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estiramentos
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Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008 I Vol. 2 I Nº 1 I 43
O Efeito da Variável Tempo de Estiramento Estático na FlexibilidadeMuscular: uma revisão sistemática da literatura.
Luís Coelho1
Fisioterapeuta. Consultório e Clínica de Reabilitação, Lda1
Correspondência para: [email protected]
Resumo
Introdução: A flexibilidade muscular pode ser caracterizada por diferentes variáveis. Dentro dessas, o tempo de estiramento tem sidosujeito a um número limitado de estudos. Objectivos: Este estudo teve como principal objectivo a realização de uma revisão bibliográficasistemática centrada na variável temporal de duração do estiramento estático e seu efeito na flexibilidade muscular. Relevância: Oconhecimento da variável tempo de estiramento pode ser considerado como de especial relevância para o trabalho de alongamentorealizado pelos fisioterapeutas no contexto clínico e pelos desportistas e treinadores no contexto desportivo, com vista à optimizaçãodos resultados. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa de artigos acerca da temática, referente aos últimos 15 anos de publicação(Fontes: Google, Medline, Medscape, PEDro, PhysioBase e Pubmed), assim como uma consequente análise comparada dos artigose discussão. Resultados: Verificou-se que tempos de estiramento de 30 segundos de duração parecem corresponder aos maisvantajosos no sentido do aumento das amplitudes de movimento activo. Não parece verificar-se eficácia significativa na realização deestiramentos analíticos com um tempo de duração superior a 30 segundos, exceptuando as populações com uma idade igual ousuperior a 65 anos. Discussão: Tempos de estiramento com um tempo superior a 30 segundos parecem não ser vantajosos noaumento da amplitude de movimento pelo facto de esse tempo ser suficiente para a produção da máxima deformação plástica dostecidos moles. Populações mais envelhecidas necessitam de tempos de alongamento maiores devido à natureza mais rígida dostecidos. Apresentam-se, no artigo, diferentes recomendações e linhas de orientação para a realização de estudos futuros dentro dalinha de investigação vigente. Conclusões: O tempo de estiramento estático considerado ideal parece corresponder a 30 segundosde duração, aumentando para um minuto para as populações mais idosas.
Palavras-Chave: Estiramento estático, Tempo de estiramento, Flexibilidade, Amplitude de Movimento.
Abstract
Introduction: Muscular flexibility is defined by different variables. Inside them, the time of static stretch has been reduced to a limitednumber of studies. Objectives: The purpose of this study was to undertake a systematic bibliographic review centred in the temporalvariable of the static stretch duration and its effects on the muscular flexibility. Relevance: Knowledge about the time of static stretchvariable may be considered as relevant for the stretching work done by physical therapists in the clinical context and by sportsmen andtrainers in the sport context, with the results optimisation purpose. Methodology: It was realized a research about the theme, includingthe last 15 years of publication (from Google, Medline, Medscape, PEDro, PhysioBase e Pubmed), and a consequent comparativeanalysis of the articles and discussion was done. Results: It was verified that stretching times of 30 seconds of duration may correspondto the most advantages times if we want to gain range of motion. It seems that there is no relevant evidence that it is effective to doanalytical stretch with a duration over 30 seconds, excepting people aged 65 years or older. Discussion: Times of stretching superiorto 30 seconds may be disadvantage to gain range of motion, because that time seems to be sufficient to produce maximal tecidulardeformation. Older populations need bigger times of stretching because of its rigid tecidular nature. Different recommendations andorientation lines for the realization of future studies inside the present line of investigation are presented in the article. Conclusions:Time of static stretch considered ideal seems to be 30 seconds duration, and it becomes one minute in the older persons.
Key Words: Static stretching, Time of stretch, Flexibility, Range of motion.
REVISÃO DE LITERATURA
Introdução
De modo a ser possível desempenhar a maioria das tarefas
quotidianas funcionais, assim como actividades
ocupacionais e recreativas, é necessário possuir uma
amplitude de movimento sem restrições e sem dor.Para
que esta seja normal é fundamental haver mobilidade e
flexibilidade dos tecidos moles que circundam a articula-
ção, ou seja, músculos, tecido conectivo e pele, e mobili-
dade articular.
Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008 I Vol. 2 I Nº 1 I 44
Conceptualmente, a flexibilidade muscular tem sido
definida em termos da amplitude de movimento disponível
por parte de uma articulação, amplitude essa dependente
em grande parte da extensibilidade dos músculos.
Podemos atender à flexibilidade como “a habilidade para
mover uma articulação ou articulações através de uma
amplitude de movimento livre de dor e sem restrições,
dependente da extensibilidade dos músculos, que permite
que estes cruzem uma articulação para relaxar, alongar e
conter uma força de alongamento” (Kisner & Colby, 1998,
p. 142, cap. 5).
Um estiramento constitui um termo geral descritivo de
qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar
o comprimento de estruturas de tecidos moles e, desse
modo, aumentar a amplitude de movimento. Os
estiramentos tendem a ser realizados frequentemente nos
contextos clínico e desportivo, com todas as vantagens
que os mesmos apresentam para a mobilidade e a
prevenção de lesões e contraturas. Segundo Kisner &
Colby (1998), existem três métodos básicos de
alongamento: alongamento passivo aplicado manual ou
mecanicamente, inibição activa e auto-alongamento. A
literatura internacional tem tratado do tema referindo-se
ao estiramento estático, nomeadamente aquele que é
realizado mantendo sempre a mesma amplitude de
movimento (é este o tipo de alongamento que permite e
facilita a realização de estudos sobre flexibilidade). Os
principais métodos de estiramento estático incluem o
estiramento passivo manual (o típico alongamento,
realizado pelo terapeuta no contexto clínico ou pelo
treinador no contexto desportivo), o estiramento passivo
mecânico prolongado (realizado aplicando uma força
externa de baixa intensidade através do posicionamento
do paciente com tracção, pesos ou sistemas mecânicos),
o estiramento mecânico cíclico (mediante a utilização de
dispositivos mecânicos electrónicos) e o estiramento activo
ou auto-alongamento (Kisner & Colby, 1998).
A flexibilidade está dependente de diversas propriedades
mecânicas e neurofisiológicas do tecido contráctil e do
tecido não contráctil. As propriedades neurofisiológicas
do tecido contráctil estão dependentes do funcionamento
do fuso neuromuscular, do órgão tendinoso de Golgi e
das fibras neuronais associadas, estruturas envolvidas
num complexo processo de inervação recíproca (Kisner
& Colby, 1998).
As propriedades mecânicas do tecido muscular dependem
dos sarcómeros e respectivas pontes transversas de actina
e miosina. Quando um músculo é alongado passivamente,
o alongamento inicial ocorre no componente elástico em
série e a tensão aumenta agudamente. Após certo ponto,
ocorre um comprometimento mecânico das pontes
transversas à medida que os filamentos se separam com
o deslizamento e ocorre um alongamento brusco nos
sarcómeros (Flitney & Hirst, 1978). Se um músculo é
imobilizado na posição alongada por um período
prolongado de tempo, o número de sarcómeros em série
aumenta, dando origem a uma forma mais permanente
de alongamento muscular. O músculo irá ajustar o seu
comprimento com o tempo de modo a manter a maior
sobreposição funcional entre actina e miosina (Tardieu,
Tabary, Tabary & Tardieu, 1982).
As características mecânicas do tecido mole não contráctil
estão dependentes das forças de sobrecarga e distensão
tecidular, sendo que a curva sobrecarga – distensão
concebe o comportamento dos tecidos perante uma força
de deformação. Quando sobrecarregadas, inicialmente as
fibras de colagéneo alongam-se. Com sobrecarga
adicional, ocorre deformação recuperável na amplitude
elástica. Assim que o limite elástico é alcançado, ocorre
falha sequencial das fibras de colagéneo e no tecido na
amplitude plástica, resultando em libertação de calor
(histeresis) e um novo comprimento quando a sobrecarga
é libertada (Threlkeld, 1992; Tillman & Cxummings, 1992).
O comportamento visco-elástico dos tecidos moles durante
um alongamento compõe-se de uma deformação ou creep,
o qual pode ser expresso por uma equação (Etnyre &
Abraham, 1986): Índice de deformação = Força aplicada
/ Coeficiente de elasticidade x Tempo
A deformação muscular será maior em músculos mais
retraídos (com menor Coeficiente de elasticidade) e
depende proporcionalmente da Força aplicada e do factor
Tempo. Estes últimos factores parecem concorrer de igual
maneira para a deformação muscular aquando de um
alongamento. Porém, tal só acontece segundo a
perspectiva mecânica. Segundo a perspectiva
neurofisiológica, a deformação das fibras musculares do
fuso neuromuscular (fibras cuja contracção depende da
velocidade de estiramento) está dependente mais do
tempo do que da força aplicada (Zachazewski, 1989,
1990).
Neste contexto, é possível entender a importância da
realização de estudos e revisões da literatura acerca do
tempo de duração de um estiramento muscular. Aliás, a
presente revisão constitui uma sistematização dos
resultados e conclusões de estudos experimentais
relativos à respectiva temática, sendo que o principal
objectivo desta revisão consiste em analisar
comparativamente as diversas investigações que
estudaram o efeito da variável tempo de estiramento
estático na amplitude de movimento. Tais estudos
possuem relevância para a intervenção do terapeuta e do
professor de educação física, visto que o conhecimento
do tempo de estiramento é necessário à obtenção de um
máximo de prestação física dos utentes com o máximo
de resultados. Em especial, o conhecimento vigente possui
uma máxima relevância para a intervenção do
fisioterapeuta na prática desportiva, intervenção essa que
inclui a realização sobrepujada de alongamentos.
Metodologia
Foi efectuada uma pesquisa na Internet, nas seguintes
bases de dados: Google, Medline, Medscape, PEDro,
PhysioBase e Pubmed, com enfoque unicamente nos
últimos 15 anos de publicação. Uma pesquisa inicial
averiguou a inexistência de artigos sobre o tópico em
análise em português. Daí terem sido seleccionadas bases
de dados com palavras-chave em inglês. A preferência
pelos últimos 15 anos de publicação deve-se à
necessidade de incluir artigos fundamentais publicados
neste período, ao mesmo tempo que se prima pela
actualização das publicações.
As seguintes palavras-chave fizeram parte da pesquisa:
stretch, stretching, static stretching, flexibility, creep,
muscular deformation, range of motion, time e duration.
Foram incluídos somente estudos experimentais (de
qualquer tipo), independentemente da população em
estudo. Os estudos seleccionados teriam de ter qualquer
uma das palavras-chave principais referidas no título ou
nas palavras-chave, excluindo todos aqueles que
incluíssem nos seus métodos o controlo da duração do
estiramento mas não tivessem como objectivo principal o
seu estudo. Significa isto que foram seleccionados
somente os estudos que possuíssem a variável tempo de
estiramento como variável independente que se fez variar.
Outros estudos incluem este parâmetro; porém, o seu
objectivo não corresponde à utilização desse parâmetro
como variável manipulável. Estes estudos não entram
dentro dos objectivos específicos desta revisão
bibliográfica. Para além disso, foram seleccionados
somente os estudos em que o estiramento estudado
correspondesse ao estiramento estático, excluindo
técnicas como o hold-relax, o contract-relax, o
alongamento balístico ou o estiramento com mobilização
passiva contínua. Após a pesquisa, foi realizada uma
análise detalhada da bibliografia obtida, incluindo a
realização de fichas de leitura. A informação foi
sistematizada num quadro inclusivo dos aspectos
metodológicos mais importantes (Quadro 1): amostra/
participantes, métodos, resultados e conclusões (os
estudos estão ordenados por datas de publicação).
Efectuámos uma análise global e parcial dos estudos que
aparecem na Análise dos Resultados e na Discussão.
Resultados
Foram encontrados somente cinco estudos relativos aos
últimos 15 anos, em que a variável tempo de estiramento
foi manipulada de modo a medir os diferentes efeitos na
amplitude articular (variável dependente). O seguinte
quadro operacionaliza os estudos, apresentando os
principais aspectos metodológicos e procedimentais dos
mesmos. Após o quadro, é efectuada uma discussão, a
qual permite colocar alguns aspectos das investigações
em evidência.
Discussão
Após terem sido resumidos os principais aspectos relativos
a cada um dos estudos em vigência, procuramos agora
analisar os procedimentos metodológicos e os resultados.
O primeiro estudo atendido, o estudo de Bandy e Irion
(1994) apresenta-se bem definido em termos
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metodológicos, sendo que destrinçou três grupos bem
definidos em termos dos tempos de estiramento: um grupo
com 15 segundos de estiramento, outro grupo com 30
segundos de estiramento e outro com 60 segundos de
estiramento. Os resultados levam a concluir que o
estiramento de 30 segundos é mais efectivo que o de 15
segundos e tão eficaz quanto o de 60 segundos para
melhorar a flexibilidade. Veremos que este não é o único
estudo com este tipo de conclusões.
O estudo de Bandy et al (1998) incluiu o maior número de
participantes jovens entre as investigações apresentadas.
Constitui um estudo de metodologia sólida, sendo que
controlou a variável independente através de quatro
grupos experimentais e um de controlo. Os participantes
foram sujeitos a estiramentos estáticos, com controlo do
tempo e método de estiramento (necessário ao evitamento
de compensações articulares). Como esperado, foram
encontradas diferenças entre os grupos experimentais e
o grupo de controlo. Por outro lado, não foram verificadas
diferenças significativas entre os diversos grupos
experimentais, tendo-se concluído que um estiramento de
60 segundos não é necessariamente mais eficaz no
aumento das amplitudes de movimento do que um
estiramento de 30 segundos. Aqui encontra-se uma
semelhança com os estudos de Bandy e Irion (1994) e de
Loannis et al (2005), os quais chegam a conclusões
similares.
O estudo de Bandy et al (1998) tem uma importante
limitação: não incluiu um grupo com um tempo de
estiramento de menos de 30 segundos, como fizeram nos
outros estudos. Teria sido importante fazê-lo, pois ainda
não está suficientemente explanada a efectividade da
realização de estiramentos com tempos de 10 ou de 20
segundos relativamente a 30 segundos de duração.
Por outro lado, Roberts e Wilson (1999) cometeram o erro
oposto, pois incluíram dois grupos experimentais, um a
realizar estiramentos de cinco segundos e outro a realizar
estiramentos de 15 segundos, tendo inquinado a utilização
de grupos com maior tempo de estiramento. Obviamente
que tal inclusão grupal obrigaria ao aumento do tamanho
da amostra, que, nesta revisão da literatura, é a segunda
mais pequena (n=24), comprometendo a validade externa
do estudo.
Aparte estas limitações, este é o estudo que investiga os
mais pequenos tempos de estiramento. Em termos de
resultados, concluiu-se haver um maior ganho de
amplitude de movimento para os estiramentos de 15
segundos do que para os estiramentos de cinco segundos;
mas apenas no relativo à amplitude activa de movimento.
As diferenças não foram significativas no respeitante à
amplitude passiva de movimento. Tal facto contradiz os
resultados do estudo de Bandy e Irion (1994), de Feland
et al (2001) e de Loannis et al (2005), investigações em
que foram realizados os testes de medição da amplitude
passiva.
Parece podermos afirmar que teria sido importante realizar
as medições das amplitudes activas de movimento nos
outros estudos em análise. Poderia ter sido obtido um
conjunto de novas informações, pois essa amplitude não
está dependente da realização de uma pressão adicional
por parte de um investigador, inclusivo da sua
subjectividade (restando a questão da subjectividade da
medição). Por outro lado, a medição da amplitude passiva
de movimento apresenta-se como mais efectiva no sentido
em que tal valor de amplitude está dependente unicamente
da flexibilidade do grupo muscular a testar, excluindo o
factor força dos músculos antagonistas ao grupo muscular
em teste; para além disso, consegue-se obter o máximo
de deformação muscular em alongamento, algo que não
poderia suceder sem o auxílio de uma força exterior ao
sujeito.
Já no respeitante à forma como os estiramentos foram
realizados, nos três estudos até agora analisados, estes
corresponderam a estiramentos na posição de pé, sem
auxílio do investigador. Este auxílio corresponderia a um
factor de subjectividade acrescida, limitando, de alguma
forma, o estudo e o conjunto dos seus resultados.
Ora é precisamente esta a grande limitação do estudo de
Feland et al (2001). O estiramento efectuado correspondeu
ao straight-leg-raising test realizado, como se sabe, por
um agente externo que impõe uma certa força adicional
no estiramento. Tal procedimento poderá ter-se devido ao
facto de a população em estudo possuir mais de 65 anos
de idade (média: 84,7 anos), sendo que é mais difícil para
Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008 I Vol. 2 I Nº 1 I 49
esta população a realização de estiramentos autónomos,
os quais requerem um maior esforço.
Não sabemos se o facto de terem sido realizados
estiramentos passivos é responsável pelos resultados
obtidos, os quais contrariam aquilo que Bandy e Irion
(1994) e Bandy et al (1998) referiram relativamente ao
estiramento com 60 segundos de duração. Feland et al
(2001) concluíram que o estiramento de 60 segundos é
mais eficaz na melhoria da flexibilidade do que os
estiramentos de tempos inferiores. Para além do tipo de
estiramento realizado, também a população estudada é
diferente. Os autores estudaram indivíduos com 65 anos
de idade ou mais anos. A explicação possível poderá residir
sobretudo nas idades estudadas. Visto que a elasticidade
muscular nos idosos é menor (ex. Feland et al, 2001),
poderá ser necessário um maior tempo de estiramento
para que determinada deformação necessária ao
alongamento total de um músculo possa surgir. Assim
sendo, registar-se-iam diferenças maiores em tempos mais
alargados.
O estudo de Loannis et al (2005) apresenta-se aqui como
especialmente relevante, pois foram efectuados pelos
investigadores estiramentos passivos aos participantes,
à semelhança do que aconteceu no estudo anterior, mas
os participantes eram adolescentes. Ora, tendo em conta
que se concluiu não existirem vantagens na realização de
estiramentos com um tempo superior a 30 segundos, e
tendo em conta que foram realizados estiramentos
passivos, fortalece-se aqui a hipótese de que a razão pela
qual os estiramentos de 60 segundos levam a resultados
relevantes no estudo de Feland et al (2001) está na idade
avança dos participantes.
O estudo de Loannis et al (2005) possui uma metodologia
diferente dos outros quatro estudos analisados. Os
participantes não foram divididos em diversos grupos.
Realizaram na sua totalidade os diversos tipos de
estiramentos com pelo menos uma semana de intervalo
entre os protocolos. É um tipo de desenho de série
temporal, comum nos estudos quasi-experimentais, apesar
de que, neste caso, o estudo, pelo facto de possuir
aleatorização e um protocolo que serve de grupo de
controlo, preenche os c ritérios dos desenhos
experimentais.
O estudo prima pela originalidade metodológica e por ter
incluído o mais abrangente conjunto de tipos de
estiramento e o maior número de grupos musculares
testados. Por outro lado, possui uma amostra muito
reduzida (a mais pequena da revisão, n=13) e compreende
uma população desportiva. A diferença metodológica torna
o estudo dificilmente comparável com os outros que foram
analisados. As características da amostra dificultam a
generalização dos resultados obtidos com o estudo.
Passemos agora a uma análise ou discussão aprofundada
dos resultados obtidos.
A literatura acerca da temática da flexibilidade é pouco
abundante. Muitos foram os estudos realizados acerca
da influência dos exercícios de flexibilidade na prevenção
de lesões, assim como muitas são as investigações que
permitiram manipular as diferentes variáveis relativas a
diferentes métodos de treino de flexibilidade ou diferentes
posições de estiramento (músculos encurtados vs.
músculos estendidos) de modo a se comparar os mesmos
na sua eficácia no aumento da amplitude de movimento.
Contudo, se tivermos em conta a variável tempo de
estiramento como factor a manipular nos estudos, é, no
mínimo, surpreendente o reduzido número de estudos
publicados em língua inglesa (ou mesmo noutras línguas)
que têm sido realizados com o referido objectivo. As razões
para tal poderão variar entre a consideração, por parte
dos investigadores, da irrelevância do tipo de estudo
aludido, até à consciencialização da dificuldade que tal
tipo de estudo pode acarretar. A dificuldade que aqui
apontamos constitui-se na possibilidade de a realização
de estiramentos durante um maior período de tempo poder
constituir um factor de sobrecarga e fadiga para os
participantes dos estudos, levando a que sujeitos
pertencentes aos grupos de maiores tempos de
estiramento possam, eventualmente, reagir com certa
contrariedade.
Por outro lado, sublinhando agora a questão da
irrelevância do tipo de estudo realizado, é possível que
os investigadores se sintam mais motivados para a reali-
zação de investigações em que as variáveis independen-
tes possam revelar uma diferença mais significativa entre
Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008 I Vol. 2 I Nº 1 I 50
si. Eventualmente, para muitos autores, o tipo de
estiramento realizado importa mais no aumento da
flexibilidade do que o tempo dedicado ao estiramento;
esquecendo a importância da variável temporal, que o
mesmo será dizer que poderão subestimar a tendência
teorética dos diversos dados científicos de base
neurofisiológica e biomecânica, que é o de afirmarem que
é necessário um período mínimo de tempo para que o
estiramento possua determinado efeito.
Em concordância com o que anteriormente ficou dito, não
podemos deixar de sublinhar o quanto poderá ser inditoso
realizar uma revisão bibliográfica com um número tão
parco de estudos. De modo a se compensar tal limitação
quantitativa, procurou-se analisar os quatro estudos
presentes com um rigor qualitativo mínimo.
Desta análise tentamos tirar algumas conclusões. Porém,
tendo em conta a já referida escassez numérica dos
estudos da natureza vigente, tentamos sobretudo retirar
desta revisão um conjunto de linhas de orientação para a
realização de estudos futuros.
Todos os estudos, exceptuando Loannis et al (2005),
investigaram a flexibilidade dos músculos ísquiotibiais, o
que se deve ao facto de ser este o grupo muscular com
maior tendência para o encurtamento muscular (Bertherat,
1976; Busquet, 1998; Souchard, 2004) e um dos que mais
facilmente pode ser testado no respeitante à amplitude
de movimento.
Todos os estudos incluem na amostra maior número de
homens do que de mulheres, o que se relaciona com os
critérios impostos de um mínimo de limitação articular do
joelho, associados ao facto de que os homens são, em
média, menos flexíveis do que as mulheres, tal como
estudos recentes tão bem têm mostrado (Youdas et al,
2005). Aliás, em nenhum dos estudos houve divisão dos
resultados da variável dependente pelos diferentes sexos,
ficando sem se saber se o comportamento dos resultados
tem exactamente a mesma expressão em ambos os sexos.
Todos os estudos incluíram critérios de inclusão na
amostra, assim como critérios precisos de medição do
tempo de estiramento.
Em todos os estudos, a amplitude de movimento foi
mensurada mediante a utilização de um goniómetro,
incluindo métodos de avaliação da fiabilidade como o
desenho teste-reteste. Apenas em Loannis et al (2005) foi
utilizado outro instrumento para além do goniómetro, na
medição da maioria das amplitudes de movimento.
Em todos os estudos, os estiramentos efectuados não
foram precedidos de aquecimento ou exercício prévio. Este
é um aspecto de importância cabal, pois tal como estudos
(clássicos e recentes) têm demonstrado, a amplitude de
movimento aquando da realização de um estiramento
poderá ser mais elevada se o treino de flexibilidade for
precedido de aquecimento directo (Henricson, 1985;
Lehman et al, 1970; Lespargot, Robert & Khouri, 2000;
Zachazewski, 1989, 1990) ou na forma de exercício
(Anderson, 2005; Gillette, 1991; Johansson et al, 1999;
Smith, 1994). Seria difícil objectivar os resultados obtidos
se diferentes sujeitos tivessem realizado alguma forma
de aquecimento, pois é tarefa complexa operacionalizar
os efeitos desse mesmo aquecimento em diferentes
indivíduos.
Os primeiros três estudos analisados (Bandy & Irion, 1994;
Bandy et al, 1998; Roberts & Wilson, 1999) foram muito
semelhantes entre si em termos das idades dos
participantes e do tipo de estiramento realizado, diferindo
cabalmente do quarto (Feland et al, 2001) no respeitante
a esses factores. Este último incluiu uma população mais
velha. Loannis et al (2005) incluíram, por outro lado, a
mais jovem e activa das populações, tendo em comum
com o estudo de Feland et al (2001) somente o facto de
também ter utilizado estiramentos passivos no tratamento
experimental.
Em termos dos resultados alcançados, no seu conjunto,
os diversos estudos permitiram concluir que a variável
tempo de estiramento é significativa no respeitante ao
ganho de flexibilidade. Os estudos de Bandy e Irion (1994),
de Roberts e Wilson (1999) e de Feland et al (2001)
permitem concluir que tempos de estiramento mais
elevados resultam num maior ganho de flexibilidade. Os
estudos de Bandy e Irion (1994), de Bandy et al (1998) e
de Loannis et al (2005) levam a concluir que 30 segundos
correspondem ao tempo óptimo de realização de um
estiramento. Todos estes estudos concluem que um tempo
maior de estiramento (para além de 30 segundos) não é
mais vantajoso no ganho de flexibilidade. Por outro lado,
o estudo de Feland et al (2001) não corrobora estes
Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008 I Vol. 2 I Nº 1 I 51
resultados, tendo demonstrado que o tempo de
estiramento de 60 segundos levava a ganhos de
flexibilidade superiores aos obtidos com estiramentos com
uma duração de 30 segundos. Como explicar estas
divergências? Uma análise cuidadosa e reflectida dos
estudos, de outra literatura encontrada, e até da
experiência clínica partilhada por terapeutas e professores
de educação física, poderá ajudar a esclarecer a questão
dos tempos necessários aos estiramentos.
Nos diversos estudos, duas variáveis foram
particularmente controladas: o número de estiramentos e
o tempo de duração do estiramento. Os dois factores foram
conciliados de modo a que o tempo total de estiramento
pudesse ser equitativo nos diferentes grupos testados.
Assim, podiam ser realizadas verdadeiras comparações
entre os grupos em termos do tempo de estiramento
realizado. Agora, a questão tem de se colocar da seguinte
maneira: será que merece a pena prolongar um
estiramento para além de um determinado período de
tempo? Será que existe um tempo óptimo/ideal para que
a realização de estiramentos seja mais eficiente? E esse
tempo variará segundo factores como a idade, género,
grupos musculares testados e condição clínica presente?...
Diversas razões têm sido apresentadas para defender a
realização de estiramentos com um tempo mínimo de
duração. Essas mesmas razões poderão explicar os
resultados consecutivos relativos aos estudos analisados.
Referimo-nos às questões de ordem mecânica e
neurofisiológica que foram apresentadas na introdução.
É necessário um período de tempo mínimo de estiramento
para que possa ser inibido o reflexo miotático de
encurtamento das fibras musculares alongadas, por um
lado, e para que possa ser obtida uma deformação
adicional dos componentes visco-elásticos do músculo,
por outro (Threlkeld, 1992, Tillman & Cxummings, 1992).
Seguindo a lógica da equação Índice de deformação =
Força aplicada / Coeficiente de elasticidade x Tempo, pode
ser argumentado que o ganho de flexibilidade (dependente
da quantidade de deformação tecidular obtida) está
dependente do tempo de estiramento, numa razão de
proporcionalidade directa. O mesmo será dizer que quanto
mais longo for o estiramento mais vantagens daí advém
para o ganho de flexibilidade (Zachazewski, 1989, 1990).
Daí se explica que um estiramento de 15 segundos seja
mais efectivo que um estiramento de cinco segundos
(Roberts & Wilson, 1999) ou que um estiramento de 30
segundos seja mais eficaz que um estiramento de tempo
inferior (Bandy & Irion, 1994; Feland et al, 2001). Por ou-
tro lado, como se explica que a partir de 30 segundos não
pareça existir qualquer vantagem em termos do aumento
da flexibilidade, como referido por Bandy e Irion (1994),
Bandy et al (1998) e Loannis et al (2005)? A explicação
parece residir no facto de 30 segundos constituir o tempo
necessário para que a deformação tecidular possa ven-
cer a resistência do reflexo miotático de encurtamento e a
resistência mecânica do próprio tecido músculo-tendinoso.
A partir do momento em que a deformação máxima foi
obtida, o prolongamento da posição de deformação não
apresenta vantagens, pois o tecido mole passou a apre-
sentar uma certa libertação, uma pequena margem de
amplitude que faz com que a tensão de estiramento pas-
se a ser progressivamente menor. Se no estudo de Feland
et al (2001) os resultados indicam que um estiramento
superior a 60 segundos apresentou vantagens é porque
foi realizado um estiramento em tecidos moles de pesso-
as com mais idade, ou seja, em músculos com capacida-
de de deformação mais lenta (mais stiffness). Significa
isto que, proporcionalmente, em pessoas de idade mais
avançada, um estiramento de maior duração tem os mes-
mos efeitos que um de menor duração em indivíduos mais
jovens. A explicação proposta é apoiada pelos dados. Uma
rápida verificação da tabela, nomeadamente à coluna dos
resultados dos estudos, permite perceber que os ganhos
de graus de amplitude que os jovens dos estudos de Bandy
e Irion (1994) e de Bandy et al (1998) conseguiram em
seis semanas com estiramentos de 30 segundos ou que
os adolescentes do estudo de Loannis et al (2005) conse-
guiram durante um período semelhante com estiramentos
com a mesma duração são muito similares aos ganhos
de graus de amplitude que os idosos de Feland et al (2001)
conseguiram com estiramentos de 60 segundos, também
em seis semanas.
O ponto de deformação máxima dos tecidos musculares
dos idosos demora mais tempo a ser obtido do que um
Revista Portuguesa de Fisioterapia no Desporto
Janeiro 2008 I Vol. 2 I Nº 1 I 52
ponto de deformação equivalente nos jovens. As proprie-
dades biomecânicas do tecido muscular alteram-se signi-
ficativamente com a idade, com os idosos a possuírem
uma resposta mecânica da unidade contráctil ao alonga-
mento mais lenta, em parte devido à progressiva transfor-
mação do tecido muscular em tecido conectivo, ao au-
mento do conteúdo tecidular de colagéneo, à maturação
e aumento do número de cross-links elásticos e à dimi-
nuição da quantidade tecidular de água, elastina e
glicosaminoglicanos (James & Parker, 1980; Kappeler &
Epelbaum, 2005; Oken et al, 2006).
O estudo de Loannis et al (2005) é o único que fornece
alguma evidência de que o número de estiramentos é tão
importante quanto o tempo de duração do estiramento
propriamente dito no que diz respeito aos ganhos de
flexibilidade. Os dados assim o sugerem, demonstrando
ganhos de amplitude após a administração do protocolo
dos 12 estiramentos de cinco segundos comparáveis aos
ganhos após a administração do protocolo de dois
estiramentos de 30 segundos. Sendo assim, este estudo
contraria mais directamente os resultados de Bandy et al
(1998), investigação em que os mesmos parâmetros foram
objecto de análise própria, tendo-se verificado que não
se registavam alterações relevantes no aumento do
número de estiramentos. Que tipo de explicação pode ser
avançada para tal discrepância? Podemos avançar que,
provavelmente, um aumento de um para três estiramentos
pode não ser significativo para produzir resultados
relevantes. Eventualmente, se Bandy et al (1998) tivessem
criado outros grupos em que o aumento da frequência de
estiramentos seria de um para, por exemplo, seis ou nove
ou doze, seria possível deparar-nos com resultados mais
significativos. A diferença justifica-se, pois tal como
argumentou Taylor et al (1990), é necessário um mínimo
de quatro repetições do mesmo estiramento para se
produzir uma máxima deformação tecidular.
Recomendações para a realização de estudos futuros
Apesar de existir uma grande quantidade de literatura
respeitante às alterações biomecânicas e neurofisiológicas
subjacentes ao treino de flexibilidade, a temática em
questão peca por uma grande escassez de estudos
experimentais, os quais compreendem o único método de
tornar objectivos os dados que os modelos teoréticos
sustentam. Daí a necessidade de realizar mais estudos
futuros sobre a temática vigente.
A análise realizada na presente revisão bibliográfica
poderá ajudar a criar linhas de orientação metodológica e
heurística para futuros estudos a realizar.
Recomenda-se, portanto, que sejam realizados estudos
com amostras mais estratificadas, divididas em grupos
de diferentes tempos de estiramento (ex. cinco segundos,
10 segundos, 15 segundos, 20 segundos, 30 segundos,
45 segundos, 60 segundos, 90 segundos, 120 segundos),
com controlo (e estratificação mais abrangente) do factor
frequência do estiramento, e com inclusão e controlo dos
factores sexual e etário e da forma como estes se
relacionam com os resultados obtidos. Será vantajosa a
realização de estudos com populações de diferentes
idades, como por exemplo, adolescentes, adultos jovens,
adultos de Meia-idade e sujeitos com 65 anos ou mais,
com controlo inclusivo das variáveis desportiva,
ocupacional, profissional e nutricional. Quanto mais
avançada for a idade dos participantes, mais importante
será a inclusão de grupos com a realização de
estiramentos de maior duração.
Será fundamental a realização de estudos futuros em que
as diferentes populações sejam submetidas ao mesmo
tipo de estiramento, efectuado pelo mesmo investigador
e realizado com durações diferentes em grupos
correctamente estratificados.
Os estudos a efectuar no futuro deverão ter em conta a
realização de dois grandes tipos de estiramento estático:
o estiramento em cadeia funcional realizada
autonomamente pelo participante e o estiramento analítico
efectuado passivamente pelo investigador. É importante
perceber se há ou não diferenças em termos da forma
como o estiramento é realizado, no respeitante aos tempos
de estiramento e consequentes ganhos na flexibilidade.
Recomenda-se, em acrescento, a realização de
estiramentos durante pelo menos seis semanas, à
semelhança do que foi realizado na grande parte dos
estudos analisados. Um tempo superior a este poderá ser
ainda mais recomendável. Para além disso, é
recomendável a realização entre quatro e dez estiramentos
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por dia, pois quatro corresponde ao número mínimo de
estiramentos necessários ao máximo alongamento
tecidular, enquanto que mais de 10 estiramentos parece
ser desnecessário na obtenção de mais deformação dos
tecidos (Taylor et al, 1990).
No respeitante à medição da amplitude de movimento,
efectuada tanto no pré-teste como no pós-teste, seria
vantajosa a medição tanto da amplitude passiva (com
pressão adicional) como da amplitude activa de movimento
em cada participante. A medição deverá sempre ser
realizada em decúbito dorsal com a anca flectida a 90º,
tal como efectuado nos estudos analisados (isto se nos
estivermos a referir aos músculos ísquiotibiais). Não se
recomenda a efectuação de medições da amplitude com
testes como a medição do comprimento do espaço entre
os dedos e o chão com o participante inclinado à frente,
entre outros, pois não são suficientemente específicos,
dependendo muitos destes testes da flexibilidade de
diferentes grupos musculares.
Ainda em termos da medição efectuada, recomenda-se,
dentro do possível, a efectuação de testes de fiabilidade,
do tipo intra-observador (teste-reteste) e inter-observador.
O ideal corresponde à realização de várias medições (no
mínimo três) e à efectuação de uma média final das
mesmas.
Para além dos métodos de avaliação, importa recomendar
a realização de estudos incluindo outros grupos
musculares para além dos ísquiotibiais. É fundamental
escolher grupos com tendência para o encurtamento e
que facilitem a medição angular; é o caso do tricípete sural,
grupo muscular fácil de estirar e de avaliar.
No domínio da investigação dos tempos dos exercícios
de flexibilidade está quase tudo por fazer, e esta limitação
dificilmente pode deixar de se repercutir negativamente
no mundo das experiências clínica e desportiva.
Conclusões
De acordo com os estudos analisados, o tempo de
estiramento estático considerado ideal parece
corresponder a 30 segundos de duração. Porém, em
indivíduos com idades mais avançadas, esse tempo
parece aumentar, devido à natureza mais rígida dos
tecidos. Recomenda-se a realização de estudos com a
utilização de metodologias renovadas, incluindo a
utilização de diferentes tempos de estiramento aplicados
a diferentes grupos musculares.
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Artigo recebido a: 30 de Maio de 2007
Artigo revisto a: 28 de Outubro de 2007
Aceite para publicação: 05 de Novembro de 2007
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