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Estrutura Ocupacional do Meio Rural

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL (SENAR)

Presidente do Conselho Deliberativo Antônio Ernesto de Salvo

Entidades Integrantes do Conselho Deliberativo Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA Confederação dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG Ministério do Trabalho e Emprego - MTE Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA Ministério da Educação - MEC Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB Agroindústrias / indicação da Confederação Nacional da Indústria - CNI

Secretário Executivo Geraldo Gontijo Ribeiro

Chefe do Departamento de Educação Profissional Carla Barroso da Costa

Coleção SENAR - Recursos InstrucionaisSérie Metodológica nº 2 - Estrutura Ocupacional do Meio Rural

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL

ISSN 0104-3226

ESTRUTURA OCUPACIONALDO MEIO RURAL

3ª EDIÇÃO, ATUALIZADA

BRASÍLIA, 2005

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Série Metodológica • Vol. 2

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IMPRESSO NO BRASIL

Brasil. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Estrutura ocupacional do meio rural / coord. Carla Barroso da Costa.— 3. ed. atual. -- Brasília: SENAR, 2005. 48 p. ; 21 cm.– (Série Metodológica; n. 2)

ISSN 0104-3226

1. Formação profissional - Zona rural - Brasil. 2. Aperfeiçoamento profissional - Inovação. 3. Aprendizagem rural. I. Costa, Carla Barroso da, coord. II. Título. III. Série.

CDU 377.354.001.7(81-22)

COPYRIGHT © 1995, by Serviço Nacional de Aprendizagem Rural2005, 3ª edição, atualizada

SÉRIE METODOLÓGICA - Nº 2ESTRUTURA OCUPACIONAL DO MEIO RURAL

CoordenaçãoCarla Barroso da Costa – Adm. Central

Equipe TécnicaAntônio do Carmo Neves - UFVÁurea Maria Guedes de Araújo – Adm. CentralCarla Barroso da Costa - Adm. CentralDeimiluce Lopes Fontes – Adm. CentralJosé Luiz Rocha Andrade – Adm. CentralMárcia Andrea Athayde Florêncio Weber – Adm. CentralMary Caixeta MarinhoPaulo Fernando da Glória Leal - UFVRenata Ramos Ribeiro – Adm. CentralSônia Maria Leite Ribeiro do Vale – UFV

Digitação – Roziane Gomes de Souza - Adm. CentralRevisão de Texto - Margaret de Palermo SilvaProjeto Gráfico - Montandon Comunicação

Preparada porBeatriz Coelho Caiado (CRB 1-247)

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Emprego e Salário. Classificação brasileira de ocupações. Brasília, 2002.

BRASIL. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Estrutura ocupacional do meio rural. Brasília: Série Metodológica, nº 2, 1998.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, 29ª ed. Atualizada e ampliada. Ed. Saraiva, 2002.

Organização Internacional do Trabalho (OIT). Normas internacionais do trabalho sobre a reabilitação profissional e emprego de pessoas com deficiência. Brasília: CORDE, 1977. 2ª ed.

RAMOS, I. M. (Coord.). Listagem das ocupações do meio rural a serem atendidas pelo SENAR. Brasília: SENAR, 1989. 13p. il.

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SUMÁRIO

PREFÁCIO ................................................................................... 7

APRESENTAÇÃO ........................................................................... 9

INTRODUÇÃO .............................................................................11

I MEIO RURAL ......................................................................13

II MERCADO DE TRABALHO NO MEIO RURAL ...............................17

III ESTRUTURA OCUPACIONAL DA FORMAÇÃO .................................. PROFISSIONAL RURAL .........................................................19

IV LINHAS DE AÇÃO, ÁREAS OCUPACIONAIS E ................................ OCUPAÇÕES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL ....................21

V REQUISITOS PARA AS OCUPAÇÕES .........................................33

BIBLIOGRAFIA ...........................................................................45

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PREFÁCIO

Nesta edição atualizada da Série Metodológica, levaram-se em consideração as sugestões apresentadas pelos técnicos das administrações regionais, durante encontro para este fim, realizado em Brasília, no período de 3 a 5 de março de 2004, bem como as propostas que foram encaminhadas posteriormente ao Departamento de Educação Profissional da administração central.

Teve-se como referência, ainda, a experiência adquirida pelos técnicos da administração central, ao utilizarem a Série Metodológica em treinamentos ministrados para instrutores, mobilizadores e supervisores, ao longo dos anos de trabalho.

Ressaltamos, além disso, a efetiva participação de professores da Universidade Federal de Viçosa que, a partir de janeiro de 1996, têm colaborado com a administração central na capacitação dos agentes da formação profissional rural e da promoção social.

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APRESENTAÇÃO

No meio rural brasileiro existem duas categorias de profissionais que constituem a clientela do SENAR: produtores e trabalhadores rurais. É junto a esses profissionais que se desenvolvem os eventos da instituição, no sentido de contribuir com a melhoria da sua qualidade de vida e aquisição de novos conhecimentos, habilidades e atitudes, para o desempenho mais eficiente das suas atividades no campo.

Tem-se observado, ao longo dos anos, a migração dos trabalhadores/produtores rurais para o meio urbano, e esse fenômeno normalmente traz problemas de ajustamento não só aos trabalhadores/produtores que abandonaram seus locais de origem, como também à população urbana.

Paralelamente a essa situação, há, de forma esparsa, no meio rural brasileiro, uma agricultura emergente bastante tecnificada, exigindo, cada vez mais, a presença de profissionais qualificados.

Ao SENAR, cabe promover a formação profissional dos trabalhadores/produtores rurais, objetivando melhor desempenho nas ocupações e oferta de novas oportunidades de ingresso no mercado de trabalho atual e futuro.

Este documento, que estabelece a estrutura ocupacional do meio rural - constituída por suas grandes linhas de ação, suas áreas ocupacionais e suas principais ocupações - tem, como objetivo, nortear os trabalhos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), indicando referenciais às ações da formação profissional rural (FPR) desenvolvidas em todo o Brasil.

Geraldo Gontijo RibeiroSecretário Executivo

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INTRODUÇÃO

O presente documento é o resultado de estudos sobre o meio rural, o mercado de trabalho e a estrutura ocupacional, sendo uma publicação direcionada exclusivamente aos eventos da FPR. Seu objetivo maior relaciona-se à padronização da linguagem institucional acerca das ocupações oferecidas pelo SENAR, fornecendo listagem das profissões relativas ao meio rural, que são foco do trabalho da instituição.

O trabalho divide-se em cinco partes em que estão presentes: o conceito e as características do meio rural e do mercado de trabalho, a listagem das linhas de ação, subdivididas em áreas ocupacionais e ocupações do meio rural, os requisitos de cada ocupação para ações de qualificação e aspectos gerais importantes.

Por conter informações relevantes àqueles que estudam e lidam com a FPR, recomenda-se sua leitura por todos os agentes do SENAR: técnicos, supervisores, instrutores e mobilizadores.

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O mundo atual, segundo suas características econômicas, estrutura-se basicamente em dois setores produtivos: o primário, de produção, e o secundário, de transformação. Apoiando estes dois setores, de forma crescente, encontra-se o setor terciário, que engloba a prestação de serviços e o comércio. Estes setores produzem bens e serviços no campo e nas cidades.

Os aglomerados humanos habitam dois mundos: o urbano e o rural. O urbano, estruturado essencialmente sob a base da produção industrial, e o rural, fundamentado na produção agrossilvipastoril e no extrativismo. Ressalta-se que uma característica marcante desses aglomerados humanos é a atividade econômica principal: se orientada para o setor primário ou para o secundário.

Observe-se entretanto que, no meio rural, apesar de a atividade produtiva predominante ser agrossilvipastoril ou extrativista, não se pode dizer que toda população residente nesses aglomerados esteja envolvida com o processo produtivo primário. Por outro lado, também existem moradores nas cidades que têm na atividade agrossilvipastoril ou extrativista a base da sua sobrevivência.

O que determina a quantidade de profissionais a ser absorvida em um dado processo produtivo é a intensidade do uso de tecnologias: se poupadora ou absorvedora de trabalhadores. As tecnologias poupadoras de mão-de-obra no setor produtivo primário geram necessidades crescentes de novas ocupações nos setores de comércio, serviços e

I - MEIO RURAL

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indústria, promovendo novo ajustamento da força de trabalho no interior destes três setores.

A aglomeração de profissionais próxima ao local de trabalho é decorrência do modelo tecnológico. Quanto mais absorvedor for o modelo produtivo adotado, maior será o número de pessoas que necessitarão permanecer próximas a esses locais. À medida que se faz uso intensivo de tecnologias avançadas, torna-se desnecessária a permanência de maiores contingentes populacionais próximos ao processo de produção. Em contrapartida, aumenta a necessidade de serviços de apoio que demandam, para a sua adequada execução, infra-estrutura tão diversa, que só pode ser ofertada se estiver centralizada e concentrada. Crescem, a partir daí, aglomerados humanos com características mais urbano-industriais do que rural-agrícolas.

É importante observar que, qualquer que seja a distribuição geográfica das populações ocupadas com o processo produtivo agrossilvipastoril, existem necessidades que são inerentes à condição humana e que devem ser satisfeitas, como, por exemplo, lazer, serviços de saúde, escola e comércio.

Tendo em vista todo esse cenário relativo ao mundo do trabalho, apontam-se a seguir características do meio rural consideradas bastante significativas:

1. Diversidade de ocupações - Assim como nos centros urbano-industriais, no meio rural existem diversas ocupações. Algumas são diretamente ligadas ao processo produtivo agrossilvipastoril, como, por exemplo, trabalhador na fruticultura básica, trabalhador em reflorestamento e trabalhador na suinocultura. Outras servem de apoio a este processo, como é o caso do trabalhador na operação de motosserra, trabalhador na operação de sistemas de irrigação por aspersão e trabalhador na administração de empresas agrossilvipastoris. Existem, ainda, outras ocupações que executam atividades relativas à prestação de serviços, como, por exemplo, pedreiro, cerqueiro e mecânico de tratores e máquinas pesadas. Finalmente, vale ressaltar ocupações sem vínculo com o processo produtivo, mas essenciais à vida em sociedade, como aquelas ligadas ao setor de saúde e educação, independentemente de constituírem objeto de atuação do SENAR.

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2. Dinamicidade - O perfil econômico-social de algumas regiões rurais pode-se transformar em urbano-industrial, em decorrência de estímulos externos que provocam o desenvolvimento tecnológico dos seus processos produtivos. Neste caso, a dependência econômica da população dessas regiões passa a ser do processo industrial e, não mais, do processo produtivo agrossilvipastoril. Isto evidencia a velocidade com que as cidades com perfil eminentemente rural se transformam em centros urbano-industriais. Este aspecto torna tênue qualquer tentativa de caracterização rígida de meio rural e de distinção do marco divisor que separa o mundo rural do mundo urbano.

Nota-se portanto que, quaisquer que sejam as conceituações sobre meio rural e urbano, elas estarão prejudicadas, já que os setores econômicos não são estanques: o processo de desenvolvimento é dinâmico e caminha sempre no sentido da urbanização. É a predominância de um ou outro setor econômico, num dado momento, que permite caracterizar o aglomerado humano como rural ou urbano.

O conceito atual de meio rural, mundo rural ou zona rural extrapola o conceito de ocupação geográfica de uma área territorial com atividades predominantemente agrossilvipastoris.

Neste sentido, para os propósitos do SENAR, considera-se como MEIO RURAL: o ambiente no qual as populações são economicamente dependentes do processo produtivo agrossilvipastoril e do extrativismo, independentemente de os habitantes residirem em aglomerados urbanos ou em propriedades rurais relativamente isoladas entre si.

Esta definição permite identificar, com maior clareza, a clientela das ações da FPR e das atividades da PS.

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Relacionam-se, a seguir, os requisitos para cada uma das ocupações, em relação aos eventos de qualificação. No que tange a outras naturezas da programação, devem-se fazer análises referentes a cada conteúdo programático e, a partir daí, estabelecer os requisitos mínimos.

Cabe ressaltar que todos os eventos do SENAR devem respeitar a Portaria nº 20/2001, do Ministério do Trabalho e Emprego, que aponta locais e serviços perigosos e insalubres para jovens menores de 18 anos. A leitura dessa portaria faz-se imperiosa a todos os que se envolvem com as ações: aqueles que as estruturam (mobilizadores), os que as ministram (instrutores) e os que as supervisionam (supervisores).

Outro aspecto importante relaciona-se às pessoas com necessidades especiais. Na diversidade de mobilizações de grupos minoritários da sociedade, tem se destacado, nos últimos anos, uma nova ideologia: aquela que busca promover e garantir a plena inclusão das pessoas com necessidades especiais no mundo da educação e do trabalho.

É de conhecimento geral, porém, que esse significativo alargamento das fronteiras conceituais dos direitos humanos não tem se traduzido em oportunidades mais justas e equânimes de participação, no mercado de trabalho, desse segmento da população.

Considerando essa realidade que precisa ser alterada, o SENAR incluirá pessoas com necessidades especiais em seus eventos, quando houver manifestação de carência e interesse por parte delas, caso preencham os requisitos para ingresso nas ações.

Ressalta-se que a compreensão de inclusão transpõe a simples presença física da pessoa com necessidade especial no estabelecimento de ensino, buscando-se a sua participação efetiva no ambiente educativo.

V - REQUISITOS PARA AS OCUPAÇÕES

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8.4.12 Trabalhador na Cubagem de Madeiras

8.4.13 Trabalhador no Tratamento de Madeiras

8.4.14 Sangrador de Seringueira

8.4.15 Patrão de Pesca

8.4.16 Motorista de Pesca

8.4.17 Trabalhador em Embarcações Pesqueiras (Timoneiro)

8.5. TURISMO RURAL

8.5.1. Trabalhador em Turismo Rural

Define-se mercado como um local onde se realizam permutas. Portanto, mercado de trabalho é a relação entre a oferta de trabalho e a procura de trabalhadores em época e lugar determinados, ou seja, é o resultado entre oferta e demanda de mão-de-obra.

No contexto rural, o mercado de trabalho é impulsionado por forças existentes nos três setores da economia: o setor primário, o secundário e o terciário, sendo que o desenvolvimento de um determinado setor pode ocasionar alterações no mercado de trabalho relacionado a esse ou a outros setores da economia.

A força de trabalho, no meio rural, é composta por trabalhadores autônomos, assalariados temporários ou permanentes, pequenos, médios ou grandes empresários.

A operacionalização dos programas de FPR nos estados, regiões ou municípios deve estar vinculada ao estudo do mercado de trabalho. A atuação do SENAR só será efetiva a partir do conhecimento das características dos profissionais da região, da situação econômico-social, da estrutura ocupacional e da necessidade de formação de profissionais, evidenciada pelas informações de mercado.

O mercado de trabalho, no meio rural, é influenciado por vários fatores, entre eles:

• Sazonalidade da produção - Os produtos gerados no processo produtivo rural dependem de períodos apropriados para sua efetivação, o que provoca desequilíbrio temporário entre a oferta e a demanda de trabalho.

II - MERCADO DE TRABALHO NO MEIO RURAL

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• Polivalência de trabalho - As particularidades do mercado de trabalho rural, como a própria sazonalidade, demandam a disponibilização de trabalhadores que atuem em tarefas e operações de mais de uma ocupação.

• Mobilidade geográfica do profissional - Refere-se à circulação ou ao movimento do trabalhador rural de um local para outro, como conseqüência da sazonalidade da produção, dos aportes tecnológicos e outros fatores.

• Tecnologia - A tecnologia envolve um conjunto de conhecimentos que se aplicam a determinado ramo de atividade. O nível tecnológico adotado nas unidades produtivas é fator que afeta a quantidade e a qualidade do trabalho requerido pelo mercado.

• Fatores endógenos - São aqueles em que os empresários rurais exercem influência direta. Entre eles, vale destacar a estrutura produtiva, a tecnologia e os objetivos empresariais.

• Fatores exógenos - São aqueles sobre os quais o empresário rural não exerce qualquer influência direta. São as variações climáticas, as políticas governamentais (disponibilidade de crédito agrícola, políticas de importação e exportação), entre outros.

• Estrutura fundiária - Refere-se ao tipo de sistema ou forma social, econômica ou política que caracteriza a distribuição da terra, variável segundo as condições de tempo e lugar. Exerce grande influência no mercado de trabalho, quando se consideram grandes áreas de terra envolvendo poucos profissionais e pequenas áreas absorvendo grande quantidade de trabalhadores, a depender da atividade produtiva.

8.3.4 Armazenista

8.3.5 Balanceiro

8.3.6 Expedidor

8.3.7 Estoquista

8.3.8 Almoxarife

8.3.9 Trabalhador na Operação de Equipamentos de Armazenagem a Granel

8.3.10 Trabalhador na Operação de Secadores

8.3.11 Trabalhador na Secagem de Grãos

8.4 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NAS ÁREAS DE SAÚDE, VESTUÁRIO, ARTIGOS DOMÉSTICOS, AGROPECUÁRIOS E EXTRATIVISMO

8.4.1 Agente de Saúde

8.4.2 Artesão

8.4.3 Parteira Leiga

8.4.4 Costureiro

8.4.5 Seleiro

8.4.6 Ferreiro

8.4.7 Feirante

8.4.8 Funileiro

8.4.9 Jardineiro

8.4.10 Manipulador e Acondicionador de Produtos de Origem Vegetal

8.4.11 Manipulador e Acondicionador de Produtos de Origem Animal

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8.1.4 Eletricista

8.1.5 Cerqueiro

8.1.6 Furador de Poços

8.1.7 Oleiro

8.1.8 Pintor

8.1.9 Serralheiro

8.1.10 Lavrador de Madeira

8.1.11 Marceneiro

8.2 MONTAGEM E REPARO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS E MOTORES

8.2.1 Mecânico de Motores a Diesel

8.2.2 Mecânico de Microtratores

8.2.3 Mecânico de Tratores e Máquinas Pesadas

8.2.4 Mecânico de Bombas Hidráulicas

8.2.5 Mecânico de Motores a Gasolina

8.2.6 Mecânico de Máquinas e Implementos Agrícolas

8.2.7 Mecânico de Motores Elétricos

8.3 CLASSIFICAÇÃO, ARMAZENAGEM E PRESERVAÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM AGROSSILVIPASTORIL

8.3.1 Trabalhador na Classificação de Toras

8.3.2 Trabalhador na Classificação de Produtos de Origem Vegetal

8.3.3 Trabalhador na Classificação de Produtos de Origem Animal

A estrutura ocupacional foi determinada a partir das conceituações e caracterizações do meio rural e do mercado de trabalho.

Portanto, está embasada nos diversos setores da economia existentes no meio rural, uma vez que são estes setores que geram trabalho. São eles:

• o primário ou de produção;

• o secundário ou de transformação;

• o terciário, referente ao comércio e à prestação de serviços.

Com a intenção de chegar à listagem das ocupações que constituem um dos referenciais de trabalho do SENAR, partiu-se de grandes linhas de ação que abrangem todos os setores supramencionados.

As linhas de ação desmembram-se em áreas ocupacionais ou famílias de ocupações, e estas, por sua vez, desdobram-se em ocupações, conforme quadro a seguir:

III- ESTRUTURA OCUPACIONAL DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL

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7.2.2 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Sistemas de Irrigação por Superfície e Drenagem

7.2.3 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Sistemas Convencionais de Irrigação por Aspersão

7.2.4 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Sistemas Autopropelidos de Irrigação por Aspersão

7.2.5 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Sistemas de Irrigação por Gotejamento

7.3 ADMINISTRAÇÃO RURAL

7.3.1 Trabalhador na Administração de Propriedades em Regime de Economia Familiar

7.3.2 Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris

7.3.3 Trabalhador na Administração de Empresas de Pesca Industrial

7.3.4 Trabalhador na Administração de Associações e Sindicatos Rurais

7.3.5 Trabalhador na Administração de Cooperativas Rurais

8 - ATIVIDADES RELATIVAS À PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

8.1 CONSTRUÇÕES RURAIS

8.1.1 Pedreiro

8.1.2 Carpinteiro

8.1.3 Bombeiro Hidráulico/Encanador

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7.1.8 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Empilhadeiras

7.1.9 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Motoniveladoras (Patroleiro)

7.1.10 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Carregadeiras

7.1.11 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Retroescavadeiras

7.1.12 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Motores Estacionários

7.1.13 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Máquinas de Beneficiamento Primário de Produtos Agrícolas (Trilhadeiras, Debulhadeiras de Milho, etc.)

7.1.14 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Máquinas de Beneficiamento Primário de Produtos de Origem Animal (Desnatadeira, Centrifugadoras de Mel, etc.)

7.1.15 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Motosserra

7.1.16 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Incubadora

7.1.17 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Ordenhadeira Mecânica

7.1.18 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Máquinas a Tração Animal na Agricultura e na Silvicultura

7.1.19 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Implementos a Tração Animal

7.1.20 Trabalhador na Aplicação de Agrotóxicos

7.2 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

7.2.1 Trabalhador na Construção de Sistemas de Irrigação por Superfície e Drenagem para Pequenas Áreas

1 - AGRICULTURA

1.1 GRANDES CULTURAS ANUAIS

1.1.1 Trabalhador no Cultivo de Grãos e Oleaginosas

1.1.2 Trabalhador no Cultivo de Fibras (Algodão Herbáceo)

1.1.3 Trabalhador no Cultivo de Fumo

1.2 GRANDES CULTURAS SEMIPERENES E PERENES

1.2.1 Trabalhador no Cultivo de Fibras

1.2.2 Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais

1.3 OLERICULTURA

1.3.1 Trabalhador na Olericultura Básica

1.3.2 Trabalhador no Cultivo de Olerícolas de Talos, Folhas e Flores

1.3.3 Trabalhador no Cultivo de Olerícolas de Raízes, Bulbos e Tubérculos

1.3.4 Trabalhador no Cultivo de Olerícolas de Frutos e Sementes

IV - LINHAS DE AÇÃO, ÁREAS OCUPACIONAIS E OCUPAÇÕES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL

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1.3.5 Trabalhador no Cultivo de Cogumelos Comestíveis

1.3.6 Trabalhador na Hidroponia

1.4 FRUTICULTURA

1.4.1 Trabalhador na Fruticultura Básica

1.4.2 Trabalhador no Cultivo de Fruteiras Perenes

1.4.3 Trabalhador no Cultivo de Fruteiras Semiperenes

1.5 FLORICULTURA E PLANTAS ORNAMENTAIS

1.5.1 Trabalhador na Floricultura

1.5.2 Trabalhador no Cultivo de Plantas Ornamentais

1.6 PLANTAS MEDICINAIS E ESPECIARIAS

1.6.1 Trabalhador no Cultivo de Plantas Medicinais

1.6.2 Trabalhador no Cultivo de Especiarias

1.7 PRODUÇÃO DE SEMENTES E MUDAS

1.7.1 Trabalhador em Viveiros (Viveirista)

1.7.2 Trabalhador na Produção de Sementes

1.8 PRODUÇÃO ORGÂNICA

1.8.1 Trabalhador na Agricultura Orgânica

6.1.17 Trabalhador no Beneficiamento, na Conservação e na Transformação de Pescado

6.1.18 Trabalhador no Beneficiamento e na Transformação de Cereais

6.1.19 Trabalhador no Beneficiamento e na Transformação de Oleaginosas

6.1.20 Trabalhador na Fiação de Fumo de Corda

6.1.21 Trabalhador na Fiação de Fibras (Fiandeiros e Tecelões)

6.1.22 Trabalhador no Curtimento de Couros e Peles

7 - ATIVIDADES DE APOIO AGROSSILVIPASTORIL

7.1 MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

7.1.1 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Tratores Agrícolas (Tratorista Agrícola)

7.1.2 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Tratores de Esteira

7.1.3 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Tratores Florestais

7.1.4 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Dragas (Dragueiros)

7.1.5 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Colhedoras Automotrizes

7.1.6 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Microtratores

7.1.7 Trabalhador na Operação e na Manutenção de Desintegradores

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6 - AGROINDÚSTRIA

6.1 BENEFICIAMENTO E TRANSFORMAÇÃO PRIMÁRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM AGROSSILVIPASTORIL

6.1.1 Trabalhador na Fabricação de Melado, Açúcar Mascavo e Rapadura

6.1.2 Trabalhador na Panificação

6.1.3 Trabalhador na Fabricação de Cachaça

6.1.4 Trabalhador na Fabricação de Licores, Vinhos e Vinagres

6.1.5 Trabalhador na Fabricação de Produtos de Higiene e Limpeza

6.1.6 Trabalhador na Transformação da Mandioca

6.1.7 Trabalhador na Transformação de Produtos de Origem Animal em Embutidos e Defumados

6.1.8 Trabalhador na Produção de Derivados do Leite

6.1.9 Trabalhador na Produção de Conservas Vegetais, Compotas, Frutos Cristalizados e Desidratados

6.1.10 Trabalhador na Produção de Carvão Vegetal

6.1.11 Trabalhador no Beneficiamento Primário de Leite

6.1.12 Trabalhador no Beneficiamento Primário de Erva-Mate

6.1.13 Trabalhador no Beneficiamento Primário de Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares

6.1.14 Trabalhador no Beneficiamento da Castanha de Caju

6.1.15 Trabalhador no Beneficiamento de Carne

6.1.16 Trabalhador no Beneficiamento do Palmito

2 - PECUÁRIA

2.1 GRANDE PORTE

2.1.1 Trabalhador na Bovinocultura de Corte

2.1.2 Trabalhador na Bovinocultura de Leite

2.1.3 Trabalhador na Bubalinocultura

2.1.4 Trabalhador na Eqüideocultura

2.1.5 Trabalhador na Doma Racional de Eqüídeos

2.1.6 Trabalhador na Inseminação Artificial de Bovinos

2.2 MÉDIO PORTE

2.2.1 Trabalhador na Suinocultura

2.2.2 Trabalhador na Ovinocultura

2.2.3 Trabalhador na Tosquia de Ovinos

2.2.4 Trabalhador na Caprinocultura

2.2.5 Trabalhador na Estrutiocultura (Avestruzes)

2.2.6 Trabalhador na Criação de Animais Exóticos e Silvestres

2.3 PEQUENO PORTE

2.3.1 Trabalhador na Avicultura Básica

2.3.2 Trabalhador na Avicultura de Postura

2.3.3 Trabalhador na Avicultura de Corte

2.3.4 Trabalhador na Sexagem de Aves (Sexador)

2.3.5 Trabalhador na Minhocultura

Page 24: Estrutura Ocupacional do Meio Rural

SENAR • Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

24

Série Metodológica • Vol. 2

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2.3.6 Trabalhador na Apicultura

2.3.7 Trabalhador na Sericicultura

2.3.8 Trabalhador na Cunicultura

2.3.9 Trabalhador na Helicicultura (Escargôs)

3 - SILVICULTURA

3.1 FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO

3.1.1 Trabalhador em Florestamento (Essências Florestais Nativas)

3.1.2 Trabalhador em Reflorestamento (Matas Homogêneas)

3.1.3 Trabalhador em Viveiros de Essências Florestais

3.1.4 Trabalhador na Exploração de Essências Florestais

4 - AQÜICULTURA

4.1 CRIAÇÃO DE ANIMAIS AQUÁTICOS

4.1.1 Trabalhador na Piscicultura

4.1.2 Trabalhador na Ranicultura

4.1.3 Trabalhador na Carcinicultura (Camarões)

4.1.4 Trabalhador na Mitilicultura (Mexilhões)

4.1.5 Trabalhador na Ostreicultura (Ostras)

4.1.6 Trabalhador na Criação de Quelônios (Tartarugas)

4.2 CULTIVO DE VEGETAIS AQUÁTICOS

4.2.1 Trabalhador no Cultivo de Algas

5 - EXTRATIVISMO

5.1 EXTRATIVISMO VEGETAL

5.1.1 Trabalhador na Exploração de Castanhas

5.1.2 Trabalhador na Exploração de Guaraná

5.1.3 Trabalhador no Extrativismo de Palmáceas

5.1.4 Trabalhador no Extrativismo de Erva-Mate e Chás

5.1.5 Trabalhador na Exploração de Corantes

5.1.6 Trabalhador na Exploração de Madeiras

5.1.7 Trabalhador na Exploração de Látex (Seringueiro)

5.2 EXTRATIVISMO ANIMAL

5.2.1 Trabalhador na Pesca Artesanal

5.2.2 Trabalhador na Captura de Mariscos

5.2.3 Trabalhador na Captura de Crustáceos

5.2.4 Trabalhador na Pesca Industrial