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Tito.
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Estudo da carta de Tito Livro de Tito - 1: 1-16
Introdução:
Ao passarmos os olhos sobre os primeiros
versículos e a partir de uma análise introdutória, percebemos que a carta de Paulo a Tito é uma epístola pastoral, ou
seja, ela é voltada para a Igreja. Voltada no sentido de se pensar o
relacionamento com a Igreja.
Tito 1: 1- 4 No começo do capítulo 1, logo percebe-se
que Paulo tem a Tito como um filho na fé. A questão do identificar-se com um
discipulador é retratada. Discipulador
enquanto referência, assim como Paulo era para o cretense Tito. A passagem nos
mostra que o cristianismo é um discipulado. Em Tito 1:1, Paulo inicia sua frase ensejando qual era sua missão,
"levar os eleitos de Deus à fé e ao conhecimento da verdade que conduz à piedade".
Entende-se que Paulo, desde o primeiro versículo tem como fim levar outros ao
conhecimento de Deus, e antes de
apresentá-los à verdade, é Paulo um
referencial para a caminhada na fé. Um líder servo, que possuía autoridade no falar e que servia a um Deus atemporal e
de atributos perfeitos (Números 23: 19), assim como nós.
Tito 1: 5-16 * Tito 1:6 >> "É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só
mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de
insubmissão".
Vê-se que Paulo estabelece uma série de atributos ao presbítero (retratado no
versículo 7 como bispo e que nominalmente possuem o mesmo significado = ancião, aquele que exerce
atividades pastorais).
* Tito 1:10 >> Em Tito 1:10, Paulo alerta a Tito acerca da presença de insubordinados, de pessoas sem rédeas
dentro da Igreja, principalmente os do
grupo da circuncisão, ou seja, obtinham
a "salvação" pela circuncisão, mas não passavam de enganadores, o que muito é vivido hoje dentro da Igreja, pessoas que
há muito estão na Igreja, mas que há muito enganam aos outros e a si mesmas.
"Pois há muitos insubordinados, que não passam de faladores e enganadores, especialmente os do grupo da circuncisão".
* Tito 1:14 >> Neste versículo, Paulo
alerta a Tito, assim como o alertou acerca dos circuncidados, sobre o
tradicionalismo judaico.
* Tito 1: 16 >> "Eles afirmam que
conhecem a Deus, mas por seus atos o
negam; são detestáveis, desobedientes
e desqualificados para qualquer boa
obra".
Paulo em sua carta a Tito ressalta três
temas principais, dentre eles a questão
da responsabilidade no ministério, a doutrina e a questão das boas obras.
Paulo fala a respeito dos atos e conhecimentos de Deus e de como isso
influencia em nossos atos, em nossas
obras. A verdade de Deus significa o genuíno
conhecimento de Deus, e substituir a
verdade é suprimi-la ou obscurecê-la.
Os cristãos da ilha de Creta eram verdadeiros mentirosos, segundo Paulo, eles afirmavam conhecer a Deus, mas em
suas atitudes o negavam e a partir disso a toda boa obra realizada era
desqualificada.
Texto de Tito 2. 1-15.
Inicialmente, relembramos alguns
conceitos obtidos a partir do estudo da
semana anterior, como, por exemplo, o que é graça, piedade e paz. Aprofundamos também a discussão
sobre os versículos 10 a 16, do capítulo primeiro. De forma geral, neste trecho,
Paulo trata com Tito três pontos
essenciais para a escolha de líderes para a igreja. Primeiramente, dever-se-ia ignorar
aqueles que se apegassem a lei. Jesus já cumpriu a lei, estabelecendo Nova
Aliança. Importa agora reconhecer a
falibilidade humana e a graça, o favor imerecido vindo de Deus. Tito, como um
grego, não observava as leis ritualísticas judaicas, não sendo, assim, circuncidado. Paulo reforça no versículo
14 que tais mandamentos vazios vinham de homens desviados da verdade. Não passavam de objeto de desprezo. Paulo
estabelece Tito como líder em Creta para mostrar que a salvação não vem de rituais, mas de Jesus.
Seguindo, Paulo avalia a condição dos
cretenses, chamando-os de
“insubordinados, palradores frívolos e enganadores”. Cita um profeta cretense que já havia criticado a condição de seus
conterrâneos: “Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres
preguiçosos.” O papel de Tito seria dar
testemunho, repreendendo-os de sua posição. A repreensão se mostra aqui necessária e com o fim, não da crítica pela
crítica, mas levar o pecador ao arrependimento e a um crescimento
espiritual (“para que sejam sadios na fé”,
v. 13). Por fim, no versículo 15, Paulo faz um
convite à pureza. Os impuros são aqueles que professam a fé, mas a negam com suas atitudes, impuras. Abomináveis
homens, inúteis para o serviço. Pureza é viver livre do pecado, ter um coração limpo e transformado.
Tito é chamado a pregar uma transformação, apegado à fé e à piedade, não à lei vazia.
Agora, sobre o segundo capítulo,
discutimos os conselhos dados a cada um
na igreja cretense. São seis mensagens direcionadas: “Quanto aos homens idosos...”: A eles,
Paulo pede auto-controle, para servirem de exemplo aos mais novos. Agirem de
forma respeitável, sadios no amor e na
consciência. Devem ser constantes. Em síntese, os homens mais velhos devem possuir maturidade.
“Quanto às mulheres idosas...”: A elas, que sejam sérias em seus procedimentos,
não caluniadoras (mentirosas,
“fofoqueiras”), controladas (não dadas a muito vinho), mestras do bem. “Mestras
do bem” significa ensinar às mais novas a como agir corretamente, a serem amáveis, e de boa índole. As mulheres
mais velhas devem ser exemplos. “Quanto às moças...”: Estas devem amar seus maridos, respeitando-os. Devem ser
bondosas, sensatas, honestas, esforçadas (boas donas de casa). Em resumo, elas devem zelar pela família.
“Quanto aos moços...”: Estes devem ser
criteriosos, o que retoma a ideia de
domínio-próprio. “Torna-te...”: Para o próprio Tito, Paulo pede que este se torne um exemplo, para
a igreja, de integridade e reverência. Um homem que usa uma linguagem sadia e
irrepreensível.
“Quanto aos servos...”: De forma geral, qualquer um que esteja abaixo de outro, desde o escravo, até mesmo um filho, um
funcionário assalariado ou voluntário; Paulo diz para que todos sejam (e todos
nós estamos submetidos a alguém)
obedientes, respeitosos e honestos, agradando a seu senhor.
Em três momentos Paulo justifica o porquê dessas atitudes, e podemos avaliá-los de formar geral:
- “para que a palavra de Deus não seja difamada” (v.5)
- “não tendo indignidade nenhuma que dizer a nosso respeito” (v. 8) - “a fim de ornarem, em todas as cousas,
a doutrina de Deus, nosso Salvador”
(v.10)
Não são passos para se obter um sucesso material ou profissional. Não são conselhos para agradar a homens, nem
para obter reconhecimento. Paulo coloca que o importante é honrar o nome do
nosso Deus, impedindo que homens
maus contestem sua palavra. Vivendo corretamente, mostraremos como é atraente a vida em Cristo. Trata-se de um
chamado ao bom testemunho. Quanto ao último trecho, do versículo
11 ao 15, vimos que Paulo explica a
nossa fé. Começando com a graça salvadora, no
versículo 11, que nos transforma, fazendo com que deixemos as paixões mundanas. No versículo 14, Paulo mostra que esta (a
graça) veio de Jesus, que se entregou para nos purificar de toda iniquidade.
Agora, esperamos ardentemente por sua volta, como está no versículo 13, com uma bendita esperança em nosso Deus e
Salvador. É este que dá autoridade a Tito,
em meio a tantos insubmissos, para
repreender aqueles que não vivem segundo a vontade de Deus. Tito é chamado a ter coragem para falar sem
permitir que o desprezem.