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PANORAMA DO AGRONEGÓCIO SALVADOR, BAHIA, QUARTA-FEIRA, 29/07/2015 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING Cafés Gourmet são produzidos na Chapada Diamantina MA T OPIBA é a fronteira agrícola da Bahia Investimento seguro: estado está livre de pragas e de doenças Pág. 2 Pág. 4e5 Pág. 6 O nome, de sonoridade indíge- na, na verdade define a região formada pela junção das divi- sas dos Estados do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia. Com, aproximadamen- te, 414 km² de superfície é, ho- je, um dos principais polos de produção agropecuária do país Este caderno é parte integrante do Jornal A TARDE. Não pode ser vendido separadamente. CAPA: Edu Argolo Foto: Adenilson Nunes Divulgação Fotos:Divulgação Fotos:Divulgação Divulgação APOIO:

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PANORAMA DOAGRONEGÓCIO

SALVADOR,BAHIA, QUARTA-FEIRA, 29/07/2015

PROJETO ESPECIAL DEMARKETING

CafésGourmet sãoproduzidos naChapadaDiamantina

MATOPIBAé a fronteiraagrícola daBahia

Investimentoseguro: estado estálivre de pragas e dedoenças

Pág.2

Pág.4e5

Pág.6 Onome, de sonoridade indíge-na, na verdade define a regiãoformada pela junção das divi-sas dos Estados doMaranhão,do Tocantins, do Piauí e daBahia. Com, aproximadamen-te, 414 km² de superfície é, ho-je, umdos principais polos deprodução agropecuária do país

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PANORAMA DOAGRONEGÓCIO

Cafés especiaisda Bahia conquistam o mundo

Cacau e banana irrigados podem sero novo boom doOeste da Bahia

Na mesa do Papa

Resultado do trabalho incansável de produ-tores determinados a fazer do Estado umareferência no segmento, os cafés especiaisda Bahia têm conquistado cada vez maisprêmios, além de novos e exigentes mer-cados. Os cultivos se concentram, principal-mente, nos terrenos de maior altitude, lo-calizados nas regiões da Chapada Diaman-tina e no Planalto da Conquista. A estima-tiva é que das cerca de 2,5 milhões de sa-cas produzidas na safra baiana 2014/2015,500 mil sejam de cafés especiais.

“Nossa meta não é ser o maior produ-tor nacional, mas queremos e podemosproduzir o melhor café do Brasil”, afirma ochefe de gabinete da Secretaria da Agricul-tura (SEAGRI), José Pirajá, lembrando queé da Bahia o café servido ao Papa Francis-co, no Vaticano. Ele destaca que é meta da

Batizada em uma clara referência à posiçãoda região da Chapada Diamantina em rela-ção ao lado de baixo da linha do Equador, amarca Latitude 13 conquistou o paladar do Pa-pa Francisco ao vencer, em 2010, a licitação re-alizada pelo Vaticano para cafés especiais comcertificação orgânica. Os grãos são cultivadosno município de Ibicoara – a cerca de 530 kmde Salvador - pelo cafeicultor Luca Allegro. Há18 anos, ele se instalou na Chapada com umnegócio voltado ao cultivo de cafés de quali-dade para atender aos exigentes mercados daEuropa e dos Estados Unidos.

“Na Chapada Diamantina existe um con-junto de fatores naturais que colocam a regiãoentre os melhores lugares do planeta para aprodução do café arábica. Temos uma quali-dade e uma quantidade de irradiação solarmaior, por exemplo, quando comparada comtradicionais áreas produtoras localizadas maisao Sul do país. Ao mesmo tempo, a altitudeacima de 1000 metros cria um clima quasetemperado, mais frio, e com condições ideaispara o desenvolvimento dos açúcares e de ou-tros elementos fundamentais para a qualida-de do café arábica”, explica.

Do ponto de vista técnico, a altitude as-segura uma grande amplitude térmica, commáximas e mínimas contidas. Nesse clima, aplanta diminui a atividade metabólica duran-te a noite – por causa do frio - período em querespira e gasta energia (açúcares). Durante odia, com temperaturas mais altas, ela realiza afotossíntese e gera energia.

Luca Allegro aposta no investimento dostipos especiais, que considera muito mais van-

Conhecido internacionalmente como o Celeiro deGrãos da Bahia, onde são produzidos café e soja dequalidade, milho com a maior produtividade do mun-do, e algodão com fios tão bons ou melhores que osegípcios, o Oeste Baiano destaca-se agora com outrasculturas irrigadas, que despontam como o novo boomda região. Trata-se da banana e do cacau irrigados,cujas áreas começam a ser ampliadas e já estão pre-sentes nos municípios de Luís Eduardo Magalhães, Bar-reiras, Riachão das Neves e Bom Jesus da Lapa, den-tre outros. O mamão também é uma cultura em al-ta na região.

No Projeto de Irrigação Barreira Norte, desenvolvi-do às margens da estrada que liga Barreiras ao mu-nicípio de Angical, o agricultor Antonio Veloso, de 65anos, que já teve propriedades em Camacan e Pau Bra-sil, no Sul da Bahia, valeu-se de sua experiência de ca-cauicultor e iniciou a plantação de cacau irrigado, emuma área de 4 hectares, no seu lote de 7,5 hectares. Eledecidiu apostar em uma nova cultura depois de ver oplantio de caju fracassar. Trabalhando de sol a sol, ho-je ele colhe os frutos de sua decisão. “O cacau irrigadojá é realidade aqui. Outros quatro proprietários de lotesjá estão plantando mais de 20 hectares, e também mi-nha filha está preparando 7,5 hectares para o plantio.Não tenho dúvidas de que o cacau será o novo boomdo Oeste. Mas precisamos de assistência técnica e de li-nhas de financiamentos que nos permitam novos in-vestimentos”, afirma Veloso.

Destacando que a fruticultura irrigada é umadas prioridades da Secretaria de Agricultura da

Bahia(SEAGRI), o secretário Paulo Câmera e o superin-tendente de Desenvolvimento da Agropecuária (SDA/SEAGRI), Adriano Bouzas, já estão elaborando umamissão à região, para discutir a questão com os peque-nos, médios e grandes produtores. A plantação de ca-cau de Antonio Veloso, cuja produção é da ordem de90 arrobas por hectare, é consorciada com banana ir-rigada, cuja renda zera o custo de produção do cacau.“Estamos erradicando o que resta de caju, e vamosampliar a área de cacau”, diz Veloso.

SEMVASSOURA-DE-BRUXA -Uma das importan-tes características do cacau irrigado do Oeste é que aculturaestá livredavassoura-de-bruxa,porcausadocli-ma. “Este fator é muito importante”, destaca o diretor--geral do Instituto Biofábrica de Cacau (IBC), HenriqueAlmeida. Ele também ressalta a combinação bem- su-cedida dessas duas frutas. “O casamento cacau/bana-na é perfeito, especialmente neste momento em queos preços desses produtos estão em alta no mercado”.

Especialista em cacau, Henrique Almeida afirmanão ter dúvida do sucesso do cacau no Oeste, e diz queo Instituto Biofábrica de Cacau está à disposição parafornecer mudas de qualidade. O IBC é a única institui-ção na Bahia licenciada pelo Ministério da Agricultura(MAPA) para produzir e fornecer mudas de cacau. Pa-ra Júlio Buzato, presidente da Associação de Irrigantese Agricultores da Bahia (AIBA), a cultura de cacau naregião é promissora, embora ele a considere em fasede testes.

Além de incentivar o cultivo de cacau na região,

Antonio Veloso implanta em sua propriedade o siste-ma agroflorestal, e faz crescer na região um pedaço daMata Atlântica. Com mudas originárias do Sul e BaixoSul do Estado, ele já plantou em sua propriedade inú-meros exemplares de Aroeira, Cajá Mirim, Jacarandá,Sapucaia, Ipê, Pau Darco e Pau Brasil. Veloso está plan-tando também mudas de Teca (Tectonagrandis), árvo-re nativa na Ásia e utilizada há séculos na Índia, Indo-nésia, Tailândia e outros países asiáticos, muito usadana indústria moveleira e também na indústria naval. Ometro quadrado dessa madeira pode chegar a US$ 8mil. No Brasil, ela é cultivada no Mato Grosso e o plan-tio comercial avança para os Estados da região Norte.

BANANA IRRIGADA- Cultura já sedimentada emBom Jesus da Lapa, no Perímetro Irrigado de Formo-so, onde gera cerca de cinco mil empregos diretos eindiretos, a banana irrigada expande-se nos períme-tros de Nupeba e Riacho Grande, no município de Ria-chão das Neves, e avança no Barra Norte, onde a em-presa Portal do Oeste amplia sua produção, no Bar-reira Norte.

Responsável por esse projeto, o produtor Alexan-dre Moreira Maciel, explica que tem hoje 60 hectaresde banana e está abrindo mais 12 hectares, plantandoainda 12 hectares de mamão formosa. A produção debanana, prata e nanica, chega a 40 toneladas/ano/hectare, toda ela comercializada em Barreiras, Corren-tina e Bom Jesus da Lapa, e ainda distribuída para oEstado do Piauí. Alexandre cultiva ainda 6 hectares decacau irrigado.

SEAGRI focar as ações nos cafés finos, entreeles o café gourmet, com destaque para osgrãos cultivados em Piatã, Barra da Estiva eIbicoara, na Chapada Diamantina, e os deVitória da Conquista e Barra do Choça, noPlanalto da Conquista.

Entre os fatores que distinguem os ca-fés especiais estão o sabor e o aroma ex-cepcionais. São bebidas muito aromáticase sem amargor e representam hoje de 5 a10% da produção mundial. Os critérios dequalidade cobrem, na verdade, uma am-pla gama de conceitos, que vão desde ca-racterísticas físicas, como origens, varieda-des, cor e tamanho, até preocupações deordem ambiental.

Segundo o presidente da Associaçãodos Produtores de Café do Estado da Bahia(ASSOCAFÉ), João Lopes Araújo, o desenvol-

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vimento dos cafés especiais conta com o in-centivo da entidade, que, há 14 anos, esti-mulaoscafeicultoresaparticiparemdecon-cursosvoltadosaosegmento.“Adivulgaçãodos resultados dos concursos e a promoçãoda qualidade têm despertado o interessede compradores no Brasil e no exterior, oque acaba agregando mais valor à vendado produto e, principalmente, garantido ofuturo da cultura”, destaca Araújo.

TERROIR BAIANO - Para se ter uma ideiada excelência do café baiano, em 2014, dos20 melhores cafés premiados em concur-sos internacionais no Brasil, nove são pro-duzidos na Bahia. Proporção muito acimado resultado da produção nacional. De to-dos os premiados, cinco são provenientesda região de Piatã.

A região da Chapada, com destaquepara Piatã, Rio de Contas, Ibicoara, Mucugêe Barra da Estiva, é evidência da dedicaçãona produção. O termo terroir, muito utiliza-do quando se fala em produção de vinhos,também serve para identificar uma área dacafeicultura baiana. É um conjunto de carac-terísticas que certa localização geográficaconfere a um determinado produto, é par-te das vantagens da região, onde se encon-tram altitudes de 1.200 metros.

De acordo com João Lopes Araújo, ho-je, a destinação dos cafés de qualidade édivida entre 50% para consumo interno e50% para o exterior. “Acabou aquela alega-ção de que os bons eram exportados e osruins consumidos aqui. Os baianos já pa-gam, sim, o preço justo para consumir o ca-fé bom” enfatiza.

Luca Allegro,

cafeicultor

“A qualidade agregavalor e é algo queo pequeno produtorpode fazer de formadiferenciada comsua dedicação.”

Cacau está livre davassoura-de-bruxae cresce o plantio debanana irrigada

tajosos para o pequeno produtor. Para ele, omercado de commodities dá muito menosoportunidade ao produtor de pequeno porte,pois as margens são menores e os ganhos es-tão no volume. “A qualidade agrega valor e éalgo que o pequeno produtor pode fazer deforma diferenciada com sua dedicação. Nes-ses nichos de qualidade, ele tem vantagenscompetitivas sobre o grande produtor: umaprodução artesanal, com esmero e atençãoaos detalhes. É um exemplo onde menos émais”, argumenta.

Hoje, a produção da Latitude 13 varia en-tre 700 e 900 sacas anuais de café. Parte se-gue para o Vaticano, onde chegou em 2010,depois da empresa firmar parceria com umcliente inglês para desenvolver um lote queconquistou a licitação aberta pelo Vaticano.Nesse mesmo ano, através da parceria comum cliente da Califórnia (Estados Unidos) aLatitude 13 levou ao mercado dois microlo-tes: cafés que cresceram e amadureceram ex-postos ao sol nascente (Sunrise), e outros, dasmesmas plantas, que ficaram expostos ao solpoente (Sunset).

“Foi uma inovação que fez muito suces-so. Todo mundo queria comprar café dos doislotes para comparar. A despeito da pequenadiferença de sabores entre os dois lotes, o va-lor está em oferecer a oportunidade de pro-var uma coisa única, exclusiva”, conta, entu-siasmado, Lucas Allegro. Para ele, além da ou-sadia, o empreendedor de sucesso tem quedispor de uma boa qualificação profissional.Além de graduado em Administração de Em-presas pela Escola Baiana de Administração

de Empresas (FACS), ele é e Mestre em Co-mércio Internacional pela George WashingtonUniversity, Washington DC. Esse último cursofoi que permitiu que Allegro fizesse contatosdiretos com os clientes internacionais, que sãoatacadistas ou microtorrefadores especializa-dos em cafésgourmetno exterior.

Mesmo com grande sucesso no exterior,a maior parte da produção de Luca Allegroé vendida no Brasil, como o café torrado emgrãos ou moído, e também cru para torrefa-ções de tipos especiais do Sul e Sudeste do pa-ís. “Depois de 10 anos focado na exportação,enxerguei a oportunidade no mercado inter-no, onde associo o valor da qualidade a umamarca”, conta.

Ele reforça o coro de que o mercado in-terno está cada vez mais interessado emprodutos de alta qualidade. “Na última dé-cada, testemunhamos o forte crescimen-to do mercado de cafés gourmet aqui noBrasil. A partir do ano 2010, comecei, en-tão, a perceber uma maior procura por es-ses cafés gourmet e a oportunidade de ven-der meus cafés especiais no mercado inter-no. O projeto de torra começou então coma missão de oferecer os mesmos cafés dequalidade exportação, nos pacotes para omercado interno”, conta.

Quem mora em Salvador e quiser con-ferir os cafés especiais da Latitude 13 podeencontrar os produtos da marca na cafe-teria de mesmo nome, localizada no Mer-cado do Rio Vermelho (antiga Ceasinha).Uma oportunidade de conhecer os sabo-res que a Bahia produz e o mundo aprova.

PLANALTO>>> Produção: 1 milhão de sacas(Chapada, Vitória da Conquista e Brejões)

CERRADO >>> Produção: 500 mil sacas no Oeste

ATLÂNTICO >>> Sul e Extremo-Sul do Estado.Produção: 1 milhão de sacas de café Conillon.

A Bahia possui 20 mil produtores de café, dos quais18 mil são agricultores familiares. As demais áreassão de pequenos, médios e grandes proprietários,sendo que, deste número, somente 5% apresentamáreas superiores a 100 hectares, concentradasno Oeste, onde a atividade é empresarial. São,aproximadamente, 135 mil hectares de áreaplantada, espalhados por 167 municípios. O Estadoé o quarto maior produtor nacional de café, atrás deMinas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.

REGIÕES PRODUTORAS DA BAHIA:

Edição: Márcia Moreira ([email protected]) Textos: Claudia Lessa, Eugênio Afonso, Bruno Machado e Katja Polisseni Projeto Gráfico/ Diagramação: Argolo Studio Design Revisão: Gabriela Ponce

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Foto: Heckel Junior

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A Bahia não é apenas privilegiada por su-as belezas e sua cultura. A Terra de Todos osSantos é também privilegiada pela abun-dância de recursos hídricos. O Estado pos-sui o maior litoral do Brasil, com 1200 kmde costa, e 60 bilhões de m³ de águas con-tinentais para o uso na produção de pes-cado. Seus mais de 130 mil pescadores eaquicultores produzem 104 mil toneladasde pescado por ano, o que coloca a Bahiana 6ª posição do ranking nacional.

Entre as espécies mais comuns estão overmelho, bonito, pescada amarela, pesca-da branca, sardinha, robalo, badejo, cava-la, cação, corvina, albacoara, arraia, agu-lhão, caranha, tainha, xaréu, guaricema eo chicharro. Os principais polos extrativistasficam localizados nas regiões do Extremo--Sul e na Baía de Todos-os-Santos. Além dis-so, o Território de Identidade de Itaparica éo maior polo piscicultor. O Estado já contacom importantes indústrias instaladas, co-mo a Netuno Pes-cados, Induspeixes, In-tegral Mix, Coopecon, Primor e Pratigi Ali-mentos.

“Nosso potencial de expansão é gran-de. Cada baiano consome, em média, 11quilos de pescado por ano. Isso significaque a demanda ainda é 60% maior quea oferta. Por enquanto ainda estamos im-portando peixes de Santa Catarina e do Pa-rá, para suprir esta diferença”, revela o pre-sidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Jú-nior.“Hoje, temos89%daproduçãofocadana pesca artesanal, e apenas 11% em aqui-cultura. A ideia é que a gente possa equili-brar essa relação da pesca e da aquicultura,e seguir uma tendência mundial do cresci-mento do setor”, complementa.

FOCO NA SUSTENTABILIDADE - Para equi-librar a relação oferta/demanda, a BahiaPesca vem implementando uma série de

Fortalecer a agropecuária baiana com ino-vações tecnológicas e modernas técnicasde análises laboratoriais e pesquisas avan-çadas. Essa é uma das prioridades do Cen-tro Tecnológico da Agropecuária da Bahia(CETAB), localizado no bairro da Ondina,em Salvador, que oferece diversos serviçosexclusivos no Brasil e no mundo. Formadopor 12 laboratórios, o CETAB é referênciana prestação de serviços especializados epesquisa agropecuária que impactam sig-nificativamente no controle de doenças epragas nas áreas vegetal e animal, alémde análises de solo, controle de qualidadede alimentos e de classificação de produ-tos de origem vegetal.

O centro possui, ainda, dois laborató-rios em processo de acreditação (reconhe-cimento), junto ao INMETRO, para a ISO/IEC 17.025, norma de padrão de qualida-de voltada aos laboratórios de ensaios. OCETAB faz parte da Secretaria da Agricul-tura da Bahia (SEAGRI). Para o secretárioda Agricultura, Paulo Câmera, a pesquisaé de fundamental importância para quali-ficar a produção. “Com esse equipamento,colocamos à disposição do pequeno e mé-dio produtor serviços especializados, comcusto reduzido, permitindo que não só au-mente a produtividade de suas culturas,como também obtenha produtos sadios ede melhor qualidade”, avalia.

De acordo com a agrônoma GracieleSiering, chefe do CETAB, os 12 laboratóriostrabalham em rede multinstitucional, emparceria com instituições como a EMBRA-PA, Universidades federais e estaduais (UF-BA e UFRB), CNPq, FAPESB e órgãos do Go-verno do Estado, como a Agência Estadualde Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB),também vinculada à SEAGRI. As pesquisasgeraram nos últimos cinco anos um acer-vo de 243 trabalhos publicados em con-gressos, seminários, e revistas científicasnacionais e internacionais.

ATIVIDADES EXCLUSIVAS - Em Ento-mologia, as atividades exclusivas na Bahiasão: diagnóstico de pragas de fruteiras pa-ra fins de recomendação de controle alter-

nativo e orientação quanto ao uso racio-nal de pesticidas, desenvolvida na regiãode Juazeiro e entorno; identificação defêmeas de mosca-das-frutas para fins demonitoramento e controle; clínica ento-mológica para diagnóstico de pragas dasdiversas culturas produzidas no Estado ede jardinagem, com recomendações decontrole, além da criação da lagarta doscapinzais (Mocis latipes), para fins de tes-tes biológicos utilizando feromônio sexualda praga, em síntese pelo Instituto de Quí-mica da UFBA, que é oferecido unicamen-te no Brasil. Na área de nutrição animal,os serviços realizados exclusivamente são:análises físico-químicas para confirmaçãode informações nutricionais em rótulos deprodutos para a alimentação animal, eanálises físico-químicas e orientações pa-ra a complementação mineral de raçõesanimais.

O Laboratório de Biologia Molecularé o único no Estado de diagnose molecu-lar do HLB e CVC dos citros. O laboratóriorealiza diagnose molecular de vírus, viroi-des, bactérias e fungos agentes de doen-ças agronômicas importantes como Huan-

glongbing (HLB) e Clorose Vatiegada dosCitros (CVC), viroses e fusariose do ma-racujazeiro, meleira e mancha anelar domamoeiro, tristeza, exocorte dos citros,entre outras. Esse laboratório também éo único na Bahia a efetuar estudo epide-miológico de doenças de grande impactoeconômico como a meleira do mamoei-ro, CVC e HLB dos citros, e o único no Nor-te/Nordeste a realizar diagnose molecularpara o HLB dos citros.

No segmento de Ecologia Químicae Agrotóxicos, o centro realiza, de formaexclusiva no Estado, serviço de identifica-ção de resíduos de agrotóxicos em frutas,água e leite; pesquisas de desenvolvimen-to de metodologias para o estudo da inte-ração inseto/praga de fruteiras; identifi-cação de marcadores químicos de virosespotenciais que atacam o sistema produti-vo vegetal; estudo da atração de extratosde plantas pelos insetos/praga, e de de-senvolvimento de métodos para a obten-ção de produtos biotecnológicos de con-trole. O Laboratório é o único no mundoa desenvolver métodos alternativos para aLeishmaniose canina.

projetos sustentáveis que visam desenvolvero setor. Iniciativas como a profissionalizaçãoda pesca artesanal, a intensificação da assis-tênciatécnica,aofertadeserviçosnosTermi-nais Pesqueiros da Bahia e a distribuição deembarcações do Projeto Renovar embasamas projeções de atuação neste ano.

Mas a empresa mantém uma série deoutras atividades como: capacitação depescadores; reestruturação das estaçõese unidades produtivas de piscicultura; im-plantação dos entrepostos de pescados emconjunto com a ADAB; consolidação, am-pliação e definição da gestão dos terminaispesqueiros; desenvolvimento do CadCida-dão (cadastro que permite aos pescadorester acesso aos programas de assistência so-cial do governo baiano); fortalecimento daassistência técnica; auxílio aos aquicultoresna obtenção das licenças ambientas; redu-ção de ICMS para o óleo diesel utilizado nasembarcações de pesca; e estudos aplica-dos ao cultivo de novas espécies de interes-se econômico.

“Desta forma, vamos buscar a autos-suficiência, passando a produzir, até 2019,160 mil toneladas de pescado. Os grandesreservatórios - como Pedra do Cavalo, Bar-ragens de Pedras, Itaparica e Sobradinho -são capazes de fornecer 50 mil toneladasde pescado por ano, quase 50% do que oEstado produz atualmente”, finaliza.

ESTAÇÕES DE PISCICULTURA - A Bahia Pes-ca também vem investindo na reforma eampliação de suas estações de piscicultura.Em 2015, elas produziram 7,5 milhões dealevinos, que foram entregues para maisde cinco mil famílias de pequenos aquicul-tores em cerca de 60 municípios baianos.Já na Fazenda Oruabo, onde são realizadasas pesquisas da empresa, foram reproduzi-dos 1,5 milhão de caranguejos.

Com baixo custo, atendendo desde opequeno produtor até o agronegócio, oCETAB também garante serviços de análi-ses de solos, sendo o único na Bahia a re-alizar análises físico-químicas de amostrasacompanhadas de recomendação de cor-retivos e fertilizantes para as diversas cultu-ras implantadas no Estado. O laboratóriotambém é o único na Bahia a realizar pes-quisas com o uso do calcário, estipulandoa saturação por bases, ideal para a culturada manga em solos do Cerrado e com fer-tilidade do solo com fulcro na cultura docafé Conilon no Litoral Sul do Estado.

Os Laboratórios Fitopatológicos, res-ponsáveis pelo controle biológico, desen-volvem análises microbiológicas em plan-tas e sementes, diagnóstico para identifi-car os agentes de doenças, patologia desementes, verificação de sanidade das se-mentes e manejo, dando também apoioao Programa de Sementes da SEAGRI.Também são desenvolvidas atividades deapoio à certificação fitossanitária de citros,implementação e desenvolvimento demétodos de diagnose eficientes para pa-tógenos quarentenários (que ocorrem no

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Meta é ampliar a produçãopesqueira em 60% até 2019

Outra importante ação foi o cadas-tramento de mais de 13 mil pescadores emarisqueiras no CadCidadão. O programaé voltado para trabalhadores na faixa etá-ria de 18 a 60 anos e com renda familiarde até meio salário mínimo. Entre os bene-fícios oferecidos este ano, estão a reduçãoda tarifa de energia em até 65%, o acessoao programaTelefonePopular comdescon-to de 90% da tarifa fixa e, em parceria coma General Motors, desconto de até 20% naaquisição de veículos utilitários para o esco-amento da produção.

TERMINAIS - Seguindo o cronograma doPlano Estratégico para Operacionalizaçãodos Terminais Pesqueiros Públicos, a BahiaPesca vem promovendo a reforma e a ope-racionalização dos espaços para auxiliar noaumento da produtividade dos pescado-res. Hoje, o terminal Pesqueiro Público deIlhéus, por exemplo, é o primeiro no paísa oferecer todos os serviços em sua totali-dade - como venda de gelo e óleo diesel -abaixo do preço de mercado. Também sãofeitos embarque e desembarque de produ-tos e equipamentos; o beneficiamento dopescado e é disponibilizada uma área pa-ra a comercialização, além de escritórios deatendimento.

“Mais do que um simples apoio logís-tico, a finalidade dessas estruturas é pro-mover uma nova visão da atividade, tendoapoio do setor para a qualificação de mãode obra, capacitação profissional e forma-ção de gestores”, explica o presidente daBahiaPesca.Algunsnúmeros ilustramaim-portância dos terminais para os pescadoresbaianos. Os terminais de Ilhéus, Salvador eSobradinhoproduziramentre janeiroeabrildeste ano mais de 800 mil quilos de gelo,que serviram para armazenar e manter aqualidade do pescado comercializado.Em2015 as estações de piscicultura produziram 7,5milhões de alevinos

CETAB reúne 12 laboratórios que prestam serviços e desenvolvempesquisa

A Bahia ocupa a 6ª posição no ranking nacional com 130mil pescadores

Central de Laboratórios oferecepesquisas e serviços exclusivos

Estado e aqueles que são ameaças para omesmo) para a fruticultura. O laboratóriode solos realiza estudos sobre o CVC do Ci-trus, juntamente com o laboratório de fi-topatologia, pesquisas de fertilidade como café Conilon no Litoral Sul, em Camacan,Itabuna, Santa Luzia, Arataca, entre outrosmunicípios, com retorno de resultados po-sitivos às propriedades pesquisadas.

ABELHAS - O Laboratório de Abelhas é oúnico no mundo habilitado a desenvolverprocessos para o beneficiamento por refri-geração, e com baixo custo, de pólen deabelha sem ferrão, além de realizar a ca-racterização físico-química, e estudo depropriedades farmacológicas do pólen deabelhas nativas uruçu (Melipona scutella-ris) e mandaçaia (Melipona quadrifascia-ta anthidioides). Na Bahia, esse laborató-rio também é o único que oferece serviçosde análises físico-químicas de amostras deméis e pólen de abelhas para todos os pa-râmetros estabelecidos pelo Ministério daAgricultura.

CLASSIFICAÇÃODE PRODUTOS - O Labora-tório de Classificação de Produtos de Ori-gem Vegetal é o único no mundo a de-senvolver material de referência para óle-os vegetais (índice de peróxido, umidade,acidez, impurezas, sabões e ponto de fu-maça), e farinha de mandioca (amido,umidade, cinzas, acidez e fibra bruta). NaBahia, o laboratório é o único a realizarClassificação físico-química de óleos vege-tais, farinha de mandioca e derivados ami-láceos da raiz de mandioca e farinha de tri-go, além de Classificação física de produ-tos nacionais de origem vegetal.Atenden-do aos pré-requisitos exigidos pelo Progra-ma de Incentivo à Cultura do Algodão daBahia (PROALBA), o Laboratório de Classi-ficação do CETAB é o único a realizar a clas-sificação do algodão, e a conceder incen-tivo de 50% do Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Prestação de Serviços(ICMS) devido, sobre a comercialização doalgodão no mercado interno para os pro-dutores baianos.

Fotos: Adenilson Nunes

Fotos: Aurélio Xavier

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“OMinistério daAgricultura vai levar, porintermédio do plano, informação, tecnologiamoderna de alta produtividade e qualificaçãoparamelhorar a performance do produtorrural e criar ferramentas para que ele consigaretorno financeiro”Kátia Abreu,

ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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nova fronteira

Você jáouviu falar emMATOPIBA?Onome,de so-noridade indígena, na verdadedefinea região for-madapela junçãodasdivisas dos EstadosdoMara-nhão, do Tocantins, doPiauí edaBahia. Com,apro-ximadamente, 414 km²de superfície é, hoje, umdosprincipais polos deproduçãoagropecuária dopaís,comcercade6,5milhõesdehectares deáreaplan-tadae cultivos diversificados, principalmentede so-ja,milho, algodãoe café. Emparalelo àexpansãodaárea cultivada, constata-seumaevoluçãodos ín-dices deprodutividadedos seusdiversos produtos ea introduçãodenovas atividades, a exemplodaavi-cultura eda fruticultura irrigadanoOestedaBahia.

Lançado em maio deste ano, o Planode Desenvolvimento Agropecuário de MA-TOPIBA irá beneficiar quatro mil produto-res baianos, conforme anunciou a minis-tra da Agricultura, Pecuária e Abasteci-mento, Kátia Abreu, na ocasião do lança-mento do documento, no município baia-no de Luís Eduardo Magalhães. O Planovai oferecer assistência técnica mensalnas propriedades rurais e realizar cursosde capacitação e qualificação dos produ-tores, com o objetivo de prepará-los paraa gestão no campo. “O Ministério da Agri-cultura vai levar, por intermédio do plano,informação, tecnologia moderna de al-ta produtividade e qualificação para me-lhorar a performance do produtor rural ecriar ferramentas para que ele consiga re-torno financeiro”, ressalta a ministra Ká-tia Abreu.

Segundo a ministra, serão doadosnove tratores aos municípios baianos queintegram a região e a aquisição de umaperfuratriz e de um caminhão, através doMinistério da Agricultura, que ficarão àdisposição da Superintendência Federal

Resultante de um acrônimo com asiniciais dos Estados do Maranhão, To-cantins, Piauí e Bahia, a expressãoMATOPIBA designa uma extensão ge-ográfica que recobre, parcialmente,os quatro Estados mencionados. A re-gião compõe a delimitação geográficae operacional de 337 municípios e 31microrregiões, em um total aproxima-do de 73 milhões de hectares. O princi-pal critério de delimitação territorial foibaseado nas áreas de Cerrado existen-tes nos quatro Estados, mas tambémforam levados em conta os dados so-cioeconômicos da região.

A Bahia ocupa 18,06% de MATOPI-BA, com 13,2 milhões de hectares e 30municípios. São eles: Angical, Baianó-polis, Barreiras, Bom Jesus da Lapa,Brejolândia, Canápolis, Carinhanha,Catolândia, Cocos, Coribe, Correntina,Cotegipe, Cristópolis, Feira da Mata,Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Lu-ís Eduardo Magalhães, Mansidão, Pa-ratinga, Riachão das Neves, Santana,Santa Maria da Vitória, Santa Rita deCássia, São Desidério, São Félix do Co-ribe, Serra Dourada, Serra do Rama-lho, Sítio do Mato, Tabocas do BrejoVelho e Wanderley.

Já o Maranhão abrange 32,77%de todo o território de MATOPIBA, com23,9 milhões de hectares em 135 mu-nicípios. O Tocantins, por sua vez, tem37,95% da área, com 27,7 milhões dehectares e 139 municípios. E o Piauí re-presenta 11,21%, tem 8,2 milhões dehectares e 33 municípios. A delimita-ção geográfica de MATOPIBA abrange31 microrregiões geográficas do IBGE,337 municípios, e representa cerca de73 milhões de hectares, englobando324.326 estabelecimentos agrícolas,46 unidades de conservação, 35 terrasindígenas e 781 assentamentos de re-forma agrária e 34 áreas quilombolas.

de Agricultura da Bahia. A previsão, cforme a Associação de Agricultores egantes da Bahia (AIBA), é que MATOPseja responsável por 9,7% da produnacional de grãos na safra 2014/20(Veja box).

Durante o lançamento do Plano MTOPIBA, a ministra Kátia Abreu faloubre a questão do transporte da produagrícola na Bahia, cuja demanda maé pela revitalização da BR-020, que t460 quilômetros sem asfalto. “Essagrande artéria que vai irrigar o abastmento dos Estados do Nordeste. Temuma enorme produção na região e oprecisamos é viabilizar e melhorar o esamento até os mercados consumidoCom MATOPIBA e o apoio dos governares e dos produtores, pretendemos rezar um levantamento dos projetos dedas as obras para fazer concessões oulizar o PAC 3 (Programa de AceleraçãoCrescimento, do Governo Federal)”, dtacou.

Para o gestor da Secretaria da Agritura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquitura do Estado (SEAGRI), Paulo Câmerdesenvolvimento da região Oeste baiadeve ser integrado e a agência que esendo criada para estudar e promovedesenvolvimento de MATOPIBA não derá ser restrita à agricultura. “O pilar ctral será a agricultura, mas entendemque é preciso abranger as questões soce de infraestrutura, pensando na concção de desenvolvimento da região coum todo”, justifica o secretário, ressaltdo que, enquanto no Brasil a producresce 5% ao ano, em MATOPIBA aumta em 20%, representando 10% da proção nacional.

TO

BA

ABRANGÊNCIA

MA

PI

Transformações

O Plano de MATOPIBA resulta do Acordo deCooperação Técnica assinado, no ano pas-sado, entre o Instituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária (INCRA) e o Grupode Inteligência Territorial Estratégica (GITE),que é ligado à Empresa Brasileira de Pes-quisa Agropecuária (EMBRAPA) - instituiçãopública de pesquisa vinculada ao Ministérioda Agricultura, Pecuária e Abastecimentodo Brasil. O acordo tem como objetivo prin-cipal dar apoio técnico e científico da EM-BRAPA ao INCRA em questões de governan-ça e inteligência territorial estratégica.

Nas últimas décadas, diversas trans-formações socioeconômicas, ligadas à am-pliação da infraestrutura viária, logísticae energética, ocorreram na região de MA-TOPIBA. Entre outras consequências, deu-

se o surgimento de polos de expansãofronteira agrícola baseados na adoçãotecnologias agropecuárias de alta prodvidade. As mudanças no uso e na ocução das terras no MATOPIBA possuemracterísticas diferenciadas, por exemplo,processo de expansão da agricultura nalhasul da Amazônia, nasdécadasde 1971980, que foi marcado pelo desmatamto. No caso do MATOPIBA, salvo algumexceções, explicam os coordenadoresGITE, não ocorreram desmatamentos sificativos e sim mudanças no uso e na cdição fundiária das terras. As pastagenstivas extensivas e tradicionais, em áreascamposecerrados, sãosubstituídasporturas anuais intensificadas com novasnologias deprodução, incluindo a irrigaç

MATOPIBA

BAHIA

30MUNICÍPIOS

MARANHÃO

TOCANTINS

PIAUÍ

BAHIA.............................18,06%MARANHÃO....................32,77%TOCANTINS.....................37,95%PIAUÍ...............................11,21%

13,2 milhões de hectarese 30 municípios.

23,9 milhões de hectaresem 135 municípios.

27,7 milhões de hectarese 139 municípios.

8,2 milhões de hectarese 33 municípios.

AngicalBaianópolisBarreirasBom Jesus da LapaBrejolândiaCanápolisCarinhanhaCatolândiaCocosCoribeCorrentinaCotegipeCristópolisFeira da MataFormosa do Rio Preto

JaborandiLuís Eduardo MagalhãesMansidãoParatingaRiachão das NevesSantanaSanta Maria da VitóriaSanta Rita de CássiaSão DesidérioSão Félix do CoribeSerra DouradaSerra do RamalhoSítio do MatoTabocas do Brejo VelhoWanderley

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agrícola do Brasil.

s

A Bahia é responsável pela maiorárea e produção de MATOPIBA. De acor-do com dados da Companhia Nacionalde Abastecimento (CONAB), somen-te o território baiano deverá produzir8.433 milhões de toneladas de grãosem 3.246 milhões de hectares, na sa-fra 2014/2015. A previsão é de que nes-sa safra o Brasil produza 201,5 milhõesde toneladas de grãos, dos quais 9,7%virão da região. Nos últimos 25 anos,ainda segundo a CONAB, a Bahia foi osegundo Estado de MATOPIBA que maisavançou em produtividade, chegando aum aumento de 483,4%, sendo que amédia brasileira foi de 133%, no mes-mo período.

Responsável por 42% da produçãototal dos quatro territórios que formama região, a Bahia recebeu, nos últimosoito anos, mais de R$ 1 bilhão em inves-timentos em plantas agroindustriais,proporcionando a criação de mais detrês mil empregos diretos, de acordocom dados da Secretaria da Agricultu-ra, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicul-tura do Estado (SEAGRI). A Bahia deveráproduzir, este ano, 8,286 milhões de to-neladas de grãos - um acréscimo de 8%em relação à safra passada, em meio a3,099 milhões de hectares – e estima-se que 90% dessa produção são advin-dos dos municípios que compõem o ter-ritório de MATOPIBA, onde se produz atotalidade da soja, 95% do algodão e80% do milho produzidos na Bahia.

Os quatro Estados, juntos, são res-ponsáveis por cerca de 9,7% da pro-dução da safra brasileira de grãos2014/2015, segundo dados da Associa-ção de Agricultores e Irrigantes da Bahia(AIBA). Conforme levantamento de pre-visão de safras, elaborado pela CONAB,divulgado em maio deste ano, a pro-dutividade de MATOPIBA deverá cres-

con-Irri-

PIBAção

015.

MA-so-

çãoaiortemé ateci-mosquesco-

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cer 8,6% na safra 2014/2015 no com-parativo com a safra 2013/2014, saltan-do de 18,109 milhões de toneladas para19,672 milhões de toneladas.

Conforme o diretor de Relações Ins-titucionais da AIBA, Ivanir Maia, MA-TOPIBA é hoje, uma das mais novasfronteiras agrícolas do Brasil. “É umaregião onde a linha de crescimento deárea e produtividade está bem desco-lada. Então, a cada ano, estamos pro-duzindo mais e mais nesses Estados,com a utilização de técnicas já domina-das pelos produtores. Além disso, temosáreas que, legalmente, podemos abrir,o que auxilia ainda mais nesse processode expansão”.

Para Ivanir Maia, MATOPIBA se tor-nou um dos alvos preferidos para a ex-pansão do agronegócio graças aos no-vos cultivares adaptados às condiçõesedafoclimáticas (solo e clima) do Cer-rado; à mecanização e automação dosprocessos de produção de grãos; à in-tensificação do uso da terra com o de-senvolvimento de sistemas que permiti-ram o plantio direto; à prática de maisde um ciclo anual de produção por áreae à integração entre lavoura, pecuáriae floresta, dentre outros avanços tecno-lógicos.

A safra do Oeste da Bahia, ressaltao dirigente da AIBA, confirma a forçaprodutiva do agronegócio regional, re-conhecido em nível nacional e interna-cional. A soja é a principal cultura en-tre os quatro Estados da nova fronteiraagrícola brasileira, registrando avançosuperior a 50% em área durante os úl-timos dez anos. Na oleaginosa e no mi-lho, a Bahia se tornou o principal for-necedor do Norte e do Nordeste e é,também, o segundo maior produtorde algodão do país, ficando atrás doMato Grosso.

ABUNDÂNCIA

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ca-, do

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ção.

ABahia deveráproduzir , este ano,8,286milhões detoneladas de grãos

Bahia se tornou o principalfornecedor demilho doNorteeNordeste

Região é responsável pela produ-ção de 95%da produção de algo-dão do estado

A região já se destaca, também,na produção de café

“O pilar central seráa agricultura,masentendemos que épreciso abranger asquestões sociais ede infraestrutura,pensando naconcepção dedesenvolvimento daregião comoum todo”Paulo Câmera,

gestor da Secretaria da Agricultura,Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquiculturado Estado (SEAGRI)

Foto: Heckel Junior

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Foto: Silvío Ávila

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PANORAMA DOAGRONEGÓCIO

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SALVADOR,BAHIA, QUIARTA-FEIRA, 29/07/2015

PROJETO ESPECIAL DEMARKETING

Razões para investir naBahia com segurança

Investir em Agricultura e na Pecuária comsegurançaéosonhodequalquerempresá-rio. Afinal, estas são duas áreas da econo-mia sujeitas a variadas intempéries, comomudanças de temperatura e o surgimen-to de pragas e doenças. Neste aspecto, aBahia é um dos melhores lugares do Brasile do mundo para investimentos agropecu-ários. Além das excelentes condições de cli-ma e solo, e da diversificada produção agrí-cola, que garante matéria-prima de quali-dade e com regularidade, a Bahia apresen-ta 13 razões para atrair, com segurança, in-vestidores nacionais e estrangeiros. Graçasao trabalho realizado pela Agência de De-fesa Agropecuária da Bahia (ADAB), vincu-lada à Secretaria de Agricultura da Bahia(SEAGRI), o Estado é livre de nove pragasque afetam a agricultura, e de quatro do-enças na área animal, status conferido pe-lo Ministério da Agricultura (MAPA).

Dentre estas, o setor avícola, livre daInfluenza Aviaria e da Doença de Newcas-tle em criatórios industriais, atingiu nívelde excelência no controle de zoonoses, oque atende as exigências da Organização

Mundial de Saúde Animal (OIE), para ex-portação de carne avícola. As normas ela-boradas pela OIE, referências mundial pa-ra sanidade animal e zoonoses, são reco-nhecidas pela Organização Mundial do Co-mércio (OMC). Ainda na área animal, aBahia também é livre da Febre Aftosa, comvacinação, status reconhecido pela OIE, edesde 2011 é livre da Peste Suína Clássica(PSC).

Na área vegetal, a Bahia tem muito oque comemorar. O Estado está livre da Si-gatoka Negra e Moko da Bananeira, HLB eCancro Cítrico na Citricultura, Monilíase doCacaueiro, Mosca da Carambola na fruti-cultura (manga, goiaba, acerola), Amare-lecimento Letal do Coqueiro, Cochonilhado Carmim na Palma Forrageira, e do Mo-fo Azul na cultura do Tabaco.

“Uma das metas prioritárias do go-verno é a agroindustrialização do Estado,agregando valor à produção, gerando em-pregos e renda no campo”, afirma o secre-tário da Agricultura, Paulo Câmera. Segun-do o secretário, além dos programas deincentivos fiscais, o governo investe seria-

mente nos programas de sanidade agro-pecuária, visando dar segurança aos pro-dutores e garantir a saúde dos consumido-res, ofertando produtos de qualidade.

“O Governo do Estado, por meio daspolíticas públicas, busca sempre desenvol-ver o agronegócio, a pequena e a médiaprodução, além da agricultura familiar,atrelados à fitossanidade, cada vez maisexigida no mercado nacional e internacio-nal”, afirma o diretor-geral da Adab, OzielOliveira. “O objetivo das ações de governoé proteger a agropecuária baiana, princi-palmente a fruticultura, dos entraves pa-ra as exportações de frutas frescas”, explicaArmando Sá, diretor de Defesa Animal daADAB. Sá conta que o órgão realiza o con-trole do trânsito de vegetais na Bahia, açãomuito importante para impedir que hospe-deiros e material propagativo entrem noEstado proliferando as pragas nas lavouras.

FISCALIZAÇÃO RIGOROSA - Mas o traba-lho do Governo do Estado, através da SE-AGRI/ADAB, vai além de fiscalizar as ativi-dades e ações desenvolvidas nas lavouras

das regiões. Para que esses produtos atra-vessem o Estado ou para serem comercia-lizados aqui, os caminhões que transpor-tam esse tipo de carga são vistoriados eprecisam seguir uma série de exigênciasespecificas para cada cultura. Desse mo-do, os serviços oficiais de fitossanidade daADAB, a exemplo da Vigilância Epidemio-lógica, a Fiscalização de Trânsito de Vege-tais (frutos, material propagativo comoas mudas e sementes), Levantamento daOcorrência de Pragas, a Certificação Fitos-sanitária e a Implementação de Planos deContingenciamento são de extrema rele-vância para a produção agrícola.

A disseminação de pragas na agricul-tura e seus impactos econômicos, sociais eambientais são, cada vez mais debatidosno âmbito mundial. Por isso, a SEAGRI/ADAB está atenta ao agravamento dosproblemas fitossanitários que têm levadooutros países a adotarem rigorosas restri-ções à importação de diversos produtosagrícolas - potenciais veiculadores de pra-gas - exigindo produtos sadios, certificadose sem resíduos de agrotóxicos.

Armando Sá, diretor da ADAB

“O objetivodas açõesde governoé proteger aagropecuáriabaiana”

HUANGLONGBING (HLB)DOS CITROSO governo celebra cinco anos de en-

frentamento à mais grave e destrutivapraga da citricultura internacional, a HLB.A Bahia detém o status de área livre deHLB, fato que representa vantagem com-petitiva diante de Estados como São Pau-lo, com ocorrência da praga, consideradoo primeiro no ranking nacional de produ-ção. A Bahia é o segundo maior parquecitrícola do país, com área de 68 mil hec-tares e produção média anual de 1,1 mi-lhão de toneladas, com destaque para alaranja.

A SEAGRI/ADAB possui um Plano deContingenciamento do HLB, com estraté-gias interinstitucionais e multidisciplina-res para manter os pomares baianos livresda praga, como, por exemplo, inspeçõesfitossanitárias, monitoramento em áreascomerciais, armadilhamento em pontosestratégicos e fiscalização do trânsito devegetais nas barreiras sanitárias.

CANCRO CÍTRICOUma das mais antigas doenças que

causa problemas à citricultura é o cancrocítrico, também conhecido como o câncerdos citros. E dele, a Bahia também está li-vre. O cancro é causado pela bactéria Xan-thomonas axonopodis pv. citri, encontra-da no Brasil em 1957, na região de Pre-sidente Prudente/SP. Em seguida, foramdescobertos casos em Minas Gerais, Para-ná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina eRio Grande do Sul.

O cancro cítrico provoca lesões nas fo-lhas, ramos e frutos e, consequentemen-te, a queda da produção. Embora a bacté-ria possa se disseminar pela ação das chu-vas, ventos, insetos e animais, o homem,por meio de mudas, ferramentas, borbu-lhas, folhas, ramos e frutos contamina-dos, tem sido o principal disseminador.

MOFO AZUL DO TABACODesde 18 de novembro de 2011, a

Bahia é Área Livre de Mofo Azul (fungoPeronospora Tabacina), praga que atingea cultura do tabaco e impede as expor-tações do produto para outras partes domundo. O Estado também é o primeiroprodutor de tabaco para charuto do Brasile tem o segundo maior parque fumícolado Nordeste. O tabaco produzido em maisde 36 municípios, totalizando 1.736 hec-tares plantados, já é exportado, compro-vando a qualidade e a sanidade do fumoe dos charutos produzidos no Recônca-

Vitórias obtidasaté o momento

vo Baiano. Entre os principais municípiosprodutores destacam-se Irará, Cabaceirado Paraguaçu, Muritiba, Cruz das Almas,Governador Mangabeira e Castro Alves.

O Brasil é o segundo maior produtorde tabaco do mundo. A Bahia lidera a ex-portação mundial do produto. “O tabacoé, atualmente, a mais importante cultu-ra agrícola não alimentícia do planeta, econtribui substancialmente para a econo-mia de mais de 150 países”, ressalta o co-ordenador do Programa e da regional deFeira de Santana, Aurino Soares.

MONILÍASEA Monilíase é uma doença que ata-

ca os frutos de mamão, cacau e cupua-çu, cujo agente causal é o fungo Monilio-phthora roreri. Considerada a mais gravedas doenças da cacauicultura mundial,a Monilíase é endêmica do Noroeste daAmérica Latina e também em alguns pa-íses da América Central. Os sintomas sãosemelhantes aos da vassoura-de-bruxa,danifica as sementes e causa perdas deaté 100% dos frutos produzidos.

A Bahia foi o primeiro Estado brasilei-ro a desenvolver um Plano de Contingên-cia da Monilíase, através de atividades in-tegradas de Pesquisa, Assistência Técni-ca, Educação e Defesa Sanitária Vegetal,mesmo sendo considerada área de baixorisco, como instrumento legal de preven-ção e controle da praga, caso adentre emáreas livres.

A coordenadora do Projeto de Pre-venção à Monilíase do Cacaueiro, Cata-rina Mattos Sobrinho, explica que o ho-mem é o principal agente disseminadordessa praga, podendo carregar o fun-go para longas distâncias através de fru-tos doentes, da roupa, do pneu do carro,de caixotes de madeira e de papelão, desacos de aniagem e outros materiais ve-getativos. Por isso, os produtores de ca-cau da região não podem trazer para aBahia nenhum material vegetal (semen-tes, mudas, frutos ou parte de planta) esó devem adquirir mudas e sementes decacau, cupuaçu e pupunha de viveiristasregistrados no RENASEM/MAPA e cadas-trados na ADAB.

A adoção dessas medidas preventivasdeu resultado. A Bahia é área livre dessapraga.

MOSCA-DA-CARAMBOLAConsiderada a principal ameaça à ex-

portação de frutas brasileiras, com per-das de até 70% da plantação, a mosca-

-da-carambola não está presente em ter-ritório baiano, mas, mesmo assim, é te-ma de debates. Visando manter a Bahialivre dessa praga, em 2008 a SEAGRI/ADAB traçou um plano de contingênciapara a prevenção, que vem sendo adota-do até então. Os métodos são de pulveri-zação e aniquilação dos insetos machos,com uso de produto biológico de baixoimpacto ambiental. As principais formasde disseminação são o transporte de fru-tos contaminados e os locais de comercia-lização desses produtos.

No Brasil, as áreas consideradas dealto risco para a disseminação da mosca--da-carambola são o Amapá, Amazonas,Maranhão, Pará e Roraima. Na zona derisco médio estão Acre, Mato Grosso, Ma-to Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. Apraga é originária da Malásia.

SIGATOKA EMOKODA BANANEIRAMaior produtor nacional de banana,

a Bahia foi o primeiro Estado a ser de-clarado como Área Livre da Sigatoka Ne-gra, uma praga que pode causar prejuí-zos de até 100% da produção. A doençafoi constatada no Brasil em fevereiro de1998, no Amazonas, estando presente noAcre, Rondônia, Pará, Roraima e Amapá,além de Mato Grosso. O desenvolvimen-to de lesões de Sigatoka e a sua dissemi-nação são fortemente influenciados porfatores ambientais como umidade, tem-peratura e vento. O Estado está livre tam-bém do Moko da Bananeira ou MurchaBacteriana da Bananeira, doença causa-da pela bactéria Ralstonia solanacearum,presente nos Estados do Amazonas, Paráe Amapá.

AMARELECIMENTO LETALO Amarelecimento Letal do coquei-

ro (Coconut Lethal Yellowing) é causadopor um fitoplasma. É considerada umadas doenças mais devastadoras, pois re-presenta sério problema potencial paraa produção mundial de coco em funçãoda sua agressividade. Atinge os coqueiraisque circundam as praias da Costa Atlânti-ca e algumas ilhas da América do Nortee Central. A Bahia não registra casos des-sa praga, mas, mesmo assim, a SEAGRI/ADAB se mantém atenta para qualquereventualidade.

COCHONILHA DO CARMIMEm todo o Nordeste do país a palma

forrageira é utilizada como fonte de ali-mentação de animais nos longos perío-dos de estiagem do Semiárido por apre-sentar aspecto fisiológico especial quan-to à absorção, aproveitamento e reten-ção de água. Em algumas regiões naBahia, também é utilizada na alimenta-ção humana, o que reforça mais ainda anecessidade de adotar medidas preventi-vas para impedir a entrada, o estabeleci-

mento e a disseminação da Cochonilhado Carmim no Sertão baiano.

A Cochonilha do Carmim é uma pra-ga que ataca severamente a palma for-rageira, reproduzindo-se rapidamente eenfraquecendo a planta. As perdas as-sociadas a esse patógeno podem che-gar a 100%. Visando assegurar a saúdeda cadeia produtiva da palma forrageirano Sertão baiano, o Governo do Estadodistribui mudas resistentes à praga paraagricultores familiares. O Projeto de Se-gurança Alimentar do Rebanho prevê,em longo prazo, a universalização da pal-ma forrageira, em todas as unidades pro-dutivas familiares que contêm rebanhosde ovinos, caprinos e bovinos de leite.

A região do Semiárido baiano ocupa360 mil km², o que corresponde a 64%do território baiano, sendo composta por258 municípios, onde residem 48% dapopulação estadual, totalizando cerca de6,3 milhões de habitantes.

PESTE SUÍNAA Peste Suína Clássica é uma doen-

ça viral, altamente contagiosa, poden-do determinar quadros de febre, hemor-ragias múltiplas e com alta taxa de mor-talidade. A transmissão acontece atravésde secreções, excreções, sêmen e sangue,além do contato direto entre os animais.

Detentora desde 2011 do status de li-vre da Peste Suína Clássica (PSC), confe-rido pelo Ministério da Agricultura (MA-PA), a Bahia busca o reconhecimento in-ternacional dessa condição junto à Orga-nização Mundial de Saúde Animal (OIE).O objetivo, conforme destaca o diretor deDefesa Animal da ADAB, Rui Leal, é con-quistar novos mercados para a exporta-ção de carne suína. Nessa luta, o gover-no conta com o apoio da ConfederaçãoNacional da Agricultura (CNA), da Fede-ração da Agricultura do Estado da Bahia(FAEB) e do Fundo Apoio à Agropecuária(FUNDAP).

AFTOSAO índice da primeira etapa da cam-

panha de vacinação contra a febre afto-sa, realizada durante o mês de maio des-te ano, em toda a Bahia, foi de 94,54%.De acordo com os dados da ADAB/SEA-GRI, a meta de 90%, exigida pela OIE foiultrapassada e, pelo segundo ano conse-cutivo, demonstra evolução entre os índi-ces alcançados nestas etapas, após o re-sultado atingido de 91,15%, em 2013, emdecorrência da seca que afetou o Estado.

A Bahia possui certificação de Área Li-vre de Febre Aftosa com Vacinação, sen-do um dos Estados pioneiros no com-bate à enfermidade. Nos últimos anos,a Bahia obteve conquistas importantes,tornando a agropecuária ainda mais for-te. São 18 anos sem registro da doençano Estado.

Laranja X Canco Cítrico

Tabaco X Mofo Azul do Tabaco

Cacau X Monilíase

Banana X Sigatoka e Moko da Bananeira

Porco X Peste Suína

Foto: HeckelJunior

Fotos: Divulgação

Foto:SilvíoÁvila

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PANORAMA DOAGRONEGÓCIO

7SALVADOR,BAHIA, QUIARTA-FEIRA, 29/07/2015

PROJETO ESPECIAL DEMARKETING

Financiamentos

O Banco do Nordeste (BNB) apresen-ta em seu portfólio para o segmentodo Agronegócio várias linhas de crédi-to para investimentos, custeios e comer-cialização. O principal financiamento dobanco, o Fundo Constitucional de Finan-ciamento do Nordeste (FNE), permiteum atendimento diferenciado aos clien-tes, com taxas de juros e prazos bastan-te atrativos.

Dependendo do porte do produtorou da empresa rural, as taxas variam de7,65% a 12,35% ao ano, contando ain-da com 15% de bonificação na pontua-lidade dos pagamentos, e até 12 anospara pagar, como nos casos de investi-mento integrado. “Os clientes desse seg-mento encontram no Banco do Nordes-te um atendimento pleno, pois todas assuas necessidades de crédito são supri-das”, revela Francisco Carlos Gomes daSilva, gerente da agência do BNB de LuísEduardo Magalhães.

Ainda segundo Silva, os produtorese as empresas rurais de todos os por-tes, além das cooperativas com cadas-tros válidos e limites previamente anali-sados, podem ter acesso a esses finan-ciamentos. Um recurso que pode ser uti-lizado de acordo com as necessidadesdo cliente, seja para investimento, cus-teio ou comercialização dos produtos.“Inicialmente, os clientes fazem seus ca-dastros. Em sequência, é analisado o li-mite de crédito para lastrear operaçõesde prazo menor e/ou aquisição isola-da de máquinas e equipamentos. Paraas operações de investimento com pra-zos maiores, são apresentados projetos”,completa Silva.

Diante das recentes altas das taxasde juros em todos os segmentos da eco-nomia, o FNE aparece como um finan-

Cerca de 25% do PIB estadual é compos-to pelo setor do agronegócio, que tambémtem um peso relevante na geração de em-pregos, respondendo pelo segundo melhorsetor em número de postos de trabalho doEstado da Bahia, e ficando atrás apenas dosetor de serviços. Neste primeiro semestre, oagronegócio gerou cerca de 9.000 empre-gos. Quem garante essas informações é ogerente regional de Governo, José AnselmoLopes Cunha.

“As taxas de juros para o agronegócio,se comparadas a outras linhas, são as maisbaixas do mercado”, garante Cunha. Alémdisso, as operações de custeio possibilitam acobertura das despesas da produção agríco-la, como a aquisição de insumos, sementes,fertilizantes, defensivos, compra de vacinas,medicamentos e rações, ou para investi-mentos como compras de animais, máqui-nas e equipamentos, formação ou recupe-ração de pastagens e construção de cerca,currais e galpões.

“A CAIXA tem uma das maiores redesde atendimento bancário do país, o que lhepermite estar mais próxima do produtor e,dependendo do valor da proposta, a aná-lise é realizada na própria agência de rela-

cionamento do cliente, direto com o geren-te, o que permite uma maior agilidade na li-beração dos recursos”, garante Cunha. Se oprodutor optar pelo custeio antecipado derecursos, poderá obter seu crédito até 270dias antes do início do plantio de culturas,o que permite a ele a compra antecipada ea possibilidade de obter melhores condiçõesde mercado.

QUALIDADEE INOVAÇÃO - A CAIXA vem atu-ando no mercado de agronegócios há anos,oferecendo, como diferenciais, qualidade eagilidade no atendimento aos produtoresrurais. Segundo o vice-presidente de Ne-gócios Emergentes da CAIXA, Fábio Lenza,o objetivo do banco é fortalecer a parceriacom os produtores rurais e estabelecer pro-cessos que reduzam o tempo de espera pe-la liberação do crédito, mantendo-se os pa-drões de segurança e os critérios de mitiga-ção de riscos.

O crédito rural está disponível em maisde 1.600 agências da CAIXA em todo o Bra-sil. Além disso, o banco leva às principais fei-ras e eventos do setor, no país, o Caminhãodo Agronegócio da CAIXA, agência volantena qual o produtor pode, inclusive, contra-

tar o Custeio Fácil CAIXA e ter acesso a diver-sas informações e produtos. Para auxiliar naelaboração dos projetos agrícolas ou pecu-ários, a CAIXA possui ainda convênio commais de 2.500 empresas de Assistência Téc-nica e Extensão Rural (ATER) em todas as re-giões do país.

A Caixa Econômica Federal encerrou oAno Safra 2014/2015 com um volume re-corde de R$ 8,3 bilhões em contratações decrédito rural. Os valores englobam as linhasde custeio e investimento, agrícola e pecuá-rio, além de linhas destinadas à comerciali-zação. Em junho deste ano, a CAIXA bateu amarca de R$ 472 milhões em realização decontratos em um único dia, acumulando R$2,85 bilhões no mês.

Para o ano safra 2015/2016, a CAIXAprojeta uma carteira de Crédito Rural de,aproximadamente, R$ 10 bilhões, atenden-do produtores, cooperativas e agroindús-trias.

“Oferecemos um volume crescentede recursos para o setor a cada ano, como intuito de atender, de forma ainda maisabrangente, as necessidades dos produto-res e fomentar a produção agrícola e pecuá-ria do país”, afirma Lenza.

• Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Aqui-cultura e Pesca - FNEAQUIPESCA• Créditos para Comercialização• Créditos de custeio• Programa de Apoio ao Desenvolvimento Rural doNordeste -RURAL• Programa de Financiamento à Agropecuária Irri-gada – IRRIGAÇÃO• Programa de Financiamento à InovaçãoINOVAÇÃO• Programa Nacional de Financiamento da Amplia-ção e Modernização da Frota Pesqueira Nacional -PROFROTAPESQUEIRA

PSI Rural , Custeio Caixa, Custeio Fácil, Custeio Antecipado, Custeio PRONAMP, Custeio PRONAF para cooperativas, Crédito

de Comercialização para Cooperativas, Crédito Investimento,Moderfrota, Inovagro. Mais informações - www.caixa.gov.br

ciamento de grande competitividadeno mercado. “Nossa linha de financia-mento concede sempre prazos adequa-dos para o cliente do agronegócio. Emrelação ao produto “custeio rotativo”,por exemplo, os produtores têm as ope-rações renovadas anualmente de formacélere”, analisa Silva.

DESTAQUE - Seguindo a tendência doBrasil, um país com forte vocação parao agronegócio em função de suas carac-terísticas edafoclimáticas (solo e clima),a Bahia tem uma importância crucialno segmento. Os números desse mer-cado têm influenciado, de forma signi-ficativa, o PIB baiano. E mesmo diantedo cenário de instabilidade econômica ena contramão da realidade, o agronegó-cio baiano tem dado respostas positivas,também, à economia nacional. No pri-meiro trimestre de 2015, houve um cres-cimento de 4,7% do segmento, diferentedo quadro apresentado pelos setores docomércio e da indústria no país.

O potencial do segmento na Bahiaestá concentrado na região Oeste. Oscinco maiores municípios produtores(Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, For-mosa do Rio Preto, Correntina e São De-sidério) são os principais responsáveispelos bons números auferidos. Tecnolo-gia de ponta, manejos técnicos e o ele-vado nível de gestão dos produtores for-mam a receita do sucesso. Além da altaprodutividade da região, o município deSão Desidério se destaca como o maiorprodutor de algodão herbáceo do país. Aqualidade desses produtos é reconheci-da internacionalmente. O BNB atua for-temente na região, concedendo finan-ciamentos para investimentos e, princi-palmente, para custeios agrícolas.

O presidente da Agência de Fomento do Es-tado da Bahia (DESENBAHIA), Otto AlencarFilho, em seu roteiro de viagens pela Bahiainsiste sempre em um ponto: a estratégiaé fortalecer empreendimentos no interiordo Estado, com prioridade para investimen-tos que gerem emprego e renda. Ele afirmaque os vetores de desenvolvimento passampor energia, água e alimentos, daí a impor-tância do agronegócio. E apresenta resulta-dos: na Bahia Farm Show, por exemplo, rea-lizada em junho deste ano, na cidade de Lu-ís Eduardo Magalhães, a Desenbahia lide-rou a captação de financiamento com cercade R$ 383 milhões em propostas protocola-das, o que representa 38% do total negocia-do. Para obter a liderança no financiamentodo agronegócio na Bahia Farm Show, a De-senbahia adotou uma estratégia agressivade marketing, que incluiu a oferta de finan-ciamentos em até 100% do valor das máqui-nas e equipamentos agrícolas, para os clien-tes fidelizados.

Para atender à demanda por crédi-to produtivo no interior da Bahia, a Desen-bahia estruturou gerências de negócios noExtremo-Sul (Teixeira de Freitas); Oeste (Bar-

reiras); Sul (Ilhéus); Sudoeste (Vitória daConquista); Sertão (Feira de Santana); Re-gião Norte (Juazeiro) e em setembro, estáprevista a inauguração da gerência de ne-gócio da Região da Chapada, com sede emIrecê. Estas sete gerências do interior são di-rigidas por uma Gerência Geral Comercial,que ainda opera com uma gerência em Sal-vador e outra específica para a Região Me-tropolitana.

O diretor de Negócios da Desenbahia,Francisco Alfredo Miranda, ressalta que ainstituição tem linhas de crédito especiaispara aumento da produção, modernizaçãodas instalações, aquisição de máquinas eequipamentos. E informa que podem solici-tar crédito rural, tanto o produtor pessoa físi-ca quanto jurídica, assim como cooperativasde produtores.

NOVOS INVESTIMENTOS - As linhas disponí-veis financiam o custeio, a comercializaçãoe os projetos de investimentos, incluindo ar-mazenamento, beneficiamento e industria-lização de produtos agrícolas. Há uma diver-sificação considerável nas linhas. O Progra-ma de Agricultura de Baixo Carbono (ABC)

incentiva, por exemplo, os produtores ruraisa adotarem técnicas sustentáveis visando àpreservação dos recursos naturais. A linha fi-nancia a recuperação de pastagens devasta-das, a integração lavoura-pecuária-floresta,sistemas agroflorestais, o plantio direto, a fi-xação biológica de nitrogênio e até o trata-mento de dejetos animais.

A Desenbahia oferece, também, uma li-nha específica para Construção e Ampliaçãode Armazéns (PCA), visando à ampliação dacapacidade de armazenagem da safra, comtaxa de juros reduzida de 7,5% ao ano, comprazo de até 180 meses e carência de até 36meses. Entre os itens financiáveis de investi-mentos agrícolas, a agência inclui constru-ção, obras de irrigação, açudagem, drena-gem, proteção do solo com juros reduzidose prazos largos.

As principais linhas de crédito para oagronegócio operadas pela Desenbahiasão: Finame Agrícola, Agricultura de BaixoCarbono (ABC) e PCA – Programa para Cons-trução e Ampliação de Armazéns. Mais infor-mações podem ser obtidas com os gerentesde negócios de cada região e também noendereço www.desenbahia.ba.gov.br.

Otto Alencar Filho,

presidente da Agência de Fomento do Estado da Bahia (DESENBAHIA)

“A estratégia é fortalecerempreendimentos no interiordo Estado, comprioridadepara investimentos que gerememprego e renda”.

O sonho da compra do primeiro trator oudo aumento da frota tem se tornado umarealidade cada vez mais presente na vidados produtores agrícolas baianos. Dentroda percepção de que o uso de equipamen-tos modernos ajuda a aumentar a produ-tividade e a rentabilidade no campo, os fa-bricantes especializados vêm investindoem máquinas e implementos com umasérie de inovações que facilitam o proces-so produtivo (desde o preparo do solo atéa colheita), como, também, em sistemasde consórcio para que os produtores pos-sam adquirir estes equipamentos mais fa-cilmente.

De acordo com a Associação Brasileirade Administradores de Consórcios (ABAC),o sistema registrou um crescimento dequase 10% de participantes no final do pri-meiro quadrimestre de 2015 em relaçãoao mesmo período do ano anterior. “É pre-ciso entender o consórcio como uma pou-pança programada para alcançar um obje-tivo e ver o crescimento do negócio em ba-ses sustentáveis”, avalia o diretor de Ope-rações da concessionária Tratormaster, Mil-ton Santana. “O ambiente econômico queestamos vivendo no Brasil vem colocandoa palavra crise como centro das atenções.

Mas, preferimos fugir desse efeito ‘mana-da’ do mercado e acreditamos que agoraé o momento de investir e, sobretudo, demostrar aos nossos clientes a necessidadede focar na redução de custos através doaumento da produtividade”, avalia.

Uma das modalidades de aquisição demáquinas agrícolas é através do ConsórcioNacional Massey Ferguson, que permite oparcelamento em até 60 meses. Uma dasmáquinas essenciais na lavoura e das maisalmejadas pelos produtores é o trator agrí-cola, pois possibilita a execução de váriostipos de tarefas, potencializando força etração nas mais diversas aplicações, comogrades, pulverizadores, colheitadeiras, plai-nas e roçadeiras.

IMPULSO NA ECONOMIA - Para MiltonSantana, o agronegócio é uma alternativade alavancar a atividade econômica brasi-leira. “Temos mostrado aos nossos clientesas vantagens de investir na mecanizaçãopara o aumento da produtividade no cam-po. A nossa empresa, que atua no merca-do desde 1995, com sede em Salvador e fi-liais em Aracaju e Vitória da Conquista, temcrescido as vendas em um ambiente reces-sivo mediante a comercialização de trato-

Milton Santana, diretor

“É precisoentender oconsórcio comoumapoupançaprogramadapara alcançarumobjetivo”

res e, sobretudo, com a venda de imple-mentos agrícolas”, afirma.

Em novembro, durante a Feira deAgronegócios (FENAGRO), o ConsórcioNacional Massey Ferguson, que distribui,anualmente, duas mil máquinas no Bra-sil, realizará, em parceria com a Trator-master, a Mega Assembleia - evento ondeserão realizados, ao vivo, sorteios e a en-trega de 50 tratores. Segundo os organi-zadores, participarão dos sorteios aquelesque adquirirem cotas de um grupo espe-cial do Massey Ferguson. Os planos paraa aquisição de cotas têm parcelas de até120 meses.

MÁQUINAS E IMPLEMENTOS - Com maisde 15 anos no mercado, a Tratormasteroferece tratores e outras máquinas agrí-

Consórcio: opção inteligente paraadquirir um trator agrícola

Linhas de crédito para o agronegócio

Linhas de créditoda CAIXA

BNB sempre atento aoagronegócio da Bahia

CAIXAaposta em qualidade e agilidade

DESENBAHIA tem crédito especial para o setor

colas, além de equipamentos para a cons-trução, indústria, terraplenagem e movi-mentação de materiais, A Tratormaster éuma das representantes na Bahia da mar-ca Massey Ferguson, líder no mercado detratores no Brasil há mais de 50 anos.“São várias opções de tratores com de-sign moderno, força, robustez, versatilida-de e ergonomia. Uma das séries produzi-das pela Massey, a MF 4200, traz os mo-delos mais vendidos no país. São oito op-ções de tratores que variam de 65 a 130cavalos de potência e que permitem aoprodutor encontrar o modelo ideal para aoperação com grãos, frutas, pecuária, en-tre outras atividades, seja para o empresário do agronegócio ou para o agricultorfamiliar”, destaca o diretor de Operaçõesda Tratormaster, Milton Santana.

• FINAMEAgrícola - Programa de Financiamen-to à Comercialização de Máquinas e EquipamentosAgropecuários•ProgramaBNDESde Sustentação do Investimen-to – Subprograma FINAME Agrícola/PSI-BK Novos• Programa de Apoio à Atividade de Recria e Engor-da –PROENGORDA• Programa de Aplicação de Recursos Obrigatórios•BNDESAUTOMÁTICO– Financiamento de Proje-tos de Investimento•AGROAMIGO

• PRONAFMais informações - www.bnb.gov.br

O BNB possui três linhas de financiamento: FNE, Recursos Internos e Repasse do BNDES. A depender do en-quadramento da operação, e de acordo com sua finalidade, poderá ser concedido o crédito através dos se-guintes programas:

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