Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons
Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
Fascículo Disciplina: Planejamento Pedagógico e as mídias digitais
Docente: Prof.ª Drª Ana Graciela da Fonseca Voltolini
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Maria Aparecida Baccega (2002), há algum tempo trava-
se uma discussão: devem ou não os meios de comunicação, portadores dos
avanços tecnológicos estar presentes na escola? Aqueles que defendem,
alegam que não é possível permitir que a escola fique alienada em relação à
evolução tecnológica e seus desdobramentos que marcam a sociedade
contemporânea. Do lado contrário, o argumento é que a tecnologia é avessa a
reflexão por isso, não deve estar presente neste espaço.
Com a internet, a ascensão do digital, a evolução das máquinas
computacionais e, recentemente, a explosão dos dispositivos móveis,
fornecendo novos produtos e serviços convergentes, com a consequente
disseminação e popularização das Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC) professor e escola não podem ignorar este fato e fechar
os olhos para essa realidade.
Palamedi (2013) ressalta que faz parte desta nova realidade as
ferramentas digitais, inseridas no cotidiano, configurando novos hábitos, com
as quais estabelecemos relações, realizamos atividades e executamos tarefas.
Ainda para o autor, as ferramentas digitais estão presentes em todas as
camadas da sociedade contemporânea. Dessa maneira, não está a salvo,
nesta realidade marcada por relações cada vez mais desempenhadas a partir e
mediadas por ferramentas digitais, a escola e todos os envolvidos neste
processo.
Não se trata mais, portanto, de discutir o uso ou não das TDIC
(BACCEGA, 2002) e sim como esses dispositivos e recursos podem ser
incorporados e a melhor forma de fazer isso. A presença das TDIC permeiam
vários aspectos da vida social que abarcam também as instituições de ensino,
a forma e o processo de ensinar e aprender. Para Baccega (2002) a questão
deve ser: como inserir a escola nessa nova realidade?
Um caminho seria pensar de forma colaborativa, de acordo com o
contexto e interesse, de maneira a criar uma experiência pedagógica mediada
por tecnologias (CHAMPAOSKI; MENDES, 2017). Champaoski e Mendes
(2017) colocam que a tecnologia digital chega ao ambiente escolar como um
convite envolvente e, ao mesmo tempo desafiador para todos os envolvidos,
com destaque para crianças e adolescentes, uma geração que nasceu depois
do surgimento dos dispositivos móveis digitais. Para os docentes, segundo as
autoras, trata-se de uma experiência singular, em que os mesmos exercem o
papel de mediador e também de aprendiz digital.
A partir deste cenário, com a disseminação das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação – TDIC nas mais diversas áreas, as práticas e
rotina do professor e das instituições de ensino precisam ser repensadas. Para
Martha Gabriel (2013) o professor exerce um papel fundamental no mundo
digital, não mais como “provedor de conteúdos” e sim como um catalisador de
reflexões e conexões para os alunos. Trata-se de um ambiente complexo,
porém mais rico e poderoso, a era digital requer novas habilidades tantos dos
alunos quanto dos professores, destaca a autora.
Segundo Gabriel (2013) o fator “tecnologia” em si não é definitivo para a
educação na era digital, para ser um diferencial precisa contar com a
participação efetiva do professor e dos planos pedagógicos. Dessa forma, para
a compreensão desse cenário atrativo e que parece tão próximo e familiar, não
basta apenas a utilização das TDIC, é necessário um planejamento pedagógico
adequado e a participação de todos os envolvidos neste processo para a
efetiva e significativa integração desses recursos nas atividades e no contexto
educacional.
Masetto (2013) elenca quatro pontos nas reflexões acerca do processo
de aprendizagem e tecnologia: o conceito de aprender, o papel do aluno, o
papel do professor e o uso da tecnologia. Com base nesses quatro pontos
colocados pelo autor, iremos trilhar a abordagem desta disciplina e iniciar a
discussão.
Interessa a esta disciplina discutir e abordar novas possibilidades de
ensinar e aprender com recursos digitais; compreensão e concepção de
propostas pedagógicas envolvendo recursos digitais; papel do professor e
aluno nesse contexto; mediação pedagógica e TDIC e os desafios na busca
por novas metodologias para atender às exigências da sociedade em
consonância com a realidade.
Atividade 1
Para a primeira atividade, partiremos da questão posta na Introdução por
Baccega (2002): Como inserir a escola nessa nova realidade? Elabore uma
resposta entre 5 a 10 linhas com base nos seus conhecimentos e vivência.
Material complementar:
Leitura
Meios de comunicação na escola - Maria Aparecida Baccega (Revista
Comunicação e Educação – USP)
http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/37451
Vídeo
Programa NET Educação – Alunos não entendem mais de tecnologia que os
professores, avalia pesquisadora inglesa
https://youtu.be/zpVPWhdW8NU
2. CONCEITO DE APRENDER
Para Masetto (2013), o conceito de aprender está ligado diretamente a
um sujeito que é o aprendiz, atrelado a suas ações e que envolvem ele
próprio, os outros colegas e o professor. O conceito de aprender abarca:
Buscar e adquirir informações
Dar significado ao conhecimento
Produzir reflexões e conhecimentos próprios
Pesquisar
Dialogar
Debater
Integrar conceitos teóricos com realidades práticas
Relacionar e contextualizar experiências
Desenvolver criticidade
Considerar e olhar para os fatos e fenômenos de diversos ângulos
Resolver problemas
O aprendiz cresce e desenvolve-se
A disseminação das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação
(TDIC) traz inúmeras possibilidades e muito se discute a respeito do uso e
adoção destas ferramentas para a educação, para o processo de ensino-
aprendizagem. No entanto, de acordo com Moran (2013) “é possível ensinar e
aprender de muitas formas, inclusive da forma convencional” (p. 11).
O autor destaca que neste processo há novidades que na verdade são
reciclagens de práticas conhecidas e que ainda não temos certeza de que o
uso intensivo de tecnologias digitais se traduz em resultados melhores “Vemos
escolas com poucos recursos tecnológicos e bons resultados, assim como
outras que se utilizam mais de tecnologias. E o contrário também acontece”
(2013, p. 11-12).
As colocações sobre aprender propostas por Masetto (2013) não estão
relacionadas a novas tecnologias. Aprender, seja mais ou melhor, não deve
estar atrelado necessariamente ao uso das TDIC, por exemplo. Segundo
Moran aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos
“Aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação,
entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas
se alimentam mutuamente” (2013, p. 28). Ainda, o autor destaca motivações e
interesses que favorecem e estimulam a aprendizagem:
Pensamento divergente
Através de perguntas, questionamentos
Interesse, necessidade
Criação de hábitos, repetição
Credibilidade (do professor, da metodologia)
Prazer
Moran sintetiza o caminho da aprendizagem “Aprendemos mais, quando
conseguimos juntar todos os fatores: temos interesse, motivação clara;
desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos
prazer no que estudamos e na forma de fazê-lo” (2013, p. 29).
Para o autor, no processo de aprendizagem a personalidade e a
competência do professor podem ajudar mais ou menos e reforça que ensinar
depende também do aluno querer aprender e estar apto a aprender, que
envolve questões como maturidade, motivação e competência adquiridas.
Martha Gabriel (2013) coloca que o contexto digital determina que o
professor deve deixar de ser informador para ser um formador. Moran
argumenta:
Não podemos dar tudo pronto no processo de ensino de ensino e aprendizagem. Aprender exige envolver-se, pesquisar, ir atrás, produzir novas sínteses, é fruto de descobertas. O modelo de passar conteúdo e cobrar sua devolução é insuficiente. Com tanta informação disponível, o importante para o educador é encontrar a ponte motivadora para que o aluno desperte e saia do estado passivo, de espectador. Aprender hoje é buscar, comparar, pesquisar, produzir, comunicar (2013, p. 34).
Tendo em vista as colocações deste tópico, devemos pensar nas TDIC,
mídias digitais, novas tecnologias, ou qualquer outra denominação para as
ferramentas e recursos disponíveis, como apoio para o processo de aprender,
as tecnologias digitais facilitam a pesquisa, a comunicação e a divulgação em
rede (MORAN, 2013) mas necessariamente não representa aprender mais e
melhor.
De que maneira estes aparatos podem contribuir para o processo de
aprendizagem? As TDIC não devem ser vistas como soluções mágicas e
automáticas para o ensino e a aprendizagem. Aprender não está
fundamentalmente ligado ao uso de mídias digitais, no entanto estes recursos
podem apoiar, facilitar, contribuir, otimizar, tornar mais criativo, atrativo,
abrangente.
Atividade 2
Vamos aproveitar o questionamento que encerrou este tópico: De que maneira
as TDIC podem contribuir para o processo de aprendizagem? Considere o
conceito e os aspectos de aprender apresentados. O material complementar
sugerido pode ajudar nesta argumentação! Elabore uma resposta entre 8 a 12
linhas.
Material complementar:
Leitura
1) 6 respostas inovadoras para desafios apontados no Censo Escolar:
http://porvir.org/6-respostas-inovadoras-para-desafios-apontados-no-censo-
escolar/
2) Inovação é o caminho para acelerar melhorias na educação:
http://porvir.org/inovacao-e-caminho-para-acelerar-melhorias-na-educacao/
Vídeo
Qual é o seu jeito de aprender? | Nossa Escola em (Re)Construção:
https://www.youtube.com/watch?v=GJpH_8NfTaQ
3. APRENDIZAGEM: OS PAPÉIS DO ALUNO E PROFESSOR
De acordo com Masetto (2013) o desenvolvimento da mediação
pedagógica se inicia no trabalho com o aluno, no qual este deve assumir um
papel de aprendiz ativo e participante.
O aluno deve tomar definitivamente a posição de protagonista no
processo de ensino-aprendizagem, a responsabilidade deve ser dividida com
professor, priorizando a realização de um trabalho em conjunto. As TDIC
podem contribuir para um processo de aprendizagem pautado na autonomia,
centrado no aluno, uma recomendação que não é nova. O aluno deve assumir
o papel de coautor do seu processo de formação.
Nesse sentido, atualmente há a recomendação do uso das chamadas
Metodologias Ativas, um processo que possui como principal característica a
inserção do aluno como agente principal responsável pela sua aprendizagem,
comprometendo-se com seu aprendizado. O aluno não deve ser um
absorvedor passivo de informações, mas interagir ativamente (MATTAR;
LITTO, 2017).
Mudanças na educação não dependem só dos professores, mas
também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam o processo e
estimulam os professores (MORAN, 2013). Para Masseto, trata-se de uma
somatória de pessoas e forças:
Busca-se uma mudança de mentalidade e de atitude por parte do aluno: que ele trabalhe individualmente para aprender, para colaborar com a aprendizagem dos demais colegas, que atue em equipe e que veja o grupo, os colegas e o professor como parceiros idôneos, dispostos a colaborar com sua aprendizagem (2013, p. 150).
O professor deve ser visto como um parceiro, isso é mais fácil. No
entanto, é importante também que o aluno veja seus colegas como
colaboradores para o seu crescimento “Essas interações (aluno-professor-
alunos) conferem um pleno sentido à corresponsabilidade no processo de
aprendizagem” (MASETTO, 2013, p. 150).
Com a disseminação das TDIC pela Educação, o professor passa a ser
ainda mais questionado. Cobra-se uma mudança de postura, a necessidade de
adequar-se a esse novo contexto. A partir dos recursos digitais, é inegável que
um universo se abre e coloca a informação disponível e acessível a poucos
cliques. Contudo, Freire e Guimarães (2011) citam exemplos desta situação
conflitante do professor, em adotar ou não outros recursos, que antecede as
TDIC:
Coisas desse tipo me voltam à memória, tanto em relação às meninas quanto aos meninos: estes mais com gibis, elas mais com fotonovelas, lendo coisas que não eram programadas pela escola, e em relação às quais havia uma certa resistência. “Gibi em sala de aula?!” Claro que, depois isso foi sendo rompido e, já nessa época, sei de professores que utilizavam na classe esse tipo de material trazido pelos próprios alunos (p. 30).
É possível afirmar que o questionamento a figura do professor e a
escola não se trata de um problema atual. Os alunos chegam a escola
abastecidos de informações não fornecidas por esta. A partir de outros circuitos
informativos (digitais ou não), o professor não é o único detentor do saber.
Entretanto, diferentemente do exemplo mencionado, as TDIC tem como
características velocidade e volume de informações em fluxos sem
precedentes, acessíveis em diferentes dispositivos e formatos, expondo um
cenário mais complexo na atualidade.
Com este cenário posto, como fica o professor? Desaparece? Não, abre
espaço para que ele possa realizar o papel de mediador, entre o aluno e sua
aprendizagem, atuando como um facilitador, incentivador, motivador. Deve
prezar por um trabalho em equipe com o aluno, assumindo de fato o papel de
mediador, mediador pedagógico (MASETTO, 2013).
Moran (2013) coloca que os professores podem utilizar os recursos
digitais, especialmente a internet, para a pesquisa, realização de atividades
discentes, comunicação com os alunos e dos alunos entre si, integração entre
grupos e turmas, publicação de conteúdo, participação em redes sociais
digitais, entre outros.
Este contexto também favorece e necessita um processo de ensino-
aprendizagem pautado menos transmissão e mais na colaboração, construção,
diálogo. Ensinar utilizando tecnologias traz desafios, a variedade de recursos
disponíveis exige capacidade de escolha e avaliação “Alunos e professores
tendem a dispersar-se diante de tantas conexões possíveis, de endereços
dentro de outros endereços, de imagens, textos e mensagens, que se sucedem
e se intercomunicam ininterruptamente” (MORAN, 2013, p. 57). Além de exigir
mais tempo e preparo por parte do professor.
Ainda sobre o papel do professor “Nunca existiram tantas pessoas
conectadas e tantas informações disponíveis no mundo, assim como nunca
foram tão necessários os profissionais da informação – professores,
bibliotecários e jornalistas – para ajudar a refletir e extrair conhecimento de
tudo isso” (GABRIEL, 2013, p. 108).
Gabriel (2013) descreve dois perfis de professores, o professor-conteúdo
e o professor-interface. O professor-conteúdo é focado na informação.
Esgota as possibilidades no conhecimento em si próprio e está limitado pelo
fato do conteúdo estar praticamente com acesso ilimitado. O professor-
interface é focado na mediação, formação. Esse perfil é mais adequado, pois
atua como uma porta, que apesar de fixa, abre-se aos alunos para que
atravessem. Ser interface não é fácil, o desafio da interface é que ela não tem
sentido em si própria, dependente do usuário e conteúdo que acessa. O
professor-conteúdo é de tamanho único e o interface é flexível.
E a escola? Freire e Guimarães (2011) colocam que ela deve aceitar
revolucionar-se em função da existência crescente de outros instrumentos. E
novamente, através dos autores, fica evidente que a escola está em um
posição incomoda mesmo antes da ascensão das TDIC:
É evidente que a escola, enquanto instituição social e histórica, não pode cumprir sempre da mesma forma um certo papel que ela vem cumprindo, através do tempo e do espaço. Por outro lado, eu não diria que a escola tem de brigar com as novas presenças que veem em torno dela (...) Aliás, se tu comparas a escola com esses meios que vêm emergindo no campo da comunicação com profunda dinâmica – como a televisão ou o videocassete, por exemplo –, podes observar como a escola é estática, perto deles! (FREIRE; GUIMARÃES, 2011, p. 44).
A escola precisa reaprender a ser uma organização efetivamente
significativa, inovadora, é previsível demais, burocrática demais. Ela sobrevive
porque é espaço obrigatório para a certificação (MORAN, 2013). Para isso, um
caminho tem sido a adoção de aparatos de comunicação e mais recente, das
mídias digitais. No entanto, ensinar com mídias digitais só será um diferencial
se mudarmos os paradigmas convencionais da educação escolar, caso
contrário “só conseguiremos dar-lhe um verniz de modernidade, sem mexer no
essencial” (MORAN, 2013, p. 71).
3.1 Mediação pedagógica
Conforme destacado na seção anterior, a mediação pedagógica
depende de novas posturas tanto do professor quanto do aluno (MASETTO,
2013). É preciso trabalhar esta mudança em ambos.
A mediação pedagógica trata-se da atitude, comportamento do professor
que se coloca como um facilitador, incentivador e motivador da aprendizagem,
que se apresenta como ponte entre e aprendiz e sua aprendizagem, colabora
para que o aprendiz alcance seus objetivos. O mundo digital e TDIC exige do
professor conhecer os novos recursos, adaptar-se a eles, usá-los em prol de
um processo de aprendizagem mais dinâmico e motivador (MASETTO, 2013).
Todo esse processo faz parte da mediação pedagógica.
Para Masetto (2013), a mediação pedagógica corresponde a forma de
apresentar e tratar um conteúdo ou tema que ajuda o aluno a coletar,
relacionar, organizar, manipular informações e discuti-las com seus colegas,
com o professor, é o que leva a produção de um conhecimento. Faz parte da
mediação selecionar técnicas que favoreçam o processo de aprendizagem e a
escolha de estratégias coerentes com a postura recomendada para aluno
(protagonista e ativo) e professor (incentivador e orientador).
Nesse sentido, Moran (2013) coloca que há uma exigência de maior
planejamento pelo professor, que devem propor atividades diferenciadas,
focadas em experiências, pesquisa, colaboração, desafios, jogos, múltiplas
linguagens, e um forte apoio de situações reais e simulações.
São características da mediação pedagógica (MASETTO, 2013): o
diálogo, o debate, o questionamento, a dinâmica, a cooperação e o
intercâmbio.
Atividade 3
Com o objetivo de identificar o que os jovens pensam da escola e como
gostariam que ela fosse, o Porvir, programa do Instituto Inspirare, em parceria
com a Rede Conhecimento Social, criaram a pesquisa “Nossa Escola em
(Re)Construção”, que ouviu 132 mil alunos e ex-alunos, de 13 a 21 anos, de
todos os Estados. Avalie a partir do conceito de mediação pedagógica, do
papel do aluno, do professor e da instituição escola, o dado que consta na
figura abaixo. Para isso, elabore uma argumentação entre 10 a 15 linhas. OBS:
O material complementar traz informações completas sobre o exemplo utilizado
para esta atividade.
Figura 1: Nossa Escola em (Re)Construção
Material complementar:
Leitura
Jovens querem escola com participação, atividades práticas e tecnologia
http://porvir.org/jovens-desejam-uma-escola-participacao-atividades-praticas-
tecnologia/
Vídeo
1) Por que a escola precisa mudar? | Nossa Escola em (Re)Construção
https://www.youtube.com/watch?v=27kw_L4Ig6U
2) Programa NET Educação – Alunos trabalham com novas tecnologias da
comunicação em projeto
https://youtu.be/ctvkpcl1bUU
Áudio (Podcast)
Espaço permite que professores das redes públicas experimentem tecnologias
educacionais
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-
novidades/podcasts/espaco-permite-que-professores-das-redes-publicas-
experimentem-tecnologias-educacionais/
4. O USO DA TECNOLOGIA
De acordo com o dicionário Houaiss de Comunicação e Multimídia
(NEIVA, 2013) a definição de tecnologia: Teoria geral e/ou estudo sistemático
sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais
ofícios ou domínios da atividade humana (indústria, ciência, etc.), Técnica ou
conjunto de técnicas de um domínio particular.
Kenski (2012) coloca que o conceito de tecnologia engloba a totalidade
de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar, formas de
uso e aplicações. Além disso, a autora alerta que existem tecnologias que não
são máquinas. Ainda, que é comum ouvirmos dizer que na atualidade as
tecnologias invadiram o cotidiano. No entanto, Kenski lembra que a linguagem,
por exemplo, é um tipo de tecnologia “que não necessariamente se apresenta
através de máquinas e equipamentos. A linguagem é uma construção criada
pela inteligência humana para possibilitar a comunicação entre membros de
determinado grupo social” (2012, p. 23).
Ao falarmos de novas tecnologias na atualidade, estamos nos referindo
aos processos e produtos relacionados com a eletrônica, microeletrônica e
telecomunicações. Seu principal espaço de ação é o virtual e a matéria-prima é
a informação (KENSKI,2012).
Para a educação, segundo Masetto (2013) trabalhar com tecnologias
não significa privilegiar a técnica de aulas expositivas e recursos audiovisuais
mais modernos para transmitir informações. Não significa substituir o quadro-
negro e giz pelo PowerPoint e datashow. A respeito do uso, o autor coloca o
uso instrucionista, como a exploração de vídeo ou teleconferência para
palestras, aulas, com participação mais restrita, e o uso construcionista, em
que os recursos tecnológicos servem de apoio a aulas presenciais, como a
utilização de plataformas para reposição de conteúdo, tirar dúvidas, consultas,
tarefas a serem realizadas.
Gabriel (2013) reforça que além da hiperconexão e explosão de
conteúdo, outro fenômeno da última década é a proliferação de tecnologias e
plataformas de comunicação e informação, além das tradicionais (TV, rádio),
contamos cada vez mais com um leque de tecnologias e recursos digitais. A
proliferação dessas tecnologias digitais, aliadas as tradicionais, oferece
inúmeras possibilidades para qualquer área, entre estas a educação.
Para Gabriel, as tecnologias digitais podem tanto auxiliar como
atrapalhar nos processos educacionais, apenas a presença não é vantagem,
mas sim o seu uso apropriado “O fato dos estudantes terem tablets e
acessarem a internet durante as aulas pode tanto ser positivo quanto negativo
dependendo do tipo e do objetivo de acesso à internet e de sua relação com os
conteúdos educacionais da aula” (2013, p. 12).
Dessa maneira, não são os recursos que definem a aprendizagem, são
as pessoas, o projeto pedagógico, as interações e a gestão, afirma Moran
(2013). Não há tecnologias avançadas que salvem maus profissionais. Ainda
para MORAN, MASETTO e BEHRENS:
Trata-se da introdução da informática e da telemática na educação sob diversos ângulos: é a tecnologia atual, que não pode estar ausente da escola; são os grandes projetos de informatização dos sistemas escolares por meio da colocação de computadores nas escolas; é a ideia muitas vezes aparecendo na mídia, em forma de marketing de algumas instituições, de que com laboratórios instalados nas escolas teremos automaticamente cursos melhores e resolvidos nossos centenários problemas educacionais; é a questão da educação a distância alardeada para cursos de educação básica, cursos profissionalizantes, cursos de graduação e mesmo de pós-graduação (2013, p. 7-8).
Por fim, a discussão não é mais sobre o uso ou não uso das TDIC (fato
superado) e sim sobre formas de integração e de práticas significativas através
dos recursos e ferramentas digitais.
4.1 Mediação tecnológica
Não há dúvidas que o mundo digital afeta todos os setores, as formas de
produzir, de vender, de comunicar-se e de aprender (MORAN, 2013).
Dentro do contexto de apropriar-se da comunicação, para Soares (apud
PEREIRA, 2017) mediação tecnológica é mais apropriado que tecnologia
educativa, pois traz uma carga semântica diferente. Para o autor, o termo
tecnologia educativa carrega em si uma perspectiva tecnicista. Na mediação
tecnológica, as tecnologias integram o universo educativo, superando a visão
funcionalista/ mecanicista.
A mediação tecnológica deve proporcionar a democratização e acesso
ao conhecimento. Nessa área estão os estudos sobre as TDIC, reflexões sobre
a implantação das inovações tecnológicas nas escolas e a visão mercadológica
desta implementação. Recursos midiáticos e afins dentro do ambiente
educativo (SOARES, apud PEREIRA, 2017).
4.2 Implementação
A integração da tecnologia refere-se ao processo que determina qual
ferramenta ou recurso e quais métodos de implementação são apropriados,
haja vista a situação, atividade ou problema a que se destina (PIVA JR, 2013).
Para este autor, no Brasil e em países em desenvolvimento existe muita
resistência à utilização da tecnologia no ensino, atribuída a descontinuidade
política na área educacional, em que cada governo tem uma prioridade. Piva Jr
(2013) evidencia alguns pontos importantes no processo de integração de
tecnologias:
1) A dependência tecnológica
2) O tratamento da tecnologia como meio e não como fim
Há uma expectativa de que as TDIC trarão soluções rápidas para mudar
a educação. É fato que as TDIC nos permitem ampliar o conceito de sala de
aula, de espaço e de tempo, estabelecendo novas pontes entre o estar juntos
fisicamente e virtualmente. É necessária a compreensão e a utilização das
tecnologias digitais visando à aprendizagem dos alunos e não apenas servindo
para transmitir informações (MORAN; MASETTO; BEHRENS, 2013). Outra
recomendação é fugir do marketing da educação com tecnologia.
As tecnologias digitais móveis, por exemplo, que estão nas mãos de
alunos e professores, trazem desafios imensos de como organizar os
processos de ensino e aprendizagem de forma interessante, atraente e
eficiente. Processos que podem acontecer dentro e fora da sala de aula,
aproveitando o melhor de cada ambiente, presencial e digital (MORAN, 2013).
Piva Jr (2013) salienta que não basta introduzir um ou outro computador
na escola ou montar um laboratório que os problemas estarão resolvidos “A
informática deve ser integrada à educação, ser utilizada como ferramenta para
as demais disciplinas. Deve ser encarada como o meio, e não como o fim do
processo de ensino-aprendizagem” (p. 17).
Sobre o processo de implementação:
Tanto Guillermo Orozco quanto José Manuel Moran enfatizam que sua incorporação precisa ser processual e valorizar os contextos e processos educativos, assegurando as etapas de implantação que passam pelo ingresso, adoção, adaptação, apropriação e invenção (OROZCO, 2007); ainda, precisam assegurar que seu acesso se dê por meio do domínio técnico, gerencial e pedagógico em direção a posturas e práticas inovadoras (MORAN, 2007) (PEREIRA, 2017)1.
Para Piva Jr (2013) não devemos nos ater aos produtos, mas sim a sua
organização e forma de utilização. O autor reforça que essa é uma das regras
da boa integração da tecnologia: preocupar-se mais com a aplicação do
recurso do que com o recurso em si. Os computadores e os demais recursos
(tablets, celulares, softwares, objetos de aprendizagem etc.) são ferramentas,
meios para atingir o objetivo principal, que é a aprendizagem.
O autor propõe duas configurações para aplicação de tecnologias:
Arranjos tecnológicos referem-se às diversas disposições físicas dos equipamentos computacionais em um ambiente educacional. Espaços de aprendizagem, do inglês learning spaces, referem-se a espaços físicos ou virtuais que causam impacto no processo de ensino-aprendizagem. O foco é concentra algum potencial que facilite o processo: congregar pessoas, simular ambientes ou situações, experimentar etc (2013, p. 26).
Para a efetiva e significativa implementação das TDIC nas atividades e
na escola, não basta a compra dos equipamentos, é necessário todo um
replanejamento do processo pedagógico, mudança de crenças e técnicas dos
professores e demais envolvidos. Um grande problema é a utilização de
1 Grifos do autor.
ferramentas modernas para aplicação de métodos convencionais (PIVA JR,
2013).
Piva Jr (2013) estabelece alguns aspectos importantes no processo de
planejamento. O planejamento da tecnologia auxilia para a averiguação dos
resultados, tanto financeiros quanto pedagógicos:
A tecnologia na escola não deve ser encarada como um conjunto de
ações que produzirão resultados imediatistas, mas sim a médio e longo
prazo;
O planejamento deve estabelecer metas e objetivos em todos os níveis,
que abarque todos os interessados e envolvidos no processo
(coordenação, professores, pais e alunos);
Estabelecer uma conduta de implementação coerente com os objetivos
educacionais da instituição;
Definir tarefas, pois quanto mais bem definidas forem, mais produtiva as
pessoas serão.
O planejamento é um processo analítico que consiste em avaliar o futuro
com base em informações. Abaixo, as etapas de um planejamento simples
para a implementação de TDIC (PIVA JR, 2013):
1. Seleção e organização da equipe de planejamento
2. Definição e/ou conscientização da equipe para a missão e visão
institucional e estabelecimento da missão da equipe
3. Análise da situação atual – ambientes e recursos internos e externos
4. Identificação das oportunidades e ameaças
5. Determinar os objetivos e metas da tecnologia para a instituição
6. Formular a filosofia/políticas organizacionais de adoção e atualização
tecnológica
7. Implementação, evolução e revisão do plano
Lembrando que a implementação não é a fase final do planejamento, um
planejamento em tecnologia nunca chega ao fim. A tecnologia muda
constantemente, o que faz necessária a atualização periódica do planejamento
(PIVA JR, 2013).
Ainda, precisamos compreender que há dois tipos de professores no
contexto do uso de tecnologias digitais, os que precisam ser monitorados e
seguem mais fielmente roteiros e guias feitos por especialistas e os que
utilizam esses materiais como ponto de partida para uma reelaboração criativa
e personalizada (MORAN, 2013). Compreender o perfil do professor também é
importante e pode impactar na implementação e adoção e nos resultados
esperados.
Piva Jr (2013) destaca que além do conteúdo curricular, assuntos como
ética, solidariedade, interdisciplinaridade, criatividade, cidadania, trabalho em
grupo fazem parte do dia a dia das pessoas e deveriam também fazer parte
das salas de aula. Porém, os professores, durante sua formação não são
preparados para trabalhar assuntos como estes de forma efetiva e eficiente.
Dessa maneira, fica difícil trabalhar algo que não é vivenciado. Não muito
diferente acontece com as TDIC, a introdução de tecnologias desafia crenças e
a autoridade dos professores.
O autor continua, para romper com o método tradicional de ensino,
considerado enfadonho, engessado, ultrapassado, com alunos sentados em
fileiras diante do professor, as TDIC podem ser um caminho, uma ferramenta
didático-pedagógica “Quando os professores entram no processo de ‘aprender
como se integra a tecnologia em sala de aula’, os fatores mais importantes são
explorar e refletir sobre a aplicação da tecnologia nas mais variadas atividades,
colaborar com os colegas e participar da aprendizagem prática” (PIVA JR,
2013, p. 116).
Para o processo de implementação funcionar e a tecnologia ser de fato
integrada é preciso constituir uma infraestrutura tecnopedagógica (PIVA JR,
2013). Os elementos componentes dessa infraestrutura são:
Conteúdos: adaptar os conteúdos e as ferramentas educacionais para
que, juntos, eles possam atingir padrões de qualidade e efetividade
Reforma curricular
Desenvolvimento profissional: treinamento e capacitação para os
professores
Acessibilidade: dos professores aos recursos com antecedência,
proporcionar o contato e aproximação
Igualdade: acesso de todos a tecnologia
Envolvimento da comunidade: extrapolar os limites da sala de aula
Atividade 4
“O planejar é diferente do adivinhar”. Pense a respeito desta frase, justificando
o seu significado. Elabore uma justificativa entre 10 a 15 linhas. A consulta ao
material complementar pode ajudar nesta atividade!
Material complementar:
Leitura
1) Especial Tecnologia na Educação
http://porvir.org/especiais/tecnologia/#aplicacao-na-pratica
2) Programa Palma: Dispositivos móveis e aplicativo como ferramenta
para alfabetização (Aturá – Revista Pan-Amazônica de Comunicação)
https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/atura/article/view/4507/12539
3) Planeje suas redes: Veja as opções e maneiras de adquirir conexão,
equipamentos e serviços de manutenção. Tendo em vista seu
orçamento, visão, o nível de formação de suas equipes e os recursos
digitais disponíveis monte seu plano de tecnologia
https://s3.amazonaws.com/porvir/wp-content/uploads/2016/08/Estrategias-
para-redes-PorvirTech.pdf
4) Conheça a ferramenta de pesquisa “A escola que os jovens querem”:
Saiba como realizar a pesquisa na sua escola ou rede
http://porvir.org/nossaescola/
5) 10 boas experiências no uso de tablets e laptops
http://porvir.org/10-boas-experiencias-uso-de-tablets-laptops/
Vídeo
Programa NET Educação – Plataforma virtual oferece conteúdo sobre consumo
consciente de água
https://youtu.be/8whfluNrXK4
5. NA PRÁTICA: APRESENTAÇÃO DE CASES
Leia abaixo dois casos que apresentam aplicações práticas das TDIC no
dia a dia:
Figura 2: Caderno Mobilidade
Leia o relato completo no Caderno Mobilidade, p.15:
http://fundacaotelefonica.org.br/acervo/cadernos-aft-mobilidade/
Figura 3: Caderno Mobilidade
Leia o relato completo no Caderno Mobilidade, p.26:
http://fundacaotelefonica.org.br/acervo/cadernos-aft-mobilidade/
Conhece a política BYOD? BYOD (Bring Your Own Device), também
chamado de BYOT (Bring Your Own Technology), que significa “Traga seu
Próprio Dispositivo ou Tecnologia” é o nome que se dá a política que permite
que alunos ou funcionários levem seus próprios dispositivos móveis
(notebooks, tablets, smartphones) para a sala de aula ou espaço de trabalho
para usá-los. Na escola os gestores pedem que alunos e professores tragam
seus próprios dispositivos para que eles possam ser usados em sala de aula.
Essa política representa uma solução para que os alunos tenham
acesso a conteúdos on-line, como aplicativos, videoaulas, imagens,
principalmente em escolas que não tem recursos financeiros para comprar um
dispositivo para cada.
Figura 4: Relatório do NMC (New Media Consortium)
A UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura incentiva a política BYOD ressaltando ser um modelo
atrativo, pois é de baixo custo e de rápida implementação. No entanto, é
preciso se atentar também para algumas limitações, como o fato de alguns
alunos não possuírem o dispositivo ou grupos com dispositivos e planos de
conectividade superiores que podem superar aqueles com dispositivos e
planos inferiores.
5.1 Planejamento
Kenski (2012) coloca que os meios de comunicação como um todo, seja
a televisão, o computador, as mídias digitais, movimentam a educação e
provocam novas mediações entre professor, a compreensão do aluno e o
conteúdo veiculado. O uso destes meios e seus recursos, como imagem, som
e movimento oferecerem informações mais realistas, assim como novas e
diferenciadas possibilidades para que as pessoas possam se relacionar com os
conhecimentos e aprender.
Para Moran (2013), a união entre o mundo físico e digital, que
disponibiliza atividades de pesquisa, lazer, de relacionamento e outros serviços
e possibilidades de integração, impactam a educação escolar e as formas de
ensinar e aprender que estamos acostumados.
Nesse sentido, quando bem utilizadas, as TDIC provocam a alteração
dos comportamentos de professores e alunos, levando-os ao conhecimento e
maior aprofundamento do conteúdo estudado (KENSKI, 2012).
Uma boa escola consiste em professores mediadores, motivados,
criativos e orientadores, menos aulas informativas, mais atividades de pesquisa
e experimentação, desafios e projetos, que privilegia a formação de redes de
aprendizagem entre alunos e professores, entre quem está perto e longe
(MORAN, 2013). A tecnologia digital pode ser uma aliada nessa concepção,
proporcionando conectividade e recursos para ampliar e diversificar o processo
de ensino-aprendizagem.
Com as tecnologias digitais móveis não é preciso resolver tudo dentro de
sala de aula. O desafio é, a partir de tecnologias digitais móveis, por exemplo,
sair do ensino tradicional, em que o professor é o centro para uma
aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e a
distância, em que alunos e professores estão juntos presencialmente e
vitualmente (MORAN, 2013). Entretanto, Moran lembra que é preciso
compreender que muitas mudanças demoram a acontecer porque a sociedade
mantém um padrão mental de que ensinar é falar e aprender é ouvir. Não
apenas os envolvidos diretamente no processo precisam compreender a
mudança, pais e responsáveis também devem ser integrados e participar deste
processo.
Mesmo com a disponibilidade e variedade das TDIC, ensinar e aprender
vai muito além do uso de recursos, é necessária uma combinação de fatores,
entre estes as tecnologias:
As técnicas de comunicação também são importantes para o sucesso do professor. Um professor que se expressa bem, que conta histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, com o humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados com os alunos. Os alunos gostam de um professor que os surpreenda, que traga novidades, que varie suas técnicas e seus métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem (MORAN, 2013, p. 35).
Atividade 5
Chegou o momento de colocar em prática os conhecimentos adquiridos
durante a disciplina. Você deverá elaborar um planejamento pedagógico para a
implementação de TDIC na sua escola ou em sua disciplina ou ainda para um
conteúdo específico. Escolha uma destas situações. A disciplina apresentou
aspectos que devem ser levados em consideração no planejamento e
implementação, como o conceito de aprender, o papel do aluno e do professor
e o uso da tecnologia. Considere esses aspectos. Pense em algo que possa
ser colocado em prática, executado, que atenda necessidades específicas,
levando em consideração a infraestrutura, condições técnicas, tecnologias
disponíveis e conhecimento dos envolvidos.
O planejamento deve mencionar e caracterizar:
Público
Tecnologia escolhida
Local
Período da realização
Relação da tecnologia escolhida com a situação/local em que será
utilizada
Conceitos/Dados norteadores
Resultados esperados
ATENÇÃO: Os materiais complementares sugeridos ao longo da disciplina
podem contribuir na argumentação e formatação da proposta, há exemplos,
dicas e formatos, consulte!
Material complementar:
Leitura
1) Caderno Mobilidade
http://fundacaotelefonica.org.br/acervo/cadernos-aft-mobilidade/
2) Seção “Para Ensinar” do Instituto Net Claro Embratel: Materiais em
diferentes mídias para facilitar o ensino
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-ensinar/
3) Seção “Para Aprender” do Instituto Net Claro Embratel: Materiais para
que o professor mantenha-se em constante formação
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/para-aprender/
4) Horizon Report 2012 Panorama Tecnológico para o Ensino Fundamental
e Médio Brasileiro
http://zerohora.com.br/pdf/14441735.pdf
Áudio (Podcast)
Professor de Jundiaí usa séries e tecnologia para ensinar Ciências
https://www.institutonetclaroembratel.org.br/educacao/nossas-
novidades/podcasts/professor-de-jundiai-usa-series-e-tecnologia-para-ensinar-
ciencias/
6. REFERÊNCIAS
BACCEGA, M. A. Meios de Comunicação na Escola. Comunicação & Educação, São Paulo, set/dez 2002. 7-15. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/3745 1>. Acesso em: 23 set. 2013. CHAMPAOSKI, E. B.; MENDES, A. A. P. Percepção de professores do Ensino Fundamental I acerca das tecnologias digitais no cotidiano escolar. In: ALMEIDA, S. D. C. D. D.; MEDEIROS, F. D.; MATTAR, J. Educação e Tecnologias: refletindo e transformando o cotidiano. 1ª. ed. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017. FREIRE, P.; GUIMARÃES, S. Educar com a mídia: novos diálogos sobre educação. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
GABRIEL, M. Educar: a revolução digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013. KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2012. MATTAR, J.; LITTO, F. M (org). Educação aberta online: pesquisar, remixar e compartilhar. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017. MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Papirus, 2013. NEIVA, E. Dicionário Houaiss de Comunicação e Multimídia. São Paulo: Publifolha, 2013.
PALAMEDI, F. A usabilidade como instrumento da análise da função comunicativa em interfaces digitais. In: JÚNIOR, J. F.; SANTOS. M. C. D. Comunicação, tecnologia e inovação: estudos interdisciplinares de um campo em expansão. Porto Alegre: Buqui, 2013. p. 63-85.
PEREIRA, A. A. Educomunicação: um diálogo criativo com a pedagogia de Dom Bosco. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2017. Disponível em: < https://www.editorafi.org/173antoniaalves>. Acesso em: 06 fev. 2018. PIVA JR, D. Sala de Aula Digital: uma introdução à cultura digital para educadores. São Paulo: Saraiva, 2013.