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 Este volume representa a terceira edição da apostila de controle de poço com opção de E.S. C. P Superfície, utilizado nos cursos do programa WELLCAP (IADC WELL CONTROL ACCREDITATIO N PROGRAM). Foram feitas as devidas adaptações na apostila até então usada, para a abordagem de todos os tópicos exigidos. Assim estamos apresentando um material bem legível e didaticamente mais esclarece dor. Os treinando terão inicialmente uma revisão geral dos conceitos fundamentais importantes para que possam compreender a aplicação dos métodos de controle. Na seqüência, após a abordagem sobre kick e blowout, os procedimentos necessários para o completo controle da situação. Todos os tópicos abrangidos nesta apostila visam alicerçar os conhecimentos em controle de kick. Procuramos expor o assunto de maneira a despertar o interesse do treinando e conseqüentemente motivá-lo ao aprendizado. Atingindo este objetivo temos motivos para satisfação. Como esta nova versão ainda não sofreu um seguimento sistemáti co, solicitamos que possíveis erros encontrados aqui sejam comunicados para que possam ser corrigidos futuramente.

Este Volume Representa a Terceira Edição Da Apostila de Controle de Poço Com Opção de E

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Este volume representa a terceira edio da apostila de controle de poo com opo de E.S. C. P Superfcie, utilizado nos cursos do programa WELLCAP (IADC WELL CONTROL ACCREDITATION PROGRAM). Foram feitas as devidas adaptaes na apostila at ento usada, para a abordagem de todos os tpicos exigidos. Assim estamos apresentando um material bem legvel e didaticamente mais esclarecedor. Os treinando tero inicialmente uma reviso geral dos conceitos fundamentais importantes para que possam compreender a aplicao dos mtodos de controle. Na seqncia, aps a abordagem sobre kick e blowout, os procedimentos necessrios para o completo controle da situao. Todos os tpicos abrangidos nesta apostila visam alicerar os conhecimentos em controle de kick.Procuramos expor o assunto de maneira a despertar o interesse do treinando e conseqentemente motiv-lo ao aprendizado. Atingindo este objetivo temos motivos para satisfao.Como esta nova verso ainda no sofreu um seguimento sistemtico, solicitamos que possveis erros encontrados aqui sejam comunicados para que possam ser corrigidos futuramente.

I - CONCEITOS FUNDAMENTAIS05

A - Tipos de fluidos05

B-Fluido de perfurao05

1. Propriedades dos fluidos de perfurao05

a) Massa especfica05

b) Parmetros reolgicos06

c) Fora gel07

d) Salinidade07

2. Propriedades do fluido aps adensar ou diluir07

C - Conceitos e clculos de presso08

1. Definio de presso08

2. Conceito do tubo em "U" e coluna hidrosttica08

3. Tipo de presso09

a) Presso hidrosttica09

b) Gradiente10

c) Presso da formao1

d) Presso na cabea do poo12

e) Presso num ponto do poo12

f) Diferencial de presso12

g) Presso trapeada13

h) Presses em condies dinmicas13

i) Presses no fundo do poo esttica e dinamicamente14

j) Presso na sapata do revestimento esttica e dinamicamente15

k) Presso de absoro15

l) Presso de fratura15

m) Presso gerada no pistoneio15

n) Massa especfica equivalente15

o) Relao volume, altura e seu efeito na presso16

p) Clculos diversos - volume, tempo17

I - KICK E BLOWOUT18

1. Definio18

2. Fluxos da formao para o poo19

A- Causa do fluxo intenciona19

B - Causas do fluxo no intencional19

1. Incorreto abastecimento do poo19

2. Pistoneio21

3. Perda de circulao24

4. Massa especfica do fluido insuficiente24

5. Corte do fludo de perfurao25

3. Presso anormal28

4. Indicadores de aumento da presso de poros31

A - Indicadores diretos de presso anormal31

B - Indicadores indiretos34

5. Deteco de kick34

A -Os Indcios de kick perfurando34

B - Indcio de kick durante a manobra36

C - Indcio de kick durante uma perda de circulao36

6. Importncia da rpida deteco de um kick37

7. Distino entre indicadores de kick e outras ocorrncias37

I PROCEDIMENTOS38

A - Os Instrumentos de Deteco de Kick38

B - Informaes Prvias38

C-Flow Check4

D - Comportamento do Fluido Invasor45

E- Fechamento do Poo48

F - Monitora mento do poo aps o Fechamento53

G - Na ocorrncia de uma Perda Total de Circulao58

H Manobrando58

l - Treinamento do Controle de Poos60

J - Competncia da Formao60

L - Operaes de Stripping64

M-Gs Raso67

IV - CARACTERSTICAS E COMPORTAMENTO DO GS68

A-Tipos de Gs68

1. Hidrocarbonetos68

2. Gases Txicos69

B - Efeito da Densidade do Gs71

C - Migrao do Gs71

D - Expanso do Gs71

E - Compressibilidade e comportamento de fases72

F - Solubilidade na Lama72

V - INFORMAES SOBRE O KICK74

A - Dados na Ocorrncia74

B - Determinao de outros dados75

VI - MTODOS DE CONTROLE COM A BHP CONSTANTE79

A - Objetivos dos Mtodos de Controle79

B - Princpios dos Mtodos de Controle com BHP Constante79

C - Mtodos de Controle80

1. Mtodo do Sondador80

2. Mtodo do Engenheiro85

D - Planilha de Controle do Poo91

E - Procedimentos de Controle92

1. Como Ligar e Desligara Bomba Mantendo a BHP92

2. Manuseio do Choke Durante o Procedimento de Controle92

3. Problemas Durante a Circulao de um Kick (situaes especiais)92

4. Consideraes sobre o Uso do Diverter96

F - Outros Mtodos de Controle de Poo97

1. Buliheading97

2. Circulao Reversa Durante o Teste de Formao98

VII - COMPORTAMENTO NA SAPATA98

A- Presses na Sapata98

B-Tempo Para o Gs Atingir a Sapata9

VIII - MARGEM DE SEGURANA100

Valor mnimo100

Valor mximo101

IX - SITUAES ESPECIAIS102

1. Controle de kick em poos horizontais102

2. Controle de kick em poos delgados106

3. Controle de kick em poos multilaterais107

4. Ocorrncia de kick havendo solubilidade do gs107

X - CONCEITO DE TOLERNCIA AO KICK108

XI - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PREVENTIVOS113

1. Procedimentos na troca de turma113

2. Perfurando114

3. Manobrando114

4. Perfilagem e canhoneio116

5. Testes de formao, testes de produo ou pescaria117

6. Perda d circulao117

7. Adestramento117

XII - RESPONSABILIDADE ESPECFICA APS O FECHAMENTO118

TABELAS DE CAPACIDADES120

TABELAS DE CAPACIDADES DAS BOMBAS DUPLEX E TRIPLEX123

TABELA DE CONVERSO DE UNIDADES125

Os tipos de fluidos mais utilizados na perfurao e completao de poos de petrleo so: a) base de gua b) base de leo natural (OBM) c) base de leo sinttico (SOBM) d) Gasosos (nitrognio, ar ou gs natural) e) Mistos (nvoas, espuma ou fluidos aerados) f) Pasta de cimento g) Fluido de completacoB - FLUDO DE PERFURAO Os fluidos de perfurao tem as seguintes funes:a) Reter os fluidos das formaes impedindo influxos b) Remover para a superfcie os cascalhes cortados pela broca. c) Limpar, resfriar e lubrificar a coluna de perfurao e a broca. d) Evitar desmoronamento das paredes do poo. e) Manter os cascalhes em suspenso quando no houver circulao. f) Transmitir potncia hidrulica broca. g) Evitar ataques coluna de perfurao. evidente que para um bom desempenho, o fluido de perfurao necessita apresentar propriedades condizentes com as solicitaes.1 - Propriedades do fluido de perfurao As propriedades do fluido de perfurao que esto mais relacionadas com controle de kick so: a) Massa especfica Massa especfica a massa por unidade de volume. No campo se chama comumente de "peso especfico". a propriedade obtida peia relao entre a massa e um vofume. Expressando isto numa equao, para uma determinada amostra, tem-se:p - massa especfica M - massa da lama contida na amostra V - volume da amostraA unidade de massa especfica mais utilizada a libra massa por galo (Ibm/gal). Usase costumeiramente (Ib/gal). O controle da massa especfica um dos fatores bsicos na preveno de kick, visto ser a propriedade responsvel pela gerao da presso hidrosttica. A baritina e a hematita so aditivos utilizados para aumentar a massa especfica, sendo a baritina a que mais se utiliza.A remoo mecnica de slidos, seguida ou no de diluio, usada para reduzir a massa especfica. Valores de massa especfica elevados podem criar problemas na perfurao, tais como: dano formao, reduo da taxa de penetrao, priso diferencial e perda de circulao. Seu valor deve estar num range aceitvel, sendo acrescida de uma margem de segurana em relao massa especfica equivalente presso de poros da formao esperada na fase do poo, normalmente entre 0,3Ib/gal e 0,5lb/gal.A massa especfica tambm influencia as perdas de carga por frico ao longo do percurso do fluido de perfurao, e nos orifcios, tais como: Jatos da broca e no choke ajusvel. Equivalncia entre unidades:1g/cm3 = 1kg/l = 8,33lbm/gal = 62,4lbm/p3 1bbl = 42gal = 5,6 p3 159 litrosA massa especfica determinada atravs da balana densimtrica, cujas unidades possveis so:Ib/gal, Ib/pe3, g/cm3 e"psi/1000psA balana densimtrica deve ser frequentemente calibrada com gua doce a 21 C que deve medir 8,33lb/gal.Calibrando-se a balana com regularidade isto assegura resultados corretos na determinao da massa especfica do fluido. A balana pressurizada d uma medida mais acurada do valor da massa especfica. Costumeiramente utilizada para medir a massa especfica de uma pasta de cimento.b) Parmetros reolgicosSo as propriedades relacionadas com o fluxo do fluido no sistema de circulao. Os mais comuns so: a viscosidade plstica, medida em centipoise e o limite de escoamento, expresso em lb/100pe2. A viscosidade plstica depende da concentrao de slidos no fluido de perfurao e o limite de escoamento uma medida da interao eletroqumica entre os slidos do fluido. Estes parmetros so responsveis pela perda de carga por frico no regime laminar, desempenhando um papel importante na presso de bombeio, num determinado ponto do poo durante a circulao e no pistoneio hidrulico. Detectado alteraes nos seus valores podem indicar uma contaminao do fluido de perfurao por um influxoEm termos prticos a viscosidade traduz a dificuldade que um fluido apresenta ao bombeamento. Quanto maior for viscosidade, maior ser a presso necessria para bombear o fluido a uma vazo determinada, para um mesmo sistema de circulao. medida atravs de um viscosmetro rotativo ou o funil Marsh. Enquanto o viscosmetro rotativo d uma medida cientfica da viscosidade, o funil Marsh serve apenas para fornecer dados comparativos de viscosidade entre duas amostras de fluidos de perfurao.c) Fora gel uma medida da resistncia em se movimentar o fluido de perfurao a partir do repouso, expressa em lb/100pe2. Quando seu valor alto resulta em pistoneio elevado, dificuldade na separao do gs da lama na superfcie e reduo da velocidade de migrao do gs.d) Salinidade a concentrao de sais no fluido de perfurao. Os sais so incorporados ao fluido de perfurao como aditivos ou como contaminantes. Neste ltimo caso, um aumento ou diminuio da salinidade pode indicar influxo de gua salgada ou de gua doce da formao para o poo. Um aumento da salinidade do fluido de perfurao implica na sua floculao e o conseqente acrscimo da viscosidade, da fora gel e do filtrado.2 - Propriedades do fluido aps adensar ou diluir.Quando se adicionam materiais adensantes ao fluido de perfurao aumenta os slidos em suspenso e isto resulta tambm em alterao nas propriedades do mesmo. Isto pode requerer, em certos casos, tratamento para restabelecer os valores adequados. Por exemplo, necessita-se de maior fora para romper a inrcia do fluido, isto quer dizer que aumenta a fora gel.A viscosidade plstica tambm aumenta visto que com o acrscimo do nmero de partculas, cresce o atrito entre as mesmas. Como, igualmente, a fora entre as partculas se altera, tem-se um aumento do limite de escoamento.Quando se faz diluio na realidade aumenta-se o espaamento entre as partculas e conseqentemente reduzem-se as propriedades j mencionadas.C - CONCEITO E CLCULOS DE PRESSO 1 - Definio de presso a fora aplicada por unidade de rea. Em termos matemticos, a equao : P = F/A Sendo que: P - presso F - fora A - reaAs unidades mais usuais so: Pascal (Newton/metro quadrado) - N/m2 Quilograma fora/centmetro quadrado - kgf/cm2 Psi - libra fora/polegada quadrada - Ibf/in2 Atm - atmosfera BarRelao entre as unidades:1Atm= 14,70psi

1Atm= 1,033Kgf/cm2

1bar=1,02kgf/cm2

1Kgf/cm2 = 105 Pa (Pascal) 1Kgf/cm2 =14,22psi2 - Conceito do tubo em 'U' e coluna hidrostticaEm um tubo em 'U' possvel a existncia de fluidos diferentes nos ramos, mas na base do tubo forosamente a presso a mesma. Isto implica que no ramo que contm fluido mais denso, o nvel com certeza est mais baixo.Isto o que acontece quando se injeta um tampo pesado na coluna antes de iniciar a retirada da mesma. O interior da coluna e o anular forma um tubo em 'U'.Isto significa que a presso no fundo do poo, quando o sistema est em equilbrio, a mesma raciocinando-se tanto pelo interior da coluna como pelo espao anular. No importa que fluidos existam no anular e coluna. Fig.1

Observa-se que a presso exercida na parte final do tubo em 'U,' quando nenhuma presso existe na parte superior dos ramos, apenas a presso exercida pela coluna de fluido existente nos mesmos. Esta coluna de fluido nomina-se: coluna hidrosttica. A presso exercida uma funo da altura da coluna e do peso do fluido. O princpio do tubo em U,' ser muito utilizado no decorrer do curso.3 - Tipos de presso a) Presso hidrosttica a presso exercida pelo peso de uma coluna de fluido. Aplicando-se o conceito de presso, tem-se:Ph = Peso da coluna de fluido/rea massa especfica - = M/V peso especfico - pesp = Peso/V acelerao da gravidade - gPh = g x x DvPsi = Ibf/in2

Ph = g x (lbf/g)/231in3 x 39,37in

Ph = 0,17 x (lb/gal) x Dv(m) "Dv" na equao refere-se profundidade vertical.Neste caso em um poo direcional que utiliza o mesmo fluido que um vertical, mesma profundidade vertical, ambos tm a mesma presso hidrosttica, embora tenham profundidade medidas diferentes. Logo se constata que a presso hidrosttica funo da massa especfica e da altura do nvel de fluido no poo. A queda de nvel de fluido resulta numa queda da presso hidrosttica e conseqentemente da presso no fundo do poo (BHP). O mesmo acontece com a reduo da massa especfica do fluido. Assim a variao na massa especfica ou no nvel de fluido afeta diretamente a presso hidrosttica.Quando se trata de gases a presso hidrosttica calculada da seguinte maneira:

Yg - densidade do gs em relao ao ar Phg - presso hidrosttica do gs PT - presso absoluta no topo da bolha PB - presso absoluta na base da bolha D altura do gs Z - fator de compressibilidade do gs T - temperatura absoluta do gs, FPara pequenas colunas de gs pode-se estimar a presso hidrosttica da mesma com a frmula utilizada para os lquidos.b) Gradiente Gradiente de presso a presso devida a uma coluna de fluido por uma unidade de comprimento.G = P/hUnidades usuais: Psi/m; Psi/pe; kg/cm2/mEquivalncia entre unidades: 0,10 Kg/cm2/m = 0,433psi/pe = 1,42psi/mO gradiente de um fluido , portanto, dado pela seguinte expresso: Ph.= 0,17x x h= G = 0,17x Exemplo: Observe o tubo em 'U' abaixo:

Calcule: 1. A altura do fluido na coluna (Da)2. A distncia da mesa rotativa ao topo do fluido na coluna3. O gradiente do fluido na coluna e no anularDados: a = 10,5Ib/Galb = 10,0Ib/GalDb = 300 metros4. Caso o gradiente da [ama na coluna fosse 1,82psi/m, qual a massa especfica deste fluido? 5. A presso na base do tubo em kgf/cm2

Determinar a presso hidrosttica de uma coluna de gs de 30 metros, cuja densidade de 0,63, sabendo-se que a presso no topo da mesma de 3200 psi. Sabe-se que a temperatura mdia do gs de 110F e o fator de compressibilidade mdio de 0,84.Resposta:

c) Presso da formao (Pp) a presso existente nos poros da rocha a ser perfurada. As formaes so classificadas de acordo com a variao do seu gradiente (Gp) da seguinte maneira:1,42 psi/m < Gp < 1,53 psi/m - normal.Gp > IjSSpsi/m - anormalmente alta. Gp < 1,42 psi/m -anormalmente baixa.1,42psi/m - gradiente da gua doce 1,53psi/m - gradiente da gua salgadaA presso anormalmente alta est associada, normalmente, deposio rpida de sedimentos reduzindo a velocidade de expulso da gua dos poros da rocha, gerando o processo conhecido por sub-compactao. A perfurao em zonas de presso elevada deve cuidadosamente ser monitorada para que a presso atuante na formao portadora seja sempre maior que a presso de poros desta formao.As formaes com presso anormalmente baixa esto associadas depleo. O gradiente de absoro baixo resultando em perda de circulao durante a perfurao.d) Presso na cabea do poo a presso registrada na superfcie, podendo ser tanto no interior da coluna quanto no anular.e) Presso num ponto do poo funo da presso atuando na superfcie (Ps) e da respectiva hidrosttica (Ph) at quele ponto.P = Ps + Ph f) Diferencial de pressoEnquanto se perfura, trabalha-se com um diferencial de presso entre a presso no fundo do poo (BHP) e a presso da formao (Pp), Fig.2. Diz-se que o diferencial positivo quando a presso no fundo do poo superior da formao e negativo quando o contrrio ocorre. Quando o diferencial de presso positivo est isenta a possibilidade de um fluxo da formao para o poo. Quando este diferencial negativo existe a condio para um influxo ocorrer.

g) Presso trapeada Quando se tem um registro de presso no anular ou no interior da coluna, que superior necessria para contrabalanar a presso da formao, diz-se que existe presso trapeada. A presso pode ser trapeada em um poo em kick tanto pela migrao do gs como pelo fechamento do poo com a bomba ainda em movimento, estas so as maneiras mais comuns. Na abertura de uma linha de fluxo deve-se ter os devidos cuidados em virtude da possibilidade da existncia de presso trapeada.h) Presses em condies dinmicas Quando existe circulao em um poo, a somatria das resistncias ao movimento do fluido ao longo do seu percurso o principal elemento que fornece a medida da presso de bombeio. Estas resistncias so nominadas perdas de carga no sistema de circulao. No manmetro do bengala, o registro feito a partir deste ponto. O tubo em 'U' apresentado na Fig.3, representa, atravs dos seus ramos, o interior da coluna, o anular e na base a broca.

A presso de bombeio lida durante a circulao o somatrio destas perdas de carga localizadas quando existe o mesmo fluido, no interior da coluna e anular. Assim tem-se:PB = APc = Ps + Pint + Pb + PanPB - presso de bombeio APc - somatrio das perdas de cargaPs - perda de carga na superfciePint - perda de carga no interior da colunaPb - perda de carga na brocaPan - perda de carga no espao anular.Quando tem-se peso de fluidos equivalentes diferentes no interior da coluna e no anular, a presso de bombeio afetada pela diferena de hidrosttica, como por exemplo, quando existe uma grande gerao de cascalho. A equao geral da presso de bombeio ou circulao escrita da seguinte maneira:Pha - Presso hidrosttica do anular Phi - Presso hidrosttica do interior da coluna.As perdas de carga so funes dos parmetros reolgicos, do peso especfico do fluido, do regime de fluxo, dos dimetros da coluna e espaos anulares e da rugosidade bem como dos dimetros dos jatos da broca.Exemplo de aplicao: So dadas as seguintes perdas de carga no sistema de circulao:Devido grande quantidade de cascalho no anular a hidrosttica do mesmo 50psi acima da do interior da coluna.Calcule: 1. A presso de bombeio enquanto perfurando 2. A presso de bombeio na mesma profundidade, circulando com o poo limpo

i) Presses no fundo do poo (BHP) esttica e dinamicamente Quando no existe circulao a nica presso atuando no fundo do poo (BHP) a presso hidrosttica. Ento:BHP = PhEm condies dinmicas deve-se considerar que a lama, aps passar pelos jatos da broca, possui uma energia suficiente para vencer as resistncias ao fluxo no anular. Neste caso a lama est pressurizada no fundo do poo, num valor correspondente s perdas de carga do anular. A BHP, acrescida deste valor :BHP = Pan + PhCaso a circulao esteja sendo realizada pelo choke, onde se constata uma perda de carga localizada, Pch, ento a BHP :BHP = Pan + Ph + Pch j) Presso na sapata do revestimento esttica e dinamicamente Sem circulao, a presso atuando na sapata, apenas a hidrosttica:Psap = Phsap Com circulao, a poo aberto, a presso na sapata :Psap = Phsap + Pan,csgPan.csg perdas de carga no anular casingHavendo circulao pelo choke, a presso na sapata ser acrescida da perda localizada no choke. equao que expressa isto, :Psap = Phsap + Pan,csg + Pch k) Presso de absoro (Pabs) aquela presso que atuando numa formao faz com que a mesma inicie a absoro do fluido de perfurao. Neste caso no houve ainda o rompimento da formao. Na perfurao no se trabalha com a perspectiva de fraturar e sim de absorver. No entanto, para ressaltar a importncia de se est atento, considera-se a absoro como se fosse a fratura. O controle, para que esta presso no seja atingida, feito pelo monitoramento da presso na superfcie, como ser visto posteriormente.) Presso de fratura (Pfra) Neste caso, em face da presso atuando numa determinada formao, a mesma atinge o rompimento mecnico; ultrapassou a absoro. Nos trabalhos de estimulao de poos, este limite atingido intencionalmente.m) Presso gerada no pistoneio O pistoneio o efeito pisto no poo. Quando ocorre na descida da coluna, cria-se uma sobre carga na formao que pode fratur-la e provocar uma perda. Se ocorrer na retirada da coluna promove um alvio da presso no fundo do poo.n) Massa especfica equivalente a massa especfica de um fluido cuja hidrosttica, mesma profundidade, igual de uma situao anterior. Pode-se ilustrar isto do seguinte modo:

Na situao (1) observa-se que o poo contm duas lamas de peso distintos. Na situao (2) tem-se uma lama cuja hidrosttica igual da situao (1). Ento a lama da situao (2) equivalente quela situao.Conforme j foi mostrado anteriormente, quando se est circulando, a presso atuando no fundo do poo acrescida das perdas de carga do anular.Isto para o fundo do poo e para qualquer ponto no mesmo, considerando-se as perdas de carga daquele ponto para cima. Neste momento como se tivesse no poo uma lama cuja massa especfica resulta numa presso hidrosttica igual presso atuando no fundo. Esta lama tem massa especfica equivalente quela situao. Da o conceito de (ECD) que a Densidade Equivalente de Circulao. Neste caso a massa especfica equivalente calculada da seguinte maneira:ECD = equi = (Ph +Pa)/0,17 x ProfundidadeQuando a circulao interrompida perde-se (ECD). o que acontece quando se faz o flow check durante a perfurao. Quando se faz o flow check nas manobras no h perda de (ECD).o) Relao Volume altura e seu efeito na presso Quando tem-se um dado volume num revestimento ou poo aberto o mesmo o produto da capacidade correspondente pela altura. Suponhamos que num revestimento tem-se uma altura "h" de fluido. O volume correspondente :V = h x CrevCrev. capacidade do revestimento.A Capacidade Hidrosttica (Cap. Hid), cuja unidade psi/bbl, indica a presso hidrosttica exercida por 1 bbl de determinado fluido, num determinado ambiente.Ph= 0,17 x x Dv.No revestimento, como j visto, h = V/Crev. Ento,Cap.Hid = Ph/V Cap. Hid = (0,17 x )/CrevPh = Cap. Hid x V A capacidade hidrosttica ser muito utilizada posteriormente.p) Clculos diversos Volume de um tanque

Volume de um cilindro

Capacidade volumtrica

Dt - dimetro interno em polegadas Dp - dimetro externo em polegadas Cap - em bbl/m Volume do anular Van = Can x hanCan - Capacidade do anular han - altura do anular Tempo de circulao T = Vcirc/Velocidade da bombaVcirc volume a ser circulado em strokes de bomba VB - velocidade da bomba, spmCom a frmula acima se pode calcular: 1. Tempo total de circulao (interior + anular)2. Tempo de circulao da superfcie a broca (interior) 3. Tempo de circulao da broca a sapata. 4. Tempo de circulao da broca a superfcie (anular) lI - KICK E BLOWOUT 1 - DEFINIO KICK - o fluxo inesperado e indesejado de fluido da formao para o poo.Neste caso o fluxo controlado. Perdeu-se o controle da primeira barreira, isto , a ao da presso hidrosttica sobre a rocha, mas tem-se o controle da segunda barreira que o equipamento de segurana.BLOWOUT - o fluxo descontrolado de fluido da formao para o poo. Neste caso perdeu-se o controle da primeira e da segunda barreira.2 - FLUXOS DA FORMAO PARA O POO O fluxo da formao para o poo pode ser: intencional e no intencional.A - CAUSA DO FLUXO INTENCIONAL Neste caso o fluxo desejado, no considerado um kick. Para que este tipo de fluxo ocorra provoca-se uma reduo da presso atuante numa formao portadora. Isto ocorre nas seguintes situaes: 1.Teste de Formao 2. CompletaoB - CAUSAS DO FLUXO NO INTENCIONAL Assim como ocorre com o fluxo intencional, uma reduo da presso atuante na formao portadora tambm acontece no intencionalmente. Neste caso o cenrio de um kick. Quando tal fato ocorre com a coluna no fundo do poo, e na formao abaixo da broca, a relao entre BHP e a presso de poros, Pp, desta formao :.BHP < PpBHP - presso de fundo (Bottom Hole Pressure)As causas mais comuns que provocam esta reduo de presso so: 1. lncorreto abastecimento do poo2. Pistoneio 3. Perda de circulao 4. Massa especfica do fluido insuficiente 5. Corte do fluido de perfurao. 6. Cimentao inadequadaA seguir ser feito um comentrio sobre cada uma destas causas

1 Incorreto abastecimento do pooCi capacidade interna do tubo Ca capacidade do anular Crev capacidade do revestimento Cd capacidade de deslocamento Crev = Ca + Cd + Ci

Quando a coluna retirada do poo sem abastecimento, o nvel de fluido cai de uma altura "h", Fig.7, que corresponde a um volume V que exatamente o volume de ao retirado. O clculo deste volume em funo do "h", :Vao = (Can + Ci) x h = (Crev - Cd) x Dv Vao = L x CdL - comprimento do ao retiradoA reduo da presso hidrosttica no fundo : Ph = 0,17 x m x DvQuando a coluna est aberta o deslocamento na descida no poo se deve apenas massa de ao descida no mesmo.Quando o fluido do poo est impedido de penetrar na coluna que desce no poo devido existncia de um inside BOP, por exemplo, o deslocamento ser total.Cdt = Cd + CiExemplos: Qual a reduo de presso no fundo do poo quando se retira 10 sees de tubos de perfurao sem abastecer? Dados: revestimento de 9 5/8" - 36lb/p - K55. DF de 5", 19,5lb/p. Fluido de perfurao de 10lb/gal. Resposta: Crev = 0,2536bbl/m. Capacidade de deslocamento do tubo, Cd = 0,0247bb!/m.

(Crev - Cd) x h = 6,775bbl

Qual a reduo de presso em frente a uma zona canhoneada, quando se retira 20 sees de tubing de 2 7/8" - de peso nominal de 6,5 Ib/p de um revestimento de 7" - 23 Ib/p? O fluido de completao tem peso de 8,4 Ib/gal e a seo 60 ps.Respostas: Can + Ci = Crev - Cd

Ph = 0,17 x 8,4 x 2 = 31psi2 Pistoneio O pistoneio refere-se ao pisto - cilindro da coluna de perfurao no poo. Dois tipos de pistoneio podem aparecer na manobra da coluna de perfurao: o pistoneio hidrulico e o mecnico. Numa retirada normal da coluna o nvel do fluido de perfurao no poo tende a baixar. Quando existe um retomo na calha, durante a ascenso da coluna, indicativo de que est havendo um pistoneio mecnico.Fatores que promove um pistoneio: a) Geometria do poo e tubos b) Profundidade do poo c) Reologia do fluido de perfurao " d) Condies do poo e propriedade do fluido de perfurao e) Velocidade da retirada e descida da coluna f) Configurao do BHAA descida da coluna de perfurao ou de revestimento produz um aumento da presso no fundo resultado do efeito gerador do pistoneio hidrulico, nominado surgncia de presso (surge pressure) que a depender da velocidade excessiva pode induzir uma perda. A retirada da coluna, se pistoneando, causar um alvio da presso no fundo devido o movimento ascendente da coluna atravs do fluido de perfurao.Uma diminuio do peso do fluido pode induzir o pistoneio hidrulico. Esta reduo pode ocorrer devido o uso de centrfuga para remover a baritina, diluio, efeito da temperatura sobre o fluido de perfurao etc.a) Pistoneio Mecnico Provoca a remoo da lama a partir de um determinado ponto do poo devido ao enceramento da broca, estabilizadores ou reamer ou quando se retira uma coluna com a borracha do packer no totalmente recolhida.A hidrosttica do interior da coluna reduzida em virtude da reduo do volume de fluido no seu interior para preencher o espao vazio abaixo do elemento encerado. O efeito de suco associado queda de hidrosttica provocar um kick. Uma vez detectado, deve-se voltar coluna ao fundo do poo e trabalhar na tentativa de desobstruir o enceramento. Sempre que ocorrer o pistoneio mecnico verificado um aumento do drag tendo em vista que o enceramento o provoca. De modo que um aumento do drag pode est associado ao pistoneio mecnico.Com o intuito de se evitar o efeito do pistoneio mecnico deve-se observar se h fluxo na retirada da coluna.Caso haja fluxo, circular, visando remoo dos detritos da formao que esto promovendo o enceramento; descer a coluna at o fundo, insistindo na remoo da causa do pistoneio. Caso estas tentativas no tenham xito e a coluna tenha de ser retirada, deve-se faz-lo com a bomba. Sempre que um pistoneio for detectado na retirada da coluna, primeiramente o poo deve ser observado. Ocorrendo fluxo o poo deve ser fechado, sem perda de tempo. A descida, neste caso, ser atravs de um stripping in.b) Pistoneio hidrulico Este tipo de pistoneio, tambm conhecido por SWAB, cria uma presso negativa que reduz a hidrosttica na formao portadora. A expresso que fornece a presso gerada pelo pistoneio :

P presso de pistoneio (psi)L - comprimento da tubulao (metros) LE - limite de escoamento (lb/100 pes2) VP - viscosidade plstica do fluido, centipoises (cp) dt dimetro do poo ou dimetro interno do revestimento (pol) dp - dimetro externo do tubo de perfurao (pol) V - velocidade da manobra (m/min) MSM - margem de segurana de manobra (Ib/gal) Dv - profundidade vertical do poo (m) necessrio que se adicione uma margem de segurana na massa especfica do fluido de perfurao para minimizar os riscos de uma ocorrncia de kick devido o pistoneio hidrulico. Como a condio mais desfavorvel o incio da manobra, tomase esta condio para avaliao da MSM.Pode-se diminuir a presso gerada no pistoneio reduzindo-se a viscosidade do fluido de perfurao a valores mnimos permitidos, tambm controlando a velocidade de retirada da coluna.Exemplo: Qual a reduo de presso no fundo do poo e a MSM para a seguinte situao:Profundidade do poo: 3200metros Tubos de perfurao: 5"OD Limite de escoamento do fluido de perfurao: 6lbf/in2 Viscosidade plstica: 16cp Velocidade de retirada da coluna: 38m/minDimetro do poo: 8 Resposta:

Se a formao tem massa especfica equivalente de 9,8lb/gal, qual deve ser a massa especfica do fluido de perfurao?

Perfurando-se com esta massa especfica do fluido de perfurao, na retirada da coluna a BHP = Pp + P.3 Perda de circulao A perda de circulao pode ser: total e parcial. A perda de circulao total resulta numa diminuio do nvel de lama no poo, promovendo uma reduo da presso em frente a uma zona portadora. Caso esta presso se torne menor que a presso desta formao, um kick ocorrer. Na perda de circulao parcial o nvel de fluido mantido, assim este tipo de perda no provoca kick. Ocorrendo este tipo de perda, aps o desligamento da bomba, o nvel esttico do poo poder ou no ser mantido. Caso no seja mantido, a depender da queda de hidrosttica, poder provocar um kick.A perda de circulao total pode ser natural, observada em formaes fraturadas; vulgulares, carvernosas, com presso anormalmente baixa ou depletadas. No normalmente verificada em formaes constitudas por folhelhos moles e areias. Induzida, que pode ser provocada pelo excesso de presso hidrosttica, pela excessiva perda de carga no espao anular, pelo surgimento de presso devido descida da coluna de perfurao ou de revestimento ou um trapeamento de presso.4 Massa especfica do fludo insuficiente Normalmente esta causa de kick est associada a formaes com presso anormalmente alta. Na perfurao realizada nestas reas, deve-se ter um rigoroso controle quanto aos indicadores de presso elevada. As tcnicas de deteco e medio de presses anormalmente altas devem ser empregadas para que se possa elevar a massa especfica do fluido de perfurao com o intuito de se evitar um influxo. Mesmo que a formao no tenha presso anormalmente alta, mas havendo uma diminuio da massa especfica do fluido, um kick pode ocorrer. Os meios mais comuns de reduo da massa especfica so: a remoo de baritina pelo uso de centrfugas, a decantao de baritina no poo e nos tanques de lama, diluio e tambm devido o aumento da temperatura do fluido, como acontece em poos HPHT. Para se evitar um kick torna-se necessrio aumentar a massa especfica do fluido de perfurao, mas um aumento excessivo pode resultar em absoro ou at mesmo fratura nas formaes frgeis, diminuio na taxa de penetrao e aumento das possibilidades de priso por presso diferencial.5 Corte no fluido de perfurao Quando o fluido de perfurao contaminado por um fluido da formao, ocorre corte da lama. isto ocasionar uma diminuio da sua massa especfica. Como conseqncia desta reduo um kick pode ocorrer.a) Corte do fluido por gs A situao mais crtica quando este corte feito por gs em virtude da expanso do mesmo quando chega na superfcie, causando uma reduo da massa especfica do fluido e uma conseqente diminuio na presso hidrosttica que pode provocar um influxo. Quando a quantidade de gs pequena registrada apenas pelo detentor de gs, em unidade de gs, (UG), no causar uma diminuio significativa na massa especfica do fluido de perfurao. Quando a quantidade de gs suficiente para promover o corte, embora se tenha uma massa especfica do fluido que retorna do poo muito reduzida, a presso hidrosttica do poo no reduzir significativamente visto que a maior expanso do gs ocorre quando o mesmo chega superfcie. A razo disto deve-se ao fato do gs ser compressvel. A hidrosttica do fluido acima do gs evita que o gs se expanda muito rapidamente. Se o volume de gs no fluido pequeno, mas suficiente para provocar um corte, a reduo da presso no fundo do poo ser pequena. A reduo da presso a uma determinada profundidade, devido ao corte do fluido por gs, pode ser estimada pela seguinte equao:

m a massa especfica do fluido na entrada (Ib/gal) mc a massa especfica do fludo no retorno (Ib/gal)eq assa especfica equivalente do fluido (Ib/gal) D a profundidade vertical do poo em metros (m)P o decrscimo da presso na profundidade considerada Ph a presso hidrosttica na profundidade considerada em (psia) Exemplo:Qual deve ser a reduo da BHP quando em funo de um corte por gs a lama reduziu a massa especfica de 1 Ib/gal para 9Ib/gal? A profundidade do poo 3.000metros.Resposta:

Observa-se que a reduo da BHP foi pequena, no se pode dizer que o poo est em kick. Entretanto as providncias devem ser tomadas para a remoo do gs da lama para que um kick no venha a ocorrer.Exemplos tpicos de fludos cortados por gs e a conseqente queda na BHP para vrias situaes, pode ser visto na Fig.8.

reservatrio ou de que um folhelho portador de gs foi encontrado detetor

O gs que se incorpora lama tem as seguintes origens: Toda vez que uma formao portadora de gs de baixa permeabilidade perfurada, o gs contido na rocha perfurada incorpora-se no fluido. o gs de fundo ou background. Neste caso, o corte de gs apenas uma indicao de que um permanece com leitura constante durante a perfurao, caso haja uma variao para mais na leitura do mesmo a situao deve ser cuidadosamente investigada. Gs de manobra aparece na superfcie aps uma manobra mesmo antes da concluso do deslocamento do anular (bottoms-up) devido o efeito de migrao do gs. Pode indicar a ocorrncia de um pistoneio e um ajuste na margem de manobra pode ser necessrio. Gs de conexo aparece na superfcie aps uma conexo mesmo antes da concluso do deslocamento do anular devido migrao do gs. Ocorre quando se perde ECD com o desligamento da bomba podendo ser afetada ainda mais com a reduo da presso no fundo devido ao pistoneio hidrulico quando a coluna suspensa. Neste caso um ajuste na massa especfica do fluido de perfurao torna-se necessrio. Gs proveniente dos cascalhes gerados de uma formao com alta porosidade e portadora de gs. O gs contido nos cascalhes expande-se quando trazido a superfcie, promovendo uma diminuio da BHP. As providncias necessrias devem ser tomadas para que um kick no ocorra. Tendo-se constatado o gs dos cascalhes, as seguintes aes devem ser tomadas: - Reduo da taxa de penetrao para diminuir o volume de gs a ser liberado dos cascalhes gerados - Aumentar a vazo de bombeio, se possvel.- Parar a perfurao e circular para limpeza do poo em intervalos regulares b) Contaminao por gua ou leo A contaminao do fluido de perfurao por esses fluidos, embora no seja uma situao to crtica como o gs, tambm causar uma reduo na massa especfica do fluido de perfurao, o que poder levar a um influxo. Assim, sua deteco na superfcie igualmente importante.6 Cimentao O incio da pega do cimento forma-se uma estrutura auto-sustentvel que faz com que a hidrosttica da pasta se reduza hidrosttica da gua de mistura, enquanto ainda existe permeabilidade ao gs. A estrutura gel da pasta antes da pega dificulta a transmisso da presso hidrosttica, tambm a reduo do volume da pasta por perda de filtrado so fenmenos que associados podem provocar uma reduo na presso hidrosttica capaz de permitir um influxo de gs atravs da pasta de cimento ainda no endurecida.Para evitar esse problema pode-se: a) Minimizar a altura da pasta b) Manter o anular pressurizado c) Usar sais para aumentar a densidade da gua de mistura d) Usar pastas com tempos de pega diferenciados e) Aumentar a massa especfica do fluido antes da cimentao f) Usar mltiplos estgios de Cimentao g) Usar pastas com, aditivos bloqueadores de gs h) Usar E.C.P. (Externai Casing Packer) na coluna de revestimento.Outras causas de kick Existem operaes que podero ser causadoras de kikc se forem incorretamente realizadas. Pode-se citar: Teste de formao a poo aberto. O risco aumenta quando existe formao portadora de gs no trecho do poo aberto. Os riscos mais comuns so: - Fratura da formao durante a circulao reversa- A existncia de gs acumulado abaixo do packer, aps a circulao reversa.-Queda de nvel do anular na abertura da vlvula de circulao reversa- Pistoneio causado pelo packer durante a retirada da coluna de teste Repetio de um teste de formao sem o correio condicionamento do poo Quando durante a perfurao de um poo ocorre coliso com um poo em produo, cortando as colunas de revestimento e de produo do poo produtor. A hidrosttica do poo que est sendo perfurado poder no ser suficiente para reter os fluidos do poo produtor e assim um kick pode ocorrer. A norma determina que seja interrompida a produo de um poo quando se perfura um com a mesma unidade do poo produtor.Ambas as situaes j foram causas de blowout na indstria de petrleo.3 PRESSO ANORMAL Causas de presso anormal A presso da formao pode aumentar em funo da geologia da rea onde o poo est sendo perfurado. Os poos so perfurados em reas onde existem armadilhas ("traps") ou estruturas geolgicas que possam conter leo e gs. As mesmas estruturas e processos que propiciam a presena de hidrocarbonetos so tambm os causadores de altas presses.Assim no deve se constituir em surpresa quando presses altas ou "anormais" so encontradas durante a perfurao de poos.A presso da formao pode aumentar em funo de vrias condies geolgicas a) Falhas geolgicas: Como a presso da formao normalmente aumenta com a profundidade, quando as rochas profundas esto falhadas em relao s rochas rasas, elas possuem presses mais altas do que as normais.A passagem por uma falha durante a perfurao pode acarretar um rpido aumento na presso da formao, possibilitando a ocorrncia de altas presses num curto espao de tempo, Fig.9.

Altas presses encontradas quando perfurando prximo a domos salinos so freqentemente os resultados de falhas localizadas em torno do domo. Presses relacionadas s falhas so tambm muito comuns em regies montanhosas.b) Grandes estruturas Anticlinais e domos salinos so dois tipos muito comuns de estruturas. A perfurao, em busca do petrleo, realizada nessas estruturas porque a deformao na crosta terrestre atua como uma armadilha para leo ou gs. Qualquer estrutura que contenha leo ou gs pode ter presses anormais acima do contato leo/gua na zona do leo ou de gs. Fig.10.

As presses mais altas ocorrem na parte superior do reservatrio ou no topo da estrutura, portanto, deve-se ficar na expectativa de encontrar altas presses quando perfurando formaes permeveis (areia ou calcrios) de qualquer estrutura.Como as grandes estruturas so as primeiras que se perfuram no programa de explorao pioneira, a equipe de perfurao necessita ter cuidado com este desenvolvimento de presso. c) Camadas espessas de folhelhos Sempre que houver ocorrncia de camadas espessas de folhelhos, podero desenvolver-se zonas de transio e de alta presso dentro do folhelho.Isto se deve s camadas espessas de folhelhos que, por serem impermeveis, restringem o movimento da gua durante o processo de compactao. Como os sedimentos so depositados inicialmente na superfcie e com o tempo passam a situarse mais profundamente, maiores presses so exercidas sobre eles a partir dos sedimentos que vo sendo depositados acima.gua, gs e leo trapeados dentro do folhelho no podem escapar suficientemente rpido, desenvolvendo-se assim altas presses, Fig.1.

O topo do folhelho pressurizado muitas vezes indicado por uma capa de rocha mais dura. Depois que a capa perfurada, o folhelho torna-se muito mais mole, medida que a presso aumenta e, como conseqncia, a taxa de penetrao tambm aumenta. Sempre que camadas espessas de folhelho forem encontradas, especial ateno deve ser dada possibilidade de se encontrar altas presses.Quando perfurando formaes arenosas, cuidados devem ser tomados quando folhelhos comeam a aparecer. Presses relacionadas a folhelhos podem ocorrer a qualquer profundidade, desde a superfcie at profundidades muito grandes.d) Camadas espessas de saiComo as camadas de sal so plsticas, elas transmitem todo o peso litosttico para a rocha subjacente. Altas presses so sempre encontradas dentro e abaixo de espessas camadas de sal. Massa especfica de fluido de 16 a 19lb/gal normalmente requerida quando perfurando dentro e logo abaixo de camadas espessas de sal encontradas a profundidades superiores a 2.0 metros, Fig.12.

e) Arenitos intercomunicveis Altas presses de formao podem ser o resultado de prvias erupes subterrneas. Arenitos superiores podem tornar-se superpressurizados como resultado de uma erupo subterrnea descontrolada.Nesse caso, o poo foi fechado com xito, mas a presso da zona inferior se transmitiu para um arenito ou reservatrio superior. Quando o prximo poo for perfurado, a equipe de perfurao estar provavelmente desprevenidos para a ocorrncia de arenitos rasos portadores de alta presso.Em regio onde se produz por processos de recuperao secundria ou terciria tais como injeo de vapor ou combusto in situ as frentes de ondas de presso podem atingir patamares superiores ao da presso normal para aquela rea, Fig.13.

4 INDICADORES DE AUMENTO DA PRESSO DE POROS H sempre o risco da ocorrncia de um kick quando se perfura em reas onde so encontradas presses anormalmente altas. Existem os indicadores diretos e indiretos de presso anormal. Enquanto os indicadores indiretos so obtidos antecipadamente como uma possibilidade de presso alta, os diretos so obtidos durante a perfurao do poo com mais preciso.A - INDICADORES DIRETOS DE PRESSO ANORMAL. Quando a presso anormalmente alta causada pelo fenmeno da subcompactao, existe sempre uma zona de transio onde a presso de poros aumenta com a profundidade. Nestas zonas, certas propriedades das formaes e do fluido de perfurao so alteradas dando indicativos de aumento da presso de poros. A observao e anlises dos indicadores obtidos na superfcie so necessrias para que as aes preventivas sejam tomadas para evitar a ocorrncia de um kick. As formaes com presso anormalmente alta possuem um teor de gua maior que as com presso normal devido ao fenmeno da subcompactao. Os indicadores mais importantes observados durante a perfurao so:1. Tamanho e forma dos cascalhesQuando se perfura zonas de alta presso os cascalhes gerados apresentam-se na superfcie com tamanho maior, em maior quantidade e com extremidades angulares e superfcie brilhante com aparncia de desmoronamento. A mudana no tamanho, forma e quantidade dos cascalhos na peneira uma advertncia de uma mudana no fundo do poo, o que pode estar levando a uma presso mais alta. Devido maior quantidade de gua nas formaes de presso alta os cascalhos gerados das mesmas so de densidades menores que os das formaes normalmente compactadas. O aumento do tamanho do cascalho causa:a) Aumento do torqueIsto se verifica em virtude da existncia de cascalhos maiores, e os mesmos se acumularem ao redor dos comandos.b) Aumento do arrasteNo s o problema do arraste observado nas conexes, mas tambm o aparecimento de fundo falso. Isto ocorre em virtude da presso nos poros, superior hidrosttica, provocar estreitamento do poo. Por muito tempo se associou tal fato ao tipo de fluido de perfurao utilizado, mas tem-se constatado que se deve mais alta presso de poros da rocha.2. Mudana na temperatura do fluido de perfuraoUm dos fenmenos geolgico associado ao aumento da presso das formaes um acrscimo na temperatura das mesmas. A verificao deste aumento feita no aumento da temperatura do fluido de perfurao que retorna na superfcie.3. Teor de gs no fluido de perfuraoO aumento da concentrao de gs de manobra e conexo medidas no detetor de gs pode ser um forte indicativo de mudana na presso da formao.4. Mudana das propriedades do fluido de perfurao.Quando a presso de poros da formao aumenta, mais cascalhos cortados e desmoronados se "dissolvem" no fluido de perfurao alterando suas propriedades. Quando a rocha capeadora de um domo de anidrita ou salino perfurada, a viscosidade da lama aumentar. Isto causar incremento do filtrado e no caso do sal aumento da salinidade do mesmo. Sempre deve se analisar as mudanas nas propriedades do fluido de perfurao.5. Aumento da taxa de penetrao Quando so mantidos constantes todos os fatores que afetam a taxa de penetrao e ocorre um aumento consistente deste parmetro provvel que uma zona de transio esteja sendo perfurada. Este incremento se deve diminuio da diferena entre a presso hidrosttica e a presso de poros. Pode-se detectar o surgimento de presso alta calculando-se o expoente de que uma funo, dentre outros, da taxa de penetrao, da rotao da broca, do peso sobre a mesma e do seu dimetro. A frmula para este clculo :

R - taxa de penetrao (p/h) N - rotao da broca (rpm) W - peso sobre a broca (Ibs) OD - dimetro da broca (pol)n - massa especfica equivalente presso normal da rea (Ib/gal)m - massa especfica do fluido de perfurao em uso (Ib/gal)Os valores do expoente de calculados para zonas de folhelhos normalmente pressurizados so lanados num grfico cartesiano em funo da profundidade para definir uma linha reta chamada de tendncia de presso normal, observando-se um crescimento linear do expoente com a profundidade.Os valores calculados para o poo em andamento so plotados para comparao com a reta de presso normal. Quando uma zona de transio encontrada, os valores calculados para o de comeam a diminuir indicando o incio da presso anormalmente alta. O desvio entre o valor calculado e o da reta de tendncia numa mesma profundidade usado na estimativa da presso de poros naquela profundidade.6. Outros indicadores Outros indicadores podem ser utilizados para determinar o aumento da presso: Os fornecidos por unidades de monitoramento (mud logging).Medindo-se a densidade do cascalho que retoma.No recomendvel depender de um nico indicador porque os processos geolgicos so complexos e podem ocorrer mudanas no relacionadas com a presso. Entretanto, variaes ocorridas em certo nmero de indicadores, so invariavelmente indicadores seguros de crescimento de presso.B - INDICADORES INDIRETOS Dois mtodos so usados na avaliao de presso anormal: interpretao ssmica e perfilagem.1. Anlises ssmicas Das interpretaes ssmicas vm as primeiras indicaes de possveis presses anormais. Medida do tamanho da estrutura, a profundidade e espessura de uma camada de sal etc, podem ser usados no clculo para estimar presses. As presses encontradas em espessas camadas de folhelho podem ser identificadas e medidas com certo grau de preciso, pois medida que a presso cresce a velocidade da onda sonora diminui. As medidas ssmicas baseiam-se na velocidade de ondas sonoras.2. Perfilagem Em reas onde h disponibilidade de informaes de outros poos, os perfis apresentam uma das melhores fontes de informao. Mudanas nas presses causam mudana bem definida nos perfis.3. Teste de formao Informaes obtidas de outros poos da rea onde foram realizados testes de formao.5 DETECO DE KICK A deteco de um kick feita atravs de sinais detectados na superfcie . Estes sinais so relacionados como segue:1Aumento da taxa de penetrao.

2Aumento do fluxo no retorno.

3Aumento do volume de lama nos tanques.

4Aumento da velocidade da bomba e diminuio da presso de bombeio.

5Corte da lama por lquido ou gs.

6Fluxo com as bombas desligadas.

1. Aumento da taxa de penetrao Trata-se de um aumento brusco da taxa de penetrao (drilling break). Isto acontece porque sendo a presso da formao (Pp) maior que a presso no fundo do poo(BHP), existe um diferencial de presso negativo, como se a formao estivesse explodindo. A descida da coluna rpida no se conseguindo o desejado peso sobre a broca. considerado um indicador secundrio de influxo, pois alteraes na taxa de penetrao podem ser obtidas por variaes do peso sobre a broca, da rotao e da vazo e por mudana na formao cortada pela broca.2. Aumento do fluxo no retorno Tendo ocorrido o fluxo da formao para o poo o reflexo disto observado pelo excesso de vazo na calha. Quanto mais permevel for formao mais rapidamente isto se observa. Caso a formao seja muito fechada provvel que a existncia do kick seja constatada por outro indcio. considerado um indicador primrio. . 3. Aumento do volume de lama nos tanques A injeo do fluido no poo feita pela formao resultar num aumento da vazo do retorno em face do deslocamento da lama pelo fluido invasor no anular. Isto se refletir no aumento do nvel de lama nos tanques. dos mais positivos indicadores de kick, considerando-se que no haja adio de lama nos tanques ativos durante a perfurao. um indicador primrio de kick.4. Aumento da velocidade da bomba e diminuio da presso de bombeio. Inicialmente a entrada do fluido invasor no poo pode causar floculao da lama e temporariamente um aumento da presso de bombeio. Como a circulao contnua este efeito logo deixa de ser significativo. O menos denso fluido da formao torna a hidrosttica do anular mais leve que a do interior da coluna, como trata-se de um tubo em "U" isto resulta num desbalanceio, aliviando o esforo da bomba. Outros problemas na perfurao podem igualmente exibir este sinal, como furo na coluna e queda de jatos da broca por esta razo considerado um indicador secundrio de kick.5. Corte da lama por lquido ou gs Quando o fluido mais leve da formao injetado no poo a massa especfica do fluido de perfurao afetada, isto , a massa especfica decresce. Diz-se ento que houve um corte. Sempre que um kick ocorre isto se verifica, no entanto, nem sempre que se tem lama cortada por gs na superfcie significa obrigatoriamente que um kick est ocorrendo. Ocorrendo um corte de gs causado pelo gs contido nos cascalhes gerados pode tambm indicar que um influxo iminente caso as providncias j comentadas no sejam tomadas. Sempre que houver um corte de gua e uma conseqente alterao na salinidade da lama indicam um kick de gua, neste caso um indicador primrio. Verificando-se na superfcie um corte do fluido de perfurao quer seja por gs, leo ou gua as aes positivas devem ser imediatamente tomadas.6. Fluxo com as bombas desligadas Desligando-se as bombas a BHP decresce num valor correspondente s perdas de carga do anular. Isto facilitar ainda mais a entrada do fluido invasor no poo. O contnuo deslocamento da lama pelo fluido da formao se refletir na calha. O poo fluindo com as bombas desligadas um indicador primrio de kick. Outras possibilidades de ocorrer este sinal, sem ser um kick, seria quando a lama no interior da coluna consideravelmente mais pesada que no anular ou o deslocamento de um tampo pesado na coluna.B - INDCIOS DE KICK DURANTE A MANOBRA. Considerado um indicador primrio. A falta de um acompanhamento criterioso dos volumes nas manobras j resultou na presena de um blowout.1. Poo aceitando menos lama que o volume de ao retirado. Na retirada da coluna o poo deve aceitar o volume de lama correspondente ao de ao retirado. Deve haver um controle rigoroso disto na superfcie o que feito atravs de um trip tank (tanque de manobra) e preenchimento de planilha. Se aceitar menos lama, sinal que a formao est injetando no poo. Durante um pistoneio mecnico tal fato se verifica, o que uma causa de kick e no indcio.2.O poo devolvendo mais lama que o volume de ao descido. Pode acontecer do kick somente ser notado durante a descida da coluna ao fundo do poo. Quando da descida da seo no poo, o mesmo flui em virtude do deslocamento da lama pela tubulao. Caso esteja ocorrendo um kick o poo flui continuamente e no s no momento da descida da seo. Constatando-se tal fato, uma das seguintes coisas deve ter ocorrido: 1. Durante a retirada da coluna deve ter ocorrido um pistoneio. 2. Na descida pode-se ter induzido uma perda, com a conseqente diminuio do nvel de lama no poo e isto ter provocado um influxo da formao. A chamada sobre presso (surge pressure). 3. O Poo no foi corretamente abastecido, provavelmente na retirada dos comandos.Os procedimentos correios devem ser adotados para o controle do poo. bom ressaltar que igualmente necessria a monitorao do volume na descida da ferramenta, atravs do tanque de manobra.C - INDCIOS DE KICK DURANTE UMA PERDA DE CIRCULAO. A recuperao do nvel de lama no poo aps sua diminuio pode ser um indcio de kick. Por ter entrado um fluido mais leve no poo a presso atuante na formao, em que ocorreu a perda, pode no ser suficiente para que continue a absorver e ento o nvel recuperado. um indicador secundrio visto que pode ser apenas a devoluo da formao que absorveu em face a um trapeamento.6 IMPORTNCIA DA RPIDA DETECO DE UM KICK. Detectando-se o mais rpido possvel um kick e tomando-se as providncias necessrias ser muito mais fcil o seu controle por que:Minimiza-se: a) O tamanho do kick b) As presses lidas no choke c) As perdas de tempo nas operaes de controle.c)Poluio do meio ambiente

Por outro lado a demora na deteco de um kick ou na tomada das providncias requeridas para o seu controle pode resultar em srias conseqncias, tais como: a) Transformao do kick num blowout b) Liberao de gases venenosos na rea d) IncndioCausas para que isto acontea:

7 DISTINO ENTRE INDICADORES DE KICK E OUTRAS OCORRNCIAS 1. Ganho de lama nos tanques a) Adies na superfcie. Pode ocorrer por fabricao, tratamento ou transferncia de fluido de perfurao. b) Fluxo da formao - neste caso um kick est ocorrendo.b)Descarte de lama. A retirada da lama dos tanques, para o dique ou estao.

c)Perda de circulao. Neste caso perdeu-se lama para a formao. Tratando-se de

2. Diminuio do nvel de lama nos tanques As causas para que isto ocorra so: a) Controle de slidos. A remoo dos mesmos na superfcie resulta no decrscimo do nvel de lama nos tanques. uma perda total corre-se o risco de um kick.3. Mudana na taxa de penetrao As razes para que haja uma variao na taxa de penetrao so: a) Aumento na taxa de penetrao como funo do peso sobre a broca, da formao, da rotao da mesa e na vazo da bomba. b) Formao de presso elevada resulta num rpido incremento da taxa. um indcio de kick. c) Quando a variao na taxa se deve a uma mudana na formao isto ocorre gradativamente.I - PROCEDIMENTOS A - INSTRUMENTOS DE DETECO DE KICK. Os instrumentos de monitoramento detectam eletronicamente quando um kick est acontecendo. Eles so acionados pelos indcios de kick j comentados. Para que haja segurana na sua operao eles devem ser corretamente ajustados. Eles detectam: 1. Nvel de lama nos tanques a) Totalizador de volumeMonitora o nvel de lama de um at 6 tanques, atravs de sensores eletrnicos. Acusa ganho ou perda, numa variao de at 1bbl.b) Indicador de nvel de lama nos tanques Acusa a variao de volume fora do range de ajuste, mas no indica o volume ganho ou perdido.2. O retorno de lama ativado por um sinal vindo do sensor instalado na linha de retorno (flow line) e indica, pela movimentao da p, a percentagem de retorno de fluxo. No mede vazo indica a variao na vazo de retorno. O ajuste feito para um valor mximo e mnimo.3. Nvel de lama no tanque de manobra O monitoramento de "enchimento" do poo fornece os meios para acompanhar o comportamento do fluido de perfurao durante as manobras. Utiliza-se muito, em vez de um medidor eletrnico, uma escala calibrada para cada 5 sees de drill pipes e a cada seo de comandos, com o sistema de bia.4. A presena de gs sulfdrico (H2S). A presena do gs no instrumento enegrecer uma faixa de papel que comparada eletronicamente com uma faixa branca e a diferena em brilho mostrar uma diferena de potencial, que ser registrada em termos de ppm de gs. Este um sistema utilizado.B - INFORMAES PRVIAS So aquelas informaes necessrias para um controle de kick e que devem ser registradas rotineiramente. So elas: 1. Mxima presso permissvel no choke, baseada na presso do ltimo teste do BOP e na resistncia presso interna do revestimento. 2. Mxima presso permissvel no choke baseada na presso de absoro da formao mais fraca estaticamente. 3. Mxima presso no choke em condio dinmica 4. Presso de bombeio mxima na circulao do kick com o gs acima da sapata5. Capacidades dos tubos, comandos e espaos anulares 6. Capacidade de deslocamento e eficincia volumtrica das bombas de lama. 7. Vazo reduzida de circulao e a correspondente presso. 8. Volume total de lama em atividade no sistema. Comentrios sobre as informaes prvias 1 - Mxima presso permissvel na superfcie. Manmetro do Choke: a) A ltima presso de teste do BOP (PTBOP). b) 80% da resistncia presso interna do ltimo revestimento descido (Pmax,csg).Pmax,csg = 0,80 x Rpi Rpi - Resistncia presso interna do revestimento - tabelado.Pmax,eq = Min. (PTBOP; Pmax,csg)Pmax,eq - presso mxima de equipamento c) Mxima presso capaz de promover a absoro na formao mais fraca em condio esttica. (Pmax,st,f)Considerando a formao mais fraca na posio da sapata, tem-se: Pmax,st,f = Pabs - Phsap = 0,17 x abs x Dvs - 0,17 x m x DvsPmax,st,t= 0,17 x Dvs x (abs - m) Pabs - presso de absoro na formao mais fraca (psi)abs - massa especfica equivalente de absoro (Ib/gal)m - massa especfica do fluido de perfurao utilizado (Ib/gal)Dvs - profundidade vertical da sapata (m) d) Presso mxima em condio dinmica (Pmax,dn,f)Pmax,dn,f = Pmax,st,f - Pan.csg Pan,csg - perda de carga no revestimentoPara evitar o clculo desta perda de carga, considera-se 10% da presso reduzida de circulao (PRC).Manmetro do bengala: e) Presso mxima de bombeio; um limite para a absoro na formao mais fraca durante a circulao do kick (Pbmax)Pbmax = Pmax,st,f + PRC - Pan,csgPosteriormente, na seo VIII sobre margem de segurana, ser feita uma abordagem detalhada sobre a Pbmax. Comentrios sobre as presses mximas Abordando um influxo de gs que a situao mais crtica; duas situaes precisam ser consideradas quanto posio do gs: Gs abaixo da sapata Gs acima da sapataPosteriormente, na considerao dos mtodos de controle, ser explicada a importncia da posio do gs relacionando-a com as mximas presses. No momento este breve comentrio ser o suficiente. Pode-se resumir as presses mximas, em condio dinmica, relacionadas com a posio do gs do seguinte modo:Posio do gs Presso no Bengala Presso no ChokeMnimaMximaMnima MximaGs abaixo da sapata PICPmax,dn,fGs acima da sapata PC PbmaxPmax,eqExemplo: A sapata do revestimento de 9 5/9" - 43,5lb/pe - N80, est posicionada a 1920 metros. O fluido de perfurao utilizado tem peso de 10Ib/gal. A massa especfica equivalente de absoro 14,2 Ib/gal. A presso reduzida de circulao, nesta profundidade, era de 600psi. O BOP foi testado com 5.000psi.Calcule: a) A presso de absoro b) APmax,st,f c) A Pmax,dn,f d) A Pmax,eq e) A Pbmax

Pmax.csg = 0,80 x 6330psi (tabelado) = 5.064psi e) Pbmax = 1370 + 600-60 = 191 Opsi. f) Capacidades So necessrias para que se possa calcular o volume para deslocar o interior da coluna e o espao anular.g) Capacidade de deslocamento e eficincia volumtrica das bombas de lama O monitoramento do deslocamento do anular ou do interior da coluna feito em strokes de bomba e no em barris. Para que se tenha a quantidade correta de strokes, correspondente a um determinado volume, em bbl; preciso que se tenha a eficincia volumtrica da bomba de lama. Para o clculo da eficincia volumtrica de uma bomba de lama preciso que se saiba as relaes necessrias, determinadas informaes sobre a bomba e a operao da mesma. As seguintes informaes so importantes: EV= QR/QTQ R = VS/TS QT = VB x CAPT CAPR = CAPT x EV CAPR = QR/VB EV - Eficincia volumtrica. QT- Vazo terica. QR - Vazo real. CAPT - capacidade terica CAPR - capacidade real. VB - velocidade da bomba.VS - volume succionado TS - tempo gasto na sucoA capacidade terica de uma bomba duplex ou de dupla ao dada por:

CAPT em in3/stk Para uma bomba triplex ou de simples ao a capacidade terica dada por:

Da expresso da capacidade terica, para a bomba triplex, resulta: CAPT = 0,0002428 x D2 x L - (bbl/stk)CAPT = 0,0102 x D2 x L - (gal/stk) D - dimetro da camisa (in) d - dimetro da haste do pisto, s para a" bomba duplex (in) L - comprimento do curso do pisto (in)Exemplo: Qual a capacidade terica de uma bomba de lama triplex, em gal/stk, munida com camisa de 6 x 12"?Resposta:No teste da eficincia volumtrica, esta bomba deslocou 12bbl em 1 minuto e 25 segundos, na velocidade de 70spm. Qual a eficincia volumtrica e a capacidade real da bomba, em bbl/stk?

h) Vazo reduzida de circulao e a correspondente presso (PRC). A circulao de um kick com a bomba na mesma vazo de perfurao resultaria em presses to elevadas, j que se circula por uma restrio, que ultrapassariam a presso de trabalho da bomba; com risco de fraturamento da formao mais fraca. Portanto, durante as operaes de controle necessrio que a velocidade da bomba seja mantida num valor reduzido. Normalmente se utilizam valores at a metade da velocidade normal de perfurao.As razes porque se deve circular o kick com a bomba na vazo reduzida, so: 1. Evita uma presso de circulao excessiva 2. Reduz o esforo na bomba 3. Permite mais tempo para se aumentar o peso da lama. 4. Diminui os riscos de fraturamento na formao mais fraca. 5. Facilita o manuseio do choke ajustvel para que o mesmo trabalhe em sua faixa de abertura apropriada. 6. Trabalha em regime laminar ou tampo evitando maior contaminao do fluido de perfurao pelo fluido invasor 7. Reduz o desgaste dos equipamentos de superfcie devido abrasividade dos slidos contidos no gs.Pequenas variaes na velocidade da bomba causam mudanas significativas na presso de bombeio. A equao para isto :

P1 - presso na situao 1 (conhecida) P2 - presso na situao 2 VB1 - velocidade da bomba na situao 1 VB2 - velocidade da bomba na situao 2.Exemplo: Durante a perfurao a presso de bombeio era de 2200psi a 100spm. O sondador no registrou a reduzida a 40spm. Qual o valor estimado desta presso?Resposta:

O fluido de perfurao foi alterado de 10 para 11lb/gal. Qual a nova PRC? Resposta:

Apesar de ser possvel se estimar o valor de uma presso, o sondador no deve deixar de determinar e registrar a PRC. Ela determinada simplesmente pela reduo da velocidade da bomba para um valor pr-determinado e posterior leitura no manmetro do bengala. Deve-se fazer o registro desta presso para cada turno d trabalho do sondador, quando houver mudana na composio da coluna, nas propriedades da lama, quando houver troca de jatos ou quando se perfuram mais de 200 metros.C - FLOW CHECK Faz-se o flow check (cheque do fluxo) quando se precisa determinar a existncia de alguma anormalidade. Este cheque pode ser feito durante a perfurao e numa operao de manobra.1 - Quando perfurando Perfurando normalmente o volume de fluido que retorna numa unidade de tempo menor que a vazo da bomba, isto porque tm-se uma taxa de perda de fluido para enchimento do poo que uma funo da gerao de cascalho.Esta perda natural e em face da mesma o Tcnico de Fluido sabe quando deve preparar mais fluido para manter o nvel dos tanques de lama de modo a evitar uma entrada de ar na bomba. A vazo total na calha a vazo da bomba, pois, o que se perde de fluido para enchimento do poo, ganha-se de cascalho. Para um observador nas peneiras interessa esta vazo total. Quando se observa o fluxo no retorno e determina-se sua anormalidade ou normalidade; est se fazendo um flow check. O flow check com a(s) bomba(s) ligada(s) no confivel, visto que pequenas anormalidades no so determinadas.Quando se constata uma variao na vazo de retorno, desde que o sondador no tenha alterado a velocidade da bomba, algo anormal aconteceu. Se estiver ocorrendo uma perda parcial de circulao e a mesma no for muito acentuada sua verificao s ocorrer com o abaixamento do nvel de lama nos tanques alm do esperado. Quando o retorno nulo trata-se de uma perda total, o que uma causa de kick.Quando ocorre um aumento um indcio de que um kick ocorreu; conseqentemente o nvel de fluido nos tanques sobe.Quando ocorre a perda de ECD, devido o desligamento da bomba, pode ser o suficiente para a ocorrncia de um kick se a BHP, em circulao, estiver margeando a presso da formao, Pp. Caso o kick j tenha ocorrido perda de ECD facilita a entrada de fluido invasor no poo.O flow check confivel o feito com as bombas desligadas. Neste caso a perfurao tem que ser interrompida. Se o poo estiver fluindo um indcio de kick e o poo deve ser fechado sem perda de tempo.2 - Quando manobrando a) O poo est hidrostaticamente balanceado sem (ECD) A ausncia de fluxo, antes de iniciar a manobra, indicativo de que o poo est estaticamente balanceado. Neste caso, o desligamento da bomba ou bombas, no resultou numa (BHP) inferior presso de poros. Isto, porm, no um indicador absoluto de que a ameaa de um kick no iminente. Caso a (BHP) seja igual presso da formao (BHP = Pp), no haver fluxo, entretanto, um pequeno pistoneio ser o suficiente para provoc-lo.b) Controle do volume de abastecimento A ausncia de fluxo tambm no tida como indicador absoluto quando se analisa sob outro aspecto. Durante o incio da retirada da coluna, poder no se ter fluxo nenhum, mas um kick j pode ter ocorrido. O controle rigoroso do volume de abastecimento que constatar a existncia do mesmo. As providncias imediatas devem ser tomadas, independentes da presena de fluxo. A grande vantagem disto que pode-se controlar o kick enquanto o ganho ainda pequeno. evidente que se os procedimentos corretos no forem adotados; o fluxo surgir e com o risco de descontrole. O controle do volume de abastecimento, que o indicador principal, deve ser feito atravs de um tanque de manobra e do preenchimento de uma planilha.1Mantendo o poo aberto.

D) COMPORTAMENTO DO FLUIDO INVASOR Quando o kick de gs, devido propriedade de expanso do mesmo e grande diferena entre as massas especficas do gs e do fludo de perfurao; o controle torna-se mais difcil em relao a um kick de gua ou leo. Caso o poo seja mantido aberto, aps uma invaso de gs; a presso sobre a bolha vai reduzindo e conseqentemente aumenta a expanso do mesmo medida que se aproxima da superfcie. A expanso do gs. pode ser avaliada pela lei dos gases reais como mostra a seguinte equao:PV = Z n R TConsiderando o mesmo nmero de moles contidos no volume de gs, nas situaes 1 e 2, tem-se que:

P - presso absoluta T - temperatura absoluta V - volume do gs Z - fator de compressibilidade R - constante universal dos gases N - nmero de moles contidos no volume de gs.Os valores de Z podem ser determinados atravs de bacos em funo das presses e temperaturas reduzidas do gs ou de maneira aproximada, para determinado gs, atravs da temperatura e presso no ponto em estudo. Considerando um gs ideal, (Z=1); um processo isotrmico (T1 = T2), a equao ser reduzida seguinte expresso:Exemplo: Calcule o volume de 1bbl de gs ao chegar na superfcie, sabendo-se que o mesmo invadiu o poo com uma presso de 5400psi a uma profundidade de 3000 metros e o poo foi deixado aberto. Considerar um processo isotrmico e um gs ideal.Resposta: Para se determinar a ordem de grandeza da expanso, tem-se:Z1 = Z2 = 1 e T1 = T2 P1 x V1 = P2 x V2

Este 1bbi chegar na superfcie na ordem de 361 bbl. Isto significa a presena de um blowout, em face de uma queda grandiosa da hidrosttica. Supondo agora que logo que houve a invaso o poo foi fechado com o ganho de um 1bbl e permaneceu fechado.2O poo mantido fechado.

Neste caso no permitida a expanso do gs, mas o mesmo migrar pelo efeito da segregao gravitacional. Estudos tm mostrado que a velocidade de migrao da bolha est na ordem de 200 a 300 metros por hora. Conforme a equao acima, no havendo variao na massa de gs e no volume, a presso da bolha mantida. O gs sobe com a presso de poros da formao, o que causa um aumento de presso em todos os pontos do poo. A presso na formao mais fraca pode atingir nveis superiores sua resistncia a fratura ou na superfcie presso de trabalho do equipamento de segurana.Exemplo: Como exemplo mostrado mesma situao anterior, agora o poo mantido fechado, Fig.14.

A lama utilizada tem massa especfica de 10lb/gal, mas na situao n 1 a massa especfica equivalente na sapata do revestimento de 10,8lb/gal. Quando o gs atinge a sapata este valor j sobe para 14,1lb/gal, alcanando 24,1lb/gal quando o gs chega na superfcie com a presso da formao de 5400psi. Dificilmente as formaes expostas resistiriam to elevadas presses.Do exposto a concluso bvia: ocorrendo um kick o poo no pode ser deixado aberto e nem deixado indefinidamente fechado. Ter que ser aberto pelo choke; com isto permite-se que o gs chegue na superfcie com expanso controlada. Seguindo-se os procedimentos corretos, no haver um blowout e nem fraturamento na formao mais fraca durante a conduo do gs superfcie. Os mtodos de controle tratam dos procedimentos corretos envolvidos.E - FECHAMENTO DO POO Aps se observar um indcio de kick deve-se fechar o poo de uma maneira rpida e eficiente de modo a minimizar o fluxo. As recomendaes contidas no API RP 59, mencionam dois procedimentos de fechamento: o soft e o hard.1. Procedimento Soft de fechamento de poo. Para se adotar este procedimento, um choke ajustvel deixado permanentemente aberto. As vlvulas da linha do choke e as do ramo do choke manifold que passa por este choke ajustvel so deixadas abertas exceto uma das duas vlvulas prxima ao BOP, a que fica mais afastada do mesmo. No fechamento do poo: i) A vlvula da linha do choke aberta j) O BOP fechado k) O choke fechado para leitura das presses.Este procedimento permite que o choke seja fechado de modo a se monitorar as presses no mesmo. Isto especialmente importante se a presso de absoro na superfcie; Pmax,st,f correr o risco de ser atingida, logo inicialmente.2. Procedimento Hard de fechamento de poo. Neste procedimento os chokes ajustveis permanecem fechado. Uma vlvula da linha do choke permanece aberta e a outra fechada, conforme explicado no procedimento Soft. As vlvulas do ramo do choke manifold, que passa por este choke ajustvel, so deixadas abertas. O poo fechado logo aps o desligamento da bomba.Se a presso no revestimento no puder ser lida na cabea do poo, a vlvula da linha do choke deve ser aberta para que a leitura seja feita no choke manifold, o que geralmente acontece. Este procedimento permite que o poo seja fechado no menor tempo possvel, minimizando a quantidade adicional de influxo para o poo.3. Procedimento Soft de fechamento versus Hard. O procedimento Soft permite o monitoramento das presses e um controle mais sensvel da presso no choke em relao ao Hard. Se a presso inicial de fechamento provvel exceder a mxima presso permissvel no anular, o procedimento Soft permite adotar-se um procedimento alternativo antes da Pmax,st,f ser atingida no choke. Numa situao assim este procedimento tem uma grande vantagem em relao ao Hard. Uma grande desvantagem, no entanto, que o tempo adicional envolvido na abertura da vlvula da linha do choke e o fechamento do mesmo permitiro um adicional influxo para o poo. Isto resultar em um kick maior e potencialmente numa maior presso no choke, enquanto circulando o kick, do que se tivesse sido adotado o procedimento Hard.4, Fechamento Soft conforme a operao. Perfurando: a) Parar a mesa rotativa b) Elevar a coluna na posio correta c) Parar a bomba d) Abrir a vlvula da linha do choke, manual ou HCR e) Fechar o BOP anular f) Fechar o choke ajustvel vagarosamente, atentando para a mxima presso permissvel. g) Registrar as presses no bengala e choke de minuto em minuto determinando a SIDPP e SICP.Manobrando tubos de perfurao: a) Posicionar o tool joint na mesa rotativa de modo a permitir a conexo da vlvula de segurana (kelly cock). b) Abrir a vlvula da linha do choke c) Instalar a vlvula de segurana da coluna (kelly cock) d) Retirar as cunhas e posicionar o corpo do tubo corretamente nos preventores e) Fechar a kelly cock f) Fechar o BOP anular g) Fechar o choke ajustvel vagarosamente atentando para a mxima presso permissvel. h) Registrar as presses no bengala e choke de minuto em minuto determinando a SIDPP e SICP.Manobrando comandos: Proceder como descrito no item anterior, instalando a vlvula de segurana da coluna no comando. Deve-se ter os subs de reduo que permita a colocao da vlvula de