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AN-VO V RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA» H DE SETEMBRO DE Í909 ... 905 ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 08 SEUS A8SIGIMANTES O BURRO DO BAPTISTA ÜÜ^W 1) O Baptista era um sujeito original Antigo marinheiro, o. O bote era tão velho que parecia irmão ,_|£r, i JU 77^ tinha nave#ad0 Por toJ°s os mares e por fim se installára da Arca de Noé, mas, o burro era ainda +__*\^_ __. : fLTUr em uma villa com seu burro Pimpao e o seu bote o moço, embora fosse muito sabido./fM § 3) Era muito feio o burro, mas, era muito 4) Nas horas de pesca, nos passeios, até na 5) Ora, um dia o Baptista sahiu no intelligente e acompanhava o Baptista por mesa estava semt_re com o dono.bote para pescar sardinhas e não levou *°da parte.° Pivpão. = 0 ¦M o •¦< < te ^0 5_ 6) De repente veiu um temporal c 7) Durante todo o dia e toda Dg) ..amarrou quatro boias nos pés e sahiu andando tanto sacudiu o bote que o fez naufra- noite o burro esperou o Baptista compej0 mar Veiu logo um tubarão e quiz morder-lhe gar angustia, por fim, vendo que elle nãouma perna., (Continua na pagina seguinte) apparecia.

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AN-VO V RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA» H DE SETEMBRO DE Í909 ... 905

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 08 SEUS A8SIGIMANTES

O BURRO DO BAPTISTA

ÜÜ^W 1) O Baptista era um sujeito original Antigo marinheiro, o. O bote era tão velho que parecia irmão _|£ r, iJU 77^ tinha nave#ad0 Por toJ°s os mares e por fim se installára da Arca de Noé, mas, o burro era ainda __*\^_ __. :fLTUr em uma villa com seu burro Pimpao e o seu bote — o moço, embora fosse já muito sabido. /f M §

3) Era muito feio o burro, mas, era muito 4) Nas horas de pesca, nos passeios, até na 5) Ora, um dia o Baptista sahiu nointelligente e acompanhava o Baptista por mesa estava semt_re com o dono. bote para pescar sardinhas e não levou*°da parte. ° Pivpão.

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6) De repente veiu um temporal c 7) Durante todo o dia e toda g) ..amarrou quatro boias nos pés e sahiu andandotanto sacudiu o bote que o fez naufra- noite o burro esperou o Baptista com pej0 mar Veiu logo um tubarão e quiz morder-lhegar angustia, por fim, vendo que elle não uma perna., (Continua na pagina seguinte)

apparecia.

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O BURRO DO BAPTISTA (conclusão) q TICO-TICO(—_ ————— i —— —¦

1) Mas o Pimpão não era molle; deu tamanho couce no tubarão que 2) .. .deixaram que elle seguisse viagem.E o Pimpão na-só não o atirou de pernas para o ar porque' o tubarão não tinha pernaa. vegou muito bem com um lenço amarrado na cauda, que ser-Os outros tubarões, vendo que esse burro não era burro nem nada... via de vela.

3) Entretanto, o Baptista, que nada-/a muito bem, ficando sem navio,con-seguiu chegar a uma ilha...

4) ...onde não se pode dizer que 5) Ora, essa ilha era habitada por selvagens antro- \tinha desembarcado porque já não ti- pophagos (isto é, selvagens que gostam de comer gente) \nha barco, mas tomou pé em terra. c que aprisionaram o pobre Baptista.

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6) O rei da ilha, que era o selvagem mais ve-lho, condemnou immediatamente o Baptista a ser-vir de jantar no dia seguinte.

7) O velho marinheiro foi 'recolhidopreso a uma cabana e... via-se já ao es- 8) .. .quando chegou á ilha o valentepeto, assado, com molho branco, por Pimpão, burro dedicado e resoluto,aquelles selvagens pretos...

9) Atravessou toda a ilha urrando comestrondo, espalhou os selvagrens a cou-ces e...

10) ... entrando na cabana,tirou de lá o 11) O Baptista voltou da ilha montado no burroprisioneiro. - ficaram mais amigos do que nunca.

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O TICO-TICO(à*1

EXPEDIENTEEDIÇÃO DE 24 PAGINAS

A empreza d'0 Malho publica todas as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal illustrado para creanças, no qual colla-horam escripfores e desenhistas de nomeada.

Redacção, escriptorio e officinas rua do Ouvidor,n. 164 e Rosário, n. 173.

Condições da assignatura:interior: 1 anno, 11 $000, 6 mezes 6$000exterior: 1 » 20S000, 6 » 12$000

Numero avulso, 200 réis. Numero atrazado, 500 réis.As assignaturas começam em qualquer mez, termi-

nando em Junho ou Dezembro de cada anno.Não se acceitam assignaturas por menos de 6 mezesToda a correspondência—pedidos de assignaturas, etc,

deve ser dirigida ao escriptorio e redacção d'0 Malho,rua do Ouvidor,n. 164, antigo 132, Rio de Janeiro.

AVISOAcceltamos agentes para O MALHO, O TICO-TICO,

LEITURA PARA TD OS, ALMANACH DO MALHO eALMANACH D'0 TICO-TICO nas localidades onde aindanão temos esses auxiliares.

Mediante uma commissão, devem essas agencias en-carregar-se da venda d'esses periódicos e agenciar annun-cios, etc

Para mais esclarecimentos e trato de condições, diri-jam-se ao gerente d'0 MALHO, rua do Ouvidor n. 164,antigo 132, Rio de Janeiro.

As lições de vovôO MOVIMENTO DAS ESTRELLAS

Meus netinhos:Vocês gostaram do assumpto ; portanto, voltemos a

elle. Para os que ainda não comprehendcram bem comose pode entender astronomia ahi vão estas explicações :

Observa-se o movimento das estrellas na occasião dasua passagem pelo meridiano, atravéz do uma luneta cujaocular é munida de um tecido de fios feito por uma aranhaespecial; esses fios são muito finos. Observa-se o instan-te em que a estrella encontra um d'esses fios, marca-seesse instante e marca-se o afastamento (avaliado em grãos1que separa essa estrella de uma outra, tomada como pon-to de marco. Porém esse afastamento é tão diminuto, queem cem annos de observação continua, não se encontrano calculo nenhum afastamento.

Foi preciso então inventar-se um apparelho sensível,que avalia esse afastamento por mais diminuto que sejae assim mede o movimento das estrellas. '

Esse apparelho foi denominado «Apectroscopio» e,como o seu nome indica, permitte ver o spectro de umachamma.

Encontram-se nesse spectrolinhas negras brilhantes, de-vidas aos gazes e que seacham sempre collocadas emum mesmo logar para o mes-mo gaz de um corpo. Assima lista do hydrogenio estásempre collocada no spectrosobre a cõralaranjada.

D'essa maneira,se os meninos quizerem estudar uma luz qualquer, mesmo a de umavelíi, as listras indicarão os gazes,que se acham nessa luz.

Notou-se que quando a distancia entre uma estrella e aterra varia, as linhas do spectro pertencentes a essa estrelladeslocam-se porque a luz cor.sistc em vibrações ou ondasque nos chegão por intervallos ! rcgulares c regularmenteespaçados, cada raio colorido, tendo seu logar no spectro.

Ora se a estrella se approxima, as ondas provenientesdo hydrogenio do spectro de sua luz são em maior numerodo que se uma estrella estivesse immovel, tem mais for-çae são dirigidas para a parte azul do spectro, isto é, poráo local onde as ondas são menores; o mesmo se dá se oastro se afastar, o deslocamento faz-se então para o ver-mclho.

D'esse modo, meus amiguinhos, podem bem avaliar omovimento de uma estrella.

Vov<*>

Quando Cehla sahiu do collegio, pelas férias, os seusqueridos pais foram buscal-a de carro á escola.

A directora recebeu-os sorridente e, meia hora depois,C.clita,radiante,entrava na sala e cahia nos braços dos bonsoais, cobrindo-os de beijos c caricias.

II Ie < , I

Seu pai levantou-se para se despedir da directora, mas,Celila, impedindo-o, disse que queria lhe pedir um favor.

Falia, filhinha, farei tudo o que puder por ti.E' que tenho ahi uma collega, a Martha, que é

orphã e perdeu outro dia sua avó, com quem vivia. Tenhopena d'ella, coitada, passar esses dous mezes de fériasaqui, neste casarão, sósinha, pois todas as collegas já de-bandaram para suas casas...

Oh ! pois não, é até um prazer para mim, pois, assim, lá em casa, terás uma companheira para folguedosdurante estes dous mezes...

E Celita. radiante, foi buscar Martha, emquanto seupai pedia á directora licença para levar aquella alum-na.

Esta ficou satisfeita, pois tencionava fazer uma esta-ção de águas e tinha receio de deixar a menina só com oscreados.

Esta menina Martha estava no collegio devido á cari-dade da directora, que havia sido condiscipula de sua mãie que, cheia de dó, por ser cila filha de gente paupérrima,poiso que o pai ganhava mal dava para vestir e comer,acolhera-a em seu enorme e confortável collegio, um dosmelhores da cidade, onde as filhas dos ricos iam buscar opão do espirito eo saber.

Martha, ao saber que ia passar as férias fora do colie-gio, numa casa de gente de luxo, rica, como era a famíliade Celita, ficou estupefacta e sem se mover.

Foi preciso que Celila começasse a juntar o que eraseu, para que, machinalmente.como se estivesse em sonho.tambem fosse arrumar a sua pouca roupa.

Depois de promptas, despediram-se da directora e par-tiram.

Em casa, Martha ficou perplexa ante tantos brinque-dos que tinha Celila; eram enormes bonecas, carros.grande variedade-de jogos, até um theatrinho de fantoches,que era a sua delicia quasi toda a noite.

Os dous mezes voaram num momento e foi cheia depezar que ella voltou, findas as férias, para o collegio.

Que saudades I

Agora, todas as férias, Celita leva Martha para casa,pois seus pais a adoptarameomo filha.

Dulce Muniz de Albuquerque(S. Christovão.)

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O intelligente menino NELSON RAYMUNDO BARRETO, um doí aoíso»distinetos aniiguinUos e apreciador do travesso Chiquinho. Completou 4

annos de edade, no dia Ido corrente, sendo por esse motivo muitofelicitado pelos seus amiguinhos. E' irmão do Sr. José Barreto

zeloso auxiliar do atelicr de gravuras d'0 tlalho

4*IAI *U ACIONA

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O TICO-TICO

O SR. X" E SUA PAGINADIVISÕES APPARENTEMENTE IMPOSSÍVEIS

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O Sr. Xapresentahoje aos seusamiguinhos,

alguns problemas com suasrespectivas soluções, proble-mas estes que a princípioparecerão muito difíiceis, mas.que seguindo as suas indica-ções com attenção, íarilmcn-te conseguirão os meninosresolver.

Trata-se dc um problema,sendo dado trez quadrados :A B e C sendo A egual a B, e

BC igual —7 de construir uni

quadrado perfeito comum só golpe de tesouraem uma figura única.

Para isso os meninosdevem fazer como mos-tra a fig, 1; tomar asduas metades de B ecortar pela linha pon-tuada e collocal-as umana parte superior e ou-tra do lado do quadra-do A como mostra afig. 1 (B, B).

Agora, para que esta figurase transforme em um quadrado,é preciso juntar-lhe o quadradoCe terão d'cste modo, com umsó corte de tesoura, construídoo quadrado pedido.

Podem também vocôs trans-formar um rectangulo em umquadrado equivalente.

Basta para isso dividir o rec-•angulo em quatro partes no

sentido do comprimento e em trez partes no sentido dalargura,

Cortem em seguida pelas linhas O A B O c colloquemcomo fizeram com a fig. 2, a parte cortada sobre a outrae terão assim um rectangulo transformado em um qua-

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drado equivalente a fig. 2.A PESCA

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A rede

Antigamente era preciso, para pescar um peixe, le-var-se horas e horas á espera de que elle resolvesse o comera isca e prender-sc ao anzol, dando origem ao tão conhe-cido provérbio :«o peixe morre pela bocca».

Muitas vezes, como ainda acontece hoje, na pesca cha-mada de linha, o peixe come a isca e vaise embora muitocalmamente sem que 0 pescador lhe deite a mão.

Ora, como tudo no mundo progrediu e modifieou-se,âppareccram apparelhos de pescaria como a rede, em quesão presas centenas e centenas de peixes dc uma só vez.

Para taes redes existem vapores especiaes, que depoisde as ter lançado n'agua,arrastam-as, prendendo em seu ca-minho todos os peixes que encontram e que ficam presos ásmalhas da rede.

EM CONTINÊNCIA.

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Aquinaldo Garcez Pai.ha, nossoconstante leitor, residente

em Santosc sincero admirador do travesso

Chiquinho.

O mtelilgeiuomenino NELSON ANACLETO ALVES FERREIRA,

um dos denodados decifradores da*

perguntas d'0 Tico Tico

A PASTORINHATodas as manhãs, mal o sol começava a apparecer no

horizonte, rubro e quente, lá ia Lúcia levando pela estradao seu rebanho para pascer a relva fresca e esmeraldina.

Quem não a conhecia?Todo o camponio que passava tirava respeitosamente

o enorme c desabado chapéu, saudando a gentil pastori-nha, que seguia levando oseu pequeno rebanho áscampi-nas, cantarolando trovas sertanejas, alegre c louça.

Lúcia contava quinze annos apenas, era orphã de pai emãi e vivia na casa de um fazendeiro que tomara contad'ella,para não ficar só no mundo, no desamparo.

Lúcia vivia satisfeita; não conhecera seus pais, poisquando elles morreram ella ainda era pequena.

Era tratada com extremo carinho em casa de seus pro-tectores.Servia como pastorg,pois, desde pequena se affeiçoara

aos carneiros e tinha prazer em correr os campos, colherflores, perseguir aligeros insectos, emquanto as ovelhaspastavam mansamente.

Tinha Lúcia uma vida feliz e despreoecupada.Todos os sertanejos a admiravam e respeitavam e,

quando ao domingo, toda de branco ia entre garrulas com-panheiras á missa, todos diziam á sua passagem:—Bemditasejas!...

E apoz a missa, lá ia ella. ridcnlc, no bando das paira-doras amigas, satisfeita c contente, cantarolando trovas dosertão, fazendo inveja aos canóros passarinhos que a sau-davam, cobrindo-a dc bênçãos e flores...

Lindoya de Moraes

SAPATINHOS PARA CREANÇASDe 1$500 para cima

120 A, AVENIDA PASSOS, 120 A — CASA GUIOMARA que tem um macaco á porta

CARLOS GRAÉFF

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fõ O TICO-TICO

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BRINQUEDOS PARA OS DIAS DE CHUVAPASSAR O CORPO ATRAVEZ DE UMA CARTA DE JOGARTomem uma carta commum de qualquer baralho e digam a

seus camaradas, que vão fazer passar o próprio corpo atravez d'ella.Elles não acreditarão e para provar que é verdade o que asseguram,os meninos devem fazer uma fenda na carta, no sentido do compri-mento, parando a certa distancia das extremidades. A (1)

Feito isto, dobrem-n'a corro mostra a flg. B (1) e dém entalhesparallelos, como mostra essa mesma figura; e tomando a carta assimentalhada pelos dous lados, abram-n'a como voem na fig. C (1).Abrindo finalmente no sentido da largura, poderão, facilmente,passar (fig. D (1) o corpo atravez da carta, com grande espantode todos.

FAZER UMA ESCADA COM UM SO' GOLPE DE TESOURAOlhem para a fig. 2, e vejam que bella escada ; vocôs poderáreproduzil-a facilmente com um só golpe de tezoura e vejam como1.

Tomem um rectangulo semelhante ao que se acha na fig. E. 2,tendo a largura e o comprimento da escada que vão construir. Do-brem esse rectangulo em dous sentidos ao comprimento, como fize-ram com a carta, F; depois, dobram-n'o em leque ; comprimam essas

if«/i—i dobras uma contra as outras, (G) e dobrem segundo a linha pon-p,,,n,,. -^^Nr tuada em G; o papel, tomará então a forma II; é preciso agorali SSB§ \f dar um golpe de tezoura como mostra a fig. I, na direcção da

linha pontuada em II. E terão assim construído, com um só golpede tezoura, uma escada que a principio parecia tão difficil. (Fig. 2)FAZER UMA ESPHERA COM PAPEL

Descrevam com um compasso, sobre uma folha dc papel, umacircumfercncia de_0 centimetros e meio de diâmetro A B fig. 3 K,sobre a qual faraó a partir de o, 3 divisões de 1 centímetro.

Tendo obtido os pontos m,n, p, tracem as perpendicularesmq,nr,ps O raio A o com suas trez linhas m q, nr, v s, fornecerão a vocêsos quatorzes raios dos quatorze círculos que servem para construir aesphera: dous círculos de raio A o, quatro de raios ps, e assim pordeante.

Sobre cada um d'esses círculos, tracem, como ainda ha pouco,am diâmetro com trez divisões de um centímetro ; terão 3 ou 7d'essas divisões, segundo a grandeza do circulo, cortem os contor-nos dos círculos, e entalhem todas as perpendiculares desde a ex-tremidade até o diâmetro e prendendo os círculos uns contra osoutros como indica a fig M. terão assim construído a bella espheraque se acha na íig. 3.

A ESCADA DO MOLEIROEsta escada, meus amiguinhos, não é feita com um só golpe de

tesoura corno fizeram a outra, mas com trez.Enrolem uma folha de papel de maneira a formar um rolo

bem apertado, e dêm dous entalhes perpendiculares ao eixo, a 1centímetro das extremidades, em seguida um outro parallelo aoeixo, ligando os dous primeiros. Levantem o papel assim cortadoe pela abertura façam passar a primeira tira de papel, que vocês

voem (0,4) continuem a puxal-a e verão pouco depois sahir pela abertura duas tiras parallelas guarnecidas com duas esDiraes;essas duas espiraes achatadas pelos meninos, cuidadosamente, virão a constituir os degraus da escada do moleiroTRABALHOS COM CARTÃO DE VISITA

¦Com cartões da mesma espessura podem fazer um lindo copo, como vêem na fig. 5.Esse copo compõem-se de dous supportes e seis anneis parallelos. Tem 10 centimetros de altura • annel superiordiâmetro: 0 centímetros e 6; annel d da base, 5 centimetros e 13 millimetros; pequeno annel c do meio ao pé *13

e 5 millimetros*A distancia que devem guardar entre si os anneis é de 1 centímetro, permittindo assim üaçar anneis parallelos inter-medianos ; os supportes a e b sao semelhantes, exceptuando-se os entalhes indicados no desenho tendo 2 millimetros _meio de comprimento. Os entalhes do annel e são no interior e todos os outros fora. Tendo cortado'as varias pecas de quef e compõe o bello copo, reunidas essas peças e os dous supportes, que devem encaixar um no outro, secundo as disposiçõesdas fendas, que se acham em seus pés. Introduzam esses pés nas coroas c e d. pelas fendas obliquas.de maneira a su-uentaremos supportes perpendicularmente. Colloquem os outros círculos como mostra a fig. 5.e terão assim construído um bello codo

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O TICO-TICO 16FELICITAÇÕES

Compíetou 9 annos, a 3 do corrente, a nossa graciosaleitora e amiguinha Quinotinha de Carvalho Vianna, as-sig-name d OTico-Tico e filha do Sr. P. Carvalho Vianna, re-sidenie em Porto Alegre.

A' intelligente Quinotinha, que também é alumna do Col-legio Elementar da Exma. Sra. D. Luiza Azambuja e doConservatório de Musica d'aquclle Estado, enviamos asnossas saudações.

—Também fez annos. no dia 3 do corrente, a talentosasenhorita Maria da 1'enha Soares da Silveira, filha do Sr.Heitor Silveira e leitora d'0 Tico-Tico, residente em SãoPaulo.

— Realizou-se a 30 de agosto ultimo, na aprazível re-sidencia do Sr. coronel Custodio Barros da Silva, concei-tuado capitalista "da nossa praça, uma encantadora festa,commemcrativa do anniversario natalicio da graciosa se-nhorita Odette Barros da Silva, dilecta filha daquellecavalheiro e uma das sinceras amiguinhasdo nosso travessoChiquinho, que recebeu convite da anniversariante.

A festa foi iniciada por um bem organizado concertovocal e instrumental, em que se destacou a senhoritaOdette, que executou magistralmente varias musicas cias-sicas, recitando também com muita verve varias cançone-tas, sendo alvo de applausos geraes.

O Tico-Tico riu-se a valer e também fartou-se de baterpalmas á Odette.

Terminado o concerto, foi servida lauta mesa de doces,sendo erguidas varias saudaçõesáannivetsariante e aos seusprogenitores, dando-se depois começo ás danças que foramininterruptas até pela madrugada de terça-feira.

O Tico-Tico sahiu de lá nessa hora, encantado pelaagradável festa e grato ao coronel Custodio de Barros esua Exma. familia, pelo acolhimento fidalgo que lhe foidispensado.

O Tico-Tico agradece a gentileza do convite e saúdaeffusivamente a anniversariante e os seus dignos proge-nitores.

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O talentoso menino ARTHUR DE MIRANDA, BASTOS, sincero camaradin".d' O Tico-Tico c nino do hábil photographo Sr. B. A. Bastos, nossodistincto amigo residente no Kf-tado do Pará.

Recebemos para diversos institutos de caridade os se-guintes : Aracyzinha 200 ; Antônio Coelho Andrade Se-queira, vários e Luiz Machado 150.

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Üma descoberta mapaOilhosa

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E' a ultima palavra sobre o assum-pto. Os resultados obtidos na praticasão surprehendentes, não falhando emum só caso. Faz desapparecer os suo-res fétidos, o máo cheiro nos pés,etc.

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TICO-TICO17 O^

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SECÇÃO PARA MENINASSABRES JAPONEZES

Cortem em um papel forte (papelão é preferível) lâminas se-melhantesáquellas que as meninas veêm em A (fig. 1) que poderãoenfeitar com dczenhos e bordados, que collarão sobre ellas. Naparte mais estreita prendam uma pequena bola, que poderá serfeita ou com miolo de pão, ou com qualquer outra substancia.

Eeito isto, deixem cahir ao chão um d'esses sabres e verão queelles descrevem no ar sinuosidades muito interessantes e que nãose deixarão facilmente segurar.

COMO SE CORTA UMA PERAPrendam ao tecto, por meio de um fio, de maneira que fique

suspensa, uma pera. Tomem um copo com água e mergulhem n'ellea pera assim pendurada; retirem o copo e marquem no chão o logaronde cahir a primeira gotta d'agua; colloquem nesse logar uma facahorizontalmente, ou em cruz com uma outra, como mostra a fig, 2,e cortemo fio.

A pera desprende-se e.cahindo sobre as facas, corta-se em duasmetades eguaes.

O BALÃO FIELCom essas pequenas bolas cheias de gaz, que se elevam do

solo, presas a um fio, podem as meninas fazer esse passatempomuito interessante.

Quasi sempre quando se deixa uma d'essas bolas em umquarto qualquer, ella amanhece quasi vasia e no chão.

As meninas sentem muito, mas não tem outro remédio senãodeital-a fora.

Pois bem, eu vou ensinar um divertimento que será feito comessas bolas e quando estiverem quasi vasias.

Colloquem uma das bolas em um quarto qualquer, e corramem torno d'ella; o ar desenvolvido pelo vestido fará com que a bolaas siga como se fora um cachorrinho, (fig. 3.)

HELICES PÁRA-QUEDASCortem duas tiras de papel (papel de côr ou seda), do ta"

manho das figuras A B (fig. 4) e torçam-as uma contra a outra,até um pouco antes da extremidade superior.como vêem na fig.4. Afastem em seguida as duas pontas das tiras de papel, demaneira que formem um Y.

Agora, collocando-as em um cesto, trepem sobre uma ca-deira, deixem cahir as helices no ar e verão que girando no

ar.descerão lentamente,imitando perfeitamente a queda de uma flor.O TACÁO DO CACHIMBO

Tomem um cachimbo commum, d'esses de barro, e partam aextremidade do tubo, de maneira a obter um canudo de 5 centi-metros, pouco mais ou menos; peçam a uma amiguinha que sus-tente o cachimbo sobre a mesa, collccando o dedo na parte ondese põe o fumo, como indica a fig. 5 B. Ponham agora a extremidadequebrada, como em A, de modo que fique bem em frente ao ca-chimbo; esse pedaço quebrado deve ter, para fora da mesa, cercade 2 centímetros. Dêm com a palma da mão uma pancada fortesobre o tubo quebrado e verão as meninas que elle correrá

sobre o tubo do cachimeo, indo partir nitidamente o tacão d'este ultimo. A principio parece incrível, mas experimentem everão se é ou não verdade O que affirmo.

O BOOMERANGO boomerang, minhas meninas, é uma arma de que se servem os selvagens da Austrália para, em suas caçadas,

matar os animais que desejam. E' uma lamina de madeira um pouco curva, fig. 6 A; elles atiram esta arma contra um animalescondido por detrás de uma arvore e,o fcoomerang-.contornando a arvore,mata o animal e.voltando.vem cahir junto ao caçador.

Se vocês não acreditam, cortem em papelão um boomerang similhante ao que se acha em A, na fig. 0.Colloquem a parte convexa do boomerang sobre a unha do dedo indicador da mão esquerda e, quando elle estiver

bem horizontal, doem, sobre uma de suas extremidades, uma pequena pancada e o boomerang voará immediatamente,afastando-se de vocôs e, girando sobre si mesmo; depois, pouco a pouco, modificará a sua velocidade, vindo cahir junto aseus pés. O boomercing pode também ser arremessado ao ar, por meio de uma «catapula» (antiga machina de guerra), queas meninas construirão facilmente com uma rolha e um grampo, como está indicado em B, fig. 6.

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O TICO-TICO Í8

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ALBA GLORIA DE BARBEDO, inlelligcnte nlrnnha do Sr. Ociacilio Barba-do, residente em Puno Alegre, Rio Grande do Sul, e grande apre-

ciadora d'0 Tico-Tico

GAIOLA D'0 TICO-TICOPequetita Lopes (Itabapoana)—E'tolerada qualquer or-

thographia em charadas assim. Fique sabendo d'isso, bôacamaradinha'

Arthur Bulhões (Maceió) —Recebemos a sua cartinhaem que nos diz ser nosso amiguinho e estar satisfeito comO Tico-Tico. E' isto que queremos. Quando mandar traba.lhos e soluções, separe-os, afim de não prejudicara bôaordem do serviço.Entregámos a solução do concurso n. 79,da Leitura para Todos, ao encararregado d'aquclle serviço.

Irene A. Marinho (Rio) — Temos uma carta enviadapor um dos nossos amiguinhos, para ser-lhe entregue.Está ás suas ordens em nossa redacção.

Gioconda T. Bolzani (S. Paulo) — Só sahe agora, porter a sua carta chegado depois de fechado o outro numero.

Manuel Zeferino S. Beltrão —Não acceitamos trabalhosque venham no mesmo papel das soluções. E' praxe esta-beleeida.

Virgilina O. Campos — Leia o que dizemos acima. En-tende-se com a senhorita também 1

Velleda Bivar (Rio Comprido) — Agradecidos A gentilcommunicação. Rogamos o obséquio de pedir a papai.no-vãmente, os versos d'O Malho.

Eu-!ides de Andrade Miranda (Timbaúba)—Mande-nosnovamente a photographia de que trata a sua carta de 29de julho. As photographias sem dizeres são archivadas, epor esse motivo é-nos completamente impossível procurai-a. Caso queira, restituiremos a que nos enviar novamente.

R. Campos Junior, Arthur Bulhões, Estephania Cam-pos, Pythagoras Pereira Guimarães, Luiza Machado, MarioBueno, .Zenaide Souza e Silva, Torkee Zacrison, Carlota C.Oliveira, Hamilton Peçanha e Guiomar de Macedo Soares.— Recebemos os trabalhos.

Innocencio üomiciano (Ubatuba) — Vamos publicar oseu retrato, brevemente.

Mariano A. Campos (Cascadura)—Os trabalhos são pu-blicados pela vez, depois de examinados e approvados.

Esther M. Raposo—Pode, bôa camaradinha ILaura Caminha (Florianópolis)— Recebemos a photo-

graphia, que será publicada. Agradecemos as delicadaspalavras da amiguinha.

Jorge Guimarães (Rio) — Mande carta á administração,pedindo os números correspondentes, que lhe serão en-viados.

AVISO IMPORTANTE— O Tico-Tico publicará, em pa-gina separada, a capa, a cores, para o seu importante ro-mance — O Pasiaro de Aço, que tamanho suecesso temfeito.Está comprchendido que essa publicação será feitaapóB a terminação do referido romance.

LIVROS PARA CREANÇASOs meus brinquedos — O melhor e mais encantador

livro para creanças, que existe emlingua portugueza, únicono seu gênero. Contém innumeras cantigas para adormecerno berço; brincadeiras e divertimentos para todas asedades;jogos de prendas e sentenças, e peças próprias para seremrepresentadas por meninos e meninas, em casa, nos colle-gios e em theatrinhos particulares: tudo acompanhado decentenas de gravuras explicativas 4$000

Tlicntrinho infantil — Esplendida collecção de mo-nologos, diálogos, scenas cômicas, dramas, comédias, ope-retas, etc. (em prosa e verso), próprias para serem represen-tadas por creanças, dispensando-sc despezas com scenarios,vestimentas e caracterisaçf.o. 1 volume com 24 peças 5$<yX)

Allumi das creanças—Excellente obra encerrandomuitíssimas poesias dos mais celebres e modernos autores,destinadas á infância, próprias para serem recitadas em sa-las, nos collcgios, em thealros, etc, ensinando ás creançasa declamar e a se desembaraçar 4SÕ00

O castigo dc uni anjo—Delicioso e moralissimo conto,original do grande escriptor Leão Tolstoi, commovente csentimental, baseado na máxima christã: Amai-vos uns aosoutros, obra divina, piedosa e cheia de virtude 2$000

Conto* da carochinha — Com Cl contos 4$000Historias do arco da velha—Com 60 contos. 4S0OOHistorias da avosinha — Com 50 contos 5S00OHistorias da baratinha —Com 70 contos 4$000Estes quiiiro últimos livros contêm esses conlos que todos nós ouvimos

em pequeninos, contados por nossas mais, velhas avósinhas, tias, madrinhas,amas, etc. etc, conlos popularissímos, moraes e piedosos, que sabem as cre-ancas todas de todos os paizes. Süo narrações fantásticas onde ha fadas, lo- .bishomens, gênios mysieriosos, animaes fallantes, bruxas, feiticeiras e encan-lamentos, mas em linguagem simples, incutindo sempre a idéa do bem e davirtude.

Cada livro forma um grosso volume de 320 a 400 paginas, com milhare»de vinhetas e gravuras, impresso em papel de boa qualidade, typo novo elettras de fantasia, encadernado, e sempre com a mesma capa lithographada acores.

Este aviso torna-se indispensável, devido ás imitações que se têm feitoda nossa collecção para creanças. Assim, peça-se sempre a Bibliutheca Infantilde Figueiredo Pimentel, tendo-se o máximo cuidado na capa.

Quaresma & C.~ LIVRARIA DO POVO—Rua S. José, 65e67

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A nonsa (ralanle leltoraztnha LUCILIA LEANS LUNA, uma da» dlstlnctu«oreciadora» do Impagável Chiquinho, retideme em Peiroo-ili

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19 O TICO-TICO

GALERIA DE HOMENS CELEBRESVOLTAIRE

Voltaire (Trançois Marie Arouet)era o nome do grande poeta, prosador,historiador, político e critico, de quemnos vamos occupar hoje.

Esse grande personagem franceznasceu cm Chatenay, perto dcSceaux,em 1091 e falleceu em Paris em 1778.

Educado no collegio, dos Jesuítas,ahi salicntou-se elle pela sua ,'ticom-paravcl applicação, mas o que, não erade esperar e que causou grande pas-mo, foi que tendo sido elle educado

em um estabelecimento religioso e o meio influindo sobreo homem, veiu a tornar-se um ímpio dos mais fervorosos.

Em pouco tempo, foi Voltaire recebido entre os grandessenhores, onde começou a expandir as suas idéos, tor-nando-se cm breve o chefe dos Ímpios e incrédulos de seutempo.

No reinado dc Luiz XIV, foi elle mandado para a Bas-tilha (famosa fortaleza de Paris, construída no reinado deCarlos Vf em 1639. Foi atacada e tomada pelo povo de Parisnos dias 14 e 15 de Julho de 1789,e depois destruída). Ahipermaneceu elle por espaço de um anno, escrevendo a suaIlenriqueida, e terminando a tragédia (Edipo, que foi repre-sentada em 1717.

Por esse tempo, mudou elle o seu verdadeiro nomepara o de Voltaire, nome de um departamento onde havianascido a sua progenitora, terminando, a sua //enriqueida,

Novamente mandado para a Bastilha, foi Voltaire obri-gado a exilar-se; indo para alnglaterra, onde não só estudoua fundo a lingua ingleza, como a sua litteratura.

Ahi produziu elle varias obras primas, destacando-seentre ellas: Brutus e Zaire.

Esta ultima obra é-uma imitação longínqua de Olhellode Shakcspeare; publicou uma historia de Carlos XIIem 1730.

Alvejado pelas perseguições que lhe moviam por causade suas obras ímpias, teve elle que fugir ainda uma vez,indo refugiar-se em Cirey, onde esteve vinte annos

Acostumado a essas fugas, parece tel-as sentido pouco,pois cada vez que uma circumstancia qualquer o obri-gava a fugir, inspirava-se e compunha novas obras, verda-deires monumentos da litteratura franceza.

D'esta vez escreveu Voltaire o Século de Luiz XIV,Ensaios sobre os costumes e muitas obras primas trágicas,como Alzira; Mahomel e Merope.

Admittido entre os immortaes da Academia Franceza,escreveu elle mais tarde Semiramis, Orestes e Catalina.

Finalmente, sentindo-se já cansado, retirou-se paraFerncyem 1758, onde esteve vinte annos, escrevendo aindamuitas obras como o Orphao da China e Tancréde.

Fazia vinte e quatro annos que se achava em Fcrney,quando, a pedido de vários amigos, resolveu voltar á Paris,onde falleceu em 1778.

Os seus restos mortaes foram transportados para oPanthéon.

— CALÇADOJUNGÇÃO DA LOJA DO POVO

CASA MINERVA

38 ¦- Travessa de S. Francisco de Paula -• 38Mio mesmo editicio do Club dos Fenianos

Grande sortimento de calçados finos feitos de accordoaos ultimeis figurinos chegados de Paris

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SCIENCIA FÁCILCORRESPONDÊNCIA DO DR. SABETUDO

Uma visita a este armazém, o mais espaçoso destacapital

Almerio Ramos — A Hespanha tem possessões encra.vadas no littoral dc Marrocos. Os marroquinos, que são bel-licosos e bárbaros, atacam de vez em quando ás posses-soes hespanholas e d'ahi as guerras, como a actual.

Francisca Gouveia de Sá Queiroz — As duas primeiraspalavras escrevem-se — cousine e marraine (pronuncia-secusinne e marrem) a ultima escreve-se amore e pronuncia-se amóre.

Oscar Augusto Knoll (S. Paulo)—Vidro faz-se comareia misturada com potassa ou soda. Papel faz-se comvarias matérias vegetaes trituradas e reduzidas a pasta.

Anthero Leivas (Pelotas)—O !• chamava-se FranciscoQuevcdo y Villegas, foi um notável poeta hespanhol, nas-ceu em Madrid em 1580 e falleceu com 05 annos. Sopho-cies foi um celebre poeta trágico da Grécia antiga, autorde varias tragédias que ainda se representam hoje, escriptasem versos modernos —como sejan ÜLdipo-Anlegone, Ele-clra. Sophocles morreu com 90 annos no anno 405 antesde Christo. Praxiteles foi um dos mais famosos escul-ptores da Grécia antiga; nasceu no anno 390 antes deChristo.

Acyr Ticoulat Guimarães (Curytiba)—Ogaz carbônicoéextrahido da hulha,por distillação, e purifica-se em contactocom a água e varias matérias chimieas. O processo de fabricação é complicado e trabalhoso. Tornar a publicar A/lha do Thesouro ? Não podemos dar de novo em O Tico-Tico um romance que já foi por nós publicado.

Olga Gabriel Mocauchar — A athmosphera de Martt.é idêntica á da Terra, porém menos espessa.

Pedro Ferreira de Souza Júnior (S. João d-E -Rey) —Quando a America foi descoberta por Christováo Colombo,era já habitada por selvagens, aos quaes deram o nome deindios, porque nessa oceasião imaginaram que existisse umnovo continente. Todos pensavam que Colombo havia dadovolta ao mundo e havia chegado á índia. Suppõe-se quea America era antigamente ligada á Ásia e o actual estreitode Bering era então um isthmo. Os indígenas da Americasão evidentemente descendentes da raça malaia, mas, pt>raisso não havia necessidade de existir ligação terrestre daAmerica com a Ásia; os malaios podiam vir até á terra ame-ricana, navegando. Parece mesmo que assim foi e que esta-belcceram duas correntes de immigração, povoando japo-nezes a America do Norte e chinezes a America do Sul.

Adalberto Freitas Reis (Campinas) — O inventor dossubmarinos foi um engenheiro francez chamado Goubet.

José Leandro de Souza—Marat foi um medico e jorna-lista suisso, que se distinguiu durante a revolução francezapor sua crueldade e instinetos perversos. Morreu em 1793,assassinado por uma mulher chamada Carlota Corday e dequem Marat havia mandado matar o noivo e o irmão.

Annibal Fernandes Villela (Ibitinga) — O melhor éaprender tachygraphia praticamente.

Porém ha" vários methodos aproveitáveis, como, pofexemplo, o de Veridiano de Carva! .o.

Oscar A. Knoll — Qual dos dous foi maior guerreiro,meu amiguinho ? e Julgo que foi Napoleâo, mas isso é umcaso de opinião e como sabe a opinião varia com os in-dividuos.

Amphilophio de Oliveira Mello (Maceió)—Agradeçomuito a sua gentil cartinha.

Francisco Donzelli Pero (Ibitinga)—E' absolutamenteimpossível ensinar-lhe, no reduzido espaço de que dispõeesta secção, a arte poética, metrificaçao, etc. Ha tratadosespeciaes que ensinam isso. Mas o melhor meio de apren-del-o é ler e estudar versos de bons autores.

João Lucas de Azevedo—E' uma espécie de anjos (dosque são representados em pintura, apenas com cabeças eduas azas). As outras duas perguntas não têm resposta.

Dr. Sabetudo

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O TICO-TICO 203STO _À._Vn.^20j>T-A.S

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f- *fffLT, '• À '.*>'-'' ' ** -4t ** et' -_*

Atumnos da Escola Publicado bairro dos Educandos, em Manaus, Estado do Amazonas, que tuncciona sob a hábil di-recção da distmcla projessora normalista senhorita Maria Araripe Monteiro, que è a que se acha sentada ao centro dasegunda fila, entre apetizada estudiosa.

O Tico-Tico, publicando a presente photographia, rende assim sincera homenagem aos seus amiguinhos do Amazonas.

1 :>V_fe*iy|*"fYYYYYY,

fTyH

anniversarioA Sinházinha era uma moça muito chie, elegante e fa-

ceira, que nunca deixava de ir á cidade dar o seu passeio,parando aqui e alli parasaudar as amigas que en-contrava e entrando numacasa e noutra, para fazeras suas compras necessa-rias.

Uma vez a moça le-vantou-se da cama muitoalegre e satisfeita; abriuas janellas do seu quarto,e, depois de prompta, foipreparar alguns convitespara mandar ás suas ami-gas, convidando-as parao jantar, porque naquelledia ella completava maisuma primavera.

Quando, d tarde, asconvidadas tinham todaschegado, a Sinházinha le-vou-as ao seu quarto, eabrindo o guarda-vestidos,mostrou-lhes os bellos ericos vestidos que mandarafazer na

Casa Mainaá rua da Asseiiiblca, 74da ultima moda e tambembordados e muitas outras

e cadarendasnovidades

qual mais perfeito evalenciennes, fazendas,

«AiUl-lJULUJ^^i-i^mnnnnnnn -innnfvinnfwwiviniutftfvwf

COLLEGIO SUL-AMERICANODa Exma. Sra. D. Rosina Del Vccchio.distincta directora

d'esse conceituado collegio, recebemos gentil convite paraassistir ao acto solemne da 1- communhão de um grupode alumnas, realizado a 22 do mez findo.

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d'este cinematographo nas suas matinéesK ÂOs prêmios d'O Ti-CO- TICO

Em nosso escriptorio pagámos, durante a ultima se-mana, os seguintes:

Paulo Russell Mac-Cord, residente na estação de Ma-ruhy, E. F. Leopoldina, Nictheroy, 10$, do concurson. 303; Orlandina Coimbra, moradora á rua Thomaz Coelhon. 58, Andarahy Grande, 103, do concurso n. 377, e Car-men de Mello, residente á rua Cosme Velho n. 3, 10$, doconcurso n. 370.

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21 O TICO-TICOOS NOSSOS CONCURSOS

RESULTADO DO CONCURSO N. 369

LEITURA PARA TODOSPrornpto 1Ahi está o titulo da conhecida revista, cujas lettras O

Chiquinho empastellou.'Felizmente a nossa pequenada poz mãos á obra e foi

um enviar de soluções que só visto 1Nada menos de 13.035 soluções, todas exactas, foram

recebidas pel'0 Tico-Tico.Procedido o sorteio, vimos que o seu resultado fora o

•eguinte :1- premio— ÍOSOOO :

Julia Espinola Condede 12 annos de edade, residente no Forte de S. Pedron. 3, Bahia.

2- premio — ÍOSOOO: ...... .Maria Emilia Silveira

de 14 annos de edade, residente á rua D. Alice n. 98, mo-derno, Estação do Rocha,

Enviaram-nos soluções os seguintes leitores :Bolívar Camboim, Maria de Lourdes Santa Cruz de

Oliveira, Adalgisa de Lima, Olga Sócrates do Nascimento,Maria Augusta de Aguiar Peixoto, Fausto Pimentel Mar-quês, Annita Perillo, Hildebrando Gomes de Menezes,Julieta Costa, Mario Braga, Waldemar R. Chaves, Gui-lherme de Castro e Mello. Palmyra Pereira de Araujo Ma-chado, Menelick Vermelho, Alcine M. Machado, Attilio A.Ognibene, Raul Goia, Eliseu de Lima Lessa, FernandoAraujo, Maria José Lemgruber, Ernani A. Vasconcellos,Octacilio Carneiro Bastos, Rosalia de Paula Aguiar, PedroAffonso de Athayde, Luiza Pereira Martins, Arthur PereiraMartins, José Rodrigues de A. e Silva, Armando de Arau-jo Diniz. João Frederico Fabricio, Marcellino F. Pinto,Evangelina da Fonseca, Maria do Carmo Dias Leal, Don-guinha Dias Leal, Nenê Dias Leal, Santinha, IlermengardaMamede, José Gomes Ayres da Gama, Maria Luiza Ro-drigues de Moraes, Myosotis Ennes M. Pereira, Álvaro S.Ribeiro, Oswaldo Assumpção, Judith Formiga, Dulce Lago,Gilberto de Macedo Soares, Carmelino Teixeira, OrlandinaCoimbra, João Baptista Furtado, Carmen Silveira Correiade Menezes, Henrique de Moura, Helena Suplicy, Leonorda Conceição, Mario da Silva, José Borges Ferreira, Idade Abreu, Alice Antunes Filha,Arlindinho Paiva, K.P.Lann,Pedrina Barbosa, Messina Barbosa, Helena Suplicy, Olyn-tho Guimarães, Belmiro Pereira, Augusto Duarte Pinto,Adalgisa Faria, Nelson Faria Dantas, Waldir Vial, CacildaVial, Dagmar Vial, Lucilia Lean Luna, Olga Mascare-nhas, Haydéa Lopes, Carlos Reis Filho, Ubaldino da SilvaMarques, Innocencinha Prates, Zuleilca Duarte Nunes,Walter Martins, Miguel J. Pedro, Zaira Silva Araujo, LauraGucdjs, Cecília Andrés, Raul Braga, José Simões Paiva,Leonidas Sócrates, Carmelino Clementino de Carvalho,Lauro de Andrade, Armando W., Mario Salles, MariaMello, Maurilio Ribciio da Silva, Zoraido Lima, WilmarCosta, J. J. Figueiredo Almeida, Geraldo Sibcllino Júnior,Heitor dc Brito, Lydia do Couto, Umberto de Barros Pe-reira. João Lucas de Azevedo, Venancio da Silva Passos,Edgard R. Soares, Júlio G. Fernandez, Nelson Guimarães,Olga Gabriel Mocauchar, Mario VII, Zelia Neves, RomelioPaschoalino, Antônio G. Pinto Coelho, Celuta Loureiro,Hercy de Andrade Azevedo, Lisbonina Paula Rodt, CaioGraccho, Maria Mendes de Souza, Torkel Zacrison, ThomazRutledge, Vicente T. Garcia, Zacharias Haddad, VelledaBivar, Antônio W. R. Pimenta, Irene Xisto, Maria PrimoLima Silva, Camillo Silva d'Arcanchy, Otto Kraal de Paulae Silva, Cornelio O. Penna, Lourival de Souza Braga, Liade Azevedo Corrêa, Paulo Lima, Nathanael de Assis Vel-loso, Scevola Sentia Filho, Jovita Amaral Queiroz, Angc-lica Nazareth, Waldomiro Guimarães, Elpidio de Mello,Angélica de Carvalho, João Flaeschen Júnior, AlmerindaSala/ar de Macedo, Cândido Norberto da Silva Braga,Santinha Machado, Lysandro Carneiro Guimarães, C. Luz,Nilda Mascarenhas, Aurora Carneiro, Homero Carneiro,Amalia Garrido Martins, Jayme Fernandes Guedes, Rosa-lina Martins, Wanda das Chagas Leite, Luzitania Sequei-ra, Egberto Banho, Alice Baptista Pereira, Sebastião Lo-pes da Costa, Carlos Caetano Miragaya, Bento Pantaleão,Ercilia Cabral Mendes, Enedina Gomes, Pedro Ferreira de

Souzc Júnior, Leão O. Cecilia Lenz, Helena Supluy,Luiz Cecilio dos Santos, Ibrahim de Mello, Argentina Pra-do da Conceição, Aecio de Albuquerque Antunes, CarlosGandie Levy, Odyla de Mello Franco, Zelinda Guimarães,Amaro Augusto da Costa Ribeiro, Maria Luiza de Oliveira,Edison da Costa Valente, Noemi da Costa Valente, AlcidesNas:imento, Maria Clément, Indayassú Soares Moreira,João Esteves da Costa, João Baptista de Faria, Raul de Faria Mello, Jeronymo Moreno Garcia, Dulce Muniz de Al-buquerque, Helena Ramos, Altamiro Braga, Alice F. Bor-ges, Juracy Carvalho de Mattos, Herminia de Brito Torresda Luz, Maria Emilia Pereira Coutinho, Waldemar Fernan-des, Stanley Gomes, Edgard Barros Krun, Mario de ''li-veira Brandão, Dinah Goulart, Tete Xavier, Laudelino Pe-reira da Costa, Magnolia Malva Dias, Cyro Alfredo Coelho,Samuel Babo, Adovaldo F. de Souza, Henrique J. Boiteux.Hilda F. da Cunha, Ernani'Guimarães, Maria Francisca daSilva, Virgilina dc Oliveira Campos, Lucinda Jacques Boi-teux, Maria Augusta de Mattos, Ary Koerner Mignon, MariaJosé de Mattos, Mario Rocha Pinto, Jandyra Rocha Pinto,Pedro Augusto de Faria, Paulo Russel Mac-cord, Cyro F.Valladão, Olavo Pimentel Duarte, Didimo M. Muniz, JoãoPaulo B. Vieira, Maria Morena, Rosalina Moreira, OlgaMachado de Azevedo, Amantina N. Muniz, Eurico, Ana-thilde de Almeida Couto, Dulce de Sá, Fernandes Sapien-za, Alice Corrêa de Souza, Affonsina Meirelles Costa,Olga Natalina De Biasi, Oscar Augusto Knoll, Firmino Fer-nando de Moraes Carneiro, Maria Krieger, Idalina M. Leite,Lauiinda Ferreira de Macedo, Olga de Oliveira, João deJesus e Souza, Sylla Sobral de Mattos, Carlos Botelho,Luiz Maurmo, Nagib Baeeche, Anníbal Lobo Moreira daSilva, Joaquim F. Mendonça, Maximiniano Gonçalves PaimSobrinho, Isaura Gomes da Cruz, João Alves de Souza,Amalia Cavalcanti do Rego. Hermann de Faria, CamilloGarcia da Silva, Guilherme Lopes da Cruz, José de MelloAlvarenga, Justo Villar, José da Costa Rebello, João deCastro, Álvaro de Moura e Silva, Ah-aro P. A. de Camargo,Maria Emilia Silveira. Waldemar Pedro dos Santos,Edelvira Moraes, Alberto Ferreira Cardoso Filho, GlauciaTavares Amador C. do Prado, Mercedes Veiga HamiltonPeçanha, Alice da Silveira, João da Cruz Ratto, LaurindaRamos Teixeira, Aristóteles P. Firemant, Abel Hugo Ca-bral, Célia Martins, Arthur Bulhões, Fausto Soares deLima Pires, Haydée Lefévre. Jorge Pires, José Vital, Octa-vio Cabral da Silva, Julia Espinola Conde, João M. deGóes Nobre, Ernani da Costa Ferreira, Albertina do Amaral e Silva, Alzira Cardoso da Silva, Alzira Villarinho Braziél. Alberto Chaves de Menezes, Jeanneth França Martins,Leonidia da Silva, João Baptista R. de Almeiea, OlympioCorrêa Santos, Benidicta Baratta, Glyccria Campos Barros,Basilio Bastos, Maria C. Queiroz, Laura Granado, ClovisM. Sayão Cardoso, Jonathas Barcellos da Cunha, Angélicade Menezes, Carlos Lemos, Rossini de Medeiros Raposo,Waldemar Luiz da Rocha, Raul F. Meirelles, Sylvio daGama Marques, José Cláudio P. da Costa Ribeiro, Ernestoda Silva Cunha, Olga Almerinda da Silva, Amanda de To-ledo, Antônio Galdino da Silva, Elza da Silveira, MariaC. Vianna, Antônio M. Bittencourt, Waldyr SanfAnna,Luiz Vieira, José dos Santos Dias, Severo Rios Corrêa,Mario Pinto Fernandes, Zuleika Duarte Nunes, WalkyriaFragoso Lopes, Jayme Vianna. Horacio Urpia Netto, Alceuda Silva Amaral, Mozarina Kraemer, Joaquim A. F. Mei-relles, J isé Marcos do Nascimento, Rosina M. C. Bella-gambá; João Segadas, José Marques de Souza, Maria dasDores Oliveira Pinto, Luizita Vaz, Arthur Tapióca, J. Vaz,Pedro Alves do Sacramento, Amphilophio de QliveiraMello, Zena Pinto Navarro, Leopoldo Bra-xher, WaldemarMera Barroso, Guiomar Maciel, Carlos Sidou, Arthur dePaula Gonçalves, Álvaro de Ávila B. Mello, AlencastroRamos, Stellita de Freitas Barbosa, Antônio Estevão, Car-men Vieira, Argeu Bezerra, Judith Villeroy, Jayme Silva,Vicente Gonçalves da Silva, Zelia de Figueiredo, ElzaElizabeth Isensé, Guilherme Moreira da S. Lima, Marthados Santos Abreu, Mariechen Sophia Bandeira, Joannade Castro, Antônio Pinto, José Machado, Alzira Cardoso,Stellita F. Barbosa, José Machado Mello, Euciydes AlvesMoreira, Aristheu Accioly Lins, Salomão Machado, JoséRebello Antunes, Antônio V. Bittencourt, Gamoliel Perei-reira da Cruz, Alice de Alencar Araripe, Georgina de Car-valho,Alberto Carneiro Leão, Edgard Andrade Nascimento,Alzira Tenorio, Honorina dos Afflictos, Ivo Pinto Coutinho.Francisco Cardoso da Fonseca, Thereza Carneiro Vianna.Edith dos Anjcs Brandão da Silva, Cecilia Pires, IvonettaRosa de Moraes, José Augusto Itabaiana Coelho, CândidaCaruso, Leandro Ribeiro Gonçalves, Odilon Cruz, OrestesCruz, Oswaldo Senger, Juvenal Ribeiro, Carlos FabianoManuel Zeferino de Souza Beltrão, Salomão Machado(Hespanha;, Luzia Henriquesda Silva, Adelia Maia da Silva.

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O TICO-TICO ______

RESULTADO DO CONCURSO N. 384RESPOSTAS CERTAS :

1' — Cidra-Cidrãó.2" — Valsa, calça e salsa.3' — Alface-face.4" — Salmão.5" — Barcarola.0" — Marmello.De uma animação extraordinária. Demos como justi-

ficadas muitas das respostas que nos enviaram, visto satis-fazerem ás nossas exigências e estarem de accordo com asperguntas feitas.

O sorteio deu o resultado seguinte :Io premio — 10.000 :

Alfredo Martins Ribeirode 12 annos de edade, morador a Avenida Piabanhan. 772, Petropolis. h

2° premio — 10$000:

Eugenia Nobrede 12 annos de edade, residente á rua Benedicto Hyppoliton. 144, moderno e alumna da Escola Modelo AffonsoPenna.

Enviaram-nos soluções os seguintes amiguinhos :Elpidio de Mello, Zelindo R. Silva, Fcliciana Pedro

Motta, Galvina Lopes da Silva, Eduardo Caruso, Maria deLourdes Ornellas de Oliveira, Carlinda Rodrigues Amaral,Romualdo d'Alessandro, Maria do Carmo Dias Leal, Don-guinha Dias Leal, Carmita Dias Leal, Dudú Dias Leal,Nenê Dias Leal, Santinha Dias Leal, Nenê Lemos, Mariode Oliveira Brandão, Waldemar Scabra, Lygia Carvalho,Aguinaldo Ramos Pimentel, Octavio Salgueiro Bragança,Lia Azevedo Corrêa, Marina Mancebo, Estacio de Albu-querque Filho, José Maria Estcvcs, Maria Lilia de MenezesSoares, Orlaridina Coimbra, Alfredo Martins Ribeiro, Lu-cilla Chagas, Maria C. Vianna, Yruena Serzedello, JoséLeandro de Souza, José Cabral de Menezes, EugeniaNobre, Maria Ondina Guimarães, Themistocles MenezesChelles, Arlinda de Palma, Paulino Bergeret, A. Cardoso.Pedrinho Clément, Stella SanfAnna, Herminia de BritoFerraz da Luz, Heleno Schimmelpfeng, Zoraido Lima,Hylda Sarmento Teixeira, Bernardo de Azevedo Martins,Antônio de Souza Amaral, Aurora Ferreira Figueiredo,Alice Ferreira Figueiredo, Noemia Franco, Clovis de Ma-galhães Pinto, Otto Silva, Dora Ferreira Guimarães, Mariade Lourdes Guimarães, Maria Luiza de Oliveira, AntoniettaGuimarães, Luiz de Araujo, Ida Bruno, Paulo Assumpção,Hylda A. Silveira, Octavio Ferreira de Oliveira, Pedro Fer-reira de Souza Jur.ior, Raphael Santos Júnior, AlbertoVianna, Hilário Silva Passos, Carlos Miragaya, Oscar Reis,Nenê D. de Abranches, Oscar Augusto Knoll, Georgina Lo-pes da Silva, Tete Xavier, João Lucas de Azevedo, Venan-cio da Silva Passos, Nilda Mascarenhas, Pequetita Lopes,Renato Chiodi, Behutt Pinheiro e Hugo de Avellar Pires.

CONCURSO N. 387PARA OS LEITORES DA CAPITAL E DOS ESTADOS

lllllllllllllllllllAhi estão 20 palitos.Desejamos que vocês formem com elles o titulo de um

semanário muito querido.Destribuiremos dous premios de 10$, por sorteio, en-

tre os leitores que nos enviarem soluções até o dia 4 deNovembro.

DO CONCURSO N. 388PARA OS LEITORES D-ESTA CAPITAL E DOS ESTADOS

Perguntas :1' —Qual é o apparelho que limpa,que no augmentativo

é monstro e tambem soldado?

ADÃO NETOA perfeição em calçados para

creançasEncontram-se em todos os depósitos

POR ATACADO.UA DA ALFÂNDEGA I 9 I -mo de janeiro

2'—Qual éo nome de um celebre imperador compostode um rio e de um animal ?

(Enviadas pelo menino Miguel Carvalho*, Madureira)3-—E' frueta muito apreciada

Mas, leitor, sem o finalAs duas ultimas syllabas,

E' animal.Tirando só prima c quintaAcharás com alegriaOnde os remédios se vendem.

4-—Roda, roda, sem pararNa musica; afinal,Leitor, tu vais encontrarUm quadrúpede animal.

5'—Qual é o movei que está isolado na musica?(Enviadas pela senhorita Dulce Muniz de Albuquerque)

6-—Qual é o instrumento de musica que affirma tervisto o homem?

(Enviada pela menina Edyza, Florianópolis)Receberemos soluções até o dia 25 do corrente.Os premios são dous de 10$, que serão distribuídos por

sorteio, entre aquelles que nos enviarem soluções certasASSIGNADAS e acompanhadas dos respectivos vales, re-sidencias e edades, até aquella data.

As soluções que chegarem depois do dia da recepçãogeral não serão apuradas.

AVISONão entrarão nos sorteios as soluções que não esti-

verem precedidas das condições acima, assim como asque contiverem trabalhos ou tratar de outros assuiaptos.

imlf

CONCURSOS ATRAZADOSAinda hoje publicamos alguns nomes de nossos ami-

guinhos, que nos enviaram soluções para os concursos,que se seguem, cujos resultados já demos á publicidade :

CONCURSO N. 360Antônio Severini, Luiz Ramos, Maria Avellar Lima e-

Aracy Gualter.CONCURSO N. 361

Ilildebrando G. Menezes e Alexandrina Lignore.CONCURSO N. 302

Virgílio Carneiro Leão, Luiz Thompson e Alberto Li-meira da Veiga.

CONCURSO N. 363Annibal Rolph de Paula Lima, Georgina Carvalho,

Luiza Pereira Martins e Arthur Pereira Martins.CONCURSO N. 305

Stellita Freitas Barbosa, Luiz Filgueiras Vasconcellosde Abreu e Luiz Thompson.

CONCURSO N. 372Antônio Vianna Bittencourt, Edgard Veiga e Alberta

Valerio.CONCURSO N. 373

Dulce Muntz de Albuquerque, Nicanor Monteiro,Ibrahim de Mello, Laura Verçosa, Yolanda B. Robinson eAbigail Nicomedes do Valle.

CONCURSO N. 381Romulo d'Alessandra, Maria Heloisa T. de Oliveira,

Elpidio de Melio, Jeflerson Rola, Carlinda R. Amaral,Aguinaldo R. Pimentel, iV ária do Carmo Dias Leal. Don-guinha Dias Leal. Dudú Dias Leal, Santinha Dias Leal,Tete XiMer, João Barbosa da Silva Júnior, Maria dc LourdesGuimarães Carvalho, Angélica dc Carvalho, Jayme Tei-xeira Guimarães, Estacio dc Albuquerque, Zenaide deSouza e Silva, Dulce Muniz de Albuquerque, ArmandoDiltcncourt.jWaldemar Mera Barroso. Aguinaldo de Lima,Mario de Onveira Brandão, Zelia Cavalcanti, Govina Lopesda Silva, Judith dos Santos Abreu e Georgina Lopesda Silva.

Olhai para o futuro de vossos filhosDai-lhe Morrhutna (principio activo do óleo da

fígado de bacalhau, de

COELHO BARBOSA & C. ¦-¦^TSSSS^o*assim os tomareis fortes e livres de muitas

moléstias na juventude

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O TICO-TICO O MYSTERIO DE PAVIA XIX (Continuação)

1) Mas Leonardo teve uma idéa. E em-Quanto Gastão fazia uma barricada deanteda pcrta, o criado mostrou uma janellinhaque dava para 0 telhado.

2) Com duas cadeiras sobrepostas Gastãoe Corsini sahiram pela janella. Leonardo,antes de sahir também, poz fogo á casa.

3) Passaram os trez para o telhadoe d*alli conseguiram alcançar a casa vi-sinha, que felizmente não era muitoalta.

4) Saltando para um terraço e d'ahidescendo pelas janellas, conseguiramchegar a outra rua antes que os soldadosdescobrissem a fuga.

5)—E' preciso antes de tudo salvar Ade-hna, disse Gastão. Se ainda fórtempo —observou Corsini.

6) Dirigiram-se á casa onde estava Ade-Una, mas encontraram a casa guardadapor soldados do tyranno.

?*7) Tiveram que fugir.— Mas não ha du-

vida disse Corsini. Temos outro recursoPara entrar nesta casa.

H) Temos a porta secreta, que dá paraoric—E' verdade — disse Gastão. Cor-reram para o rio metteram-se em uma gon-doía.

0) E approximaram-se com precaução.Felizmente a casa não estava guardada poresse lado.

10) Corsini ia abrir a poi ta quando seouviu um grande grito, vindo da sala decima. — E' a voz de Adeltna, exclamouGastão.

11; !•, _spada nos denies.mostrandoagilidade maravilhosa, agarrou-se aos or-natos da parede e subiu até á janella...

, .-) \ iu, então, uma moça, loucaaeierroí.agrilhoadá deante de um homem que a utava com ódio. Eram Adelina e Spalatro

iConclúe no próximo numero)

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AS DESVENTURAS DO CHIQUINHOO CASO DO SE. SEVERO O TICO-TICO

1) Um dia, Chiquinho pulou para a chácarado visinho, o Sr. Severo, e poz-se a pular nasarvores. O Sr. Severo veiu e ameaçou de ircontar a papai. Chiquinho jurou vingar-se.

m

2) No dia seguinte foi brincar comAlice e José, os dous filhos de Severo,e propoz-lhes uma brincadeira...

3) Sentaram-se e começaram a deliberar so-bre o que deviam fazer. Cada qual lembravauma idéa, mas nenhuma agradava.

4) De repente, Chiquinho pulou para cima da 5) Já notei que elle tem o cos- 6) E, sem mais demora, esmagou uns pedaçosmesa gritando, muito satisfeito: Tenho uma bôa tume de passar a cartola pelo rosto de lápis de desenho e entrou na sala. A cartola doidéa quando está conversando. Sr. Severo estava na sala.

* ¦ * *' ii ¦ ¦¦¦ "—- - - ¦ -¦ - ¦¦¦ ¦

•^ÍS___£ J™_____S7) Mas o Sr. Severo collocou-a sobre uma cadeira,

ao pé de si,e estava conversando com outras pessoas.8) Mas Chiquinho não desanimou

com isso. Metteu-se embaixo da mesada sala com o lápis esmagado em umalatjnha....

9)... e apenas o Sr. Severo se dis-trahiu, Chiquinho fez o serviço muitobem feito e poz a cartola no logar,outravez.

10) D'ahi a p^Ruco o Sr. Severo come-çou a passar a cartola pelo rosto e o re-sultado foi completo...

11)... Em poucos minutos estavacom o rosto sujo como o de um car-voeiro.

Havia mesmo deante d'clle...

12). . um espelho e o Sr. Severo viu logo como es-tava. — Que é isto, meu Deus I — exclamou elle — eufiquei preto (Continua)

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O TICO-TICOEXPEDIENTE

EDIÇÃO DE 24 PAGINAS

A empreza d'0 Atalho publica todas as quartas-feirasO Tico-Tico, jornal illustrado para creanças, no qual colla-boram escriptores e desenhistas de nomeada.

LRedacção, escriptorio e ofíicinas rua do Ouvidor,fl. 164 e Rosário, n. 173.

Condições da assignatura:

interior :exterior

1 anno,1 »

11$000,20$000,

6 mezes 6$0006 i 12S000

Numeroavulso, 200 réis. Numero atrazado,-500réis.As assignaturas começam em qualquer mez, termí-

nando em Junho ou Dezembro de cada anno.Não se acceitam assignaturas por menos de 6 mezesToda a correspondência—pedidos de assignaturas. etc.

deve ser dirigida ao escriptorio e redacção d'0 Atalho.rua do Ouvidor.n. 104, antigo 132, Rio de Janeiro.

As lições de vovôO movimento de rotação da terra e a

gravidadeMeus netinhos :Os antigos diziam que a terra era immovel, que se

achava no centro do universo e que artastava, em seu mo-vimento de rotação, o sol, as estrellas e os outros corposluminosos que illuminam o nosso globo.

Não é verdade. Aquillo que nós chamamos céu, istoé, o espaço indefinito onde se movem os astros, não é umaesphera ; a terra não oecupa, o seu centro, e, finalmente,não é immovel como acreditavam os antigos.

Suspensa no espaço, sem um ponto de apoio, como. alua, o sol e as estrellas ella gyra sobre si mesmo em vintee quatro horas,

Ao mesmo tempo que ella effectua esse movimento derotação, ella desloca-se no céu, e descreve em volta docéu e uma linha curva muito parecida com um circulo, sebem que um pouco alongada; essa linha é chamada ecli-ptica ou orbita terrestre. Esse movimento que a terraeffectua em roda do sol chama-se movimento de trans-la cão.

Voczr

Jjk\ M.^^Hoje, porém meus, netinhos, vamos nos oecupar só-

mente cor.-, o movimento de rotação.Vocês sabem perfeitamente que a terra gyra de Oeste

para Este, com uma velocidade, que varia segundo a latti-tude do logar; essa velocidade é,ao nivel do solo, de 46ometros por segundo, no Equador, de 305 metros em Parise de 0 metro nos Pólos

Se vocês fossem, portanto, deixassem cahir umapedra de uma casa, e a terra parasse nessa occasião,a pedra continuaria a mover-se em direcção de Este coma velocidade inicial de 305 metros no primeiro segundo.

Podiam também vocês subir na Torre Eiffel qne é umadas mais elevadas da terra e deixar cahir de uma extremi-dade, uma pedra, c observariam que o ápice da Torre Eiffelmove-se mais ligeiro que a base, pois elle se encontra a 300metros acima do nivel do solo e descreve, portanto, um cir-culo muito maior que a base, no mesmo espaço de tempo;que a pedra teria uma velocidade inicial superiora 305 me-tros, e que se moveria cm direcção dc Este, sendo ao mesmotempo sollicitada pela gravidade que é a força que attraheos corpos pari' a superfície daterra.

A pedra te.-eria, portanto, a approximar-se cada vezmais do solo e _. escreveria a curva A B ; emquanto ellePercorre essa curva 3 Torre Eiffel ter-se-hia deslocado paraEste com a terra : mas, como já disse aos meus netinhos,sendo a base animada de um movimento menor que o do

ápice, quando.a pedra tocasse no solo, a base da Torre es-taria 106 millimetros para traz.

_ Portanto, vocês já sabem o que é movimento de ro-táção e translação, e que elles existem como acabei demostrar, pois se hão existissem, a pedra cahiria em Tinharecta e nao se affastaria da base.

Esse affastamento porém só é apreciável em grandesalturas como 150, 200 e 300 metros.Vovô

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ràtota— - ______R____________ ______B ^-* -' *9_R__r'«__"___¦___! Bvr_____]__V____ S

Seis Interessantes fllhinhos do habll amador photographoUj-ppolito de Souza Rodrigues, residente em Tinibaúba, Pernambuco. Estão n'.im banqueta iniimo, em homenagemao nosso travesso Chiquinho.

O SONHO DA BORBOLETAEra uma enorme borboleta azul, de um lindo azul tur-

queza, com reflexos de azul ferrete nas pontas das azas.que vivia o dia todo nos jardins, irrequieta, de flor emflor.

A' noite, a linda borboleta ia abrigar-se das trevas sobum ramo de lilazes, para no dia seguinte, logo cedo, iiirrequieta,de florem flor, sugar o nectar desejad..Uma noite, a borboleta sonhou.Sonhou que uma fada a transformara numa sultana de

estonteante c rara bcllcza e que, num throno, ella recebiade todo mundo saudações, pois o povo era seu escravo evinha submisso render culto á belleza da sua sultana.

Os mais intrépidos e valentes eavalleiros vinham derenhidas batalhas depositar aos pés d'ella suas espadasvencedoras.Quando ella passava, cahia sobre sua cabeça, uma

pcrenne chuva flores e bênçãos.E ella, altiva, seguia pelas eftradas, fitando a turbaextatica, que rendia culto á sua belleza.As flores ao reconhecel-a, desfolhavam-se e por umanuvem de pétalas, num extenso tapete aromatico de ma-tizes variegados, lá ia ella, indifferente a tudo.A fada vendo que ella se tornara soberba em vez de

humilde, bóa e compassíva, attendendo a todos que a iamsaudar, metamorphoseou-a novamente em borboleta, eeil-a, de flor em flor, de ramo em ramo, buscando a doceambrosia embriagante.

E a borboleta em sonho, voou.Voou sem destino, contando as trevas nocturnas.Nisto, o alluvião dc povo que, submisso, rendia preitoa sua belleza e magnificência, revoltado, tentava vingar-se dc seu despreso. E a borboleta, louca de terror, voava,voava.Uma espada afiada atravessou seu corpo de lado alado... e accordou 1

A pobre borboleta azul debatia-se agonisante já, es-petada num agudo espinho. O sol vinha raiando rubro equente, clareando tudo.. •

Lindoya de Moraes

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O PETISCO INESPERADO O TICO-TICO

v E" J_H v ___¦ __yWfcl_y k<\; i

vi.. ^

¦¦ -i ..-.¦.

1)— O sargento já deve estar impa-ciente. Demorei tanto em trazer-lhe ojantar, que ha de estar com uma fomedamnada.

2) — Pobre sargento 1 ainda por cimao jantar hoje é só uma sopa muito in-sossa.

3) — Hein ? ! Que é isto? Que agradavel surpreza I Não posso dizer que..'

__ -rr-y, 1 |—

j •

4)...nic cahiu :i sopa no mel, mascahiu me o presunto na sopa

">) — Agora toca a andar. E' precisoandar depressa Que alegria vai ter osargento.

6) — Ahi tem, sargento; a sopa lw|demorou um pouco, mas veiu bem ac-l,|panhada,