitação, comércio atacadista e indústria, e sendo permitido: a) comércio varejista, exceto depósitos ou postos de revenda de gás, funerárias e postos de abastecimento que não estejam vinculados à atividade náutica; b) serviços, exceto oficinas que não estejam vinculadas à atividade náutica; c) atividades especiais, admitida somente a instalação de arenas esportivas, de marinas e equipamentos correlatos;

III - Índice de aproveitamento: 1,0 (um);

IV - Volumetria: Código 25, altura e taxa de ocupação a serem definidas no Estudo de Viabilidade Urbanística - EVU.

Art. 3º A implantação de edificações e atividades na Subunidade de Estruturação Urbana 03 da Unidade de Estruturação Urbana 4036 será sempre objeto de Estudo de Viabilidade Urbanística.

Art. 4º Na área de que trata o art. 1º desta Lei Complementar, o percentual destinado à área pública será constituído por um parque

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urbano com acessibilidade pública, a ser urbanizado pelo empreendedor conforme projeto aprovado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, privilegiando a integração da população com o Guaíba e seu acesso a toda orla pertencente à gleba.

Art. 5º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 02 de janeiro de 2002.

Tarso Genro, Prefeito.

Carlos Eduardo Vieira, Secretário do Planejamento Municipal. Registre-se e publique-se.

João Verle, Secretário do Governo Municipal.

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DIQUE PREVISTO NA ZONA SUL PELO PDDUA

A Lei 164 prevê a construção do dique no Estaleiro Só, atendendo o PDDUA nos artigos 134 a 136 que por sua vez atendem o artigo 191 do Código do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul.

No caso do artigo 136 a exigência é de que para haver parcelamento do solo urbano da área que estiver inferior à cota municipal 5,13 m na área situada entre o Gravataí e a Rua Pereira Passos com Av. Guaíba, junto às barcas em Assunção, deverão ser protegidas contra inundações pela construção de um DIQUE na cota 5,13 m.

NOTA: O sistema de cota deve ser o da Prefeitura municipal, caso contrário, se adotado outra referência todas as cotas deverão ser corrigidas para esta mesma referência.

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ESGOTO CLOACAL

O esgoto cloacal do empreendimento segundo exposição na audiência Pública será feito em depósitos subterrâneos que ficarão com tampa mais ou menos na cota abaixo da 2,0 (não sei a referência), se aterro nas margens for permitido, o que inspira cuidados em épocas de cheias, pois os reservatórios deverão muito bem lacrados, pois em época de cheia ficarão submersos. A submersão poderá levar, caso rompa a impermeabilização a uma tragédia no esgoto da Cidade e principalmente aos condutos que conduzem o esgoto á estação de tratamento.

COMPARATIVO ENTRE A SOLUÇÃO COM CONSTRUÇÕES NA ÁREA E SEM as construções.

No item 2 do primeiro volume:

2 OBJETIVOS 2.1 AVALIAR TODAS AS ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS E DE LOCALIZAÇÃO DE PROJETO, CONFRONTANDO-AS COM A HIPÓTESE DE NÃO EXECUÇÃO DO PROJETO A diferenciação entre empreendimentos urbanísticos privados e públicos apresenta, também, diferenciações quanto à relação de escolha do local para inserção do0 empreendimento. Empreendimentos públicos, em princípio, gozam da prerrogativa da melhor escolha locacional devido à possibilidade de poder realizar desapropriação, o que, teoricamente, lhe possibilita selecionar a melhor área. Já os empreendimentos privados inserem-se no âmbito do mercado de terras urbanas e não gozam da prerrogativa do uso do solo, para o interesse social e público e, portanto, da prerrogativa da desapropriação. Estes empreendimentos devem respeitar as determinações da legislação ambiental (zoneamentos econômico-ecológico, áreas de preservação, etc.), e urbanística (plano diretor, leis de uso do solo, etc.) para seu estabelecimento. Quanto à comparação efetiva nada consta no EIA RIMA. Ora a comparação seria importante, principalmente se uma das possibilidades fosse a de manter a área como recanto ambiental com limpeza da área e inserção de pequenos aparelhos para lazer e descanso (que nada mais é do que realmente o povo deseja). Alegar ser caro manter praças e aparelhos previstos no PDDUA na área não justifica a construção de prédios nas margens do Rio Guaíba. Ora se o Prefeito é omisso na limpeza da área pública, não é uma exceção só na área do Estaleiro e sim uma realidade em quase toda Porto Alegre, excluindo o local ocupado por pessoas de alta renda. Com menos CARGOS DE CONFIANÇA ganhando para nada o Prefeito poderia limpar seguidamente toda a cidade e manter as praças e locais de lazer para o bem do POVO.

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CONCLUSÃO, COMENTÁRIOS E INCLUSÃO DE ELEMENTOS E RESPOSTAS Á SEREM FORNECIDOS PELA PROFILL

Em função dos elementos anteriormente relatados que mostram faltas graves quanto à apresentação de dados quanto pela falta de aplicação de Leis, inclusive a falta de análise de alguns elementos de alta importância para aqueles que dentro das Secretarias de Governo venham analisar este EAI RIMA para aprovação. Os pontos básicos são:

1. No laudo do EIA RIMA apresentado encontramos diversas citações na qual o Guaíba é tratado com o topônimo de LAGO GUAÍBA sem que aqueles que o apresentam tomassem o devido cuidado de analisar tal afirmação e justificar a atitude. Porto Alegre hoje é a única localidade que tem uma Avenida chamada Beira Rio dizendo que margeia um lago. Ocorre que desde tempos de colonização de Porto Alegre até nossos dias, usa-se o topônimo Rio Guaíba, fato afirmado pelo IBGE em seus mapas. Se levarmos em conta que a Lei Federal 4771/65, Lei do Código Florestal, modificado pela Lei 12.651 de 2012, no seu Art. 4o reza que se considera Área de Preservação Permanente - APP, em zonas rurais ou urbanas, no caso de rios com mais de 600 m de largura (caso do Rio Guaíba), uma faixa de 500 m de largura. Nesta mesma Lei no mesmo artigo no referente a lago urbano reza que a APP será de 30 m, o que torna gravíssima a citação de Lago Guaíba, principalmente por uma firma que atua na área ambiente e que tem por obrigação conhecer o assunto. Não basta a alegação de que alguns Órgãos Públicos adotam o termo Lago Guaíba, pois um erro, mesmo cometido muitas vezes não justifica outros erros, principalmente quando contra o meio ambiente e por uma firma que se diz apta a realizar um estudo de EIA RIMA Cabe aqui esclarecer que não existe Lei nenhuma que autorize a mudança do termo Rio para Lago Guaíba, por outro lado o próprio IBGE tem colocado em seus mapas RIO GUAÍBA. Que a PROFILL apresente documentos sérios documentos legais para tal adoção, se não encontrar documento legal (documento legal não é livro, Atlas particular ou citações por Órgãos Públicos sem que em anexo provem tal mudança) devera refazer completamente seu estudo, considerando APP de 500 m, sob pena de desrespeitar a referida Lei induzindo terceiros ao crime ambiental.

2. A Lei 11.520de 2000 e suas atualizações não foram citadas ou analisadas no presente EIA RIMA, porem teriam que terem sua analise por completo, pois o empreendimento esta inserido no meio ambiente de Porto Alegre.

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A Lei Estadual 11.520 de 2000, atualizada até a Lei 13.914 de 2012, Lei do Código do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul no seu artigo 191 reza que constitui forma de parcelamento do solo, para os efeitos desta Lei, a instituição de condomínios por unidades autônomas para construção de mais de uma edificação sobre o terreno, na forma do regulamento. Mais adiante, no artigo 1920, parágrafo único reza que não poderão ser parceladas as áreas sujeitas à inundação, que é o caso da área do referente ao EIA RIMA. A PROFILL deve explicar porque mesmo citando em seu relatório que a área de dique de proteção esta após o empreendimento o que deixa o empreendimento sujeito á inundações e não relatou este fato como impeditivo ao projeto analisado. O autor do estudo deveria apresentar um corte topográfico/arquitetônico do rio até a avenida pública hoje existente, cotado em referência ao sistema adotado pela Prefeitura e que atenda aos mapas municipais que constavam do anexo ao PDDUA de 2009, anterior a Lei 434. Apresentar um perfil que partisse do dique da praia de bela (referenciado ao zero municipal) até o ponto que encontre o perfil do rio até a avenida, já citado. O EIA RIMA neste aspecto esta muito mal explicado e dados citados como referidos á referência IMBITUBA não coincidem com dados obtidos no mapa da Prefeitura (gestão Collares, base do PDDUA anterior, e no novo não existe modificação citada) que se diz estar ajustado á referência IMBITUBA. O erro que ocorre é grande e grosseiro. Se tais ponderações não forem justificadas o EIA RIMA se refere á um projeto inviável para a área do Estaleiro.

3. A Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, atualizada e compilada até a Lei Complementar nº 667, de 3 de janeiro de 2011, incluindo a Lei Complementar 646, de 22 de julho de 2010 também foi esquecida de análise ou informações dos elementos da Lei contrários a execução do empreendimento. Neste caso o relatório desconsidera o que determina os artigos 134 a 136 desta Lei. Estes artigos determinam onde em Porto Alegre, deve ser construído um sistema contra inundações na cota 5,13. Determina que na área entre o Rio Gravataí e a Rua Pereira Passos no cruzamento com a Av. Guaíba (local das barcas em Assunção) o parcelamento urbano são pode ser efetuado após a construção do dique, o que não foi feito até hoje. Todo parcelamento autorizado em cota inferior a 5,13, principalmente no Bairro Cristal burla o PDDUA, e exige explicações. Quanto à área do Estaleiro a exigência é válida e o dique deve ser construído ENTRE O RIO E O EMPREENDIMENTO (não depois do empreendimento), na cota 5,13 referência Prefeitura de Porto Alegre.

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No entanto nem o projeto atende estas delimitações nem o EIA RIMA. Cabe a PROFFIL justificar tais fatos e apresentar elementos topográficos que tenha em uma mesma referência topográfica todo o projeto e áreas vizinhas (do Estádio Beira Rio e até o Barra Shopping). Onde constem pontos cotados. O projeto, conforme informação prestada na audiência Pública prevê que os depósitos de esgoto cloacal ficarão no subsolo em cota inferior á 2 m e sujeitas á inundação. Caso não se corrija tal projeto o EIA RIMA não pode ser aprovado.

4. A Lei Orgânica de Porto Alegre nos artigos 236e 245 determina cuidados com as margens de cursos de água, mas nada foi dito ou citado sobre estes aspectos nem mesmo no estudo comparativo entre os problemas e benefícios em análises de alternativas. Referente a margem do Guaíba nada foi dito principalmente no que se refere de onde até onde é à margem do Guaíba. Existe hoje um procedimento utilizado para definir a margem de um curso de água. O procedimento adota a cota atingida pela água em um estudo probabilístico (GUMBEL) para dois TR (Período de Retorno) distintos. O ponto inferior a cota para TR = 1 ou 2 anos e para a cota superior para TR = 10 ou 20 anos. Temos certeza que a área de margem é significativa e não uma linha ou pouquíssimos metros (só em PE de morro). Lei afirma que áreas de margem ao longo de Rio Estaduais (caso do Guaíba) são propriedades do Estado. A PROFILL deve analisar e explicar a omissão, pois é importante na análise da viabilidade do empreendimento. Por outro lado esta Lei diz: “Consideram-se de preservação permanente as nascentes e as faixas marginais de proteção de águas superficiais (artigo 245) e as margens do rio Guaíba (VEJA que a própria Lei Orgânica de Porto Alegre trata o Guaíba como RIO.). Ora, a Lei Orgânica de Porto Alegre, vêm se possível esta comparação, á ser a CONSTITUIÇÃO de Porto Alegre e neste caso TOTALMENTE DESCONSIDERADA. A PROFILL deve explicar porque considera e cita no EIA RIMA Lago Guaíba sem comprovação nenhuma, mas não leva em conta o que diz a Lei Orgânica de Porto Alegre que em seu texto, sempre que se refere ao Guaíba o faz chamando de RIO.

5. O esgoto Cloacal é outro elemento para o qual a PROFILL deve

esclarecimento do que pode ocorrer em época de cheia determinada no artigo 136 do PDDUA (cota 5,13). Não foi explicado em momento algum como resistirá o tanque de armazenamento e as tubulações em época de cheia. Também não existe análise alguma quanto ao que pode ocorrer se o tanque encher e ocorrer uma pane e a área ficar sem energia por muito tempo. Deveriam

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dizer para onde vai o esgoto neste caso, pois a inclinação é em direção ao Rio Guaíba.