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ANNO XVIII RIO OE JANEIRO, QUARTA-FEIRA. 7 DE FEVEREIRO OE 1923 R. 905 ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TOUOS OS SEUS LEITORES•£<£. > UMA PILHÉRIA DO CHIQUINHO ^i f-*j^Srf!v-M«r»ÍI«»B»»M«ar^^»¦*-¦'-"•" *^fi»fi'-'.;,;:.:::"»;-íj|::# ""*¦ Xt&tfJ £¦' ¦'¦ !«-_/" «ta ^fâ^ Chiquirfho, aproveitou o momento em que sua gM ^a^^ /Al"*" £l020U' P00**0 na5 cc,sta-s de Jagunço a|| mãe jogava o pocker com umas amiguinhas para H «3a,// §j pelle-de urso. Vae, meu amigo, faz o teu papel 9 j ... que o faz ! se foi Jagunço como um verda- ?'.. como uma bómbãT lagunco assnrnníi7pr>r»rAM gH ¦deiro urso polar. As jogadoras estavam no melhor do \ , , Jipolicia não faria melhor. Houve gritos, ataques de ner-K ¦jogo, com uma parada diifficil, quando...\/ \jflIvos> trambolhões e moveis quebrados. A festa custotS

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ANNO XVIII RIO OE JANEIRO, QUARTA-FEIRA. 7 DE FEVEREIRO OE 1923 R. 905

ESTE JORNAL PUBLICA OS RETRATOS DE TOUOS OS SEUS LEITORES •£<£. >

UMA PILHÉRIA DO CHIQUINHO ^i

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Chiquirfho, aproveitou o momento em que sua gM ^a^^ /Al "*" £l020U' P00**0 na5 cc,sta-s de Jagunço a||mãe jogava o pocker com umas amiguinhas para H «3a, // §j pelle-de urso. — Vae, meu amigo, faz o teu papel 9

j ... que o faz ! Lá se foi Jagunço como um verda- '.. como uma bómbãT lagunco assnrnníi7pr>r»rAM gH¦deiro urso polar. As jogadoras estavam no melhor do \ , , Jipolicia não faria melhor. Houve gritos, ataques de ner-K¦jogo, com uma parada diifficil, quando... \/ \jflIvos> trambolhões e moveis quebrados. A festa custotS

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_ O cão ouviu os gansos dizerem que não sabiam porque J\ > ] rV **'a creacão- Entretanto, havia uma raposa que vi-razão punham ali um cão de vigia, pois elles bastavam l i^^- i ás' i II sitava ; empre aquelles sitios, onde causava grandes es-para guardarem... k -'£ f,^, I tragos e não...

L...raro se via o lavrador d'alli indignado com cs pre-

juizos que a raposa lhe dava, matando as gallinhas.

O homem, aborrecido com aquillo, resolveu ven-der as gallinhas, deixando só a creação rquatica.— Agora é cie me vou vingar, disse o cão.

E naquella noite o cão foi passear. No dia seguinte,quando voltou, soube que os gansos haviam passado porséria decepção, A raposa os papára.

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ANNO XVII RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO DE 1923 fí. 903

II

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O SAN G U E

Meus netinhos :ABEM vocês o que é o sangue? Provavelmente nã3sabem mas o Vovô vae lhes dizer. Ao contrario doque qualquer um de vocês pode suppôr, o sangue não

é simplesmente lim liquido dc côr vermelha escura que corredentro das veias do corpo humano e dos animaes. E', na ver-dade um liquido, mas que contém um prodigioso ajuntamentode glóbulos infinitamente pequenos, uns brancos e outros ver-melhos, glóbulos esses que são cellulas vivas, de cuja saúdedepende, tão somente, a nossa própria vida. Além do liquidopropriamente dito e dos glóbulos de que acabo de falar a vo-cês, o nosso sangue contém ainda gazes. Três elementos, pois,

•jh ledos indispensáveis á vida, entram na composição do sangue:jf o liquido, os glóbulos e o sangue. Os glóbulos vermelhos sãoO em muito maior numero do que 03 brancos. Numa pequena got-•X ta dia sangue do tamanho da cabeça dc um alfinete existem mi-4. íhões de glóbulos vermelhos. Um millimetro cúbico de sanguey contém, na media, cinco milhões de glóbulos vermelhos.

¦-• E como se podem contar taes glóbulos em tão peque-na quantidade de sangue? — hão de perguntar vocês cheiosde curiosidade.

Muito facilmente. Deixa-se cahir •uma gotía de sangueV sobre uma lamina de vidro na qual se tenha praticado ante-'Q' rionnentc uma pequena cavidade. Cobre-se, em seguida, estaX lamina, com outra semelhante e colloca-se-as sob um microsco-* pio, apparelho que vocês já devem conhecer. Essas lâminas dev vidros, são divididas em quadrinhos pequeninos, que se asseme-A lham a uma reticula photographica. Contam-se então os globu-\T los que se podem ver om cada quadrinho e, assim, se avalia a)£ porção dc glóbulos contidos na gotta de sangue.

Esta operação de inspecção microscópica do sangue émuito delicada e exige muita habilidade e paciência, mas émuito útil. Por meio delia ficamos sabendo o numero de gjo-bulos brancos e dc vermelhos que contém o sangue. Essie nu-mero varia segundo o estado do nosso organismo. São os glo-bulos vermelhos que dão ao sangue a sua côr própria. O san-gue é rico quando contém muitos glóbulos vermelhos. Estes,

xistos separadamente, vistos em unidade nomicroscópio, terão a côr vermelha? Não.São amarellos. O seu grande numero, asua accnmulação é que fazem o sangue pa-recer vermelho.

Quando qualquer um de vocês, espeta odedo com um alfinete sae logo uma gotti-nha de sangue. E' preciso prestar sempremuita attenção para a côr desse sangue.:Se elle fôr de côr vermelho vivo, for-te, é signal de que o organismo que o

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.evovo ocontem esta sadio, com saúde. Se, ao contra-rio, o sangue fôr pallido, fraco, é symptomade perturbação de saúde, o organismo neces-sita de se tonificar. A côr vermelha do san-gue é devida, -como já disse a vocês á _*¦"Y- ¦-.maior porção de glóbulos vermelhos.Quanto mjaior fôr o numero desses glóbulostanto mais rico será o sangue. E sabem osmeninos porque o sangue empallidece, torna-se fraco, porque os glóbulos vermelhos se reduzem a numerotal, que não possa dar a côr vermelha viva ao sangite ? Pelaacção dos gazes que contém o ar que respiramos. O ar vicia-do é a principal causa da pallidez. O ar estragado contém ga-zes que são venenos para os glóbulos vermelhos do sangue.Pela acção desses venenos, que matam 03 glóbulos, o numerodestes pode ficar reduzido a menos da metade, a quasi umterço da sua quantidade normal,

Vocês, que talvez não possuam -um microscópio e por issonão teêm elementos para ver os glóbulos de que é formado osangue, hão de desejar saber a forma delles. Os glóbulos ver-melhos têm a forma da rodelas pequeninas, chatas, mais dei-gadas 110 centro do que nos bordos. Sua fôrma é bem seme-lhante á das lentes usadas pelas pessoas que soffrem de myo-pia. Quando o sangue tem a côr vermelha viva, está saudávelemfim, os glóbulos vermelhos são todos da mesma forma etêm todos o mesmo tamanho. Será' bastante interessante para osmeninos saber de onde vêm esses glóbulos, maravilhosos, quesão a vida, a riqueza do sangue. Elles se originam nos nos-sos ossos. M'uita gente pensa que os ossos são duros, não vi-vem e têm apenas a funeção de servir de armação para onosso corpo. E' um rengano. na realidade são vivos, cheios deuma substancia que o vulgo denomina tutano, que é um dostecidos mais activos do nosso corpo. As cellulas de que é for-mado esse tutano têm a surprehendente faculdade d.s produziros glóbulos vermelhos. O sangue, quando atravessa os ossos,leva esses glóbulos comsigo, enriquecendo-se, a menos que ameuulla, o tutano dps oasos, não esteja affectada piela acçãodos gazes impuros, que lhe são levados pelo sangue, quando \respiramos um ar infeccionado.

Ficam, assim vocês sabendo o queé o sangue e qirçes as suas partes consti-tutivas. Muito ha ainda a dizer sobre osangue e sobre o papel que elletem no organismo.

Vovô ha de tornar a falar avocês do sangue, quando passaro reboliço a qtie todos os netinhosse entregam nesta semjana de Carnavalde riso, de troça, de folia.

VOVÔ

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Vo

i O HCO-llG} ini.iunnr.iiiiimmuniliii nmiiiiiiiiiiiiM

HundanoUIIIUIII llllllllll IIIIM' i lllllll lll HlMIlllllllllll

.ANIVIVERSAltlOS

Faz annos hoje o estudioso Paulo, fl-lho do Dr. Paulo de N. Braga.Haydée, graciosa filhinha do Sr.Álvaro Guimarães, completa hoje tresannos de idade,Está também, hoje cm festas o lardo Sr. Antônio de Castro Borges e deD. Santa Rodrigues Borges, por motivoda passagem de mais um anniversario

• de sua filhinha Maria de Belém.—• Festejou hontem o seu anniversa-, rio na'tallcio o intelligente menino Ro-,meu de Padua Reis, nosso leitor e ami-

guinho.ÍÍASCIMEAIOS

(S O Sr. Oduwaldo de Brito e sua se-Jl nhora D. Rachel de Almeida Brito par-A ticiparam-nos o nascimento de seu fi-y lbinho César, occorrido no dia 20 do mez

findo, nesta capital.£ EM LEILÃO...A No bairro do Botafogo :X — Quanto dão pela belleza de Sylvia ?Apela intelligencia de Rache T.? pela a,p-y plicaçâo de Elza ? pelo desembaraço deTJoao Ramos ? ;pela delicadeza de Casti-O lho ? pela conversa de Jucá ? pela poli-•!• dez de Lisa Farra ? pela tristeza de Ca-Amilio? pela quietude de Haydée Cordei-T ro ? pela rectidão de Wilton Cordeiro ?A e, afinal, quanto dão pela minha bon-

dade? — A. F. M.\ — Fui ha dias a uma esplendida festa

no ipalaeete do distineto e afamado clini-'co Dr. de S. onde tive ocoasião de ve-rificar o quanto é agradável a Dlle. Oti-¦lia; a incomparavel belkfca da Dlle. Ma-

>riazinha; os negros olhos da Dlle. Eu-Anice; as ruidosas gargalhadas da Dlle.A Marietta; os "flirts" da Dlle. Edméa; o

meigo sorriso da Dlle. Nair; os doura-idos cabellos da Dlle. Helvécia; os bellosy modos da Dlle. Elza; a constância da•J-Dlle. Dulce; a agradabillissima palestraAda Dlle. Mar 11 da; os insinuantes olhares.J. da Dlle. Áurea; a jovialidade da Dlle. OI-À ga; a sonora voz da Dlle. Diroe; os en-cantos da Dlle. Violeta; o culto espirito

ida Dlle. Marina; o inexpunavel garbo du, muito amiguinha... Dlle. X?.Leilão das alumnas do 3o anno daEscola Rodrigues Alves :

Quanto dão pelos cachos de Alzira Ma-chado ? pelas risadas de Maria Ribeiro ?-r pelos lindos vestidos de Haldine Lima?Ç> pela sympathica Judith Sá; pelos cabel-•J. los de Isbella A. Videira ? Pelos s.uri-(\ sos de Hebe Seixas ? pela belleza de... Hccila Costa ? pela gordura de TherezaA Silveira ? pela bocca de Maria da Encar-y nação? pela magreza de José Joviano?r pelos olhos de X. X.y — Leilão das seguintes mocas c rana-•I-zes do Curato de Santa Cruz:f\ Quanto dão pelos cachos da Doroll.':i",«. pela simplicidade da Victoria ? pelo sor-Ã riso da Albertina ? pela meiguice da Syl-via N.? pelo retrahimento da Diva N '

pelo sorriso da Inah ? pelo andar deOrlosvaildo? pela altura de César Mar-tha ? .pelo acanhamento do Agostinho *pela. sinceridade da Clarice ? pela gra-ça da Joca ? pela bondade do Keca ? pe-Ia bocca do Zayde Andrade ? pela ma-£re,a do Bituhy? pela sympathia do/\ Deolindo? ipela face rosada dc Lygia''y pela elegância de Una? pola bondadoide José Motta? pela bondade da Dia-Wnlra. dos s 7 pelo andar elegante do*Enéaa 11. T ip*lo andai* elegante do

0 mentel .' emtnn quanto dão pela linguaCLOEIRA ?— Estão em leilão

Odette Costa? pela magreza ae Arlette?pela tez morena da Padilha? pelo com-portamento da Áurea? pela tagarellice deNair ? pelo gênio íolgazão da Paulina ?pela bondade <J#f Saldanha ? pela appli-cação de Juracy ? pela altura de CelinaRoxo ? pela meiguice de Nancy ? pelossorrisos de Josephina ? pela alegria deCelina Figueira ? pela linda cabelleirade Purancy ? pela voz da Julia ? peloandar de Yára ? e finalmente quando dão¦pelo penteado de Albertina ? — O LEI-LOEIRO.

Leilão das senhoritas e rapazes do Jo-ckey-Club :

Quanto dão pelos cabellos de Aisn ?pelos olhos de Maria da Gloria ? pelacor morena de Amélia ? pela belleza deMaria Rocha ? pela simplicidade de Al-

ncy; j.le o Aore- Y

Quanto dao tpela meiguice do Nancy;pelas risadas de Elza ? quanto vaitalento musical de Vera ? por queço pôde ser avaliada a graça de Léa ?qual o valor dos lindos cachos de Mer-cedes ? quanto custaria a sympathia deNilza ? quanto dão pela linda tez de Ma-ria da Conceição ? quanto vale a deli-cadeza de Carmen ? por que preço podemser avaliados os bellos olhos de Dinah ?/qual o valor da bondade de Sylvia ?quanto custaria a gordura extraordina-ria de Laura? quanto dão pela intelligen-cia de Carmen Sardinha ? quanto vale aesperteza de Léa ? e finalmente porquanto pOde ser avaliada a minha taga-rellice ?

VA BRIU.EVDA

O MODELO Di SEMANA

V

ferina da

.•-6

Estão na berlinda as seguintes meni-nas e meninos quo moram e freqüentama rua Acre :Delphim, por ser bondoso; Aristides,

por ser delicado; Eduardo, por ser dis-tineto; Luiz, por ser amavei; Antoninho,por ser dócil; Aleda, por ser sipmles;.Marina S. P., por ser saliente; Helena,ipor andar requebrando; Marina N., porgostar de Doralice; Ruth, por ser gentil;Graciema, por ser symipathica; Maria da •$¦Conceição, por não pentiar o cabello. E oeu ,por ser o repórter. XEstão na berlinda as seguintes se- Ànoritas e rapazes de Botafogo X

Amélia d'Avila, por ser muito sincera; ÀMagdalena Sá Freire, por parecer uma Ysantinha; Ondina Sá Freire, por ser in-simiante; Honorina , por ser boasinha;Nair Lossio, por ser desenhista e capri-ohosa; Laurita Mendes, por ser mimosa;Aida Lossio, por gostar de bailes; IgnezLamengos, por ser sympathica; Lontina,por gostar de Portugal; Luizina, Mesqui-ta, por gostar de mim; Maria José Mes-quita, por gostai* do foot-ball; AnnitaMesquita, por ser muito estudiosa; Ms- 'ria José Bittencourt, por ser muito riso-nha; Maria Paulina, por ter uma saúda- ,de oceulta; Belmira, .por gostar de foo- ,ting1; Dr. Segiismundo Bello, por sermuito risonho; F. Godoy, por ter uma 'saudade oceulta; Luiz Moura, por usar 'óculos; Gervasio Britto, .por gos-tar do bello sexo; tenente Regino, por-ser ciumento; Cassiano Nobrega, ipor sermuito forte; Arlindo Suzarte, por serelegante.

Estão na berlinda os seguintes do1" team do estimado Club UruguayA. C. :

Antonio, por ser elegante; Alonso, porser um bom keeper; Bronze, por saberlidar com a bola; César, por se- muitoamavei; Frederico, por ser o pae de to-das as creanças; Graco, por ser um jo-gador mais bonito; Kleber, por ser oírtals calmo no jogo; Hugo, ipor ser obeek de arrombo; João, por ter o shootformidável; Nascimento, por ser um dosmais estimados jogadores; Oséas, por tero costume de driblar; Vianna, ,por ser odirector — A TORCEDORA.¦— Estão na berlinda as meninas e me-ninos de Oswaldo Cruz, não sendo todos:

Amélia,-Ipor ser gentil, Lourdes, pelasua belleza; Clara, por ser risonha ;Acácia, por ser orgulhosa; Juracy, porser entrosa; Prachedes, ipor ser sincera;Alice, por ser muito bonita; Margarida,pólos seus cabellos louros; Irene, porser a mais bella da Avenida; Cornella,¦por ser a mais bella; Eglantina, por seramavei; Miguel, por ser o mais bello; Ra-tfael, por ser muito chie; Hermogenio, .por

Qu:n,'o"dao©7la appliração de Euni- Parecer COm O ChiCO-Bofa.I¦pela elegância de Elza? pelos lindos ~ -Hatto na berlinda os moradores do

<©-.-H-Í0N<» cos (ti me pnra4 a li annos

ini' ninos de

tair ? pela belleza de Celina Fernandes?pela graça de Jandyra ? pola bondadede Jupira ? pela delicadtca de Elza ? pelaaltura de Helena e de Noemia Canton ?

i— Estão no leilão os alumnos da Es-cola Barão, de Macahulms :

as seguinte! aluninasdo 5" anno 12" nuno) da Escola Enncsne Sòuca :Quanto dão pelabelleza da OdetteLopes ? peia gorduratfa, Ondina? pelasÇllljlllees ,],. <'.,,.;,.

Mi ? peita in-telllgoncia da

v Débora? pe];,.. le

ceolhos de Edith ? ipela graphia de Um-bellna ? pela assiduidade de Lourdes ?pelos cabellos dc Celina ? pela slmplici-dade de Georgina? pelo andar de Va-lentina ? pela, amabllidade de Clotilde?pela bondade de Nancy ? pela altura de

AIIk ri iti.V' pela candura de Lfopoldina?pelo retrahimento dc Kosalina ? pela ca-niaradagem do Ledo ? pola alegria doJoão? pela sympathia do Beatriz? c fi-nalmente quanto dão pela. minha linguamysteriosa ? — WALLAC10 KICII).

— Leilão dos iirincipaes dotes das me-m Ia da ninas da rua Delphim

Uruguay :Raul, por ti-

r a r medalhasde canários naexposição; Fio-rinda, ipor seruma boa pia-n 1 sta; Dinah,por ser elegan-te; Ivo, ipor seiJBmito. cuida-doso; Marocas,¦por ser amarainha; e eu porser, Quem Mouf

<* £>+<>:<>ío*o*o<-o-i-o*o+o*o*o*o*o*o*o+o+o*o*o*o*o*'rO •^o^?-•o.^<^.T.^v^<í>.^<>•^o-I•<>-!-o••!-o•^<>•:-<>*

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í <>-K>-H^O."<>-^*<>---"Ç>-K>*<>vO.'0^ O TICO-TICO *0*OvO

*

<

O AMBICIOSO BRITADOR

r homKm que arrebenta pe-f dras nas pedreiras chama-se

britador. Seu trabalho é mui-X to penoso e, não obstante, mal pago.y Elle trabalha tantas horas por tãoX pouco dinheiro que muitas vezes pe-X de aos céos que lhe dêem fortuna pa-X ra que possa dormir e comer sempre

Ao ver todo aquelle esplendor, o Eis, porém, que surge uma nu- '£opulento millionario, outr'ora humil- vem no céo e consegue embaraçar os -!¦de britador, exclamou

Como eu desejaria ser rei!Novamente surgio ao seu lado o

anjo bemfazejo, dizendo-lhe :Seu desejo foi ouvido e será

realisado.

y . ^^^^MV':; V'-^JÍÉte :l__tó__àí;^\Rf ^^pã^^^a,.^ '__sa__-_-_--l---f'" im m? '^V e quanto lhe approuver. Um dia,

quando o calor era tanto que a pe-clreira parecia uma fornalha, umbritador parou de trabalhar alguns

2 minutos e, suspirando, disse :— Como eu seria feliz, se estives-

raios do sol.Ah, se eu fosse uma nuvem ! y

exclamou elle, vendo-se vencido; c Àno mesmo instante foi transformado vem nuvem, graças ao mágico poder £do anjo. <S

Como nuvem estendeu-se e despe- «5jou água sobre os valles. Uma noite, tuma ventania muito forte espalhou a ..nuvem, que immediatamente desejou õser o vento, cujo poder parecia in- Àvencivel. E o vento derrubou ar- rvores e casas, produzio tempestades 9formidáveis, fez com que das alturas <>cahissem aeroplanos como pássaros

'kferidos. Comtudo, o rochedo perma- Xneceu immovel e indiffemite aos ar- \ranços do vento. \

Meu supremo ideal é ser um ro- $chedo — disse o vento. aComo sempre, o anjo dos favores X

promptificou-se a realizar o desejo Xmanifestado. y

Na manhã seguinte o vento era ro- 0chedo, mas, no mesmo dia, um brita- ador chegou cantarolando junto ás ro- Xchás e com o pesado morrão espati- Yfou-as em algumas horas de tra- Abalho. X

E o rochedo finalmente gritou : _*—- Este britador é mais forte do \

E assim aconteceu. O capitalis-ta foi feito rei. Teve em suas mãoso destino de um povo.Dntador parou de trabalhar alguns

v minutos e, suspirando, disse Recebeu todas as honrarias e zum-A — Como eu seria feliz, se estives- baias com que são'tratados os reis.$ se agora deitado em um leito macio. Mas, um dia, notando quão poderoso _ue eu e desejo transformar-me em ,

Cerraria o cortinado para que os era o sol, como podia elle com os seus britador. Amosquitos não me importunassem e. raios murchar as flores e seccar os O anjo desceu do céo mais uma adormiria, dormiria. , X

Mal haviam sido pronunciadas es-sas palavras, quando um anjo se ap-

_ proximou do britador e lhe disseA baixinho ao ouvido :

—Seu pedido foi ouvido, seu de-sejo será realizado.

No mesmo instante tornóu-se elleum homem rico. Não lhe foi dado só-mente o leito macio que almejara esim todo o conforto e luxo geralmen-te proporcionados ás pessoas ricas.

0 Não lhe faltaram dezenas de crea-X dos, custosas carruagens, iguarias fi-*. nissimas com que se deleitar.X • Uma tarde, estava o nosso ex-brí-6 tador sentado num banco do jardimX do palácio, quando viu, ao longe, pela* estrada que orlava a coluna, uma car-9 1'tiagem riquíssima e um pomposoY séquito. Era o rei que fazia o seuX passeio habitual, acompanhado de fi-•i. dalgos-e de sua guarda.

'" _4ÍÉ ____W'ÍH^_Pf^^V_A-_-_-f'. i

lagos, o rei o invejou e desejou ser vez e com um gesto transformou emsol. britador o montão de pedras. X

E o anjo, mais uma vez, satisfez- Quem se faz britador, britador de- rlhe o desejo e o transformou em sol. ve ser, e contente de si mesmo. 2

<>-J<>^<>^•o-^<c>-^<>^*<>*<^•^<>•^o^->^ _>4-<>4-<>-'<>i-<>4^^

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^O+o+o* o TICO-TICO -&to>*<>*<>-i-<>i<>+<>*<>h<>-}^^

LACÔNICO (Francisco Salles) —• Kevela a suagraphia um espirito inquieto, suggestionado pela ambiçãode bens de fortuna ou ainda de viver em meios ade-antados. E' colérico. Sua presumpção contrariada leva-omuito a esse estado. Entretanto, possue um coração ge-neroso.

E diz o horóscopo: O homem nascido a 26 de Marçoserá apaixonado, violento, eloqüente, emprehendedor, deuma actividade febril. Mas por leviandade de espiritoserá pouco cumpridor de sua palavra e promessas. Gos-tara de viajar, mas será quasi sempre contrariado nasexcursões que conseguir fazer. Constituirá familia ecomo chefe, será feliz.

MÀRJORIE DAW (Santos) — i° — Quer engor-dar ? Coma bem, faça pouco exercicio e durma muito.E' a regra geral, subordinada, aliás, á esta condiçãoessencial: ter boas digestões, ou, melhor — digestõescompletas. 2° -— Para conservar o cabello louro con-vém lavagens freqüentes com carbonato de magnesia eo uso de vaselina esterilisada ou brilhantinas caras. Senão bastar, uma ou outra loção de água ligeiramente oxy-genada. 30 — Os seus defeitos? Tem alguns. E' vaidosae egoista, O seu espirito pende muito para a contra-dição, sendo, aliás, um tanto idealista. A vontade é p-derosa, mas nem sempre bem orientada.

LOURDES R. (?) — O único meio de mão ser ci.i-menta está na sua vontade. Não queira demonstrar es^afraqueza, e está acabado 1

Quanto ao horóscopo de 15 de Dezembro, eil-o: Amulher nascida nesse dia será imaginativa, temerosa, mo-desta e de boas lembranças. Alcançará riquezas e seráde grande governo em sua vida. Gostará de fazer beme casará mais de uma vez.

GILBERTO (Rio) — Natureza bastante enthusias-tica, mas ao mesmo tempo de espirito ponderado. Nãotem grande ambição e é capaz de repartir benefícioscom seus amigos. Sua vontade é forte, é certo que semgrande pertinácia. Coração bondoso.

SENSITIVA (Recife) — Dirija-se á casa AraújoFreitas & C, rua dos Ourives, 88. Custa 36$ooo a duzia,fora o transporte, que varia conforme o meio escolhido¦— postal ou marítimo.

PE' DE ANJO (São Paulo) — T — O .9. deWilliam Art é a inicial de Shakespeare. 2" — O ho-roscopo de 4 de Agosto diz assim : O homem nascidonessa data será muito saudável, chefe de vasta prole,que «erá o seu amparo na velhice. Será franco,dominador, liberal, mas andará sempre cercado debajuladores que o trahirão nas oceasiões próprias. Terápor esposa uma parenta 011 amiga de infância, c se casar

pela seguncia vez será com uma rival da primeira mu-lher... Por sua inconstância terá muitas contrariedades.

CUNEGüNDES (Rio) — Caracter presumpçoso edissimulado. Não se convence da sua inferioridade in-tellectual, mas apparenta muita modéstia. Intimamenteodeia todos quantos a não acham uma belleza ou umprodígio. Sua vontade é reservada, mas cheia de tena-cidade e teimosia. Tem um coração muito frio, emborasensível a galanteios.

R. S. F. (Rio) •— O curso normal é de 6 ou 7annos, sendo 3 de preparatórios e 4 de ensino superior.Isso na Escola Nacional de Bellas Artes. Cá fora pôdeaprender em muito menos tempo, desde que tenha umbom professor.

Livros auxiliares só existei- 03 de Olavo Freire,que servem para desemburrar, como se diz. Procure-os nacasa Villas Boas, rua Sete de Setembro, 253.

VENUS (Bahia) — A sua letra indica um tempera- ^mento vibrante, muito romântico e sonhador. Ha delica-deza no seu trato e ponderação no seu espirito, e issoconcorre para mais .se lhe apreciar as vibrações e as jfantasias. E' expansiva, não, porém, exaggerada. Suavontade é um tanto frouxa. Tem uma pequena tendênciaipara se encolerisar quando contrariada em suas affei- Jções. O coração é pouco bondoso.

Diz o horóscopo de 19 de Maio que a mulher será aenérgica e tratará bem dos seus negócios. Quando sol- íteira terá gênio independente e uni tanto estottvado. Mu- ydará, porém, quando casar, tornando-se esposa fiel,cuidadosa e compassiva.

MLLE. AEIOU (Entre Rios) — 1 — O romanceem questão é muito bom e bonito. II — Deve visitar to-dos os pavilhões porque são muito interessantes. Nãoha melhores nem peores. Desculpe a franqueza. III —O penteado á Bertini é como a amiguinha o descreveu. Ocoque deve ser alto, se tem o rosto redondo. IV—Sim, amaneira de collocar o chapéo é a que diz. V ¦— Para ovestido de foulard faça um chapéo mexicano. Pôde serde taffctá, mais escuro do que o vestido ou mesmo preto.Para os outros vestidos prefira o chapéo de palha claracom qualquer enfeite. VI — A palavra Smoking pro-nuncia-se esmakiug. O a bem fechado, quasi o.

BELLA AURORA (São Paulo) — Diz o horos-copo de 15 de Dezembro que a mulher será imagina-tiva, temerosa, modesta e de boas lembranças. Alcança-rá riquezas e será de grande governo. Espirito e cora-ção inconstantes. Gostará de fazer bem. Nunca terá umsó namorado.

Casará, atinai, com o definitivamente escolhido eserá muito feliz.

JUCÁ E ZEZE' PESCANDO

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°+<>'K>-K>*K>+*->r^^ O TICO-TICO *o*o*<>

I í íMÈÊÊiK^

tJÊÊÈr-^Êm 'M ^

Y -— IS\mJ&<^\I 5" -- B V^ "^<j r NP^ - -"

—i Uma barraca deve ' ser armada de tinos e males conseqüentes. Onde quer quesorte que as aberturas nunca fiquem para esteja, num passeio, na escola, a creançau lado do vento, pois, se chovesse, o vento não deve nunca conter-se, mas arranjartocaria os pingos para dentro, molhando sempre um meio dc desembaraçar-se.tudo quanto estivesse no interior.' Ora os escoteiros, que têm como um de-

Circumdando-a devem fazer um peque- ver zelar pela sua saúde, e ,é para forta-no rego para que a água não possa correr lecel-a que procuram a vida íivre e sadialielo chão, alagando-a. do acampamento, teriam essa acção arinul-

Certamente para a nossa barraca, de lada se se contivessem. Não hão de fazerpanno fino, nada adiantariam essas medi- suas necessidades em qualquer íogar, nodas de prudência, pois a chuva atravessa-ria e molharia do mesmo modo, entretantoé bom que nos vamos habituando a esses-cuidados porque assim quando tivermos a

I/VHI"•ESUMo PARA OS QUE NÃO USAM OS AX-

•^Riorf.s — Octavio, Paulo, João, Raul,

'"o, mas que leu um manual, aprehendeu bem a idéa de B. Potvcll e orienta0 Patrulha com muito acerto (i). Osn°ssos amigos rcalisam a sua 2* ex-Ç»rsão. No ultimo numero deixámol-oslr\slaUando o acampamento (barraca, co-zjnha c privada) num ponto pittoresco"° sitio do Antônio da Pinguela.

olh.

^Continuação)

AS INSTALLAÇÕESemquanto os nossos amigos executavam

ordens recebidas, o chefe andava a

chão; era um detestável exemplo para oshomens do campo, por ser assim que se *£transmittem as verminoses que dizimam

"

ou inutilisam grande porcentagem das nos- 0nossa barraca de lona impermeável, já sa- sas populações; além disso seria contra Tbemos como utilisal-a bem. todos os habitos c regras escoteiras, deixar Y

— A cosinha, que está bem arranjada, qualquer immundicie no logar onde acam- Âde accordo com as instrucções que já tive- param e quando esse logar fosse um terreno .j.ram (Tico-Tico de 26 de Julho p. p. particular, seria uma inqualificável des- Qn. XXX desta secção) está entretanto mal cortezia. Como vêm é um assumpto muitocollocada. João não teve attenção ao ven- sério e não sei em que Raul e Oswaldoto e na .posição cm que a deixou quando acharam motivo para riso.accender o fogo a fumaça vae toda para Os dois escoteiros, sob o olhar reprehen- X

dedor do chefe, ficaram sérios e enfiados, Asentindo que realmente tinham feito um +•papel de bobos, rindo sem razão. (2) ò

Determinação da linha norte-sul. —Decli- 0nação. *j

¦—1 Meus amigos, disse o chefe, depois dc Xuma pausa, são quasi 11 (horas, vamos Yaproveitar para determinar nesse logar em Aque estamos a verdadeira direcção da li- Xnha norte-sul (é o que se chama-meridia- «6no local). Depois vamos comparal-a coma indicação dada pela bússola afim de de-terminarmos a declinação.

Certamente vocês lembram-se ainda daexplicação... ("Tico-Tico" de 21 de Ju-nho p. p., n. XXV desta secção) O que édeclinação Octavio ?

Octavio, depois de uma certa concentra-ção, em que poz em ordem os seus pensa-

dentro da barraca.— A privada ficou bem e essa é uma

das installações importantes num acampa-PmahTo e Ãr'nmndo,'scis'caniaradmZs mellto e exige cuidados especiaes. Mesmo1»e. costumavam brincar juntos numa llun'a P?.™*1/ de alSumas h,°/as> com? a"<r„ida, organisaram uma patrulha de nossa, dia deve ser preparada e para ,ssoRoteiros. Dirige-os'como chefe um en- convem *« °s escoteiros levem um panno,-«^vultos, i-iiriye-os coma eneju ii»s t/i- '»,-t,«i „ihushsta, que nada entendia de escotis- como o que trouxemos, para fechal-a.

Octavio e Raul que tiraram sido encarre-gados dessa parte de installação, haviamfeito um buraco circular de 2 decimetrosde diâmetro e meio metro de profundida-de; aos lados, formando um quadrado de1 metro fincaram quatro estacas nas quaespassaram o panno. Tiveram attenção aoVento; e fizeram-na bem distante paraevitar o perigo de offendcr o lençol sub-terraneo que lhes dava a água que bebiam.

Se não tivéssemos trazido um panno,

. ar o trabalho de um, dc outro, corri-sndo-os, mostrando como deviam fazer.-,ePois, reunindo todos repetiu as explica-

, Con, _;— Como este qualquer indivíduo

poderíamos encobrir o fosso com folha-gens mas nisso perderíamos muito tempo. m~;'f~" «ílkòtt com"darezaO mais pratico e como íi.zemos. Cada vez _ Q^ndo procuramos nos orientar, oque a installação for utihsada deverão ter que n(£ interessa é saber a direcção da li-o cuidado de lançar uma camada de ter- nha norte_su- verdadeira da terra; a bus-ra no fosso. soja fá a direcção do norte magnético, queOswaldo e Raul, que desde o começo es- geralmente dlffere do verdadeiro. Estatavam contendo o riso, espocaram. differença entre um e outro é o que se

f^ chama declinação. Pôde ser para leste ourpara oeste e conforme seja tem que se"uri aIeurn preparo pôde se transformar disse o chefe feclhando a cara; não tem a

°«'*Sn(í«el'lent0 i**lat/uÇt°r aX escotismo menor razão de ser. Esse assumpto sobre ?"!" "a"'cc,rre,c^'ó

r,i,m <•>,,s eanisar uma patrulha. O que repre- r i j ¦ •„,„ *„ .• •_ lazer a correcçao num ou noutro sentidol**cYia iss<? de bonefiolo para a Xaçfto <£lc esta™» falando e importantíssimo. na bussola para termos Q Nortp Verda-• ariçà avaliar Is "quem educa uma ore- Nada faz mais mal a uma creança do que jpi-rf>

taboa_ de muUipl^ãc,.» se conter qirando t;ver VOntade de ir á pri- >>„•' «jfi l°niem que-concorre para a "educação

'fcara0*: creanças ê como «e educasse cem vada. Parte do que devia naturalmente serMuito bem, Octavio. E' essa declina-r nação, (que é importante conhecer quando"srÃ-ÍSÜS^JE ¦fi9-«ATláfll.J!B».1»5? «pellido, é absolvido pelo organismo, cau-

prcvcisan^. deterrninar com mais exactidão

St

\Zn^loai:rí^TlU° Brilif.U° Nôs ^» ¦» verdadeiro envenenamento, que•rosa amos de homens, de gerações vigo- provoca quasi sempre dores de cabeça, mal

o nLde corpo o espirito que arranquem estar, pallidez e aborrecimento, sem contar«arí.i Io Brande Pafz do descrédito em „_, _ rnnWnm.ni-iiit futurai rpnrpspntn. comprehensâoS-T-inha: e aa o escotlsmo farü esse c.onl a!> conseqüências futuras, representa- sumpt0

(2) — Se ai

«nilasre. das por um máo funecionamento de intes- Oswaldo

um dos leitores, numa mãdas cousas, achou o as-

ridículo, fez o papel do Raul e

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.--0*0*0* O TICO-T 1 C O 0*0*0*0*0*0*0*0*0*0*0*0*0>*0*0*0*0*0*0-lO*0*0*0*0^

.*. a direcção do N da terra, nos trabalhos de segunda marca, symetrica, c depois traça- para ver a sombra do bastão. Marcaram- •Q levantamentos topographicos, pot" exem- remos a bissectriz. n'a. Traçando a direcção do meridiano'£ l»lo). que nós vamos determinar aproxima- . —¦ Sc nós tivéssemos um relógio bem rc- compararam-n'a com a bússola e encontra-

daménte por um processo simplicimo. guiar pela hora verdadeira do logar e não ram a -declinação como sendo de 15"..X Escolhendo um logar cm que o sol ba- pela P.tora legal, fariamos a cousa com mais Oeste.X tia livre, o c-hefe enterrou verticalmente um simplicidade. A direcção da sombra pre- — Não, disse o chefe, a declinação cal-Q bastão C B. Fazendo centro no pé do bas- cisamente ao meio dia seria a direcção do culada pelo nosso Observatório Astrono-.-. tão C, traçou no terreno um circulo que meridiano. Já lhes prometti falar sobre mico é de, proximamente, 12° Oeste. Essey passava pelo extremo da sombra do bas- faora legal e como se passa desta para nosso erro é certamente devido á bisse-

tão, A; _* verdadeira, mas 'ainda não houve oqca- ctriz mal traçada c as linhas riscadas mui-v — Como vocês têm observado, a sombra sião por termos sempre tido outros assum- to grosseiram?nte. Se fizéssemos com maisT do sol que é pela manhã muito grande, vae ptos mais importantes. cuidado achal-a-iamos com melhor ap-X encurtando á proporção que elle sobe, sen- proximaçâo.A do a mai_ curta ao meio dia, exactamen- _ yamos .r,rra tratar ^o almoço — Agora, Paulo, conhecendo a declina-j- te quando o sol passa pela meridiano. Se Escolhendo um bom logar estenderam «ão que é de 12° Oeste aqui para o Rio,ü marcarmos no chão duas sombras de igual n0 d]ão U|„a „h.a toalha> que antes de como corrigiria a bússola, lembra-se? Jácomprmento A e D antes e depois do meio toa,ha d<; fanho ia servir de to*a]ha de expliquei isso na séde.X dia, essas duas sombras corresponderão mesa c com a a}egr;a que 3Cmpre reina- — Lembro-me sim senhor, porque t><-> duas posições do sol equidistantes do me- ya ç'ntre el,oá dispuzeram-se a almoçar. nll° praticado em casa, Dcvc-se desviar o

ridiano. O sol quando estiver no meri- Cada l]m levava a sua parte do almoço N ou o zero traçado na rosa dos ventos

%

diano deixará a sombra do bastão exa-etamente entre as duas traçadas. Sabendo

disso, uma vez marca-das as duas sombraseguaes, nada mais te-mos a fazer do que

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yí it VT \ Vy *x^xyv_ h >o

que reunida dava o almoço commum. To- de I2 gra0ii em sentido contrario ao dafios tinham ò seii prato, ou de folha ou declinação e portanto para leste da agu-de aluminio, e nas mesmas, condições um lha; e estará na devida posição para noscaneco e talher. orientar.

Entre risoi entre "piadas alegres, almo- Pai"a guardarem bem, o chefe fez comçarani è nõ fim Tsão e Oswaldo foram I1"5 cacla 'i,rn de!'es fizesse a correcção da

traçar, a bissectriz M tra,,ar do caféado Como haviam disposto tudo, panella comágua, jogo armado, o -sacco pendurado, ocafé e o assucar á mão, sem grande tr_6a-lho e sem demora offercceram aos cama-radas um saboroso e quente cafezinho.

O chefe lembrou-se di Armando. A'qtiel-nação magnética local *a ,ilonl| emquanto se deliciavam e fortale-nada mais simples — c;am a respirar o ar saudável, sob tão

ó corruparar a dire

por cilas (3). Essabissectriz nos dá justa-mente a direcção domeridiano.

Para termos a decli-

declinação.A declinação é sempre a mesma

Raul?Xâo senhor. Varia da logar para lo-

gar e no mesmo logar de anno para anno,se bem que em quantidade muito pequena.

(Continua)CORRESPONDÊNCIA

Sebastião Piguti (Santos) — Esta se-e so comparar a aire- *,oa sombra, Armando estaria talvez secção do meridiano de- preparando para algum cinema, onde iria 'CÇão foi iniciada 110 numero do Tico-Ticoterminado pela sombra bufar de calor, nspirar um ar ruim e vi- de 28 de Dezembro de 11)21 _ tem sido*:' do bastão, coi 1 a direcção dada pela agu- cia_0 e receber os mios exemplos que publicada com regularidade até hoje, só 0

V lha da bussotv, E' isso que nós vamos geralmente nos trazem os fiims. Depois do falhando no n. de 4 de Janeiro de 1922. aA fazer. Já a primeira marca está feita, almoço o descanso obrigatório. Ficaram a Attendcndo ao seu pedido, que vem Y* Vamos agora observar, lá pela I hora, a conversar, a contar casos e historias en- -c juntar a muitos otftros que temos re-Ó-Tr: „. ... ,. ,,-._ gracadas cebido, publicaremos o appcllo aos paesj. :<3) — Bissectriz ê a linha qae divide o B,<^.«lu<".

Cerca dj:<3) — Bissectriz ê a linha que divide o.Io .no meo.i

Y

!§iô

1 hora puzeram-sc átteVto. VELHO LOBO

"BLOCO TICO-TICO"

A galante petizada do Sam-paio, que reside na

t Villa das Margaridas,organisou um valentebloco para o Cama-vai ao qual denomi-

nou Bloco Tico-Tico.No estandarte do Blâ-

co Tico-Tico, um mimode arte e luxo, figura oChiquinho a bater umformidável zé-percira.

O Bloco Tico-Tico, que promette in-X. numeras surpresas, tem ensaiada, com

a popular musica do Eu só quero belis.car, a seguinte canção :

Alegres, vamos cantando,Distrahindo o pobre, o rico,E pedimos batam palmasAo Bloco d'"0 Tico-Tico".

BstribiihoAi! Al! Ai!Nosso bloco quer pa_sariAi! Ai! AitO Chiquinho vae dansar!

(Bstribiiho)

Zé Macaco com a EaustinaHontem já viraram bichoPorque levaram uma vaiaDo Jujuba c Carrapicho.

J o< ir _J

(Bstribiiho) de mudanças que ahi se effecüiain, eessas matérias são venenos.

Sabemos também que, mesmo uo!cansaço provocado por um trabalho ouexercício puramente physico, é o ce-rebro muito mais que os másculos,que se cansa.

O cérebro fica como que envenena-do durante algum tempo pelas substan-cias resultantes de um trabalho docorpo.

Se injectarmos um pouco de sanguede um cão cansado, nas veias de umcão que não está cansado, este ultimodará todas as demonstrações do cansa-ço, simplesmente porque o veneno docansaço age sobre o seu cérebro, do

dois motivos '"o mesn10 n1°do como se o cão houvesse

produzido por si mesmo.O coração é o mais bello exemplo de

um órgão que não se can-sa nunca.

Bate incessantementedurante toda a nossa exis-

Jagunço está de castigo,Não vae ver o CarnavalPorque mordeu BenjamimLá no fundo do quintal.

(Bstribiiho)Nosso bloco vae se empora,Cantando aqui e alliNós todos somos amigosDo Garnizê e LU'

POR QUE NOS C.ANÇAMOS ?

ANÇAMO-NOS poi*

9.?£

primeiro e que,ue eu pan do-n o scom os nossostrabalhos, pode-mos esgotar asubstancia nu-tritiva preparada tencia; mas de duas em

dentro do nosso corpo. Entretanto, isso <»-as pancadas ha um re-só se dá raramente, c não é essa a cau- pouso e, emquanto estamossa do cansaço ordinário do espirito ou t'e saneie, esse repouso lhedo corpo, basta

Produz-se o cansaço, mesmo quan- j.do existe em nós abundância de sub-stancia alimentar prompta para servir. -, ,1 1 roctirn, para distração di teu espirito,A origem commum do cansaço é que, „,ot!vos qJ^ m £_ u,^ NJtrabalhando, produzimos ,10 organismo prio, f„i:,llcdos da infância ha cnsejos d«algumas matérias, que são resultantes cultura.

o:o*o*oi-o^-o-io>-:-o*o-io-:o*o<o*o*o*o*o*o*o*o-io^*o*o^o-i<>*^

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"* o*>}o>o-:-OtO-;-ok>:-<o-:-«>; >-:o-:o-:-o >-:-^--¦<>-• ->•:-'->-:-<•:• >•• y-:-o:o-:o-:-o-:-o o TICO-TICO w+o+OtO BRASIL DE AMANHA!. $

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i) Associação de Escoteiros de Villa Industrial, Campinas: 2) José, filho do Sr. Olyntho Moreira de Souza, negociante ínesta capital; 3) Dodô, filho do Sr. coronel João Motta, presidente da Câmara de Santa Barbara; 4) José F. Campello, in- 0Iclligente escoteiro do Engenho Novo; 5) Paulo Fialho de Mello, outro escoteiro de valor; 6) Aracy e Iracema, filhi-nhas gêmeas do poeta Raymundo Nonato Pinheiro, de Manáos; 7) José c Balthazar, footballcrs de facto, filhos do

ir. coronel Balthazar, negociante em Santa Barbara. À

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AS MASCARAS^ o carnaval

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PREGUEM AS DUAS MASCARAS EM PAPELÃO DE GROSSU RA REGULAR E ABRAM OS LOGARES DOS °L ^^^^ ^^LW ->v\i^c wÚw^V**""

TAMBÉM FAZER UMA ABERTURA NO NARIZ, SE QUIZEREM. ^^JW- J • . É0ÊZw fTVWVC/

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*o*o*o* o TICO-TICO 0*0*0*0+0*0*0*0*0*0*0*0:-v*o: o*o*o*o*o*o*o*o+o*o+o*o-iNOSSOS AMIGUINHOS

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*^^*B mmw i d 5i«pi • ' - - ^>l^ ^BBCk' B^EaaC V

Ao alto: Evandro Palcrmo, filho da Exma. Sra. D. Theresa Palermo. Ao centro: Arminda, filhinho do Sr. Carlos deFreitas Guimarães; Emilia, Evandro, Ruth e Yolclte Palcrmo; Rubens e Jesualdo, filhos do Sr. Fausto Gonzaga, dire-ctor do Grupo Escolar de São José d'Alêm-Parahyba. Em baixo: leitores d"* O Tico-Tico" que estiveram presentes ao

sorteio do Grande Concurso de Natal.^o+o*o*o-k>*o*o*o+o*o*o*o-k>*o*o+o*o*

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A VIRGEM DAS ESMERALDAS

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__ 5W)í, çi/tr assignou por mim esteconto, quando o publiquei pela primeira .....

UITO longe d'aqui, num paiz go-vernado por um rçi avarento eorgulhoso, aconteceu um dia ummilagre: numa gruta, perto do mar,appareceu a uma camponeza Nos-sa Senhora, no seu manto de es-trellas. Maravilhada,- a camponezacorreu pelos campos e chegou ácidade, espalhando pelas choupa-

nas e palácios a noticia da apparição.O povo alvoroçado accorreu á gruta. Era verdade:

a Santa lá estava, resplendente, envolta na sua túnicaluminosa.

Era uma imagem de admirável formosura que pa-recia sorrir, estendendo as mãos afiladas como numgesto de eterno perdão. Quem a collocára ali? Ninguém.soube. Os traços do rosto sereno, a delicadeza infinitadas mãos tão brancas e o rutilar dos astros que lheconstellavam o manto não podiam ser obra de homem,revelavam um artífice divino.

Não tardaram, para tornar famosa a doce Virgem,os milagres. Os cegos, beijando a pedra da gruta, reco-bravam a vista por encanto. Punham-se a andar os pa-ralyticos, os entrevadinhos. As creanças pallidas sara-vam. Em torno da gruta, dentro em pouco, havia umaporção de muletas abandonadas. Offerendas de todasorte eram levadas á Santa pelas mães agradecidas. Ospescadores diziam que em noites de tempestade, pelomar alto, quando invocavam a Virgem, as ondas amai-navam, rolando mansas como cordeiros em .torno dos ira-géis barcos. Quando fez um anno, todos, ricos e pobres,camponiose fidalgos, af fluíram á gruta maravilhosa,para levar a Nossa Senhora açucenas e lírios, velas decera e precioso incenso. Ao chegarem lá, depararam,attonito.s, com o novo milagre, sob o tosco altar umafonte de água muito pura surgira. A lympha, crystallinae branca, rolava da lapa e, ao tocar no chão, espadana-va transformada em esmeraldas.

Passado o momento de espanto, todos, deitando foraas offerendas e as flores, numa grande confusão, lu-tando uns contra os outros, precipitaram-se, procurandocada qual apanhar maior quantidade de esmeraldas. Comas mãos cheias, os bolsos transbordantes, os chapéos re-pletos, loucos de alegria voltaram depois para suas ca-sas, crendo-se ricos para sempre. Mas qual não foi Oespanto d'essas almas gananciosas quando, ao esvasiarnos lares as riquezas que haviam trazido, viram, emvez de esmeraldas, simples conchinhas, sem valor algum!

Logo tornaram, de roldão, para deante da gruta, en-furecidos e ameaçadores. Mas a água brotava ainda,cada vez mais pura e continuamente se mudava em es-meraldas. No altar, nimbada de esplendores a boa Vir-gem já não sorria. Apparecia tristíssima, dir-se-ia comos olhos razos d'agua.

Cheios de cupidez, fizeram todos, num delírio, novaprovisão de esmeraldas e, voltando para suas casas, pas-saram pela mesma decepção.

O velho rei, sabendo d'isso, exclamou :— A Santa fez muito bem. Os pobres não merecem

pedrarias e os fidalgos d'ellas não precisam. As gem-mas são para os thesouros reaes. Irei eu mesmo buscai-

as, no meu manto de purpura, de coroa e sceptro. Ven-do um rei ajoelhar-se, a Santa não terá coragem paramudar-lhe nas mãos as lindas esmeraldas em conchas.

A' frente de um séquito numeroso, o monarcha,inima liteira de ouro, fez-se transportar á gruta.

Lá chegando, nem olhou para a imagem, tanto odeslumbraram as esmeraldas que borbotavam como la-grimas de luz.

Nervosamente, curvando-se, o soberano pôz-se aapanhal-as, entregando-as, depois, aos fâmulos que lheestendiam grandes salvas de prata. Repletas todas assalvas, eil-o que volta, com o seu séquito, na sua liteirade- ouro, para o palácio. Anciosas esperavam-n'o arainha e as princezas. Mas quando o rei quiz mostrar- -jlhes o thesouro, nàs salva de prata havia apenas peque-ninos mariscos.

Tomado de cólera, o monarcha fez annunciar quemandaria cortar a cabeça de todos aquelles que tor-nassem á gruta; E a Santa lá ficou esquecida, sem fio-res, sem cirios votivos, perto do mar.

Correram assim muitos annos, até que certo dia,num paiz vizinho, uma pobre menina, filha de um pes-cador, vendo a mãe doente e o velho pae já sem forçaspara guiar o barco, lembrou-se da Virgem das Esme-raldas, cuja lenda tantas vezes ouvira contar ao cantodo lume.

Sozinha, cheia de fé, a boa menina partiu de noite,a pé, ao clarão da lua. Atravessou compridas estradas,ermas veredas, florestas bravas cheias de feras. Voavamá sua frente, guiando-a, os vagalumes. Depois de umalonga jornada, chegou finalmente á gruta; lá estava, se-rena e linda, a imagem milagrosa. A água borbotavasempre, transformando-se em esmeraldas. A filha dopescador, ajoelhando-se, ergueu para a Virgem as mãospostas e, numa prece fervente, rogou pela mãezinha en-ferma, pediu pelo pae velhinho. Finda a oração, apa-nhou uma esmeralda, uma só, das mais pequeninas, e.beijando o manto da imagem, tornou para a casa dis-tante. Eil-a que entra a humilde cabana e corre parajunto do leito onde sua boa mãe jazia enferma, e a cujacabeceira, apertando a cabeça entre as mãos, o velhopae chorava.

—' Papae! Papae! não chores... Nossa Senhoradeu-me uma esmeralda. Vamos vendel-a e comprar re-médios para a mamãezinha doente.

Dizendo isto, procurou no bolsiuho do avental dechita a sua riqueza. E qual não foi a admiração de seuspães, vendo por sobre o leito não uma só mas innumerasesmeraldas, grandes e brilhantes, de um immenso valor.Nossa Senhora multiplicára-as. A menina, pela bondadede seu coração angélico e por sua gratidão infantil, me-recera tão celeste recompensa.

Assim que no reino do velho avarento souberam detamanho milagre, todos, novamente, correram para agruta. Longe ainda, já iam de mao3 postas, resandoem coro, como nas procissões, com o monarcha á frente,sem coroa nem sceptro. Mas perderam seu tempo. Agruta estava vazia. A imagem desapparecera. A fontemaravilhosa seccara. Nossa Senhora voltara ao céo, cum-prida a sua missão de misericórdia e de graça.

(Do Jardim de Heloisa, de A. S. de Castro Me-nezes).

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• oj-o+o.- o

<ÜLCASA DE

(FARÇAEM

SAÚDEA v. T 0 )

1*3LTICO-TICO +0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0+0++o+o+o+0-*o+o+o+o+o+o.o*<>'

Doutor (Gritando) — Como vae dasouças?...

3o dountj* — Ah... Se eu sou o pae dasmoças?... Que moças?!.

Sedativo (Ao doutor) -- O senhorpôde morrer de gritar que elle não ouveuma ptíavra. Está cada vez mais surdo.

Doutor — Isso passa...3o doente — Muito obrigado...Doutor (Rindo) — Não ha de quê.

(Ao 4° doente) — E como vae você daperna ?

4o poente — Na mesma. Quer ver?(Levanta-se e. anda coxeando) : Com uma

PERSONAGENS

Dr. CATAri.ASMA (director).Sedativo (enfermeiro).ZÊL11.K1SO *D. Fina < clientesCoça-coça /Mane' XlQUJt-XIQUE (sertanejo).1° doente (de óculos pretos)2" (fanhoso)3o (surdo)4o (capenga)5o (corcunda)6" (neurasthenico)

doentes

(SCENARIO: — Uma sala qual-

que você faça, meu velho não desentopeesse ouvido.

3o doente (Poudo a mão em concha noouvido) — Hein?!... Como diz?...

SEDATIVO — Nada! Estou falando cá...*}° DOENTE — Como?... Comprando

cal?...Sedativo — Sim; comprando cal e areia perna mais curta, cada vez mais capenga.

para botar dentro dos seus ouvidos... Doutor — Isso passa...30 doente — Ah!... Muito obrigado... 4° «OÍNTE — Passa, sim; de uma perna4o D0ENT1-: (Entra coxeando, arrimado a Pr'** outra. (Senta-se),

uma bengala, c vae se sentar junto do 30 Doutor (Ao 50 doente) — E como vaedoente)

5° doente (Entra com uma enorme cor-cunãa . vae se sentar junto do 4° doente).

6° doente (Entra de cabeça amarrada

a sua corcunda?5o doente — Cada vez mais alta; quer

ver? (Levanta-se e mostra as costas).

6 cadeiras alinhadas ao fundo. Pequena mesa com pertences de escri-pta. E' dia).

Sedativo (Entra, de avental e gorrobranco com uma cruz vermelha. Falta-lheo braço esquerdo e o direito vem presoao peito em uma " tipóia". Sopra o pódos moveis, arranja melhor com os pésuma ou outra cadeira e vae sahir, quan-do entra o Dr. Cataplasnta).

Df. Catapi.asma (Entra, como quemvem da rua, com um chalé enrolado nopescoço e voz muito rouca)Sedativo,

Creio que vou acabar virando camello,Doutor — Isso Passa. (Ao 6° doente) :

E você ?...6o doente (Atalhando) — Estou na mes-

ma, sabe? A cabeça cada vez me dóemais! Quando não puder mais supportara dor, acabo me suicidando c suicidandoVocê ja pega a .cmpiirrar tambcm VOC(,s todo_ ^^ .^ dc .^tas! (Levanta-se').

quer, decentemente mobiliada e com com um ien(0> com - tic nervoso de levantar um hombro e as sobrancelhas;empurra o enfermeiro, empurra os outrosdoentes, c vae se sentar junto do 50 do-ente, resmungando).

a gente, não é ? Acha pouco o braço queme quebrou ?

6o doente (Sempre zangado) — Acho,sim ! Agora, quando lhe quebrar algumacousa, ha dc ser logo as duas pernas 1(Avança para o enfermeiro).

Doutor — Calma! Calma!... Isso pas-sa !...6" DOENTE — Não venha também me

dizer isso passa, que quem lhe passa opáo sou eu já! (Toma a bengala das mãosdo 4° doente e corre atraz do doutor queSedativo (Recuando e gritando)— Soe

Bom dia" corro! Acuda, «SM doutor! O homem da foge. Alira-se contra o enfermeiro e con-" norastemía" está ficando maluco outra tra os demais doentes que fogem gritan-Seüativo — Bom dia, seu doutor. Está v«'*-- ' "

do> perseguidos por elle, que sae afinal,melhor da voz ? Doutor (Entrando, dc avental e gorro por ultimo, brandindo a bengala. Grande

n „ ~ '.

. „ _ , brancos) — Que é isto? (Segura o 6° rumor dentro).Doutor - Estou, sim. I, tu, estas me- doentc). CaIma! Calma! Assim o senhor Zéligeiro (__'não ficará bom tão cedo! (Senta-o).

6° doente — Eu só fico bom quandoquebrar todas as 4 pernas d'aquclle es-tafermo !

Sedativo —- Estafcrmo, não; enfermei-ro é que eu sou. Está ouvindo, seu dou- c?s*-

lhor do braço ?Sedativo — Qual, seu doutor !... Estou

na mesma. Já não me bastava não ter obraço esquerdo, agora ainda por cima,quebram-me o direito.

Doutor — Não é direito...Sedativo — Como não é o direito?!...

E' o direito, sim, senhor, que está que-brado.

Doutor — Quero dizer: não está di-reito quebrarem-te o único braço direitoque te restava intacto.

Sedativo — Foi aquelle doente damna-do quem m'o quebrou.

Doutor — Damnado, não; ncurastheni-co, nervoso.

Sedativo — E'. Depois que se inventouessa historia de nervoso e "norastémico',não houve mais mácreação; é tudo ner-voso e " norastemía"; e a gc-nte é quemsoffre...

Doutor — Isso é da vida. Faze entrar Não acceito ! Não gosto de chocolate, jaos doentes para a revista medica que eu disse !...

porta, pouco depois,acompanhado por D. Fina e Coça-coça, to-dos muito pallidos. Vem arrimado a mu-leias c bate palmas) — O' de casa!...

D. Fixa (__' porta, com o ventre mui-to volumoso) — Não tem ninguém em y

tor? Elle quer me fazer ainda mais in-valido do que eu já estou.

Doutor — Isso passa !Sedativo (A' meia voz) — Passa, sim;

com uma boa sova de páo.6o doente — Que é que elle está di-

zendo ?Doutor — Nada ! Não tem importan-

cia...6o doente — Parece-me que cllc falou

abi em páo.Doutor — Foi, sim; mas foi páo de

chocolate...6o doente (Gritando) - - Não quero !

ia volto.(Sae, entrando para o interior da casa) :Sedativo — Sim, senhor. (Dirige-se a

uma porta e fala para o interior) : O'pessoal avariado ! O doutor já chegou.Toca p'ra fora a mostrar as mazcllas!

Doutor — Pois bem; não vale a penase zangar. Comerei eu o chocolate. (Aor doente): Então, como vae dos olhos?...

Coça-coça (Coçando-sc muito) — Deveter, .sim. Não está ouvindo tanto ba-rulho lá dentro ?...

Ze' (Entrando) — Parece até que estãomatando os doentes de pancada.D. Fina (Entrando) — Eu acho melhora sente procurar outra casa dc saúde.

Coi-a-coça (Entrando) — Qual nada,mamãe ! Aqui, ao menos, parece que osdoentes têm saúde. (Coça-se).'/.€

(Batendo palmas) — O' dc casa!...Sedativo (Entrando) — Prompto! Quedesejam ?Ze' (Estendendo-lhc a mão) — Como

tem passado ?Sedativo — Bem, muito obrigado. Des-

culpe não lhe apertar a mão, porque es-tou com o braço direito quebrado e nãotenho o esquerdo.

Então como é que diz que

Q

l

i° doente — Na mesma. Não vejo um tcni passado bem ? !...palmo deante do nariz...

Doutor — Isso passa. (Ao 2" doente) :Io doente (Entra de óculos prelos, ás E, por falar em nariz, como vae você do

apalpaáellas, e vae se sentar na 1' cadeira seu ?fundo).

A *-_A'l _m-___\ I

2* t_EN.E (Entra es-pirrando.assoando ruidosa-mente o nariz e vae sescntar junto do 2° doente.

3o doente (Entra co-çando furiosamente o ou-vido com o dedo mínimoe vae se sentar junto doO" doente).

Sedativo — Por mais

2" doente (Espirrando, se assoando fmuito fanhoso) — Na mesma. Meu na-riz... atchiml... é um chafa... atchiml...chafaris 1

Doutor — Isso passa ! (Ao 3° doente):E como vae você dos ouvidos ?

3o doente (Pondo a mão em concha noouvido) — Como diz?

Doutor (Em voz mais alta) — Como te fique boavae dos ouvidos ?...

3" doente (Como acima) — Hein'?... (Continua no próximo numero')

Sedativo — Isso é um modo dc dizer.Coi,a-coça ..(Sempre se cocando) —

Aqui não é a casa de saude do Dr. Ca-taplasma ?

Sedativo — E', sim;senhora..

ZÉ — Pois nós viemosnos recolher.

Sedativo — Já sabemquanto têm de pagar, eadeantado?

D. Fina—Isso é o me-nos; comtanto que a gen-

) "m^mwE

*0+o^O*o^-o•^<M•0+0^-OtO+0*0'i-0*0^0+0^+O!0*0*0*0*0 •K>*0**<H*^*H>K>+0-fO*OvO*rO*0'

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6+<>KH"<>K>*H>.<>-.^-K^ O TICO-TICO +0+0+0.

Ctó GPõGé do Ga^tQlloipucrf* 1 I^Lxxdcu-ruz do. Canlias^

'AFFONSO E DALINDA OU O ENCANTO DA ARTE E DA NATUREZA (75)

Poderei orgulhar-me de obter sua piedade !...^Meu pae adoptivo, meu bemfeitor, meu único amigofalar-lhe-á algumas vezes de mim... Sim, devo me-ubmetter á minha sorte! Possam as amarguras quevou soffrer expiar as faltas da minha juventude!Possa o céo, condoído do meu arrependimento, res-tituir-me um pae que me tem custado tantas la-grimas !

Thelismar partiu de S. Petersburgo e conduziuAffonso ao retiro que lhe foi destinado. Era um an-tigo castello, situado num logar selvagem, nos arredo-res <le Salseberitz.

Eis, disse Affonso, a solidão onde devo pas-sar dois annos! Sem a recordação amarga de minhasfaltas e de meu pae, poderia supportar com coragemeste rigoroso exilio; mas estarei só com meus remor-sos !...

Conservae tão justas recordações, disse The-lismar; mas não vos deixeis abater pela tristeza; oc-cupae-vos de aperfeiçoar neste retiro os conhecimen-tos cujos elementos vos tenho fornecido. Já vos pro-metti um thesouro que estaes em vias de possuir.Vedes essas prateleiras, esta longa serie de volumes ?Eis, meu caro Affonso, os livros que acabarão de vosdesvendar os segredos da natureza.

Antes de tudo, percorreremos juntos as visi-nhanças do castello e encontrarei- nestes sitiosagrestes objectos dignos de vos excitar a curiosi-dade.

Na manhã do dia immediato Thelismar e o tristeAffonso subiram a uma carruagem. Thelismar pro-metteu um passeio interessante; Affonso, porém,estava bastante absorvido em sua melancolia para po-der esperar que cousa alguma o pudesse distrahir.Após terem feito umas tres milhas chegaram a um lo-gar árido e selvagem, cercado por todos os lados deenormes montanhas.

Paremos, disse Thelismar, Affonso se eunão conhecesse vossa coragem não vos teria trazido aeste deserto, pois vamos tentar uma empreza muitoperigosa. Avancemos... Através desses rochedosnão vedes vários precipícios ? Vamos descer a estesabysmos.

Quando Thelismar acabava de dizer essas pala-vras dois homens de aspecto horrível approxima-ram-se delle. Estavam envoltos em largos vestidos decor sombria, tinham os braçosnus e seguravam archotes.

— Eis nossos guias, disseThelismar; é necessário s-epa-rarmo-nos aqui, encontrar-nos-emos breve.

Assim felando, afastou-secom um dos dois desconheci-tios. Affonso seguiu o outro,que caminhava na frente síleu-cioso. Depois de ter dado ai-guns passos Affonso viu-se áborda de uni poço.

(Continua no Próximo numero)

^*»>_<>-.0-K>-HHtOíK__-0+0^ *o+0*I*0*o*o*<X-040*«^*a*o**-

(^TEus ornamentos eram de pelles de animaesJ^\ de caça. Fivellas de diamantes prendiam

*sr*~^ os mantos de arminho e de pelle de marta,e> neste trajo soberbo, a belleza, os encantos de taesfedas, offuscavam o brilho do maravilhoso palácio quehabitavam.

Affonso, deixando o palácio, soube de que ma-terial fora elle edifiçado. Disseram-lhe que os gelosdo rio Neva tinham fornecido todos os materiaes paraa maravilhosa construcçao. (1).¦— Como, mamãe, exclamou César, um paláciode gelo ? Isto é verdade ?

1—s Nada é mais certo...Mamãe, tinheis bastante razão quando nos

dissestes que não haveria contos de fadas mais mara-Vilhosos que o vosso. Mas, querida mamãe, interrom-Penios o fio da vossa narração; não o faremos outravez.

E' já muito tarde, disse a senhora de Clemire:a'wanhã sabereis o resto da historia de Affonso..

Vigésimo primeiro será oCONCLUSÃO DE AFÍONSO E DALINDA

Na noite do dia seguinte a Senhora de Clemireretomou a leitura do manuscripto :

¦— Todas as pesquizas de Affonso, relativamentea° pae, foram tão infrutíferas como as que se levarama effeito na Inglaterra. Acabrunhado pela dor, en-controu na effeição do generoso bemfeitor as únicasconsolações que elle fosse susceptível de receber.

Não podeis dispor de vossa mão — disse-lhethelismar — sem o consentimento de D. Ramiro: olever e as próprias-leis a isso se oppõem. E' preciso^ro Affonso, submetterrvos ao destino. Fizestestudo que de vós dependia para encontrar vosso pae;agora é preciso esperar com resignação a idade em1ue as leis vos permittirão dispondes de vós... Daquiate lá estareis separado de Dalinda; não a tomareisa Ver senão para receber a mão de esposa. Passareisesse tempo — continuou Thelismar, na Suécia, numaÇasa que me pertence e onde eu morava antes de via-Jar! Vou conduzir-vos até lá e vos deixarei só. Irei^Pois a Stockholm juntar-me á minha familia. Esta-remo,s separados mas ao menos habilitaremos o mes-1110 paiz e temos a certeza de estarmos juntos para

dois annos.— Ai de mim! — suspi-

róu Affonso, que exilio, queseparação! Dalinda, porém,conhece meus sentimentos!

A Senvpre dentro de

___Hf(1) No rigoroso inverno cie 1740

construiti-se em B. Petersburgo.segundo as regras da mais ele-gante archltectura, um grandepalácio de gelo. O Neva, rio pro-xímo, onde o gelo tinha dois atres pés de espessura, forneceuo material para a sua construc-cao. A medida que ee tiravam<_o rio os blocos <le gelo, iamtalhattdo-os e embellczaruJo-os eoe coloriam numa das faces coma_uaa <_« varias cores.

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DKSENHO __? _A_ _____ _____ O O X_ O _R. X 1*o*o+o* o 11C 0 -TICO o*<m-o .•o-i-o*o-.<.-*<>k>_-o*^*04._

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A lápis de côr ou aqttarella. os meninos podem colorir com muito gosto o desenho acima. Publicaremos osno me 3 dos autores dos melhores trabalhos que nos forem enviados. Na semana ultima recebemos desenhos artisti-camente coloridos dos meninos: Farid Elias Kalil, Heloísa da Silveira, Maria Luiza Alves Carneiro, Luiz CarlosBerrini, Alice Augusta Almeida, Agenor Rodrigues Jardim, Álvaro Dias Couto Prado, Elysiario Tavora Filho,Edmundo Ferreira de.Moraes, Celeste Gomes Morin, Rosa Kerbel, José Machado, Maria Machado, Leontino Ma-chado, Conceição Monteiro de Faria, Antônio Cunha, Avelino Babo, Manoel José dc Oliveira c Mario RibeiroBastos.

-1-

Clinica Medica d'«0 Tico-Tico»iKNTEl .O-COLI. f' K M U-

CO-.MEMBRAXOSAUm estado de prisão de

ventre pertinaz, intorca-'lado freqüentemente pordescargas intestlnaes do-loroslssimas, acompanha-das de muco envolto emfalsas ¦ membranas queapresentam, o molde <Jospróprios intestinos, eis oscaracterísticos dessa po-rigosa affecção, eonstan-temente verificada nos

de clima aquecidooomo o Cm sil, tanto entreos adultos, cuir.o entre ascreanças.' 1 ^1"" A causa principal, qua-

/ l\ si única de semelhantel____ffto affecção, está na insuf-

ficiencia da secreç&o bili-ar. Se, ,por -qualquer motivo, o figadonão funcciona regularmente e deixa deproduzir quantidade de bilis necessária&. funcçâo digestiva, as perturbaçõesnão se fazem demorar.

A bilis, além de estimular o perlstal-tismo dos intestinos, isto é, os movimen-tos Indispensáveis ao trabalho digestl-vo, esxeroo uma acçíio antl-opti ca., impa-dlndo a putrefacção dos resíduos ali-inentares e ¦ concorre poderosamente para_u'br_-_a.r o tubo intestinal, tornando 10bolo fecal scml-íluido, o quo facilita a suaoxspulsão.

A Insufficiencia biliar tem como effel-to iminediato a .prisão de ventre, prodif-zlda pela falta de contracçOcs intestl-nãos o pelo endurecimento dos detrlctosallmentares que passam a soffer ano-mala retenção. Dahi a Inappetencia, asenxaquecas, as vertIgons,lnsomnla e ou-tra_» perturbações nervosas, consequen-tes a essa modalidade mórbida.A .pri.tio ele ventre bom depressa éacompanhada do uma complicação— aontono-coilite _i_iioo-m_nilbran_sa detlerml-nada pela irritação que a anormalidadeoccaaiona, em uma grande parcella dotubo Intestinal.

¦Jtacionalmontc o clinico não tem outrocaminho, Benão procurar, pelo meios ade-quodos restaboleccr a integridade dafuneção bflfar. 10 como, • : i :i opi-nlfto dos mais sábios physTologlsta», o»melhores excitantes da aecreção biliar,os mais sicilvos o rápidos oholugogos sãons próprias substancias existentes na bl-lis, quando a opotherapla conseguiu ob-t sr uma sério éle trlumphos, surgiu alen-

nte, 110 espirito dos médicos, aIdéa de fazer o tratamento ela entero-co-

lite, com o emprego constante dos extra-ctos biliares.

Os resultados corresponderam á espe-ctaiiva, em toda a altura.

10 hoje a ipharmacolog.a frajiceza, de-po's de pacientes experiências de labora-torio, pôde aspresentar com inteira confiai!-ça, a preparação denominada "Chodeokina.-se", —¦ medicamento opothèrapkso, em quea efficacia dos extra;-.>s ü'lisvres tem co-mo synergicos activadores de seu traba»-lho, os fermentos produzidos pelo suco in-testinal

Fabricado sob a fôrma de confesíos queajpresentant um fnvo-u-.ro i.solado-r com ointuito de «, na passagem peloestômago, e de fazel-os actuar unicamen-te nos intestinos, a "JOnt. rokinase" operarapidamente, conseguindo, num período de8 a 10 dias, a desappariçSo das glutinosi-daeles e das falsas membranas, bem comode quaesquer outros symptomas alarman-tes.

_>ois confeitos, depois de cada refeição,.e dois outros no momento de se recolherao leito, e:s a dose media a empregar, sen-do, nos casos graves, jpermlttido elevai-a adez ou dozo confeitos. por dia.

Relativamente as creanças, não é preci-so oxoeder á metade das doses acima indi-cadas,, qualquer que soja a gtravMade daaffecção.

CONSULTAS DA SEMANA

A. Gi (Rio) — Evite os resfriamentos.Use: terpina 1 gr., tintura de eucalypto4 grs., acetato de ammonlo 4 «rs., benzoa-to do sódio 6 grs. Julepo gommoso, feitonum iníuso do eapiliarla 3.00 grs. — meiocálice de 3 cm 3 horas. Terminado o reme-dlo, complete o tratamento, usando o "Pel-toral Marinho".

LECTICIAi (S. Paulo) — Durante . osB das que precedem á época esperada, use,pela manhã e a noito, uma eiaipsula do"Aplos-ollne Oiidln". Externamente 1gue Isiudano de Sydenham 5 g.rs., ichlhyol30 grs., g-lycerlna neutra 300 grs. — umacolher para 1 HLro d'agua morna, em la-vagens, por meio do írrigador, pela manhão ._ noite.

T. B. (Petropolis) — Lave os olhos comágua borica. Em uncçõos, sobre as.bras, emproR.te: by-oxydo de hydrarglrlo,obtido por via hiuuida 10 centtgr., vasellna6 grs., lanotlna 6 grs.

I. T. It. (Jula de _ -.i'a)--I>u_ante trêsdias, use, eio deitar-se <lo .. comg_r]_nld".-.'yctei", dissolvidos mima ohlcarate ijuente. Como rjoonstltulnte ue'n¦ ..1 1 .Tsçõps o "Dynajnogenol"

'li. ROMANA (8. Psuilo) — Useu 10 gra.,

fluido ifro 100 gra, — n 1llierlnha para meio copo d'agua

•da, tres vezes por dia. Quanto aos fermen-tos. lacticos, pode usar os preparados na-olonaes ou qiiaii<..u_r dos estrangeiros, co-mo "Panlaieto Mydy,", "iFiermenltóse" e"Blolactyl".

LADY MARIANNA (Mogy) — Antes decada refeição, use uma colher do "Elixireupeptlco do Tlssy" e quarenta minutosapós os respeestos use meia colherínhade "Carvão naphtolado Prand1!!". Quantoá pelle, basta fs.t.er constantes appllca-ções .de "Corina".

SENHORINHA (S. Fidelis)—Pela ma-iihse e .. noito use, uma dragea de "Opo- .laxyl", ingerindo em seguida meio copod'agua fria. Durante o dia, empregue,magnesla fluida 1 vidro, citralo ele sódio10 gi-ms., tintura de condurango 4 gtrms.,tintura de genciana, y grms., xarope dehortelã, 30 grammas.

J. P. (Itacoatiára) — O único trata- imento a fazer é a extirpação do kisto ai-ludido. Quanto á segunda parte da con-sulta, pôde experimentar uma série deinjeeviões ele soro physl ologlco. , '

GBRU.SA (Rio) — Contra as aphtas, 'use: borax 2 grms., mellite de rosas 10 |grs. O enfraquecimento desappareccrâ icom o emprego do ' "Dynamogenol", fei-,to regularmente ás refeições.

M. C. (Nictheroy) — Use: extractofluido de abacatelro 100 grms., glyce-

dilato ele cálcio 10 grmis., uma 'colherinha para meio copo . d'agua assu- !carada, tres vezes por dia.

A. í_. P. (S. Paulo) — Havendo o e-'-cesso alludldo em _ua carta, use os"Comprimidos de glândula manimariado laboratório Paulista de Biologia.Comofortificante, use depois de cada refeiçãoum pequeno eiallce do "Vinho de Cíuara-nã Composto", de Marinho.

AMÉLIA (Rio) — Prosiga no trata-mertto hvciadio, ^acrescentando apenas j"Chenleine Comus", — duas. cápsulas de- ,pois de cada refeição.

DR. DURVAL DE BRITO

íí « *Não te detenhas no mesmo leigar, não

lances raízes. Aventura-te alegremente,corre alegremente... O mundo foi feito,tão grande como é, para dar espaço aonosso vagar. — Goethe.

Para communicar vocações e trazer áluz apticTôes ignoradas, nenhuma manei- jra de suggestão tem tanta força como aleitura. — /. E. Rodo.

•-Só c próprio de um grande sábio dc-

citlir quem é o homem sábio.-. ..<_..^*0*0*0--0-I-0-_-<_>-!-O*0*^

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!Os -tios sos Concursos!• RESULTADO DO CONCURSO X. 17Y3L .Sului-ionistnsí — Olga A. Carvalho, Ma-v ''ia Joanna de Jesus, Zaira Marcolino,f Antônio Ferreira de Almeida Filho, Ro-r "erto Teixeira Pinto, Maria Castro Ga-f driet-, Leuridia Hollanda- Miarinho de»» L-arvallio, Raul Breves, Américo C. Ca-} sali, Sylvia Corrêa de Sá, João Alberto,, Acylina Maeedo.Aloysio Herminger Bar-l »osa, il. V. Jesus Carvalho, Moacyr der Almeida Carneiro Leão, Jayme Ramos. «a Fonseca Lessa, Stelli Tavares, LaláGarcez, José Adalfran de Sá Couto, Jeu-ly Obino, Faustino José Alves Fillho, Os-

ny Gonçalves, Enrydicè Pereira, Arman-. da Monte, José Gianelli, Paulo Figueira,ç, Geraldo Vasques, Antônio Jorge Coelho,, -^orbei-to Madeira da Silva, Paulo Fialho. do Mello, Maurício Castro, Idyllio Leal' laula, Genny Xavier, Olavo de Oliveira" Campos Adolpho Teixeira Júnior, Ljiz

Machado Filho, Célia -Nunes de Freitas,Gloria P. da Cunha, Baldiny Carneiro,Dulce Alves Ferreira, Almir Viggiano

, Antunes, Branca Nathalia dos Reis, Ces-tilio Parri, Celso Anesi, Guilherme Mon-^iro, Isnard Cantalice, Brasil LisboaFalcão, Raul Maia, Ivette Araújo Mari-I nho, Lydia Brooker, Dorval Duran Soa-''es, Maria de Lourdes Ribeiro Vianna,

1 Maria Auxiliadora R. Vianna, Marciano, Ribeiro Vianna, Nino Hoillender, Orehi-( deo Villas Boas Machado, Libio Machado

Monteiro, Francisco Ferreira Valle, Gra-' JjWa Brasil, Castellar de Mattos e Silva' Brandão, Geadstone Chaves de Mello,» Máximo Nunes, Maria Angelina Pereira

I Cabral da Hora, Maria Emilia da Silva,, Conceição de Souza Lima, Benedicto An-, drade Alvarenga, Maria Esmeralda Al-meida, Nancy Pereira Gomes, HavanyMaufredlni. Antônio Esrpirito Santo,Henry Melgaço de Oliveira, João Cirne,1 Maria Savli. Isabel Mestres. José João'<jo Rego Monteiro, Nair Frisoni. Leonor

i ^a Costa Mattos,Aristides Azevedo Leão,I Jayme Corrêa Prata, Salvador Frisoni,Sylvio França, Geraldo Marcella Pi-'es, Gilberto Borges, Ierece de Moraes

Ladgen,, "Washlngtonl |S. Guterrec, Al-berto Herculano Griebeler, Levy da No-"rega Orna, Benedicto Machado, Adal-ber-to Jimenez Pereira, Adroaldo VellosoBarbosa dos Santos, Darcy P. N. daSHva, Lydia Greco, Aehilles Greco, Ma-{"ia de Jesus Castilhos Joaquim AntônioRodrigues, Marianna K. Milward Azeve-do, Marianna K. Milward Azevedo, Hyp-POlito M. Barreto. José Ary Alves Zago,Centura Mayo Lopes, Anna de SouzaMartins, Ebe Menozzi Ary Ferreira For-n.andes, Sylvio da Fonseca e Silva, Mau-ricio Carvalho, Milton Teixeira de Aze-v<5do, Luiz Maurício Vejansky, Henri-

que Câmara Júnior. Edidlêda Xavier deBrito, Philomena Fagundes, Pelayo Pi-nheiro, Krina Gambassi, João JoaquimGonçalves Filho, Darcy de Souza Coe-lho, Benedicto Serra, Zêzé Fleury Cura-do, Maria Uzeda Pereira, José de Souza,Walter Osório Freire de Carvalho, Os-waldo da Costa Ramos, Nilson Donato,Fernando Bomfim Pontes, Maria CelesteMarcondes, Cecy Queiroz de Freitas, He-lena de Gouvêa, José Antônio Gomes, Jo-

Ia, Jor- *Ira de AMartins, X

ri

Trajeeto da locomotiva

eé Capeto do Azeredo Coutinho, CelinaQuirino Simões, Ivonne de Amorim, Ar-mando Lopes da Silva, Álvaro Biolchlni,Clacy de Hannequin Gomes, Rolando No-gueira, Odila Ferreira da Costa, Mariado Carmo Dias Leal, Homero Dias Leal,Marilia Dias Leal, Rubem Dias Leal.Ceci-lia Dias Leal, Lourenço Riesz, Cecilia Pin-to da Fonseca, Alcyon Doria, Milton Cor-dovil, Raul Belfort Júnior, Maria DinorahSantos, Antônio Franco Sobrinho, Mario-dina Vidal, José Moreno Filho, José Dan-

tas Ribeiro. l,uiz Anastácio, Ceito Gusseda Veiga, Da.ti.lio A. Gomes, Walter D:ogode Almeida Campos, Maria Helena Gitdleyde Alemcastro, José Cai-los Pereira, AliceMiranda, Moacyr Pereira da Costa, CeitioGonçalves Moniz. Leonidas C. Corrêa, Ar .mando Lag-e, Cecilia R. Nobrega. Walter QCocito, Guilherme Pereira de Almeida, ,"«ie Mendes Lago, Aldemira PereiraMoura, Maurickr" Foa-jaz, Julieta Marti:Maria José Couto, Gervasio Pereira, JoãoRomulo Pero, Esther da Silva. Yedda daMotta Teixeira, Idmar da Silva Rocha,Carlos Barreto do Oliveira, Luiz AugustoBarroso, Delio Barbosa Leite, José Gon-çalves Filho, Manoel Lamas da Silva, LutaDuarte Nunes, Nair Poi -Nogueira, Naii- •{•Pereira Duarte, Emilio Freire d-e Carvalho. AÁurea Domingues Calzado, Lucy Barbosa Xde Lima, José Bokel de Oliveira Alves, AOdilla Martins, Eneida Garcia Branca, XMaria Hermanny, Waldyr Martins, Orival- Ado dos Santos, Walter Buzelin, Attila Be- Ybiano. Armando de Carvalho, Glabriel Car- "j*mo, Ju3ia P:avo Marcos, Eurico de Castro,Altair de Aguiar, José Augusto da Silva,Walter Matta dos Reis, Paulo Belisario deSouza Corimbaba, Álvaro da Cunha Lopes,Rosina Paglia, Synesio Moreira, SidneyMiller, Norma Maia, Maria Carmelina deLourdes Coutinho, Maria Rosa, Stelio Dal-tro Santos, Maria Antonietta .ff. Oavasso-ni, Zezé Simões, Nassre Kamel, Kulalio Fe-rino da Silva, João de Azevedo CarneiroMaia, Samuel Ferreira Villela, Oscar Este-ires da Natividado Júnior, Sarah Sainoti,Oscar Rocha, Anna de Oliveira, Raymundo *Miranda, Martha Calháo. Ilelio F. Cyrino.Jayme Faria, Iracema Passos, Américo C.Casali, AtalA Izaias, Álvaro Barbosa, Ale-xandrino José de O. Paiva, Alencar Qua-resma, Antônio de Carvalho, Joaquim Car- -rlos, Waldemar Drolhe da Costa, Ida LI- Qguori, Agrícola Emilio de Oliveira Penna, XHerciberto da Silveira, Sylvio de Almeida Ae Silva, Maria de Lourdes de Olivera, YHumberto Mattioli, Astrogildo Moreira. Ja- j\hei Almeida Santos, José Machado. Gilda YFerreira Sylvestre, Leonidas de M. Dea- Tne, Aydano Atihos Romano Botelho, Lelia VVieira dos Santos, Edson de Figueiredo '«*Luiz Lengruber Hnopf Filho, Júlio Clé- õment, Belmlro Francisco Duarte,Josemar +Gonçalves Moniz. Leonidas C. Corrêa.Ar- "mando Coelho, Aracy Eiras Garcia, AJthairSodré de Macedo, Lourdes Cunha, JorgeMotta Caldeira. Ceiüna de Campos Salles,Zaide Hollanda, Qlymp-o Chanaam Chedia,Garlbalde de Mello Carvalho, Miroel Sil-veira, Plinio de * Góes Valeriam', Ovid:oUnti, Amelüa Amorim, José Moretzsonh deCastro, Carlos Rheinfranik Júnior, Mario

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Odette da V. Cruz, ifelio Rosa Tei-xeira e Cenelicio Rosa .Teixeira»

FOI O SEGUINTE O RESULTADOFINAL DO CONCURSO:

i° Prêmio:ZILMA MARQUES

de io annos de idade e residente á ruaSilva Rabello n. 34, nesta capital.

2" Prêmio:LUIZ ANASTASIO

dc 8 annos da idade e morador á AvenidaParaná 11. 300, em Bello Horizonte, Esta-do de Minas Geraes.

RESULTADO DO CONCURSO N. 1780Respostas certas r

' 1" — Cajá — Caju.> U* — Chapéo;'» — Mamão

i 4* — Prato — Prata-5a —1 Vinho — Linho.Solucionistas — Ernesto Silva, Dal tia' Marcellina de Campos, Julio Clément,' Dfia Rego, Jarbas Leme Nogueira, Odette¦Machado de Ipan-aguirre, Lili Pinto Ooe-

k lho, Josephar Pessoa de Castro, Maria. Ulsêda Pereira, Paulo Figueira, Almeria. R. Vidal, Francisco de Assis Ribeiro da_ Almeida, Myrthes Barroso de Carvalho' Rocha, Jahel Almeida Santos, Maria Lui->za Vianna de Barros, Dinah Vaz da Cos-¦ ta, Durcilia Mello, José Buchele dos San-i tos, Roberto Pessoa, Donata Machado,.Maria Esther do Macedo, Olga de Sou->za, José Filho, Brazilia Augusta Chaves_ Botelho, Carlos Dayrell, Cinira de Car-'valho, Djalma Soares de Oliveira, WalterDiogo do Almeida Campos, Eugenia deMoura Abreu, José Capeto de Azeredo

>Coutinho, Radamés Gallucci, Dagmar da.Silva, Alice Chaves de Mello, Accacia Au-, rea Barcellos, Newton Silva, Maria Es-meralda de Almeida, Elizeu de Oliveira,"Adhail Maria Alves, Armando S. Coelho,

' Odaléa Motta, Olga do Carmo Braga. He-•lio Mauro Lopes da Cruz, Bornardlno de>Lma, Alcy Coelho da Silva, Helena da

Gouvêa, Yole Níccolis Enéas Augusto1 Guedes, Nino Uoltender, Idyllio LealPaula, Armando Santos do Oliveira, Vir-

[glllo Lagisnestra, Antônio José de Arau-'jo 1'nssoa, Oraida it. de Castro, DoloresHidalgo, Argemira Corrêa/Maria da Con->cei.£lo de Sa, Nadia Costa Pereira, Ceoy.Queiroz de Freitas, Hugo Delaytt. Cia-irita Motta, José Areco, Y/olanda Fagun-^os, Floi-ocy Artaga, Guiomar Monteiro"do Barros, Maria Célia Kilinger, Andra'Xime Júnior, Milton de Mello, Líblo Ma-1 chado Monteiro, Dalmo Belfort de Mat-.1 tos, Maria José Foi-ja« Coutinho, Maria.do Lourdos ArOas, Myrim Doinioguo. da, Moraeè, Àuristella Calháo, Amélia Lan*«Joií, Mary da SouKa Unia, Borls Kant-fmann, Maria do Carmo Dfas Loal, Hr•mero Dias Loal, Rubem Dias Lêa.1, Coc•lia Dias Leal, Xorácy Ill.is da CrOeníJ

>Sylvia da Carvalho.Edgard Oaetano Maz

üei, Milton Moreira de Souza, Arcilio Al-ves, José Silva, Newton Herr, Nilo Her-mes Machado, Marina Martins, LourençoRodrigues, Josias de Oliveira, Ida Mon-jardim, Hedalberto da Silveira, Idmar daSilva Rocha, Waldemar Almeida Ramos,Isabel Rodrigues Pereira, Helza dosSantos, Syivio Caninos, Myrthes Cardosodos Santos, Leònidas C. Corrêa, Syivioda Fonseoa e Silva.Alayde Monteiro Dias,Áurea Domingos Oalzado, Carlos dosSantos Cout-o, Anesio M. Siqueira, .Tanua-ria Silva, Odassia dos Santos .HaydéeFrança, Floriano Peixoto, Maria LaieaAlves Carneiro, José Vaz da Silva, Anto-nio Jorge Coelho, Nair Calraon de Albu-querque, Alcvon Doria, Milton Tristão,

^k Qual bilhete, qualnada

P'ra que quero cudinheiro se possuo oI'. 1 i x i r de Inhame,medicamento de ef-'feito seguro queDepura — Fortalece—Engorda! A saúdeacima de tudo. Quepambista ! ,

Lucy Barbosa de Lima, Affonso de Tau-Ia Lima Sobrinho, Leopoldina MachadoAgrícola Emilio de Oliveira Penna, Ma-noel Carlos Pinto, Maria de Lourdes Pe-reira <le Almeida. Mario César RodriguesPereira Mary, Luiz Smldth, Beatriz Vi-eira Ferreira, Lúcia Alvarenga, CéliaAtlias Corrêa, Renato Martins, Renée diPrimio Paz, Clolikle Molinari, Annita Xa-vier da Costa, Carlinhos Sánzio, ÁlvaroDias Couto Prado, Ieddina JuracyChouim Pinheiro, Iracema Corrêa, Ce-lestino S. F. Basilio, Aldo Caminha, Noe-mio da Silva, Belmiro lTrancisco Duarte,Marta Luiza Cartolano Addêo, Bourdi-

nha Mattos, Paulo Brasil, Arcilio Alves,Ernani do Taula Ferreira, Callxtrlna SH-.va, Carlos Ochegobias e Crenza da CunhaMarinho.

Foi premiado o concorrente:RÉNÉE DI PRIMIO PAZ

de 12 annos de idade e morador á rua do |Riachuelo 11. 348, em Porto Alegre, Esta-do do Rio Grande do Sul.

CONCURSO N. 1.788TARA OS LEITORES dV.STA CAPITAL E. DOS \

ESTADOS PRÓXIMOSPerguntas :1* — Sou uma preposição c lida ás '

avessas serei uma variação pronominal.,(t syllaba)

Jahel Almeida Santos2a — Sou doce, mas sc a inicial me

trocarem serei amargo.(1 syllaba)

Oswaldo Soares de Souza3* — Qual o utensílio de cozinha J

que é formado pela nota musical e pelo 'animal ?

(2 syllabas)Rubens Faria

4* — Qual a mulher que diz que O \homem mia ?

(4 syllabas)Mario de Carvalho

5* — O que é, o que é que está sem-pre 110 meio do rio?

Christovao Lima

Eis organisado o novo concurso deperguntas. As soluções elevem ser en-viadas a esta redacçao acompanhadasdas declarações de idade e residência,'assignatura do próprio punho do con-;corrente e ainda do vale do concurso,que tem o 11. 1.788.

Para este concurso, que será encer- jrado no dia 28 do corrente, ciaremos,como prêmio, por sorte, um rico livroillustrado de historias para creanças.

AVISOPedimos cios ' caros solitcionislas, para

facilitar o nosso trabalho de selecção de ¦correspondência, escrever sempre por fora

'do civveloppe onde enviarem suas soluçõesa palavra CONCURSO. Melhor será ter,o endereço: Redacçao d'" O Tico-Tico"

•— Rua do Ouvidor, 164 — Rio.

DE GRAÇA!TODAS A5 CRÇflDÇflS IDTELUGÇriTeS

P0 BRASIL DCVEfl L€R:Estamos continuando a enviar as figurinhas e outros brindes. Já estão

promptas as lindas medalhas prêmios, do glorioso XAROPE DAS CRE-

rVNÇAS, de L. Queiroz, o soberano remédio contra coqueluche, catarrhos,

bronqttilcs, tosses, etc. da infância

Escrevam hoje mesmo á SECÇAO DE PROPAGANDA ELEKEI-ROZ f— Rua de S. Bento, 21 — 2" Andar — S. Paulo, dizendo em quePharmacia da sua localidade já está á venda o sob-rano XAROPE

DAS CREANÇAS, de Queiroz,

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OS GATOS - A PROVA DE AMIZADE O TMCO-TiCOr7^

$ \ffiJDWilson, querendo submetter Ninah, sua gratíssima

esposa, a uma prova de amizade, fingiu-se doente e dei-tou-se...

•Qft/ p^ê^k\... cobrindo-se e simulando um somno febril. A pobre

Ninah chorou muito. Esses dois gatinhos eram de um medicoaf amado.

Ninah via o medico -dar injecções nos seus doentese elles sararem; portanto, Wilson ficaria bom tambemse ella lhe desse uma injecção.

-

E, com confiança, tomou;,, da seringa e espetou nas costasde Wilson. Este não esperava por aquelle tratamento...

...e deu um miado, um salto e, louco de dôr, vooupara o telhado mais próximo, deixando Ninah emprantos.

Nesse dia, com grande pezar de Ninah, Wilson dormiuno telhado, sob a luz brilhante tje uni quarto... crescente,

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Alló! E' o seu Guedes — Perfeitamente. O caixeiro leval-o-á den-E'. sim, senhor. Guedes e Pancracio. tro de um quarto d'hora.Tem por ahi um melão que me possa — Alló ! E' o seu Guedes? Olhe lá. Es-

para o almoço ? queci-me de avisar-lhe que quero um melão ás...

...direitas. O mais caro que você tivCr ahiá mão. Isto dizia o Cartola, que ouvia a con-versa do Carrapicho com o Guedes da venda,graças a um fio ligado.

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Ao fim de uma hora chegava á casa de Carrapicho oBorlioleta. bancando o caixeiro do armazém: — Seu Guedesmanda dizer...

/\ m *JI,.. ^ *—,Z_____.—LJ |— Perfeitamente, repetiu vendeiro. <,

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...que o melão veiu trocado. Este é de so$ooo e só sevende aos trouxas.

Carrapicho entregou immediatamente o melão a Borboleta...

...que o foi levar num salto ao Cartola. Dizem queo Guedes damnou-se com a historia e resolveu sus-pender o credito de Carrapicho na sua casa de negocio.