24
39 BOL. MUS. BIOL. MELLO LEITÃO (N. SÉR.) 34:39-62. ABRIL DE 2014 Estrutura e composição florística de um trecho de Mata Atlântica com Caesalpinia echinata Lam. (Pau Brasil) Valderes Bento Sarnaglia Junior 1,* , Liliane Baldan Zani 2 , José Manoel Lúcio Gomes 2 & Luciana Dias Thomaz 2 RESUMO: Este trabalho teve por objetivo analisar a estrutura da vegetação do componente arbóreo em um remanescente de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas com populações naturais de Caesalpinia echinata Lam. (pau- brasil) no município de Aracruz, Estado do Espírito Santo. Foram instaladas 10 parcelas de 10 x 50 m, de modo sistemático (0,5 ha) onde todos os indivíduos com DAP (Diâmetro à Altura do Peito) ≥10 cm foram amostrados. Registraram- se 259 indivíduos distribuídos em 119 espécies e 38 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Leguminosae (22), Sapotaceae (9) e Myrtaceae (9). As espécies com os mais altos valores de importância foram Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns, Caesalpinia echinata Lam. e Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret. O índice de Shannon (H’) foi de 4,51 e a equabilidade (J’) foi de 0,94. O fragmento apresenta sinais de perturbações antrópicas, porém os altos valores de diversidade e riqueza indicam que se faz necessário a implantação de medidas de conservação no local, principalmente por esse ser, até o momento, o único fragmento atualmente no Espírito Santo, com a ocorrência de C. echinata. Palavras-chave: Fitossociologia, Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, Espírito Santo, Conservação. ABSTRACT: Structure of a Tropical Rain Forest with Caesalpinia echinata Lam. (Pau brasil). This study aimed at analyzing the phytosociological structure of the tree component in a Tropical Rain Forest Lowland fragment with natural populations of Caesalpinia echinata Lam. in Aracruz Municipality, state of Espírito Santo. 10 plots of 10 x 50 m were systematically installed (0.5 ha) and all individuals with (diameter at breast height) DBH ≥ 10 cm 1 Escola Nacional de Botânica Tropical, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Botânica, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. R. Pacheco Leão 2040, Solar da Imperatriz, 22460-036, Horto, Rio de Janeiro, RJ 2 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Herbário VIES. Av. Fernando Ferrari 514, Goiabeiras, 29075-910, Vitória, ES, Brasil * E-mail para contato: [email protected] Recebido: 27 mar 2013 – Aceito: 18 nov 2013

Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

39Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34:39-62. ABril de 2014

Estrutura e composição florística de um trecho de Mata Atlântica com Caesalpinia echinata Lam. (Pau Brasil)

Valderes Bento Sarnaglia Junior1,*, Liliane Baldan Zani2, José Manoel Lúcio Gomes2 & Luciana Dias Thomaz2

RESUMO: Este trabalho teve por objetivo analisar a estrutura da vegetação do componente arbóreo em um remanescente de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas com populações naturais de Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil) no município de Aracruz, Estado do Espírito Santo. Foram instaladas 10 parcelas de 10 x 50 m, de modo sistemático (0,5 ha) onde todos os indivíduos com DAP (Diâmetro à Altura do Peito) ≥10 cm foram amostrados. Registraram-se 259 indivíduos distribuídos em 119 espécies e 38 famílias. As famílias com maior riqueza de espécies foram Leguminosae (22), Sapotaceae (9) e Myrtaceae (9). As espécies com os mais altos valores de importância foram Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns,CaesalpiniaechinataLam. e Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret. O índice de Shannon (H’) foi de 4,51 e a equabilidade (J’) foi de 0,94. O fragmento apresenta sinais de perturbações antrópicas, porém os altos valores de diversidade e riqueza indicam que se faz necessário a implantação de medidas de conservação no local, principalmente por esse ser, até o momento, o único fragmento atualmente no Espírito Santo, com a ocorrência de C.echinata.Palavras-chave: Fitossociologia, Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, Espírito Santo, Conservação.

ABSTRACT: Structure of a Tropical Rain Forest with Caesalpinia echinata Lam. (Pau brasil). This study aimed at analyzing the phytosociological structure of the tree component in a Tropical Rain Forest Lowland fragment with natural populations of Caesalpinia echinata Lam. in Aracruz Municipality, state of Espírito Santo. 10 plots of 10 x 50 m were systematically installed (0.5 ha) and all individuals with (diameter at breast height) DBH ≥ 10 cm

1 Escola Nacional de Botânica Tropical, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Botânica, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. R. Pacheco Leão 2040, Solar da Imperatriz, 22460-036, Horto, Rio de Janeiro, RJ

2 Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Biologia, Herbário VIES. Av. Fernando Ferrari 514, Goiabeiras, 29075-910, Vitória, ES, Brasil

*E-mail para contato: [email protected] Recebido: 27 mar 2013 – Aceito: 18 nov 2013

Page 2: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

40

were sampled. 259 individuals distributed in 119 species and 38 families were found. Families with the higher number of species were Leguminosae (22), Sapotaceae (9) and Myrtaceae (9). The most important species were Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns, Caesalpinia echinata Lam. and Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret. The Shannon index (H’) was 4.51 and the equability (J’) was 0.94. The fragment has evidences of human disturbance; but the high values of species diversity and richness indicate that is necessary to implement conservation measures on site, mainly because that is the only fragment in the state with occurrence of C.echinata.Key words: Tropical Rain Forest Lowland, Phytosociology, Pau brasil, Espírito Santo, Conservation.

Introdução

A Floresta Atlântica constitui a segunda maior área de floresta úmida da América do Sul, depois da Floresta Amazônica (Oliveira-Filho & Fontes 2000). Entretanto, a Floresta Atlântica está entre as mais ameaçadas do planeta, devido sua localização entre os grandes centros urbanos, o que as reduziu a aproximadamente 5% de sua área original. Um agravante ainda maior é que essa área ocorre em pequenos fragmentos perturbados ou em grandes áreas nas encostas montanhosas íngremes (Oliveira-Filho & Fontes, l.c.).

O Espírito Santo faz parte do Corredor Central da Mata Atlântica (Ayres etal., 2005), tornando-se um ponto estratégico para a conservação da mesma, sendo que dos remanescentes da vegetação original do bioma Mata Atlântica somam 11,07% (SOS Mata Atlântica & INPE, 2011), a maior parte sendo composta por formação Ombrófila Densa. Dos 4.559.700 hectares da área total do Estado, apenas 2,62% das terras estão declaradas como unidades de conservação, sendo que o maior percentual de remanescentes florestais encontra-se atualmente localizado em propriedades particulares (IPEMA, 2005).

A luta pela preservação de espécies ameaçadas de extinção representa uma valiosa estratégia para a conservação ambiental elegendo “espécies bandeira”, que são utilizadas em prol da proteção de importantes ambientes naturais (Lino & Bechara, 2002). Um exemplo de espécie com esse potencial é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam.,pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro (Carvalho, 1994). O pau-brasil encontra-se na lista de espécies ameaçadas do Brasil e do Espírito Santo com status de perigo de extinção, além de representar a planta símbolo do país e ter feito parte do primeiro ciclo econômico durante o período colonial (Bueno, 2002; Espírito Santo, 2005; Brasil, 2008), entretanto não está

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 3: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

41Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

representada em nenhuma Unidade de Conservação no estado do Espírito Santo.O presente estudo teve por objetivo estudar a estrutura fitossociológica

do estrato arbóreo em um fragmento florestal de Floresta Atlântica com ocorrência de Caesalpinia echinata e analisar a similaridade da flora desta área com outros estudos em Floresta Atlântica de fitofisionomias semelhantes.

Material e Métodos

Área de estudo. O fragmento florestal amostrado está situado no município de Aracruz, distrito de Barra do Riacho, entre as coordenadas 19º40’30”S e 40º09’10”W, sendo o local denominado AI do Limão (“Área de Identificação” conforme critério de classificação da empresa Fibria S.A., proprietária da área) (Figura 1).

Figura 1. Localização da área de estudo: Área do Limão, Aracruz/ES. Fonte: Geobases (2010).

Page 4: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

42

O fragmento analisado possui cerca de 30 ha e situa-se próximo à rodovia ES-445. O relevo no local varia de plano a levemente ondulado. A amplitude altitudinal é de 30 m na porção sul onde se encerra num brejo, até 40 m de altitude no limite norte, frente à rodovia, onde se limita com um pasto para pecuária bovina extensiva, espaço que há dez anos era um cultivo de Citrus sp. (limão) o qual deu origem ao nome deste local (Figura 2).

O clima da região é tropical úmido com estação chuvosa no verão e seca no inverno e a temperatura média anual é de 23°C (Aw de acordo com a classificação de Köppen) (EMBRAPA, 2000). O registro para os últimos 25 anos teve uma média pluviométrica anual de 1170 mm/cm³, com 65% do total de chuvas ocorrendo entre os meses de novembro a março, enquanto os meses com menores taxas de precipitação foram junho e julho, com valores menores que 40 mm/cm³ (ANA, 2010).

Segundo Brasil (1987) a região encontra-se nos tabuleiros costeiros que se originaram no terciário e que são denominados Grupos Barreiras. Os tabuleiros costeiros caracterizam-se, em geral, pela predominância de feições aplanadas, cujas altitudes máximas não ultrapassam os 200 m, sendo a média de 60 a 70 m (Garay & Rizzini, 2003). O solo da região de estudo é caracterizado como argissolo álico distrófico, moderadamente arenoso a médio argiloso (Brasil, 1987; EMBRAPA, 2006).

A vegetação dessa região é classificada como Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas (IBGE 1992), sendo também conhecida como Floresta de Tabuleiros (Rizzini, 1997; Ruschi, 1950), pelo fato de se

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Figura 2. Área do Limão e os diferentes usos do solo em seu entorno, Aracruz/ES. Sistema de projeção: UTM, sistema de referência: Datum 1984-24S. Fonte: IEMA (2009).

Page 5: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

43Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

localizar na região dos Tabuleiros Costeiros de formação datada do terciário (Amador, 1982).

Florística. O material fértil foi coletado e herborizado (Fidalgo & Bononi, 1989), e posteriormente depositado no Herbário VIES. A identificação das espécies foram baseadas em comparação de material de herbário, consultas a especialistas e a parabotânicos experientes. A classificação das famílias foi feita a partir do APG III (2009), exceto para a família Leguminosae, que seguiu a classificação de Polhill e Raven (1981). As sinonímias foram corrigidas no International Plant Names Index (http://www.ipni.org/ipni/plantnamesearchpage.do) e no Missouri Botanical Garden (http://tropicos.org/Home.aspx). A determinação de espécies endêmicas do Brasil, da Mata Atlântica e do Espírito Santo foi baseada na Flora do Brasil (Forzza etal., 2011) e a relação das ameaçadas de extinção foi elaborada a partir de um conjunto de listas (Espírito Santo, 2005; Brasil, 2008; IUCN, 2011). O critério de classificação para raridade foi a lista de espécies raras do Brasil (Giuliette etal., 2009).

Estrutura da vegetação. Foram alocadas dez parcelas de 10x50 m dispostas sistematicamente de modo equidistantes (100 m ao longo da trilha principal), totalizando uma área amostral de 0,5 ha. As parcelas foram montadas afastadas pelo menos 50 m da borda da mata no sentido de atenuar o efeito de borda. Todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 10 cm tiveram medidas de DAP e alturas registradas e foram marcados com plaquetas de alumínio numeradas. A análise dos dados fitossociológicos, baseada em Mueller-Dombois e Ellenberg (1974), foi realizada no programa MataNativa (CIENTEC, 2007) para estimativa dos parâmetros: número de indivíduos, área basal, densidade relativa, frequência relativa, Dominância relativa, Valor de Cobertura (VC) e Valor de Importância (VI).

Analise de diversidade e similaridade. Para o cálculo da diversidade foi utilizado o índice de Shannon (H’), sendo calculada também a equabilidade (ou uniformidade) de Pielou (J’), segundo Brower e Zar (1977). Para avaliar a similaridade florística desta com outras cinco áreas de Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo e Rio de Janeiro (ambas Florestas de tabuleiros) foi realizada uma análise de agrupamento através do algoritmo UPGMA, utilizando o índice de Jaccard (Brower & Zar, 1977), como medida de distância entre as áreas. Para esta análise utilizou-se uma matriz de presença e ausência de espécies por área no software PAST (Hammer etal., 2001). As morfoespécies não determinadas em nível de espécie foram excluídas da análise.

Page 6: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

44

Resultados

Florística. Os 259 indivíduos amostrados foram distribuídos em 119 táxons e 38 famílias. Leguminosae (22), Myrtaceae (9) e Sapotaceae (9) foram as famílias mais ricas e somaram um terço do total de espécies encontradas (Tabela 1). Dentre os 119 táxons, 104 foram identificados em nível de espécie, 10 em gênero, 03 em família e 02 permaneceram indeterminados (Anexo 1).

Dos 104 táxons identificados em nível específico, 62 são endêmicos do Brasil, 37 endêmicos da Mata Atlântica e 06 são exclusivos do Espírito Santo. Dos táxons amostrados no trabalho, 05 são considerados raros de acordo com Giuliette etal. (2009). Foram amostradas 13 espécies ameaçadas de extinção na lista vermelha da IUCN, sete espécies na lista brasileira e 15 espécies na lista Oficial do Espírito Santo (Espírito Santo, 2005; Brasil, 2008; IUCN, 2011).

Estrutura da vegetação. A área basal média foi de 13,7 m². ha-1. Em relação às classes diamétricas, 54% dos indivíduos encontravam-se na classe de DAP de 10 a 15 cm, ao passo que apenas 3% possuíam DAP superior a 35 cm (Figura 3).

Nenhuma espécie ocorreu em todas as parcelas. As espécies com maior frequência foram: Astrocaryum aculeatissimum que apareceu em sete parcelas, enquanto: Jacaratiaheptaphylla,Caesalpiniaechinata,Eriothecamacrophylla,Rinoreabahiensis,Soroceaguilleminianae Pterocarpus rohrii apareceram em cinco parcelas.

Do total de espécies, 60 foram representadas por apenas um indivíduo, totalizando 24% do VI total da comunidade estudada (Anexo 2). Poucas espécies destacaram-se em relação ao VI e VC, como foi o caso das espécies Eriotheca macrophylla,CaesalpiniaechinataeAstrocaryumaculeatissimum,Rinoreabahiensis e Jacaratia heptaphylla.

Família N° de espécies Família N° de espécies

Leguminosae 22 Malvaceae 5

Papilionoideae 11 Lecythidaceae 5

Caesalpinioideae 7 Annonaceae 4

Mimosoideae 4 Lauraceae 4

Myrtaceae 9 Moraceae 4

Sapotaceae 9 Outras (30 famílias + Indeterminadas) 52

Euphorbiaceae 5

Tabela 1. Famílias com maior riqueza de espécies na Área do Limão, Aracruz/ES.

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 7: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

45Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Diversidade, Riqueza e Similaridade florística. O valor do índice de diversidade de Shannon (H’) para a área foi de 4,51, enquanto o índice de equabilidade de Pielou (J) foi de 0,94. Na análise de similaridade, o coeficiente de correlação cofenético do dendrograma gerado foi 0,99, indicando que este possui pouca distorção em relação a matriz de dados.

Apenas três espécies foram comuns a todas as áreas analisadas: Guapira opposita,JoannesiaprincepseSenefelderaverticilata. Observou-se a formação de dois grupos principais (Figura 4), o grupo A (24,5%), formado por estudos nos municípios de Linhares e Sooretama (Jesus & Rolim, 2005; Gomes, 2006; Rolim etal., 2006; Paula & Soares, 2011), que apresentaram 19 espécies exclusivas, entre elas: Campomanesia espiritosantensis, Eugeniabrasiliensis,Eugeniaubensis, Licaniasalzmannii,Marliereagrandifolia, Ocotea cernua e Sterculia elata. E o grupo B (36%), composto por estudos na Área do Limão, município de Aracruz (presente estudo; Zani etal., 2012) que utilizaram diferentes classes de inclusão de indivíduos, mas que compartilharam um grande número de espécies entre si na análise, com destaque para Caesalpinia echinata, que ocorreu apenas nesses dois trabalhos. Outras espécies exclusivas para o grupo foram Actinostemon concolor, Cedrelafissilis, Chrysophyllum gonocarpum, Eugenia platyphylla, Macrothumia kuhlmannii, Neoraputiamagnifica e

Figura 3. Distribuição diamétrica dos indivíduos amostrados (n=259) na Área do Limão, Aracruz, ES.

Page 8: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

46

Swartziaoblata; de modo que apenas quatro espécies foram exclusivas para o presente estudo: Carinianaparvifolia,Centrolobiumtomentosum,Guatteriacampestris e Ocotea pluridomatiata. A Mata do Carvão (Silva & Nascimento, 2001), a única área analisada fora do estado do Espírito Santo, teve 22 espécies exclusivas, entre elas Caesalpineaferrea,Coccolobaalnifolia,Metternichiaprinceps e Paratecoma peroba e não se enquadrou em nenhum grupo, com apenas 7,3% de similaridade em relação a todas as outras áreas.

Discussão

Florística. As famílias Leguminosae, Myrtaceae e Sapotaceae também ocorrem com elevados valores de riqueza em áreas de Mata Atlântica na Bahia e Espírito Santo (Mori etal., 1983; Peixoto & Gentry, 1990; Silva & Nascimento, 2001; Jesus & Rolim, 2005; Gomes, 2006; Rolim etal., 2006; Paula & Soares, 2011; Zani etal., 2012). Segundo Gentry (1988), Sapotaceae é uma das famílias com maior riqueza de espécies nas florestas neotropicais e Pennington (1990) indica a costa brasileira como uma das áreas com maior riqueza de espécies desta família no mundo. Recentemente foi descrita, para essa família, nova espécie de Pradosia, ocorrente no bioma Mata Atlântica (Terra-Araujo et al., 2013).

Figura 4. Dendrograma de similaridade de Jaccard comparando diversos trabalhos. SIL (Silva & Nascimento, 2001), JES-C, JES-M, JES-O, Caingá, Macanaíba e Oitica (Jesus & Rolim, 2005), ROL (Rolim etal., 2006), GOM (Gomes, 2006), PAU (Paula & Soares, 2011), ZAN (Zani etal., 2012), SAR (Presente estudo).

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 9: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

47Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Na Área do Limão, 31% das espécies amostradas são endêmicas da Mata Atlântica brasileira, o que demonstra a grande contribuição dessas no conjunto da flora desse bioma, conforme apontam Stehmann e colaboradores (2009) ao mostrar que cerca de 50% dos táxons de angiospermas que ocorrem nesse bioma são endêmicos, ao passo que a região está entre as com maior número de espécies de angiospermas endêmicas para a Mata Atlântica brasileira (Werneck et al., 2011). Entre essas, seis são exclusivas do Espírito Santo: Couratari asterotricha, Eugeniapisiformis, Moldenhawerapapillanthera, Myrciafollii, Ocotea pluridomatiata e Pouteria pachycalyx.

Apesar de baixo, o número de espécies raras amostradas na Área do Limão é importante em termos de conservação, visto que, especialmente aquelas espécies com distribuição restrita, são as mais suscetíveis a distúrbios antrópicos ou eventos estocásticos naturais, devendo por isso, ser tratadas como vulneráveis (Giulietti etal., 2009), uma vez que pelo número reduzido de indivíduos estas espécies são possíveis candidatas à extinção (Primack & Rodrigues, 2001). Entre as espécies raras registradas, Couratari asterotricha encontra-se em três listas de espécies ameaçadas (Espírito Santo, 2005; Brasil, 2008, IUCN, 2011), enquanto MoldenhawerapapillantheraeCarinianaparvifolia são citadas na lista do Estado do Espírito Santo (Espírito Santo, 2005). Pouteria pachycalyx é considerada ameaçada apenas na lista da IUCN (2011) e Neoraputiamagnifica não está presente como ameaçada em nenhuma dessas listas, apesar de ser uma espécie considerada rara (Giulietti etal., 2009).

Estrutura da vegetação. O valor de 13,7 m2ha-1 de área basal na Área do Limão deve ser considerado baixo em relação às áreas aqui comparadas. Jesus e Rolim (2005), Gomes (2006) e Paula e Soares (2011) encontraram valores entre 30 e 47,1 m2ha-1 em fragmentos localizados em municípios próximos. Silva e Nascimento (2001) encontram 15 m2ha-1 de área basal para um fragmento que possuía um histórico de perturbação antrópica. Este valor de área basal foi próximo do encontrado na Área do Limão, que também possui um histórico de corte seletivo e de fragmentação florestal. Esta última condição pode ser evidenciada na figura 2, onde são visíveis os diferentes usos do solo no entorno do local. No Espírito Santo, os locais com relevo plano ou mais suave deram lugar a pastagens, cultivos agrícolas e florestas de eucalipto, que substituíram a maior parte das áreas florestadas do estado (IBGE, 1998; Assis, 2007).

A distribuição diamétrica dos indivíduos com padrão de J invertido indica um sub-bosque abundante e um padrão típico em florestas inequiâneas. Entretanto, este padrão de J-invertido tem que ser visto com cautela, pois ele não indica necessariamente a ausência de problemas de regeneração (Silva & Nascimento, 2001; Peixoto etal., 2005). Nesse caso, as altas densidades nas

Page 10: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

48

classes inferiores podem indicar que estas estão se regenerando e as baixas densidades de plantas nas classes superiores pode ser resultado de corte seletivo de madeira que ocorreu no passado.

As quinze espécies com maior Valor de Importância (VI) somam 29,3% do VI total para a área, e quando comparado com os trabalhos de Linhares e Sooretama (Jesus & Rolim, 2005; Gomes, 2006; Rolim etal., 2006; Paula & Soares, 2011), percebe-se que há uma diferença entre as espécies dominantes em relação ao VI: Rinoreabahiensis,que ficou em primeiro lugar de VI na Reserva Natural da Vale do Rio Doce - RNVRD - (Jesus & Rolim, 2005) e na Reserva Biológica de Sooretama – REBIO Sooretama- (Paula e Soares, 2011), na presente área figura em quarto lugar; Polyandrococos caudescens,. que predominou na Floresta Nacional de Goytacazes –FLONA de Goytacazes- (Gomes, 2006), na Área do Limão encontra-se em 14º e Hydrogaster trinervis, obteve o segundo lugar de VI na RNVRD e terceiro na FLONA de Goytacazes, neste presente estudo foi representado por apenas um indivíduo.

Do conjunto de espécies amostradas com apenas um individuo, 60 representaram juntas em VI, 24,6% do valor total deste para a área, mostrando que os conjuntos das espécies com baixa densidade possuem um papel relevante na estrutura da comunidade.

Caesalpinia echinata teve o segundo maior VI mostrando que a espécie é importante na estrutura horizontal da área de estudo. Contrastando com as análises fitossociológicas em outros locais com sua ocorrência, como a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Capoeira Grande, Rio de Janeiro/RJ (Peixoto etal., 2005) na qual essa espécie alcançou um VI relativamente elevado, porém sem apresentar a dominância relativa apontada no presente estudo. Turner e Corletti (1996) ressaltam a importância de pequenos fragmentos florestais para manutenção da diversidade e possibilidade de sobrevivência para espécies nativas. Do mesmo modo, Rodrigues etal.(2009) ressaltaram a relevância dos pequenos fragmentos para a preservação de C.echinata, o que reforça a importância da conservação da área de estudo, considerando que esta espécie está criticamente em perigo de extinção (Espírito Santo, 2005; Brasil, 2008; IUCN, 2011). Esta espécie passou a ser extraída a partir do inicio da colonização portuguesa, no chamado ciclo do pau-brasil, que marcou o começo da devastação tanto da espécie quanto do bioma Mata Atlântica no país (Dean, 1996; Bueno, 2002).

Diversidade, Riqueza e Similaridade florística. O índice de diversidade de Shannon para a Área do Limão (H’= 4,51) pode ser considerado um valor alto e foi próximo ao encontrado em outros trabalhos na Mata Atlântica (Tabela 2). Sendo maior que o encontrado na FLONA de Goytacazes (Gomes, 2006) e

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 11: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

49Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

na Mata do Carvão (Silva & Nascimento, 2001) e menor do que encontrado na REBIO Sooretama (Paula & Soares, 2011), Área do Limão (Zani etal., 2012) e RNVRD (Jesus & Rolim, 2005). No presente estudo a riqueza de espécies (119) e a equabilidade (J=0,94) contribuíram para o alto índice de diversidade.

O número de espécies levantadas foi maior do que o encontrado por Gomes (2006) onde foram amostrados dois sítios de 0,5 ha e registradas 109 espécies em cada um deles, mas menor do que em Zani etal.(2012), onde foram registradas 184 espécies no sub-bosque desse mesmo fragmento estudado e com a mesma área amostral.

Entre os dois grupos principais a similaridade foi 22%, indicando uma proximidade florística entre eles devido ao compartilhamento de espécies e que talvez se dê pelas semelhanças climáticas dos ambientes (Nettesheim et al., 2010). A Mata do Carvão (Silva & Nascimento, 2001) apresentou baixa similaridade em relação às demais devido ao baixo número de espécies compartilhadas com as outras áreas. Oliveira-Filho e colaboradores (2005) indicam temperatura média anual e distribuição da precipitação, ambos crescentes na direção sul-norte como fatores ambientais articulados que contribuem para essa diferença nessa região.

A Área do Limão possui alta importância para a conservação das Florestas de Terras Baixas devido a sua elevada diversidade, presença de espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção. A preservação de Caesalpinia echinata também pode ser favorecida através da conservação desse fragmento, devido a grande quantidade de indivíduos amostrados na área. Rodrigues etal. (2009) mostraram a importância de pequenos fragmentos

Localidade Fonte H´ Nº Spp. AB DAP (cm)

Área amostral

Aracruz\ES Presente estudo 4,51 119 13,7 ≥ 10 0,5 ha

Aracruz\ES Zani (2012) 4,89 184 4 >5 e <10 0,5 ha

São Franscisco do Itabapoana\RJ

Silva e Nascimento (2001)

3,21 83 15 ≥ 10 1 ha

Linhares\ES Gomes (2006) 4,38 157 30 ≥ 10 1 ha

Linhares\ES Jesus e Rollin (2005) 5,04 406 31,8 ≥ 10 40 ha

Sooretama\ES Paula e Soares (2011) 4,87 265 47,1 >5 1 ha

Tabela 2. Dados estruturais de trabalhos realizados em Mata Atlântica. H’ – índice de diversidade de Shannon, Nº spp. – número de espécies, AB – área basal em m²/ha, DAP – Diâmetro a Altura do Peito, Área amostral – Tamanho da área amostral. Área do Limão, Aracruz, ES.

Page 12: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

50

para a continuidade dessa espécie símbolo no Brasil. Sugere-se que a área seja transformada em Unidade de Conservação para conservação destas populações de Pau Brasil no Estado, que ainda não possui nenhuma Unidade de Conservação com registro de sua ocorrência.

Agradecimentos

Este artigo foi parte do projeto de Iniciação cientifica do primeiro e segundo autor, os quais agradecem à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG-UFES) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (FAPES) pelas bolsas concedidas durante a vigência do projeto; à empresa FIBRIA S.A. pelo apoio logístico; aos estagiários do Herbário VIES, pela ajuda nos trabalhos de campo e ao Laboratório de Cartografia Geográfica e Geotecnologias (UFES) pelo apoio na confecção dos mapas;

Literatura Citada

Amador, E. S. O. 1982. Barreiras do pleistoceno no estado do Espírito Santo e seu relacionamento com depósitos de minerais pesados. In: Anais do XXXII Congresso Brasileiro de Geologia 4: 1462-1472.

ANA (Agência Nacional Das Águas). 2010. Estação Jacupemba. Disponível em http://200.140.135.132/PortalSuporte/frmDadosEstacao.aspx?estacao=1940022&Ano=2010&tipo=Chuvas (14/04/2011).

APG III (The Angiosperm Phylogeny Group). 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanic Journal of the Linnean Society, 161:105-121.

Assis, A. M. 2007. Diversidade e Conservação das Florestas de Encosta no Espírito Santo. p 45-60. In: Menezes, L. F. T.; Pires, F. B.; Pereira, O. J. (Orgs.). Ecossistemas costeiros do Espírito Santo: conservação e preservação. Vitória: EDUFES. 298p.

Ayres, J. M.; Fonseca, G. A. B.; Rylands, A.B.; Queiroz, H.L.; Pinto, L. P.; Masterson, D. & Cavalcanti, R. B. 2005. Os corredores ecológicos das florestas tropicais do Brasil. Sociedade Civil Mamirauá, Belém. 256p.

Backes, P.& Irgang, B. 2004. Mata Atlântica: As Arvores e a Paisagem. Ed. Paisagem do Sul, Porto Alegre. 396p.

Brasil. 1987. Ministério de Minas e Energia. Secretaria Geral. Projeto RADAMBRASIL. Folha SE. 24 Rio Doce; geologia, geomorfologia,

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 13: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

51Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

pedologia, vegetação e uso potencial da terra. Rio de Janeiro, 544p.Brasil. 2008. MMA (Ministério do Meio Ambiente). Instrução normativa n°

06, 23 de setembro de 2008.Brower, J. E. & Zar, J.H. 1977. Field and laboratory methods for general ecology.

W. C. Brown Company Publishers, Iowa. 226p.Bueno, E. 2002. Nova viagem à Terra do Brasil, p.19-38. In: Pau Brasil. Bueno,

E.; Fernandes, F. L.; Lewis, G. P.; Lima, H. C.; Montaigne, J.; Guedes, M. J. & Manzano, N. São Paulo: Editora Axis Mundi. 280p.

Carvalho, P. E. R. 1994. Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencialidades e uso de madeira. EMBRAPA-CNPF, Colombo; EMBRAPA-SPI, Brasília. 640 p.

CIENTEC. 2006. Software MATANATIVA. Sistema para análise fitossociológica e elaboração de planos de manejo de florestas nativas, CD-ROM, Viçosa.

Dean, W. 1996. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. Companhia das Letras, São Paulo, 484 p.

EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional e Pesquisas de Solo). 2000. Levantamento generalizado e semidetalhado de solos da Aracruz Celulose S.A. no Espírito Santo e no extremo sul do estado da Bahia e sua aplicação aos plantios de eucaliptos. EMBRAPA, Rio de Janeiro, 93p.

EMBRAPA (Empresa Brasileira De Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisas De Solo). 2006. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2ª Ed. EMBRAPA, Rio de Janeiro. 367 p.

Espírito Santo. 2005. Decreto Estadual Nº 1499-R, de 14 de junho de 2005.Fidalgo, O. & Bononi, V. L. 1989. Técnicas de coleta, preservação e herborização

de material botânico. Instituto de Botânica, São Paulo. 62 p.Forzza, R. C. (coord. geral). 2011. Lista de Espécies da Flora do Brasil 2011.

Disponível em:< http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011>, acessado em 10 de novembro 2011.

Garay, I. & Rizzini, C. M. (org.). 2003. A floresta Atlântica de Tabuleiros: diversidade funcional da cobertura arbórea. Vozes, Petrópolis. 256 p.

Geobases. 2010. Sistema Integrado de Bases Geoespaciais do Estado do Espírito Santo. Disponível em: http://www.geobases.es.gov.br (15/5/2011).

Gentry, A. H. 1988. Changes in plant community diversity and floristic composition on environmental and geographical gradients. Annals of the Missouri Botanical Garden, 75:1-34.

Gomes, J. M. L. 2006. Regeneração Natural em uma Floresta Ombrófila Densa Aluvial sob diferentes usos do solo no delta do Rio Doce. Tese de Doutorado. UENF, Campos. 110p.

Giulietti, A. M.; Rapini, A.; Andrade, M. J. G.; Queiroz, L. P. & Silva, J.

Page 14: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

52

M. C. 2009. Plantas raras do Brasil. Conservação Internacional, Belo Horizonte. 492 p.

Hammer, Ø., Harper D. A. T. & Ryan, P. D. 2001. Past: paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontology Electrony, 4:1–9.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 1992. Manual Técnico Da Vegetação Brasileira. Série Manuais Técnicos em Geociências, n. 1. 91p.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 1998. Censo Agropecuário 1995-1996. IBGE, São Paulo.

IEMA (Instituto Estadual De Meio Ambiente). 2009. Ortofotomosaico 2007/2008. Convênio “Vale De Qualidade Ambiental”. Companhia VALE e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Cariacica: Instituto Estadual de Meio Ambiente.

IPEMA (Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica). 2005. Conservação da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo: cobertura florestal e unidades de conservação. Vitória: Conservação Internacional do Brasil & IPEMA, 112 p.

IUCN (International Union for Conservation of Nature).The IUCN Red List. Disponível em: http://www.iucnredlist.org (13/10/2011).

Jesus, R. M. & S. G. Rolim. 2005. Fitossociologia da Mata Atlântica de Tabuleiro. Boletim Técnico da Sociedade de Investigações Florestais, 19:1-149.

Lino, C. F. & Bechara, E. 2002. Estratégias e instrumentos para conservação, recuperação e desenvolvimento sustentável na Mata Atlântica. Caderno da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, série políticas Públicas, Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica; Fundação SOS Mata Atlântica. n. 21, 83p.

Mori, S.A.; Boom, B.M.; Carvalho, A.M. & Talmón, S. S. 1983. Southern Bahian Moist Forest. The New York Botanical Garden, 49 (2):150-204.

Mueller-Dombois, D. & Ellenberg, H. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. John Willey & Sons. New York. 547p.

Nettesheim, F. C.; Menezes, L. F. T.; Carvalho, D. C.; Conde, M. M. S. & Araujo, D. S. D. de. 2010. Influence of environmental variation on Atlantic Forest tree-shrub-layer phytogeography in southeast Brazil. Acta Botanica Brasilica 24(2): 369-377.

Oliveira-Filho, A. & Fontes, M.A.L. 2000. Patterns of Floristic Differentiation among Atlantic Forests in Southeastern Brazil and the Influence of Climate. Biotropica, 32 (4b): 793-810.

Oliveira-Filho, A. T.; Tameirão-Neto, E.; Carvalho, W. A. C.; Brina, A. E.; Werneck, M.; Vidal, C. V.; Rezende, S. C. & Pereira, J. A. A. 2005.

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 15: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

53Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Análise florística do compartimento arbóreo de áreas de Floresta Atlântica sensu lato na região das Bacias do Leste (Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro). Rodriguésia, 56 (87): 185-235.

Paula, A. & Soares, J. J. 2011. Estrutura Horizontal de um Trecho de Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas na Reserva Biológica de Sooretama, Linhares, ES. Floresta, 41(2): 321-334.

Peixoto, A.L. & Gentry, A.H. 1990. Diversidade e composição florística da Floresta dos Tabuleiros na Reserva Natural da Vale do Rio Doce (Espírito Santo, Brasil). Revista Brasileira Botânica, 13: 19-25.

Peixoto, G. L.; Martins, S.V.; Silva, A. F. & Silva, E. 2005. Estrutura do componente arbóreo de um trecho de Floresta Atlântica na Área de Proteção Ambiental da Serra da Capoeira Grande, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 19(3): 539-547.

Pennington, T. D. 1990. Sapotaceae. Flora Neotropica, 52: 1-770.Polhill, R. M. & Raven, P. H. (eds.). 1981. Advances in Legume Systematics.

Part 1. Royal Botanical Gardens, Kew.Primack, R. B. & Rodrigues, E. 2001. Biologia da Conservação. E. Rodrigues,

Londrina. 328p.Rizzini, C. T. 1997. Tratado de fitogeografia do Brasil – aspectos ecológicos,

sociológicos e florísticos. Âmbito Cultural Edições Ltda., Rio de Janeiro 2ª ed., 747p.

Rocha, Y. T. & Simabukuro, E. A. 2008. Estratégias de conservação in situ e ex situ do pau-brasil. p. 101-114. In: Pau-brasil: da semente à madeira, Figueiredo-Ribeiro, R.C.L., Barbedo, C. J., Alves, E. S., Domingos, M., Braga, M. R. (eds). São Paulo: Instituto de Botânica/SMA.

Rodrigues, P. J. F. P.; Abreu, R. C. R.; Barcellos, E. M. B.; Lima, H. C. & Scarano, F. R. 2009. Population structure and one-year dynamics of the endangered tropical tree species Caesalpinia echinata Lam. (Brazilian red-wood): the potential importance of small fragments for conservation. Rodriguésia, 60(1): 211-220.

Rolim, S. G.; Ivanauskas, N. M.; Rodrigues, R. R.; Nascimento, M. T.; Gomes, J. M. L., Folli, D. A. & Couto, H. T. Z. 2006. Composição Florística do estrato arbóreo da Floresta Estacional Semidecidual na Planície Aluvial do rio Doce, Linhares, ES, Brasil. Acta Botanica Brasilica, 20(3): 549-561.

Ruschi, A. 1950. Fitogeografia do Estado do Espírito Santo. Considerações gerais sobre a distribuição da flora do Estado do Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, Série Botânica, 1:1 - 353.

Silva, G. C. & Nascimento, M. T. 2001. Fitossociologia de um remanescente de mata sobre tabuleiros no norte do estado do Rio de Janeiro (Mata do

Page 16: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

54

Carvão). Revista Brasileira de Botânica, 24(1): 51-62.SOS Mata Atlântica & INPE (Instituto Nacional De Pesquisas Espaciais). 2011.

Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica período 2008-2010. Fundação SOS Mata atlântica/ INPE, São Paulo. 122p.

Stehmann, J. R.; Forzza, R.; Salino, A.; Sobral, M.; Costa, D. P. & Kamino, L. H. Y. (Eds.). 2009. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, v. 1. 505p.

Terra-Araujo, M. H.; Faria, A. D.; Alves-Araujo, A. & Alves, M. (2013). Pradosia restingae sp. nov. from the Atlantic forest, Brazil. Nordic Journal of Botany, 31(4): 437-441

Turner, I. M. & Corlett, R. T. 1996. The conservation value of small, isolated fragments of lowland tropical rain forest. Trends in Ecology and Evolution, 11(8): 330-333.

Werneck, M. S.; Sobral, M. E. G.; Rocha, C. T. V.; Landau, E. C. & Stehmann, J. R. 2011. Distribution and Endemism of Angiosperms in the Atlantic Forest. Natureza & Conservação, 9: 188-193.

Zani, L. B.; Sarnaglia Junior, V. B.; Gomes, J. M. L. & Thomaz, L. D. 2012. Estrutura de um fragmento de Floresta Atlântica em regeneração com ocorrência de Caesalpinia echinata Lam. (pau-brasil). Biotemas, 25(4): 75-89.

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 17: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

55Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Família Nome Científico Endêmicas AmeaçadasRaras

BR MA ES IUCN Br Es

ACHARIACEAE Carpotroche brasiliensis (Raddi) Endl.

ANACARDIACEAE Astronium concinnum Schott ex Spreng.

ANACARDIACEAE Astronium graveolens Jacq.

ANACARDIACEAE Tapiriraguianensis Aubl.

ANNONACEAE Annona cacans Warm.

ANNONACEAE Guatteria campestris R.E. Fr.

ANNONACEAE Xylopia laevigata (Mart.) R.E. Fr.

ANNONACEAE Xylopia ochrantha Mart.

APOCYNACEAE Aspidospermaparvifolium A. DC.

APOCYNACEAE Geissospermum laeve (Vell.) Miers

ARECACEAE Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret

ARECACEAE Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb. Rodr.

BIGNONIACEAE Tabebuiaobtusifolia (Cham.) Bureau

BIGNONIACEAE Handroanthus riodocensis (A.H. Gentry) S. O. Grose EP

BIGNONIACEAE Tabebuiaroseoalba (Ridl.) Sandwith

BORAGINACEAE Cordia sp. 1

CARICACEAE Jacaratia heptaphylla (Vell.) A. DC.

CELASTRACEAE Maytenus sp. 1

CELASTRACEAE Maytenuscestrifolia Reissek

CHRYSOBALANACEAE Chrysobalanaceae sp1

CHRYSOBALANACEAE Couepia schottii Fritsch VU

CHRYSOBALANACEAE Licania cf. belemii Prance EP

CLUSIACEAE Tovomitabrevistaminea Engl.

ELAEOCARPACEAE Sloanea eichleri K. Schum.

ELAEOCARPACEAE Sloanea garckeana K. Schum. VU VU

ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil.

EUPHORBIACEAE Actinostemoncf.concolor (Spreng.) Müll. Arg.

Anexo 1. Espécies e famílias que foram amostradas na Área do Limão, Aracruz/ ES. E dados sobre endemismo (Forzza et al. 2011); onde BR = Brasil, MA = Mata Atlântica e ES = Espírito Santo. E espécies ameaçadas de extinção e espécies raras (Giulietti et al. 2009), onde Br = Lista de espécies ameaçadas do Brasil (Brasil 2008), IUCN = lista IUCN (2009) e Es = lista do Estado do Espírito Santo (2005), R = Espécies Raras, AE = Ameaçadas de extinção, VU = Vulnerável, EP = Em perigo e, CP = Criticamente em perigo.

Page 18: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

56

Família Nome Científico Endêmicas AmeaçadasRaras

BR MA ES IUCN Br Es

EUPHORBIACEAE Aparisthmium cordatum (A. Juss.) Baill.

EUPHORBIACEAE Cunuria sp.

EUPHORBIACEAE Joannesia princeps Vell. VU

EUPHORBIACEAE Senefelderaverticillata (Vell.) Croizat

INDETERMINADA Indet. sp. 1

INDETERMINADA Indet. sp. 2

LAMIACEAE Aegiphila verticillata Vell.

LAMIACEAE Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke

LAURACEAE Lauraceae sp. 1

LAURACEAE Ocotea pluridomatiata A. Quinet

LAURACEAE Ocotea sp. 1

LAURACEAE Ocoteaconfertiflora (Meisn.) Mez VU

LECYTHIDACEAE Carinianaparvifolia S.A. Mori, Prance & Menandro EP R

LECYTHIDACEAE Couratari asterotricha Prance CP AE EP R

LECYTHIDACEAE Eschweileraovata (Cambess.) Miers

LECYTHIDACEAE Lecythislurida (Miers) S.A. Mori

LECYTHIDACEAE Lecythispisonis Cambess.

LEGUMINOSAE/Caes Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr.

LEGUMINOSAE/Caes Bauhiniaforficata Link

LEGUMINOSAE/Caes Caesalpinia echinata Lam. EP AE CP

LEGUMINOSAE/Caes Dialium guianense (Aubl.) Sandwith

LEGUMINOSAE/Caes Melanoxylonbrauna Schott AE CP

LEGUMINOSAE/Caes Moldenhawerapapillanthera L.P. Queiroz, G.P. Lewis & Allkin EP R

LEGUMINOSAE/Caes Sclerolobium striatum Dwyer VU

LEGUMINOSAE/Mim Albizia polycephala (Benth.) Killip

LEGUMINOSAE/Mim Inga aff. cylindrica (Vell.) Mart.

LEGUMINOSAE/Mim Ingaflagelliformis (Vell.) Mart.

LEGUMINOSAE/Mim Mollinediamarquetiana Peixoto VU VU

LEGUMINOSAE/Mim Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima

LEGUMINOSAE/Pap Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth.

LEGUMINOSAE/Pap Dalbergia elegans A.M.Carvalho AE EP

Anexo 1 (cont.)

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 19: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

57Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Família Nome Científico Endêmicas AmeaçadasRaras

BR MA ES IUCN Br Es

LEGUMINOSAE/Pap Lonchocarpuscultratus (Vell.) A.M.G. Azevedo & H.C. Lima

LEGUMINOSAE/Pap Machaeriumfulvovenosum Lima EP

LEGUMINOSAE/Pap Machaeriumovalifolium Glaz. ex Rudd

LEGUMINOSAE/Pap Ormosia arborea (Vell.) Harms

LEGUMINOSAE/Pap Pterocarpus rohrii Vahl

LEGUMINOSAE/Pap Swartziaoblata R.S. Cowan

LEGUMINOSAE/Pap Swartzia simplex var. continentalis Urb.

LEGUMINOSAE/Pap Vatairea heteroptera (Allemão) Ducke ex de Assis Iglesias

LEGUMINOSAE/Pap Zollerniailicifolia (Brongn.) Vogel

MALVACEAE Eriotheca macrophylla (K. Schum.) A. Robyns

MALVACEAE Guazuma crinita Mart.

MALVACEAE Hydrogaster trinervis Kuhlm.

MALVACEAE Lueheamediterranea (Vell.) Angely

MALVACEAE Pseudobombaxgrandiflorum (Cav.) A. Robyns

MELASTOMATACEAE Mouririarborea Gardner

MELASTOMATACEAE Miconia cf. cinnamomifolia (DC.) Naudin

MELASTOMATACEAE Miconiaprasina (Sw.) DC.

MELIACEAE Trichiliacasaretti C. DC. VU

MELIACEAE Cedrelafissilis Vell. EP

MORACEAE Brosimumglaziovii Taub. EP

MORACEAE Brosimumglaucum Taub. AE

MORACEAE Ficus sp. 1

MORACEAE Sorocea guilleminiana Gaudich.

MYRISTICACEAE Virola gardneri (A. DC.) Warb.

MYRTACEAE Calyptranthes lucida var. polyantha (O. Berg) D. Legrand

MYRTACEAE Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. AE

MYRTACEAE Eugenia excelsa O. Berg

MYRTACEAE Eugenia platyphylla O. Berg

MYRTACEAE Eugenia sp. 1

MYRTACEAE Eugenia sp. 2

MYRTACEAE Eugenia sp. 3

Anexo 1 (cont.)

Page 20: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

58

Família Nome Científico Endêmicas AmeaçadasRaras

BR MA ES IUCN Br Es

MYRTACEAE Eugeniapisiformis Cambess.

MYRTACEAE Myrcia follii G.M. Barroso & Peixoto AE VU

NYCTAGINACEAE Guapira opposita (Vell.) Reitz

OCHNACEAE Ouratea cuspidata Tiegh.

OLACACEAE Olacaceae sp. 1

PERACEAE Pera heteranthera (Schrank) I.M.Johnst.

RUBIACEAE Alseis sp.

RUBIACEAE Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg.

RUBIACEAE Psychotria carthagenensis Jacq.

RUTACEAE Dictyoloma vandellianum A.H. L. Juss.

RUTACEAE Neoraputiamagnifica (Engl.) Emmerich ex Kallunki R

SALICACEAE Macrothumiakuhlmannii(Sleumer) Alford

SAPINDACEAE Allophylus petiolulatus Radlk.

SAPINDACEAE Dilodendron elegans (Radlk.) A.H. Gentry & Steyerm.

SAPOTACEAE Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler ex Miq.)Engl.

SAPOTACEAE Chrysophyllumlucentifolium Cronquist. subsp. lucentifolium

SAPOTACEAE Ecclinusaramiflora Mart.

SAPOTACEAE Manilkarabella Monach. EP

SAPOTACEAE Pouteria aff. hispida Eyma

SAPOTACEAE Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn.

SAPOTACEAE Pouteria coelomatica Rizzini EP

SAPOTACEAE Pouteria pachycalyx T.D. Penn. CP R

SAPOTACEAE Pouteria sp. 1

SIMAROUBACEAE Simaba subcymosa A. St.-Hil. & Tul.

SIMAROUBACEAE Simarouba amara Aubl.

SIPARUNACEAE Siparuna reginae (Tul.) A. DC. VU

URTICACEAE Cecropia hololeuca Miq.

VIOLACEAE Rinoreabahiensis (Moric.) Kuntze

VOCHYSIACEAE Qualea megalocarpa Stafleu

VOCHYSIACEAE Vochysia angelica M.C. Vianna & Fontella EP

Anexo 1 (cont.)

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 21: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

59Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Nome Científico N AB DR FR DoR VI (%) VC (%)

Eriotheca macrophylla 6 0.46 2.32 2.29 6.78 3.80 4.55

Caesalpinia echinata 7 0.39 2.7 2.29 5.66 3.55 4.18

Astrocaryum aculeatissimum 11 0.21 4.25 3.21 3.02 3.49 3.63

Rinoreabahiensis 6 0.32 2.32 2.29 4.73 3.11 3.52

Jacaratia heptaphylla 9 0.24 3.47 2.29 3.43 3.07 3.45

Sorocea guilleminiana 6 0.16 2.32 2.29 2.35 2.32 2.33

Pterocarpus rohrii 5 0.17 1.93 2.29 2.45 2.22 2.19

Albizia polycephala 5 0.18 1.93 1.83 2.56 2.11 2.25

Bauhiniaforficata 6 0.11 2.32 1.83 1.58 1.91 1.95

Ecclinusaramiflora 5 0.12 1.93 1.83 1.75 1.84 1.84

Dialium guianense 4 0.21 1.54 0.92 3.05 1.84 2.30

Lonchocarpuscultratus 5 0.12 1.93 1.83 1.68 1.81 1.80

Virola gardneri 5 0.15 1.93 1.38 2.13 1.81 2.03

Polyandrococos caudescens 6 0.08 2.32 1.38 1.13 1.61 1.72

Machaeriumfulvovenosum 5 0.07 1.93 1.83 1.03 1.60 1.48

Senefelderaverticillata 6 0.05 2.32 1.38 0.78 1.49 1.55

Aparisthmium cordatum 5 0.14 1.93 0.46 2.04 1.48 1.98

Handroanthus riodocensis 3 0.10 1.16 1.38 1.46 1.33 1.31

Lecythislurida 3 0.09 1.16 1.38 1.37 1.30 1.27

Hydrogaster trinervis 1 0.21 0.39 0.46 3 1.28 1.69

Vatairea heteroptera 3 0.08 1.16 1.38 1.22 1.25 1.19

Pouteria bangii 3 0.08 1.16 1.38 1.22 1.25 1.19

Eschweileraovata 3 0.08 1.16 1.38 1.18 1.24 1.17

Annona cacans 3 0.08 1.16 1.38 1.14 1.22 1.15

Simaruba amara 2 0.12 0.77 0.92 1.77 1.15 1.27

Brosimumglaucum 3 0.05 1.16 1.38 0.77 1.10 0.96

Pseudopiptadenia contorta 3 0.05 1.16 1.38 0.66 1.06 0.91

Ormosia arborea 2 0.10 0.77 0.92 1.5 1.06 1.13

Anexo 2. Parâmetros fitossociológicos das espécies em ordem decrescente de VI amostrados na Área do Limão, Aracruz/ES. Sendo: número de indivíduos (N), área basal (AB), densidade relativa (DR), frequência relativa (FR), dominância relativa (DoR), valor de cobertura (VC),valor de importância (VI).

Page 22: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

60

Nome Científico N AB DR FR DoR VI (%) VC (%)

Cunuria sp. 1 3 0.04 1.16 1.38 0.53 1.02 0.85

Zollerniailicifolia 2 0.09 0.77 0.92 1.36 1.02 1.07

Couratari asterotricha 3 0.03 1.16 1.38 0.44 0.99 0.80

Pseudobombaxgrandiflorum 3 0.05 1.16 0.92 0.78 0.95 0.97

Maytenussp. 1 2 0.07 0.77 0.92 1.04 0.91 0.91

Qualea megalocarpa 2 0.06 0.77 0.92 0.94 0.88 0.85

Swartziaoblata 1 0.12 0.39 0.46 1.72 0.85 1.05

Eugenia sp. 2 1 0.12 0.39 0.46 1.71 0.85 1.05

Indet sp. 2 3 0.06 1.16 0.46 0.94 0.85 1.05

Tovomitabrevistaminea 2 0.06 0.77 0.92 0.85 0.85 0.81

Indet sp. 1 3 0.03 1.16 0.92 0.44 0.84 0.80

Manilkarabella 2 0.06 0.77 0.92 0.82 0.84 0.80

Dictyoloma vandellianum 2 0.05 0.77 0.92 0.77 0.82 0.77

Guapira opposita 2 0.05 0.77 0.92 0.76 0.82 0.77

Joannesia princeps 2 0.05 0.77 0.92 0.74 0.81 0.76

Eugenia platyphylla 2 0.05 0.77 0.92 0.68 0.79 0.73

Melanoxylonbrauna 2 0.04 0.77 0.92 0.58 0.76 0.67

Lecythispisonis 2 0.04 0.77 0.92 0.56 0.75 0.67

Ocotea sp. 1 2 0.04 0.77 0.92 0.54 0.74 0.65

Tapiriraguianensis 2 0.03 0.77 0.92 0.48 0.72 0.62

Eugenia excelsa 2 0.03 0.77 0.92 0.48 0.72 0.62

Allophylus petiolulatus 2 0.03 0.77 0.92 0.43 0.70 0.60

Vochysia angelica 2 0.03 0.77 0.92 0.42 0.70 0.59

Aspidospermaparvifolium 2 0.03 0.77 0.92 0.39 0.69 0.58

Pouteria pachycalyx 2 0.03 0.77 0.92 0.39 0.69 0.58

Dalbergia elegans 2 0.02 0.77 0.92 0.31 0.67 0.54

Astronium concinnum 2 0.02 0.77 0.92 0.31 0.67 0.54

Astronium graveolens 2 0.02 0.77 0.92 0.3 0.66 0.54

Pouteria sp. 1 2 0.02 0.77 0.92 0.3 0.66 0.54

Carinianaparvifolia 1 0.08 0.39 0.46 1.14 0.66 0.76

Pera heteranthera 2 0.02 0.77 0.92 0.27 0.65 0.52

Anexo 2 (cont.)

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata

Page 23: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

61Bol. Mus. Biol. Mello leitão (N. sér.) 34. 2014

Nome Científico N AB DR FR DoR VI (%) VC (%)

Swartziasimplexvar. continentalis 2 0.05 0.77 0.46 0.73 0.65 0.75

Centrolobium tomentosum 1 0.07 0.39 0.46 1.04 0.63 0.71

Cecropia hololeuca 1 0.07 0.39 0.46 0.99 0.61 0.69

Ingaflagelliformis 2 0.03 0.77 0.46 0.43 0.55 0.60

Sclerolobium striatum 2 0.02 0.77 0.46 0.31 0.51 0.54

Brosimumglaziovii 1 0.05 0.39 0.46 0.69 0.51 0.54

Simaba subcymosa 1 0.04 0.39 0.46 0.65 0.50 0.52

Olacaceae sp.1 2 0.02 0.77 0.46 0.26 0.50 0.52

Alseis sp. 1 1 0.04 0.39 0.46 0.57 0.47 0.48

Pouteria coelomatica 1 0.04 0.39 0.46 0.52 0.45 0.45

Geissospermum laeve 1 0.03 0.39 0.46 0.48 0.44 0.43

Machaeriumovalifolium 1 0.03 0.39 0.46 0.48 0.44 0.43

Eugenia sp. 1 1 0.03 0.39 0.46 0.44 0.43 0.41

Ficussp.1 1 0.03 0.39 0.46 0.41 0.42 0.40

Guazumacrinita. 1 0.03 0.39 0.46 0.41 0.42 0.40

Moldenhawerapapillanthera 1 0.03 0.39 0.46 0.36 0.40 0.38

Cordia sp. 1 1 0.02 0.39 0.46 0.35 0.40 0.37

Tabebuiaroseoalba 1 0.02 0.39 0.46 0.35 0.40 0.37

Lueheamediterranea 1 0.02 0.39 0.46 0.35 0.40 0.37

Miconiacf.cinnamomifolia 1 0.02 0.39 0.46 0.31 0.39 0.35

Dilodendron elegans 1 0.02 0.39 0.46 0.28 0.38 0.33

Mollinediamarquetiana 1 0.02 0.39 0.46 0.28 0.37 0.33

Macrothumiakuhlmannii 1 0.02 0.39 0.46 0.27 0.37 0.33

Couepia schottii 1 0.02 0.39 0.46 0.27 0.37 0.33

Chrysobalanaceae sp1 1 0.02 0.39 0.46 0.27 0.37 0.33

Xylopia laevigata 1 0.02 0.39 0.46 0.26 0.37 0.32

Guatteria campestris 1 0.02 0.39 0.46 0.23 0.36 0.31

Lauraceae sp. 1 1 0.02 0.39 0.46 0.23 0.36 0.31

Guettarda angelica 1 0.02 0.39 0.46 0.22 0.35 0.30

Xylopia ochrantha 1 0.01 0.39 0.46 0.2 0.35 0.29

Maytenuscestrifolia 1 0.01 0.39 0.46 0.2 0.35 0.29

Anexo 2 (cont.)

Page 24: Estrutura e composição florística de um trecho de Mata ... · é o pau-brasil, Caesalpinia echinata Lam., pertencente a família Leguminosae e com distribuição do Rio Grande

62

Nome Científico N AB DR FR DoR VI (%) VC (%)

Sloanea eichleri 1 0.01 0.39 0.46 0.2 0.35 0.29

Ingaaff.cylindrica 1 0.01 0.39 0.46 0.19 0.35 0.29

Carpotroche brasiliensis 1 0.01 0.39 0.46 0.19 0.35 0.29

Ocoteaconfertiflora 1 0.01 0.39 0.46 0.19 0.34 0.29

Chrysophyllum gonocarpum 1 0.01 0.39 0.46 0.18 0.34 0.28

Vitex megapotamica 1 0.01 0.39 0.46 0.18 0.34 0.28

Eugenia sp. 3 1 0.01 0.39 0.46 0.17 0.34 0.28

Campomanesia guaviroba 1 0.01 0.39 0.46 0.17 0.34 0.28

Neoraputiamagnifica 1 0.01 0.39 0.46 0.17 0.34 0.28

Trichiliacasaretti 1 0.01 0.39 0.46 0.16 0.33 0.27

Eugeniapisiformis 1 0.01 0.39 0.46 0.16 0.33 0.27

Ocotea pluridomatiata 1 0.01 0.39 0.46 0.15 0.33 0.27

Cedrelafissilis 1 0.01 0.39 0.46 0.14 0.33 0.26

Tabebuiaobtusifolia 1 0.01 0.39 0.46 0.14 0.33 0.26

Actinostemoncf.concolor 1 0.01 0.39 0.46 0.14 0.33 0.26

Psychotria carthagenensis 1 0.01 0.39 0.46 0.14 0.33 0.26

Licaniacf.belemii 1 0.01 0.39 0.46 0.14 0.33 0.26

Aegiphilaverticillata. 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.33 0.26

Mouririarborea 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.33 0.26

Ouratea cuspidata 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.33 0.26

Chrysophyllumlucentifoliumsubsp.lucentifolium 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.33 0.26

Myrciafollii 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.33 0.26

Erythroxylumpulchrum. 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.32 0.26

Siparuna reginae 1 0.01 0.39 0.46 0.13 0.32 0.26

Pouteria aff.hispida 1 0.01 0.39 0.46 0.12 0.32 0.25

Sloanea garckeana 1 0.01 0.39 0.46 0.12 0.32 0.25

Calyptranthes lucida var.polyantha 1 0.01 0.39 0.46 0.12 0.32 0.25

Apuleia leiocarpa 1 0.01 0.39 0.46 0.12 0.32 0.25

Miconiaprasina 1 0.01 0.39 0.46 0.12 0.32 0.25

Total 259 6.85 100 100 100 100.00 100.00

Anexo 2 (cont.)

sArNAgliA JuNior et al.: estrut. Flor. M. AtlAN. Caesalpinia eChinata