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Guanabara um estado-capital Com a mudança da capital do Brasil para Br sília , em 1960 , o até então Dist r it - foi transformado em estado da Guanabara. A cidade do Rio de Janeiro passou a o Palácio Nilo Peçanha, atual Museu do Ingá, em Niterói, foi sede do governo do estado do Rio de Janeiro até 1975, quando a cidade deixou de ser capital. o Palácio Guanabara, na ci da de do RiodeJane ir o , sede do governo do novo estado da Guanabara , Desde 1975 é sede do governo estadual. No entanto, a transferência da capital federal não se concretizou na prática . inaugurada , Brasília era ainda uma espécie de canteiro de obras, uma cidade s e serta e poeirenta, que não oferecia condições de trabalho e de moradia. Isso le vo - grande número de deputa os a voltar para a antiga capital no dia seguinte à ina u ção . O Rio de Janeiro continou a ser o centro das decisões políticas do país até 1 9 O jornalista e deputado Carlos Lacerda foi eleito governador do recém-criado est a O ex-inimigo político de Getúlio Vargas era igualmente adversário de Juscelino Kub itsc e de João Goulart ( este último ,  a f i l hado  pol í tico de Va r gas ) . Carlos Lacerda tinha pretensões de concorrer à Presidência da Repúblic a e assumir o governo da Guanabara, tinha nas mãos uma grande chance de a la- car sua candidatura. Afinal , a Guanabara ainda era a capital de fato do país. Lacerda ( na foto ao lado) colocou em prática um amplo programa de obras públicas: construção de escolas , hospi- tais, túneis, viadutos e canais de abastecimento de água. Sua administração foi reconhecida como competente até mesmo por seus rivais . Por outro lado, seu governo foi marcado pela violênc i a . antipopular. I I I 186 C a pí tu lo 15 ~ O governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda (no canto di r - da foto), visita uma favela na década de 1960 .

Estória Rio de Janeiro

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Estória Rio de Janeiro

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  • Guanabara, um estado-capitalCom a mudana da capital do Brasil para Braslia, em 1960, o at ento Distrit -

    foi transformado em estado da Guanabara. A cidade do Rio de Janeiro passou aestado-capital. Niteri voltou a ser capital do estado do Rio de Janeiro.

    o Palcio Nilo Peanha, atual Museu do Ing, em Niteri,foi sede do governo do estado do Rio de Janeiro at 1975,quando a cidade deixou de ser capital.

    o Palcio Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro,sede do governo do novo estado da Guanabara,Desde 1975 sede do governo estadual.

    No entanto, a transferncia da capital federal no se concretizou na prtica.inaugurada, Braslia era ainda uma espcie de canteiro de obras, uma cidade seserta e poeirenta, que no oferecia condies de trabalho e de moradia. Isso levo -grande nmero de deputados a voltar para a antiga capital no dia seguinte inauo. O Rio de Janeiro continou a ser o centro das decises polticas do pas at 19

    O jornalista e deputado Carlos Lacerda foi eleito governador do recm-criado estaO ex-inimigo poltico de Getlio Vargas era igualmente adversrio de Juscelino Kubitsce de Joo Goulart (este ltimo, "afilhado" poltico de Vargas).

    Carlos Lacerda tinha pretenses de concorrer Presidncia da Repblica eassumir o governo da Guanabara, tinha nas mos uma grande chance de ala-car sua candidatura. Afinal, aGuanabara ainda era a capitalde fato do pas.

    Lacerda (na foto ao lado)colocou em prtica um amploprograma de obras pblicas:construo de escolas, hospi-tais, tneis, viadutos e canaisde abastecimento de gua. Suaadministrao foi reconhecidacomo competente at mesmopor seus rivais. Por outro lado,seu governo foi marcado pelaviolncia .antipopular.

    II

    I

    186 Captulo 15

    ~O governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda (no canto dir -da foto), visita uma favela na dcada de 1960.

  • Entre 1960 e 1975, perodo em que oestado esteve dividido em dois - Guana-bara e Rio de Janeiro - houve uma grandereestruturao urbana de Niteri, entocapital do estado do Rio de Janeiro. Umgrande impacto foi a concluso da PontePresidente Costa e Silva, conhecida comoponte Rio-Niteri, em 1974 (foto ao lado).

    No mesmo perodo, a cidade sofreuoutro impacto importante. A decretaoda Lei complementar n 20, de 1974, efe-tivou a fuso dos estados da Guanabara edo Rio de Janeiro, destituindo Niteri dacondio de capital estadual. A implan-tao do novo estado do Rio de Janeiroaconteceu em 15 de maro de 1975 e em23 de julho foi promulgada a Constituiodo Estado do Rio de Janeiro.

    Fortes presses polticas levaram opresidente eleito em 1960, Inio Quadros, renncia, no dia 25 de agosto de 1961.No dia 7 de setembro, Joo Goulart -popularmente conhecido como Iango -assumiu a Presidncia, tomando posseno dia 14 desse mesmo ms (veja foto aolado). Durante os onze dias antecedentes,o Brasil esteve beira do caos. A maio-ria dos membros do Congresso Nacionaldefendia o respeito Constituio e aposse de Joo Goulart, mas havia aquelesque exigiam seu impedimento (entre elesos ministros da Guerra, da Marinha e daAeronutica).

    Para evitar uma guerra civil, TancredoNeves, deputado de Minas Gerais, con-seguiu negociar um acordo com os militares. Foi assim que o Congresso promulgou -emenda constitucional que transformava o Brasil em uma Repblica Parlamentarista.

    No dia 6 de janeiro de 1963, dez milhes de brasileiros (contra um milho) votare:pelo retorno ao presidencialismo. A vitria, porm, no garantiu a paz. Os conflitos po=':=cos no s continuaram como se agravaram, ameaando o regime democrtico. Acirr __-se a diviso poltica entre os que apoiavam as reformas que Iango pretendia implantar::.pas e os que se opunham a elas. Estes ltimos desaprovavam a ligao de Iango COIL. :.classe operria e com os sindicatos.

    \!.~8 Captulo 15

    o presidente Emlio Garrastazu Mdici e o ministroTransportes, Mario Andreazza, passeiam em carro ainaugurao da ponte Rio-Niteri, que estabeleceu rdireta entre as duas cidades.

    ~Joo Goulart, o Jango, no dia de sua posse comopresidente da Repblica, em 14 de setembro de 1961.

  • Enquanto isso, a inflao e a dvida externa continuavam a crescer; as agitaes popu-res se intensificavam. Aproveitando-se dos conflitos polticos e das crises nas reas eco--_ ica e social que afetavam o pas, civis e militares de oposio ao governo tramavam

    novo golpe de Estado.No dia 13 de maro de 1964, Iango participou de um enorme comcio na cidade do Rio

    - ;aneiro. Diante de uma multido calculada em cerca de 200 mil pessoas concentradasavenida presidente Vargas - entre a estao Central do Brasil e o edifcio do Ministriouuerra -, o presidente anunciou que iria lutar pela reforma da Constituio para garan-o desenvolvimento do pas com justia social".No dia 31 de maro teve incio o golpe contra o governo Iango: tropas do Exrcito partiram_finas Gerais em direo ao Rio de Janeiro, ganhando a adeso de militares de todo o pas._ o dia 1 de abril, Joo Goulart seguiu para Porto Alegre, de onde embarcaria, trs dias

    _ is, para o exlio no Uruguai.Uma nova fase na histria do Brasil e do Rio de Janeiro estava por vir...

    - o Goulart discursa, ao lado da primeira-dama Maria Teresa, durante o comcio organizado no Rio de Janeiro em 13 dero de 1964 (foto esquerda). No dia 1 de abril, militares ocupam a cidade do Rio de Janeiro (foto direita).

    Com o auxlio do professor, pesquise a diferena entre sistema parlamentarista e sistemapresidencialista. Anote as informaes no caderno. No parlamentarismo as funes de chefe de Estado echefe de governo so exercidas por pessoas distintas. O chefe de governo indicado pelo Parlamento.No presidencialismo as funes de chefe de Estado e chefe de governo so exercidas pela mesma pessoa.Jango assumiu a Presidncia sob o regime parlamentarista. Responda no caderno:

    a) Por que isso ocorreu? .Para que o presidente tivesse seu poder diminudo. Ele no tinha apoio de muitos polticos e empresrios.

    b) O plebiscito realizado em janeiro de 1963 garantiu a volta do presidencialismo. A deciso, to-mada pela maioria da populao, permitiu que Joo Goulart assumisse o poder tranquilamen-te e completasse seu mandato como presidente? Por qu? Explique com suas palavras.No. Ele sofreu um golpe de Estado e foi deposto.

    o Rio de Janeiro nos "anos de chumbo" (189 \..

  • Aditadura militar e a efervescncia culturalAs dcadas de 1960 e 1970 ficaram conhecidas como os "anos de chumbo". Vamos

    por qu?Observe a foto abaixo.

    ~Estudantes se manifestam contra a represso em passeata pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro, em julho de 1

    Poucos dias depois do golpe, em 10 de abril de 1964, foi decretado o Ato Institu .ns 1, o AI-l, primeiro de vrios atos institucionais que seriam decretados no decorrvinte anos seguintes.

    Com base no AI-l, cento e duas pessoas (entre elas os ex-presidentes Joo GoInio Quadros; os polticos Lus Carlos Prestes, Miguel Arraes e Leonel Brizola (gove _do Rio de Janeiro entre 1983-1987 e 1991-1995); o socilogo Darcy Ribeiro; o econCelso Furtado foram privados de todos os seus direitos polticos por dez anos. Algunmais tarde, Juscelino Kubitschek seria includo em outra lista. Muitos parlamentarestado da Guanabara faziam parte dessas listas, que se tornaram comuns nos temditadura militar.

    Artistas como Geraldo Vandr (leia o boxe da pgina seguinte), Chico Bude Holanda, Edu Lobo, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Caetano Veloso passarcompor msicas que denunciavam os abusos do regime militar. Quase todos tivemesmo destino: o exlio, ou seja, foram obrigados a abandonar o Brasil para viver empas. Tornaram-se exilados polticos.

    ~190 Captulo 15

  • Como um movimento de contraposiao s foras militares repressoras, houve nascadas de 1960 e 1970 uma enorme efervescncia cultural, que agitou os meios artsti-

    cos. Um dos mais significativos marcos dessa poca foram os Festivais Internacionais daano (FIC). Esses festivais faziam enorme sucesso e eram transmitidos ao vivo pela tele-

    --:so. Em 1968, um episdio marcou histria.Ao ser apresentada como vencedora do 3 Festival Internacional da Cano, a msica

    Sabi", de Tom Iobim e Chico Buarque, interpretada pelo Quarteto em Cy, foi vaiada. O;:blico, que preferia "Pra no dizer que no falei das flores", de Geraldo Vandr, segunda:::>locada, ficou revoltado com o resultado do jri. Ao contrrio da sutil e premonitriaSabi" , que viria a se tornar um hino dos exilados, a letra da msica de Vandr (Tra no:.::zer que no falei das flores"), fazia referncias claras ao momento poltico brasileiro.

    Leia abaixo trechos das letras dessas duas msicas.

    eleia os trechos das letras das canes "5abi" e "Pra no dizer que no falei das flores" e res-nda no seu caderno:

    a) Tendo em vista o perodo poltico em questo, por que a cano "Pra no dizer que no faleidas flores" se tornou smbolo da luta contra a ditadura militar?Porque a letra dessa msica apresentava a realidade do perodo: luta armada, violncia, represso.

    ) A msica vencedora do 3 Festival Internacional da Cano, "Sabi" no parecia ser de protes-to. Depois, porm, se tornou um hino dos exilados. Cite o trecho da letra que comprova essaafirmao. "Sei que ainda vou voltar para o meu lugar."Professor, se possvel, traga as msicas para serem ouvidas na sala de aula.

    Vou voltarSei que ainda vou voltarPara o meu lugarFoi l e ainda lQue eu hei de ouvir cantar uma sabi,Cantar uma sabi (...)

    Trecho de "Sabi", de Antnio Carlos Iobim eChico Buarque, 1968.

    H soldados armados, amados ou noQuase todos perdidos, de armas na moos quartis lhes ensinam uma antiga lio:

    De morrer pela ptria e viver sem razo (...)

    Trecho de "Pra no dizer que no falei das flores",de Geraldo Vandr, 1968.

    ~Tom Jobim, Cynara, Cybele e Chico Buarquedurante apresentao no 3 FIC,em 1968.

    o cantor e compositor Geraldo Vandrapresentando sua msica no 3 FIC,em 1968.

    t \,:O Rio de Janeiro nos "anos de chumbo" \191

  • Nos duros tempos da ditadura militar, msicos e atores transformavam a arte emforma de participao poltica, manifestando-se contra a represso de diversas forrr:Uma delas era o protesto nas ruas, como mostra a foto abaixo.

    A principal forma de participao poltica, porm, era atravs da prpria arte: nas lecdas msicas, nos textos de teatro, no cinema e nas artes plsticas. Observe as fotos aba:

    ~---Da esquerda para a direita, Z Keti, Nara Leo e Joo do Valeem ensaio do show Opinio, encenado em 1965 no Teatro deArena, Rio de Janeiro, com direo de Augusto Boal.

    CapbJjo15

    ~Pricles de Arajo Fortunato, o Mosquito, em fo1986, veste um parangol criado por Hlio Oiti -nos anos 1960.

  • : alcio Laranjeiras foi construido entre os anos de 1909 e 1914 para servir de residncia ao empresrio Eduardo Guinle . ------,:: 1947 o palcio passou a ser propriedade do governo federal. Juscelino Kubitschek foi o primeiro presidente a residir ai

    'T1 sua famlia. Em 1975 o presidente Ernesto Geisel cedeu o palcio, por decreto, ao governo do estado do Rio de Janeiro.Enquanto isso, a Banda de Ipanema ani-

    ava os bairros da Zona Sul carioca, reunindo= redor de Leila Diniz a juventude bronzeada

    ....................................................

    2 praia. Leila foi uma presena marcante nos=---os1960. Com sua liberdade e alegria de viver,=msformou radicalmente os padres femini-_ s da poca. Ex-professora primria, tomou-seziz de TV e musa do Cinema Novo.O Tropicalismo, nascido em 1967, foi umavao musical (veja boxe no final do cap- :

    ~o). Pela primeira vez na msica brasileira ::::=izaram-se instrumentos eltricos e arran- :,: totalmente inusitados. Foi uma ousadia '

    ~ Leila Diniz,Ta a poca. Por isso o novo ritmo foi recebi- nascida em :-- com estranhamento pelo pblico. Niteri, atriz ,

    e musa deO ano de 1968 foi marcado por muitos acon- Ipanema:::inentos... entre as '

    di d d b d dcadas de 'No Ia 13 e ezem ro esse ano o gover- 1960 e 1970. 'aixou, no palcio Laranjeiras, na cidade :

    310 de Janeiro, o Ato Institucional n 5 e, com base nele, um ato complementar. O :.. - decretava o fechamento do Congresso Nacional por tempo indeterminado. Na Vila :

    ,-:-ar os caminhes se encontravam em posio de deslocamento, e a Polcia Federal ,---a um batalho de quatrocentos homens "prontos para agir" .: ----------------------------------;. esse mesmo ano houve uma srie de protestos contra o regime militar, em vigor':'e o golpe de 1964. Greves e passeatas se espalharam por todo o pas. O ponto culmi-:e foi a Passeata dos Cem Mil (que vimos na foto de abertura do captulo), realizada em- o, na cidade do Rio de Janeiro. Apesar da represso, a contestao poltica continuavaruas, nos palcos e nas letras das msicas, mesmo de forma disfarada. A metfora erarecurso muito usado pelos compositores da poca para expressar suas opinies.

    Isso ocorria porque, alm de perseguies e prises, aditadura fazia uso de uma pesada censura que impediaa criao artstica, a reflexo e a produo intelectual.Em dez anos, os censores fizeram cortes em centenas defilmes, peas de teatro, livros, revistas, letras de msica,programas de rdio e de TV.

    ...C?c.~J:l.~?~.~ ...c.?:rr:_p?.~i.t.().~Chico Buarq ue , aps voltar doexlio em 1970, foi vrias vezes convocado aos gabinetesda Polcia Federal. Os censores o obrigavam a alterar ver-sos e substituir palavras que consideravam "ofensivas". Noentanto, seu samba "Apesar de voc" vendeu 90 mil discosantes de eles perceberem que a letra se referia ao governoda poca.

    o Rio de Janeiro nos "anos de chumbo" 193

  • Voc sabia?

    o Riode Janeiro nos novos temposNo captulo anterior, vimos que, com o golpe de 1964, o Brasil passou a ser go '

    por presidentes militares. No final da dcada de 1970 teve incio um perodo dedemocrtica, com a anistia dos presos polticos, em 29 de agosto de 1979. Foi uprocesso, que se prolongou at asada do ltimo presidente militar,o general leo Baptista Figueiredo,em 15 de maro de 1985. Um gran-de comcio reivindicando eleiesdiretas aconteceu em 1984 na cida-de do Rio de Janeiro e em diversascapitais brasileiras. Observe esseevento registrado em uma foto, aolado.

    No dia 10 de agosto de 1984 o comcio pelasDiretas-J reuniu milhares de pessoas na avenida

    Presidente Vargas, em frente Candelria,no centro da cidade do Rio de Janeiro. ~

    Aps O restabelecimento da democracia, a primeira eleio direta para a PresidnciRepblica s se realizaria em 1989. Desde ento, a cada quatro anos, tem havido eleidiretas para presidente da Repblica, senadores, deputados federais e estaduais, goverdores, prefeitos e vereadores.

    Na histria mais recente do pas, a partir de 2003 o Brasil foi governado duranteanos pelo presidente Luiz lncio Lula da Silva, cujo segundo mandato se encerrou em 2Nesse ano, foi eleita a primeira mulher presidente do Brasil, que tomou posse no dia 1~janeiro de 2011.

    Nos novos tempos, as mulheres vo conquistando seu espao na poltica. Em 2Benedita da Silva foi a primeira mulher a assumir o governo do estado do Rio de Ianeana vaga deixada por Anthony Garotinho, que renunciou para se candidatar PresidnLogo em seguida, Rosinha Garotinho candidatou-se aogoverno fluminense e se tornou a primeira mulher elei-ta governadora do estado.

    O atual governador do ~o de Janeiro Srgio Cabral,reeleito em 2010 para o segundo mandato.

    ::::

  • Hoje o estado do Rio de Janeiro abriga uma grande diver-

    iade cultural, fruto de influncias dos diversos grupos que

    _ triburam para a formao do territrio.

    Os costumes e tradies que so transmitidos de gerao

    gerao, e se mantm vivos atravs da constante recria-

    "";0 pelas comunidades, representam a cultura popular. So

    emplos de patrimnio imaterial. Esse tipo de patrimnio_3.2 s comunidades um sentimento de identidade que contri-

    _.2 para promover o respeito diversidade cultural.Construes e monumentos de importncia histrica so

    exemplos de patrimnio material, composto por um conjun--- de bens culturais mveis (peas arqueolgicas, acervos de ~ Pixinguinha, principal

    representante de_aseus, documentos, etc.) e imveis (como ncleos urbanos, um gnero musical:::'os arqueolgicos e paisagsticos). genuinamente brasileiro,

    o chorinho, exemplo deOntem ~ hoje, o Rio de Janeiro um estado plural. patrimnio imaterial.Consulte mais informaes sobre patrimnio material e imaterial no Guia de orientaes pedaggicas.

    Voc entendeu o que so patrimnio material e imaterial? Cite alguns exemplos.os alunos podem citar exemplos como patrimnio material: peas arqueolgicas, documentos escritos, material audiovisuale fotogrfico, construes e monumentos. Como exemplos de patrimnio imaterial:festas, danas, lendas, cantigas, etc.Produza um texto no caderno sobre a importncia de preservar as manifestaes e tradies

    culturais. importante que os textos expressem a noo de que a cultura popular representa o patrimnio imaterial e trazao grupo um sentimento de identidade que contribui para promover o respeito a diversidade cultural e criatividade humana.

    Escolha uma manifestao artstica e produza uma obra. Use sua criatividade! Atividade livre.

    . . A cultura material tem seu lugar na Histria e deve ser preservada.Observe a foto e leia o trecho a seguir: Mesmo quando o local se modifica, sua posio na histria daqueleelugar permanece. O Palcio Monroe, inaugurado em 1906, foi a segunda sede do Senado e sediou outras instituiespblicas, entre elas a Cmara. Perdeu sua funo com a inaugurao de B,:slia, em 1960. Em 1974, alegando que o

    ~[ij

  • Conhea os smbolos do estado do Rio de Janeiro!

    ~ Este o braso que aparece bemno centro da bandeira do estadodo Rio de Janeiro.

    Hino do estado do Rio de JaneiroFluminenses, avante! Marchemoss conquistas da paz, povo nobre!Somos livres, alegres brademos,Que uma livre bandeira nos cobre.Fluminenses eia! alerta!dio eterno escravido!Que na Ptria enfim libertaBrilha a luz da redeno!Nesta Ptria, do amor ureo templo,Cantam hinos a Deus nossas almas;Veja o mundo surpreso este exemplo,De vitria, entre flores e palmas.Nunca mais, nunca mais nesta terraViro cetros mostrar falsos brilhos,Neste solo que encantos encerra,Livre Ptria tero nossos filhos.Ao cantar delirante dos hinosEssa noite, dos tronos nascida,Deste sol, aos clares diamantinos,Fugira, sempre, sempre vencida.Nossos peitos sero baluarte,Em defesa da Ptria gigante;Seja o lema do nosso estandarte:Paz e amor! Fluminenses, avante!

    Esta a letra do Hino do Estado do RiodeJaneiro, cujo ttulo original Hino 15 de Noverr.~A msica foi composta em 1889 pelo maestro Joo Elias da Cunha, que a ofereceu ao ~meiro governador do estado, Francisco Portela. A letra foi escrita pelo poeta flumin .,..Antnio Jos Soares de Souza Inior. O hino foi oficializado em 29 de dezembro de 188_

    Esta a bandeira do estado do Rio de Janeiro.A estrela que aparece no alto do braso representa

    o estado do Rio de Janeiro na bandeira nacional.A guia simboliza o governo. Os ramos de caf e a

    cana-de-acar representam os principais produtosdo territrio e a corda lembra a unio do povo

    fluminense. Ao fundo aparece a serra dos rgos. sua frente, o verde e o azul simbolizam a Baixada

    Fluminense, o mar e as praias. ~

    200 Captulo 16

  • Cultura, cidadania e diversidade:o Rio de Janeiro, ontem e hoje

    cultura de um povo formada pelos costumes, crenas e tra-- es que se mantm vivas ao passar de gerao a gerao. No ..sado e no presente, a diversidade marca a tradio cultural do

    . de Janeiro.

    Muitas manifestaes culturais so meios de expres-so poltica. O lundu, por exemplo, antigo ritmo de origemafricana, foi utilizado pelo cantor e compositor Eduardo dasNeves .(~~!~~}.~.~.~)..~~~.

  • ,HISTRIASIOMARA SODR SPINOLA

    cdigo da coleo

    32196L1729