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i PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE INFORMÁTICA CURSO DE BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Uma ferramenta para gestão de grupos por perfil de alunos no ambiente Moodle por ROBERTO MARTINS PORFIRO Trabalho de Conclusão Profa. Lúcia Maria Martins Giraffa Orientadora Porto Alegre, junho de 2008

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Trabalho investigativo sobre uso e configuração do MOODLE

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE INFORMÁTICA

CURSO DE BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Uma ferramenta para gestão de grupos por perfil de alunos no ambiente Moodle

por

ROBERTO MARTINS PORFIRO

Trabalho de Conclusão

Profa. Lúcia Maria Martins Giraffa

Orientadora

Porto Alegre, junho de 2008

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AGRADECIMENTOS

A professora doutora Lúcia Maria Martins Giraffa, por ter sido extremamente competente de maneira tão simples. Obrigado! A professora Sabrina Marczak, por ter aguçado meu pensamento crítico sobre Engenharia de Software, tendo me ensinado muito em tão pouco tempo. Ao professor doutor Marcelo Hideki Yamaguti, pelas interações acadêmicas e por me simbolizar competência. Ao colega de curso Rafael Martins Torres por ter iniciado este volume, quando da realização da cadeira de Estágio Profissional. A família de uma forma geral, que compreenderam as minhas ausências neste período da graduação. A minha mãe por ter tido a certeza de que eu conseguiria. Ao meu pai por ser a pessoa mais especial do Mundo. A todos aqueles, amigos e parentes que participaram ou contribuíram para a conclusão deste curso. Especial a minha esposa Úrsula Marczak Figueiredo, por estar sempre ao meu lado, contribuindo para concretizar os nossos sonhos. Obrigado!

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SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................................................................. 9

1.1 Questão Norteadora do Trabalho ....................................................................... 11

1.2 Objetivos ............................................................................................................... 11

1.3 Organização do Texto .......................................................................................... 12

2. Referencial Teórico ................................................................................................ 13

2.1 Educação a Distância ........................................................................................... 13

2.2 Ambientes Virtuais de Aprendizagem ............................................................... 14

2.3 O ambiente do Moodle ......................................................................................... 23 2.3.1 Funcionalidades do Ambiente Moodle .............................................................. 24 2.3.2 Metodologia para Desenvolvimento no Moodle ............................................... 27

2.4 Padrão SCORM ................................................................................................... 32

2.5 Linguagem PHP ................................................................................................... 33

3. Desenvolvimento do Protótipo .............................................................................. 35

3.1 Requisitos Funcionais .......................................................................................... 35

3.2 Requisitos Não Funcionais .................................................................................. 35

3.3 Recursos Computacionais Utilizados ................................................................. 35 3.3.1 Hardware ........................................................................................................... 35 3.3.2 Software............................................................................................................. 36

3.4 Modelagem do Protótipo ..................................................................................... 36

3.5 Estrutura do Protótipo ........................................................................................ 42

3.6 Objetivo do Protótipo .......................................................................................... 44

3.7 Exemplo de Uso do Protótipo .............................................................................. 44

4. Considerações Finais .............................................................................................. 47

4.1 Contribuições deste Trabalho de Conclusão ..................................................... 48 4.1.1 Validação e Testes ............................................................................................. 48 4.1.2 Depoimento: Esforço e requisitos para o desenvolvimento .............................. 49

4.2 Trabalhos Futuros ................................................................................................ 51

ANEXO I – Dicas e sites úteis sobre o ambiente Moodle ........................................... 55

ANEXO II – Desenvolvimento de módulos para o ambiente Moodle ...................... 59

ANEXO III – Utilização do ambiente Moodle sob a ótica do Professor ................... 94

ANEXO IV – O ambiente Moodle sob a ótica do desenvolvedor PHP ................... 109

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LISTA DE ABREVIATURAS

EAD Educação a Distância

Moodle Modular Object Oriented Dynamic Learning Enviroment

CMS Course Management System

TIC Tecnologia de Informação e Comunicação

PHP PHP: Hipertext Preprocessor

HTML Hypertext Markup Language

CMR Customer Relationship Management

TI Teconologia da Informação

MYSQL Ferramenta de gerenciamento de dados

XML Extensible Markup Language

RSS Really Simple Syndication

MSN Microsoft Service Network

IE Informática na Educação

ERD Entity Relationship Diagram

WEB World Wide Web

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

HTTPS HypertText Transfer Protocol Secure

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Interface para login no servidor do FirstClass. ............................................ 14 Figura 2.2 - Interface para acesso a um curso no Learning Space. ................................. 15 Figura 2.3 – Metáfora do ambiente TeamWave. ............................................................. 16 Figura 2.4 – Janela do WebBoard. .................................................................................. 16 Figura 2.5 – Janela do WebCT. ....................................................................................... 17 Figura 2.6 – Login no Eureka. ......................................................................................... 17 Figura 2.7 – Tela inicial do Servidor AulaNet. ............................................................... 18 Figura 2.8 – Tela inicial do LearnLoop. .......................................................................... 19 Figura 2.9 – Tela de apresentação do ambiente TelEduc. ............................................... 19 Figura 2.10 - Interface do ambiente e-Proinfo. ............................................................... 20 Figura 2.11 - Interface do ambiente Moodle. .................................................................. 21 Figura 2.12 – Estrutura de um Sistema Colaborativo. ..................................................... 23 Figura 2.13 – Estrutura de acesso dos principais usuários no Moodle. ........................... 27 Figura 2.14 – Comando SQL apresentados na instalação do Moodle. ............................ 30 Figura 2.15 – Interação entre PHP / Servidor WEB / Browser. ...................................... 34 Figura 3.1 – Casos de Uso do Protótipo. ......................................................................... 37 Figura 3.2 – Fluxo de execução das páginas – UC - 04. ................................................. 41 Figura 3.3 – ERD do protótipo. ....................................................................................... 42 Figura 3.4 – Estrutura básica do Protótipo. ..................................................................... 43 Figura 3.5 – Diagrama de implantação (pacotes e dependências do protótipo). ............. 44 Figura 3.6 – Tela do protótipo para inclusão de questão de perfil. ................................. 45 Figura 3.7 – Tela do protótipo para aluno para informar seu perfil. ............................... 45 Figura 3.8 – Tela do protótipo para definição do formato dos grupos. ........................... 46 Figura 3.6 – Tela do protótipo para definição dos alunos nos grupos. ............................ 46 Figura 4.1 – Página de entrada do ambiente simulado do Moodle.................................. 49 Figura 4.2 – Módulo disponível na disciplina (Grupos por Perfil). ................................ 49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 - Tabela com comparativo entre ambientes de EAD. .................................... 22

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma investigação acerca

das possibilidades de desenvolvimento de módulos relacionados ao gerenciamento de

grupos no ambiente Moodle (Modular Object Oriented Dynamic Learning

Environment). Este ambiente é uma ferramenta para gestão das informações relacionada

a cursos na modalidade à distância. Com o objetivo de auxiliar os educadores a criar,

com facilidade e de forma muito intuitiva (a partir de orientações básicas) um ambiente

virtual de aprendizagem para suportar atividades síncronas ou assíncronas, associadas

ao seu projeto pedagógico. Ferramentas como o Moodle também é denominado de LMS

(Learning Management Systems) ou Sistemas de Gerenciamento para Aprendizagem. O

Moodle é utilizado pela comunidade de professores e alunos da PUCRS tanto em

disciplinas de graduação como de pós-graduação. Os professores usuários deste

ambiente têm observado algumas restrições no que tange ao conjunto de

funcionalidades disponíveis. Uma delas relaciona-se com a organização de grupos por

perfil de aluno, uma vez que ainda não foi disponibilizada uma funcionalidade que

permita gerenciar a formação em função de características ou situações específicas

determinadas pelo professor. Espera-se com este trabalho investigativo, verificar que

aspectos relativos às funcionalidades já disponibilizadas podem ser ampliados mediante

uso de novas funcionalidades existente na comunidade Moodle, com vistas a atender

esta restrição relacionada à formação de grupos. E, além da investigação das

possibilidades das funcionalidades ora existentes, buscou-se identificar o esforço

necessário para se incluir novas funcionalidades no ambiente e, para tal usou-se como

base de teste na atual versão 1.5 e, também, na versão 1.7 o gerenciamento de perfis

para a gestão de grupo. O protótipo a ser elaborado foi testado, em situação de sala de

aula simulada. Para o desenvolvimento do protótipo utilizou-se o processo de

desenvolvimento padrão definido pelo grupo de desenvolvedores e mantenedores do

ambiente Moodle.

Palavras-chave: Educação a Distância, Moodle, SCORM, Groupware, E-Learning, Software Colaborativo.

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ABSTRACT

Title: “A tool for management of groups by profiles of students in the Moodle environment”

The main goal of this work is to investigate the development possibilities of modules related to group management in the Moodle environment. This environment is a management tool related to online courses. The objective of this tool is to help professors create, in an easy and intuitive way, (based on basic orientations) a virtual environment to provide synchronous or asynchronous activities associated to the educational project. Tools like Moodle are also called LMS (Learning Management System). Moodle is used by PUCRS’ professors and the students’ community - undergraduate and postgraduate - to the same extent. The professors who use this environment have been observing same gaps concerning the set of functionalities available. One of some gaps is about organizing groups by student profile, since no functionality which allows group formation according to some characteristics defined by the tutor/professor has been created yet. The idea of this work is to investigate the possibilities of adding new functionalities based on the existing ones in the Moodle community, in the environment, for this was used actual version 1.5 and also version 1.7 to management groups by profiles. Besides investigating the existing possibilities, the necessary effort to include new functionalities will be analyzed. To that, the group profile management will be used. The prototype will be tested in simulated virtual classroom. The prototype will utilize the standard development process defined by the developers group and stakeholders of the environment in question.

Keywords: Online Education, Moodle, SCORM, E-Learning, Collaborative Software.

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1. INTRODUÇÃO

A Educação a Distância (EAD) tem sido considerada, atualmente, como uma das

mais importantes alternativas ao ensino presencial tradicional, principalmente para

aquelas pessoas que trabalham e estudam concomitantemente e possuem pouco tempo

para deslocamento e, também, para aqueles que moram em locais de difícil acesso à

informação. Apesar de sua crescente importância, ela tem sido, conceitual e

praticamente, desafiada a apresentar resultados similares ou melhores que a educação

convencional, especialmente quando esta é oferecida através da Internet. O uso de TIC

(Tecnologia de Informação e Comunicação) para suportar EAD é um campo de

investigação e muito diversificado. Atualmente falar em EAD significa falar em EAD

suportada por TCIs.

Perrenoud (2000) salienta a necessidade de se romper com a Pedagogia que

impõe a mesma lição, com a mesma abordagem e com os mesmos exercícios e

atividades de fixação sobre um grupo, normalmente grande, de diferentes estudantes,

acarretando na aplicação de uma pedagogia injusta com alguns membros deste grupo.

No entanto, a realização do processo de ensino-aprendizagem individual e sob medida, a

cada membro deste grupo, não é viável no contexto da educação mais tradicional. Uma

vez que o elevado número de alunos por sala de aula impossibilita a efetivação do

contato personalizado e presencial do professor com seus estudantes. Por outro lado, a

evolução das TIC tem disponibilizado recursos cada vez mais interessantes no que tange

a formas alternativas de interação, pesquisa e manipulação de informações. Observa-se

que estes recursos estão sendo cada vez mais aproveitados na Educação semipresencial

e a Distância, estendendo-se sutilmente à efetivação destes apoios ao ensino presencial.

Acredita-se que o uso de tecnologias pode auxiliar aos professores desenvolver

metodologias diferenciadas e inovadoras para realizar seu trabalho com os alunos.

Acredita-se, também, que a tecnologia deve estar a serviço do processo educacional,

ampliando possibilidades e proporcionando alternativas para que o aluno construa e

produza o seu conhecimento. As novas tecnologias integradas em AVA (Ambiente

Virtual de Aprendizagem) permitem a revisão e diversificação das práticas docentes. A

estes dois grupos de usuários de EAD agregam-se todos aqueles que percebem nesta

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modalidade potencialidades associadas ao uso de tecnologias. Ou seja, a idéia agregada

de modernidade, agilidade, flexibilidade e inovação presente nos modelos e ofertas do

mercado atual.

A PUCRS foi uma destas instituições que apostou no EAD como uma alternativa

para o desenvolvimento de atividades em cursos de graduação e pós-graduação e, dentre

várias ferramentas existentes hoje no mercado, escolheu o Moodle como ambiente

virtual de aprendizagem padrão a ser utilizado no âmbito da universidade.

A criação da PUCRS Virtual em 28 de Junho de 2000 foi marcada pelo

pioneirismo da utilização de satélite como veículo de transmissão das aulas. Na época a

escolha do satélite foi fundamentada pela precariedade da Internet. E, o modelo

pedagógico adotado estava muito vinculado ao modelo presencial.

Gravavam-se aulas inteiras que eram transmitidas aos alunos, os quais estavam

dispersos em diferentes partes do território nacional. No entanto, havia a necessidade de

encontro síncrono, mesmo que o professor e seus alunos estivessem distantes. Este

modelo gerou uma serie de restrições e custos e gradativamente foi substituído pelo

modelo mais interativo utilizando a Internet.

O novo modelo pedagógico está focado no uso de AVA, e no seu caso, a escolha

atual recai no Moodle. O Moodle foi escolhido por várias razões:

• O seu uso institucional por parte do MEC e Instituições de Educação Superior Federais. Isto certamente impactará as decisões e escolhas de AVAs no Brasil;

• Código aberto e livre, permitindo alterações, inserções e adaptações nas suas funcionalidades (este TC é um exemplo disto);

• Facilidade de uso por parte dos usuários (professores);

• Interface flexível e configurável de maneira acessível e sem muitos requisitos;

• Comporta interfaces em diversas línguas, permitindo seu uso para ensino de línguas Estrangeiras;

O modelo pedagógico da PV parte do pressuposto que o professor tem um papel

de organizador, mediador e guiar o aluno na sua tarefa de construção do conhecimento.

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Incentiva-se a criação de atividades diversas usando os diferentes recursos da

ferramenta (Wiki, Book, Diário, Blog e outros).

Outro aspecto importante é a disponibilização de vídeos e áudios em arquivos

com diferentes formatos permitindo aos alunos executá-los em dispositivos diversos.

Dentro deste contexto emerge a necessidade de se fazer uma investigação no que tange

ao trabalho necessário para a adaptação e/ou desenvolvimento de funcionalidades que

suportem os objetivos educacionais associados ao planejamento docente.

1.1 Questão Norteadora do Trabalho

Tendo em vista o contexto definido para a realização deste TC, adotou-se como questão norteadora deste trabalho:

“Qual o grau de complexidade e pré-requisitos necessários, em termos de programação, para se incluir ou modificar funcionalidades (plugins ou módulos) no Moodle, considerando a questão do gerenciamento de grupos por perfil de alunos por turma?”.

1.2 Objetivos

O objetivo deste TC foi investigar a questão envolvendo a inclusão ou modificação de funcionalidades, tipo plugins ou módulos, no ambiente Moodle.

Para que este objetivo geral seja atingido consideraram-se os seguintes objetivos específicos:

• Estudar as funcionalidades existentes no ambiente Moodle no que tange a gerência de grupos, dentro de uma sala virtual;

• Identificar quais destas funcionalidades são objeto de discussão e estudo na comunidade Moodle e aprofundar a análise quanto aos aspectos de implementação;

• Testar estas possibilidades no ambiente de teste Moodle a ser criado em um servidor não vinculado a PUCRS Virtual (apenas para objeto de estudo deste TC);

• Elaborar um protótipo de uma funcionalidade que permita o gerenciamento de grupos visando atender aos perfis com requisitos definidos pelo professor da turma;

• Utilizar este protótipo para dimensionar o esforço e os pré-requisitos que o desenvolvedor deve possuir a fim de adicionar novas funcionalidades no Moodle;

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Entendendo-se por esforço, os aspectos cognitivos (conhecimento de tecnologias e programação que o desenvolvedor deve ter) e, também, a quantidade de horas para se programar e incluir de modo operacional no ambiente, novas funcionalidades.

1.3 Organização do Texto

Este volume está estruturado em 4 capítulos. Neste capítulo foram apresentados os objetivos e a questão norteadora presentes neste Trabalho. O capítulo 2 apresenta as considerações sobre a Educação a Distância, Ambientes Educacionais, o ambiente Moodle que serve como referencial teórico utilizado para a elaboração deste TC. O capítulo 3 apresenta o desenvolvimento do protótipo, com detalhes referentes à modelagem, estrutura e o objetivo do protótipo para o ambiente Moodle. O capitulo 4 apresenta as considerações finais, as contribuições deste Trabalho e a indicação de trabalhos futuros. Ao final do volume encontram-se os anexos citados ao longo do texto.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico do trabalho de conclusão foi constituído a partir de pesquisas na Internet, dissertações envolvendo Educação a Distância e temas correlatos.

2.1 Educação a Distância

A Educação a Distância atualmente, é sinônima de EAD, mediado por tecnologia, no qual professores e alunos podem estar separados espacialmente ou temporalmente. Porém, apesar de eles não estarem juntos, estão conectados através da Internet preferencialmente. Entretanto, no sentido clássico de EAD, podem ser utilizados também outros meios, tais como televisão, correio convencional e outros.

Existem diversas modalidades de Educação: presencial, semipresencial e a distância. A presencial é aquela a que estamos acostumados desde pequenos, onde há uma sala e um professor ensinando conteúdos à turma sendo todos no mesmo espaço físico ao mesmo tempo; a semipresencial é um meio termo entre presencial e EAD, nela podemos tanto ter aulas presenciais em uma sala, como aulas por meios tecnológicos, na grande maioria das vezes ocorre através de algum meio de tecnologia disponível e a percentagem de aulas virtuais versus presencias varia muito. A modalidade semipresencial está amplamente difundida e cada vez ganha mais adeptos. “Apesar de este meio de ensino parecer novo para a maioria das pessoas ele na verdade é utilizado desde o século XVIII, ele não surgiu do vácuo, tem uma longa história de experimentações, sucessos e fracassos.” (KEEGAN 1991, p. 11).

Desde seu início do uso de EAD, várias experiências vêm sendo feitas para desenvolver esse processo, com a finalidade de que ele seja o mais completo e produtivo possível, tanto para alunos como para os professores.

A EAD Surgiu da necessidade de preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis, as quais influenciaram o ambiente educativo e a sociedade.

Atualmente, com a necessidade de cada vez aprendermos mais em menos tempo, a EAD tornou-se uma importante ferramenta para controlar essa necessidade, visto que, através dos softwares que temos hoje à disposição, esta forma de ensino ficou extremamente facilitada.

A grande preocupação, contudo, em torno desta modalidade de se fazer Educação está relacionada à qualidade do processo, o qual muitas vezes deixa a desejar. A qualidade de um curso deve observar sempre dois aspectos: os pedagógicos e a infra-estrutura tecnológica disponível. A segunda é importante, mas decorre da primeira. A qual, certamente, é o fator decisivo para a qualidade do curso. Neste sentido, diversas ferramentas têm sido desenvolvidas para qualificar a EAD. Elas desempenham um papel importante no processo, pois funcionam como um centralizador de informações, e o meio ágil para comunicação entre aluno e professor.

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2.2 Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Ambientes Virtuais de Aprendizagem são aqueles softwares educacionais destinados ao suporte de atividades voltadas à Educação. Eles podem auxiliar professores e alunos em seu trabalho, além de promoverem a integração de diferentes mídias e recursos. Sua finalidade é manter, de forma organizada e simples, as interações entre pessoas e objetos de conhecimento, além de estimular a troca de idéias e o compartilhamento de conhecimento por parte de seus usuários.

Existem hoje inúmeros ambientes que reúnem uma série de recursos para criação e estruturação de curso na modalidade a distância. Esta seção apresenta um levantamento sobre os ambientes mais utilizados atualmente, contemplando tanto os softwares comerciais, como LearningSpace e WebCT, bem como aqueles desenvolvidos por universidades e grupos de pesquisa, tais como o Aulanet, Eureka e TelEduc.

O FirstClass Colaborative Classroom (FCCC) é um produto para apoiar a conferência via computador, criado pela Centrinity (http://www.centrinity.com) que reúne as tecnologias do correio eletrônico e das listas de discussão. Este software permite que o moderador da conferência organize as mensagens, leituras e informações dentro de conferências ou arquivos. As permissões podem ser estabelecidas para determinar quais grupos podem ler escrever e editar documentos nas conferências. O FCCC é totalmente multiplataforma e funciona em hardwares simples que já existam nas escolas e na comunidade. E mais, ele não necessita de um administrador em tempo integral, uma vez que as tarefas de administração podem ser atribuídas a uma única pessoa ou distribuídas a sub- administrador (FC Brasil, 2001).

Figura 2.1 - Interface para login no servidor do FirstClass.

Fonte: (FirstClass, 2007)

O LearningSpace Fórum é um ambiente de suporte para educação a distância desenvolvida pela Lotus/IBM, que permite a criação de cursos com base no ambiente de groupware do Lotus Notes/Domino. Este ambiente pressupõe o apoio a atividades assíncronas, propiciando o trabalho colaborativo entre equipes com múltiplos níveis de comunicação. O LearningSpace 2.5 tem uma interface para a Internet que

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facilita a participação dos alunos nos cursos e permite aos instrutores criar seu conteúdo. Outra característica é a facilidade de desenvolvimento de cursos, não sendo necessário qualquer conhecimento de linguagens de programação.

Figura 2.2 - Interface para acesso a um curso no Learning Space.

Fonte: (Learning Space, 2007)

O TeamWave Workplace foi projetado para apoiar comunidades virtuais e auxiliá-las a crescer e prosperar. Os membros da comunidade virtual acessam suas comunidades diretamente ou através do portal central. O software usa uma solução cliente-servidor para proporcionar locais acessíveis permanentemente, onde as pessoas podem reunir-se para trabalhar e formar comunidades. Usando a metáfora de "Sala", o TeamWave Workplace permite a criação e manipulação dos espaços virtuais da comunidade. Cada espaço ou sala pode atender a uma série de necessidades, desde bibliotecas até arquivos. Os idealizadores do TeamWave Workplace afirmam que este ambiente pode auxiliar os educadores a utilizarem a Internet para estabelecer um modelo mais colaborativo de aprendizagem, onde os estudantes podem interagir ativamente com o material do curso, seu instrutor e com os demais estudantes. Desta consideram este ambiente como um fórum "perfeito" para colaborações educacionais.

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Figura 2.3 – Metáfora do ambiente TeamWave.

Fonte: (TeamWave, 2007)

O WebBoard é uma ferramenta voltada à WEB que proporciona soluções de comunicação para um grande número de comunidades. O ambiente é um recurso para a comunicação, disseminação de informações e construção de comunidades. Os "fóruns" ou "quadros" podem ser usados como escritórios virtuais, proporcionando informações e apoiando os clientes ou promovendo discussão sobre um novo produto em desenvolvimento. Cada quadro ou fórum pode conter "conferências" ilimitadas (tópicos para discussão e mensagens com arquivos em anexo).

Figura 2.4 – Janela do WebBoard.

Fonte: (WebBoard, 2007)

O WebCT foi desenvolvido como uma ferramenta que permitisse que outros educadores construíssem ambientes sofisticados para aprendizagem baseada na WEB, sem necessidade de muito tempo, recursos ou conhecimentos técnicos. Ele pode ser caracterizado como uma ferramenta que facilita a criação de sofisticados ambientes educacionais baseados em WWW. Entre suas funcionalidades, destaca-se o desenvolvimento do design das páginas dos cursos pelos educadores e a disponibilizarão de um conjunto de ferramentas educacionais para o aluno, que podem ser facilmente incorporadas em um curso. Além disso, fornece um conjunto de ferramentas que auxilia o professor na tarefa de administração de um curso. O ambiente WebCT pode ser utilizado para criação de cursos totalmente online ou para publicação de materiais que complementam os cursos presenciais. Toda interação com o ambiente se dá por meio do browser, incluindo a administração do servidor, criação do curso, acesso do estudante e acesso do professor.

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Figura 2.5 – Janela do WebCT.

Fonte: (WebCT, 2007)

O Eureka é um ambiente de Aprendizagem Colaborativa à Distância via Internet destinada ao estabelecimento de comunidades virtuais de estudo. Ele integra diversas funções em um mesmo ambiente: Fórum de discussões, Chat-room, Conteúdo, Correio eletrônico, Edital, Estatísticas, Link, Participantes e outros, permitindo a comunicação e o estudo colaborativo tem como objetivo implementar um ambiente baseado na WEB para aprendizagem cooperativa para promover educação e treinamento à distância usando a Internet como meio de criação de comunidades virtuais que participam de cursos que tradicionalmente são presenciais (Eberspächer, 1999).

Figura 2.6 – Login no Eureka.

Fonte: (Eureka, 2007)

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O AulaNet é um ambiente de aprendizagem cooperativo baseado na WEB, cujo projeto iniciou em 1997 (EDUWEB, 2001). Desenvolvido no Laboratório de Engenharia de Software do Departamento de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC - Rio), tem como objetivo a criação e assistência de cursos à distância. Atualmente, o AulaNet está disponível em português, em inglês e a sua versão em espanhol está em desenvolvimento. Na versão em português, existem 1050 alunos e 240 professores registrados. Esses professores estão desenvolvendo 72 cursos (dos quais 22 estão publicados, i.e. disponíveis para consumo) sobre os mais variados assuntos, com um total de 509 alunos matriculados (Lucena, 1998d). Segundo seus idealizadores, o ambiente foi construído sob uma abordagem cooperativa para a instrução baseada na WEB, procurando migrar para um modelo de “comunidade dinâmica para aprendizagem”.

Figura 2.7 – Tela inicial do Servidor AulaNet.

Fonte: (AulaNet, 2007)

O LearnLoop é um projeto de código aberto e distribuído sob licença GNU (GPL) que se encontra em desenvolvimento pela comunidade. Foi fundado no The Victoria Institute e The Council For IT use at the Gothenburg Business School em Gothenburg, Suécia e criado por Daniel Önnerby, Per Åsberg and Britt Klintenberg. O trabalho de tradução do código para o português e a adaptação para os cursos da Universidade Virtual Pública do Brasil - UniRede vem sendo conduzido pelo Prof. João Dovicchi e a equipe de tecnologia para EAD do Núcleo Avançado de Computação Sônica e Multimídia - NACSM da Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

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Figura 2.8 – Tela inicial do LearnLoop.

Fonte: (LearnLoop, 2007)

O TelEduc desenvolvido pela equipe de (ROCHA, 2001) é um ambiente para a criação, participação e administração de cursos na WEB. Ele foi concebido tendo como alvo o processo de formação de professores para informática educativa, baseado na metodologia de formação contextualizada desenvolvida por pesquisadores do Nied (Núcleo de Informática Aplicada à Educação) da Unicamp. O TelEduc foi desenvolvido de forma participativa, ou seja, todas as suas ferramentas foram idealizadas, projetadas e depuradas segundo necessidades relatadas por seus usuários. Com isso, ele apresenta características que o diferenciam dos demais ambientes para Educação à Distância disponíveis no mercado, como a facilidade de uso por pessoas não especialistas em computação, a flexibilidade quanto a como usá-lo, e um conjunto enxuto de funcionalidades. Este ambiente hoje se encontra na versão 3.0, podendo ser acessado pelo site, http://hera.nied.unicamp.br/teleduc/.

Figura 2.9 – Tela de apresentação do ambiente TelEduc.

Fonte: (TelEduc, 2007)

O e-Proinfo é um ambiente para o Curso a Distância do Programa Nacional de Informática na Educação do Ministério da Educação foi desenvolvido para apoiar a Formação Continuada dos Multiplicadores vinculados ao projeto. O ambiente anteriormente chamado simplesmente de Proinfo, após algumas experiências exitosas, sofreu diversas reformulações e hoje é denominado e-Proinfo (fig. 2.10). O código fonte

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do ambiente colaborativo de aprendizagem e-Proinfo a partir de 2006 foram registrados no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) como software livre, fonte (Grupos URFRGS, 2007).

Figura 2.10 - Interface do ambiente e-Proinfo.

Fonte: (e-Proinfo, 2007)

O Moodle é um software de e-learning que permite a criação de cursos online, páginas de disciplinas, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem, servindo também de complemento à aprendizagem presencial. O guia e-learning Guild publicou o seu relatório Guild Research 360o para 2007, especializado em sistemas de gerenciamento de conteúdo, baseado em uma pesquisa com 930 profissionais, representando 840 organizações em todo o mundo. A pesquisa apresenta o market share e o grau de satisfação em vários setores chave que usam plataformas de EAD. O Moodle conquistou três troféus Platina (o maior prêmio) e um troféu Ouro, nas seguintes classes: Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem para Educação e para Governo - Troféu Platina em Satisfação e Troféu Ouro em Market Share; Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem para Pequenas e Médias Corporações - Troféu Platina em Satisfação e Troféu Platina em Market Share. Fonte, (The e-learning Guild, 2007).

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Figura 2.11 - Interface do ambiente Moodle.

Fonte: (Moodle, 2007).

A tabela 2.11 apresenta um comparativo entre os ambientes comentados anteriormente. Efetuando uma classificação destes ambientes - legenda explicativa na tabela - conforme as características analisadas em cada um dos ambientes.

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Tabela 2.1 - Tabela com comparativo entre ambientes de EAD.

Fonte: (Rede Escolar, 2007).

Apesar de termos vistos diversos ambientes disponíveis, apenas um bom software não basta para garantir o sucesso do ambiente criado para a EAD, no qual o professor tem um papel importante para o processo de ensino-aprendizagem se estabeleça. Assim como as ferramentas evoluíram, a maneira como o professor atua deve evoluir também. O material que ele disponibiliza deve ser adequado para a

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utilização da ferramenta, pois de nada adianta um recurso tecnológico avançado, se ele é mal utilizado ou até mesmo subutilizado.

Estes sistemas permitem complementar o que é ensinado em um curso presencial, ou podem ser a principal ferramenta de ensino em um curso a distância. Desde que a metodologia de trabalho utilizada seja adequada e estabeleça uma conexão entre o conteúdo a ser aprendido e o que foi proposto.

2.3 O ambiente do Moodle

Os sistemas colaborativos, ou Groupwares, como são conhecidos na área de TI, são ferramentas que têm o propósito de facilitar o trabalho em grupo. Eles são softwares que permitem que grupos de usuários trabalhem colaborativamente, mesmo na modalidade à distância.

Essas ferramentas devem ser especializadas o bastante, a fim de oferecer aos seus usuários formas de interação, facilitando o controle, a coordenação, a colaboração e a comunicação entre as partes envolvidas que compõe o grupo, tanto no mesmo local, como em locais geograficamente diferentes e, onde as formas de interação aconteçam tanto ao mesmo tempo ou em tempos diferentes. O objetivo dos Sistemas Colaborativos é diminuir as barreiras impostas pelo espaço físico e pelo tempo (CAMARGO; KHOURI; GIAROLA, 2005).

Esses sistemas adequaram-se perfeitamente à proposta do ensino a distância, pois, além de proporcionarem ao aluno um ambiente organizado oferecem diversas funcionalidades para auxiliar na comunicação entre professor e aluno. A figura 2.12 mostra de forma esquemática a estrutura de um Sistema Colaborativo.

Figura 2.12 – Estrutura de um Sistema Colaborativo.

Fonte: CAMARGO (2004, p.4) Basicamente os sistemas colaborativos são classificados de duas formas,

de acordo com o tempo síncrono ou assíncrono. Ferramentas síncronas são aquelas em que o tempo de resposta é imediato, no caso, por exemplo, de programas de mensagens instantâneas, como o MSN e Ferramentas de Conferência ou Videoconferência. Ferramentas assíncronas são aquelas em que o tempo de resposta não precisa ser imediato, caso, por exemplo, do fórum de discussões, ferramentas de fluxo de trabalho ou ainda ferramentas de groupware usadas em EAD.

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A equipe da PUCRS virtual estudou diversas ferramentas e, dentre as tantas que existem no mercado, escolheu o Moodle para utilizar em seus cursos de ensino a distância. A escolha como comentado anteriormente, deu-se em função das seguintes características:

• Software livre e com código aberto;

• Facilidade de agregar novas funcionalidades (usado neste projeto);

• Facilidade de uso;

• Facilidade de Manutenção;

• Facilidade de Instalação;

• Flexibilidade de configuração do ambiente pelos usuários professores;

• Documentação abundante e diversificada.

Moodle é uma alternativa às soluções comerciais, e distribui-se gratuitamente sob licença Open Source. O contexto de aprendizagem do Moodle está baseado nos princípios pedagógicos construtivistas, com um desenho modular que torna fácil acrescentar conteúdos que motivem o estudante. O Moodle foi desenhado por um educador e informático, Martin Dougiamas – criador e diretor de desenvolvimento, baseando-se nos princípios do “construtivismo social”.

Na perspectiva construtivista deseja-se o aluno envolvido ativamente na sua aprendizagem de maneira significativa, e atitude investigativa, colaborativa, construindo e gerando conhecimento.

O Moodle é uma ferramenta do tipo CMS (Course Management System), basicamente um groupware com finalidade educacional. Através dela, professores podem facilmente criar e gerenciar cursos online de qualidade. A ferramenta foi desenvolvida em PHP, e há uma grande comunidade de profissionais que desenvolve novos módulos e também atua na correção de problemas que são encontrados por usuários. Para instalar a ferramenta, basta um computador com um servidor Apache instalado para que execute PHP e tenha um banco de dados como, por exemplo, MYSQL.

2.3.1 Funcionalidades do Ambiente Moodle

O ambiente Moodle foi analisado em um servidor não vinculado a PUCRS Virtual (apenas para objeto de estudo deste TC), onde foram realizados testes para identificar entre as funcionalidades existentes no ambiente, as possíveis candidatas para uso neste TC.

Estas funcionalidades deveriam estar relacionadas à gerência de grupos por perfil de aluno e, que ainda não estivessem configuradas no ambiente Moodle utilizado pela PUCRS Virtual.

A versão utilizada para este Trabalho de Conclusão foi à versão 1.7. Na pesquisa realizada o ambiente Moodle foi analisado também na sua base, ou seja, em seu código que, por ser um código aberto esta disponível para download no site oficial do Moodle. Após esta análise, foi desenvolvido um tutorial para auxiliar os

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desenvolvedores a iniciar um novo módulo para o ambiente Moodle. Este tutorial foi criado também no formato de disciplina para ser importado por qualquer ambiente Moodle em funcionamento. Além de estar presente neste volume no Anexo II.

A ferramenta disponibiliza diversas funcionalidades comuns aos groupwares. São elas:

• Fóruns – Os fóruns são ferramentas de discussão através de que os usuários podem trocar idéias e discutir questões do curso que estão fazendo. São de extrema importância, pois neles se estabelece um contato direto entre os usuários.

• Chats – Apesar de o Moodle ser uma ferramenta assíncrona, ele disponibiliza um Chat para que os seus utilizadores se comuniquem de maneira síncrona, ou seja, em tempo real.

• Testes – Neste módulo, o professor disponibiliza perguntas para que os alunos respondam e demonstrem o conhecimento adquirido durante o curso. O professor só precisa construir uma base de dados com perguntas e respostas.

• Trabalhos – Um módulo para controlar o envio de trabalho pelos alunos, disponibiliza notas e exporta resultados para o Excel.

• Wikis – A idéia da conhecida Wikipédia, é aqui disponibilizada, permitindo que vários usuários construam uma mesma página de texto na ferramenta, utilizando uma linguagem específica, parecida com o HTML.

• Glossários – Permite que se criem dicionários de termos úteis para os integrantes do curso. Nesta funcionalidade, o usuário pode incluir textos, bem como link para sites na Internet e imagens.

• Lições – É uma avaliação, que consiste em um número de páginas ou slides que podem ter questões intercaladas com classificação, em que a continuidade depende do desempenho do aluno.

• Books – São referências em formato de texto, que podem ser criadas para servir de apoio para os alunos.

Existem também outras funcionalidades que podem ser usadas, e

complementam a ferramenta. São elas:

• Relatórios de atividades dos alunos;

• Calendário;

• Notícias;

• Eventos;

• Mural de notas;

• Ferramenta de RSS;

• Armazenamento de arquivos em diversos formatos;

• Ferramenta de busca interna;

• Possibilidade de instalação de plugins;

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• Envio de emails. Além das mencionadas acima, diversas outras estão disponíveis ainda no

site do próprio Moodle (http://www.moodle.org). Com todas essas funcionalidades torna o Moodle um software muito diversificado e extremamente importante para a aprendizagem por parte do aluno.

O Moodle tem uma estrutura modular, em que cada bloco tem um conteúdo específico que pode ser editado ou adaptado às necessidades do autor (Ex.: Calendário, Login, Usuários online, etc.) Os blocos centrais são chamados de tópicos.

O Moodle utiliza um workflow para gerir diferentes níveis de utilização do sistema. Esta hierarquia é a seguinte:

Visitante > Aluno > Professor > Criador > Administrador, onde os visitantes são os usuários não registrados e tem as permissões mínimas do sistema. Apenas os professores, criadores e administradores podem editar os conteúdos de uma página.

Dentro da ferramenta existem basicamente quatro papéis. São eles:

• Administrador – Responsável pela configuração da ferramenta e disponibilização de módulos. Ele gerencia toda a ferramenta e tem direitos exclusivos como, por exemplo, o da remoção de páginas.

• Criador - Atua como um professor, porém pode criar páginas e gerencia cursos.

• Professor – Pode utilizar as páginas designadas a ele e também nomear outros professores para auxiliá-lo no gerenciamento da turma.

• Moderador – Pode interagir e avaliar, mas não pode modificar as atividades.

• Aluno – Este utiliza somente as funcionalidades disponíveis à turma.

• Visitante – O visitante pode ser um aluno, esta permissão é definida na criação ou edição de um curso. Os responsáveis definem se um visitante pode ou não acessar um curso.

A figura 2.13 apresenta o fluxo disponível aos usuários do Moodle.

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Figura 2.13 – Estrutura de acesso dos principais usuários no Moodle.

Os fluxos apresentados na figura 2.13 são os seguintes, o usuário que acessa como aluno, poderá realizar o login no sistema, listar os cursos disponíveis, escolher o curso desejado, adicionar funcionalidades, escolher objetos para visualizar e visualizar estes objetos. O usuário que acessar como professor, efetua login, cria cursos/disciplinas, altera dados do curso, seleciona funcionalidades e visualiza objetos, podendo ainda realizar a manutenção do curso, adicionando funcionalidades e alterando dados do ambiente. Para aquele que acessar como administrador poderá adicionar usuários, alterar estes usuários, gerar relatórios e verificar estes dados alterados.

2.3.2 Metodologia para Desenvolvimento no Moodle

Para o desenvolvimento do protótipo deve ser seguido o conjunto de regras definidas pela comunidade Moodle, a qual prevê as seguintes, etapas:

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O Moodle foi inicialmente desenvolvido em Linux usando Apache, Mysql e PHP, mas foi também testado com Postgresql e Windows XP, Mac OS X, e Netware 6.

Os requisitos para a instalação do Moodle:

• Um servidor WEB, sendo recomendado o Apache, mas é possível utilizar qualquer um que suporte PHP, como o IIS incluso na plataforma Windows.

• Linguagem PHP (versão 4.1.0 ou maior). PHP 5 é suportado a partir da versão 1.4 do Moodle.

Para a base de dados, recomenda-se que se utilize Mysql ou Postgresql,

uma vez que são completamente suportados pelo Moodle.

Existem duas maneiras de obter o Moodle, através de arquivo zipado1 ou via CVS2. Para obter a distribuição do Moodle ou então o código, veja os detalhes na pagina de download: http://moodle.org/download/

Depois de realizar o download e descompactar o arquivo, ou realizar o check out dos arquivos via CVS, deve-se então ir ao pacote “Moodle”, para que seja possível sua instalação.

O Moodle possui uma estrutura padrão definida.

Arquivos:

• config.php – contém as configurações básicas. Este Arquivo não vem com o Moodle, é necessário criá-lo antes da sua instalação;

• install.php – deve-se executar este script para criar o config.php;

• version.php – define a versão corrente do código do Moodle;

• index.php – pagina inicial do ambiente. Diretórios:

• admin/ - códigos para administrar o serviço

• auth/ - códigos para autenticação de usuários;

• blocks/ - códigos dos blocos laterais;

• calendar/ - códigos para a administração e apresentação de calendário;

• course/ - códigos para mostrar e administrar cursos;

• doc/ - documentação de ajuda do Moodle;

1 Termo ou jargão utilizado na área de informática para informar que um arquivo sofreu processo de compactação. Este processo é

suportado por um algoritmo de compressão que resulta na redução do tamanho original do arquivo. O nome zip se refere ao primeiro

software que popularizou este conceito.

2 CVS (Control Version System) Sistema de controle de versão, utilizado na área de desenvolvimento de software para controle de

versões de arquivos durante o processo de desenvolvimento. Este sistema possui um controle para cada arquivo alterado e ou

adicionado ao seu repositório.

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• files/ - códigos para mostrar e administrar upload de arquivos;

• lang/ - textos em diferentes idiomas, um diretório por idioma;

• lib/ - bibliotecas do núcleo do código do Moodle;

• login/ - códigos para manipular login e criar contas;

• mod/ - todos os principais módulos adicionados ao Moodle;

• pix/ - gráficos genéricos do site;

• theme/ - pacotes de temas para alterar a aparência do site;

• user/ - códigos para mostrar e administrar usuários. O pacote com os arquivos do ambiente Moodle deve ser copiado para o

diretório do servidor WEB apache “htdocs”. Antes que possamos dar inicio a instalação é necessário verificar alguns detalhes importantes, como se o servidor WEB está ativo. Podemos verificar acessando a url, http://servidor/ que deve apresentar a tela do XAMPP, tendo sido este o servidor WEB utilizado para esta instalação. Deve-se também verificar a disponibilidade do serviço do banco de dados Mysql. Isto pode ser verificado acessando a seguinte url, http://servidor/phpmyAdmin/, que deverá apresentar a tela do cliente de acesso e configuração da base de dados.

Para executar o script de instalação (install.php), acesse a página principal do Moodle instalado, utilizando um Navegador de Internet, ou acesse http://servidor/install.php diretamente.

O Moodle ira detectar que é necessário efetuar a configuração e redirecionara a algumas telas para que seja possível a criação do arquivo de configuração “config.php”. Ao final do processo o Moodle tentara escrever o arquivo no local correto, caso contrário deve-se pressionar o botão para baixá-lo do instalador e então transferir o mesmo para o diretório principal do Moodle no servidor.

Enquanto o instalador estiver sendo executado o Moodle irá testar o ambiente do servidor e dará sugestões para resolver qualquer problema. Para as questões mais comuns estas sugestões serão suficientes, mas algumas configurações podem ser mais específicas no que se refere ao servidor.

No arquivo, “config.php” devemos informar os dados de administração, como usuário e senha do banco de dados Mysql, e os diretórios onde o servidor apache está instalado.

Uma vez que a configuração básica de config.php tenha sido realizada de maneira correta, ao acessar a página principal do site do Moodle instalado no servidor, o mesmo será encaminhado para a página “Administração” para efetuar o restante das configurações.

A primeira vez que se acessa a página “Administração”, surgira um resumo da licença GPL, com a qual e preciso concordar antes de continuar como a configuração.

Agora o Moodle ira iniciar a configuração do banco de dados e criará as tabelas para o armazenamento dos dados. Primeiro as tabelas principais são criadas. O

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Moodle apresentará uma série de comandos SQL, seguidos por mensagens de status (em verde ou vermelho) que parecem com o seguinte resultado como mostra a figura 2.14.

Figura 2.14 – Comando SQL apresentados na instalação do Moodle.

O futuro administrador do Moodle deve percorrer a tela até o final e pressionar o link “Continuar”.

Finalmente, deve-se criar um usuário com maior nível de administração para que este tenha o acesso futuro às páginas de administração.

Uma vez que tenha obtido a mensagem de sucesso, o Moodle retornará para a página principal do site. Agora o link aparece do lado esquerdo e abaixo da página (esses itens também aparecem numa página separada de administração), estes itens somente serão visíveis para usuário logado como administrador. As tarefas de administração do Moodle podem agora ser efetuadas utilizando-se este menu, tais como:

• Criação e eliminação de curso;

• Criação e edição de contas de usuários;

• Administração de contas de professores;

• Alteração de uma ampla gama de configurações do site, tais com temas, etc.

Maiores detalhes na instalação do ambiente Moodle, bem como dos

recursos necessários, estão apresentados no Anexo II – Tutorial para desenvolvimento de módulos para o ambiente Moodle.

Estando o Moodle configurado e sendo executado corretamente, e

possível agora criar um novo curso.

Para tal, deve-se selecionar “Criar um novo curso” da página de Administração (ou do link de administração na página principal). Preencher então, o formulário, atento especialmente ao formato do curso, pressione “Salvar mudanças” um novo formulário no qual poderá designar professores para o curso, pode-se então adicionar contas de usuários existentes no formulário.

Uma vez feito isso, o curso está pronto para ser customizado e pode ser acessados através do link “Cursos” na página principal.

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Para que seja possível desenvolver um módulo para o Moodle é preciso seguir passos e regras da comunidade:

• Todos os arquivos que compõem o módulo devem estar em um diretório com um nome que não deverá conter números ou caracteres especiais e deve ser uma palavra única sem espaços. Esse diretório deverá ficar localizado na pasta mod do Moodle.

• Todos os arquivos de código deverão ter a extensão .php

• Todos os arquivos de modelo deverão ter a extensão .html

• Todos os acessos à base de dados deverão ser feitos usando funções que constam no arquivo “datalib.php” encontrado na pasta lib do Moodle.

• Todos os anexos deverão ser manuseados através das funções pré-definidas pelo Moodle (get_string() e print_string()). Assim é forçado para que parte do código seja standard e facilite a tradução do texto para outras línguas. Estas funções buscam palavras chave no arquivo de língua localizado no diretório /lang do módulo. Este arquivo tem que ter o nome do módulo seguida da extensão. php.

• O nome do módulo é definido no arquivo “config.php” do Moodle “require_once (“../../config.php”);” necessário para a identificação do usuário através de “require_login()” e “isadmin()”, “isteacher()”, “iscreator()” ou “isstudent()”.

• Todos os arquivos de ajuda devem ser passíveis de tradução, colocando novos arquivos de ajuda no diretório adequado. Por exemplo: “lang/pt_br_help”.

• Todos os textos dentro do Moodle, especialmente aqueles provenientes de usuários devem ser impressos usando a função “format_text(). Isto assegura que o texto está filtrado e devidamente limpo.

Existem ainda arquivos que são obrigatórios para o módulo a ser desenvolvido:

• mod.html – um formulário inicial que será apresentado no Moodle, serve para criar e modificar uma instância (objeto resultante do módulo, ex. inquérito X, inquérito Y, etc.) do módulo.

• version.php – indica a versão do módulo e é útil para posteriormente fazer upgrades. Também deve indicar o intervalo de tempo em que o script cron.php do Moodle atualiza os dados relativos ao módulo.

• icon.gif – pequena imagem representativa do módulo

• index.php – página que lista todas as instâncias existentes do módulo

• view.php – página que permite ver uma instância em particular

• lib.php – neste arquivo devem estar as seguintes funções São de implementação obrigatória os seguintes métodos:

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• modulo_add_instance() – código para adicionar uma nova instância

• modulo_update_instance() – código para atualizar uma instância

• modulo_delete_instance() – código para apagar uma instância

• modulo_user_outline() – código que lista resumo sobre o utilizador

• modulo_user_complete() – código que fornece toda a informação do usuário

No caso do módulo necessitar de uma base dados, o mesmo deve possuir um diretório /db dentro do diretório raiz do módulo, com um arquivo chamado mysql.php e / ou postgress.php e também um arquivo mysql.sql e/ ou postgress.sql consoante ao banco de dados sobre o qual o ambiente Moodle está instalado.

O arquivo “.php” é utilizado para que seja possível realizar atualizações na base de dados, para a eventualidade de existir uma versão anterior do mesmo módulo instalada no equipamento.

O arquivo “.sql” consiste nas instruções SQL que irão criar as tabelas na base de dados que o módulo irá utilizar. Todas estas tabelas devem ter como inicio do nome o “prefix_” seguido de um nome. O valor deste “prefix_” é atribuído pelo Moodle quando a sua execução do código SQL.

É solicitado ainda, que a tabela principal tenha o mesmo nome do módulo (ex.: prefix_modulo), devendo conter no mínimo os seguintes campos:

• id – INT 10 auto-incremental;

• course – com id do curso à qual a instância pertence;

• name – o nome completo de cada instância do módulo.

As outras tabelas devem ser nomeadas seguindo a regra prefix_modulo_nome. Após cumprir todos estes passos, passa-se então ao restante da implementação do módulo.

2.4 Padrão SCORM

O Moodle utiliza o padrão definido para sistemas de Ensino a Distância, chamado SCORM. É um framework baseado em XML, que foi criado pelo governo dos Estados Unidos, através de seu Departamento de Defesa, em associação com um conjunto de empresas do setor privado.

O Padrão SCORM define um modelo de como devem ser feitos cursos baseados na WEB. Constitui-se, na verdade, de uma coleção de especificações que criam um grupo de habilidades do ensino via WEB e permitem interoperabilidade, acessibilidade e reutilização de objetos de aprendizagem.

O SCORM permite a criação de pequenos objetos de aprendizagem, que são chamados de SCO’s (Shareable Content Objects) e podem ser utilizados em

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conjunto para criar um percurso de aprendizagem que o aluno deve percorrer durante o curso, sendo ainda possível seguir o progresso do aluno.

As principais vantagens de se usar o padrão SCORM são:

• Padronização: no modo como os objetos se relacionam com os sistemas que o suportam;

• Reutilização de SCO’s: permite a utilização destes objetos em diferentes contextos, ou seja, o mesmo conteúdo pode ser utilizado em diferentes disciplinas e módulo;

• Flexibilização da aprendizagem: possibilita a criação de diversos percursos de aprendizagem por parte do aluno;

• Portabilidade ou migração: permite que os objetos sejam independentes da plataforma de aprendizagem.

Essas facilidades proporcionadas pelo SCORM o tornaram um padrão no

desenvolvimento de objetos de aprendizagem.

Para o desenvolvimento de atividades no padrão SCORM pode-se referenciar aqui duas ferramentas de edição, o “RELOAD” disponível em www.reload.ac.uk/ldeditor.html e o “exe Learning” disponível em www.exelearning.org. Ambas são ferramentas gratuitas e de código aberto.

2.5 Linguagem PHP

O Moodle é todo desenvolvido através da linguagem PHP (Hypertext Preprocessor, mas originalmente significou Personal Home Page), PHP é uma linguagem de fácil aprendizado, pois permite a conexão direta com uma grande quantidade de bancos de dados relacionais, enquanto outras precisam de drivers para realizar a mesma tarefa. O PHP é totalmente gratuito e de código aberto podendo ser baixado pelo site oficial, http://www.php.net.

O PHP foi criado originalmente por Rasmus Lerdorf em meados de 1994 e escrito em Perl, sendo reescrito para C para incluir acesso a banco de dados. Com a propagação dessa ferramenta pelo mundo virtual, Rasmus disponibilizou alguma documentação do software e batizou-o oficialmente de PHP v.1.0. Com sua crescente utilização, mais e recursos forma incluídos, tornando a linguagem cada vez mais potente. Nesta época, outros programadores juntaram-se a Rasmus, contribuindo para o aprimoramento da linguagem, o PHP hoje se encontra na versão 5, onde uma de suas características atuais é a orientação a objeto.

Principais características da linguagem PHP:

• Código aberto – todo o código fonte do PHP está disponível;

• Custo zero – é gratuito. Podendo ser adquirido no site oficial:

• Multiplataforma – é possível executar sobre as plataformas Unix, Linux, Windows, etc.;

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• Eficiência – Consome poucos recursos do servidor, permitindo programas complexos sejam desenvolvidos, sem que isto implique em grande demora na sua execução;

• Acesso a Banco de Dados – pode-se ainda acessar diretamente os principais bancos de dados utilizados atualmente;

• Processamento de imagens – é possível criar imagens dinamicamente e enviá-las ao browser do usuário

Alem disto podemos citar ainda a capacidade de ler informação do padrão XML, processamento de arquivos (leitura, gravação, tanto no formato texto quanto no binário), a manipulação de variáveis complexas, a utilização de funções e classes e geração de código “Java Script”, ou outro qualquer para processamento no lado do cliente, a manipulação de emails, o gerenciamento de documentos.

A interação entre o PHP, o servidor WEB e o browser do usuário é apresentada na figura 2.15.

Figura 2.15 – Interação entre PHP / Servidor WEB / Browser.

Fonte: (Infowester, 2007).

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3. DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO

Os requisitos iniciais para o desenvolvimento do protótipo encontram-se definidos e organizados na lista a seguir.

3.1 Requisitos Funcionais

• A nova funcionalidade estará disponível junto a cada uma das disciplinas existentes no ambiente, podendo ser adicionada através da funcionalidade “block”.

• Todos os usuários com perfil de Administrador, Professor ou Criador terão acesso à ferramenta, e poderiam adicionar questões que venham a definir o perfil de conhecimento dos alunos.

• O usuário (Aluno) somente poderá preencher o questionário definido, sendo estes que definiram o seu perfil ao professor.

Os professores podem utilizar a função filtro para identificar os alunos

com determinado perfil de conhecimento, sendo assim poderão ainda definir a qual grupo de trabalho deve ser incluído cada aluno, evitando assim a concentração de conhecimento em determinado grupo de trabalho.

3.2 Requisitos Não Funcionais

• A interface deve ser de fácil percepção para o usuário e manter o padrão usado no ambiente Moodle.

• Deve estar disponível a qualquer curso disponível no ambiente Moodle onde foi instalado.

3.3 Recursos Computacionais Utilizados

Para desenvolver o trabalho de conclusão, foram necessários os seguintes recursos de hardware e de software.

3.3.1 Hardware

Equipamento básico (disponível no mercado) para desenvolvimento com os seguintes requisitos mínimos:

• 1GB RAM;

• 400 MB de espaço livre em disco;

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3.3.2 Software

• Microsoft Windows XP Sistema operacional para executar o Moodle.

• Moodle 1.7 Versão da ferramenta para desenvolvimento.

• Mysql 5.0.21 Ferramenta para gerenciamento de Banco de Dados.

• PHP 5.1.4 Plataforma de desenvolvimento.

• phpMyAdmin 2.8.1 Ferramenta auxiliar de gerenciamento de Banco de Dados.

• Apache 2.2.2 Servidor para executar o Moodle.

• Jude 3.1.1 Ferramenta para modelagem UML

• Eclipse 3.2.0 Ambiente de desenvolvimento

• PDT - PHP Development Tool Módulo adicional para o ambiente de desenvolvimento Eclipse

3.4 Modelagem do Protótipo

A seguir será apresentada a modelagem do protótipo, contendo os casos de uso identificados. Este trabalho utilizou parte da metodologia UML para sua modelagem, pois o ambiente Moodle, apesar de já utilizar a versão 5 da linguagem PHP suporta a orientação a objeto, não é desenvolvido com este conceito. Portanto utilizou-se a UML para que fosse possível organizar o projeto do modulo de forma a identificar as funcionalidades, bem como, para validar junto ao cliente (orientador), as funcionalidades solicitadas.

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Figura 3.1 – Casos de Uso do Protótipo.

A modelagem abrange apenas os novos recursos que serão inseridos no protótipo. Abaixo serão apresentados os casos de uso, do protótipo de gerenciamento de grupo por perfil de aluno de maneira descritiva:

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UC- 01 GERENCIAR GRUPOS DE ALUNOS Pré-condições:

� Usuário estar logado no ambiente Moodle como Professor ou Administrador. Ator Sistema

1. Administrador/Professor seleciona uma das disciplinas que deseja adicionar o “Perfil de Grupo”.

2. O sistema disponibiliza o “Perfil de Grupo” na caixa incluída pelo ambiente Moodle, para todas as disciplinas.

3. O usuário seleciona o “Perfil de Grupo” no select da caixa.

4. O caixa com o “Perfil de Grupo” é adicionado à tela principal da disciplina. � Apresenta os links, “Gerenciar Grupos”,

“Questões de Perfil” e “Informar Perfil”. UC- 02 DEFINIR GRUPO Pré-condições:

� Usuário estar logado no Moodle como Professor ou Administrador. Ator Sistema

1. Administrador/Professor seleciona a disciplina que deseja definir o formato dos grupos.

2. O sistema disponibiliza a tela para a configuração dos tipos de grupos a serem definidos, podendo ser homogêneos, heterogêneos ou mistos.

3. O usuário seleciona o tipo de grupo.

4. O sistema registra e apresenta o tipo de grupo definido para esta disciplina. � Apresenta os links, “Gerenciar Grupos”,

“Questões de Perfil” e “Informar Perfil”.

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UC- 03 CRUD – QUESTÕES DE PERFIL Pré-condições:

� Usuário estar logado no ambiente Moodle como Professor ou Administrador. Ator Sistema

1. Administrador/Professor clica em “Questões de Perfil” no menu “Perfil de Grupo”

2. Mostra tela de “Grupos de Perfil” com os seguintes campos: � Apresenta tela inicial com a lista de questões

definidas pelo Professor e que já estão na base de dados para a disciplina atual, com a lista de questões que estão na base de dados.

� Nesta mesma tela é apresentado 3 abas com as seguintes opções “Perguntas”, “Adicionar Questões”, “Editar Questão” e “Configurar Questão”.

3. Administrador/Professor seleciona um ou mais participante da caixa “Participantes” em combinação com um dos grupos da caixa “Grupos”, após isto clica no botão “Adicionar grupo selecionado”.

4. O sistema adiciona o participante selecionado ao grupo indicado mostrando o participante na caixa “Membros do Grupo”.

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UC- 04 ASSOCIAR ALUNO A GRUPO Pré-condições:

Usuário estar logado no ambiente Moodle como Professor ou Administrador.

Ator Sistema 1. Administrador/Professor

clica em “Grupos Disponíveis” no menu “Perfil de Grupo”

2. Mostra tela de “Grupos de Perfil” com os seguintes campos: � Apresenta 3 caixas com “Participantes”,

“Grupos” e “Membros do Grupo”. � Abaixo da caixa “Participantes” um botão

“Adicionar ao grupo selecionado” e outro botão “Informação sobre pessoa selecionada”.

� Abaixo da caixa “Grupos” um botão “Editar configurações de grupo” e outro botão com “Remover grupo selecionado”. Ao final um campo para a inclusão de um novo grupo.

� Abaixo da caixa “Membros do Grupo” um botão “Remover do grupo selecionado”.

3. Administrador/Professor seleciona um ou mais participante da caixa “Participantes” em combinação com um dos grupos da caixa “Grupos”, após isto clica no botão “Adicionar grupo selecionado”.

4. O sistema adiciona o participante selecionado ao grupo indicado mostrando o participante na caixa “Membros do Grupo”.

CAMINHOS ALTERNATIVOS: *a: Administrador/Professor clica no nome do curso no menu superior. *a.1. Retorna para a página principal do curso.

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DIAGRAMA DE EXECUÇÃO:

Figura 3.2 – Fluxo de execução das páginas – UC - 04.

A seqüência apresentada na figura 3.2, representa o fluxo do caso de uso “Associar Aluno a Grupo”, conforme definido na descrição do caso de uso.

UC- 05 RESPONDER QUESTÕES DE PERFIL Pré-condições:

� Usuário estar logado no ambiente Moodle como Aluno. Ator Sistema

1. Aluno clica em “Informar Perfil” no menu “Perfil de Grupo”

2. O sistema apresenta tela com as “Questões de Perfil”: � Apresenta as questões de perfil, tendo estas uma

lista com no máximo 6 questões de perfil, com o formato de escolha simples.

� As questões de perfil possuem em suas opções de escolha simples, 3 níveis de escolha, básico, intermediário e avançado.

� O sistema apresenta um botão para que o aluno envie seu perfil para que o sistema armazene.

3. Aluno após responder as questões de perfil, envia seu perfil para que seja armazenado selecionando o botão ENVIAR PERFIL.

4. O sistema apresenta a mensagem de confirmação “Seu perfil foi adicionado com sucesso”, após 10 segundos redireciona para a página principal do curso.

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A figura 3.3 apresenta as tabelas que serão adicionadas à base de dados do Moodle, definidas para o protótipo.

Figura 3.3 – ERD do protótipo.

A tabela “mdl_profile_groups_members” mantém os registros de membros de determinado grupo dentro de cada uma das disciplinas onde o módulo é disponibilizado, já a tabela “mdl_profile_groups” possui o registro de cada um dos grupos criados. As tabelas “mdl_profile_groups_question”, “mdl_profile_groups_aswer” e “mdl_profile_groups_questions_relationship” armazena as questões criadas pelo professor, relacionado com a resposta do aluno.

3.5 Estrutura do Protótipo

Este protótipo é baseado em módulos já existentes no ambiente Moodle, como por exemplo, o gerenciamento de grupos internos de disciplinas por grupo. Algumas destas funcionalidades foram aproveitadas e nelas adicionadas as funcionalidades pertinentes a este novo módulo. O que desejamos esclarecer nesta seção é com relação ao reuso de códigos existentes no ambiente.

O protótipo possui a seguinte estrutura na raiz do diretório do ambiente Moodle, conforme mostra a figura 3.4.

Tabelas existentes no ambiente Moodle

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Figura 3.4 – Estrutura básica do Protótipo.

O detalhamento de cada um dos arquivos e diretórios, são apresentados no Anexo II – Tutorial para desenvolvimento de módulos para o ambiente Moodle.

A figura 3.5 apresenta as dependências e pacotes para a instalação do protótipo no ambiente Moodle. Onde é possível identificar quais os pontos necessários para a instalação do módulo e suas dependências.

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Figura 3.5 – Diagrama de implantação (pacotes e dependências do protótipo).

3.6 Objetivo do Protótipo

Com o desenvolvimento deste protótipo pretendeu-se dimensionar o esforço necessário e os pré-requisitos que o desenvolvedor deverá ter, para que venha a desenvolver uma nova funcionalidade ao ambiente Moodle. E assim colaborar para que desenvolvedores e demais interessados em agregar funcionalidades ao Moodle, venham a entender como exatamente funciona o processo de inclusão/agregação, sob o ponto de vista de desenvolvimento.

Relacionado diretamente ao protótipo, buscou-se com as funcionalidades criadas, auxiliar o professor em definir o conteúdo a ser ministrado pela disciplina de sua responsabilidade. Tendo o Professor à possibilidade de saber previamente o conhecimento dos alunos da disciplina, sendo direcionar este conteúdo para que seja mais produtivo para o andamento e distribuição do conhecimento entre os mesmos.

Ao final do desenvolvimento do protótipo foi produzido um tutorial, conforme Anexo II – Desenvolvimento de módulos para o ambiente Moodle, com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento de novos módulos para o ambiente Moodle. Sendo este também disponibilizado as comunidades do Moodle e disponibilizado em www.ead.pucrs.br/moodle/tutorial_modulos, no formato de uma disciplina para ser instalado e importado para o ambiente Moodle, conforme o vídeo disponibilizado com a documentação deste volume, que demonstra como realizar esta instalação.

3.7 Exemplo de Uso do Protótipo

Neste tópico pretendemos apresentar um exemplo de uso do protótipo criado, para que assim, seja possível apresentar o funcionamento do protótipo criado neste Trabalho de Conclusão.

Criamos o seguinte cenário para exemplificar, seja então, uma turma da disciplina de Inteligência Artificial, contendo nove alunos. O Professor da disciplina em

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questão inicia a primeira aula do semestre sem saber nada a respeito dos alunos matriculados nesta disciplina.

Nesta primeira aula, o professor solicita aos alunos que efetuem o cadastro no ambiente Moodle, fornecendo as informações relevantes a este cadastramento no site disponibilizado para esta disciplina (nome, senha e etc..).

O Professor, previamente instruído, deverá ter criado as questões para analise do perfil do aluno, através do protótipo, como mostra a figura 3.6 a seguir, com exemplo de criação de uma questão a ser inserida na base de dados do protótipo.

Figura 3.6 – Tela do protótipo para inclusão de questão de perfil.

Tendo os alunos cadastrados na disciplina, deve-se solicitar que estes, informem os seus conhecimentos através das questões criadas pelo Professor conforme mostrado anteriormente. Para isto o aluno deverá acessar o ambiente Moodle, onde o protótipo deverá estar disponibilizado para a disciplina. Assim o aluno visualizará a tela com as questões que devem ser informadas por ele, conforme mostra a figura 3.7, e assim criar o seu perfil.

Figura 3.7 – Tela do protótipo para aluno para informar seu perfil.

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Tendo todos os alunos da disciplina informados o seu perfil, isto pode ser verificado pelo professor nos detalhes do perfil do aluno, o Professor poderá então efetuar a ação de criar os grupos conforme o perfil dos alunos. A figura 3.8 apresenta a tela para esta ação, onde o Professor irá selecionar como deverão ser formados os grupos.

Figura 3.8 – Tela do protótipo para definição do formato dos grupos.

As opções disponíveis para a formação dos grupos são, homogêneos, heterogêneos e super heterogêneo. Sendo que no formato homogêneo, os grupos serão formados de forma fixa, ou seja, o Professor define os grupos. Para o formato heterogêneo, os grupos serão formados com alunos que possuam pelo menos um dos atributos das questões definidas pelo Professor. Já para o formato super heterogêneo, os grupos serão formados por alunos que possuam todos os atributos das questões criadas pelo Professor. A figura 3.9 apresenta os grupos formados no formato heterogêneo, neste formato o grupo é criado e adicionado aos grupos pelo Professor.

Figura 3.9 – Tela do protótipo para definição dos alunos nos grupos.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este texto apresenta as etapas distintas realizadas na elaboração de TC. A primeira etapa quando da análise do ambiente Moodle, o objetivo foi conhecer o ambiente sob o ponto de vista do desenvolvedor, avaliar as dificuldades hoje encontradas pelos usuários do ambiente atual disponibilizado pela PUC Virtual (restrições encontradas e desejos de alterações). Com isto nos colocamos em contato com atividades antes não exploradas neste ambiente pelos usuários do ambiente.

Já na segunda etapa fomos à busca de módulos e plugins que poderiam ser adicionados ao ambiente que hoje estão disponíveis no site da comunidade Moodle em função das sugestões dos professores. A primeira idéia que se desejava usar como teste já era disponibilizado na versão 1.7, então houve a necessidade de se escolher outra.

Tendo-se definida a funcionalidade a ser desenvolvida foi então realizada a modelagem do módulo para gerenciamento de grupos.

A etapa de desenvolvimento foi baseada em informações obtidas junto às comunidades Moodle. Sendo este aspecto ponto fundamental para a definição da estrutura de desenvolvimento do plugin desejado. Foi através das comunidades existentes, conforme comentadas no anexo deste trabalho, que foi possível identificar as deficiências do ambiente, bem como iniciar o desenvolvimento de um novo módulo, pois a comunidade disponibiliza um modelo ou esqueleto para que seja possível iniciar o desenvolvimento deste novo módulo.

Nesta etapa ainda, nos deparamos com o ambiente em linguagem PHP, que na sua versão atual suportar a orientação a objeto, sendo que o ambiente Moodle não segue este modelo. Isto nos colocou em em face de dificuldades para esta etapa, mas que logo adiante foi logo resolvido, dada à diversidade de funções existentes no diretório library da aplicação.

O Moodle possui diversas funções genéricas, que facilitam o desenvolvimento, como exemplo, podemos comentar a busca por determinado curso através do ID específico do usuário, onde a função “get_my_courses”, que irá retornar o curso deste usuário. Existem ainda, diversas outras funções genéricas que seguem o padrão de envio do nome da tabela com a adição do campo que se possui, para que seja possível restaurar o registro desejado por completo. Portanto o desenvolvimento foi de certa forma facilitada pelo próprio ambiente, que sendo possível reutilizar estes códigos, torna o desenvolvimento de com um grau de produtividade relativamente alto, se comparado a aplicações que necessitem iniciar do zero para que fiquem completas.

Esperamos que este trabalho venha principalmente apresentar benefícios à área de Educação a Distância, que hoje vem sendo utilizado por grandes universidades como a PUCRS, no que diz respeito à gerência de grupos. Mas apesar do estudo deste ambiente ser dirigido à gerência de grupos, queremos que este estudo venha principalmente colaborar para o processo de desenvolvimento de novas funcionalidades para o ambiente Moodle, bem como, aos desenvolvedores que queiram maiores informações sobre o processo de desenvolvimento para o ambiente. Sistematizando e

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organizando as informações de maneira a agilizar o estudo daqueles interessados em desenvolver novas funcionalidades.

4.1 Contribuições deste Trabalho de Conclusão

Nesta seção apresentamos as contribuições que este trabalho veio a trazer para a comunidade Moodle bem como para que outros alunos, desenvolvedores ou interessados, venham a criar novos módulos para o ambiente Moodle. Com isto foi criado o Anexo I, que contem dicas e sites úteis relacionados ao ambiente Moodle, bem como relacionados ao desenvolvimento para o mesmo. Já para este desenvolvimento é adicionado o Anexo II que apresentado um tutorial básico, para direcionar estes desenvolvedores a iniciar um novo módulo, neste anexo foi adicionado comentários que facilitam a instalação do ambiente Moodle em uma ambiente de desenvolvimento, bem como a apresentação de algumas ferramentas de desenvolvimento.

Do ponto de vista pedagógico consideramos que este uso experimental do ambiente Moodle, se mostrou relativamente simples para avaliar tanto à performance do ambiente quanto as situações de aprendizagens que ele pode propiciar em função do curto espaço de tempo de uso em um ambiente simulado. Ainda do ponto de vista psico-pedagogico espera-se que a utilização do módulo criado venha, neste contexto, permitir o desenvolvimento de projetos colaborativos. Isso contribuirá para a realização de uma educação à distância do tipo construcionista e não instrucionista, na medida em que, novas funcionalidades sejam adicionadas ao ambiente Moodle, conforme a necessidade de seus usuários, aumentando cada vez mais a participação e interação entre os alunos e professores nos ambientes virtuais. Na seção a seguir apresentamos outras contribuições deste Trabalho de Conclusão.

4.1.1 Validação e Testes

Inicialmente desejava-se que o módulo criado fosse instalado em ambiente de teste disponibilizado pela equipe técnica da PUC Virtual, sendo assim testado e validado por estes usuários em um ambiente que simula o ambiente de uma disciplina. No entanto não houve tempo hábil para a realização desta tarefa. Ao final dos testes realizados foram identificadas alterações no funcionamento, que necessitam de correção em uma nova versão, para que seja definida uma versão instável e possa ser disponibilizado para a comunidade Moodle, bem como para o ambiente de produção da PUC Virtual.

O módulo, conforme já comentado foi então instalado em um ambiente simulado para a execução deste TC, como mostra a Figura 4.1 a seguir.

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Figura 4.1 – Página de entrada do ambiente simulado do Moodle.

Neste ambiente simulado, o módulo foi disponibilizado em uma disciplina previamente criada com o propósito de realizar testes e validação. Na figura 4.2 apresentamos a caixa de acesso ao módulo com o nome de “Grupos por Perfil”, já adicionado a esta disciplina.

Figura 4.2 – Módulo disponível na disciplina (Grupos por Perfil).

O módulo integrado a disciplina (Figura 4.2) fica disponível para ser acessado pelo professor ou administrador do sistema através dos links, “Gerenciar Grupos” e “Questões de Perfil”. Já para o aluno fica disponível somente o link “Informar Perfil”.

4.1.2 Depoimento: Esforço e requisitos para o desenvolvimento

Nesta seção apresenta-se o depoimento do autor deste TC, no que diz respeito ao desenvolvimento de um novo módulo a ser adicionado ao ambiente Moodle. Apresentando na forma de declaração e sua experiência para desenvolver o protótipo proposto para esta disciplina.

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“Para que se possa apresentar as dificuldades e facilidades no desenvolvimento deste novo módulo para o Moodle, vou inicialmente contextualizar o leitor sobre a minha condição como desenvolvedor de software; Sou Analista de Sistemas e Desenvolvedor Java com 5 anos de experiência, meus conhecimentos vão desde a modelagem UML as novas tecnologias disponibilizadas para o desenvolvimento. Atualmente faço parte da equipe de desenvolvimento de software de uma das maiores indústrias de computadores do mundo, onde neste ambiente são desenvolvidas aplicações internas para o uso da companhia, sendo que os desenvolvedores estão distribuídos em diversas partes do mundo. As aplicações utilização normalmente utilizam linguagem Java e o acesso a elas normalmente se da por um navegador de Internet, portanto é muito comum o uso de interfaces HTML neste desenvolvimento. Para o armazenamento de dados utiliza-se banco de dados existentes no mercado, e com isto a linguagem SQL e usada em grande escala. Sendo assim possuo o conhecimento necessário para um desenvolvedor de aplicações WEB distribuídas.”

“Tendo explicitado minhas competências como desenvolvedor relato que quando iniciei a análise do ambiente Moodle, me deparei com a linguagem PHP, que nunca havia tido contato de forma profissional e por uma questão particular nunca me interessei em me aprofundar. Acreditei que isto seria um empecilho para o desenvolvimento de um novo módulo, mas com a continuidade da analise deste ambiente, principalmente, com o auxilio da comunidade Moodle, conforme já mencionado no decorrer deste trabalho.”

“O código do ambiente Moodle é muito vasto e de certa forma um pouco desorganizado, veja que estou baseado em aplicações coorporativas, mas navegando pelo código é possível entender como a estrutura do mesmo funciona. Pois a comunidade inclui diversos comentários em partes importantes do código, como nas bibliotecas disponibilizadas, mas existem diversas funções que podem ser questionadas. Pois ao invés de facilitadoras na hora de desenvolver, agregam uma carga maior para o desenvolvimento. O que é possível concluir com o desenvolvimento deste protótipo, é que, a curva de aprendizado para se incluir novos módulos para este ambiente, não é uma curva muito acentuada, e um desenvolvedor com alguma experiência na linguagem PHP não terá a menor dificuldade para criar um novo módulo. (O Anexo IV possui uma entrevista com um desenvolvedor PHP experiente, sobre a sua análise deste ambiente na ótica de um desenvolvedor).”

“No decorrer deste trabalho, visitei diversas vezes o site da comunidade Moodle, mais especificamente os fóruns e “Moodle news”, eis que no dia 16/05/2007 o fundador do Moodle, Martin Dougiamas, publicou um anúncio de emprego para desenvolvedor tempo integral alocado na Moodle HQ, em Perth na Austrália.”.

“Os requisitos solicitados para este desenvolvedor foram os seguintes: Responsabilidades: Escrever códigos de qualidade conforme o guia do Moodle; Escrever Testes Unitários; Efetuar revisão de código; Investigar e resolver erros; Participar de planejamento e seções de design; Escalar problemas quando necessário. Habilidades essenciais: Mínimo 3 anos experiência trabalhando em ambiente de desenvolvimento; Experiência em trabalhos coorporativos; Habilidade para trabalhar com mínima supervisão; Habilidade para completar tarefas no prazo; Habilidade para

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em equipe; Boa comunicação. Habilidades técnicas: Forte conhecimento de PHP; Bom conhecimento em XHTML, CSS, MySQL ou PostgreSQL, Linux, Unix, Java script e Ájax.” Fonte (Moodle Community, 2007).

“Acredito que estes seriam os requisitos necessários para um desenvolvedor avançado para o Moodle podemos dizer que, um desenvolvedor baseado nestes conhecimentos, que atinja parcialmente estes requisitos, no que diz respeito à parte técnica, poderia desenvolvedor um novo módulo para o Moodle, ou até mesmo contribuir para a comunidade com seu trabalho”.

4.2 Trabalhos Futuros

Acredita-se que a partir deste trabalho, muitos outros sobre este assunto, venham a seguir este modelo, e que assim complementem com novos comentários e dicas, para que possa auxiliar a comunidade Moodle, principalmente a comunidade brasileira, a tornar esta ferramenta melhor e mais completa. Diversas funcionalidades podem ser adicionadas, só sendo necessário consultar diretamente os usuários deste ambiente, para entender as necessidades hoje existentes, e com isto desenvolver e disponibilizar estas funcionalidades.

Ainda sobre o ambiente Moodle, é necessária uma investigação no que diz respeito à segurança deste ambiente, sabe-se da possibilidade do uso de criptografia de dados através de HTTPS (HypertText Transfer Protocol Secure). Uma investigação mais aprofundada sobre detalhes de segurança no ambiente, trará mais certeza aos utilizadores, principalmente para a PUC Virtual, sobre o seu uso de maneira segura no que se refere não somente aos dados de alunos e professores, mas principalmente a idoneidade das avaliações.

O principal trabalho, relacionado ao módulo produzido neste TC a ser realizado é o de testar a nova funcionalidade em um curso de maneira que se possa avaliar a percepção dos professores (ponto de vista pedagógico) e o desempenho aliado à integração (ponto de vista tecnológico).

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BIBLIOGRAFIA

(Arruda, 1995) ARRUDA, Eduardo. DISSERT 6.0: UM MODELO PARA

TRABALHOS ACADÊMICOS DO CPGCC - UFRGS. Modelo do Word para Windows 2.0, 1995. Porto Alegre, 1995. Disquete.

(Camargo, 2005) CAMARGO, Álvaro Antônio Bueno De. KHOURI, Lourdes Halim El e GIAROLA, Paulo César. O Uso de Sistemas Colaborativos na Gestão de Projetos: Fatores Relevantes para o Sucesso. Trabalho de Conclusão de Curso. Fundação Instituto de Administração – FIA. 2005.

(Camargo, 2004) CAMARGO, Álvaro Antônio Bueno De. Gestão Colaborativa - Metrô de São Paulo. São Paulo, SP - Dias 26/11/2004, 02 e 03/12/2004.

(Eberspächer, 2000) EBERSPÄCHER. H. F.; JAMUR J.H.; ELEUTÉRIO, M.A; GOMES, P.V. “Eureka”na PUCPR! Um ambiente para aprendizagem colaborativa baseado na www. In: MAIA, Carmem (Org.). Ead.br – Educação a distância no Brasil na era da internet. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2000.

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(Learning Space, 2007)Learning Space – Lotus Learning, IBM. Acessado em 20 de Maio de 2007. Disponível em: http://www.ibm.com/developerworks/lotus/products/elearning/

(Moodle, 2007) Moodle. Acessado em 20 de Maio de 2007. Disponível em: http://moodle.org.

(Moodle Community, 2007) Moodle Community. Acessado em 15 de Junho de 2007. Disponível em: http://moodle.org/mod/forum/discuss.php?d=71624&mode=2.

(WebBoard, 2007) WebBoard - WebBoard Collaboration Server.Acessado em 20 de Maio de 2007. Disponível em: http://www.webboard.ora.com/products/webboard/index.cfm.

(WebCT, 2007) WebCT. Acessado em 20 de Maio de 2007. Disponível em: http://www.webct.com/webct.

(Rede Escolar, 2007)Rede Escolar Livre RS. Acessado em 20 de Maio de 2007. Disponível em: www.redeescolarlivre.rs.gov.br.

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(The Elearning Guild, 2007) The Elearning Guild – The elearning Guild is a Community of Practice for e-learning design, development, and management professionals. Acessado em 15 de Junho de 2007. Disponível em: http://www.elearningguild.com/pbuild/linkbuilder.cfm?selection=doc.1373.

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ANEXO I – Dicas e sites úteis sobre o ambiente Moodle

Este estudo visou avaliar o ambiente Moodle e suas funcionalidades e ao final desta avaliação, foram armazenados alguns sites na Internet que auxiliarão no entendimento deste ambiente. Tanto no âmbito do aluno como do desenvolvedor, apresentamos então esta documentação de auxilio.

A.1 SITES

Os links apresentados a seguir foram acessados no período de criação deste documento, que compreende de 03/2007 a 06/2007.

A.1.1 Site principal da Comunidade Moodle - http://moodle.org/

Este é o site oficial do Moodle, nele podemos encontrar as principais informações sobre este ambiente.

Está disponível ainda o que é chamado pela comunidade Moodle, de suporte livre. Neste tópico, estão disponíveis diversos fóruns, com inúmeros assuntos, desde a instalação ao desenvolvimento de novos módulos, as informações contidas nestes fóruns foram esclarecedoras no momento de dificuldades encontradas na instalação do ambiente.

Documentações de todos os gêneros, do usuário ao administrador do ambiente e suas atribuições no ambiente. Para encontrar esta documentação você deve selecionar no menu principal, localizado a esquerda do site, o link “Documentação”, assim seremos direcionados a página principal da documentação disponibilizado para o Moodle. A partir deste ponto no site, teremos as seguintes escolhas:

• Sobre o Moodle – informações sobre o que realmente é o Moodle; • Documentação para docentes – informações sobre as funcionalidades

do Moodle nas atribuições de professor, criador e administrador. Demonstra principalmente como criar um novo curso ou disciplina no ambiente, com comentários curtos sobre a edição de cursos, incluindo links para a documentação mais especifica sobre cada um dos assuntos relacionados.

• Documentação para administradores – informações sobre as funcionalidades a mais e exclusivas dos administradores, entre elas as informações de instalação e mudanças de versões, especificações do sistema, segurança, desempenho e funções (papeis), perguntas freqüentes, configurações do sistema, gerenciamento de usuário e finaliza com outras informações;

• Documentação para programadores – informações sobre os passos que devem ser seguidos pelos desenvolvedores para a adição de um novo módulo para o Moodle. Sendo as informações contidas neste ponto, auxiliado muito para o inicio do desenvolvimento do novo módulo. Neste tópico existem diversas informações relevantes ao desenvolvimento como os guias, sendo que se inclui um guia de código, guia de arquitetura, guia de interface, guia para uso do CVS (Concurrent Versioning System), guia de testes, guia dos erros existentes e como

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trabalhar com a comunidade Moodle. É ainda apresentado recursos e ferramentas, como contribuir, planos para o futuro, documentação sobre o núcleo do ambiente e documentação para contribuir com códigos para a comunidade. O que chama muito a atenção neste ponto é no que se refere ao Roadmap onde são apresentados os planos da comunidade para o futuro do ambiente, bem como as novidades para as próximas versões do Moodle. Além de um ponto destinado a comunidade acadêmica, denominada Student projects onde com o auxilio de alunos de diversas partes do mundo, auxiliam a comunidade a atingir os objetivos determinados no roadmap. Como exemplo o Moodle Voice que está sendo desenvolvido pelo estudante indiano Mayank Jain - Indian Institute of Technology Kharagpur, West Bengal - criador do comunicador por IP o WengoPhone (http://www.openwengo.org/ e http://dev.openwengo.com/trac/openwengo/trac.cgi/), possuindo experiência na área de voz por IP, onde apresenta sua área de interesse. Portanto existe a grande possibilidade de contribuir para o crescimento e melhoramento do ambiente Moodle.

A.1.2 Site com curso grátis para uso do Moodle - http://www.gfarias.com/moodle/

Este site é do único parceiro (Partner) oficial do Moodle no Brasil, o responsável Giovanni Farias, disponibiliza um curso gratuito, sendo necessário somente o cadastro no site. Para aqueles que visitarem o site oficial da comunidade Moodle, não verá grande novidade nos recursos apresentados por este curso ou curso apresentado pela comunidade, mas a vantagem deste é que, está atualizado e possui diversos links para outros exemplos disponibilizados na Internet. Um dos recursos apresentados com diversos exemplos é o Hot-Potatoes, que são tarefas de arrastar e soltar, múltipla escolha, palavras cruzadas, jogo da forca e manipulação direta. Outro recurso apresentado é o Learning Activity Management System – LAMS, que consiste em atividades que possuem um fluxo definido, sendo obrigatório seguir esta seqüência. Estes recursos dependem de terceiros, cujas tecnologias são proprietárias. Estes recursos foram adicionados no arquivo que pode ser importado para qualquer ambiente Moodle que esteja em funcionamento.

A.1.3 Site do Youtube contém diversos vídeos sobre o Moodle - http://www.youtube.com/results?search_query=moodle&search=Search

O link acima é direcionado a uma busca por vídeos sobre o Moodle, dentre estes vídeos, é apresentada a instalação completa do ambiente, utilização e edição de disciplinas, como importar uma disciplina, apresentações do Moodle, entre diversas outras apresentações.

A.1.4 Site Moodle da FCT (Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa) - http://ruby.dcsa.fct.unl.pt/moodle/.

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O destaque do link acima são os recursos apresentados e utilizados por esta Universidade em seus cursos, principalmente os referentes à apresentação de arquivos multimídia, muito bem explorados por eles.

A.1.5 Site do CDTC (Centro de difusão e Tecnologia e Conhecimento) -http://comunidade.cdtc.org.br/.

O link disponibiliza diversos cursos livres, sendo necessário somente efetuar cadastro no site, o ambiente utilizado é o próprio Moodle. Entre os cursos disponibilizados, está o de instalação do ambiente Moodle, de programação PHP, entre diversos outros, onde destacamos também o de OPENOFFICE, este por ser uma ferramenta livre para a criação e edição de documentos, apresentações e planilhas, pode ser utilizado por professores e alunos, em substituição ao Office (Microsoft) sem a necessidade de pagamento por licença de uso. O site apresenta diversos outros cursos inteiramente gratuitos.

A.1.6 Site da revista PhpMagazine - http://www.phpmagazine.com.br/.

Este site é da primeira revista brasileira exclusivamente sobre PHP, até o momento a revista esta disponível online e pode ser realizado download gratuitamente, sendo apenas necessário efetuar cadastro no site. Atualmente está em sua terceira edição, conforme o próprio site, já possui mais de 5.000 usuários, apesar de ter sua primeira edição lançada em Janeiro de 2007. Nesta terceira edição de Junho de 2007, está incluído uma matéria sobre LMS (Learning Management System), com o titulo de “Ambientes de livre distribuição para gerenciamento de conteúdo de aprendizagem”, escrito por Josiane Lima de Oliveira. Onde o destaque são os ambientes de distribuição livre, apresentando as características, uma análise e expectativas para o futuro desses ambientes em relação à educação à distância, nesta matéria não poderia estar de fora o ambiente Moodle. Ainda nesta edição apresentam-se outras matérias interessantes, como por exemplo, sobre ferramentas para desenvolvimento PHP.

A.1.7 Site com dicas sobre PHP - http://www.phpfreaks.com/.

Este site disponibiliza diversas informações sobre códigos em PHP, entre as áreas disponíveis, podemos destacar, artigos, tutoriais, chats, fórum, códigos e referências de códigos MySQL em conjunto com PHP.

A.1.8 Site com dicas sobre HTML - http://www.linhadecodigo.com.br/desenvolvimento/hcd.asp.

Existem diversos sites que disponibilizam informações sobre o desenvolvimento com uso da linguagem html, mas acredito que este site seja um dos mais completos sobre este assunto, nele existe diversos tutoriais específicos, bem como com o uso de outras linguagens incluindo PHP.

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A.1.9 Site com dicas sobre SQL com Mysql e PHP - http://www.truquesedicas.com/tutoriais/php/index.htm.

O link acima é a combinação perfeita para aqueles que desejam criar um novo módulo para o ambiente Moodle, como normalmente é utilizado o banco de dados Mysql nas instalações do ambiente, este link apresenta o uso de sql em conjunto com PHP, portanto um link que ajuda e muito no desenvolver de um módulo.

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ANEXO II – Desenvolvimento de módulos para o ambiente Moodle

Este documento serve como base para o desenvolvimento de módulo adicional para o ambiente Moodle. Procuramos indicar algumas facilidades para a definição no momento de iniciar este desenvolvimento.

A.1 MOODLE

O ambiente de Educação a Distância conta com esta poderosa ferramenta que é o Moodle (Modular Object Oriented Dynamic Learning Enviroment), sendo este um sistema colaborativo, esta ferramenta tem o propósito de facilitar o trabalho em grupo, permitindo que usuários trabalhem colaborativamente mesmo a distância.

O Moodle é uma ferramenta de código aberto, desenvolvida em PHP, onde uma grande comunidade de profissionais desenvolvendo novos que desenvolve novos módulos para este ambiente.

Contudo para aqueles que desejam iniciar o desenvolvimento de um novo módulo, necessitam de um conhecimento mínimo de PHP, SQL e HTML, estão habilitados para desenvolver novos módulos para o Moodle. Desta forma apresentamos um breve tutorial, que serve como base para a criação de novos módulos conforme as regras estabelecidas pela comunidade Moodle. Para que tenha uma noção do que segue nesta primeira parte do tutorial referente ao ambiente e instalação do Moodle, pode-se visualizar o vídeo “Installing The Windows Moodle Package” no link do Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=gAztMLGoOj0.

A.1.1 Recursos para instalação do Moodle

Inicialmente além do ambiente do Moodle instalado no equipamento de desenvolvimento, se faz necessário a instalação de um servidor Apache e um banco de dados, sendo comumente utilizado o MySQL. Sugerimos a utilização de instalador XAMPP que possui todos estes requisitos em uma mesma instalação. Este instalador pode ser obtido no site http://www.apachefriends.org/en/xampp.html. Obtenha o instalador e execute a instalação conforme manual de instalação do mesmo, que pode ser encontrada na mesma página de download do instalador - http://www.apachefriends.org/pt_br/xampp-windows.html. Efetuada esta instalação, acesse através do navegador WEB – http://localhost/, a tela principal do XAMPP deve ser apresentada conforme mostra a Figura 1.

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Figura 1 - Tela inicial do XAMPP.

A Figura 1 contém as opções de linguagens disponíveis para o XAMPP, selecione a opção de linguagem desejada, então a tela com o menu principal da Figura 2, será apresentada.

Figura 2 - Menu principal do XAMPP.

No menu principal do XAMPP, que é mostrado na Figura 2, selecione a opção phpMyAdmin abaixo do menu “Ferramentas”, isto levará a tela de gerenciamento da base de dados Mysql, apresentada na Figura 3.

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Figura 3 - Tela gerenciamento da base de dados Mysql.

No menu principal apresentado na Figura 3, selecione a opção “Privileges” o ambiente direcionará para a tela de gerenciamento de usuários Mysql, como mostra a Figura 4.

Figura 4 - Tela de gerenciamento de usuários Mysql.

Na tela de gerenciamento de usuários (Figura 4), deve ser criado um novo usuário para acesso a base de dados do Moodle, selecione então a opção “Acrescentar um usuário”, assim a tela com a solicitação de dados e permissões do usuário é mostrada (Figura 5).

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Figura 5 - Tela de dados e permissões do usuário.

De um nome e uma senha para o novo usuário para o Moodle, por exemplo, usuário - Moodle e senha - Moodle, marque todas as permissões para este usuário, como mostra a Figura 5 e execute a operação para que então se crie um usuário novo.

Figura 6 - Tela de confirmação de inclusão de usuário.

A tela da Figura 6 apresenta confirmação de criação do novo usuário para a base de dados Mysql.

A seguir é preciso criar uma base de dados destinada ao Moodle, para isto retorne ao menu principal (Figura 7) para realizar esta operação.

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Figura 7 - Tela gerenciamento da base de dados – criar base de dados.

Defina um nome para esta base de dados, como por exemplo, “Moodle”, incluindo este nome no campo “Criar nova base de dados”, execute a operação selecionando o botão “Criar”, assim a tela de confirmação será apresentada conforme Figura 8 a seguir.

Figura 8 - Tela com a confirmação de criação da base de dados.

A.1.2 Instalação do ambiente Moodle

Pode-se então iniciar a instalação do Moodle, para isto digite no navegador, http://localhost/moodle/install.php, assim a tela inicial de instalação do Moodle, como mostra a Figura 9.

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Figura 9 - Tela inicial de instalação do Moodle.

Selecione a opção de idioma desejado, no combobox disponível conforme mostra a Figura 9, e avance com a instalação para visualizar a validação do ambiente realizada pelo instalador do Moodle como mostra a Figura 10.

Figura 10 - Validação do ambiente realizada pelo instalador do Moodle.

O instalador do Moodle efetuará as verificações e validações necessárias, conforme mostra a Figura 10 e permitirá seguir com a instalação, estando todas as condições satisfeitas, pode-se seguir com os próximos passos selecionando o botão “Próximo”.

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Figura 11 - Tela com a configuração da base de dados.

Na Figura 11, os dados definidos na base de dados do Mysql devem ser informadas agora, seguindo a ordem, Tipo – Mysql, Servidor – localhost, Base de dados – Moodle, usuário – Moodle, senha – Moodle e o prefixo das tabelas que serão criadas pelo instalador, por padrão este prefixo é “mdl_”, mantenha e avance para a próxima etapa.

Figura 12 - Tela com a validação dos dados informados.

O instalador do Moodle, realiza novas verificações agora relacionados a base de dados Mysql (Figura 12). Com os dados validados, siga para a próxima etapa, para isto selecione o botão “Próximo”, a tela seguinte o instalador possibilita que seja realizado o download do pacote de idioma de sua preferência (Figura 13).

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Figura 13 - Download do pacote de idioma.

Mas para que isto seja possível, é necessário o servidor estar conectado a Internet, caso contrário, a instalação seguira em inglês, para este tutorial foi definido baixar o pacote em português, assim a tela com a confirmação de instalação deste pacote (Figura 14) é mostrada após a conclusão deste download.

Figura 14 - Tela com a confirmação de instalação do pacote de idioma.

Avance para a próxima etapa, e assim concluir o processo de instalação e validação do ambiente Moodle, como apresenta a tela com a confirmação da configuração concluída (Figura 15).

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Figura 15 - Tela com a confirmação de configuração completada.

Etapa de configuração concluída selecione o botão “Continuar”, assim o instalador apresentará a licença do ambiente Moodle como mostra a Figura 16 a seguir.

Figura 16 - Tela com a licença do ambiente Moodle.

Efetuada a aceitação da licença de uso do Moodle, o instalador inicia a configuração e criação das tabelas necessárias na base de dados (Figura 17).

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Figura 17 - Tela configurando a base de dados.

A Figura 18 mostra o fim da tela com a criação das tabelas de configuração concluídas.

Figura 18 - Tela com a criação das tabelas de configuração concluída.

A configuração da base de dados é finalizada, portanto selecione o botão “Continuar”, para que a configuração das tabelas referentes aos módulos do ambiente Moodle seja iniciada como mostra a Figura 19.

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Figura 19 - Tela configurando as tabelas de módulo.

Finalizando a configuração das tabelas dos módulos na tela a seguir (Figura 20).

Figura 20 - Tela com a finalização da configuração das tabelas dos módulos.

Deve-se então selecionar o botão “Continuar” para que seja iniciada a criação e configuração das tabelas dos plugins, a Figura 21 mostra esta tela com a criação das tabelas de plugins.

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Figura 21 - Tela com a configuração das tabelas dos plugins.

Concluída as configurações para as tabelas dos plugins, conforme mostra a tela a seguir (Figura 22).

Figura 22 - Tela com a conclusão das tabelas de plugins.

Concluída estas tabelas deve-se ainda selecionar novamente o botão “Continuar” Para que o instalador inicie uma parte importante das configurações, ou seja, as tabelas relacionadas ao upgrades do ambiente, onde serão realizadas as atualizações, como mostra a Figura 23.

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Figura 23 - Tela com upgrades da base de dados.

Concluindo a configuração de upgrades do ambiente como mostra a tela a seguir (Figura 24).

Figura 24 - Concluindo a configuração de upgrades.

Para finalizar as configurações de tabelas do ambiente, ocorre ainda a configuração das tabelas para os caixas (box) disponíveis no ambiente Moodle (Figura 25).

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Figura 25 - Configuração das tabelas de caixas (box) do ambiente.

A partir deste momento, as configurações necessitam novamente de intervenção humana, pois, é preciso informar os dados para um administrador do ambiente Moodle, conforme mostra a Figura 26.

Figura 26 - Tela de configuração dos dados do administrador do ambiente.

Nesta tela, apresentada na Figura 26, deve ser configurada a conta do administrador principal, que tem controle completo sobre a instalação. Escolha nome e senha segura e utilize ainda um endereço de correio eletrônico válido. Mais tarde você pode criar outras contas de administrador.

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Figura 27 - Tela inicial do XAMPP.

Concluídas esta etapa com os dados que o Moodle solicita como obrigatórios e aqueles que acharem relevante informar, indicamos ainda que quanto mais completo as informações, melhor para o funcionamento do ambiente. Na próxima tela (Figura 28) deve ser informado o nome principal do ambiente Moodle, este nome é o nome que será apresentado na tela inicial do ambiente.

Figura 28 - Tela para configuração do nome principal do ambiente.

Adicione também informações relevantes a este site e salve estas configurações, selecionando o botão “Save Changes” apresentado na Figura 29.

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Figura 29 - Tela final de configuração do site principal do ambiente Moodle.

Finalmente temos o ambiente Moodle instalado (Figura 30) e, pronto para ser criado uma disciplina para este ambiente, bem como adicionar usuários.

Figura 30 - Tela principal do ambiente Moodle instalado.

Agora já é possível criar uma nova disciplina, como mostra a tela de configuração de uma disciplina na Figura 31.

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Figura 31 - Tela de configuração para uma nova disciplina.

Porém, para mais detalhes em como criar uma nova disciplina ou curso, faça uma consulta ao livro Moodle – Um Sistema de gerenciamento de cursos do professor Athail Rangel Pulino Filho da UNB – Universidade de Brasília. Este livro apesar de ter sido criado na versão 5.3 do Moodle, sendo que hoje o Moodle está na versão 1.7, possui muita das funcionalidades principais do ambiente apresentadas na integra. Ou ainda assistir o vídeo “Moodle couse” disponível no site do Youtube, http://www.youtube.com/watch?v=LoFdPP8iBAc.

A.1.3 Recursos para o desenvolvimento

Concluídas esta etapa, que atende aos requisitos de ambiente, apresentaremos as ferramentas de edição disponíveis para esta função. Existem diversos editores para a linguagem PHP, dentro os quais alguns deles possuem licenças gratuitas para uso mesmo comercialmente. Dentre estas a que vem se destacando por já ser um editor muito utilizado pela comunidade de desenvolvedor Java, é o Eclipse (www.eclipse.org), que apesar de ter seu foco na edição para a linguagem Java, hoje disponibiliza em um dos módulos um editor para PHP (http://www.eclipse.org/pdt/). O Eclipse possui diversos outros módulos que vão desde, uma simples edição de arquivos XML, até clientes de acesso a banco de dados, como por exemplo, o Quantum, com este é possível realizar consultas em uma base de dados bem como alterar, remover ou incluir tabelas.

Podemos comentar ainda a integração entre o XAMPP, que comentamos no início deste documento, com o editor Eclipse, com ele pode-se iniciar ou parar o servidor Apache, através de um ícone adicionado ao Eclipse. Portanto não é necessário sair do ambiente nem mesmo para gerenciar o servidor de aplicação.

Entre os outros editores podemos citar o Phpdesigner, o Codecharge Studio e o Tulip, sendo este um projeto brasileiro desenvolvido pela Solis, Cooperativa de Soluções Livres. Abaixo apresentamos um pouco sobre cada uma destas outras ferramentas:

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- CodeCharge Studio - http://www.codecharge.com.br/apresentacao.php

Esta é uma ferramenta de desenvolvimento WEB com PHP, que traz muita produtividade para a equipe de desenvolvedores. É um software comercial de custo baixo e com muitos recursos. Realizamos testes com esta ferramenta, utilizando a versão demo.

Encontramos facilidades de uso, mas o cliente de acesso a banco de dados que a ferramenta possui não possui uma boa usabilidade se comparado ao quantum da ferramenta eclipse. Usabilidade é algo subjetivo, portanto o aconselhável e efetuar testes na versão demo disponível no site do produto.

- PHP Designer - http://www.mpsoftware.dk/products.php Mais uma ferramenta comercial com baixo custo, possui também

diversas funcionalidades que auxiliam muito na produtividade na hora de desenvolver uma aplicação em PHP. Utilizando também a versão demo, efetuamos alguns testes nesta ferramenta, contudo acreditamos que está ferramenta possui um ótimo custo beneficio se comparada à comentada anteriormente, pois possui de certa forma as mesmas funcionalidades com um custo muito mais baixo.

- Tulip - http://tulip.solis.coop.br/br/index.php O Tulip é um ambiente cooperativo de desenvolvimento para a edição de

códigos PHP com licença livre para uso comercial e código livre. Gerencia diversos projetos, possui também controle via CVS, para manipular arquivos localmente. Possui junto ao seu pacote um navegador ou cliente de banco de dados, onde é possível acessar os principais bancos de dados utilizados pelo Moodle, o Mysql e Postgress, realizando consultas bem como editar registros. Efetuamos testes nesta ferramenta que se mostrou muito simples a sua utilização, apresentando resultados satisfatórios para o uso no desenvolvimento de novos módulos para o Moodle. Sendo uma ferramenta livre e principalmente sem dependência de outras instalações como os requisitos do Eclipse.

- Eclipse - http://www.eclipse.org O Eclipse conforme já comentado, é utilizado em larga escala entre os

desenvolvedores Java. Uma das desvantagens do uso do Eclipse para o desenvolvimento PHP é a necessidade da instalação de um modulo adicional para este propósito, o Eclipse PDT (PHP Development Tools). Este projeto, bem como detalhes de instalação e uso, pode ser encontrado no site http://www.eclipse.org/pdt/. Apesar de ser um projeto novo é muito bem estruturado como todos os projetos realizados pela comunidade do Eclipse.

Este foi o editor utilizado no desenvolvimento do protótipo para este Trabalho de Conclusão, isto se deve ao fato de já estar habituado com esta ferramenta, apesar disto recomendar ela para o propósito de editor PHP, não parece ser o melhor caso, pois por ser uma ferramenta bastante completa, principalmente para desenvolvimento Java, já para o desenvolvimento PHP é mais uma opção uso. Isto se deve ao fato de para que seja possível utilizar o editor PHP, é necessário obter a base do Eclipse, que possui algo em torno de 150M bytes de pacote, e assim adicionar o módulo a ele.

A.1.4 Regras para o desenvolvimento

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Este conteúdo é baseado no link, http://docs.moodle.org/pt/Documenta%C3%A7%C3%A3o_para_programadores, disponibilizado no site da comunidade Moodle.

Para desenvolver um módulo para o Moodle existem passos e regras que precisam ser respeitadas de forma que a aplicação reconheça aquele grupo de arquivos como um módulo.

Assim devem-se respeitar as seguintes regras:

- Todos os arquivos que compõem o módulo devem estar em um diretório com um nome que não deverá conter números ou caracteres especiais e deve ser uma palavra única sem espaços. Este diretório deverá ficar localizado na pasta “/mod” na raiz do Moodle, conforme a Figura 32 apresenta.

Figura 32 - Pasta “/mod” na raiz do ambiente Moodle.

- Todos os arquivos de código deverão ter a extensão php.

- Todos os arquivos de modelo deverão ter a extensão html.

- Todos os acessos a base de dados deverão ser feitos usando as funções que constam do arquivo “datalib.php” existente no diretório “/lib” na raiz do Moodle, como apresentado na Figura 33.

Figura 33 - Arquivo “datalib.php” da pasta “/lib”.

Um exemplo de função disponível neste arquivo é a função “search_user” (Figura 34), esta função busca os usuários conforme os parâmetros passados, como, o identificador do curso, grupo entre outros parâmetros.

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Figura 34 - Função do arquivo “datalib.php”.

- Todos os textos deverão manuseados através de funções pré-definidas pelo Moodle (“get_string()” e “print_string()”). Assim é forçado que parte do código seja standard e facilite a tradução do texto para outras línguas. Estas funções buscam as palavras chave no arquivo de língua localizado no diretório “/lang” do módulo. Este arquivo tem de ter o nome do módulo seguida da extensão “.php”, como exemplo a Figura 35 apresenta o diretório “/Moodle/lang/pt_br_utf8/”.

Figura 35 - Arquivo de língua adicionado ao diretório “/Moodle/lang/pt_br_utf8/”.

- O nome do módulo é definido no arquivo do idioma atribuído o nome desejado à variável “modulename”. Para definir o plural deve-se atribuir o nome no plural à variável “modulenames”. A Figura 36 mostra estas variáveis no protótipo implementado.

Figura 36 - Variáveis “modulename” e “modulenames”.

- Cada arquivo de código deve incluir o arquivo “config.php” do Moodle através de “required_once(“../../config.php”);” necessário para identificar os usuários do sistema através das funções, “require_login()” e “isadmin()”, “isteacher()”, “iscreator()” ou “isstudent()”. Um exemplo de uso é apresentado na Figura 37.

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Figura 37 - Exemplo de uso das funções de identificação de usuário.

- Todos os arquivos de ajuda devem ser passiveis de tradução, colocando os novos arquivos de ajuda no diretório adequado. Por exemplo, “/Moodle/lang/pt_br_utf8/help” como apresentado na Figura 38.

Figura 38 - Diretório “/help” do ambiente Moodle.

- Todos os textos dentro do Moodle, especialmente aqueles que são provenientes de usuários devem ser impressos usando a função “format_text()”. Isto assegura que o texto esta filtrado, e devidamente limpo.

Figura 39 - Exemplo de uso da função “format_text()”.

Além disto, os seguintes arquivos são obrigatórios:

mod.html – Um formulário inicial que será apresentado no Moodle, que serve para criar e modificar uma instância do módulo;

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version.php – indica a versão do módulo e é útil para posteriormente fazer upgrades. Também deve indicar o intervalo de tempo em que o script cron.php do Moodle atualiza os dados relativos ao módulo;

icon.gif – pequena imagem representativa do módulo;

index.php – página que lista todas as instâncias existentes do módulo;

view.php – página que permite ver uma instância em particular;

lib.php – Neste arquivo devem estar as seguintes funções (exemplo para um módulo chamado modulo):

Acrescenta-se ainda que também os seguintes métodos que são de implementação obrigatória:

modulo_add_instance() – código para adicionar uma nova instância;

modulo_update_instance() – código para atualizar uma instância;

modulo_delete_instance() – código para apagar uma instância;

modulo_user_outline() – código que lista resumo sobre o usuário;

modulo_user_complete() – código que fornece toda a informação do usuário;

Se o módulo necessitar ser utilizado com uma base de dados, deve existir um diretório “/db” dentro do diretório do módulo com um arquivo “mysql.php” e/ou “postgres.php” e também um arquivo “mysql.sql” e/ou “postgres.sql” consoante o SGBD sobre o qual a aplicação Moodle está instalado.

O arquivo “.php” é utilizado para fazer atualizações na base de dados para a eventualidade de já existir uma versão anterior do mesmo módulo instalada no sistema.

O arquivo “.sql” consiste nas instruções SQL que vão criar as tabelas na base de dados que o módulo irá usar. Todas as tabelas deverão ter como início do nome prefix_ seguido de um nome. O valor de prefix é depois atribuído pelo Moodle quando for realizada a execução do código SQL.

A tabela principal devera ter o mesmo nome que o módulo (ex: prefix_modulo) e deve conter no mínimo os seguintes campos:

id – INT 10 autoincremental como índice primário

course – com o id do curso à qual a instância pertence

name – o nome completo de cada instância do módulo

As outras tabelas devem ser nomeadas seguindo a regra prefix_modulo_nome. Após cumprir todos estes passos, passa-se então à restante implementação do módulo.

A.1.5 Desenvolvendo um novo módulo

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A partir desta seção o texto descrito não faz parte de nenhuma documentação disponibilizada pela comunidade, e sim pela experiência adquirida pelo autor deste documento.

Crie um projeto na ferramenta de edição de sua preferência, ou as já citadas neste tutorial, para este foi utilizada a ferramenta de desenvolvimento Eclipse com o módulo adicional PDT, este para desenvolvimento específico para a linguagem PHP. Na tela a seguir é apresentado como foi criado um projeto no editor Eclipse, a Figura 40, apresenta a definição do nome do projeto na ferramenta de edição, que foi denominado de “ModuloMoodle”.

Figura 40 - Nomeando um novo projeto PHP no Eclipse.

A Figura 41 apresenta o projeto criado na ferramenta de edição Eclipse.

Figura 41 - Projeto PHP criado no Eclipse.

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Segue-se então para a criação dos diretórios definidos nas regras da comunidade Moodle para a criação de um novo módulo.

Figura 42 - Diretórios para o novo módulo.

Então para criar um novo módulo conforme as especificações da comunidade Moodle, inclua no projeto criado a estrutura mostrada na figura acima. Onde a pasta “/Moodle” representa o diretório do ambiente Moodle, a pasta “/mod” representa o diretório existente no ambiente Moodle para a inclusão do novo modulo criado, e a pasta “novo_modulo” representa o novo modulo a ser criado. Já a pasta “/lang” representa o diretório existente no ambiente Moodle para a inclusão dos textos a ser utilizado no novo módulo. Para cada linguagem adicionada ao novo módulo, deve-se adicionar um arquivo com o nome do novo modulo na pasta referente à linguagem desejada. Como mostra a Figura 43.

Figura 43 - Pasta da linguagem do novo módulo.

Como podemos ver, foi adicionada uma pasta destinada a textos da Língua Portuguesa, feito isto se deve adicionar o arquivo com o nome do novo módulo. Para isto crie um arquivo do tipo “php” com auxilio do editor (Figura 44), conforme já mencionado, com o mesmo nome do novo modulo.

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Figura 44 - Criando um arquivo PHP no Eclipse.

Para o nosso caso o editor Eclipse apresenta a seguinte tela (Figura 45), para a criação do arquivo.

Figura 45 - Nomeando um arquivo PHP no Eclipse.

O primeiro arquivo criado foi então incluído e é apresentado na tela principal do editor (Figura 46).

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Figura 46 - Arquivo PHP criando no Eclipse.

Agora é necessário adicionar os textos básicos que serão utilizados pelo novo módulo.

Figura 47 - Editando o arquivo no Eclipse.

Na Figura 47 adicionamos ao arquivo com os textos utilizados pelo novo módulo, conforme comentado anteriormente e exigido pelas regras da comunidade Moodle. Para facilitar a comunidade disponibiliza um arquivo zipado com um modelo básico para a construção de um novo módulo (http://download.moodle.org/plugins16/mod/NEWMODULE.zip), vamos utilizar este arquivo para servir de modelo para concluir este tutorial. No link incluído acima faça o download do arquivo, após isto vamos descompactar o arquivo dentro do projeto criado no Eclipse.

Assim teremos simplificada a criação dos arquivos obrigatórios, como mostra a Figura 48.

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Figura 48 - Arquivos e estrutura de NEWMODULE.ZIP.

Podemos então editar os arquivos alterando o nome do módulo que a comunidade usa como exemplo “newmodule” para o nome que desejamos dar ao nosso módulo. Apresentamos o arquivo “view.php” na Figura 49, aonde vamos então edita-lo.

Figura 49 - Detalhes do arquivo “view.php” antes da edição.

Podemos então editar os arquivos alterando o nome do módulo que a comunidade usa como exemplo “newmodule” para o nome que desejamos dar ao nosso módulo. Apresentamos o arquivo “view.php” na Figura 49, aonde vamos então editá-lo.

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Figura 50 - Detalhes do arquivo “view.php” depois da edição.

Na Figura 50 podemos visualizar o arquivo “view.php” com alterações efetuadas, onde foi alterado a palavra “newmodule” por “modulo_moodle”.

As tabelas que forem criadas para o este módulo devem ser adicionadas ao arquivo “mysql.sql”, isto porque, para este tutorial estamos utilizando a base de dados Mysql. Se desejar utilizar outra base de dados, adicione os scripts “sql” em um arquivo com o nome correspondente a base da dados escolhida como por exemplo, “postgress.sql” se esta for a base de dados utilizada.

Este script servirá para ser executado diretamente na base de dados através de um cliente de acesso a banco. Neste tutorial foi utilizado um plugin para o Eclipse chamado Quantum, que pode ser encontrado no site http://quantum.sourceforge.org.net/. A Figura 51 mostra a tela de edição do Quantum integrada ao ambiente de edição do Eclipse. Com ele podemos criar e editar tabelas, bem como adicionar a remover registros das tabelas disponíveis.

Bom mas nós apresentamos este plugin, pela necessidade de ter que incluir e verificar algumas tabelas do ambiente Moodle. Para que um novo módulo funcione, deve possuir um registro em tabelas especificas do Moodle, para que os módulos disponíveis possam ser visualizados pelo administrador quando este for disponibilizar um novo módulo ao ambiente.

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Figura 51 - Tela do plugin Quantum integrada ao Eclipse.

Para isto existe a tabela “prefix_modules” que possui então cadastrados todos os módulos disponíveis no ambiente, como mostra a Figura 52. Note que a prefixo da tabela “prefix_”, foi definida no momento da instalação do ambiente, veja a Figura 11 com a tela de configuração da base de dados, o campo Prefixo das tabelas.

Figura 52 - Tabela “prefix_modules” do ambiente Moodle.

Para inserir este registro nesta tabela, devemos criar um script e incluir no arquivo “mysql.sql”, com conteúdo similar ao apresentado na Figura 53.

Figura 53 - Script “sql” para adicionar o módulo ao Moodle.

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Executamos este script “sql” na base de dados, onde adicionamos o nome (campo “name”) do novo módulo, a versão (campo “version”, normalmente a data de criação do módulo no formato, Date: YYYYMMDDXX, onde XX pode ser o número da versão) e se o módulo deve estar visível (campo visible), ou não. O registro então adicionado pode ser verificado na base de dados (Figura 54).

Figura 54 - Tabela “prefix_modules” com registro adicionado.

Como já possuímos o ambiente do Moodle, instalado e configurado em nosso equipamento, já é possível verificar se o registro adicionado é apresentado na tela de configuração dos módulos do Moodle. Para isto devemos acessar o ambiente como administrador, com o modo de edição ativada, selecionar a opção “Modules” na caixa de “Administração do site” (Figura 55), após selecionar “Atividades”.

Figura 55 - Caixa de “Administração do site”.

A tela com as atividades disponíveis ou módulos é apresentada, podemos assim verificar que a alteração na tabela foi efetivada e identificada pelo ambiente Moodle (Figura 56). Na listagem apresentada o “modulo_moodle” está disponível.

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Figura 56 - Atividades disponíveis no Moodle.

Inicialmente temos o novo módulo integrado ao Moodle, é possível adicionar os arquivos criados ao ambiente Moodle, copiando os arquivos para a pasta “mod” na raiz do diretório onde o Moodle está instalado. Mas este tipo de configuração pode ser automatizado, através de arquivos “php”, podemos utilizar o arquivo inicial do módulo para realizar verificações na base de dados e executar alguma ação a partir desta verificação. Por exemplo, pode-se validar se a tabela que representa o novo módulo está presente na base de dados, utilizando funções existentes no ambiente Moodle, como mostrado na Figura 57, criamos um arquivo “install.php” para esta execução .

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Figura 57 - Automatizando a instalação do módulo com “install.php” .

Como se pode verificar o processo realizado manualmente, no código apresentado na Figura 57, foi automatizado de forma a facilitar a instalação do novo módulo. O código verifica se existe o registro do módulo na base de dados do Moodle, se não existe busca o script “sql” conforme a base de dados definida na instalação do Moodle. Para este caso o arquivo que é buscado é o “mysql.sql”, que contém a inserção na tabela “mdl_modules” e a criação da tabela “mdl_modulo_moodle”, como apresentado na Figura 58.

Figura 58 - Script “sql” para o módulo.

Para executar este script, copie todos os arquivos para o diretório do Moodle, dentro da pasta “htdocs” onde o servidor Apache está instalado. Assim através do navegador WEB podemos executar o mesmo, acessando a url do módulo http://localhos/moodle/mod/modulo_moodle/install.php. Na Figura 59 é apresentado onde deve estar o pacote com o novo módulo, deve estar dentro da pasta “mod” do ambiente Moodle. A Figura 59 ainda apresenta através do Eclipse a estrutura de diretórios do Moodle.

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Figura 59 - Instalação do módulo no Moodle.

Copie também os arquivos de texto “modulo_moodle.php”, conforme a pasta da linguagem do texto. Para este tutorial adicionamos somente para a Língua Portuguesa conforme mostra a Figura 60, na pasta “lang” do Moodle.

Figura 60 - Adicionando o arquivo de textos e linguagem.

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Como foi executado o script de forma manual, em um dos passos anteriores, remova o registro da tabela “mdl_modules”, referente ao módulo “modulo_moodle”, e então acesse a url do módulo comentada anteriormente. Assim no navegador WEB será apresentada à execução do script realizada com sucesso como mostra a Figura 61.

Figura 61 - Executando a instalação.

Podemos novamente acessar a lista de atividades (Figura 62) que o novo módulo estará incluído, agora com o ícone que pertence ao pacote “NEWMODULE.ZIP”.

Figura 62 - Módulo “modulo_moodle” incluído nas atividades.

Finalmente podemos adicionar uma atividade deste novo módulo em uma disciplina, como mostra a Figura 63.

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Figura 63 - Módulo “modulo_moodle” incluído nas atividades.

Daqui para frente, é só adicionar a funcionalidade que desejar, como último detalhe, não se esqueça de implementar (ou alterar como usamos os arquivos do modelo NEWMODULE.ZIP) os métodos obrigatório no arquivo “lib.php” como mostra a Figura 64.

Figura 64 - Detalhes do arquivo “lib.php”.

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ANEXO III – Utilização do ambiente Moodle sob a ótica do Professor

Este estudo visou avaliar o ambiente Moodle e suas funcionalidades, ao final desta avaliação, foram identificadas algumas funcionalidades disponíveis aos professores, mas que não se apresentavam de forma muito clara para uso. Apesar de vasta documentação sobre o ambiente e sua utilização, as lições baseadas no formato SCORM não são bem apresentadas para aqueles que possuem pouca familiaridade como este formato. Portanto neste documento adicionamos maiores detalhes sobre sua utilização.

A.1 FUNCIONALIDADES MOODLE

O professor pode editar as páginas das disciplinas que lhe estão atribuídas no ambiente Moodle, assim como, selecionar outro professor para a sua disciplina. Na página principal da disciplina podem-se observar as unidades estruturais do Moodle, que consistem em seções centrais e blocos laterais.

O professor constrói a página da disciplina adicionando recursos e atividades, isto é, as funcionalidades do sistema. Para isto se vale de diversos recursos disponibilizados pelo ambiente do Moodle, apresentamos o uso de alguns destes recursos a seguir:

Editando páginas - Através do modo de edição, o professor pode acrescentar ou modificar recursos e atividades da disciplina. Pode efetuar esta ação clicando no respectivo botão no canto superior direito da página (turn editing on), ou através da seleção do link de edição no bloco de administração. Para sair do modo de edição basta clicar novamente no botão ou link no bloco de administração.

Quando o modo de edição estiver habilitado:

- O ícone de edição permite-lhe modificar os recursos ou atividades adjacentes.

- O ícone de ajuda abrirá uma janela auxiliar de ajuda.

- O ícone do olho aberto indica que a respectiva atividade ou recurso está visível para alunos. Será fechado se clicar sobre ele.

- O ícone do olho fechado indica que a respectiva atividade ou recurso está oculto para alunos. Será aberto se clicar sobre ele.

- O ícone seta para a direita usa-se para alterar avanços de parágrafo de recursos ou atividades. Existe também um ícone seta para a esquerda.

- O ícone de deslocamento permite movimentar um elemento para qualquer local em tópicos de página.

- O ícone de "mover para aqui" aparece quando estiver movendo um recurso ou atividade na página.

- O ícone apagar eliminará definitivamente um recurso ou atividade.

- O ícone de marcação permite destacar um tópico na página.

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- O ícone – esconderá todos os outros tópicos.

- O ícone + mostrará novamente os tópicos que estiverem ocultos numa página.

Atividades efetuadas por alunos - O professor pode efetuar várias atividades enquanto ferramentas de aprendizagem. Como ferramentas de comunicação, destacam-se os chats, diálogos, fóruns e Wikis. Como instrumentos de avaliação e construção coletiva, o professor pode efetuar testes, trabalhos, workshops, glossários. Tendo ainda ao seu dispor ferramentas de escolha e opinião, isto é, inquéritos, referendos e questionários.

Funcionamento dos chats - O Moodle oferece aos seus utilizadores diversas formas de estruturação dos chats. O professor pode optar por uma discussão geral com os alunos, ou por uma discussão singular, e ainda sem respostas. As mensagens podem ainda incluir anexos.

Funcionamento dos testes - A área de testes do Moodle permite a correção automática de respostas, a escolha aleatória de questões e a exportação de dados para Excel. Destaca-se ainda a possibilidade de importar questões de arquivos txt. Relativamente aos formatos de resposta, os testes podem ser de escolha múltipla, resposta curta, valores ou verdadeiro/falso.

Para acessar a esta opção, é necessário ter o modo de edição ativada, selecionar a disciplina em que pretende efetuar o teste, de seguida clicar em Add an activity, e por último em surveys.

Estes fóruns para além de servirem como ferramenta de discussão, pode ter outros fins, como a criação de uma mailling list ou blog. Por sua vez, os chats permitem uma comunicação síncrona em tempo real, permitindo o esclarecimento de dúvidas, entre outras vantagens. Estas sessões podem ser agendadas, com repetições.

Área de trabalho - A área de trabalhos permite aos professores a classificação de trabalhos e também de efetuarem comentários aos materiais submetidos pelos alunos. Os alunos têm conhecimento das suas notas e o professor tem a possibilidade de exportar os resultados para Excel.

WIKS - O termo Wikis deriva de Wikipédia (http://wikipedia.org/) e neste espaço é possível à construção de textos com vários participantes, onde cada um contribui com informação, podendo sempre revê-la. Há sempre a possibilidade de consultar as várias versões do documento e constatar as diferenças entre as versões.

Podem ser adicionados elementos multimídia aos textos construídos.

Glossários - Nesta área os participantes da disciplina têm a possibilidade de criar dicionários dos termos relacionados com a mesma, assim como bases de dados documentais ou de arquivos, para além de galerias de imagens ou até mesmo links de pesquisa rápida.

Lições - A lição consiste num número de páginas ou slides, que podem ter questões intercaladas com classificação. O prosseguimento do aluno está dependente das suas respostas.

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As lições promovem um componente de interatividade e de avaliação.

Books - Os books permitem a construção de seqüências de páginas muito simples. Podem ser organizadas em capítulos e sub-capítulos. Há também a possibilidade de importar arquivos html colocados na área de arquivos da página. O livro apresentará o conteúdo destes arquivos HTML (imagens, outras páginas, vídeo, áudio).

A.2 SCORM

Este padrão conforme comentado no volume do documento deste Trabalho de Conclusão, é um padrão definido para sistemas de Ensino a Distancia, está baseado em XML (eXtensible Markup Language) tendo sido criado pelo governo dos Estados Unidos, através do seu Departamento de Defesa.

O padrão SCORM define um modelo de como devem ser feitos cursos baseados na WEB, permitindo a criação de pequenos objetos de aprendizagem, que são chamados SCO’s (Shareable Content Objects), podendo ser utilizados em conjunto para criar um percurso de aprendizagem que o aluno deve percorrer durante o curso, sendo possível seguir o progresso do aluno.

Para o desenvolvimento destas atividades é possível se valer de ferramentas de edição disponíveis no mercado, sendo ainda livres para o uso comercial. Podemos citar algumas dentre as existentes, “RELOAD” (http://www.reload.ac.uk/ldeditor.html) e o “EXE” (http://www.exelearning.org).

Sendo assim, apresentamos o uso de uma destas ferramentas, o “EXE”.

A.2.1 Instalação do editor EXE

Obtenha o arquivo de instalação do editor “EXE”, disponível no site comentado anteriormente. Após o arquivo salvo em seu computador, execute a instalação do mesmo, que deve iniciar como mostra a Figura 1.

Figura 1 - Tela inicial do instalador do “EXE".

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Figura 2 - Tela com a licença de uso do “EXE”.

Leia e aceite a licença de uso deste editor (Figura 2), em seguida escolha o diretório de instalação, como mostra a Figura 3.

Figura 3 - Tela inicial do XAMPP.

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Figura 4 - Módulos adicionais do “EXE”.

Na instalação conforme apresentado na Figura 4, a instalação ainda oferece alguns módulos adicionais que podem ser produzidos com este editor, Applets, Flash ou ainda criar SCORMS no formato de quiz, selecione umas das opções se assim desejar.

Selecionando o botão “Install” será iniciada a instalação do editor, que apresenta a tela com o progresso da instalação (Figura 5).

Figura 5 - Progresso da instalação do “EXE”.

Concluída a instalação, a tela de finalização da instalação (Figura 6).

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Figura 6 - Concluída a instalação do “EXE”.

Selecione o botão “Finish” para que seja concluída a instalação do edito “EXE”.

A.2.2 Configurando o editor EXE

Para iniciar a utilização, localize o ícone (Figura 7) do editor instalado no desktop do seu computador.

Figura 7 - Ícone do editor “EXE”.

Execute o editor através deste ícone, que apresentará a tela inicial do editor (Figura 8).

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Figura 8 - Tela inicial do editor “EXE”.

O editor permite que seja modificada a linguagem de uso, selecione “tools” e “preferences” no menu do editor, como mostra a Figura 9.

Figura 9 - Menu do editor “EXE”.

Selecione a linguagem de preferência, através do combobox mostrada na Figura 10.

Figura 10 - Linguagens disponíveis no editor “EXE”.

Selecionada a linguagem, pressione o botão “OK” para confirmar a modificação.

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Figura 11 - Linguagem selecionada para o editor “EXE”.

Figura 12 - Tela inicial do edito “EXE” com a língua selecionada.

As modificações confirmadas são realizadas e a tela apresentada em Português (Figura 12). Apesar da opção de linguagem ser “Português BR” o sistema apresenta uma mescla com a linguagem “Português PT”.

A.2.3 Utilizando o editor EXE

A tela inicial do editor apresenta um diagrama inicial da atividade do conjunto de uma atividade, onde é possível adicionar página, eliminar página selecionada ou alterar o nome da mesma, conforme apresentado na Figura 13.

Figura 13 - Adicionada uma “Página” no editor “EXE”.

Selecionando “Adicionar Página” o editor acrescenta um novo tópico abaixo da página inicial, conforme mostrado na Figura 14 a seguir.

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Figura 14 - Adicionado um “Tópico” no editor “EXE”.

Na tela a seguir (Figura 15) foi adicionado uma nova atividade ao novo tópico criado.

Figura 15 - Atividade adicionada ao “Tópico”.

É possível adicionar outros tipos de atividades ou arquivos, estes estão disponibilizados no menu inferior a esquerda conforme segue na Figura 16.

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Figura 16 - Atividades disponibilizadas no editor “EXE”.

Sendo assim, é possível criar diversas atividades e sessões para que seja exportados para o tipo SCORM, onde é possível realizar o acompanhamento do aluno em suas atividades. A Figura 17 a seguir apresenta o tópico incluído com algumas atividades inseridas.

Figura 17 - “Tópico” com atividades inseridas.

Para concluir, vamos apresentar como é possível enviar estas atividades criadas no padrão SCORM, para o ambiente Moodle. Portanto depois de concluído a edição das atividades conforme definições do criador devem-se então salvar em um arquivo no formato SCORM, para que seja possível a sua inclusão em uma ambiente de EAD. Para isto no menu principal do editor “EXE”, deve ser selecionada a opção “Exportar”, como apresentado na Figura 18.

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Figura 18 - Exportando o arquivo para o formato SCORM.

Salve o arquivo no formato SCORM, como o nome e no diretório desejado.

Figura 19 - Salvando o arquivo no formato SCORM.

Para concluir e adicionar esta atividade ao ambiente Moodle, deve-se então acessar o ambiente Moodle, na disciplina que deseja incluir esta atividade, e selecionar “Arquivos” no menu de administração da disciplina. A Figura 20, apresenta a tela do ambiente Moodle já posicionado na disciplina desejada.

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Figura 20 - Ambiente Moodle para configuração de disciplina.

A tela a seguir é apresentada (Figura 21).

Figura 21 - Diretório de arquivos do Moodle.

Para facilitar a importação do arquivo clique no botão “Criar um diretório” e informe um nome para este diretório, como mostra a Figura 22.

Figura 22 - Criando diretório no Moodle.

Selecione o diretório criado anteriormente, clicando no próprio diretório criado (Figura 23).

Figura 23 - Diretório criado no Moodle.

Estando no diretório (Figura 24), clique no botão enviar um arquivo e indique o caminho onde foi salvo o arquivo criado no editor “EXE”.

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Figura 24 - Selecionando o arquivo para enviar ao Moodle.

O arquivo é apresentado na tela no diretório criado para este propósito (Figura 25).

Figura 25 - Tela inicial do XAMPP.

Retorne para a tela principal da disciplina escolhida, selecione “Acrescentar atividade” e a opção “SCORM/AICC” (Figura 26).

Figura 26 - Adicionando a atividade SCORM a disciplina do Moodle.

A tela a seguir é apresentada (Figura 27).

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Figura 27 - Nomeando a atividade SCORM.

De um nome para esta nova atividade e no campo “Pacote do Curso” selecione o arquivo importado para o ambiente do Moodle com as atividades SCORM produzidas com o editor “EXE”. Para isto a tela a seguir é apresentada pelo ambiente (Figura 28).

Figura 28 - Selecionando o arquivo da atividade SCORM.

Selecione o arquivo utilizando a opção “Escolher” apresentado na tela ao lado do arquivo, como mostra a Figura 28. Incluído o arquivo salve as mudanças, assim o ambiente será direcionado para a atividade como mostra a Figura 29.

Figura 29 - Atividade SCORM incluída no Moodle.

Abaixo da atividade é apresentado o botão iniciar para navegar pela atividade, navegue pela atividade criada como mostra a Figura 30 com a atividade integrada à disciplina.

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Figura 30 - Navegando pela atividade SCORM.

A atividade SCORM está adicionada ao ambiente Moodle, e pode enfim ser disponibilizada aos alunos.

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ANEXO IV – O ambiente Moodle sob a ótica do desenvolvedor PHP

Este estudo visou avaliar o ambiente Moodle e suas funcionalidades, sendo assim foi apresentado este ambiente, bem como o código do mesmo a um desenvolvedor experiente no desenvolvimento com uso da linguagem PHP. Apresentamos a seguir, no formato de entrevista, a análise realizada pelo profissional “X” que possui 6 anos de experiência no desenvolvimento coorporativo, com o uso da linguagem PHP. Este profissional atua no mercado de trabalho hoje como desenvolvedor Java. Portanto neste documento adicionamos o depoimento deste profissional com relação ao Moodle.

A.1 DEPOIMENTO SOBRE O AMBIENTE MOODLE

Ao profissional foram apresentadas à interface do Moodle, e posteriormente as linhas de código referente às telas apresentadas, para que fosse possível análise do conteúdo associadas ao seu uso.

1. Qual seu pensamento sobre a interface do ambiente em questão? “A interface do ambiente, é bem formatada e rica em seu design,

apesar de parecer simples a uma primeira vista.”

2. Em relação à interface apresentada e o código relacionado qual seu pensamento sobre estes arquivos no que diz respeito ao desenvolvimento?

“O código apresenta chamada para diversas funções que

facilitam o desenvolvimento, mas que para seja possível utilizar estas funções, devem ser muito bem estudadas e analisadas para o seu correto uso. Mas de forma geral o código é muito bem apresentado.”

3. A estrutura do código segue formatação comum à utilizada por você

em algum de seus trabalhos? “A estrutura do ambiente parece um pouco confusa, apesar de

seguir o padrão conforme definido pela própria comunidade do Moodle. Portanto segue um padrão definido por esta comunidade, portanto nunca utilizei este formato em nenhum de meus trabalhos, mas isto é uma questão de definição de projeto e isto para um desenvolvedor não compromete o trabalho.”

4. Baseado nas regras existentes e apresentadas pela comunidade, para

o desenvolvimento de um novo módulo para o ambiente, você acredita que teria dificuldades para produzir um novo módulo?

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“De qualquer forma não teria dificuldade para desenvolver um novo módulo, pois as regras são claras para esta criação. Somente necessitaria algum período, provavelmente uma semana seria suficiente, para aprender as funções principais utilizadas pelo Moodle.”

Complementando o depoimento do profissional, foi acrescentado por ele

que, achou interessante o ambiente e vai procurar aprofundar o conhecimento sobre o mesmo, e quem sabe tentar desenvolver alguma prova de conceito para futuros trabalhos.