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____________________________________________ISSN 1983-4209 Volume 07– Número 02 – 2012

ESTUDO CIENCIOMÉTRICO E ETNOBOTÂNICO SOBRE UMA PLANTA MEDICINAL

DO CERRADO MAMA-CADELA (Brosimum gaudichaudii Trécul)

Murilo Luiz e Castro Santana1, Eduardo Ribeiro de Paula², Fabiana Mendes Rosa³.

RESUMO - A cienciometria pode ser definida como uma avaliação quantitativa das atividades

científicas e tecnológicas tendo como principal objetivo focalizar o número de citações que podem

ser usadas para identificar áreas emergentes, novas metodologias, ou mesmo a estrutura de vários

centros de pesquisa. Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo cienciométrico referente à

mama-cadela (Brosimum gaudichaudii Trécul.). Foi realizado através de pesquisas bibliográfico-

documentais, onde foram utilizadas várias publicações sobre o tema, como artigos, teses e

documentos usando o método de trabalho de cienciometria em sites especializados, no período do

ano de 2000 até os dias atuais. Foram encontradas 32 referências, analisadas para não haver

duplicação de dados, destes 9 eram publicações em revistas de diversas áreas do seguimento de

saúde e educação acadêmica, 1 era nota prévia, 2 eram notas científicas e o restante eram artigos

científicos (20). São necessários mais estudos a fim de ampliar os conhecimentos acerca da mama-

cadela, com foco na sua utilização no combate ao vitiligo.

Unitermos: Cienciometria, mama-cadela, Vitiligo.

SCIENTOMETRIC AND ETHNOBOTANY STUDIES OF A MEDICINAL PLANT OF

CERRADO MAMA-CADELA (Brosimum gaudichaudii)

ABSTRACT - Scientometrics can be defined as a quantitative assessment of scientific and

technological activities focus on the number of citations that can be used to identify emerging

areas, new methodologies, or even the structure of several research centres. This study aimed to

conduct a scienciometric study of mama-cadela (Brosimum gaudichaudii Trécul.). It was conducted

by bibliographical-documentary researchers, where it was used several publications about the

subject, such as articles, theses and documents using the working method of scientometrics in

specialized websites from 2000 to the present day. 32 references were found and analyzed to avoid

duplication of data, which nine were publications in several health and academic education

periodic, one was a preliminary note, two were scientific notes and the rest were scientific papers

(20). Further studies are needed to enlarge knowledge about mama-cadela, focusing on its use in

combating vitiligo.

Uniterms: Scientometrics, mama-cadela, Vitiligo.

INTRODUÇÃO

Há uma crescente preocupação com o monitoramento da produção científica, tanto no plano

nacional quanto no internacional, realizando-se atualmente estudos sobre esse assunto abrangendo

questões como dispersão, concentração e discrepância nas diversas áreas do conhecimento

(Andrade, 1997). Parte desta preocupação vem da dificuldade em se medir o real progresso

científico (Aarsen, 1999; Nobis, 2004).

1 Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas – Faculdade Anhanguera de Anápolis – Avenida Universitária, 683 -

Parque dos Eucaliptos Anápolis - GO – e-mail [email protected]

²Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas – Faculdade Anhanguera de Anápolis – Avenida Universitária, 683 -

Parque dos Eucaliptos Anápolis - GO – e-mail [email protected] ³Licenciada e Bacharel em Ciências

Biológicas – Faculdade Anhanguera de Anápolis – Avenida Universitária, 683 - Parque dos Eucaliptos Anápolis - GO

– e-mail [email protected]

mailto:[email protected]



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A cienciometria pode ser definida como uma avaliação quantitativa das atividades

científicas e tecnológicas tendo como principal objetivo focalizar o número de citações que podem

ser usadas para identificar áreas emergentes, novas metodologias, ou mesmo a estrutura de vários

centros de pesquisa (Strehl; Santos, 2002; Verbeek, et al., 2002). Sua importância se deve ao fato de

sua capacidade de analisar os aspectos quantitativos referentes à geração, propagação e utilização de

informações científicas, e de medir a produção científica de um país, de uma comunidade científica

ou de uma instituição (Meis; Leta, 1996).

Através dos bancos de dados é possível determinar se as taxas de citação para os artigos

publicados, em cada categoria estudada, estão aumentando ou diminuindo (Salvador, et al., 2003).

Os estudos da Mama-cadela iniciam na família Moraceae pertencente ao reino Plantae, sua

divisão é Magnoliophyta, de classe Magnoliopsida, da ordem Rosales, segundo Cronquist (1988).

É uma família botânica constituída de 75 gêneros e 1.550 espécies. Grande parte desses

gêneros são encontrados nas regiões tropicais. No Brasil existem 28 gêneros e 340 espécies, os mais

comuns dessa família são: jaqueira, fruta-pão, figueira, gameleira, e mata-pau, amoreira, mama-

cadela (Oliveira, 1997).

Família Moraceae, mesma do carapiá, dos Ficus spp., e de gêneros comuns na Mata

Atlântica, como Sorocea sp. que apresentam espinhos nas margens das folhas que espetam os pés

de desavisados que andam descalços pela mata. Também desta família, a amora (Morus sp.), a jaca

e a fruta-pão (Artocarpus spp.), são exemplos de espécies introduzidas no Brasil que são bem

conhecidas da população (Lorenzi; Matos, 2002).

Os principais gêneros da família Moraceae são: Antiáris sp, Antiaropsis sp, Artocarpus,

Bagassa sp, Batocarpus sp, Bosqueiopsis sp, Brosimum sp, Broussonetia sp, Castilla sp, Clarisia

sp, Craterogyne sp, Dorstenia sp, Fatoua sp, Ficus sp, Helianthostylis sp, Helicostylis sp, Hullettia

sp, Maclura sp, Maquira sp, Mesogyne sp, Metatrophis sp, Milícia sp, Morus sp, Naucleopsis sp,

Olmedia sp =(Trophis sp), Olmediopsis sp, Parartocarpus sp, Perebia sp, Poulsenia sp, Pourouma

sp, Prainea sp, Pseudolmedia sp, Scyphosyce sp, Sorocea sp, Sparattosyce sp, Streblus sp, Treculia

sp, Trilepisium sp, Trophis sp, Trymatococcus sp, Utsetela sp (Watson; Dallwitz, 1992).

A Brosimum gaudichaudii Trécul, (Trécul,1847) pode ser encontrada na forma de arbusto

ou arvoreta, atingindo até 4m de altura; possui ramos tortuosos e latescentes; folhas simples,

alternas, de consistência bem firme, com pecíolo - "cabinho" da folha - curto, face inferior

aveludada, nervuras principais amareladas na face superior, latescentes; a planta é monóica, ou seja,

possui flores unissexuadas no mesmo indivíduo; as flores têm coloração verde-amareladas, são

minúsculas, agrupadas na extremidade de pedúnculos pendentes das axilas das folhas, de maneira

especialmente característica da espécie; os frutos são drupas, compostas pelo desenvolvimento e

fusão dos ovários das diversas minúsculas flores reunidas, coloração alaranjada, alcançando 3 cm

de diâmetro, comestível ao natural ou na forma de sorvete e doces (Almeida, 1998).

Figura 01 - Registro fotográfico da espécie Brosimum gaudichaudii Trécul (Anápolis, GO)

121


A casca, entrecasca e as raízes da Mama-cadela são as partes mais utilizadas na medicina

popular (Almeida, 1998).

As plantas de Brosimum gaudichaudii Trécul. caracterizam-se pela produção abundante de

látex, sendo suas raízes, casca do caule e folhas amplamente empregadas na medicina popular em

várias regiões do país (Lorenzi; Matos, 2002).

A madeira, quebradiça, leve e macia, tem aplicações na marcenaria, sendo recomendável o

uso de indivíduos jovens na confecção de papel. Tanto as folhas como os frutos integram a dieta de

bovinos, o que lhe confere bom potencial forrageiro. Deve-se evitar retirar a Mama-cadela em

“limpezas” pastos, pois é ótimo complemento (Silva Junior, 2005).

A Mama-cadela é uma planta que ocorre em diversas partes do território brasileiro, mesmo

sendo mais comum no bioma Cerrado, existe também nos seguintes estados: Amazonas, Pará,

Maranhão, Ceará, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerias São Paulo, Paraná

e no Distrito Federal. Floresce entre os meses de junho e outubro; apresenta frutos maduros nos

meses de setembro e novembro (Silva et al., 1994).

É conhecida por outros nomes populares, tais como: algodãozinho, amoreira do mato, fruta

de cera, inharé e bureré, sua consistência é semelhante a uma goma, por isso apelidada de ‘goma de

mascar do campo’ por populares. (Ferreira, 1973).

Segundo Rodrigues e Carvalho (2001), a planta muito utilizada pelas populações do

Cerrado, como espécie medicinal contra gripes e bronquites, como depurativo do sangue e em má

circulação (Tabela 1).

Tabela 1 - Utilização medicinal da Mama-cadela.

INDICAÇÕES PARTE UTILIZADA PREPARO E DOSAGEM

a. manchas da

pele, vitiligo

a. casca de ramos e raízes a. decocto ou infuso: 1 xícara chá de

raiz e casca do caule picados, diluir em 1 litro

de água. Passar 2 vezes ao dia nas partes

afetadas.

b. depurativo do

sangue, na má

circulação do

sangue

b. ramos com folhas b. decocto, infuso ou no vinho seco: 1

xícara de chá de folhas e ramos picados para

1 litro de água ou vinho. Deixar repousar por

24 horas. Beber 2 xícaras de chá ao longo do

dia ou 1 copo de vinho ao dia.

c. gripes,

resfriados e

bronquites

c. toda planta c. infuso (vinho ou água): 1 xícara de

chá da planta picada para 1 Litro de vinho ou

água fervente. Deixar repousar por 24 horas.

Beber de 4 colheres de sopa do vinho ou chá

morno ao dia. Pode-se adoçar com mel.

Obs. Quando preparado com vinho, não deve

ser dado para crianças e a dosagem do chá

deve ser reduzida pela metade. Fonte: Rodrigues e Carvalho 2001.

Segundo Conceição (1980) é utilizada como meio de tratamento de doenças relacionadas

com a pele, como as manchas e o vitiligo, pode ser utilizado externamente por meio de pomadas e

cremes, quanto por chás e infusões e garrafadas. Barros (1982) relata a indicação também como uso

desintoxicante e depurativo do sangue.

A planta Brosimum gaudichaudii Trécul. é eficiente no tratamento de doenças como o

vitiligo nesta planta foram encontradas substâncias como as furocumarinas, psoraleno e bergapteno

eles possuem uma capacidade fotossensibilizante, tendo como efeito a repigmentação da pele. O

principal medicamento do tratamento contra o vitiligo se chama “Viticromin”. Esse medicamento é

122


fabricado partir da parte inferior do caule das raízes, o seu tratamento de eficácia nessa doença

ainda não está confirmado, por ser um produto de origem natural, não significa que esteja livre de

toxidades (Leão et al; 2005).

O Bergapteno, furocumarina encontrada em cascas, raízes e frutos verdes da Mama-cadela é

um princípio ativo já bem conhecido, sendo utilizado (em combinação com as vitaminas A, B1 e

B6) no tratamento do vitiligo e outras doenças que causam despigmentação na pele. Ainda que os

estudos científicos a respeito dessa substância não estejam concluídos, de fato vem-se observando a

repigmentação de áreas afetadas por vitiligo através de seu uso. Alguns laboratórios goianos,

paulistas e do Distrito Federal estão elaborando comprimidos, extratos, tinturas, pomadas e cremes

com base nesta planta, que é também recomendada em estados natural na forma de chás. Está entre

as plantas citadas por 90% dos raizeiros, em um trabalho etnobotânico realizado na região de

Goiânia (Leão et al., 2005).

O vitiligo foi descrito há mais de 3500 anos, primeiramente, no Egito (no Papiro de Ebers),

na Índia (no livro sagrado Atharva Veda) e na Bíblia, no antigo Testamento, era chamada de

“Zara’at”. Quanto à etiologia, o vitiligo ainda é uma doença de causa desconhecida. Não se pode

afirmar que tenha origem na predisposição genética, uma vez que esta só é observada em apenas

30% dos casos (Sant’Anna et al, 2003). Existem, porém, algumas hipóteses etiológicas que vêem o

vitiligo como uma resposta autoimune ou associado a fatores neurogênicos. É uma dermatose que

se caracteriza por manchas acrômicas, geralmente bilaterais e simétricas, que acomete o maior

órgão do corpo humano – a pele (Silva; Muller, 2007).

Como patologia autoimune, o próprio corpo gera uma reação que faz com que haja

destruição das células melanócitos, causando assim, extinção da pigmentação natural da pele. Os

melanócitos podem ser destruídos pela ação dos radicais livres ou de componentes tóxicos do

ambiente externo. A existência de uma reserva de melanócitos nos folículos pilosos, constituindo a

área não afetada pelo vitiligo, é um fator que deve ser considerado no processo de repigmentação

natural da pele (Fonseca; Prista, 2000; Elder; Lever, 2001; Steiner et al, 2004).

O vitiligo acomete cerca de 0,5 a 4% da população mundial, sendo que 50% dos casos se

iniciam antes dos 20 anos e 25% antes dos 10 anos. Seu aparecimento pode ser precoce, com alguns

relatos de casos com início nos primeiros seis meses de idade (Silva et al, 2006).

Muitas teorias tentam explicar a doença e, por isso, várias são as propostas de tratamento

que vão do uso de esteróides, fotoquimioterapia, terapia tópica, micropigmentação até terapia

cirúrgica. A terapia integral deve envolver o tratamento clínico e psicoterápico que contribuirão

eficazmente no processo de repigmentação da pele. Sendo que a psicoterapia consiste num

tratamento de distúrbio psicológico ou emocional mediante o estabelecimento de uma relação entre

profissional treinado e um ou mais pacientes, ajudando-os a tomarem condutas frente às situações

de estresse, para melhoria da qualidade de vida e até da própria pele (Kantorski et al, 2005; Silva;

Muller, 2007). O vitiligo é

uma dermatose que não leva à incapacidade funcional, mas causa grande impacto

psicossociocultural. Pode ser desfigurante, influindo negativamente na autoestima da pessoa,

sobretudo nos casos extensos e em pessoas de pele negra. Existem queixas de discriminação social,

sendo que muitas vezes as pessoas que apresentam vitiligo chegam a ser estigmatizadas, retardando

ainda mais o tratamento (Silva et al, 2006).

A exploração do Cerrado tem sido intensa, com forte ação predatória sobre as muitas

espécies vegetais nativas, o que vem contribuindo para a extinção destas, seja pelo extrativismo

sistemático, ocupações desordenadas, seja por atividades agrícolas intensas como instalações de

monoculturas, introdução de várias espécies exóticas e desmatamentos de extensas áreas (Ikuta,

1993).

123


A falta de conhecimento científico sobre a propagação de espécies do Cerrado é uma

realidade e se constitui um obstáculo ao aproveitamento da flora rica em plantas de interesse

econômico (Machado et al.,1986).

Devido à falta de conhecimento sobre espécie de Brosimum gaudichaudii Trécul. O único

trabalho que menciona sobre algum estudo relacionado com o potencial de germinação foi feito por

Añes et al, onde a temperatura foi o observada.

Apesar de Brosimum gaudichaudii Trécul., tratar-se de uma espécie comum nos cerrados

brasileiros, com grande valor na medicina tradicional e na indústria de medicamentos, o único

trabalho com enfoque estrutural encontrado em literatura foi o de Fidelis, et al. (2000) que descreve,

de um modo geral, a anatomia de órgãos vegetativos desta espécie in vivo e in vitro, Fidelis, et al.

(2000) conclui com base nos estudos anatômicos realizados em Mama-cadela (Brosimum

gaudichaudii Trécul.), foi observado que as estruturas desenvolvidas “in vitro” e “in vivo”

apresentaram organizações anatômicas diferentes.

Este trabalho teve por objetivo realizar um estudo cienciométrico referente às publicações

referentes sobre os termos Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii Trécul.) e também suas

contribuições no tratamento de doenças dérmicas, dos Sistemas Circulatório e Respiratório e com o

principal foco no vitiligo, que é a doença onde mais se utiliza as substâncias químicas presentes em

todas as porções das plantas da espécie Brosimum gaudichaudii Trécul.

MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho de pesquisa foi realizado através de pesquisas bibliográfico-documentais, onde

foram utilizadas várias publicações sobre o tema, como: artigos, teses e documentos científicos,

usando o método de trabalho de cienciometria em sites especializados sobre o assunto abordado

neste trabalho, o período de tempo somente foi avaliado para que se pudesse medir através dos

dados coletados se ouve taxa de crescimento e/ou diminuição de publicações referentes à espécie.

ANÁLISE DE DADOS

Foram calculadas as seguintes freqüências de aparecimento das palavras Mama-cadela e

Brosimum gaudichaudii Trécul., nas seguintes situações: (a) Título; (b) Índice; (c) Introdução; (d)

Palavra-Chave; (e) Resumo; (f) Desenvolvimento do trabalho; (g) Materiais e Métodos; (h)

Resultados e discussões; (i) Considerações finais; (j) Objetivos e (k) Referências Bibliográficas. Os

dados foram compilados e analisados com o auxílio do programa Excel da Microsoft (2007).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram encontradas 32 referências, analisadas e para não existir duplicação de informações,

compilaram-se os dados para a verificação dos mesmos.

Destes 9 eram publicações em revistas de diversas áreas do seguimento de saúde e educação

acadêmica, 1 era nota prévia, 2 eram notas científicas e o restante eram artigos científicos (20)

(Figura 2).

124


0

5

10

15

20

25

Nota Científica Nota Prévia Revista Artigos

Publicações

Fre

qu

ênci

a

Figura 2- Freqüência de aparecimento dos termos em publicações.

Ao serem compilados os dados tornou-se necessário fazer uma tabela onde cada documento

científico fosse identificado com um número para tornar mais fácil o seu estudo e a compilação de

seus dados para o programa Excel (2007) que pode ser observada abaixo (Tabela 2).

Tabela 2. Relação entre o número do Documento Científico e seu Título.

Nº do Documento

Científico

Título do Documento Científico

1 A fitomedicina da feira em Campina Grande – PB.

2 Avaliação clínica toxicólogica preliminar do Viticromin® em

pacientes com vitiligo.

3 Sistemas Agroflorestais como Instrumento para o Desenvolvimento

Sustentável no Bioma Cerrado.

4 Características anatômicas de estruturas vegetativas de Brosimum

gaudichaudii tréc. desenvolvidas in vitro e in vivo.

5 Composição química de sementes das espécies florestais mamica-

de-cadela (Brosimum gaudichaudii Trec), marolo arbóreo (Annona

crassiflora Mart.), marolo rasteiro (Annona dióica St. Hil.), chichá

do cerrado (Sterculia a St. Hil. Ex Turpin) e imbuia (Ocotea

porosa (Nees) L. Barroso).

6 Crescimento de mamica-de-cadela (Brosimum gaudichaudii

Tréc.) em condições de adubação.

7 Alternativas de uso sustentável do Bioma Cerrado através de

práticas extrativas e agro extrativas.

8 Ensaio para detectar bergapteno na casca e no caule de Brosimum

gaudichaudii Tréc. através da produção de melanina em

actinomicetos.

9 Estabelecimento in vitro da Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii

Tréc.), uma planta medicinal do cerrado: uma alternativa viável

para a produção de compostos de interesse farmacêutico.

10 Estudo da toxicidade aguda e subaguda de brosimum gaudichaudii

trécul (Mama-cadela) em ratos (rattus norvergicus) p.o.

11 Levantamento etnobotânico de plantas medicinais no domíniodo

cerrado na região do Alto Rio Grande-Minas Gerais. Cont.

125


Cont.

12 Frutos do Cerrado – A influência dos frutos do Cerrado na

diversificação da gastronomia.

13 Avaliação do Efeito de Diferentes Substratos Sobre a Germinação e

o Crescimento de Plântulas de Brosimum gaudichaudii Trec.

(Mama-cadela).

14 Germinação de sementes de espécies medicinais do Cerrado.

15 Investigação de Saponinas nas Frações Orgânicas de folhas de

Brosimum gaudichaudii Trec. (Moraceae).

16 Plantas Nativas Potenciais para Sistemas Agroflorestais em Mato

Grosso do Sul.

17 O saber tradicional pantaneiro: as plantas medicinais e a educação

ambiental.

18 Frutos do Cerrado como sítios de criação de drosofilídeos (Insecta,

Díptera): Brosimum gaudichaudii (Moraceae), Byrsonima

verbascifolia (Malphighiaceae) e Caryocar brasiliense

(Caryocaraceae).

19 Levantamento das Plantas Medicinais do Cerrado Sensu Stricto da

Fazenda Paraíso – Dourados, MS.

20 Acute toxicity of Brosimum gaudichaudii Trécul. Root extract in

Mice: determination of both approximate and median lethal doses

21 Ocorrência de Meloidogyne spp. E Fungos Nematófagos em

Hortaliças no Distrito Federal, Brasil.

22 Alternativas sustentáveis para a merenda escolar com o uso de

plantas do cerrado, promovendo educação ambiental.

23 Brosimum gaudichaudii Trecul (Moraceae): da planta ao

medicamento.

24 Feeding ecology of Pterodoras granulosus (Siluriformes,

Doradidae) in the Lajeado Reservoir, Tocantins, Brazil.

25 Dorstenia cayapia: Aspectos agronômicos.

26 Morfoanatomia e histoquímica de Brosimum gaudichaudii Trécul

(Moraceae).

27 Levantamento etnobotânico de plantas do bioma cerrado na

comunidade de Martinésia, Uberlândia, MG.

28 Crescimento inicial de espécies nativas do Cerrado em resposta a

calagem.

29 Abordagem etnobotânica da Mama-cadela (Brosimum

gaudichaudii Tréc) e seu potencial terapêutico na cura do vitiligo

30 Aspectos morfológicos de plantas jovens de Brosimum

gaudichaudii Tréc. (Moraceae) produzidas em condições

alternativas de cultivo.

31 Morfoanatomia e histoquímica de órgãos vegetativos e

reprodutivos de Brosimum gaudichaudii Trécul (Moraceae)

32 As plantas medicinais do município de Ouro verde de Goiás, GO,

Brasil: uma abordagem etnobotânica.

126


Com relação ao ano de publicação nota-se que o ano de 2008, teve maior publicação de

trabalhos que possuíam os termos “Mama-cadela” ou “Brosimum gaudichaudii Trécul.” em alguma

parte do trabalho publicado (6), ao identificar o trabalho com data de publicação - Não declarado –

foi feita uma análise em suas referências bibliográficas para verificar se existia algum indício sobre

o provável ano de sua publicação, quando foi observado que não existia qualquer referência quanto

ao ano de publicação, gerando o resultado como não declarado (Tabela 3).

Tabela 3 - Freqüência de publicação dos termos “Mama-cadela” ou “Brosimum gaudichaudii”

Anos de Publicação Quantidade

2000 1

2001 1

2002 4

2003 1

2004 3

2005 3

2006 3

2007 5

2008 6

2009 1

2010 1

Não Declarado 3

Total 32

Com relação aos países de publicação, observou uma totalidade de trabalhos publicados no

Brasil. Isso se deve ao fato da espécie Brosimum gaudichaudii Trécul., ser uma espécie da flora

brasileira, nativa do bioma Cerrado, pertencente à família Moraceae (Souza; Lorenzi, 2008).

De acordo com o estudo realizado todos os autores que trabalharam com essa espécie

publicaram trabalhos apenas uma vez, indicando que as pesquisas acerca da espécie ainda são

incipientes e sem comunicação entre os pesquisadores (Tabela 4).

Tabela 4. Relação dos trabalhos encontrados, juntamente com o ano e país de publicação e autores.

Número

do artigo

Ano de

publicação

País de

publicação

Autores

1 2010 Brasil José da Silva Barbosa, Clélio Barbosa Aguiar e

Eduardo Noberto Adamastor de Sousa.

2 2005 Brasil Anatel R. Leão; Luiz C. da Cunha; Leila M. L.

Parente; Lia C. M. Castro; Aiçar Chaul; Helena E.

Carvalho, Vânia B. Rodrigues, Marciley A. Bastos.

3 2004 Brasil José Felipe Ribeiro, Eny Duboc e José Teodoro de

Melo.

4 2000 Brasil Iraci Fidelis, Evaristo Mauro de Castro, José Eduardo

B.P. Pinto, Manuel Losada Gavilanes, Edson José

Artiaga de Santiago.

5 2002 Brasil Camila Regina Silva Baleroni, Mário Luiz Teixeira de

Moraes, Selma Maria B. Moraes, Cidinei Santos de

Souza , Marco Eustáquio de Sá.

6 2002 Brasil Suzana Magda Pimenta e Maria de Fátima Barbosa

Coelho Cont.

127


Cont.

7 - Brasil Diele Conceição Carvalho Domingos

8 2002 Brasil M.L.P. Neves; P.G. Ferreira Neto; S.M. Souza da

Silva; J.M. Araújo.

9 2005 Brasil Marcus Vinícius de Miranda Martins, Wanessa

Damazio de Lima e Kelly Damares da Silva Paula.

10 2004 Brasil Marcos E. P. e Amorim, Luiz C. da Cunha, Nusa A.

da Silveira.

11 2001 Brasil Valéria Evangelista Gomes Rodrigues e Douglas

Antônio de Carvalho.

12 2004 Brasil Elaine Telles Rodrigues.

13 2007 Brasil Alessandra Feijó Marcondes Viu, Emylia Angélica da

Costa, Marco Antônio de Oliveira Viu, Juliana Freitas

Silva e Letícia Zenóbia de Oliveira Campos.

14 2002 Brasil Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque, Maria de

Fátima Barbosa Coelho e Joana Maria Ferreira

Albrecth.

15 2008 Brasil Carla Soares Godinho, Juliane Caroline de Moura

Rocha, Diego Cézar Lopes, Cíntia Sorandra Oliveira

Mendes, Dario Alves de Oliveira.

16 2003 Brasil Arnildo Pott e Vali Joana Pott.

17 2006 Brasil Germano Guarim Neto.

18 2007 Brasil Roberta Rocha de Figueiredo.

19 2007 Brasil Zefa Valdivina Pereira, Cezesmundo Ferreira Gomes,

Gilberto Lobtchenko, Maria Elizabete Soares Gomes,

Paulo Diniz de Almeida Simões, Ruam Pedro Shoity

Saruwatari, Vagner Freitas Rigo e Weverton do Prado

Cordeiro.

20 2008 Brasil Luiz Carlos da Cunha, José Realino de Paula,

Vinícius Augusto de Sá, Marcos Evaristo da Paixão e

Amorim, Isabel Cristina Medeiros Barros, Luiz

Augusto Batista Brito, Nusa da Silveira

21 2008 Brasil Regina M.D.G. Carneiro, Maria R.A. Almeida, Irene

Martins, Janaína F. Souza, Alípio Q. Pires & Myrian

S. Tigano.

22 2008 Brasil Daniele Lopes Oliveira, Cleonice Rocha.

23 2005 Brasil Pozetti, G.L.

24 2009 Brasil Carlos S. Agostinho, Elineide E. Marques, Rafael J.

de Oliveira & Pollyanna S. Braz

25 2008 Brasil André Furtado Carvalho.

26 2006 Brasil Ezilda Jacomassi, Ismar Sebastião Moscheta e Sílvia

Rodrigues Machado.

27 - Brasil Adriana de Assis Damasceno, Ana Angélica Almeida

Barbosa.

28 - Brasil Cleber Fabrício de Souza; Weder Cândido Ribeiro;

Marcus Vinícius Vieitas Ramos.

29 2008 Brasil Aline Alves dos Santos e

Gláucia Ferreira Valadão

Cont.

128


Cont.

30 2007 Brasil D. Palhares; C.E.S. Silveira

31 2006 Brasil Ezilda Jacomassi.

32 2007 Brasil Cristiane Soares Pereira da Silva.

Referente aos locais de citação dos termos “mama-cadela” ou “Brosimum gaudichaudii

Trécul.” ao longo do texto, observa-se uma porcentagem maior na introdução do trabalho, seguido

do resumo e resultados e discussão (Figura 3).

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

Intr

odução

Resum

o

Resultados e

dis

cussão

Refe

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s

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Mate

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méto

dos

Índic

e

Obje

tivos

Locais

Po

rcen

tag

em

Figura 3- Porcentagem de aparecimento dos termos “mama-cadela” ou “Brosimum gaudichaudii

Trécul.” nos trabalhos publicados.

Foi realizada também uma comparação referente ao aparecimento do nome científico (B.

gaudichaudii Tréc.) e aos termos populares que a espécie possui (mamica de cadela e algodãozinho)

nos locais de publicação dos trabalhos (Figura 4).

Figura 4- Comparativo entre o nome científico e os nomes populares da espécie B. gaudichaudii

Tréc. nos locais dos trabalhos publicado

02468

101214161820

Intr

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Freq

uên

cia B.

gaudichaudii

Mamica de

cadela

Algodãozinho

129


CONCLUSÃO

Pode-se concluir que:

Ainda que intenso o interesse pelo meio científico em estudar espécies utilizadas na

medicina popular/alternativa, ao analisar as publicações referentes à Brosimum gaudichaudii

Trécul, estas mostram que os estudos feitos não são publicados em um curto e determinado tempo,

e isso faz com que exista uma deficiência na interação entre os autores destes trabalhos, o que

aumenta repetições entre os temas abordados e uma mínima promoção dos assuntos.

São necessários mais estudos a fim de ampliar os

conhecimentos acerca da mama-cadela, com foco na sua utilização no combate ao vitiligo e outras

doenças de pele, visto que a espécie mesmo sendo de origem vegetal pode vir apresentar algum tipo

de alteração entre substâncias químicas por se tratar de um produto de origem natural. Juntamente

com o avanço dos estudos relacionados com a espécie de Brosimum gaudichaudii Trécul e

organização destes, certamente as publicações de trabalhos referentes à espécie e ao vitiligo iram

aumentar, proporcionando o avanço do conhecimento acerca dessa espécie, buscando também sua

preservação e a do Cerrado como um todo, como um ambiente rico em flora de papel fitoterápico.

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