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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC CAROLINE CAVALCANTE MAIORANO PAULO VITOR MELO DE CARVALHO LIMA ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL PARA AMBIENTES INTERNOS MACEIÓ ALAGOAS 2017/2

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO ......Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos

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Page 1: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO ......Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CAROLINE CAVALCANTE MAIORANO

PAULO VITOR MELO DE CARVALHO LIMA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO

CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL

PARA AMBIENTES INTERNOS

MACEIÓ – ALAGOAS 2017/2

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CAROLINE CAVALCANTE MAIORANO

PAULO VITOR MELO DE CARVALHO LIMA

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO

CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL

PARA AMBIENTES INTERNOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Cesmac, sob a orientação do professor Esp. Josivaldo Januário de Lima Pinto.

MACEIÓ – ALAGOAS 2017/2

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AGRADECIMENTOS

Graças ao Pai, que me deu o dom da vida e a capacidade física e mental, chego a esse importante patamar da minha trajetória.

Com o apoio, amor e carinho da minha família: meus pais, Ivana e Elisvaldo, meus avós, Coralina e Hermes, meus irmãos, Victor, Matheus e Maria Vitoria, minha tia, Christyne, e de todos os outros que tem um espaço em meu coração, fui conduzida a minha caminhada nos estudos, chegando até a conclusão de minha faculdade.

Gratidão a cada professor, que com seu dom de compartilhar seus conhecimentos, nos fez pessoas mais ricas e completas, de estudos e aprendizados. Cada um com seu jeito especial de ser e todos com um desejo em comum: o desejo de um futuro incrível para nós! Obrigada por acreditarem na gente, e nos incentivar e encorajar quando alguma dificuldade aparece.

Gratidão aos amigos que já faziam parte de nossa vida, e gratidão por aqueles amigos que cultivamos nesses cinco anos de faculdade. Tivemos a dádiva de ter sido uma sala unida, alegre e divertida. Levarei comigo cada amor de amigo.

Agora, com a riqueza desse alicerce, sinto-me pronta para erguer a edificação, dessa mais importante construção - a minha carreira profissional!

Os materiais foram os mais nobres, então, “mãos à obra” com o coração repleto de gratidão e humildade e, a mente sempre receptiva para novos infinitos aprendizados.

A todos que estiveram presentes, de maneira íntima ou mais distante, meu mais sincero agradecimento!

Caroline Cavalcante Maiorano

Antes de tudo, deixo minha gratidão ao nosso deus, por toda sabedoria que me foi dada e a capacidade de hoje poder estar concluindo o curso de engenharia civil.

Seguirei meus agradecimentos com as pessoas que mais importam nessa vida que são meus pais: Paulo Cesar de Carvalho Lima e Teresa Melo de Carvalho Lima, que me deram todo o suporte, seja motivacional ou financeiro, para que fosse possível hoje eu estar concluindo o curso.

Agradecer também ao Cesmac pela competência no desenvolvimento de suas atividades, executando bem o seu papel como instituição, mostrando total capacidade de formar um excelente profissional. Não esquecendo o empenho de cada professor, em suas respectivas áreas, para nos passar todo o conhecimento possível que fizesse somar nessa nossa nova trajetória.

Agradecer aos colegas de classe, pela família que foi construída, pelas diversas ajudas que foram dadas a mim durante o curso, mostrando desde já o espírito de equipe que é extremamente necessário no campo da engenharia.

Com essa base formada, me sinto pronto para assumir esse papel na sociedade e poder com o meu trabalho contribuir com a mesma.

Paulo Vitor Melo de Carvalho Lima

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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO E A TECNOLOGIA DRYWALL PARA AMBIENTES INTERNOS

COMPARATIVE STUDY BETWEEN VEGETABLE CERAMIC BLOCK MASONRY AND DRYWALL TECHNOLOGY FOR INTERNAL ENVIRONMENTS

Caroline Cavalcante Maiorano

Graduanda do Curso de Engenharia Civil [email protected]

Paulo Vitor Melo de Carvalho Lima

Graduando do Curso de Engenharia Civil [email protected]

Josivaldo Januário de Lima Pinto

Professor do Curso de Engenharia Civil [email protected]

RESUMO Atualmente existem diversos sistemas construtivos disponíveis para se executar uma obra, cada sistema pode utilizar como matéria prima principal, diferentes materiais como gesso, bloco cerâmico, concreto, metal, entre outros. Geralmente ocorrem combinações destes materiais para a formulação do método construtivo. O presente estudo se insere nesse contexto nacional na busca por sistemas construtivos alternativos com tecnologias inovadoras, que obtenham ganhos de produtividade significativos em relação ao método convencional comumente empregado. Tem por objetivo realizar um estudo comparativo entre a estrutura de Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos cerâmicos, visando conhecer as características, processo construtivo, materiais, custos e quantidade de mão de obra. O presente estudo abordou a comparação do uso do sistema construtivo em alvenaria convencional e Drywall em paredes de vedação em toda a casa. O embasamento teórico possibilitou a compreensão dos dois sistemas de métodos construtivos e de suas particularidades.

PALAVRAS-CHAVE: Sistemas construtivos. Drywall. Alvenaria Convencional. ABSTRACT Currently there are several construction systems available to execute a work, each system can use as main raw material, different materials such as gypsum, ceramic block, concrete, metal, among others. Generally combinations of these materials occur for the constructive method formulation. The present study is inserted in this national context in the search for alternative constructive systems with innovative technologies that obtain significant productivity gains in relation to the conventional method commonly used. The objective of this study is to compare the Drywall structure in closures and internal partitions, its advantages and disadvantages in relation to the construction system of masonry of ceramic blocks, aiming to know the characteristics, construction process, materials, costs and quantity of labor. The present study addressed the comparison of the use of the construction system in conventional masonry and Drywall in sealing walls throughout the house. The theoretical basis allowed the understanding of the two systems of constructive methods and their particularities.

KEYWORDS: Construction systems. Drywall. Conventional masonry.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 07 1.1 Objetivos .................................................................................................... 08 1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 08 1.1.2 Objetivo Específico ................................................................................... 08 2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS........................................................................ 09 2.1 Bloco Cerâmico ......................................................................................... 09 2.1.1 Características gerais ............................................................................... 10 2.1.2 Componentes ........................................................................................... 13 2.1.3 Características Técnicas .......................................................................... 13 2.1.4 Técnica Construtiva .................................................................................. 14 2.1.4.1 Marcação ............................................................................................... 15 2.1.4.2 Assentamento ........................................................................................ 16 2.1.4.3 Encunhamento ....................................................................................... 17 2.1.4.4 Vantagens e desvantagens................................................................... 18 2.2 Tecnologia Drywall..................................................................................... 18 2.2.1 Características Gerais .............................................................................. 20 2.2.2 Características Técnicas .......................................................................... 20 2.2.3 Componentes ........................................................................................... 21 2.2.4 Sistema Construtivo .................................................................................. 22 2.2.4.1 Marcação e Fixação das guias .............................................................. 24 2.2.4.2 Montagem da Estrutura de Sustentação ............................................... 24 2.2.4.3 Chapeamento ........................................................................................ 24 2.2.4.4 Tratamento em juntas ............................................................................ 25 3 METODOLOGIA ............................................................................................. 26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................ 31 REFERÊNCIAS................................................................................................. 32 APÊNDICES ...................................................................................................... 35 APÊNDICE A – Residência popular com 43m² de área construída ................. 36 APÊNDICE B – Residência popular com cotas ................................................

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1 INTRODUÇÃO

A construção civil, ainda é, predominantemente, artesanal caracterizada pelo

grande desperdício de materiais e pela baixa produtividade (HASS; MARTINS, 2011,

p.9). Atualmente existem diversos sistemas construtivos disponíveis para se

executar uma obra, cada sistema pode utilizar como matéria prima principal,

diferentes materiais como gesso, bloco cerâmico, concreto, metal, entre outros.

Geralmente ocorrem combinações destes materiais para a formulação do método

construtivo (SANTOS, 2014, p.3).

Para a escolha do método construtivo mais vantajoso deve ser estudado

diversos fatores como disponibilidade de recursos, custos, prazos, segurança e

qualidade dos serviços e materiais. Devendo se atentar para escolha correta dos

materiais, equipamentos apropriados, logística, quantidade da mão de obra e rotinas

de trabalho (SANTOS, 2014, p.3).

Os blocos cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou

internas que não tem a função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da

alvenaria da qual faz parte (OLIVEIRA, 2013, P.39).

O Drywall trata-se de uma técnica alternativa e competitiva à construção com

alvenaria convencional utilizada no mercado brasileiro. O Brasil encontra-se com um

atraso tecnológico construtivo de, aproximadamente, 100 anos quando comparado a

países da Europa e América do Norte que se utiliza de tal tecnologia desenvolvida

inicialmente em 1895 por Augustine Sackett com Drywall, no Brasil começou a ser

difundida na década de 1970, começando a ser utilizado e difundido na segunda

metade da década de 1990, em maior escala no século XXI (LABUTO, 2014, p.1).

O presente estudo se insere nesse contexto nacional na busca por sistemas

construtivos alternativos com tecnologias inovadoras, que obtenham ganhos de

produtividade significativos em relação ao método convencional comumente

empregado. Tem por objetivo realizar um estudo comparativo entre a estrutura de

Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em

relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos cerâmicos, visando conhecer

as características, processo construtivo, materiais, custos e quantidade de mão de

obra. Qual a solução mais viável em alvenaria de vedação, a partir da definição do

processo construtivo mais eficiente: Drywall ou bloco cerâmico?

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Realizar um estudo comparativo entre a estrutura de Drywall em fechamentos

e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema

construtivo de alvenaria de blocos cerâmicos.

1.1.2 Objetivo Específico

- Descrever os procedimentos utilizados na vedação com Drywall e blocos

cerâmicos;

- Comparar a alvenaria em bloco cerâmico e o sistema Drywall quanto ao tempo de

execução;

- Realizar um comparativo econômico do material utilizado nos dois sistemas

construtivos; e

- Analisar as vantagens e desvantagens na utilização de cada sistema construtivo.

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2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS

A construção civil é uma das mais antigas atividades humanas que contribuiu

para o desenvolvimento das civilizações. As técnicas foram se desenvolvendo com o

decorrer dos anos, deixando de atender somente às necessidades básicas de

abrigo. A construção sempre esteve presente na evolução do homem, visto que este

sempre procurou proteção da agressividade do meio que o envolve (condições

climatéricas, animais, etc.), visando sua sobrevivência. À medida que as exigências

de melhores condições de vida foram aumentando, passando a dar ênfase ao

conforto, foi se tornando mais complexo o processo de transformação das matérias-

primas. Hoje observa-se um amplo leque de tipologias e construções destinadas aos

mais variados fins, que só se tornaram possíveis devido ao desenvolvimento desta

atividade humana, neste caso, a construção civil (NEVES, 2011, p.1).

Existem diversos sistemas construtivos disponíveis para se executar uma

obra. Cada sistema construtivo pode utilizar como matéria-prima principal diferentes

insumos, como madeira, bloco cerâmico, concreto, metal, entre outros. Geralmente

ocorrem combinações desses insumos para a formulação do método construtivo

(SANTOS, 2014).

O Sistema Construtivo é definido como “o conjunto das regras práticas, ou o

resultado de sua aplicação, de uso adequado e coordenado de materiais e mão de

obra que se associam e se coordenam para a concretização de espaços

previamente programados (SOUSA, 2011).

Guimarães (2014) afirma então que um sistema construtivo é nada mais que

uma combinação ou conjunto de componentes ou subsistemas que se relacionam

de forma organizada para formar uma estrutura.

Os tipos de sistemas construtivos mais utilizados no Brasil são: alvenaria

estrutural e convencional, Drywall e parede de concreto.

2.1 Bloco Cerâmico

A NBR 15270-1 (2005), define os blocos cerâmicos para vedação como as

alvenarias externas ou internas que não tem a função de resistir a outras cargas

verticais, além do peso da alvenaria da qual faz parte. Estes componentes

correspondem a cerca de 85% a 95% do volume da alvenaria e determinam as

principais características de desempenho, projeto e produção (BARBOSA, 2015,

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p.3). A alvenaria é o conjunto de elementos da construção civil, resultantes da união

de blocos justapostos unidos com argamassa, ou não, destinados a suportar

principalmente esforços de compressão ou simplesmente a vedação de uma área

(RODRIGUES, 2010).

2.1.1 Características gerais

As alvenarias podem ter variados tamanhos, a partir da quantidade de furos

ou mesmo de suas espessuras, 4, 6, 8 e 10 furos, ou espessuras de 8 cm, 10 cm, 15

cm e até 20 cm, entre outras. Elas podem ser revestidas com algum tipo de proteção

ou mesmo ficarem aparentes (LIMA, 2006).

O Código de Boas Práticas, indica que os blocos cerâmicos utilizados na

execução das alvenarias de vedação, com ou sem revestimentos, devem atender à

NBR 15270-1:2005 (Quadro 1), a qual, além de definir termos, fixa os requisitos

dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento. Segundo Barbosa

(2015), os blocos cerâmicos mais utilizados na construção civil são os com furos

prismáticos, dimensão de fabricação em centímetros, na sequência largura (L),

altura (H) e comprimento (C), na forma de (LxHxC)cm então, (9x19x19)cm também

denominados tijolo furado (Figura 1).

Figura 1 – Bloco cerâmico furado de vedação. Fonte: NBR 15270-1, 2005.

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Quadro 1 – Dimensões padronizadas dos blocos

Fonte: NBR 15270-1, 2005.

Existem outros tipos de componentes cerâmicos complementares, além dos

blocos e meio-blocos, que integram as alvenarias de vedação, com funções

específicas como a canaleta U, que permite a construção de cintas de amarração,

vergas e contravergas, a canaleta J, os blocos de amarração, os compensadores e

outros que podem ser especificados em projetos, desde que atendam aos requisitos

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de desempenho exigidos. As características que os blocos cerâmicos de vedação

devem apresentar, estão resumidas na NBR 15270-1:2005 (Quadro 2).

Quadro 2 – Características dos blocos cerâmicos.

Fonte: NBR 15270-1, 2005.

As características apresentadas no Quadro 2 devem ser verificados para os

blocos cerâmicos conforme os procedimentos de ensaios definidos na NBR15270-

3:2005. Com a finalidade de caracterização e aceitação ou rejeição dos blocos

cerâmicos, essa norma descreve os métodos de ensaios para a avaliação de

conformidade dos mesmos, incluindo a determinação de suas características

geométricas, físicas e mecânicas (SANTOS, 2014).

Para avaliação da conformidade dos blocos, além de uma inspeção geral

(onde se verifica a correta identificação dos blocos, incluindo a marca do fabricante

em cada peça, e as características visuais dos blocos), deve ser realizada inspeção

por ensaios para determinação de suas características geométricas (valores das

dimensões das faces, espessura das nervuras que formam os septos e das paredes

externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua caracterização física

(índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à

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compressão). Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo

100.000 blocos ou fração, de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e

rejeição apresentados no Quadro 3 (NBR 15270-1, 2015).

Quadro 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição.

Fonte: NBR 15270-1, 2005.

2.1.2 Componentes

Silva (2007), apud Bertolini (2013), afirma que os componentes da alvenaria

de vedação são os blocos cerâmicos e a argamassa de assentamento. Os blocos

são responsáveis pela vedação e a argamassa de assentamento, pela aderência

entre as fiadas e entre os blocos e a estrutura, otimizando as funções da alvenaria.

São utilizados ainda alguns outros materiais, como as telas de amarração que

trabalham nas ligações estrutura alvenaria para melhorar as ligações entre elas.

A NBR 13281: 2005, recomenda as argamassas mistas, compostas por

cimento e cal hidratada, para o assentamento. A argamassa utilizada para o

assentamento dos blocos pode ser industrializada ou preparada em obra e devem

atender aos requisitos estabelecidos na norma.

2.1.3 Características Técnicas

A NBR 15270-1: 2005, define que a alvenaria vertical interna com blocos

cerâmicos deve atender as seguintes características técnicas:

Resistência à compressão: A resistência à compressão dos blocos cerâmicos

de vedação tem os seguintes valores mínimos: 1,5 MPa para blocos usados com

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furos na horizontal e 3,0 MPa para blocos com furos na vertical, referida à área

bruta.

Aspecto visual: A norma especifica que o bloco cerâmico de vedação seja

isento de defeitos sistemáticos, como quebras, superfícies irregulares ou

deformações (desvios de forma) que não permitam seu emprego na função

especificada.

As características da superfície externa do bloco são especificadas de comum

acordo entre fornecedor e comprador (face lisa ou com ranhuras).

Absorção de água: Limite mínimo de 8% e máximo de 22%.

Desvio em relação ao esquadro: Máximo de 3mm.

Planeza das faces ou flecha: Flecha máxima de 3mm.

Tolerâncias dimensionais (relacionadas às dimensões de fabricação): As

tolerâncias dimensionais individuais são de ± 5mm e as tolerâncias dimensionais

relativas à média das dimensões são de ± 3mm, para cada grandeza considerada

(largura, altura e comprimento).

Espessura das paredes dos blocos e dos septos: A espessura mínima das

paredes dos blocos deve ser de 7mm e a espessura mínima dos septos, de 6mm.

Quando a superfície do bloco apresentar ranhuras, a medida das paredes externas

corresponderá à menor espessura.

2.1.4 Técnica Construtiva

Todas as partes da construção em si são feitas in loco tornando o processo

consideravelmente mais demorado, pois a alvenaria é um sistema completamente

artesanal (Figura 2). Sem contar muitas vezes com mão de obra não especializada.

Com a mão de obra despreparada pode haver perda de material tanto por recortes

mal feitos, como também pela necessidade muitas vezes de um retrabalho. O não

planejamento detalhado de onde passarão as instalações, hidráulica e elétrica,

também contribui, dado que fendas em paredes, pisos ou forros resultam em

material desperdiçado (HASS; MARTINS, 2011, p.14).

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Figura 2 – Alvenaria de vedação com bloco cerâmico. Fonte: CRUSIUS, 2011.

Quanto ao processo executivo da alvenaria de vedação, Silva (2007) destaca

as etapas de execução: marcação, assentamento e encunhamento.

2.1.4.1 Marcação

A primeira etapa do processo é a marcação da alvenaria, a locação da

primeira fiada. A marcação dos pontos deve ser feita de acordo com o projeto

arquitetônico de modo a garantir a linearidade da alvenaria. Antes da locação deverá

ser verificado o nivelamento do piso, caso haja desnivelamentos é necessário

remover o acesso ou aplicar argamassa nas depressões. Recomenda-se que a

marcação seja iniciada pelas paredes externas, facilitando o enquadramento das

paredes. A locação das paredes deve ser feita com a utilização de cotas

acumuladas buscando minimizar o acúmulo de erros de medição. Depois de

marcado os eixos das paredes e verificado os esquadros, iniciasse a locação da

primeira fiada em pontos estratégicos como canto de paredes, encontros e aberturas

(D2R ENGENHARIA, 2017).

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As juntas verticais da primeira fiada (Figura 3) sempre devem ser

preenchidas, ainda que o projeto preveja a eliminação das juntas nas fiadas

subsequentes. De acordo com a NBR 8545 (1984, p.10) as juntas de argamassa

devem tem no máximo 10mm e não devem apresentar vazios.

Figura 3 – Marcação da primeira fiada. Fonte: SELECTA BLOCOS, 2012.

2.1.4.2 Assentamento

A execução da alvenaria deve seguir o projeto executivo considerando suas

posições e espessura. Na elevação da alvenaria, as fiadas vão sendo

confeccionadas umas sobre as outras de forma que as juntas verticais sejam

descontínuas. Caso haja a necessidade da utilização de assentamento com juntas

verticais contínuas a NBR 8545 (1984) recomenda a utilização de armadura

longitudinal situadas na argamassa de assentamento. O estudo preliminar da

disposição dos blocos deve ser realizado a fim de garantir que a alvenaria tenha o

maior número possível de blocos inteiros trazendo maior economia, eficiência e

velocidade na execução.

A NBR 8545 (1984) afirma que o assentamento dos componentes cerâmicos

(Figura 4) deve ser planejado de tal forma que, nos encontros de paredes, sejam

realizadas juntas de amarração. Devem ser executadas no mínimo 24 horas após a

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execução da impermeabilização da viga baldrame, garantindo assim a

estanqueidade da alvenaria.

Recomenda-se a utilização de escantilhão como guia das juntas horizontais, e

também prumo de pedreiro para garantir o alinhamento vertical da alvenaria. A cada

fiada deve ser utilizada como guia uma linha esticada para assegurar a

horizontalidade (NBR 8545, 1984, p.7 apud SANTOS, 2013).

Figura 4 – Assentamento da alvenaria de blocos cerâmicos. Fonte: FK COMÉRCIO, 2012.

2.1.4.3 Encunhamento

Na região de contato entre a alvenaria de vedação e a estrutura do pavimento

superior há a ocorrência de fissuras, isso acontece devido à transmissão de alguns

esforços para a alvenaria. Os principais tipos de encunhamento são através de

cunhas de concreto, tijolos maciços e com argamassa aditivada com expansor.

Para edificações que não exigi a utilização de estruturas em concreto armado,

deve ser feita uma cinta de amarração em todas as paredes. Em edificações que

agrega esse tipo de estrutura com mais de um pavimento, deve ser executado o

encunhamento, após a alvenaria do pavimento imediatamente acima ter sido

assentada (NBR 8545, 1984, p.10).

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2.1.4.4 Vantagens e desvantagens

O método mais utilizado e aceito pela sociedade são as paredes de alvenaria

de blocos cerâmicos, devido a comum utilização e facilidade para a execução. A

Unama (2009, p.3) apud Santos (2013) cita algumas vantagens e desvantagens da

alvenaria de vedação com blocos cerâmicos (Quadro 4).

Quadro 4 – Vantagens e desvantagens da vedação com blocos cerâmicos.

VANTAGENS DESVANTAGENS

- Bom isolamento térmico e acústico;

- Boa estanqueidade à água;

- Boa resistência ao fogo;

- Durabilidade superior a cem anos, sem

proteção e sem manutenção;

- Facilidade de composição dos elementos

de qualquer forma e dimensão;

- Sem limitação de uso em relação às

condições ambientais;

- Baixa inversão de capital na produção;

- Total disponibilidade de matéria prima;

- Produção não poluente, sem geração de

resíduos prejudiciais ao meio ambiente

- Como não se utiliza projeto de alvenaria,

as soluções construtivas são improvisadas

durante a execução dos serviços;

- Qualidade deficiente dos materiais

utilizados e da execução;

- Muitos retrabalhos na execução dos

rasgos para passagens das tubulações

hidráulicas e eletrodutos;

- Necessidade de revestimentos adicionais

para buscar uma textura lisa.

Fonte: UNAMA, 2009 apud SANTOS, 2013.

2.2 Tecnologia Drywall

“O gesso é o mais antigo aglomerante de que se tem notícia. Foi encontrado

em construções no antigo Egito como na pirâmide de Khufu, há cerca de cinco mil

anos. Sua matéria prima é a Gipsita - uma rocha de origem sedimentar constituída

por cloretos e sulfatos de cálcio, magnésio e potássio, cuja fórmula é: CaSO4 - ½

H2O. O sulfato de cálcio semihidratado, comercialmente denominado de gipso ou

gesso, tem a propriedade de endurecer quando misturado com água, dando rigidez

e dureza” (BRAGA et al., 2008).

Segundo Barbosa (2015), o drywall surge para substituir as vedações internas

convencionais de edifícios e consiste em chapas de gesso aparafusadas em

estruturas de perfis de aço galvanizado, é um processo mais rápido que o

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convencional. Esse sistema consiste em paredes de gesso com espessuras

menores do que as de alvenaria, o que gera paredes muito mais leves, esse tipo de

parede é utilizado para divisórias de ambientes internos.

Conforme Silva e Fortes (2009, p.11):

“O drywall é um sistema de montagem construtiva de vedação vertical com significado na origem da palavra, dry significa seco e wall parede, então drywall é uma parede seca. São paredes internas, retas ou curvas, não estruturais de edifícios e não expostas a intempéries. Existem mais de um tipo de parede seca, mas o sistema que ficou conhecido popularmente no Brasil por drywall é o composto por chapas de gesso acartonado, pré-fabricadas a partir da gipsita natural, fixadas em uma estrutura metálica leve em perfis de aço galvanizado, distanciados ao longo de um plano vertical conforme medida do painel”.

As chapas de gesso devem ser produzidas e montadas de acordo com as

seguintes Normas ABNT: NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001,

NBR 15758-1:2009. De acordo com Yazigi (2009), os painéis de gesso acartonado

apresentam uma série de características de utilização e implica mudança drástica de

técnica construtiva. Os principais aspectos que caracterizam essa nova tecnologia

estão expostos no quadro 5.

Quadro 5 – Aspectos que caracterizam a tecnologia Drywall.

CARACTERÍSTICAS TIPOS DE CHAPAS

- Versatilidade para diferentes formas geométricas das paredes; - Capacidade de atendimento dc diferentes necessidades em termos de desempenho acústico a partir de tipos específicos de painéis; - Possibilidade de redução dc cargas na estrutura e nas fundações e de redução das seções estruturais com ganhos de áreas úteis; - Capacidade de obtenção de soluções racionalizadas para os demais subsistemas – instalações (com acesso para manutenção); - Elevação da produtividade: pela continuidade de trabalho proporcionada: pelas operações de montagem, com elementos dc grandes dimensões em relação aos blocos; pela repetição de operações resultante da modulação; pela eliminação de perda de materiais e de tempo não produtivo dc mão-de-obra; - Incremento da velocidade de execução da obra, com a eliminação de etapas de trabalho e liberação para a fase dc acabamento em curto espaço de tempo; - Possibilidade de obtenção de ganhos diversos pela redução dos prazos de obra - custos financeiros, velocidade de vendas etc.

- Standard (ST) – Chapa Branca, para

aplicação em áreas secas.

- Resistente à Umidade (RU) – Chapa

Verde, para aplicação em áreas sujeitas

à umidade por tempo limitado de forma

intermitente.

- Resistente ao Fogo (RF) – Chapa Rosa,

para aplicação em áreas secas

necessitando de um maior desempenho

em relação ao fogo.

Fonte: YAZIGI, 2009.

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20

2.2.1 Características Gerais

Drywall significa „parede seca‟. Consiste num sistema de vedação composto

por uma estrutura metálica de aço galvanizado com uma ou mais chapas de gesso

acartonado aparafusadas em ambos os lados. Trata-se de um método construtivo

que não necessita de argamassa para sua execução, reduzindo a quantidade de

entulhos gerados pelos métodos que envolvem a alvenaria convencional (SILVA;

FORTES, 2009).

O gesso proporciona a resistência a compressão e o cartão, resistência a

tração. A união destes dois elementos torna a placa muito resistente. Variam

conforme o tipo de placa, tipo de borda, espessura, dimensão e peso (BARBOSA,

2015). Os modelos e cores de placas utilizando a tecnologia drywall para ambientes

internos e suas especificações são bem definidas na Figura 5.

Figura 5 -Tipos de placas. Fonte: BARBOSA, 2015.

2.2.2 CaracterísticasTécnicas

As paredes em gesso acartonado utilizadas internamente e seus

componentes constituintes devem ter sua funcionalidade durante toda a vida útil de

projeto. As especificações fornecidas pelos fabricantes devem ser seguidas e

também respeitadas todas as condições de uso, conforme previsto em projeto.

Devem existir manutenções periódicas para a adequada conversação do gesso

acartonado. As manutenções podem se de dois tipos: as preventivas e as de caráter

corretivo, quem visam não permitir a progressão as pequenas falhas, que poderiam

resultar em extensas patologias.

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21

2.2.3 Componentes

O sistema é composto basicamente pelas placas de gesso acartonado, que

fazem o fechamento do vão, por elementos estruturais leves que sustentam essas

placas e por alguns elementos acessórios.

De acordo com Oliveira (2005), as paredes em gesso acartonado utilizadas

internamente e seus componentes constituintes devem ter sua funcionalidade

durante toda a vida útil de projeto. As especificações fornecidas pelos fabricantes

devem ser seguidas e também respeitadas todas as condições de uso, conforme

previsto em projeto. Devem existir manutenções periódicas para a adequada

conversação do gesso acartonado. As manutenções podem se de dois tipos: as

preventivas e as de caráter corretivo, quem visam não permitir a progressão as

pequenas falhas, que poderiam resultar em extensas patologias.

Lessa (2005) faz uma descrição em sua monografia sobre os tipos de placas

de Drywall utilizadas nas construções. Existem 3 tipos delas: as placas do tipo

Standard, as placas do tipo RU (Resistentes à Umidade) e por último as placas do

tipo RF (Resistentes ao Fogo). As placas do tipo standard são chapas de gesso

acartonado de uso geral, empregadas geralmente no fechamento interno da

construção em ambientes „secos‟. As placas do tipo standard são as mais utilizadas.

As placas do tipo RU, popularmente chamadas de placas verdes, são placas que

podem ser utilizadas em ambientes expostos à umidade. São empregadas

geralmente no fechamento de áreas de serviço, banheiros e cozinhas. Há a

necessidade de detalhes de impermeabilização flexível na base das paredes e nos

encontros com o piso.E por último as placas do tipo RF, que são placas que

apresentam características que conferem resistência ao fogo às paredes. Lessa

(2005) ressalta ainda que o gesso acartonado deve ser empregado sempre em

ambientes internos, evitando a instalação dele em locais sujeitos a intempéries e

umidade permanente, como saunas e piscinas por exemplo.

As placas de gesso acartonado possuem dimensões de 1,20m de largura por

comprimentos de 2,60 à 3,00m. As espessuras em que as placas são produzidas

são de 12,5mm, 15 mm e 18 mm. No Brasil, as placas mais utilizadas são as de

12,5mm (LESSA, 2005).

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Lessa (2005) relaciona os elementos acessórios à montagem do Drywall.

Afirma que cada fabricante possui seu conjunto de acessórios específicos e cita os

básicos em todos eles: Parafusos para fixação das chapas; Fita de papel reforçado,

utilizada no acabamento ou reforço de juntas ou cantos; Cantoneiras metálicas para

acabamento, proteção e reforço dos cantos das chapas de gesso; Lá de vidro, lá de

rocha ou EPS para preenchimento do vão entre as chapas de gesso, utilizadas para

melhorar o desempenho térmico e acústico do sistema; Massa especial para

rejuntamento que conferem maior trabalhabilidade e plasticidade ao sistema

construtivo.

Conforme a Associação Brasileira do Drywall (2014), a parede feita por este

material é montada através de estruturas de perfis de aço galvanizado, onde são

parafusadas em ambos os lados, as chapas de gesso acartonado. Existem formas

diferenciadas de montagem, que são definidas conforme a necessidade da obra.

Para descobrir a melhor maneira, elaborado um estudo, da acústica, mecânica e se

é preciso da resistência ao fogo e umidade.

A Associação sugere uma lista de especificações, que facilitam o resultado

deste estudo. São elas:

A espessura dos perfis estruturais (48 70 ou 90 mm); O espaçamento entre os perfis verticais ou montantes (400 ou 600 mm, em paredes retas; em paredes curvas, o espaçamento é menor, variando em função do raio de curvatura); Se a estrutura é com montantes simples ou duplos e se estes são ligados ou separados; o tipo de chapa (Standard; Resistente à Umidade; ou Resistente ao Fogo); A quantidade de chapas fixadas de cada lado (uma duas ou três); e o uso ou não de lã mineral ou de vidro no interior da parede(ASSOCIACAO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2014).

2.2.4 Sistema Construtivo

De acordo Silva e Fortes (2009) a montagem das paredes de drywall a

estrutura da edificação pode ser executada de maneira independente das vedações

e instalações, o que aumenta a produtividade; a estrutura metálica do drywall é

fixada no piso nivelado e limpo, o que melhora o acabamento final, logo após é

colocada em uma das faces as chapas de gesso abrindo frente para a montagem

das instalações elétricas, já as instalações hidráulicas são condicionadas

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verticalmente em shafts executados em drywall permitindo uma manutenção mais

simples e econômica.

A forma de montagem dos painéis é feita mediante: a demarcação e

colocação das guias; o assentamento dos montantes metálicos; o corte dos painéis

e sua fixação nos montantes por meio de parafusos aplicados com parafuradeira,

em uma das faces da parede; o preenchimento dos vãos é com manta de lá de vidro

(ou similar); o assentamento dos painéis na outra face da parede e por fim o

tratamento das juntas entre os painéis.

O acabamento das paredes as juntas entre as placas são tratadas com fita e

massa apropriada se depois podem efetuar a pintura látex ou com revestimento de

papel de parede, laminado melamínico, azulejos etc.

O sistema é fornecido com todos os acessórios, como perfis, cantoneiras,

apoios, parafusos, massa de rejunte e fita adesiva. Também são fornecidas as

ferramentas adequadas â montagem dos painéis, como tesourão, alicate aplicador,

alavanca de manobra de painel, faca retrátil e outras.

Segundo Yazigi (2009) havendo necessidade da passagem de instalações

elétricas e hidráulicas, ou execução de reforços para posterior fixação de peças

(bancadas, lavatórios ou armários), ela será executada antes do fechamento com as

placas, pois a operação fica mais fácil de ser executada. Os montantes têm

aberturas para passagem de tubulação.

Yazigi (2009), relata que é necessário proceder da seguinte forma: Cortar as

placas na altura do pé-direito, menos 1 cm; Fazer as aberturas para caixas elétricas

e outras instalações; As placas são montadas encostadas no teto para facilitar o

tratamento posterior da junta. A folga necessária para montagem é deixada na parte

baixa; As placas são dispostas de modo que as juntas de um lado da estrutura

sejam alternadas comas juntas do outro lado. No caso de paredes com placas

duplas, as juntas da segunda camada são desencontradas com as da primeira. A

junção entre as placas se faz sempre sobre um montante; Parafusar as placas com

espaçamento entre parafusas de 30 cm, no máximo, e disposto no mínimo a 1 cm

da borda da placa. Quando os montantes são duplos, parafusá-los alternadamente

sobre cada montante; Para melhorar o desempenho acústico da parede, é preciso

colocar mantas ou painéis de lã mineral antes de assentar a placa da outra face da

parede.

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24

2.2.4.1 Marcação e Fixação das guias

Algumas condições devem ser atendidas antes das marcações começarem a

ser feitas. Previamente, os revestimentos internos e externos necessitam estarem

finalizados, os shafts das tubulações já devem estar vedados, as furações já devem

estar todas previstas e já executadas e, por fim, as chapas devem estar estocadas

no andar. Depois das condições atendidas e do andar liberado, são marcados os

posicionamentos das guias a partir dos eixos conforme projeto. Após as marcações

concluídas, uma banda acústica autoadesiva é colocada nas guias e as guias são

posicionadas conforme a marcação. Em seguida elas são fixadas no chão com uma

pistola, utilizando cargas e ferramentas de tiro adequadas ao tipo de superfícies que

as guias estão sendo fixadas. Para a marcação e fixação da guia superior deve ser

utilizado um nível a laser. Deve ser executado o serviço com atenção para que as

guias fiquem no esquadro (LESSA, 2005).

2.2.4.2 Montagem da Estrutura de Sustentação

A distribuição dos montantes deve ser feita respeitando as quantidades e

espaçamentos pré-estabelecidos no projeto. O montante deve ser apoiado

totalmente na guia inferior e travado por parafusos nos dois lados do montante.

O travamento do montante na guia superior deve ser feito com um alicate de

punção, também nos dois lados do montante. No caso das bandeiras das portas, o

travamento da guia superior deve ser feito aparafusando a aba da guia de virada da

bandeira. Quando houver a necessidade de passagens de instalações e/ou reforços

para fixação de peças suspensas pesadas, os elementos devem ser aplicados antes

da colocação das chapas (SANTOS, 2013).

2.2.4.3 Chapeamento

Depois de montadas as estruturas de sustentação das chapas, já podem ser

executadas as fixações das chapas de gesso acartonado nessas estruturas. Lessa

(2005) alerta que antes de iniciar o serviço de chapeamento, é recomendável que os

caixilhos e vidros que vedam os andares já estejam colocados, no intuito de proteger

as chapas de gesso numa eventual chuva forte.

As placas devem ser cortadas nas medidas necessárias com a utilização das

ferramentas adequadas, sempre atentando para as especificações das chapas

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25

determinadas em projeto. As placas são então fixadas nos perfis por parafusos,

sempre executados perpendicularmente às chapas e não deixando frestas entre as

placas justapostas. São fixadas com folgas de 1 cm das lajes superiores e inferiores.

Para evitar que o cartão seja estourado e para permitir o cobrimento da massa de

acabamento sobre a cabeça do parafuso, a profundidade que o parafuso deve

penetrar na chapa é de aproximadamente 1 mm. Quando previstas em projeto, a

instalação dos materiais isolantes deve ser executada antes do fechamento da

parede. O posicionamento deve ser executado preferencialmente após uma das

chapas já tiver sido fixada (SANTOS, 2013).

Após o posicionamento dos materiais isolantes, a parede é então fechada.

Esse material isolante deve ser posicionado entre os montantes da estrutura de

sustentação, evitando espaços vazios e consequente formação de pontes térmicas

(LESSA, 2005).

2.2.4.4 Tratamento em juntas

Inicialmente é preparada a massa com um batedor elétrico até atingir o ponto

de enfitamento. A fita é então, com o lado correto, preenchida com a massa e

posicionada no centro das juntas. Deve-se comprimir a fita contra a junta para

obtenção de uma aderência inicial. Com auxilio de uma espátula, deve ser feito o

alisamento e a retirada parcial de massa e possíveis bolhas.

Após a secagem da fita, as superfícies enfitadas devem ser levemente

lixadas. A massa é então aplicada sobre a fita, para preencher o rebaixo entre as

chapas. Novamente após a secagem, a superfície enfitada é levemente lixada e

limpa por completo. Uma segunda demão é aplicada na região das superfícies

enfitadas. Após nova secagem, as juntas são mais uma vez lixadas ate que se

obtenha uma planicidade entre as chapas. Uma terceira demão é aplicada,

garantindo um aumento gradativo da espessura da junta e, após novo lixamento, a

planicidade entre as chapas deve estar garantida. Acabamentos de parafusos e

eventuais irregularidades devem ser feitos da mesma maneira, com preenchimento

de massa, seguido de lixamento após secagem (LESSA, 2005).

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26

3 METODOLOGIA

O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura. Buscando atender

aos objetivos propostos e elementos sobre o tema escolhido suas aplicações e

tendências para desenvolver a temática em estudo, foi realizado um levantamento

bibliográfico nos bancos de dados da SCIELO e meio acadêmico.

Foram incluídos no trabalho, teses, monografias e artigos que abordaram os

temas como: Drywall, sistemas construtivos e bloco cerâmico, e excluídos os que

apresentavam assuntos irrelevantes e que não se enquadrem no período pré-

definido.

As buscas foram realizadas no período que compreende os últimos 5 anos

(2012 – 2016), para um conceito histórico conceitual cerca do tema abordado e que

se possa fazer uma comparação e analisar a melhoria ou não dos processos

construtivos na construção civil ao longo dos anos.

Inicialmente, foram feitas buscas sobre o sistema de vedação convencional

em alvenaria de bloco cerâmico e o sistema Drywall, o possível levantamento de

dados acerca dos dois sistemas distintos para realizar a comparação entre esses

dois sistemas construtivos e, de acordo com publicações e pesquisas de autores

referentes ao tema, fazer uma análise de qual sistema se torna mais viável dentro

dos parâmetros estabelecidos. Foram reunidas informações para traçar um

comparativo de vantagens e desvantagens, entre dois tipos de alvenaria bloco

cerâmico de vedação e painel utilizando a tecnologia Drywall. Na descrição dos

processos construtivos (desenvolvimento), foram expostas as formas comuns de

execução de alvenaria bloco cerâmico de vedação, ou seja, os materiais mais

utilizados com objetivo de estudar suas aplicações na construção civil. Assim, será

possível adquirir conhecimento sobre suas potencialidades, vantagens,

desvantagens, limitações, entre outras peculiaridades de importância para o estudo,

tais quais, o tempo de execução.

Foram encontrados 63 artigos na base de dados da SCIELO e 4 livros na

Biblioteca Central do Cesmac, sendo selecionados 28, dos quais 4 foram excluídos

por não ter sido possível encontrar a versão completa. Os artigos selecionados

(n=24) foram categorizados em 5 tipos, sendo eles, 10 trabalhos de Conclusão de

Curso, 2 artigos científicos, 5 manuais e normas de regulamentação brasileira, 3

entrevistas e 4 livros. Alguns artigos se referem aos processos construtivos em

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alvenaria estrutural e outros à tecnologia Drywall. Dentre eles, são elencados os

índices que servem de parâmetros para a comparação deste estudo, tais quais, o

tempo de execução e os custos.

Alguns artigos se referem aos processos construtivos em alvenaria estrutural

e outros à tecnologia Drywall. Dentre eles, são elencados os índices que servem de

parâmetros para a comparação deste estudo, tais quais, a produtividade, o tempo de

execução e os custos.

.

Page 29: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ALVENARIA DE BLOCO ......Drywall em fechamentos e divisórias internas, suas vantagens e desvantagens em relação ao sistema construtivo de alvenaria de blocos

28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos estudos de Labuto (2014), num sistema construtivo, a produtividade

representa a quantidade da taxa de produção de um determinado serviço, produzida

em determinado intervalo de tempo, e, de acordo com dados do IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística), em Fevereiro de 2015 a mão de obra na

construção civil representa um total de 45,55% do valor da obra. Com isso, a análise

e a comparação entre os sistemas em destaque, mostram que podem gerar

economia e rapidez para a execução de uma obra.

O sistema de vedação mais utilizado é alvenaria de bloco cerâmico, e para a

execução de 1m² de parede é necessária uma equipe ampla, tais quais, dois

serventes, um para o operador de betoneira e um para o pedreiro de alvenaria, um

operador de betoneira para fazer a massa, um técnico responsável para calcular o

traço da argamassa de assentamento, um pedreiro para o assentamento dos tijolos.

Na confecção de 1m² de vedação com placas de gesso acartonado depende de,

apenas, um profissional qualificado e um ajudante.

Pensando em alternativas para redução de custos e mantendo qualidade,

Santos (2013) realizou um estudo comparativo para execução da vedação de um

edifício com 10 pavimentos residenciais, o Morada Residence. Com base nos

estudos de Santos (2013), foi realizado uma comparação de uma unidade

habitacional de 43m² (Apêndice A e B).

Para a análise do custo da mão de obra, o levantamento dos valores unitários

para cada sistema foi feito no ano de 2013. Os valores podem ter sofrido alterações,

mas nada que possa comprometer a análise. O quadro 7 mostra os dados

levantados por Santos (2013) referentes a custos de mão de obra para cada um dos

sistemas.

Quadro 7 – Custo de mão de obra especializada

MÃO DE OBRA

DRYWALL X ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO

ITEM SERVIÇO UNIDADE PREÇO UNITÁRIO (R$)

PREÇO TOTAL (43m²)

1 Execução em alvenaria de bloco cerâmico

24,86

1.068,98

2 Execução em Tecnologia Drywall (10 cm)

23,33

1.003,19

Fonte: Adaptado de Santos, 2013.

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Mesmo que seja necessária uma mão de obra mais especializada para a

execução dos serviços em Drywall, por conta do tempo de execução, o custo da

mão de obra é cerca de 6,15% mais barato do que o custo para executar o serviço

em alvenaria de blocos cerâmicos.

As análises realizadas para o custo da mão de obra também serão abordadas

para os custos de materiais. Os quadros 8 e 9 mostram o custo dos materiais

utilizados para execução de um metro quadrado de vedação em Drywall e em

alvenaria cerâmica.

Quadro 8 – Custo de material de Drywall por m².

CUSTO DE MATERIAL

DRYWALL

ITEM SERVIÇO VALOR MATERIAL (R$)

VALOR TOTAL 43m² (R$)

1 Perfil guia 4,44 190,92

2 Perfil montante 2,60 111,80

3 Chapa Drywall 6,80 292,40

4 Lã de vidro 7,18 308,74

5 Acabamento em massa corrida 0,75 32,25

6 Pintura 1,33 57,19

TOTAL 23,10 993,30

Fonte: Adaptado de Santos, 2013.

Quadro 9 – Custo de material em alvenaria de bloco cerâmico por m².

CUSTO DE MATERIAL

ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO

ITEM SERVIÇO VALOR MATERIAL (R$)

VALOR TOTAL 43m² (R$)

1 Alvenaria 5,63 242,09

2 ARGAMASSA 2,47 106,21

3 Reboco 5,52 237,36

4 Acabamento em massa corrida 0,75 32,25

5 Pintura 1,33 57,19

TOTAL 15,70 675,10

Fonte: Adaptado de Santos, 2013.

Em relação ao custo dos materiais, a utilização do Drywall mostra uma

desvantagem frente à alvenaria cerâmica. Chegam a ser 32% mais caros do que os

materiais para a execução da alvenaria em bloco cerâmico.

A alvenaria em bloco cerâmico de vedação tem uma maior resistência à

umidade, aos movimentos térmicos, à pressão do vento e às infiltrações de água

pluvial, porém a mão de obra é sem qualificação, durante a sua execução existe

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quebras e desperdícios de materiais e mão de obra. Por não ter uma mão de obra

qualificada, há uma maior possibilidade de erros durante a execução, que resulta no

aumento do peso próprio da das vedações, na redução da área útil, tornando o

cronograma mais oneroso. Uma das principais vantagens é que são funcionais,

tanto para área interna, quanto para externa.

As paredes feitas em Drywall são funcionais para interiores, e não são

recomendáveis para o uso em áreas exteriores. Durante o seu período de execução,

a obra é caracterizada com limpa, com poucas sobras de resíduos e pouco material

descartado, gerando assim, uma menos quantidade de entulho. Possui uma mão de

obra simples, com aplicação rápida, através de ferramentas de simples manuseio. O

conforto acústico, que pode ser melhor do que alvenaria convencional, com auxílio

de materiais internos como a lã mineral, lã de vidro entre outros, porém possui um

alto custo em eventuais reformas. Uma das vantagens é a resistência à umidade,

através da utilização da placa adequada, para esta finalidade, no entanto, quando

ocorre um alto índice de umidade pode gerar patologias nas placas e necessitar a

substituição imediata, ou então em caso de vazamento na rede hidráulica, o mesmo

se propaga de forma rápida, principalmente em shaft‟s.

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31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo abordou a comparação do uso do sistema construtivo em

alvenaria convencional e Drywall em paredes de vedação em toda a casa. O

embasamento teórico possibilitou a compreensão dos dois sistemas de métodos

construtivos e de suas particularidades.

O Drywall possui características próprias que se diferencia da alvenaria

convencional. Embora o custo ainda seja um pouco mais elevado, a velocidade nas

construções melhora a produtividade delas. Todas essas qualidades referentes ao

Drywall, produzem economia para a obra. Diminuindo grande parte dos gastos, se

comparado com as obras, construídas por alvenaria convencional.

Quanto ao custo e viabilidade, o Drywall é mais caro que a alvenaria

convencional, porém os benefícios que ele apresenta, como redução de mão de

obra, redução de desperdício, menor tempo de execução, redução da carga da

estrutura e fundação, são bastantes significativos.

Uma das principais causas do custo total elevado da alvenaria, quando

comparado ao método de Drywall, é devido a necessidade de revestimento para

regularização da parede. Percebe-se que o valor de mão de obra da vedação de

alvenaria é devido à dois tipos de serviços, assentamento de alvenaria e

revestimento argamassado, enquanto o Drywall possuí apenas uma, tendo assim,

um menor custo no valor de mão de obra.

Tanto os custos como as características variam de obra para obra e são

vários os fatores que interferem no desempenho e no custo das vedações e

revestimentos.

Para pesquisas futuras, sugere-se uma comparação em residências

populares do uso de Drywall na parte interna com alvenaria na parte externa.

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REFERÊNCIAS

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mar. 2017.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Residência popular com 43m² de área construída.

Fonte: Dados de pesquisa, 2017.

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APÊNDICE B – Residência popular com cotas.

Fonte: Dados de pesquisa, 2017.