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COLEGIADO DE ENFERMAGEM Juarez Dias Rocha Tadeu Dias Rocha

Estudo Caso Anemia Falciforme

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estudo de caso anemia falciforme

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Page 1: Estudo Caso Anemia Falciforme

COLEGIADO DE ENFERMAGEM

Juarez Dias RochaTadeu Dias Rocha

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FTC – FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS

COLEGIADO DE ENFERMAGEM

DISCENTES: Juarez Dias Rocha, Tadeu Dias Rocha ARTICULADORA: Elisama DISCIPLINA: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

2.

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Anemia Falciforme

ESTUDO DE CASO, APRESENTADO PARA A DISCIPLINA DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 2, COMO AVALIAÇÃO PARCIAL DA I UNIDADE.

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INTRODUÇÃO Este trabalho busca estudar as patologias de um

determinado paciente, para analisar os cuidados e os medicamentos utilizados na unidade hospitalar, a partir do prontuário, tendo como decorrência a avaliação da qualidade de vida do paciente. Abordando quais são as suas patologias, o que vem a ser a anemia falciforme, como é feito o tratamento, como o portador reage diante dos problemas relacionados à doença, como: aspectos psicológicos, sociais, e metabólicos. Visando esclarecer alguns fatores acarretados pela doença.

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HISTÓRICO DO PACIENTE

Paciente T.O. 19 anos, do sexo feminino, solteira, estudante, de religião católica natural de Iaçu - Ba. Foi admitida na emergência vindo deambulado e acompanhada pela mãe, com provável diagnostico de anemia falciforme, em uso de cateter venoso periférico infundindo SF 0,9 % em MSD fluindo bem, orientada no tempo e espaço, emocionalmente abatida e desanimada por ter que ficar internada em hospital, apresenta pele cianotica. Ao exame físico, normocefálico, couro cabeludo integro e limpo, pavilhão auditivo limpo e integro mucosa oftálmica hipocrômica, pupilas isocóricas e foto reagente, escleróticas ictéricas, septo nasal simétrico e sem sujidades, lábios hidratados, cavidade bucal higienizada e integra pescoço com mobilidade mantida, ausência de gânglios palpáveis na região submaxilar e Antero posterior do pescoço, glândula tiroídeana não palpável. Tórax simétrico e expansivo, mamas simétricas, pulmões limpo a ausculta, batimentos cardíacos rítmicos e bulhas normofonéticas, abdome flácido e indolor a palpação, a percussão timpânica, com ruídos hidroaéreos presentes. MMSS com mobilidade e força mantida, rede venosa visível e palpável extremidades cianóticas. Genitália sem anormalidades (SIC) com eliminações intestinais e vesicais presentes (SIC). MMII com mobilidade e força mantida, rede venosa visível e palpável, extremidades cianóticas. Nega qualquer tipo de alergia medicamentosa, estando em uso de acido fólico VO 1x ao dia. Informa possuir anemia falciforme desde criança, herança de seus genitores, porém só descobriu a doença há 8 anos. Afirma que seus genitores possuem o traço falciforme e que possui outros dois irmãos de onze e treze anos com a mesma patologia.mudaram-se recentemente para a cidade de Vitoria da Conquista a três meses e ainda não procurou um especialista para dar continuidade ao tratamento.Relata que começou a sentir dores abdominais e nos MMII aproximadamente a dois dias, procurando a emergência do H.G.V.C.para cuidados. Aferidos SSVV: T: 36,5ºC; P: 86 Bpm; FR: 20 inc\min e PA:110x80 mmhg, altura 1 metro e 68 cm, peso 65kg.

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PATOLOGIA Anemia Falciforme:

Tem origem desconhecida

No Brasil estima-se que 3 de cada 100 pessoas são portadoras de traço de Anemia

Falciforme

1 em cada 500 negros brasileiros nasce com a doença

É uma patologia genética e hereditária

Causada por anormalidade de hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue

Glóbulos vermelhos perdem a forma discóide, enrijecem-se e deformam-se, tomando a

forma de “FOICE”.

Os glóbulos deformados, alongados, nem sempre conseguem passar através de

pequenos vasos, bloqueando-os e impedindo a circulação do sangue nas áreas ao redor.

Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor.

O curso da doença é variável. Há doentes que apresentam problemas com mais

frequência e outros têm problemas esporádicos de saúde.

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Diagnostico: O diagnóstico de anemia falciforme deve ser

considerado, principalmente em pacientes de cor negra que se apresentem com anemia hemolítica.

Inicialmente, pode-se lançar mão de um exame inespecífico como o hemograma, que normalmente revela anemia na maioria das vezes normocrômica e normocítica (podendo ser hipócrônoca e eventualmente macrocítica), além de sinais indiretos de hemólise caracterizados por hiperbilirrubinemia indireta e retilocitose. Leucocitose com neutrofilia moderada não necessariamente relacionada à infecção e tyrombocitose completam o quadro hematológico

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Sinais e sintomas:

Há a presença de todos os sintomas clássicos da anemia comum, que são causados pelo déficit de hemácias (uma vez que elas têm vida útil muito curta). Desses podem-se citar fadiga, fraqueza, palidez (principalmente nas conjuntivas e palmas das mãos - o que torna bastante difícil a visualização, já que estas geralmente são as únicas partes que permanecem claras em indivíduos mais escuros, mesmo quando os mesmos estão em situação de plena normalidade médica).

 há uma gama de sintomas característicos da anemia falciforme aguda, que são causados pelo aumento da viscosidade sanguínea que é a aglomeração de hemacias doentes. Por causa disso pode haver formação de trombos (coágulos) nas mais diversas áreas do organismo, com défice do transporte sanguíneo para a área. Em regiões musculares ou conjuntivas, isso pode causar crises de dor intensa.

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Tratamento:O único tratamento curativo para a anemia falciforme é o transplante de medula óssea. Este tratamento, no entanto, foi realizado em um número relativamente pequeno de pacientes ao redor do mundo, com maior taxa de sucesso entre crianças. Ainda é necessário um número maior de estudos e a determinação de características clínicas que permitam indicar o transplante com maior segurança. Alguns trabalhos experimentais tem sido feitos com terapia gênica.

Durante crises, deve ser administrada hidratação intravenosa e analgesia preferencialmente com opoióides. .Toda crise dolorosa tem de ser avaliada como prenúncio de complicações graves, como a síndrome torácica aguda. O tratamento deve evitar hiper-hidratação e hiper-sedação e privilegiar a fisioterapia respiratória.

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PRESCRIÇÃO MÉDICA SF a 0,9% 1.000 ml 45 ml /h; SG a 10% 500 ml, IV 21 ml/h; Dipirona 1 ampola IV de 6/6 h. se temperatura > 37,8°C; Plasil 1 ampola IV de 8/8 h. se vômito; O2 sob cateter nasal 3 litros/ min. ; Dieta branda ; Ranitidina 50mg IV de 12/12 h.; Tramadol 100 mg, + SF 0,9 % 100 ml IV de 8/8 h.;

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Apresentação: Comprimidos de 75mg, 150mg ou 300mg. Frascos

com 100 ml ou 120 ml de xarope. Ampolas com 2 ml ou 5 ml de

solução injetável. Bolsas para infusão IV com 50 mg/ 100 ml.

Indicação: profilaxia e tratamento de úlceras gastroduodenal;

esofagite e refluxo; profilaxia de pneumonite de aspiração;

hemorragia GI alta e outras.

Mecanismo de ação: Inibe a secreção, basal ou estimulada, do suco

gástrico através da redução do volume da secreçãoe de seu

conteúdo em ácido e pepsina. Usada como cloridrato.

Contra- indicação: Hipersensibilidade; lactação; use

cuidadosamente nos casos de disfunção hepática ou renal.

Reações adversas: alopecia; genecomastia; impotência; perda da

libido, constipação, diarréia, náusea, vômito, dor abdominal,

hepatite, cefaléia, tontura etc.

APRESENTAÇÃO DAS MEDICAÇÕES RANITIDINA (RANITION)

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Apresentação: Cloridrato de Tramadol: Cápsulas de liberação

prolongada de 50mg ou 100mg. Ampolas com 1ml ou 2ml de

solução injetável. Frascos com 10ml de solução oral (gostas).

Indicação: tratamento da dor moderada a grave.

Mecanismo de ação: Liga-se com os receptores opióides.

Inibe as recapturações de serotonina e norepinefrina no

SNC.

Contra- indicação: Hipersensibilidade; pacientes com

dependência física com opióides; gestação ou lactação; use

cuidadosamente em casos de epilepsia ou fatores de risco

para convulsões; pacientes geriátricos (dose máxima;

300mg/dia em pacientes >75 anos). Cranças >16 anos, e

outras.

Reações adversas: Vaso dilatação; sudorese; constipação;

náusea; dor abdominal; boca seca; flatulência; vômito;

distúrbios visuais; convulsões; tontura e outras.

APRESENTAÇÃO DAS MEDICAÇÕES TRAMAL

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Apresentação: comprimido de 10mg. Ampolas com 2 ml ( 10 ml ) de

solução injetável. Frascos com 120 ml de xarope. Supositórios de

5mg ou 10 mg.

Indicação: Prevenção do vômito após quimioterapia; Exames

radiológicos do trato GI; Gastroparesia diabética; Náusea ou vômito

no pós- operatório e outros.

Mecanismo de ação: Estimula a motilidade do trato GI sem, com

tudo, estimular as secreções gátrica, biliar e pancreática. Relaxa o

esfíncter pilórico. Usada como cloridrato.

Contra- indicação: Hipersensibilidade; hemorragia GI; Epilepsia; use

cuidadosamente nos casos de câncer de mama e lactação.

Reações adversas: Hipertensão transitória; diarréia; inquietação;

sonolência; insônia; tontura; ansiedade etc.

APRESENTAÇÃO DAS MEDICAÇÕES

PLASIL (METOCLOPRAMIDA)

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APRESENTAÇÃO DAS MEDICAÇÕES

DIPIRONA:

Apresentação: comprimidos de 320 mg e 500 mg. Frascos com 10

ml, 15 ml ou 20 ml, ( 500 mg/ml) de4 solução oral gotas.

Indicação: Antitérmico, também pode ser usado como analgésico.

Mecanismo de ação: derivado da pirazolona com propriedades

analgésicas, antipiréticas e antiinflamatórias. Usado na forma de

sal sódico ou magnesiano. Usado na forma sódica e potássica.

Contra- indicação: Hipersensibilidade, glaucoma de ângulo fechado,

nefrites Crônicas, asmas e infecções respiratórias graves, gestação

e lactação etc.

Reações adversas: Erupções cutâneas, náusea, vômito, tremor,

edema, reações alérgicas e outras.

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SAE – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

PROBLEMA DIAGNÓSTICO RESULTADOS ESPERADOS

1. Perfusão tissular periférica

alterada

1. Perfusão tissular periférica alterada

relacionada à concentração

diminuída de hemoglobina no

sangue e transporte prejudicado do

oxigênio e evidenciada por

mudança da pressão sanguínea nas

extremidades;

1. Demonstrar melhora na

perfusão tissular, como

evidenciado por ausência de

dor e pulsos periféricos fortes.

2. Dor 2. Dor aguda, relacionada agentes

lesivos biológicos, evidenciados por

relato verbal de dor e evidencia

observada de dor;

2. O paciente deverá relatar alivio

satisfatório de dor após uma

intervenção evidenciada por

melhora da dor.

3. Risco de Infecção 3. Risco de infecção relacionada a

defesas secundárias inadequadas

(diminuição de hemoglobina,

leucopenia, supressão da resposta

inflamatória);

3. O paciente não deverá

apresentar infecções que

levem a piora do quadro

clínico.

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PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

DATA INTERVENÇÕES

(NIC)

PRESCRIÇÃO HORÁRIOS

02.05.201

2

Controle da dor Avaliar e registrar dor quanto à característica,

localização e intensidade (aplicar escala visual

analógica de 0 a 10) de 2 ∕ 2 horas.

08 10 12 14 16 18

20 22 24 02 04 06

Administrar O2 Observar a necessidade de oxigênio terapia e

administra-la, elevar o decúbito para melhor

ventilação.

  Controle dos sinais

vitais

Avaliar e registrar os valores de TPPR (Temperatura,

pulso, pressão arterial e respiração) em prontuário de

4 ∕ 4 horas.

08 12 16 20 24

04 08

Ofertar Hidratação Ofertar Hidratação EV e VO De acordo a prescrição

médica.

  Medicações Administrar medicações prescritas pelo médico. De acordo a prescrição

médica.

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EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Paciente, natural de Iaçu – Ba.

internada com crises de algia intensa em extremidades de MMSS e MMII devido ser portadora de Anemia Falciforme, refere, dificuldade de dormir, inapetência, em uso de SF 0,9 % em MSD fluindo bem, em ventilação espontânea com suporte de O2 em cateter tipo óculos, relata diurese e dejeções intestinais presentes e verbalizando com clareza.  

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos de observação como esse são de grande importância para o curso de graduação, pois proporciona a oportunidade de conviver com o espaço de atuação principalmente do enfermeiro, do médico e conhecer as suas práticas, e principalmente, expandir os horizontes a respeito dos diversos âmbitos que são necessários a presença do profissional de Enfermagem.

O trabalho foi realizado no HGVC (Hospital Geral de Vitória da Conquista), foi muito interessante para se conhecer um “novo” espaço, pois a partir deste meio de atuação e pelo reconhecimento da necessidade de intervenção, os próximos atendimentos a pacientes com a mesma patologia ali presente, poderão ser diferenciados. Será de grande valia tanto para autores do estudo de caso, como também para outros profissionais de saúde.

 

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AME, “Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem”. Rio de Janeiro, EPUB, 2009.

- NANDA. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificações, 2007-2008. (Org.). North American Nursing Diagnosis Association. Porto Alegre: Artmed, 396 p.2008.

- Brunner/Suddarth. 1980. Tratato de Enfermagem. 11ª ed. Vol.II. Rio de Janeiro. Guanabra Koogan. 2009.

- CHAVES, Lucimara Duarte. SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem: Considerações Teórica e Aplicabilidade. Martinari. São Paulo. 2009.