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Foto: arquivo Pioneer ESTAMOS PLANTANDO A PRIMEIRA SAFRA DO NOVO MILÊNIO! Ano lV - Nº 08 SEÇÃO PIONEER ADMINISTRAÇÃO RURAL NOSSO CLIENTE Novidade! Discos com furos com rampa melhoram performance do plantio MERCADO AGRÍCOLA Estratégias para soja e milho na safra 1999/2000 ALIMENTAÇÃO ANIMAL Silagem de milho: a importância da escolha dos híbridos Transformando milho em carne suína Família Stedile: qualidade com produtividade T Q ECNOLOGIA UE RENDE ESTAMOS PLANTANDO A PRIMEIRA SAFRA DO NOVO MILÊNIO!

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ESTAMOS PLANTANDOA PRIMEIRA SAFRADO NOVO MILÊNIO!

Ano lV - Nº 08

SEÇÃOPIONEER

ADMINISTRAÇÃORURAL

NOSSOCLIENTE

Novidade! Discoscom furos com

rampa melhoramperformance do plantio

MERCADOAGRÍCOLA

Estratégias parasoja e milho

na safra 1999/2000

ALIMENTAÇÃOANIMAL

Silagem de milho:a importância da

escolha dos híbridos

Transformandomilho em carne suína

Família Stedile:qualidade comprodutividade

T QECNOLOGIA UE RENDE

ESTAMOS PLANTANDOA PRIMEIRA SAFRADO NOVO MILÊNIO!

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EDITORIAL

NOTAS2

Edição: Oggi/Graphik Prod. Gráfica e Eletrônica Ltda. - Fone: (51) 715-5782Jornalista Responsável: Hélio Etges. DRT-RS 5918

Todos os artigos assinados são de responsabilidade dos respectivos autores.

Daniel GlatGerente Executivo para o Brasil

EXPEDIENTE

Informativo da Pioneer Sementes Ltda.

com distribuição gratuita para seus cli-

entes. Tiragem: 35 mil exemplares.

As solicitações de recebimento do Informativo Pioneer deverão ser feitas para a

Unidade de Santa Cruz do Sul, A/C Informativo Pioneer. Rodovia BR 471 - km 49

CEP 96.810-970 - Cx. Postal 1009 - Santa Cruz do Sul - RS - Fone: (51) 719-1044

N

E-mail exclusivo:informativo-pioneer

@phibred.com

Foi lançado o livro " Sis-tema Plantio Direto - 500perguntas, 500 respostas",compilado pelos pesquisa-dores Júlio César Salton,Luiz Carlos Hernani eClarice Zanoni Fontes, daEmbrapa. Pedidos podemser feitos pelo fone (67)422.5122, fax (67) 421.0811, e-mail: [email protected]

Utilize o e-mail exclusivodo Boletim InformativoPioneer para enviar suges-tões de matérias, comuni-cação de eventos, congres-sos, exposições, divulgaçãode publicações e outros as-suntos de interesse do se-tor agrícola. Nosso informa-tivo é distribuído de manei-ra dirigida para 35.000 lei-tores em todo o Brasil.

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o momento em que o país se prepara paraplantar a primeira safra a ser colhida nonovo milênio, queremos deixar aqui

A cidade de Lajeado/RS se-diará entre os dias 21 e 24de outubro, a Agrovale 99,no Parque do Imigrante,considerada a maior feiraagropecuária do interior doRio Grande do Sul.

Nos dias 6 e 7 de outubrode 1999 em Itumbiara,GO, será realizado o 1ºSimpósio Nacional Sobre aCultura do Girassol, umapromoção e realização daEmbrapa.

Está na Internet o site daPioneer SementesDigite www.pioneer.com/brasil para obter informa-ções sobre os produtos eserviços Pioneer. Cadastre-se para receber nossas pu-blicações periódicas.

nossos votos de sucesso a todos os produtoresbrasileiros que estão aí fazendo das tripas coraçãopara plantar a última safra do milênio, apesar dasdificuldades econômicas.

Que o próximo milênio traga, além de colheitafarta, tributações mais justas no setor, políticasagrícolas mais estáveis, e mais mecanismos de proteção, garantia de preçose de renda. E que a agricultura brasileira consiga mostrar ao Brasil e aomundo toda sua força e todo seu potencial!

Nós, da Pioneer, vemos o momento com grande entusiasmo, não sópelo sucesso cada vez maior que nossas sementes estão tendo com osprodutores mais tecnificados do Brasil - nossas vendas, quase 20% supe-riores às do ano passado, provam isso - mas também por todas as mudançasque estão ocorrendo no agronegócio como um todo.

O Sistema de Combinação de Híbridos, lançado pela Pioneer há duassafras, já começa a ser profundamente compreendido por muitos produtoresque fizeram a escolha dos híbridos a plantar nessa safra, totalmente baseadosnesse sistema. É uma evolução na cultura do milho.

Esse é o primeiro ano que estamos atuando no mercado de sementesde soja, sob a marca Dois Marcos-Pioneer. Estamos oferecendo aosprodutores do Brasil Central variedades de altíssimo potencial produtivo.E nossa equipe de representantes e técnicos está preparada para prestar-lhes a mesma assistência diferenciada, que caracteriza nosso trabalho coma cultura do milho.

A fusão da Pioneer Hi-Bred International, Inc. com o Grupo DuPont éum fato de altíssima relevância no cenário do agribusiness mundial, poistrata-se da fusão de duas das empresas mais fortes na área de pesquisa ede ciências básicas aplicadas à agricultura; essa fusão trará a todos osprodutores novas possibilidades em termos de produtos, novas formas denegócios e assistência técnica cada vez mais qualificada.

O mundo parece girar cada vez mais rápido, e as mudanças etransformações são cada vez mais aceleradas. Aqueles que pretendemcontinuar na atividade agrícola nos anos vindouros também terão queestar cada vez mais preparados e atualizados. A função desse BoletimInformativo é poder trazer a você produtor, agrônomo ou técnico agrícola,um pouco de informação útil, um pouco de informação técnica, um poucodo que está se falando entre produtores tecnificados.

Afinal, trazer produtos de alta qualidade, informação e atualizaçãotécnica, e buscar formas de aumentar a produtividade dos nossos produtorestem sido a vocação da Pioneer nos últimos 30 anos no Brasil. E pre-tendemos continuar assim, no próximo milênio...

Uma ótima safra para todos!

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3Silagem de milho:a importância da escolha dos híbridos

ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Luis S. Keplin *

Quando se trata de produzir leite ou carne,além da genética, manejo e sanidade, aalimentação é fator fundamental. Sem dúvida

este é um dos principais problemas nas propriedadesbrasileiras porque, de modo geral, a alimentação dosanimais é deficiente e apresenta baixa qualidade.Para confinamento de bovinos de corte, suplemen-tação a campo ou produção de leite, devemos obser-var um planejamento das atividades na propriedade.Para servir como orientação podemos tomar comoexemplo uma propriedade que utiliza silagem demilho na alimentação do rebanho leiteiro durante oano todo.

Cronograma:Escolha dos híbridos: junho a setembro de 1999.Época de plantio: setembro a novembro de 1999.Colheita da silagem: janeiro a março de 2000.Abertura do silo: março a abril de 2000.O ideal seria estabelecer uma reserva de 50%.

Utilização da silagem: abril de 2000 até outubrode 2001.

A escolha dos híbridos para a produção da silagempoderá ser TÉCNICA, optando por híbridos recomen-dados para silagem e adaptados à sua região, ou porum híbrido qualquer para “encher a barriga” dosanimais.

Planejamento da silagem

A escolha dos híbridos

Escolha correta – se a escolha dos híbridos levarem consideração a produção de silagem, produçãode matéria seca, digestibilidade, adaptabilidaderegional, estabilidade, valor nutricional comprovado,suporte técnico da companhia, custo-benefício, oprodutor estará efetuando uma decisão técnica. Umasilagem de melhor qualidade aumentará o fator deconversão de carne e leite por quilo de silagem inge-rida.

Escolha errada – caso a decisão não tenha sidobaseada nestas avaliações, o produtor estarácomprometendo nutricional e economicamente asua atividade até o ano 2001, quando se esgotarãoos estoques de sua silagem. Ele só conseguirá boaprodutividade se aumentar o uso de concentrado, o

* Zootecnista, M.Sc. em Produção Animal, subárea Nutrição de Rumi-

nantes - Departamento de Tecnologia da Pioneer Sementes Ltda.

que elevará significativamente seus custos com aalimentação. Desta maneira fica evidente que adecisão que o produtor tomar em junho/setembrode 1999 vai refletir na produção de leite ou carneaté o ano 2001.

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MERCADO AGRÍCOLA

Estratégias para a sojana safra 1999/2000

Anderson Galvão Gomes *

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* Analista de Mercados da FNP R Consultoria & Comércio.Maiores informações através do telefone (11) 828-1414 oupelo e-mail: [email protected]

om os preços da soja atin-gindo os níveis mínimosdos últimos 27 anos, muitos

produtores que estão planejando apróxima safra de verão, encontram-se em dúvida sobre plantar ou nãoa oleaginosa.

Independente do desempenhodos preços do grão nos últimos me-ses, é importante para os produto-res, em especial os da região Sul eSudeste, saber que existe a possi-bilidade da soja ser ainda mais rent-ável do que o milho e ter em menteque a decisão de plantio da próxi-ma safra deve ser tomada com baseem expectativas futuras e não combase no que ocorreu na última sa-fra.

Esta rentabilidade vai depender,mais do que nunca, de uma boagestão do negócio, principalmenteno que tange ao controle efetivodos custos de produção e à elabo-ração de uma estratégia de comer-cialização da produção no próxi-mo ano.

Analisando do ponto de vistaglobal, a oferta interna da soja per-manece reduzida, apesar dos ele-vados estoques mundiais. Além domais, alguns países do sudesteasiático já dão sinais de reaqueci-mento em suas economias, princi-palmente Coréia do Sul e Malásia.Em decorrência destes indicadores,pode-se esperar uma recuperaçãonos preços internacionais de diver-sas commodities já no próximo ano.

Em primeiro lugar, é fundamen-tal cobrir os custos de produção pa-ra depois pensar em se beneficiarde algum movimento de alta no se-gundo semestre do próximo ano.Para garantir os custos de produçãoé muito recomendável aos produ-tores de soja, a utilização dos meca-

nismos disponíveis no mercado,principalmente a venda futura paraindústrias e traders e a operação dehedge na Bolsa de Mercadorias &Futuros – a BM&F.

No gráfico a seguir, está descritaa evolução diária dos preços dasoja negociados para os vencimen-tos março, maio e julho de 1999,desde a abertura até o encerramen-to das posições, na BM&F.

com a soja. Ou seja, atualmente, achance do preço do produto cairmais de 10% é praticamente a mes-ma dele subir 20%.

Sendo assim, como o produtorjá assume a maior parte dos riscosdo negócio – clima, produção, es-coamento, etc. – agora é hora deletentar se beneficiar desta possibi-lidade de alta dos preços no mé-dio e longo prazos, após garanti-

A melhor estratégiapermanece sendo ade saldar os custosde produção atravésda venda futura

Dados referentes à época em que o artigofoi escrito: agosto/99.

Pode ser verificado, claramente,que a venda futura na BM&F exerceo papel de garantir preço da sojapara o produtor, principalmente noprimeiro semestre. Neste períodode 1998 e 1999, um produtor queporventura tenha vendido soja nopreço médio durante os meses deoutubro, novembro e dezembro,época do plantio, teria conseguidoum diferencial médio positivo de20% na liquidação do contrato. Éesta operação que deve ser feita nosentido de resguardar os custos deprodução.

Uma atitude especulativa sódeve ser tomada com o saldo daprodução, pois caso o movimentode alta se frustre, os custos de pro-dução já estarão garantidos.

Por outro lado, quando se levaem consideração que o simples fatode estarmos com os preços míni-mos da soja, não é uma situaçãomuito confortável ficar “vendido”

das as despesas comcustos de produção.

Evidentemente, amelhor estratégia per-manece sendo a desaldar os custos deprodução, através davenda futura, seja embolsa seja em contra-tos de pagamento eentrega futura. É im-portante também ten-tar segurar o máximode soja para ser co-

mercializada no segundo semestredo ano 2000.

É neste sentido que recomenda-mos aos produtores traçarem ago-ra, de forma antecipada, uma es-tratégia de comercialização quelhes permita aproveitar um even-tual movimento de alta no próxi-mo ano.

Mesmo que os preços não vol-tem inicialmente ao patamar histó-rico de US$ 6,40/bushel em Chi-cago, um objetivo de US$ ±5,50/bushel no final do primeiro semes-tre de 2000 já é bastante razoável,dentro das circunstâncias atuais.Com este nível de preço, seria pos-sível obter pela soja no Brasil algopróximo a US$11,50/saca, emmaio de 2000 na região Sul.

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Leonardo Junho Sologuren *

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Estratégias para o milhona safra 1999/2000

ormalmente, no meio pro-dutivo tomam-se as deci-sões de plantio com base

de milho argentino também devemsofrer uma mudança de rumo. De-vemos observar atentamente a si-tuação econômica que nosso vi-zinho atravessa no momento.

O custo do milho importadosempre funcionou como teto depreço do produto no mercado do-méstico. Caso a Argentina sejaobrigada a desvalorizar sua moeda,o potencial de alta dos preços domilho no Brasil ficará reduzido,uma vez que o produto argentinovoltará a ser competitivo.

O que se destaca, entretanto, éa preocupação do mercado consu-midor quanto ao abastecimentofuturo. O consumo de milho vemaumentando ano a ano, tornandoo cenário cada vez mais ajustado.Para a próxima safra já há algumincentivo por parte do governo(ainda que não o ideal), como oaumento do limite de crédito decusteio da cultura, que saltou deR$ 150 mil para R$ 200 mil porbeneficiário, além do aumento do

custos, que aumentarão, e a recei-ta, que deverá permanecer estávelou até mesmo cair.

Independente da tomada dedecisão, até porque em algunscasos o produtor se vê obrigado aplantar o milho devido à necessi-dade de se realizar a rotação, é deextrema importância a adoção deestratégias de comercialização,visando a formação de um preçomédio melhor.

Como no caso do milho, ondea relação armazenagem/preço devenda é extremamente desfavo-rável (principalmente no Centro-Oeste), uma estratégia de comer-cialização bem feita é fundamentalpara garantir a rentabilidade donegócio.

Assim, é muito importante terem mente a necessidade de comer-cializar a produção visando saldaros custos de produção. O saldodeve ser comercializado em cimade uma estratégia que acompanheo mercado, sempre buscando acomercialização nas fases de picodos preços.

Na região Centro-Oeste, onde acomercialização se concentra basi-camente no segundo semestre, ocontrato de opção de venda tornaseuma ferramenta estratégica, visan-do a garantia do preço futuro, prin-cipalmente na época em que a ofer-ta do produto é maior. Esta opçãotorna-se atraente, pois caso o preçodo mercado esteja acima do valornegociado na época de vencimen-to do contrato, o produtor poderáutilizar do seu direito de não vendero produto, arcando somente comos custos do prêmio.

no que ocorreu na safra passada.Neste sentido, há uma expectativade que a área plantada com o milhodeva sofrer um incremento de até10%, em decorrência da reduçãona área a ser plantada com a soja.

Estima-se este aumento na áreaem função dos baixos preços dasoja no decorrer deste ano e aospreços do milho, que são – emmoeda corrente – os melhoresdesde o início do plano Real.Entretanto, o que se deve levar emconta é que o atual patamar de pre-ço pago ao produtor do milho sedeve a menor oferta do produto,que resulta conseqüentemente emum baixo estoque final. O gráficoa seguir mostra claramente o com-portamento dos preços diante dosestoques.

O consumo de milhovem aumentando anoa ano, tornando ocenário cada vezmais ajustado

MERCADO AGRÍCOLA

* Analista de Mercados da FNP R Consultoria & Comércio.Maiores informações através do telefone (11) 828-1414 oupelo e-mail: [email protected]

Dados referentes à época em que o artigofoi escrito: agosto/99.

Em se confirmando o aumentode área, é de se esperar que os pre-ços do milho sofram recuos signifi-cativos no próximo ano em decor-rência do aumento da oferta doproduto e da recuperação dos esto-ques.

As perspectivas de importação

preço mínimo de R$6,70 para R$ 7,10.

Há que se ressal-tar, porém, que a ex-pectativa de um au-mento na área demilho acaba por so-frer certas restrições,entre as quais valedestacar a dificul-dade na liberaçãodo crédito agrícolae, principalmente,dos custos de pro-dução.

Quanto aos custos de produção,o milho tem a desvantagem de nãoter o preço de venda formado emdólar como é o caso da soja. Assim,é extremamente recomendávelpara o produtor de milho, nãocontrair débitos em dólar, poisocorrerá uma defasagem entre os

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A Pioneer Sementes testou os discos para plantadei-ras da marca Apollo que têm furos com rampa queorganizam as sementes com maior precisão. Os expe-rimentos, realizados nas esteiras da Unidade de Produçãode Itumbiara – GO, revelaram que os discos com furos comrampa reduzem os duplos e as falhas de plantio em 43%, namédia, independente do tamanho ou formato das sementes.O disco com furo com rampa Apollo permite obter uma maiorqualidade na distribuição de sementes, possibilitando a cadahíbrido alcançar o completo desenvolvimento do seu po-tencial produtivo. No plantio correto está grande parte dosucesso da lavoura. A correta distribuição das sementes,a população adequada aos híbridosescolhidos, a produtividade deplantio são itens relacionados aoplantio que contribuem para o su-cesso da lavoura. O disco com fu-ros com rampa da Apollo é, cer-tamente, um fator importantepara melhorar a performancedas lavouras dos produtoresmais tecnificados doBrasil.

Discos de plantio

de milho Apollo:

furos com rampa

melhoram performance

Pioneerna internet

Digite www.pioneer.com/brasil no seu com-putador para acessar o site da internet onde a

Pioneer Sementes leva aos seus clientes informaçõessobre produtos e tecnologia nas culturas do milho, soja e

alfafa, além de listar os endereços das unidades e representantescomerciais. Dividida em vários setores, a página da Pioneer pretende

funcionar como um catálogo eletrônico permanentemente à disposição dosclientes, bem como um site de atualidades para quem deseja conhecer aempresa e seu posicionamento no mercado. Atualidades Pioneer Brasil,produtos, pesquisas & tecnologias de lavoura abordando o Sistema deCombinação de Híbridos, Pioneer na nutrição animal, tecnologia de manejose biotecnologia, são os assuntos que podem ser consultados, além de permitirestabelecer um link com a Pioneer Hi-Bred International. No site da Pioneervocê terá também a oportunidade de cadastrar-se para receber, gratuitamente,as publicações técnicas periódicas da empresa. Visite-nos! Você será semprebem-vindo ao site da Pioneer Sementes Brasil.

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SEÇÃO

PrêmioTecnolNa última Ex

sementes/insumAno e DestaquPovo. O trabalhde todos na Piomitiu à empremento represeO ano de 199tantes eventosfoi a aquisiçãcos e a entradBrasil; depois o controle acioInternational.estabeleceu a todos de entusperar as metas do com sucesso

sedimentamos odutores. “Acho qu

botina e boné nas"A Pioneer é um

dia, tudo para que o

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Um novo time trabalhando pela qualidade

PIONEER

A qualidade daSemente Pioneerpode agora contarcom um novo ali-ado: o Departa-mento de Quali-dade e Pesquisade Produção.Muito mais queum departa-mento de qua-lidade, o obje-tivo deste ti-me é dar su-porte a todosos processos durante a produção da semente, tanto no campo comona unidade. Com as áreas de Qualidade, Laboratório, ISO 9002 ePesquisa de Produção, agora unidas dentro de um mesmodepartamento, é possível acompanharmos a produção de cadahíbrido com todo o detalhamento necessário que as rigorosascondições brasileiras necessitam para ter sucesso na produção desementes.

Este time faz parte e tem o suporte de uma rede internacional de

inteligência na área de qualidade quepossibilita obter rapidamente informações,disponíveis no mundo inteiro, para alcan-çar este sucesso.

Mas o que isto traz de benefício parao agricultor? Muito, pois dentro destenovo conceito de qualidade, o departa-mento não visa apenas acompanhar o pro-cesso para verificar padrões de qualidade,mas também desenvolver linhas de pes-quisa que possam melhorar o processo deprodução e até mesmo mudar estes pa-drões de qualidade, adaptando-os paracada local onde o híbrido está sendo pro-duzido, fazendo com que a semente entre-gue ao produtor seja cada vez melhor. Nãosó a qualidade, mas também a garantia deter a semente na quantidade solicitada éuma meta. Para cada híbrido a ser produ-zido são geradas todas as informaçõesnecessárias para se ter sucesso absolutona produção do mesmo, a partir do primei-ro ano de produção.

30F88 e 30R07 -Os novos híbridossimples da PioneerNesta safra de verão 1999/2000, a

Pioneer Sementes está lançando doisnovos híbridos que vêm para aumentar oleque de opções de híbridos simples àdisposição do produtor brasileiro e ampliara efetividade do sistema de combinação:o Pioneer 30F88 e o Pioneer 30R07.

Como o híbrido Pioneer 30F88 apre-senta alta defensividade com grandeestabilidade, segurança e flexibilidadequanto à época de plantio, é um materialindicado para os agricultores que plantamem épocas mais tardias e ambientes comelevada pressão de doenças no BrasilCentral.

O híbrido Pioneer 30F88 necessita depopulações mais elevadas para expressartodo seu potencial. É um híbrido que temexcelente qualidade de colmo e de grãos.

Já o híbrido Pioneer 30R07 é um ma-terial de ciclo precoce com altíssimopotencial produtivo para a Região Sul e vaimuito bem do meio do Paraná até o sul doRio Grande do Sul.

os para aogia Que Rendepointer, a Pioneer conseguiu destaque no setor deos recebendo dois prêmios: Destaque A Granja doue Unibanco/Correio doho integrado e responsáveloneer Brasil foi o que per-esa alcançar o reconheci-entado por estes prêmios.99 foi de grandes e impor-s para a Pioneer: primeiroo da Sementes Dois Mar-

da no mercado de soja dofoi a Dupont que assumiuonário da Pioneer Hi-Bred Esta nova etapa que separtir destes fatos encheu

siasmo e o desafio de su-estabelecidas foi alcança- F

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Daniel Glat (D), gerente executivo

Cláudio Cariboni (E), controller

. Lançamos híbridos novos que responderam favoravelmente no campo, sistema de combinação e ampliamos nosso trabalho junto aos pro-ue o sucesso está na filosofia de que o nosso negócio se faz com jeans,s lavouras”, afirma Daniel Glat, gerente executivo.

ma empresa que respira agricultura, agronomia e genética 24 horas por produtor tenha cada vez mais sucesso na lavoura", conclui Daniel.

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ADMINISTRAÇÃO RURAL

Grupo Mathias Leh:transfomando milhoem carne suína

* Engenheiro Agrônomo, Departamento deTecnologia da Pioneer Sementes Ltda.

Maurício Kobiraki *

OGrupo Mathias Leh, compos-to pelas fazendas Noricum,Arpo e Águas Belas, situadas

comportam altas populações, entre60.000 e 70.000 plantas por hectare.É importante analisar o perfil de cadaplanta pelo aspecto de competitivi-dade para conseguir um bom arranjodentro da área”, afirma Wienfried Leh.Já a granja Rhaetia, que vem procu-rando otimizar seus investimentos ecustos operacionais, ampliou seu plan-tel de matrizes em ciclo completo combase nutricional no milho e na sojapara 630, em 1996. Este númerorepresenta o limite de sua capacidadefísica e vem conseguindo, em funçãodeste trabalho, uma boa diluição decustos. Mesmo assim a batalha paramelhorar cada vez mais continua. Opasso seguinte foi o de diminuir o cus-to da ração. Para alcançar este obje-

Com a integração dos trabalhos, as fa-zendas têm vantagens pois, além deantecipar a colheita do milho favore-cendo a colheita da soja e o plantiode inverno, o grão fica na propriedade.Não existem, portanto, custos derecepção, secagem, comercialização,fretes e desconto de impurezas e grãosardidos. Com a diminuição destes cus-tos o milho é repassado para a granja,mantendo-se a margem de lucro nor-mal do setor agrícola pelo preçooportunidade.

A intenção do grupo Mathias Lehé transformar o milho produzido pelasfazendas em carne suína de excelentequalidade produzida pela granja,fechando a cadeia produtiva combaixos custos e agregando valor aos

no distrito de Entre Rios, municípiode Guarapuava-PR e da fazendaGuaraní, no município de Pinhão-PR,mais a granja Rhaetia, somando maisde 3000 hectares de área produtiva éhoje um modelo de empresa agrícola,moderna e eficiente. Já há alguns anosvem praticando, rigorosamente, arotação de culturas em todas as fazen-das. A atualização do histórico, nomínimo dos últimos 3 anos de cadaárea, permite obter maior produti-vidade com menor incidência de pra-gas e doenças e reestruturação do solo.O plantio direto chega, na safra de ve-rão, a 100% das áreas das proprieda-des, enquanto no inverno algumasáreas são plantadas no sistema con-vencional com escarificador e gradesobre a palha do milho, visando a des-compactação do solo. Analisando asafra verão/99, Wienfried Leh diz:“Nesta safra plantamos 45% das áreascom milho e 55% com soja e alcança-mos índices médios de produtividadede 9.050 kg/ha para o milho e 3.085kg/ha para a soja”. A escolha dos hí-bridos a serem plantados é feitasempre comparando os resultados dosensaios feitos pela Estação Experi-mental da Cooperativa Agrária no anoanterior. Selecionando sempre seis ousete híbridos que se destacam emprodutividade e sanidade, o GrupoMathias Leh plantou os híbridosPioneer 32R21, 3063, 3071 e 30F33com bons resultados, pretendendocontinuar plantando alguns destes paraa próxima safra, tanto para produzirgrão seco, como para silagem de grãoúmido e planta inteira. “Pelo espa-çamento que adotamos nas fazendas,que é de 62,5 cm entre linhas, procu-ramos trabalhar com híbridos que

Integração agriculturae pecuária fecha acadeia produtiva

Wienfried Leh

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tivo, foi mon-tada uma fábri-ca própria deração e a sila-gem de grãoúmido se mos-trou a alterna-tiva mais efici-ente tanto téc-nica como fi-nanceiramen-te. Este fatopossibilitou recentemente a amplia-ção do plantel em 180 matrizes emoutra granja, totalizando agora 810matrizes produtivas. A integração daprodução das fazendas e da granja temrepresentado vantagens como a qua-lidade constante na matéria-prima oano todo; redução drástica de mico-toxinas; melhora da fertilidade; bomconsumo de ração nas fases de cresci-mento e engorda; melhor digestibi-lidade, que aumenta o ganho de pesoem 5% na mesma conversão. Em1999, 300 hectares de milho foramtransformados em silagem de grãoúmido, sendo que o milho representa70% da ração utilizada na granja. Afábrica de ração pode atender novosprojetos, pois só produz concentrado.

p r o d u t o s .Quando, em1951, o jovemi m i g r a n t ei u g o s l a v oMathias Lehchegou, vindoda Áustria, nasterras que hojeformam o dis-trito de EntreRios, não po-

deria imaginar o que o fruto do seutrabalho e de sua família poderia er-guer. Nestas terras ele encontrou suaesposa Elisabeth e viu crescerem seuscinco filhos: Irene, Hildegard, Wien-fried, Karin e Elke. Até falecer em1994, Mathias sempre que podia, ejuntamente com sua esposa Elisabeth,percorria as fazendas para verificarcom grande prazer o andamento dostrabalhos. As propriedades do GrupoMathias Leh são hoje uma referênciade qualidade na região de Guarapuavapela eficiência alcançada através deum projeto de administração rural mo-derno e rigorosamente executado.

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Semente - o veículo da carga genética

cultura da soja na região dosCerrados do Brasil Centralsofreu uma revolução entre

Verni Wehrmann *

A1992 e 1994. Nesta época ocorreu ocancro-da-haste da soja, doença quedizimou lavouras e forçou a mudançada maioria das cultivares plantadas atéentão.

Antes deste evento, em algumaspropriedades, plantava-se uma mesmacultivar por muitos anos seguidos, semrotação de cultivares. Isto contribuiupara aumentar o impacto da doença.

A mudança foi brusca e forçada.Após o prejuízo inesperado, o pro-

dutor obrigou-se a plantar cultivaresnovas, resistentes ao cancro-da-haste.A mudança também foi dolorosa, noinício: plantar o desconhecido trouxeapreensão, pois, não conhecendo ascultivares novas, o produtor não sabiacomo plantá-las corretamente. Mas amudança foi para melhor: algumasdestas cultivares novas, além da resis-tência ao cancro-da-haste, possuemuma carga genética mais sofisticada,com um potencial de produtividadesignificativamente superior ao das cul-tivares antigas, suscetíveis à doença.

Justamente por terem um poten-cial genético de produtividade supe-rior, torna-se importante oferecer àlavoura as condições certas para queestas cultivares novas possam expres-sar o máximo de seu potencial. Paraisto, o aspecto mais importante é adensidade de plantas por metro. Nestesentido, algumas cultivares novas têmuma dupla oportunidade de trazerbenefícios ao produtor, além daresistência ao cancro-da-haste: per-mitem um significativo aumento deprodutividade e, ao mesmo tempo,uma substancial redução no consumode sementes, o que diminui, porconseqüência, o custo de produção dalavoura.

Quanto mais sofisti-cadas as cultivares, maisresponsivas elas se tornama uma densidade ideal deplantas por metro. E aí está arevolução: antes do cancro-da-haste,a soja nos Cerrados era plantada comcerca de 30 sementes por metro. Con-sumiam-se cerca de 80 quilogramasde sementes por hectare. Quando to-das germinavam, colhiam-se cerca de40 sacas por hectare. Quando germi-nava a metade, colhiam-se as mesmas40 sacas. O potencial genético de pro-dutividade das cultivares era limitadoe não havia resposta a uma densidadeideal de plantas por metro. Comoconseqüência, não havia necessidadede se usar sementes de alta qualidadeno plantio. Isto encorajava a práticade plantio de grãos, ao invés de se-mentes, e desestimulava a busca porcultivares melhores e mais produtivas.

Com o lançamento de cultivaresresistentes ao cancro-da-haste e commaior capacidade genética, a expec-tativa de produtividade passou de 40para 60 sacas por hectare. Obvia-mente, também se podia colher 60sacas por hectare com as cultivaresantigas. Mas, era mais difícil e maisraro. Por outro lado, com algumascultivares novas, como DM-339, porexemplo, esta é uma meta plenamenteatingível dentro dos padrões normaisde uma lavoura de soja nos Cerrados.Porém, para se obter alta produti-vidade, é preciso dar à cultivar as con-dições certas no plantio: no caso deDM-339 é de aproximadamente 12plantas por metro. Com isto, gastare-mos aproximadamente 45 quilogramasde sementes por hectare, quase meta-de do que se gastava anteriormente.

A economia não está só nas se-mentes: menos sementes por hectaresignifica, também, menos inoculantese menos produtos usados no trata-mento de sementes. Mas, a reduçãona quantidade de sementes não é

apenas uma questãode economia para o

produtor: é uma neces-sidade para que estas

cultivares novas expressem oseu alto potencial de produtividade.São cultivares com porte avantajadoe grande capacidade de engalha-mento. Assim, não se pode plantarestas cultivares do modo como seplantava antigamente, tentandocompensar a baixa qualidade dassementes com um aumento na den-sidade. Com as cultivares antigas, eracomum usar, no plantio, grãos nãobeneficiados, com baixa germinaçãoe vigor. Aumentava-se a densidade noplantio, buscando acertar na densidadeda lavoura.

Lavouras plantadas desta formasempre apresentavam lugares comexcesso de plantas e outros com sub-população. Não havia grandes conse-qüências para a produtividade, pois ascultivares antigas não eram respon-sivas – pelo menos, não tanto quantoas novas – uma densidade ideal, jáque seu potencial genético eralimitado. Com as cultivares novas, noentanto, tais situações afastariam alavoura da expectativa máxima deprodutividade.

Assim, outro aspecto fundamentalneste novo cenário, de redução noconsumo de sementes no plantio, é aqualidade das sementes. No momentoem que as lavouras passam de 30plantas por metro para 12, ou até 9em algumas cultivares como DM-Nobre ou DM-Soberana, aumenta-seconsideravelmente a importância daqualidade das sementes usadas noplantio. Agora, cada semente plantadatem a responsabilidade de originaruma planta forte, vigorosa, sadia eprodutiva. A qualidade das sementescomeça pela padronização: é neces-sário uma padronização rigorosa paraque se possa regular adequadamentea plantadeira e obter uma distribuição

Cada semente de soja plantada tem a responsabilidadede originar uma planta forte, vigorosa, sadia e produtiva

SOJA

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MANEJO TÉCNICO

Redução do espaçamentoentre linhas na cultura do milho

uniforme no plantio. Porém, sani-dade e vigor das sementes são ain-da mais importantes. E ambos estãointimamente ligados às condiçõesclimáticas da lavoura de produçãodas sementes. Lavouras de sementesinstaladas em regiões de climaquente e úmido possuem, geral-mente, uma alta quantidade deinóculo de doenças transmissíveispor sementes e uma alta taxa derespiração após a maturação fisio-lógica. Vale lembrar que a respira-ção corresponde à queima dereservas e conseqüente perda devigor das sementes. Por outro lado,lavouras instaladas em regiões declima ameno, situadas em altitudessuperiores a 1000 metros acima donível do mar, tendem a atender ascondições ideais à alta qualidadedas sementes. As condições dearmazenagem das sementes tam-bém são fundamentais para estascultivares novas. Embora a “boasemente” se faça no campo, suaconservação depende de uma boaarmazenagem.

Em resumo, neste novo cenário,as sementes se tornaram um insumode alta tecnologia, assim como amaioria dos insumos de uma la-voura moderna. E o bom funciona-mento destes insumos dependenecessariamente do uso na dosa-gem correta.

Por último, o aspecto que maisdistingue os dois cenários dacultura da soja é a Lei de Proteçãode Cultivares (LPC), que vigora apartir de 1997. Hoje, temos nomercado cultivares de domíniopúblico, antigas, com potencialgenético de produtividade limita-do, e cultivares protegidas pelaLPC, novas, com alto potencialgenético de produtividade. Nascultivares de domínio público, aresponsabilidade do fornecedor desementes terminava com a emer-gência das sementes no campo.Não havia um compromisso como desempenho da lavoura, pois ofornecedor das sementes não era oobtentor da cultivar. Por outrolado, com as cultivares protegidaspela LPC, as sementes têm iden-tidade e seu compromisso não éapenas nascer. Seu papel é ser oveículo da carga genética que per-mite a alta produtividade.

* PhD em melhoramento genético pela IowaState University, Gerente de Operações de Sojada Pioneer Sementes Ltda.

Ricardo Oscar Raupp *

Muitos agricultores de váriasregiões do Brasil têm redu-zido o espaçamento entre

linhas na cultura do milho. Dentreos principais objetivos eles têm bus-cado maiores rendimentos, ade-quação do plantio entre a culturada soja e do milho, além de ummelhor controle de invasoras.

Existem ainda muitas dúvidas econtradições com relação aos be-nefícios que a redução do espaça-mento entre linhas na cultura domilho pode trazer. Diante dessequadro foi que resolvemos escrevero presente artigo, procurando escla-recer os principais pontos comrelação à adoção dessa prática.

O aumento do rendimento nacultura do milho com a reduçãodo espaçamento entre linhas é umdos aspectos de maior polêmica. Omelhor arranjamento espacial dasplantas de milho, aproveitamentomelhor dos nutrientes e da radiaçãosolar nos indica que o aumento derendimento é inevitável.

Entretanto, os benefícios de au-mento de rendimento têm apre-sentado muitas dúvidas e varia-ções. A falta de uma área com otratamento utilizado na proprie-dade (testemunha) para compara-ção e o aumento da população deplantas junto com a redução deespaçamento tem sido as causasmais comuns para erros nas inter-pretações dos resultados.

Baseado em trabalhos técnicosrealizados pela Pioneer, onde a po-pulação de plantas foi controlada,

foi possível observar ganhos signi-ficativos no rendimento. Em traba-lhos realizados em 34 locais condu-zidos por 4 anos, onde utilizou-sevários híbridos e variou-se o espa-çamento entre linhas de 75 cm para60 cm, conseguiu-se 4% de aumen-to de rendimento de grãos. Emoutros estudos realizados pela Pio-neer, a redução do espaçamentoentre linhas de 90 para 70 cm e de80 para 70 cm, proporcionou umganho de 5,2% e 3,3%, respectiva-mente. Entretanto, num ensaio rea-lizado, onde reduziu-se o espaça-mento de 70 para 45 cm, resultouem um ganho médio de 6% no ren-dimento de grãos.

A população ideal de plantaspara um determinado híbrido in-depende do espaçamento entrelinhas. A população de plantas estádiretamente relacionada com ohíbrido (sua capacidade de com-pensação de espigas), fertilidade dosolo, nível de adubação, condiçõesclimáticas (chuvas, temperatura),etc. Em todos os trabalhos realiza-dos pela Pioneer Sementes noBrasil, quando se fixou uma mesmapopulação de plantas para os várioshíbridos existentes no mercado, aredução do espaçamento entrelinhas proporcionou um aumentono rendimento de grãos.

Tem-se verificado também que,quando o agricultor aumenta apopulação de plantas de um deter-minado híbrido, essa prática pro-porciona melhores resultados norendimento de grãos, quandoreduz-se o espaçamento entrelinhas do que aumentando-se onúmero de plantas dentro da linha.

Rendimento

População

Mais uma "ferramenta" que pode propiciar

o aumento da produtividade

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prática (mas não rápida) para estamodificação, não necessitandotambém de investimentos. Algumasvezes, a simples troca do rodadopode solucionar o problema.

Em relação à colheitadeira, emmuitos casos a redução do espaça-mento acarreta a necessidade decompra de uma nova plataforma.Muitas empresas já possuem estasplataformas sendo que algumasrealizam as modificações neces-sárias para adaptá-las a um espa-çamento mais reduzido (nemsempre possível).

doenças em milho proporcionadapela redução do espaçamento en-tre linhas, pode se observar que apressão das doenças se mantémequivalente para qualquer espaça-mento. A única diferença observadafoi o fato de que, em alguns casosexcepcionais, poderá ocorrer oaparecimento de algumas doençasmais cedo em espaçamentos me-nores.

Apesar de poucos trabalhosexistentes nessa área, observou-seque a redução de espaçamento en-tre linhas proporcionou melhoriasna qualidade da silagem, atravésde um aumento significativo dopercentual de proteína no colmo,redução do percentual de cascacom relação à medula na ordemde 15% em função do aumento dodiâmetro de colmo e conseqüenteaumento da digestibilidade.

A necessidade de adaptação dasmáquinas faz com que muitosagricultores não iniciem na práticade redução de espaçamento. Porisso, uma avaliação melhor deveser feita junto à propriedade paraverificar o potencial de ganho queeste manejo pode gerar, justifi-cando ou não a adaptação decolheitadeiras e outros.

A plantadeira é a mais simplesde ser modificada, não necessi-tando de investimentos. Entretanto,dependendo do espaçamentoescolhido, alguns implementos etratores devem ter sua bitolaalterada, sendo que normalmentemuitos deles já possuem opção

A redução de espaçamento en-tre linhas poderá trazer vantagensdependendendo da eficiência doprograma de controle de invasorasda propriedade. Será observadapouca diferença em propriedadesonde o programa de controle deinvasoras é adequado. Entretanto,nas áreas infestadas, ou que apre-sentarem problemas na aplicaçãode herbicidas, permitindo umareinfestação, o efeito do fechamen-to antecipado das linhas de milhotrará benefícios, reduzindo o de-senvolvimento das invasoras atra-vés do abafamento. No entanto,aplicações de herbicidas pós-emer-gente ou mesmo o controle mecâ-nico poderão ter sua eficiência re-duzida, requerendo cuidadosespeciais.

O fechamento antecipado dosolo pelas folhas provocado pelaredução do espaçamento entrelinhas poderá ser uma vantagempara as áreas que possuem irri-gação. Este fechamento maisrápido das linhas de milho reduz apercentagem de água perdida porevaporação. Entretanto, esse bene-fício só será concretizado casosejam atendidos outros aspectos demanejo como adubação, atendi-mento hídrico adequado, popula-ção de plantas coerente com ohíbrido, dentre outras.

Em alguns trabalhos conduzidoscom o objetivo de se avaliar aalteração ocorrida na incidência de

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Controle de Invasoras

Áreas Irrigadas

Produção de Silagem

Adaptação dos Equipamentos

Conclusões

Doenças

Sem dúvida alguma, a reduçãodo espaçamento entre linhas nacultura do milho é uma práticaque pode aumentar o potencialprodutivo da cultura. Entretanto,recomenda-se fazer uma compa-ração na propriedade antes demudar para uma redução de espa-çamento na área total. A quanti-dade de variáveis (solo, irrigação,fertilidade, e outros) podemtornar esta prática não inte-ressante, pois temos que lembrarque existem custos envolvidos naoperação, como a adaptação demáquinas e até mesmo compras.

Nosso objetivo foi dar subsí-dio para aqueles produtores quepensam em reduzir o espaçamen-to entre linhas na cultura domilho de forma que possammelhor avaliar a prática antes deempregarem-na em suas proprie-dades.

* Engenheiro Agrônomo, Gerente de Qualidadeda Pioneer Sementes Ltda.

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NOSSO CLIENTENOSSO CLIENTE

enrique Antônio Stedile iniciou suas atividades agropecuárias em 1959quando adquiriu a Fazenda Santo Isidoro, localizada no então distrito de Coxi-lha, em Passo Fundo-RS. Inicialmente, dedicou-se ao cultivo comercial de trigo e

soja, sendo que as atividades pecuárias (gado de corte, de leite e ovinos) existiamsomente para o consumo interno da fazenda. Em 1967, a Fazenda Santo Isidoro iniciou aprodução de sementes fiscalizadas no Rio Grande do Sul, sendo pioneira nesta atividade.Hoje, a família Stedile produz sementes de soja, trigo, aveia, nabo forrageiro, capimitaliano e triticale. Integrantes do PRÓ-SEMENTES/RS e da Fundação Pró-sementes, aFazenda Santo Isidoro tem programas voltados para a pesquisa, desenvolvimento emultiplicação de sementes básicas e certificadas de novas cultivares.

Ao núcleo inicial dos empreendimentos Stedile somam-se hoje as fazendas DonFelipe e Indianópolis, administradas pelo engº. agrº. Edemar Antonio Stedile, em PontaPorã e a fazenda Rancho Caracol, dirigida pelo engº. agrº. Paulo Tadeu Stedile, em BelaVista, no Mato Grosso do Sul, alcançando assim mais de 5.000 ha. Mesmo existindodesde a década de 60, a atividade leiteira só tomou uma dimensão comercial em 1992

quando foi iniciado um ousado plano de investimentos napecuária leiteira. Gerenciado em conjunto pelos filhosJoacir Angelo Stedile e Fernando Henrique Stedile, ambosformados em agronomia, a fazenda dispõe de instalaçõescompletas que incluem ordenhadeiras tipo espinha depeixe com sistema computadorizado “Alfa-Laval”, res-friador para 5.000 litros e fábrica de ração. A produçãoprojetada para 1999 é de 1.500.000 litros de leite tipo “B”.O projeto de expansão se consolida com um plantel de500 animais de excelente qualidade, mantendo umamédia de 200 vacas em lactação, produzindo 5.000litros/dia. A alimentação do gado leiteiro é a campo,utilizando um sistema de piquetes, completada comsilagem de milho e ração na pós-ordenha. A cultura domilho é uma das atividades fundamentais da famíliaStedile, ocupando 40% da área cultivada no verão. Aprodução de milho, totalmente realizada em plantiodireto, tem como destino o consumo próprio em silagem eração para a alimentação dos animais e comercializaçãode grãos. Do total de 650 hectares do cultivo do milho na

Fazenda Santo Isidoro, 320 hectares são irrigados por pivot central, onde a rotação diferedas áreas de sequeiro, alternando dois anos consecutivos com milho e um ano com soja.Procurando sempre plantar híbridos de alta produtividade e bom valor comercial, quepossam cumprir as metas e necessidades de produção, quanto à época de plantio, efinalidade da lavoura, desde 1990 as fazendas dos Stedile plantam híbridos marcaPioneer. r. Na SantoIsidoro, em média, foram plantados 650 ha em cada safra obtendo uma média um poucosuperior a 6.000 kg/ha. Para a safra 1999/2000, o plantio iniciou em agosto e estão sendoutilizados os . “Estamosestreitando nosso relacionamento com a Pioneer, tanto que no início deste ano (1999)realizamos um dia de campo com a participação de mais de 700 produtores. Em fevereirode 2000, a Pioneer fará novamente um destes eventos em nossa propriedade”, relata o Sr.Joacir Stedile.

Dentro do programa de diversificação, os Stedile vêm também desenvolvendo asatividades com um rebanho de ovinos Suffolk, confinamento de gado de corte esuinocultura. Produzindo cordeiros extremamente fortes, visando o abate industrial, orebanho Suffolk da Santo Isidoro é composto de 160 fêmeas puras e 4 carneiros, sendoque 7 fêmeas e um dos carneiros foram importados dos Estados Unidos. A fazenda SantoIsidoro participou da Expointer - 99, obtendo o 1º lugar na categoria adulto e reservadode grande campeão da raça Suffolk. As instalações de criação de ovelhas possuem umacabanha e um confinamento que são utilizados pelos animais no período noturno, onderecebem silagem, ração e feno, quando conveniente. Já a estrutura de confinamento degado de corte, que pode abrigar 1000 bois, é mais uma alternativa econômica para oaproveitamento dos produtos da fazenda como silagem, milho e resíduos. A suino-cultura, além de se constituir numa boa fonte de renda, é encarada como uma defesacontra possíveis percalços que possam ocorrer nas lavouras das fazendas. Para aalimentação dos suínos utiliza-se a silagem de grão úmido produzida na propriedade. Odesafio agora é aumentar a produção investindo em qualidade e produtividade em cadauma das áreas de atuação. Assim, capitaneados por Henrique, Joacir e Fernando Stedile,uma equipe de quase 50 funcionários estará empenhando seus melhores esforços paraatingir metas que conduzirão os empreendimentos da família Stedile a um estágio deexcelência e aprimoramento constante.

Nas últimas três safras passaram a plantar exclusivamente Pionee

híbridos Pioneer 3063, 3069, 3071, 3081, 30F33 e o 32R21