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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Ministério das Obras Públicas e Habitação ABASTECIMENTO DE ÁGUA E APOIO INSTITUCIONAL Identificação do Projecto: P0104566 Estudo Ambiental e Social para o Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo Processo de Participação Pública na Fase de Estudo de Impacto Ambiental e Social Relatório Final da Consulta Pública da Matola Janeiro de 2013 COWI Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Ministério das Obras Públicas e Habitação

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E APOIO INSTITUCIONAL Identificação do Projecto: P0104566

Estudo Ambiental e Social para o Sistema de

Abastecimento de Água ao Grande Maputo

Processo de Participação Pública na Fase de Estudo de Impacto Ambiental e Social

Relatório Final da Consulta Pública da Matola

Janeiro de 2013

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Estudo Ambiental e Social para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER i

Contacto do Proponente

Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG)

Avenida Felipe Samuel Magaia, Nº 1291

Maputo, Moçambique

Tel: +258 21308840 / 308815

Fax: +258 21 308881

www.fipag.co.mz

Contactos dos Consultores

De forma a garantir a sustentabilidade ambiental das actividades neste Projecto, o FIPAG

seleccionou através de um concurso público a FICHTNER em parceria com a COWI

(Moçambique) como consultores para realizar o Projecto de Abastecimento de Água e

Apoio Institucional.

Rev No. Data da Revisão Conteúdo/correcções Preparado/revisto Verificado/emitido

1 17 de Janeiro de 2013

Relatório Draft submetido para comentários Cabral Barreto/Souto

2 31 de Janeiro de 2013

Relatório Final Cabral Barreto/ Souto

Duração: de Fevereiro de 2012 a Janeiro de 2013

FICHTNER Sarweystraße 3 ● 70191 Stuttgart Postfach 10 14 54 ● 70013 Stuttgart Tel.: 0711 8995-418 (Dr. Miller) Fax: 0711 8995-459 [email protected] www.fichtner.de Contacto directo: Dr. Hans G. Back (Director do Projecto) Tel: +258 82 66 85 002 E-Mail: [email protected]

COWI (Mozambique) Av. Zedequias Manganhela, N. 95 1.º Andar Maputo-Cidade, Moçambique Tel.: +258 21 358 351 Fax: +258 21 307 369 Telemóvel: 82 315 1190/82 311 6530 Contacto directo: Ilundi Cabral (Chefe de Equipa) Tel.: +258 82 59 52 576 E-Mail: [email protected]

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Estudo Ambiental e Social para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

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Sumário Executivo A área do Grande Maputo está a apresentar um rápido crescimento e os distritos vizinhos estão a ser cada vez mais absorvidos. Este processo de integração vai quase triplicar a área de serviço e em 2035 ele duplicará a população que necessita dos serviços de abastecimento de água para um total de 4.000.000 habitantes. Como consequência, entre 2016 e 2019, a demanda de água vai crescer consideravelmente e irá exceder a capacidade de produção actual de água para as áreas actualmente servidas. Isto requer o desenvolvimento de novas fontes de abastecimento de água potável para a Área do Grande Maputo, onde o projecto apresentado é uma. O Sistema de Abastecimento de Água da Área do Grande Maputo inclui as seguintes instalações:

i) uma conduta de água de 90 km a partir da Barragem de Corumana até ao Centro de Distribuição da Machava,

ii) uma estação de bombeamento perto da Barragem de Corumana,

iii) uma estação de tratamento de água a Noroeste da aldeia do Sábiè,

iv) tanques de controlo para água no Sul da aldeia de Pessene e

v) vários canais para retirar a água ao longo do corredor. O projecto também necessita de estradas de acesso e de uma catenária de média tensão para a Estação de Bombeamento e a ETA.

O presente relatório apresenta o processo de consulta pública levado a cabo na fase do Estudo de Impacto Ambiental e Social do projecto, como parte da Avaliação de Impacto Ambiental e Social. O processo de Consulta Pública foi realizado em conformidade com o previsto na legislação moçambicana sobre a matéria, especificamente o Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 45/2004 de 29 de Setembro) e a Directiva Geral para o Processo de Participação Pública no Processo de Avaliação do Impacto Ambiental (Diploma Ministerial 130/2006 de 19 de Julho) para projectos de Categoria A. O processo de consulta pública descrito no presente relatório foi realizado como parte de Avaliação do Impacto Ambiental e Social e foi conduzido pela COWI, cabo para apresentar o esboço do relatório do Estudo de Impacto Ambiental e Social (EIAS) e do Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) do projecto, com a finalidade de: i) manter as Partes Interessadas e Afectadas pelo Projecto informadas sobre as

questões chave do EIAS e PGAS,

ii) recolher as preocupações e contribuições dos parceiros do projecto;

iii) reforçar o diálogo social eficaz para a implementação do projecto.

No seu todo, o processo de consulta pública permitiu informar as partes interessadas e afectadas sobre o projecto, bem como recolher as suas preocupações e contribuições para mitigar os impactos negativos e potenciar os impactos positivos do projecto. A reunião contribuíu também para um relacionamento saudável entre os promotores do projecto, as autoridades e a população local. O presente relatório descreve o PPP seguido e apresenta as principais constatações e contribuições do mesmo.

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Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

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Abreviaturas

AIAS Avaliação do Impacto Ambiental e Social

AIS Avaliação do Impacto Social

ARA-Sul Administração Regional de Águas do Sul

CdI Corredor de Impacto

COBA Consultores de Engenharia e Ambiente, S.A., Portugal

CQ Controlo de Qualidade

DdP Direito de Passagem

DNA Direcção Nacional de Águas

DNAIA Direcção Nacional de Avaliação do Impacto Ambiental

EDS Estudo Demográfico e de Saúde

EIAS Estudo de Impacto Ambiental e Social

EIR Estudo de Identificação de Risco

EPDA Estudo de Pré-Viabilidade Ambiental e Definição do Âmbito

ETA Estação de Tratamento de Água

ETAP Estação de Tratamento de Água Potável

FIPAG Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água

GdM Governo de Moçambique

GQ Garantia de Qualidade

INE Instituto Nacional de Estatística

INSIDA Estudo Nacional sobre SIDA

LA Licença Ambiental

MICOA Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental

MISAU Ministério da Saúde

OBC Organização Baseada na Comunidade

ONG Organização Não Governamental

PNDA Projecto Nacional de Desenvolvimento da Água

PAP Pessoas Afectadas pelo Projecto

PD Pessoa Deslocada

PGAS Plano de Gestão Ambiental e Social

PGS Plano de Gestão Social

PI&A Pessoas Interessadas e Afectadas

PNB Produto Nacional Bruto

PPP Processo de Participação Pública

RNT Resumo Não Técnico

SIG Sistema de Informação Geográfica

S&S Saúde e Segurança

TdR Termos de Referência

UGBI Unidade de Gestão da Bacia do Incomati

WASIS Apoio Institucional e aos Serviços do Sector de Águas

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Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

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Índice

1. Introdução 5

1.1 Objectivos Gerais do Processo de AIAS 6

2. Processo de Participação Pública 6

2.1 Processo Geral 6

2.1.1 Consulta Pública na fase do Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de

Âmbito 7 2.1.2 Consulta Pública na fase do Estudo de Impacto Ambiental e Social 8

3. Preparação: Anúncio Público e Disseminação da Informação 9

3.1 Anúncio Público 10

3.2 Convites Directos 10

4. A reunião 10

4.1 Agenda 10

4.2 Desenvolvimento 11

Lista de Anexos

ANEXO I: Potenciais Pessoas e Entidades Interessadas e/ou Afectadas pelo Projecto .............................................................................................................................. B

ANEXO II: Anúncio Público ........................................................................................... E ANEXO III: Sumário Não-Técnico do EIAS/PGAS ................................................... K

ANEXO IV: Carta de Convite (Convite Directo) ........................................................ N

ANEXO V: Lista de Entidades/Pessoas Convidadas Directamente ................... T

ANEXO VI: Lista Assinada dos Participantes na Reunião da Matola ............... W ANEXO VI: Acta da Reunião – Matola ........................................................................ Z

ANEXO VIII: Transcrição da acta da reunião – Matola ........................................... JJ

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

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1. Introdução

Com o objectivo de satisfazer a procura de água para a Área do Grande Maputo em 2035, que está estimada em cerca de 560.000 m³/dia, i.e. mais do dobro do consumo actual, o FIPAG - Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água tem estado a trabalhar no Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo. O principal objectivo do sistema é aumentar a quantidade de água potável disponível usando diferentes fontes. É intenção do Projecto aumentar a capacidade de abastecimento de água em 120.000 m³/dia usando água proveniente da Barragem da Corumana. O Rio Incomati tem também sido considerado uma possível opção. O projecto tem também a intenção de apoiar a realização da meta do Governo de uma cobertura total de água potável de toda a população a viver na Área do Grande Maputo em 2035. A FICHTNER, em parceria com a COWI (Moçambique), foi contratada pelo FIPAG como consultora para a condução dos Estudos de Avaliação dos Impactos Ambiental e Social (AIAS) do projecto. Esta contratação enquadra-se no Projecto de Abastecimento de Água e Apoio Institucional. Como parte do processo de AIAS, o projecto foi classificado na Categoria A pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), em conformidade com o Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto 45/2004 de 29 de Setembro) que rege estes processos. Os projectos da Categoria A requerem a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental e Social (EIAS) do projecto, acompanhado de um Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS). Por outro lado, de acordo com o decreto acima mencionado, bem como a Directiva Geral de procedimentos de Avaliação do Impacto Ambiental para Licenciamento Ambiental (Decreto Ministerial Nº 129/2006 de 19 de Julho) e a Directiva Geral para o Processo de Participação Pública no Processo de Avaliação do Impacto Ambiental (Diploma Ministerial 130/2006 de 19 de Julho), o EIAS/PGAS deve ser submetido a debate público antes da preparação da versão final destes documentos. O presente relatório descreve o processo de consulta pública realizado durante a fase do EIAS do Projecto de Abastecimento de Água á Área do Grande Maputo, levado a cabo na Cidade da Matola e no Posto Administrativo Municipal da Machava (Município da Matola), na Vila da Moamba e no Posto Administrativo de Sabie no Distrito de Moamba. Este processo de consulta pública foi realizado como parte de Avaliação do Impacto Ambiental e Social e foi conduzido pela COWI. Este documento constitui também a Secção 8 sobre Consulta Pública do relatório de EIAS. O esboço do EIAS/PGAS foi debatido em quatro reuniões de consulta pública, sendo uma na Cidade da Matola, uma no Posto Administrativo Municipal da Machava, uma na Vila da Moamba e uma na Vila de Sábie. Durante a fase de EIAS/ESMP houve também algumas reuniões mais pequenas com as comunidades e grupos específicos ao longo da área do projecto.

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

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Este relatório faz um resumo da preparação e implementação da reunião pública que teve lugar na Cidade da Matola, Município da Matola.

1.1 Objectivos Gerais do Processo de AIAS

Há dois objectivos específicos principais em cada exercício de AIAS:

Avaliação do desenvolvimento proposto em termos de impacto

sobre o ambiente natural e sócio-económico receptor, indicando

tanto os benefícios como os efeitos adversos.

Proposta de medidas a tomar para evitar, mitigar e/ou eliminar

efeitos adversos tanto nas fases de planeamento, desenho e

instalação, como durante a operação e eventual desactivação do

projecto.

A meta final é encontrar uma solução técnica viável que seja amiga do ambiente e que crie o mínimo de impactos adversos naturais e sociais. Isto inclui esforços para evitar e/ou minimizar ao máximo possível qualquer acção de reassentamento.

2. Processo de Participação Pública

O processo de participação pública (PPP) é uma componente intrínseca do processo de AIAS com os seguintes objectivos principais:

Manter as Partes Interessadas e Afectadas (PI&A) pelo Projecto informadas sobre as questões chave e conclusões de cada fase da AIAS;

Recolher as preocupações e interesses expressos pelos vários parceiros do projecto;

Obter contribuições/opiniões dos parceiros sobre a maneira de evitar / minimizar possíveis impactos negativos e maximizar os impactos positivos do projecto.

Por último, apoiar o diálogo social e identificar desde o início as percepções e expectativas dos parceiros, as quais podem contribuir para o planeamento das actividades e uma comunicação eficaz a fim de minimizar os impactos do projecto. O processo permite também repensar os aspectos técnicos do projecto.

Para que o PPP seja eficaz, há normas e procedimentos a observar no seu decurso.

2.1 Processo Geral

O processo de participação e consulta pública foi conduzido principalmente para satisfazer os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental do FIPAG,

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER 7

bem como os requisitos do regulador ambiental em Moçambique, i.e. o Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). Os requisitos são estipulados pelo Decreto 45/2004 e os Diplomas Ministeriais 129/2006 e 130/2006, bem como outros instrumentos reguladores relacionados. De acordo com os regulamentos e directrizes acima mencionados, o processo da Avaliação do Impacto Ambiental e Social (AIAS) realça a necessidade evidente de uma frequente interacção e comunicação entre o público em geral, as partes afectadas pelo Projecto proposto, organizações externas interessadas e afectadas, bem como cientistas e engenheiros do Projecto. Cada aspecto das investigações técnicas inclui geralmente uma fase de recolha e verificação de dados, seguida de análise e avaliação e, por fim, pela síntese e conclusões. As conclusões de cada fase são comunicadas, conforme apropriado, aos parceiros externos. Em conformidade com a legislação em vigor para a Avaliação de Impacto Ambiental, o processo de participação e consulta pública do Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo foi conduzido em duas fases:

i) Fase do Estudo de Viabilidade e Definição de Âmbito; ii) Fase do Estudo de Impacto Ambiental e Social.

2.1.1 Consulta Pública na fase do Estudo de Pré-Viabilidade e Definição

de Âmbito

Na fase do Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de Âmbito do Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo foram realizadas duas reuniões de consulta pública. A primeira reunião teve lugar a 24 de Julho 2012 na Vila de Sábie, e a segunda reunião aconteceu a 25 de Julho 2012 na cidade da Matola. Ambas reuniões foram tidas com as partes interessadas e afectadas pelo projecto, previamente identificadas. Parte destas foi convidada por convite directo, tendo a outra parte sido mobilizada pelas autoridades locais. As reuniões de consulta pública foram também publicitadas na comunicação social 15 dias antes da sua realização. As reuniões tiveram por objectivo:

informar as partes interessadas e afectadas pelo projecto sobre o processo de AIAS e as conclusões do Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de Âmbito;

Recolher as preocupações e interesses expressos pelos vários parceiros do projecto;

Obter contribuições dos parceiros sobre como evitar / minimizar possíveis impactos negativos e maximizar os impactos positivos do projecto;

Promover o diálogo social e identificar desde o início as percepções e expectativas dos parceiros, como contribuição para o planeamento das actividades e a reflexão técnica sobre o projecto.

As principais questões levantadas nesta fase de consulta pública foram:

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Localização dos centros de distribuição e especificação das áreas a serem realmente abrangidas pelas intervenções planeadas;

Abastecimento de água às pessoas que vivem nas áreas onde serão instaladas as componentes do abastecimento de água;

Gestão de conflitos e harmonia entre as componentes do abastecimento de água e as componentes de outras infra-estruturas públicas como as comunicações;

Calendário de implementação do projecto;

Metodologias de tratamento de água e eliminação de bactérias;

Benefícios locais, em particular o emprego de mão-de-obra local incluindo mulheres, bem como a coordenação com as autoridades locais e comunitárias na distribuição de água;

Saúde ocupacional e questões de segurança e protecção dos trabalhadores da construção; e

Planeamento do uso da terra com base em princípios sólidos que fomentem a harmonia entre o projecto e os potenciais beneficiários.

O debate levado a cabo nesta fase de consulta pública permitiu colher importantes subsídios para o Estudo de Impacto Ambiental e Social, incluindo os Termos de Referência para o referido estudo. Foi elaborado um relatório desta fase de consulta pública, que por sua vez foi incorporado no relatório do Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de Âmbito do Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo.

2.1.2 Consulta Pública na fase do Estudo de Impacto Ambiental e Social

Em seguimento ao processo de consulta pública iniciado fase do Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de Âmbito, teve lugar o processo de consulta pública fase do Estudo de Impacto Ambiental e Social. Nesta segunda fase foram realizadas reuniões públicas gerais que marcaram o fim do EIAS/PGAS. As reuniões de consulta pública foram anunciadas 17 dias antes do dia da reunião nos órgãos da comunicação social. Para além dos convites através de anúncios públicos, um certo número de participantes nestas reuniões foi directamente convidado por meio de cartas de convite que foram elaboradas pelo Consultor, emitidas e distribuídas pelo Consultor. Devido à extensão da área do projecto (94 km), e de modo a garantir a participação das PI&As localizadas ao longo da área do projecto, foram marcadas quatro reuniões de consulta pública para quatro grupos-alvo:

1. Reunião na Cidade da Matola direccionada às autoridades governamentais da área afectada pelo projecto (Distrito da Moamba e Município da Matola/Posto Administrativo Municipal da Machava) e as instituições governamentais relevantes a nível central;

2. Reunião no Posto Administrativo Municipal da Machava, direccionada à população dos bairros de Machava-Sede, Km 15, Bunhiça e Matola-Gare;

3. Reunião na Vila da Moamba, direccionada à população dos Posto Administrativos de Pessene e de Moamba-Sede;

4. Reunião na Vila da Sábie, direccionada à população das Localidades de Sábie-Sede e Sunduíne.

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Isto permitiu uma interacção mais aproximada com as populações e entidades vivendo/estabelecidas ao longo da área do projecto. Durante as reuniões a equipa de AIAS, em colaboração com os representantes do FIPAG e a equipa de engenharia, manteve as PI&As informadas sobre as principais questões e conclusões desta fase e recolheu preocupações e interesses expressos pelos vários parceiros do projecto. As reuniões públicas foram, por natureza, não técnicas e permitiram obter as contribuições dos parceiros em termos de evitar/minimizar os possíveis impactos negativos e optimizar os impactos positivos do Projecto. Nas secções que se seguem descreve-se o modo como o processo de consulta pública da fase de EIAS/PGAS foi preparado e conduzido.

3. Preparação: Anúncio Público e Disseminação da Informação

Após cuidadosa reflexão e em consulta com as partes interessadas foi decidido que as reuniões públicas para tratar do EIAS/PGAS na Matola, Machava, Moamba e Sábiè seriam realizadas nos locais, datas e horas mencionados abaixo: Matola: Local: Instituto de Formação de Professores da Matola, na Cidade da Matola Data: 8 de Janeiro de 2013 Horário: a reunião foi marcada para começar às 08H00 e terminar cerca de duas horas depois. Machava: Local: Escola Primária Machava-Bedene, no Bairro de Machava-Sede Data: 8 de Janeiro de 2013 Horário: a reunião foi marcada para começar às 14H00 e terminar cerca de duas horas depois. Sábiè: Local: Sala de Reuniões da Cofamosa, na Vila de Sábiè Data: 9 de Janeiro de 2013 Horário: a reunião foi marcada para começar às 08H30 e terminar cerca de duas horas depois. Devido a alteração da agenda da reunião da Moamba, a reunião de Sábie foi remarcada para começar às 13H00. Moamba: Local: Sala de reuniões do Governo Distrital, na Vila da Moamba Data: 9 de Janeiro de 2013 Horário: a reunião foi marcada para começar às 14H00 e terminar cerca de duas horas depois. Foram usadas duas modalidades principais para convidar o público a assistir às reuniões, nomeadamente (i) anúncios públicos e (ii) convites

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directos. Em ambas modalidades de convite foram indicados os oito locais onde os documentos do EIAS/PGAS podiam ser consultados (ver os Anexos I e III).

3.1 Anúncio Público

De acordo com a legislação sobre o processo de AIAS (anúncio das reuniões pelo menos 15 dias antes de cada reunião ter lugar), foram inseridos anúncios públicos nos órgãos de comunicação abaixo mencionados, como segue:

Media Data e Hora(s) do

Primeiro Anúncio Data e Hora(s) da

Repetição do Anúncio

1 Jornal Diário Notícias Edicão de 22 Dezembro 2012

Edição de 4 Janeiro 2013 Edição de 8 Janeiro 2013

2 Rádio Moçambique (Emissora Provincial de Maputo)

22 Dezembro 2012, 07H20

4 Janeiro 2013, 07H10 8 Janeiro 2013, 19H20

O Anexo I a este documento apresenta o anúncio público que foi circulado pelos órgãos de comunicação acima mencionados, bem como a confirmação da radiodifusão do anúncio pela Rádio Moçambique. O anúncio radiofónico foi traduzido em Tsonga (Changana) e disseminado em conformidade. Todas as entidades convidadas e participantes receberam um resumo não técnico do Draft do EIAS para usarem à sua vontade (Anexo II).

3.2 Convites Directos

O Anexo III apresenta a carta de convite enviada às instituições/indivíduos identificados, a partir de uma gama de potenciais parceiros, como sendo relevantes para participarem nestas reuniões. O Anexo IV lista as entidades/pessoas a quem os convites foram de facto enviados. Um total de 61 entidades e indivíduos a nível central, provincial, distrital e municipal recebeu estes convites directos.

4. A reunião

4.1 Agenda

As reuniões públicas tiveram o seguinte calendário, estrutura e divisão de papéis e responsabilidades:

Ítem Duração Responsabilidade

Chegada e Registo dos Participantes

08H00- 08H30 COWI

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

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Ítem Duração Responsabilidade

Boas Vindas 08H30 – 08H45 Representante do Governo Local Representante do FIPAG

Apresentação dos Membros do Painel e da Equipa de Implementação do Projecto

08H45 – 08H50 COWI

Breves Considerações/ Apreciação da Agenda

08H50 – 9H00 COWI

Apresentação do Estudo de Impacto Ambiental e Social do Projecto

9H00 – 9H45 COWI

Sessão de Discussão 9H45- 10H45 Todos

Considerações Finais 10H45 – 10H55 COWI Representante do FIPAG

Encerramento da Reunião 10H55 – 11H00 Representante do FIPAG Representante do Governo Local

Lanche 11H00 Todos

A apresentação do ESIA/PGAS foi feita por meio de uma apresentação em Power Point contendo informação sobre:

1. O processo de AIAS 2. A localização do Sistema de Abastecimento de Água ao Grande

Maputo 3. A descrição do projecto 4. A área de influência biofísica e socioeconómica do projecto 5. Os potenciais impactos ambientais e sociais do projecto, bem como

as respectivas medidas de mitigação 6. O Plano de Reassentamento.

A reunião foi conduzida em Português.

4.2 Desenvolvimento

Assistiram à reunião na Matola dezoito (18) participantes representando instituições públicas, privadas e da sociedade civil. O Anexos V apresenta a lista assinada pelos participantes da reunião pública da Matola. Conforme se pode ver nos Anexos VI e VII (acta e transcrição da reunião) as principais questões colocadas pelos participantes nesta reunião incluíram:

Definição cuidadosa do reassentamento e compensação das populações afectadas, de modo a garantir que estas não ficam pior do que estavam antes.

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

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Comunicação regular com as partes afectadas pelo projecto, para o sucesso do processo de reassentamento e compensação.

Abastecimento de água às populações aglomerados ao longo da conduta.

Custo e preço da água a ser abastecida pelo sistema à população.

Priorização da contratação da mão de obra local disponível, para a construção e operação do sistema.

Perda de terra para agricultura, necessária para a construção e manutenção do sistema.

Presença de trabalhadores permanentes e impacto sobre o HIV-SIDA e doenças de transmissão sexual.

Necessidade de visão a longo prazo para a capacidade de abastecimento do sistema, como forma a responder à expansão urbana no Município da Matola e Distrito da Moamba.

Importância da aprovação do Plano de Reassentamento pelo Distrito.

Impacto da captação de água sobre a capacidade da Barragem de Corumana.

Impactos cumulativos do sistema com a agricultura comercial e a proposta Barragem de Moamba-Major.

Análise dos impactos relacionados com falhas no sistema e com derrames de maquinaria que podem contaminar solos, águas subterrâneas e a albufeira da Barragem de Corumana.

Tratamento das terras húmidas.

Impacto da disponibilidade de água para a população sobre o saneamento.

Figura 1: Um aspecto da reunião na Matola

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

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A reunião foi mobilizada para a parte da manhã e teve início às 09H00, tendo-se prolongado até às 10H45. A reunião decorreu calmamente e as questões colocadas pelos participantes foram tratadas satisfatoriamente, tendo sido levantadas questões valiosas para o melhoramento e finalização do ESIA/PGAS. Neste sentido, a reunião alcançou o seu principal objectivo de contribuir para manter as partes interessadas e parceiros relevantes informados sobre o projecto e recolher as suas preocupações e contribuições para evitar/minimizar as implicações negativas e optimizar os aspectos positivos do projecto. A reunião contribuíu também para consolidar o relacionamento saudável já estabelecido entre os promotores e as autoridades.

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER A

ANEXOS

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER B

ANEXO I: Potenciais Pessoas e Entidades Interessadas e/ou Afectadas pelo Projecto

Nível Central

Nº Entidade Endereço

1 Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental Rua Kassuende, nº 167, Maputo

2 Direcção Nacional da Avaliação de Impacto Ambiental Av: Acordos de Lusaka, nº 2115, Maputo

3 Direcção Nacional da Gestão Ambiental Av: Acordos de Lusaka, nº 2115, Maputo

4 Direcção Nacional de Águas Rua da Imprensa, nº 162, Maputo

5 Departamento de Água Urbana Rua da Imprensa, nº 162, Maputo

6 Administração Regional de Águas - Zona Sul Av: Samora Machel, nº 30, 7º andar, Maputo

7 Unidade de Gestão da Bacia do Incomati Barragem de Corumana, Vila de Sábie

8 Departamento dos Rios Internacionais Rua da Imprensa, nº 162, 3º andar, Maputo

9 Conselho de Regulação do Abastecimento de Água Av: Amílcar Cabral, nº 757, Maputo

10 Ministério de Obras Públicas e Habitação Av: Karl Marx, nº 606, Maputo

11 Ministério da Saúde - Departamento de Saúde Ambiental

Av: Eduardo Mondlane, nº 1008, Maputo

Nível Central

Nº Entidade Endereço

12 UNICEF Av: do Zimbabwe, nº 1440, Maputo

13 UN Habitat Sede do PNUD, Rua Francisco Barreto, nº 322, Maputo 21481465, 21481481

14 WSP Sede do Banco Mundial, Av. Kenneth Kaunda, nº 1224, Maputo

15 Water Aid Rua F, nº 12, Bairro Coop, Maputo, 21 493964

16 WSUP (Care Moçambique) Av. Mártires Mueda, nº 596, Maputo

17 Justiça Ambiental Rua: Marconi, nº 110, 1º andar, Maputo

18 Centro Terra Viva Rua: D, nº 27, Bairro da Coop, Maputo

19 Associação Moçambicana de Avaliação de Impacto Ambiental (AMAIA)

R. do Fernando Ganhão nº 110, 825476889, Maputo

Nível Provincial

Nº Entidade Endereço

20 Governo da Cidade de Maputo Av. Josina Machel, nº 199 – 2º, Maputo

21 Governo da Província de Maputo R. do Município, Nº 152-1, Caixa Postal 2790, Matola

22 Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental de Maputo

Av. Acordos de Lusaka, Nº 2115, Maputo, 845222205

23 Direcção Provincial de Saúde de Maputo Praça do Município, Matola, 21724551, 823073873

24 Direcção Provincial da Mulher e da Acção Social de Maputo

R. 12232, Bº da Matola C. Nº 97, Matola, 21782839

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER C

25 Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação de Maputo

Estrada Nacional nº 204, Matola, 21720435

26 Direcção Provincial de Educação de Maputo Av. Rég. Xavier, Nº 65, Matola, 21722996

Nível Municipal/ Distrital/ Local

Nº Entidade Endereço

27 Município de Maputo Av. Ho Chi Min (Pç da Independência), Maputo

28 Vereação de Infra-estruturas Av. Ho Chi Min (Pç da Independência), Maputo

29 Vereação de Planeamento Urbano e Ambiente Av. Ho Chi Min (Pç da Independência), Maputo

30 Município da Matola (Arão Nhancale) Av. do Município da Matola, Nº 44. Caixa Postal 1, Matola

31 Vereação de Infra-estruturas Av. Saint Dennis, Matola

32 Vereação de Planeamento Territorial e Urbanismo

Av. Zedequias Manganhela, Nº420, Matola

33 Vereação de Mercados, Feiras, Desenvolvimento Rural e Aguas

Av. do Município da Matola, Nº 44, Caixa Postal 1, Matola

34 Administração do Distrito da Moamba Vila da Moamba

35 Posto Administrativo de Moamba-Sede Vila da Moamba

36 Posto Administrativo de Sabie Vila de Sábie

37 Posto Administrativo Municipal da Machava Bairro da Machava, Matola

38 Posto Administrativo de Pessene Vila de Pessene (estrada Machava-Pessene)

39 Águas da Região de Maputo Av. Eduardo Mondlane, Nº1352, 5º. Caixa postal 2952, Maputo

40 Serviços Distritais da Saúde, Mulher e Acção Social da Moamba

Vila da Moamba

41 Serviços Distritais da Saúde, Mulher e Acção Social de Marracuene

Vila de Marracuene

42 Serviços Distritais de Planeamento e Infra-Estruturas da Moamba

Vila da Moamba

43 Serviços Distritais de Planeamento e Infra-Estruturas de Marracuene

Vila de Marracuene

44 Serviços Distritais de Actividades Económicas da Moamba

Vila da Moamba

45 Serviços Distritais de Actividades Económica de Marracuene

Vila de Marracuene

46 Tintas CIN Moçambique, SARL Nº 3736, Av. 24 de Julho. Tel: 21409166

47 Companhia Industrial da Matola, SARL Cxp. 605. Via Impasse. Porta 76-Matola. Tel: 21726700

48 Cimentos de Moçambique, SARL – Machava Nº246, Av. das Indústrias-Machava. Tel: 21749025

49 Profuro International, Lda Nº 728, Av. da Namaacha-Matola. CxP. 4602. Tel: 21780489

50 Fábrica de Explosivos (Moçambique), Lda 10, Av. Samora Machel-Matola. Tel: 21745802

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER D

51 Unilever Moçambique, Lda 666- Parc 526-A, Av. Samora Machel, Matola. Tel: 21720082

52 CMC – África Austral, Lda R Gago Coutinho, Bº do Aeroporto. Tel: 21477493

53 Frutas Libombos, Lda 658, R. Régulo. Bº Hanhane-Matola. Tel: 21722707

54 Padilha Construções, Lda 1280/1290, Av. Josina Machel-Machava. Tel: 21750066

55 Matola Gás Company 169, 1º-E, R. Gen Osvaldo Tanzama. Bº Triunfo. Tel:21486086, Maputo

56 Coca-Cola Company Av OUA nº 270 - R/C- caixa postal 1441,tel + 258 - 21400189

57 Tamega Cidade da Matola

58 Pintex 2644-r/c, Av. das Indústrias-Machava. Tel: 21750063

59 Televisa Av. Josina Machel-Machava. Av. FPLM nº 868/ Cel: 844873844

60 Cervejas de Moçambique Bairro do Jardim nº329,Caixa postal 3555, Maputo .Tel. 21352300

61 Electricidade de Moçambique Av. Eduardo Mondlane nº 1398., Maputo Tel. 21327047

62 Telecomunicações de Moçambique Rua da Sé, nº2, caixa postal 25, Maputo. Tel. 21431921

63 Tongaat Hullet Avenida Zedequias Manganhela, Nrº95 prédio 33 andares, 4ºandar, Maputo

64 Açucareira de Xinavane Avenida Zedequias Manganhela, Nrº95 prédio 33 andares.4ºandar., Maputo

65 Cofamosa Vila de Sábie

66 Boa Horta Vila de Sábie

67 EIP Moçambique Av. 25 de Setembro, nº 1230, 4º andar, Ap. 425, Maputo.

68 Líderes Comunitários dos Postos Administrativos de Moamba-Sede, Sabie, Pessene, Machava

Vilas da Moamba e Sábie, Povoado de Pessene, Bairro da Machava-Sede

69 Cruz Vermelha de Moçambique Av. Agostinho Neto 284. Tel 21498037, Maputo

70 ACREMO Vila da Moamba

71 Centro para Crianças de Maguaza Estrada Machava-Pessene, a entrada da vila da Moamba

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER E

ANEXO III: Anúncio Público

A – Anúncio Público no Jornal Notícias B - Anúncio Público na Rádio Moçambique

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER F

A - Anúncio Público no Jornal Notícias

Convite para Reunião de Consulta Pública

Estudos de Impacto Ambiental e Social para o Projecto de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) recebeu um crédito da Associação Internacional para o Desenvolvimento (IDA) e está a aplicar uma parte deste crédito para executar os Estudos de Impacto Ambiental e Social (EIAS) para o Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo.

O objectivo geral do Projecto é o de aumentar a capacidade de abastecimento de água à Área do Grande Maputo em 120,000 m³/dia usando água da Barragem de Corumana. Entre outras actividades o projecto implicará a extensão das estruturas pré-instaladas de captação na Barragem de Corumana, instalação de redes de abastecimento de água desde a Barragem de Corumana até ao Centro de Distribuição da Machava, construção de Estações de Bombeamento ao longo das redes de abastecimento de água, instalação de uma bifurcação de água tratada com quatro vias para pequenas localidades e áreas a norte da Área do Grande Maputo e a construção de uma Estação de Tratamento de Água Potável.

Através de um concurso a FICHTNER, em parceria com a COWI, foi seleccionada pelo FIPAG para levar a cabo os estudos acima mencionados. Nos termos do Decreto 45/2004 de 29 de Setembro, o Projecto foi classificado como pertencente à Categoria A pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). Na sequência disto, foi submetido e aprovado o Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de Âmbito (EPDA) e dos Termos de Referência (TdR). A fase actual corresponde à elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental e Social (EIAS) detalhados.

Os esboços dos documentos de EIAS e respectivo Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) estão em concordância com a legislação em vigor. Deste modo, todas as Partes Afectadas e Interessadas pelo projecto são convidadas a participar em Reuniões Públicas destinadas a apresentar o conteúdo do EIAS/PGAS e obter insumos para a finalização destes documentos. As reuniões irão também informar sobre o processo de elaboração do Plano de Reassentamento (PR) e do Plano de Acção para a Implementação do PR.

Neste contexto, serão realizadas quatro reuniões de Consulta Pública, conforme abaixo in

dicado:

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER G

Local Dia Hora

Cidade da Matola – Instituto do Magistério Primário (Rua do IMAP, Nº 504 – Bairro Hanhane)

08/01/2013 08h00

Machava - Escola Primária Machava-Bedene (Av. Matlemele, perto da Maternidade de Machava-Bedene)

08/01/2013 14h00

Vila de Sábie – Sala de reuniões da Cofamosa 09/01/2013 08h30

Vila da Moamba – Sala de reuniões do Governo Distrital

09/01/2013 14h00

A reunião estará aberta a todas as Partes Afectadas e Interessadas e encoraja-se a participação de todos os interessados.

Os esboços dos documentos de EIAS e PGAS podem ser consultados a partir do dia 21 de Dezembro de 2012, nos seguintes locais:

Local Horário

Segunda a Sexta Feira

FIPAG - Av. Filipe Samuel Magaia, Nº1297, cidade de Maputo, ou através do website www.fipag.co.mz

09H00 a 16H00

COWI - Av. Zedequias Manganhela, Nº95, 1º andar/ Prédio 33 Andares, cidade de Maputo ou através do website www.cowi.co.mz

08H00 a 16H30

DPCAA Maputo - Av. União Africana Nº 2278, Cidade da Matola

08H00 a 15H30

DNAIA (Edifício do MICOA, Av. Acordos de Lusaka Nº 2115, cidade de Maputo)

08H00 a 15H30

Município da Matola (Av. Município da Matola, Nº44, cidade da Matola)

08H00 a 15H30

Administração do Distrito da Moamba (Vila da Moamba)

08H00 a 15H30

Posto Administrativo de Sábie (Vila de Sábie)

08H00 a 15H30

Posto Administrativo Municipal de Machava

08H00 a 15H30

Para mais informações sobre as reuniões por favor contactem Yara Barreto através dos contactos abaixo indicados:

Email: [email protected] Telefone/ Fax: 21 358320/ 21 307369 Maputo

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7753P01 COWI/FICHTNER H

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER I

B - Anúncio Público na Rádio Moçambique

Convite para Reunião de Consulta Pública

Estudos de Impacto Ambiental e Social para o Projecto de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

O FIPAG, através da COWI Moçambique e da Fitchner, convida os residentes dos bairros de Machava-Sede, Bunhiça, Machava Km 15, Matola-Gare, Vila de Pessene-Sede, Vila de Sabie-Sede, Goana II, Maganana, Mulombo II, 7 de Fevereiro e Chavane, bem como todos os demais interessados, a participarem numa reunião de consulta pública sobre o projecto de abastecimento de água ao Grande Maputo desde a Barragem de Corumana até ao Centro de Distribuição da Machava.

A consulta pública pretende apresentar o levantamento da área de influência socioeconómica do projecto.

A consulta pública inclui quatro reuniões as quais serão realizadas nos seguintes dias e locais:

Local Dia Hora

Cidade da Matola – Instituto do Magistério Primário (Rua do IMAP, Nº 504 – Bairro Hanhane)

08/01/2013 08h00

Machava - Escola Primária Machava-Bedene (Av. Matlemele, perto da Maternidade de Machava-Bedene)

08/01/2013 14h00

Vila de Sábie – Sala de reuniões da Cofamosa 09/01/2013 08h30

Vila da Moamba – Sala de reuniões do Governo Distrital

09/01/2013 14h00

As reuniões estarão abertas a todas as Partes Afectadas e/ou Interessadas e encoraja-se a participação de todos os interessados.

Para mais informações, contacte a COWI, Lda pelo telefone 21 358320.

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER J

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER K

ANEXO IIII: Sumário Não-Técnico do EIAS/PGAS

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Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER L

Resumo Não Técnico O Projecto

A Área do Grande Maputo está a crescer rapidamente e a incluir cada vez mais as áreas à volta das fronteiras originais da Cidade. Como consequência, a procura e necessidade de água está a crescer muito. Isto exige que se encontrem novas fontes de abastecimento de água potável para a Área do Grande Maputo. Foram estudadas várias alternativas, tanto de localização, de tipo de equipamentos e de fontes de água a usar. A melhor delas é apresentada neste Projecto. O Projecto prevê, numa primeira fase, tirar 60.000 m³ de água por dia do Reservatório da Barragem de Corumana, e tratá-la numa nova Estação de Tratamento de Água perto da Vila de Sabie. Daqui a água será encaminhada e bombeada para o Centro de Distribuição da Machava. Estes 60.000 m

3 de água

por dia devem estar disponíveis até 2017. Entre 2017 e 2024 devem ser adicionados 60.000 m³, fazendo uma capacidade total de 120.000 m³. O Projecto envolve: 1. Cerca de 94 km de conduta a

partir da Barragem de Corumana até ao Centro de Distribuição da Machava

2. Estação de bombagem perto da Barragem de Corumana

3. Estação de tratamento de água a noroeste da Vila de Sabie

4. Área para os tanques de controlo a sul da Vila de Pessene

5. Vários pontos de distribuição ao longo do corredor

6. Estradas de acesso 7. Linhas de energia para a estação

de distribuição e para o local da estação.

O Processo de Avaliação de Impacto Ambiental e Social

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) classificou este projecto como sendo

uma actividade de Categoria A, tornando-se necessária a realização de uma Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS). O processo de Avaliação de Impacto Ambiental e Social (AIAS) identifica e classifica os possíveis impactos do projecto sobre o ambiente natural e social receptor e as suas medidas de mitigação, bem como o seu monitoramento. O processo envolve também a Participação Pública. A participação do público é fundamental, uma vez que permite que as pessoas interessadas e afectadas (PI&As) tenham informação sobre os vários aspectos que caracterizam o desenvolvimento do Projecto. Isto ajuda a identificar as expectativas e preocupações das PI&As, que também devem ser consideradas durante a AIAS. Esta AIAS cumpriu com todas as exigências legais e teve em conta todas as estratégias nacionais e sectoriais. Descrição da Área do Projecto

O clima da região é sub-tropical, variando de húmido nas áreas costeiras para árido no interior. A área de habitats naturais que será directamente afectada pelas actividades de construção é muito pequena comparada com a área actual desses habitats. Poucas espécies de animais que ocorrem na área do Projecto estão ameaçadas, quase ameaçadas ou vulneráveis. No entanto, foi identificado um certo número de espécies (vegetação e animais) cuja conservação é importante. A conduta de água proposta vai atravessar dois rios principais: os Rios Matola e Incomati, bem como alguns grupos de terras húmidas entre Matola Gare e Pessene. Estas áreas são consideradas áreas sensíveis, embora mostrem em certa

medida a degradação causada pela acção humana. Estas terras húmidas representam a parte mais crítica do corredor da conduta de água com relação ao impacto ecológico. O uso da terra na área de investigação varia de áreas com muita população entre Machava e Matola Gare e, principalmente campos agrícolas, e áreas de pastagem para o gado de Matola Gare a Moamba e Corumana. Comparativamente, áreas não perturbadas são encontradas ao longo do leito do Rio Matola, de Pessene a Moamba, entre os rios Incomati e Sabie e logo a depois da Barragem de Corumana. As áreas afectadas pelo Sistema de Abastecimento de Água, vão desde o Distrito de Moamba até ao Posto Administrativo Municipal da Machava (Município da Matola). Cerca de 130 famílias vivem actualmente ao longo da área de estudo, das quais 108 estão na Machava e as 22 restantes em Moamba. A maioria destas famílias não é coberta por um sistema de abastecimento de água. As estradas estão em mau estado de conservação e há pouco transporte público, especialmente para Moamba e Matola Gare. A distribuição da energia é fraca e com muitos cortes. As dificuldades de acesso à água não estão apenas ligadas a grandes distâncias para o(s) rio(s), mas também ao longo tempo de espera em filas para obter água e à má qualidade da água. A maioria dos entrevistados na Machava tem acesso à água canalizada em sua casa ou no quintal de um vizinho. No entanto, em Moamba, o rio, uma lagoa ou a barragem (Corumana) são a principal fonte de água para muitos agregados familiares.

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Estudos Ambientais e Sociais para o Relatório do PPP

Sistema de Abastecimento do Grande Maputo

7753P01 COWI/FICHTNER M

Figura 1 – Localização do Projecto

Principais Impactos do Projecto

De uma forma geral, os impactos negativos identificados variam entre baixos a moderados. Todos os potenciais impactos biológicos são baixos, excepto para a perda da cobertura vegetal e diversidade de plantas, que é considerada de grande importância tornando-se moderados após a implementação das medidas de mitigação. Os impactos mais negativos do ponto de vista socioeconómico acontecerão durante a fase de construção do projecto. Alguns negócios serão interrompidos e serão necessárias algumas acções de realocação de famílias. Considerando a alta taxa de infecção pelo HIV/SIDA em Moçambique, há um grande risco de propagação de infecções, resultante das relações entre os trabalhadores das obras e população local, caso não se tomem medidas adequadas. Devem ser tomadas medidas concretas para diminuir este risco. Um possível problema de saúde tem a ver com a existência de cianobactérias (também chamadas de algas verde-azuis) no reservatório da Barragem de Corumana. No entanto os tratamentos envolvidos no processo são adequados para

destruir e remover as cianobactérias de forma eficaz. Alguns dos impactos positivos são a recuperação de áreas degradadas durante as actividades, a promoção de emprego para até 300 trabalhadores qualificados e não qualificados durante a construção e a oferta de água limpa depois de feita a ligação do sistema de abastecimento de água às famílias, melhorando assim a situação de saúde da população na Área do Grande Maputo. Conclusão e Recomendações

O Empreiteiro deve estabelecer um Plano de Gestão de Saúde, Segurança e Ambiente (SSA) e deve implementar um Sistema de Gestão de Saúde Segurança e Ambiente (SGSSA), durante toda fase de construção. Para as obras de construção recomenda-se a contratação de trabalhadores locais sempre que possível. Isto irá aumentar a aceitação do projecto pela população, e vai ajudar a melhorar o nível de vida na região. A fim de compensar as pessoas e agregados familiares afectados pela perda de bens, e para gerir de forma adequada a sua transferência física,

será preparado um Plano de Acção de Reassentamento do Projecto. A implementação do plano de reassentamento, especialmente o pagamento das compensações e a transferência física, deve ser cuidadosamente monitorado. Em resumo, a partir dos resultados obtidos durante as investigações para a avaliação de impacto do projecto proposto, pode-se afirmar que o Projecto pode ser construído e posto a funcionar sem ter qualquer impacto negativo significativo sobre o ambiente biofísico e socioeconómico e não mostra qualquer risco inaceitável sobre os aspectos de saúde e segurança se o Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) for implementado.

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Estudos Ambientais e Sociais para o

Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER N

ANEXO IVV: Carta de Convite (Convite Directo)

A – Modelo de Carta de Convite B – Exemplo de Carta de Convite enviada

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Estudos Ambientais e Sociais para o

Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER O

A – Modelo de Carta de Convite

Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

Carta de Convite

Maputo, 21 Dezembro 2012 Ref. 847/386.17/AC/2012

___________________________________ ___________________________________

Assunto: Estudos de Impacto Ambiental e Social para o Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo

Exmo Sr. ou Sra.;

O Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) recebeu um crédito da Associação Internacional para o Desenvolvimento (IDA) e está a aplicar uma parte deste crédito para executar os Estudos de Impacto Ambiental e Social (EIAS) para o Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo.

O objectivo geral do Projecto é o de aumentar a capacidade de abastecimento de água à Área do Grande Maputo em 120,000 m³/dia usando água da Barragem de Corumana. Entre outras actividades o projecto implicará a extensão das estruturas pré-instaladas de captação na Barragem de Corumana, instalação de uma Conduta Adutora a partir da Barragem de Corumana até ao Centro de Distribuição da Machava, construção de Estações de Bombagem ao longo do percurso da adutora, instalação de bifurcação de água tratada para pequenas localidades e áreas a norte da Área do Grande Maputo e a construção de uma Estação de Tratamento de Água Potável a norte de Sabie.

Através de um concurso a FICHTNER, em parceria com a COWI, foi seleccionada pelo FIPAG para levar a cabo os estudos acima mencionados. Nos termos do Decreto 45/2004 de 29 de Setembro, o Projecto foi classificado como pertencente à Categoria A pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA). Na sequência disto, foi submetido e aprovado o Estudo de Pré-Viabilidade e Definição de Âmbito (EPDA) e dos Termos de Referência (TdR). A fase actual corresponde à elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental e Social (EIAS) detalhados.

Os esboços dos documentos de EIAS e respectivo Plano de Gestão Ambiental e Social (PGAS) estão em concordância com a legislação em vigor. Deste modo, todas as Partes Afectadas e Interessadas pelo projecto são convidadas a participar na Reunião Pública destinada a apresentar o conteúdo do EIAS/PGAS e obter insumos para a finalização destes documentos. A reunião irá também informar sobre o processo de elaboração do Plano de Reassentamento (PR) e do Plano de Acção para a sua Implementação.

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Estudos Ambientais e Sociais para o

Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER P

A reunião terá lugar no dia 08 de Janeiro de 2013, pelas 08h00, na Cidade da Matola, no Instituto do Magistério Primário (Rua do IMAP, Nº 504 – Bairro Hanhane).

A reunião estará aberta a todas as Partes Afectadas e/ou Interessadas e encoraja-se a participação de todos os interessados.

Tendo sido identificada como uma das Partes Interessadas, a vossa instituição é gentilmente convidada a participar. Nesta perspectiva, solicitamos também o vosso apoio na disseminação deste evento junto de outras Partes Afectadas e/ou Interessadas que sejam do vosso conhecimento.

Em anexo a este convite enviamos o Resumo Não-Técnico do EIAS. Os documentos completos podem ser consultados nos seguintes locais a partir do dia 21/12/12:

Local Horário

Segunda a Sexta Feira

FIPAG - Av. Filipe Samuel Magaia, Nº1297, Cidade de Maputo, ou através do website www.fipag.co.mz

09H00 a 16H00

COWI - Av. Zedequias Manganhela, Nº95, 1º andar/ Prédio 33 Andares, Cidade de Maputo ou através do website www.cowi.co.mz

08H00 a 16H30

DPCAA Maputo - Av. União Africana Nº 2278, Cidade da Matola

08H00 a 15H30

DNAIA - Edifício do MICOA, Av. Acordos de Lusaka Nº 2115, Cidade de Maputo

08H00 a 15H30

Município da Matola - Av. Município da Matola, Nº44, cidade da Matola

08H00 a 15H30

Administração do Distrito da Moamba - Vila da Moamba

08H00 a 15H30

Posto Administrativo de Sábie - Vila de Sábie 08H00 a 15H30

Posto Administrativo Municipal da Machava - Machava

08H00 a 15H30

Para mais informações sobre as reuniões por favor contacte a Sra. Yara Barreto através dos contactos abaixo indicados:

Email: [email protected] Telefone/ Fax: 21 358320/ 21 307369 Maputo Respeitosamente _________________________ Luís Magaço Jr Director Geral

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Estudos Ambientais e Sociais para o

Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER Q

B – Exemplo de Carta de Convite enviada

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Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER R

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Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER S

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Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo

Relatório do PPP

7753P01 COWI/FICHTNER T

ANEXO V: Lista de Entidades/Pessoas Convidadas Directamente

Nível Central

Nº Entidade Endereço

1 Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental

Rua Kassuende, nº 167, Maputo

1 Direcção Nacional da Avaliação de Impacto Ambiental

Av: Acordos de Lusaka, nº 2115, Maputo

2 Direcção Nacional da Gestão Ambiental

Av: Acordos de Lusaka, nº 2115, Maputo

3 Direcção Nacional de Águas Rua da Imprensa, nº 162, Maputo

4 Departamento de Água Urbana Rua da Imprensa, nº 162, Maputo

5 Administração Regional de Águas - Zona Sul

Av: Samora Machel, nº 30, 7º andar, Maputo

6 Unidade de Gestão da Bacia do Incomati

Barragem de Corumana, Vila de Sábie

7 Departamento dos Rios Internacionais

Rua da Imprensa, nº 162, 3º andar, Maputo

8 Conselho de Regulação do Abastecimento de Água

Av: Amílcar Cabral, nº 757, Maputo

9 Ministério de Obras Públicas e Habitação

Av: Karl Marx, nº 606, Maputo

10 Ministério da Saúde - Departamento de Saúde Ambiental

Av: Eduardo Mondlane, nº 1008, Maputo

Nível Central

Nº Entidade Endereço

11 UNICEF Av: do Zimbabwe, nº 1440, Maputo

12 UN Habitat Sede do PNUD, Rua Francisco Barreto, nº 322, Maputo 21481465, 21481481

13 WSP Sede do Banco Mundial, Av. Kenneth Kaunda, nº 1224, Maputo

14 Water Aid Rua F, nº 12, Bairro Coop, Maputo, 21 493964

15 WSUP (Care Moçambique) Av. Mártires Mueda, nº 596, Maputo

16 Justiça Ambiental Rua: Marconi, nº 110, 1º andar, Maputo

17 Centro Terra Viva Rua: D, nº 27, Bairro da Coop, Maputo

18 Associação Moçambicana de Avaliação de Impacto Ambiental

R. do Fernando Ganhão nº 110, 825476889, Maputo

Nível Provincial

Nº Entidade Endereço

19 Governo da Cidade de Maputo Av. Josina Machel, nº 199 – 2º, Maputo

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7753P01 COWI/FICHTNER U

20 Governo da Província de Maputo R. do Município, Nº 152-1, Caixa Postal 2790, Matola

21 Direcção Provincial de Coordenação da Acção Ambiental de Maputo

Av. Acordos de Lusaka, Nº 2115, Maputo, 845222205

22 Direcção Provincial de Saúde de Maputo

Praça do Município, Matola, 21724551, 823073873

23 Direcção Provincial da Mulher e da Acção Social de Maputo

R. 12232, Bº da Matola C. Nº 97, Matola, 21782839

24 Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação de Maputo

Estrada Nacional nº 204, Matola, 21720435

25 Direcção Provincial de Educação de Maputo

Av. Rég. Xavier, Nº 65, Matola, 21722996

Nível Municipal/ Distrital/ Local

Nº Entidade Endereço

26 Município de Maputo Av. Ho Chi Min (Pç da Independência), Maputo

27 Vereação de Infra-estruturas Av. Ho Chi Min (Pç da Independência), Maputo

28 Vereação de Planeamento Urbano e Ambiente

Av. Ho Chi Min (Pç da Independência), Maputo

29 Município da Matola (Arão Nhancale) Av. do Município da Matola, Nº 44. Caixa Postal 1, Matola

30 Vereação de Infra-estruturas Av. Saint Dennis, Matola

31 Vereação de Planeamento Territorial e Urbanismo

Av. Zedequias Manganhela, Nº420, Matola

32 Vereação de Mercados, Feiras, Desenvolvimento Rural e Aguas

Av. do Município da Matola, Nº 44, Caixa Postal 1, Matola

33 Administração do Distrito da Moamba Vila da Moamba

34 Águas da Região de Maputo Av. Eduardo Mondlane, Nº1352, 5º. Caixa postal 2952, Maputo

35 Serviços Distritais da Saúde, Mulher e Acção Social da Moamba

Vila da Moamba

36 Serviços Distritais da Saúde, Mulher e Acção Social de Marracuene

Vila de Marracuene

37 Serviços Distritais de Planeamento e Infra-Estruturas da Moamba

Vila da Moamba

38 Serviços Distritais de Planeamento e Infra-Estruturas de Marracuene

Vila de Marracuene

39 Serviços Distritais de Actividades Económicas da Moamba

Vila da Moamba

40 Serviços Distritais de Actividades Económica de Marracuene

Vila de Marracuene

41 Tintas CIN Moçambique, SARL Nº 3736, Av. 24 de Julho. Tel: 21409166

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7753P01 COWI/FICHTNER V

42 Companhia Industrial da Matola, SARL Cxp. 605. Via Impasse. Porta 76-Matola. Tel: 21726700

43 Cimentos de Moçambique, SARL – Machava

Nº246, Av. das Indústrias-Machava. Tel: 21749025

44 Profuro International, Lda Nº 728, Av. da Namaacha-Matola. CxP. 4602. Tel: 21780489

45 Fábrica de Explosivos (Moçambique), Lda

10, Av. Samora Machel-Matola. Tel: 21745802

46 Unilever Moçambique, Lda 666- Parc 526-A, Av. Samora Machel, Matola. Tel: 21720082

47 CMC – África Austral, Lda R Gago Coutinho, Bº do Aeroporto. Tel: 21477493

48 Frutas Libombos, Lda 658, R. Régulo. Bº Hanhane-Matola. Tel: 21722707

49 Padilha Construções, Lda 1280/1290, Av. Josina Machel-Machava. Tel: 21750066

50 Matola Gás Company 169, 1º-E, R. Gen Osvaldo Tanzama. B Triunfo. Tel:21486086, Maputo

51 Coca-Cola Company Av OUA nº 270 - R/C- caixa postal 1441,tel + 258 - 21400189

52 Tamega Cidade da Matola

53 Pintex 2644-r/c, Av. das Indústrias-Machava. Tel: 21750063

54 Televisa Av. Josina Machel-Machava. Av. FPLM nº 868/ Cel: 844873844

55 Cervejas de Moçambique Bairro do Jardim nº329,Caixa postal 3555, Maputo .

56 Electricidade de Moçambique Av. Eduardo Mondlane nº 1398., Maputo Tel. 21327047

57 Telecomunicações de Moçambique Rua da Sé, nº2, caixa postal 25, Maputo. Tel. 21431921

58 Tongaat Hullet Av. Zedequias Manganhela, Nrº95 prédio 33 andares, 4º, Maputo

59 Açucareira de Xinavane Av. Zedequias Manganhela, Nrº95 prédio 33 andares, 4º, Maputo

60 EIP Moçambique Av. 25 de Setembro, nº 1230, 4º andar, Ap. 425, Maputo.

61 Cruz Vermelha de Moçambique Av. Agostinho Neto 284. Tel 21498037, Maputo

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7753P01 COWI/FICHTNER W

ANEXO VII: Lista Assinada dos Participantes na Reunião da Matola

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7753P01 COWI/FICHTNER X

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7753P01 COWI/FICHTNER Y

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7753P01 COWI/FICHTNER Z

ANEXO VII: Acta da Reunião – Matola

Reunião Pública para Apresentação do Estudo do Impacto Ambiental e Social para o Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo Fase do Estudo de Impacto Ambiental e Social Local: Instituto de Formação de Professores da Matola, Cidade da Matola Data: 08/01/2013 Duração: 09H00 – 10H45 Participantes: 18 A reunião de consulta pública foi convocada pela COWI, Lda no âmbito da Avaliação de Impacto Ambiental e Social do projecto do Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo, em conformidade com a legislação Moçambicana sobre o processo de Avaliação de Impacto Ambiental. O projecto do Sistema de Abastecimento ao Grande Maputo pretende desenvolver novas fontes de abastecimento de água potável para a Área do Grande Maputo. O sistema inclui as seguintes instalações:

i) conduta de água de 90 km a partir da Barragem de Corumana até ao Centro de Distribuição da Machava,

ii) Estação de Bombagem perto da Barragem de Corumana, iii) Estação de Tratamento de Água a Noroeste da Vila de Sábiè, iv) tanques de controlo para água no Sul do Povoado de Pessene, e v) derivações de água ao longo do corredor, estradas de acesso e

uma catenária de média tensão para a Estação de Bombagem e a Estação de Tratamento de Água.

A reunião de consulta pública teve por objectivos:

1. apresentar os resultados do Estudo de Impacto Ambiental e Social e o Plano de Gestão Ambiental e Social do projecto;

2. Recolher as preocupações e interesses dos parceiros do projecto; 3. Obter contribuições dos parceiros sobre como mitigar os possíveis

impactos negativos e maximizar os impactos positivos do projecto; 4. Promover o diálogo social entre os proponentes do projecto e os

parceiros, para a implementação eficaz e sustentável do projecto. A reunião foi facilitada por Yara Barreto da COWI que iniciou a sessão dando as boas-vindas aos participantes e agradecendo a sua presença. Seguidamente apresentaram-se os membros da equipa e os participantes. Posto isto, seguiu-se a apresentação do projecto e resultados preliminares do Estudo de Impacto Ambiental e Social (EIAS) feita por Yara Barreto da COWI. A apresentação versou sobre o projecto proposto, a metodologia utilizada para o EIAS, os impactos positivos e negativos com maior significância e respectivas medidas de mitigação, o Plano de Gestão Ambiental e as principais conclusões. Após a apresentação a facilitadora iniciou o debate sobre o EIAS, referindo que a reunião de consulta pública tinha por objectivos 1) informar ao público em geral e às PI&A’s em particular sobre a existência do projecto e

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7753P01 COWI/FICHTNER AA

as suas características, e 2) recolher comentários, pontos de vista, preocupações, dúvidas e recomendações dos participantes sobre questões relacionadas com a implementação do projecto. A reunião de consulta pública foi conduzida em Português. A tabela que se segue resume as principais questões suscitadas durante a reunião e as reacções dos diferentes actores presentes: A tabela abaixo sumariza as questões levantadas durante a consulta e as respostas arroladas:

Questões/Comentários Respostas

Eng. Daúde Carimo/ DNA Ilundi Cabral/ COWI

1. Onde é que estão efectivamente

localizadas as cerca de duzentas

unidades afectadas? Na zona rural ou

na zona urbana? Sendo que a conduta,

apanha uma zona bastante grande em

população, qual será o tratamento?

2. Qual é a trajectória da tubagem? Vai ao

longo da estrada seguindo a trajectória

da linha férrea, ou faz, digamos, um

"corta-mato"?

3. Em relação ao benefício do projecto,

como é que as pessoas encaram

passar uma conduta e elas

continuarem a não ter água para

consumo humano?

4. Pessene tem uma grande população

de gado bovino. Qual será o impacto

ou o tratamento a dar a esta situação?

5. O que são estes tanques de controle?

1. Das 252 unidades afectadas - pessoas, famílias, entidades públicas e privadas - cerca de 90% estão localizadas no Posto Administrativo Municipal da Machava e outros 10% no Distrito da Moamba. Entre a Machava-Sede e a Matola Gare é onde temos o grosso da população residente. Uma grande porção do impacto do projecto sobre infra-estruturas de residência é sobre os muros e vedações, porque a conduta segue o traçado das estradas e há muitas construções à beira da estrada. Há um grupo menor de infra-estruturas afectadas dentro do quintal da residência, na latrina, cozinha. Há 15 residências afectadas na casa principal e são estas que nos preocupam em termos de reassentamento. Este rácio de 90% Machava -10% Moamba tem impacto na realocação destas famílias, porque no Distrito da Moamba a questão do espaço para reassentamento é mais fácil de tratar comparativamente ao Posto Administrativo Municipal da Machava onde a densidade populacional é maior e o espaço disponível menor. A questão do espaço tem que ser coordenada com as autoridades locais para se encontrar um local adequado para as famílias. O Plano de Reassentamento está a ser finalizado e o objectivo do projecto é evitar ao máximo o reassentamento. Fizemos um levantamento de todas as famílias e bens que existem dentro do corredor do projecto e esta informação vai influenciar o desenho de engenharia do projecto. As 15 residências a considerar para reassentamento estão distribuídas entre o Posto Administrativo Municipal da Machava e o Distrito da Moamba em zonas onde é possível fazer ajustes do desenho de engenharia.

Osvaldo Matessane/ COWI

2. Em termos de trajectória, da Barragem de Corumana atravessando o pipeline de gás da Sasol, a conduta entra por

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7753P01 COWI/FICHTNER BB

Questões/Comentários Respostas

meio do mato sem seguir nenhuma estrada, até à Estação de Tratamento e seguindo daí a estrada asfaltada para Sabié e para a Vila da Moamba. Na Vila da Moamba atravessa a linha férrea, segue em paralelo às torres da EDM, deixa o Posto Administrativo de Pessene a sensivelmente 5-6 km volta para a estrada. Atravessa o rio Matola encontrando o estaleiro de areia do projecto Circular de Maputo. Continua por meio das torres da EDM e volta para estrada já na parte onde cruza a linha férrea, isto é na Matola-Gare. Segue a berma da estrada até à paragem Baião, daí segue a estrada do cemitério e desvia numa rua à direita que leva ao Centro Distribuidor da Machava. Rui Lima/ COBA

3. O sistema vai abastecer algumas comunidades ao longo do traçado. Haverá a possibilidade de utilizar a conduta como fonte de abastecimento ao longo do seu percurso.

4. O abastecimento de água previsto é para consumo humano, não está contemplado o consumo animal. Se houver volume de água que possibilite responder a essa demanda também será feito, mas a preocupação é o abastecimento de água à população.

Nordino Ticongolo/ FIPAG

5. Os tanques de controle são dispositivos hidráulicos que vão ser colocados para regular a pressão de água. A água será bombeada através de electrobombas a partir da Estação de Tratamento até Pessene, mas deste ponto até ao Centro Distribuidor da Machava o transporte da água será feito por gravidade. Pessene é um ponto alto e é preciso regular a pressão de descida, para evitar danificar a tubagem a jusante. As infraestruturas a implantar deverão ocupar uma área de 1 ha, mas pensando no futuro será necessário ter uma reserva de até 3-4 ha, com acesso vedado. Eu estava a ver na óptica da “interferência”, pois o gado às vezes movimenta-se de um lado para o outro, e não na possibilidade do seu "abeberamento" com recurso a água tratada. O principal objectivo deste projecto é disponibilizar água apenas para consumo humano.

Filipe Samuel/ Cervejas de Moçambique Rui Lima/ COBA

6. A conduta seguirá um percurso de 94km. Parte das áreas agrícolas poderiam se perder. Perde-se durante a construção da conduta ou ficam proibidos permanentemente de cultivar nessas áreas?

7. Quanto ao emprego nestas zonas, não

6. Relativamente aos limites que foram

admitidos para a conduta, a área será

afectada na fase de construção mas

após a construção esse limite será muito

mais reduzido. Temos que assegurar

que a zona da conduta estará protegida,

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7753P01 COWI/FICHTNER CC

Questões/Comentários Respostas

percebi se vai acontecer durante a fase de construção ou haverá outras actividades. Este emprego é só na altura em que vão escavar?

não pode haver uma ocupação

exactamente por cima da conduta

porque se houver uma ruptura as

pessoas vão ter que ser novamente

mexidas para poder reparar. Terá de

haver uma faixa de protecção da

conduta e dos respectivos acessos

sobre a qual não se pode cultivar. Como

o traçado está próximo da estrada os

acessos serão a partir da estrada.

7. Relativamente aos postos de trabalho,

na fase de exploração estes são

técnicos mais qualificados. Portanto o

número de pessoas que terão a

possibilidade de poder integrar essas

actividades será mais restrito.

Yara Barreto/ COWI

7. Os empregos a serem criados são

basicamente na fase da construção. Na

fase da operação a criação de postos

será mínima porque será para a

manutenção da conduta e nas estações

para garantir a eficácia do tratamento.

Representante das

Telecomunicações de Moçambique

Rui Lima/ COBA

7. Esta conduta é subterrânea. Qual é o seu diâmetro?

7. O diâmetro da conduta anda na casa

dos 1000 a 1200 mm

João José Maueia/ WSUP Rui Lima/ COWI

8. A exploração do sistema a partir da

Barragem de Corumana não vai afectar

a barragem? Não se falou um pouco da

caracterização da própria barragem.

Corremos o risco de voltar a ter uma

situação que já houve em Nacala:

escassez de água por submeter a

barragem a uma outra carga de uso.

8. A barragem vai colocar comportas e aumentar significativamente a capacidade da albufeira. A demanda de água para abastecimento: foi calculada e foram considerados todos os cenários, incluindo os projectos agrícolas que tem uma exigência muito grande. A percentagem do abastecimento de água é pouco significativa em relação à demanda. Foram feiros estudos que consideram vários cenários e o abastecimento de água é aquele que exige uma maior percentagem de garantia – 98%-99% de abastecimento de água para as populações. Nos outros casos, como agricultura e agro-pecuária, essa percentagem é muito menor, na casa dos 80%-90%.

9. O traçado considerado é para o abastecimento de água a todas as situações. Neste momento Moamba está a construir o sistema de abastecimento de água e paralelamente há Moamba Major que irá beneficiar o distrito.

Maria Ângela Manjate/ Administradora do Distrito da Moamba

9. Moamba vai ser abastecida com água a partir desta conduta que vai ser colocada? No encontro anterior deu-se a entender que a partir deste projecto Moamba seria beneficiado.

Carlos da Piedade/ DNAIA - MICOA Yara Barreto/ COWI

10. Em relação ao Plano de Desenvolvimento de Moamba, temos Moamba-Major e os projectos agrícolas:

10-13: Em relação aos impactos cumulativos, todas as estratégias e planos de desenvolvimento relevantes

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7753P01 COWI/FICHTNER DD

Questões/Comentários Respostas

como é que vão ser tratados? Foram levantados os impactos cumulativos do projecto em relação ao Plano de Desenvolvimento de Moamba?

11. Por esquecimento, não está anexo o Relatório de Instrução do Processo. Falta o relatório de caracterização do projecto para poder analisar as recomendações do impacto para o EIA que estão inseridas aqui.

12. Como serão geridos /resolvidos os impactos relacionados com as falhas no sistema/abastecimento do sistema?

13. Que tipo de máquinas vamos utilizar na fase da construção e como serão abastecidas para a operação, para podermos ver se vamos ter derrames que vão afectar a contaminação dos solos e as águas subterrâneas?

14. Sobre o reassentamento: aconselho a manter o diálogo permanente entre os visados, interessados e afectados ao longo do projecto para superar outras situações. Talvez a criação de uma Comissão de Comunicação que integre os próprios líderes. Isso pode facilitar o trabalho no orçamento e na gestão dos conflitos.

foram analisados para contextualizar melhor este projecto. No impacto cumulativo nós analisamos também a barragem Moamba-Major, mas pela localização da barragem não foram identificados impactos significativos. Nesta apresentação colocamos somente os impactos altos e muito altos, tudo o resto foi analisado por fases, processo e meio. Foram analisados documentos adicionais. Os potenciais derrames da maquinaria também foram considerados.

Ilundi Cabral/ COWI

14. O trabalho de levantamento para o Reassentamento foi feito com os Secretários de Bairro e Chefes de Quarteirão. Eles andaram connosco de casa em casa e foi um trabalho bastante pacífico. Fizemos também um trabalho de recolha de dados qualitativos em reuniões em grupo com a população, além dos momentos anteriores de consulta pública. Já abrimos o canal com os líderes locais e vamos continuar a usá-lo no futuro.

Nordino Ticongolo/ FIPAG

14. Acolhemos a sugestão. O Plano de Reassentamento está a ser finalizado. Em Dezembro tivemos uma missão do Banco Mundial e fizemos a reavaliação do projecto. Há um esforço adicional que deve ser feito para baixar o número de 15 casas afectadas. Aquele número de duzentos e tal unidades afectadas assusta, mas há um esforço para afectar menos pessoas dentro da área do projecto. Uma das alternativas que está sendo pensada é a de Matola Gare-Machava Socimol-Km 15, troço ao longo do qual a tubagem siga o pavimento da estrada para evitar afectar propriedades. Estamos em fase muito avançada de negociação com a ANE para este objectivo; se conseguirmos colocar a tubagem na plataforma da estrada muitos impactos serão quase anulados.

António Mirasse/ CRA Yara Barreto/ COWI

15. A análise que se faz sobre a saúde incide sobre a saúde dos trabalhadores durante a construção. A captação está a 94 km de Maputo, a estação de tratamento está a 80 e poucos km, quase a mesma distância. Durante o período de exploração não sei quantos trabalhadores se prevê permanecerem no projecto e qual é o impacto previsto do ponto de vista de saúde. Aqui fala-se da propagação do SIDA: historicamente sabe-se que trabalhadores que ficam isolados durante uma semana em zonas remotas, como Sabié, procuram

15. Os impactos de saúde e segurança foram organizados para os trabalhadores e para as comunidades, em todas as fases do projecto. Foi analisado sim o impacto do HIV – SIDA e outras doenças de transmissão sexual. Não foi considerado alto nem muito alto e as medidas de mitigação passam por campanhas de consciencialização, distribuição de preservativos e encorajamento de testagem. Nesta fase ainda não se sabe com certeza quem se vai contratar. Quando

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7753P01 COWI/FICHTNER EE

Questões/Comentários Respostas

arranjar-se lá mesmo. O que está previsto como impacto e medida de mitigação? Estou a falar do SIDA como outros impactos colaterais da permanência das pessoas - não tanto os trabalhadores sazonais, mas aqueles que vão viver lá, isso implica medidas permanentes. Está prevista a construção de casas para estas pessoas levarem as suas famílias, para evitar esta situação?

se for a contratar, aí serão consideradas as medidas de mitigação do HIV-SIDA porque o estudo de impacto assim indica. Na altura da contratação, se o trabalhador for proveniente de uma outra área e tiver família, será então discutido como gerir isto. Mas nesta fase não sabemos se os trabalhadores na fase da operação serão de fora ou das proximidades.

Nordino Ticongolo/ FIPAG

15. Estamos a considerar se serão ou não construídas casas para os trabalhadores da Estação de Tratamento. Será necessário um projecto social associado. Vamos discutir isto com as autoridades do distrito de Moamba para a concessão de espaço, para além dos 10 hectares para a Estação de Tratamento e infra-estruturas afins. O consultor referiu inicialmente de 35 a 40 pessoas a trabalhar a tempo inteiro na Estação de Tratamento, é um número considerável e temos de pensar como é que as pessoas estarão inseridas na comunidade nesta nova realidade..

Carlos Piedade/ DNAIA - MICOA Yara Barreto/ COWI

O projecto podia prever a priorização da mão de obra local.

Isto é recomendado no estudo, a priorização

dos quadros locais ao invés de trazer mão

de obra externa. Se houver capacidade

técnica local deve se dar prioridade à sua

contratação. Caso haja necessidade

capacitação também temos uma

recomendação sobre isso e indicamos os

critérios a serem considerados. Os

procedimentos do recrutamento a serem

seguidos neste projecto deverão seguir

estas recomendações. Contudo, nesta fase

não se sabe quantas pessoas vão

candidatar-se e ser seleccionadas.

Eurico Macuácua/ ARA-Sul - UGBI Almeida Guissamulo/ COWI

16. Qual o tratamento a ser dado às terras húmidas que serão possivelmente afectadas, dado o elevado risco de cheias provocado pela degradação deste tipo de ecossistema?

17. Foi identificado algum impacto da Estação de Captação em si, que será montada em Corumana, algum impacto sobre a barragem? Dependendo do tipo de estação as máquinas a serem usadas terão algum risco de contaminação ou derrame de substâncias para o lago.

18. A população será abastecida com água a custo zero ou terá de pagar ? É uma população sem grande capacidade de compra.

19. O aumento da disponibilidade de água

16. Identificamos várias terras húmidas ao longo do da trajectória da conduta e para cada tipo de terra húmida delineamos um conjunto de medidas de mitigação. Há lagoas e pântanos que priorizamos que não sejam perturbados e para os quais sugerimos a alteração da trajectória. Mas temos algumas terras húmidas que são as áreas de inundação ao longo dos rios, essas não temos como evitar. No caso do rio Matola, usando a faixa onde as linhas de alta tensão cruzam o rio, uma das propostas é enterrar a conduta ao longo dessa faixa. Para o rio Incomati sugere-se fazer passar a conduta ao lado da ponte. Os pântanos e lagoas, principalmente os que a população usa para o consumo de

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Questões/Comentários Respostas

para a população traz outro impacto: o saneamento. Viram esta questão?

água, sugerimos que a conduta evite perturbá-los.

17. O ponto de captação na Barragem de Corumana já existe, foi implantado aquando da construção da barragem.O que tem que se fazer é unir a conduta a esse ponto. Por isso o nível de danos ambientais é muito restrito. Este ponto é mesmo próximo da barragem, a jusante, imediatamente junto à estação hidroeléctrica. A bombagem vai ser feita após a captação numa área que pertence à UGBI e que está a jusante da barragem. Há uma área que anteriormente era utilizada como acampamento dos trabalhadores e área de trabalho de maquinaria, portanto já está perturbada. Essa área será transformada em local de bombagem.

Nordino Ticongolo/ FIPAG

16. O atravessamento das zonas húmidas, sobretudo nos rios Incomáti e Matola, será feito no período seco em que os caudais dos rios estão relativamente baixos para poder facilitar toda a operação de implantação da tubagem. Em relação ao rio Incomáti, há dois cenários em estudo: um é articular a tubagem na ponte que já la existe, o outro é implantar a tubagem no subsolo por baixo do leito do rio.

18. A água sempre tem algum custo a ser considerado. Neste momento em que o projecto está a ser formulado, há vários cenários que estão sendo considerados. Estas questões de abastecimento de água são sensíveis e há que tomar todos os cuidados para conseguir conciliar o objectivo de fornecer água de forma sustentável.

Yara Barreto/ COWI

17. A contaminação do solo e das águas subterrâneas devido a derrames foi analisada no EIA. Não foi considerada um impacto alto ou muito alto. É uma área que já foi utilizada e vai ser reaproveitada. As instalações existentes eventualmente serão destruídas para construir a própria captação.

18. A distribuição de água a custo zero nunca é viável. Há sempre algum custo para a manutenção do sistema, para garantir a sustentabilidade do sistema. O EIA recomenda a coordenação do custo e a alocação de subsídios para as famílias mais carenciadas.

19. Em termos do saneamento, o impacto é considerado no EIA e nas nossas recomendações colocamos campanhas de consciencialização de higiene e saneamento, bem como a coordenação entre diferentes actores e sinergias.

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Questões/Comentários Respostas

Manuela Abreu/ DNA Yara Barreto/ COWI

20. Sobre a questão da água grátis, seria interessante recorrer a alguma literatura sobre a capacidade de pagar das pessoas naquela região, para perceber como é que isto vai ser sustentado. Temos a questão do próprio sistema, os operadores, etc. Há algum estudo feito naquela zona sobre a capacidade de pagar aquela água? A água não é grátis, tem custos. Estamos a usar o princípio de procura, não o de oferta. Há que compensar as duas partes: dar água às pessoas carenciadas com um subsídio compensado pelos outros que pagam.

21. É necessária coordenação na altura da construção. O FIPAG está negociando com a ANE; mas temos também a EDM e as Telecomunicações. Em relação às escavações, como é que as nossas vilas vão ficar - quem vai se responsabilizar no fim para fechar os buracos?

22. Sobre o reassentamento e as compensações, quais são as diferentes modalidades: dar dinheiro? dar casas? Qual é a melhor opção a usar aqui? Já aconteceu a gente dar dinheiro às pessoas e elas não constroem as casas, passado algum tempo voltam de novo. É preciso ver o que é melhor para garantir que as pessoas tenham melhores condições de vida e não fiquem pior do que antes.

20. Como disse anteriormente, a distribuição de água a custo zero não é viável. Há sempre algum custo para a manutenção do sistema, de modo garantir a sustentabilidade do sistema. O EIA recomenda a coordenação do custo e a alocação de subsídios para as famílias mais carenciadas.

21. Concordo. O FIPAG está a liderar este processo.

Ilundi Cabral/COWI

22. Estamos a considerar diferentes

modalidades, a serem aplicadas caso-

a-caso consoante os activos afectados

e as preferências do proprietário.

Ilídio Samuel/ Cervejas de Moçambique Rui Lima/ COBA

23. Falou-se que a passagem em alguns rios só poderá ser feita na altura seca e a conduta será subterrânea. Já foi estudada a assistência técnica dessa conduta, em caso das inundações? Porque não a via aérea, para que se possa visualizar cada problema dessa tubagem.?

24. Na parte entre Machava Km 15 até o Baião a conduta vai estar no meio da estrada? Qual é a profundidade e qual é o impacto esperado com as vibrações? Lá há muitos camiões e a conduta vai ser sobrecarregada, uma ruptura na tubagem no meio da estrada é um caos sério.

23. A conduta enterrada tem o benefício de estar protegida contra a vandalização. Queremos preservá-la o máximo possível para que as características da água de abastecimento sejam as melhores possíveis. Com a conduta enterrada conseguimos garantir a manutenção.

24. Relativamente às reparações, é melhor

não seguir a estrada, mas atendendo

às afectações que as zonas limites

iriam implicar à opção estará a cair

numa longa estrada. Haverá

preocupações se houver uma ruptura,

há que haver o condicionamento das

estradas naquela zona, com desvios -

mas isso na fase de construção.

Eng. Daúde Carimo/ DNA Rui Lima/ COBA

25. Na fase em que está este estudo já deveria indicar números aproximados de quantas pessoas eventualmente serão empregues na fase pico da obra

25. Em relação ao número de

trabalhadores, vamos falar com um

empreiteiro e ele dirá quantas equipas

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Questões/Comentários Respostas

dessa conduta, porque estamos perante uma situação de ter obras no Sabié, na barragem, em Pessene e na Machava. É preciso que nos indique o número para poder ver se de facto as pessoas que hão-de vir são mão de obra especializada ou mão de obra local. As pessoas que vem para essas zonas - Sábie, Corumana, Moamba - trazem seus hábitos de vida que podem de certa maneira afectar as populações da zona. Este estudo tem que fazer essa indicação. Hoje estamos a pensar instalar uma pequena unidade de controle em Pessene: na Matola foi a mesma coisa, quando a conduta veio de Umbeluzi instalou-se um pequeno aparelho, mas viu-se que não eram suficiente e hoje temos tanques enormes na Matola. É preciso ter visão a longo prazo.

26. É preciso também pensar no regulamento recentemente aprovado sobre reassentamentos. Este documento só serve se for aprovado pelo distrito. Se não é aprovado pelo distrito, o impacto sobre o Plano de Gestão Ambiental não funciona e não há obra nenhuma. É isto que é preciso levar a este tipo de consultas públicas, é preciso que comecemos a falar sobre este regulamento. Nem que sejamos os primeiros a implementar. O regulamento é muito claro sobre as modalidades de compensação e de reassentamento.

e trabalhadores irão fazer a obra. Não

estamos em condições de dizer

quantos trabalhadores irão estar no

local, e por isso prever o impacto de

saúde. Numa fase posterior haverá

condições para responder. O Estudo

Ambiental apresenta um medidas e

padrões que o empreiteiro terá que

cumprir.

Isa Telles/ COWI

25. Pode-se pensar que será mais de 100 ou menos de 300 trabalhadores, mas não se tem certeza de quantos vamos usar.

Yara Barreto/ COWI

26. Cumprimos com todos os requisitos legais e consideramos em pleno este regulamento. Tivemos inclusive encontros com o MICOA para a correcta interpretação do regulamento e o mesmo foi devidamente implementado.

Carlos da Piedade/ DNAIA - MICOA Yara Barreto/ COWI

27. Antes da aprovação nós emitíamos os dois regulamentos em paralelo, portanto corria o Estudo de Impacto e o Plano de Reassentamento. Não se condicionava a aprovação do Estudo do Impacto Ambiental à apresentação do Plano de Reassentamento, mas agora já é o contrário: tem que ser o Plano de Reassentamento, para se saber onde vai realocar as pessoas. Correm os dois processos em paralelo.

27. Concordo.

Eng.º Daúde Carimo/ DNA Yara Barreto/ COWI

28. Por mais que se queira responsabilidade social, não vai haver água de borla, a água tem seu custo. Haverá vários estudos, a minha colega disse que haverá um estudo da vontade de pagar.

28. Concordo.

Carlos Piedade/ DNAIA - MICOA Rui Lima/ COBA

29. O processo tecnológico de trabalho

dá-nos a possibilidade de prever os

impactos que podem ocorrer, o

número e tipo de máquinas; o que

29. Enquanto consultores do

desenvolvimento do projecto, nós não

seleccionamos equipas. Apresentamos

um número que achamos exequível,

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7753P01 COWI/FICHTNER II

Questões/Comentários Respostas

pode influenciar a contratação de

pessoas. Assim poderemos ver mais

ou menos quantas pessoas estarão

envolvidas, para facilitar o trabalho da

equipa de consultoria. Sobre as áreas

sensíveis – as terras húmidas - não

sabemos quantas máquinas vão

passar nessas áreas e como é feita

asua relação com o solo. Isso facilita-

nos, como autoridade de avaliação,

para ver se esse projecto é viável ou

não.

mas quem estuda a obra para construi-

la poderá ter outro tipo de

equipamentos muito mais adequados.

Muitas vezes o empreiteiro apresenta

soluções de construção diferentes

daquilo que era a concepção da obra.

Depende do construtor e das

capacidades deste. Isso passará

também por uma avaliação conduzida

por equipas técnicas do FIPAG.

Maria Ângela Manjate/ Administradora do

Distrito da Moamba

Ilundi Cabral/ COWI

30. Temos que levar a cabo o Plano do Distrito - com ou sem água. Com água a pressão será maior e acredito que as pessoas irão sair aqui da cidade para se instalar lá.

30. Uma chamada de atenção, para o

ordenamento territorial...

Maria Ângela Manjate/ Administradora do

Distrito da Moamba

Ilundi Cabral/ COWI

31. Todas as instituições que fazem parte deste projecto, por exemplo o Município da Matola, elas já foram ouvidas? Este encontro é para quem? Não vejo ninguém da Matola aqui.

31. O FIPAG tem envolvido as instituições da Moamba e da Matola. Estas estão informadas e envolvidas no projecto, apesar de muitas não estarem presentes hoje. Depois desta reunião vamos ter mais três reuniões ao nível das comunidades na Machava, Moamba e Sabié. Esta reunião era dirigida às autoridades a nível central.

Passos seguintes Findo o debate, a equipe de consultoria da COWI comprometeu-se a elaborar o relatório da reunião de consulta pública de modo a reflectir a discussão tida, e incluí-lo no relatório do Estudo de Impacto Ambiental e Social do Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo. Encerramento A reunião foi encerrada pela COWI, que agradeceu a participação de todos e reforçou a importância das sinergias para a maximização do futuro Sistema de Abastecimento de Água ao Grande Maputo.

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ANEXO VIIII: Transcrição da acta da reunião – Matola

Eng.º Daúde Carimo (DNA): Onde estão efectivamente localizadas as 383 unidades afectadas, na zona urbana ou na zona rural? Pelo que percebi a conduta começa do Sabié e termina na Machava e apanha uma zona bastante grande em população. Se é na Machava o tratamento deve ser um, se eventualmente é ao longo da conduta o tratamento deve ser outro, não vi isto explicado. Também não cheguei a perceber qual é efectivamente a trajectória da tubagem: se vai ao longo da estrada seguindo a trajectória da linha férrea ou se faz, digamos, um "corta-mato"? Noto também que Pessene não é vila. Gostaria também de saber, em relação ao benefício do projecto, como é que as pessoas encaram passar uma conduta e elas continuarem a não ter água para consumo humano. Sei que neste momento está a decorrer um projecto de abastecimento de água a Pessene, com furos, que Direcção Nacional das Águas está a realizar. Por fim, dizer que Pessene tem uma grande população de gado bovino. Qual será o impacto, ou o tratamento a dar, a esta situação particularmente na zona em que estarão os tanques de controle? Não sei que tanques são estes, se são reservatórios – o que é isto? Ilundi Cabral (COWI): Destas 252 unidades afectadas - entidades de algum modo afectadas pelo projecto, sejam pessoas, famílias, entidades públicas e privadas - estimamos que cerca de 90% destes estão localizados no Posto Administrativo Municipal da Machava e outros 10% no Distrito da Moamba. Entre a Machava-Sede e a Matola Gare é onde temos o grosso da população residente. Grande proporção do impacto do projecto sobre infra-estruturas de residência é sobre os muros e vedações, porque a conduta segue o traçado das estradas e há muitas construções à beira da estrada. Há um grupo menor de infra-estruturas afectadas dentro do quintal da residência, na latrina, cozinha. Há 15 residências afectadas na casa principal e são estas que nos preocupam em termos de reassentamento. Este rácio de 90% Machava -10% Moamba tem impacto na maneira como se trata a realocação destas famílias, porque no Distrito da Moamba a questão do espaço para reassentamento é mais fácil de tratar comparativamente ao Posto Administrativo Municipal da Machava onde a densidade populacional é maior e o espaço disponível menor. Esta questão tem que ser coordenada com as autoridades locais para se garantir que se consegue encontrar um local adequado para estas famílias. O Plano de Reassentamento está a ser finalizado e o objectivo do projecto é evitar ao máximo o reassentamento. Nós fizemos um levantamento de todas as famílias e todos os bens que existem dentro do corredor do projecto e esta informação vai influenciar o desenho de engenharia do projecto. Estas 51 residências a considerar para reassentamento estão distribuídas entre o Posto Administrativo Municipal da Machava e o Distrito da Moamba em zonas onde é possível fazer ajustes do desenho de engenharia. O reassentamento é um processo complicado para as famílias não só em termos económicos mas em termos sociais e culturais, desenraizar-se e perder toda a rede de apoio social que já têm criada. Osvaldo Matessane (COWI): (mostrando no mapa) Em termos de trajectória, da barragem até ao pipeline a conduta entra por meio do mato

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7753P01 COWI/FICHTNER KK

sem seguir nenhuma estrada, saindo na Estação de Tratamento e seguindo daí a estrada asfaltada para Sabié e daqui até à vila da Moamba. Na vila da Moamba atravessa a linha férrea, vai ao longo das torres da EDM, deixa o Posto Administrativo de Pessene e sensivelmente a 5-6 km volta para a estrada. Atravessa o rio Matola e para a estrada encontrando depois do estaleiro de areia do projecto Circular de Maputo, continua por meio de umas torres da EDM e volta para estrada já na parte onde cruza a linha férrea. Para quem sai da Machava tem à direita uma fábrica em construção abandonada, a conduta atravessa, contorna e segue a linha férrea até à paragem Baião, depois segue a estrada que passa do cemitério e pega uma rua pequena que leva ao Centro Distribuidor da Machava. Rui Lima (COBA): Relativamente ao abastecimento de água ao longo da conduta, a opção escolhida vai ao encontro dessa preocupação e prevê abastecer as várias populações ao longo do traçado. Haverá possibilidade de utilizar a conduta como fonte de abastecimento ao longo de todo o seu percurso. Relativamente a preocupação do gado Bovino, trata-se de um projecto de abastecimento de água para a população e portanto não estará contemplada esta preocupação do gado bovino. Obviamente se houver volume de água que possibilite responder a essa demanda, ela será colmatada naturalmente. Mas, à partida, a preocupação é o abastecimento de água a população em particular na zona do Grande Maputo. Nordino Ticongolo (FIPAG): A questão dos tanques de controle, são dispositivos hidráulicos que vão ser colocados para regular a pressão de água. A água, a partir da Estação de Tratamento até Pessene será bombeada através de motobombas, mas a partir de Pessene até ao Centro Distribuidor da Machava a água vai se transmitir por gravidade. Pessene é um ponto alto e é preciso regular a pressão, se não danificamos todo o tipo de tubagem a jusante. Em Pessene o construtor está a propor uma área de cerca de 1 ha, a ser totalmente vedada ao acesso a qualquer um - pessoas estranhas, animais. Terá outra vedação onde serão acomodadas todas as infra-estruturas de abastecimento de água. Eu estava a ver na possibilidade de interferência, pois o gado às vezes se movimenta de um lado para o outro, e não na possibilidade de "abeberamento" porque de facto o objectivo principal deste projecto é disponibilizar a água para o consumo humano. Filipe Samuel (Cervejas de Moçambique): Pela apresentação percebi que parte das áreas agrícolas poderiam se perder. Perde-se durante a construção da conduta ou ficam proibidos permanentemente de exercer as actividades agrícolas nessas áreas? Quanto ao emprego nestas zonas, não percebi se vai acontecer durante a fase de construção ou haverá outras actividades; se este emprego se é só na altura em que vão escavar e acabou. Rui Lima (COBA): Relativamente aos limites que foram admitidos para a conduta, a área será afectada na fase de construção mas após a construção esse limite será muito mais reduzido. Temos que assegurar que a zona da conduta em si estará protegida, não pode haver uma ocupação exactamente por cima da conduta porque se houver uma ruptura as pessoas vão ter que ser novamente mexidas para poder reparar. Terá

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7753P01 COWI/FICHTNER LL

de haver uma faixa de protecção da conduta e dos respectivos acessos sobre a qual não se pode cultivar, embora o traçado seja próximo da estrada portanto os acessos serão a partir da estrada. Na fase de exploração normalmente são técnicos mais qualificados, portanto o número de pessoas que terão a possibilidade de poder integrar essas actividades será mais restrito. Yara Barreto (COWI): A maior parte dos postos de trabalho que irão ser criados serão na fase de construção e alguns na fase da operação. Na fase da operação a criação de postos será mínima porque será para a manutenção da conduta e nas estações para garantir a eficácia do tratamento. Portanto os empregos a serem criados são basicamente na fase da construção. Representante das Telecomunicações de Moçambique: Esta conduta é subterrânea. Qual é mais ou menos o seu diâmetro? Rui Lima (COBA): o diâmetro da conduta anda na casa dos 1000 mm a 1200 mm. João José Maueia (WSUP): A exploração do sistema a partir da Barragem de Corumana não vai afectar a barragem? Não se falou um pouco da caracterização da própria barragem. Corremos o risco de voltar a ter uma situação que já houve em Nacala: escassez de água porque estamos a submeter a uma outra carga do uso da própria barragem. Rui Lima (COBA): Relativamente à Barragem de Corumana, a barragem vai colocar comportas e aumentar significativamente a capacidade da albufeira. Relativamente à demanda de água para abastecimento é uma pequena percentagem que obviamente foi calculado e portanto foram considerados todos os cenários nomeadamente os projectos agrícolas daquela zona que tem uma exigência muito grande. A percentagem do abastecimento de água é pouco significativa na demanda para o resto, portanto estamos convictos que haverá água para todas as situações. Quando são feitos estes estudos são considerados vários cenários e o abastecimento de água é aquele que exige uma maior percentagem de garantia, ou seja, tem que haver ao longo do período cerca de 98-99% de abastecimento de água para as populações. Nos outros casos, como a agricultura e agro-pecuária, essa percentagem é muito inferior, na casa dos 80-90%, mas estão assegurados os valores para isso. Obviamente que ninguém está salvaguardado caso haja dez anos seguidos de seca e seria inevitável haver água para toda a gente. Mas em períodos normais, dos ciclos normais que estão considerados, haverá agua. Mesmo para situações de pico ou de cheias ou de secas, não haverá escassez. Maria Ângela Manjate (Administradora da Moamba): Muito obrigada. Eu tinha algumas questões mas fui ultrapassada pelo Eng.º Daúde. Quero rectificar que Pessene não é vila mas também não é Localidade, é um Posto Administrativo, como isto vai para um documento oficial é melhor que se escreva Posto administrativo de Pessene. Também tenho uma dúvida em relação ao abastecimento de água à Moamba a partir desta conduta que vai ser colocada. No primeiro encontro que tivemos eu coloquei esta questão e deu-se a entender que a Moamba

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7753P01 COWI/FICHTNER MM

seria beneficiada mas aqui ainda não ouvi a resposta, não sei se é um recuo ou continuamos. Rui Lima (COBA): Conforme eu disse há pouco o traçado que foi considerado é para o abastecimento de água a todas as situações. Eu sei que neste momento Moamba está a construir o sistema de abastecimento de água paralelamente à Barragem de Moamba Major que também irá beneficiar o distrito. Carlos da Piedade (DNAIA/MICOA): Tenho questões a levantar em relação ao Plano de Desenvolvimento de Moamba. Temos Moamba-Major e os projectos agrícolas: como é que vão ser tratados? Foram levantados os impactos cumulativos deste projecto em relação ao Plano de Desenvolvimento de Moamba? A segunda questão que levanto é que, por esquecimento, não está anexo o Relatório de Instrução do Processo. Falta o relatório de caracterização do projecto para poder analisar as recomendações do impacto para o EIA que estão inseridas aqui. A terceira questão que eu levanto, que eu não ouvi aqui - talvez na fase da operação - são impactos relacionados com as falhas no sistema/abastecimento do sistema: como serão resolvidas/geridas? A quarta questão, que tipo de máquinas vamos utilizar na fase da construção e como serão abastecidas para a operação, para podermos ver se vamos ter derrames que vão afectar a contaminação dos solos e as águas subterrâneas? A última questão é a do reassentamento. Aconselho a manter o diálogo permanente entre os visados, interessados e afectados ao longo do projecto para superar outras situações. Talvez a criação de uma Comissão de Comunicação que integre os próprios líderes para ajudar, porque podemos registar um sítio que hoje não tem casa e amanhã termos uma casa. Isso pode facilitar o trabalho tanto no orçamento como na gestão dos conflitos. Yara Barreto (COWI): Com relação aos impactos cumulativos, todas as estratégias e planos de desenvolvimento relevantes foram analisados para contextualizar melhor este projecto. No impacto cumulativo nós analisamos também a barragem Moamba-Major, mas pela localização da barragem não foram identificados impactos significativos. Nesta apresentação colocamos somente os impactos altos e muito altos, portanto tudo o resto foi analisado por fases, por processo, por meio, como vocês viram por meio biótico. Esta fase foi concluída com documentos adicionais que foram analisados. Os potenciais derrames da maquinaria também foram considerados. Ilundi Cabral (COWI): Sobre o reassentamento queria adicionar que fizemos o trabalho de levantamento com os Secretários de Bairro e Chefes de Quarteirão - sobretudo com estes últimos. Eles andaram connosco de casa em casa e foi um trabalho bastante pacífico, à excepção de uma ou outra casa, as pessoas foram abertas porque viam que estávamos com o Chefe do Quarteirão. Fizemos também um trabalho de recolha de dados qualitativos em reuniões em grupo com a população, além dos momentos anteriores de consulta pública. Portanto já temos aberto o canal com os líderes locais, porque realmente não podemos entrar no terreno sem eles, e vamos continuar a usar este canal no futuro.

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Nordino Ticongolo (FIPAG): Relativamente ao Plano de Reassentamento nós acolhemos a sugestão de mantermos um diálogo permanente com as pessoas afectadas. Está-se a terminar agora o Plano de Reassentamento. No mês de Dezembro tivemos uma missão do Banco Mundial e fizemos a reavaliação do projecto todo, foi concluído que daquelas duzentas e tal famílias, cerca de 15 famílias é que de facto seriam afectadas. Mesmo assim há um esforço adicional que deve ser desenvolvido para que esse número de 15 baixe ainda mais. Aquele número de duzentos e tal assusta, mas há um esforço que está sendo desenvolvido para que sejam afectadas menos pessoas ainda dentro da área do projecto. Uma das alternativas que está sendo pensada é a de Matola Gare-Machava Socimol km 15, naquele troço está sendo proposto que a tubagem siga mesmo o pavimento da estrada para evitar afectar propriedades. Estamos em fase muito avançada de negociação com a ANE para que este objectivo seja alcançado; se conseguirmos colocar a tubagem na plataforma da estrada muitos impactos que foram ali arrolados serão quase anulados. António Mirasse (CRA): A minha questão é relacionada com o impacto social. Na análise que se faz sobre a saúde, ela incide sobre a saúde dos trabalhadores durante a construção. A captação está a 94 km de Maputo, a estação de tratamento está a 80 e poucos km, quase a mesma distância. Durante o período de exploração não sei quantos trabalhadores se prevê permanecerem no projecto e qual é o impacto previsto do ponto de vista de saúde. Aqui fala-se da propagação do SIDA: historicamente sabe-se que trabalhadores que ficam isolados durante uma semana em zonas remotas como é o Sabié, procuram se arranjar lá mesmo. O que está previsto como impacto e medida de mitigação? Existe a questão da Estação de Tratamento, dos depósitos de controle. Estou a falar do SIDA como outros impactos colaterais da permanência das pessoas. Existem previsões de construções de casas para estas pessoas levarem suas famílias para lá para evitar esta situação? Yara Barreto (COWI): os impactos de saúde e segurança foram organizados para os trabalhadores e para as comunidades, em todas as fases do projecto. Foi analisado sim o impacto do HIV – SIDA e outras doenças de transmissão sexual. Não foi considerado alto nem muito alto e as medidas de mitigação passam por campanhas de consciencialização, distribuição de preservativos e encorajamento de testagem. António Mirasse (CRA): Desculpa a insistência, a minha questão não incide mais sobre os trabalhadores sazonais, eu estou a falar daqueles que vão viver lá porque isso implica medidas permanentes. Yara Barreto (COWI): Nesta fase ainda não se sabe com certeza quem se vai contratar. Quando se for a contratar, aí serão obviamente consideradas porque o estudo de impacto indica que este ponto deve ser considerado. Quando se contratar, aí se realmente o trabalhador for de uma outra área e tiver a família, será então discutido como irá funcionar. Mas nesta fase não sabemos se os trabalhadores na fase da operação irão ser de fora ou irão ser das proximidades. Mas o estudo indica que isto é uma preocupação e tem que ser considerado.

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Carlos da Piedade (DNAIA/MICOA): Acho que o projecto podia prever dar prioridade aos locais. Nordino Ticongolo (FIPAG): Relativamente aos trabalhadores da Estação de Tratamento, estamos a considerar se serão construídas casas ou não. É um projecto social associado, naturalmente que vamos ter que discutir com as autoridades do distrito de Moamba porque para além dos 10 hectares para a Estação de Tratamento e todas as infra-estruturas afins, temos essa necessidade de agregar infra-estruturas sociais associadas. O consultor falou inicialmente de 35 a 40 pessoas que estarão a trabalhar a tempo inteiro na Estação de Tratamento, é um número considerável. Esta ideia (da construção de casas) está sendo discutida ao nível do FIPAG. Yara Barreto (COWI): Isto é recomendado no estudo, a priorização dos quadros locais ao invés de deslocar as pessoas de um ponto distante. Se houver capacidade técnica no local a prioridade deve ser a contratação de mão-de-obra local. Os procedimentos do recrutamento irão ser desenhados e as nossas recomendações são de priorizar a mão-de-obra mais próxima ao local do projecto. Em caso de haver necessidade de capacitação também temos uma recomendação sobre isso para ser dada e quais são os critérios a serem considerados. Como eu disse nesta fase não se sabe quantas pessoas vão candidatar-se e ser seleccionadas, quando aparecer a vaga vamos considerar esses pontos todos. Ilundi Cabral (COWI): Esta questão já havia sido levantada na fase do EPDA, sobre recrutamento. Eurico Macuácua (ARA-Sul/UGBI): Tenho algumas questões de esclarecimento da apresentação. A colega falou que havia terras húmidas que possivelmente seriam afectadas, eu não consegui perceber muito bem qual seria o tratamento a ser dado, dado o elevado risco de cheias que é provocado pela degradação deste tipo de ecossistema. A segunda pergunta tem a ver com os impactos: olham mais para o lado da conduta, desde o seu percurso de Corumana até aqui, e eu não cheguei a perceber se foi identificado algum impacto da Estação de Captação em si que será montada em Corumana, se terá algum impacto sobre a barragem. Dependendo do tipo de Estação de Tratamento as máquinas a serem usadas terão algum risco de contaminação ou de derrame de alguma substância para o lago. A terceira questão é sobre a população que será abastecida pela água ao longo da conduta. A água será abastecida sem custo a esta população? É uma população sem grande capacidade de compra, eu queria ter uma clareza em relação a isto, se será distribuída só de graça ou não. A quarta questão, que já havia sido levantada numa outra reunião, é que aumentar a disponibilidade de água para a população ao longo da conduta traz um outro impacto que é o saneamento. Queria saber se terão ido ver um pouco mais sobre esta questão ou não consideraram-na. Almeida Guissamulo (COWI): Identificamos várias terras húmidas ao longo do percurso da trajectória da Machava até Corumana e para cada tipo de terra húmida nós delineamos um conjunto de medidas de mitigação. Há casos de lagoas e pântanos que priorizamos que não fossem perturbados e para os quais sugerimos a alteração da trajectória. Mas temos algumas terras húmidas que são as áreas de inundação ao

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longo dos rios, essas não temos como evitar. No caso do rio Matola, usando a faixa onde as linhas de alta tensão cruzam o rio Matola, uma das propostas é de enterrar a conduta ao longo dessa faixa. Para o rio Incomati sugere-se que se evite o impacto fazendo passar a conduta ao lado da ponte. Os pântanos e lagoas, principalmente os que a população usa para o consumo de água, sugerimos que a conduta evitasse perturbar essas terras húmidas. O ponto de captação na Barragem de Corumana já existe, a construção da barragem já previa uma infra-estrutura de captação, onde a conduta será ligada. O que tem que se fazer é unir a conduta a esse ponto, então o nível de danos em termos do ambiente são muito restritos. Este ponto é mesmo próximo da barragem, existe abaixo da barragem um ponto de ligação pre-existente, então a captação não será a jusante na margem do rio Sabié abaixo da barragem, vai ser próximo da barragem num ponto que já existe pré definido. Eng.º Daúde Carimo (DNA): é a montante ou a jusante? Almeida Guissamulo (COWI): é a jusante da barragem, imediatamente junto a estação hidroeléctrica. Esta imagem (mostra imagem) mostra o local de captação pré-construído na altura da construção da barragem. Eurico Macuácua (ARA-Sul/UGBI): A minha questão estava relacionada com a parte da bombagem. Almeida Guissamulo (COWI): Sim, a bombagem vai ser feita após a captação numa área que pertence a barragem e que está a jusante, abaixo da barragem. Existe uma área que anteriormente era utilizada como acampamento dos trabalhadores e área de trabalho de maquinaria, portanto é uma área que já foi previamente perturbada. Essa área será transformada em local de bombagem e é propriedade da Barragem (UGBI). Nordino Ticongolo (FIPAG): Relativamente ao atravessamento das zonas húmidas, o que foi considerado também é que o atravessamento, sobretudo no rio Incomáti e no rio Matola, será feito no período seco em que os caudais dos rios estão relativamente baixos para poder facilitar toda a operação de implantação da tubagem. Em relação ao rio Incomáti, há dois cenários em estudo: um cenário é articular a tubagem na ponte que já la existe, o outro é implantar a tubagem no subsolo por baixo do rio. Yara Barreto (COWI): a contaminação do solo e das águas subterrâneas devido a derrames também foi analisada no EIA. Não foi considerada um impacto alto ou muito alto. É uma área que já foi utilizada e vai ser reaproveitada. As instalações eventualmente serão destruídas para construir a própria captação. Em termos do saneamento, obviamente que haverá por isso é que nas nossas recomendações nós colocamos campanhas de consciencialização de higiene e saneamento coordenação entre diferentes actores sinergias para também se ter em conta. Em relação ao custo da distribuição de água, a distribuição a custo zero nunca é viável. Como é que depois faz a manutenção do sistema? Há sempre algum custo. O que nós recomendamos no EIA é a coordenação do custo e a alocação de subsídios para as famílias mais carenciadas. Mas

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tem sempre que haver algum custo, o sistema tem que ser sustentável e para a sustentabilidade tem que haver manutenção, não há manutenção sem custos. Nordino Ticongolo (FIPAG): Relativamente a esta questão se a água será distribuída de forma gratuita ou não, a água sempre tem algum custo a ser considerado. Neste momento em que o projecto está a ser reformulado, há vários cenários que estão sendo considerados, mesmo para a questão do abastecimento a Moamba. Um dado adquirido é que as pessoas vão se beneficiar desta água, mas ainda há um trabalho complementar a ser finalizado. Naturalmente estas questões de água são sensíveis e há que tomar todos os cuidados para conseguir conciliar este objectivo de fornecer água de forma sustentável.

Manuela Abreu (DNA): Queria comentar sobre a questão da água grátis. Seria interessante recorrer a alguma literatura ou estudo feito naquela região sobre a capacidade de pagar das pessoas, para perceber como é que isto vai ser sustentado. Como bem disse o meu colega, temos a questão do próprio sistema, os operadores, etc. A segunda questão que eu gostaria de partilhar é a coordenação na altura da construção. O FIPAG já respondeu que está negociando com a ANE; temos também a EDM e as Telecomunicações. A questão das escavações, como é que as nossas vilas vão ficar - quem vai se responsabilizar no fim para fechar os buracos? Preciso perceber se há um estudo que foi feito ali naquela zona sobre a capacidade de pagar aquela água porque a água não é grátis, tem custos. Estamos a usar o princípio de procura, não estamos em tempo de oferta; temos que compensar as duas partes: dar água mesmo às pessoas carenciadas com um subsídio que é compensado pelos outros que pagam A terceira questão é o reassentamento e as compensações. Percebi que está ainda a ser elaborado o projecto, mas quais são as diferentes modalidades: vamos dar dinheiro as pessoas, vamos dar casas? Qual é a melhor opção a usar aqui? Já vimos em muitos lugares a gente dar dinheiro às pessoas e elas não constroem as casas, passado algum tempo voltam de novo. Temos o exemplo aqui em frente a portagem, aquela zona de Xinhambanine as pessoas levaram dinheiro e voltaram de novo. É preciso olhar o que é que é melhor aqui para garantir que as pessoas tenham as melhores condições de vida e não fiquem pior do que estavam antes. Ilundi Cabral (COWI): Estamos a considerar diferentes modalidades, a serem aplicadas caso-a-caso consoante os activos afectados e as preferências do proprietário. Ilídio Samuel (Cervejas de Moçambique): falou-se que a passagem em alguns rios só poderá ser feito na altura seca e a conduta será subterrânea. Não sei se já foi estudada a assistência técnica dessa conduta, em caso das inundações é uma coisa subterrânea, não entendo porque não uma via aérea que possa visualizar cada problema dessa tubagem. Na parte entre Machava Km 15 até mais ou menos o Baião, vai ser no meio da estrada? Qual é a profundidade e qual é o impacto que há-de acontecer com as vibrações? Lá há muitos camiões e a conduta sobrecarregada. Não sei qual é o caudal - na primeira reunião acho que

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falaram de caudal so não estou a ver qual é que é – mas qual seria o impacto? Uma ruptura numa tubagem desta no meio da estrada é um caos sério. Rui Lima (COBA): a conduta enterrada tem um benefício muito grande que é protecção contra a vandalização. O facto de a conduta não estar acessível a toda a gente protege a conduta e se estamos a falar de uma conduta de abastecimento de água queremos preservar ao máximo possível para que as características da água de abastecimento sejam as melhores possíveis. Com ela enterrada conseguimos de alguma forma garantir a manutenção. Relativamente às reparações, na nossa opinião é melhor não seguir a estrada, mas atendendo às afectações que as zonas limites iriam implicar à opção estará a cair numa longa estrada. Portanto há ali o compromisso de afectação imediata das populações versus a sua não afectação. Obviamente haverá preocupações se houver uma ruptura, há que haver o condicionamento das estradas naquela zona, há que haver desvios, mas isso será na fase de construção. Eng.º Daúde Carimo (DNA): Duas questões importantes: na fase em que está este estudo já deveria indicar números aproximados. O meu colega falava aqui sobre os impactos da população, neste momento nós deveríamos ter já um número de quantas pessoas eventualmente serão empregues na fase pico da obra dessa conduta, porque estamos perante uma situação de ter obras no Sabié, na barragem, em Pessene e na Machava. É preciso que nos indique o número para poder ver se de facto aquelas pessoas que hão-de vir são mão de obra especializada, mão de obra local. É evidente que o estudo indique 70% de mão de obra local e 20% de pessoas de fora, mas as pessoas que vem para essas zonas - Sábie, Corumana, Moamba - trazem seus hábitos de vida que podem de certa maneira afectar as populações da zona. Este estudo tem que de certa maneira fazer essa indicação. Hoje estamos a pensar instalar uma pequena unidade de controle em Pessene: na Matola foi a mesma coisa, quando a conduta veio de Umbeluzi instalou-se um pequeno aparelho, mas viu-se que não eram suficiente e hoje temos tanques enormes na Matola. Pelo nome que o projecto tem (também de certa maneira não foi nos explicado claramente) é preciso fazer uma previsão a longo prazo, daqui a 2017-2020 Pessene vai ter que ter forçosamente tanques ou depósitos elevados subterrâneos para justamente ter a Barragem de Corumana que abastece Maputo, ter Moamba-Major. Portanto, é preciso equacionar e conjugar o que é que são as duas obras até 2020. É preciso também pensar há um regulamento muito recentemente aprovado sobre reassentamentos. As empresas que fazem estudos de impacto ambiental não gostam do regulamento, mas é preciso começarmos a ver que este documento só serve se for aprovado pelo distrito. Se não é aprovado pelo distrito, o impacto sobre o Plano de Gestão Ambiental não funciona e não há obra nenhuma. É isto que é preciso levar a este tipo de consultas públicas, é preciso que comecemos a falar sobre este regulamento. Nem que sejamos os primeiros a implementar. O regulamento é muito claro sobre as modalidades de compensação e de reassentamento para evitarmos o problema de Cateme. Rui Lima (COBA): nós (COBA) estamos a desenvolver um projecto de engenharia, a Fitchner e a COWI com o Estudo de Impacto Ambiental e

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Social deram recomendações para nós fazermos alterações ao projecto. Em relação ao número de trabalhadores nós vamos falar com um empreiteiro e ele dirá quantas equipas e trabalhadores irão fazer a obra. Não estamos em condições de dizer quantos trabalhadores irão estar no local, e por isso prever em termos de impacto de saúde. Naturalmente numa fase posterior haverá condições para responder. O que foi feito neste momento do Estudo Ambiental é apresentar um conjunto de medidas e padrões que esse empreiteiro terá que cumprir. Isa Telles (COWI): Pode-se pensar que será mais de 100 ou menos de 300 trabalhadores, mas não se tem certeza de quantos vamos usar. Rui Lima (COBA): Podemos fazer com 300 trabalhadores, como também com 200 e pode chegar aos 100. É variável. Yara Barreto (COWI): Nós cumprimos com todos os requisitos legais e consideramos em pleno este regulamento. Tivemos inclusive encontros com o MICOA para a correcta interpretação do regulamento e o mesmo foi devidamente implementado. Carlos da Piedade (DNAIA/ MICOA): O que está a dizer o engenheiro é correcto, porque antes da aprovação nós emitíamos os dois regulamentos em paralelo, portanto corria o Estudo de Impacto e o Plano de Reassentamento. Não se condicionava a aprovação do Estudo do Impacto Ambiental à apresentação do Plano de Reassentamento, mas agora já é o contrário: tem que ser o Plano de Reassentamento, para se saber onde vai realocar as pessoas. Correm os dois processos em paralelo. Eng.º Daúde Carimo (DNA): Por mais que a gente queira fazer aspectos sociais ou responsabilidade social, mas ninguém pode sair daqui a pensar que vamos dar água de borla, a água tem seu custo. Estamos aqui numa consulta pública, as pessoas podem sair daqui e dizer “naquela reunião sobre impacto ambiental da conduta Corumana-Maputo alguém disse que vamos ter água de borla”. É preciso ser muito claro: não há agua de borla. Haverá vários estudos, a minha colega disse que haverá um estudo da vontade de pagar, o meu colega Nordino disse que estão a analisar mas é preciso ser claro: não há água de borla. Carlos da Piedade (DNAIA/ MICOA): O processo tecnológico do trabalho dá-nos a possibilidade de prever os impactos que podem ocorrer, o número e tipo de máquinas; o que pode influenciar a contratação de pessoas. Assim poderemos ver mais ou menos quantas pessoas estarão envolvidas, para facilitar o trabalho da equipa de consultoria. Se a consultoria não conhece mais ou menos o número que será mobilizado para prevenir alguns impactos que são fatais, estou a falar de áreas sensíveis, áreas húmidas. Não sabemos quantas máquinas vão passar nessas áreas húmidas e como é feita a relação dessas máquinas com o solo. Isso tudo facilita a nós também como autoridade de avaliação para ver se esse projecto é viável ou não. Rui Lima (COBA): Nós enquanto consultores do desenvolvimento do projecto não estamos a seleccionar equipas. Apresentamos um número que achamos exequível, mas quem estuda a obra para construi-la poderá ter outro tipo de equipamentos muito mais adequados. Muitas vezes o que

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acontece é que o empreiteiro apresenta soluções de construção diferentes daquilo que era a concepção da obra. Depende do construtor e das capacidades que esse construtor tem. Obviamente que isso passará também por uma avaliação. O FIPAG tem consigo equipas técnicas que vão avaliar essas propostas. Maria Ângela Manjate (Administradora do Distrito da Moamba): Existe o Plano do Distrito, que temos que levar a cabo - com ou sem água. Com água a pressão será maior e acredito que as pessoas irão sair aqui da cidade para se instalar lá. Ilundi Cabral (COWI): Uma chamada de atenção, para o ordenamento territorial.´ Maria Ângela Manjate (Administradora do Distrito da Moamba): Todas as instituições que fazem parte deste projecto, por exemplo o Município da Matola, elas já foram ouvidas? Este encontro é para quem? Não vejo ninguém da Matola aqui. Ilundi Cabral (COWI): O FIPAG tem envolvido as instituições da Moamba e da Matola. As instituições estão informadas e envolvidas, apesar de muitas não estarem presentes aqui hoje. Depois da reunião de hoje vamos ter mais três reuniões ao nível das comunidades na Machava, Moamba e Sabié. Esta reunião era dirigida às autoridades a nível central.