Estatuto e Lei Especial - Penal to

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CURSO PROGRESSO Prof. Jean CasteloLEIS ESPECIAISESTATUTO DO DESARMAMENTO LEI 10.826/03 OBJETIVIDADE JURDICA Tutela-se a incolumidade pblica garantia e preservao do estado de segurana, integridade corporal, vida, sade e patrimnio dos cidados indefinidamente considerados contra possveis atos que os exponham a perigo. Distingue-se dos crimes de perigo ( arts. 130 a 136). Nestes o interesse protegido o individual, enquanto neste Lei, o que se pretende proteger o interesse de um grupo indeterminado de pessoas. COMPETNCIA O bem jurdico tutelado pela Lei a incolumidade pblica, visando assim, garantir a segurana do cidado. Pune-se, at mesmo, a conduta perigosa ainda em seu estgio embrionrio, tipificando-se a Lei as condutas de posse ilegal de arma de fogo, o porte e o transporte dessa arma em via pblica, o disparo, o comrcio e o trfico de artefatos para impedir que tais comportamentos evoluam at se transformar em ataques a bem jurdicos mais valiosos, como a vida, integridade fsica, liberdade. PUNE-SE O PERIGO, ANTES QUE SE CONVOLE EM DANO. A competncia para estes delitos da Justia Comum, salvo o caso previsto no art. 18 da Lei, que a competncia ser da Justia Federal. INFRAES DE PERIGO Perigo Abstrato ou Presumido aquele cuja existncia dispensa a demonstrao efetiva de que a vtima ficou exposta a uma situao concreta de risco. Perigo Concreto exige a comprovao de que pessoa determinada ou pessoas determinadas ficaram sujeitas a um risco real de leso. Trata-se de situao de real modificao no mundo exterior. Nos crimes previsto nesta Lei, do art. 12 ao 18, os tipos penais no mencionam, em momento algum, como elemento necessrio configurao tpica, a prova da efetiva exposio de outrem a risco. Basta a realizao da conduta, sendo desnecessria a avaliao subseqente sobre a ocorrncia, in casu, de efetivo perigo coletividade. Exemplo: Um Homem que sai perambulando pelas ruas com uma arma de fogo na cintura, sem autorizao para port-la, cometer a infrao prevista no art. 14 ( arma de fogo permitido ) ou 16 ( arma de fogo de uso restrito ), independentemente de se comprovar que uma pessoa determinada ficou exposta a situao de perigo. No fosse assim e o autor de to grave infrao restaria impune, bastando alegar que no havia ningum por perto, para ver-se livre de imputao. Cabe ressaltar que a lei no presume o perigo, pois que a arma absolutamente inapta a efetuar disparos, o fato ser atpico, no porque no se logrou comprovar a efetiva exposio de algum a uma situao concreta de risco, mas porque a conduta jamais poder levar a integridade corporal de algum a um risco de leso. Evidentemente fica caracterizado o art. 17 do CP, pela ineficcia absoluta do objeto material. Nesta tese, no se desconhece o Princpio da Lesividade ou Ofensividade, segundo o qual todo crime exige resultado jurdico, ou seja, leso ou ameaa de leso ao bem jurdico. No h dvida, portanto, de que para um fato ser tpico, necessita produzir um resultado jurdico, qual seja, uma leso ao bem jurdico tutelado. Sem isso, no h ofensividade, e sem esta no existe crime. OBJETO MATERIAL O Estatuto do Desarmamento refere-se a diversos objetos materiais: armas de fogo, acessrios ou munies de uso permitido ou restrito, bem como artefatos explosivos e incendirios. ARMAS DE FOGO Arma de fogo de uso proibido: aquela que no pode ser utilizada em hiptese alguma, no havendo previso para esta na Lei. Arma de fogo de uso restrito: a arma que s pode ser utilizada pelas Foras Armadas, por algumas instituies de segurana e por pessoas fsicas e jurdicas habilitadas, por exemplo, metralhadoras, bazucas, granadas, pistolas e etc. Arma de fogo de uso permitido: a arma cuja utilizao permitida a pessoas fsicas em geral, bem como a pessoas jurdicas, de acordo com a legislao normativa do Exrcito. Definio de arma de fogo: aquele engenho mecnico que cumpre a funo de lanar a distncia com grande velocidade corpos pesados, chamados projteis, utilizando a energia explosiva da plvora PAD.: A arma de fogo descarregada ( desmuniciada ) ou desmontada que estiver sendo transportada, mesmo sem possibilidade de uso imediato, a princpio, caracteriza o crime previsto nos arts. 14 ou 16 da Lei, dada a incluso da elementar transportar pelo legislador. O meio eficaz, existindo uma impossibilidade casual de uso imediato, incapaz de retirar-lhe o atributo de ser arma de fogo. A Lei 10.826/03 no faz nenhuma distino, para fins de enquadramento penal. CUIDADO: A Lei equiparou a posse ou o porte de acessrios ou munio arma de fogo. Ou seja, o sujeito que for detido transportando somente a munio de um armamento de uso restrito incidir nas mesmas penas que aquele transportar a prpria arma municiada. Na hiptese de o agente possuir ou portar ilegalmente arma de fogo totalmente inapta a efetuar disparos, porm devidamente municiada ou com acessrios destinados a aumentar-lhe a preciso, o problema se resolve pelo influxo do princpio da lesividade, segundo o qual no h crime quando for impossvel o perigo ao bem jurdico tutelado. Com efeito, de nada servem projteis ou acessrios de arma que no funciona. BRINQUEDOS, RPLICAS E SIMULACROS DE ARMAS DE FOGO O Estatuto do Desarmamento art 26 so vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. Como fica a questo do roubo praticado mediante o emprego de arma de brinquedo? Passou a prevalecer o entendimento no sentido de que, a causa de aumento no crime de roubo, tem por fundamento o perigo real e que o emprego de arma de fogo representa incolumidade fsica da vtima. Tal no ocorre com i emprego da arma de fogo desmuniciada ou defeituosa, ou arma de brinquedo assim o autor do fato responder pelo ROUBO SIMPLES. DOS CRIMES E DAS PENAS Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com1252/09 - 1/12

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determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa: Pena - deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa. Omisso de cautela Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessrias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Comentrio: Trata-se de crime culposo na modalidade de negligncia ou imprudncia do proprietrio da arma em deix-la s vistas do menor de 18 anos ou de pessoa portadora de deficincia ou permitir que essas pessoas a manuseie. Se a arma estiver carregada e disparar ferindo ou matando o menor, ou pessoa portadora de deficincia, o proprietrio da arma que negligenciou a sua guarda ou agiu com imprudncia entregando-a a uma dessas pessoas, responder pelo crime. Trata-se do princpio da consumao, que quando o crime mais grave absorve o menos grave. Se no houver a prtica de crime mais grave, o agente responder somente por infrao. A infrao no poder ser apurada pela Lei n 9.099/95 (sendo passvel de multa) tendo em vista que a pena de deteno mxima cominada excede a 1 (um) ano e cumulativa com a pena de multa, no podendo ser aplicada isoladamente. O crime afianvel, podendo a fiana ser concedida pela autoridade policial. Pena - deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. Comentrio: Trata-se de omisso na comunicao de crime ou de fato relevante que deve ser apurado de imediato, bem como serem tomadas as providncias cabveis pelo rgo competente que a Polcia Federal. A infrao punida com deteno de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa, portanto a pena de deteno cumulativa com a de multa, no podendo ser aplicada isoladamente. Em que pese a lei falar em comunicao sobre furto, roubo, extravio de armas, acessrios e munies poder ser feita tambm s autoridades policiais estaduais que tomaro as providncias cabveis enviando a ocorrncia Polcia Federal, nos termos do pargrafo em comento. verdade que no so todos os municpios que tm sede da Polcia Federal para receber a comunicao sobre os fatos aqui tratados. O crime afianvel, podendo a fiana ser concedida pela autoridade policial. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Comentrio: As modalidades: portar, deter e ter em depsito constituem o crime permanente que aquela cuja consumao se perde no tempo dependente da atividade, ao ou omisso, de quem o pratica, como sucede no crcere privado. Para isso basta haver denncia polcia; ser procedida diligncia no local onde est sendo cometida a infrao e o agente ser encontrado em poder do objeto que apreendido caracterizar a prova material do crime. As modalidades: adquirir, fornecer e receber so crimes instantneos que se consumam no ato em que o agente est se apossando da arma, comprando-a ou trocando-a com outro

objeto, quando ele est fornecendo a arma a algum para ser transacionada ou quando ele a recebe de mos de qualquer pessoa, para qualquer finalidade. A lei fala em parte ilegal de arma de fogo, no se referindo a arma branca. O porte de arma um ato discricionrio da autoridade policial federal e relaciona-se s armas de fogo. Pena - recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Comentrio: Com as alteraes no CP, o que poder ocorrer o acusado obter a liberdade provisria se for primrio, de bons antecedentes, ter residncia fixa e ocupao lcita, porm, a critrio do Juiz de Direito da comarca. Diz o art. 323 do CPP: No ser concedida fiana: I nos crimes punidos com recluso em que a pena mnima minada de 2 (dois) anos, o Juiz poder conceder a liberdade provisria ao acusado mediante o pagamento da fiana cujo valor a ser pago ser fixado pelo magistrado, nos termos do art. 325 do CPP. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente. Comentrio: Aqui o Estatuto do Desarmamento abre uma exceo para beneficiar o agente que estiver portando a arma registrada em seu nome. Se a pessoa no tem autorizao para portar arma fora de ser domiclio, estar infringindo o disposto no art. 14, mesmo que tenha o registro da arma em seu nome. A infrao a mesma, igual para todos e, neste caso entendemos que no deveria haver exceo quanto modalidade do crime: ser afianvel ou inafianvel, porque, o resultado do dano o mesmo. O porte ilegal de arma crime doloso e de ao penal pblica incondicionada. No admissvel a modalidade de culpa nessa infrao penal. Disparo de arma de fogo Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela, desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro crime: Comentrio: O disparo de arma de fogo era contraveno penal punida com priso simples de 1 (um) a 6 (seis) meses de multa; a aplicao da pena era alternativa. O estatuto do Desarmamento manteve a pena de recluso para esta modalidade de infrao. Se do disparo de arma resultar leso corporal a outrem o infrator responder pelo crime de leso corporal culposa na modalidade de imprudncia, art. 129, 6 do CP, punido com deteno de 2 (dois) meses a 1 (um) ano. Se o disparo resultar na morte da vtima, o infrator responder por infrao ao art. 121, 3 do CP (Homicdio culposo) punido com deteno de 1 (um) a 3 (trs) anos, tambm na modalidade de imprudncia. Se o agente disparar arma em local de grande afluncia de pessoas e matar algum, sem a inteno de praticar aquela ao, responder por infrao do art. 121, caput do CP (Homicdio doloso) na modalidade do dolo eventual porque neste caso assumiu o risco de produzir o resultado. A pena para essa modalidade de infrao a recluso de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Pena - recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel. Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar:1252/09 - 2/12

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Comentrio: As modalidades: possuir, deter, portar e ter em depsito, guardar e ocultar constituem crime permanente, eis que a ao se permanece no tempo, s cessando quando o agente for preso e o objeto for apreendido. As modalidades: adquirir, fornecer, receber, transportar e ceder, constituem crime instantneo porque se consumam de imediato. Todas as modalidades so a ttulo de dolo direito, no admitindo a culpa. Portanto trata-se de crime doloso e no culposo. O crime inafianvel porque punido com recluso cumulativa com a pena de multa, cujo mximo da pena cominada excede a 3 (trs) anos. Pena - recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem: I - suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de identificao de arma de fogo ou artefato; Comentrio: O simples fato de o agente raspar o nmero, emblema ou qualquer sinal de identificao da arma para tornla irreconhecvel caracteriza o crime doloso que se consuma de imediato, isto , instantneo. Trata-se de crime inafianvel, porque a pena a de recluso e multa. II - modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; Comentrio: Realmente a arma descaracterizada no oferece condies para exame pericial porque se torna difcil para o perito identific-la. Por isso que a autoridade policial, o perito e o juiz sero induzidos a erro. O crime instantneo, punido a ttulo de dolo, no admitindo a modalidade de culpa e inafianvel, eis que punido com recluso, cujo o mximo da pena cominada excede a 3 (trs) anos. III - possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar; Comentrio: Possuir e detiver so modalidades de crime permanente porque a ao se protrai no tempo. Fabricar e empregar, caracterizam delito instantneo porque se consuma de imediato. Se aps fabricar o agente mantm o artefato em depsito para uso futuro ou comercializao, desde que para isso no tenha licena e autorizao, torna-se- em crime permanente enquanto o objeto estiver na posse do agente. O crime inafianvel porque o mximo da pena de recluso cominada excede a 3 (trs) anos. IV - portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de identificao raspado, suprimido ou adulterado; Comentrio: Portar, adquirir, transportar e fornecer so crimes instantneos. Possuir caracteriza crime permanente. So crimes dolosos no admitindo a modalidade de culpa. O dolo direto e no admitem a fiana porque so punidos com recluso, cujo mximo da pena cominada excede a 3 (trs) anos. V - vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou adolescente; e Comentrio: A criana e o adolescente so amparados pela Lei n 8.069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente) e pela Lei n 2.252/54 que dispe sobre a corrupo de menores. Quem vende, entrega ou fornece, ainda que gratuitamente arma de fogo, munio ou explosivo a criana ou adolescente, alm de cometer essas modalidades de crime, que punido a ttulo de dolo, de ao pblica incondicionada e inafianvel porque o mximo da pena cominada excede a 3 (trs) anos. Comete

tambm o crime de corrupo de menores, previsto na Lei n 2.252/54. VI - produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo. Comentrio: A autorizao para produzir, recarregar, reciclar munio ou explosivo tem que ser requerida ao Ministrio da Guerra que tem a misso de fiscalizar sobre material blico, seja qual for sua natureza. Trata-se de modalidades de crime instantneo, punvel a ttulo de dolo e inafianvel. O crime de ao pblica incondicionada. No cabe fiana porque o mximo da pena cominada excede a 3 (trs) anos. Comrcio ilegal de arma de fogo Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Comentrio: Adquirir, alugar receber, transportar, conduzir, desmontar, montar, remontar, adulterar e vender so modalidades de crime instantneo punido a ttulo de dolo e inafianvel. Ocultar e ter em depsito e expor venda so modalidades de crime permanente punido a ttulo de dolo e inafianvel porque a pena a de recluso cumulativa com a de multa. Trata-se de crime de ao pblica incondicionada. No admite fiana porque o mximo da pena excede a 3 (trs) anos. Pena - recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de servios, fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residncia. Comentrio: o caso do armeiro que conserta e comercializa armas sem autorizao. O crime de ao pblica incondicionada. Trfico internacional de arma de fogo Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade competente: Comentrio: Trata-se de crimes instantneos, de efeitos permanentes porque o tempo que durar a importao, a exportao e o favorecimento que pode ser praticado em vrios atos, o individuo est na prtica da infrao penal. Pena - recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 19. Nos crimes previstos nos artigos. 17 e 18, a pena aumentada da metade se a arma de fogo, acessrio ou munio forem de uso proibido ou restrito. Comentrio: Trata-se de agravante. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade competente. A pistola automtica, o fuzil R-15, o fuzil manusear, as metralhadoras INA, Madsen, e outras armas de grosso calibre so de uso restrito das Foras Armadas e dos rgos policiais. Os crimes so de ao pblica incondicionada, punidos a ttulo de dolo e inafianveis por se tratar de pena de recluso. No1252/09 - 3/12

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admite fiana porque o mximo da pena cominada excede a 3 (trs) anos. Art. 20. Nos crimes previstos nos artigos. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena aumentada da metade se forem praticados por integrante dos rgos e empresas referidas nos artigos. 6, 7 e 8 desta Lei. Comentrio: Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo como determinao legal ou regulamentar; Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade competente; Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar; Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar; Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela, desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro crime. So crimes de ao pblica incondicionada, punveis a ttulo de dolo e inafianveis. Os agentes especiais que promovem o aumento da pena em ( metade ) so os militares das Foras Armadas, os policiais civis e militares, os guardas municipais, empregados de empresas de segurana e de entidades desportivas. So modalidades de crime de ao pblica incondicionada e inafianvel porque punido com recluso, cuja pena mxima cominada excede 3 (trs) anos.

conceder licena para exercer a atividade; IX cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessrios e munies; X cadastrar a identificao do cano da arma, as caractersticas das impresses de raiamento e de microestriamento de projtil disparado, conforme marcao e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante. XI informar s Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e do Distrito Federal os registros e autorizaes de porte de armas de fogo nos respectivos territrios, bem como manter o cadastro atualizado para consulta. Pargrafo nico. As disposies deste artigo no alcanam as armas de fogo das Foras Armadas e Auxiliares, bem como as demais que constem dos seus registros prprios. CAPTULO II DO REGISTRO Art. 3 obrigatrio o registro de arma de fogo no rgo competente. Pargrafo nico. As armas de fogo de uso restrito sero registradas no Comando do Exrcito, na forma do regulamento desta Lei. Art. 4 Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado dever, alm de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: I - comprovao de idoneidade, com a apresentao de certides negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justia Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de no estar respondendo a inqurito policial ou a processo criminal, que podero ser fornecidas por meios eletrnicos; II apresentao de documento comprobatrio de ocupao lcita e de residncia certa; III comprovao de capacidade tcnica e de aptido psicolgica para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no regulamento desta Lei. 1 O Sinarm expedir autorizao de compra de arma de fogo aps atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransfervel esta autorizao. 2 A aquisio de munio somente poder ser feita no calibre correspondente arma adquirida e na quantidade estabelecida no regulamento desta Lei. 3 A empresa que comercializar arma de fogo em territrio nacional obrigada a comunicar a venda autoridade competente, como tambm a manter banco de dados com todas as caractersticas da arma e cpia dos documentos previstos neste artigo. 4 A empresa que comercializa armas de fogo, acessrios e munies responde legalmente por essas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto no forem vendidas. 5 A comercializao de armas de fogo, acessrios e munies entre pessoas fsicas somente ser efetivada mediante autorizao do Sinarm. 6 A expedio da autorizao a que se refere o 1 ser concedida, ou recusada com a devida fundamentao, no prazo de 30 (trinta) dias teis, a contar da data do requerimento do interessado. 7 O registro precrio a que se refere o 4 prescinde do cumprimento dos requisitos dos incisos I, II e III deste artigo. 8 Estar dispensado das exigncias constantes do inciso III do caput deste artigo, na forma do regulamento, o interessado em adquirir arma de fogo de uso permitido que comprove estar autorizado a portar arma com as mesmas caractersticas daquela a ser adquirida. Art. 5 O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o territrio nacional, autoriza o seu proprietrio a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residncia ou domiclio, ou dependncia desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsvel legal pelo estabelecimento ou empresa. 1 O certificado de registro de arma de fogo ser expedido pela Polcia Federal e ser precedido de autorizao do Sinarm. 2 Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art. 41252/09 - 4/12

decreto n 5.123 de 01 de julho de 2004)LEI N 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003. Dispe sobre registro, posse e comercializao de armas de fogo e munio, sobre o Sistema Nacional de Armas Sinarm, define crimes e d outras providncias. O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPTULO I DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS Art. 1 O Sistema Nacional de Armas Sinarm, institudo no Ministrio da Justia, no mbito da Polcia Federal, tem circunscrio em todo o territrio nacional. Art. 2 Ao Sinarm compete: I - identificar as caractersticas e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; II - cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no Pas; III cadastrar as autorizaes de porte de arma de fogo e as renovaes expedidas pela Polcia Federal; IV - cadastrar as transferncias de propriedade, extravio, furto, roubo e outras ocorrncias suscetveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurana privada e de transporte de valores; V - identificar as modificaes que alterem as caractersticas ou o funcionamento de arma de fogo; VI - integrar no cadastro os acervos policiais j existentes; VII - cadastrar as apreenses de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos policiais e judiciais; VIII cadastrar os armeiros em atividade no Pas, bem como

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devero ser comprovados periodicamente, em perodo no inferior a 3 (trs) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento desta Lei, para a renovao do Certificado de Registro de Arma de Fogo. 3 O proprietrio de arma de fogo com certificados de registro de propriedade expedido por rgo estadual ou do Distrito Federal at a data da publicao desta Lei que no optar pela entrega espontnea prevista no art. 32 desta Lei dever renovlo mediante o pertinente registro federal, at o dia 31 de dezembro de 2008, ante a apresentao de documento de identificao pessoal e comprovante de residncia fixa, ficando dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigncias constantes dos incisos I a III do caput do art. 4 desta Lei. 4 Para fins do cumprimento do disposto no 3deste artigo, o proprietrio de arma de fogo poder obter, no Departamento de Polcia Federal, certificado de registro provisrio, expedido na rede mundial de computadores - internet, na forma do regulamento e obedecidos os procedimentos a seguir: I - emisso de certificado de registro provisrio pela internet, com validade inicial de 90 (noventa) dias; e II - revalidao pela unidade do Departamento de Polcia Federal do certificado de registro provisrio pelo prazo que estimar como necessrio para a emisso definitiva do certificado de registro de propriedade. CAPTULO III DO PORTE Art. 6 proibido o porte de arma de fogo em todo o territrio nacional, salvo para os casos previstos em legislao prpria e para: I os integrantes das Foras Armadas; II os integrantes de rgos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituio Federal; III os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municpios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei; IV os integrantes das guardas municipais dos Municpios com mais de 50.000 (cinqenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em servio; V os agentes operacionais da Agncia Brasileira de Inteligncia e os agentes do Departamento de Segurana do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica; VI os integrantes dos rgos policiais referidos no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituio Federal; VII os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas porturias; VIII as empresas de segurana privada e de transporte de valores constitudas, nos termos desta Lei; IX - para os integrantes das entidades de desporto legalmente constitudas, cujas atividades esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observandose, no que couber, a legislao ambiental. X os integrantes da Carreira Auditoria da Receita Federal, Auditores-Fiscais e Tcnicos da Receita Federal. 1 As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo tero direito de portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporao ou instituio, mesmo fora de servio, nos termos do regulamento desta Lei, com validade em mbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V e VI. 2 A autorizao para o porte de arma de fogo aos integrantes das instituies descritas nos incisos V, VI, VII e X do caput deste artigo est condicionada comprovao do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4o desta Lei nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei. 3 A autorizao para o porte de arma de fogo das guardas municipais est condicionada formao funcional de seus integrantes em estabelecimentos de ensino de atividade policial e existncia de mecanismos de fiscalizao e de controle interno, nas condies estabelecidas no regulamento desta Lei, observada a superviso do Ministrio da Justia.

4 Os integrantes das Foras Armadas, das polcias federais e estaduais e do Distrito Federal, bem como os militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito no art. 4, ficam dispensados do cumprimento do disposto nos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma do regulamento desta Lei. 5 Aos residentes em reas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistncia alimentar familiar 6 O caador para subsistncia que der outro uso sua arma de fogo, independentemente de outras tipificaes penais, responder, conforme o caso, por porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.14 7 Aos integrantes das guardas municipais dos Municpios que integram regies metropolitanas ser autorizado porte de arma de fogo, quando em servio. Art. 7 As armas de fogo utilizadas pelos empregados das empresas de segurana privada e de transporte de valores, constitudas na forma da lei, sero de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas empresas, somente podendo ser utilizadas quando em servio, devendo essas observar as condies de uso e de armazenagem estabelecidas pelo rgo competente, sendo o certificado de registro e a autorizao de porte expedidos pela Polcia Federal em nome da empresa. 1 O proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana privada e de transporte de valores responder pelo crime previsto no pargrafo nico do art. 13 desta Lei, sem prejuzo das demais sanes administrativas e civis, se deixar de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessrios e munies que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. 2 A empresa de segurana e de transporte de valores dever apresentar documentao comprobatria do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4 desta Lei quanto aos empregados que portaro arma de fogo. 3 A listagem dos empregados das empresas referidas neste artigo dever ser atualizada semestralmente junto ao Sinarm. Art. 8 As armas de fogo utilizadas em entidades desportivas legalmente constitudas devem obedecer s condies de uso e de armazenagem estabelecidas pelo rgo competente, respondendo o possuidor ou o autorizado a portar a arma pela sua guarda na forma do regulamento desta Lei. Art. 9 Compete ao Ministrio da Justia a autorizao do porte de arma para os responsveis pela segurana de cidados estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e, ao Comando do Exrcito, nos termos do regulamento desta Lei, o registro e a concesso de porte de trnsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caadores e de representantes estrangeiros em competio internacional oficial de tiro realizada no territrio nacional. Art. 10. A autorizao para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o territrio nacional, de competncia da Polcia Federal e somente ser concedida aps autorizao do Sinarm. 1 A autorizao prevista neste artigo poder ser concedida com eficcia temporria e territorial limitada, nos termos de atos regulamentares, e depender de o requerente: I - demonstrar a sua efetiva necessidade por exerccio de atividade profissional de risco ou de ameaa sua integridade fsica; II - atender s exigncias previstas no art. 4 desta Lei; III - apresentar documentao de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no rgo competente. 2 A autorizao de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, perder automaticamente sua eficcia caso o portador dela seja detido ou abordado em estado de embriaguez ou sob efeito de substncias qumicas ou alucingenas. Art. 11. Fica instituda a cobrana de taxas, nos valores1252/09 - 5/12

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constantes do Anexo desta Lei, pela prestao de servios relativos: I ao registro de arma de fogo; II renovao de registro de arma de fogo; III expedio de segunda via de registro de arma de fogo; IV expedio de porte federal de arma de fogo; V renovao de porte de arma de fogo; VI expedio de segunda via de porte federal de arma de fogo. 1 Os valores arrecadados destinam-se ao custeio e manuteno das atividades do Sinarm, da Polcia Federal e do Comando do Exrcito, no mbito de suas respectivas responsabilidades. 2 So isentas do pagamento das taxas previstas neste artigo as pessoas e as instituies a que se referem os incisos I a VII e X e o 5o do art. 6o desta Lei. Art. 11-A. O Ministrio da Justia disciplinar a forma e as condies do credenciamento de profissionais pela Polcia Federal para comprovao da aptido psicolgica e da capacidade tcnica para o manuseio de arma de fogo. 1 Na comprovao da aptido psicolgica, o valor cobrado pelo psiclogo no poder exceder ao valor mdio dos honorrios profissionais para realizao de avaliao psicolgica constante do item 1.16 da tabela do Conselho Federal de Psicologia. 2 Na comprovao da capacidade tcnica, o valor cobrado pelo instrutor de armamento e tiro no poder exceder R$ 80,00 (oitenta reais), acrescido do custo da munio. 3 A cobrana de valores superiores aos previstos nos 1 e 2 deste artigo implicar o descredenciamento do profissional pela Polcia Federal. CAPTULO IV DOS CRIMES E DAS PENAS Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, em desacordo com determinao legal ou regulamentar, no interior de sua residncia ou dependncia desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsvel legal do estabelecimento ou empresa: Pena deteno, de 1 (um) a 3 (trs) anos, e multa. Omisso de cautela Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessrias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficincia mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena deteno, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorrem o proprietrio ou diretor responsvel de empresa de segurana e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrncia policial e de comunicar Polcia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessrio ou munio que estejam sob sua guarda, nas primeiras (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato. Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio, de uso permitido, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel, salvo quando a arma de fogo estiver registrada em nome do agente.18 Disparo de arma de fogo Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munio em lugar habitado ou em suas adjacncias, em via pblica ou em direo a ela, desde que essa conduta no tenha como finalidade a prtica de outro crime:

Pena recluso, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Pargrafo nico. O crime previsto neste artigo inafianvel.19 Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depsito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessrio ou munio de uso proibido ou restrito, sem autorizao e em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Pena recluso, de 3 (trs) a 6 (seis) anos, e multa. Pargrafo nico. Nas mesmas penas incorre quem: I suprimir ou alterar marca, numerao ou qualquer sinal de identificao de arma de fogo ou artefato; II modificar as caractersticas de arma de fogo, de forma a torn-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; III possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendirio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar; IV portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numerao, marca ou qualquer outro sinal de identificao raspado, suprimido ou adulterado; V vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessrio, munio ou explosivo a criana ou adolescente; e VI produzir, recarregar ou reciclar, sem autorizao legal, ou adulterar, de qualquer forma, munio ou explosivo. Comrcio ilegal de arma de fogo Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depsito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito prprio ou alheio, no exerccio de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou regulamentar: Pena recluso, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Pargrafo nico. Equipara-se atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestao de servios, fabricao ou comrcio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residncia. Trfico internacional de arma de fogo Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou sada do territrio nacional, a qualquer ttulo, de arma de fogo, acessrio ou munio, sem autorizao da autoridade competente: Pena recluso de 4 (quatro) a 8 (oito) anos e multa. Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena aumentada da metade se a arma de fogo, acessrio ou munio forem de uso proibido ou restrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena aumentada da metade se forem praticados por integrante dos rgos e empresas referidas nos arts. 6, 7 e 8 desta Lei. Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 so insuscetveis de liberdade provisria.20 CAPTULO V DISPOSIES GERAIS Art. 22. O Ministrio da Justia poder celebrar convnios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei. Art. 23. A classificao legal, tcnica e geral bem como a definio das armas de fogo e demais produtos controlados, de usos proibidos, restritos, permitidos ou obsoletos e de valor histrico sero disciplinadas em ato do chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exrcito. 1 Todas as munies comercializadas no Pas devero estar acondicionadas em embalagens com sistema de cdigo de1252/09 - 6/12

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barras, gravado na caixa, visando possibilitar a identificao do fabricante e do adquirente, entre outras informaes definidas pelo regulamento desta Lei. 2 Para os rgos referidos no art. 6, somente sero expedidas autorizaes de compra de munio com identificao do lote e do adquirente no culote dos projteis, na forma do regulamento desta Lei. 3 As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um) ano da data de publicao desta Lei contero dispositivo intrnseco de segurana e de identificao, gravado no corpo da arma, definido pelo regulamento desta Lei, exclusive para os rgos previstos no art. 6. 4 As instituies de ensino policial e as guardas municipais referidas nos incisos III e IV do caput do art. 6o desta Lei e no seu 7o podero adquirir insumos e mquinas de recarga de munio para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorizao concedida nos termos definidos em regulamento. Art. 24. Excetuadas as atribuies a que se refere o art. 2 desta Lei, compete ao Comando do Exrcito autorizar e fiscalizar a produo, exportao, importao, desembarao alfandegrio e o comrcio de armas de fogo e demais produtos controlados, inclusive o registro e o porte de trnsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores e caadores. Art. 25. As armas de fogo apreendidas, aps a elaborao do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando no mais interessarem persecuo penal sero encaminhadas pelo juiz competente ao Comando do Exrcito, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas, para destruio ou doao aos rgos de segurana pblica ou s Foras Armadas, na forma do regulamento desta Lei. 1 As armas de fogo encaminhadas ao Comando do Exrcito que receberem parecer favorvel doao, obedecidos o padro e a dotao de cada Fora Armada ou rgo de segurana pblica, atendidos os critrios de prioridade estabelecidos pelo Ministrio da Justia e ouvido o Comando do Exrcito, sero arroladas em relatrio reservado trimestral a ser encaminhado quelas instituies, abrindo-se-lhes prazo para manifestao de interesse. 2 O Comando do Exrcito encaminhar a relao das armas a serem doadas ao juiz competente, que determinar o seu perdimento em favor da instituio beneficiada. 3 O transporte das armas de fogo doadas ser de responsabilidade da instituio beneficiada, que proceder ao seu cadastramento no Sinarm ou no Sigma. 4 (VETADO) 5 O Poder Judicirio instituir instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma, conforme se trate de arma de uso permitido ou de uso restrito, semestralmente, da relao de armas acauteladas em juzo, mencionando suas caractersticas e o local onde se encontram. produtos controlados, de usos proibidos, restritos ou permitidos ser disciplinada em ato do Chefe do Poder Executivo Federal, mediante proposta do Comando do Exrcito. 22 Acrescentado pela Lei n 11.706, de 19.06.08 23 Redao dada pela Lei n 11.706, de 19.06.08 Redao anterior: Art. 25. Armas de fogo, acessrios ou munies apreendidos sero, aps elaborao do laudo pericial e sua juntada aos autos, encaminhados pelo juiz competente, quando no mais interessarem persecuo penal, ao Comando do Exrcito, para destruio, no prazo mximo de 48 (quarenta e oito) horas. Pargrafo nico. As armas de fogo apreendidas ou encontradas e que no constituam prova em inqurito policial ou criminal devero ser encaminhadas, no mesmo prazo, sob pena de responsabilidade, pela autoridade competente para destruio, vedada a cesso para qualquer pessoa ou instituio. Art. 26. So vedadas a fabricao, a venda, a comercializao e a importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam confundir. Pargrafo nico. Excetuam-se da proibio as rplicas e os simulacros destinados instruo, ao adestramento, ou

coleo de usurio autorizado, nas condies fixadas pelo Comando do Exrcito. Art. 27. Caber ao Comando do Exrcito autorizar, excepcionalmente, a aquisio de armas de fogo de uso restrito. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no se aplica s aquisies dos Comandos Militares. Art. 28. vedado ao menor de 25 (vinte e cinco) anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei. Art. 29. As autorizaes de porte de armas de fogo j concedidas expirar-se-o 90 (noventa) dias aps a publicao desta Lei. Pargrafo nico. O detentor de autorizao com prazo de validade superior a 90 (noventa) dias poder renov-la, perante a Polcia Federal, nas condies dos arts. 4, 6 e 10 desta Lei, no prazo de 90 (noventa) dias aps sua publicao, sem nus para o requerente. Art. 30. Os possuidores e proprietrios de arma de fogo de uso permitido ainda no registrada devero solicitar seu registro at o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentao de documento de identificao pessoal e comprovante de residncia fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovao da origem lcita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declarao firmada na qual constem as caractersticas da arma e a sua condio de proprietrio, ficando este dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigncias constantes dos incisos I a III do caput do art. 4o desta Lei. Pargrafo nico. Para fins do cumprimento do disposto no caput deste artigo, o proprietrio de arma de fogo poder obter, no Departamento de Polcia Federal, certificado de registro provisrio, expedido na forma do 4 do art. 5o desta Lei. Art. 31. Os possuidores e proprietrios de armas de fogo adquiridas regularmente podero, a qualquer tempo, entreg-las Polcia Federal, mediante recibo e indenizao, nos termos do regulamento desta Lei. Pargrafo nico. Na hiptese prevista neste artigo e no art. 31, as armas recebidas constaro de cadastro especfico e, aps a elaborao de laudo pericial, sero encaminhadas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Comando do Exrcito para destruio, sendo vedada sua utilizao ou reaproveitamento para qualquer fim. Art. 32. Os possuidores e proprietrios de arma de fogo podero entreg-la, espontaneamente, mediante recibo, e, presumindo-se de boa-f, sero indenizados, na forma do regulamento, ficando extinta a punibilidade de eventual posse irregular da referida arma.28 Pargrafo nico. (Revogado pela Lei n 11.706, de 19.06.08). Art. 33. Ser aplicada multa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), conforme especificar o regulamento desta Lei: I empresa de transporte areo, rodovirio, ferrovirio, martimo, fluvial ou lacustre que deliberadamente, por qualquer meio, faa, promova, facilite ou permita o transporte de arma ou munio sem a devida autorizao ou com inobservncia das normas de segurana; II empresa de produo ou comrcio de armamentos que realize publicidade para venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo, exceto nas publicaes especializadas. Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com aglomerao superior a 1000 (um mil) pessoas, adotaro, sob pena de responsabilidade, as providncias necessrias para evitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5 da Constituio Federal. Pargrafo nico. As empresas responsveis pela prestao dos servios de transporte internacional e interestadual de1252/09 - 7/12

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passageiros adotaro as providncias necessrias para evitar o embarque de passageiros armados. CAPTULO VI DISPOSIES FINAIS Art. 35. proibida a comercializao de arma de fogo e munio em todo o territrio nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6 desta Lei. 1 Este dispositivo, para entrar em vigor, depender de aprovao mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005. 2 Em caso de aprovao do referendo popular, o disposto neste artigo entrar em vigor na data de publicao de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Art. 36. revogada a Lei n 9.437, de 20 de fevereiro de 1997. Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 22 de dezembro de 2003; 182 da Independncia e 115 da Repblica. LUIZ INCIO LULA DA SILVA Mrcio Thomaz Bastos Jos Viegas Filho Marina Silva LEI N 11.036 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2004 Altera disposies das Leis n 10.683, de 28 de Maio de 2003 e 9650, de 27 de Maio de 1998, e d outras providncias. Art.1. Os arts. 8 e 25 da Lei n 10.683, de maio de 2003, passam a vigorar com a seguinte redao: Art. 8o Ao Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social compete assessorar o Presidente da Repblica na formulao de polticas e diretrizes especficas, voltadas ao desenvolvimento econmico e social, produzindo indicaes normativas, propostas polticas e acordos de procedimento, e apreciar propostas de polticas pblicas e de reformas estruturais e de desenvolvimento econmico e social que lhe sejam submetidas pelo Presidente da Repblica, com vistas na articulao das relaes de governo com representantes da sociedade civil organizada e no concerto entre os diversos setores da sociedade nele representados. 1o O Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social ser presidido pelo Presidente da Repblica e integrado: (...) III - pelos Ministros de Estado da Fazenda; do Planejamento, Oramento e Gesto; do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior; do Desenvolvimento Social e Combate Fome; do Trabalho e Emprego; do Meio Ambiente; das Relaes Exteriores; e Presidente do Banco Central do Brasil; (Redao dada pela Lei n 11.036, de 2004) (... ) Art. 25. Os Ministrios so os seguintes: Pargrafo nico. So Ministros de Estado os titulares dos Ministrios, o Chefe da Casa Civil da Presidncia da Repblica, o Chefe do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, o Chefe da Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica, o Chefe da Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica, o AdvogadoGeral da Unio, o Ministro de Estado do Controle e da Transparncia, o Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratgicos da Presidncia da Repblica e o Presidente do Banco Central do Brasil. (Redao dada pela Lei n 11.754, de 2008) Art. 2. O cargo de Natureza Especial de Presidente do Banco Central do Brasil fica transformado em cargo de Ministro de Estado. Art. 3. O art. 5 da Lei n 9650 de 27 de maio de 1998, passa a vigorar com as seguintes alteraes: Art. 5(...) VIII. execuo e superviso das atividades de segurana institucional do Banco Central do Brasil, relacionadas com a guarda e a movimentao de valores, especialmente no que se refere aos servios do meio circulante, e a proteo de

autoridades. Pargrafo nico. No exerccio das atribuies de que trata inciso VIII deste artigo, os servidores ficam autorizados a conduzir veculos e a portar armas de fogo, em todo o territrio nacional, observadas a necessria habilitao tcnica e, no que couber, a disciplina estabelecida na Lei n 10.826 de 22 de dezembro de 2003. Art. 4 O exerccio das atividades referidas no art. 5, inciso VIII, da Lei n 9650, de 27 de Dezembro de 1998, com a redao dada por esta Lei, no obsta a execuo indireta das tarefas, mediante contrato, na forma da legislao especfica de regncia. LEI 7.102 DE 20 DE JUNHO DE 1983 Art. 1 - vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentao de numerrio, que no possua sistema de segurana com parecer favorvel sua aprovao, elaborado pelo Ministrio da Justia, na forma desta Lei. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais ou privados, caixas econmicas, sociedades de crdito, associaes de poupana, suas agncias, postos de atendimento, subagncias e sees, assim como as cooperativas singulares de crdito e suas respectivas dependncias. (Alterado pela LEI N 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 DOU DE 23/6/2008) 2o O Poder Executivo estabelecer, considerando a reduzida circulao financeira, requisitos prprios de segurana para as cooperativas singulares de crdito e suas dependncias que contemplem, entre outros, os seguintes procedimentos: (Alterado pela LEI N 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 DOU DE 23/6/2008) I dispensa de sistema de segurana para o estabelecimento de cooperativa singular de crdito que se situe dentro de qualquer edificao que possua estrutura de segurana instalada em conformidade com o art. 2o desta Lei; (Alterado pela LEI N 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 DOU DE 23/6/2008) II necessidade de elaborao e aprovao de apenas um nico plano de segurana por cooperativa singular de crdito, desde que detalhadas todas as suas dependncias; (Alterado pela LEI N 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 DOU DE 23/6/2008) III dispensa de contratao de vigilantes, caso isso inviabilize economicamente a existncia do estabelecimento. (Alterado pela LEI N 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 DOU DE 23/6/2008) 3o Os processos administrativos em curso no mbito do Departamento de Polcia Federal observaro os requisitos prprios de segurana para as cooperativas singulares de crdito e suas dependncias(Alterado pela LEI N 11.718 - DE 20 JUNHO DE 2008 DOU DE 23/6/2008) Redao anterior: Art. 1 - vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentao de numerrio, que no possua sistema de segurana aprovado pelo Banco Central do Brasil, na forma desta Lei. Pargrafo nico. Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais ou privados, caixas econmicas, sociedades de crdito, associaes de poupanas, suas agncias, subagncias e sees Art. 2 - O sistema de segurana referido no artigo anterior inclui pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de permitir, com segurana, comunicao entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma instituio, empresa de vigilncia ou rgo policial mais prximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos: I - equipamentos eltricos, eletrnicos e de filmagens que possibilitem a identificao dos assaltantes; II - artefatos que retardem a ao dos criminosos permitindo sua perseguio, identificao ou captura; e III - cabina blindada com permanncia ininterrupta de vigilante durante o expediente para o pblico e enquanto houver movimentao de numerrio no interior do estabelecimento.1252/09 - 8/12

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Pargrafo nico - O Banco Central Brasil poder aprovar o sistema de segurana dos estabelecimentos financeiros localizados em dependncia das sedes de rgos da Unio, Distrito Federal, Estados, Municpios e Territrios, independentemente das exigncias deste artigo. (Revogado pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Art. 3 - A vigilncia ostensiva e o transporte de valores sero executados: I - por empresa especializada contratada; ou II - pelo prprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, com pessoal prprio, aprovado em curso de formao de vigilante autorizado pelo Ministrio da Justia e cujo sistema de segurana tenha parecer favorvel sua aprovao emitido pelo Ministrio da Justia. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: II - pelo prprio estabelecimento financeiro, desde que organizado e preparado para tal fim, e com pessoal prprio. Pargrafo nico. Nos estabelecimentos financeiros estaduais, o servio de vigilncia ostensiva poder ser desempenhado pelas Polcias Militares, a critrio do Governo da respectiva Unidade da Federao. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Pargrafo nico - Nos estabelecimentos financeiros federais ou estaduais, o servio de vigilncia ostensiva poder ser desempenhado pelas Policias Militares, a critrio do Governo do respectivo Estado, Territrio ou Distrito Federal. Art. 4 - O transporte de numerrio em montante superior a vinte mil UFIR, para suprimento ou recolhimento do movimento dirio dos estabelecimentos financeiros, ser obrigatoriamente efetuado em veculo especial da prpria instituio ou de empresa especializada. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Art. 4 - O transporte de numerrio em montante superior a 500 (quinhentas) vezes o maior valor de referncia do Pas, para suprimento ou recolhimento do movimento dirio dos estabelecimentos financeiros, ser obrigatoriamente efetuado em veculo especial da prpria instituio ou de empresa especializada. Art. 5 - O transporte de numerrio entre sete mil e vinte mil UFIR poder ser efetuado em veculo comum, com a presena de dois vigilantes. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Art. 5 - O transporte de numerrio entre 200 (duzentas) e 500 (quinhentas) vezes o maior valor de referncia do Pas ser efetuado em veculo comum, com a presena de dois vigilantes. Art. 6 - Alm das atribuies previstas no art. 20, compete ao Ministrio da Justia: (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Art. 6 - Compete ao Banco Central do Brasil: I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta Lei; (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: I - autorizar funcionamento dos estabelecimentos financeiros aps verificar os requisitos mnimos de segurana indispensveis, de acordo com o art. 2 desta Lei, ouvida a respectiva Secretaria de Segurana Pblica; II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao prvio cumprimento desta Lei, pelo estabelecimento financeiro,

autoridade que autoriza o seu funcionamento; (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: II - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta Lei; e III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta Lei. Pargrafo nico. Para a execuo da competncia prevista no inciso I, o Ministrio da Justia poder celebrar convnio com as Secretarias de Segurana Pblica dos respectivos Estados e Distrito Federal. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Pargrafo nico - Para a execuo da competncia prevista no inciso II deste artigo, o Banco Central do Brasil poder celebrar convnio com as Secretarias de Segurana Pblica dos respectivos Estados, Territrios e Distrito Federal. Art. 7 - O estabelecimento financeiro que infringir disposio desta Lei ficar sujeito s seguintes penalidades, conforme a gravidade da infrao e levando-se em conta a reincidncia e a condio econmica do infrator: (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Art. 7 - O estabelecimento financeiro, que infringir disposio desta Lei ficar sujeito s seguintes penalidades aplicveis pelo Banco Central do Brasil, conforme a gravidade da infrao e levando-se em conta a reincidncia e a condio econmica do infrator: I - advertncia; II - multa, de mil a vinte mil UFIR; (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: II - multa, de 1 (uma) a 100 (cem) vezes o maior valor de referncia; III - interdio do estabelecimento. Art. 8 - Nenhuma sociedade seguradora poder emitir, em favor de estabelecimentos financeiros, aplice de seguros que inclua cobertura garantindo riscos de roubo e furto qualificado de numerrio e outros valores, sem comprovao de cumprimento, pelo segurado, das exigncias previstas nesta Lei. Pargrafo nico. As aplices com infringncia do disposto neste artigo no tero cobertura de resseguros pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Art. 9 - Nos seguros contra roubo e furto qualificado de estabelecimentos financeiros, sero concedidos descontos sobre os prmios aos segurados que possurem, alm dos requisitos mnimos de segurana, outros meios de proteo previstos nesta Lei, na forma de seu regulamento. Art. 10 - So considerados como segurana privada as atividades desenvolvidas em prestao de servios com a finalidade de: (Redao dada pela Lei n 8.863/94) Redao anterior: Art. 10 - As empresas especializadas em prestao de servios de vigilncia e de transporte de valores, constitudas sob a forma de empresas privadas, sero regidas por esta Lei, e ainda pelas disposies das legislaes civil, comercial e trabalhista. I - proceder a vigilncia patrimonial das instituies financeiras e de outros estabelecimentos, pblicos ou privados, bem como a segurana de pessoas fsicas; (Redao dada pela Lei n 8.863/94) II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de1252/09 - 9/12

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qualquer outro tipo de carga. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) 1 Os servios de vigilncia e de transporte de valores podero ser executados por uma mesma empresa. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) 2 - As empresas especializadas em prestao de servios de segurana, vigilncia e transporte de valores, constitudas sob a forma de empresas privadas, alm das hipteses previstas nos incisos do "caput" deste artigo, podero se prestar ao exerccio das atividades de segurana privada a pessoas; a estabelecimentos comerciais de prestao de servios e residenciais; a entidades sem fins lucrativos; e rgos e empresas pblicas. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) 3 - Sero regidas por esta Lei, pelos regulamentos dela decorrentes e pelas disposies da legislao civil, comercial, trabalhista, previdenciria e penal, as empresas definidas no pargrafo anterior. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) 4 - As empresas que tenham objeto econmico diverso da vigilncia ostensiva e do transporte de valores, que utilizem pessoal de quadro funcional prprio, para execuo dessas atividades, ficam obrigadas ao cumprimento do disposto nesta Lei e demais legislaes pertinentes. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) 5 - (Vetado) (Redao dada pela Lei n 8.863/94) 6 - (Vetado) (Redao dada pela Lei n 8.863/94) Art. 11 - A propriedade e a administrao das empresas especializadas que vierem a se constituir so vedadas a estrangeiros. Art. 12 - Os Diretores e demais empregados das empresas especializadas no podero ter antecedentes criminais registrados. Art. 13 - O capital integralizado das empresas especializadas no pode ser inferior a cem mil UFIR. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Art. 13 - O capital integralizado das empresas especializadas no pode ser inferior a 1.000 (mil) vezes o maior valor de referncia vigente no Pas. Art. 14 - So condies essenciais para que as empresas especializadas operem nos Estados, Territrios e Distrito Federal: I - autorizao de funcionamento concedida conforme o art. 20 desta Lei; e II - comunicao Secretaria de Segurana Pblica do respectivo Estado, Territrio ou Distrito Federal. Art. 15 - Vigilante, para os efeitos desta Lei, o empregado contratado para a execuo das atividades definidas nos incisos I e II do "caput" e 2, 3 e 4 do art. 10. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) Redao anterior: Art. 15 - Vigilante, para os efeitos desta Lei, o empregado contratado por estabelecimentos financeiros ou por empresa especializada em prestao de servio de vigilncia ou de transporte de valores, para impedir ou inibir ao criminosa. Art. 16 - Para o exerccio da profisso, o vigilante preencher os seguintes requisitos: I - ser brasileiro; II - ter idade mnima de 21 (vinte e um) anos; III - ter instruo correspondente 4 srie do 1 Grau; IV - ter sido aprovado, em curso de formao de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta Lei. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) Redao anterior: IV - ter sido aprovado em curso de formao de vigilante; V - ter sido aprovado em exame de sade fsica, mental e

psicotcnico; VI - no ter antecedentes criminais registrados; e VII - estar quite com as obrigaes eleitorais e militares. Pargrafo nico. O requisito previsto no inciso III deste artigo no se aplica aos vigilantes admitidos at a publicao da presente Lei. Art. 17 - O exerccio da profisso de vigilante requer prvio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministrio do Trabalho, que se far aps a apresentao dos documentos comprobatrios das situaes enumeradas no artigo anterior. Pargrafo nico. Ao vigilante ser fornecida Carteira de Trabalho e Previdncia Social, em que ser especificada a atividade do seu portador. Art. 18 - O vigilante usar uniforme somente quando em efetivo servio. Art. 19 - assegurado ao vigilante: I - uniforme especial s expensas da empresa a que se vincular; II - porte de arma, quando em servio; III - priso especial por ato decorrente do servio; IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora. Art. 20 - Cabe ao Ministrio da Justia, por intermdio do seu rgo competente ou mediante convnio com as Secretarias de Segurana Pblica dos Estados e Distrito Federal: (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Art. 20 - Cabe ao Ministrio da Justia, por intermdio de seu rgo competente ou mediante convnio com as Secretarias de Segurana Pblica dos Estados, Territrios ou Distrito Federal: I - conceder autorizao para o funcionamento: a) das empresas especializadas em servios de vigilncia; b) das empresas especializadas em transporte de valores; e c) dos cursos de formao de vigilantes. II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior; III - aplicar s empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades previstas no art. 23 desta Lei; IV - aprovar uniforme; V - fixar o currculo dos cursos de formao de vigilantes; VI - fixar o nmero de vigilantes das empresas especializadas em cada Unidade da Federao; VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas especializadas e dos estabelecimentos financeiros; VIII - autorizar a aquisio e a posse de armas e munies; e IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munio utilizados. X - rever anualmente a autorizao de funcionamento das empresas elencadas no inciso I deste artigo. (Redao dada pela Lei n 8.863/94) Pargrafo nico. As competncias previstas nos incisos I e V deste artigo no sero objeto de convnio. (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: Pargrafo nico - A competncia prevista no inciso V deste artigo no ser objeto de convnio. Art. 21 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes sero de propriedade e responsabilidade: I - das empresas especializadas; II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de servio organizado de vigilncia, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.

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Art. 22 - Ser permitido ao vigilante, quando em servio, portar revlver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha. Pargrafo nico. Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, podero tambm utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricao nacional. Art. 23 - As empresas especializadas e os cursos de formao de vigilantes que infringirem disposies desta Lei ficaro sujeitos s seguintes penalidades, aplicveis pelo Ministrio da Justia, ou, mediante convnio, pelas Secretarias de Segurana Pblica, conforme a gravidade da infrao, levando-se em conta a reincidncia e a condio econmica do infrator: I - advertncia; II - multa de quinhentas at cinco mil UFIRs; (Redao dada pela Lei n 9.017, de 30/03/95) Redao anterior: II - multa de at 40 (quarenta) vezes o maior valor de referncia; III - proibio temporria de funcionamento; e IV - cancelamento do registro para funcionar. Pargrafo nico. Incorrero nas penas previstas neste artigo as empresas e os estabelecimentos financeiros responsveis pelo extravio de armas e munies. Art. 24 - As empresas j em funcionamento devero proceder adaptao de suas atividades aos preceitos desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data em que entrar em vigor o regulamento da presente Lei, sob pena de terem suspenso seu funcionamento at que comprovem essa adaptao. Art. 25 - O Poder Executivo regulamentar esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicao. Art. 26 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 27 - Revogam-se os Decretos-Leis n 1.034, de 21 de outubro de 1969, e n 1.103, de 6 de abril de 1970, e as demais disposies em contrrio. Braslia, em 20 de junho de 1983; 162 da Independncia e 95 da Repblica. LEI No 9.883, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999. Institui o Sistema Brasileiro de Inteligncia, cria a Agncia Brasileira de Inteligncia - ABIN, e d outras providncias. Art. 1o Fica institudo o Sistema Brasileiro de Inteligncia, que integra as aes de planejamento e execuo das atividades de inteligncia do Pas, com a finalidade de fornecer subsdios ao Presidente da Repblica nos assuntos de interesse nacional. 1o O Sistema Brasileiro de Inteligncia tem como fundamentos a preservao da soberania nacional, a defesa do Estado Democrtico de Direito e a dignidade da pessoa humana, devendo ainda cumprir e preservar os direitos e garantias individuais e demais dispositivos da Constituio Federal, os tratados, convenes, acordos e ajustes internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte ou signatrio, e a legislao ordinria. 2o Para os efeitos de aplicao desta Lei, entende-se como inteligncia a atividade que objetiva a obteno, anlise e disseminao de conhecimentos dentro e fora do territrio nacional sobre fatos e situaes de imediata ou potencial influncia sobre o processo decisrio e a ao governamental e sobre a salvaguarda e a segurana da sociedade e do Estado. 3o Entende-se como contra-inteligncia a atividade que objetiva neutralizar a inteligncia adversa. Art. 2o Os rgos e entidades da Administrao Pblica Federal

que, direta ou indiretamente, possam produzir conhecimentos de interesse das atividades de inteligncia, em especial aqueles responsveis pela defesa externa, segurana interna e relaes exteriores, constituiro o Sistema Brasileiro de Inteligncia, na forma de ato do Presidente da Repblica. 1o O Sistema Brasileiro de Inteligncia responsvel pelo processo de obteno, anlise e disseminao da informao necessria ao processo decisrio do Poder Executivo, bem como pela salvaguarda da informao contra o acesso de pessoas ou rgos no autorizados. 2o Mediante ajustes especficos e convnios, ouvido o competente rgo de controle externo da atividade de inteligncia, as Unidades da Federao podero compor o Sistema Brasileiro de Inteligncia. Art. 3o Fica criada a Agncia Brasileira de Inteligncia - ABIN, rgo da Presidncia da Repblica, que, na posio de rgo central do Sistema Brasileiro de Inteligncia, ter a seu cargo planejar, executar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de inteligncia do Pas, obedecidas poltica e s diretrizes superiormente traadas nos termos desta Lei. (Redao dada pela Medida Provisria 2.216-37, de 2001) Pargrafo nico. As atividades de inteligncia sero desenvolvidas, no que se refere aos limites de sua extenso e ao uso de tcnicas e meios sigilosos, com irrestrita observncia dos direitos e garantias individuais, fidelidade s instituies e aos princpios ticos que regem os interesses e a segurana do Estado. Art. 4o ABIN, alm do que lhe prescreve o artigo anterior, compete: I - planejar e executar aes, inclusive sigilosas, relativas obteno e anlise de dados para a produo de conhecimentos destinados a assessorar o Presidente da Repblica; II - planejar e executar a proteo de conhecimentos sensveis, relativos aos interesses e segurana do Estado e da sociedade; III - avaliar as ameaas, internas e externas, ordem constitucional; IV - promover o desenvolvimento de recursos humanos e da doutrina de inteligncia, e realizar estudos e pesquisas para o exerccio e aprimoramento da atividade de inteligncia. Pargrafo nico. Os rgos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligncia fornecero ABIN, nos termos e condies a serem aprovados mediante ato presidencial, para fins de integrao, dados e conhecimentos especficos relacionados com a defesa das instituies e dos interesses nacionais. Art. 5o A execuo da Poltica Nacional de Inteligncia, fixada pelo Presidente da Repblica, ser levada a efeito pela ABIN, sob a superviso da Cmara de Relaes Exteriores e Defesa Nacional do Conselho de Governo. Pargrafo nico. Antes de ser fixada pelo Presidente da Repblica, a Poltica Nacional de Inteligncia ser remetida ao exame e sugestes do competente rgo de controle externo da atividade de inteligncia. Art. 6o O controle e fiscalizao externos da atividade de inteligncia sero exercidos pelo Poder Legislativo na forma a ser estabelecida em ato do Congresso Nacional. 1o Integraro o rgo de controle externo da atividade de inteligncia os lderes da maioria e da minoria na Cmara dos Deputados e no Senado Federal, assim como os Presidentes das Comisses de Relaes Exteriores e Defesa Nacional da Cmara dos Deputados e do Senado Federal. 2o O ato a que se refere o caput deste artigo definir o funcionamento do rgo de controle e a forma de desenvolvimento dos seus trabalhos com vistas ao controle e fiscalizao dos atos decorrentes da execuo da Poltica Nacional de Inteligncia. Art. 7o A ABIN, observada a legislao e normas pertinentes, e objetivando o desempenho de suas atribuies, poder firmar convnios, acordos, contratos e quaisquer outros ajustes. Art. 8o A ABIN ser dirigida por um Diretor-Geral, cujas funes sero estabelecidas no decreto que aprovar a sua estrutura organizacional. 1o O regimento interno da ABIN dispor sobre a competncia e o funcionamento de suas unidades, assim como as atribuies dos titulares e demais integrantes destas.1252/09 - 11/12

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2o A elaborao e edio do regimento interno da ABIN sero de responsabilidade de seu Diretor-Geral, que o submeter aprovao do Presidente da Repblica. Art. 9o Os atos da ABIN, cuja publicidade possa comprometer o xito de suas atividades sigilosas, devero ser publicados em extrato. 1o Incluem-se entre os atos objeto deste artigo os referentes ao seu peculiar funcionamento, como s atribuies, atuao e s especificaes dos respectivos cargos, e movimentao dos seus titulares. 2o A obrigatoriedade de publicao dos atos em extrato independe de serem de carter ostensivo ou sigiloso os recursos utilizados, em cada caso. Art. 9 A - Quaisquer informaes ou documentos sobre as atividades e assuntos de inteligncia produzidos, em curso ou sob a custdia da ABIN somente podero ser fornecidos, s autoridades que tenham competncia legal para solicit-los, pelo Chefe do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica, observado o respectivo grau de sigilo conferido com base na legislao em vigor, excludos aqueles cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado. (Includo pela Medida Provisria n 2.216-37, de 2001) 1o O fornecimento de documentos ou informaes, no abrangidos pelas hipteses previstas no caput deste artigo, ser regulado em ato prprio do Chefe do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica. (Includo pela Medida Provisria n 2.216-37, de 2001) 2o A autoridade ou qualquer outra pessoa que tiver conhecimento ou acesso aos documentos ou informaes referidos no caput deste artigo obriga-se a manter o respectivo sigilo, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e penal, e, em se tratando de procedimento judicial, fica configurado o interesse pblico de que trata o art. 155, inciso I, do Cdigo de Processo Civil, devendo qualquer investigao correr, igualmente, sob sigilo. (Includo pela Medida Provisria n 2.216-37, de 2001) Art. 10. A ABIN somente poder comunicar-se com os demais rgos da administrao pblica direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, com o conhecimento prvio da autoridade competente de maior hierarquia do respectivo rgo, ou um seu delegado. Art. 11. Ficam criados os cargos de Diretor-Geral e de DiretorAdjunto da ABIN, de natureza especial, e os em comisso, de que trata o Anexo a esta Lei. Pargrafo nico. So privativas do Presidente da Repblica a escolha e a nomeao do Diretor-Geral da ABIN, aps aprovao de seu nome pelo Senado Federal. Art. 12. A unidade tcnica encarregada das aes de inteligncia, hoje vinculada Casa Militar da Presidncia da Repblica, fica absorvida pela ABIN. 1o Fica o Poder Executivo autorizado a transferir para a ABIN, mediante alterao de denominao e especificao, os cargos e funes de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores, as Funes Gratificadas e as Gratificaes de Representao, da unidade tcnica encarregada das aes de inteligncia, alocados na Casa Militar da Presidncia da Repblica. 2o O Poder Executivo dispor sobre a transferncia, para a ABIN, do acervo patrimonial alocado unidade tcnica encarregada das aes de inteligncia. 3o Fica o Poder Executivo autorizado a remanejar ou transferir para a ABIN os saldos das dotaes oramentrias consignadas para as atividades de inteligncia nos oramentos da Secretaria de Assuntos Estratgicos e do Gabinete da Presidncia da Repblica. Art. 13. As despesas decorrentes desta Lei correro conta das dotaes oramentrias prprias. Pargrafo nico. O Oramento Geral da Unio contemplar, anualmente, em rubrica especfica, os recursos necessrios ao desenvolvimento das aes de carter sigiloso a cargo da ABIN. Art. 14. As atividades de controle interno da ABIN, inclusive as de contabilidade analtica, sero exercidas pela Secretaria de Controle Interno da Presidncia da Repblica. Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Braslia, 7 de dezembro de 1999; 178o da Independncia e 111o

da Repblica.

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