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Estrutura Residencial para Idosos Regulamento Interno
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RI.ERI
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
NORMA I
Âmbito de Aplicação
A Estrutura Residencial para Idosos (ERI), designado por “Lar de Idosos, Creche, Centro
de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário do Seixal”, tem acordo de cooperação celebrado
com o Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal, em 01/09/2011, pertencente a
AURPIS, que constitui uma instituição Particular de Solidariedade Social devidamente
registada na Direção Geral da Ação Social, sob o n.º 47/81.
A ERI encontra-se localizada na Rua Comendador José Tavares da Silva, Lt. 10 – Qt. D.
Maria - Bairro Novo – 2840 - 619 Seixal, e tem a sua sede na Rua Paiva Coelho, n.º 47,
2840-520 Seixal, telefone 212278079, fax 212278063, e-mail [email protected].
NORMA II
Legislação Aplicável
Os princípios legislativos pelos quais se rege a ERI são:
Decreto – Lei n.º 119/83 de 25 de Fevereiro – Estatutos das IPSS;
Despacho Normativo n.º 12/98 de 25 de Fevereiro – Normas Reguladoras dos
Lares;
Despacho Nº 7837/2002, de 16 de Abril;
Protocolo de Cooperação de 2010, celebrado entre o Ministério do Trabalho e
da Solidariedade Social e a Confederação Nacional das Instituições de
Solidariedade;
Orientação Normativa n.º 3, de 2 de Maio de 1997, do Ministério da
Solidariedade e Segurança Social.
NORMA III
Objetivos do Regulamento
O presente regulamento interno visa:
1. Promover o respeito pelos direitos dos clientes e demais interessados.
2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento da ERI.
3. Promover a participação ativa dos clientes e famílias ao nível da gestão da resposta
social.
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NORMA IV
Definição da Resposta Social Estrutura Residencial para Idosos
A ERI é uma resposta social desenvolvida em equipamento onde são desenvolvidas
atividades de apoio social a pessoas idosas através de alojamento coletivo, de
utilização temporária ou permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de
saúde, higiene e conforto, fomentando o convívio e propiciando a animação social e a
ocupação dos tempos livres.
NORMA V
Serviços Prestados e Atividades Desenvolvidas
1. A ERI assegura a prestação dos seguintes serviços, que estão incluídos na
mensalidade:
1.1. Alojamento em quarto individual, duplo ou triplo;
1.2. Cuidados de higiene, conforto e imagem pessoal prestados pelas ajudantes de
ação direta;
1.3. Alimentação – pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar e ceia;
1.4. Apoio/acompanhamento nas refeições;
1.5. Tratamento e lavagem de roupas;
1.6. Limpeza e arranjo diário dos aposentos;
1.7. Assistência médica;
1.8. Cuidados de enfermagem;
1.9. Assistência medicamentosa;
1.10. Atividades socioculturais;
1.11. Ginástica de manutenção.
2. A ERI realiza ainda as seguintes atividades e serviços, caso o cliente deseje, que
serão acrescidos á mensalidade:
2.1. Acompanhamento dos clientes ao exterior para aquisição de bens e serviços;
2.2. Serviço de barbearia, cabeleireiro, calista/pedicura/manicura,
massagem/aromaterapia e tratamentos de estética prestados por profissionais
especializados;
2.3. Fornecimento de fraldas, pensos anatómicos, cueca fralda, resguardos e
aquisição de medicamentos junto da farmácia;
2.4. Materiais de enfermagem;
2.5. Aluguer de aparelhos hospitalares e oxigénio;
2.6. Passeios e colónias de férias;
2.7. Outros extras de carácter pessoal solicitados pelo cliente.
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CAPÍTULO II
PROCESSO DE ADMISSÃO DOS CLIENTES
NORMA VI
Condições de Admissão
1. A ERI tem a capacidade de acolher 56 clientes de ambos os sexos.
2. São condições de admissão:
2.1. Vontade em ser admitido ou, em caso de impossibilidade do próprio, por
solicitação de 3º pessoa;
2.2. Possuir idade igual ou superior a 65 anos, salvo casos excecionais, a considerar
individualmente, após estudo pela equipa técnica e devidamente aprovado pela
Direção;
2.3. Existir vaga na ERI;
2.4. Residir na freguesia ou concelho do Seixal.
NORMA VII
Candidatura
1. Para efeitos de admissão, o cliente deverá candidatar-se através do preenchimento
de uma ficha de inscrição. Em situação de incapacidade na expressão livre dessa
vontade a candidatura deverá ser formulada por 3ª pessoa
que assuma a responsabilidade pela integração do candidato.
2. O cliente e/ou 3ª pessoa deverá fazer prova das declarações efetuadas, mediante a
entrega de cópia dos seguintes documentos:
2.1. Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão;
2.2. Cartão de Contribuinte do cliente;
2.3. Cartão de Beneficiário da Segurança Social;
2.4. Cartão de Utente dos Serviços de Saúde ou de Subsistemas a que o cliente
pertença;
Prova de rendimentos do agregado familiar, feita mediante a apresentação de
documentos comprovativos adequados e credíveis de natureza fiscal;
2.5. Prova das despesas mensais fixas do agregado familiar;
2.6. Em situações especiais pode ser solicitada a certidão da sentença judicial que
regule a representação legal do cliente.
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3. O período de candidatura para ERI decorre às sextas-feiras das 14:30h às 16:30h.
Apenas serão consideradas as candidaturas que reunirem toda a documentação
solicitada, para que seja possível o prosseguimento de análise e avaliação da
situação.
4. Em casos excecionais, de admissão urgente, após avaliação técnica e com
aprovação da direção, pode ser dispensada a apresentação de candidatura e
respetivos documentos probatórios, devendo todavia ser desde logo iniciado o
processo de obtenção dos dados em falta.
NORMA VIII
Critérios de Admissão
1. São critérios de prioridade na seleção dos clientes:
1.1. Vulnerabilidade sócio – económica;
1.2. Ser cliente de uma das respostas sociais da instituição;
1.3. Insuficiência de condições habitacionais que impossibilitem a permanência no
domicílio, mesmo com apoio;
1.4. Ausência, indisponibilidade ou incapacidade da rede de suporte social e familiar
em assegurar cuidados básicos;
1.5. Risco de isolamento social;
1.6. Grau de dependência;
1.7. Data de inscrição;
1.8. Em caso de igualdade de circunstâncias será considerado como facto de
desempate ser sócio da A.U.R.P.I.S.
NORMA IX
Admissão
1. Recebida a candidatura, a mesma é analisada pela diretora técnica, a quem
compete elaborar a proposta de admissão tendo em conta as necessidades sociais
identificadas e a adequação da resposta social.
2. A decisão de admissão é da competência da Direção, formalizada através da
assinatura de um contrato de prestação de serviços celebrado entre a instituição, o
cliente e/ou 3ª pessoa.
3. A admissão passará obrigatoriamente por uma entrevista e visita domiciliária, feita
pela equipa técnica destinada a estudar a situação sociofamiliar do cliente, bem
como informar e esclarecer sobre o regulamento interno, direitos e deveres das
partes e normas gerais de funcionamento.
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4. No ato de admissão será solicitado, o boletim de vacinas e declaração médica
comprovativa de existência de doença infeciosa sem risco de transmissão e/ou
existência de perturbação mental devidamente compensada, bem como a
terapêutica e a forma de a ministrar.
5. No ato da admissão é devido o pagamento da comparticipação familiar respeitante
ao mês de admissão.
NORMA X
Acolhimento dos Novos Clientes
1. O programa de acolhimento será previamente definido com o cliente e/ou 3ª
pessoa, tendo em conta as suas necessidades específicas de forma a garantir uma
adaptação de sucesso sendo implementado durante o período de integração.
2. No ato da admissão, o cliente deve trazer a sua roupa, produtos de higiene, e
outros objetos de natureza pessoal.
3. O cliente não poderá trazer quaisquer bens de grande dimensão, sem a devida
autorização da Direção.
4. O acolhimento é da competência da diretora técnica que deverá:
4.1. Realizar o inventário dos bens do cliente, caso existam;
4.2. Apresentar as instalações, as equipas que articularão com o cliente, bem como
os outros clientes;
4.3. Gerir, adequar, e monitorizar os primeiros serviços prestados;
4.4. Avaliar as reações do cliente;
4.5. Realçar a importância da participação das pessoas próximas do cliente nas
atividades a desenvolver;
4.6. Divulgar os mecanismos de participação na instituição, nomeadamente o
sistema de apresentação de sugestões e reclamações.
5. Se durante o período de integração, o cliente não se adaptar, deverá ser realizada
uma avaliação do programa de acolhimento, identificando os indicadores que
levaram à sua inadaptação e procurar superá-los, estabelecendo se necessário
novos objetivos de intervenção.
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NORMA XI
Processo Individual do Cliente
1. Cada cliente tem um processo individual constituído por processo administrativo,
processo social e processo clínico.
2. O processo administrativo é arquivado em local de fácil acesso aos serviços
administrativos, garantindo a sua confidencialidade, e é constituído pelos seguintes
documentos:
2.1. Ficha de inscrição;
2.2. Dados e documentos facultados pelo cliente/3ªpessoa no processo de
candidatura;
2.3. Documentos comprovativos dos rendimentos e despesas do agregado familiar do
cliente;
2.4. Dados de identificação relativos à pessoa de referência do cliente e identificação
do profissional de saúde com respetivos contactos;
2.5. Contrato de cliente e registo da cessação do contrato, com a data e o motivo,
anexando os documentos comprovativos da rescisão.
3. O processo social é arquivado em local de fácil acesso á equipa técnica, garantindo
a sua confidencialidade, e é constituído pelos seguintes documentos:
3.1. Processo administrativo;
3.2. Ficha de avaliação inicial de requisitos;
3.3. Ficha de avaliação diagnóstica;
3.4. Vários registos de prestação de serviços, participação em atividades bem como
ocorrências de situações anómalas;
3.5. Relatório do programa de acolhimento e de avaliação das necessidades e dos
potenciais do cliente;
3.6. Plano de desenvolvimento individual, respetiva revisão, monitorização e
avaliação.
4. O cliente ou pessoa de referência têm conhecimento da informação constante no
processo individual e podem aceder a este, sem nunca pôr em causa a
confidencialidade e o sigilo das informações nele contido.
5. O processo clínico é arquivado em local de fácil acesso ao médico e enfermeiro,
garantindo a sua confidencialidade, e é constituído pelos seguintes documentos:
5.1. Todos os atos médicos, de enfermagem, e prescrições medicamentosas
decorrentes da avaliação e diagnóstico da situação de saúde do cliente, bem
como todos os encaminhamentos para meios complementares de diagnóstico e
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tratamento;
5.2. Registos de acompanhamento das condições de saúde do cliente;
5.3. Identificação do profissional de saúde de referência e respetivos contactos em
caso de emergência, bem como outros documentos de saúde que sejam
necessários ao acompanhamento do cliente.
NORMA XII
Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)
1. O PDI é um instrumento que visa que os serviços prestados ao cliente promovam a
sua autonomia e qualidade de vida tendo em atenção os seguintes princípios:
1.1. Definir um conjunto de atividades e ações que promovam a comunicação e
convivência e que respeitem o género, religião, necessidades, hábitos,
expectativas, interesses, confidencialidade, privacidade e projeto de vida do
cliente;
1.2. Promover a participação ativa do cliente e pessoa próxima em todas as fases de
planificação das atividades.
NORMA XIII
Listas de Espera
1. Caso não seja possível proceder à admissão de clientes que satisfaçam os critérios
de admissão, por inexistência de vagas, esta será comunicada ao candidato, e caso
este o deseje, fica inscrito em lista de espera.
2. Sempre que solicitado o candidato poderá consultar a posição que ocupa na lista.
3. A lista de espera será assinada pelo diretor técnico e direção e afixada em local
visível sendo revista anualmente.
4. Todos os candidatos inscritos deverão fazer a renovação da sua inscrição de 1 a 30
de Dezembro de cada ano, presencialmente, por telefone ou e-mail, sendo
excluídas da lista de espera todos os candidatos que não tenham procedido à
respetiva renovação da inscrição.
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CAPÍTULO III
INSTALAÇÕES E REGRAS DE FUNCIONAMENTO
NORMA XIV
Instalações
1. O equipamento é dividido em três pisos:
1.1. 1º Piso: Gabinete da Direção, gabinete da direção técnica, salas de arrumos,
arrecadação, dispensa e armazém, lavandaria, receção, oficina geral, sala de
pessoal/vestiários e sala de ginástica/fisioterapia;
1.2. 2º Piso: Serviços administrativos, gabinete da coordenação, sala de reuniões,
sala de estar/convívio, balneários, refeitório, cozinha, copa, cabeleireiro, área
reservada a grandes dependentes e estados terminais composta por quatro
quartos duplos com respetivas instalações sanitárias e quarto de retiro/descanso
com apoio de gabinete médico e gabinete de enfermagem;
1.3. 3º Piso: Seis quartos individuais, vinte e dois quartos duplos e dois quartos
triplos, ambos com instalações sanitárias, duas salas de estar/copa e uma sala de
apoio/vigia.
NORMA XV
Horários de Funcionamento
1. A ERI funciona todos os dias da semana durante 24 horas por dia.
2. Os serviços da ERI praticam os seguintes horários:
Gabinete técnico: Dias úteis das 09h00m às 17h30m;
Secretaria: Dias úteis das 09h00m às 18h00m;
Gabinete enfermagem: Diário com horário flexível;
Gabinete médico: Semanal com horário flexível;
Área reabilitação: Dias úteis com horário flexível;
Área ocupacional: Dias úteis com horário flexível;
Área de apoio: Diário, 24 horas.
3. Para garantir um ambiente adequado ao descanso será considerado período
noturno entre as 23h00m e as 08h00m.
4. Ressalvando casos pontuais previamente autorizados, a entrada e saídas das
instalações da ERI é o seguinte:
Saídas: A partir das 09h00m;
Entradas: Até às 22h00m.
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NORMA XVI
Entrada e Saída de Visitas
1. 1.A entrada e saída de visitas rege-se pelos seguintes horários:
De 2.ª a 6.ª Feira: entre as 15h00m e as18h00m;
Sábados, Domingos e Feriados: entre as 14h00 e as 18h00.
2. O horário de entrada e saída de visitas pode ser ajustado em casos devidamente
autorizados pela direção técnica.
3. As visitas poderão almoçar ou jantar com o cliente, mediante aviso no dia anterior.
4. Em casos extraordinários (agravamento da situação de saúde ou outros) os
familiares poderão solicitar á direção técnica o alargamento temporário do horário
de visita.
5. Os visitantes devem respeitar as normas de funcionamento bem como a
privacidade dos demais clientes, de forma a não perturbar o bom funcionamento da
ERPI. Deste modo:
4.1. A visita deverá ter lugar nas salas, exceto casos devidamente autorizados;
4.2. Não é permitido às visitas facultarem diretamente ao cliente quaisquer tipos
de medicamentos e bebidas alcoólicas;
4.3. Os visitantes poderão trazer alimentos e deverão entregá-los á ajudante de
lar, que procederá, á sua identificação e armazenamento.
NORMA XVII
Pagamento da Mensalidade
1. O pagamento das comparticipações familiares deverá ser feito até ao dia 10 do mês
corrente na secretaria, em dinheiro, cheque, cartão multibanco, transferência
bancária ou por débito direto.
2. O não cumprimento do pagamento da mensalidade implica juros de mora á taxa
legal aplicável.
3. O não pagamento da comparticipação implica a suspensão da prestação de serviços
no prazo de 30 dias a contar do incumprimento, salvo em situações devidamente
autorizadas pela Direção.
4. Quando o cliente e/ou 3ª pessoa não paguem a comparticipação no prazo de 30
dias a contar da data da suspensão, a Direção poderá rescindir o contrato da
prestação de serviços.
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NORMA XVIII
Comparticipações Familiares
1. A tabela de comparticipações familiares será calculada de acordo com a legislação e
normativos em vigor e encontra-se afixada em local visível.
2. De acordo com o disposto na Circular Normativa, nº 3, de 02/05/97 e nº7 de
14/08/97, da Direção Geral da Ação Social, o cálculo de rendimento “per capita” do
agregado familiar é realizado de acordo com seguinte fórmula:
R = RF – D
N
3. A comparticipação familiar mensal é efectuada no total de 12 mensalidades, sendo
que o valor do rendimento ilíquido do agregado familiar é o duodécimo da soma
dos rendimentos anualmente auferidos, por cada um dos seus elementos.
4. Entende-se por agregado familiar o conjunto de pessoas ligadas entre si por vínculo
de parentesco, casamento, afinidade, ou outras situações assimiláveis, desde que
vivam em economia comum.
5. No que respeita às despesas mensais fixas, consideram-se para o efeito:
5.1. O valor das taxas e impostos necessários à formação do rendimento liquido,
designadamente do imposto sobre o rendimento e da taxa social única;
5.2. O valor da renda da casa ou de prestação mensal devida pela aquisição de
habitação própria (só será considerada para apuramento dos valores da
comparticipação no caso de na habitação ficar um idoso);
5.3. Os encargos médios mensais com transportes públicos;
5.4. As despesas com aquisição de medicamentos de uso continuado em caso de
doença crónica.
6. A prova das despesas fixas deverá ser feita mediante a apresentação de
documentos comprovativos dos últimos três meses.
7. A prova de rendimentos declarados será feita mediante apresentação de
documentos comprovativos adequados e credíveis, de natureza fiscal,
nomeadamente declaração de IRS, nota de liquidação, declaração do CRSS e/ou
CNP e documentos comprovativos de outros rendimentos.
8. Perante a recusa na entrega da documentação solicitada, será legítimo aplicar a
comparticipação máxima relativa ao cliente.
Sendo que: R = Rendimento “per capita” RF = Rendimento mensal ilíquido do agregado familiar D = Despesas fixas N = Número de elementos do agregado familiar
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9. A comparticipação familiar é de 70% sobre o rendimento “per capita” do agregado
familiar do cliente e poderá ser elevada até 85% relativamente aos clientes que
recebam complemento por dependência de 1º grau.
10. Na situação prevista no número anterior, não havendo lugar à atribuição do
referido complemento, a percentagem será ajustada em conformidade, tendo em
conta o custo do cliente á instituição.
11. O valor de referência, para efeitos de comparticipação familiar, é de
938,43€/cliente/mês no ano de 2013.
12. Sempre que o somatório da comparticipação do cliente com a comparticipação
financeira da Segurança Social seja inferior a 150% do valor de referência, poderá
ser acordado com os descendentes em 1ºgrau da linha recta,
mediante outorga de acordo escrito, o pagamento do diferencial.
13. O montante da comparticipação mensal poderá ser alterado, sempre que as
condições do internamento se alterem, designadamente mudança do quadro de
dependência do cliente.
14. Haverá lugar a uma redução de 20% na comparticipação mensal dos familiares,
sempre que se verifique a frequência no mesmo estabelecimento por mais do que
um elemento do agregado familiar.
15. Haverá lugar a uma redução de 25% na comparticipação familiar mensal quando o
período de ausência do cliente, devidamente justificada, exceda 15 dias não
interpolados, deduzida na mensalidade do mês seguinte, e redução de 50% quando
o período de ausência do cliente seja superior a 30 dias não interpolados.
16. Se a admissão do cliente na resposta social for feita até ao dia 15, a
comparticipação mensal deverá ser paga na totalidade, no entanto se ocorrer
depois do dia 15 a comparticipação sofrerá uma redução de 25%.
17. Deverá ser feita prova documental de rendimentos anuais para actualização das
comparticipações familiares.
NORMA XIX
Refeições
1.Os horários das refeições são os seguintes:
Pequeno-almoço Das 08h30m às 10h00m
Almoço Das 12h30m às 13h30m
Lanche Das 16h00m às 17h00m
Jantar Das 19h00m às 20h00m
Ceia Das 22h00m às 22h30m
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2. Os horários das refeições poderão ser sujeitos a alterações mediante a necessidade
dos clientes, bem como dos serviços.
3. As refeições são servidas no refeitório, e só em casos especiais e justificados
poderão ser servidas nos quartos.
4. As ementas são elaboradas semanalmente e afixadas no refeitório. Em caso de
alteração, a mesma será comunicada.
NORMA XX
Atividades/Serviços Prestados
1. Alojamento:
1.1. O alojamento poderá ser em quarto individual, duplo ou triplo, conforme as
disponibilidades à data da admissão, procurando agrupar-se os clientes de forma a
conseguir-se a desejável harmonia entre todos;
1.2. Os quartos são compostos por casa de banho privativa, cama, roupeiro e mesa-de-
cabeceira;
1.3. A transferência para outro quarto poderá ser feita à morte de um dos cônjuges,
respeitando o período de luto no qual o outro se encontra ou em caso de conflito
latente com o companheiro de quarto.
2. Alimentação:
2.1. A ERI fornece pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e ceia;
2.2. A alimentação é composta por refeição normal, dieta alimentar organizada pela
ERI e dietas terapêuticas prescritas pelo médico;
2.3. As ementas são elaboradas semanalmente respeitando a variedade, a prática de
uma alimentação saudável e as necessidades alimentares específicas dos clientes,
bem como os seus hábitos e preferências;
2.4. Não é permitido aos clientes consumir bebidas alcoólicas em doses excessivas
possíveis de prejudicar a sua saúde e o bom funcionamento da ERI.
3. Higiene Pessoal e cuidados de imagem:
3.1. As ajudantes de lar asseguram diariamente os necessários cuidados de higiene,
conforto e imagem pessoal, estimulando e promovendo a autonomia, a
independência e a manutenção das capacidades dos clientes;
3.2. A ERI tem à disposição fraldas, cueca fralda, pensos anatómicos, resguardos e
ajudas técnicas de forma a garantir o bem-estar dos clientes, mediante
pagamento.
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4. Tratamento e lavagem de roupa:
4.1. O tratamento das roupas pessoais é feito diariamente na lavandaria e é
constituído por lavagem, secagem, pequenos arranjos de costura e arrumo;
4.2. Não é permitida a lavagem de roupa nos quartos ou casas de banho.
5. Assistência médica, de enfermagem e medicamentosa:
5.1. A ERI dispõe de um médico responsável pelo acompanhamento clínico dos clientes
e uma equipa de enfermagem que prestará os cuidados necessários e o
acompanhamento diário do estado de saúde dos clientes;
5.2. Sempre que o cliente precise de observação médica será atendido pelo médico da
ERI que dá consultas uma vez por semana, no entanto, o cliente poderá consultar
outro médico sempre que o desejar, devendo comunicar ao enfermeiro se houve
prescrição de qualquer medicamento ou cuidado de saúde, para atualização do
respetivo processo clínico;
5.3. Em caso de deslocação urgente ao hospital, e existindo rede de suporte familiar, a
ERI informará de imediato o familiar que terá a responsabilidade de acompanhar o
cliente no hospital;
5.4. Não é permitido aos clientes suspenderem a medicação prescrita,
automedicarem-se e terem medicamentos na sua posse, salvo ordem médica em
contrário;
5.5. A aquisição da medicação junto da farmácia, caso o cliente pretenda, pode ser da
responsabilidade da ERI, no entanto o custo da medicação não está incluída na
mensalidade.
6. Atividades Socioculturais:
6.1. A ERI desenvolve atividades diferenciadas, essenciais ao equilíbrio e bem-estar
físico e psicológico, que permitem a participação activa dos clientes, tendo em
conta os seus gostos, necessidades, potencialidades e expectativas, recursos da
instituição e propostas da comunidade, de forma a retardar a perda de autonomia
e independência e proporcionar momentos de diversão, recreação e quebra de
rotinas;
6.2. São levadas a cabo inúmeras iniciativas nomeadamente passeios, excursões e
colónias de férias de forma a elevar o grau de bem-estar dos clientes e
proporcionar o contacto frequente com a comunidade.
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NORMA XXI
Passeios e Deslocações
1. A organização de passeios é da responsabilidade do animador sociocultural e por
convites das entidades parceiras que asseguram o transporte.
2. O transporte para consultas, exames médicos ou outros meios complementares de
diagnóstico e tratamento serão da responsabilidade do cliente e familiares, não
estando incluídas na mensalidade.
CAPÍTULO IV
RECURSOS HUMANOS
NORMAXXII
Quadro de Pessoal
O quadro de pessoal encontra-se afixado nos placards da ERI, contendo a indicação do
número de recursos humanos, formação e conteúdo funcional, definido de acordo
com a legislação em vigor.
NORMA XXIII
Direção Técnica
A direção técnica do ERI compete a um técnico com habilitações competentes em
termos legais, com formação superior no domínio das ciências sociais e humanas cujo
nome, formação e conteúdo funcional se encontra afixado em local visível.
NORMA XXIV
Outras normas de funcionamento:
1. Se os responsáveis pelo cliente se ausentarem da sua residência habitual deverão
deixar um contacto ou indicar outras pessoas a contactar em caso de necessidade.
2. Os clientes dispõem de total liberdade de deslocação dentro e fora do
estabelecimento, desde que o estado de saúde assim o permita, não se
responsabilizando a instituição por clientes que saiam por sua iniciativa quando se
trate de pessoa física e mentalmente capaz.
3. Os clientes cuja saída, por qualquer limitação física, doença ou idade avançada,
possa representar perigo para a sua segurança pessoal, só sairão, quando
acompanhados por um familiar, amigo ou por um funcionário da ERI.
4. Os clientes deverão informar a ajudante de serviço, das suas ausências, no entanto
as saídas por mais de 24 horas necessitam de comunicação prévia.
5. Não é permitido nos quartos, nem no interior da ERI a manutenção de hábitos
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tabágicos, existindo no exterior local próprio para o efeito.
6. Não é permitido guardar nos quartos qualquer tipo de produtos alimentares.
7. A partir das 23h00m é considerado o momento de silêncio, que deverá ser
respeitado, de forma a não ser prejudicado o sossego dos clientes.
8. Os clientes podem permanecer na sala de convívio até mais tarde, onde podem
ouvir música ou ver televisão em volume moderado.
9. Na ocorrência de um óbito, a ajudante de serviço contactará de imediato a
diretora técnica a quem compete proceder ao aviso da pessoa de referência, que se
responsabilizará por todos os procedimentos necessários.
10. Se o falecimento ocorrer durante a noite (da meia noite às oito da manhã) o
responsável será contactado a partir das 08h00m.
CAPÍTULO V
DIREITOS E DEVERES
NORMA XXV
Direitos e Deveres dos Clientes
1. São direitos dos clientes:
1.1. Ao reconhecimento da sua identidade pessoal, dignidade, liberdade, privacidade,
à capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra e
à reserva da intimidade da sua vida privada, independentemente das convicções
religiosas, políticas ou ideológicas, sexo, raça, instrução, situação económica ou
condição social;
1.2. A qualidade na prestação dos serviços solicitados e contratados, que garantam o
seu bem-estar e qualidade de vida, desenvolvidos em ambiente de amizade,
calmo e confortável;
1.3. Ser informado das normas, regulamentos vigentes, alterações respeitantes às
condições da prestação de serviços;
1.4. Participar em todas as atividades, de acordo com os seus interesses,
expectativas, motivações e possibilidades;
1.5. Apresentar reclamações verbais ou por escrito;
1.6. Usufruir de uma dieta equilibrada de acordo com as suas necessidades
individuais;
1.7. Receber visitas dos seus familiares e amigos.
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2. São deveres dos clientes:
2.1. Cumprir as normas e regras deste regulamento do qual terá conhecimento
aquando da sua admissão;
2.2. Proceder ao pagamento da mensalidade bem como serviços extras que
requisitar até ao dia 10 do mês corrente;
2.3. Zelar pela boa conservação e utilização do edifício e bens da ERI e não assumir
comportamentos que possam perturbar o sossego, tranquilidade e harmonia dos
restantes clientes;
2.4. Respeitar a Direção os colaboradores de diferentes categorias profissionais,
demais clientes e outras pessoas que se relacionem com a instituição;
2.5. Participar de modo ativo apresentando as sugestões e reclamações que julguem
convenientes de forma a contribuir para a melhoria dos serviços prestados;
2.6. Avisar a instituição de qualquer alteração pretendida aos serviços prestados e
comunicar às ajudantes de serviço as eventuais saídas da ERI.
NORMA XXVI
Direitos e Deveres dos Familiares
1. São direitos dos familiares:
1.1. Obter informação adequada sobre o cliente de que é responsável;
1.2. Efetuar visitas de acordo com o estabelecido no regulamento interno;
1.3. Participar nas ações promovidas pela ERI destinadas às famílias dos residentes;
1.4. Participar de modo ativo, apresentando as sugestões e reclamações que julguem
convenientes de forma a contribuir para a melhoria da vida da instituição.
2. São deveres dos familiares:
2.1. Cumprir com as comparticipações mensais ou outras eventuais despesas para com
a instituição, de acordo com o contratualizado no ato de admissão;
2.2. Proceder ao acompanhamento sistemático do cliente através de visitas regulares e
de contactos periódicos com os profissionais da ERI, acolhimento nas suas residências
para férias ou fim-de-semana e o apoio nas situações de agravamento das condições
de saúde que requeiram acompanhamento específico ou internamento hospitalar;
2.3. Respeitar todos os utentes, a instituição e os seus representantes;
2.4. Não assumir comportamentos que prejudiquem a boa organização dos serviços, as
condições e o ambiente necessário à sua eficaz prestação.
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NORMA XXVII
Direitos e Deveres da Direção da ERI
1. São direitos da direção:
1.1. Ser tratado com respeito e dignidade;
1.2. Exigir ao cliente e/ou pessoa de referencia o pagamento da comparticipação
familiar bem como de outras despesas atribuídas, devidamente justificadas, até
ao dia 10 do mês corrente;
1.3. Ver respeitado o seu património e bom nome;
1.4. Proceder à solicitação de documentação necessária à comprovação da
veracidade das declarações prestadas pelo cliente e/ou pessoa de referência no
acto de admissão.
2. São deveres da direção:
2.1. Assegurar o bem-estar dos clientes e o respeito pela sua dignidade
promovendo a participação dos mesmos na vida da instituição, proporcionando
um acompanhamento adequado a cada cliente;
2.2. Garantir a prestação dos serviços contratualizados no ato de admissão, a
qualidade dos serviços e o bom funcionamento da resposta social;
2.3. Dispor de um livro de reclamações;
2.4. Proceder à admissão dos clientes de acordo com os critérios definidos neste
regulamento.
NORMA XXVIII
Depósito e Guarda dos Bens dos Clientes
A instituição não se responsabiliza por dinheiro, valores e objectos dos clientes que
não tenham sido declarados à sua guarda. Sempre que estes sejam confiados, pelo
cliente e/ou familiar, à guarda da instituição, constaram em registo próprio de cada
cliente.
NORMA XXIX
Interrupção da Prestação de Cuidados por Iniciativa do Cliente
A interrupção do serviço, por um período máximo de 60 dias, ocorre quando o cliente
se encontra hospitalizado, bem como de férias ou ausências temporárias, devidamente
justificadas, e neste caso deve ser comunicado à instituição com 8 dias de
antecedência, sempre que possível.
NORMA XXX
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Contrato
1. Nos termos da legislação em vigor, entre a instituição, o cliente e/ou 3ª pessoa será
celebrado, por escrito, um contrato de alojamento e prestação de serviços no acto
da admissão.
2. O contrato será celebrado por escrito devidamente assinado e rubricado, sendo um
exemplar entregue a cada um dos outorgantes.
3. Sempre que se verifiquem alterações ao contrato, o mesmo é sujeito à aprovação
das partes, através de adenda ao mesmo.
4. O contrato será celebrado por um ano, renovável por iguais períodos se não for
denunciado por qualquer das partes.
NORMA XXXI
Cessação da Prestação de Serviços por Facto Não Imputável ao Prestador
1. Em caso do cliente e/ou 3ª pessoa pretenderem cessar o contrato, terão de
comunicar por escrito a sua decisão à Direção, com trinta dias de antecedência,
sempre que possível.
2. A cessação da prestação de serviços ao cliente pode acontecer nas seguintes
situações:
2.1. Incumprimento das normas, regras e pagamentos estabelecidos no
regulamento interno;
2.2. Inadequação dos serviços às necessidades do cliente; DA
2.3. Insatisfação do cliente;
2.4. Inadaptação do cliente aos serviços.
NORMA XXXII
Livro de Reclamações
1. Nos termos da legislação em vigor, este equipamento possui livro de reclamações,
que poderá ser solicitado junto da secretaria sempre que desejado.
2. Poderão ser apresentadas quaisquer reclamações ou sugestões ao diretor técnico.
CAPÍTULO VI
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DISPOSIÇÕES FINAIS
NORMA XXXIII
Alterações ao Regulamento
1. O presente regulamento será objeto de alteração sempre que a legislação e
normativos o exijam ou o desajustamento do mesmo o imponha.
2. Nos termos da legislação em vigor, os responsáveis do estabelecimento deverão
informar e contratualizar com os clientes e/ou 3ª pessoa sobre quaisquer alterações
ao presente regulamento com a antecedência mínima de 30 dias relativamente à
data da sua entrada em vigor, sem prejuízo do direito à resolução do contrato a que
a estes assiste.
3. Todas as alterações serão comunicadas aos serviços do Centro Distrital de
Segurança Social de Setúbal.
NORMA XXXIV
Integração de Lacunas
Em caso de eventuais lacunas, as mesmas serão supridas pela Direção, tendo em conta
a legislação em vigor.
NORMA XXXV
Disposições Complementares
Todas as omissões deste regulamento, desde que não legisladas pela entidade da
tutela, serão resolvidas pela Direção, sendo emitida uma ordem de serviço.
NORMA XXXVI
Entrada em Vigor
O presente regulamento entra em vigor em 13 de Novembro de 2014
*- Este Documento foi Aprovado em Assembleia Geral, Realizada no dia 13 de
Novembro de 2014