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P . 6 Roncão D’El Rey já arrancou A construção do maior resort do interior alentejano já é uma realidade. Na zona do Alqueva já estão em curso os trabalhos da primeira fase de edificação do megaprojecto de 1000 milhões de euros promovido pela SAIP de José Roquette, o Roncão D’El Rey, que será também a porta de entrada da Alila Hotels & Resorts na Europa. P . 4 “É preciso repensar o conceito de luxo na segunda habitação” A reconfiguração da procura que se tem vindo a operar nos últimos anos obriga a que o “conceito de luxo tenha de ser repensado na segunda habitação”, afirmou Ole Jesperson, managing director da IRG International Realty Group, à margem da apresentação da 4ª edição do estudo “Portugal: e Luxury Residential Tourism Market”. P . 2 “Acumulamos factores que nos permitem estar na linha da frente na retoma” O paradigma vigente no turismo residencial português tem vindo a alterar-se significativamente nos últimos dois anos. E, apesar de o nosso país acumular factores que nos permitem estar na linha da frente na retoma, os investidores têm de reajustar as suas estratégia para estarem bem posicionados nessa altura, explica Eduardo Abreu, da Neoturis. T URISMO RESIDENCIAL ENTRE OS MELHOR PREPARADOS PARA RESPONDER À CRISE A crise implicou a mudança no paradigma vigente no mercado português de turismo re- sidencial. E, para que o nosso país esteja na “pole position” na fase de retoma, é crucial que sejam desde já desenvolvidas novas estra- tégias que adequem a oferta nacional às novas tendências da procura, sob pena de perdermos a oportunidade para nos assumirmos como um destino de topo europeu. “Portugal tem um elevado potencial para ter sucesso no mercado de Turismo Residencial de gama alta quando esse mercado recuperar, mas não está hoje posicionado para o fazer. Há muito traba- lho a fazer, e, apesar dos tempos difíceis, devemos continuar a trilhar um caminho que foi começado há algum tempo atrás, e que teve um revés muito im- portante com esta crise internacional”, alerta Pedro Seabra, Presidente da CB Richard Ellis Portugal. Neste sentido, “é importante que os agentes per- cebam que importa alterar o ângulo de abordagem na criação de destinos e projectos turísticos”, alerta José Gil Duarte, partner da consultora RDPE. E, “para que Portugal potencie a sua vantagem competitiva neste segmento, necessita de descobrir o “modelo nacional de Resort e Turismo Residencial”, e “saber aproveitar a conjuntura para reflectir sobre as suas propostas e assim antecipar as soluções correctas para quando a retoma chegar estar na linha da frente”. Devemos encarar a retoma com optimismo, mas “devemos também ser inteligentes na forma como definimos o nosso produto e o apresentamos ao mer- cado, sabendo que antemão que teremos concor- rentes e que as tendências se alteraram”, remata Ricardo Roquette, director-geral da Edge Vacations Services. E o caminho passará, inevitavelmente, por “pro- videnciar produtos de grande valor acrescentado”, o que “exige maior competitividade e permite a Portu- gal um bom posicionamento para a retoma económi- ca”, concluiu Susana Rodas, directora-executiva da HN Turismo. “Um dos aspectos que podemos melhorar para be- neficiarmos da retoma é uma maior promoção in- ternacional dos destinos turísticos portugueses”, como disse José Manuel Fortunato, Administra- dor da MSF Tur.Im. E, é “crucial que se compreen- da que vai ser importante sintonia entre todos, e dimensão para atrair capital onde ele existe”, diz Pedro Seabra. Novo paradigma, novas estratégias no Turismo Residencial Créditos: Aqua Pura Douro Valley ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1354, DE 9 JULHO DE 2010, E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE FOTO: Vale do Lobo Créditos: Cidade Lacustre, Vilamoura

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA …€¦ · pela SAIP de José Roquette, o Roncão D’El Rey, que será também a porta de entrada da Alila Hotels & Resorts na Europa

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P. 6 Roncão D’El Rey já arrancouA construção do maior resort do interior alentejano já é uma realidade. Na zona do Alqueva já estão em curso os trabalhos da primeira fase de edificação

do megaprojecto de 1000 milhões de euros promovido pela SAIP de José Roquette, o Roncão D’El Rey, que será também a porta de entrada da Alila Hotels & Resorts na Europa.

P. 4 “É preciso repensar o conceito de luxo na segunda habitação”A reconfiguração da procura que se tem vindo a operar nos últimos anos obriga a que o “conceito de luxo tenha de ser repensado na segunda habitação”, afirmou Ole Jesperson, managing director da IRG International Realty Group, à margem da apresentação da 4ª edição do estudo “Portugal: The Luxury Residential Tourism Market”.

P. 2 “Acumulamos factores que nos permitem estar na linha da frente na retoma”O paradigma vigente no turismo residencial português tem vindo a alterar-se significativamente nos últimos dois anos. E, apesar de

o nosso país acumular factores que nos permitem estar na linha da frente na retoma, os investidores têm de reajustar as suas estratégia para estarem bem posicionados nessa altura, explica Eduardo Abreu, da Neoturis.

T urismo residencial enTre os melhor preparados para responder à crise

A crise implicou a mudança no paradigma vigente no mercado português de turismo re-sidencial. E, para que o nosso país esteja na “pole position” na fase de retoma, é crucial que sejam desde já desenvolvidas novas estra-tégias que adequem a oferta nacional às novas tendências da procura, sob pena de perdermos a oportunidade para nos assumirmos como um destino de topo europeu.

“Portugal tem um elevado potencial para ter sucesso no mercado de Turismo Residencial de gama alta quando esse mercado recuperar, mas não está hoje posicionado para o fazer. Há muito traba-lho a fazer, e, apesar dos tempos difíceis, devemos continuar a trilhar um caminho que foi começado há algum tempo atrás, e que teve um revés muito im-portante com esta crise internacional”, alerta Pedro Seabra, Presidente da CB Richard Ellis Portugal.

Neste sentido, “é importante que os agentes per-cebam que importa alterar o ângulo de abordagem na criação de destinos e projectos turísticos”, alerta José Gil Duarte, partner da consultora RDPE. E, “para que Portugal potencie a sua vantagem competitiva neste segmento, necessita de descobrir o “modelo nacional de Resort e Turismo Residencial”, e “saber aproveitar a conjuntura para reflectir sobre as suas propostas e assim antecipar as soluções correctas para quando a retoma chegar estar na linha da frente”.

Devemos encarar a retoma com optimismo, mas “devemos também ser inteligentes na forma como definimos o nosso produto e o apresentamos ao mer-cado, sabendo que antemão que teremos concor-rentes e que as tendências se alteraram”, remata Ricardo Roquette, director-geral da Edge Vacations Services.

E o caminho passará, inevitavelmente, por “pro-videnciar produtos de grande valor acrescentado”, o que “exige maior competitividade e permite a Portu-gal um bom posicionamento para a retoma económi-ca”, concluiu Susana Rodas, directora-executiva da HN Turismo.

“Um dos aspectos que podemos melhorar para be-neficiarmos da retoma é uma maior promoção in-ternacional dos destinos turísticos portugueses”, como disse José Manuel Fortunato, Administra-dor da MSF Tur.Im. E, é “crucial que se compreen-da que vai ser importante sintonia entre todos, e dimensão para atrair capital onde ele existe”, diz Pedro Seabra.

Novo paradigma, novas estratégias no Turismo Residencial

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ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA ECONÓMICA Nº 1354, DE 9 JULhO DE 2010, E NÃO PODE SER VENDIDO

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Créditos: Cidade Lacustre, Vilamoura

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O paradigma vigente no turismo residen-cial português tem vindo a alterar-se significativamente. Por isso, a VE foi

“consultar” Eduardo Abreu, partner e sócio da consultora Neoturis, e uma referência no sec-tor, que partilhou a sua visão sobre os cami-nhos a seguir pelo Turismo Residencial nestes momentos de menor dinamismo económico.

Em Portugal “acumulamos factores que nos permitem estar na linha da frente na retoma” - localização/proximidade, estabilidade socioe-conómica/segurança, clima, nível de consolida-ção do destino e nível de vida competitivo –, no que toca ao turismo residencial. Mas corremos “o risco de não termos produto no mercado nesta primeira fase de retoma”, isto é, produ-to construído em resorts “onde a operação já existe ou cujo desenvolvimento é irreversível”, alerta Eduardo Abreu.

Pelo que se os projectos em carteira não avança-rem, corremos o risco “de não podermos apresen-tar ao mercado produto para vender, e assim ca-pitalizar os factores apresentados”. O que “seria a repetição do ciclo 2004 – 2007, onde a oferta não deu resposta ao potencial de oferta”, alertou.

E, realçando “a inexistência de muitos pro-jectos em comercialização, ao contrário do que se quer fazer crer”, o especialista deixa a men-sagem: “obra no terreno é, quando o mercado regressar à procura, absolutamente essencial para o processo de comercialização”, conclui.

Resorts há poucos

Apesar do elevado número de empreendi-mentos imobiliário-turisticos em pipeline, nem todos correspondem exactamente ao conceito de resort, um ponto que importa desmistificar. Até porque “é necessário que existam resorts na verdadeira acepção da palavra. Um dos grandes mitos construídos na comunidade tu-rística e imobiliária – assim como propaganda por opinion makers com falta de informação (ou desonestidade intelectual) – diz respeito à proliferação de empreendimentos turísti-co-imobiliários. Se partirmos da Nazaré pela costa e pararmos em Sines, passamos por não mais de meia-dúzia de empreendimentos com as características dos que se pretendem desen-volver”.

Uma oferta exclusiva de luxo?

Olhando ao volume em pipeline de empreen-dimentos imobiliário-turísticos, é clara a pre-dominância do segmento de luxo ou de cinco estrelas, face a outros mais baixos. O que me-rece uma reflexão mais profunda, até porque, caso todos se concretizem, “podemos, de facto, correr o risco de, no mesmo horizonte temporal concentrar a oferta num patamar de preço im-possível de absorver pela procura”.

E, sendo “inquestionável” que “o mercado comprador a valores entre os 2.000 e 3.000 J/m² é substancialmente superior, em quanti-dade, ao mercado que adquire a valores supe-riores a 4.000 J/m². Também a oferta deve re-flectir essa procura”, conclui Eduardo Abreu. Acrescentando que “em projectos de grande dimensão podem coabitar as duas tipologias de produtos” [4 e 5 estrelas].

Margens menores, payback mais longo

É fundamental que o promotor readapte a sua oferta ao actual momento do mercado, sob

pena do insucesso do seu projecto. E, já que o próprio modelo de negócio também mudou, há que “assumir a diminuição da margem de pro-moção, assim como um período de recuperação de investimento mais longo”.

A estratégia comercial também tem de ser diferente, até porque “uma das poucas conclu-sões que se podem desde já começar a retirar do período de crise que atravessamos, é a de uma redução clara do número de vendas em planta”. E, por isso, “é necessário um maior investimento inicial (decorrente capacidade fi-nanceira) para que os compradores se sintam confortáveis. A construção de infra-estruturas e a operação de golfes ou hotéis vão também conferir um carácter de irreversibilidade a al-guns projectos, o que vai ser bem interpretado por potenciais compradores”, explica.

Simultaneamente, “também as entidades fi-nanciadoras terão que se adaptar à alteração do perfil da procura” e “a competência técnica dos promotores dos projectos é também uma exigência que as instituições financeiras deve-rão consolidar”.

SuSana RibeiRo

“Acumulamos factores que nos permitem estar na linha da frente na retoma”

Compradores Continuam a vir de longe

Bão obstante o abrandamento nos últimos dois anos, o mercado emissor britânico “continuará a ser, entre os mercados internacionais, aquele que maior quota de procura terá na próxima década”, para este tipo de produ-to.E existe bastante potencial de crescimento entre outros mercados emisso-res, que Eduardo Abreu divide em dois grupos. Um primeiro, “constituído por Alemanha, Escandinávia e Benelux onde o awereness de Portugal pode aumentar significativamente e que poderão constituir uma fatia importan-te da procura (entre 20% e 30% da procura internacional)”. E um segun-do, “constituído por Brasil e Angola que, pelas naturais especificidades e ligações, poderão complementar a procura no curto e médio prazo, e pela Rússia. Diria, no entanto que em conjunto, estes três mercados não consti-tuirão mais de 10% da procura internacional. Além que “o tratamento de Espanha como se de Portugal se tratasse em termos de compradores parece-me ser o caminho correcto e em desenvol-vimento por alguns promotores”.

SuSana RibeiRo

sexta-feira, 9 Julho de 2010II TuRiSMo ReSidencial ReSoRTS&

Eduardo Abreu, partner da Neoturis

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sexta-feira, 9 Julho de 2010IV TURISMO RESIDENCIAL RESORTS&“É preciso repensar o conceito de luxo na segunda habitação”A reconfi guração da procura que se tem vindo a operar nos últimos anos obriga a que o “conceito de luxo tenha de ser repensado na segunda habitação”, afi rmou Ole Jesperson, managing director da IRG International Realty Group.Conjuntamente com a Prime Yield, recen-temente a IRG apresentou a 4ª edição do estudo “Portugal: The Luxury Residential Tourism Market”, revelando descidas glo-bais entre os 2 e 3% no mercado português de turismo residencial de luxo em 2009. Ainda assim, abaixo das quedas registadas nos outros mercados do sector imobiliário nacional, com baixas de 6 e 7%, realçaram os responsáveis pelo estudo. Para Ole Jesperson, os dados apurados neste estudo são indicativos de que o comprador procura, cada vez mais, “uma experiência focada na vida familiar, basea-

da num novo estilo de vida, sendo o design dos Resorts Turísticos fundamental”, acreditando que “no futuro essa tendência irá acentuar-se”. E, por isso, “não é sur-presa que, embora haja em Portugal uma classe ampla de valores de vendas de lotes, seja necessário gastar em mais mais 10% para estar num resort turístico do que num condomínio turístico”.Visto que “o principal foco dos nossos clientes mudou nos últimos anos”, o responsável da IRG aconselha os promo-tores que tenham projectos em “stand by” a incorporar-lhes novos conceitos e preocupações (ambientais, por exemplo), com vista a adaptá-los à nova realidade de consumo.

Choque foi menor no mercado português

Apesar das descidas registadas em 2009, este é um sector que em Portugal “não sofreu um choque tão forte como alguns mercados concorrentes do Sul da Europa, encontrando-se bem posicionado quando a retoma ocorrer”, sublinhou Nélson Rêgo, managing partner da Prime Yield. Real-çando que é “nos segmentos mais altos que continua a verifi car-se uma procura efectiva mais elevada”, o responsável ex-plicou que, apesar de em termos globais ter havido um ligeiro decréscimo dos preços por metro quadrado, nos chamados “hot spots, os valores estabilizaram ou subiram.

Depois de inaugurar, em 2009, o hotel Design e o Centro de Congressos (ambos da responsabilidade da Amorim Turismo), e as primeiras casas e aparthoteis, os promotores do Tróia Resort estão agora concentrados na dinamização do local e na comercialização das unidades imobili-árias.

Já em operação, o Tróia Resort é um dos maiores e mais antigos projectos turís-ticos portugueses, e é também o primeiro resort integrado a nascer no litoral alen-tejano. Com a primeira fase já concluída (que integra hotéis, aparthotéis e aparta-mentos, entre várias infra-estruturas de lazer), neste momento a Sonae Turismo (promotora do resort) está apostada em dinamizar o local, atraindo para lá cada vez mais turistas.

Um trabalho que se espera longo, até porque é sabido que um projecto deste género demora cerca de cinco anos a consolidar-se, e com a crise, esse período poderá ser ainda maior, de sete anos, ex-plicou João Silveira Lobo, administrador da Sonae Turismo para a área imobiliá-ria.

Já investidos 300 dos 450 milhões de euros previstos

Actualmente, “a urbanização e infra-estruturas estão construídas, bem como todos os principais empreendimentos turísticos e de habitação”. Ou seja, dos quase 450 milhões de euros de investi-mento previstos pela Sonae, cerca de dois terços (300 milhões) já ali foram apli-cados. Ao investimento da Sonae soma-se o aplicado pela Amorim Turismo no complexo Hotel Blue & Green, Centro de Congressos e Casino, que representa um mais de 100 milhões de euros.

Ou seja, o resort já está em condi-ções de gerar receitas, que comecem a cobrir o investimento. Com João Silvei-ra Lobo a garantir que “mais de 50%” dos apartamentos e casas já construídas no mega-resort estão vendidas, obtendo uma taxa de comercialização que cor-responde “plenamente às expectativas”. Admitindo, contudo, que “as vendas na sua totalidade poderão não se realizar no prazo inicialmente previsto, entre 3 a 5 anos”, dada a actual conjuntura econó-

mica, que “exige maior contenção” pela parte dos compradores.

Ainda há pouco tempo, em Maio, a Sonae lançou a comercialização do Tróiaresort Village, que ocupa 3,5 ha na zona de praia e oferece 90 townhouses T2 (158 m²), a preços entre os 600 000 e os 650 000 euros. Neste momento, além de hotéis e golfe, a “nova” Tróia oferece um total de 622 casas e lotes para mo-radias.

Na componente imobiliária, os pró-ximos projectos a desenvolver serão os apartamentos da Lagoa e a área do Eco-Resort, cujas propriedades rodeiam a caldeira de Tróia, já está em fase fi nal de projecto. Contudo, “esses projectos não são para já”, disse o administrador da Sonae Turismo, explicando que o ob-jectivo é encontrar parceiros para os de-senvolver.

Consciente da necessidade de “dina-mizar mais o espaço do Tróia Resort”, o responsável contou que este Verão é inaugurado o edifício do Tróia Shopping e, no primeiro minuto do primeiro dia de 2011 abrirá ofi cialmente o Casino.

SONAE TURISMO CONCENTRADA NA DINAMIZAÇÃO DO TRÓIA RESORT

Oferta projectada para o Alentejo ultrapassa o pipeline no Algarve

Venda de segunda habitação cresce no Algarve

Em Julho de 2010, fruto de um trabalho de investigação desenvolvido em parceria com a VI, identi� cámos um pipeline de 84 projectos integrados de turismo residencial no mercado português, mais 11 do que os 73 identi� cados em igual período de 2009. E, destes, a maior fatia (42%, 35 projectos) está localizada no Alentejo, que compara com 28 novos investimentos previstos para toda a região algarvia (que tem 33% do total). Segue-se a região Centro (segundo a classi� cação NUTS II, e que engloba a zona Oeste), com 12 projectos (14% do pipeline). Num olhar mais detalhado (NUTS III), a zona do Alqueva (Alentejo Central) e o Litoral concentram a grande maioria da oferta prevista para a região alentejana (64%). E, apesar da margem escassa, em número de projectos os investidores continuam a preferir a Costa (12) face à região interior (11). E, aí, megaprojec-tos como o Tróia Resort, na costa de Tróia, ou o Roncão D’El Rey, em Reguengos de Monsaraz, já estão em curso no terreno.

No primeiro semestre de 2010, a Garvetur registou um aumento nas tran-sacções de casas para fi ns de segunda habitação no Algarve, comparativamen-te ao mesmo período do ano passado. Um crescimento que acompanha a ten-dência que tem vindo a verifi car-se nos últimos meses no imobiliário da região, com a colocação no mercado de imóveis

em condições únicas para o investimen-to.

“Apesar do momento que vivemos, as transacções continuam a crescer face a igual período do ano transacto, em pri-meiro lugar na comercialização de apar-tamentos usados e novos, e ainda de mo-radias inseridas em condomínios de média dimensão. Destacam-se ainda, alguns

mercados com mais apetência, onde os portugueses estão novamente a assumir posição dominante, estando a optar pelo investimento imobiliário no Algarve pela sua estabilidade e futura valorização, tendo já inúmeros clientes realizado exce-lentes compras”, afi rma Miguel Ferreiro, Director Executivo da Garvetur Mediação Imobiliária.

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Numa altura em que o resort “está praticamente completo”, o administrador Carlos Leal está empenhado em continu-ar a atrair mais turistas ao longo do ano, visando atenuar a forte sazonalidade que marca a procura (mais forte ao longo do Verão). E, para que isso seja possível, a estratégia centra-se sobretudo “em conti-nuar a inovar nos serviços prestados e no reinvestimento contínuo em soluções que acrescentem valor ao resort. Pois, quere-mos cumprir as altas expectativas daque-les que nos procuram”, disse.

Um negócio de longo prazo

O negócio dos resorts é de longo prazo, como explicou Carlos Leal, e, por isso, é fundamental que, antes de investir, os pro-motores tenham em sua posse um estudo de mercado e � nanceiro cuidado, de modo a desenvolver “um plano de negócios bem realista, pois nem tudo serão rosas”. E,

geralmente, isso implica que seja desen-volvido faseadamente, de modo a que em cada fase o promotor possa encaixar proveitos que serão reinvestidos nas fases posteriores, diminuindo a exposição ao crédito à Banca.

E tem sido este o modelo seguido pela UIP. Daí que só agora, cerca de 20 anos após ter começado a quali� car o Algarve com o Pine Cliffs, este tenha entrado na recta � nal de desenvolvimento, com cerca de 90% dos projectos previstos já em ope-ração. O desenvolvimento � cará fechado, depois de se concluir a expansão da unida-de hoteleira – já em curso -, explorada pela marca Sheraton, e o desenvolvimento de um último complexo de apartamentos.

Mas, o reforço do investimento num resort nunca pára, esclareceu o respon-sável. “Uma das principais razões para se conseguir manter um resort como este no topo du-rante tantos anos

L’AND VINEYARDS Primeiras casas em

construção

Roncão D’El Rey é a porta de entrada da Alila Hotels & Resorts na Europa

Um resort com valor acrescentado é a via para o sucesso

A construção do maior resort turís-tico do Alentejo, na região do Alque-va, já é uma realidade. E, entre outras novidades, o Roncão d’el Rey (Parque Alqueva) já assegurou a presença da Alila Hotels & Resorts, que escolheu o nosso país para a sua entrada no mercado europeu de hotelaria, já que até aqui tem operado exclusivamente na região da Ásia-Pací� co.

Empenhada em a� rmar o Alqueva como “um novo pólo de desenvolvi-mento turístico”, que contribuirá para o “aumento da capacidade exportado-ra da região”, a promotora SAIP con-tratou o especialista em marketing estratégico Len Silver� ne, que assu-miu a de� nição estratégica da políti-

ca de marketing do empreendimento. E a sua intervenção começou pelo branding do projecto, que passa agora a assumir a marca Roncão d’el Rei.

Primeira fase concluída em 2012

No concelho de Reguengos de Monsa-raz, o projecto vai “nascer” nas margens da albufeira de Alqueva, num investimen-to a cargo da SAIP (Sociedade Alente-jana de Investimento e Participações), liderada por José Roquette. A primeira fase, cujas obras estão em curso desde o

último trimestre de 2009, devendo pro-longar-se até ao terceiro trimestre de 2012, terá um custo estimado de 80 mi-lhões de euros.

O Hotel do Monte (81 quartos), o Wine Club e um campo de golfe com Club House são as valências desta etapa inicial, na Herdade do Roncão (uma das três herdades abrangidas no Parque Al-queva). A gestão hoteleira � cará a cargo da Alila Hotels & Resorts.

Com uma área total superior a 2000 ha, quando � nalizado, o Roncão d’el Rei vai englobar sete hotéis, quatro campos de golfe, aldeamentos turísticos, duas marinas, centro equestre ou campo de férias. Unidades de saúde, produção de agricultura biológica, centro de avifauna e percursos de observação da natureza,

centros de conferências, praia � uvial, parque arqueológico, reserva animal e uma quinta pedagógica são outras va-lências.

A construção do Parque Alqueva será faseada, prevendo-se a existência de três fases, que no � nal representarão um investimento global estimado que rondará os 1000 milhões de euros, as-sumindo-se então como um dos maiores resorts portugueses.

Na fase de construção, este projecto criará cerca de 1200 postos de trabalho e na fase de exploração cerca de 2100 postos de trabalho directos e mais de 3000 indirectos.

Em Albufeira, desde há quase vinte anos que o Pine Cliffs Resort assumiu a sua posição como uma das principais referências portuguesas no turismo residencial de luxo. Um posicionamento ambicionado por muitos projectos, mas que só é possível graças ao valor acrescentado que, continuamente, a UIP (United Investments Portugal) continua a criar neste complexo.

deve-se ao reinvestimento na quali� cação e aumento das infra-estruturas de lazer e de serviços”.

Uma boa estratégia de promoção

Ter um empreendimento turístico de alta qualidade é fundamental para atrair turistas, mas, só por si, não basta se aqueles não reconhecerem a qualidade / atractividade do destino onde está inseri-do. Razão pela qual o desenvolvimento de um novo projecto, ou de um destino, tem sempre de ser acompanhado de uma forte aposta na promoção junto dos mercados-alvo.

Mesmo tratando-se de um resort con-solidado, cada vez que é lançado um novo produto “há que o promover”, sublinhou Carlos Leal. “Por exemplo, embora o Pine Cliffs Residence seja um dos produ-tos imobiliários inseridos no Pine Cliffs, trata-se de um produto novo cujo canal de distribuição é diferente do de outros empreendimentos anteriores. Não será o mesmo operador turístico que irá tratar do alojamento no Sheraton e aquele que comercializará o alojamento nas moradias de luxo, pois o próprio cliente-alvo tem es-peci� cidades diferentes”.

Portugueses aderem ao Turismo Residencial de Luxo

Embora o mercado internacional, so-bretudo o britânico, represente uma gran-de fatia nos clientes compradores no Pine Cliffs, Carlos Leal � cou surpreendido pela grande adesão do público português, que tem “sido uma componente muito forte da procura pelos produtos imobiliários”. “Não tinha previsto que viríamos a ter tantos compradores portugueses”, revelou.

Pelo seu posicionamento, aliado à loca-lização, o Pine Cliffs tem uma capacidade de atracção junto de mercados bastante distantes, havendo proprietários de várias nacionalidades desde Portugal à Rússia. Contudo, o responsável da UIP lamenta “as di� culdades no que toca à logística das próprias viagens entre o destino emis-sor e o Algarve”, congratulando-se pela abertura de novas rotas entre o Algarve e vários destinos europeus, pois isso “vai obviamente abrir mais mercados interna-cionais”.

As primeiras casas do empreendimento L’And Vineyards, desenhadas pelo atelier londrino Sergison Bates, em Montemor-

o-Novo, vão começar a ser construídas em Julho, anunciaram a Sousa Cunhal Turismo e a grupo

Lágrimas Hotels & Emotions, responsáveis pela promoção.

Fruto de um investimento de 44 milhões de euros, este projecto é o primeiro sob a marca L’And,

e tem como âncora a associação da arquitectura contemporânea

com a vivência rural e a cultura do vinho.

O L’And Vineyards é um aldeamento turístico de cinco estrelas composto por sete

núcleos de moradias, 1 zona de moradias em banda de um só piso (Núcleo B/ Serviced Apartments)

e um edifício que integra todos os serviços turísticos do

empreendimento (Núcleo Central). No total conta com uma oferta de

145 unidades residenciais.Recentemente, o grupo Sousa

Cunhal apresentou o L’And Reserve, que será o segundo

resort da marca L’And, um investimento de 83 milhões de

euros no concelho de Mourão, em pleno Alqueva.

sexta-feira, 9 Julho de 2010VI TURISMO RESIDENCIAL RESORTS&

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MSF Tur.IM

reformula estratégia

para o TurismoNo âmbito do processo de reestruturação do bu-

siness plan até 2015, a MSF Tur.Im reforçou a sua aposta no segmento do imobiliário turístico, tendo adquirido recentemente os 50% que eram detidos pela Oceânico Developments no projecto Royal Óbi-dos Spa & Golf Resort. Sem revelar os valores en-volvidos nesta transacção, o administrador da MSF, José Manuel Fortunato, afirmou que este negócio é “um reforço na aposta do Grupo no sector do turismo, numa região que é exemplar no respeito pelo meio ambiente e na qualidade dos empreendimentos turís-ticos. Óbidos será, no futuro, um dos principais pólos turísticos associados ao golfe”.

Representando um investimento de 200 milhões de euros, o Royal Óbidos Spa & Golfe tem já em obras a infra-estruturação e o campo de golfe de 18 buracos. A sua oferta vai incluir um hotel de cinco estrelas, servido por spa, ao qual estará associado um conjunto de estúdios e apartamentos em regime lock-off, além da componente imobiliária, já em co-mercialização.

Douro ou Alentejo na MIra da Four WIndS reSorTS

A estratégia da Four Winds Resorts, proprietária do Marti-nhal Beach Resort, prevê o reforço do investimento em Por-tugal, e a Costa Alentejana e o Douro são os próximos “alvos” na mira da empresa. A administradora, Chintra Stern, explicou que, à semelhança do que acontece em Sagres, onde está implantado o Mar-tinhal, o objectivo é encontrar um local onde seja possível

desenvolver um projecto de baixa densidade construtiva, integrado na natureza. Em Portugal, já investiu 82 milhões de euros no luxuoso Martinhal Beach Resort & Hotel, já em operação (o hotel inaugurou em Abril de 2010) e que tem já vendido 80% das 132 village houses que integram a compo-nente imobiliária. Um processo que deverá ficar concluído até meados de 2012.

Investimentos turísticos

Quinta da Ombria cria nOvO paradigma de ecO-resOrt em pOrtugalComprovando que o Algarve continua a atrair o interesse dos investidores internacionais, o Grupo Pontos, de origem finlandesa, prepa-ra-se para arrancar com a Quinta da Ombria – Hotel Spa & Golf Resort. Os objectivos são ambiciosos, e passam por investir 200 milhões de euros na criação de um novo paradigma de eco-resort em Portugal.

Com capacidade para até 1700 camas turísticas, este projecto está baseado num modelo de desenvolvimento sustentável, no qual as preocupações ambientais e de promoção da comunidade local estão patentes desde o início.

O arranque das obras está agendado para 2010, dan-do origem a uma oferta turística composta por um hotel de cinco estrelas, com 200 quartos, complementada por três aldeamentos turísticos, 31 lotes para moradias uni-

familiares, campo de golfe com 18 buracos e spa, entre outros.

Com um prazo de desenvolvimento estimado de 10 anos, este projecto “pretende ser um verdadeiro pólo de desenvolvimento turístico sustentável na região onde se insere”, segundo fonte oficial do grupo Pontos. O concei-to implicado neste resort foi desenvolvido conjuntamen-te com especialistas em planeamento paisagístico, com vista a assegurar “um habitat hospitaleiro e sustentável, tendo em vista a conservação e preservação dos solos, da água, das espécies selvagens e dos recursos naturais no resort”. Um exemplo serão as áreas ajardinadas, pois, como explicou Ilpo Kokkila, presidente do Grupo Pontos, os jardins serão constituídos por espécies autóc-tones, prometendo não plantar palmeiras e aproveitar as espécies com mais de 100 anos.

“Não queremos que a Quinta da Ombria seja mais um resort, queremos que seja uma parte de toda a gente que está à volta dela”, concluiu o responsável.

sexta-feira, 9 Julho de 2010 VIITURISMO ReSIdencIal ReSORTS&

Page 8: ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DA VIDA …€¦ · pela SAIP de José Roquette, o Roncão D’El Rey, que será também a porta de entrada da Alila Hotels & Resorts na Europa

Em Óbidos, o projecto PIN (Potencial Interesse Nacional) Falésia D’El Rey Golf & Beach Resort acaba de receber luz verde para avançar. Este é o segundo projecto promovido pelo Grupo Béltico na região Oeste, depois do Praia D’El Rey, que “lançou a região Oeste como destino turístico de renome internacio-nal”, considera Stuart Swycher, presidente do grupo.Com a classificação de cinco estrelas, o resort desenvolver-se-á numa área de 230 há de orla costeira, ao longo das quais serão criadas 475 propriedades de luxo, posicionadas ao longo do campo de golfe de 18 buracos concebido por

Pete Dye. Além da oferta imobiliária – 192 apartamentos, 205 moradias em banda e 78 moradias isoladas –, ali vai também nascer um hotel de 5 estrelas com vista de mar e um boutique hotel com SPA, complementados por uma oferta de lazer que incluiu um clube de golfe, piscinas, campos de ténis, lojas, circuitos desportivos e outros apoios. O projecto é da autoria de Mário Sua Kay.Convicto da qualidade do projecto, Stuart Swycher afirma estar “confiante que o Falésia D´El Rey será a chave para expandir a oferta de luxo nesta re-gião”.

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GRuPO JORDAN

celebra 70 anos

Em 2010, o Grupo Jordan assinala o 70º ani-versário, em simultâneo com o 20º aniversário da fundação da Planbelas SA, empresa promotora do Belas Clube de Campo. Em Portugal, o fundador André Jordan foi um dos pioneiros na aposta no imobiliário turístico nacional, e os seus projectos no Algarve – como a Quinta do Lago e Vilamoura – fo-ram cruciais para qualificar e tornar a região como um dos principais destinos de férias europeus.

Destinada às classes sociais que privilegiam os altos padrões de qualidade, os projectos desenvol-vidos pelo empresário no Algarve são ainda hoje “case-studies” internacionais, continuando a arre-cadar distinções.

BOM SuCESSO fecha acordo com a Hilton

HotelsA Hilton Hotels assinou contrato de licença

de concessão com a Acordo Óbidos – Empreendi-mentos Turísticos, S.A. para abrir um Hotel Hilton full-service no Bom Sucesso Design, Leisure & Golf Resort. Parte de um incentivo de desenvolvimento em Portugal, o Hilton Bom Sucesso Óbidos será o terceiro hotel da marca Hilton em Portugal e vai abrir em Março de 2012.

“Portugal é um dos destinos favoritos de férias na Europa e um país chave para a Hilton Wordlwi-de,” disse Patrick Fitzgibbon, Vice-Presidente Sé-nior Mundial da Hilton para o Desenvolvimento.

O Hilton Bom Sucesso, Óbidos será gerido pela Gestión T3, e contará com 120 quartos, três restau-rantes, dois bares, um SPA de 900 m² e um centro de fitness, piscinas interiores e ao ar livre, campos de ténis, um campo de golfe profissional de 18 bu-racos e um campo de 9 buracos.

OItAvOS é a aposta turística

da família ChampalimaudNa exclusiva Quinta da Marinha, em Cascais,

está a nascer um novo complexo turístico, o Oita-vos, no qual a família Champalimaud conta investir um total de 60 milhões de euros (sem contar com o investimento no golfe, já em operação). A 1 de Setembro inaugura o hotel de luxo – que marca a estreia do grupo Quinta da Marinha nesta área de negócio –, no qual investiram 40 milhões de euros e que terá 142 quartos, um spa e salas ‘corporate’.

É a primeira fase de um projecto turístico mais amplo, que ficará completo com o investimento de 20 milhões de euros no desenvolvimento de dois al-deamentos turísticos, que darão origem a um total de 148 unidades residenciais.

Luís Silvério, CEO do grupo Quinta da Marinha, explicou que “o empreendimento de 88 fogos está, neste momento, em fase de conclusão das infra-es-truturas. O projecto está aprovado e, portanto, pen-so que no decorrer do próximo ano a construção das casas será iniciada”. O segundo projecto “está pa-rado, porque não faz sentido estarmos a lançar dois projectos concorrentes ao mesmo tempo”.

NAtuRE SANuS cria o primeiro health

resort da região CentroA Nature Sanus vai investir 50 milhões de eu-

ros num projecto pioneiro em Portugal: o Health Resort Nature Góis, que criará no concelho de Góis o primeiro resort direccionado para o turismo de saúde e bem estar da região centro. O arranque das obras deverá acontecer até 2011, prevendo-se que em 2015 estejam totalmente concluídos os 113.000 m² de construção na Quinta do Baião.

Numa primeira fase, em Junho de 2012, serão inaugurados o hotel de 4 estrelas, com o seu SPA e

health club. O empreendimento contará ainda com uma oferta turístico residencial de 86 apartamentos T1 ligados à unidade hoteleira, 34 vivendas autóno-mas nas tipologias V1, V2 e V3 com garagem, terraço, área para jardinagem, piscina e residências medicali-zadas / assistidas para apoio a doentes de Alzheimer, Psiquiatria, Geriatria e Cuidados Continuados.

OBRIvERCA quer arrancar com resort

na zona da Rocha em 2011O Grupo Obriverca adiou o seu primeiro projecto

de turismo residencial por um ano, quando o “tu-rismo recuperar”, prevê Eduardo Rodrigues, presi-dente do Grupo Obriverca, que detém o projecto. O responsável do grupo explicou à VE que “tínhamos previsto arrancar com o Praia da Marinha Resort este ano, mas decidimos adiar por um ano” na ex-pectativa de uma recuperação do mercado turísti-co. “A nossa convicção é que 2013 será o ano da recuperação do turismo, razão pela qual decidimos arrancar em força com o projecto só em 2011”.

No Algarve, na zona da Rocha, este resort ambi-ciona ser “único na Europa”, dada a localização, a baixa densidade construtiva e a própria dimensão. Estimando um investimento na ordem dos 200 mi-lhões de euros, terá uma frente de mar de 3 km, abarcando 9 praias (seis das quais semiprivativas, só com acesso de barco ou através da propriedade da Obriverca). Estão em causa “mais de 2.000.000 de m² de terreno, com uma área de construção de 80.000 m² divididos por três núcleos”.

O projecto arquitectónico e urbanístico foi conce-bido pela WATG (Kimberly Allison Tong & Goo), um dos líderes internacionais na consultoria e projecto de resorts turísticos. E terá algumas componentes inovadoras, como o facto de não estar prevista a circulação rodoviária superfície. “Todos os carros que chegam à entrada do núcleo serão encaminha-dos para um parque subterrâneo. E, a partir daí as pessoas têm duas opções: ou vão a pé para casa ou de buggie”, explicou Eduardo Rodrigues.

sexta-feira, 9 Julho de 2010VIII TURISMO ReSIdencIal ReSORTS&