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Estúdio GLOBO Especial Educação - Pós-Graduação, Idiomas & EAD

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PÓS-GRADUAÇÃO

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Como alavancar a sua carreira

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EAD É A GRANDE TENDÊNCIA Comodidade, preços mais acessíveis e flexibilidade de horário são alguns dos pontos altos do ensino a distância

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O QUE OBSERVARAlém de fazer uma pesquisa no e-MEC (http://emec.mec.gov.br/) para saber se o curso é reconhecido pelo Ministério da Educação e conhecer a nota atribuída pelo MEC, verifique se a instituição conta com os requisitos a seguir:

POLO PRESENCIAL: é uma unidade de ensino fisicamente adequada às necessidades de professores e alunos.

HELP DESK: os estudantes necessitam de um canal de comunicação com a instituição de ensino para resolver problemas de acesso ao conteúdo.

LABORATÓRIOS: os polos presenciais devem ter laboratórios de informática ou laboratórios didáticos.

BIBLIOTECA: acesso à biblioteca on-line ou presencial é um fator importante no ensino a distância.

Cada vez mais o mercado de trabalho busca profis-sionais qualificados e não há outro jeito de atender a essa demanda se não por meio do estudo. Mas nem sempre fazer uma graduação ou pós-gradua-

ção presencial é possível, especialmente para quem traba-lha em período integral e mora em grandes cidades, onde o tempo de locomoção do escritório até a universidade mui-tas vezes é impeditivo. E a comodidade talvez seja o ponto mais alto do EAD – sigla usada no Brasil para denominar o ensino a distância. “O EAD permite ao aluno escolher quando e onde estudar. Os conteúdos ficam disponíveis, via internet, 24 horas por dia, 7 dias por semana e não é necessário cumprir horários fixos para fazer a maioria das atividades”, explica Fernando Capella, diretor da Capella RH. O especialista elenca outros benefícios de se fazer um curso nesse modelo a distância:

mensalidades acessíveis: os cursos de EAD costumam ser mais econômicos que seus similares nas modalidades presenciais. Além de pagar mensalidades mais baixas, em cursos a distância o estudante normalmente consegue re-duzir os gastos extras, como deslocamentos, alimentação, materiais e bibliografia de estudo. inclusão social de portadores de necessidades especiais: estudantes que, por algum motivo, não podem frequentar cursos presenciais por serem portadores de algum tipo de necessidade especial se beneficiam do EAD, porque po-dem estudar sem sair de casa. liberdade de expressão aos estudantes introvertidos: uma parte importante da aprendizagem do EAD acontece na interação com todos os envolvidos no curso, dentro de um universo on-line. Nesse sentido, pessoas mais tímidas,

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que nem sempre se sentem à vontade para expressar suas dúvidas e opiniões na sala de aula presencial, encontram no ambiente do EAD um espaço livre para se expressar e contribuir com a dinâmica das atividades e de todos os programas propostos no curso.pedagogia interativa: com as novas tecnologias de comuni-cação, os estudantes de cursos do EAD contam com uma sé-rie de ferramentas de apoio à aprendizagem e podem inte-ragir com o professor, colegas e tutores por meio de fóruns, chats, videoconferências, simulações e exercícios on-line. Tudo isso acaba promovendo maior interação no processo, o que facilita a aprendizagem de forma lúdica e eficaz, pren-dendo a atenção do estudante.

DO VIRTUAL AO REALMas e o networking? Parte da aprendizagem conquistada em um curso, seja ele qual for, vem da interação “olho no olho” com os colegas. “Quando estamos em sala de aula, desenvolvemos habilidades de relacionamento, interação, apresentação em público”, afirma Juliana Rissardi, sócia-consultora da People & Results, consultoria especializada em carreira e cultura organizacional, com foco em desen-volvimento, coaching e organização pessoal.

A distância, no entanto, não é um impedimento para o networking. Ao contrário, na opinião de Capella, no EAD é possível maximizar a rede de contatos. “Além de ter a opor-tunidade de conhecer realidades diferentes daquela na qual está inserido, o estudante cria uma rede de relacionamentos com outros profissionais que estão atuando em todo o país, e não apenas em sua cidade ou estado”, diz.

A verdade é que o estudante tem que se adaptar a um modelo diferente de networking, mas o EAD possui mui-tas ferramentas que facilitam o desenvolvimento de uma rede de contatos, como os grupos no WhatsApp e outras redes sociais. “Além disso, algumas instituições de ensino promovem iniciativas on-line para divulgação de eventos e de vagas que podem integrar estudantes e ex-estudantes, aumentando ainda mais as oportunidades de networking. Cabe ao estudante fazer o seu máximo para aproveitar opor-tunidades como essas”, revela Capella.

Mesmo para cursos 100% a distância, que ainda são pou-cos no Brasil, é possível migrar do virtual para o real. “Criar grupos de estudo, datas específicas para encontros com os integrantes da sua turma. Tudo isso é uma forma de gerar esse networking”, indica Juliana.

VOCÊ TEM PERFIL PARA ESTES CURSOS?Para quem é organizado e sabe administrar bem o própio tempo, o EAD é uma boa ideia. “No EAD, o estudante é responsável pelo próprio aprendizado, é o gestor do seu conhecimento, consegue se controlar e cumprir as tarefas dentro do prazo”, afirma Fernando Capella. O diretor da Capella RH indica, a seguir, as principais características que um estudante deve ter para ser bem-sucedido no EAD.

FOCO: estudar em casa ou até mesmo no trabalho vai exigir muita concentração. Afinal, distração é o que não falta nesses ambientes. Por isso, para conseguir realizar o curso a distância com eficiência é importante manter o foco. Uma boa dica é anotar o que está lendo ou ouvindo. Dessa forma, será mais fácil gravar o conteúdo. Desligar o celular, fechar as redes sociais e afastar-se ao máximo das principais distrações também ajuda.

PROATIVIDADE: quando surgir algum problema, sempre entre em contato com o tutor. Muitas vezes o mal entendimento em um determinado tópico compromete o bom aproveitamento do tópico seguinte, já que a maioria das matérias é sequencial. Se você acha que ele vai demorar a responder, uma boa alternativa é entrar em um fórum de discussão com outros estudantes do curso. Pesquisar na web também é uma ótima opção. O importante é não esperar as dúvidas se acumularem.

FACILIDADE COM INTERNET: ter pouca intimidade com o universo virtual vai dificultar a sua vida de estudante a distância. Se você não tem muita prática com computadores, procure, logo no começo do curso, aprender a fazer o melhor uso deles. Quem sabe navegar bem na internet terá mais facilidade na comunicação com os professores.

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PARA ALÉM DO DIPLOMA UNIVERSITÁRIO Cada vez mais o mercado de trabalho busca profissionais especializados e, para atender melhor às expectativas, investir em uma pós-graduação é fundamental

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diferencial no mercado já faz algum tempo. Hoje, é espe-rado que o profissional tenha ao menos uma pós em seu currículo. O mestrado e, em alguns casos, o doutorado, de fato, são o que tem feito com que os profissionais se des-taquem”, analisa Souto. Além da valorização no mundo empresarial, quem possui mestrado ou doutorado pode seguir também a carreira acadêmica, de forma integral ou conciliar as aulas com a posição que ocupa em uma orga-nização, o que representaria não apenas uma vantagem competitiva, mas também uma fonte alternativa de renda muito bem-vinda em tempos de crise.

Para quem busca um meio-termo, o MBA é o caminho. “Seria uma espécie de híbrido entre especialização e mes-trado. É uma especialização com mais horas, um curso mais robusto, destinado ao mercado executivo”, explica Souto, que considera o MBA uma boa opção para quem já tem especialização e não pretende fazer estudos mais aprofundados ou dar aulas em alguma universidade.

CONHECIMENTO E NETWORKING Além da diferenciação em processos seletivos, a pós-graduação pode alavancar a carreira de um profissional de duas formas. A primeira é potencializando o nível de

Foi-se o tempo em que fazer uma boa faculdade era garantia de sucesso profissional. Com o mercado cada vez mais competitivo, é necessário investir em uma pós-graduação para entrar na disputa

pelos melhores cargos e salários. E, quanto mais alto o grau de capacitação, maiores as chances de alavancar a carreira. Uma pesquisa da Produtive Carreira e Cone-xões, realizada em 2015, apontou que profissionais com mestrado tiveram, na média, aumento salarial de 21,4% em 2015, em relação ao mesmo período de 2014: a mé-dia salarial desses profissionais saltou de R$ 13.804, em 2014, para R$ 17.561, em 2015.

De acordo com o estudo, os profissionais com pós-gra-duação obtiveram aumento de 12,4% em 2015, em rela-ção ao mesmo período de 2014, passando de R$ 9.306 para atuais R$ 10.620. Já os executivos que investiram em mais de uma especialização tiveram um aumento médio na remuneração um pouco maior: 14,6%, com remunera-ção média, em 2014, de R$ 12.801; e de R$ 14.989, atu-almente. Não é pouca coisa. “O mercado tem valorizado muito esse investimento na capacitação e o resultado des-se levantamento traduz claramente quanto as empresas precisam de profissionais integrados com o mercado e a academia”, afirma Rafael Souto, CEO da Produtive.

Quem acaba de se formar ou já está no mercado, mas ainda não investiu em uma pós-graduação, pode começar por um curso de especialização lato sensu, que aperfeiçoa aspectos do profissional em uma área específica, com foco na atuação no mercado de trabalho. Mas é importante ter em mente que, para ter um diferencial, é preciso ir além. “Não é novidade que a pós-graduação deixou de ser um

COMO ESCOLHER SUAPÓS-GRADUAÇÃO> Faça uma análise da estratégia de sua carreira. Se você já tem uma área-foco bem sólida e definida, busque uma formação generalista, mas se a área-foco ainda não estiver bem estruturada, é melhor reforçá-la.

> Verifique em quais instituições de ensino o curso escolhido tem relevância. Para isso, consulte profissionais de RH e converse com pessoas em posições de destaque na área para entender se aquela entidade é reconhecida.

> Se acabou de se formar, prefira uma especialização lato sensu. Depois, com alguma experiência na área de atuação e consequente amadurecimento profissional, parta para um MBA ou um mestrado.

ENTENDA A DIFERENÇAPÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU (ESPECIALIZAÇÃO): cursos voltados para a atualização de conhecimentos em áreas específicas do mercado de trabalho. Pelo menos 50% dos professores do corpo docente devem ter título de mestre ou de doutor e os demais precisam obrigatoriamente ter ao menos uma especialização. A duração mínima é de 360 horas. Confere certificado de conclusão.

PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU (MESTRADO E DOUTORADO): são cursos de longa duração – entre 2 e 4 anos – e costumam ser escolhidos por quem busca formação acadêmica na área da pesquisa científica ou quer seguir carreira como docente. Confere diploma.

MBA: é uma pós-graduação lato sensu, com caráter de especialização, voltada para profissionais de mercado em busca de aperfeiçoamento prático, com ênfase em Negócios e Gestão Empresarial. É mais indicado a quem já subiu alguns degraus na carreira, como gerentes e diretores. A duração mínima é de 360 horas e confere certificado de conclusão.

conhecimento, o que faz com que o profissional produza mais e melhor e cresça dentro da empresa. “As empresas precisam de pessoas com formação sólida e foco no que fazem. Conhecimento e profundidade teórica são essen-ciais para isso”, avalia Souto. Para ele, cada vez mais os profissionais serão valorizados por seus conhecimentos específicos. “Isso é uma tendência contemporânea, é fruto da ‘hiperespecialização’”, explica.

A segunda forma é pelo networking criado durante o curso de pós-graduação, que pode gerar oportuni-dades, uma vez que boa parte dos colegas pode ocu-par cargos estratégicos dentro de determinada orga-nização ou ser uma parte da rede de conexões para chegar a esta pessoa-chave.

MOMENTO CERTOEm geral, quem busca a pós-graduação já trabalha. Mui-tos já têm família constituída, outros tantos dividem a vida profissional com variadas atividades pessoais. E convenhamos que, com equipes cada vez mais reduzi-das, o volume de trabalho aumenta e é praticamente im-possível encerrar o expediente no horário. Como, então, se dedicar a uma especialização sem perder pontos nem no trabalho nem no curso?

Para Souto, o profissional precisa encontrar um mo-mento na carreira e na vida pessoal em que possa dispor desse tempo para estudar de verdade. Caso contrário, é jogar dinheiro fora. “Cada vez mais observamos profis-sionais que só fazem os cursos para ter o diploma, para deixar o currículo melhor. Mas o que o mercado espera é que a pessoa se dedique, adquira conhecimentos que possam agregar à empresa”, avisa Souto.

Então, antes de começar qualquer especialização, faça um planejamento pessoal e profissional para se dedicar ao curso. E, se não for possível neste momento, é melhor esperar mais um pouco e fazer quando houver uma pos-sibilidade real de estudar e aprender. PRODUZIDO POR

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COMUNICAÇÃO SEM FRONTEIRAS Ter inglês fluente é bom, mas dominar outros idiomas pode ser um diferencial e tanto para alavancar a sua carreira

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do na hora da escolha é a geoeconomia, afinal, os países mais desenvolvidos, ou em franco crescimento econô-mico, são os que mais atraem negócios e investimentos. “O indivíduo que dominar fluentemente os respectivos idiomas locais levará vantagem. Objetivamente, além do inglês e espanhol, francês, alemão, japonês, mandarim e hindi são opções muito interessantes”, indica Souza.

O QUE SUA PROFISSÃO EXIGE?Leve em conta também a sua área de atuação. Se para algumas profissões o conhecimento de vários idiomas é um diferencial competitivo, para outras é um pré-re-quisito. “É fundamental a fluência em muitos idiomas especialmente em carreiras ligadas ao comércio exterior e às áreas de relações institucionais que tenham forte exposição internacional e diplomacia”.

Vale lembrar: quando se trata de idiomas, quanto mais conhecimento, melhor. Mesmo que neste momento a fluência em mais uma língua estrangeira não pareça funda-mental, a necessidade pode se apresentar mais adiante. E, se você estiver preparado, terá mais chances de se destacar.

Oinglês é uma língua universal. Antes considera-do um diferencial no mercado de trabalho, hoje é quase uma premissa para conquistar qualquer vaga. E o espanhol ruma para o mesmo cami-

nho. Quem quer ter um diferencial no que se refere à comunicação deve considerar ainda dominar outras lín-guas. Isso porque a globalização e a conectividade pro-porcionada pela tecnologia exigem uma comunicação que atravesse fronteiras, e quem melhor se expressa no idioma estrangeiro sai na frente. “A fluência em um nú-mero maior de idiomas certamente trará inclusão social, profissional e grande vantagem competitiva ao indiví-duo”, afirma o economista João Márcio Souza, diretor da consultoria de recursos humanos Talenses.

De acordo com Souza, ao lançar mão do idioma local no contato com determinada cultura que não fale ou va-lorize os idiomas inglês ou espanhol, o profissional leva mais vantagem no mercado de trabalho. “Além do res-peito demonstrado, há – de forma implícita – o interes-se pela cultura local e a troca de experiência será mais empática e promissora”, acredita Souza.

Antes de optar pelo estudo de determinado idioma, é importante fazer uma análise da sua carreira e dos ob-jetivos que pretende conquistar, para entender em qual língua vale a pena investir. Outro ponto a ser observa-

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