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FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA TRICORDIANA DE EDUCAÇÃO Decretos Estaduais n.º 9.843/66 e n.º 16.719/74 e Parecer CEE/MG n.º 99/93 UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE DE TRÊS CORAÇÕES Decreto Estadual n.º 40.229, de 29/12/1998 Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão ESTUDO COMPARATIVO DA DISTORÇÃO VERTICAL ENTRE RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS DE DIAGNÓSTICO, ODONTOMETRIA E OBTURAÇÃO FINAL EM DENTES UNIRRADICULARES TRATADOS ENDODONTICAMENTE TRÊS CORAÇÕES 2004

ESTUDO COMPARATIVO DA DISTORÇÃO ... - Livros Grátislivros01.livrosgratis.com.br/cp025098.pdf · Milhares de livros grátis para download. 1 Marina Sant’Ana Gazolla ... Ermance

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FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA TRICORDIANA DE EDUCAÇÃO Decretos Estaduais n.º 9.843/66 e n.º 16.719/74 e Parecer CEE/MG n.º 99/93

UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE DE TRÊS CORAÇÕES Decreto Estadual n.º 40.229, de 29/12/1998

Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão

ESTUDO COMPARATIVO DA DISTORÇÃO VERTICAL

ENTRE RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS DE DIAGNÓSTICO,

ODONTOMETRIA E OBTURAÇÃO FINAL EM DENTES

UNIRRADICULARES TRATADOS ENDODONTICAMENTE

TRÊS CORAÇÕES

2004

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

1

Marina Sant’Ana Gazolla

ESTUDO COMPARATIVO DA DISTORÇÃO VERTICAL

ENTRE RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS DE DIAGNÓSTICO,

ODONTOMETRIA E OBTURAÇÃO FINAL EM DENTES

UNIRRADICULARES TRATADOS ENDODONTICAMENTE

Dissertação apresentada à Universidade Vale

do Rio Verde - UNINCOR - como parte das

exigências do Programa de Mestrado em

Clínica Odontológica, área de concentração

Diagnóstico Bucal, para obtenção do título de

Mestre.

Orientadora

Profª.Drª. Mônica Costa Armond

TRÊS CORAÇÕES

2004

2

À minha mãe e eterna companheira, Claudia, pelo apoio

e amor com que me incentivou nesta conquista.

À minha irmã Marisa, pela compreensão e amizade.

OFEREÇO

Ao meu querido pai, Prof. Marco Aurelio,

responsável pela minha formação moral e

exemplo incontestável de vida, ética e honestidade.

DEDICO

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu vida, saúde e muito mais do que eu realmente preciso para ser feliz.

À UNINCOR, berço da minha formação e minha segunda casa.

Ao magnífico reitor da UNINCOR, Prof. Dr. Adair Ribeiro, que me proporcionou a

oportunidade de continuar na vida acadêmica, compartilhando experiências e crescendo na

profissão.

Ao pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da UNINCOR, Prof. Dr. Natanael

Átilas Aleva, pela oportunidade da realização do nosso curso de Mestrado.

Ao coordenador do curso de Mestrado em Clínica Odontológica, Prof. Dr. Marcos Ribeiro

Moysés, por sua dedicação e empenho.

À minha orientadora, Profª. Drª. Mônica Costa Armond, pela paciência e eficiência durante

toda a correção do trabalho.

Ao coordenador do curso de Odontologia da UNINCOR, Prof. Ms. José Antônio Valério, pelo

constante apoio.

À equipe da disciplina de Endodontia da UNINCOR, pela disponibilidade da utilização do

arquivo de fichas de seus pacientes.

À Profª. Ms. Alayde Bueno Nogueira Moysés, pelo convívio na Endodontia e ensinamentos

transmitidos desde a Graduação, em quem me espelho e devo sincera admiração.

À Profª. Ms. Catia Marisa Gazolla de Oliveira, amiga e irmã, pelo incentivo profissional e

conselhos que tanto me ajudam.

Ao Eduardo, meu amor, por toda compreensão e confiança, pela experiência transmitida e

ajuda na elaboração do trabalho.

À Profª. Jandira Lobo, responsável pela correção ortográfica.

A todos os professores, colegas e funcionários da UNINCOR, que de alguma forma

contribuíram para que eu aqui, hoje, estivesse.

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“Faça as pazes com tuas imperfeições. Descubra tuas qualidades, acredite nelas e coloque-as a

serviço de suas metas de crescimento, essa é a fórmula da verdadeira transformação.

O tempo concederá valor e experiência a teus esforços, ajustando teus propósitos aos limites

de tuas possibilidades, libertando-te da angústia que provém dos excessos.”

Ermance Dufaux

5

SUMÁRIO

Página

LISTA DE ILUSTRAÇÕES........................................................................... 6

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.................................................... 7

RESUMO......................................................................................................... 8

ABSTRACT..................................................................................................... 9

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 10

2 REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................... 11

3 PROPOSIÇÃO............................................................................................. 25

4 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................ 26

5 RESULTADOS............................................................................................ 28

6 DISCUSSÃO................................................................................................ 34

7 CONCLUSÕES........................................................................................... 38

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 39

ANEXO.......................................................................................................... 44

6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Página FIGURA 1 Radiografias de diagnóstico, odontometria e final ....................... 26

FIGURA 2 Negatoscópio, máscara negra delimitadora, lupa e régua plástica

milimetrada ................................................................................... 27

TABELA 1 Exemplo da coleta de dados ......................................................... 27

TABELA 2 Distribuição dos pacientes por sexo ............................................. 29

FIGURA 3 Distribuição dos pacientes por sexo ............................................ 29

TABELA 3 Distribuição dos pacientes por faixa etária .................................. 29

FIGURA 4 Distribuição dos pacientes por faixa etária .................................. 30

TABELA 4 Distribuição de dentes por grupos ................................................. 31

FIGURA 5 Distribuição de dentes por grupos ................................................ 31

TABELA 5 Resultados da análise de variância baseado num planejamento em bloco quanto à medida do comprimento do dente (mm) no que se refere aos 3 tipos de radiografias estudados ...................... 32 TABELA 6 Medidas descritivas do comprimento dos dentes em relação aos 3 tipos de radiografias estudados ........................................... 33

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

Página RVG Radio Visiography .................................................................................... 16

K- FILES Limas Kerr files …………………………………………………………. 19

K- FLEX Limas Kerr flexofile .................................................................................. 20

ANOVA Método estatístico da análise de variância ................................................. 22

RDD Radiografia digital direta ........................................................................... 22

UNESP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho .......................... 23

UninCor Universidade Vale do Rio Verde de Três Corações .................................. 26

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RESUMO

GAZOLLA, Marina Sant’ Ana. Estudo comparativo da distorção vertical entre radiografias periapicais de diagnóstico, odontometria e obturação final em dentes unirradiculares tratados endodonticamente. 2004. 52 p. (Dissertação – Mestrado em Odontologia). Universidade Vale do Rio Verde – UninCor, Três Corações – MG*

Dentre os principais erros cometidos durante os tratamentos endodônticos, pode-se citar a distorção vertical que as radiografias expõem em função da presença do grampo, arco e lençol de borracha presentes no isolamento absoluto. Este estudo ocupa-se em analisar se a técnica radiográfica da bissetriz seria eficiente nas fases do tratamento endodôntico e averiguar se houve distorção entre as radiografias mensuradas. Foram inspecionadas 900 radiografias periapicais de arquivo do Curso de Especialização em Endodontia da UninCor, Três Corações, MG, sendo 300 radiografias de diagnóstico, 300 de odontometria e 300 de obturações finais de tratamentos endodônticos concluídos em dentes unirradiculares. É importante ressaltar que o método radiográfico de escolha foi pela bissetriz. Em cada tratamento concluído foi mensurado o comprimento aparente do dente com o auxílio de uma régua plástica milimetrada. Os valores obtidos em milímetros nas radiografias de diagnóstico, odontometria e final de cada dente foram analisados por um único observador, para serem comparados entre si a fim de avaliar se houve ou não distorção de imagem entre eles. Baseando-se nos resultados encontrados, a conclusão foi que não houve diferença estatisticamente significante entre o comprimento das medidas das radiografias periapicais de diagnóstico, odontometria e final em dentes unirradiculares; o método radiográfico pela bissetriz mostrou-se eficiente em radiografias de qualidade, sendo que a distorção radiográfica encontrada foi estatisticamente insignificante.

Palavras-chave: Odontometria. Distorção. Bissetriz. Paralelismo.

________________________________________________ * Orientadora: Drª. Mônica Costa Armond - UninCor

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ABSTRACT

GAZOLLA, Marina Sant’ Ana. A comparative study among the diagnosis of periapical radiography, odontometry and final obturation with uniradicular teeth. 2004. 52 p. (Dissertation – Master in Odontology). Universidade Vale do Rio Verde – UninCor, Três Corações – MG*

Among the main consigned mistakes during the endodontic treatments, one can mention the distortion that the radiographies exhibit through the presence of the clinch, arch and rubber sheet wich are in absolute isolation. This study deals with an analysis for seeing if the bisector radiographic technique would be efficient in the endodontic treatment phases and investigate if it was a distortion among the measured radiographies. 900 periapical radiographies were inspected from the archives of the Course of Endodontics Specialization at UninCor, Três Corações, MG, to be 300 diagnosis radiographies, 300 of odontometry and final 300 of endodontic treatments finished with uniradicular teeth. It is important to emphasize that the radiographic method of choice was the bisector. In each concluded treatment it was measured the apparent length of the tooth with the helps of a plastic rule divided into millimeter. The measured values in the diagnosis radiographies, odontometry and final of each tooth were in millimeters and analyzed by a single observer, in order to be compared among themselves to evaluate if it was or not a distortion among them. With a base in the found results, the conclusion is: there wasn’t a statiscally significant difference among the measures length of the periapical diagnosis radiographies, odontometry and final with uniradicular teeth; the bisector radiographic method itself revealed efficient in quality radiographies, to be found the radiographic distortion was irrelevant.

Keywords: Odontometry. Distortion. Bisector. Paralleling.

_____________________________________________________________________ * Guidance Committe: Drª. Mônica Costa Armond – UninCor (Major Professor)

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1 INTRODUÇÃO

Os profissionais da área de Odontologia, em geral, apresentam dificuldades

técnicas para a realização de radiografias periapicais durante os tratamentos endodônticos, em

função das presenças do grampo, arco e lençol de borracha no isolamento absoluto. Dentre os

principais erros encontrados está a distorção que as imagens radiográficas apresentam, fato

este que desencadeia alterações significativas no resultado final dos tratamentos,

principalmente no erro na mensuração do comprimento de trabalho durante a odontometria.

A técnica do paralelismo preconiza uma distância foco/filme de 40 cm,

acompanhada do uso do posicionador para filmes periapicais, ou seja, o filme e o dente a ser

radiografado devem estar posicionados paralelamente entre si, enquanto o feixe de raios X

deve incidir perpendicularmente. Uma grande vantagem dessa técnica é a padronização das

imagens radiográficas.

Já pela técnica da bissetriz, a distância foco/filme utilizada é de 20 cm, devendo-

se respeitar as angulações verticais, horizontais ,filme , dente e áreas de incidência para cada

região a ser radiografada. Além de não utilizar posicionador, o feixe de raios X deve incidir

perpendicularmente à bissetriz do ângulo formado pelo filme e dente. É a técnica periapical

mais complexa de se executar.

É importante ressaltar que a padronização técnica das radiografias periapicais

deve ser imperativa nos procedimentos para a endodontia, para que o tratamento final não

resulte em sub ou sobreinstrumentação, que levaria o paciente a ser submetido a um

retratamento endodôntico, ou até a uma cirurgia parendodôntica.

Em nosso trabalho analisamos, com base na revisão de literatura e a partir de

nossos resultados, qual foi a melhor técnica radiográfica para a obtenção de radiografias para

a endodontia utilizando o método periapical pela bissetriz e paralelismo.

11

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Fitzgerald (1947) ressaltou que o valor do exame radiográfico dependeria da

qualidade da imagem radiográfica final e da precisão na interpretação dessa imagem. Disse

ainda que se a imagem radiográfica estivesse distorcida e sem nitidez o exame estaria

comprometido, pois esta condição sugeriria a omissão de lesões e de estruturas anatômicas

importantes. Concluiu que o cirurgião dentista deve realizar o exame radiográfico seguindo

corretamente os padrões técnicos e dando atenção especial à angulação vertical correta dos

raios X, na colocação do filme na boca do paciente e na distância foco-filme utilizada.

Updegrave (1951) avaliou a técnica do paralelismo com cone longo para a

radiografia intraoral e percebeu que esta técnica, quando utilizada corretamente, produziria

um grau de distorção muito pequeno ou, às vezes, inexistente. Isto foi comprovado pela razão

de que, quando o filme radiográfico fosse posicionado paralelamente ao dente a ser

radiografado, e o ângulo vertical dos raios X incidisse perpendicularmente ao filme, a imagem

radiográfica final seria nítida e com um mínimo de distorções.

Williams (1951) descreveu que a técnica radiográfica pela bissetriz poderia

dificultar a visualização e mensuração das radiografias, pois a imagem muitas vezes era

distorcida pela angulação utilizada durante a tomada radiográfica. O autor enumerou então

algumas vantagens da técnica do paralelismo em relação à técnica da bissetriz: tamanhos e

diâmetros reais das estruturas dentárias; melhor acurácia radiográfica; melhor visualização de

detalhes; ausência de alongamento e encurtamento das imagens dos dentes.

Benkow (1956) ressaltou em seu trabalho que vários métodos radiográficos

utilizados para medir o comprimento de dentes vinham sendo utilizados sem muito sucesso. O

autor criou um dispositivo para radiografias - um posicionador para o filme radiográfico

acoplado a um anel que direcionava o foco dos raios X. Este equipamento foi desenvolvido

para diminuir a distorção radiográfica que a técnica da bissetriz produzia. Os resultados

encontrados mostraram que o método obteve êxito durante tomadas radiográficas e o índice

de distorção foi mínimo.

Eaton (1966) comprovou três métodos para obtenção de radiografias

odontológicas: técnica da bissetriz com cone curto; técnica da bissetriz com cone longo, e

técnica do paralelismo com cone longo. O autor enfatizou que cada um dos três métodos

possui suas vantagens e desvantagens e que o diagnóstico radiográfico pode ser obtido

utilizando-se qualquer um dos três métodos. Concluiu que a técnica do paralelismo com o

12

cone longo é o método que produz menor distorção na imagem radiográfica, e ainda que para

se utilizar a técnica da bissetriz seria necessário uma atenção especial para o posicionamento

da angulação vertical e horizontal do goniômetro do aparelho de raios X.

Langland & Sippy (1966) determinaram a distorção ocorrida nas imagens

radiográficas de dentes anteriores produzidas pela técnica intraoral do paralelismo (com uso

do posicionador). Foram mensuradas 154 radiografias periapicais de dentes anteriores que

seriam extraídos. As medidas radiográficas foram comparadas às medidas reais e os autores

concluíram, baseados em seus resultados: o estudo mostrou que a distorção radiográfica pela

técnica do paralelismo poderia ser minimizada consideravelmente apenas com o uso do

posicionador.

Reynolds (1967) comparou as técnicas do paralelismo com a da bissetriz na

obtenção de radiografias periapicais. Constatou que existiam alguns princípios básicos para a

realização de radiografias de qualidade, tais como: a distância entre o filme e o objeto deveria

ser mínima, reduzindo assim a chance de distorção; o feixe de raios X deveria incidir com

ângulo de 90° em relação ao longo eixo do dente e do filme. O autor concluiu que a técnica do

paralelismo oferecia melhores resultados para obter radiografias de qualidade, sendo que estas

produziriam imagens mais precisas e com mais detalhes quando comparadas à técnica pela

bissetriz.

Kasle (1968) comparou as técnicas radiográficas pela bissetriz e paralelismo e

expôs algumas das vantagens e desvantagens de cada uma delas, citando que a técnica do

paralelismo apresentaria menor percentual de erros quando comparada à técnica pela bissetriz.

Do Vale et al. (1972) verificaram as influências das técnicas radiográficas

periapicais do cone curto (bissetriz) e do cone longo (paralelismo) na eficácia da odontometria

durante o tratamento endodôntico. Foram selecionados 50 dentes de pacientes com dentes

encaminhados para exodontia. Esses dentes foram radiografados durante a odontometria por

ambas as técnicas simultaneamente, sendo que, para a tomada radiográfica com a técnica do

paralelismo, foi utilizado um posicionador. As medidas na radiografia foram mensuradas por

meio de um compasso de pontas metálicas afiladas, obtendo-se uma distância entre as pontas

do mesmo, que era medida com paquímetro. A medida do comprimento dos dentes, após

extraídos, era realizada também por meio de um paquímetro. Essas medidas radiográficas e as

medidas reais dos dentes foram comparadas e encaminhadas para levantamento estatístico. Os

autores concluíram que a técnica do cone longo (paralelismo) apresentou melhores vantagens

(menores distorções) , embora discretas, sobre a técnica do cone curto.

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Poel et al. (1973) realizaram um estudo comparativo entre as técnicas do

paralelismo e da bissetriz em radiografias bite-wing. Foram examinados 50 pacientes, obtendo

2 pares de radiografias de cada lado da arcada, sendo um par feito com a técnica pela bissetriz

e outro par feito com a técnica do paralelismo. Os autores ressaltaram que, para que se

obtivesse uma radiografia de qualidade, sem distorções, a angulação dos raios X deveria

coincidir com a direção das faces interproximais dos dentes. As radiografias foram

comparadas e, baseando-se nos resultados, os autores concluíram que a técnica do paralelismo

mostrou-se superior à técnica pela bissetriz, por não ter apresentado distorção dos pontos de

contato dos dentes e das outras estruturas dentais.

Bramante & Berbert (1974) utilizaram 224 dentes a fim de comparar, em seus

estudos, as técnicas radiográficas de Best, Bregman, Ingle e Sunada para determinar o

comprimento dos dentes. Após a extração do dente em questão, obteve seu comprimento real

aferido in vitro. Os resultados encontrados mostraram que o método de Ingle (seria feita uma

radiografia de diagnóstico onde, baseando-se na medida do comprimento do canal radicular,

seria inserida uma lima. Logo após, com a radiografia de odontometria, o cirurgião-dentista

determinaria a diferença entre a ponta da lima e o ápice radicular e faria seus ajustes,

diminuindo ou aumentando o comprimento da lima) foi o que produziu o menor índice de

distorção na determinação do comprimento do dente e o melhor percentual de sucesso nas

medidas encontradas. Aun & Bernabé (1978) adaptaram um dispositivo próprio para tomadas

radiográficas com cone longo, tornando possível ao endodontista a utilização rotineira desta

técnica e a conseqüente diminuição da distorção das radiografias. Foram selecionados cinco

pacientes que se submeteram à terapia endodôntica, e as técnicas radiográficas utilizadas

foram periapical do cone curto e do cone longo. O resultado das imagens, quando do uso do

dispositivo para a técnica do cone longo, foi comparado com os obtidos com a técnica do cone

curto. Com o dispositivo proposto adaptado à técnica do cone longo, os autores notaram

maior nitidez das estruturas dentais e periapicais e menor distorção vertical, observada pelo

menor alongamento da imagem do dente. Concluíram que este dispositivo obteve resultados

mais favoráveis quando comparados aos da técnica do cone curto.

Larheim & Eggen (1979) apresentaram um método alternativo de medição dental.

Propuseram a técnica estandardizada do paralelismo (40 cm) acoplando tela milimetrada ao

filme periapical. A amostra constou de 50 dentes humanos extraídos por indicação. Após

exodontia, cada dente foi medido in vitro com auxílio de paquímetro. Depois todos foram

radiografados com tela milimetrada e os respectivos tamanhos foram lidos diretamente na

14

imagem obtida. Ambas as medidas foram comparadas estatisticamente. Os resultados

permitiram concluir que o método alternativo com tela milimetrada foi mais preciso e com

menor índice de distorção.

Bhakdinaronk & Manson-Hing (1981) ressaltaram que o valor da radiografia na

prática odontológica dependeria da qualidade e da precisão das imagens obtidas. Este trabalho

determinou e comparou o comprimento de um total de 381 dentes de pacientes, indicados para

exodontia, entre três técnicas radiográficas: técnica do paralelismo com o uso do

posicionador, técnica do paralelismo sem o uso do posicionador, e técnica da bissetriz.

Concluíram, perante os resultados encontrados, que não houve diferença significante entre as

medidas do comprimento dos dentes nas três técnicas utilizadas; que a técnica do paralelismo

foi mais precisa que a da bissetriz na comparação das distorções radiográficas, e ainda que na

aferição de molares superiores, a técnica da bissetriz foi a que apresentou menor diferença

entre o comprimento real do dente e o comprimento da imagem do dente na radiografia,

portanto, causando menor distorção.

Gelfand et al. (1983) realizaram uma pesquisa entre 79 cirurgiões-dentistas, dos

quais 57 eram endodontistas, 4 clínicos gerais, 3 recém-formados e os outros 15 não

indicaram sua especialidade. Os dentistas foram convidados a avaliar radiografias periapicais,

apresentadas sob a forma de slides em retroprojetor, de 10 tratamentos endodônticos, e a

responder a um questionário sobre esses casos. Analisando as respostas dos profissionais, os

autores perceberam que 21,8% deles não foram coerentes em suas respostas, por exemplo,

viram o mesmo caso projetado duas vezes e disseram ser tratamentos diferentes. Concluíram

que as radiografias, mesmo sendo indispensáveis durante a realização dos tratamentos

endodônticos e na determinação de seu sucesso, as limitações na sua interpretação visual

deveriam ser consideradas. Com isso, os autores enfatizaram ainda que o fator de distorção

nas radiografias poderia ser interpretado de diferentes maneiras pelos cirurgiões-dentistas.

Okano et al. (1983) afirmaram que a qualidade da imagem radiográfica digital

seria definida por três parâmetros do sistema de computação utilizado: contraste, resolução e

ruído. Esses três parâmetros poderiam ser combinados para produzir uma medida (NEQ) que

iria determinar o máximo de informação obtida pelos sistemas de raios X. Assim, os efeitos

da qualidade da imagem radiográfica foram mensurados utilizando esta medida. Alguns

dentistas observaram as radiografias das limas endodônticas no interior de canais radiculares

estudados. Os resultados encontrados pelos autores mostraram que o aparelho de RX digital

(UNITED STATES RAIUM RAREX BG Mid- Speed) permitiu que, com os três parâmetros

adotados, as tomadas radiográficas poderiam ser realizadas com menor exposição dos raios X,

15

diminuindo então a dose a que o paciente seria exposto. Concluíram que a distorção

observada nas radiografias foi mínima, graças à eficácia e precisão do aparelho.

Lobato et al. (1986) utilizaram 28 dentes naturais, montados em articulador para

avaliarem através dos exames radiográfico e visual, um novo método de odontometria. Os

dentes foram então radiografados pela técnica do cone longo. Processadas as radiografias,

tomou-se a medida de cada dente com auxílio de régua metálica milimetrada. Logo depois

realizaram-se as manobras de odontometria e mais uma vez os dentes foram radiografados,

para que fosse observada a distância entre a ponta da lima introduzida no interior do canal até

o vértice radiográfico da raiz. Com base nos resultados, os autores concluíram que a técnica

radiográfica utilizada (paralelismo) constituiu método apreciável na resolução da

problemática da odontometria, sendo que não produziu imagens com distorções

consideráveis.

Forsberg (1987) comparou radiografias periapicais de 433 dentes unirradiculares

in vivo, que foram feitas pelas técnicas do paralelismo e da bissetriz. Esses dentes estavam

sendo tratados endodonticamente e as radiografias foram avaliadas por endodontistas. A

técnica do paralelismo foi realizada com o uso do posicionador. Foi analisada na radiografia a

distância desde o ápice radiográfico até o cursor da lima que estava inserida no interior do

canal. O autor percebeu que esta técnica mostrou uma porcentagem de distorção radiográfica

muito pequena em comparação com a técnica da bissetriz. O erro mais comum observado foi

o encurtamento do comprimento dos dentes quando da tomada da técnica da bissetriz. O autor

pôde concluir que a técnica do paralelismo foi melhor para analisar a anatomia do ápice dos

dentes e a que produziu menor índice de erro, o que reduziria a dose de radiação à qual o

paciente seria exposto.

Forsberg & Norway (1987) compararam as técnicas radiográficas do paralelismo

e da bissetriz para determinar o comprimento de 90 dentes unirradiculares extraídos e

montados em articulador. Foram realizadas as radiografias em filmes periapicais

convencionais, e depois comparadas as medidas entre si. Os autores concluíram que a técnica

da bissetriz produziu menor precisão nos resultados que a técnica do paralelismo.

Aun & Gavini (1988) avaliaram a distorção radiográfica em ápices radiculares

íntegros e reabsorvidos quando das manobras de odontometria in vitro. A região apical de

dentes humanos extraídos, íntegros e com reabsorções externas simuladas, foi montada em

articulador e avaliada radiograficamente durante a realização da odontometria. Observaram

que a distorção radiográfica, assim como as variações anatômicas do ápice poderia induzir a

falsas interpretações do que estaria ocorrendo na intimidade do canal radicular; e os valores

16

obtidos radiograficamente deveriam ser aceitos como sugestivos e nunca como conclusivos, o

que justificaria a adoção de normas cuidadosas, como o uso do posicionador durante a tomada

radiográfica. O profissional deveria ter em mente, tanto para os casos de ápices íntegros,

como para os reabsorvidos, que freqüentemente os valores auferidos pela imagem

radiográfica da ponta do instrumento ao vértice anatômico são maiores do que são na verdade,

e podem induzir clinicamente ao transpasse do forame apical.

Duret et al. (1988) desenvolveram o método da radiovisiografia (RVG), ou seja,

radiografia digital, e demonstrou algumas de suas principais vantagens em seu estudo: o

índice de distorção radiográfica da imagem assemelhava-se ao método radiográfico

convencional, utilizando-se filmes periapicais, e o método reduziria em 80% a quantidade de

radiação à qual o paciente seria exposto.

Rimondini et al. (1990) relataram que o tratamento endodôntico adequado

dependeria do controle do operador em realizar uma adequada radiografia periapical. Para que

isto ocorresse, seria necessário que a técnica radiográfica utilizada fosse realizada de maneira

cuidadosa, seguindo os padrões de angulação, exposição, relação filme-objeto e distância

foco-filme. Concluíram que a técnica do paralelismo permite o mínimo de distorção nas

radiografias, quando comparada com a técnica da bissetriz.

Shearer et al. (1990) disseram que a radiografia digital é um método rápido, que

utiliza pouca radiação ionizante e um menor custo com gastos de filmes e líquidos do

processamento radiográfico. Por causa destas características e da acurácia visual, a radiografia

digital deveria ser bastante utilizada na endodontia. O objetivo de sua pesquisa foi comparar a

radiografia digital e a convencional com filmes radiográficos num estudo in vitro para avaliar

o comprimento de canais radiculares. Concluíram que não houve diferença estatisticamente

significante entre os métodos: em relação ao comprimento dos canais dos dentes aferidos não

houve distorção de imagem em qualquer um dos métodos, e a radiografia digital poderia ser

considerada de igual valor à radiografia convencional na medição de canais radiculares.

Cox et al. (1991) apresentaram um trabalho para avaliar a precisão de alguns

examinadores quando abordados para fazer ajustes das limas no comprimento de trabalho,

analisando uma única radiografia. Limas de calibres 10 e 15 foram inseridas em vários

comprimentos diferentes no interior dos canais radiculares de pré-molares e molares

superiores e inferiores de cadáveres humanos. Um grupo de 9 examinadores analisou as

radiografias sem auxílio de artifícios para mensuração dos comprimentos dos canais

radiculares. Com base nos resultados, os autores concluíram que as radiografias são

importantes na determinação do comprimento dos dentes, mas outros fatores, como a

17

sensação tátil de cada operador, sua experiência e conhecimento influenciariam na

interpretação dessas radiografias. Também concluíram que pode haver distorção nessas

radiografias conforme a técnica utilizada por cada operador em seu dia-a-dia clínico.

Shearer et al. (1991) compararam o método radiográfico convencional, utilizando

filmes periapicais, com o método de radiografia digital para determinar o comprimento de

trabalho em 60 dentes extraídos, sendo eles: 10 dentes anteriores superiores, 10 anteriores

inferiores, 10 pré-molares superiores, 10 pré-molares inferiores, 10 molares superiores e 10

molares inferiores, totalizando 91 canais radiculares. Inseriram limas Hedstrom número 15 no

interior dos canais radiculares até a constrição apical e realizaram radiografias periapicais

convencionais, e logo depois para a placa do sistema digital. As imagens foram examinadas

por dois observadores e comparadas entre si. Os resultados mostraram que não houve

diferença significante entre as imagens radiográficas convencionais e as radiografias digitais.

Griffiths et al. (1992) compararam três métodos radiográficos para mensuração do

comprimento de trabalho em endodontia: radiografia convencional; xeroradiografia e

radiografia digital (RVG). O estudo foi realizado in vitro com 12 dentes humanos montados

em blocos de resina acrílica. Foram inseridas limas no interior dos canais e radiografadas

(com 2 mm além do ápice radiográfico e a 2,5 mm aquém do ápice), pelos três métodos em

questão. A distância encontrada desde a ponta da lima até o ápice foi mensurada por seis

avaliadores em todos os casos nos três métodos radiográficos. Os resultados foram

comparados entre si e com a posição real da lima no interior do canal. Todas as imagens

analisadas apresentaram diferença estatisticamente significante em relação à diferença

encontrada da ponta da lima ao ápice radiográfico. Concluíram que os métodos radiográficos

convencional e o xeroradiográfico foram os que apresentaram melhores resultados em relação

à distorção radiográfica e à diferença entre as medidas encontradas, e que o método RVG

utilizou menor quantidade de radiação ionizante.

Sanderink et al. (1992) compararam em seu trabalho os métodos radiográficos

digitais RVG e Visualix (Kodak) com o filme radiográfico Ektaspeed (Kodak) na

determinação do comprimento de canais radiculares in vitro. Os autores concluíram que: o

método RVG pode ser comparado ao filme Ektaspeed na mensuração do comprimento dos

canais radiculares com limas de pequeno calibre; no sistema Visualix os resultados não foram

tão precisos; a dose de radiação ionizante com o uso dos sistemas digitais é menor que o

método radiográfico convencional.

Stein & Corcoran (1992) relataram que o termo “comprimento de trabalho” na

evolução do tratamento endodôntico a obturação do canal radicular seria uma das mais

18

importantes fases do tratamento. Tradicionalmente as radiografias seriam feitas para

confirmar este comprimento de trabalho durante a odontometria. Esse estudo foi realizado

para determinar se essas radiografias representariam um método preciso na confirmação do

comprimento do dente no período em que um localizador eletrônico apical fosse utilizado na

odontometria. Foram selecionados 87 dentes vitais e 24 dentes não-vitais, indicados para a

exodontia nesse estudo. Na radiografia de odontometria estimaram o comprimento de

trabalho. Posteriormente as limas foram inseridas com o comprimento em questão no interior

do canal e fixadas a eles antes que a extração fosse realizada. Após as exodontias, os dentes

foram seccionados para observação da posição das pontas das limas em relação ao vértice

radiográfico. Os resultados mostraram que a distância radiográfica da ponta da lima ao vértice

da raiz era de 0,7 mm em média, aquém da medida real conferida posteriormente. Essa

discrepância de medidas encontrada no estudo determinou um alto índice de distorção

radiográfica durante a realização da radiografia, mostrando ao cirurgião-dentista o cuidado

com o qual as radiografias deveriam ser realizadas para evitar tais distorções de imagens.

Molteni (1993) realizou uma pesquisa com o aparelho de raios X digital Visualix

e percebeu que a dose de radiação recebida pelo paciente seria 6 vezes menor quando

comparada à técnica radiográfica convencional (filmes periapicais Ultra-Speed). Ressaltou

ainda que o custo para a utilização da técnica de raios X digital seria bem maior em relação ao

método radiográfico convencional. Concluiu também que o índice de distorção gerada na

imagem radiográfica digital não diferia da imagem obtida com a técnica convencional.

Forsberg & Halse (1994) realizaram uma simulação de lesão periapical utilizando

esferas acrílicas em dentes montados em articulador para comparar radiograficamente as

técnicas do paralelismo e da bissetriz. Os autores perceberam que quando o feixe de raios X

incidia perpendicularmente ao dente e ao filme, a imagem produzia menor índice de distorção.

E que quando havia maior angulação do feixe de raios X, ocorria uma maior distorção da

imagem. Assim, concluíram que, quando corretamente ajustadas, ambas as técnicas

(paralelismo e bissetriz) produziriam imagens com quase a mesma precisão, sendo que a

técnica do paralelismo possibilitaria melhor informação sobre a extensão da lesão periapical

simulada.

Hedrick et al. (1994) compararam técnicas radiográficas convencionais e 2

sistemas digitais para determinação do comprimento do dente. Foram utilizados 20 dentes

humanos extraídos, montados em articulador. Limas endodônticas (K-files) de calibre 15

foram introduzidas no interior dos canais radiculares até o ápice, depois recuadas de 0,5 a 2,5

mm deste ponto. Efetuaram as tomadas radiográficas, tanto para o filme periapical

19

convencional como para as placas ópticas de dois sistemas digitais: Trophy (modelo 32000) e

Regam. Os autores realizaram testes estatísticos e concluíram que não houve diferença

estatística entre as radiografias digitais e as convencionais.

Leddy et al. (1994) compararam em seu estudo o método de radiografia digital

(RVG) com o método radiográfico convencional com filmes radiográficos, na determinação

do comprimento de limas endodônticas no interior dos canais. Foram utilizados primeiros e

segundos molares de cadáveres humanos. As limas foram inseridas no interior dos canais

radiculares a 4 mm e a 3 mm aquém do ápice radiográfico. Os dentes foram então

radiografados pelo método digital (RVG) e pelo método radiográfico convencional para serem

analisados, e assim determinar o ajuste necessário para que as limas ficassem a 0,5 mm aquém

do ápice radiográfico. Os resultados encontrados mostraram que não houve diferença

significativa na mensuração dos observadores para determinar a posição da ponta da lima nos

canais, em ambos os métodos radiográficos utilizados. Concluíram que o método

radiográfico digital seria tão eficiente e preciso quanto o método convencional, não

apresentando distorção radiográfica, porém seria o de escolha por diminuir a quantidade de

radiação a que o paciente seria exposto.

Ellingsen et al. (1995) compararam em seu trabalho o método radiográfico digital

(RVG) com o método radiográfico convencional, utilizando filmes radiográficos Ultraspeed

(Kodak) e Ektaspeed (Kodak) para detectar a posição de limas endodônticas nºs 8 e 10 na

determinação do comprimento de dentes em endodontia. Foram usados molares superiores de

22 pacientes e inseridas nesses dentes as respectivas limas, e cada um radiografado pelos

métodos radiográficos em questão. Os resultados foram comparados e mostraram que a

precisão na identificação das limas chegou a 95% utilizando-se o filme Ultraspeed; 70% com

o filme Ektaspeed, e 95% utilizando o sistema digital. Os autores concluíram que o índice de

distorção radiográfico seria menor se fossem utilizados o filme Ultraspeed com o método

radiográfico convencional ou o método digital.

Ong & Pitt Ford (1995) desenvolveram uma técnica para obter uma imagem

radiográfica digital (do aparelho RVG-S; Trophy Radiologie, London, UK) juntamente com

uma radiografia de filme convencional pelo mesmo feixe de raios X. Foram empregados

molares e pré-molares de uma mandíbula seca. Esses dentes foram extraídos e medidos com o

auxílio de um paquímetro para depois serem reimplantados. Para a realização da medição do

comprimento de trabalho foram utilizadas limas K-flex número 15 a 1mm do ápice do dente.

As duas imagens obtidas foram comparadas e os autores puderam concluir que não houve

diferença significante.

20

Garcia et al. (1997) compararam dois métodos diretos (A e B) e dois indiretos (C

e D) que seriam utilizados para determinar o comprimento de trabalho de 30 dentes

unirradiculares extraídos. Limas endodônticas K-files de números 10 e 15 foram utilizadas no

interior dos canais radiculares para realizar a medição. O método A seria a medição dos

instrumentos com régua milimetrada; o método B, com uso do paquímetro; o método C, com

radiografia convencional; e o método D, com o sistema digital de imagem Sens-A-Ray.

Primeiramente foram comparados os métodos A e B, e o que apresentasse menos variação de

valores seria utilizado como o método direto de escolha. Para a obtenção do comprimento de

trabalho nos métodos C e D, os dentes foram montados em articulador. Os métodos indiretos

foram comparados ao direto de escolha (no caso, o método B) e nenhuma diferença

significativa entre eles foi encontrada.

Versteeg et al. (1997) compararam em seu estudo a radiografia digital com a

radiografia convencional utilizando filmes radiográficos na diferença de tamanho da imagem

final obtida. Foi utilizado um molar e um pré-molar, onde uma lima endodôntica foi inserida e

posicionada em vários comprimentos e radiografada em seguida pelos dois métodos em

questão. Os resultados mostraram 14 distâncias arbitrárias entre a ponta da lima endodôntica e

o ápice radiográfico; dentre elas, o mínimo de diferença encontrado foi 0,9 mm, e o máximo,

de 5,8 mm. Os autores concluíram então que as diferenças entre as distâncias encontradas

foram bastante significativas, portanto, o fator de distorção radiográfica seria relevante.

Cedeberg et al. (1998) realizaram um estudo para comparar a diferença de

interpretação da posição da lima endodôntica entre dois sistemas de imagens: fotoestimulação

de fósforo luminescente digital (Digora Digital Imaging Plate) e filme radiográfico

convencional. Foram selecionados 13 pacientes de modo aleatório. Realizaram-se as medidas

de comprimento das raízes dos dentes e das limas endodônticas e as medidas de suas

diferenças com os dois sistemas. Essas medidas foram comparadas entre si e os resultados

mostraram que para a mensuração do comprimento das raízes, os dois sistemas não

apresentaram diferenças significativas. Já para a aferição do comprimento das limas, o

sistema digital mostrou-se mais preciso e houve, portanto, menos distorção da imagem. Os

autores concluíram que na detecção das pequenas diferenças entre a ponta da lima e o ápice

da raiz o método digital foi mais preciso que o convencional.

Freitas et al. (1998) explicaram como eram realizadas as técnicas da bissetriz e do

paralelismo. Na técnica da bissetriz, também conhecida como técnica da isometria, cuja

distância focal seria de 20 cm, dever-se-ia orientar o feixe de raios x perpendicularmente ao

plano bissector, formado pelo plano do dente e do filme, para que o resultado radiográfico

21

apresentasse as mesmas proporções do objeto examinado. Levando-se em consideração o

posicionamento do filme em cada região examinada, e ainda a conformação anatômica dos

maxilares, haveria diferentes ângulos verticais que seriam obtidos pela inclinação vertical do

feixe de raios X em relação à linha de oclusão, correlacionando-os com o plano bissector. Já

na técnica do paralelismo, também conhecida como técnica do cone longo, há o emprego de

suportes especiais para o filme radiográfico que facilitariam a manutenção do mesmo, além de

melhorar as relações de paralelismo entre o longo eixo do dente e o filme, proporcionando

assim a obtenção de uma imagem radiográfica com menor grau de ampliação. Esses

posicionadores para filmes também possuíam um anel localizador que facilitaria a

determinação dos ângulos verticais e horizontais, como também a área de incidência dos raios

X. A distância focal na técnica do paralelismo é de 40 cm a fim de proporcionar melhores

condições no tocante ao detalhe radiográfico.

Vale et al. (1998) averiguaram o fator de distorção da placa óptica do Digora na

determinação do comprimento dos dentes, a uma distância foco-placa de 20 cm. Foram

examinados 60 dentes in vitro, assim distribuídos: 10 incisivos superiores, 10 incisivos

inferiores, 10 pré-molares superiores, 10 pré-molares inferiores, 10 molares superiores e 10

molares inferiores. O comprimento real de cada espécime foi obtido com um paquímetro, e o

comprimento na imagem digital foi determinado com recursos do sistema de imagem digital

Digora. Os autores puderam concluir que: a distorção média constatada com o Digora foi de

3,51% ; que a imagem Digora 3D mostrou medidas mais precisas, com distorção de 3,11%,

ou seja, mais próximas às reais, além de maiores detalhes do contorno do dente radiografado;

que a raiz lingual dos molares superiores exibiu menor distorção, seguida das raízes mesiais e

distais dos molares inferiores, e ainda que as raízes mésio-vestibulares e disto-vestibulares dos

molares superiores revelaram maior fator de distorção.

Araújo & Gomes (1999) avaliaram as distorções radiográficas ocorridas durante a

determinação do comprimento de trabalho em endodontia, utilizando a técnica do paralelismo.

Para tanto, foram utilizados 30 dentes unirradiculares humanos extraídos (incisivos inferiores

com raízes retas e curvas), divididos em três grupos: posição do instrumento endodôntico,

1mm aquém do nível e 1mm além do forame apical. Os dentes tiveram suas coroas

seccionadas e foram fixados em um articulador, simulando a prática clínica. Os canais

radiculares foram explorados inicialmente com limas números 10 e 15, e posteriormente

radiografados com limas tipo Kerr número 20, nas três posições predeterminadas. As

radiografias foram realizadas com um posicionador radiográfico pela técnica do paralelismo e

depois ampliadas 20 vezes, com projetor para slides sobre papel milimetrado. Os resultados

22

foram analisados pelo método estatístico da análise de variância (ANOVA) a dois critérios

fixos (p<0,001). Puderam concluir que houve alongamento nas imagens radiográficas em

11% de dentes com raízes retas e 13% nas raízes curvas, em relação à imagem real; a

distorção radiográfica ocorrida no comprimento das raízes foi acompanhada pelo

comprimento dos instrumentos, não havendo diferenças estatisticamente significantes entre a

curvatura das raízes e a posição dos instrumentos nos canais radiculares.

Araújo Filho et al. (1999) compararam a odontometria obtida pela RDD (sistema

Sens-A-Ray: técnica digital) com a radiografia convencional. Foram feitas tomadas

radiográficas digitais, inicialmente usando a técnica do paralelismo, quando determinaram o

comprimento de trabalho na tela do monitor a 1mm aquém do ápice radiográfico. Após

realizarem a cirurgia de acesso essas medidas foram transportadas para o instrumento

endodôntico, e o limite apical da lima foi avaliado na radiografia convencional, ajustando-o a

1mm aquém do ápice radiográfico e estabelecido como comprimento de trabalho. Pelos

resultados encontrados puderam concluir que as medidas fornecidas pelo sistema digital

apresentaram uma distorção média de 0,12 mm, não sendo, porém, estatisticamente

significante.

Raldi et al. (1999) estudaram a precisão de três instrumentos endodônticos (régua

metálica, régua plástica e tela milimetrada), empregando as técnicas radiográficas da bissetriz

e do paralelismo. Determinaram o comprimento real in vitro de 9 dentes humanos

unirradiculares, para posterior divisão em três grupos experimentais: limas calibradas com

menos 4 milímetros, menos 3.5 milímetros e menos 3 milímetros do comprimento real do

dente. Para cada dente foram realizadas quatro tomadas radiográficas periapicais. Mediram a

distância entre a guia de penetração da lima e o vértice radiográfico com régua metálica,

régua plástica e tela milimetrada. Os autores puderam concluir que a régua plástica foi o

instrumento que proporcionou as medidas mais próximas da medida real (3.45mm), seguida

da tela milimetrada (3.63mm) e da régua metálica (3.65mm). A técnica da bissetriz

apresentou o dobro de distorção para mais (+1.4mm) do que a técnica do paralelismo

(+0.7mm).

Valera et al. (1999) pesquisaram a freqüência e a qualidade radiográfica de

tratamentos endodônticos em 101 pacientes que procuraram atendimento na Faculdade de

Odontologia de São José dos Campos - UNESP. Nesses pacientes foram realizados exames

radiográficos completos, com 14 radiografias periapicais cada. As radiografias tiradas foram

mensuradas por três observadores, analisando a freqüência de tratamentos endodônticos, a

qualidade radiográfica (com ou sem distorção) dos mesmos e a presença de lesão periapical.

23

Concluíram que canais mal obturados apresentaram 2,5 vezes mais possibilidade de terem

lesão periapical que os bem obturados, 48% dos pacientes eram portadores de pelo menos um

tratamento endodôntico, sendo que 49,5% dos canais tratados apresentaram-se bem

preenchidos radiograficamente, e 59,2% dos tratamentos foram em dentes anteriores.

Aun et al. (2000) investigaram a precisão da radiografia digital direta na

determinação do comprimento de trabalho, in vitro, em 15 dentes unirradiculares.Os dentes

foram medidos corono-apicalmente com auxílio de um paquímetro, e subtraído 1 mm da

medida. Esta nova medida foi transportada para os canais radiculares com uma lima tipo K

15, e os dentes radiografados pela técnica digital, utilizando o sistema Sens-A-Ray 2000 da

Regam Medical Systems (Suécia). As imagens das limas na tela do monitor foram medidas

com o recurso do medidor de distâncias do software e comparadas com as primeiras. Puderam

concluir através dos resultados que as imagens digitais apresentaram uma distorção média de

0,412mm para mais, com relação à medida real obtida in vitro através do paquímetro.

Matheus et al. (2000) avaliaram, por meio de mensurações endodônticas, a

eficiência dos recursos digitais “3D”, “negativo” e “cor”, verificando o desempenho destes

numa análise intra e inter sistemas e seus graus de distorção. Os autores estudaram 11 dentes

unirradiculares extraídos que foram radiografados com limas 6 e 10. Os sistemas empregados

foram o CDR (Schnick Technologies Inc., NY, EUA), Digora (Soredex Orion Corporation,

Helsink, Finlândia) e DenOptix (Gendex Dental Systems, EUA). Cinco foram os

examinadores que realizaram as mensurações por meio de réguas digitais. Os dados da

pesquisa foram submetidos à análise de variância e ao teste de Turkey. A diferença entre as

médias das mensurações realizadas e as medidas reais apresentou-se estatisticamente

significante entre os recursos avaliados para o mesmo sistema (p<0,01), e para o mesmo

recurso entre sistemas diferentes (p<0,01). No estudo intra-sistema, os resultados não

mostraram diferença estatisticamente no CDR e no Digora para as três ferramentas digitais

empregadas, ao contrário do DenOptix, no qual a “cor” se apresentava menos eficiente.

Notaram também que os recursos “negativo” e “3D” tenderam a se comportar de forma

eficiente para todos os sistemas. Quanto às limas empregadas, observaram que somente no

sistema DenOptix as medidas efetuadas com a lima 06 mostraram-se significativamente

menos exatas que as da lima 10.

Vale & Bramante (2002) pesquisaram a capacidade das imagens dos filmes

radiográficos periapicais Ultraspeed, Ektaspeed, M2 Comfort da Agfa e imagem-padrão

negativa e 3D, obtidas com a placa óptica do sistema digital Digora, de visibilidade das limas

K- File de nºs 06, 08, 10 e 15 de aço inoxidável e lima K-File nº 15 de níquel-titânio. Os

24

resultados revelaram que a lima K- File nº 15 de aço inoxidável proporcionou melhores

resultados em relação à lima K- File nº 15 de níquel-titânio, apesar de a diferença não ter sido

estatisticamente significante. Para visibilidade de limas menos calibrosas (nºs 06, 08 e 10), os

filmes radiográficos periapicais foram melhores que as imagens digitais (não apresentando

graus de distorção), destacando-se o filme periapical Ultraspeed, da Kodak. As imagens

digitais exibiram melhores resultados quanto à visibilidade das limas K- File nº 15, em

relação aos filmes radiográficos periapicais, destacando-se a imagem digital Digora negativa.

25

3 PROPOSIÇÃO

- Verificar se há distorção vertical nas medidas dos canais radiculares utilizando

radiografias periapicais de diagnóstico, odontometria e obturação final em dentes

unirradiculares.

- Averiguar se a técnica radiográfica da bissetriz é eficiente durante as fases do

tratamento endodôntico.

26

4 MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizadas radiografias periapicais do arquivo de fichas de pacientes do

Curso de Especialização em Endodontia da UninCor, no período de 1993 a 2002.

Foram inspecionadas 300 radiografias de diagnóstico, 300 de odontometria e 300

finais de tratamentos endodônticos concluídos em dentes unirradiculares, totalizando 900

radiografias periapicais (Figura 1). A técnica radiográfica periapical utilizada no Curso de

Especialização em Endodontia da UninCor é a técnica da bissetriz.

FIGURA 1 Radiografias de diagnóstico, odontometria e final.

A faixa etária dos pacientes variou dos 15 aos 60 anos para os sexos masculino e

feminino. Para cada tratamento concluído foi mensurado o comprimento aparente do dente

com auxílio de uma régua plástica milimetrada (Figura 2) e lupa, utilizando-se um

negatoscópio com máscara negra delimitadora e diminuição da luz ambiente para melhor

visualização dos ápices radiculares. Em nossa metodologia escolhemos a régua plástica com

base no trabalho de Raldi et al. (1999) que, comparando o paquímetro, a régua plástica e a

régua metálica para medição de radiografias, encontraram melhores resultados com o mesmo

instrumento por nós utilizado.

27

FIGURA 2 Negatoscópio, máscara negra delimitadora,

lupa e régua plástica milimetrada.

Os valores medidos nas radiografias de diagnóstico, odontometria e final de cada

dente foram em milímetros e analisadas por um único observador, para serem comparadas

entre si a fim de avaliar se houve ou não distorção entre elas.

Só foram inspecionadas radiografias que apresentaram parâmetros ideais de

qualidade, ou melhor: contraste e densidade médios, máximo de detalhe e mínimo de

distorção.

Os dados foram anotados numa tabela confeccionada para este fim e os resultados

encaminhados para tratamento estatístico. A tabela referente à coleta de dados encontra-se em

anexo no final do trabalho.

Tabela 1 Exemplo da coleta de dados

Dados do paciente Comprimento do dente em milímetros Registro Idade Sexo Dente RX diagnóstico RX odontometria RX final

4233 36 M 11 23 24 25 5383 42 M 33 27 25 26 17208 13 F 15 25 24 25

8563 16 F 21 23 24 24

28

5 RESULTADOS

Com o objetivo de comparar as medidas de diagnóstico, odontometria e final em

dentes unirradiculares na variação do comprimento em milímetros, retirando a influência do

tamanho do dente foi utilizada uma Análise de Variância baseada em um planejamento em

bloco com 1 fator, isto é, os números dos dentes correspondem ao bloco de forma a retirar a

variação causada pela diferença encontrada entre o tamanho dos dentes. O intuito desta

análise é comparar 3 ou mais grupos independentes (radiografias diagnóstico,

odontometria e final) em relação à média de uma variável de interesse (comprimento do

dente).

O planejamento em bloco foi necessário, pois os tamanhos e tipos de dentes são

diferentes; por conseguinte, poderia haver uma influência no tamanho dos mesmos na medida

do comprimento. Com isso, o bloco foi utilizado de maneira a retirar o efeito dos diferentes

tamanhos dos dentes no resultado do comprimento de cada dente.

Todos os resultados foram considerados significativos ao nível de significância de

5% (p < 0,05) , tendo portanto 95% de confiança que os resultados estejam corretos.

29

Na Tabela 2 e na Figura 3 encontra-se a distribuição dos 237 pacientes por sexo: 122

pacientes do sexo masculino e 115 pacientes do sexo feminino. È importante ressaltar que o

total do número de pacientes foi de 237, enquanto a amostragem total de dentes foi de 300.

Esses números mostram que existiram pacientes com mais de um dente tratado, e que cada

ficha analisada correspondia a um dente.

Tabela 2 Distribuição dos pacientes por sexo.

Sexo Masculino Feminino Total

Número de pacientes

122 115 237

FIGURA 3 Distribuição dos pacientes por sexo.

30

A Tabela 3 e Figura 4 mostram a distribuição dos pacientes por faixa etária, seguida

das respectivas porcentagens. O maior número de pacientes, que correspondeu a 29,11% da

amostra, totalizando 69, concentrou-se na faixa etária de 8 a 20 anos; enquanto o menor

número de pacientes, que correspondia a 7,17% da amostra, totalizando 17, esteve na faixa de

51 a 60 anos, de um total de 237 pacientes.

Tabela 3 Distribuição dos pacientes por faixa etária.

Faixa etária Número de pacientes Percentual (%)

8 a 20 69 29,11

21 a 30 63 26,58

31 a 40 54 22,78

41 a 50 34 14,35

51 a 60 17 7,17

Total 237 100

FIGURA 4 Distribuição dos pacientes por faixa etária.

31

Na Tabela 4 e Figura 5 pode-se observar a distribuição de dentes por grupos, seguida

da porcentagem de cada um deles, num total de 300 dentes analisados. O grupo que

compreendia incisivos centrais e laterais superiores foi o de maior amostragem, sendo 206

dentes. O menor grupo de dentes mensurado foi o de 2° pré-molar superior, sendo apenas 1.

Isto se explica pelo fato de que geralmente pré-molares superiores apresentam duas raízes, e

esta pesquisa resumiu-se em mensurar apenas dentes unirradiculares.

Tabela 4 Distribuição de dentes por grupos.

Grupos de dentes Número de dentes Percentual (%)

Incisivos central e lateral superiores 206 68,67

Canino superior 32 10,67 2° pré-molar superior 1 0,33

Incisivos central e lateral inferiores 30 10

Canino inferior 23 7,67

1° e 2° pré-molares inferiores 8 2,67

Total 300 100

FIGURA 5 Distribuição de dentes por grupos.

32

A Tabela 5 mostra que não existe diferença (p > 0,05) estatisticamente significativa

entre os 3 tipos de radiografias no que se refere ao tamanho do dente. Portanto, os 3 tipos de

radiografias apresentam resultados semelhantes para as medidas do comprimento dos dentes.

TABELA 5 Resultados da análise de variância baseada num planejamento em bloco quanto à medida do comprimento do dente (mm) no que se refere

aos 3 tipos de radiografias estudados.

Fonte de variação g.l. SQ QM F p

Tipo de radiografia 2 0,001 0,0003 0,582 0,559

Número do dente (bloco) 299 1,557 0,0052 10,420

Erro 598 0,299 0,0050

Total 900 49,738 Nota: Para esta análise foram considerados somente 300 dentes para cada tipo de radiografia

O valor de p na tabela refere-se à probabilidade de significância da análise de variância com base num planejamento em bloco com 1 fator.

Legenda: SQ soma dos quadrados; g.l. graus de liberdade; QM quadrados médios;

F estatística do teste; p probabilidade de significância da estatística.

33

A Tabela 6 mostra uma descrição das medidas do comprimento dos dentes para cada

um dos 3 tipos de radiografias mensuradas. A letra “n” significa o número de dentes.

Observa-se que a menor medida encontrada foi de 10 mm e a maior foi 39 mm. Para os três

tipos de radiografias a média dos comprimentos foi de 23 mm. Todas as medidas descritivas

encontram-se em milímetros.

TABELA 6 Medidas descritivas do comprimento dos dentes em relação aos 3 tipos de radiografías estudados.

Tipos de Medidas descritivas (mm)

radiografias n Mínimo Máximo Mediana Média d.p. Diagnóstico

300 11 39 22 23 05

Odontometria 300 10 35 23 23 04

Final 300 11 39 39 23 05

34

6 DISCUSSÃO

Dentre os principais temas citados em nosso referencial teórico está a comparação

radiográfica entre as técnicas intra-orais do cone curto (bissetriz) e do cone longo

(paralelismo) na obtenção de radiografias periapicais. Foi de suma importância o

levantamento deste tema, pois a discussão sobre qual das técnicas seria a de melhor resultado

nos levaria à escolha da mais apropriada para o uso em nosso dia-a-dia clínico.

Freitas et al. (1998) explicaram a diferença entre as duas técnicas, analisando cada

uma de suas vantagens e desvantagens, enquanto vários autores: Updegrave (1951); Williams

(1951); Eaton (1966); Reynolds (1967); Kasle (1968); Do Vale et al. (1972); Aun & Bernabé

(1978); Bhakdinaronk et al. (1981); Forsberg (1987); Forsberg & Norway (1987); Rimondini

et al. (1990); Forsberg & Hasle (1994) e Raldi et al. (1999), compararam as técnicas da

bissetriz e do paralelismo para radiografias periapicais, chegando a diferentes resultados. A

maioria deles comprovou que a técnica do cone longo (paralelismo) mostrou-se superior à do

cone curto (bissetriz), em relação ao fator distorção radiográfica.

Williams (1951), por exemplo, chegou a enumerar algumas das vantagens da técnica

do cone longo: tamanhos e diâmetros reais das estruturas dentárias na imagem radiográfica,

melhora da acurácia radiográfica, melhor visualização de detalhes e ausência de alongamento

e encurtamento dos dentes.

Em contraposição, nenhum autor pesquisado encontrou resultados mostrando que a

técnica da bissetriz seria superior à técnica do paralelismo na obtenção de radiografias

periapicais. Mesmo comparando as técnicas para realização de radiografias bite-wing, Poel et

al. (1973) concluíram que a técnica do paralelismo mostrou-se superior à da bissetriz, por não

ter apresentado distorção dos pontos de contato dos dentes e das outras estruturas dentais.

Alguns trabalhos apresentaram pesquisas realizadas apenas com a técnica do

paralelismo, tendo algumas variantes dentro do método. Como exemplo, Larheim & Eggen

(1979) propuseram in vitro a técnica estandardizada do paralelismo acoplando tela

milimetrada ao filme periapical, o que trouxe resultados também precisos e com menor índice

de distorção.

Comparando a imagem radiográfica obtida pela técnica do paralelismo com a

medida real do dente após extração, autores como: Lobato et al. (1986) e Araújo & Gomes

(1999) puderam perceber que a distorção encontrada quando da comparação das medidas era

estatisticamente não significante.

35

Benkow (1956); Langland & Sippy (1966) e Aun & Bernabé (1978) ressaltaram que

grande parte do mérito da técnica do paralelismo se dá pelo uso correto do posicionador que

se aplica na técnica, e encontraram uma menor distorção vertical, observada pelo menor

alongamento da imagem do dente.

Aun & Gavini (1988) concordaram com Benkow (1956); Langland & Sippy (1966)

e Aun & Bernabé (1978), dizendo que a distorção radiográfica poderia ser minimizada pelo

uso do posicionador durante a tomada radiográfica.

As radiografias mensuradas em nosso trabalho foram todas obtidas pela técnica da

bissetriz, que é a técnica radiográfica de escolha do Curso de Odontologia de Três Corações-

MG-UninCor. Com base em nossos resultados, que mostraram não haver diferença

estatisticamente significante na diferença de mensuração do comprimento dos dentes nas

radiografias, ou seja, que a distorção apresentada por elas seria irrelevante, podemos enfatizar

que a escolha da técnica da bissetriz seria positiva, discordando dos autores que defenderam a

técnica radiográfica do paralelismo.

Outro fator que foi muito considerado na realização de nosso trabalho foi a

qualidade das radiografias mensuradas. Só foram avaliadas por nós radiografias que tivessem

alto grau de nitidez. Valera et al. (1999); Cox et al. (1991) e Fitzgerald (1947) vêm ao

encontro de nosso método, dizendo que o valor do exame radiográfico dependeria da

qualidade da imagem radiográfica final, e também Stein & Corcoran (1992) e Gelfand et al.

(1983), os quais mostraram que as limitações na interpretação visual de radiografias ruins

deveriam ser consideradas para não prejudicar o resultado final do tratamento endodôntico.

Apenas dois autores analisaram técnicas que produziriam menor distorção na

realização de odontometria durante o tratamento endodôntico: Bramante & Berbert (1974),

que concluíram ser o método de Ingle o que produziu o menor índice de distorção nas

radiografias.

Devemos ressaltar que a técnica de odontometria utilizada pelos alunos da UninCor

durante os tratamentos endodônticos, os quais as radiografias foram em nosso trabalho

mensuradas, é também a técnica de Ingle; portanto, este fato vem a concordar com o trabalho

de Bramante & Berbert (1974).

A seguir discutiremos o emprego da radiografia digital comparada ao método

radiográfico convencional, utilizando-se filmes periapicais. O método de radiografia digital

seria hoje um método alternativo na realização de radiografias pelos cirurgiões-dentistas; por

isso, comparamos os resultados de vários autores que exploraram esse tema com o resultado

de nosso trabalho.

36

Vale et al. (1998) e Aun et al. (2000) compararam a técnica de radiografia digital na

medição do comprimento dos dentes, com a medida real (direta) desses dentes obtida com

paquímetro, e concluíram que as imagens digitais apresentaram distorções quando

comparadas às medidas reais.

Muitos autores: Shearer et al. (1990); Shearer et al. (1991); Molteni (1993); Hedrick

et al. (1994); Leddy et al. (1994); Elligsen et al. (1995); Ong & Pitt Ford (1995); Garcia et al.

(1997) e Araújo Filho et al. (1999) compararam a radiografia convencional com a radiografia

obtida com sistemas digitais e puderam concluir que não havia diferença estatisticamente

significante no comprimento das medidas dos dentes nas radiografias entre esses dois

métodos comparados.

Discordando desses autores, Griffiths et al. (1992) e Versteeg et al. (1997)

perceberam que o método de radiografia convencional apresentou melhores resultados em

relação à distorção radiográfica, quando comparadas às medidas digitais. Sanderink et al.

(1992) encontraram que, com o sistema digital VISUALIX, os resultados não foram tão

precisos quanto o método radiográfico convencional. Vale & Bramante (2002) expuseram em

seu trabalho que a técnica radiográfica convencional foi melhor que a técnica digital para

mensurar limas de pequeno calibre durante a odontometria dos tratamentos endodônticos.

Em desacordo estão Cedeberg et al. (1998), que mostraram ser o sistema digital mais

preciso, apresentando menor distorção das imagens radiográficas, quando comparadas ao

método convencional. Vale & Bramante (2002) enfatizaram que as imagens digitais foram

também melhores que as obtidas com filmes convencionais, quanto à visibilidade de limas de

maior calibre. Okano et al. (1983) disseram que o método digital por eles testado apresentou

imagens com um fator mínimo de distorção, devido à eficácia e precisão do aparelho, assim

como Matheus et al. (2000), que encontraram eficiência nos recursos digitais do sistema

DIGORA.

Dentre as principais vantagens oferecidas pelo sistema de radiografia digital, quando

comparado ao método convencional, pode-se citar a redução de radiação à qual o paciente

ficaria exposto [Duret et al. (1988); Griffiths et al. (1992); Sanderink et al. (1992); Molteni

(1993) e Leddy et al. (1994)], além de dispensar as etapas de processamento químico.

Molteni (1993) registrou como desvantagem da radiografia digital o acesso à

aparelhagem pelos cirurgiões-dentistas, além do alto custo da técnica quando comparada ao

método radiográfico convencional.

Nossos resultados comprovaram que a técnica da bissetriz preconizada pela

disciplina de endodontia da UninCor mostrou ser confiável e aceitável para realizar as

37

medidas nas radiografias de diagnóstico, odontometria e final durante os tratamentos

endodônticos. Salientamos que apesar de Updegrave (1951); Williams (1951); Eaton (1966);

Reynolds (1967); Kasle (1968); Do Vale et al. (1972); Aun & Bernabé (1978); Bhakdinaronk

et al. (1981); Forsberg (1987); Forsberg & Norway (1987); Rimondini et al. (1990); Forsberg

& Hasle (1994) e Raldi et al. (1999) afirmarem que a técnica do paralelismo é superior à

técnica da bissetriz, nossa pesquisa mostrou que esta última, quando bem executada, é tão

eficaz quanto a primeira.

Os resultados desta pesquisa vieram reforçar toda a filosofia e protocolo de trabalho

preconizados pela disciplina de Endodontia da UninCor, contrariando nossas expectativas,

que esperávamos encontrar diferença estatística significante nas medidas que foram

comparadas.

Esta pesquisa almeja por sucessivas investigações, sendo que, testando novas

tecnologias, equipamentos e metodologias diferentes, certamente será aprimorada cada vez

mais a etapa da odontometria no tratamento endodôntico.

38

7 CONCLUSÃO

Baseando-nos nos resultados encontrados e em nosso referencial teórico, pudemos

concluir que:

- Não houve diferença estatisticamente significante entre o comprimento das

medidas das radiografias periapicais de diagnóstico, odontometria e obturação final em dentes

unirradiculares.

- O método radiográfico da técnica pela bissetriz mostrou-se eficiente na realização

de radiografias durante as fases do tratamento endodôntico, sendo que a distorção radiográfica

encontrada foi irrelevante.

39

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44

Anexo

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

4233 11 23 24 25 36 M 4233 21 23 23 23 36 M 384 25 21 25 23 15 F 5383 33 27 25 26 42 M 411 35 18 20 20 29 M

163/2003 44 18 18 18 52 F 4231 22 16 17 15 30 F 5381 34 28 24 24 16 M 2414 21 15 19 22 19 M

157/2003 13 28 28 24 28 M 365 12 29 26 26 51 F 378 11 22 22 22 42 F

134/2003 34 20 19 22 37 F 1117 12 24 21 20 14 M 1117 11 22 22 22 14 M 4608 22 29 24 25 32 M

123/2003 21 24 23 20 26 F 2401 21 22 27 30 41 F 2997 43 32 27 39 53 F 2997 13 32 28 27 53 F 4600 13 32 30 33 41 F 4602 12 19 17 19 19 F 4921 11 19 19 22 28 M 357 22 23 22 22 60 M

108/2003 21 32 29 29 32 M 3863 11 22 27 22 17 F 5365 44 20 20 16 33 M 3600 44 21 17 19 44 F 1965 21 33 30 29 18 F 4117 13 26 23 24 31 M 4117 12 17 13 17 31 M 4117 11 15 17 17 31 M 4103 13 17 23 23 20 M 3704 23 29 29 25 53 F 4102 41 27 24 24 47 F 1827 12 23 24 23 19 F 4077 32 26 24 26 25 M 5356 21 22 21 22 19 M

45

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

4893 11 21 21 19 13 M 4893 12 22 25 26 13 M 4893 13 33 33 37 13 M 4050 12 32 22 21 39 F 4050 31 19 23 19 39 F 4050 41 26 23 21 39 F

035/2003 13 23 27 27 42 M 021/2003 21 26 27 29 32 M

4573 21 29 22 26 13 F 15584 43 22 17 17 27 M 20162 32 20 16 25 31 F

152/2001 41 19 19 19 19 F 149/2001 22 25 25 23 58 M

12595 13 27 26 27 54 M 18438 12 26 24 25 32 M 16205 12 26 26 30 45 F 2820 22 24 25 26 43 M 8563 21 23 24 24 16 F

132/2001 21 22 22 27 45 F 16188 22 23 23 23 31 M 4868 12 23 21 23 25 M

113/2001 13 18 29 21 29 M 9332 12 29 28 29 25 M 4870 11 27 26 26 10 F 4870 21 21 23 21 10 F 16201 21 23 26 39 14 F 16201 11 25 26 25 14 F 7366 21 22 24 24 31 M 7366 22 24 24 25 31 M 8617 11 26 25 27 40 F 11922 21 26 25 24 40 F 10096 12 16 21 16 52 M 21306 45 24 26 22 36 M 2740 21 26 23 24 41 M 11894 11 21 21 19 18 M 11894 12 18 24 19 18 M 17322 11 19 21 19 24 F 9557 12 20 20 20 13 F 9557 21 19 22 24 13 F

039/2001 22 29 29 24 40 M

46

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

6785 11 19 21 21 32 M 13585 33 30 29 27 26 M

024/2001 43 24 22 23 18 F 9549 11 21 21 21 57 M 9549 21 21 22 24 57 M 6783 11 15 15 15 13 M 6783 21 21 23 21 13 M 6783 12 19 18 19 13 M 6813 23 23 23 23 48 F

002/2001 11 28 34 33 19 F 5885 21 17 17 19 38 M

094/2000 12 24 23 22 32 M 4727 31 19 21 19 33 F

085/2000 32 23 24 24 47 M 21279 31 18 17 18 55 F 4530 21 29 27 25 41 F 13465 43 26 29 26 34 F 9375 12 21 18 21 22 F 17410 11 26 26 27 50 M 12043 23 29 28 33 33 F

056/2000 22 20 19 16 46 M 16954 22 24 22 24 20 M 16954 11 33 27 25 20 M 6750 21 16 17 17 37 F 5844 11 30 29 31 21 F 5856 12 25 20 21 42 F 11680 21 21 23 22 37 M 5770 22 27 24 24 39 F 12857 21 26 23 23 18 M 2402 11 23 22 21 25 F 6730 21 26 24 24 31 F 6730 11 33 28 33 31 F 12094 22 24 25 22 14 M 11609 11 21 22 19 19 M 11609 12 29 28 21 19 M 9285 21 30 30 29 28 F

191/1999 11 34 32 30 12 F 192/1999 13 34 34 39 33 F 189/1999 33 25 25 25 41 M

12774 11 29 24 34 15 M

47

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

12774 22 25 27 22 15 M 186/1999 21 24 22 23 24 F

6650 21 24 23 24 14 F 9129 12 25 24 24 29 F 12678 22 20 25 19 22 M 110 22 19 18 19 45 F

12433 43 22 20 22 38 M 624 22 23 26 25 27 M 629 11 25 26 29 24 M 477 21 19 22 22 17 F 9081 21 21 20 21 13 M 17272 12 23 22 20 43 F 12858 43 22 24 24 30 F

123/1999 13 27 27 27 24 F 20915 23 30 28 29 28 M

128/1999 41 18 16 18 32 F 117/1999 43 26 26 26 40 F 115/1999 21 22 24 24 56 M

8501 11 20 22 20 20 M 12779 22 17 19 17 18 M 12779 21 17 17 21 18 M 12124 21 21 19 18 37 F 12124 22 19 21 19 37 F 12772 12 19 21 19 21 F 12803 41 17 21 21 28 M 3712 11 27 25 29 31 M

094/1999 21 22 22 22 40 M 093/1999 42 15 17 16 38 F 088/1999 13 33 32 32 23 M

17243 21 30 25 29 25 F 080/1999 21 22 23 20 18 F

1084 43 23 23 22 19 F 1084 12 17 17 20 19 F 9078 23 21 23 21 53 M 2747 11 17 19 17 23 F

049/1999 22 26 29 25 42 M 9036 42 29 29 29 33 M 11520 11 24 23 27 10 F

045/1999 22 31 26 26 21 M 17208 22 21 23 22 15 F

48

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

17208 13 25 24 25 15 F 12686 11 20 19 19 15 M 4454 21 21 21 21 40 F 4454 23 27 25 27 40 F 9042 22 22 25 25 21 F 9025 32 22 25 22 18 M 9025 23 31 30 31 18 M 12517 11 26 26 32 31 M 6635 23 22 24 22 24 M 6635 22 22 27 20 24 M 6635 21 24 31 25 24 M 6635 11 25 27 25 24 M 9850 11 21 21 21 32 F 8440 11 24 26 27 27 M 8440 22 27 34 34 27 M 8440 21 27 26 31 27 M 11386 11 26 27 26 15 F

217/1998 42 23 25 23 12 F 4325 12 21 21 20 31 F 4325 21 19 21 19 31 F 12201 13 27 27 27 22 M 9809 22 25 24 25 14 M 12350 41 19 22 21 9 F 2295 31 20 20 16 18 M 2215 41 20 17 17 21 M 155 21 27 25 27 43 F

239/1998 12 28 25 26 25 F 142 12 27 24 31 28 F 5556 22 18 14 17 31 F 18361 11 18 17 17 55 M

251/1998 33 22 22 19 18 M 11373 11 27 24 23 13 F 11373 12 22 24 24 13 F 11367 22 20 20 20 13 F

258/1998 11 39 26 27 21 M 258/1998 12 28 29 29 21 M

4296 11 21 19 21 37 M 260/1998 21 27 27 27 10 M 260/1998 11 27 27 25 10 M 261/1998 21 30 25 21 56 M

49

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

18304 11 22 24 22 25 F 16548 11 25 25 24 42 F 9350 12 26 26 26 14 F 12416 13 29 26 34 23 F 332 21 20 21 20 24 M

16544 11 26 24 26 29 F 5660 21 30 35 27 32 F

182/1998 21 27 30 30 18 M 3650 21 22 24 25 39 M 95 11 25 34 28 14 M

7259 11 20 16 21 27 F 165/1998 21 17 15 16 24 M

20769 32 16 18 18 42 F 20769 33 18 20 19 42 F

147/1998 21 19 19 19 12 M 307 22 22 25 26 50 M

142/1998 22 19 18 17 47 F 11290 22 20 20 29 29 M 3628 22 24 21 31 25 M 5569 12 21 19 21 33 M 12345 21 20 22 20 51 F 278 22 14 19 19 19 F 1071 12 19 18 31 8 F 1071 11 19 20 22 8 F 1071 21 19 20 21 8 F 1071 22 18 19 20 8 F

098/1998 12 21 17 21 14 M 11522 21 17 21 17 58 M 9803 43 23 21 21 28 M 9803 42 23 20 21 28 M 9803 41 17 19 17 28 M 9803 31 22 19 19 28 M 9803 33 20 19 20 28 M 9803 32 16 17 18 28 M 9803 34 21 19 20 28 M 11222 12 19 21 21 19 F 11222 31 16 16 17 19 F 11222 42 16 19 16 19 F 11222 41 15 15 15 19 F 11222 21 19 20 23 19 F

50

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

12277 13 28 25 29 35 M 072/1998 11 22 23 24 20 F

16488 21 19 24 26 10 M 16488 11 32 22 24 10 M

064/1998 13 25 27 29 22 M 051/1998 21 34 27 27 36 F 038/1998 21 21 25 22 26 F

8412 11 27 27 28 12 M 8412 12 27 29 28 12 M 2120 22 26 29 21 30 F 12239 12 30 29 34 27 F 4258 22 19 29 21 44 F 9780 11 29 25 28 25 F 9780 21 28 32 28 25 F 12240 23 27 23 22 11 M 12240 21 35 24 30 11 M 8405 23 21 20 22 24 M 8405 22 20 21 22 24 M 2211 12 13 14 14 43 M 16332 11 21 21 23 28 F

43 22 17 17 17 15 F 43 23 21 21 22 15 F

13403 21 22 26 22 31 F 12932 13 24 24 27 45 M 9615 12 26 26 26 22 F 12962 43 30 29 27 37 F 12987 41 20 20 18 21 M 3567 11 22 28 21 18 F 7231 33 19 22 22 24 M 13401 23 22 22 22 37 M 9663 33 29 26 27 36 M

261/1997 11 21 20 20 42 M 263/1997 33 24 20 24 31 F

17695 32 21 20 20 16 F 17695 31 25 21 21 16 F 5556 11 11 10 10 14 M 5556 22 14 14 16 14 M 4190 22 18 16 17 30 M 16337 12 25 25 25 28 F 18276 43 24 26 28 48 M

51

Registro Dente

RX diagnóstico

(mm) RX odontometria

(mm)

RX final (mm) Idade Sexo

280/1997 23 18 17 15 40 M 125/1997 33 21 19 22 27 M

2110 32 17 15 15 8 F 17944 11 27 26 25 14 M

7 11 19 23 21 22 M 3568 12 21 20 20 44 F 18313 12 23 22 23 13 F 12868 21 21 22 22 19 M 11189 11 23 23 20 43 F 11189 22 19 19 19 43 F 11189 12 19 20 19 43 F 11155 11 21 21 22 19 M 11155 12 26 26 26 19 M 17930 11 19 13 13 31 M 17930 21 13 13 25 31 M 965 22 22 22 20 53 M 5539 22 21 23 23 50 F 950 13 27 25 27 47 F 2082 33 28 25 27 33 M

026/1997 12 15 15 15 29 M 9517 22 18 16 20 13 M 9517 43 26 22 22 13 M

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