16
GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected] Programa de Controle da Dengue/SC Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para municípios não infestados por Aedes aegypti, infestados por Aedes aegypti sem circulação viral e infestados com baixa taxa transmissão da doença. Florianópolis, novembro de 2014

Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Programa de Controle da Dengue/SC

Estratégia operacional de prevenção e controle

da dengue para municípios não infestados por

Aedes aegypti , infestados por Aedes aegypti

sem circulação viral e infestados com baixa

taxa transmissão da doença.

Florianópolis, novembro de 2014

Page 2: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Estratégia operacional de prevenção e controle da d engue para municípios não

infestados por Aedes aegypti , infestados por Aedes aegypti sem circulação

viral e infestados com baixa taxa transmissão da do ença.

Cenários entomo-epidemiológicos observados

• Municípios não infestados por Aedes aegypti;

• Municípios infestados por Aedes aegypti sem circulação viral;

• Municípios infestados por Aedes aegypti com baixas taxas de transmissão de

dengue.

Objetivos fundamentais

• Monitorar a densidade de infestação do vetor para detectar precocemente a

ocorrência de patamares de infestação, capazes de desencadear e/ou

sustentar a transmissão;

• Otimizar os recursos humanos e a infraestrutura disponíveis;

• Monitorar a eventual ocorrência de casos de dengue para detectar

oportunamente o surgimento de transmissão sustentada.

Definições de infestação e transmissão

Infestação:

Municípios não infestados por Aedes aegypti : Aqueles em que não se detectou a

presença do vetor; ou em que houve detecção de forma dispersa ou disseminada,

porém sem manutenção do vetor nos domicílios; ou nos anteriormente infestados,

que permaneceram 12 meses consecutivos sem sua presença, de acordo com os

resultados dos levantamentos de índices ou do monitoramento por armadilhas ou de

pontos estratégicos, conforme normas técnicas.

Page 3: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Municípios infestados por Aedes aegypti : Aqueles com disseminação e

manutenção do vetor nos domicílios.

Critérios para definição de município infestado

• Disseminação : A identificação de um ou mais foco(s) de Aedes aegypti em

imóvel (s), no raio inicial da DF, diferente(s) daquele que gerou a delimitação.

• Manutenção : É a repetição ou continuidade de focos de Aedes aegypti, em

domicílios, no ciclo de LI+T posterior a DF.

OBS: Embora o Aedes albopictus seja um vetor secundário da dengue na Ásia, nas

Américas a espécie até o momento não apresenta importância epidemiológica, uma

vez que não há nenhum registro de exemplares adultos infectados com o vírus de

dengue no país e, consequentemente, de responsabilização desse mosquito pela

transmissão da doença. Portanto, as ações de prevenção e controle da dengue

preconizadas para os municípios não infestados por Aedes aegypti são também

indicadas para aqueles municípios em que somente a presença do Aedes albopictus

foi detectada.

Transmissão:

Sem transmissão: não registrou casos autóctones de dengue nos últimos 3 anos

(2011 a 2013).

Baixa Transmissão: Considerar a incidência dos últimos 3 anos (2011 a 2013)

separadamente e calcular o intervalo para cada quartil, se o município permanecer

no quartil 1 em todos os anos, considerá-lo como de baixa transmissão.

Transmissão endêmica/epidêmica: Considerar a incidência dos últimos 3 anos

(2011 a 2013) separadamente e calcular o intervalo para cada quartil, se o município

não permanecer no quartil 1 em todos os anos, considerá-lo como de transmissão

endêmica.

A) Municípios não infestados:

Page 4: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Ações preliminares para caracterização do perfil en tomológico do município

1. Atualização do RG;

2. Análise das informações entomológicas (armadilhas, PE, PVE, delimitação de

foco) ou realização de um LIRAa, para evidenciar a predominância dos tipos

de depósitos potenciais existentes no município, entre outros parâmetros;

3. Pontuar a rede de armadilhas a ser monitorada no município;

4. Elaborar uma avaliação de risco de entrada do vetor em todo o território do

município, considerando os fatores descritos no Anexo 1. É fundamental que

esta avaliação seja atualizada regularmente.

Vigilância Entomológica:

1. Manter a rede de larvitrampas, inpecionadas semanalmente (base de cálculo:

1 a cada 4 quarteirões, (200 metros X 200 metros) ou 100 imóveis térreos;

2. Realizar vigilância nos pontos estratégicos (PE), quinzenalmente, de acordo

com o estabelecido nas “Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de

Epidemias de Dengue” (base de cálculo: 0,4% dos imóveis existentes);

OBS: Os PE com ARM deixam de existir, sendo realizadas atividades de

armadilha ou ponto estratégico. Aqueles PE com ARM devem ser classificados

conforme as orientações do RG, sendo desenvolvidas somente as visitas

semanais as armadilhas.

3. Realizar PVE sempre que houver notificação de caso suspeito de dengue;

4. Identificar criadouros potenciais, especialmente nas áreas de maior risco,

através da sensibilização dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

Vigilância Epidemiológica:

1. Notificar imediatamente os casos suspeitos às instancias envolvidas na

prevenção e controle da dengue;

2. Notificar, de acordo com o fluxo estabelecido para o município e estado

preenchendo a ficha de notificação;

3. Realizar investigação do caso suspeito, conforme as diretrizes técnicas;

Page 5: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

4. Solicitar a coleta de sangue de todos os casos suspeitos e encaminhar

imediatamente ao laboratório de referência para confirmação laboratorial

conforme Guia de Vigilância Epidemiológica;

5. Sensibilizar os ACS, em especial das áreas prioritárias, para o

reconhecimento dos casos suspeitos de dengue e encaminhamento para as

unidades de saúde.

Controle Vetorial:

1. Realizar controle vetorial nos PE positivos para Aedes aegypti, conforme

“Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue”.

A partir de avaliação conjunta entre município e Gerência Regional de

Saúde/DIVE, poderá ser realizado tratamento perifocal;

OBS: É fundamental a aplicação da Lei nº 15.243/2010 e do Decreto nº 3.687/2010

para que haja adequação do PE.

2. Realizar delimitação de foco quando for detectado Aedes aegypti. Caso sejam

encontrados outros focos, abrir novos raios;

3. Realizar um (1) ciclo de LI+T após 2 meses da detecção do foco, com

inspeção de depósitos, coleta de espécimes, eliminação de recipientes

inservíveis e tratamento dos servíveis.

OBS: Nos casos em que o ciclo de LI+T detecte repetição ou continuidade de focos

em domicílios, o município passa a ser considerado infestado.

Indicadores de acompanhamento e pactuação:

• Percentual de inspeções às armadilhas. Cálculo: (Número de inspeções

realizadas nas armadilhas / Número de armadilhas existentes X 52) x 100

Meta: Inspecionar semanalmente, no mínimo, 80% das armadilhas instaladas;

• Percentual de visitas aos Pontos Estratégicos (PE). Cálculo: (Número de

inspeções realizadas em PE / Número de PE cadastrados X 24) x 100

Meta: visitar quinzenalmente, no mínimo, 80% dos PE cadastrados;

• Alimentação semanal do sistema de informações Vigilantos – módulo

PCD/SC Meta: alimentação semanal nas 52 semanas epidemiológicas.

Page 6: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Parâmetros Operacionais:

• Avaliação do seguinte parâmetro: 1 ACE (dengue) para cada 6.750 imóveis

do município, considerando as seguintes atividades preconizadas e estimativa

de rendimento: vigilância em armadilhas (30 armadilhas/dia), vigilância em PE

(15 PE/dia), DF e Li+T (25 imóveis/dia) e para realização das demais

atividades preconizadas, tais como PVE, ID e atualização de RG.

• Obs: Considerar jornada de trabalho de 40 horas semanais;

• Número de supervisores: Um (01) supervisor a cada dez (10) ACE.

• Estratificação do município em áreas de risco para infestação pelo vetor

visando adequação de ações.

B) Municípios infestados por Aedes aegypti e sem circulação viral autóctone.

Ações preliminares para caracterização do perfil de risco de transmissão da

doença no município

1. Atualização do RG;

2. Análise das informações entomológicas (armadilhas, PE, PVE, Delimitação de

foco) e dos levantamentos de índice (LIRAa) visando a delimitação, em todo

seu território, das áreas de maior risco da transmissão da doença, conforme

fatores descritos no Anexo 2. É fundamental que está avaliação seja

atualizada regularmente;

3. Elaboração ou atualização do plano de contingência.

Observação: Apesar da caracterização do município como infestado pelas normas

aqui descritas, ele pode ter áreas consideradas infestadas e áreas não infestadas,

devendo aqui ser observadas essas particularidades para que a atuação da

vigilância e controle vetorial seja a mais coerente possível com a realidade local.

Vigilância Entomológica:

1. Manter a rede de larvitrampas, inpecionadas semanalmente (base de cálculo:

1 a cada 4 quarteirões, (200 metros X 200 metros) ou 100 imóveis térreos;

Page 7: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

2. Em áreas infestadas, a rede de armadilha deve ser mantida com 1 armadilha

de larvas (larvitrampa) a cada 9 quarteirões (300 metros X 300 metros) ou

225 imóveis, para monitoramento da presença do vetor e avaliação das ações

de controle. Caso ocorra positividade de armadilha a área deverá ser

revisitada minuciosamente, sofrendo ações de eliminação e tratamento de

depósitos, por equipe especial;

3. Realizar vigilância nos PE, quinzenalmente, de acordo com o estabelecido

nas “Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de

Dengue” (base de cálculo: 0,4% dos imóveis existentes);

4. Realizar PVE sempre que houver notificação de caso suspeito de dengue em

área não infestada;

5. Identificar criadouros potenciais, especialmente nas áreas de maior risco,

através da sensibilização dos ACS;

6. Realização de pelo menos dois LIRAa por ano para obtenção de informações

dos principais criadouros existentes. Serão realizados nos meses de abril e

novembro.

Vigilância Epidemiológica:

1. Intensificar a vigilância laboratorial com encaminhamento de amostras

negativas para outras doenças com sintomatologia compatível com dengue

para diagnóstico diferencial;

2. Notificar, de acordo com o fluxo estabelecido para o município e estado

preenchendo a ficha de notificação;

3. Notificar imediatamente os casos suspeitos às instancias envolvidas na

prevenção e controle da dengue;

4. Investigar, com busca ativa, os possíveis casos suspeitos nas proximidades

da residência, trabalho ou outros locais que tenha frequentado;

5. Solicitar a coleta de sangue de todos os casos suspeitos e encaminhar

imediatamente ao laboratório de referência para confirmação laboratorial

conforme Guia de Vigilância Epidemiológica;

Page 8: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

6. Sensibilizar os ACS, em especial das áreas prioritárias, para o

reconhecimento dos casos suspeitos de dengue e encaminhamento para as

unidades de saúde.

Controle Vetorial:

1. Nas áreas delimitadas como infestadas, realizar visitas nos imóveis para

eliminação de depósitos e tratamento, em seis ciclos bimestrais/ano;

2. Realizar controle vetorial nos PE positivos para Aedes aegypti, conforme

“Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue”.

A partir de avaliação conjunta entre município e Gerência Regional de

Saúde/DIVE, poderá ser realizado tratamento perifocal.

OBS: É fundamental a aplicação da Lei nº 15.243/2010 e do Decreto nº

3.687/2010 para que haja adequação do PE.

3. Em área infestada, realizar bloqueio de transmissão nos casos suspeitos com

eliminação de criadouros e tratamento focal e perifocal. A aplicação de UBV

será realizada somente nos casos confirmados, conforme descrito no

glossário;

4. Nas áreas não infestadas, realizar a PVE nos casos suspeitos e, se encontrar

foco, realizar DF;

5. Sensibilizar os ACS para realizar visitas domiciliares nos imóveis das áreas

vulneráveis conforme avaliação de risco, encaminhando ao agente do PCD os

casos de verificação de criadouros de difícil acesso ou que necessitem do uso

de larvicidas.

Sugestão de Indicadores de Acompanhamento e pactuaç ão:

• Percentual de inspeções às armadilhas. Cálculo: (Número de inspeções

realizadas nas armadilhas /Número de armadilhas existentes X 52) x 100

Meta: Inspecionar semanalmente, no mínimo, 80% das armadilhas instaladas;

• Percentual de visitas aos PE. Cálculo: (Número de inspeções realizadas em

PE /Número de PE cadastrados X 24) x 100

Meta: visitar quinzenalmente, no mínimo, 80% dos PE cadastrados;

Page 9: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

• Alimentação semanal do sistema de informações Vigilantos – módulo

PCD/SC

Meta: alimentação semanal nas 52 semanas epidemiológicas.

• Percentual de vistas domiciliares nas áreas infestadas por ciclo. Cálculo:

(Número de visitas em imóveis realizadas por ciclo / Total de imóveis das

áreas infestadas) X 100

Meta: 80% das visitas em imóveis em cada ciclo, por no mínimo 4 ciclos/ano nas

áreas infestadas.

Parâmetros Operacionais:

• Avaliação do seguinte parâmetro: 1 ACE(dengue) para cada 1.000 imóveis do

município, considerando as seguintes atividades preconizadas e estimativa de

rendimento: vigilância em armadilhas (30 armadilhas/dia), vigilância em PE

(15 PE/dia), visitas em imóveis (25 imóveis/dia);

OBS: Considerar jornada de trabalho de 40 horas semanais.

• Número de supervisores: Um (01) supervisor a cada dez (10) ACE;

• Estratificação do município em áreas de risco para infestação pelo vetor e

transmissão da doença visando adequação de ações.

C) Municípios infestados com baixas taxas de transm issão

Ações preliminares para caracterização do perfil de risco de transmissão da

doença no município

1. Atualização do RG;

2. Identificação de potenciais áreas de risco para transmissão da doença, com

base na classificação das áreas de risco (Anexo 2). A avaliação de risco deve

ser atualizada periodicamente;

3. Elaboração ou atualização do plano de contingência.

Vigilância Entomológica:

Page 10: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

1. Manter a rede de larvitrampas, inspecionadas semanalmente (base de

cálculo: 1 a cada 4 quarteirões, (200 metros X 200 metros) ou 100 imóveis

térreos;

2. Em áreas infestadas, a rede de armadilha deve ser mantida com 1 armadilha

de larvas (larvitrampa) a cada 9 quarteirões (300 metros X 300 metros) ou

225 imóveis, para monitoramento da presença do vetor e avaliação das ações

de controle. Caso ocorra positividade de armadilha a área deverá ser

revisitada minuciosamente, sofrendo ações de eliminação e tratamento de

depósitos, por equipe especial;

3. Realizar vigilância nos PE, quinzenalmente, de acordo com o estabelecido

nas “Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de

Dengue” (base de cálculo: 0,4% dos imóveis existentes);

4. Sensibilizar os ACS, em especial das áreas de maior risco, para identificação

de potenciais criadouros;

5. Realização de pelo menos dois LIRAa por ano para obtenção de informações

dos principais criadouros existentes. Serão realizados nos meses de abril e

novembro.

Vigilância Epidemiológica:

1. Intensificar a vigilância laboratorial com encaminhamento de amostras

negativas para outras doenças com sintomatologia compatível com dengue

para diagnóstico diferencial;

2. Notificar, de acordo com o fluxo estabelecido para o município e estado

preenchendo a ficha de notificação;

3. Notificar imediatamente os casos suspeitos às instancias envolvidas na

prevenção e controle da dengue;

4. Investigar, com busca ativa, os possíveis casos suspeitos nas proximidades

da residência, trabalho ou outros locais que tenha frequentado;

5. Coletar material para sorologia de todos os pacientes suspeitos e concluir os

casos. Atentar para as normas e procedimentos de coleta, de acordo com o

Guia de Vigilância epidemiológica;

Page 11: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

6. Realizar monitoramento viral, conforme rotina estabelecida pela vigilância

epidemiológica municipal/estadual e pelo laboratório (no mínimo, 10% dos

casos autóctones);

7. Investigar imediatamente os óbitos notificados para identificação e correção

dos seus fatores determinantes;

8. Acompanhar a curva epidemiológica para detectar mudança no padrão de

transmissão. Usar diagramas de controle ou outros métodos estatísticos para

o acompanhamento do aumento de casos. Uma vez detectado o aumento,

ativar o Comitê Operacional de Emergências em Saúde - COES - para

acompanhar indicadores epidemiológicos, entomológicos, de assistência ao

paciente e de atividades desenvolvidas durante esse período visando à

preparação oportuna para uma possível epidemia (acionar medidas

estabelecidas no plano de contingência);

9. Sensibilizar os ACS, em especial das áreas de risco, para o reconhecimento

dos casos suspeitos de dengue e encaminhamento para as unidades de

saúde.

Controle Vetorial

1. Nas áreas delimitadas como infestadas, realizar visitas nos imóveis para

eliminação de depósitos e tratamento, em seis ciclos bimestrais/ano;

2. Realizar controle vetorial nos PE positivos para Aedes aegypti, conforme

“Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue”.

A partir de avaliação conjunta entre município e GERSA/DIVE, poderá ser

realizado tratamento perifocal. Em área não infestada deve ser realizada DF;

OBS: É fundamental a aplicação da Lei nº 15.243/2010 e do Decreto nº 3.687/2010

para que haja adequação do PE.

3. Em área infestada, realizar bloqueio de transmissão nos casos suspeitos com

eliminação de criadouros e tratamento focal e perifocal. A aplicação de UBV

será realizada somente nos casos confirmados, conforme descrito no

glossário;

Page 12: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

4. Nas áreas não infestadas, realizar a PVE nos casos suspeitos e, se encontrar

foco, realizar DF;

5. Sensibilizar os ACS para realizar visitas domiciliares nos imóveis das áreas

vulneráveis conforme avaliação de risco, encaminhando ao agente do PCD os

casos de verificação de criadouros de difícil acesso ou que necessitem do uso

de larvicidas.

Indicadores de Acompanhamento e pactuação

• Percentual de inspeções às armadilhas. Cálculo: (Número de inspeções

realizadas nas armadilhas /Número de armadilhas existentes X 52) x 100

Meta: Inspecionar, semanalmente, 80% das armadilhas instaladas;

• Percentual de visitas aos Pontos Estratégicos (PE). Cálculo: (Número de

inspeções realizadas em PE /Número de PE cadastrados X 24) x 100.

Meta: Visitar, quinzenalmente, 80% dos PE cadastrados;

• Alimentação semanal do sistema de informações Vigilantos – módulo

PCD/SC

Meta: alimentação semanal nas 52 semanas epidemiológicas; Percentual de vistas

domiciliares nas áreas infestadas por ciclo. Cálculo: (Número de visitas domiciliares

realizadas / Total de imóveis nas áreas infestadas) X 100.

Meta: 80% das visitas em imóveis em cada ciclo, por no mínimo 4 ciclos/ano nas

áreas infestadas.

Parâmetros Operacionais:

• Avaliação do seguinte parâmetro: 1 ACE(dengue) para cada 1.000 imóveis do

município, considerando as seguintes atividades preconizadas e estimativa de

rendimento: vigilância em armadilhas (30 armadilhas/dia), vigilância em PE

(15 PE/dia), visitas em imóveis (25 imóveis/dia);

OBS: Considerar jornada de trabalho de 40 horas semanais.

• Número de supervisores: Um (01) supervisor a cada dez (10) ACE;

• Estratificação do município em áreas de risco para infestação pelo vetor e

transmissão da doença visando adequação de ações.

Page 13: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Glossário

Para municípios sem infestação pelo Aedes aegypti, infestados pelo Aedes

aegypti sem transmissão ou com baixa transmissão de dengue, ficam definidos os

seguintes termos:

Pesquisa Vetorial Especial (PVE)

É a procura eventual de Aedes aegypti em função de notificação de caso

suspeito de dengue em áreas não infestadas pelo vetor, independente do município

ser infestado ou não. A atividade deve ser realizada num raio de 50 metros a partir

do(s) local(is) onde o caso suspeito esteve no período de viremia (1 dia antes do

aparecimento da febre até o 6º dia da doença). No caso de positividade de foco,

deve ser realizada delimitação de foco (DF).

Delimitação de Foco (DF)

Nas áreas não infestadas pelo Aedes aegypti a delimitação de foco será

realizada quando a vigilância entomológica detectar a presença do vetor, seja na

inspeção de armadilhas ou pontos estratégicos, na realização de pesquisa vetorial

especial (PVE), levantamento de índice (LIA ou LIRAa) ou investigação de denúncia

de presença do vetor (ID). É, portanto, uma atividade que independe do município

ser ou não infestado pelo Aedes aegypti.

Na delimitação de foco, a pesquisa larvária e o tratamento focal devem ser

realizados em 100% dos imóveis incluídos em um raio de 300 metros a partir do foco

inicial, abrindo-se novos raios a cada foco detectado.

Investigação de denúncia de presença do vetor (ID)

É a procura eventual de Aedes aegypti em função de denúncia da sua

presença. Deve ser realizada em áreas não infestadas, independente da

classificação do município.

Page 14: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Em área não infestada por Aedes aegypti, uma investigação de denúncia de

presença do vetor pode gerar uma delimitação de foco, caso seja encontrado foco

do vetor ou vetor adulto.

Bloqueio de transmissão (BT)

É a realização de controle vetorial, em função de notificação de caso de

dengue (autóctone ou importado) em áreas infestadas pelo vetor. É composto das

seguintes atividades:

Controle larvário : deve ser realizado na ocorrência de caso suspeito com

eliminação de depósitos removíveis e tratamento focal de depósitos não removíveis

em um raio de 50 m a partir do(s) local(is) em que o caso suspeito esteve no período

de viremia (1 dia antes e até o 6º dia dos sintomas).

Controle do vetor alado : com a utilização de equipamentos de UBV portáteis para

nebulização deverá ser realizado a partir da confirmação do caso, de acordo com

avaliação entomo-epidemiológica da localidade. A aplicação de UBV deve ser

realizada iniciando no quarteirão de ocorrência e continuando nos adjacentes,

considerando um raio de 150m, podendo ser necessária mais de uma aplicação.

Page 15: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Anexo 1. Matriz para Classificação de Risco de Entrada do Vetor nos Municípios de

SC, por localidade.

Variáveis

Escala de

Importância

x

Pontuação

1) PE (s) inadequado (s)

Recebe material de áreas infestadas

Alto risco

Não recebe materiais de áreas infestadas

Médio risco

2) Malha viária

Fluxo intenso de veículos e cargas oriundos de

áreas infestadas

Alto risco

Fluxo ocasional de veículos e cargas oriundos de áreas

infestadas

Médio risco

Fluxo de veículos e cargas oriundos de áreas

não infestadas

Baixo risco

3) Rodoviária

Recebe fluxo de veículos de passageiros de áreas

infestadas

Médio risco

Não recebe fluxo de veículos de passageiros

áreas infestadas

Baixo risco

4) Aeroporto

Recebe voos de áreas infestadas

Médio risco

Não recebe voos de áreas infestadas

Baixo risco

5) Porto

Recebe embarcações de áreas infestadas

Médio risco

Não recebe embarcações de áreas infestadas

Baixo risco

6) Porto Seco

Sim

] Médio risco

7) Coleta de resíduos sólidos

Não possui Alto risco

Irregular Médio risco

Regular Baixo risco

8) Acúmulo de Material Reciclável

Sim Alto risco

9) Abastecimento de água

Não possui Alto risco

Irregular Médio risco

Regular Baixo risco

10) Contiguidade com áreas infestadas

Sim Alto risco

TOTAL

Page 16: Estratégia operacional de prevenção e controle da dengue para

GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Sistema Único de Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica

Rua Esteves Júnior, nº 390, 1º andar - Centro - Florianópolis / SC CEP - 88015-130 Fone: (48) 3664 7400 E-mail: [email protected]

Pontuação Classificação

Alto risco 3 Alto risco 17 a 18

Médio risco 2 Médio risco 6 a 16

Baixo risco 1 Baixo risco 1 a 5

Anexo 2. Matriz para Classificação de Risco de Transmissão de Dengue nos

Municípios de SC, por localidade.

Variáveis

Escala de

Importância

x

Pontuação

1) Densidade populacional em relação ao município

Acima de 10% Alto risco

Entre 5 e 10% Médio risco

Abaixo de 5% Baixo risco

2) Resultado do LIRAa

> 3,9 Alto risco

1 – 3,9 Médio risco

< 1 Baixo risco

3) Fluxo de pessoas

Fluxo de pessoas oriundo de áreas de

transmissão

Alto risco

Fluxo de pessoas oriundo de áreas sem

transmissão

Baixo risco

4) Contiguidade com localidades ou municípios com transmissão

Sim

Alto risco

Não

Baixo risco

TOTAL

Pontuação Classificação

Alto risco 3 Alto risco 7 a 12

Médio risco 2 Médio risco 5 a 6

Baixo risco 1 Baixo risco 1 a 4