Estatuto da Carreira Docente Consolidado (Novembro de 2013)

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    ECD CONSOLIDADO

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    Disposies transitrias do DL 15/2007 ainda em vigor

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    Disposies transitrias do DL 270/2009 ainda em vigor

    +

    Disposies transitrias do DL 75/2010

    +

    Disposies transitrias do DL 41/2012

    +

    Disposies transitrias do DL 146/2013

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    ECD Consolidado

    (Estatuto da Carreira dos Educadores de Infncia e dos Professores dos Ensinos Bsico eSecundrio, aprovado pelo Decreto-Lei n. 139-A/90, de 28 de Abril, alterado pelosDecretos-Leis n.os 105/97, de 29 de Abril, 1/98, de 2 de Janeiro, 35/2003, de 17 de

    Fevereiro, 121/2005, de 26 de Julho, 229/2005, de 29 de Dezembro, 224/2006, de 13 deNovembro, 15/2007, de 19 de Janeiro, 35/2007, de 15 de Fevereiro, 270/2009, de 30 deSetembro, 75/2010, de 23 de Junho, 41/2012, de 21 de Fevereiro, e 146/2013, de 22 deOutubro)

    CAPTULO IPrincpios gerais

    Artigo 1.mbito de aplicao

    1 O Estatuto da Carreira dos Educadores de Infncia e dos Professores dos EnsinosBsico e Secundrio, adiante designado por Estatuto, aplica-se aos docentes, qualquer queseja o nvel, ciclo de ensino, grupo de recrutamento ou rea de formao, que exeram

    funes nas diversas modalidades do sistema de educao e ensino no superior, e nombito dos estabelecimentos pblicos de educao pr-escolar e dos ensinos bsico esecundrio na dependncia do Ministrio da Educao.2 O presente Estatuto ainda aplicvel, com as necessrias adaptaes, aos docentesem exerccio efectivo de funes em estabelecimentos ou instituies de ensinodependentes ou sob tutela de outros ministrios.3 Os professores do ensino portugus no estrangeiro bem como os docentes que seencontrem a prestar servio em Macau ou em regime de cooperao nos pasesafricanos de lngua oficial portuguesa ou outros regem-se por normas prprias.

    Artigo 2.Pessoal docente

    Para efeitos de aplicao do presente Estatuto, considera-se pessoal docente aquele portador de qualificao profissional para o desempenho de funes de educao ou deensino, com carcter permanente, sequencial e sistemtico, ou a ttulo temporrio, apsaprovao em prova de avaliao de conhecimentos e capacidades.

    Artigo 3.Princpios fundamentais

    A actividade do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princpios fundamentaisconsagrados na Constituio da Repblica Portuguesa e no quadro dos princpios gerais eespecficos constantes dos artigos 2. e 3. da Lei de Bases do Sistema Educativo.

    CAPTULO IIDireitos e deveresSECO I

    DireitosArtigo 4.

    Direitos profissionais1 So garantidos ao pessoal docente os direitos estabelecidos para os funcionrios eagentes doEstado em geral, bem como os direitos profissionais decorrentes do presente Estatuto.2So direitos profissionais especficos do pessoal docente:a) Direito de participao no processo educativo;b) Direito formao e informao para o exerccio da funo educativa;

    c) Direito ao apoio tcnico, material e documental;d) Direito segurana na actividade profissional;

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    e) Direito considerao e ao reconhecimento da sua autoridade pelos alunos, suasfamlias e demais membros da comunidade educativa;f) Direito colaborao das famlias e da comunidade educativa no processo deeducao dos alunos;g) Direito negociao colectiva nos termos legalmente estabelecidos.

    Artigo 5.Direito de participao no processo educativo

    1 O direito de participao exerce-se no quadro do sistema educativo, da escola e darelao com a comunidade.2 O direito de participao, que pode ser exercido a ttulo individual ou colectivo,nomeadamente atravs das organizaes profissionais e sindicais do pessoal docente,compreende:a) O direito a emitir opinies e recomendaes sobre as orientaes e o funcionamento doestabelecimento de ensino e do sistema educativo;b) O direito a participar na definio das orientaes pedaggicas ao nvel doestabelecimento de ensino ou das suas estruturas de coordenao;

    c) O direito autonomia tcnica e cientfica e liberdade de escolha dos mtodos deensino, das tecnologias e tcnicas de educao e dos tipos de meios auxiliares de ensinomais adequados, no respeito pelo currculo nacional, pelos programas e pelas orientaesprogramticas curriculares ou pedaggicas em vigor;d) O direito a propor inovaes e a participar em experincias pedaggicas, bem como nosrespectivos processos de avaliao;e) O direito de eleger e ser eleito para rgos colegiais ou singulares dosestabelecimentos de educao ou de ensino, nos casos em que a legislao sobre asua gesto e administrao o preveja.3 O direito de participao pode ainda ser exercido, atravs das organizaesprofissionais e sindicais do pessoal docente, em rgos que, no mbito nacional, regionalautnomo ou regional, prevejam a representao do pessoal docente.

    Artigo 6.Direito formao e informao para o exerccio da funo educativa

    1O direito formao e informao para o exerccio da funo educativa garantido:a) Pelo acesso a aces de formao contnua regulares destinadas a actualizar eaprofundar os conhecimentos e as competncias profissionais dos docentes;b) Pelo apoio autoformao dos docentes, de acordo com os respectivos planosindividuais de formao.2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, o direito formao e informao para oexerccio da funo educativa pode tambm visar objectivos de reconverso profissional,bem como de mobilidade e progresso na carreira.

    Artigo 7.Direito ao apoio tcnico, material e documental

    O direito ao apoio tcnico, material e documental exerce-se sobre os recursos necessrios formao e informao do pessoal docente, bem como ao exerccio da actividade educativa.

    Artigo 8.Direito segurana na actividade profissional

    1O direito segurana na actividade profissional compreende:a) A preveno e reduo dos riscos profissionais, individuais e colectivos, atravs daadopo de programas especficos dirigidos melhoria do ambiente de trabalho epromoo das condies de higiene, sade e segurana do posto de trabalho;b) A preveno e tratamento das doenas que venham a ser definidas por portariaconjunta dos Ministros da Educao e da Sade, como resultando necessria edirectamente do exerccio continuado da funo docente.

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    2 O direito segurana na actividade profissional compreende ainda a penalizao daprtica de ofensa corporal ou outra violncia sobre o docente no exerccio das suas funesou por causa destas.

    Artigo 9.Direito considerao e colaborao da comunidade educativa

    1 O direito considerao exerce-se no plano da relao com os alunos, as suasfamlias e os demais membros da comunidade educativa e exprime-se no reconhecimentoda autoridade em que o docente est investido no exerccio das suas funes.2 O direito colaborao das famlias e dos demais membros da comunidade educativacompreende o direito a receber o seu apoio e cooperao activa, no quadro da partilhaentre todos da responsabilidade pelo desenvolvimento e pelos resultados da aprendizagemdos alunos.

    SECO IIDeveres

    Artigo 10.

    Deveres gerais1 O pessoal docente est obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos para osfuncionrios e agentes da Administrao Pblica em geral.2 O pessoal docente, no exerccio das funes que lhe esto atribudas nos termos dopresente Estatuto, est ainda obrigado ao cumprimento dos seguintes deveres profissionais:a) Orientar o exerccio das suas funes pelos princpios do rigor, da iseno, dajustia e da equidade;b) Orientar o exerccio das suas funes por critrios de qualidade, procurando o seupermanente aperfeioamento e tendo como objectivo a excelncia;c) Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, favorecendo a criao delaos de cooperao e o desenvolvimento de relaes de respeito e reconhecimentomtuo, em especial entre docentes, alunos, encarregados de educao e pessoal no

    docente;d) Actualizar e aperfeioar os seus conhecimentos, capacidades e competncias, numaperspectiva de aprendizagem ao longo da vida, de desenvolvimento pessoal e profissionale de aperfeioamento do seu desempenho;e) Participar de forma empenhada nas vrias modalidades de formao que frequente,designadamente nas promovidas pela Administrao, e usar as competnciasadquiridas na sua prtica profissional;f) Zelar pela qualidade e pelo enriquecimento dos recursos didctico-pedaggicosutilizados, numa perspectiva de abertura inovao;g) Desenvolver a reflexo sobre a sua prtica pedaggica, proceder auto-avaliao eparticipar nas actividades de avaliao da escola;h) Conhecer, respeitar e cumprir as disposies normativas sobre educao, cooperando

    com a administrao educativa na prossecuo dos objectivos decorrentes da polticaeducativa, no interesse dos alunos e da sociedade.

    Artigo 10.-ADeveres para com os alunos

    Constituem deveres especficos dos docentes relativamente aos seus alunos:a) Respeitar a dignidade pessoal e as diferenas culturais dos alunos valorizando osdiferentes saberes e culturas, prevenindo processos de excluso e discriminao;b) Promover a formao e realizao integral dos alunos, estimulando o desenvolvimentodas suas capacidades, a sua autonomia e criatividade;c) Promover o desenvolvimento do rendimento escolar dos alunos e a qualidade dasaprendizagens, de acordo com os respectivos programas curriculares e atendendo diversidade dos seus conhecimentos e aptides;d) Organizar e gerir o processo ensino-aprendizagem, adoptando estratgias de

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    diferenciao pedaggica susceptveis de responder s necessidades individuais dosalunos;e) Assegurar o cumprimento integral das actividades lectivas correspondentes sexigncias do currculo nacional, dos programas e das orientaes programticas oucurriculares em vigor;f) Adequar os instrumentos de avaliao s exigncias do currculo nacional, dosprogramas e das orientaes programticas ou curriculares e adoptar critrios de rigor,iseno e objectividade na sua correco e classificao;g) Manter a disciplina e exercer a autoridade pedaggica com rigor, equidade e iseno;h) Cooperar na promoo do bem-estar dos alunos, protegendo-os de situaes deviolncia fsica ou psicolgica, se necessrio solicitando a interveno de pessoas eentidades alheias instituio escolar;i) Colaborar na preveno e deteco de situaes de risco social, se necessrioparticipando-as s entidades competentes;j) Respeitar a natureza confidencial da informao relativa aos alunos e respectivas famlias.

    Artigo 10.-B

    Deveres para com a escola e os outros docentesConstituem deveres especficos dos docentes para com a escola e outros docentes:a) Colaborar na organizao da escola, cooperando com os rgos de direcoexecutiva e as estruturas de gesto pedaggica e com o restante pessoal docente e nodocente tendo em vista o seu bom funcionamento;b) Cumprir os regulamentos, desenvolver e executar os projectos educativos e planos deactividades e observar as orientaes dos rgos de direco executiva e das estruturasde gesto pedaggica da escola;c) Co-responsabilizar-se pela preservao e uso adequado das instalaes e equipamentose propor medidas de melhoramento e remodelao;d) Promover o bom relacionamento e a cooperao entre todos os docentes, dandoespecial ateno aos que se encontram em incio de carreira ou em formao ou que

    denotem dificuldades no seu exerccio profissional;e) Partilhar com os outros docentes a informao, os recursos didcticos e os mtodospedaggicos, no sentido de difundir as boas prticas e de aconselhar aqueles que seencontrem no incio de carreira ou em formao ou que denotem dificuldades no seuexerccio profissional;f) Reflectir, nas vrias estruturas pedaggicas, sobre o trabalho realizado individual ecolectivamente, tendo em vista melhorar as prticas e contribuir para o sucesso educativodos alunos;g) Cooperar com os outros docentes na avaliao do seu desempenho;h) Defender e promover o bem-estar de todos os docentes, protegendo-os de quaisquersituaes de violncia fsica ou psicolgica, se necessrio solicitando a interveno depessoas e entidades alheias instituio escolar.

    Artigo 10.-CDeveres para com os pais e encarregados de educao

    Constituem deveres especficos dos docentes para com os pais e encarregados deeducao dos alunos:a) Respeitar a autoridade legal dos pais ou encarregados de educao e estabelecer comeles uma relao de dilogo e cooperao, no quadro da partilha da responsabilidade pelaeducao e formao integral dos alunos;b) Promover a participao activa dos pais ou encarregados de educao na educaoescolar dos alunos, no sentido de garantir a sua efectiva colaborao no processo deaprendizagem;c) Incentivar a participao dos pais ou encarregados de educao na actividade daescola, no sentido de criar condies para a integrao bem sucedida de todos os alunos;d) Facultar regularmente aos pais ou encarregados de educao a informao sobre o

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    desenvolvimento das aprendizagens e o percurso escolar dos filhos, bem como sobrequaisquer outros elementos relevantes para a sua educao;e) Participar na promoo de aces especficas de formao ou informao para os paisou encarregados de educao que fomentem o seu envolvimento na escola com vista prestao de um apoio adequado aos alunos.

    CAPTULO IIIFormaoArtigo 11.

    Formao do pessoal docente1 A formao do pessoal docente desenvolve-se de acordo com os princpios geraisconstantes do artigo 33. da Lei de Bases do Sistema Educativo, competindo ao membro doGoverno responsvel pela rea da educao o respectivo planeamento, coordenao eavaliao global.2 A formao de pessoal docente regulamentada em diploma prprio, sem prejuzo dodisposto nos artigos seguintes.

    Artigo 12.Modalidades da formaoA formao do pessoal docente compreende a formao inicial, a formao especializada ea formao contnua, previstas, respectivamente, nos artigos 34., 36. e 38. da Lei deBases do Sistema Educativo.

    Artigo 13.Formao inicial

    1 A formao inicial dos educadores de infncia e dos professores dos ensinos bsico esecundrio a que confere habilitao profissional para a docncia no respectivo nvel deeducao ou de ensino.2 A formao inicial visa dotar os candidatos profisso das competncias e

    conhecimentos cientficos, tcnicos e pedaggicos de base para o desempenho profissionalda prtica docente nas seguintes dimenses:a) Profissional, social e tica;b) Desenvolvimento do ensino e da aprendizagem;c) Participao na escola e relao com a comunidade educativa;d) Desenvolvimento profissional ao longo da vida.

    Artigo 14.Formao especializada

    A formao especializada visa a qualificao dos docentes para o desempenho defunes ou actividades educativas especializadas e ministrada nas instituies deformao a que se refere o n. 2 do artigo 36. da Lei de Bases do Sistema Educativo.

    Artigo 15.Formao contnua

    1 A formao contnua destina-se a assegurar a actualizao, o aperfeioamento, areconverso e o apoio actividade profissional do pessoal docente, visando aindaobjectivos de desenvolvimento na carreira e de mobilidade nos termos do presente Estatuto.2 A formao contnua deve ser planeada de forma a promover o desenvolvimento dascompetncias profissionais do docente.

    Artigo 16.Aces de formao contnua

    1 A formao contnua realizada de acordo com os planos de formao elaboradospelos agrupamentos de escolas e escolas no agrupadas tendo em considerao odiagnstico das necessidades de formao dos respectivos docentes.

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    2 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, deve ainda ser considerada nafrequncia das aces de formao contnua a formao de iniciativa individual do docenteque contribua para o seu desenvolvimento profissional.

    CAPTULO IVRecrutamento e seleco para lugar do quadro

    Artigo 17.Princpios gerais

    1 O concurso o processo de recrutamento e seleco, normal e obrigatrio, do pessoaldocente.2 O regime do concurso para pessoal docente rege-se pelos princpios reguladores dosconcursos na Administrao Pblica, nos termos e com as adaptaes previstas nodecreto-lei a que se refere o artigo 24.

    Artigo 18. (Revogado.)

    Artigo 19. (Revogado.)

    Artigo 20. (Revogado.)

    Artigo 21. (Revogado.)

    Artigo 22.Requisitos gerais e especficos

    1So requisitos gerais de admisso a concurso:a) (Declarado inconstitucional, com fora obrigatria geral, pelo Acrdo do TribunalConstitucional n. 345/2002, publicado no Dirio da Repblica, 1. srie, n. 234, de 10 deOutubro de 2002.)b) Possuir as habilitaes profissionais legalmente exigidas para a docncia no nvel de

    ensino e grupo de recrutamento a que se candidatam;c) Ter cumprido os deveres militares ou de servio cvico, quando obrigatrio;d) No estar inibido do exerccio de funes pblicas ou interdito para o exerccio dasfunes a que se candidata;e) Possuir a robustez fsica, o perfil psquico e as caractersticas de personalidadeindispensveis ao exerccio da funo e ter cumprido as leis de vacinao obrigatria;f) Obter aprovao em prova de avaliao de conhecimentos e capacidades.2 Constitui requisito fsico necessrio ao exerccio da funo docente a ausncia,comprovada por adequado atestado mdico, de quaisquer leses ou enfermidades queimpossibilitem o exerccio da docncia ou sejam susceptveis de ser agravadas pelodesempenho de funes docentes.3 A existncia de deficincia fsica no impedimento ao exerccio de funes docentes

    se e enquanto for compatvel com os requisitos exigveis para o exerccio de funes nogrupo de recrutamento do candidato ou do docente, nos termos de adequado atestadomdico.4 Constitui requisito psquico necessrio ao exerccio da funo docente a ausncia decaractersticas de personalidade ou de situaes anmalas ou patolgicas de naturezaneuropsiquitrica que ponham em risco a relao com os alunos, impeam ou dificultem oexerccio da docncia ou sejam susceptveis de ser agravadas pelo desempenho defunes docentes.5 A verificao dos requisitos fsicos e psquicos necessrios ao exerccio da funodocente e da inexistncia de alcoolismo ou de toxicodependncias de qualquer natureza realizada nos termos da lei geral.6 A existncia de alcoolismo ou de toxicodependncias, comprovadas nos termos donmero anterior, constitui motivo impeditivo do exerccio da funo docente pelo perodo dedois anos.

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    7 A aprovao na prova prevista na alnea f) do n. 1 constitui requisito exigvel aoscandidatos a concursos de seleco e recrutamento de pessoal docente da educao pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio que ainda no tenham integrado a carreira.8 A prova a que se refere o nmero anterior visa verificar o domnio de conhecimentos ecapacidades fundamentais para o exerccio da funo docente.9 A prova de avaliao de conhecimentos e capacidades tem obrigatoriamente umacomponente comum a todos os candidatos, que visa avaliar a sua capacidade de mobilizar oraciocnio lgico e crtico, bem como a preparao para resolver problemas em domniosno disciplinares, podendo ainda ter uma componente especfica relativa rea disciplinarou nvel de ensino dos candidatos.10 As condies de candidatura, de realizao e avaliao da prova so aprovadas pordecreto regulamentar.

    Artigo 23.Verificao de alterao dos requisitos fsicos e psquicos

    1 A verificao de alterao dos requisitos fsicos e psquicos necessrios ao exerccioda funo docente e da existncia de alcoolismo ou de toxicodependncias de qualquer

    natureza realizada pela junta mdica regional do Ministrio da Educao, mediantesolicitao do rgo de direco executiva da escola.2(Revogado.)3(Revogado.)4Para verificao das condies de sade e de trabalho do pessoal docente realizam-seaces peridicas de rastreio, nos termos da legislao sobre segurana, higiene e sadeno trabalho, aprovadas anualmente pelo rgo de direco executiva da escola.

    Artigo 24.Regulamentao dosconcursos

    A regulamentao dos concursos previstos no presente Estatuto objecto de decreto-lei,sendo assegurada a negociao colectiva nos termos da lei em vigor.

    CAPTULO VQuadros depessoal docente

    Artigo 25.Estrutura

    1Os quadros de pessoal docente dos estabelecimentos de educao ou de ensinopblicos estruturam-se em:

    a) Quadros de agrupamento de escolas;b) Quadros de escola no agrupada;c) Quadros de zona pedaggica.2 Os quadros de pessoal docente dos estabelecimentos de educao e ensinoabrangidos pelo presente Estatuto fixam dotaes para a carreira docente, discriminadas

    por nvel ou ciclo de ensino, grupo de recrutamento e categoria, consoante o caso, de modoa conferir maior flexibilidade gesto dos recursos humanos da docncia disponveis.3 As referncias feitas no presente Estatuto a escolas ou a estabelecimentos deeducao ou de ensino reportam-se ao agrupamento de escolas ou a escolas noagrupadas, consoante o caso, salvo referncia em contrrio.

    Artigo 26.Quadros de agrupamento e quadros de escola noagrupada

    1 Os quadros de agrupamento de escolas, bem como os quadros das escolas noagrupadas, destinam-se a satisfazer as necessidades permanentes dos respectivosestabelecimentos de educao ou de ensino.2 A dotao de lugares dos quadros de agrupamento ou dos quadros de escola,discriminada por ciclo ou nvel de ensino e grupo de recrutamento e categoria, fixada porportaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e da

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    educao.3(Revogado.)

    Artigo 27.Quadros de zona pedaggica

    1 Os quadros de zona pedaggica destinam-se a facultar a necessria flexibilidade gesto dos recursos humanos no respectivo mbito geogrfico e a assegurar a satisfaode necessidades no permanentes dos estabelecimentos de educao ou de ensino, asubstituio dos docentes dos quadros de agrupamento ou de escola, as actividades deeducao extra-escolar, o apoio a estabelecimentos de educao ou de ensino queministrem reas curriculares especficas ou manifestem exigncias educativas especiais,bem como a garantir a promoo do sucesso educativo.2A substituio de docentes prevista no nmero anterior abrange os casos de:a) Ausncia anual;b) Ausncias temporrias de durao superior a 5 ou 10 dias lectivos, consoante se trate daeducao pr-escolar e do 1. ciclo do ensino bsico ou dos 2. e 3. ciclos do ensinobsico;

    c) Ausncias temporrias no ensino secundrio, sem prejuzo das tarefas de ocupaoeducativa dos alunos, a promover pelo respectivo estabelecimento de ensino, nos casos deausncias de curta durao.3 O mbito geogrfico dos quadros de zona pedaggica e a respectiva dotao delugares, a definir por ciclo ou nvel de ensino e grupo de recrutamento, so fixados porportaria conjunta dos membros do Governo responsveis pelas reas das finanas e daeducao.

    Artigo 28.Ajustamento dos quadros

    A reviso dos quadros de pessoal docente feita por portaria conjunta dos membros doGoverno responsveis pelas reas das finanas, da Administrao Pblica e da educao

    ou por portaria apenas deste ltimo, consoante dessa alterao resulte ou no aumento dosvalores totais globais.

    CAPTULO VIVinculaoArtigo 29.Vinculao

    1 A relao jurdica de emprego do pessoal docente reveste, em geral, a forma denomeao.2A nomeao pode ser provisria ou definitiva.3 A vinculao do pessoal docente pode ainda revestir qualquer das formas de contratoadministrativo previstas no artigo 33.

    Artigo 30.Nomeaoprovisria

    O primeiro provimento em lugar de ingresso reveste a forma de nomeao provisria edestina-se realizao do perodo probatrio.

    Artigo 31.Perodo probatrio

    1 O perodo probatrio destina-se a verificar a capacidade de adequao do docente aoperfil de desempenho profissional exigvel, tem a durao mnima de um ano escolar e cumprido no estabelecimento de educao ou de ensino onde aquele exerce a suaactividade docente.2 Sem prejuzo do disposto nos n.os 9 a 11, o perodo probatrio corresponde ao 1.ano escolar no exerccio efectivo de funes docentes.

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    3A requerimento do docente, o perodo probatrio pode ser realizado no primeiro ano deexerccio de funes docentes e antes do ingresso na carreira, desde que,cumulativamente:a) O docente tenha sido recrutado no concurso externo ou para a satisfao denecessidades transitrias e antes do incio do ano lectivo;b) O exerccio de funes docentes abranja o ano lectivo completo;c) O seu horrio seja igual ou superior a vinte horas semanais.4 Durante o perodo probatrio, o professor acompanhado e apoiado, no planodidctico, pedaggico e cientfico por um docente posicionado no 4. escalo ou superior,sempre que possvel, do mesmo grupo de recrutamento, a quem tenha sido atribudameno qualitativa igual ou superior a Bom na ltima avaliao do desempenho, a designarpelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes respectivo, que:a) Seja detentor, preferencialmente, de formao especializada na rea de organizaoeducacional e desenvolvimento curricular, superviso pedaggica ou formao deformadores;b) Esteja, sempre que possvel, posicionado nos dois ltimos escales da carreira etenha optado pela especializao funcional correspondente.

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    Compete ao docente a que se refere o nmero anterior:a) Apoiar a elaborao e acompanhar a execuo de um plano individual de trabalho parao docente em perodo probatrio que verse as componentes cientfica, pedaggica edidctica;b) Apoiar o docente em perodo probatrio na preparao e planeamento das aulas, bemcomo na reflexo sobre a respectiva prtica pedaggica, ajudando-o na sua melhoria;c) Avaliar o trabalho individual desenvolvido;d) Elaborar relatrio da actividade desenvolvida, incluindo os dados da observao de aulasobrigatoriamente realizada;e) Participar no processo de avaliao do desempenho do docente em perodo probatrio.6 O docente em perodo probatrio fica impossibilitado de acumular outras funes,pblicas ou privadas.

    7 A componente no lectiva de estabelecimento neste perodo fica adstrita, enquantonecessrio, frequncia de aces de formao, assistncia a aulas de outros professoresou realizao de trabalhos de grupo indicadas pelo professor de acompanhamento e apoio.8 A avaliao do desempenho do docente em perodo probatrio objecto deregulamentao, nos termos previstos no n. 4 do artigo 40.9 O perodo probatrio suspenso sempre que o docente se encontre em situao deausncias ao servio legalmente equiparadas a prestao de trabalho efectivo por umperodo superior a seis semanas consecutivas ou interpoladas, sem prejuzo damanuteno dos direitos e regalias inerentes continuidade do vnculo laboral.10 Finda a situao que determinou a suspenso prevista no nmero anterior, odocente retoma ou inicia, consoante o caso, o exerccio efectivo das suas funes, tendode completar o perodo probatrio em falta.

    11 Para alm dos motivos referidos no n. 9, o perodo probatrio do docente que faltarjustificadamente por um perodo correspondente a 20 dias de actividade lectiva repetidono ano escolar seguinte.12 O docente em nomeao provisria que conclua o perodo probatrio comavaliao do desempenho igual ou superior a Bom nomeado definitivamente em lugar doquadro.13Se o docente obtiver avaliao do desempenho de Regular facultada a oportunidadede repetir o perodo probatrio, sem interrupo funcional, devendo desenvolver um planode formao que integre a observao de aulas.14Se o docente obtiver avaliao de desempenho de Insuficiente , no termo do perodoprobatrio, automaticamente exonerado do lugar do quadro em que se encontra provido.15 A atribuio da meno qualitativa de Insuficiente implica a impossibilidade de odocente se candidatar, a qualquer ttulo, docncia no prprio ano ou no ano escolarseguinte.

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    16 O tempo de servio prestado pelo docente em perodo probatrio contado paraefeitos de progresso na carreira docente, desde que classificado com meno qualitativaigual ou superior a Bom.

    Artigo 32.Nomeao definitiva

    1 A nomeao provisria converte-se em nomeao definitiva em lugar do quadro,independentemente de quaisquer formalidades, no incio do ano escolar subsequente concluso do perodo probatrio com avaliao de desempenho igual ou superior a Bom.2 A converso da nomeao provisria em nomeao definitiva promovida pelo rgode direco executiva do agrupamento ou escola no agrupada at 20 dias antes do termodaquela nomeao e produz efeitos, em qualquer caso, a partir de 1 de Setembro.3 Em caso de prorrogao do perodo probatrio prevista nos n.os 8 a 10 do artigoanterior, a converso da nomeao provisria em nomeao definitiva produz efeitosreportados ao incio do ano escolar em que ocorra a sua concluso.4 A nomeao do docente que observe os requisitos previstos no n. 16 do artigoanterior automaticamente convertida em nomeao definitiva.

    Artigo 33.Contrato administrativo

    1 O desempenho de funes docentes pode ser assegurado em regime de contratoadministrativo de provimento, quando haja convenincia em confiar a tcnicosespecializados a regncia de disciplinas tecnolgicas, artsticas, vocacionais e de aplicaoou que constituam inovao pedaggica.2 O exerccio transitrio de funes docentes pode ser assegurado por indivduos quepreencham os requisitos e admisso a concurso de provimento, em regime de contratoadministrativo, tendo em vista a satisfao e necessidades do sistema educativo nocolmatadas pelo pessoal docente dos quadros de zona pedaggica ou resultantes deausncias temporrias de docentes que no possam ser supridas nos termos do n. 2 do

    artigo 27. do presente diploma.3O regime do contrato previsto no n. 1 o constante do Decreto-Lei n. 427/89, de 7 deDezembro, para o contrato administrativo de provimento, com excepo do disposto sobrerequisitos habilitacionais e qualificaes profissionais, que so os que vierem a ser fixadosaquando da publicitao da oferta de emprego.4 Os princpios a que obedece a contratao de pessoal docente ao abrigo do n. 2deste artigo so fixados por portaria dos Ministros das Finanas e da Educao.

    CAPTULO VIICarreira docenteSUBCAPTULO IPrincpios gerais

    Artigo 34.Natureza e estrutura da carreira docente

    1 O pessoal docente que desempenha funes de educao ou de ensino, com carcterpermanente, sequencial e sistemtico, constitui, nos termos da lei geral, um corpoespecial da Administrao Pblica dotado de uma carreira prpria.2A carreira docente estrutura-se na categoria de professor.3(Revogado.)4 Cada categoria integrada por escales a que correspondem ndices remuneratriosdiferenciados, de acordo com o anexo I do presente Estatuto, que dele faz parte integrante.

    Artigo 35.Contedo funcional

    1 As funes do pessoal docente so exercidas com responsabilidade profissional eautonomia tcnica e cientfica, sem prejuzo do nmero seguinte.

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    2 O docente desenvolve a sua actividade profissional de acordo com as orientaes depoltica educativa e observando as exigncias do currculo nacional, dos programas e dasorientaes programticas ou curriculares em vigor, bem como do projecto educativo daescola.3So funes do pessoal docente em geral:a) Leccionar as disciplinas, matrias e cursos para que se encontra habilitado deacordo com as necessidades educativas dos alunos que lhe estejam confiados e nocumprimento do servio docente que lhe seja atribudo;b) Planear, organizar e preparar as actividades lectivas dirigidas turma ou grupo dealunos nas reas disciplinares ou matrias que lhe sejam distribudas;c) Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliao das aprendizagens eparticipar no servio de exames e reunies de avaliao;d) Elaborar recursos e materiais didctico-pedaggicos e participar na respectiva avaliao;e) Promover, organizar e participar em todas as actividades complementares, curriculares eextracurriculares, includas no plano de actividades ou projecto educativo da escola, dentroe fora do recinto escolar;f) Organizar, assegurar e acompanhar as actividades de enriquecimento curricular dos

    alunos;g) Assegurar as actividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamentode alunos determinados pela administrao educativa e cooperar na deteco eacompanhamento de dificuldades de aprendizagem;h) Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaborao com osrespectivos pais e encarregados de educao;i) Facultar orientao e aconselhamento em matria educativa, social e profissional dosalunos, em colaborao com os servios especializados de orientao educativa;j) Participar nas actividades de avaliao da escola;l) Orientar a prtica pedaggica supervisionada a nvel da escola;m) Participar em actividades de investigao, inovao e experimentao cientfica epedaggica;

    n) Organizar e participar, como formando ou formador, em aces de formao contnua eespecializada;o) Desempenhar as actividades de coordenao administrativa e pedaggica que nosejam exclusivas dos docentes posicionados no 4. escalo ou superior.4 As funes de coordenao, orientao, superviso pedaggica e avaliao dodesempenho so reservadas aos docentes posicionados no 4. escalo ou superior,detentores, preferencialmente, de formao especializada.5 Em casos excepcionais devidamente fundamentados, os docentes posicionados no 3.escalo podem exercer as funes referidas no nmero anterior desde que detentores deformao especializada.6 Os docentes dos dois ltimos escales da carreira, desde que detentores de formaoespecializada, podem candidatar-se, com possibilidade de renncia a produzir efeitos no

    termo de cada ano escolar, a uma especializao funcional para o exerccio exclusivo oupredominante das funes de superviso pedaggica, gesto da formao,desenvolvimento curricular, avaliao do desempenho e administrao escolar, em termosa definir por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao.7 As funes previstas no n. 4 so atribudas prioritariamente aos docentes referidos nonmero anterior.

    Artigo 36.Ingresso

    1 O ingresso na carreira docente faz-se mediante concurso destinado ao provimento delugar do quadro de entre os docentes que satisfaam os requisitos de admisso a que serefere o artigo 22..2 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, o ingresso na carreira faz-se no 1.escalo.

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    3 O ingresso na carreira dos docentes portadores de habilitao profissional adequadafaz-se no escalo correspondente ao tempo de servio prestado em funes docentes eclassificado com a meno qualitativa mnima de Bom, independentemente do ttulo jurdicoda relao de trabalho subordinado, de acordo com os critrios gerais de progresso, emtermos a definir por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao.

    Artigo 37.Progresso

    1 A progresso na carreira docente consiste na alterao do ndice remuneratrioatravs da mudana de escalo.2 O reconhecimento do direito progresso ao escalo seguinte depende da verificaocumulativa dos seguintes requisitos:a) Da permanncia de um perodo mnimo de servio docente efectivo no escaloimediatamente anterior;b) Da atribuio, na ltima avaliao do desempenho, de meno qualitativa no inferior aBom;c) Da frequncia, com aproveitamento, de formao contnua ou de cursos de formao

    especializada, pelos docentes em exerccio efectivo de funes em estabelecimentos deensino no superior durante, pelo menos, metade do ciclo avaliativo, num total no inferiora:i) 25 horas, no 5. escalo da carreira docente;ii) 50 horas, nos restantes escales da carreira docente.3 A progresso aos 3., 5. e 7. escales depende, alm dos requisitos previstos nonmero anterior, do seguinte:a) Observao de aulas, no caso da progresso aos 3. e 5. escales;b) Obteno de vaga, no caso da progresso aos 5. e 7. escales.4 A obteno das menes de Excelente e Muito bom nos 4. e 6. escales permite aprogresso ao escalo seguinte, sem a observncia do requisito relativo existncia devagas.

    5 Os mdulos de tempo de servio docente nos escales tm a durao de quatro anos,com excepo do tempo de servio no 5. escalo que tem a durao de dois anos.6(Revogado.)7 A progresso aos 5. e 7. escales, nos termos referidos na alnea b) do n. 3,processa-se anualmente e havendo lugar adio de um factor de compensao por cadaano suplementar de permanncia nos 4. ou 6. escales aos docentes que no obtiveremvaga, em termos a definir por portaria dos membros do Governo responsveis pelas reasdas finanas, da Administrao Pblica e da educao.8A progresso ao escalo seguinte opera-se nos seguintes momentos:a) A progresso aos 2., 3., 4., 6., 8., 9. e 10. escales opera-se na data em que odocente perfaz o tempo de servio no escalo, desde que tenha cumprido os requisitos deavaliao do desempenho, incluindo observao de aulas quando obrigatrio e formao

    contnua previstos nos nmeros anteriores, sendo devido o direito remuneraocorrespondente ao novo escalo a partir do 1. dia do ms subsequente a esse momento ereportado tambm a essa data;b) A progresso aos 5. e 7. escales opera-se na data em que o docente obtevevaga para progresso, desde que tenha cumprido os requisitos de avaliao dodesempenho, incluindo observao de aulas quando obrigatrio e formao contnuaprevistos nos nmeros anteriores, sendo devido o direito remunerao correspondenteao novo escalo a partir do 1. dia do ms subsequente a esse momento e reportadotambm a essa data.9 A listagem dos docentes que progrediram de escalo afixada semestralmente nosestabelecimentos de educao ou de ensino.

    Artigo 38.Equiparao a servio docente efectivo

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    equiparado a servio efectivo em funes docentes todo aquele que for prestado pelopessoal docente em cargo ou funo cujo regime legal preveja a salvaguarda na carreirade origem do direito contagem do tempo de servio prestado.

    SUBCAPTULO IICondies de progresso e acesso na carreira

    Artigo 39.Exerccio de funes no docentes

    1 Na contagem do tempo de servio docente efectivo para efeitos de progresso nacarreira, so considerados os perodos referentes a requisio, destacamento e comissode servio no exerccio de funes no docentes que revistam natureza tcnico-pedaggica, desde que no excedam dois anos do mdulo de tempo de servio que fornecessrio para os referidos efeitos com avaliao de desempenho igual ou superior a Bomdurante o referido perodo.2 Os perodos referentes a requisio, destacamento e comisso de servio no exercciode funes que revistam natureza tcnico-pedaggica e que excedam o limite consideradono nmero anterior relevam na contagem do tempo de servio docente efectivo para efeitos

    de progresso na carreira se o docente obtiver na primeira avaliao de desempenhoposterior ao regresso ao servio docente efectivo meno qualitativa igual ou superior aBom.3 Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, entende-se por funes de naturezatcnico-pedaggica as que, pela sua especializao, especificidade ou especial relaocom o sistema de educao e ensino, requerem, como condio para o respectivoexerccio, as qualificaes e exigncias de formao prprias do pessoal docente.4 Por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao so fixadasas funes ou cargos a identificar como de natureza tcnico-pedaggica.5 O disposto nos nmeros anteriores no prejudica a aplicao de legislao prpria quesalvaguarde o direito estabilidade no emprego de origem bem como promoo eprogresso na carreira pelo exerccio de determinados cargos ou funes.

    Artigo 40.Caracterizao e objectivos da avaliao do desempenho

    1 A avaliao do desempenho do pessoal docente desenvolve-se de acordo com osprincpios consagrados no artigo 39. da Lei de Bases do Sistema Educativo e no respeitopelos princpios e objectivos que enformam o sistema integrado de avaliao dodesempenho da Administrao Pblica, incidindo sobre a actividade desenvolvida e tendoem conta as qualificaes profissionais, pedaggicas e cientficas do docente.2 A avaliao do desempenho do pessoal docente visa a melhoria da qualidade doservio educativo e das aprendizagens dos alunos e proporcionar orientaes para odesenvolvimento pessoal e profissional no quadro de um sistema de reconhecimento domrito e da excelncia.

    3Constituem ainda objectivos da avaliao do desempenho:a) Contribuir para a melhoria da prtica pedaggica do docente;b) Contribuir para a valorizao do trabalho e da profisso docente;c) Identificar as necessidades de formao do pessoal docente;d) Detectar os factores que influenciam o rendimento profissional do pessoal docente;e) Diferenciar e premiar os melhores profissionais no mbito do sistema de progressoda carreira docente;f) Facultar indicadores de gesto em matria de pessoal docente;g) Promover o trabalho de cooperao entre os docentes, tendo em vista a melhoria do seudesempenho;h) Promover um processo de acompanhamento e superviso da prtica docente;i) Promover a responsabilizao do docente quanto ao exerccio da sua actividadeprofissional.4 A regulamentao do sistema de avaliao do desempenho estabelecido no presente

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    Estatuto definida por decreto regulamentar.5(Revogado.)6 Os docentes que exeram cargos ou funes cujo enquadramento normativo ouestatuto salvaguarde o direito de progresso na carreira de origem e no tenham funeslectivas distribudas so avaliados, para efeitos do artigo 37., pela meno qualitativa quelhe tiver sido atribuda na ltima avaliao do desempenho.7 O disposto no nmero anterior aplica-se aos docentes que permaneam em situaode ausncia ao servio equiparada a prestao efectiva de trabalho que inviabilize averificao do requisito de tempo mnimo para avaliao do desempenho.8(Revogado.)9 Podem os docentes abrangidos pelo n. 6 solicitar a avaliao do desempenho atravsde ponderao curricular, em termos a definir por despacho normativo do membro doGoverno responsvel pela rea da educao, nos seguintes casos:a)Na falta da avaliao do desempenho prevista no n. 6;b) Tendo sido atribuda a avaliao do desempenho prevista no n. 6, pretendam a suaalterao;c) Os docentes que permaneam em situao de ausncia ao servio que inviabilize a

    verificao do requisito de tempo mnimo para avaliao do desempenho.Artigo 41.Relevncia

    1. A avaliao do desempenho obrigatoriamente considerada para efeitos de:a) Progresso na carreira;b) Converso da nomeao provisria em nomeao definitiva no termo do perodoprobatrio;c) Renovao do contrato;d) Atribuio do prmio de desempenho.2. O tempo de servio dos docentes em regime de contrato de trabalho em funes pblicasa termo resolutivo que no satisfaa a verificao do requisito do perodo mnimo exigido

    para a avaliao de desempenho releva para todos os efeitos legais.

    Artigo 42.mbito e periodicidade

    1 A avaliao realiza-se segundo critrios previamente definidos que permitam aferiros padres de qualidade do desempenho profissional, tendo em considerao o contextoscio-educativo em que se desenvolve a sua actividade.2A avaliao do desempenho do pessoal docente incide sobre as seguintes dimenses:a) Cientfica e pedaggica;b) (Revogada.)c) Participao na escola e relao com a comunidade educativa;d) Formao contnua e desenvolvimento e profissional.

    3 Os ciclos de avaliao dos docentes integrados na carreira coincidem com o perodocorrespondente durao dos escales da carreira docente, devendo o processo deavaliao do desempenho ser concludo no final do ano escolar anterior ao do fim do cicloavaliativo.4Os docentes integrados na carreira so sujeitos a avaliao do desempenho desde quetenham prestado servio docente efectivo durante, pelo menos, metade do perodo emavaliao a que se refere o nmero anterior.5 A avaliao dos docentes em perodo probatrio feita no final do mesmo ereporta-se actividade desenvolvida no seu decurso.6 A avaliao dos docentes em regime de contrato a termo realiza-se no final do perodode vigncia do respectivo contrato e antes da eventual renovao da sua colocao, desdeque tenham prestado servio docente efectivo durante, pelo menos, 180 dias.7(Revogado.)8A avaliao tem uma natureza interna e externa.

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    9 A avaliao interna efectuada pelo agrupamento de escolas ou escola no agrupadado docente e realizada em todos os escales.10 A avaliao externa centra-se na dimenso cientfica e pedaggica e realiza-seatravs da observao de aulas por avaliadores externos, sendo obrigatria nas seguintessituaes:a)Docentes em perodo probatrio;b)Docentes integrados no 2. e 4. escales da carreira docente;c)Para atribuio da meno de Excelente, em qualquer escalo;d)Docentes integrados na carreira que obtenham a meno de Insuficiente.

    Artigo 43.Intervenientes no processo de avaliao do desempenho

    1Intervm no processo de avaliao do desempenho:a)O presidente do conselho geral;b)O director;c)O conselho pedaggico;d)A seco de avaliao de desempenho docente do conselho pedaggico;

    e)Os avaliadores externos e internos;f)Os avaliados.2(Revogado.)3(Revogado.)4 (Revogado.)5 A composio da seco de avaliao de desempenho docente do conselhopedaggico, bem como as competncias dos intervenientes mencionados no n. 1, sodefinidas nos termos do n. 4 do artigo 40.6(Revogado.)7 (Revogado.)

    Artigo 44. (Revogado.)

    Artigo 45.Elementos de referncia da avaliao

    1 As dimenses da avaliao referidas nas alneas a), c) e d) do n. 2 do artigo 42. soapreciadas tendo em considerao os seguintes elementos de referncia da avaliao:a)Os objectivos e as metas fixadas no projecto educativo do agrupamento de escolas ou daescola no agrupada;b) Os parmetros estabelecidos para cada uma das dimenses aprovados pelo conselhopedaggico.2 Os parmetros estabelecidos a nvel nacional para a avaliao externa sero fixadospelo Ministrio da Educao e Cincia.3(Revogado.)

    4(Revogado.)5 No processo de avaliao do desempenho e durante o ano lectivo devem serrecolhidos elementos relevantes de natureza informativa, designadamente decorrentes deauto-avaliao e observao de aulas.

    Artigo 45.-AProcedimento especial de avaliao

    1 Aos docentes posicionados em certos escales da carreira ou os que exeram funesespecficas conforme referido em decreto regulamentar, podem ser sujeitos ao regimeespecial de avaliao nele definido.2 Os docentes que renam os requisitos legais para a aposentao, incluindo paraaposentao antecipada, durante o ciclo avaliativo e a tenham efectivamente requerido nostermos legais podem solicitar a dispensa da avaliao do desempenho.

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    Artigo 46.Sistema de classificao

    1(Revogado.)2 O resultado final da avaliao a atribuir em cada ciclo de avaliao expresso numaescala graduada de 1 a 10 valores.3 As classificaes quantitativas so ordenadas de forma crescente por universo dedocentes de modo a proceder sua converso em menes qualitativas nos seguintestermos:a) Excelente se, cumulativamente, a classificao for igual ou superior ao percentil 95, nofor inferior a 9 e o docente tiver tido aulas observadas;b) Muito Bom se, cumulativamente, a classificao for igual ou superior ao percentil 75, nofor inferiora 8 e no tenha sido atribuda ao docente a meno Excelente;c) Bom se, cumulativamente, a classificao for igual ou superior a 6,5 e no tiver sidoatribuda a meno de Muito Bom ou Excelente;d) Regular se a classificao for igual ou superior a 5 e inferior a 6,5;e) Insuficiente se a classificao for inferior a 5.

    4

    Os percentis previstos no nmero anterior aplicam-se por universo de docentes aestabelecer por despacho dos membros do Governo responsveis pelas reas daAdministrao Pblica e da educao.5(Revogado.)6(Revogado.)7(Revogado.)8(Revogado.)9 As percentagens referidas no n. 4 podem ser acrescidas por despacho dos membrosdo Governo responsveis pelas reas da Administrao Pblica e da educao, tendo porreferncia os resultados obtidos pelo agrupamento de escolas ou escola no agrupada narespectiva avaliao externa.10 A atribuio das menes qualitativas de Muito Bom e Excelente depende do

    cumprimento efectivamente verificado de 95 % da componente lectiva distribuda no decursodo ciclo de avaliao, relevando para o efeito as ausncias legalmente equiparadas aservio efectivo nos termos do artigo 103.

    Artigo 47.Reclamao e recurso

    1 O avaliado notificado da avaliao final podendo dela apresentar reclamao escritano prazo de 10 dias teis, a contar da data da sua notificao, devendo a respectiva decisoser proferida no prazo de 15 dias teis.2 Da deciso sobre a reclamao cabe recurso para o presidente do conselho geral ainterpor no prazo de 10 dias teis a contar da data da sua notificao.3 A proposta de deciso do recurso compete a uma comisso de trs rbitros,

    obrigatoriamente docentes, cabendo a sua homologao ao presidente do conselho geral.4 A deciso do recurso proferida no prazo de 10 dias teis contado da data da suainterposio.

    Artigo 48.Efeitos da avaliao

    1A atribuio aos docentes da carreira das menes qualitativas de Excelente e ou MuitoBom, resultam nos seguintes efeitos:a) A meno de Excelente num ciclo avaliativo determina a bonificao de um ano naprogresso na carreira docente, a usufruir no escalo seguinte;b)A meno de Muito Bom num ciclo avaliativo determina a bonificao de seis meses naprogresso na carreira docente, a gozar no escalo seguinte;c)A meno de Excelente ou de Muito Bom nos 4. e 6. escales permite a progresso aoescalo seguinte, sem observncia do requisito relativo existncia de vagas;

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    d) atribuio de um prmio pecunirio de desempenho, nos termos definidos no artigo63.;e) As menes de Excelente e Muito Bom no constituem elementos de bonificao noconcurso de professores.2A atribuio de meno qualitativa igual ou superior a Bom determina:a) Que seja considerado o perodo de tempo do respectivo ciclo avaliativo para efeitos deprogresso na carreira docente;b) O termo com sucesso do perodo probatrio.3 A atribuio da meno de Regular determina que o perodo de tempo a que respeitas seja considerado para efeitos de progresso na carreira aps a concluso com sucessode um plano de formao com a durao de um ano.4A atribuio da meno qualitativa de Insuficiente implica:a) A no contagem do tempo de servio do respectivo ciclo avaliativo para efeitos deprogresso na carreira docente e o reincio do ciclo de avaliao;b) A obrigatoriedade de concluso com sucesso de um plano de formao com a duraode um ano que integre a observao de aulas;c) A cessao da nomeao provisria do docente em perodo probatrio, no termo

    do referido perodo;d) A impossibilidade de nova candidatura, a qualquer ttulo, docncia, no mesmo ano ouno ano escolar imediatamente subsequente quele em que realizou o perodo probatrio.5 A atribuio aos docentes integrados na carreira de duas menes consecutivas deInsuficiente determina a instaurao de um processo de averiguaes.6 A atribuio aos docentes em regime de contrato de trabalho em funes pblicas atermo resolutivo de duas menes consecutivas de Insuficiente determina a impossibilidadede serem admitidos a qualquer concurso de recrutamento de pessoal docente nos trs anosescolares subsequentes atribuio daquela avaliao.7 A atribuio aos docentes em regime de contrato de trabalho em funes pblicas atermo resolutivo da meno qualitativa de Muito Bom ou Bom, na ltima avaliao dedesempenho, nos termos do presente diploma, determina a soma de 1 valor graduao

    dos candidatos para efeitos do concurso seguinte.

    Artigo 49.Garantias do processo de avaliao do desempenho

    1 Sem prejuzo das regras de publicidade previstas no presente Estatuto, o processo deavaliao tem carcter confidencial, devendo os instrumentos de avaliao de cada docenteser arquivados no respectivo processo individual.2 Todos os intervenientes no processo, excepo do avaliado, ficam obrigados aodever de sigilo sobre a matria.3 Anualmente, e aps concluso do processo de avaliao, so divulgados na escola osresultados globais da avaliao do desempenho mediante informao no nominativacontendo o nmero de menes globalmente atribudas ao pessoal docente, bem como o

    nmero de docentes no sujeitos avaliao do desempenho.

    Artigo 50. (Revogado.)

    Artigo 51. (Revogado.)

    Artigo 52. (Revogado.)

    Artigo 53. (Revogado.)

    Artigo 54.Aquisio de outras habilitaes

    1 A aquisio por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grauacadmico de mestre em domnio directamente relacionado com a rea cientfica que

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    leccionem ou em Cincias da Educao confere direito reduo de um ano no tempo deservio legalmente exigido para a progresso ao escalo seguinte, desde que, em qualquercaso, na avaliao do desempenho docente lhes tenha sido sempre atribuda menoqualitativa igual ou superior a Bom.2 A aquisio por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grauacadmico de doutor em domnio directamente relacionado com a rea cientfica queleccionem ou em Cincias da Educao confere direito reduo de dois anos no tempo deservio legalmente exigido para a progresso ao escalo seguinte, desde que, em qualquercaso, na avaliao do desempenho docente lhes tenha sido sempre atribuda menoqualitativa igual ou superior a Bom.3 O disposto nos nmeros anteriores aplicvel aos docentes que, nos termos legais,foram dispensados da profissionalizao.4 As caractersticas dos mestrados e doutoramentos a que se referem os n.os 1 e 2 sodefinidas por portaria do membro do Governo responsvel pela rea da educao.

    Artigo 55. (Revogado.)

    Artigo 56.Qualificao para o exerccio de outras funes educativas1 A qualificao para o exerccio de outras funes ou actividades educativasespecializadas por docentes integrados na carreira com nomeao definitiva, nos termos doartigo 36. da Lei de Bases do Sistema Educativo, adquire-se pela frequncia, comaproveitamento, de cursos de formao especializada realizados em estabelecimentos deensino superior para o efeito competentes nas seguintes reas:a) Educao especial;b) Administrao escolar;c) Administrao educacional;d) Animao scio-cultural;e) Educao de adultos;

    f) Orientao educativa;g) Superviso pedaggica e formao de formadores;h) Gesto e animao de formao;i) Comunicao educacional e gesto da informao;j) Inspeco da educao.2 Constitui ainda qualificao para o exerccio de outras funes educativas a aquisio,por docentes profissionalizados integrados na carreira, dos graus de mestre e de doutor nasreas referidas no nmero anterior.3 Podem ainda ser definidas outras reas de formao especializada, tomando emconsiderao as necessidades de desenvolvimento do sistema educativo, por despacho domembro do Governo responsvel pela rea da educao.4 Os cursos a que se refere o n. 1 do presente artigo sero definidos por despacho do

    Ministro da Educao.

    Artigo 57.Exerccio de outras funes educativas

    1 O docente que se encontre qualificado para o exerccio de outras funeseducativas, nos termos do artigo anterior, obrigado ao desempenho efectivo dessasmesmas funes quando para tal tenha sido eleito ou designado, salvo nos casos em que,por despacho do Ministro da Educao, sejam reconhecidos motivos atendveis efundamentados que o incapacitem para aquele exerccio.2 A recusa pelo docente que se encontre qualificado para o exerccio de outras funeseducativas, nos termos do n. 1 do artigo anterior, do desempenho efectivo dessas mesmasfunes, quando para tal tenha sido eleito ou designado, determina, na primeira avaliaodo desempenho a ela subsequente, a atribuio da meno qualitativa de Insuficiente.3(Revogado.)

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    4(Revogado.)

    SUBCAPTULO IIIIntercomunicabilidade

    Artigo 58.(Revogado.)

    CAPTULO VIIIRemuneraes e outras prestaes pecunirias

    Artigo 59.ndices remuneratrios

    1 A carreira docente remunerada de acordo com as escalas indicirias constantes doanexo ao presente Estatuto, que dele faz parte integrante.2 O valor a que corresponde o ndice 100 das escalas indicirias e ndices referido nonmero anterior fixado por portaria conjunta do Primeiro-Ministro e do membro doGoverno responsvel pela rea das finanas.

    Artigo 60. (Revogado.)Artigo 61.

    Clculo da remunerao horriaA remunerao horria normal calculada atravs da frmula (Rb 12)/(52 n),sendo Rb a remunerao mensal fixada para o respectivo escalo e n o nmero 35, nostermos do n. 1 do artigo 76..

    Artigo 62.Remunerao por trabalho extraordinrio

    1 As horas de servio docente extraordinrio so compensadas por um acrscimo daretribuio horria normal de acordo com as seguintes percentagens:

    a) 25 % para a primeira hora semanal de trabalho extraordinrio diurno;b) 50 % para as horas subsequentes de trabalho extraordinrio diurno.2 A retribuio do trabalho extraordinrio nocturno calculada atravs da multiplicaodo valor da hora extraordinria diurna de servio docente pelo coeficiente 1,25.

    Artigo 63.Prmio de desempenho

    1 O docente do quadro em efectividade de servio docente tem direito a um prmiopecunirio de desempenho, a abonar numa nica prestao, por cada duas avaliaes dedesempenho consecutivas, ou trs interpoladas, com meno qualitativa igual ou superior aMuito bom, de montante a fixar por despacho conjunto dos membros do Governoresponsveis pelas reas das finanas e da educao, a publicar no Dirio da Repblica.

    2 O prmio de desempenho a que se refere o nmero anterior processado e pagonuma nica prestao no final do ano em que se verifique a aquisio deste direito.3 A concesso do prmio promovida oficiosamente pela respectiva escola ouagrupamento nos 30 dias aps o termo do perodo de atribuio da avaliao.4 Quando o direito ao prmio de desempenho ocorra no mesmo ano civil em que houveprogresso ao escalo seguinte da categoria, o mesmo processado e pago no anoseguinte, tendo por referncia o ndice remuneratrio que o docente auferia no perodorespeitante ao ciclo de avaliao.

    CAPTULO IXMobilidade

    SUBCAPTULO IPrincpios gerais

    Artigo 64.

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    Formas de mobilidade1So instrumentos de mobilidade dos docentes:a) O concurso;b) A permuta;c) A requisio;d) O destacamento;e) A comisso de servio.2 Constitui ainda uma forma de mobilidade a transio entre nveis ou ciclos de ensino eentre grupos de recrutamento.3Por iniciativa da Administrao, pode ocorrer a transferncia do docente para a mesmacategoria e em lugar vago do quadro de outro estabelecimento escolar, independentementede concurso, com fundamento em interesse pblico decorrente do planeamento eorganizao da rede escolar, caso em que se aplica, com as devidas adaptaes, o regimede transferncia por ausncia da componente lectiva previsto no Decreto-Lei n. 20/2006,de 31 de Janeiro.4 As regras de mobilidade especial aplicveis aos docentes dos quadros semcomponente lectiva atribuda so as definidas em diploma prprio.

    5

    O disposto no presente artigo, com excepo do n. 3, aplica-se apenas aos docentescom nomeao definitiva em lugar do quadro de agrupamento de escolas, de escola noagrupada ou de zona pedaggica.

    Artigo 65.Concurso

    O concurso visa o preenchimento das vagas existentes nos quadros de agrupamento,escola no agrupada ou de zona pedaggica, podendo constituir ainda um instrumento demudana dos docentes de um para outro quadro.

    Artigo 66.Permuta

    1 A permuta consiste na troca de docentes pertencentes mesma categoria, nvel egrau de ensino e ao mesmo grupo de recrutamento.2 O Ministro da Educao, por portaria, fixar as condies em que poder serautorizado o recurso permuta.

    Artigo 67.Requisio

    1A requisio de docentes visa assegurar o exerccio transitrio de funes nos serviose organismos centrais e regionais do Ministrio da Educao, bem como nos rgos einstituies sob a sua tutela.2A requisio pode ainda visar:a) O exerccio transitrio de tarefas excepcionais em qualquer servio da

    administrao central, regional ou local;b) O exerccio de funes docentes em estabelecimentos de ensino superior;c) O exerccio de funes docentes de educao ou de ensino no estatal;d) O exerccio de funes docentes ou tcnicas junto de federaes desportivas quegozem do estatuto de utilidade pblica desportiva;e) O exerccio temporrio de funes em empresas dos sectores pblico, privado oucooperativo;f) O exerccio de funes tcnicas em comisses e grupos de trabalho;g) O exerccio de funes docentes no ensino e ou divulgao da lngua e culturaportuguesas em instituies de ensino superior;h) O exerccio de funes em associaes exclusivamente profissionais de pessoal docente.3 mobilidade dos docentes entre os quadros da administrao central e dasadministraes regionais autnomas igualmente aplicvel o regime da requisio.4 A entidade requisitante deve explicitar no seu pedido a natureza das funes a

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    exercer pelo docente.

    Artigo 68.Destacamento

    O destacamento de docentes admitido apenas para o exerccio:a) De funes docentes em estabelecimentos de educao ou de ensino pblicos;b) De funes docentes na educao extra-escolar;c) (Revogada.)d) De funes docentes nas escolas europeias;e) (Revogada.)

    Artigo 69.Durao da requisio e do destacamento

    1 Os docentes podem ser requisitados ou destacados por um ano escolar,eventualmente prorrogveis at ao limite de quatro anos escolares, incluindo o 1..2 O limite previsto no nmero anterior de nove anos no caso de funes docentesnas escolas europeias.

    3

    A requisio ou o destacamento podem ser dados por findos, a qualquer momento, porconvenincia de servio ou a requerimento fundamentado do docente.4Findo o prazo previsto nos n.os 1 e 2, o docente:a) Regressa escola de origem, no podendo voltar a ser requisitado ou destacadodurante o prazo de quatro anos escolares;b) reconvertido ou reclassificado em diferente carreira e categoria, de acordo com asfunes que vinha desempenhando, os requisitos habilitacionais detidos, as necessidadesdos servios e o nvel remuneratrio que detenha, aplicando-se com as devidasadaptaes o disposto na lei geral; ouc) Requer a passagem situao de licena sem vencimento de longa durao.5 Nas situaes da alnea b) do nmero anterior, o docente integrado no servio ondese encontra requisitado ou destacado em lugar vago do respectivo quadro ou mediante a

    criao de lugar, a extinguir quando vagar.6 O docente que regresse ao servio aps ter passado pela situao de licena previstana alnea c) do n. 3 fica impedido de ser requisitado ou destacado antes de decorrido umperodo mnimo de quatro anos escolares aps o regresso.

    Artigo 70.Comisso de servio

    A comisso de servio destina-se ao exerccio de funes dirigentes na AdministraoPblica, de funes em gabinetes dos membros do Governo ou equiparados ou ainda deoutras funes para as quais a lei exija esta forma de provimento.

    Artigo 71.

    Autorizao1 A autorizao de destacamento, requisio, comisso de servio e transferncia dedocentes concedida por despacho do membro do Governo responsvel pela rea daeducao, aps parecer do rgo de direco executiva do estabelecimento de educaoou de ensino a cujo quadro pertencem.2 A autorizao prevista no nmero anterior dever referir obrigatoriamente que seencontra assegurada a substituio do docente.3 Por despacho do membro do Governo responsvel pela rea da educao fixado operodo durante o qual podem, em cada ano escolar, ser requeridos o destacamento ea requisio de pessoal docente.4 O destacamento, a requisio, a comisso de servio e a transferncia s produzemefeitos no incio de cada ano escolar.5 O disposto nos n.os 1 a 4 no aplicvel em caso de nomeao para cargodirigente ao exerccio de funes em gabinetes dos membros do Governo, ou a outras

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    funes na Administrao Pblica para as quais a lei exija a mesma forma deprovimento, situao em que se aplica a legislao prpria.

    Artigo 72.Transio entre nveis de ensino e grupos de recrutamento

    1 Os docentes podem transitar, por concurso, entre os diversos nveis ou ciclos deensino previstos neste Estatuto e entre os grupos de recrutamento estabelecidos emlegislao prpria.2 A transio fica condicionada existncia das qualificaes profissionais exigidas parao nvel, ciclo de ensino ou grupo de recrutamento a que o docente concorre.3(Revogado.)4 A mudana de nvel, ciclo ou grupo de recrutamento no implica por si alteraes nasituao jurdico-funcional j detida, contando-se, para todos os efeitos, o tempo de servioj prestado na carreira.

    SUBCAPTULO IIExerccio de funes docentes por outros funcionrios

    Artigo 73.Exerccio a tempo inteiro de funes docentes1 O exerccio a tempo inteiro em estabelecimentos de educao ou de ensinopblicos das funes docentes previstas no artigo 33. do presente Estatuto pode serassegurado por outros funcionrios pblicos que preencham os requisitos legalmenteexigidos para o efeito.2 As funes docentes referidas no nmero anterior so exercidas em regime derequisio ou outro instrumento de mobilidade geral.

    Artigo 74.Acumulao de funes

    A acumulao de cargo ou lugar da Administrao Pblica com o exerccio de funes

    docentes em estabelecimento de educao ou de ensino pblicos, ao abrigo do disposto noartigo 12. do Decreto-Lei n. 184/89, de 2 de Junho, s permitida nas situaes decontratao previstas no artigo 33. do presente Estatuto.

    CAPTULO XCondies de trabalho

    SUBCAPTULO IPrincpios gerais

    Artigo 75.Regime geral

    O pessoal docente rege-se em matria de durao de trabalho, frias, faltas e licenaspelas disposies constantes dos subcaptulos seguintes.

    SUBCAPTULO IIDurao de trabalho

    Artigo 76.Durao semanal

    1 O pessoal docente em exerccio de funes obrigado prestao de 35 horassemanais de servio.2 O horrio semanal dos docentes integra uma componente lectiva e uma componenteno lectiva e desenvolve-se em cinco dias de trabalho.3 No horrio de trabalho do docente obrigatoriamente registada a totalidade das horascorrespondentes durao da respectiva prestao semanal de trabalho, com excepo dacomponente no lectiva destinada a trabalho individual e da participao em reunies denatureza pedaggica, convocadas nos termos legais, que decorram de necessidadesocasionais e que no possam ser realizadas nos termos da alnea c) do n. 3 do artigo 82..

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    Artigo 77.Componente lectiva

    1 A componente lectiva do pessoal docente da educao pr-escolar e do 1. ciclo doensino bsico de 25 horas semanais.2 A componente lectiva do pessoal docente dos restantes ciclos e nveis de ensino,incluindo a educao especial, de vinte e duas horas semanais.

    Artigo 78.Organizao da componente lectiva

    1 Na organizao da componente lectiva ser tido em conta o mximo de turmasdisciplinares a atribuir a cada docente, de molde a, considerados os correspondentesprogramas, assegurar-lhe o necessrio equilbrio global, garantindo um elevado nvel dequalidade ao ensino.2 A componente lectiva do horrio do docente corresponde ao nmero de horasleccionadas e abrange todo o trabalho com a turma ou grupo de alunos durante o perodode leccionao da disciplina ou rea curricular no disciplinar.

    3

    No permitida a distribuio ao docente de mais de seis horas lectivas consecutivas,de acordo com os perodos referidos no n. 2 do artigo 94.

    Artigo 79.Reduo da componente lectiva

    1A componente lectiva do trabalho semanal a que esto obrigados os docentes dos 2. e3. ciclos do ensino bsico, do ensino secundrio e da educao especial reduzida,at ao limite de oito horas, nos termos seguintes:a) De duas horas logo que os docentes atinjam 50 anos de idade e 15 anos de serviodocente;b) De mais duas horas logo que os docentes atinjam 55 anos de idade e 20 anos de serviodocente;

    c) De mais quatro horas logo que os docentes atinjam 60 anos de idade e 25 anosde servio docente.2 Os docentes da educao pr-escolar e do 1. ciclo do ensino bsico em regime demonodocncia, que completarem 60 anos de idade, independentemente de outro requisito,podem requerer a reduo de cinco horas da respectiva componente lectiva semanal.3 Os docentes da educao pr-escolar e do 1. ciclo do ensino bsico que atinjam 25e 33 anos de servio lectivo efectivo em regime de monodocncia podem aindarequerer a concesso de dispensa total da componente lectiva, pelo perodo de um anoescolar.4 As redues ou a dispensa total da componente lectiva previstas nos nmerosanteriores apenas produzem efeitos no incio do ano escolar imediato ao da verificao dosrequisitos exigidos.

    5 A dispensa prevista no n. 3 pode ser usufruda num dos cinco anos imediatos queleem que se verificar o requisito exigido, ponderada a convenincia do servio.6 A reduo da componente lectiva do horrio de trabalho a que o docente tenha direito,nos termos dos nmeros anteriores, determina o acrscimo correspondente da componenteno lectiva a nvel de estabelecimento de ensino, mantendo-se a obrigatoriedade deprestao pelo docente de 35 horas de servio semanal.7 Na situao prevista no n. 3, a componente no lectiva de estabelecimento limitadaa 25 horas semanais e preenchida preferencialmente pelas actividades previstas nasalneas d), f), g), i), j) e n) do n. 3 do artigo 82.

    Artigo 80.Exerccio de outras funes pedaggicas

    1 O desempenho de cargos de natureza pedaggica, designadamente de orientaoeducativa e de superviso pedaggica, d lugar a reduo da componente lectiva.

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    2 Ao nmero de horas de reduo da componente lectiva a que os docentes tenhamdireito pelo exerccio de funes pedaggicas so subtradas as horas correspondentes reduo da componente lectiva semanal de que os mesmos beneficiem em funo da suaidade e tempo de servio.3 A reduo da componente lectiva prevista no n. 1 fixada por despacho domembro do Governo responsvel pela rea da educao.

    Artigo 81. (Revogado.)

    Artigo 82.Componente no lectiva

    1A componente no lectiva do pessoal docente abrange a realizao de trabalho a nvelindividual e a prestao de trabalho a nvel do estabelecimento de educao ou de ensino.2 O trabalho a nvel individual pode compreender, para alm da preparao das aulas eda avaliao do processo ensino-aprendizagem, a elaborao de estudos e trabalhos deinvestigao de natureza pedaggica ou cientfico-pedaggica.3 O trabalho a nvel do estabelecimento de educao ou de ensino deve ser

    desenvolvido sob orientao das respectivas estruturas pedaggicas intermdias com oobjectivo de contribuir para a realizao do projecto educativo da escola, podendocompreender, em funo da categoria detida, as seguintes actividades:a) A colaborao em actividades de complemento curricular que visem promover oenriquecimento cultural e a insero dos educandos na comunidade;b) A informao e orientao educacional dos alunos em colaborao com as famliase com as estruturas escolares locais e regionais;c) A participao em reunies de natureza pedaggica legalmente convocadas;d) A participao, devidamente autorizada, em aces de formao contnua que incidamsobre contedos de natureza cientfico-didctica com ligao matria curricularleccionada, bem como as relacionadas com as necessidades de funcionamento da escoladefinidas no respectivo projecto educativo ou plano de actividades;

    e) A substituio de outros docentes do mesmo agrupamento de escolas ou escola noagrupada na situao de ausncia de curta durao, nos termos do n. 5;f) A realizao de estudos e de trabalhos de investigao que entre outros objectivos visemcontribuir para a promoo do sucesso escolar e educativo;g) A assessoria tcnico-pedaggica de rgos de administrao e gesto da escola ouagrupamento;h) O acompanhamento e apoio aos docentes em perodo probatrio;i) O desempenho de outros cargos de coordenao pedaggica;j) O acompanhamento e a superviso das actividades de enriquecimento e complementocurricular;l) A orientao e o acompanhamento dos alunos nos diferentes espaos escolares;m) O apoio individual a alunos com dificuldades de aprendizagem;

    n) A produo de materiais pedaggicos.4A distribuio de servio docente a que se refere o nmero anterior determinada pelorgo de direco executiva, ouvido o conselho pedaggico e as estruturas de coordenaointermdias, de forma a:a) Assegurar que as necessidades de acompanhamento pedaggico e disciplinar dosalunos so satisfeitas;b) Permitir a realizao de actividades educativas que se mostrem necessrias plenaocupao dos alunos durante o perodo de permanncia no estabelecimento escolar.5 Para os efeitos do disposto na alnea e) do n. 3, considera-se ausncia de curtadurao a que no for superior a 5 dias lectivos na educao pr-escolar e no 1. ciclo doensino bsico ou a 10 dias lectivos nos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e no ensinosecundrio.6O docente incumbido de realizar as actividades referidas na alnea e) do n. 3 deve seravisado, pelo menos, no dia anterior ao incio das mesmas.

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    7A substituio prevista na alnea e) do n. 3 tem lugar nos seguintes termos:a) Preferencialmente, mediante permuta da actividade lectiva programada entre osdocentes da mesma turma ou entre docentes legalmente habilitados para a leccionaoda disciplina, no mbito do departamento curricular ou do conselho de docentes;b) Mediante leccionao da aula correspondente por um docente do quadro com formaoadequada e componente lectiva incompleta, de acordo com o planeamento dirio elaboradopelo docente titular de turma ou disciplina;c) Atravs da organizao de actividades de enriquecimento e complemento curricular quepossibilitem a ocupao educativa dos alunos, quando no for possvel assegurar asactividades curriculares nas condies previstas nas alneas anteriores.

    Artigo 83.Servio docente extraordinrio

    1Considera-se servio docente extraordinrio aquele que, por determinao do rgo deadministrao e gesto do estabelecimento de educao ou de ensino, for prestado almdo nmero de horas das componentes lectiva e no lectiva registadas no horriosemanal de trabalho do docente.

    2

    (Revogado.)3 O docente no pode recusar-se ao cumprimento do servio extraordinrio que lhe fordistribudo resultante de situaes ocorridas no decurso do ano lectivo, podendo no entantosolicitar dispensa da respectiva prestao por motivos atendveis.4 O servio docente extraordinrio no pode exceder cinco horas por semana, salvocasos excepcionais devidamente fundamentados e autorizados pelo director regional.5(Revogado.)6 O clculo do valor da hora lectiva extraordinria tem por base a durao dacomponente lectiva do docente, nos termos previstos no artigo 77. do presente Estatuto.7 No deve ser distribudo servio docente extraordinrio aos docentes que seencontrem ao abrigo do Estatuto do Trabalhador-Estudante e apoio a filhos deficientes, eainda queles que beneficiem de reduo ou dispensa total da componente lectiva nos

    termos do artigo 79., salvo nas situaes em que tal se manifeste necessrio paracompletar o horrio semanal do docente em funo da carga horria da disciplina queministra.

    Artigo 84.Servio docente nocturno

    1 Considera-se servio docente nocturno o que estiver fixado no regime geral da funopblica.2 Para efeitos de cumprimento da componente lectiva, as horas de servio docentenocturno so bonificadas com o factor 1,5, arredondado por defeito.

    Artigo 85.

    Tempo parcialSem prejuzo do disposto no n. 1 do artigo 79., o pessoal docente dos 2. e 3. ciclos doensino bsico e do ensino secundrio pode exercer funes em regime de tempoparcial, nos termos previstos para os demais funcionrios e agentes da AdministraoPblica.

    SUBCAPTULO IIIFrias, faltas e licenas

    Artigo 86.Regime geral

    1Ao pessoal docente aplica-se a legislao geral em vigor na funo pblica em matriade frias, faltas e licenas, com as adaptaes constantes das seces seguintes.2Para efeitos do disposto no nmero anterior entende-se por:a) Servio os agrupamentos de escola ou as escolas no agrupadas;

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    b) Dirigente e dirigente mximo o rgo de direco executiva da escola ou doagrupamento de escolas.3 As autorizaes previstas na legislao geral sobre a matria regulada no presentesubcaptulo podem ser concedidas desde que salvaguardada a possibilidade de substituiodos docentes.

    SECO IFrias

    Artigo 87.Direito a frias

    1 O pessoal docente tem direito em cada ano ao perodo de frias estabelecido na leigeral.2 O pessoal docente contratado em efectividade de servio data em que termina o anolectivo e com menos de um ano de docncia tem direito ao gozo de um perodo de friasigual ao produto do nmero inteiro correspondente a dois dias e meio por ms completo deservio prestado at 31 de Agosto pelo coeficiente 0,833, arredondado para a unidadeimediatamente superior.

    3

    Para efeitos do disposto no nmero anterior, considera-se como ms completo deservio o perodo de durao superior a 15 dias.

    Artigo 88.Perodo de frias

    1 As frias do pessoal docente em exerccio de funes so gozadas entre o termo deum ano lectivo e o incio do ano lectivo seguinte.2 As frias podem ser gozadas num nico perodo ou em dois interpolados, um dosquais com a durao mnima de oito dias teis consecutivos.3 O perodo ou perodos de frias so marcados tendo em considerao os interessesdos docentes e a convenincia da escola, sem prejuzo de em todos os casos serassegurado o funcionamento dos estabelecimentos de educao ou de ensino.

    4 No se verificando acordo, as frias sero marcadas pelo rgo de administrao egesto do estabelecimento de educao ou de ensino, nos termos previstos no n. 1.

    Artigo 89.Acumulao de frias

    As frias respeitantes a determinado ano podem, por convenincia de servio ou porinteresse do docente, ser gozadas no ano civil imediato, em acumulao com as vencidasneste, at ao limite de 30 dias teis, salvaguardados os interesses do estabelecimento deeducao ou de ensino e mediante acordo do respectivo rgo de administrao e gesto.

    Artigo 90.Interrupo do gozo de frias

    Durante o gozo do perodo de frias o pessoal docente no deve ser convocado para arealizao de quaisquer tarefas.

    SECO IIInterrupo da actividade lectiva

    Artigo 91.Interrupo da actividade

    1 Durante os perodos de interrupo da actividade lectiva, a distribuio do serviodocente para cumprimento das necessrias tarefas de natureza pedaggica ouorganizacional, designadamente as de avaliao e planeamento, consta de um planoelaborado pelo rgo de direco executiva do estabelecimento de educao ou de ensinodo qual deve ser dado prvio conhecimento aos docentes.2 Na elaborao do plano referido no nmero anterior deve ser tido em conta que osperodos de interrupo da actividade lectiva podem ainda ser utilizados pelos docentes

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    para a frequncia de aces de formao e para a componente no lectiva de trabalhoindividual.

    Artigo 92. (Revogado.)

    Artigo 93. (Revogado.)

    SECO IIIFaltas

    Artigo 94.Conceito de falta

    1 Falta a ausncia do docente durante a totalidade ou parte do perodo dirio depresena obrigatria no estabelecimento de educao ou de ensino, no desempenho deactividade das componentes lectiva e no lectiva, ou em local a que deva deslocar-se noexerccio de tais funes.2As faltas dadas a tempos registados no horrio individual do docente so referenciadasa:

    a) Perodos de uma hora, tratando-se de docentes da educao pr-escolar e do 1. ciclodo ensino bsico;b) Perodos de 45 minutos, tratando-se de docentes dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico edo ensino secundrio.3 A ausncia do docente a um dos tempos de uma aula de 90 minutos de durao registada nos termos da alnea b) do nmero anterior.4(Revogado.)5 considerado um dia de falta a ausncia a um nmero de horas igual ao quocienteda diviso por cinco do nmero de horas de servio docente que deva ser obrigatoriamenteregistado no horrio semanal do docente.6 ainda considerada falta a um dia:a) A ausncia do docente a servio de exames;

    b) A ausncia do docente a reunies que visem a avaliao sumativa de alunos.7 A ausncia a outras reunies de natureza pedaggica convocadas nos termos da lei considerada falta do docente a dois tempos lectivos.8 As faltas por perodos inferiores a um dia so adicionadas no decurso do anoescolar para efeitos do disposto no n. 5.9 As faltas a servio de exames, bem como a reunies que visem a avaliao sumativade alunos, apenas podem ser justificadas por casamento, por maternidade e paternidade,por nascimento, por falecimento de familiar, por doena, por doena prolongada, poracidente em servio, por isolamento profilctico e para cumprimento de obrigaes legais,tal como regulado na lei.10 A falta ao servio lectivo que dependa de autorizao apenas pode ser permitidaquando o docente tenha apresentado direco executiva da escola o plano da aula a que

    pretende faltar.

    Artigo 95. (Revogado.)

    Artigo 96. (Revogado.)

    Artigo 97. (Revogado.)

    Artigo 98. (Revogado.)

    Artigo 99.Regresso ao servio no decurso do ano escolar

    1O docente que, tendo passado situao de licena sem vencimento de longa duraona sequncia de doena, regresse ao servio no decurso do ano escolar permanecer no

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    quadro a que pertence em funes de apoio at ao incio do ano escolar seguinte.2O regresso ao servio nos termos do nmero anterior depende de parecer favorvel dajunta mdica.

    Artigo 100.Junta mdica

    1 Sem prejuzo das competncias reconhecidas por lei junta mdica da Caixa Geral deAposentaes, a referncia junta mdica prevista na lei geral e no presente diplomaconsidera-se feita s juntas mdicas das direces regionais de educao.2 H ainda lugar interveno da junta mdica da direco regional de educao nassituaes de licena por gravidez de risco clnico prevista no Cdigo do Trabalho.

    Artigo 101.Condio de trabalhador-estudante

    1 trabalhador-estudante para efeitos do presente Estatuto o docente que frequenteinstituio de ensino superior tendo em vista a obteno de grau acadmico ou de ps-graduao e desde que esta se destine ao seu desenvolvimento profissional na docncia.

    2

    Aos docentes abrangidos pelo Estatuto do Trabalhador-Estudante pode ser distribudoservio lectivo extraordinrio no incio do ano escolar, sendo obrigatrio o respectivocumprimento, excepto nos dias em que beneficiem das dispensas ou faltas previstas nalegislao sobre trabalhadores-estudantes.3 Na organizao dos horrios, o rgo competente deve, sempre que possvel, definirum horrio de trabalho que possibilite ao docente a frequncia das aulas dos cursosreferidos no n. 1 e a inerente deslocao para os respectivos estabelecimentos de ensino.

    Artigo 102.Faltas por conta do perodo de frias

    1 O docente pode faltar um dia til por ms, por conta do perodo de frias, at ao limitede sete dias teis por ano.

    2As faltas previstas no presente artigo quando dadas por docente em perodo probatrioapenas podem ser descontadas nas frias do prprio ano.3 O docente que pretenda faltar ao abrigo do disposto no presente artigo deve solicitar,com a antecedncia mnima de trs dias teis, autorizao escrita ao rgo dedireco executiva do respectivo estabelecimento de educao ou de ensino, ou se tal nofor comprovadamente possvel, no prprio dia, por participao oral, que deve ser reduzidaa escrito no dia em que o docente regresse ao servio.4 As faltas a tempos lectivos por conta do perodo de frias so computadas nos termosprevistos do n. 5 do artigo 94., at ao limite de quatro dias, a partir do qual soconsideradas faltas a um dia.

    Artigo 103.

    Prestao efectiva de servioPara efeitos de aplicao do disposto no presente Estatuto, consideram-se ausnciasequiparadas a prestao efectiva de servio, para alm das consagradas em legislaoprpria, ainda as seguintes:a) Assistncia a filhos menores;b) Doena;c) Doena prolongada;d) Prestao de provas de avaliao por trabalhador-estudante abrangido pelo n. 1 doartigo 101.;e) Licena sabtica e equiparao a bolseiro;f) Dispensas para formao nos termos do artigo 109.;g) Exerccio do direito greve;h) Prestao de provas de concurso.

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    Artigo 104. (Revogado.)

    SECO IVLicenas

    Artigo 105.Licena sem vencimento at 90 dias

    1 O docente provido definitivamente num lugar dos quadros com, pelo menos, trs anosde servio docente efectivo pode requerer em cada ano civil licena sem vencimento at 90dias, a gozar seguidamente.2A licena sem vencimento autorizada por perodos de 30, 60 ou 90 dias.3O gozo de licena sem vencimento at 90 dias impede que seja requerida nova licenada mesma natureza no prazo de trs anos.4O docente a quem a licena tenha sido concedida s pode regressar ao servio aps ogozo integral daquela.

    Artigo 106.Licena sem vencimento por um ano

    1

    O gozo de licena sem vencimento por um ano pelo pessoal docente obrigatoriamente coincidente com o incio e o termo do ano escolar.2O perodo de tempo de licena contado para efeitos de aposentao, sobrevivncia efruio dos benefcios da ADSE se o docente mantiver os correspondentes descontos combase na remunerao auferida data da sua concesso.

    Artigo 107.Licena sem vencimento de longa durao

    1 O docente provido definitivamente num lugar dos quadros com, pelo menos, 5 anos deservio docente efectivo pode requerer licena sem vencimento de longa durao.2 O incio e o termo da licena sem vencimento de longa durao so obrigatoriamentecoincidentes com as datas de incio e de termo do ano escolar.

    3 O docente em gozo de licena sem vencimento de longa durao pode requerer, nostermos do nmero anterior, o regresso ao quadro de origem, numa das vagas existentes norespectivo grupo de docncia ou na primeira que venha a ocorrer no quadro a que pertence.4 Para efeitos de regresso ao quadro de origem, o docente deve apresentar o respectivorequerimento at ao final do ms de Setembro do ano lectivo anterior quele em quepretende regressar.5 O disposto nos nmeros anteriores no prejudica a possibilidade de o docente seapresentar a concurso para colocao num lugar dos quadros, quando no existir vaga noquadro de origem.6 No caso de o docente no obter colocao por concurso em lugar do quadro mantm-se na situao de licena sem vencimento de longa durao, com os direitos previstos nosnmeros anteriores.

    Artigo 108.Licena sabtica

    1 Ao docente nomeado definitivamente em lugar do quadro, com avaliao dodesempenho igual ou superior a Bom e, pelo menos, oito anos de tempo de servioininterrupto no exerccio efectivo de funes docentes, pode ser concedida licena sabtica,pelo perodo de um ano escolar, nas condies a fixar por portaria do membro do Governoresponsvel pela rea da educao.2 A licena sabtica corresponde dispensa da actividade docente, destinando-se formao contnua, frequncia de cursos especializados ou realizao de investigaoaplicada que