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1 Montes Claros Minas Gerais Brasil Maio - 2016 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - PPGCB Letícia Fernanda Ramos Leite Estrutura da comunidade de galhas em uma planta super-hospedeira: testando a hipótese da competição em habitats xéricos

Estrutura da comunidade de galhas em uma planta super ... · propondo que a competição interespecífica é uma força atuante na estruturação da comunidade de galhas em ambientes

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Montes Claros

Minas Gerais – Brasil

Maio - 2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS - PPGCB

Letícia Fernanda Ramos Leite

Estrutura da comunidade de galhas em uma planta super-hospedeira:

testando a hipótese da competição em habitats xéricos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS - PPGCB

Letícia Fernanda Ramos Leite

Estrutura da comunidade de galhas em uma planta super-hospedeira:

testando a hipótese da competição em habitats xéricos

Orientador: Dr. Marcílio Fagundes

Dissertação apresentada pela

mestranda, Letícia Fernanda

Ramos Leite, para obtenção do

título de Mestre, pelo Programa

de Pós-graduação em Ciências

Biológicas – PPGCB -

UNIMONTES

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L533e

Leite, Letícia Fernanda Ramos.

Estrutura da comunidade de galhas em uma planta super-hospedeira

[manuscrito] : testando a hipótese da competição em habitats xéricos / Letícia

Fernanda Ramos Leite. – 2016.

38. : il.

Bibliografia: f. 33-38.

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes,

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas/PPGCB, 2016.

Orientador: Prof. Dr. Marcílio Fagundes.

1. Índice de coocorrência - C-score. 2. Insetos galhadores. 3. Copaifera

langsdorffii - Espécie arbórea tropical. 4. Competição. I. Fagundes, Marcílio. II.

Universidade Estadual de Montes Claros. III. Título. IV. Título: Testando a

hipótese da competição em habitats xéricos.

Catalogação Biblioteca Central Professor Antônio Jorge

Catalogação Biblioteca Central Professor Antônio Jorge

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Agradecimentos

A realização deste trabalho contou com a colaboração direta de algumas pessoas

que não posso deixar de agradecê-las:

Primeiramente ao programa de mestrado PPGCB e a Unimontes pela

infraestrutura e por liberar carro e motorista para as minhas coletas. A Capes pela

concessão de bolsa. E colegas do mestrado pelas conversas, troca de ideias e resenhas

bacanas, principalmente a Mariana, Bráulio e Maiara.

Ao meu orientador Marcílio Fagundes, que mostrou confiança ao propor a ideia

do projeto e sempre dispôs a me ajudar. Soube chamar a atenção quando preciso, apoiou

nos momentos de desespero e neste tempo de convívio tornou um bom amigo, saiba que

você é à base do meu conhecimento.

Ao nosso amigo “Pós-doc” por curto tempo, Ricardo Solar, por dar um Up nas

minhas perspectivas, por ter sido um ótimo professor com ideias claras e diferentes! E

principalmente, pela ajuda no delineamento do projeto, ajudando a ordenas as ideias e a

sanar as dúvidas, valeu demais RR Solar.

Aos amigos professos do programa que pelos bons momentos de discussão e

pelo empenho em tirar dúvidas e ajudar. Ao Ronaldo, pela paciência com o R, ao

Maurício por sempre colocar grilos na minha cabeça, principalmente ao falar de

competição. Aos demais pelos bons momentos de diversão nas festas da bio e

principalmente nos botecos, risada sempre garantida!

A galera do LBC, que mesmo barulhando demais são bacanas. Agradeço pela

disponibilidade em ajudar, principalmente ao Henrique (Peppa), a Rita e a Lara por irem

às coletas e ajudar nas infinitas triagens, ralamos muito, mais foi gratificante. A Ani por

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ajudar na triagem também (Santo ImageJ!!!) e Siqueira por dar uma ajuda inicial na id

das galhas e pelas discussões ecológicas. A Karen, Pri, Renatinha, e Jú por torcerem pra

dar certo! Ao Serapas pelos momentos de discussão, ajuda nas coletas, ajuda no

trabalho e por sempre mandar artigos bacanas. Obrigada galera, vocês brilharam!!

Aos amigos mestres e os aspiras a mestre dessa biologia, Kátia, Mary, Paulinho,

Gui, Igão, Cléo, Karenzinha por sempre garantir o riso, pelas palhaçadas sem fim, pelas

festinhas e fugidas pros botecos, e claro, pelas discussões produtivas também. Ao

Lucketinho que mesmo resmungando me ajudava com o R e sempre tinha um palpite

bacana sobre o meu trabalho. Ao amigo Arleu, que mesmo longe, eu uma força na

plotagem das minhas figuras, obrigada.

A Huguinho, que me deu uma força inicial no EcoSim, pelas longas discursões

ecológicas, pelas críticas e sugestões, e mais ainda, pelo apoio emocional nos momentos

difíceis que passei (...) não tenho como te agradecer, você me ajudou a ter forças

quando o desespero era forte demais, obrigada gato.

Aos meus pais, pela oportunidade e incentivo, sei que estão orgulhosos. Aos

meus irmãos por serem companheiro, Mickael pela “cobertura” (rsrsr) e paciência,

Robson pelo incentivo. As cunhadas Suzy e Letícia pela amizade e apoio e por me

darem esses sobrinhos lindos que me enche de orgulho e felicidade, é muito gostoso um

abraço e um beijo de uma criança, é uma força pra ir mais longe.

Em especial a minha mãe, que teve um problema sério de saúde e eu a

acompanhava nas internações e consultas, e via de perto o sofrimento, mas a sua força

sempre me admirava, eu via seu esforço pra não demostrar o quanto estava sofrendo,

que mesmo sentindo dor, com a respiração ofegante sempre me sorria e falava “pode ir

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fazer a suas coisas, não se preocupe comigo, não quero te atrapalhar”. Eu a admiro

muito! Muito obrigada por me apoiar e me encorajar.

Resumo

As forças bottom-up, top-down e as interações dentro do mesmo nível trófico

determinam a organização das comunidades de galhas nos diferentes ambientes. No

entanto, fatores de estresse (elevada radiação, estresse hídrico e menor disponibilidade

de recurso) são barreiras para sobrevivência desses indivíduos, favorecendo uma

elevada abundância de galhas nos ambientes xéricos. Nos ambientes com elevada

abundância de indivíduos e o recurso (sítios para oviposição) é limitado, é possível que

exista uma força competitiva capaz de atuar nestas comunidades. Neste sentido, estamos

propondo que a competição interespecífica é uma força atuante na estruturação da

comunidade de galhas em ambientes xéricos. Foram avaliadas sete populações de C.

langsdorffii com características peculiaridades que formam um gradiente de estresse.

Em cada população foram amostradas características vegetativas das plantas

(indicadoras de estresse ambiental) e avaliado a coexistência das galhas dentro de um

mesmo folíolo. O índice de coocorrência (C-score) observado foi comparado com o

modelo nulo para aceite ou rejeição da hipótese biológica, sendo uma análise para cada

população. Os valores de C-score observados em todos os habitats foram comparados

com os parâmetros vegetativos indicadores de estresse. As galhas encontradas nos

ambientes úmidos coocorrem livremente dentro do folíolo, já nos ambientes xéricos as

galhas coocorreram menos do que o esperado pelo acaso, sustentando a nossa hipótese.

Desta forma, assumimos que a competição é uma força estruturadora das comunidades

de galhas nos ambientes xéricos.

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Palavras-chave: Coocorrência; C-score; Insetos galhadores; Copaifera langsdorffii;

Competição.

Introdução

A organização das comunidades dos insetos galhadores pode ser moldada por

fatores ambientais (Blanche 2000, Price et al. 2002, Cuevas-Reyes et al. 2006, Craig et

al. 2007, Fagundes & Fernandes 2011, Butterrill e Novotny 2015), forças top-down

(Price et al. 1997, Fagundes et al. 2005), bottom-up (Hunter e Price 1992, Espírito-

Santo 2007, Egan & Ott 2007, Malinga et at 2014) e pelas interações que ocorrem

dentro do mesmo nível trófico (Fagundes & Fernandes 2011, Cornelissen et al. 2013). A

hipótese do estresse ambiental (Fernandes & Price 1988) sugere que a ação dos

parasitas e predadores (terceiro nível trófico) é mais efetiva na regulação da diversidade

de galhas em habitats mésicos. Diversos estudos conduzidos em habitats tropicais (Lara

et al. 2002, Fernandes et al. 2005, Jesus et al. 2012, Julião et al. 2014) e temperados

(Fernandes & Price 1988, Fernandes & Price 1992, Fernandes et al. 2003) corroboram

esta hipótese. Além disto, plantas que ocorrem em habitat ricos em nutrientes

apresentam maior capacidade para manifestar respostas induzidas ao ataque de

galhadores (Fernandes 1990, Fernandes e Negreiros 2001, Höglund et al. 2005).

Portanto, plantas que ocorrem em ambientes estressados devem apresentar maior

abundância de insetos galhadores (Price et al. 1987, Fernandes e Price 1992). Neste

cenário, onde forças top-down são mais efetivas em habitats mésicos e as populações de

galhadores alcançam maior densidade em habitat xéricos, seria razoável admitir que

outras interações que ocorrem dentro do mesmo nível trófico (e.g. competição) são mais

Catalogação Biblioteca Central Professor Antônio Jorge

Catalogação Biblioteca Central Professor Antônio Jorge

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importantes para a organização das comunidades de insetos galhadores em habitats

xéricos do que em habitas mésicos.

Características ambientais adversas como extremo de temperatura, baixa

disponibilidade de agua, luminosidade, fertilidade do solo são fatores de estresse que

afetam diretamente o desenvolvimento das plantas (Pennington & Collins 2007,

Sapijanskas 2014; Lázaro-Nogal et al. 2015). Usualmente estes fatores atuam

sinergicamente no ambiente, desta forma, torna-se mais fácil avaliar a resposta da planta

aos fatores de estresse. Estratégias adaptativas como ajustes morfológicos e fisiológicos

nas plantas foram os fatores chaves que determinam colonização e sobrevivência deste

grupo nos diferentes ambiente (Sultan 2001). Variações nas características das folhas,

no crescimento dos ramos, têm sido correlacionadas com a eficiência de uso dos

recursos e com a plasticidade fenotípica das plantas em resposta às variações abióticas

(Chaturvedi 2014, Lázaro-Nogal et al. 2015). Neste sentido, espécies amplamente

distribuídas devem sofrer variação no seu desenvolvimento e estender este efeito para os

níveis tróficos superiores.

A teoria da competição prediz que a disputa por recursos entre dois organismos

é mais intensa quando a densidade, a similaridade ecológica e a coocorrência espaço/

temporal aumentam (Diamond 1975, Stone e Roberts 1990). As espécies competidoras

raramente conseguem coexistir no mesmo recurso, a menos que haja uma diferenciação

mínima no habitat, o que culmina na redução da fecundidade, sobrevivência e

crescimento dos organismos envolvidos (Begon 2005). Algumas características da

interação insetos galhadores e sua planta hospedeira em ambientes xéricos poderiam

eleger a competição como força organizadora da comunidade destes herbívoros nestes

ambientes. Por exemplo, os galhadores são altamente específicos com a sua planta

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hospedeira e com o órgão alvo que ovipositam (Joy e Crespi 2007, Carneiro et al.

2009). As fêmeas dos galhadores apresentam elevada sincronia com o surgimento dos

órgãos alvo da planta que são limitados no tempo (Yukawa 2000). Minutos após a

oviposição a larva do galhador induz rápidas mudanças morfológicas e fisiológicas no

tecido da planta drenando o recurso para o seu desenvolvimento (Ollerstam et al. 2002,

Höglund 2014), que potencialmente interfere no comportamento de outros herbívoros

(Cornelissen et al. 2013).

A prevalência da competição como força organizadora das comunidades pode

ser testada através de experimentos de exclusão (Diamond 1986, Connell 1961), ou

testando a hipótese biológica com modelos nulos (Gotelli & Entsminger 2001). Modelos

nulos são modelos de comunidades que possuem características das suas equivalentes

reais, mas mantém a distribuição das espécies ao acaso, especificamente excluindo os

efeitos das interações biológicas (Gotelli & Graves 1996). Estes modelos avaliam se as

espécies de uma comunidade natural coocorrem significativamente mais ou menos que

o esperado pelo acaso (Gotelli & Graves 1996). Exemplo de uso de modelos nulos para

testar a prevalência da competição pode ser observados para plantas (Sanders et al.

2003), comunidade de artrópodes (Ellwood et al. 2009), minadores de folhas

(Cornelissen & Stiling 2008), formigas (Ribas e Schoereder 2002) liquens (Browker &

Maestre 2012) e insetos galhadores (Cornelissem et al. 2013).

Plantas super-hospedeiras (plantas que possuem elevada diversidade de galhas)

de insetos galhadores, que apresentam ampla distribuição geográfica e ocorrem em

diferentes habitats, constituem sistemas adequados para avaliar os mecanismos e

processos que regulam a organização da comunidade de galhas entre diferentes

ambientes (Fagundes 2014). Copaifera langsdorffii (Fabaceae) é uma espécie

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amplamente distribuída nas diversas formações vegetais do Brasil e comporta-se como

uma super-hospedeira de insetos galhadores (Fagundes 2014). Assim, este sistema é um

bom modelo para avaliar os efeitos bottom-up na comunidade de insetos galhadores.

Usando este sistema, estamos propondo a hipótese da Competição em Habitat Xéricos,

com a predição que a competição interespecífica é uma força estruturadora da

comunidade de insetos galhadores em habitat xéricos melhor do que em mésicos.

Materiais e Métodos

1- Sistema de estudo

Copaifera langsdorffii Desf. (Fabaceae: Caesalpinioideae), é uma espécie arbórea

tropical que varia de 8 a 25 m de altura, apresenta ampla distribuição geográfica,

ocorrendo na Argentina, Bolívia e em todo o Cerrado brasileiro (Carvalho 2003). A

variabilidade do tamanho das sementes e a alta plasticidade fenotípica favorecem a

vasta distribuição geográfica desta espécie (Souza e Fagundes 2014). Esta planta

apresenta deciduidade marcante nos meses de julho a agosto, com emissão de folhas

logo em seguida (Souza e Fagundes 2015). Foram descritos 23 morfoespécies de galhas

em C. langsdorffii (Costa et al. 2010), o que leva a classificação desta espécies como

um super-hospedeiro de insetos galhadores (Fagundes 2014). A ampla distribuição

geográfica, a assincronia fenológica intra e inter-anual e a arquitetura da planta são

fatores que favorecem diversificação dos insetos galhadores nesta espécie (Costa et al.

2011, Fagundes 2014)

2- Áreas de estudo

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Este estudo foi desenvolvido em sete populações de C. lagsdorffii localizadas em

diferentes formações vegetais (Canga, Campo Rupestre, Cerrado sentido restrito,

Cerradão, Mata seca, Mata Atlântica e Mata ciliar (Fig. 1 Tab. 1). Estas formações

foram escolhidas por simular um gradiente de variação de características ambientais do

habitat. Por exemplo, a Canga é caracterizada pelos solos ferruginosos que formam uma

carapaça dificultando a infiltração da água e a penetração das raízes. As plantas são

esclerófilas adaptadas às variações bruscas de temperaturas, ventos fortes, e solos

pobres em nutrientes (Giulietti et al. 1987, Oliveira-Filho & Ratter 2002). O Campo

rupestre é uma formação vegetal com predomínio de espécies arbóreo-arbustivo que

crescem entre os afloramentos rochosos. Possui vegetação esclerofilia adaptada a

condições extremas tais como elevada radiação, variações diária de temperatura, solos

rasos, arenosos com baixa umidade e nutricionalmente pobres (Giulietti et al. 1987).

O Cerrado sentido restrito apresenta solos ácidos, pobres em nutrientes. Esta região

possui clima semiárido com estações secas e chuvosas bem definidas, a vegetação

lenhosa apresenta folhas coriáceas como adaptação às condições de seca (Rizzini 1997,

Oliveira 1998). O cerradão é uma formação vegetal que apresenta dossel contínuo,

principalmente na estação chuvosa, a vegetação possui porte elevado com

características esclerófilas e xeromórfica. Os solos são profundos, ligeiramente ácidos

com médio teor de matéria orgânica proveniente da queda das folhas na estação seca

(Rizzini 1997, Sano 2008).

As Florestas estacionais deciduais (matas secas) apresentam vegetação com porte

elevado (que podem ultrapassar 25 metros) e a abscisão foliar na estação seca é a

principal característica deste ambiente. Os solos são alcalinos, ricos em nutrientes e a

queda das folhas contribui para fertilidade dos solos (Sano 2008, Fagundes et al. 2011).

A Mata atlântica apresenta vegetação com porte elevado formando um dossel contínuo

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com elevada umidade. Os solos são úmidos, rasos e pobres em nutrientes minerais,

contudo, a decomposição da matéria orgânica é um importante fator na disponibilidade

de nutrientes para as plantas (Sano 2008). A Mata Ciliar é composta pela vegetação que

forma corredores acompanhando o leito do rio, apresenta variação na sua estrutura e

composição florística, elevada umidade relativa com solos férteis muito visados para

agricultura (Oliveira-Filho & Ratter 2002).

Provavelmente, variações na disponibilidade hídrica, qualidade dos solos e

topografia são alguns fatores que determinam as variações fisionômicas nas diferentes

formações vegetais (Oliveira-Filho & Ratter 2002). Portanto, podemos traçar um

gradiente de estresse nestes ambientes, partindo do ambiente mais xérico como Canga,

Campo rupestre e Cerrado sentido restrito, Cerradão, Mata secas a ambientes mais

úmidos como, Mata Atlântica e Mata ciliar.

3- Coleta de dados

Nos meses de abril e maio de 2015, período que antecede a queda das folhas e que

todas as galhas já haviam estabelecido nas plantas, foram amostradas galhas em 15

plantas adultas de C. langsdorffii de cada população. As plantas selecionadas

apresentam distribuição irregular no ambiente, no entanto, mantivemos uma distância

mínima de 10 m entre cada amostragem para garantir independência das amostras. Em

cada indivíduo foram coletados 10 ramos terminais de aproximadamente 30 cm de

comprimento para avaliar os parâmetros biológicos (tamanho dos ramos, massa foliar e

área foliar). Os ramos foram coletados ao entorno da copa para evitar os efeitos do

micro-habitat no desenvolvimento dos ramos e na comunidade de galhas (Costa et al.

2010). Em cada ramo foi medido o último investimento vegetativo (corresponde ao

último investimento em crescimento anual que pode ser identificado através da cicatriz

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visível no ramo), a massa e a área dos folíolos (esclerofilia) e quantificado as galhas dos

folíolos.

Para avaliar os parâmetros vegetativos (crescimento do ramo, massa foliar e área

foliar) e o ataque de insetos galhadores foram analisadas as três últimas folhas,

completamente expandidas e saudáveis, do ramo. O crescimento de cada ramo foi

determinado medindo a distância entre cada inserção das folhas no ramo. A massa foliar

específica foi medida utilizando discos foliares (0,38 cm²) do segundo par de folíolos

que foram secos em estufa a 40° C por 92 horas e pesados em balança analítica. Foram

coletados 20 folíolos por população para medir a área foliar, os folíolos foram

digitalizados e usado o software ImageJ (Maloof et al. 2013). Para quantificar as galhas

foi avaliado cada folíolo separadamente e criado uma matriz de presença e ausência de

galhas, padronizamos usar 137 folhas para cada população. As galhas foram

morfoespeciadas segundo a sua cor, textura e tamanho (Costa et al. 2011, Fagundes et

al. 2014).

4- Análises de dados

As diferenças dos parâmetros vegetativos (crescimento dos ramos, massa foliar

específica e área foliar) entre os diferentes habitats foram testadas usando Modelos

Lineares Generalizados (GLM) seguidos por Análise de Deviance (ANODEV). Assim,

os habitats foram usados como variáveis explicativas e os parâmetros vegetativos

usados como variáveis respostas. Os modelos foram testados utilizando o teste “F” com

distribuição de erros Gaussian (dados contínuos).

Para quantificar os efeitos dos habitats, dos parâmetros vegetativos (crescimento

de ramos, massa foliar e área foliar) na riqueza e abundância de galhas, foram criados

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GLM’s seguido pela ANCOVA. Os parâmetros vegetativos, os ambientes e a interação

entre todas as variáveis foram usados como variáveis explicativas, a riqueza e

abundância foram usadas como variáveis respostas. Utilizamos distribuição de erros

Poisson (dados de contagem), com função de ligação logarítmica. Para eliminar o efeito

da ordem de entrada das variáveis no modelo foi realizada uma seleção de modelos por

Stepwise (KamilBartoń 2015). A seleção do modelo mais parcimonioso neste caso é

feita com base nos valores do critério de informação de Akaike (AICc). Finalmente, o

modelo mais parcimonioso foi submetido à análise de resíduos para verificar a

adequabilidade do modelo em relação aos seus requisitos (Crawley 2007).

Para avaliar se a composição da fauna de insetos galhadores variou entre as

populações analisadas, foi usado um teste de permutação Anosim. O índice de

similaridade de Jaccard, calculado com base na matriz de presença e ausência de

morfoespécies de galhas, foi usado nos testes acima.

Modelos nulos foram desenvolvidos para comparar os padrões observados e

aleatórios na ocorrência de galhas em cada população analisada. A hipótese nula prediz

que a presença de uma galha no folíolo não interfere na presença de outra no mesmo

folíolo. O índice de coocorrência é dado pela média dos possíveis pares de interações.

Se o índice de coocorrência da matriz original encontrar dentro de 95% da frequência de

distribuição da matriz randomizada, a hipótese nula é aceita, ou seja, não há evidência

de mecanismos biológicos agindo na estruturação desta comunidade. No entanto, se o

índice da matriz original estiver fora dos 95% da matriz simulada, a hipótese nula é

rejeitada e podemos inferir que existe uma força biológica moldando a ocorrência das

espécies nesta comunidade (Ribas & Schoereder 2002).

Obtivemos a matriz de análises de ocorrência de galhas usando o programa

EcoSim (Gotelli e Entsminger 2001). Este software testa o padrão de ocorrência dos

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organismos randomizando a matriz original com o número pré-especificado de

aleatorizações. Usamos o índice de C-score (Stone e Roberts, 1990) cuja métrica de

quantificação dos padrões de coocorrência ou “checkerboard units (CU)” entre os

possíveis pares de galhas é dada pela fórmula: CU = (ri– S) (rj– S), onde S é o número

de espécies compartilhadas no folíolo e o ri e rj é o número total de espécies de galhas (i

e j). O C-score é a média de todos os possíveis pares de espécies que interagem pelo

menos uma vez na matriz. Usamos um algoritmo “fixo-fixo” com 5000 mil

randomizações onde as linhas e colunas da matriz original foram preservadas. Isto

significa que o número de ocorrência de cada espécie e o número de espécies no folíolo

dos modelos nulos é igual aos da matriz original (Gotelli & Entsminger 2001). As

análises foram conduzidas separadamente para cada ambiente analisado.

Para validarmos a hipótese que a competição atua nos ambientes xéricos, nós

relacionamos os resultados da coocorrência de galhas entre os habitats com os

parâmetros vegetativos das plantas (indicadores de estresse) de todos os habitats. Foi

construído GLM onde a média da massa foliar específica das plantas de cada ambiente

foi usada como variável explicativa e os índices da coocorrência de galhas (C-score)

usados como variável resposta. Construímos outro modelo (GLM) utilizando a média de

crescimento dos ramos das plantas de todos os habitats (variável explicativa) com os

valores de C-score (variável resposta). Utilizamos a distribuição de erros Gaussian

(dados contínuos) com Identidade sendo a função de ligação. Todos os modelos foram

submetidos à análise de resíduos para verificar sua adequabilidade a distribuição de

erros assumida (Crawley 2007). Todos os GLM’s, o ANOSIM e a seleção de modelos

(pacote MuMIn) foram realizados no software R (R Core Team, 2015).

Resultados

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A massa foliar, o tamanho dos folíolos e o crescimento dos ramos variaram entre

os ambientes avaliados (Tab. 2). Nos ambientes xéricos (Canga, Campo Rupestre,

Cerrado sentido restrito) as plantas são mais esclerófilas (maior massa foliar e menor

área dos folíolos) e apresentam menor crescimento dos ramos quando comparado com

os ambientes menos estressados (Mata Seca, Cerradão, Mata Atlântica e Mata Ciliar)

(Fig 2A, 2B, 2C).

Foram amostradas 2550 galhas distribuídas em 25 morfoespécies nos diferentes

ambientes (Tab. 3). Os morfotipos M3, M13 e M21 foram os mais abundantes e

estavam presentes em quase todos os ambientes avaliados, estes morfotipos juntos

responderam por mais de 40% do total de galhas amostradas. Alguns morfotipos são

específicos dos ambientes secos, como por exemplo, o M23 e o M25 que foram

encontrados somente nas regiões de Canga e Campo rupestre.

Dentre as variáveis explicativas testadas, apenas a massa foliar teve influência

significativa na riqueza das galhas (Tab. 4). Há uma relação positiva entre a riqueza de

galhas e massa foliar, sugerindo que as morfoespécies de galhas atacam

preferencialmente plantas mais esclerófilas (Fig. 3). Entretanto, a abundância de galhas

foi afetada somente pelos ambientes avaliados (Tab. 4), sendo significativamente

elevada nos ambientes xéricos, como a Canga e o Campo rupestre (Fig. 4).

A composição da comunidade de galhas variou entre os ambientes analisados

(Tab. 6 Fig. 5). Somente a composição dos galhadores do Campo Rupestre e da Canga é

similar, mas diferem dos demais ambientes. A composição do Cerrado sentido restrito,

Mata Atlântica, Mata Ciliar, Mata Seca e do Cerradão diferiram entre si. Este resultado

sugere a formação de um grupo de galhas especializada a ambientes xéricos.

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Os valores de C-score foram maiores que o esperado pelo acaso (Tab. 7 Fig. 5)

nas comunidades de Canga, Campo Rupestre e Cerrado sentido estrito, portanto, a

hipótese biológica foi aceita. No Cerradão, Mata seca, Mata atlântica e Mata ciliar a

coocorrência das espécies estavam dentro do limite de 95% da frequência de

distribuição das matrizes randomizadas (Tab. 7 Fig. 5), deste modo, a hipótese nula foi

aceita.

Os índices de C-score apresentaram correlação significativa com os parâmetros

vegetativos das plantas (massa foliar e crescimento dos ramos) (Fig. 6A e 6B Tab. 5).

As plantas que tiveram menor crescimento e maior massa foliar apresentaram valores

significativos de C-score (Vide Fig. 7 Tab. 7). De fato, a competição pode ser

importante para organização de galhas nas vegetações mais esclerófilas.

Discussão

Variações nas respostas plásticas das plantas determinam a gama de condições

em que as espécies podem sobreviver e reproduzir com sucesso (Sultan 2001). Estresse

ambiental inclui os fenômenos que reduz a produção fotossintética das plantas, por

exemplo, oferta limitada dos recursos e fatores ambientais (nutrientes, água, luz,

temperaturas extremas e elevada radiação) que estão diretamente ligadas à fotossíntese

(Brooker e Callaghan 1998). Variações ambientais causam alterações no crescimento,

área foliar e massa foliar das plantas (Chaturvedi 2014, Lázaro-Nogal et al. 2015). A

esclerofilia foliar (massa foliar específica) é uma resposta da planta aos fatores de

estresse, por exemplo, as folhas apresentam maiores tricomas, cutícula mais espessa,

maior densidade estomática e maior espessura (resultado do maior número de estratos

de células do parênquima paliçádico) (Wilians e Blackc 1993, Reich et al. 2003, Bussoti

et al. 2015). Assim, variações nas características foliares são interpretadas como

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resposta a variação do ambiente e permitem que as plantas aumentem a sua capacidade

de distribuição. Neste estudo nós observamos que plantas presentes nos ambientes

xéricos apresentaram maior massa foliar específica, menor área foliar e menor

crescimento dos ramos quando comparado aos ambientes menos estressados. É

importante ressaltar que de fato existe um gradiente de estresse nos ambientes avaliados

e que este se manifesta através das diferenças estruturais encontra nas folhas nos

diferentes habitats. Estas variações nos parâmetros vegetativos de C. langsdorffii podem

causar alterações nas interações planta-galhadores e nos efeitos dos níveis tróficos

superiores (Egan & Ott 2007, Craig et al. 2007).

Diversos estudos mostram que a comunidade de galhadores varia em função do

estresse ambiental. Por exemplo, a ação de parasitas e patógenos é maior em habitats

mésicos, favorecendo o aumento da diversidade de galhas em habitats xéricos

(Fernandes e Price 1992, Price et al. 2002, Lara et al. 2002). Além disto, plantas

presentes em habitas xéricos geralmente possuem maior disponibilidade de aminoácidos

e compostos de nitrogênio orgânico livre e são mais nutritivas (White 1969, Price

1991). Estas plantas possuem menor capacidade para apresentar defesas induzidas que

são menos eficazes nos ambientes com temperaturas elevadas e com limitações de água

(Fernandes 1990, Fernandes et al. 2000, Fernandes e Negreiros 2001, Höglund et al.

2005), favorecendo o ataque de galhadores nos ambientes estressados (Barbosa e

Fernandes 2014).

Muitos fatores abióticos alteram a composição das espécies de galhas nos

ambientes, algumas espécies respondem positivamente ao estresse sendo classificadas

como bioindicadoras de estresse ambiental (Fernandes et al. 1995, Julião et al. 2005,

Toma et al. 2014). Nossos resultados mostram que composição das espécies de galhas

20

foi semelhante entre os habitats com maior estresse (Canga e Campo rupestre) e diferiu

entre os demais. Possivelmente há uma fauna de galhadores especializados em viver

nestes ambientes que possuem características semelhantes, por exemplo, elevada

radiação, solos com baixa retenção de água (Lara et al. 2002). De fato, as morfoespécies

M23 e M25 (Tab. 2) amostradas são exclusivas de ambientes estressados, estas

morfoespécies de galhas poderiam ser utilizadas como bioindicadores de estresse (Toma

et al. 2014). Flutuações nas características de umidade e nutrientes do solo podem

afetar o desempenho dos galhadores nos ambientes úmidos, desta forma, características

intrínsecas destes habitats podem selecionar algumas morfoespéceis específicas de

galhadores.

Variações da qualidade do habitat causam importantes modificações nas

comunidades de galhas e alteram os mecanismos de controle destas comunidades.

Estudos recentes tem mostrado que a competição entre insetos herbívoros parece ser

bem comum (Reitz & Trumble 2002, Kaplan & Denno 2007, Cornelissen et al. 2013) e

potencialmente atuam na organização das comunidades. Nossos resultados mostraram

que a há um padrão de organização das galhas nos habitas xéricos. Vários fatores

podem condicionar a distribuição não aleatória nestes ambientes, por exemplo, a

elevada abundância de galhas, a menor disponibilidade de recursos (espaço) e menor

ação dos inimigos naturais. Outro fator que opera na escala de folíolos e potencialmente

favorece um padrão de distribuição das espécies de galhas é a competição por

interferência de recurso. Organismos que possuem hábito de vida séssil são susceptíveis

a influências competitivas, pois, depois de estabelecidos, eles não podem escapar dos

vizinhos e os resultados desta interação resultam em seu padrão de distribuição. Por

exemplo, Sanders e colaboradores (2003) em um trabalho envolvendo plantas invasoras

mostraram que a competição por interferência também molda o padrão de distribuição

21

destas espécies (Sanders et al. 2003). Apesar dos insetos galhadores avaliados ocorrem

em uma pequena ilha de recursos (representado pelo folíolo) observamos que nos

ambientes que os folíolos eram menores (ambientes xéricos) as galhas ocorriam

geralmente uma única morfoespécies por folíolo. Resultados semelhantes foram

encontrados para outros sistemas (Connor e Simberloff 1983, Sanders et al. 2003,

Ellwood et al. 2009, Cornelissen et al. 2013) e a competição foi sugerida como fonte

dominante de organização.

O uso dos modelos nulos para detectar padrões de distribuição das espécies nas

comunidades podem prever a aleatoriedade (Boschilia et al. 2008), a agregação

(Krasnov et al. 2006) e a segregação das espécies (Connor & Simberloff 1983, Sanders

et al. 2003, Ellwood et al. 2009). Organizações não aleatórias de comunidades sugerem

que exista pelo menos um fator de estruturação, como interações biológicas específicas

atuando na distribuição dos organismos (Gotelli 2000, Boschilia et al. 2008). Os efeitos

da remoção de uma galha sobre as demais são difíceis de serem mensurados em campo,

desta forma, a observação da distribuição da comunidade completa e a avaliação com

modelos nulos tornam-se mais eficaz nos teste de competição (Cornelissen et al. 2013).

Observamos relação significativa entre os índices de C-score e os parâmetros

indicadores de estresse (massa foliar especifica e crescimento dos ramos), assumimos

que a competição é uma força de estruturação em ambientes com elevado estresse

abióticos. São descritos nove algoritmos para testes dos modelos nulos, sendo a escolha

do mais apropriado depende da estrutura da matriz original (Gotteli 2000). Os índices

C-score (Stone e Roberts 1990) mede o padrão de exclusão das espécies que reflete as

interações competitivas. No entanto, este índice não incorpora a abundância das

espécies e são sensíveis a variações da riqueza de espécies (Gotelli e Graves 1996), por

outro lado, é menos propenso aos Erros do Tipo I (rejeitar a hipótese nula sendo ela

22

verdadeira) e Erros do Tipo II (aceitar a hipótese nula quando ela é falsa) (Gotelli 2000).

Alguns autores ressaltam que ao analisar a distribuição das espécies com o C-score o

índice mostra padrões de segregação, no entanto as espécies não interagem pelo simples

fato de haver uma diferenciação no uso dos recursos (Diamond e Gilpin 1982, Gotelli e

Rohde 2002). Contudo, neste trabalho as espécies avaliadas utilizam o mesmo recurso

(folíolo). Portanto, as interações bióticas diferem entre os habitas avaliados e a hipótese

nula no favorece inferir que a um padrão de organização de galhas nos ambientes

xéricos, e que possivelmente a competição é uma força importante nestes ambientes.

Conclusão

Os diferentes ambientes causam modificações nas plantas hospedeiras com impacto

direto na organização das comunidades associadas. Nos ambientes mésicos não há um

padrão de organização das comunidades de galhas associadas a C. langsdorffii, já nos

ambientes xéricos é notado certo padrão de organização destas comunidades e elegemos

a competição como uma possível força estruturadora neste ambiente.

23

Tabelas e Figuras

Figura 1: Mapa das regiões de amostragem. Foram amostradas sete regiões com

diferentes tipos de vegetação no estado de Minas Gerais – Brasil. (Detalhes de cada

região vide Tabela 1).

24

Tabela 1: Caracterização climática histórica das variáveis ambientais das regiões de

estudo. Temperatura máxima média °C (T. max.), Temperatura mínima média °C (T.

mim.) e Evaporação de Piche (mm) (Evapo). Dados referentes a 55 anos obtidos do site

do INMET em agosto de 2015. Os dados correspondiam às estações meteorológicas

mais próximas das áreas de estudo.

Local Ambiente Coordenadas Altitude Insolação T.max. T.mim Evapo.

Ibirité Canga 20°04’S,

43°59’W

1423 185.21 28.12 14.65 89.43

Serra do

Cipó

Campo

Rupestre

19°16’S,

43°35’W

1200 168.73 28.05 15.39 87.71

Montes

Claros

Cerrado

Sentido

Restrito

16o40’S,

43o48’W

652 222.86 29.73 17.54 138.52

Paraopeba Cerradão 19°20’S

44°24’W

732 221.39 28.51 15.89 88.66

Japonvar Mata

Seca

15º58’S,

44º16’W

826 240.36 31.44 18.39 143.51

Belo

Horizonte

Mata

Atlântica

19°53'S

43°58'W

915 208.05 27.13 17.26 116.92

Jequitaí Mata

Ciliar

56°25’S,

80°96’W

480 229.28 31.03 18.30 125.62

25

Tabela 2: Analise de deviance dos modelos mínimos adequados que mostra os efeitos

dos diferentes habitats sobre os parâmetros vegetativos de Copaifera langsdorffii.

Variáveis

respostas

Variáveis

explicativas

Deviance Residual

Deviance

DF F p

Cresc. ramos Local 10.792 9.2088 78 15.235 < 0.001

Massa foliar Local 1.9315e-05 9.3463e-06 78 26.866 < 0.001

Área Folíolo Local 163.72 95.951 78 22.182 < 0.001

Tabela 3: Lista de Morfosespécies de galhas associados à Copaifera langsdorffii nos

ambientes de Campo Rupestre, Canga, Cerrado sentido restrito, Cerradão, Mata

Atlântica, Mata Seca e Mata ciliar. (Morfosespécies segundo Costa et al. 2010 e

Fagundes 2014)

Campo

Rupestre

Canga Cerrado Cerradão Mata

Atlântica

Mata

Seca

Mata

Ciliar

Total

M1 0 0 0 0 0 0 47 47

M2 12 19 62 20 4 49 58 224

M3 22 44 35 5 123 150 81 460

M4 19 22 9 22 41 72 56 241

M5 0 0 4 1 5 4 4 18

M6 0 0 0 0 1 0 1 2

26

... Continuação Tab. 3

Campo

Rupestre

Canga Cerrado Cerradão Mata

Atlântica

Mata

Seca

Mata

Ciliar

Total

M7 1 18 26 0 2 8 8 63

M8 16 23 13 16 2 17 23 110

M9 0 1 5 0 0 5 3 14

M10 0 0 1 0 0 0 0 1

M11 0 9 19 1 0 8 17 54

M12 0 8 1 0 0 1 0 10

M13 21 19 157 36 96 0 28 357

M14 0 1 0 0 0 0 0 1

M15 88 58 7 0 36 39 17 245

M16 0 1 53 1 0 0 7 62

M18 0 0 0 0 0 2 0 2

M19 28 11 0 19 17 12 0 87

M20 0 5 14 2 1 2 5 29

M21 24 52 87 11 19 54 62 309

M23 56 118 0 0 0 0 0 174

27

... Continuação Tab. 3

Campo

Rupestre

Canga Cerrado Cerradão Mata

Atlântica

Mata

Seca

Mata

Ciliar

Total

M24 1 1 2 0 0 0 0 4

M25 3 33 0 0 0 0 0 36

Riq 12 18 16 11 14 15 16

Abun. 291 443 495 134 347 423 417 2550

Tabela 4: Analise de deviance dos modelos mínimos adequados para avaliar os efeitos

dos diferentes ambinetess e os parâmetros vegetativos de Copaifera langsdorffii sobre a

riqueza e abundância de galhas.

Variáveis

resposta

Variáveis

explicativas

Deviance Residual

Deviance

DF F p

Riqueza Massa foliar 16.241 65.940 78 23.1 < 0.001

Abundância Local 27.297 93.162 78 < 0,001

Tabela 5: Análise de deviance dos modelos mínimos adequados para avaliar os efeitos dos

parâmetros vegetativos (Variáveis explicativas) sobre os índices de coocorrência de galhas

associadas a C. langsdorffii em sete ambientes diferentes.

Variáveis

resposta

Variáveis

explicativas

Deviance Residual

Deviance

DF F p

28

C-score Massa 1331 627.9 6 10.59 0.01

C-score Cresc. ramo 118.8 840.9 6 6.659 0.04

Tabela 6: Análise de similaridade (ANOSIM) comparando a composição das

morfoespécies de galhas nos ambientes de Canga, Campo Rupestre, Cerrado sentido

estrito, Mata Seca, Mata Atlântica e Mata ciliar. (Valor superior a 0.05 representa

composição semelhante)

Canga Campo

Rupestre

Cerrado Cerradão Mata

Seca

Mata

Atlântica

Mata

Ciliar

Canga 0.62 0.0001 0.0001 0.0001 0.0008 0.0001

Campo R 0.0001 0.0001 0.0001 0.0219 0.0001

Cerrado 0.0001 0.0005 0.0001 0.0001

Cerradão 0.0002 0.0037 0.0001

Mata Seca 0.001 0.0128

Mata A. 0.0002

Mata C.

29

Tabela 7: Índices de C-score da ocorrênica de galhas presente em Copaifera

langsdorffii nas diferentes populações analisadas. Os índices máximo e mínimo foram

calculados a partir de 5000 randomizações da matriz original. Os valores de P foram

obtidos pelo teste bi-caudal, representando a probabilidade do índice observado ser

maior, menor ou igual ao esperado pelas matrizes randomizadas. Observado (obs),

esperado (esp)

Local Índices da matriz randomizada Índice obs. Valores de P

Mínimo Máximo Obs.>=esp. Obs.=<esp.

Campo R. 120.30 123.84 123.25 0.001 0.98

Canga 74.83 76.85 76.81 0.0002 0.9998

Cerrado 114.82 121.92 121.66 0.003 0.9970

Cerradão 128.66 132.98 130.78 0.552 0.456

Mata S. 115.62 118.62 117.89 0.252 0.757

Mata C. 99.84 103.24 101.92 0.15 0.846

Mata A. 122.45 127.21 123.40 0.89 0.11

30

Figura 2: Variação dos parâmetros vegetativos das plantas Copaifera langsdorffii pelo

estresse ambiental dos diferentes ambientes. (A) Massa foliar específica, (B) área foliar,

(C) cresciemnto dos ramos. As letras iguais sobre as barras representam agrupamento

pela análise de contraste.

A

C

B

31

Figura 3: Relação entre a riqueza de galhas e a massa foliar específica das plantas de

C. langsdorffii em sete ambientes diferentes.

Figura 4: Relação entre a abundância média de galhas associada a C. langsdorffii em

sete ambientes. As letras sobre as barras representam a difrença dos grupos

32

Figura 5: Variação na composição da comunidade de insetos galhadores entre plantas

de Copaifera langsdorffii em sete ambientes analisados. Existe uma semelhança na

comunidade de galhas entre a área de Canga e o Campo Rupestre (p = 0.62), a

composição de galhas dos demais ambientes diferiu entre si.

33

Figura 6: Histograma das frequências de simulações dos C-scores simulados usando o

modelo fixo-fixo para morfotipos de galhas nos folíolos de Copaifera langsdorffii em

sete locais. As setas mostram os índices observados a partir de 5000 randomizações.

Veja a tabela 7 com os valores máximos e mínimos das simulações.

Mata ciliar Índice obs.

Cerrado

Índice obs.

Canga

índice obs.

Mata

Atlântica índice

obs.

Cerradão Índice obs.

.

Mata seca

Índice obs.

Campo R.

Índice obs.

34

Figura 7: Variação da coocorrência (C-score) das morfoespécies de galhas associadas a

Copaifera langsdorffii pelos parâmetros vegetativos (indicadores de estresse da planta).

(A) Massa foliar, (B) crescimento dos ramos. Valores baixos do índice de C-score

indicam baixa co-ocorrência de galhas (valores de significância dos índices descritos na

Tab. 7).

A

B

35

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