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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS DO VÃO PRINCIPAL DE UMA PONTE ESTAIADA Adriano Armani da Silva 2017

ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS DO VÃO PRINCIPAL …monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10019541.pdf · Rio de Janeiro, with the help of a model developed with the SAP2000

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS DO VÃO PRINCIPAL DE UMA

PONTE ESTAIADA

Adriano Armani da Silva

2017

ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS DO VÃO PRINCIPAL DE UMA

PONTE ESTAIADA

Adriano Armani da Silva

Projeto de Graduação apresentado ao Curso

de Engenharia Civil da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro,

como parte dos requisitos necessários à

obtenção do título de Engenheiro.

Orientador:

Benjamin Ernani Diaz

Rio de Janeiro

Fevereiro de 2017

ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS DO VÃO PRINCIPAL DE UMA

PONTE ESTAIADA

Adriano Armani da Silva

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL

Examinado por:

Prof. Benjamin Ernani Diaz

Professor Emérito, Dr.-Ing, Dr. Eng.,

EP/UFRJ (Orientador)

Prof.ª Flavia Moll de Souza Judice

Professora Associada, D. Sc., EP/UFRJ

Prof. Gilberto Bruno Ellwanger

Professor Titular, D. Sc., EP/UFRJ

Raissa Laubenbacher Sampaio de Toledo

Eng.ª Civil, M. Sc. pela COPPE/UFRJ

RIO DE JANEIRO, RJ — BRASIL

FEVEREIRO DE 2017

iii

Silva, Adriano Armani da

Estudo das Fases Construtivas do Vão Principal de uma

Ponte Estaiada / Adriano Armani da Silva - Rio de Janeiro:

UFRJ / ESCOLA POLITÉCNICA, 2017.

xx, 196 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Benjamin Ernani Diaz

Projeto de Graduação — UFRJ / Escola Politécnica /

Curso de Engenharia Civil, 2017

Referências Bibliográficas: p. 130-134

1. Pontes Estaiadas. 2. Fases construtivas. 3. Montagem.

4. Programação. I. Diaz, Benjamin Ernani. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Civil. III. Estudo das Fases Construtivas do Vão

Principal de uma Ponte Estaiada.

iv

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,

qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. ”

Chico Xavier

“Deveríamos construir mais pontes e menos muros. ”

Frase atribuída a Isaac Newton

v

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por todas as oportunidades e desafios na minha

jornada de aprendizado.

A meus pais, Neusa e Sergio, e a minha irmã, Helena, pelo apoio e carinho

incondicionais. A meus familiares e amigos pelo carinho e por acreditarem no meu

sucesso.

Aos amigos que fiz durante minha vida acadêmica e que me ajudaram nessa longa

jornada.

Aos professores da Escola Politécnica, em especial ao meu orientador Prof. B.

Ernani Diaz, por acreditar na minha capacidade em desenvolver esse trabalho, pela

simpatia e ensinamentos.

Também agradeço aos professores Gilberto Ellwanger e Flavia Moll, por

aceitarem o convite para participar da banca examinadora.

A toda a equipe de Mecânica Computacional do Laboratório de Métodos

Computacionais em Engenharia (LAMCE - COPPE/UFRJ) e da PROMEC (Projetos em

Mecânica e Engenharia Computacional Ltda), pela amizade e contribuição na minha

formação como Engenheiro.

A todos, meus sinceros agradecimentos.

vi

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS DO VÃO PRINCIPAL DE UMA

PONTE ESTAIADA

Adriano Armani da Silva

Fevereiro/2017

Orientador: Benjamin Ernani Diaz

Curso: Engenharia Civil

Este trabalho visa estudar a obtenção das forças a serem aplicadas nos estais ao

longo do processo construtivo de uma ponte estaiada. O método consiste no uso do

modelo numérico completo da ponte estaiada, com pré-alongamentos estabelecidos, a

partir do qual é feita uma retroanálise das etapas construtivas. Durante esse processo são

extraídas as forças de instalação e os alongamentos parciais dos estais, necessários para

que o tabuleiro adquira a configuração final desejada. Fatores inerentes a este estudo são

abordados, tais como o comportamento não linear da estrutura e os efeitos reológicos dos

materiais empregados. Este trabalho também realiza um estudo de caso: o processo

construtivo da Ponte do Saber, localizada no Rio de Janeiro, por meio de modelo

desenvolvido no programa SAP2000. Recursos desse aplicativo, tais como Staged

Construction e CSI OAPI, são utilizados nas análises implementadas neste estudo. Os

dados obtidos na retroanálise são aplicados na análise de avanço construtivo e seus

resultados são comparados.

Palavras-Chave: Pontes Estaiadas, Fases construtivas, Montagem, Programação,

Análise de estruturas.

vii

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the

requirements for the degree of Civil Engineer.

STUDY OF MAIN SPAN CONSTRUCTION STAGES OF A

CABLE-STAYED BRIDGE

Adriano Armani da Silva

Fevereiro/2017

Advisor: Benjamin Ernani Diaz

Course: Civil Engineering

This work aims to study the determination of forces to be applied in stays during

cable-stayed bridge construction phases. The method consists on the use of a complete

numerical model of a cable-stayed bridge, with predefined strains, from which a

retroanalysis of the construction stages is performed. During this process, the stay forces

to be applied and its strains are obtained. That information is necessary to impose the final

geometric configuration to the girder. The nonlinear behavior of the structure and the

reologic effects of constitutive materials are taken into account in this study. This work

also investigates a case study: the construction phases of the Ponte do Saber, located in

Rio de Janeiro, with the help of a model developed with the SAP2000 program. The

application tools, such as Staged Construction and CSI OAPI, are used on analysis

developed in this work. The data obtained in the retroanalysis are applied in the forward

analysis and their results are compared.

Keywords: Cable-Stayed Bridges, Construction Stages, Erection, Staged Construction,

Structural Analysis, Computer Programs.

viii

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1

1.1. MOTIVAÇÃO ................................................................................................... 5

1.2. OBJETIVO E METODOLOGIA ...................................................................... 5

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................... 6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 8

2.1. CONCEPÇÃO DO PROJETO .......................................................................... 9

2.2. PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ESTAIS .................................................... 9

2.3. CALIBRAÇÃO ............................................................................................... 12

2.4. PRÉ-ALONGAMENTO DOS ESTAIS .......................................................... 13

2.4.1. Solução automatizada do SAP2000: TARGET-FORCE ......................... 16

2.4.2. CSILoadOptimizer ................................................................................... 17

2.5. MÉTODO ITERATIVO PARA AJUSTE DA FORÇA NOS ESTAIS .......... 18

2.6. ANÁLISE DAS FASES CONSTRUTIVAS ................................................... 19

2.7. NÃO LINEARIDADE GEOMÉTRICA ......................................................... 23

2.7.1. Método P-Delta com pequenos deslocamentos ........................................ 27

2.7.2. Método P-delta com grandes deslocamentos............................................ 29

2.8. NÃO LINEARIDADE FÍSICA ....................................................................... 30

2.9. CONCEITOS BÁSICOS DO SAP2000 .......................................................... 31

2.9.1. Load Pattern .............................................................................................. 31

2.9.2. Load Case ................................................................................................. 32

ix

2.9.3. Links ......................................................................................................... 33

2.9.4. Property/Stiffness Modifier ...................................................................... 33

2.10. STAGED CONSTRUCTION ...................................................................... 34

2.10.1. Definição ............................................................................................... 35

2.10.2. Estágios ................................................................................................. 35

2.10.3. Alterações nos Apoios .......................................................................... 39

2.10.4. Alterações na Conectividade entre Elementos de Pórtico .................... 39

2.10.5. Mudança de Propriedades da Seção ...................................................... 42

2.10.6. Implementação de estruturas “fantasma” .............................................. 43

2.10.7. Pós-processamento ................................................................................ 45

3. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DA PONTE DO SABER ................................. 46

3.1. INFRAESTRUTURA ...................................................................................... 48

3.2. MESOESTRUTURA ....................................................................................... 52

3.2.1. Pilone ........................................................................................................ 52

3.2.2. Processo construtivo do pilone ................................................................. 58

3.2.3. Sistema de Estais ...................................................................................... 59

3.2.4. Processo executivo do sistema de estais ................................................... 61

3.3. SUPERESTRUTURA ..................................................................................... 64

3.4. ESTÁGIOS DE CONSTRUÇÃO DA PONTE DO SABER .......................... 67

4. DESCRIÇÃO DO MODELO COMPUTACIONAL ............................................. 71

4.1. CARREGAMENTOS ...................................................................................... 76

4.2. FASES CONSTRUTIVAS ADOTADAS NO ESTUDO ............................... 78

x

4.2.1. Configuração das Fases Construtivas ....................................................... 86

5. ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS ........................................................... 91

5.1. ROTINAS DE CALIBRAÇÃO ....................................................................... 92

5.2. ROTINA DE RETROANÁLISE ..................................................................... 99

5.3. ANÁLISE DE AVANÇO CONSTRUTIVO ................................................. 102

5.4. IMPLEMENTAÇÃO DAS ROTINAS ......................................................... 108

5.4.1. CSI OAPI ................................................................................................ 108

5.4.2. EXCEL VBA .......................................................................................... 112

6. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................. 121

6.1. CALIBRAÇÃO DAS FORÇAS FINAIS ...................................................... 121

6.2. COMPARAÇÃO ENTRE RETROANÁLISE E ANÁLISE DE AVANÇO

CONSTRUTIVO ...................................................................................................... 123

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES ................................................ 128

8. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 130

APÊNDICE A: ESPECIFICAÇÕES DAS ANÁLISES DO TIPO STAGED

CONSTRUCTION ....................................................................................................... 135

APÊNDICE B: CÓDIGO FONTE IMPLEMENTADO .............................................. 161

Módulo stayForces ................................................................................................... 161

Sub-rotina openSDB ............................................................................................. 161

Sub-rotina closeSDB ............................................................................................ 162

Sub-rotina main .................................................................................................... 162

Sub-rotina getInfluenceMatrix ............................................................................. 162

xi

Sub-rotina getPreStretchFactors ........................................................................... 165

Sub-rotina disassemblyAnalysis ........................................................................... 168

Sub-rotina assemblyAnalysis ............................................................................... 173

Sub-rotina createTempLCs ................................................................................... 179

Sub-rotina createPreStretchLC ............................................................................. 180

Sub-rotina printInfluenceMatrix ........................................................................... 181

Sub-rotina deleteTempLCs ................................................................................... 182

Sub-rotina getAxialForce ..................................................................................... 182

Função indexPSF .................................................................................................. 183

Sub-rotina getDisassemblyResults ....................................................................... 184

Sub-rotina getAssemblyResults ............................................................................ 185

Função errorPreStretch ......................................................................................... 186

Sub-rotina appendFilePreStretch .......................................................................... 186

Sub-rotina calcPSF ............................................................................................... 187

Sub-rotina calcInitialPSF ...................................................................................... 187

Sub-rotina runLC .................................................................................................. 187

Sub-rotina getMatrices ......................................................................................... 187

Sub-rotina setFirstStage ........................................................................................ 188

Sub-rotina getPSF ................................................................................................. 189

Sub-rotina getDisp ................................................................................................ 189

Função getLogFile ................................................................................................ 190

Função getStartTime ............................................................................................ 190

xii

Módulo auxiliar ........................................................................................................ 191

Função taskKill ..................................................................................................... 191

Função txt ............................................................................................................. 191

Função getFile ...................................................................................................... 191

Função getFolder .................................................................................................. 192

Sub-rotina writeLog .............................................................................................. 193

Sub-rotina logTi .................................................................................................... 193

Sub-rotina logTf ................................................................................................... 194

Função Sci ............................................................................................................ 194

Event Handlers ......................................................................................................... 195

Pasta de Trabalho.................................................................................................. 195

Planilha “panel” .................................................................................................... 195

xiii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 — Ponte Octávio Frias de Oliveira (disponível em ttp://www.architravel.com/

architravel_wp/wp-content/uploads/2013/01/Octavio_Frias_de_Oliveira_main.jpg,

acessado em 18 de novembro de 2016) ............................................................................ 2

Figura 1.2 — Ponte sobre o Rio Negro (Disponível em https://pt.wikipedia.org/

wiki/Ponte_Rio_Negro, acessado em 5 de janeiro de 2017) ............................................ 2

Figura 1.3 — Ponte do Saber (disponível em http://www.cimentoitambe.com.br/wp-

content/uploads/2012/07/ponte_estaiada2.jpg, acessado em 5 de janeiro de 2017) ....... 3

Figura 1.4 — Ponte sobre o canal da Joatinga (disponível em http://oglobo.globo.com/

rio/a-ponte-do-metro-na-barra-19375956, acessado em 18 de novembro de 2016) ....... 3

Figura 1.5 — Ponte Russa, em operação desde 2012 (disponível em

gigantesdomundo.blogspot.com.br/2013/08/maior-ponte-estaiada-do-mundo.html,

acessado em 5 de janeiro de 2017) .................................................................................. 4

Figura 1.6 — Ponte do Rio Beipan, em operação desde 2016 (Disponível em

http://www.standard.co.uk/news/world/worlds-tallest-bridge-which-is-twice-the-height-

of-the-shard-opens-in-china-a3429696.html, acessado em 5 de janeiro de 2017) .......... 4

Figura 2.1 — Fluxograma esquemático de um projeto estrutural de pontes estaiadas —

adaptado de WALTHER et al. (1999). .............................................................................. 8

Figura 2.2 — Esquema do modelo básico como viga contínua para pré-dimensionamento

dos estais de uma ponte estaiada — adaptado de WALTHER et al. (1999) .................. 10

xiv

Figura 2.3 — Relação entre a tensão de projeto nos estais e o fator , para os dois

critérios de dimensionamento — adaptado de WALTHER et al. (1999) ....................... 12

Figura 2.4 — Parâmetros disponíveis para definição da geometria indeformada do

elemento de cabo — adaptado de CSI (2016a) .............................................................. 15

Figura 2.5 — (a) Coluna engastada comprimida sob ação da força P - estrutura

indeformada; (b) estrutura deformada com força P não conservativa; (c) estrutura

deformada com força P conservativa — adaptado de TIMOSHENKO (1989) ............. 26

Figura 2.6 — Configuração original de uma viga engastada sob ação de forças normais

e transversais (a) e diagrama de momento fletor resultante de sua análise linear (b) —

adaptado de CSI (2016a) ................................................................................................ 27

Figura 2.7 — Momentos fletores resultantes de análises não lineares geométricas: (a)

carga transversal e de tração; (b) carga transversal e de compressão — adaptado de

(CSI, 2016a) ................................................................................................................... 28

Figura 2.8 — Property/Stiffness Modifiers .................................................................... 34

Figura 2.9 — Pórtico plano sob peso próprio: Erro no deslocamento após remoção do

elemento de pórtico 4 — elaborado pelo autor .............................................................. 40

Figura 2.10 — Representação gráfica do link do tipo “gap” — adaptado de CSI (2016a).

........................................................................................................................................ 41

Figura 2.11 — Propriedades não lineares do link do tipo Gap — elaborado pelo autor

........................................................................................................................................ 42

xv

Figura 3.1 — Vista lateral da Ponte do Saber (Disponível em http://cidadedorio.com/wp-

content/uploads/2014/05/MG_4007-2.jpg, acesso em 21 de novembro de 2016) ......... 46

Figura 3.2 — Traçado geométrico em planta da Ponte do Saber (GOMES, 2013) ...... 47

Figura 3.3 — Corte transversal do coroamento das estacas do pilone (unidades em cm)

— adaptado de TOLEDO (2014) ................................................................................... 49

Figura 3.4 — Seção transversal de um dos blocos de retaguarda — adaptado de

TOLEDO (2014) ............................................................................................................. 51

Figura 3.5 — Planta de fôrma das fundações de retaguarda e do pilone conectados por

escoras de concreto (GOMES, 2013) ............................................................................. 52

Figura 3.6 — Seções transversais do pilone no topo (à esquerda) e na base

(unidades em cm) — adaptado de GOMES (2013) ........................................................ 54

Figura 3.7 — Corte longitudinal do pilone na altura do ponto de inflexão

(GOMES, 2013) — unidades em cm ............................................................................... 55

Figura 3.8 — Corte transversal do pilone na altura do ponto de inflexão (GOMES, 2013)

— unidades em cm .......................................................................................................... 56

Figura 3.9 — Seção transversal do pilone no qual há ancoragem de estai (GOMES, 2013)

— unidades em cm .......................................................................................................... 57

Figura 3.10 — Corte longitudinal da base do pilone e de sua fundação

(GOMES, 2013) — unidades em cm ............................................................................... 58

Figura 3.11 — Seção transversal do pilone (GOMES, 2013) ........................................ 59

xvi

Figura 3.12 — Vista lateral da Ponte do Saber e nomenclatura dos estais — adaptado de

GOMES (2013) ............................................................................................................... 60

Figura 3.13 — Detalhe da protensão das cordoalhas (GOMES, 2013) ........................ 63

Figura 3.14 — Concretagem de aduela (GOMES, 2013) .............................................. 64

Figura 3.15 — Numeração dos estais de vante (T04 a T18), das aduelas (adu01a a

adu15b) e dos pontos notáveis (P04 a P18a e P_final) — adaptado de GOMES (2013)

........................................................................................................................................ 65

Figura 3.16 — Seção transversal típica do tabuleiro com enrijecedores atirantados e

nicho de estaiamento (GOMES, 2013) — unidades em cm ............................................ 66

Figura 3.17 — Vista interna da viga de rigidez com enrijecedores em “W” a cada 5 m

(TOLEDO, 2014) ............................................................................................................ 67

Figura 4.1 — Modelo computacional em elementos finitos da Ponte do Saber (imagem

elaborada pelo autor) ..................................................................................................... 72

Figura 4.2 — Vista longitudinal do modelo em elementos finitos: detalhe das 5 aduelas

mais próximas do pilar extremo (P0) — elaborado pelo autor ..................................... 73

Figura 4.3 — Seção típica da viga de rigidez implementada na ferramenta Section

Designer (elaborado pelo autor) .................................................................................... 74

Figura 4.4 — Eixo global e eixos locais das barras “P0” e “adu_15b” no modelo em

elementos finitos (elaborado pelo autor) ....................................................................... 75

xvii

Figura 4.5 — Estaiamento e concretagem do pilone (disponível em

http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/5/ponte-do-fundao-224684-

1.aspx, acessado em 22 de novembro de 2016) .............................................................. 79

Figura 4.6 — Painel de configuração de um Load Case do Tipo Staged Construction —

elaborado pelo autor ...................................................................................................... 87

Figura 5.1 — Planilha “panel” presente no arquivo “ProjetoFinal.xlsm” (elaborado

pelo autor) ...................................................................................................................... 92

Figura 5.2 — Fluxograma da rotina getInfluenceMatrix (elaborado pelo autor) ......... 93

Figura 5.3 — Planilha “influence matrix”: Parte da Matriz de Influência (18 x 18),

gerada pela rotina getInfluenceMatrix, e sua inversa, calculada mediante fórmula

disponível no Microsoft Excel (elaborado pelo autor) ................................................... 95

Figura 5.4 — Planilha “influence matrix”: Variáveis de configuração presentes nesta

planilha (elaborado pelo autor) ..................................................................................... 95

Figura 5.5 — Fluxograma da rotina getPreStretchFactors (elaborado pelo autor) ..... 96

Figura 5.6 — Fatores de Pré-alongamento nos estais resultantes da rotina

getPreStretchFactors (à esquerda) e forças finais a serem adotadas nos estais no estágio

correspondente a FASE00 (elaborado pelo autor) ........................................................ 98

Figura 5.7 — Fluxograma da rotina disassemblyAnalysis (elaborado pelo autor) .... 100

Figura 5.8 — Planilha “disassembly” (elaborado pelo autor) ................................... 102

Figura 5.9 — Fluxograma da Rotina AssemblyAnalysis (elaborado pelo autor) ........ 105

Figura 5.10 — Planilha “assembly” (elaborado pelo autor) ...................................... 107

xviii

Figura 5.11 — Documentação do CSI OAPI (elaborado pelo autor) ......................... 109

Figura 5.12 — Rotina gerada para tratamento do evento “clicar botão

CommandButton1” (elaborado pelo autor) ................................................................. 115

Figura 5.13 — Configuração com a qual o botão passa a chamar a rotina “exemplo” ao

ser clicado (elaborado pelo autor) ............................................................................... 116

Figura 5.14 — Ambiente de desenvolvimento Excel VBA: Destaque aos módulos criados

e aos objetos que possuem rotinas associadas: Planilha “panel” e a pasta de trabalho.

(Elaborado pelo autor) ................................................................................................. 117

Figura 5.15 — Fluxograma da rotina getPreStretchFactors e relação com código em

Excel VBA — elaborado pelo autor ............................................................................. 119

Figura 6.1 — Janela de diálogo do CSILoadOptimizer (elaborado pelo autor) ......... 121

Figura 6.2 — Comparação dos resultados obtidos na retroanálise e na análise de avanço

construtivo (continua) — elaborado pelo autor ........................................................... 125

xix

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 — Responsáveis pelo projeto da Ponte do Saber (BANDEIRA, 2011) ........ 48

Tabela 3.2 — Número de cordoalhas em cada estai (GOMES, 2013) ........................... 61

Tabela 3.3 — Fases construtivas da Ponte do Saber (GOMES, 2013). ......................... 69

Tabela 4.1 — Dados sobre a malha em elementos finitos da Ponte do Saber — elaborado

pelo autor ........................................................................................................................ 71

Tabela 4.2 — Fases adotadas na retroanálise (continua) — elaborado pelo autor ...... 80

Tabela 4.3 — Fases adotadas na análise de avanço constutivo (continua) — elaborado

pelo autor ........................................................................................................................ 83

Tabela 4.4 — Configuração da retroanálise: FASE01 a FASE04 — elaborado pelo autor

........................................................................................................................................ 88

Tabela 4.5 — Configuração da análise de avanço construtivo: FASE01 a FASE04 —

elaborado pelo autor ...................................................................................................... 89

Tabela 4.6 — Configuração da análise de retroanálise: FASE32 e FASE33 — elaborado

pelo autor ........................................................................................................................ 89

Tabela 4.7 — Configuração da análise de avanço construtivo: FASE32 e FASE33 —

elaborado pelo autor ...................................................................................................... 90

Tabela 5.1 — Exemplos de estágios equivalentes em cada tipo de análise; As setas

indicam a sequência de estágios de cada Load Case (elaborado pelo autor) ............. 103

xx

Tabela 6.1 — Resultados da análise de calibração das forças finais: pré-alongamentos

(em ‰) — elaborado pelo autor ................................................................................... 122

Tabela 6.2 — Fases 00 a 04 (elaborado pelo autor) ................................................... 124

Tabela 6.3 — Comparação entre as forças finais obtidas nas análises e a força alvo da

fase final (FASE00), em kN .......................................................................................... 127

1

1. INTRODUÇÃO

As pontes estaiadas são aquelas cujos vãos são suportados por cabos inclinados

formados por elementos de aço, definidos por estais, conectados a torres, designadas por

pilones. Essa tipologia poderia ser considerada como pontes com protensão externa, uma

vez que os estais atuam como armaduras de pós-tração com protensão externa atuando

fora da seção da viga de rigidez.

Para vencer grandes vãos e ao mesmo tempo proporcionar um atrativo

arquitetônico à região na qual é inserida, a ponte estaiada é uma solução estrutural que

vem sendo adotada de forma crescente no Brasil. Além de ser alternativa às pontes pênseis

em casos de vãos livres entre e (SVENSSON, 2012), ela também é

competitiva em projetos com vãos da ordem de 150 m de comprimento (MENN, 2011).

Como exemplo, citam-se a Ponte Octávio Frias de Oliveira ( de vão, em operação

desde 2008), a Ponte sobre o Rio Negro ( de vão, em operação desse 2011), a Ponte

do Saber ( de vão, em operação desde 2012) e a ponte sobre o canal da Joatinga,

na Barra da Tijuca ( de extensão, em operação desde 2016) destacados nas Figuras

1.1 a 1.4.

2

Figura 1.1 — Ponte Octávio Frias de Oliveira (disponível em

ttp://www.architravel.com/

architravel_wp/wp-content/uploads/2013/01/Octavio_Frias_de_Oliveira_main.jpg,

acessado em 18 de novembro de 2016)

Figura 1.2 — Ponte sobre o Rio Negro (Disponível em https://pt.wikipedia.org/

wiki/Ponte_Rio_Negro, acessado em 5 de janeiro de 2017)

3

Figura 1.3 — Ponte do Saber (disponível em http://www.cimentoitambe.com.br/wp-

content/uploads/2012/07/ponte_estaiada2.jpg, acessado em 5 de janeiro de 2017)

Figura 1.4 — Ponte sobre o canal da Joatinga (disponível em http://oglobo.globo.com/

rio/a-ponte-do-metro-na-barra-19375956, acessado em 18 de novembro de 2016)

Entre as pontes estaiadas notáveis no mundo, pode-se destacar aquela com maior

vão principal entre as pontes estaiadas: A Ponte Russa (Figura 1.5), localizada na cidade

de Vladivostok, com vão principal de de extensão. Seus pilones possuem cerca

de de altura.

4

Figura 1.5 — Ponte Russa, em operação desde 2012 (disponível em

gigantesdomundo.blogspot.com.br/2013/08/maior-ponte-estaiada-do-mundo.html,

acessado em 5 de janeiro de 2017)

Por sua vez, a Ponte do Rio Beipan (Figura 1.6), com de vão principal e

construída acima do rio Beipan, no sudoeste da China, detém a marca de ponte

mais alta do mundo.

Figura 1.6 — Ponte do Rio Beipan, em operação desde 2016 (Disponível em

http://www.standard.co.uk/news/world/worlds-tallest-bridge-which-is-twice-the-height-

of-the-shard-opens-in-china-a3429696.html, acessado em 5 de janeiro de 2017)

5

1.1. MOTIVAÇÃO

A adoção crescente dessa solução estrutural no Brasil demanda profissionais

capacitados em elaborar projetos estruturais de pontes estaiadas, bem como estudos que

minimizem custos da construção sem diminuir a segurança e o desempenho da estrutura.

Segundo artigo publicado por VALENTE (2016), atualmente existem cerca de dez

projetistas aptos a projetar pontes estaiadas no Brasil e em torno de 30 construtoras

capazes de erguê-las.

A ABNT ainda não estabeleceu critérios específicos de projeto e de construção

para pontes estaiadas. Consequentemente, projetistas buscam critérios, recomendações de

boas práticas e metodologias em normas, manuais e livros de outros países, tais como

SÉTRA (2002), FIB (2005), BS (2006), WALTHER et al. (1999), SVENSSON (2012),

GRABOW (2004), MENN (2011), dentre outros, buscando ao mesmo tempo respeitar

critérios estabelecidos nas normas vigentes aqui no Brasil, tais como a norma de pontes

NBR 7187 (2003).

Diante desse quadro, estudos vêm sendo desenvolvidos no Brasil para discutir e

detalhar assuntos inerentes ao projeto de pontes estaiadas. Como exemplo, citam-se

GOMES (2013) e TOLEDO (2014), que abordam os principais aspectos do projeto de

pontes estaiadas e considerações a respeito de seus componentes estruturais: sistemas de

estais, cabos, sistemas de ancoragem, pilone, viga de rigidez e fundações.

1.2. OBJETIVO E METODOLOGIA

Visando colaborar no estudo de projetos de pontes estaiadas, o presente trabalho

aborda um de seus assuntos relevantes: o estudo das forças de protensão a serem adotadas

nos estais durante o processo construtivo.

6

Em conjunto com as contraflechas definidas em cada fase de construção, as forças

de protensão dos estais são informações de cada etapa da obra essenciais na elaboração

do plano de estaiamento de uma ponte estaiada. Este plano estabelece condições para que,

ao final da obra, a geometria do vão estaiado atinja o greide estabelecido em projeto, com

o menor número possível de retensionamento de estais, e para que a estrutura seja

submetida a esforços solicitantes dentro do previsto em projeto no decorrer das fases

construtivas e no final da obra.

Para isso, são discutidos assuntos que fundamentam o tema proposto. Recursos

computacionais utilizados neste estudo também são apresentados, tais como um tipo de

análise designada por Staged Construction (CSI, 2016a) e a ferramenta OAPI (CSI,

2014c), presentes no programa SAP2000 (CSI, 2016a).

Finalmente, um estudo de caso da Ponte do Saber, que liga a ilha do Fundão à

parte continental da cidade do Rio de Janeiro, será utilizado para apresentar um método

de automatização da análise de fases construtivas do vão estaiado.

1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

Esta seção apresenta resumidamente os capítulos subsequentes à introdução:

Capítulo 2: Apresenta conceitos que fundamentam o estudo realizado.

Capítulo 3: Descreve a estrutura da Ponte do Saber e o processo construtivo

realizado.

Capítulo 4: Descrição do Modelo Computacional da Ponte do Saber, com o qual

realizou-se o estudo de caso.

Capítulo 5: Apresenta o método adotado para obtenção das forças a serem

aplicadas nos estais e recursos computacionais utilizados.

7

Capítulo 6: Apresenta os resultados obtidos na retroanálise e na análise de avanço

construtivo.

Capítulo 7: Tece considerações finais, apresenta conclusões e propostas de

estudos futuros.

8

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O projeto estrutural de uma ponte estaiada, assim como de outras estruturas,

apresenta diversas fases. Segundo WALTHER et al. (1999), esse processo pode ser

representado pelo fluxograma ilustrado na Figura 2.1.

Pré-dimensionamento dos

estais

Calibração do modelo Completo

Verificação das

seções transversais

Análise Modal e Dinâmica

Análise dos Estágios Construtivos

Ok!

Ok!

Mo

dif

icaç

ões

Análise das

forças nos estais

Análise Estrutural de Pontes

Estaiadas

CONCEPÇÃO DE PROJETO

Geometria completa da Estrutura

Sistema de Estais

Seções Transversais do pilone e do

tabuleiro

Figura 2.1 — Fluxograma esquemático de um projeto estrutural de pontes estaiadas —

adaptado de WALTHER et al. (1999).

Os itens subsequentes são dedicados a descrever as etapas apresentadas na Figura

2.1, a menos das etapas referentes à verificação das seções transversais e eventuais

modificações dessas seções, análise modal e dinâmica que, por estarem fora do escopo

deste trabalho, não são tratadas aqui.

9

2.1. CONCEPÇÃO DO PROJETO

O pré-dimensionamento de uma ponte estaiada, assim como de outras estruturas,

consiste na concepção preliminar da estrutura, e é realizado levando em consideração o

projeto arquitetônico da ponte, o conhecimento prévio do projetista e recomendações

disponíveis na literatura. Durante a concepção são estabelecidas as dimensões

preliminares dos pilones, da viga de rigidez, dos estais e a configuração do sistema de

estais. Esse processo pode ser realizado por meio de análises lineares em modelos

estruturais simplificados, bidimensionais, para estimativa inicial dos esforços nos

sistemas estruturais, compreensão do comportamento e avaliação da viabilidade da

solução estrutural proposta.

2.2. PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ESTAIS

Um dos procedimentos adotados para pré-dimensionamento dos estais, segundo

WALTHER et al. (1999), após definidos o sistema de estais e sua disposição geométrica,

consiste no uso de modelo bidimensional com nós indeslocáveis verticalmente, sem

rigidez a momento fletor, nos pontos de ancoragem dos estais na viga de rigidez,

conforme mostra a Figura 2.2. A ação desses apoios simula os efeitos mecânicos dos

elementos que representam os estais.

10

Figura 2.2 — Esquema do modelo básico como viga contínua para pré-

dimensionamento dos estais de uma ponte estaiada — adaptado de WALTHER et al.

(1999)

A análise linear é realizada considerando as cargas permanentes (peso próprio,

guarda-rodas e pavimento) e a carga móvel distribuída, ambas com coeficiente de

ponderação igual a . As reações obtidas nos apoios são então decompostas para

definição das forças na direção axial dos estais. Essas forças, bem como a tensão máxima

admissível de projeto no estai, são utilizadas para definição da seção transversal de cada

estai. No caso de cabos com cordoalhas engraxadas de sete fios, solução mais utilizada

atualmente em pontes estaiadas, o dimensionamento leva em conta a tensão limite no ELS

igual a da força de ruptura do estai (TOLEDO, 2014). Com isso, a determinação da

área mínima da seção transversal de aço do estai é feita por meio da seguinte equação:

(2.1)

Sendo,

: reação no apoio da viga contínua;

: ângulo entre o estai e a viga de rigidez;

: tensão máxima admissível de projeto no estai.

11

A tensão admissível a ser considerada no cálculo da seção transversal dos estais

depende de um fator , sendo a carga móvel distribuída e a carga permanente

(WALTHER et al., 1999). Uma vez que as cargas móveis devidas ao tráfego ferroviário

são maiores que as cargas móveis de vias rodoviárias, e que vigas de rigidez metálicas

são mais leves em comparação às de concreto, a razão pode variar consideravelmente.

A tensão admissível de projeto nos estais ( ) deve atender aos critérios de força e

de fadiga, simultaneamente.

O critério de fadiga estipula que a variação de tensões nos estais não pode

ultrapassar no ELS. As variações de tensões obtidas nos estais, resultantes da

ação da carga móvel em pontes, devem ser comparadas com a variação de tensão

associada a um número de ciclos resistente em um estai, usualmente 2 milhões, definida

por meio de um processo de qualificação do sistema de ancoragem e mediante ensaios à

fadiga das ancoragens dos estais realizados de acordo com as especificações apresentadas

em FIB (2005), utilizando o sistema de ancoragem a ser adotado no projeto. Estes ensaios

são necessários para a homologação do sistema de ancoragem dos estais e são específicos

para cada sistema de ancoragem.

Ressalta-se que não se realizou análise de fadiga neste estudo. As observações a

respeito do critério de fadiga apenas ilustram a complexidade inerente em uma análise

estrutural de pontes estaiadas.

A Figura 2.3 apresenta gráfico adaptado de WALTHER et al. (1999), que ilustra

a relação entre os critérios de força e de fadiga e o fator .

12

Figura 2.3 — Relação entre a tensão de projeto nos estais e o fator , para os dois

critérios de dimensionamento — adaptado de WALTHER et al. (1999)

As forças dos estais obtidas durante o pré-dimensionamento são então adotadas

em um modelo completo e mais sofisticado, sob análise estrutural considerando efeitos

de segunda ordem.

2.3. CALIBRAÇÃO

A calibração do modelo completo é um processo iterativo, no qual se pretende

aplicar nos estais as mesmas forças obtidas na etapa de pré-dimensionamento, dentro de

uma tolerância estabelecida. As forças são aplicadas por meio de pré-alongamentos nos

elementos que representam os estais, os quais podem ser elementos de pórtico ou de cabo.

Por se tratar de uma análise não linear geométrica, os efeitos de segunda ordem não

permitem que a força desejada seja obtida na primeira tentativa, o que torna necessário o

ajuste dos pré-alongamentos a cada iteração.

13

2.4. PRÉ-ALONGAMENTO DOS ESTAIS

Antes de mais nada é necessário definir o que seja o pré-alongamento de um estai.

O pré-alongamento precisa ser definido exatamente por meio de conceitos teóricos com

base na mecânica das estruturas. Define-se inicialmente a estrutura de concreto no seu

estado indeformável com todos os nós do modelo matemático considerados

indeslocáveis. Neste estágio inicial de análise, inserem-se os estais entre os nós do

modelo. Entretanto, verifica-se que para conseguir introduzir forças adequadas nos estais,

eles precisam apresentar forças iniciais de tração, mesmo para os casos de nós

indeslocáveis.

Para que os estais apresentem forças de tração na estrutura agora deformada,

definem-se encurtamentos específicos, os pré-alongamentos na estrutura indeformável,

que determinados iterativamente consigam induzir as forças desejadas no projeto. Em

outras palavras, o conjunto dos pré-alongamentos dos estais é um recurso utilizado em

análises estruturais e consiste na aplicação de encurtamento de elementos do cabo, na

configuração indeformada da estrutura, por meio de deformações específicas impostas

para que as forças dos estais, nesta fase, sejam aquelas previstas pelo projetista. O pré-

alongamento é representado numericamente por uma deformação imposta negativa de

valor ao elemento do estai. Essa técnica é utilizada para representar o tensionamento

necessário dos cabos aplicado por macacos hidráulicos nas ancoragens ativas durante as

fases de construção.

O pré-alongamento necessário para se obter a força desejada pode ser estimado

inicialmente a partir de uma simples equação, que pode ser utilizada na primeira iteração

no processo de calibração do modelo, a saber:

14

(2.2)

Sendo,

: Força a ser aplicada no estai;

: Módulo de elasticidade do aço das cordoalhas que constituem o estai;

: Área mínima de aço da seção transversal do estai.

Existem duas possibilidades de considerar o estai no programa SAP2000: como

elemento de pórtico ou como elemento de cabo. Para que o estai possa ser representado

por elementos de pórtico, a análise deve ser realizada considerando efeitos de segunda

ordem. Além disso, o modelo do estai deve ser rotulado em suas extremidades e deve ser

dividido em dois ou mais elementos (WILSON, 2002). Recomenda-se um estudo de

sensibilidade de discretização para definir o número de elementos a ser adotado no estai.

Os elementos de cabo são inerentemente não lineares. Assim, combinações de

vários carregamentos não podem ser determinadas, em princípio, por combinações

lineares.

No programa SAP2000, no caso da representação do estai por elementos de cabo,

imediatamente após definidas as extremidades do elemento, uma janela se abre

oferecendo diversos parâmetros para especificar sua configuração não deformada em

catenária. A Figura 2.4 apresenta um esquema representando cada um desses parâmetros,

quais sejam:

Força ou Mínima Força no estai no início do elemento ( );

Força ou Mínima Força no estai no fim do elemento ( );

Componente horizontal da força no estai ( );

15

Máxima flecha vertical ( );

Distância do ponto mais extremo da flecha até a corda ( );

Comprimento indeformado ( );

Relação entre o comprimento deformado e o indeformado ( );

Figura 2.4 — Parâmetros disponíveis para definição da geometria indeformada do

elemento de cabo — adaptado de CSI (2016a)

As cargas que podem ser adotadas na configuração da geometria indeformada do

cabo são:

Peso próprio (este é sempre adotado);

Peso adicional por unidade de comprimento indeformado;

Peso adicional por unidade de comprimento da componente horizontal do cabo.

Nota-se que estes parâmetros auxiliam apenas na determinação do comprimento

e da geometria indeformada do cabo entre nós indeslocáveis. As cargas adotadas na janela

de definição da geometria do cabo não são aplicadas durante a análise (CSI, 2016a). Os

estais passam a se deformar apenas devido a cargas definidas em Load Patterns e às

16

cargas de peso próprio do cabo. Por padrão, a configuração indeformada do cabo sem

peso próprio corresponde a uma linha reta entre os dois nós do cabo.

Pela praticidade de aplicação nos programas modernos de análise e pela mínima

diferença de resultados observada quando comparados com elementos de cabo, os

elementos de pórtico têm sido preferidos pelos projetistas (GOMES, 2013). Segundo

TOLEDO (2014), os estais geralmente trabalham com pré-alongamentos superiores a

, magnitude a partir da qual os elementos de pórtico e cabo apresentam resultados

muito próximos entre si no programa SAP2000.

2.4.1. Solução automatizada do SAP2000: TARGET-FORCE

Uma ferramenta automatizada, disponível no programa SAP2000, permite impor

ao programa a força a ser alcançada em um elemento de pórtico ou de cabo. Essa carga a

ser atingida é chamada Target-Force Load (CSI, 2016a). O programa aplica, em cada

iteração, pré-alongamentos nos elementos que apresentam cargas alvo até que a diferença

entre as forças axiais alcançadas e as cargas alvo seja menor que o erro relativo desejado.

O erro relativo ( , conforme apresentado na equação 2.3, corresponde à média

quadrática da diferença relativa entre a carga alvo ( e a força axial ( ) de

elementos (CSI, 2016a).

(2.3)

Como parte da configuração do Load Case, é possível especificar os seguintes

parâmetros de ajuste do processo iterativo (CSI, 2016a):

Relative Convergence Tolerance: Este é o erro a ser tolerado nas forças alvo.

Valores grandes tais como e são recomendados;

17

Número máximo de iterações;

Fator de Aceleração: A diferença entre a carga alvo e a força obtida é convertida

em deformação e aplicada na iteração seguinte. É possível aumentar ou diminuir

esse valor por meio de um fator de aceleração. Valores maiores que são

recomendados caso a convergência seja lenta. Se o erro estiver aumentando ou

oscilando a cada iteração, utilize fator de aceleração menor que 1;

Continuar ou não a análise em caso de não haver convergência.

Esse recurso pode ser utilizado em diferentes elementos para um mesmo Load

Case ou em um mesmo estágio de análise Staged Construction. Apesar disso, CSI (2016a)

recomenda não os aplicar simultaneamente, para obter melhores resultados.

2.4.2. CSILoadOptimizer

Outra ferramenta do programa SAP2000, disponível desde sua versão , é o

CSILoadOptimizer (aba do SAP2000 “Tools” > CsiLoadOptimizer). Ele permite

determinar um conjunto ótimo de fatores de escala dos carregamentos para atingir

determinados objetivos no modelo estrutural (CSI, 2011).

Qualquer tipo de carregamento pode ser usado como variável. No entanto, Target

Forces não são recomendados, pois seu funcionamento entra em conflito com o processo

de otimização. Os objetivos adotados podem ser deslocamentos de nós, reações de apoio

e esforços internos. Essa ferramenta pode ser usada em qualquer análise estática, seja ela

linear, não linear ou Staged Construction.

Três classes de problemas podem ser resolvidas, dependendo do tipo de relação

entre o número de variáveis de carregamentos ( e o número de objetivos ( :

18

: Problema indeterminado. Muitas soluções podem existir e um

algoritmo de otimização é utilizado. Nesse tipo de problema podem ser

especificados tanto objetivos quanto limites (inequações);

: Problema determinado. Existe apenas uma solução;

: Problema de melhor ajuste. Pode não haver solução exata para os

objetivos. Desta forma, o método dos mínimos quadrados é utilizado.

Com isso, a obtenção de forças alvo por meio de pré-alongamentos também é uma

aplicação para essa ferramenta. As variáveis podem ser as deformações específicas

aplicadas em cada estai e os valores objetivo seriam os esforços axiais a serem aferidos

em determinado ponto de cada estai. O presente trabalho apresenta um exemplo de uso

do CSILoadOptimizer no qual o número de variáveis é igual ao número de objetivos. Mais

detalhes dos recursos desta ferramenta podem ser encontrados em CSI (2011).

2.5. MÉTODO ITERATIVO PARA AJUSTE DA FORÇA NOS ESTAIS

O processo iterativo para obtenção das forças de projeto correspondentes a uma

determinada situação de carga pode ser realizado de inúmeras formas (TOLEDO, 2014).

Um método proposto por GRABOW (2004) lança mão de um sistema linear cuja solução

fornece os pré-alongamentos a serem utilizados na análise em cada iteração. Esse sistema

linear, apresentado na equação 2.4, possui uma matriz quadrada denominada Matriz de

Influência , cujo elemento corresponde ao esforço axial no estai resultante de

uma análise na qual aplica-se um pré-alongamento unitário apenas no estai , enquanto os

demais estais não apresentam deformações impostas.

(2.4)

19

Por sua vez, o vetor apresenta, na primeira iteração, as forças de projeto

dos estais. Nas iterações subsequentes, esse vetor corresponde a diferença entre as

forças de projeto e as forças obtidas nos estais na iteração anterior. O vetor é a

incógnita do sistema e possui o conjunto de deformações específicas impostas a serem

implementadas naquela iteração.

O ciclo é interrompido quando a diferença entre as forças de projeto e as forças

obtidas na análise satisfaz um critério de tolerância estabelecido. O modelo recém

calibrado pode ser então utilizado para análise e verificação dos demais elementos

estruturais da ponte. Após aprovado na etapa de análises modais e dinâmicas, o modelo

finalmente passa por um estudo de suas fases construtivas (WALTHER et al., 1999).

2.6. ANÁLISE DAS FASES CONSTRUTIVAS

A etapa de modelagem e de análise dos diferentes estágios de construção de uma

ponte estaiada possui papel fundamental para garantir estabilidade da estrutura ao longo

da construção. É de suma importância que as fases construtivas estabelecidas e os

carregamentos esperados durante a construção sejam bem representados na análise.

Nessa etapa são verificadas as tensões nos elementos estruturais em cada fase

construtiva, são definidas as forças de atirantamento a serem aplicadas nos estais durante

a obra, bem como as flechas de construção das aduelas. Os resultados obtidos também

são usados para implementação de correções necessárias durante a obra, quer sejam nas

tensões aplicadas nos estais ou mesmo na geometria da ponte.

Dentre os métodos construtivos empregados atualmente para a execução da

superestrutura de pontes estaiadas, o método de balanços sucessivos vem sendo o mais

adotado em obras de grande porte (GOMES, 2013). Esse processo é vantajoso em

lançamentos sobre cursos d’água e em situações nas quais a altura da ponte em relação

20

ao solo é muito elevada. Trata-se da execução de trechos longitudinais da superestrutura,

chamados de aduelas, que avançam em balanços até a finalização do vão. As aduelas são

segmentos curtos de comprimento entre e , em virtude da capacidade portante

da treliça de escoramento (JUDICE e ALVES, 2012) e podem ser moldadas in loco ou

pré-moldadas.

Cada estágio da construção deve ser analisado separadamente, pois o sistema

estrutural e as configurações de carga podem variar de uma fase para outra. Além disso,

uma fase construtiva pode apresentar esforços solicitantes superiores aos encontrados na

configuração final da estrutura.

Para definição das forças a serem aplicadas nos estais durante as fases de

estaiamento, realiza-se análise na ordem inversa da obra, a partir da estrutura completa,

retrocedendo as etapas construtivas mediante remoção de estais e de aduelas e

deslocamento de cargas construtivas. Esta análise é designada comumente como

retroanálise.

Após a definição das forças de estaiamento, é realizada análise das fases

construtivas na ordem da construção. Em cada fase de construção analisada, obtém-se a

flecha da extremidade livre do tabuleiro e são verificados os esforços nos elementos

estruturais. A diferença entre essa flecha e o greide estabelecido no projeto rodoviário,

chamada de contraflecha, é utilizada no processo de concretagem da aduela para que a

geometria do tabuleiro fique em conformidade com o greide. Apesar de haver alguma

mudança na geometria nesse processo, não há influência significativa nas forças finais

dos estais.

Uma análise precisa dos estágios de construção tem como requisito a consideração

de efeitos diferidos (retração e fluência dos materiais empregados). A idade do elemento

de concreto, suas características tecnológicas (tais como tipo de cimento, relação água-

21

cimento e o diâmetro máximo do agregado), condições ambientais (umidade relativa do

ar e temperatura) e momento de aplicação dos carregamentos são fatores que influenciam

os efeitos reológicos.

A fluência pura é o fenômeno no qual ocorre aumento gradual da deformação do

concreto quando este é submetido a um estado de tensões constante ao longo do tempo

(METHA e MONTEIRO, 2008). As deformações devidas à fluência podem atingir

valores até duas vezes e meia maiores que as deformações elásticas medidas logo após o

momento da aplicação da carga correspondente, especialmente em ambientes de umidade

baixa. A relaxação pura é um fenômeno afim, em que as deformações são mantidas

constantes e a tensão na peça tende a se reduzir.

Por sua vez, a retração é o fenômeno caracterizado por um aumento gradual da

deformação que se inicia imediatamente após a cura do concreto e que independe da

configuração de cargas aplicadas sobre o elemento estrutural (METHA e MONTEIRO,

2008).

Outros efeitos reológicos, tais como o aumento da resistência do concreto à

compressão (com influência nas flechas elásticas) e a fluência (relaxação) do aço nos

estais, não são tão relevantes na análise das fases construtivas. A não consideração do

efeito do aumento de resistência do concreto está a favor da segurança, embora possa

influenciar no cálculo das flechas. Os fios de cordoalhas utilizadas nos estais passam,

durante o processo de fabricação, por um tratamento chamado de estabilização, que visa

reduzir os deslocamentos dos estais sob cargas aproximadamente constantes. Os critérios

internacionais para avaliar os valores de relaxação exigem ensaio específico com 1000h

de duração com o elemento submetido a uma tensão inicial de e o valor obtido

para a relaxação não pode superar (FIB, 2005).

22

Certos aplicativos modernos de análise estrutural, tais como os programas

ANSYS Mechanical APDL (ANSYS, 2010a, 2010b, 2010c, 2010d), SAP2000 (CSI,

2016a) e MIDAS (GRABOW, 2004), permitem a modelagem dos estágios de construção

com a consideração de efeitos reológicos. Esse tipo de análise acumula, ao longo do

tempo, as deformações da estrutura em função dos carregamentos e da idade dos

elementos de concreto representados no modelo. É um processo complexo e a verificação

de seus resultados é difícil, pois envolve muitas variáveis e nem sempre os dados obtidos

podem ser conferidos manualmente de forma que se tenha confiança nos resultados

(GOMES, 2013).

De posse dos esforços axiais atuantes nos estais e das flechas da extremidade das

aduelas em cada etapa construtiva do vão estaiado, é possível então elaborar o chamado

plano de estaiamento do tabuleiro. O plano de estaiamento reúne informações da análise

numérica que serão utilizadas no processo de monitoramento da montagem para avaliar

a necessidade de eventuais correções construtivas, como a adoção de retensionamentos e

novas contraflechas.

Para a comparação entre os resultados obtidos na análise numérica e os resultados

coletados em campo, são necessários equipamentos para o monitoramento das variáveis

mais críticas: as forças nos estais, os deslocamentos verticais do tabuleiro e os

deslocamentos horizontais do pilone.

Para aferição das forças nos estais, células de carga devem ser instaladas em, pelo

menos, uma das cordoalhas de cada estai. Equipamentos topográficos devem ser

utilizados para aferição dos deslocamentos verticais do tabuleiro ao longo da obra. Por

sua vez, inclinômetros ou pinos topográficos são soluções a serem adotadas para medição

de deslocamentos horizontais no pilone. Durante as medições, é necessário levar em conta

23

a temperatura ambiente e o horário de realização do levantamento para dirimir as

incertezas relacionadas ao efeito térmico sobre a estrutura (GOMES, 2013).

Os efeitos dinâmicos, tais como ação do vento, não são só relevantes apenas no

estudo do modelo completo, mas também na análise dos modelos correspondentes a cada

fase construtiva da ponte, já que os resultados obtidos na fase construtiva costumam ser

muito mais desfavoráveis (GOMES, 2013).

Após a conclusão da obra da ponte estaiada, um procedimento denominado

Pesagem da Ponte geralmente é realizado (TOLEDO, 2014). Trata-se da comparação

entre as forças finais de projeto e as forças aferidas em campo. Se houver divergência

entre essas forças, o modelo deve ser novamente calibrado para que seja avaliado o

impacto dessa diferença na estabilidade, desempenho e durabilidade da estrutura.

Ressalta-se que, apesar dos efeitos reológicos, dinâmicos e da variação de

temperatura terem sido destacados como relevantes em uma análise estrutural de pontes

estaiadas, o presente estudo não aborda essas questões, a critério de simplificação.

2.7. NÃO LINEARIDADE GEOMÉTRICA

Em uma análise estrutural de pontes estaiadas faz-se necessária a consideração de

não linearidades geométricas da estrutura, uma vez que esta é constituída de elementos

esbeltos, como os estais e a viga de rigidez, os quais são submetidos a carregamentos

importantes (TOLEDO, 2014).

Uma das premissas da análise linear é a de que a geometria deformada não difere

significativamente da configuração original, de tal forma que é possível avaliar as

equações de equilíbrio em sua configuração indeformada. Ao prescindir dessa hipótese,

um pilar com uma carga de compressão elevada poderá apresentar capacidade de

flexocompressão reduzida, causada pelos esforços de segunda ordem, e forças verticais e

24

laterais poderiam causar instabilidade na estrutura. Por outro lado, um cabo tem sua

rigidez longitudinal aumentada quando tracionado. Este tipo de comportamento é

provocado pela mudança da rigidez associada à geometria da estrutura. Esta rigidez não

depende somente das propriedades mecânicas, mas de sua geometria e dos esforços axiais

as quais a estrutura está submetida, que podem aumentar ou reduzir os esforços de flexão.

A equação 2.5 mostra que, para efetuar uma análise não linear geométrica, as

relações entre forças de extremidade e os deslocamentos devem ser determinadas por

meio da consideração de uma matriz resultante da soma entre as matrizes de rigidez

geométrica e clássica, sendo a última aquela que leva em conta as propriedades seccionais

do elemento linear do pórtico plano.

(2.5)

Sendo e as forças transversais, e os deslocamentos transversais, e

os deslocamentos longitudinais, os índices e as extremidades inicial e final do

elemento e e as rotações de cada nó do pórtico. A matriz de rigidez geométrica nesta

representação não apresenta a parcela de termos referentes à torção.

A equação 2.6 apresenta a matriz de rigidez geométrica de um elemento

prismático de pórtico plano em uma análise simplificada (COOK et al., 1989). designa

a força axial atuando sobre o elemento e o comprimento indeformado do elemento.

25

(2.6)

Por sua vez, a matriz de rigidez clássica linear é apresentada na equação

designa a rigidez axial do elemento prismático, enquanto , a sua rigidez à flexão

no plano.

(2.7)

A análise não linear geométrica é abordada por programas de análise estrutural de

diversas maneiras. Existem métodos simplificados, os quais consideram apenas pequenos

deslocamentos e o efeito não linear geométrico. Os mais complexos levam em conta

grandes deslocamentos e consideram a configuração deformada da estrutura nas equações

de equilíbrio. O programa SAP2000, ferramenta utilizada no presente trabalho,

26

disponibiliza os seguintes métodos designados por esse programa, os quais são detalhados

nas próximas seções:

P-delta com pequenos deslocamentos;

P-delta com grandes deslocamentos.

A força adotada em ambos os métodos disponibilizados no programa SAP2000 é

conservativa (sua direção no sistema de coordenadas global é constante) se a força

aplicada é externa (Figura 2.5). Se a força for aplicada por meio de deformação específica

em um estai, a direção da força considerada é aquela definida pela geometria deformada

do estai.

Figura 2.5 — (a) Coluna engastada comprimida sob ação da força P - estrutura

indeformada; (b) estrutura deformada com força P não conservativa; (c) estrutura

deformada com força P conservativa — adaptado de TIMOSHENKO (1989)

27

2.7.1. Método P-Delta com pequenos deslocamentos

Dá-se o nome de P-delta ao método simplificado de análise não linear geométrica

designado pelo programa SAP2000 que considera apenas os efeitos geométricos de

segunda ordem decorrentes da excentricidade das cargas pontuais aplicadas em relação

ao eixo da configuração indeformada.

O método P-delta é conhecido na literatura como aquele que utiliza forças

transversais que simulam os efeitos de segunda ordem observados em estruturas

reticuladas. Seu nome se refere ao momento instabilizante adicional observado em

edifícios, cujo valor corresponde à carga do andar multiplicado pelo deslocamento lateral

(WILSON, 2002). O efeito não linear geométrico é relevante no estudo da ação da

gravidade sobre a rigidez lateral de edifícios e é exigido por normas nacionais e

internacionais, tais como a NBR 6118 (2014), ACI 318-14 (2014) e AISC 360-10 (2010).

A análise linear de uma viga engastada sob ação das forças e , conforme

ilustrado na Figura 2.6a, apresenta diagrama de momento fletor com variação linear e

valor máximo no apoio engastado (Figura 2.6b).

Figura 2.6 — Configuração original de uma viga engastada sob ação de forças

normais e transversais (a) e diagrama de momento fletor resultante de sua análise

linear (b) — adaptado de CSI (2016a)

(a)

(b)

28

Ao considerar o efeito não linear geométrico, o momento fletor não mais varia

linearmente ao longo de seu comprimento quando há forças axiais aplicadas, pois há

redução do momento fletor proporcional à deflexão quando a força traciona a viga

(Figura 2.7a). De maneira análoga, se a força comprime a viga, há aumento do

momento fletor (Figura 2.7b).

Figura 2.7 — Momentos fletores resultantes de análises não lineares geométricas: (a)

carga transversal e de tração; (b) carga transversal e de compressão — adaptado de

(CSI, 2016a)

Em outros termos, a força axial de compressão, agindo sobre um elemento de eixo

reto com deslocamento transversal, produz momentos fletores adicionais que são

proporcionais a esse deslocamento transversal. No entanto, nenhum momento decorrente

da variação de comprimento é considerado.

29

A função de forma cúbica do deslocamento transversal do elemento de pórtico do

SAP2000 sob efeito P-delta é uma boa aproximação, a menos que o elemento esteja sob

força de compressão próxima da carga crítica. Neste caso, a solução de linha elástica seria

uma função trigonométrica (CSI, 2016a). De qualquer modo, ótimos resultados podem

ser obtidos se o elemento for dividido em dois ou mais elementos (WILSON, 2002). A

análise P-delta do programa SAP2000 gera bons resultados para uma estrutura que não

está submetida a deslocamento elevado e cuja deformação final não acarreta grandes

modificações à geometria da mesma (TOLEDO, 2014).

A força axial utilizada no método P-delta no programa SAP2000 é determinada

em função dos deslocamentos computados no elemento. Essa força é considerada como

constante ao longo do comprimento do elemento de pórtico. Diante disso, se a diferença

entre as forças axiais atuando nas extremidades do elemento for grande, então o elemento

deve ser dividido onde houver efeitos P-delta importantes.

A consideração desse efeito simplificado em análises de pontes estaiadas e de

pontes pênseis é suficiente, a menos que sejam esperados grandes deslocamentos e

rotações de alguns dos componentes estruturais (WILSON, 2002). Para que elementos de

pórtico possam representar os estais de pontes estaiadas sem prejuízo dos resultados, é

necessário que os elementos sejam rotulados nas extremidades do estai e haja divisão dos

elementos que representam cada estai.

2.7.2. Método P-delta com grandes deslocamentos

O método P-delta com grandes deslocamentos aborda os efeitos P-delta e os

efeitos decorrentes de grandes deslocamentos. Para isso, todas as equações de equilíbrio

são elaboradas em função da configuração deformada da estrutura mediante formulação

lagrangeana atualizada (WILSON, 2002) e a matriz de rigidez é atualizada a cada iteração

30

para cada passo de carga (TOLEDO, 2014). Nos elementos de pórtico, de casca e em

links, a direção dos graus de liberdade é atualizada. No entanto, a atualização dos graus

de liberdade rotacionais é feita assumindo-se pequenas rotações a cada passo de carga.

Isso requer uma análise com passos mais curtos do que o necessário em uma análise P-

Delta com pequenos deslocamentos. Essa abordagem pode demandar várias iterações e é

sensível ao critério de tolerância. Por isso, é recomendável modificar o critério de

tolerância e verificar se houve mudanças significativas nos resultados.

No SAP2000, apesar dos efeitos de grandes deslocamentos e de grandes rotações

serem modelados, as deformações elevadas dos elementos são desprezadas. Ou seja, se a

posição e orientação do elemento mudar, este efeito na estrutura é contabilizado. No

entanto, se o elemento sofrer mudanças significativas de forma e tamanho, estes efeitos

serão ignorados.

2.8. NÃO LINEARIDADE FÍSICA

O comportamento não linear físico dos materiais constituintes, principalmente do

concreto armado e do concreto protendido, também é um aspecto relevante a ser

considerado em uma análise estrutural de pontes estaiadas. Esta seção pretende abordar

de forma sucinta este assunto.

Em geral, a prática de projeto segue a abordagem prescrita pela NBR 6118 (2014),

que considera efeitos não lineares físicos por meio da redução dos valores de rigidez à

flexão, de acordo com a função estrutural do elemento. Essa simplificação, no entanto,

não permite avaliar de forma mais precisa os esforços e deslocamentos da estrutura.

A variação das propriedades de rigidez não ocorre apenas ao longo da extensão

desses elementos, mas na própria seção transversal, por apresentar concreto fissurado,

não fissurado, aço em escoamento, etc. (TOLEDO, 2014). Essa variação de propriedades

31

e a não linearidade da relação tensão-deformação desses materiais implicam na mudança

de posição da linha neutra ao longo do elemento. Estudos acerca da consideração da

variação das propriedades seccionais em função dos esforços solicitantes podem ser

encontrados em BERTRAND (1977) e GALGOUL (1985).

Em função da complexidade inerente do concreto armado, diversos métodos

foram desenvolvidos para definição de esforços seccionais e dimensionamento das

armaduras, dentre eles o método normativo da NBR 6118 (2014) e a teoria da placa

fissurada, abordada por SCHULZ (1988).

2.9. CONCEITOS BÁSICOS DO SAP2000

Esta seção se dedica a apresentar alguns conceitos básicos, presentes no programa

SAP2000, necessários para entender os tópicos subsequentes. Para aqueles que não têm

experiência no uso deste programa, recomenda-se também consultar CSI (2016b).

É importante ressaltar que as características de uso do programa SAP2000 são

apresentadas aqui meramente porque ele foi utilizado no processamento dos exemplos.

Mas, na realidade, o que se pretende é mostrar como um programa de análise pode

analisar vários problemas de estruturas. Mas, o mais mais importante de tudo, pretende-

se mostrar como se pode interagir, via programação de uma linguagem imperativa, com

um programa de análise estutural.

2.9.1. Load Pattern

Load Patterns são definições de forças ou de deslocamentos impostos que atuam

sobre o modelo estrutural. Essas forças ou deslocamentos podem representar força,

pressão, recalque de apoio, efeitos térmicos, aceleração sísmica do solo, etc. O usuário

pode nomear quantos Load Patterns quiser. Ao se definir uma ação na estrutura, ela

deverá ser associada a um ou vários Load Patterns específicos previamente criados.

32

2.9.2. Load Case

Um Load Case define como os carregamentos são aplicados na estrutura e como

a resposta deve ser calculada pelo SAP2000. Cada Load Case é formado por um conjunto

de load patterns com seus respectivos fatores de escala (scale factors). Os load patterns

e seus fatores de escala adotados são escolhidos arbitrariamente pelo usuário. Os Load

Cases podem ser classificados como lineares ou não lineares, dependendo de como a

estrutura responde às ações as quais é submetida.

O programa SAP2000 fornece diversos tipos de Load Case não linear:

Nonlinear Static: Carregamentos são aplicados sem efeitos dinâmicos;

Nonlinear Staged Construction: Carregamentos são aplicados sem efeitos

dinâmicos. Uma sequência de etapas construtivas podem ser simuladas por meio

desse Load Case. Efeitos diferidos, tais como fluência e retração do concreto,

podem ser incluídos;

Nonlinear Time-History: Carregamentos que variam no tempo são aplicados. Esse

tipo de Load Case requer elaboração de funções que possam descrever o

comportamento dos carregamentos em função do tempo (time-history functions).

Este tipo de Load Case não é utilizado neste estudo.

Load Cases lineares podem ser combinados por meio de Load Combinations para

avaliação de superposição de resultados. Por outro lado, Load Cases não lineares não

devem ser combinados, uma vez que o princípio da superposição só é válida em análises

lineares. O recomendável é a avaliação da superposição de efeitos por meio da inclusão

dos carregamentos em um mesmo Load Case.

33

2.9.3. Links

São elementos que representam comportamentos específicos, tais como de

isoladores, amortecedores, aberturas, molas, etc. Podem apresentar um ou dois nós.

Neste estudo usa-se um elemento link do tipo gap cujo papel é detalhado no item

2.10.5.

2.9.4. Property/Stiffness Modifier

Para cada seção transversal definida no programa SAP2000, seja para elementos

de pórtico, de casca, ou links, é permitida, mediante uso de fatores chamados

Property/Stiffness Modifiers, a modificação de suas propriedades seccionais. Para os

elementos de pórtico (Menu > Define > Section Properties > Frame Sections... >

Selecionar seção desejada > Modify/Show Property > Set Modifiers...), as propriedades

são as seguintes:

Área da seção transversal (direção 1);

Área de cisalhamento (direção 2 e 3);

Constante de Torção;

Momento de Inércia (direção 2 e 3);

Massa;

Peso.

Ressalta-se que, no SAP2000, a direção 1 corresponde ao eixo do elemento. As

direções 2 e 3 são paralelas aos eixos principais da seção. Geralmente, a direção 2

corresponde a direção vertical para cima.

Por meio dessa ferramenta (Figura 2.8), portanto, é possível atribuir fatores que

são multiplicados a determinadas propriedades de uma seção transversal. Isso permite

34

implementar fatores adotados em normas. Como exemplo, a NBR 6118 (2014), em sua

seção 15.3, permite a consideração aproximada de não linearidade física, para análise de

esforços globais de segunda ordem, mediante adoção de fatores de redução da rigidez a

flexão de elementos reticulares.

Figura 2.8 — Property/Stiffness Modifiers

2.10. STAGED CONSTRUCTION

Este capítulo detalha a opção de análise Nonlinear Staged Construction, também

chamado de Staged Construction, presente no programa SAP2000, com a qual é possível

realizar o procedimento de obtenção das forças a serem aplicadas nos estais no decorrer

das análises das fases construtivas. As próximas seções fornecem características e

recursos do Staged Construction obtidas em CSI (2014a), CSI (2014b), CSI (2016a) e

CSI (2016c).

35

2.10.1. Definição

Staged Construction é um tipo especial de análise estática não-linear que permite

a análise estrutural dos estágios construtivos da estrutura. Para estes estágios é possível

adicionar ou remover partes da estrutura, aplicar carregamentos em segmentos da

estrutura e considerar comportamentos diferidos do material, tais como fluência e

retração.

Este tipo de análise estática é designado como não linear porque a estrutura pode

mudar em diversos aspectos durante a análise. No entanto, a atribuição de não linearidade

física e geométrica é opcional. Este tipo de análise pode ser usado como parte da

sequência de outras análises não lineares transientes com integração direta, bem como

pode ser usado como base para definição de rigidezes de seus elementos para Load Cases

lineares.

Se uma análise não linear for executada a partir do resultado de uma análise em

Staged Construction, ou for executada uma análise linear utilizando as rigidezes de seus

elementos, somente a estrutura definida no final da análise de Staged Construction será

utilizada.

2.10.2. Estágios

Para cada Load Case de análise não-linear em Staged Construction, é necessário

definir a sequência de estágios de geometria e de carga, para os quais a estrutura é

analisada na ordem definida. Não há restrição de número de estágios para cada Load

Case. A análise em Staged Constuction pode continuar a partir de outro Load Case.

Para cada estágio é possível especificar:

36

Duração, em dias. Isto é usado para efeitos diferidos. Se o referido estágio não

considerar esses efeitos, a duração pode ser definida como nula;

Quais objetos a serem acrescidos à estrutura (Operação Add Structure);

A idade dos elementos no momento em que esses objetos são adicionados à

estrutura, em dias, pode ser especificada (Parâmetro Age at Add). Os efeitos

diferidos, neste caso, serão considerados. Esta possibilidade permite conectar à

estrutura elementos moldados anteriormente e com idades avançadas, como

aduelas pré-fabricadas de pontes;

Quais objetos a serem removidos da estrutura (Operação Remove Structure);

Quais objetos a receberem Load Patterns. É possível especificar que todos os

objetos de um grupo serão carregados (Operação Load Objects), ou somente os

objetos daquele grupo que são adicionados ao modelo naquele estágio (Operação

Load Objects if Added);

Modificações de propriedades previamente configuradas e nomeadas podem ser

atribuídas a elementos reticulares ou de casca por meio de Property-Modifier

Named Sets (Operação Change Modifiers). Essas modificações são multiplicadas

cumulativamente a partir dos fatores de Property/Stiffness Modifiers definidos na

configuração da seção do elemento. Essas modificações apenas afetam as

respostas estruturais nos estágios subsequentes. Os esforços e deslocamentos

decorrentes dos carregamentos dos estágios anteriores não são afetados;

Atribuições de liberação de graus de liberdade previamente informadas e

nomeadas podem ser definidas para objetos reticulares, por meio de End-Release

Named Sets (Operação Change Releases). Essas modificações afetam apenas as

respostas nos estágios seguintes. Os esforços e deslocamentos decorrentes dos

carregamentos dos estágios anteriores não são afetados.

37

Os objetos podem ser especificados individualmente ou usando grupos de

elementos. O uso de grupos é interessante, na maioria dos casos, de forma que o primeiro

passo para se configurar uma análise em Staged Construction se dá mediante definição

de grupos. Salienta-se que existe um grupo intrínseco do programa chamado “ALL” que

inclui toda a estrutura. Quando uma operação somente pertence a alguns tipos de objetos,

somente objetos desses tipos no grupo serão afetados.

A análise em Staged Construction começa com a estrutura configurada tal como

apresentada no final do Load Case anterior. Se a análise começar do zero, então a

estrutura começa como se não houvesse nenhum objeto construído ainda.

Cada estágio é analisado separadamente na ordem em que foi definido. A análise

de um estágio apresenta duas partes:

1. Mudanças na estrutura e aplicação de carregamentos são analisados. Essa

análise é feita sem considerar efeitos diferidos;

2. Se uma duração não-nula for especificada, efeitos transientes são então

analisados. Neste momento, a estrutura não muda e as cargas permanecem

constantes. Apesar disso, pode ocorrer redistribuição de tensões durante

esse processo.

A primeira parte da análise, por sua vez, é analisada da seguinte forma:

Os objetos a serem adicionados, se houver, são processados. Somente novos

objetos nos grupos especificados (não aqueles já presentes na estrutura) são

adicionados. Os nós pertencentes aos objetos listados são incluídos ao modelo,

mesmo se não estiverem explicitamente presentes no grupo;

Os grupos a serem removidos, se houver, são processados. Somente objetos

presentes na estrutura são removidos. Durante o processo de remoção de objetos,

38

suas rigidezes, massas, cargas e forças internas são removidas da estrutura e

substituídas por forças equivalentes. Estas forças são linearmente reduzidas a zero

durante a análise. Nós que foram automaticamente adicionados serão removidos

quando todos os objetos a eles conectados forem removidos;

Mudanças nas propriedades das seções, se houver, são processadas;

Atribuições do tipo Named Set, se houver, são processadas;

Todas as cargas são aumentadas linearmente durante a análise. Carregamentos

especificados em todos os objetos em um grupo serão aplicados somente em

objetos que estão realmente presentes na estrutura ou estão sendo adicionados

naquele estágio. Carregamentos especificados em objetos sendo adicionados

(opção “load objects if added”) apenas serão aplicados sobre os objetos que

estiverem sendo adicionados naquele estágio;

Cada aplicação de carregamento ou de aceleração está associada a um fator de

escala. O mesmo padrão de carregamento (Load Pattern) aplicado múltiplas vezes

terá magnitude correspondente à soma dos fatores de escala dessas aplicações de

carga. Para remover um carregamento de um estágio, portanto, seria necessário

aplicar um carregamento com fator de escala que gere resultante nula;

Se um objeto está presente em mais de um grupo que está sendo adicionado ou

removido, o objeto somente será adicionado ou removido uma vez. A adição ou

remoção depende de qual operação ocorrerá por último, na ordem em que foi

especificada. Por exemplo, se um objeto está presente em três grupos que estão

sendo adicionados e em grupo que está sendo removido, o objeto será removido

se essa for a última operação especificada para aquele estágio;

Se um objeto está presente em mais de um grupo no qual está sendo aplicado

carregamento, o objeto será carregado múltiplas vezes.

39

2.10.3. Alterações nos Apoios

Segundo recomendação de CSI (2014b), para acoplamento e desacoplamento de

apoios durante os estágios de análises Staged Construction, é necessário uso de link com

rigidez elevada em detrimento do uso de apoio e de link do tipo fixo. Por exemplo, um

apoio vertical de primeiro gênero deve ser representado por um elemento de link com

rigidez axial vertical de .

2.10.4. Alterações na Conectividade entre Elementos de Pórtico

Não é possível adoção ou remoção de conectividade entre elementos de pórtico

ao longo dos estágios de análises Staged Construction. Uma alternativa para

representação da estrutura antes da remoção de conectividade é adoção de elemento de

pórtico fictício entre os elementos de pórtico que estariam conectados. Este elemento de

pórtico deve ter elevada rigidez em todos os graus de liberdade e ter comprimento

pequeno. Para que seja possível adoção de um elemento menor que , diminua o

comprimento mínimo tolerável do modelo (Options > Dimensions/Tolerances > Auto

Merge Tolerance). Outra alternativa é o uso de link com rigidez elevada em todos os graus

de liberdade.

A remoção da conectividade é então representada pela exclusão desse elemento

fictício. Configure de forma que os elementos de pórtico não apresentem rótulas com

liberação de translação perpendicular ao eixo do elemento nos nós que se tornarão livres

(pode ser feito utilizando-se End-Release Named Sets). Isso evita erros no resultado do

deslocamento (tal como ilustra a Figura 2.9).

40

Figura 2.9 — Pórtico plano sob peso próprio: Erro no deslocamento após remoção do

elemento de pórtico 4 — elaborado pelo autor

Quanto à conexão de elementos sem nós em comum, uma opção é o uso de link

de rigidez alta do tipo gap (Figura 2.10) entre os nós que se pretende conectar. Esse tipo

de link apresenta graus de liberdade desvinculados uns dos outros e a rigidez apenas atua

diante de esforços de compressão (CSI, 2016a). A relação força-alongamento depende da

propriedade “abertura” e do alongamento atuando no elemento link (d), a saber:

(2.8)

41

Figura 2.10 — Representação gráfica do link do tipo “gap” — adaptado de

CSI (2016a).

A distância entre os nós deformados no início do estágio deve ser previamente

conhecida e atribuída à propriedade Open (Figura 2.11) para que haja contato entre os

nós na posição correta após aplicação de novo carregamento. O estudo presente neste

trabalho apresenta um exemplo de implementação desse método ao representar o

encontro do vão estaiado com o apoio sobre o pilar de extremidade.

42

Figura 2.11 — Propriedades não lineares do link do tipo Gap — elaborado pelo autor

2.10.5. Mudança de Propriedades da Seção

A razão principal para a mudança de propriedades da seção é a possibilidade de

representar várias configurações para a mesma estrutura. Isso pode ser obtido por meio

da mudança de propriedades de objetos descarregados e recém adicionados. No entanto,

é possível mudar as propriedades de objetos solicitados, e é importante entender o que a

análise faz para que se possa obter os resultados desejados.

43

As mudanças de propriedades das seções de cada objeto são processadas da

seguinte forma:

Se um objeto está presente, este então é removido e substituído por forças

equivalentes de forma que a estrutura não se desloque;

O objeto é adicionado novamente, desta vez com uma nova propriedade de seção,

mas indeformado e sem nenhum carregamento que estava atuando no objeto antes

de ser removido. O objeto será adicionado mesmo se não estiver presente na

estrutura;

As forças equivalentes, se houver, são então anuladas.

Uma vez que as cargas aplicadas no objeto são removidas no processo de mudança

de propriedades de seção, é necessário reaplicar essas cargas, incluindo o peso próprio,

sobre esses objetos.

Esta operação basicamente remove um objeto deformado e o substitui por um

objeto indeformado. É possível aplicar forças para descarregar o objeto antes de mudar

sua seção se for interessante simular a remoção de um objeto indeformável.

A mudança da propriedade da seção é útil para fins de análise, como poderá ser

observado na seção a seguir. No entanto, o objeto será tratado como se possuísse sua

propriedade de seção original no processo de visualização, pós-processamento e

dimensionamento.

2.10.6. Implementação de estruturas “fantasma”

Uma questão relevante observada durante análises de fases construtivas é a

deformação da estrutura no decorrer da análise Staged Construction. Ao incluir um

componente estrutural após executar-se pelo menos uma fase da análise, os nós recém

44

incluídos são posicionados seguindo configuração indeformada da estrutura (nas

coordenadas inicialmente definidas paras os nós), enquanto os demais nós previamente

incluídos estão deslocados de acordo com os resultados das fases anteriores. Esse

processo leva a uma geometria indesejável e, em alguns casos, a esforços e deslocamentos

subestimados (CSI, 2016c). Um método apresentado em CSI (2014a) lança mão do uso

de estruturas “fantasma” (ou ghost structures).

Em uma análise construtiva de pontes estaiadas na fase de montagem, o método

pode ser realizado da seguinte forma.

1. Defina uma seção de elemento de barrra chamada, por exemplo, GHOST

como sendo uma cópia de uma das seções transversais atribuídas aos estais

(chamadas aqui de FULL). Modifique na seção GHOST, mediante uso de

stiffness modifiers, a rigidez axial para um valor pequeno (por exemplo,

vezes a rigidez original), bem como sua massa e peso para que sejam

nulas. A rigidez à flexão deve ser preservada para que haja estabilidade no

modelo;

2. No primeiro estágio de construção, adicione toda a estrutura e aplique a

seção GHOST para todos os elementos que representam os estais. Remova

o peso próprio das aduelas que não foram lançadas ainda;

3. Nos estágios seguintes, mude a seção do estai para FULL, caso haja

atirantamento desse estai, e ative o peso próprio da aduela que estiver

sendo lançada.

No decorrer dos estágios, toda a estrutura irá se deformar e os nós ativados estarão

posicionados de forma a não prejudicar a geometria dos componentes estruturais. Uma

45

alternativa para a abordagem apresentada é o uso de Property-Modifier Named Set no

lugar da mudança de seções transversais (CSI, 2014a).

2.10.7. Pós-processamento

É possível controlar individualmente o número de passos a serem salvos para

cada uma das duas partes de cada estágio:

Quantos passos devem ser salvos durante mudanças na estrutura e aplicações

instantâneas de carregamento;

Quantos passos devem ser salvos durante análises diferidas no tempo para

retração e fluência.

O número de passos especificados para essas duas partes de cada estágio é

aplicado igualmente para todos os estágios.

O tamanho do passo de tempo para a análise diferida no tempo é baseado no

número de passos salvos. Para estruturas estaticamente indeterminadas, nas quais

redistribuições significantes de tensão podem ocorrer devido à retração e à fluência, é

importante usar passos de tempo pequenos o suficiente, especialmente durante os

primeiros dias de idade da estrutura, quando grandes variações de efeitos reológicos

podem ocorrer. O manual de referência aconselha rodar novamente a análise com

crescentes números de passos de tempo salvos até que se possa considerar que os

resultados estejam convergindo.

46

3. DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DA PONTE DO SABER

A Ponte do Saber (Figura 3.1) foi concebida com o objetivo de ligar a Cidade

Universitária (Ilha do Fundão) à via expressa Presidente João Goulart de forma a facilitar

o escoamento de veículos que saem da Ilha do Fundão para o Centro e Zona Sul da cidade

do Rio de Janeiro, bem como para a cidade de Niterói. Trata-se de um sistema viário com

duas faixas de rolamento, ambas com o mesmo sentido Ilha do Fundão-Linha Vermelha,

cada uma com largura de . A Figura 3.2 mostra o traçado geométrico da Ponte do

Saber.

Figura 3.1 — Vista lateral da Ponte do Saber (Disponível em

http://cidadedorio.com/wp-content/uploads/2014/05/MG_4007-2.jpg, acesso em 21 de

novembro de 2016)

47

Figura 3.2 — Traçado geométrico em planta da Ponte do Saber (GOMES, 2013)

Além do aspecto viário, o projeto demandava baixo impacto ambiental na região,

de forma a não causar interferência no fluxo hidráulico do Canal do Cunha (entre a Ilha

do Fundão e o Continente). Com isso, estabeleceu-se que a estrutura não deveria ter

apoios no canal. Esse requisito trouxe a necessidade de implementar um vão principal

extenso para pontes usuais.

Por localizar-se próxima ao Aeroporto Internacional do Galeão, e por cruzar uma

via de grande circulação como a Linha Vermelha, definiu-se que a ponte deveria ter um

tratamento que proporcionasse um impacto arquitetônico para a cidade.

Diante dos requisitos mencionados, otpou-se pela solução estrutural de uma ponte

estaiada assimétrica com pilone único de de altura instalado na ilha e de

vão teórico, ou seja, de eixo a eixo das fundações dos apoios, e de vão livre.

Quinze estais de vante são dispostos em plano único e central ancorados no pilone e no

tabuleiro em seus planos médios, enquanto três pares de estais de retaguarda são

distribuídos em pares distintos não centralizados, ligando o pilone aos blocos de

48

retaguarda. A opção pela ponte estaiada com apoio principal único se deu pelas condições

do solo, que tem partes aterradas nas duas margens.

A obra foi iniciada em julho de 2010 e sua inauguração deu-se no dia 17 de

fevereiro de 2012 (BORGES, 2012) e teve um custo total estimado de

(BANDEIRA, 2011). Os responsáveis pelo projeto e construção da Ponte do Saber

encontram-se discriminados na Tabela 3.1.

Tabela 3.1 — Responsáveis pelo projeto da Ponte do Saber (BANDEIRA, 2011)

Projeto Estrutural VGarambone Projetos e Consultoria Ltda

Projeto Geométrico PCE Projetos e Consultorias de Engenharia

Ltda

Construção Construtora Queiroz Galvão S/A

Solução Arquitetônica Alexandre Chan

A seguir são abordados detalhes dos aspectos estruturais da Ponte do Saber, bem

como do método construtivo do vão principal e do lançamento dos estais. O texto que se

segue é um resumo baseado na dissertação de GOMES, 2013. Para maiores detalhes,

pede-se consultar essa dissertação.

3.1. INFRAESTRUTURA

As fundações do pilone devem resistir a elevada força compressiva transferida

pelos estais ao longo do pilone e aos momentos fletores que atuam principalmente na fase

construtiva.

A solução adotada para as fundações do pilone foi o uso de estacas de aço

ASTM A242 tubulares cravadas à percussão. Estas estacas apresentam carga de trabalho

de e de diâmetro externo. As chapas metálicas possuem de

49

espessura ao longo do fuste e de espessura nos metros adjacentes à ponta da

estaca, próxima a região de rocha alterada. Houve preenchimento com concreto somente

até os metros superiores de profundidade, ao longo dos quais foram colocadas as

armaduras de ligação com o bloco de coroamento.

O bloco de coroamento principal possui dois níveis de concretagem, possuindo

um total de de altura. O primeiro nível, mais profundo, com altura de ,

possui dimensões em planta de de largura por de comprimento, sendo a maior

dimensão paralela à direção longitudinal da ponte. O segundo nível, mais próximo da

superfície do solo, possui dimensões em planta de de largura por de

comprimento.

Figura 3.3 — Corte transversal do coroamento das estacas do pilone (unidades em cm)

— adaptado de TOLEDO (2014)

No apoio P0, onde há o encontro entre o tabuleiro da ponte estaiada e o viaduto

de acesso à Linha Vermelha, localizado no continente, foram instaladas nove estacas de

50

aço tubulares com capacidade de carga de e diâmetro externo de e

espessura de ao longo do fuste. Essas estacas também são preenchidas com

concreto na sua parte superior, tal como é realizado nas estacas da fundação do pilone.

As fundações de retaguarda são submetidas a elevadas forças de tração

transferidas pelos estais T01, T02 e T03. Os esforços horizontais da estrutura de ligação

entre os blocos de fundação de retaguarda e do pilone são equilibrados pelas forças

horizontais dos estais de retaguarda.

Para resistir a essas solicitações, foram projetados dois blocos de coroamento com

tirantes cada. Esses tirantes são elementos de estaca raiz com carga de trabalho de

de tração e diâmetro nominal de em solo e em rocha. O

projeto estabeleceu um comprimento mínimo de embutimento em rocha de . Cada

bloco apresenta como dimensões: comprimento de , largura de e altura de

.

A concepção do posicionamento das ancoragens nos blocos de retaguarda foi feita

de forma que as solicitações transmitidas às estacas fossem quase uniformes. Por essa

razão, os estais de retaguarda não estão distribuídos simetricamente em relação ao eixo

do bloco.

Acima do bloco de coroamento das estacas raiz foi instalada a estrutura de

ancoragem, composta por uma laje maciça com espessura de onde ficam

localizados os dispositivos de ancoragem dos estais de retaguarda (Figura 3.4). Entre essa

laje e o bloco de coroamento há o acesso às ancoragens dos estais de retaguarda para

instalação e manutenção. As paredes desse acesso apresentam espessura de e

possuem a função de transmitir os esforços dos estais para o bloco de coroamento.

Devido às elevadas forças de tração atuando nas fundações de retaguarda, tanto as

lajes da estrutura de ancoragem, quanto as paredes, receberam protensão (Figura 3.4).

51

Figura 3.4 — Seção transversal de um dos blocos de retaguarda — adaptado de

TOLEDO (2014)

As estacas raiz presentes nos blocos de retaguarda não possuem resistência ao

cisalhamento horizontal suficiente para absorver os esforços horizontais provocados

pelos estais de retaguarda. Diante disso, foram projetadas escoras de concreto conectando

os três blocos de fundação, conforme mostra a Figura 3.5.

52

Figura 3.5 — Planta de fôrma das fundações de retaguarda e do pilone conectados por

escoras de concreto (GOMES, 2013)

Na direção transversal ao eixo da ponte, as duas escoras entre os blocos de

retaguarda possibilitam o equilíbrio nesta direção, uma vez que os esforços nos blocos de

retaguarda são de mesmo módulo e de sentidos contrários. Na direção longitudinal, as

escoras transmitem os esforços horizontais para o bloco do pilone, o qual os absorve por

possuir maior rigidez horizontal. Esse sistema proporciona, portanto, um sistema

autoequilibrado que permite a absorção dos esforços horizontais.

A elevada compressão das escoras horizontais entre os blocos exigiu uma análise

estrutural que considerasse efeitos não lineares físicos e geométricos. Foram concebidas

fundações profundas e vigas transversais ao longo das escoras longitudinais para reduzir

a flexão devida ao peso próprio e aos efeitos não-lineares decorrentes da compressão de

elevada magnitude.

3.2. MESOESTRUTURA

3.2.1. Pilone

O pilone em concreto armado com , de de altura, medidos a

partir do topo do bloco de coroamento, possui seção transversal celular variável com

53

dimensões, a partir do bloco de fundação, com comprimento de e largura de

, atingindo o topo com comprimento de e de largura. As paredes

laterais possuem espessura de e a parede posterior, voltada para os blocos de

retaguarda, possui espessura de . A face frontal do pilone, por sua vez, apresenta

espessura de (Figura 3.6).

54

Figura 3.6 — Seções transversais do pilone no topo (à esquerda) e na base

(unidades em cm) — adaptado de GOMES (2013)

55

O pilone apresenta inflexão de eixo, conforme requisito estético indicado pelo

projeto arquitetônico. Sua concepção arquitetônica trouxe maior complexidade ao projeto

estrutural, pois essa inflexão, localizada acima da base (Figura 3.7), não acompanha

adequadamente a linha de pressões do elemento comprimido.

Figura 3.7 — Corte longitudinal do pilone na altura do ponto de inflexão

(GOMES, 2013) — unidades em cm

Diante disso, foram necessárias intervenções estruturais na região da inflexão do

eixo:

A face posterior, voltada para os blocos de retaguarda, foi projetada com ligeira

curvatura em substituição às arestas retas propostas no projeto arquitetônico;

Verificou-se a necessidade de aumento de espessura da parede na face interna na

cota de inflexão;

Além da curvatura da face posterior, foram instaladas vigas internas horizontais

ligando as paredes laterais e conectando as paredes frontal e posterior (Figura 3.8).

56

Figura 3.8 — Corte transversal do pilone na altura do ponto de inflexão

(GOMES, 2013) — unidades em cm

Outros aspectos desejados na concepção arquitetônica, mas que se mostraram

inviáveis, foram a altura do pilone de e a desvinculação do tabuleiro do pilone. A

primeira intervenção estrutural se justifica por um critério de projeto que estabelece uma

altura mínima do pilone: recomenda-se que os estais extremos tenham uma inclinação

mínima de . A adoção de uma altura de permitiu maior distribuição dos estais e

maior economia no uso de cordoalhas de aço. A segunda intervenção se deve à

necessidade de estabelecer um apoio que absorva os esforços horizontais provenientes da

viga de rigidez.

As ancoragens dos estais na face dianteira distam entre si na vertical e situam-

se acima da cota de inflexão. Cada nível do pilone onde há ancoragem de estais apresenta

um enrijecimento de suas paredes e sistema de protensão promovendo a transferência das

forças dos estais para trás (horizontalmente) da seção transversal (Figura 3.9).

57

Figura 3.9 — Seção transversal do pilone no qual há ancoragem de estai

(GOMES, 2013) — unidades em cm

Ao longo da base do pilone, onde as paredes apresentam maior suscetibilidade a

efeitos de segunda ordem, há enrijecimentos internos distando entre si (Figura 3.10).

Na cota do tabuleiro foram projetadas duas lajes de de espessura com a mesma

inclinação do tabuleiro com o intuito de promover rigidez na ligação monolítica entre

pilone e viga de rigidez.

58

Figura 3.10 — Corte longitudinal da base do pilone e de sua fundação

(GOMES, 2013) — unidades em cm

3.2.2. Processo construtivo do pilone

A construção do pilone (Figura 3.11) foi realizada em etapas de concretagem com

altura aproximada de mediante uso de sistema de fôrmas trepantes e de maneira

concomitante ao estaiamento. A execução do pilone foi realizada com rigoroso controle

topográfico para mitigar imperfeições durante a concretagem e avaliar deslocamentos nos

marcos topográficos durante a aplicação de força nos estais.

59

Segundo (GOMES, 2013), correções foram necessárias a cada avanço do sistema

de fôrmas trepantes para garantir o alinhamento da torre conforme exigido em projeto.

Essas correções foram devidas a deslocamentos na ordem de , no eixo longitudinal

da ponte, detectadas durante a protensão dos estais de retaguarda. A rigidez transversal

do pilone e a disposição dos estais de retaguarda em “V” no plano impediram

deslocamentos importantes na direção ortogonal ao eixo da ponte.

Figura 3.11 — Seção transversal do pilone (GOMES, 2013)

3.2.3. Sistema de Estais

O sistema de estaiamento (Figura 3.12) utilizou cabos com múltiplas cordoalhas.

Sua distribuição pode ser classificada como sistema semi-leque, pois os estais não estão

dispostos paralelamente (do contrário poderia ser considerada como um sistema em

harpa) e não há concentração de ancoragens no topo do pilone. Se houvesse concentração

de estais no topo, o sistema poderia ser classificado como em leque.

Os 15 cabos de vante estão ancorados no tabuleiro em um espaçamento de .

60

Figura 3.12 — Vista lateral da Ponte do Saber e nomenclatura dos estais — adaptado

de GOMES (2013)

Os estais são compostos por cordoalhas de de aço CP177-RB, com

tensão de ruptura de e módulo de elasticidade de . As cordoalhas

empregadas foram fornecidas pela empresa Tycsa, são compostas de sete fios

galvanizados e recebem uma camada de cera de petróleo e uma capa em PEAD

(polietileno de alta densidade).

Os estais foram numerados de T01 a T18, começando pelos estais de retaguarda.

Dentre os estais de retaguarda, o par de cabos T01 é o mais longo, com comprimento

aproximado de , e ancora na torre no nível . O par de estais T02 ancora na

torre no nível e, o par T03, no nível . Entre as ancoragens dos estais de

vante na viga de rigidez, a mais próxima ao pilone é a ancoragem de T04, distando

a partir da face da torre. O estai T18 é o mais longo, com cerca de de comprimento,

considerando a distância entre as faces externas dos tubos-fôrma. O estai mais curto é o

T04, com cerca de de comprimento. A Tabela 3.2 apresenta o número de

cordoalhas existentes em cada estai.

T04

T18

T01

T03

3 pares de estais de retaguarda: T01 a T03

15 estais de vante: T04 a T18

61

Tabela 3.2 — Número de cordoalhas em cada estai (GOMES, 2013)

Estai Número de

Cordoalhas

T01a 127

T01b 127

T02a 127

T02b 127

T03a 127

T03b 127

T04 31

T05 31

T06 37

T07 37

T08 37

T09 55

T10 55

T11 55

T12 55

T13 55

T14 55

T15 55

T16 55

T17 55

T18 55

3.2.4. Processo executivo do sistema de estais

As ancoragens utilizadas nos estais são fabricadas pela empresa Protende, no

Brasil, e possuem as mesmas características técnicas das ancoragens fabricadas e

certificadas pela Tensacciai, na Europa. O sistema é composto por duas ancoragens

extremas, sendo uma delas regulável e a outra fixa.

O processo de estaiamento pode ser dividido em duas etapas:

Montagem e posicionamento de todos os elementos que compõem o estai (tubo

PEAD, sistema antivandalismo, ancoragens, cordoalhas, etc.);

Protensão sequencial de cada cordoalha do estai até que a força de projeto seja

obtida.

62

O tubo PEAD, responsável por promover proteção adicional às cordoalhas no

trecho livre, foi montado por meio de soldagem de segmentos de de comprimento.

As soldas de PEAD foram realizadas por equipamento de termofusão no local da obra.

Por sua vez, as cordoalhas foram cortadas em função do comprimento do cabo desejado

e foram feitas marcações no corpo das mesmas, servindo de referência para o controle de

alongamentos da protensão.

Após realizada a montagem dos componentes, o tubo PEAD foi levado até o ponto

de fixação no tubo-fôrma superior, embutido no concreto do pilone, por meio de um

guindaste ou grua disponível. A outra extremidade foi posicionada próxima ao tubo-

fôrma inferior (tabuleiro). Em seguida, o tubo de PEAD foi pré-fixado nos tubos-fôrma

de modo a deixar espaço livre para a passagem das cordoalhas, que foram inseridas, uma

a uma, no interior do tubo e encunhadas nas duas ancoragens. A fixação das cordoalhas

foi feita mediante protensão do elemento com uma carga mínima necessária para manter

o encunhamento, enquanto as demais cordoalhas eram posicionadas.

Após concluída a fase de montagem e posicionamento, iniciou-se a fase de

protensão do estai (Figura 3.13). No projeto da Ponte do Saber, utilizou-se o sistema de

isoalongamento, cujo objetivo é fazer com que todas as cordoalhas do estai apresentem o

mesmo alongamento e, consequentemente, a mesma força.

63

Figura 3.13 — Detalhe da protensão das cordoalhas (GOMES, 2013)

A aplicação de força foi feita com macacos hidráulicos do tipo monocordoalha.

Com isso, uma cordoalha foi protendida por vez. Primeiramente, aplicou-se a força

calculada em uma das cordoalhas do conjunto, que serviu como elemento de referência

para o alongamento dos demais. A partir deste momento, as demais cordoalhas foram

alongadas até que as referências marcadas coincidissem com a referência da primeira

cordoalha.

Devido à esbeltez do tabuleiro, a aplicação de força em uma cordoalha influencia

na força atuante nas cordoalhas já protendidas em um mesmo cabo. Consequentemente,

o processo de protensão é iterativo, até atingir a força de projeto.

Para aferição das forças, foram instaladas células de cargas em cada estai. A célula

de carga registra a força da cordoalha de referência para monitoramento ao longo das

fases construtivas.

64

Neste projeto, estabeleceu-se que as ancoragens ativas, ou reguláveis, dos estais

de vante fossem posicionadas ao longo do tabuleiro, enquanto aquelas dos estais de

retaguarda fossem instaladas sobre o bloco de coroamento da fundação de retaguarda. As

aferições das forças nos estais são realizadas nas ancoragens instaladas no pilone.

3.3. SUPERESTRUTURA

O tabuleiro da ponte foi construído pelo método dos balanços sucessivos em

aduelas moldadas in loco com comprimento de cada. Cada aduela foi concretada em

fôrmas sustentadas por treliça (carro de construção) apoiada na aduela previamente

concretada (Figura 3.14). As aduelas foram numeradas sequencialmente, conforme

ilustrado na Figura 3.15.

Figura 3.14 — Concretagem de aduela (GOMES, 2013)

65

Figura 3.15 — Numeração dos estais de vante (T04 a T18), das aduelas (adu01a a

adu15b) e dos pontos notáveis (P04 a P18a e P_final) — adaptado de GOMES (2013)

A viga de rigidez em concreto armado e protendido, com de , possui

seção transversal unicelular com almas inclinadas e viga de enrijecimento central no topo,

conforme ilustração de seção típica apresentada na Figura 3.16.

66

Figura 3.16 — Seção transversal típica do tabuleiro com enrijecedores atirantados e

nicho de estaiamento (GOMES, 2013) — unidades em cm

Nos trechos de ancoragem dos estais no tabuleiro, a seção é enrijecida por meio

de alargamento das almas e da laje inferior, além da introdução de nervuras inclinadas

protendidas com cabos de cordoalhas de , os quais ligam a laje inferior à viga

de enrijecimento, onde está localizado o nicho de estaiamento, conforme ilustrado na

figura 3.16. A protensão transversal dos enrijecedores é efetuada antes da protensão do

estai ancorado na respectiva aduela.

Esse enrijecimento em forma de “W” (Figura 3.17) possui o papel de transmitir

os esforços da viga de rigidez para o estai. Esse enrijecimento da seção também é

encontrado nos trechos à meia distância dos pontos de estaiamento. No entanto, as

nervuras inclinadas não são protendidas nesse caso.

67

Figura 3.17 — Vista interna da viga de rigidez com enrijecedores em “W” a cada 5 m

(TOLEDO, 2014)

Cabos longitudinais de protensão (superiores e inferiores) constituídos por

cordoalhas de também foram instalados. As mísulas nos quais estão ancorados

os cabos longitudinais superiores estão localizadas nas aduelas 6b e 15a. Por sua vez, os

cabos longitudinais inferiores estão ancorados nas aduelas 11b e 15a.

3.4. ESTÁGIOS DE CONSTRUÇÃO DA PONTE DO SABER

Esta seção apresenta as fases construtivas do plano de estaiamento da Ponte do

Saber, elaborado pelos projetistas. As informações foram obtidas por meio de GOMES

(2013).

O plano de estaiamento foi dividido em fases e, para cada fase, o plano

especifica a elevação dos pontos notáveis do tabuleiro e as forças nos estais já instalados.

Os pontos notáveis são os de extremidade das aduelas, conforme apresentado na Figura

3.15. A Tabela 3.3 fornece a sequência construtiva estabelecida no plano de estaiamento.

68

As fases construtivas são constituídas, em sua maior parte, de estaiamentos,

concretagens de aduelas (exemplo: Concretagem até P04a) e concretagem da viga de

enrijecimento (exemplo: Conc. Viga central até P08). A viga central, ou viga de

enrijecimento, é um componente que proporciona maior rigidez ao tabuleiro e também

atua como guarda-rodas central.

Dentre as fases construtivas previstas, destaca-se a fase “Atirantamento - P0”.

Essa fase foi adotada no fim da obra por necessidades estruturais e consistiu em impor

um deslocamento à extremidade do tabuleiro, por meio de dois cabos de protensão

vertical provisórios, até o aparelho de apoio sobre o pilar extremo (pilar P0). Antes desse

procedimento, prevía-se que a viga de rigidez, no encontro entre a ponta do balanço e o

pilar extremo, tivesse uma flecha prevista para cima de

Após o atirantamento de todos os estais, realizou-se a concretagem do contrapeso

no interior da célula da viga de rigidez, nos últimos de extensão do tabuleiro. O

contrapeso instalado garantiu a força normal mínima necessária sobre o aparelho de apoio

e a redução das flechas das catenárias dos cabos mais longos após a remoção do tirante

vertical provisório. A definição do contrapeso requerido envolveu uma série de

combinações de carga que são menos favoráveis para a aplicação de força normal sobre

o aparelho de apoio, os quais consideram o efeito de redução de temperatura nos estais e

de carga móvel excêntrica no tabuleiro.

69

Tabela 3.3 — Fases construtivas da Ponte do Saber (GOMES, 2013).

01 Estaiamento de T04 32 Concretagem até P09 63 Concretagem até P14a

02 Treliça apoiada em P04 33 Estaiamento de T09 64 Treliça apoiada em P14a

03 Concretagem até P04a 34 Treliça apoiada em P09 65 Concretagem até P15

04 Treliça apoiada em P04a 35 Concretagem até P09a 66 Estaiamento de T15

05 Concretagem até P05 36 Treliça apoiada em P09a 67 Treliça apoiada em P15

06 Conc. viga central até P05 37 Concretagem até P10 68 Estaiamento de T02

07 Estaiamento de T03 38 Estaiamento de T10 69 Concretagem até P15a

08 Estaiamento de T05 39 Treliça apoiada em P10 70 Treliça apoiada em P15a

09 Treliça apoiada em P05 40 Concretagem até P10a 71 Concretagem até P16

10 Estaiamento de T04 41 Treliça apoiada em P10a 72 Estaiamento de T01

11 Concretagem até P05a 42 Concretagem até P11 73 Estaiamento de T16

12 Treliça apoiada em P05a 43 Estaiamento de T11 74 Treliça apoiada em P16

13 Concretagem até P06 44 Treliça apoiada em P11 75 Concretagem até P16a

14 Conc. viga central até P06 45 Estaiamento de T03 76 Treliça apoiada em P16a

15 Estaiamento de T06 46 Estaiamento de T02 77 Concretagem até P17

16 Treliça apoiada em P06 47 Concretagem até P11a 78 Estaiamento de T17

17 Concretagem até P06a 48 Treliça apoiada em P11a 79 Treliça apoiada em P17

18 Treliça apoiada em P06a 49 Concretagem até P12 80 Concretagem até P17a

19 Concretagem até P07 50 Estaiamento de T12 81 Treliça apoiada em P17a

20 Conc. viga central até P07 51 Treliça apoiada em P12 82 Concretagem até P18

21 Estaiamento de T07 52 Concretagem até P12a 83 Estaiamento de T18

22 Treliça apoiada em P07 53 Treliça apoiada em P12a 84 Treliça apoiada em P18

23 Estaiamento de T03 54 Concretagem até P13 85 Concretagem até P18a

24 Concretagem até P07a 55 Estaiamento de T13 86 Estaiamento de T01

25 Treliça apoiada em P07a 56 Treliça apoiada em P13 87 Treliça apoiada em P18a

26 Concretagem até P08 57 Estaiamento de T02 88 Concretagem até P_Final

27 Conc. viga central até P08 58 Concretagem até P13a 89 Protensão longitudinal

28 Estaiamento de T08 59 Treliça apoiada em P13a 90 Atirantamento - P0

29 Treliça apoiada em P08 60 Concretagem até P14 91 Conc. viga central até P0

30 Concretagem até P08a 61 Estaiamento de T14 92 Pavimentação

31 Treliça apoiada em P08a 62 Treliça apoiada em P14

GOMES (2013) relata que a execução do vão estaiado se mostrou bem sucedida

graças ao criterioso método de aferição das principais variáveis (forças e elevações), por

meio de células de carga e de dispositivos topográficos. Esse monitoramento permitiu a

70

correção de imperfeições durante a obra com a implementação de contraflechas e de

retensionamentos.

71

4. DESCRIÇÃO DO MODELO COMPUTACIONAL

O modelo em elementos finitos da Ponte do Saber utilizado neste estudo (Figura

4.1) foi concebido pelo Eng. Vicente Garambone Neto e posteriormente modificado pela

Eng. Raissa Laubenbacher Sampaio de Toledo em vista das inúmeras alterações do

projeto. O modelo foi desenvolvido no programa SAP2000 e apresenta elementos de

casca, utilizados para representar o pilone e os blocos de coroamento; e elementos de

pórtico, utilizados para representar as vigas, estais, estacas, cabos de protensão e ligações

rígidas entre nós. Molas foram utilizadas para representar a rigidez do solo na fundação

de retaguarda. A Tabela 4.1 fornece dados a respeito da malha em elementos finitos da

Ponte do Saber. O sistema de unidades adotado é baseado nas unidades kN, m, K.

Tabela 4.1 — Dados sobre a malha em elementos finitos da Ponte do Saber —

elaborado pelo autor

Número de Nós 5005

Número de apoios 81

Número de nós com apoios elásticos 58

Número de elementos de pórtico 1632

Número de elementos de casca 3573

Número de links 1

Número de restrições (constraints) 1

Segundo GOMES (2013), a representação da viga de rigidez por meio de

elementos de pórtico fornece bons resultados para a elaboração do plano de estaiamento.

72

Figura 4.1 — Modelo computacional em elementos finitos da Ponte do Saber (imagem

elaborada pelo autor)

A modelagem da protensão longitudinal adotada, abordada na seção 3.3, foi feita

com elementos de pórtico com seção transversal circular de área equivalente à soma das

áreas mínimas das cordoalhas adotadas. Para uma cordoalha CP190-RB, , foi

adotada área mínima de (ARCELOR MITTAL, 2016). Esses elementos são

ligados ao modelo da viga de rigidez, por meio de elementos de rigidez elevada, e distam

do modelo da viga de rigidez a mesma distância entre o centroide da viga de rigidez e as

cotas de protensão longitudinal (Figura 4.2).

73

Figura 4.2 — Vista longitudinal do modelo em elementos finitos: detalhe das 5 aduelas

mais próximas do pilar extremo (P0) — elaborado pelo autor

Os estais foram representados por elementos de pórtico configurados de forma

que, no momento da análise, fossem divididos em segmentos de, no máximo, 5m de

comprimento. Essa medida se mostrou suficiente para que o estai apresentasse valores

baixos de momento fletor e torsor e não houvesse instabilidade durante as fases em que

sua seção fosse do tipo “fantasma”. A ligação entre o modelo do estai e da viga de rigidez

se deu por meio de elemento de pórtico rígido.

Os elementos de pórtico que representam os estais também foram configurados

de forma a não apresentar rigidez à compressão nas análises para obtenção da matriz de

influência. Essa abordagem foi adotada para que não houvesse componentes negativos na

matriz, o que possibilitaria soluções com pré-alongamentos negativos. A configuração de

resistência dos estais foi restaurada nas demais análises por não haver necessidade dessa

restrição e para permitir o deslocamento dos nós dos elementos que compõem os estais

durante as fases nas quais os estais se apresentam com seção GHOST. Ambas as

extremidades dos estais apresentam rótulas.

As seções transversais adotadas nos elementos que representam os estais são

circulares de área correspondente a soma das áreas mínimas das cordoalhas adotadas nos

respectivos estais. Pesos adicionais devidos às camadas de proteção e ao tubo PEAD não

74

foram considerados. Para uma cordoalha CP177-RB, , a área mínima adotada

foi de (ARCELOR MITTAL, 2016).

A seção da viga de rigidez foi modelada utilizando a ferramenta Section Designer

(Figura 4.3) de acordo com as dimensões apresentadas por TOLEDO (2014). Ainda foi

aplicado um fator de ponderação de na rigidez à flexão para considerar a não

linearidade física do concreto armado e protendido.

Figura 4.3 — Seção típica da viga de rigidez implementada na ferramenta Section

Designer (elaborado pelo autor)

O contato entre a viga de rigidez e o apoio do pilar P0 é representado de diferentes

formas. Na retroanálise, o primeiro estágio contém, em sua estrutura, um elemento rígido

com eixo longitudinal vertical de m de comprimento, sem rótulas (elemento

“apoio”), o qual apresenta conectividade com o elemento de pórtico que representa a

aduela 15b. A outra extremidade do elemento rígido apresenta conectividade com o pilar

P0. O elemento de pórtico que representa o pilar P0 contém rótula de deslocamento

transversal (U2) e de rotação (R3) no nó superior (Figura 4.4). O elemento“apoio”

75

apresenta eixos locais com mesma direção e sentido dos eixos locais do elemento que

represena o pilar P0.

Esse elemento rígido é utilizado para representar a liberação do vínculo entre

tabuleiro e apoio, por meio de sua exclusão.

Na análise das fases construtivas, pode não haver vínculo entre o tabuleiro e o

apoio do pilar P0 na extremidade direita do modelo da ponte (pilar no continente), nos

estudos de desmonte e de avanço. No entanto, o pilar P0 apresenta nó superior rotulado

para translação transversal (U2), rotação (R3) e torção (R1) (Figura 4.4) e também possui

como restrição o mesmo deslocamento horizontal (UX) (Figura 4.4) do nó extremo da

aduela 15b (nó “extremidade_tabuleiro”). Essa medida permite manter esses nós no

mesmo eixo vertical até o estágio de encontro, doravante chamado de FASE03. O

deslocamento do nó superior de P0 (nó “P0”) não gera esforços internos adicionais ao

pilar P0, exceto se o deslocamento for vertical.

Figura 4.4 — Eixo global e eixos locais das barras “P0” e “adu_15b” no modelo em

elementos finitos (elaborado pelo autor)

1

2

Z

X

X

X

1

2

76

No início da FASE03 do estágio de avanço construtivo, um link do tipo gap é

criado conectando os nós “P0” e “extremidade_tabuleiro” (da viga de rigidez). Ele

apresenta como configurações rigidez axial elevada ( ) e abertura prevista de

acordo com a distância deslocada entre os nós do link no estágio precedente. Ao ser

submetido ao carregamento do contrapeso (previsto na fase final de montagem), os nós

se aproximarão, sem haver rigidez axial entre eles, até que a diferença entre o

alongamento do link e abertura seja negativa, situação na qual se configura o contato entre

os nós.

Todas as análises realizadas neste estudo levam em conta não linearidade

geométrica mediante uso de configurações padrão do SAP2000 para análises que

consideram efeitos P-delta.

4.1. CARREGAMENTOS

A fase final da construção da Ponte do Saber, doravante chamada de FASE00,

apresenta os seguintes carregamentos permanentes:

Pavimentação: Carregamento distribuído vertical para baixo ao longo do vão

estaiado de . Os elementos que

representam os viadutos que circundam o pilone receberam carga distribuída de

;

Guarda-rodas lateral: Cada guarda-rodas lateral possui área de .

Portanto, a carga do guarda-rodas lateral corresponde a uma carga distribuída

constante de vertical para baixo ao longo

do vão estaiado. Os elementos que representam os viadutos que circundam o

pilone receberam carga distribuída de vertical para baixo;

77

Nichos de protensão longitudinal: O peso estimado de cada uma das mísulas

superiores de protensão ativa é de , enquanto o

peso estimado de cada uma das mísulas inferiores de protensão ativa é de

. Os carregamentos representando os nichos de

protensão longitudinal adotados são concentrados e localizados em conformidade

com as fôrmas do projeto;

Nichos de estaiamento: São os blocos de concreto onde se localizam cada

dispositivo de ancoragem dos estais. As cargas que representam os nichos de

protensão ativa dos estais são concentradas e de cima para baixo. As cargas estão

localizadas na viga de rigidez e variam de a , do estai T04 ao T18.

As cargas foram definidas presumindo um peso específico de em todo

o volume de cada nicho;

Enrijecedores transversais: Em cada aduela, a menos das aduelas 15a e 15b,

existe uma estrutura de enrijecimento de concreto, em forma de W, com

de espessura. Esses enrijecedores são representados por cargas concentradas

verticais para baixo de ;

Contrapeso: Carga distribuída vertical para baixo sobre a viga de rigidez, com

de extensão até o encontro com P0. O concreto utilizado para o contrapeso

tem peso estimado de ;

Protensão dos estais: A protensão dos estais é representada por deformações

específicas (e01 a e18), as quais estão definidas em todos os elementos

constituintes dos respectivos estais. Para um fator de escala unitário, cada Load

Pattern está configurado para uma deformação específica de ;

Protensão longitudinal: A protensão longitudinal é representada por uma

deformação específica de -0,00628 ao longo de todos os elementos que

78

representam os cabos de protensão longitudinal. Esse valor representa o

alongamento previsto em projeto com perdas imediatas.

Na análise das fases construtivas, a treliça de escoramento (carro de construção)

é representada mediante Load Patterns para cada posicionamento de concretagem de

aduela: uma carga concentrada vertical para baixo, com módulo de , localizada a

da extremidade da aduela na qual o equipamento está apoiado, e outra carga

concentrada vertical para cima, com módulo de , a uma distância de da

primeira.

4.2. FASES CONSTRUTIVAS ADOTADAS NO ESTUDO

Esta seção apresenta as fases construtivas adotadas na retroanálise e na

subsequente análise de avanço construtivo, implementadas no presente estudo.

As tabelas apresentam os estágios de construção na ordem retroativa, com a qual

se deve obter as forças dos estais nas diferentes fases construtivas. Os estágios foram

implementados com base no plano de estaiamento do projetista. Modificações foram

feitas, para simplificação da análise, tais como a supressão do estudo do tirante vertical

para posicionamento do tabuleiro sobre o apoio do pilar P0.

Outra simplificação adotada foi a consideração do guarda-rodas central como um

componente de enrijecimento da viga de rigidez durante todas as fases construtivas. O

que se estabeleceu efetivamente no plano de estaiamento foi a execução da viga de

enrijecimento de forma alternada com o lançamento de um conjunto de aduelas, como

pode ser observado na Tabela 3.3.

Além destas simplificações, o modelo apresenta o pilone em sua configuração

completa durante todas as fases construtivas do vão, apesar do pilone e do tabuleiro terem

sido executados concomitantemente, conforme é visto na Figura 4.5.

79

Figura 4.5 — Estaiamento e concretagem do pilone (disponível em

http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/5/ponte-do-fundao-224684-

1.aspx, acessado em 22 de novembro de 2016)

Os efeitos reológicos, ação do vento e efeitos decorrentes de variação de

temperatura também não foram levados em conta neste estudo por simplificação.

A seguir são apresentadas, por meio das Tabelas 4.2 e 4.3, as fases adotadas nas

análises de retroanálise e de avanço construtivo.

80

Tabela 4.2 — Fases adotadas na retroanálise (continua) — elaborado pelo autor

FASE DESCRIÇÃO FASE DESCRIÇÃO

00 Estrutura completa com carga

permanente. 15

Treliça realocada para concretar

aduela 13b.

01 Remoção da carga de

pavimentação. 16 Remoção do estai T17

02 Remoção da carga do guarda-

rodas. 17 Remoção da aduela 13b.

03 Inserção da Treliça para receber

a aduela 15b. 18

Treliça realocada para concretar

aduela 13a.

04 Remoção do contrapeso e

liberação do apoio P0. 19 Remoção da aduela 13a.

05 Remoção da protensão

longitudinal do tabuleiro. 20

Treliça realocada para concretar

aduela 12b.

06 Remoção da aduela 15b. 21 Remoção do estai T16

07 Treliça realocada para concretar

aduela 15a. 22 Remoção do estai T01.

08 Redução do alongamento do

estai T01 23 Remoção da aduela 12b.

09 Remoção da aduela 15a. 24 Treliça realocada para concretar

aduela 12a.

10 Treliça realocada para concretar

aduela 14b. 25 Remoção da aduela 12a.

11 Remoção do estai T18 26 Redução de alongamento do

Estai T02.

12 Remoção da aduela 14b. 27 Treliça realocada para concretar

aduela 11b.

13 Treliça realocada para concretar

aduela 14a. 28 Remoção do estai T15.

14 Remoção da aduela 14a. 29 Remoção da aduela 11b.

81

Tabela 4.2 — Fases adotadas na retroanálise (continua) — elaborado pelo autor

FASE DESCRIÇÃO FASE DESCRIÇÃO

30 Treliça realocada para concretar

aduela 11a. 45 Remoção da aduela 08b.

31 Remoção da aduela 11a. 46 Treliça realocada para concretar

aduela 08a.

32 Treliça realocada para concretar

aduela 10b. 47 Remoção da aduela 08a.

33 Remoção do estai T14 48 Remoção do estai T02.

34 Remoção da aduela 10b. 49 Redução de alongamento do

Estai T03.

35 Treliça realocada para concretar

aduela 10a. 50

Treliça realocada para concretar

aduela 07b.

36 Remoção da aduela 10a. 51 Remoção do estai T11.

37 Redução de alongamento do

Estai T02. 52 Remoção da aduela 07b.

38 Treliça realocada para concretar

aduela 09b. 53

Treliça realocada para concretar

aduela 07a.

39 Remoção do estai T13. 54 Remoção da aduela 07a.

40 Remoção da aduela 09b. 55 Treliça realocada para concretar

aduela 06b.

41 Treliça realocada para concretar

aduela 09a. 56 Remoção do estai T10.

42 Remoção da aduela 09a. 57 Remoção da aduela 06b.

43 Treliça realocada para concretar

aduela 08b. 58

Treliça realocada para concretar

aduela 06a.

44 Remoção do estai T12. 59 Remoção da aduela 06a.

82

Tabela 4.2 — Fases adotadas na retroanálise (continuação) — elaborado pelo autor

FASE DESCRIÇÃO FASE DESCRIÇÃO

60 Treliça realocada para concretar

aduela 05b. 75 Remoção da aduela 03a.

61 Remoção do estai T09. 76 Treliça realocada para concretar

aduela 02b.

62 Remoção da aduela 05b. 77 Remoção do estai T06.

63 Treliça realocada para concretar

aduela 05a. 78 Remoção da aduela 02b.

64 Remoção da aduela 05a. 79 Treliça realocada para concretar

aduela 02a.

65 Treliça realocada para concretar

aduela 04b. 80 Remoção da aduela 02a.

66 Remoção do estai T08. 81 Redução de alongamento de

T04.

67 Remoção da aduela 04b. 82 Treliça realocada para concretar

aduela 01b.

68 Treliça realocada para concretar

aduela 04a. 83 Remoção do estai T05.

69 Remoção da aduela 04a. 84 Remoção do estai T03.

70 Redução de alongamento do

Estai T03. 85 Remoção da aduela 01b.

71 Treliça realocada para concretar

aduela 03b. 86

Treliça realocada para concretar

aduela 01a.

72 Remoção do estai T07. 87 Remoção da aduela 01a.

73 Remoção da aduela 03b. 88 Retirar carregamento de treliça.

74 Treliça realocada para concretar

aduela 03a. 89 Remoção do estai T04.

83

Tabela 4.3 — Fases adotadas na análise de avanço constutivo (continua) — elaborado

pelo autor

FASE DESCRIÇÃO FASE DESCRIÇÃO

89 Estrutura apenas com Aduela

incial (aduela de disparo). 74 Concretagem da aduela 03a.

88 Instalação do estai T04. 73 Treliça posicionada para

concretar aduela 03b.

87 Posicionamento da treliça para

receber aduela 01a. 72 Concretagem da aduela 03b.

86 Concretagem da aduela 01a. 71 Instalação do estai T07.

85 Posicionamento da treliça para

receber aduela 01b. 70

Treliça posicionada para

concretar aduela 04a.

84 Concretagem da aduela 01b. 69 Alongamento de T03.

83 Instalação do estai T03. 68 Concretagem da aduela 04a.

82 Instalação do estai T05. 67 Treliça posicionada para

concretar aduela 04b.

81 Posicionamento da treliça para

receber aduela 02a. 66 Concretagem da aduela 04b.

80 Alongamento de T04. 65 Instalação do estai T08.

79 Concretagem da aduela 02a. 64 Treliça posicionada para

concretar aduela 05a.

78 Treliça posicionada para

concretar aduela 02b. 63 Concretagem da aduela 05a.

77 Concretagem da aduela 02b. 62 Treliça posicionada para

concretar aduela 05b.

76 Instalação do estai T06. 61 Concretagem da aduela 05b.

75 Treliça posicionada para

concretar aduela 03a. 60 Instalação do estai T09.

84

Tabela 4.3 — Fases adotadas na análise de avanço constutivo (continua) — elaborado

pelo autor

FASE DESCRIÇÃO FASE DESCRIÇÃO

59 Treliça posicionada para

concretar aduela 06a. 44 Concretagem da aduela 08b.

58 Concretagem da aduela 06a. 43 Instalação do estai T12.

57 Treliça posicionada para

concretar aduela 06b. 42

Treliça posicionada para

concretar aduela 09a.

56 Concretagem da aduela 06b. 41 Concretagem da aduela 09a.

55 Instalação do estai T10. 40 Treliça posicionada para

concretar aduela 09b.

54 Treliça posicionada para

concretar aduela 07a. 39 Concretagem da aduela 09b.

53 Concretagem da aduela 07a. 38 Instalação do estai T13.

52 Treliça posicionada para

concretar aduela 07b. 37

Treliça posicionada para

concretar aduela 10a.

51 Concretagem da aduela 07b. 36 Alongamento de T02.

50 Instalação do estai T11. 35 Concretagem da aduela 10a.

49 Treliça posicionada para

concretar aduela 08a. 34

Treliça posicionada para

concretar aduela 10b.

48 Alongamento de T03. 33 Concretagem da aduela 10b.

47 Instalação do estai T02. 32 Instalação do estai T14.

46 Concretagem da aduela 08a. 31 Treliça posicionada para

concretar aduela 11a.

45 Treliça posicionada para

concretar aduela 08b. 30 Concretagem da aduela 11a.

85

Tabela 4.3 — Fases adotadas na análise de avanço construtivo (continuação) —

elaborado pelo autor

FASE DESCRIÇÃO FASE DESCRIÇÃO

29 Treliça posicionada para

concretar aduela 11b. 14

Treliça posicionada para

concretar aduela 14a.

28 Concretagem da aduela 11b. 13 Concretagem da aduela 14a.

27 Instalação do estai T15. 12 Treliça posicionada para

concretar aduela 14b.

26 Treliça posicionada para

concretar aduela 12a. 11 Concretagem da aduela 14b.

25 Alongamento de T02. 10 Instalação do estai T18.

24 Concretagem da aduela 12a. 09 Treliça posicionada para

concretar aduela 15a.

23 Treliça posicionada para

concretar aduela 12b. 08 Concretagem da aduela 15a.

22 Concretagem da aduela 12b. 07 Alongamento do estai T01.

21 Instalação do estai T01. 06 Treliça posicionada para

concretar aduela 15b.

20 Instalação do estai T16. 05 Concretagem da aduela 15b.

19 Treliça posicionada para

concretar aduela 13a. 04 Protensão do tabuleiro

18 Concretagem da aduela 13a. 03 Inclusão do contrapeso e

acréscimo do link.

17 Treliça posicionada para

concretar aduela 13b. 02 Remoção da treliça.

16 Concretagem da aduela 13b. 01 Inserção dos guarda-rodas.

15 Instalação do estai T17. 00 Inserção da carga de

pavimentação.

86

4.2.1. Configuração das Fases Construtivas

Esta seção visa ilustrar a configuração dos estágios de retroanálise e de análise do

avanço construtivo no programa SAP2000.

Para que as fases construtivas sejam bem representadas durante a análise Staged

Construction, a configuração de cada etapa deve ser bem executada. Um estágio pode

conter inúmeras operações, cada qual apresenta os seguintes parâmetros:

Operation: Tipo de operação que será realizado (Seção 2.10.2);

Object Type: Qual tipo de objeto será utilizado nesta operação (um tipo de

elemento específico ou um grupo);

Object Name: Qual o nome do objeto, seja um elemento ou um grupo previamente

criado;

Age At Add: Qual a idade do objeto, quaso este esteja sendo incluído no modelo;

Ignora-se esse parâmetro caso a operação não seja inclusão de objeto ou mudança

de seção;

Type: Especificação do tipo a ser adotado em determinada operação; Por exemplo,

caso a operação seja Change Section, Type refere-se ao tipo de elemento

(itemType); Caso a operação seja Load Objects, então Type pode ser load pattern

ou aceleração (loadType);

Name: Especifica o nome da entidade a ser utilizada, do tipo Type; Por exemplo,

se a operação for Change Section, Name (itemName) especifica o nome da seção;

Caso a operação seja relacionada a carregamento, Name (loadName) especifica o

nome do load pattern ou aceleração associado a essa operação;

87

Scale Factor: Especifica o fator de escala a ser multiplicado pelo load pattern ou

aceleração especificado; Ignora-se esse parâmetro, caso a operação não seja

relacionada com aplicação de carregamento.

Estes parâmetros estão presentes no painel de configuração de Load Case do tipo

Staged Construction (Figura 4.6).

Figura 4.6 — Painel de configuração de um Load Case do Tipo Staged Construction —

elaborado pelo autor

88

Todas as fases contrutivas adotadas no SAP2000, para cada Case e Stage, estão

discriminadas no Apêndice A. Elas estão correlacionadas com as fases de construção

anteriormente definidas e foram descritas de forma detalhada, sem uso de linguagem de

programação, para que pudessem ser impostas à análise.

A Tabela 4.4 e a Tabela 4.5 ilustram como foram configurados os 4 primeiros

estágios da retroanálise e da análise de avanço construtivo, respectivamente. Todos os

carregamentos adotados são load patterns. Por essa razão, o parâmetro Load Type foi

omitido nessas tabelas.

Tabela 4.4 — Configuração da retroanálise: FASE01 a FASE04 — elaborado pelo

autor

Retroanálise Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF

Remoção da carga

de pavimentação. 01

Load

Objects Group All GPAV -1

Remoção da carga

do guarda-rodas. 02

Load

Objects Group All GBARR -1

Inserção da

Treliça para

receber a aduela

15b.

03 Load

Objects Group All TREL15b 1

Remoção do

contrapeso e

liberação do apoio

P0.

04

Load

Objects Group All ADU_15_contrape -1

Remove

Structure Frame apoio - -

89

Tabela 4.5 — Configuração da análise de avanço construtivo: FASE01 a FASE04 —

elaborado pelo autor

Avanço

Construtivo Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF

Protensão do

tabuleiro. 04

Load

Objects Group All Protensao_cabosviga 1

Inclusão do

contrapeso e

acréscimo do link

entre vão estaiado e

apoio do pilar

extremo.

03

Load

Objects Group All ADU_15_contrape 1

Add

Structure Link 1 - -

Remoção da treliça. 02 Load

Objects Group All TREL15b -1

Inserção dos

Guarda-Rodas 01

Load

Objects Group All GBARR 1

A Tabela 4.6 ilustra como foi configurada a etapa de remoção do estai T14 na

retroanálise. O procedimento que representa o atirantamento do estai T14 é apresentado

na Tabela 4.7. O parâmetro ObjType foi omitido da Tabela 4.7 pois todos os valores

correspondem a “Group”. Todos os carregamentos adotados são load patterns. Por essa

razão, o parâmetro Load Type foi omitido nessas tabelas.

Tabela 4.6 — Configuração da análise de retroanálise: FASE32 e FASE33 —

elaborado pelo autor

Retroanálise Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF

Treliça realocada para

concreter aduela 10b. 32

Load Objects Group All TREL10b 1

Load Objects Group All TREL11a -1

Remoção do estai T14. 33

Remove

Structure Group T14 - -

Remove

Structure Frame ligacaoT14 - -

90

Tabela 4.7 — Configuração da análise de avanço construtivo: FASE32 e FASE33 —

elaborado pelo autor

Avanço

Construtivo Fase Operation

Obj

Name LoadName

Load

SF

Item

Type

Item

Name

Concretagem

da aduela 10b. 33

Load

Objects adu_10b DEAD 1 - -

Load

Objects All

ENRIJECIMENTO_

ADU10B 1 - -

Instalação do

estai T14. 32

Change

Section T14 - - Frame C55

Load

Objects T14 DEAD 1 - -

Load

Objects All

NICHO_

ESTAIAMENTO_

T14

1 - -

Load

Objects All e14 4.05 - -

91

5. ESTUDO DAS FASES CONSTRUTIVAS

Este capítulo apresenta um estudo das fases construtivas do vão estaiado mediante

uso do programa SAP2000 versão 18 (CSI, 2016a) e do programa Microsoft Excel 2016

(WALKENBACH, 2015a). Neste estudo emprega-se a ferramenta CSI OAPI (CSI,

2014c) para desenvolver rotinas em Excel VBA (WALKENBACH, 2015b), as quais

podem comunicar-se com o SAP2000 com objetivo de obter e configurar propriedades

do modelo, solicitar análises e obter resultados customizados.

A ferramenta Excel VBA é muito utilizada, principalmente para automatização de

processos realizados nas planilhas do Excel. Neste estudo, utilizam-se as planilhas do

arquivo de nome “Projeto_final.xlsm” como interface do usuário, entrada de dados e saída

de resultados. Além disso, o conjunto de rotinas desenvolvidas nesta planilha automatiza

chamadas de análise do SAP2000, realiza cálculos e modifica variáveis do modelo, com

o objetivo de realizar uma análise simplificada das fases construtivas do vão estaiado da

Ponte do Saber.

A Figura 5.1 apresenta o painel de controle desenvolvido para diversos propósitos,

quais sejam:

Selecionar e abrir o arquivo “.sdb” com o qual se pretende trabalhar por meio de

uma janela de diálogo de busca de arquivo (botão “Abrir arquivo .sdb”). O

checkbox na parte superior do painel permite especificar se é necessário ou não

definir o arquivo a ser aberto;

Selecionar a pasta de saída de arquivos de resultado e de log por meio de uma

janela de diálogo de busca de pasta (Botão “Pasta de Saída”);

Fechar o arquivo “.sdb”;

Definir o critério de tolerância de força alvo (eTol), em kN;

92

Executar uma das quatro principais rotinas desenvolvidas (Botões “Matriz de

Influência, “SF das Forças Finais”, “Desmontagem” e “Montagem”);

Executar a análise completa, ou seja, executar sequencialmente as quatro rotinas

de forma ininterrupta (Botão “Análise de Fases Construtivas”).

Figura 5.1 — Planilha “panel” presente no arquivo “ProjetoFinal.xlsm” (elaborado

pelo autor)

Todas as análises realizadas neste estudo levam em conta não linearidade

geométrica por meio do uso de configurações padrão do SAP2000 para análises que

consideram efeitos P-delta.

As seções subsequentes apresentam as diretrizes das quatro principais rotinas

desenvolvidas no presente estudo.

5.1. ROTINAS DE CALIBRAÇÃO

Em primeiro lugar, o estudo pretende definir os pré-alongamentos necessários

para aplicar as forças de projeto nos estais do modelo computacional em elementos finitos

93

com estrutura completa e sob cargas permanentes (correspondente à fase final da obra,

doravante chamada de FASE00).

Para isso, uma das rotinas tem o papel de criar a matriz de influência do modelo

completo na FASE00, conforme método abordado na Seção 2.5. A essa rotina atribuiu-

se o nome de getInfluenceMatrix, cujo algoritmo é descrito na Figura 5.2. A matriz de

influência resultante é armazenada na planilha “Influence Matrix” (Figura 5.3).

Início de

getInfluenceMatrix

Crie Load Case com base

no estágio a ser estudado.

Chame-o de “PreStretch”

Crie Load Cases

temporários através das

quais será obtida a matriz

de influência

i = 1

Analise Load Case

temporário com pré-

alongamento 0.1 apenas no

estai i.

j = 1

Extraia força

axial

resultante no

estai j

Armazene

força axial na

planilha

“influence

matrix”

j = j+1

j é maior que o

número de estais?

Nãoi = i+1

i é maior que o

número de estais?

Não

Delete Load Cases

temporários

Sim

Fim de

getInfluenceMatrix

Sim

Figura 5.2 — Fluxograma da rotina getInfluenceMatrix (elaborado pelo autor)

94

É importante destacar que, conforme apresentado na Seção 2.5, os load patterns

correspondentes aos pré-alongamentos dos estais (e01 a e18) apresentam deformação

específica Os pré-alongamentos adotados nos Load Cases temporários

correspondem a uma deformação específica . Em outras palavras, os Load Cases

apresentam fator de escala 100 para um dos load patterns de protensão dos estais e fator

nulo para os demais, uma vez que não foi possível obter convergência nas análises com

uso de deformação específica negativa unitária. Cada componente do vetor resultante

da equação matricial de calibração (Equação 2.4) fornece valor unitário caso a

deformação requerida naquele estai, para calibração, seja de .

Portanto, faz-se necessário o uso de um fator que permita a adoção correta de

fatores de escala a serem multiplicados com os respectivos load patterns de pré-

alongamento. O fator em questão é exatamente . Com isso, cada valor obtido no vetor

resultante é multiplicado por e, então, utilizado como fator de escala do load

pattern correspondente no Load Case em estudo. Esse fator pode ser editado na planilha

“Influence Matrix” (Figura 5.4) para eventuais testes no uso de outros fatores de escala

durante geração da matriz de influência.

Além de armazenar a matriz de rigidez na planilha “Influence Matrix”, a rotina

exporta a matriz para o arquivo “influenceMatrix.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”, sendo

“yyyy.mm.dd.hh.nn.ss” o formato contendo a data e o horário de criação do arquivo. A

rotina também cria um arquivo log detalhando eventos durante a execução da rotina:

“logInfluenceMatrix.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”.

95

Figura 5.3 — Planilha “influence matrix”: Parte da Matriz de Influência (18 x 18),

gerada pela rotina getInfluenceMatrix, e sua inversa, calculada mediante fórmula

disponível no Microsoft Excel (elaborado pelo autor)

Figura 5.4 — Planilha “influence matrix”: Variáveis de configuração presentes nesta

planilha (elaborado pelo autor)

96

De posse da matriz de influência, outra rotina passa a realizar o processo de

calibração dos pré-alongamentos a serem aplicados na FASE00, conforme apresentado

na seção 2.3. A essa rotina atribuiu-se o nome de getPreStretchFactors, cujo fluxograma

é apresentado na (Figura 5.5).

NãoSim

Analise Load

Case

“PreStretch”.

Obtenha os

esforços axiais

nos estais.

Calcular média da

diferença absoluta

entre os esforços

obtidos e os

esforços desejados,

estes discriminados

na planilha

“PresStretch

Factors”

err < etol?

(critério de

tolerância)

Matriz do lado

direito da

equação passa

a corresponder

a

Ffinal - Fef .

Resolva Equação

Matricial

[A]·[x]=[f]

Somar os fatores de

pré-alongamento

obtidos na equação

aos fatores já

armazenados nos

carregamentos

correspondentes.

Fim de

getPreStretchFactors

Início de

getPreStretchFactors

Resolva primeira

iteração da Equação

Matricial

[A]·[x]=[f]

Armazene os fatores de

pré-alongamento,

obtidos na primeira

iteração da equação

matricial, nos

carregamentos

corresponentes.

Obtenha os carregamentos

do Load Case

“PreStretch”.

Obter o erro

tolerado a partir

da planilha

“panel” (etol)

Figura 5.5 — Fluxograma da rotina getPreStretchFactors (elaborado pelo autor)

97

O critério de tolerância adotado nesta rotina, conforme apresentado na Equação

5.1, é que a média das diferenças absolutas entre a força alvo e o esforço axial obtido na

última análise, correspondentes a cada estai, seja menor ou igual a .

(5.1)

Sendo,

: Força alvo a ser aplicado no estai i, obtida na planilha

“PreStretchFactors” (Figura 5.6);

: Esforço axial soliticitante no estai i diante dos pré-alongamentos adotados

na presente iteração;

: Número total de estais.

O valor adotado para o critério de tolerância, de pode ser alterado

modificando-se o valor presente na planilha “panel” (Figura 5.1).

A lista de forças presente na planilha “PreStretch Factors” (Figura 5.6)

corresponde a lista de forças para a fase final de construção, estabelecida pelo projetista

e apresentada por GOMES (2013), na qual todos os carregamentos permanentes atuam

sobre a estrutura (FASE00).

Os fatores de escala que proporcionam forças nos estais dentro do critério de

tolerância estabelecido são utilizados como fatores escala dos carregamentos

correspondentes aos pré-alongamentos do Load Case PreStretch. A rotina também

armazena, para fins de consulta, os fatores de escala adotados na planilha “PreStretch

Factors” (Figura 5.6).

98

Essa rotina também fornece um arquivo de log de nome

“logPreStretch.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”, sendo “yyyy.mm.dd.hh.nn.ss” o formato

contendo a data e o horário de criação do arquivo.

Figura 5.6 — Fatores de Pré-alongamento nos estais resultantes da rotina

getPreStretchFactors (à esquerda) e forças finais a serem adotadas nos estais no

estágio correspondente a FASE00 (elaborado pelo autor)

99

5.2. ROTINA DE RETROANÁLISE

Após as rotinas de calibração, realiza-se uma retroanálise (backward analysis) das

fases construtivas, a partir da FASE00 (com os pré-alongamentos estabelecidos por meio

das rotinas anteriores) até a primeira fase da construção prevista no plano de estaiamento,

correspondente à superestrutura apenas com a aduela inicial de disparo (estágio doravante

chamado de FASE89). A rotina disassemblyAnalysis foi desenvolvida com esta diretriz

(Figura 5.7).

O processo de retroanálise permite definir as forças a serem aplicadas nos estais

em seus respectivos lançamentos. As 90 fases construtivas na ordem inversa são

analisadas sequencialmente por meio de estágios de análise Staged Construction, da

FASE00 a FASE89 (Tabela 4.2).

Na análise retroativa são aplicados também os pré-alongamentos que representam

o processo reverso do retensionamento previsto nos estais. Retensionamentos são

previstos, no caso da Ponte do Saber, nos estais T01 a T04 para enrijecer gradativamente

o pilone durante a construção do vão estaiado.

A retroanálise proposta é dividida em uma sequência de Load Cases do tipo

Staged Construction. Cada Load Case apresenta um número específico de estágios. A

matriz de rigidez e carregamentos finais do último estágio são utilizados no início da

análise do Load Case seguinte. Essa separação da retroanálise em diversos Load Cases

permite realizar isoladamente análises iterativas de pré-alongamento. As especificações

adotadas no SAP2000 para cada estágio estão discriminadas no Apêndice A.

100

Início de

disassemblyAnalysis

Atribuir os fatores

de pré-alongamento,

estabelecidos no

Load Case

“PreStretch”, aos

carregamentos

correspondentes no

primeiro estágio da

análise de

desmontagem.

i = 1

i > NumLC?

(Número total de

Load Cases do

processo)

O LoadCase

precisa de

iteração?

Não

Ler

parâmetros

iniciais na

planilha

“disassembly”

Obter

parâmetro de

iteração do

Load Case

(Planilha

disassembly).

Analisar Load

Case Não

Obter o elemento a

ser analisado e a

força alvo do Load

Case (Planilha

disassembly)

Sim

Obter esforço

axial

resultante no

Load Case

anterior.

Analisar Load

Case

Obter esforço

axial do

elemento

analisado.

|ΔF| > etol?

(ΔF = Ftarget – Fef)

i = i + 1

Obter Módulo de

Elasticidade do material

utilizado no elemento e a

Área da Seção transversal

do elemento

Calcular

ε = ΔF/(EA)

Sim

Adicionar pré-

alongamento

correspondente

a ε ao pré-

alongamento do

elemento.

Fim de

disassemblyAnalysis

Armazenar resultados

na Planilha

(disassemblyResults)

Sim

Não

Zerar fator de

escala

correspondent

e ao pré-

alongamento

do estai

estudado.

Analisar primeiro

Load Case

Extrair flecha do

encontro entre vão

estaiado e apoio P0.

Desbloquear análise e

configurar contato do

tipo gap.

Figura 5.7 — Fluxograma da rotina disassemblyAnalysis (elaborado pelo autor)

101

O Load Case “disassembly01”, o qual apresenta as primeiras fases da retroanálise,

analisa estágios até a liberação de vínculo entre o vão estaiado e o apoio do pilar extremo.

Após concluída essa análise, extrai-se a flecha obtida entre o apoio e a extremidade do

tabuleiro mediante procedimento de obtenção da distância entre os nós de contato

deslocados no estágio. Essa distância é aplicada no parâmetro open do link tipo gap (Ver

seção 2.10.4) utilizado na análise de avanço construtivo para representar o contato entre

tabuleiro e o aparelho de apoio do pilar P0. No entanto, para atualizar o valor do parâmetro

open, faz-se necessário desbloquear a análise. No SAP2000, se o modelo apresenta

resultados computados, ele é automaticamente bloqueado, de forma a não permitir edição

de propriedades. Para que parâmetros possam ser editados, é necessário desbloquear o

modelo e, consequentemente, excluir os resultados. Por isso, a análise “disassembly01”

é executada novamente para que a retroanálise seja retomada.

A planilha “disassembly” (Figura 5.8) fornece variáveis necessárias para essa

retroanálise:

LC: prefixo adotado nos Load Cases;

NumLC: Número total de Load Cases utilizadas na análise. Cada Load Case

recebe como sufixo um número de 01 a NumLC;

NumStages: Número total de estágios da retroanálise;

Iterate: Campo da tabela de Load Cases que especifica se determinado Load Case

requer processo de iteração ou não. Se o conteúdo da célula contiver valor 1, será

efetuado processo de pré-alongamento iterativo no Load Case correspondente;

MyFrame: Campo da tabela de Load Cases que especifica em qual elemento de

pórtico (frame) será realizado o processo iterativo;

goalF: Campo da tabela de Load Cases que especifica a força que se deseja

alcançar em determinado elemento de pórtico;

102

A primeira linha da tabela de Load Cases é utilizada para especificar quais são os

nós pertencentes ao link do tipo gap.

Figura 5.8 — Planilha “disassembly” (elaborado pelo autor)

Os esforços axiais de todos os estais em todos os estágios são, enfim, armazenados

em uma matriz na planilha “disassemblyResults”, bem como em um arquivo chamado

“resultsDisassembly.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”, sendo “yyyy.mm.dd.hh.nn.ss” o formato

contendo a data e o horário de criação do arquivo. A rotina também gera um arquivo log

chamado “logDisassembly.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”.

5.3. ANÁLISE DE AVANÇO CONSTRUTIVO

De posse das forças atuantes nos estais em cada fase construtiva, realiza-se então

uma análise de avanço das etapas construtivas (forward analysis). Durante o lançamento

103

dos estais há o pré-alongamento dos elementos que representam os estais de forma a

atingir o esforço axial previsto na retroanálise. A essa rotina atribuiu-se o nome

assemblyAnalysis (Figura 5.9).

A Tabela 5.1 apresenta um padrão de estágios que se observa em um processo

construtivo usual de vão estaiado em balanços sucessivos e a equivalência entre os

resultados finais de cada estágio da retroanálise e da análise de avanço. Cada linha

apresenta estágios com resultados finais equivalentes. As setas representam a sequência

dos estágios de cada análise e N, o número total de fases (FASE00 a FASE”N-1”) adotado

no estudo. Portanto, a retroanálise começa com o estágio correspondente à FASE00 e

segue até o estágio FASE89, enquanto a análise de avanços sucessivos começa com

estágio correspondente à FASE89 e termina em FASE00.

Tabela 5.1 — Exemplos de estágios equivalentes em cada tipo de análise; As setas

indicam a sequência de estágios de cada Load Case (elaborado pelo autor)

RETROANÁLISE

(ESTÁGIO = FASE+1) FASE

ANÁLISE DE AVANÇO

(ESTÁGIO = N - i)

Posicionar treliça para

receber aduela k i Instalar estai j

Remover estai j i+1 Concretar aduela k

Remover aduela k i+2 Posicionar treliça para

receber aduela k

Posicionar treliça para

receber aduela k-1 i+3 Concretar aduela k-1

Remover aduela k-1 i+4 Posicionar treliça para

receber aduela k-1

Posicionar treliça para

receber aduela k-2 i+5 Instalar estai j-1

Remover estai j-1 i+6 Concretar aduela k-2

Observe que, nessa Tabela, a fase i da análise de avanço corresponde ao processo

de estaiamento do estai j. Para saber qual protensão deverá ser adotada no estaiamento do

104

estai j, basta obter o esforço axial que atua no estai j na fase correspondente da

retroanálise, a qual precede a fase de remoção do estai j.

105

Início de

assemblyAnalysis

i = 1

i > NumLC?

(Número total de

Load Cases do

processo)

Não

Ler

parâmetros

iniciais na

planilha

“assembly”

Analisar Load

Case

Obter esforço

axial do

elemento

analisado.

|ΔF| > etol?

(ΔF = Ftarget – Fef)

i = i + 1

Calcular

ε = ΔF/(EA)

Sim

Adicionar pré-

alongamento

correspondente

a ε ao pré-

alongamento do

estai.

Fim de

disassemblyAnalysis

Armazenar resultados

na Planilha

(assemblyResults)

Sim

Não

É necessário iterar?Sim

Atualizar força alvo

do Load Case em

função do resultado

da análise

Disassembly

(Planilha

disassemblyResults)Obter esforço

axial

resultante no

Load Case

anterior.

Obter Módulo de

Elasticidade do material

utilizado no elemento e a

Área da Seção transversal

do elemento

Zerar fator de pré-

alongamento

correspondente ao estai.

Analisar Load

Case

Não

Obter o elemento

a ser avaliado na

Planilha assembly

Figura 5.9 — Fluxograma da Rotina AssemblyAnalysis (elaborado pelo autor)

106

Os pré-alongamentos são aplicados apenas nos eventos de lançamento e

retensioanamento de estais. Após aplicados, o programa SAP2000 busca manter os pré-

alongamentos estabelecidos em cada estai, ao longo dos estágios subsequentes.

De forma análoga à rotina disassemblyAnalysis, a rotina assemblyAnalysis faz uso

de uma sequência de Load Cases do tipo Staged Construction no intuito de isolar estágios

que necessitam de procedimento iterativo.

Esta análise apresenta um estágio específico, no qual há encontro do vão estaiado

com o aparelho de apoio no pilar extremo (P0). Neste estágio, há a inclusão de link do

tipo gap com abertura prevista equivalente à abertura obtida na retroanálise. Essa medida

é tomada assumindo que a flecha entre a extremidade do vão estaiado e o pilar P0 obtida

na retroanálise é a mesma obtida na análise de avanço construtivo.

As especificações adotadas no SAP2000 para cada estágio estão discriminadas no

Apêndice A.

A planilha “assembly” (Figura 5.10) fornece variáveis necessárias para essa

retroanálise:

LC: prefixo adotado nos Load Cases;

NumLC: Número total de Load Cases utilizadas na análise. Cada Load Case

recebe como sufixo um número de 01 a NumLC;

Iterate: Campo da tabela de Load Cases que especifica se determinado Load Case

requer processo de iteração ou não. Se o conteúdo da célula contiver valor 1, será

efetuado processo de pré-alongamento iterativo no Load Case correspondente;

MyFrame: Campo da tabela de Load Cases que especifica em qual elemento de

pórtico (frame) será realizado o processo iterativo;

goalF: Campo da tabela de Load Cases que especifica a força que se deseja

alcançar em determinado elemento de pórtico.

107

Figura 5.10 — Planilha “assembly” (elaborado pelo autor)

Ao fim da análise de avanço das fases construtivas, todos os esforços axiais

atuando nos estais em cada estágio são registrados em uma matriz armazenada na planilha

“assemblyResults”, bem como em um arquivo chamado

“resultsAssembly.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”, sendo “yyyy.mm.dd.hh.nn.ss” o formato

contendo a data e o horário de criação do arquivo. A rotina também gera um arquivo log

chamado “logAssembly.yyyy.mm.dd.hh.nn.ss.txt”.

Ao se comparar as forças discriminadas na matriz resultante da retroanálise e da

análise de avanço, espera-se que não haja diferença entre elas.

108

5.4. IMPLEMENTAÇÃO DAS ROTINAS

5.4.1. CSI OAPI

O CSI Application Programming Interface, ou CSI OAPI (CSI, 2014c)., é uma

ferramenta que permite aos usuários automatizar muitos dos processos necessários para

desenvolver, analisar e projetar modelos, bem como obter resultados customizados de

análise e de projeto. Essa ferramenta também permite que haja troca de informações entre

o SAP2000 e aplicativos de terceiros.

O CSI OAPI permite o uso de diferentes linguagens de programação, tais como

Fortran, C#, Python, MATLAB e VBA, sendo este último disponível no programa

Microsoft Excel. A linguagem VBA foi a escolhida para desenvolvimento das rotinas que

são apresentadas neste trabalho. Um dos motivos da escolha é o enfoque maior da

documentação do OAPI nesta linguagem de programação, embora possam ser

encontrados nesta mesma documentação alguns exemplos de implementação em outras

linguagens.

A documentação do CSI OAPI está disponível no arquivo

CSI_OAPI_Documentation.chm, localizado no mesmo diretório onde está instalado o

programa SAP2000. Nela encontram-se informações detalhadas de todas as funções

disponíveis para manipulação do SAP2000. Na Figura 5.11 está apresentada uma relação

parcial das funções disponíveis para utilização.

109

Figura 5.11 — Documentação do CSI OAPI (elaborado pelo autor)

As funções CSI OAPI utilizadas nesse estudo são:

SapObject.ApplicationStart: Inicia o programa SAP2000;

SapObject.SetAsActiveObject: Configura a instância do tipo SapObject,

relacionada com o programa SAP2000, como ativa. Trata-se de uma função

necessária para que haja comunicação entre a rotina externa e o SAP2000.

SapModel.InitializeNewModel: Remove o modelo anterior e inicializa um novo

modelo;

SapModel.File.openFile: Esta função abre um arquivo SAP2000 existente;

110

SapObject.ApplicationExit: Encerra o processo do SAP2000;

SapModel.FrameObj.SetTCLimits: Permite a atribuição de limites de tração e

de compressão ao elemento ou grupo de elementos de pórtico especificados em

um dos parâmetros da função;

SapModel.SetModelIsLocked: Bloqueia ou desbloqueia o modelo. No

SAP2000, se o modelo apresenta resultados computados, o modelo é

automaticamente bloqueado. Diante disso, modificações não são permitidas. Ao

desbloquear o modelo, os resultados são excluídos e as modificações no modelo

passam a ser permitidas;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.GetLoads: Permite receber

informações da lista de carregamentos associados ao Load Case especificado entre

os parâmetros da função;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetLoads: Modifica a lista de

carregamentos associados ao Load Case especificado entre os parâmetros da

função;

SapModel.PropLink.GetGap: Recebe dados da propriedade de um tipo de link

do tipo gap especificado entre os parâmetros da função;

SapModel.PropLink.SetGap: Modifica dados da propriedade de um tipo de link

do tipo gap especificado entre os parâmetros da função;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.GetStageData_1: Recebe todos

os dados de entrada de um determinado estágio de um determinado Load Case do

tipo Staged Construction;

SapModel.FrameObj.GetSection: Recebe a seção de um determinado elemento

especificado entre os parâmetros de entrada da função;

111

SapModel.PropFrame.GetCircle: Recebe dados das propriedades de uma

determinada seção circular especificada entre os parâmetros de entrada da função;

SapModel.PropMaterial.GetMPUniaxial: Recebe dados das propriedades

mecânicas de um material uniaxial especificado entre os parâmetros de entrada;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.SetStageData_1: Altera os

dados de entrada de um determinado estágio de um determinado Load Case do

tipo Staged Construction;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.GetStageDefinitions_1:

Fornece as propriedades dos estágios de um Load Case especificado dentre os

parâmetros de entrada;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetCase: Define um Load Case do tipo

não linear estático;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetGeometricNonlinearity:

Estabelece qual resposta a estrutura deve ter diante dos carregamentos de um Load

Case: linear, não linear com pequenos deslocamentos ou não linear considerando

grandes deslocamentos;

SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetInitialCase: Define se o Load Case

terá como base de matriz de rigidez e de carregamentos a configuração final de

outro Load Case;

SapModel.LoadCases.Delete: Exclui um Load Case, previamente criado,

especificado no parâmetro de entrada.

SapModel.Results.Setup.DeselectAllCasesAndCombosForOutput: Remove

todos os Load Cases e combinations da seleção de resultados de saída. Isso não

exclui os resultados;

112

SapModel.Results.Setup.SetCaseSelectedForOutput: Define quais são os

Load Cases selecionados para coleta de resultados;

SapModel.Results.Setup.SetOptionNLStatic: Permite definir qual tipo de

resultado se deseja extrair: envoltória, todos os passos, ou apenas o último passo;

SapModel.Results.FrameForce: Extrai todos os esforços internos de um

determinado elemento de pórtico ou de um grupo de elementos de pórtico

especificado em parâmetro de entrada da função. A função fornece os resultados

dos Load Cases selecionados por meio da função

SapModel.Results.Setup.SetCaseSelectedForOutput;

SapModel.Analyze.SetRunCaseFlag: Permite especificar quais Load Cases

serão analisados quando for solicitada execução de análise do SAP2000;

SapModel.Analyze.RunAnalysis: Comando para execução de análises dos Load

Cases habilitados;

SapModel.Results.JointDispl: Fornece todos os componentes de deslocamento

de um nó especificado como parâmetro de entrada da função. A função fornece os

resultados dos Load Cases selecionados por meio da função

SapModel.Results.Setup.SetCaseSelectedForOutput.

5.4.2. EXCEL VBA

Esta seção apresenta uma visão geral de como implementar códigos por meio do

Excel VBA utilizando o CSI OAPI.

Para acessar o ambiente de desenvolvimento VBA (Visual Basic for Applications)

do Excel, basta clicar a combinação ALT+F11 com a janela do arquivo Excel em primeiro

plano. Para ter acesso a recursos da guia de desenvolvimento do Excel, faz-se necessário

habilitar a guia “Desenvolvedor” no Excel (Arquivo > Opções > Personalizar Faixa de

113

Opções > habilitar checkbox “Desenvolvedor” na lista de guias principais à direita da

janela). Documentação relevante acerca da linguagem Excel VBA pode ser encontrada

em MICROSOFT (2017) e WALKENBACH (2015).

Para que o código em VBA possa utilizar a biblioteca disponibilizada pela

ferramenta CSI OAPI, faz-se necessário adicionar o arquivo SAP2000v18.tlb, presente

no diretório no qual foi instalado o programa SAP2000 v.18, à lista de referências

disponíveis no ambiente de desenvolvimento Excel VBA (Aba Ferramentas >

Referências... > Procurar... > Selecionar arquivo SAP2000v18.tlb).

Para acessar o SAP2000 a partir do VBA faz-se necessário utilizar o seguinte

script:

Dim SapObject As SAP2000v18.cOAPI

Dim SapModel As SAP2000v18.cSapModel

Set SapModel = Nothing

Set SapObject = Nothing

Set SapObject = CreateObject("CSI.SAP2000.API.SapObject")

SapObject.ApplicationStart

SapObject.SetAsActiveObject

Set SapModel = SapObject.SapModel

ret = SapModel.InitializeNewModel(6)

'Argumento 6 indica que o modelo tem como unidades

'kN, m, C.

Nesse código são criados objetos do tipo cOAPI (SapObject) e cSapModel

(SapModel) com os quais realizam-se a execução do SAP2000 e a geração de um novo

modelo. Esses objetos também possuem métodos (funções) que manipulam o SAP2000.

As duas últimas linhas são comentários explicando o argumento da função

InitializeNewModel.

Para executar um script no Excel VBA, basta incluí-lo em uma sub-rotina

qualquer e, em seguida, clicar F5 com o cursor dentro desta sub-rotina. O script a seguir

apresenta um exemplo de sub-rotina que apenas abre o SAP2000 e inicializa um novo

modelo:

114

Sub exemplo()

Dim SapObject As SAP2000v18.cOAPI

Dim SapModel As SAP2000v18.cSapModel

Set SapModel = Nothing

Set SapObject = Nothing

Set SapObject = CreateObject("CSI.SAP2000.API.SapObject")

SapObject.ApplicationStart

SapObject.SetAsActiveObject

Set SapModel = SapObject.SapModel

ret = SapModel.InitializeNewModel(6)

'Argumento 6 indica que o modelo tem como unidades

'kN, m, C.

End Sub

Após a execução dessa sub-rotina, o programa SAP2000 permanece em execução

com o novo modelo vazio.

Quase todas as funções OAPI retornam um valor do tipo Long (inteiro de 32 bits)

indicando se a função teve uma execução bem sucedida. Se a função retornar valor 0,

então a função foi executada conforme esperado. Se retornar qualquer valor não nulo,

então a função não realizou a operação esperada. Em toda a documentação do CSI OAPI,

a variável ret é utilizada para receber esse valor.

Para abrir um arquivo “.sdb” utilize o seguinte código:

SapModel.file.openFile(FileName)

Sendo FileName uma variável do tipo String contendo o caminho do arquivo que

se deseja abrir. Para salvar o modelo e encerrar o programa, basta utilizar o seguinte

script:

SapObject.SapModel.File.Save

SapObject.ApplicationExit False

Set SapModel = Nothing

Set SapObject = Nothing

O Excel VBA também possibilita a criação de painéis com botões para a chamada

de rotinas. Para criar um botão na planilha do Excel que execute uma rotina ao clicá-lo,

115

ative o Modo de Design (aba Desenvolvedor > Modo de Design). Em seguida, clique em

(Inserir > Botão (Controle ActiveX)) e escolha o local onde se quer posicionar o botão e

seu tamanho cliando o mouse, mantendo pressionado o botão esquerdo, e arrastando o

mouse até apresentar o tamanho desejado.

O texto escrito no botão pode ser modificado da seguinte forma: clique com o

botão direito do mouse sobre o botão recém criado, selecione “propriedades” e modifique

o valor associado ao atributo Caption com o texto desejado. Repare que, apesar do texto

apresentado no botão ter sido alterado, o nome do botão permanece o mesmo.

Após criado o botão, é necessário criar uma rotina que esteja associada ao clique

desse botão. Para isso, basta clicar duas vezes nesse botão, no Modo de Design. O usuário

será encaminhado automaticamente para uma rotina tal qual apresentada na Figura 5.12.

Para que a rotina “exemplo” seja chamada, faz-se necessário incluir a linha de código

apresentada na Figura 5.13. Depois de desativar o Modo de Design, o clique do botão

criado passa a provocar a execução da rotina “exemplo”.

Figura 5.12 — Rotina gerada para tratamento do evento “clicar botão

CommandButton1” (elaborado pelo autor)

116

Figura 5.13 — Configuração com a qual o botão passa a chamar a rotina “exemplo”

ao ser clicado (elaborado pelo autor)

Para o presente estudo, foram criados dois módulos, nos quais estão localizadas

as principais rotinas:

stayForces: Contém as quatro principais rotinas da análise de fases construtivas,

bem como funções e rotinas que subsidiam essas principais. Também contém

rotinas de abertura de arquivo “.sdb” e de fechamento do programa SAP2000;

auxiliar: Contém rotinas que permitem a busca de arquivos ou pastas com uso de

janela de diálogo, bem como rotinas que auxiliam no registro de tempo de

execução das rotinas.

Outras rotinas desenvolvidas têm como papel responder a ações do usuário, tais

como o clique de um botão específico, marcação de checkbox, etc. Essas rotinas,

conhecidas como event handlers, estão relacionadas à planilha “panel” e ao objeto “Pasta

de trabalho” (Figura 5.14) e podem ser acessadas ao clicar duas vezes nos itens

correspondentes apresentados no Project Explorer (cadeia de objetos destacada na Figura

5.14).

117

Figura 5.14 — Ambiente de desenvolvimento Excel VBA: Destaque aos módulos

criados e aos objetos que possuem rotinas associadas: Planilha “panel” e a pasta de

trabalho. (Elaborado pelo autor)

Os objetos presentes no painel de controle são controles ActiveX inseridos na

planilha “panel” (Guia Desenvolvedor > Inserir > Controles ActiveX). Ao clicar no objeto

recém-criado no modo de design (Guia Desenvolvedor > Modo de Design), o Excel VBA

cria uma event handler vazia associada a esse controle.

Este trabalho não descreve detalhadamente a implementação destas rotinas e seus

pormenores, pois isso está fora de escopo. No entanto, seus respectivos algoritmos estão

disponibilizados no Apêndice B para consulta e eventual otimização.

A critério de ilustração, a Figura 5.15 e o código simplificado da rotina

getPreStretchFactors (este não apresenta declaração de variáveis, chamadas para criação

e escrita de arquivo de log, nem funções de ajuste de parâmetros), apresentado em

seguida, demonstram a relação entre o fluxograma e código desenvolvido em VBA. O

118

código completo desta rotina e de todas as sub-rotinas chamadas nesse script

(calcInitialPSF, getAxialForce, calcPSF e runPSF), bem como da função

errorPreStretch estão presentes no Apêndice B.

119

NãoSim

Analise Load

Case

“PreStretch”

(linhas 21 e 46)

Obtenha os

esforços axiais

nos estais

(linhas 25 e 48)

Calcular média da

diferença absoluta

entre os esforços

obtidos e os

esforços desejados,

estes discriminados

na planilha

“PresStretch

Factors”

(linhas 29 e 52)

err < etol?

(linha 31)

Matriz do lado

direito da

equação passa

a corresponder

a

Ffinal – Fef

(linhas 26 e 49)

Resolva Equação

Matricial

[A]·[x]=[f]

(linha 32)

Somar os fatores de

pré-alongamento

obtidos na equação

aos fatores já

armazenados nos

carregamentos

correspondentes

(linha 35)

Fim de

getPreStretchFactors

Início de

getPreStretchFactors

Resolva primeira

iteração da Equação

Matricial

[A]·[x]=[f]

(linha 4)

Armazene os fatores de

pré-alongamento,

obtidos na primeira

iteração da equação

matricial, nos

carregamentos

corresponentes

(linhas 8 a 18)

Obtenha os carregamentos

do Load Case

“PreStretch”

(linhas 6 e 7)

Obter o erro

tolerado a partir

da planilha

“panel” (etol)

(linha 20)

Figura 5.15 — Fluxograma da rotina getPreStretchFactors e relação com código em

Excel VBA — elaborado pelo autor

120

1 Sub getPreStretchFactors()

2

3 Call calcInitialPSF()

4

5 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.GetLoads _

6 (LC, NumberLoads, LoadType, LoadName, SF)

7 For i = 0 To NumberLoads - 1

8 For j = 1 To numStays

9 If LoadName(i) = "e" & Format(j, "00") Then

10 iPSF(j) = i

11 SF(i) = PSF(j)

12 Exit For

13 End If

14 Next j

15 Next i

16 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetLoads _

17 (LC, NumberLoads, LoadType, LoadName, SF)

18

19 eTol = Worksheets("panel").Cells(13, 10).text

20 Call runLC(LC)

21

22 For i = 1 To numStays

23 myFrame = "T" & Format(i, "00")

24 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

25 deltaF(i) = finalF(i) - axialF

26 Next i

27

28 error = errorPreStretch(deltaF)

29

30 Do While error > eTol

31

32 Call calcPSF(deltaF)

33

34 For i = 1 To numStays

35 SF(iPSF(i)) = PSF(i)

36 Worksheets("PreStretch Factors").Cells(i + 1, 1). _

37 Value = PSF(i)

38 Next i

39

40 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetLoads _

41 (LC, NumberLoads, LoadType, LoadName, SF)

42 Call runLC(LC)

43

44 For i = 1 To numStays

45 myFrame = "T" & Format(i, "00")

46 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

47 deltaF(i) = finalF(i) - axialF

48 Next i

49

50 error = errorPreStretch(deltaF)

51

52 Loop

53

54 End Sub

121

6. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS

6.1. CALIBRAÇÃO DAS FORÇAS FINAIS

As forças finais adotadas correspondem àquelas previstas no plano de estaiamento

elaborado pelo projetista e apresentado por GOMES (2013), na fase em que há aplicação

de todas as cargas permanentes (FASE00). Para obtenção dos pré-alongamentos

necessários na fase inicial da retroanálise, foram comparados dois métodos:

Rotinas de Calibração (getInfluenceMatrix e getPreStretchFactors);

CSILoadOptimizer (Figura 6.1).

Figura 6.1 — Janela de diálogo do CSILoadOptimizer (elaborado pelo autor)

122

O CSILoadOptimizer foi configurado de forma que as variáveis fossem os pré-

alongamentos (e01 a e18) e os objetivos fossem as forças normais desejadas nos nós

adjacentes ao pilone. Ambas as ferramentas foram configuradas para que as forças

tivessem erro máximo de . Ambos os métodos atingiram o objetivo. A Tabela 6.1

compara os pré-alongamentos obtidos em cada ferramenta.

Tabela 6.1 — Resultados da análise de calibração das forças finais: pré-alongamentos

(em ‰) — elaborado pelo autor

Estai Rotinas de Calibração CSILoadOptimizer Diferença relativa

T01 3.619594 3.624167 0.1%

T02 3.067726 3.071593 0.1%

T03 3.105354 3.108354 0.1%

T04 3.08791 3.086593 0.0%

T05 2.773655 2.771126 0.1%

T06 2.037872 2.034554 0.2%

T07 2.226199 2.222371 0.2%

T08 1.977101 1.973032 0.2%

T09 2.131497 2.127606 0.2%

T10 2.007284 2.003512 0.2%

T11 2.426663 2.423127 0.1%

T12 2.057345 2.054147 0.2%

T13 2.893098 2.890298 0.1%

T14 3.064798 3.062409 0.1%

T15 3.371886 3.369901 0.1%

T16 3.899958 3.898341 0.0%

T17 4.265837 4.264535 0.0%

T18 4.403452 4.40241 0.0%

123

6.2. COMPARAÇÃO ENTRE RETROANÁLISE E ANÁLISE DE AVANÇO

CONSTRUTIVO

A retroanálise e a análise de avanço construtivo foram realizados com auxílio de

rotinas implementadas com a biblioteca CSI OAPI, conforme datalhado no capítulo

anterior.

Na fase que precede o contato entre o vão estaiado e o pilar extremo (FASE04),

assumiu-se que as flechas de ambas as análises seriam iguais, o que não acontece de fato.

Obteve-se flecha de na retroanálise e de na análise de avanço sucessivo. O

link do tipo gap simula o resultado da correção da geometria mediante adoção de

contraflechas e trata o contato como se houvesse abertura de .

A diferença entre os resultados da flecha de encontro das análises realizadas neste

estudo e a flecha prevista pelo projetista se deve a diferença entre os modelos empregados

e os carregamentos adotados (não se teve acesso aos carregamentos adotados pelo

projetista).

A Tabela 6.2 apresenta as fases utilizadas para avaliação do comportamento do

apoio (FASE00 e FASE03) e a fase no qual há avaliação da flecha de encontro entre viga

de rigidez e o apoio (FASE 04). As setas indicam a sequência adotada em cada análise.

124

Tabela 6.2 — Fases 00 a 04 (elaborado pelo autor)

RETROANÁLISE FASE ANÁLISE DE AVANÇO

Estrutura completa com

carga permanente. 00

Inserção da carga de

pavimentação.

Remoção da carga de

pavimentação. 01 Inserção dos guarda-rodas.

Remoção da carga do

guarda-rodas. 02 Remoção da treliça.

Inserção da Treliça para

receber a aduela 15b. 03

Inclusão do contrapeso e

acréscimo do link entre

vão estaiado e apoio do

pilar extremo.

Remoção do contrapeso e

liberação do apoio P0. 04 Protensão do tabuleiro.

Com essa medida, a fase de contato (FASE03) apresentou esforço normal no apoio

do pilar P0 de em ambas as análises. A fase correspondente ao carregamento

completo (FASE00), apresentou esforço normal no apoio de em ambas as

análises. O pilar P0 não apresenta esforços de momento fletor, tampouco de esforço

cortante.

A planilha “projetoFinal.xlsm” apresenta na aba “compare” a diferença relativa

entre as forças atuantes nos estais, na altura da ancoragem passiva (pilone), decorrentes

das análises retroativa e de avanço construtivo. A diferença máxima encontrada é da

ordem de , como pode ser observada na Figuras 6.2.

125

Figura 6.2 — Comparação dos resultados obtidos na retroanálise e na análise de

avanço construtivo (continua) — elaborado pelo autor

126

Figura 6.2 — Comparação dos resultados obtidos na retroanálise e na análise de

avanço construtivo (continuação) — elaborado pelo autor

127

Em resumo, a Tabela 6.3 apresenta as forças finais obtidas em cada uma das

análises e suas respectivas diferenças relativas com a força alvo pré-estabelecida.

Tabela 6.3 — Comparação entre as forças finais obtidas nas análises e a força alvo da

fase final (FASE00), em kN

Estai Análise de Avanço

Construtivo dif (%) Força Alvo dif (%) Retroanálise

T01 11750,8 0,1 11742,7 0,0 11744,0

T02 9958,9 0,3 9931,5 0,0 9932,7

T03 10263,6 0,4 10225,5 0,0 10226,4

T04 2649,6 -0,3 2658,8 0,0 2659,6

T05 2731,2 -0,1 2734,8 0,0 2735,8

T06 2758,7 0,1 2757,2 0,0 2758,4

T07 3087,1 0,3 3077,8 0,0 3079,0

T08 2859,0 0,6 2841,1 0,0 2842,3

T09 4418,4 0,7 4388,1 0,0 4389,4

T10 4100,7 0,9 4065,2 0,0 4066,5

T11 4576,7 0,8 4539,3 0,0 4540,5

T12 3809,5 1,1 3769,3 0,0 3770,4

T13 4883,2 0,8 4845,8 0,0 4846,8

T14 4934,7 0,7 4901,7 0,0 4902,6

T15 5213,0 0,5 5188,6 0,0 5189,4

T16 5876,6 0,3 5858,7 0,0 5859,3

T17 6328,0 0,2 6316,6 0,0 6317,1

T18 6454,9 0,1 6450,4 0,0 6450,7

128

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

O presente estudo teve como objetivo obter as forças a serem aplicadas nos estais

ao longo do processo construtivo do vão estaiado. Essas forças são variáveis importantes

na elaboração do chamado plano de estaiamento.

Para sua obtenção, desenvolveu-se rotinas em Excel VBA, com uso da biblioteca

CSI OAPI. Essas rotinas permitem realização das seguintes operações com auxílio do

programa SAP2000:

Calibração das forças nos estais na fase final de construção (FASE00);

Retroanálise e extração automatizada de forças em todos os estais e em cada fase

construtiva;

Análise de avanço construtivo e extração automatizada de forças em todos os

estais e em cada fase construtiva.

O arquivo “.xlsm” em que se desenvolveu essas rotinas também apresenta

planilhas de comando, de entrada de dados e de apresentação de resultados que facilitam

e agilizam a mudança de parâmetros e interpretação dos resultados.

Todas as análises realizadas neste estudo levaram em conta não linearidade

geométrica mediante uso de configurações padrão do SAP2000 para análises que

consideram efeitos P-delta.

Diante dos resultados apresentados no capítulo anterior, é possível comentar que

o estudo foi bem-sucedido no que se propôs a realizar. É importante ressaltar, no entanto,

que não foram considerados efeitos reológicos (fluência e retração do concreto e

relaxação do aço) ou efeitos decorrentes da variação da temperatura e da ação do vento.

Tampouco houve estudo das contraflechas. O uso da ferramenta OAPI mostrou-se

129

promissor na implementação de soluções automatizadas com auxílio do programa

SAP2000.

Embora algumas funções da ferramenta desenvolvida nesse trabalho já sejam

exercidas por um plug-in consolidado no SAP2000 desde sua versão 15

(CSiLoadOptimizer), este projeto mostrou-se uma oportunidade de adquirir

conhecimento em automatização de pré-processamento, de chamada de análises e

customização do pós-processamento.

Esta possibilidade de interação entre um programa de análise estrutural e

ferramentas de automatização e customização pode ser encontrada em outros programas,

tais como ANSYS Mechanical APDL (ANSYS, 2010a, 2010b, 2010c, 2010d), SOFiSTiK

(SOFISTIK AG, 2014a, 2014b), etc.

Como exemplo desse recurso em outro programa de análise estrutural, pode-se

citar a tese de LAZZARI (2016), na qual realizou-se estudo das fases construtivas da

Ponte do Saber utilizando a ferramenta de customização UPF (User Programmable

Features), presente no programa ANSYS 14.5, para implementação de modelo de

material visco-elastoplástico com fissuração.

Como sugestão de trabalhos futuros, aponta-se:

Estudo da determinação de forças finais a serem aplicadas nos estais na

configuração final de construção de uma ponte estaiada;

Utilização da ferramenta CSiLoadOptimizer para determinação das forças a serem

aplicadas durante a construção do vão estaiado;

Estudo dos efeitos reológicos na elaboração do plano de estaiamento;

Inclusão do estudo de contraflechas na elaboração do mesmo;

Automatização da geração de Load Case de avanço construtivo baseando-se no

Load Case de retroanálise.

130

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135

APÊNDICE A: ESPECIFICAÇÕES DAS ANÁLISES DO TIPO STAGED CONSTRUCTION

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly00 1 - Add Structure Group All

disassembly00 1 - Remove Structure Link 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ADU_15_contrape 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All DEAD 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU00A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU00B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU01A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU01B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU02A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU02B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU03A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU03B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU04A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU04B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU05A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU05B 1

136

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU06A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU06B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU07A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU07B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU08A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU08B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU09A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU09B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU10A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU10B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU11A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU11B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU12A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU12B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU13A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU13B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU14A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU14B 1

137

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T04 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T05 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T06 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T07 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T08 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T09 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T10 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T11 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T12 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T13 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T14 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T15 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T16 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T17 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T18 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_INF_ADU11B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_INF_ADU15A 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_SUP_ADU15A 1

138

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly01 1 0 Load Objects Group All NICHO_SUP_ADU6B 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All Protensao_cabosviga 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e01 3.619594

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e02 3.067726

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e03 3.105354

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e04 3.08791

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e05 2.773655

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e06 2.037872

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e07 2.226199

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e08 1.977101

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e09 2.131497

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e10 2.007284

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e11 2.426663

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e12 2.057345

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e13 2.893098

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e14 3.064798

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e15 3.371886

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e16 3.899958

139

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e17 4.265837

disassembly01 1 0 Load Objects Group All e18 4.403452

disassembly01 1 0 Load Objects Group All GBARR 1

disassembly01 1 0 Load Objects Group All GPAV 1

disassembly01 2 1 Load Objects Group All GPAV -1

disassembly01 3 2 Load Objects Group All GBARR -1

disassembly01 4 3 Load Objects Group All TREL15b 1

disassembly01 5 4 Load Objects Group All ADU_15_contrape -1

disassembly01 5 4 Remove Structure Frame apoio

disassembly02 1 5 Load Objects Group All Protensao_cabosviga -1

disassembly02 1 5 Change Releases Frame P0

Frame BIENGASTADO

disassembly02 2 6 Remove Structure Group adu_15b

disassembly02 3 7 Load Objects Group All TREL15a 1

disassembly02 3 7 Load Objects Group All TREL15b -1

disassembly03 1 8 Load Objects Group All e01 -2.638826

disassembly04 1 9 Remove Structure Group adu_15a

disassembly04 2 10 Load Objects Group All TREL14b 1

disassembly04 2 10 Load Objects Group All TREL15a -1

140

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly04 3 11 Remove Structure Group T18

disassembly04 3 11 Remove Structure Frame ligacaoT18

disassembly04 4 12 Remove Structure Group adu_14b

disassembly04 5 13 Load Objects Group All TREL14a 1

disassembly04 5 13 Load Objects Group All TREL14b -1

disassembly04 6 14 Remove Structure Group adu_14a

disassembly04 7 15 Load Objects Group All TREL13b 1

disassembly04 7 15 Load Objects Group All TREL14a -1

disassembly04 8 16 Remove Structure Group T17

disassembly04 8 16 Remove Structure Frame ligacaoT17

disassembly04 9 17 Remove Structure Group adu_13b

disassembly04 10 18 Load Objects Group All TREL13a 1

disassembly04 10 18 Load Objects Group All TREL13b -1

disassembly04 11 19 Remove Structure Group adu_13a

disassembly04 12 20 Load Objects Group All TREL12b 1

disassembly04 12 20 Load Objects Group All TREL13a -1

disassembly04 13 21 Remove Structure Frame ligacaoT16

disassembly04 13 21 Remove Structure Group T16

141

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly04 14 22 Remove Structure Group T01

disassembly04 15 23 Remove Structure Group adu_12b

disassembly04 16 24 Load Objects Group All TREL12a 1

disassembly04 16 24 Load Objects Group All TREL12b -1

disassembly04 17 25 Remove Structure Group adu_12a

disassembly05 1 26 Load Objects Group All e02 -1.129316

disassembly06 1 27 Load Objects Group All TREL11b 1

disassembly06 1 27 Load Objects Group All TREL12a -1

disassembly06 2 28 Remove Structure Frame ligacaoT15

disassembly06 2 28 Remove Structure Group T15

disassembly06 3 29 Remove Structure Group adu_11b

disassembly06 4 30 Load Objects Group All TREL11a 1

disassembly06 4 30 Load Objects Group All TREL11b -1

disassembly06 5 31 Remove Structure Group adu_11a

disassembly06 6 32 Load Objects Group All TREL10b 1

disassembly06 6 32 Load Objects Group All TREL11a -1

disassembly06 7 33 Remove Structure Group T14

disassembly06 7 33 Remove Structure Frame ligacaoT14

142

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly06 8 34 Remove Structure Group adu_10b

disassembly06 9 35 Load Objects Group All TREL10a 1

disassembly06 9 35 Load Objects Group All TREL10b -1

disassembly06 10 36 Remove Structure Group adu_10a

disassembly07 1 37 Load Objects Group All e02 -0.567887

disassembly08 1 38 Load Objects Group All TREL09b 1

disassembly08 1 38 Load Objects Group All TREL10a -1

disassembly08 2 39 Remove Structure Group T13

disassembly08 2 39 Remove Structure Frame ligacaoT13

disassembly08 3 40 Remove Structure Group adu_09b

disassembly08 4 41 Load Objects Group All TREL09a 1

disassembly08 4 41 Load Objects Group All TREL09b -1

disassembly08 5 42 Remove Structure Group adu_09a

disassembly08 6 43 Load Objects Group All TREL08b 1

disassembly08 6 43 Load Objects Group All TREL09a -1

disassembly08 7 44 Remove Structure Group T12

disassembly08 7 44 Remove Structure Frame ligacaoT12

disassembly08 8 45 Remove Structure Group adu_08b

143

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly08 9 46 Load Objects Group All TREL08a 1

disassembly08 9 46 Load Objects Group All TREL08b -1

disassembly08 10 47 Remove Structure Group adu_08a

disassembly08 11 48 Remove Structure Group T02

disassembly09 1 49 Load Objects Group All e03 -1.573541

disassembly10 1 50 Load Objects Group All TREL07b 1

disassembly10 1 50 Load Objects Group All TREL08a -1

disassembly10 2 51 Remove Structure Group T11

disassembly10 2 51 Remove Structure Frame ligacaoT11

disassembly10 3 52 Remove Structure Group adu_07b

disassembly10 4 53 Load Objects Group All TREL07a 1

disassembly10 4 53 Load Objects Group All TREL07b -1

disassembly10 5 54 Remove Structure Group adu_07a

disassembly10 6 55 Load Objects Group All TREL06b 1

disassembly10 6 55 Load Objects Group All TREL07a -1

disassembly10 7 56 Remove Structure Group T10

disassembly10 7 56 Remove Structure Frame ligacaoT10

disassembly10 8 57 Remove Structure Group adu_06b

144

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly10 9 58 Load Objects Group All TREL06a 1

disassembly10 9 58 Load Objects Group All TREL06b -1

disassembly10 10 59 Remove Structure Group adu_06a

disassembly10 11 60 Load Objects Group All TREL05b 1

disassembly10 11 60 Load Objects Group All TREL06a -1

disassembly10 12 61 Remove Structure Group T09

disassembly10 12 61 Remove Structure Frame ligacaoT09

disassembly10 13 62 Remove Structure Group adu_05b

disassembly10 14 63 Load Objects Group All TREL05a 1

disassembly10 14 63 Load Objects Group All TREL05b -1

disassembly10 15 64 Remove Structure Group adu_05a

disassembly10 16 65 Load Objects Group All TREL04b 1

disassembly10 16 65 Load Objects Group All TREL05a -1

disassembly10 17 66 Remove Structure Group T08

disassembly10 17 66 Remove Structure Frame ligacaoT08

disassembly10 18 67 Remove Structure Group adu_04b

disassembly10 19 68 Load Objects Group All TREL04a 1

disassembly10 19 68 Load Objects Group All TREL04b -1

145

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly10 20 69 Remove Structure Group adu_04a

disassembly11 1 70 Load Objects Group All e03 -0.660963

disassembly12 1 71 Load Objects Group All TREL03b 1

disassembly12 1 71 Load Objects Group All TREL04a -1

disassembly12 2 72 Remove Structure Group T07

disassembly12 2 72 Remove Structure Frame ligacaoT07

disassembly12 3 73 Remove Structure Group adu_03b

disassembly12 4 74 Load Objects Group All TREL03a 1

disassembly12 4 74 Load Objects Group All TREL03b -1

disassembly12 5 75 Remove Structure Group adu_03a

disassembly12 6 76 Load Objects Group All TREL02b 1

disassembly12 6 76 Load Objects Group All TREL03a -1

disassembly12 7 77 Remove Structure Group T06

disassembly12 7 77 Remove Structure Frame ligacaoT06

disassembly12 8 78 Remove Structure Group adu_02b

disassembly12 9 79 Load Objects Group All TREL02a 1

disassembly12 9 79 Load Objects Group All TREL02b -1

disassembly12 10 80 Remove Structure Group adu_02a

146

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

disassembly13 1 81 Load Objects Group All e04 -0.627671

disassembly14 1 82 Load Objects Group All TREL01b 1

disassembly14 1 82 Load Objects Group All TREL02a -1

disassembly14 2 83 Remove Structure Group T05

disassembly14 2 83 Remove Structure Frame ligacaoT05

disassembly14 3 84 Remove Structure Group T03

disassembly14 4 85 Remove Structure Group adu_01b

disassembly14 5 86 Load Objects Group All TREL01a 1

disassembly14 5 86 Load Objects Group All TREL01b -1

disassembly14 6 87 Remove Structure Group adu_01a

disassembly14 7 88 Load Objects Group All TREL01a -1

disassembly14 8 89 Remove Structure Group T04

disassembly14 8 89 Remove Structure Frame ligacaoT04

assembly00 1 - Add Structure Group All

assembly00 1 - Remove Structure Frame apoio

assembly00 1 - Remove Structure Link 1

assembly01 1 89 Load Objects Group All DEAD 1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_15b DEAD -1

147

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_15a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T18

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_14b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_14a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T17

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_13b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_13a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T16

Frame GHOST

assembly01 1 89 Change Section Group T01

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_12b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_12a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T15

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_11b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_11a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T14

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_10b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_10a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T13

Frame GHOST

148

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_09b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_09a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T12

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_08b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_08a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T02

Frame GHOST

assembly01 1 89 Change Section Group T11

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_07b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_07a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T10

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_06b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_06a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T09

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_05b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_05a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T08

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_04b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_04a DEAD -1

149

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly01 1 89 Change Section Group T07

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_03b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_03a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T06

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_02b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_02a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T05

Frame GHOST

assembly01 1 89 Change Section Group T03

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_01b DEAD -1

assembly01 1 89 Load Objects Group adu_01a DEAD -1

assembly01 1 89 Change Section Group T04

Frame GHOST

assembly01 1 89 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU00A 1

assembly01 1 89 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU00B 1

assembly02 1 88 Change Section Group T04

Frame C31

assembly02 1 88 Load Objects Group T04 DEAD 1

assembly02 1 88 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T04 1

assembly02 1 88 Load Objects Group All e04 3.060477

assembly03 1 87 Load Objects Group All TREL01a 1

150

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly03 2 86 Load Objects Group adu_01a DEAD 1

assembly03 2 86 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU01A 1

assembly03 3 85 Load Objects Group All TREL01a -1

assembly03 3 85 Load Objects Group All TREL01b 1

assembly03 4 84 Load Objects Group adu_01b DEAD 1

assembly03 4 84 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU01B 1

assembly04 1 83 Change Section Group T03

Frame C127

assembly04 1 83 Load Objects Group T03 DEAD 1

assembly04 1 83 Load Objects Group All e03 0.77088

assembly05 1 82 Change Section Group T05

Frame C31

assembly05 1 82 Load Objects Group T05 DEAD 1

assembly05 1 82 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T05 1

assembly05 1 82 Load Objects Group All e05 3.820785

assembly06 1 81 Load Objects Group All TREL01b -1

assembly06 1 81 Load Objects Group All TREL02a 1

assembly07 1 80 Load Objects Group All e04 0.624447

assembly08 1 79 Load Objects Group adu_02a DEAD 1

assembly08 1 79 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU02A 1

151

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly08 2 78 Load Objects Group All TREL02a -1

assembly08 2 78 Load Objects Group All TREL02b 1

assembly08 3 77 Load Objects Group adu_02b DEAD 1

assembly08 3 77 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU02B 1

assembly09 1 76 Change Section Group T06

Frame C37

assembly09 1 76 Load Objects Group T06 DEAD 1

assembly09 1 76 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T06 1

assembly09 1 76 Load Objects Group All e06 3.129912

assembly10 1 75 Load Objects Group All TREL02b -1

assembly10 1 75 Load Objects Group All TREL03a 1

assembly10 2 74 Load Objects Group adu_03a DEAD 1

assembly10 2 74 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU03A 1

assembly10 3 73 Load Objects Group All TREL03a -1

assembly10 3 73 Load Objects Group All TREL03b 1

assembly10 4 72 Load Objects Group adu_03b DEAD 1

assembly10 4 72 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU03B 1

assembly11 1 71 Change Section Group T07

Frame C37

assembly11 1 71 Load Objects Group T07 DEAD 1

152

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly11 1 71 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T07 1

assembly11 1 71 Load Objects Group All e07 3.616277

assembly12 1 70 Load Objects Group All TREL03b -1

assembly12 1 70 Load Objects Group All TREL04a 1

assembly13 1 69 Load Objects Group All e03 0.660714

assembly14 1 68 Load Objects Group adu_04a DEAD 1

assembly14 1 68 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU04A 1

assembly14 2 67 Load Objects Group All TREL04a -1

assembly14 2 67 Load Objects Group All TREL04b 1

assembly14 3 66 Load Objects Group adu_04b DEAD 1

assembly14 3 66 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU04B 1

assembly15 1 65 Change Section Group T08

Frame C37

assembly15 1 65 Load Objects Group T08 DEAD 1

assembly15 1 65 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T08 1

assembly15 1 65 Load Objects Group All e08 3.582313

assembly16 1 64 Load Objects Group All TREL04b -1

assembly16 1 64 Load Objects Group All TREL05a 1

assembly16 2 63 Load Objects Group adu_05a DEAD 1

153

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly16 2 63 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU05A 1

assembly16 3 62 Load Objects Group All TREL05a -1

assembly16 3 62 Load Objects Group All TREL05b 1

assembly16 4 61 Load Objects Group adu_05b DEAD 1

assembly16 4 61 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU05B 1

assembly17 1 60 Change Section Group T09

Frame C55

assembly17 1 60 Load Objects Group T09 DEAD 1

assembly17 1 60 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T09 1

assembly17 1 60 Load Objects Group All e09 4.032333

assembly18 1 59 Load Objects Group All TREL05b -1

assembly18 1 59 Load Objects Group All TREL06a 1

assembly18 2 58 Load Objects Group adu_06a DEAD 1

assembly18 2 58 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU06A 1

assembly18 3 57 Load Objects Group All TREL06a -1

assembly18 3 57 Load Objects Group All TREL06b 1

assembly18 4 56 Load Objects Group adu_06b DEAD 1

assembly18 4 56 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU06B 1

assembly18 4 56 Load Objects Group All NICHO_SUP_ADU6B 1

154

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly19 1 55 Change Section Group T10

Frame

assembly19 1 55 Load Objects Group T10 DEAD 1

assembly19 1 55 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T10 1

assembly19 1 55 Load Objects Group All e10 3.511588

C55

assembly20 1 54 Load Objects Group All TREL06b -1

assembly20 1 54 Load Objects Group All TREL07a 1

assembly20 2 53 Load Objects Group adu_07a DEAD 1

assembly20 2 53 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU07A 1

assembly20 3 52 Load Objects Group All TREL07a -1

assembly20 3 52 Load Objects Group All TREL07b 1

assembly20 4 51 Load Objects Group adu_07b DEAD 1

assembly20 4 51 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU07B 1

assembly21 1 50 Change Section Group T11

Frame C55

assembly21 1 50 Load Objects Group T11 DEAD 1

assembly21 1 50 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T11 1

assembly21 1 50 Load Objects Group All e11 3.801007

assembly22 1 49 Load Objects Group All TREL07b -1

assembly22 1 49 Load Objects Group All TREL08a 1

155

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly23 1 48 Load Objects Group All e03 1.570494

assembly24 1 47 Change Section Group T02

Frame C127

assembly24 1 47 Load Objects Group T02 DEAD 1

assembly24 1 47 Load Objects Group All e02 1.069595

assembly25 1 46 Load Objects Group adu_08a DEAD 1

assembly25 1 46 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU08A 1

assembly25 2 45 Load Objects Group All TREL08a -1

assembly25 2 45 Load Objects Group All TREL08b 1

assembly25 3 44 Load Objects Group adu_08b DEAD 1

assembly25 3 44 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU08B 1

assembly26 1 43 Change Section Group T12

Frame C55

assembly26 1 43 Load Objects Group T12 DEAD 1

assembly26 1 43 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T12 1

assembly26 1 43 Load Objects Group All e12 3.254036

assembly27 1 42 Load Objects Group All TREL08b -1

assembly27 1 42 Load Objects Group All TREL09a 1

assembly27 2 41 Load Objects Group adu_09a DEAD 1

assembly27 2 41 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU09A 1

156

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly27 3 40 Load Objects Group All TREL09a -1

assembly27 3 40 Load Objects Group All TREL09b 1

assembly27 4 39 Load Objects Group adu_09b DEAD 1

assembly27 4 39 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU09B 1

assembly28 1 38 Change Section Group T13

Frame C55

assembly28 1 38 Load Objects Group T13 DEAD 1

assembly28 1 38 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T13 1

assembly28 1 38 Load Objects Group All e13 4.142472

assembly29 1 37 Load Objects Group All TREL09b -1

assembly29 1 37 Load Objects Group All TREL10a 1

assembly30 1 36 Load Objects Group All e02 0.564614

assembly31 1 35 Load Objects Group adu_10a DEAD 1

assembly31 1 35 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU10A 1

assembly31 2 34 Load Objects Group All TREL10a -1

assembly31 2 34 Load Objects Group All TREL10b 1

assembly31 3 33 Load Objects Group adu_10b DEAD 1

assembly31 3 33 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU10B 1

assembly32 1 32 Change Section Group T14

Frame C55

157

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly32 1 32 Load Objects Group T14 DEAD 1

assembly32 1 32 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T14 1

assembly32 1 32 Load Objects Group All e14 4.056308

assembly33 1 31 Load Objects Group All TREL10b -1

assembly33 1 31 Load Objects Group All TREL11a 1

assembly33 2 30 Load Objects Group adu_11a DEAD 1

assembly33 2 30 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU11A 1

assembly33 3 29 Load Objects Group All TREL11a -1

assembly33 3 29 Load Objects Group All TREL11b 1

assembly33 4 28 Load Objects Group adu_11b DEAD 1

assembly33 4 28 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU11B 1

assembly33 4 28 Load Objects Group All NICHO_INF_ADU11B 1

assembly34 1 27 Change Section Group T15

Frame C55

assembly34 1 27 Load Objects Group T15 DEAD 1

assembly34 1 27 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T15 1

assembly34 1 27 Load Objects Group All e15 4.154541

assembly35 1 26 Load Objects Group All TREL11b -1

assembly35 1 26 Load Objects Group All TREL12a 1

158

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly36 1 25 Load Objects Group All e02 1.124016

assembly37 1 24 Load Objects Group adu_12a DEAD 1

assembly37 1 24 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU12A 1

assembly37 2 23 Load Objects Group All TREL12a -1

assembly37 2 23 Load Objects Group All TREL12b 1

assembly37 3 22 Load Objects Group adu_12b DEAD 1

assembly37 3 22 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU12B 1

assembly38 1 21 Change Section Group T01

Frame C127

assembly38 1 21 Load Objects Group T01 DEAD 1

assembly38 1 21 Load Objects Group All e01 0.964596

assembly39 1 20 Change Section Group T16

Frame

assembly39 1 20 Load Objects Group T16 DEAD 1

assembly39 1 20 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T16 1

assembly39 1 20 Load Objects Group All e16 4.460956

assembly40 1 19 Load Objects Group All TREL12b -1

assembly40 1 19 Load Objects Group All TREL13a 1

assembly40 2 18 Load Objects Group adu_13a DEAD 1

assembly40 2 18 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU13A 1

159

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly40 3 17 Load Objects Group All TREL13a -1

assembly40 3 17 Load Objects Group All TREL13b 1

assembly40 4 16 Load Objects Group adu_13b DEAD 1

assembly40 4 16 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU13B 1

assembly41 1 15 Change Section Group T17

Frame C55

assembly41 1 15 Load Objects Group T17 DEAD 1

assembly41 1 15 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T17 1

assembly41 1 15 Load Objects Group All e17 4.470145

assembly42 1 14 Load Objects Group All TREL13b -1

assembly42 1 14 Load Objects Group All TREL14a 1

assembly42 2 13 Load Objects Group adu_14a DEAD 1

assembly42 2 13 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU14A 1

assembly42 3 12 Load Objects Group All TREL14a -1

assembly42 3 12 Load Objects Group All TREL14b 1

assembly42 4 11 Load Objects Group adu_14b DEAD 1

assembly42 4 11 Load Objects Group All ENRIJECIMENTO_ADU14B 1

assembly43 1 10 Change Section Group T18

Frame C55

assembly43 1 10 Load Objects Group T18 DEAD 1

160

Case Stage Fase Operation ObjType ObjName LoadName LoadSF ItemType ItemName

assembly43 1 10 Load Objects Group All NICHO_ESTAIAMENTO_T18 1

assembly43 1 10 Load Objects Group All e18 4.232272

assembly44 1 9 Load Objects Group All TREL14b -1

assembly44 1 9 Load Objects Group All TREL15a 1

assembly44 2 8 Load Objects Group adu_15a DEAD 1

assembly44 2 8 Load Objects Group All NICHO_INF_ADU15A 1

assembly44 2 8 Load Objects Group All NICHO_SUP_ADU15A 1

assembly45 1 7 Load Objects Group All e01 2.630201

assembly46 1 6 Load Objects Group All TREL15a -1

assembly46 1 6 Load Objects Group All TREL15b 1

assembly46 2 5 Load Objects Group adu_15b DEAD 1

assembly46 3 4 Load Objects Group All Protensao_cabosviga 1

assembly46 4 3 Load Objects Group All ADU_15_contrape 1

assembly46 4 3 Add Structure Link 1

assembly46 5 2 Load Objects Group All TREL15b -1

assembly46 6 1 Load Objects Group All GBARR 1

assembly46 7 0 Load Objects Group All GPAV 1

161

APÊNDICE B: CÓDIGO FONTE IMPLEMENTADO

MÓDULO STAYFORCES

1 Option Explicit On

2

3 'Declaração de variáveis globais

4 Dim SapObject As SAP2000v18.cOAPI

5 Dim SapModel As SAP2000v18.cSapModel

6 Const pi = 3.14159265359

7 Dim eTol As Double

8 Dim numStays As Long

9 Dim unitarySF As Double

10 Dim numStages As Long

11 Dim ret As Long

12 Dim APIPath As String

13 Dim logFile As String

14 Dim startTime As Double

15 Dim inverseInfluence() As Double

16 Dim finalF() As Double

17 Dim PSF() As Double

18 Dim disassemblyResults() As Double

19

Sub-rotina openSDB

20 Sub openSDB(ByVal FileName As String)

21

22 'Essa sub-rotina tem como objetivo abrir o programa SAP2000 e

23 'nele abrir o arquivo sdb "fileName" previamente escolhido.

24

25 Set SapModel = Nothing

26 Set SapObject = Nothing

27

28 Set SapObject = CreateObject("CSI.SAP2000.API.SapObject")

29

30 SapObject.ApplicationStart

31

32 SapObject.SetAsActiveObject

33

34 Set SapModel = SapObject.SapModel

35

36 'Argumento 6 indica que o modelo tem como unidades

37 'kN, m, C.

38 ret = SapModel.InitializeNewModel(6)

39

40 SapModel.file.openFile(FileName)

41

42 APIPath = Worksheets("panel").TextBox2.text

43

44 End Sub

45

162

Sub-rotina closeSDB

46 Sub closeSDB()

47

48 'Essa sub-rotina tem como objetivo encerrar a execução do

49 'programa SAP2000. Caso não haja conexão entre o SAP2000 e

50 'o VBA, o processo SAP2000.exe é encerrado.

51 On Error GoTo 1

52 SapObject.ApplicationExit False

53 Set SapModel = Nothing

54 Set SapObject = Nothing

55 Exit Sub

56 1:

57 If TaskKill("sap2000.exe") = 0 Then MsgBox _

58 "Processo 'sap2000.exe' encerrado com sucesso!" _

59 Else : MsgBox "Processo 'sap2000.exe' não encontrado!"

60

61 End Sub

62

Sub-rotina main

63 Sub main()

64

65 Call getInfluenceMatrix()

66 Call getPreStretchFactors()

67 Call disassemblyAnalysis()

68 Call assemblyAnalysis()

69

70 End Sub

71

72

Sub-rotina getInfluenceMatrix

73 Sub getInfluenceMatrix()

74

75 'Essa sub-rotina tem como objetivo obter a Matriz de Influência

76 'da estrutura em estudo. A matriz de influência é necessária

77 'para realizar o método iterativo proposto por GRABOW (2004)

78 'utilizado na obtenção de forças alvo nos estais.

79

80 'É importante destacar que os pré-alongamentos adotados

81 'correspondem a uma deformação específica -0.1, uma vez que

82 'não foi possível obter convergência nas análises com uso de

83 'deformação específica negativa igual a 1, proposta por Grabow.

84

85 'Os load patterns correspondentes aos pré-alongamentos dos

86 'estais (e01 a e18) apresentam deformação específica negativa

87 'de 1.0*10^(-3). Cada componente do vetor resultante da equação

88 'matricial fornece valor unitário caso a deformação requerida

89 'naquele estai seja de -0.1. Portanto, faz-se necessário o uso

90 'de um fator que permita a adoção correta de fatores de escala

91 'a serem multiplicados com os respectivos load patterns de

92 'pré-alongamento. Esse fator é igual a 1/1.0*10^(-3)*0.1 = 100.

93 'Com isso, cada valor obtido no vetor multiplicado por 100 será

163

94 'utilizado como fator de escala do load pattern correspondente.

95 'Esse fator é implementado mediante uso da variável global

96 '"unitarySF".

97

98 'Declaração de variáveis locais

99 Dim axialF As Double

100 Dim LC As String

101 Dim myFrame As String

102 Dim NumberLoads As Long

103 Dim i, j As Integer

104

105 'Trecho 1: Variáveis globais recebem valores.

106 'eTol corresponde à média máxima dos módulos das diferenças

107 'entre as forças obtidas na análise e os valores alvo.

108 'numStays corresponde ao número de estais.

109 'unitarySF corresponde ao fator a ser multiplicado ao resultado

110 'da equação matricial.

111

112 eTol = Worksheets("panel").Cells(13, 10).text

113 numStays = Worksheets("influence matrix").Cells(2, 21).text

114 unitarySF = Worksheets("influence matrix").Cells(1, 21).text

115 'Fim do trecho 1.

116

117 'Trecho 2: cria arquivo de log e inicia contagem do tempo de

118 'execução.

119

120 logFile = APIPath & "logInfluenceMatrix" & txt()

121

122 Call logTi(startTime)

123

124 'Fim do trecho 2.

125

126 'Trecho 3: atribui ao grupo "CABOS", constituído por todos os

127 'elementos que representam os estais, a propriedade de não

128 'resistir a esforços de compressão. Essa medida é adotada apenas

129 'nesse processo para que não haja termos negativos na matriz

130 'de influência:

131

132 ret = SapModel.FrameObj.SetTCLimits _

133 ("CABOS", True, 0, False, 0, 1)

134

135 'Fim do trecho 3.

136

137 Call createPreStretchLC()

138

139 Call createTempLCs()

140

141 'Trecho 4: Cada iteração analisa um Load Case temporário, no

142 'qual se aplica um pré-alongamento de 0.1 no estai i enquanto os

143 'demais estais não recebem pré-alongamentos. Cada Load Case

144 'temporário é submetido às mesmas configurações de carga da fase

145 'em estudo, a menos dos pré-alongamentos.

146 'Em cada iteração também é efetuada a obtenção dos esforços

147 'resultantes nos estais a partir dos nós adjacentes ao pilone,

148 'locais onde foram efetuados os tensionamentos dos estais.

149 'Durante o processo a matriz de influência é montada na

150 'planilha6 ("influenceMatrix").

151

152

153

154

164

155 For i = 1 To numStays

156

157 'A linha de código a seguir indica qual Load Case será

158 'analisado.

159 LC = "_influence" & Format(i, "00")

160

161 Call runLC(LC)

162

163 For j = 1 To numStays

164

165 myFrame = "T" & Format(j, "00")

166

167 'A linha de código a seguir indica a partir de onde o VBA irá

168 'iniciar a execução após captura de exceção. O objetivo é fazer

169 'com que o programa analise novamente o modelo caso um eventual

170 'erro de comunicação entre VBA e SAP2000 ocorra durante a

171 'extração dos esforços axiais nos estais.

172

173 Err1:

174

175 If err.Number <> 0 Then Call runLC(LC)

176

177 'A linha de código a seguir permite que o VBA receba outra

178 'instrução de captura de exceções.

179

180 On Error GoTo —1

181

182 'Obs.:

183 '* "On Error GoTo Label", sendo "Label" um nome qualquer do

184 ' label a partir do qual o VBA irá executar imediatamente

185 ' após a exceção;

186 '* "On Error GoTo 0" disabilita qualquer captura de erro

187 ' presente na rotina;

188 '* "On Error GoTo -1" limpa o tratamento de exceção e

189 ' configura para "nothing", o que permite a criação de outra

190 ' captura de exceção.

191

192 On Error GoTo Err1

193 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

194

195 'A linha de código a seguir armazena os resultados na planilha

196 'influence_matrix:

197

198 Worksheets("influence matrix").Cells(j + 1, i). _

199 Value = axialF

200

201 Next j

202

203 Call writeLog(LC & " results retrieved")

204

205 Next i

206 'Fim do trecho 4

207

208 'Trecho 5: Após extraídos os resultados dos Load Cases

209 'temporários, Load Cases são excluídos do modelo. Em seguida há

210 'o registro de tempo de execução da sub-rotina

211 'getInfluenceMatrix, geração do arquivo com a matriz de

212 'influência do modelo e fechamento do arquivo log

213 '"logInfluenceMatrix.aaa.mm.dd.hh.mm.ss.txt".

214

215 Call deleteTempLCs()

165

216

217 Call printInfluenceMatrix()

218

219 Call logTf

220

221 'Fim do trecho 5.

222

223 End Sub

224

Sub-rotina getPreStretchFactors

225

226 Sub getPreStretchFactors()

227 'Esta sub-rotina tem como objetivo realizar o processo iterativo

228 'proposto por GRABOW (2004) para aplicação das forças axiais

229 'finais nos estais.

230

231 'Trecho 1: Variáveis globais recebem valores.

232 'eTol corresponde à média máxima dos módulos das diferenças

233 'entre as forças obtidas na análise e os valores alvo.

234 'numStays corresponde ao número de estais.

235 'unitarySF corresponde ao fator a ser multiplicado ao resultado

236 'da equação matricial.

237 eTol = Worksheets("panel").Cells(13, 10).text

238 numStays = Worksheets("influence matrix").Cells(2, 21).text

239 unitarySF = Worksheets("influence matrix").Cells(1, 21).text

240 'Fim do trecho 1.

241

242 Dim deltaF() As Double

243 Dim numIterations As Long

244 Dim iPSF() As Long

245 Dim myFrame As String

246 Dim axialF As Double

247 Dim error As Double

248 Dim i, j As Integer

249 Dim LC As String

250 Dim NumberLoads As Long

251 Dim LoadType() As String

252 Dim LoadName() As String

253 Dim SF() As Double

254

255 ReDim deltaF(1 To numStays) As Double

256 ReDim iPSF(1 To numStays) As Long

257

258 'Trecho 2: Um arquivo de registro é gerado e a primeira

259 'iteração da equação matricial proposta por GRABOW (2004)

260 'é efetuada mediante uso da sub-rotina calcInitialPSF.

261

262 ret = SapModel.SetModelIsLocked(False)

263

264 ret = SapModel.FrameObj.SetTCLimits _

265 ("CABOS", False, 0, False, 0, 1)

266

267 LC = "PreStretch"

268

269 logFile = APIPath & "logPreStretch" & txt()

270

271 numIterations = 1

272

166

273 Call logTi(startTime)

274

275 Call calcInitialPSF()

276

277 'Fim do trecho 2.

278

279 'A linha de código a seguir lê os carregamentos do Load Case

280 '"PreStretch".

281

282 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.GetLoads _

283 (LC, NumberLoads, LoadType, LoadName, SF)

284

285 'Trecho 3: Os carregamentos correspondentes aos pré-alongamentos

286 '(e01 a e18) recebem os resultados da primeira iteração da

287 'equação matricial.

288

289 For i = 0 To NumberLoads - 1

290 For j = 1 To numStays

291 If LoadName(i) = "e" & Format(j, "00") Then

292

293 'iPSF é um array que informa que a carga correspodente ao

294 'pré-alongamento no estai j está na posição i da lista de

295 'carregamentos de "PreStretch".

296

297 iPSF(j) = i

298 SF(i) = PSF(j)

299 Exit For

300 End If

301 Next j

302 Next i

303

304 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetLoads _

305 (LC, NumberLoads, LoadType, LoadName, SF)

306

307 'Fim do trecho 3.

308

309 Print #1, "Iteration " & numIterations & "."

310

311

312 Call runLC(LC)

313

314 'Trecho 4: A iteração a seguir extrai os esforços nos estais e

315 'calcula a diferença entre as forças de projeto e as forças

316 'obtidas.

317

318 For i = 1 To numStays

319

320 myFrame = "T" & Format(i, "00")

321

322 'A linha de código a seguir indica a partir de onde o VBA irá

323 'iniciar a execução após captura de exceção. O objetivo é fazer

324 'com que o programa analise novamente o modelo caso um eventual

325 'erro de comunicação entre VBA e SAP2000 ocorra durante a

326 'extração dos esforços axiais nos estais.

327

328 Error1:

329

330 'A linha de código a seguir permite que o VBA receba outra

331 'instrução de captura de exceções.

332 If err.Number <> 0 Then Call runLC(LC)

333 On Error GoTo -1

167

334

335 'Obs.:

336 '* "On Error GoTo Label", sendo "Label" um nome qualquer do

337 ' label a partir do qual o VBA irá executar imediatamente

338 ' após a exceção;

339 '* "On Error GoTo 0" disabilita qualquer captura de erro

340 ' presente na rotina;

341 '* "On Error GoTo -1" limpa o tratamento de exceção e

342 ' configura para "nothing", o que permite a criação de outra

343 ' captura de exceção.

344

345 On Error GoTo Error1

346 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

347 deltaF(i) = finalF(i) - axialF

348

349 Next i

350 'Fim do trecho 4.

351

352 'Trecho 5: Calcula a média dos erros absolutos (error), armazena

353 'os resultados no arquivo log e recebe o valor de tolerância

354 'presente na planilha "disassembly".

355

356 error = errorPreStretch(deltaF)

357 Call appendFilePreStretch(PSF, deltaF, error)

358

359 'Fim do trecho 5.

360

361 'Trecho 6: Enquanto o erro for maior que o critério de

362 'tolerância, cada iteração realiza cálculo da equação matricial

363 'mediante uso da sub-rotina calcPSF, cujo resultado é armazenado

364 'em "PreStretch".

365

366 'Cada iteração também realiza análise não linear e compara os

367 'resultados obtidos com as forças de projeto. A diferença entre

368 'as forças é utilizada na próxima iteração, caso o erro for

369 'maior que o critério de tolerância.

370

371 Do While error > eTol

372

373 numIterations = numIterations + 1

374

375 Call calcPSF(deltaF)

376

377 For i = 1 To numStays

378 SF(iPSF(i)) = PSF(i)

379 Worksheets("PreStretch Factors").Cells(i + 1, 1). _

380 Value = PSF(i)

381 Next i

382

383 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetLoads _

384 (LC, NumberLoads, LoadType, LoadName, SF)

385

386 Print #1, "Iteration " & numIterations & "."

387

388 Error4:

389 If err.Number <> 0 Then Call runLC(LC)

390 On Error GoTo -1

391

392 Call runLC(LC)

393

394 For i = 1 To numStays

168

395 myFrame = "T" & Format(i, "00")

396 On Error GoTo Error4

397 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

398 deltaF(i) = finalF(i) - axialF

399 Next i

400

401 error = errorPreStretch(deltaF)

402

403 Call appendFilePreStretch(PSF, deltaF, error)

404 'Fim do trecho 6.

405 Loop

406

407 'Trecho 7: Impressão do número de iterações e fechamento

408 'do arquivo de log "logPreStretch.aa.mm.dd.hh.mm.ss.txt".

409 Print #1, "Total of iterations: " & numIterations & "."

410 Call logTf

411 'Fim do trecho 7.

412

413 End Sub

414

Sub-rotina disassemblyAnalysis

415 Sub disassemblyAnalysis()

416

417 'Esta sub-rotina tem como objetivo obter os esforços axiais

418 'atuantes nos estais em cada estágio da análise de desmontagem.

419 'Também são aplicados em alguns estágios forças

420 'pré-estabelecidas nos estais. Estes são processos reversos ao

421 'retensionamento dos estais para aumento de rigidez do pilone,

422 'cujos estágios passam por um processo iterativo de

423 'pré-alongamento.

424

425 'Esta análise de desmontagem, designada comumente como

426 'retroanálise, é constituída por uma sequência de

427 'Load Cases do tipo staged construction que fornecem para suas

428 'respectivas análises subsequentes suas rigidezas e

429 'configurações de carga.

430

431 'O primeiro Load Case corresponde a uma

432 'sequência de estágios que começa pela fase a partir da qual

433 'se estabeleceu forças alvo e se obteve pré-alongamentos

434 'mediante uso das rotinas getInfluenceMatrix e

435 'getPreStretchFactors. Esta mesma análise termina na fase

436 'correspondente à liberação do apoio. A distância entre os nós

437 'deslocados da flecha de aproximação nesta análise é utilizada

438 'para definir o parâmetro de abertura do link do tipo gap,

439 'utilizado na análise de avanço construtivo. Este Load Case é

440 'analisado novamente uma vez que, para definir o parâmetro de

441 'abertura, é necessário que o modelo esteja desbloqueado.

442

443 'O segundo loadcase não requer tratamento específico.

444

445 'O Load Case seguinte apresenta apenas uma fase que utiliza

446 'as rigidezas e a configuração de carregamentos final da análise

447 'anterior e realiza um processo iterativo para alcançar a força

448 'alvo em um determinado estai naquela fase. Esse Load Case, por

449 'sua vez, fornece da mesma forma os seus carregamentos e

450 'rigidezas finais para a análise seguinte.

451

169

452 'O Load Case subsequente apresenta um conjunto de estágios que

453 'precedem o próximo Load Case, que necessita de um processo

454 'iterativo. As análises seguintes seguem esse processo

455 'intercalado até atingir a desmontagem completa da viga de

456 'rigidez.

457

458 'Parâmetros relevantes para a execução do processo de

459 'desmontagem são detalhados na planilha "disassembly".

460

461 Dim myStage As Long

462 Dim NumLC As Long

463 Dim Color As Long

464 Dim iterate As Long

465 Dim indexSF As Long

466 Dim numIterations As Long

467 Dim NumberOperations As Long

468 Dim Operation() As Long

469 Dim Age() As Long

470 Dim ObjectType() As String

471 Dim ObjectName() As String

472 Dim MyType() As String

473 Dim MyName() As String

474 Dim LC As String

475 Dim myFrame As String

476 Dim MatProp As String

477 Dim Notes As String

478 Dim GUID As String

479 Dim PropName As String

480 Dim FileName As String

481 Dim SAuto As String

482 Dim SF() As Double

483 Dim Area As Double

484 Dim E As Double

485 Dim axialF As Double

486 Dim goalF As Double

487 Dim eTol As Double

488 Dim deltaF As Double

489 Dim epsilon As Double

490 Dim t3 As Double

491 Dim a As Double

492 Dim temp As Double

493 Dim i As Integer

494 Dim DOF() As Boolean

495 Dim Fixed() As Boolean

496 Dim Nonlinear() As Boolean

497 Dim Ke() As Double

498 Dim Ce() As Double

499 Dim k() As Double

500 Dim dis() As Double

501 Dim dj2 As Double

502 Dim dj3 As Double

503 Dim disp As Double

504 Dim myJoint1 As String

505 Dim myJoint2 As String

506

507 'Trecho 1: Variáveis globais recebem valores.

508 'eTol corresponde à média máxima dos módulos das diferenças

509 'entre as forças obtidas na análise e os valores alvo.

510 'numStays corresponde ao número de estais.

511 'unitarySF corresponde ao fator a ser multiplicado ao resultado

512 'da equação matricial.

170

513

514 eTol = Worksheets("panel").Cells(13, 10).text

515 numStays = Worksheets("influence matrix").Cells(2, 21).text

516 unitarySF = Worksheets("influence matrix").Cells(1, 21).text

517

518 'Fim do trecho 1.

519

520 'Trecho 2: São coletados da planilha Disassembly,

521 'respectivamente, o nome dado ao processo de desmontagem e o

522 'número de Load Cases. Os fatores de pré-alongamento definidos

523 'durante a calibração são obtidos e armazenados no primeiro

524 'estágio.

525

526 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

527 NumLC = Worksheets("disassembly").Cells(2, 2)

528 myStage = 1

529 logFile = APIPath & "logDisassembly" & txt()

530

531 Call getPSF()

532

533 Call logTi(startTime)

534

535 Call setFirstStage(LC)

536

537 'Fim do trecho 2.

538

539 'Trecho 3. O primeiro Load Case terá como matriz de rigidez a

540 'configuração final apresentada no Load Case "disassembly00"

541 '(Elemento rígido "apoio", com 1e-5m de comprimento e localizado

542 'entre P0 e o tabuleiro, com rótula apenas no nó em que há

543 'conectividade com o tabuleiro, e elemento "P0", correspondente

544 'ao pilar P0, sem rótulas.

545

546 LC = LC & "00"

547 Call runLC(LC)

548

549 'Fim do trecho 3.

550

551 'Trecho 4. O primeiro Load Case fornece a flecha de aproximação

552 'que será adotada na análise de avanço construtivo.

553

554 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

555

556 LC = LC & "01"

557

558 Call runLC(LC)

559

560 ret = SapModel.PropLink.GetGap("CONTATO", DOF, Fixed,_

561 Nonlinear, Ke, Ce, k, dis, dj2, dj3, Notes, GUID)

562

563 myJoint1 = Worksheets("disassembly").Cells(6, 2).Value

564 myJoint2 = Worksheets("disassembly").Cells(6, 3).Value

565

566 Call getDisp(disp, myJoint1, myJoint2, LC, 1, 3)

567

568 dis(0) = disp

569

570 ret = SapModel.SetModelIsLocked(False)

571

572 ret = SapModel.PropLink.SetGap("CONTATO", DOF, _

573 Fixed, Nonlinear, _

171

574 Ke, Ce, k, dis, dj2, dj3, Notes, GUID)

575

576 'Fim de trecho 4.

577

578 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

579

580 For i = 1 To NumLC

581

582 'Trecho 5: Cada loadcase apresenta como nome um número

583 'prescedido pelo prefixo extraído da planilha "disassembly".

584 'A variável "iterate" é uma flag que indica se o loadcase

585 'precisa ser iterado ou não.

586

587 LC = LC & Format(i, "00")

588

589 Print #1, LC

590

591 iterate = Worksheets("disassembly").Cells(i + 5, 1).Value

592

593 'Fim do Trecho 5.

594

595 If iterate = 1 Then

596

597 'Trecho 6: São extraídas da planilha "disassembly" a força

598 'alvo e o elemento no qual a força axial será aplicada.

599 'Antes da primeira iteração, extrai-se o esforço axial no nó do

600 'elemento adjacente ao pilone (local correspondente à região de

601 'aferição das forças) no Load Case precedente e é calcula-se a

602 'diferença entre essa força e a força alvo. Caso a diferença

603 'seja maior que eTol, o processo iterativo é iniciado.

604 numIterations = 0

605

606 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

607 LC = LC & Format(i - 1, "00")

608

609 myFrame = Worksheets("disassembly").Cells(i + 5, 2).Value

610 goalF = Worksheets("disassembly").Cells(i + 5, 3).Value

611

612

613

614 'A linha de código a seguir indica a partir de onde o VBA irá

615 'iniciar a execução após captura de exceção. O objetivo é fazer

616 'com que o programa analise novamente o modelo caso um eventual

617 'erro de comunicação entre VBA e SAP2000 ocorra durante a

618 'extração dos esforços axiais nos estais.

619

620 Error1:

621

622 'Caso haja captura de exceção o Load Case é analisado novamente.

623

624 If err.Number <> 0 Then Call runLC(LC)

625 On Error GoTo —1

626

627 'Obs.:

628 '* "On Error GoTo Label", sendo "Label" um nome qualquer do

629 ' label a partir do qual o VBA irá executar imediatamente

630 ' após a exceção;

631 '* "On Error GoTo 0" disabilita qualquer captura de erro

632 ' presente na rotina;

633 '* "On Error GoTo -1" limpa o tratamento de exceção e

634 ' configura para "nothing", o que permite a criação de outra

172

635 ' captura de exceção.

636

637 On Error GoTo Error1

638 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

639

640 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

641 LC = LC & Format(i, "00")

642

643 deltaF = goalF - axialF

644

645 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.

646 GetStageData_1(LC, myStage, NumberOperations,

647 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, MyType,

648 MyName, SF)

649

650 'Fim do trecho 6

651

652 'Trecho 7: A partir destes métodos obtém-se o diâmetro da seção

653 'transversal do estai, consequentimente sua área, e o módulo de

654 'elasticidade do material constituinte.

655

656 ret = SapModel.FrameObj.GetSection _

657 (myFrame, PropName, SAuto)

658

659 ret = SapModel.PropFrame.GetCircle _

660 (PropName, FileName, MatProp, t3, Color, Notes, _

661 GUID)

662

663 ret = SapModel.PropMaterial.GetMPUniaxial _

664 (MatProp, E, a, temp)

665

666 Area = 0.25 * pi * t3 * t3

667

668 'Fim do trecho 7.

669

670 'A função indexPSF busca o índice correspondente ao

671 'pré-alongamento nos parâmetros de saída do método

672 'GetStageData_1.

673

674 indexSF = indexPSF(LC)

675

676 'Atribui-se valor inicial nulo ao pré-alongamento.

677 SF(indexSF) = 0

678

679 While Abs(deltaF) > eTol

680 'Trecho 8: A cada iteração são calculados os fatores de escala

681 'a serem adicionados ao pré-alongamento e é efetuada nova

682 'análise. Caso a diferença seja menor que eTol, a iteração é

683 'interrompida.

684 numIterations = numIterations + 1

685

686 epsilon = deltaF / Area / E

687

688 SF(indexSF) = epsilon * 1000.0# + SF(indexSF)

689

690 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.

691 SetStageData_1(LC, myStage, NumberOperations,

692 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, MyType,

693 MyName, SF)

694

695 Error2:

173

696

697 Call runLC(LC)

698 On Error GoTo -1

699 On Error GoTo Error2

700 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

701 deltaF = goalF - axialF

702

703 Print #1, "Iteration: ", numIterations

704 Print #1, "Frame: ", myFrame

705 Print #1, "PSF: ", Sci(SF(indexSF))

706 Print #1, "axialF: ", Sci(axialF)

707 Print #1, "deltaF: ", Sci(deltaF)

708

709 Wend

710

711 Print #1, "Total of iterations:" & numIterations & "."

712 'Fim do trecho 8.

713 Else

714 'Caso o Load Case não necessite de iteração, então executa-se

715 'apenas uma análise em staged construction do Load Case.

716 Call runLC(LC)

717

718 End If

719

720 'LC recebe novamente o prefixo do conjunto de análises.

721 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

722

723

724 Next i

725

726 'Trecho 9: Os resultados são armazenados na planilha

727 '"disassemblyResults" e no arquivo

728 '"disassemblyResults.aaaa.mm.dd.hh.mm.ss.txt".

729 'O arquivo de log é finalizado.

730

731 LC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

732 Call getDisassemblyResults(LC, NumLC)

733 Call logTf

734

735 'Fim do trecho 9.

736

737 End Sub

738

Sub-rotina assemblyAnalysis

739 Sub assemblyAnalysis()

740 'Esta sub-rotina tem como objetivo realizar análise construtiva

741 'na sequência cronológica, bem como apresentar a geometria e os

742 'esforços resultantes de cada estágio.

743

744 'A análise de montagem, assim como a análise de desmontagem,

745 'é constituída por uma sequência de Load Cases do tipo staged

746 'construction que fornecem para suas respectivas análises

747 'subsequentes suas rigidezas e configurações de carga.

748

749 'Nessa sub-rotina são realizados três tipos de análise:

750 '1: Análise iterativa para obtenção de forças alvo em um

751 ' determinado estai.

752 '2: Alongamento ("deformation") prescrito do elemento rígido

174

753 ' entre o tabuleiro e o pilar P0 para que o tabuleiro se

754 ' apoie ao pilar P0.

755 'Outro: Análise não linear usual do Load Case.

756

757 'A primeira análise corresponde a uma sequência de estágios

758 'a partir das quais inicia-se o lançamento das aduelas.

759 'Esta análise possui como matriz de rigidez a configuração final

760 'do Load Case assembly00.

761

762 'A análise seguinte, correspondente ao modo de análise 1, é

763 'constituída de apenas uma fase que utiliza as rigidezas e a

764 'configuração de carregamentos final da análise anterior e

765 'realiza um processo iterativo para obter a força alvo em um

766 'determinado estai, naquela fase. Essa análise, por sua vez,

767 'fornece da mesma forma os seus carregamentos e rigidezas finais

768 'para a análise seguinte.

769

770 'A análise subsequente apresenta um conjunto de estágios que

771 'precedem a próxima análise que necessita de um processo

772 'iterativo. As análises seguintes seguem esse processo

773 'intercalado até o processo de atirantamento e concretagem do

774 'contrapeso na extremidade do tabuleiro, realizado mediante uso

775 'do modo de análise 2. O alongamento utilizado é negativo e de

776 'mesmo módulo do deslocamento apresentado pelo nó da extremidade

777 'da aduela 15b.

778

779 'Parâmetros relevantes para a execução do processo de

780 'desmontagem são detalhados na planilha "assembly".

781

782 Dim myStage As Long

783 Dim NumberOperations As Long

784 Dim Operation() As Long

785 Dim Age() As Long

786 Dim NumLC As Long

787 Dim Color As Long

788 Dim analysisMode As Long

789 Dim indexSF As Long

790 Dim NumberStages As Long

791 Dim Duration() As Long

792 Dim numIterations As Long

793 Dim ObjectType() As String

794 Dim ObjectName() As String

795 Dim MyType() As String

796 Dim MyName() As String

797 Dim LC As String

798 Dim myFrame As String

799 Dim MatProp As String

800 Dim Notes As String

801 Dim GUID As String

802 Dim PropName As String

803 Dim FileName As String

804 Dim SAuto As String

805 Dim OutputName() As String

806 Dim Comment() As String

807 Dim SF() As Double

808 Dim Area As Double

809 Dim E As Double

810 Dim axialF As Double

811 Dim goalF As Double

812 Dim deltaF As Double

813 Dim epsilon As Double

175

814 Dim t3 As Double

815 Dim a As Double

816 Dim temp As Double

817 Dim i As Integer

818 Dim j As Integer

819 Dim countStages As Integer

820 Dim MyOutput() As Boolean

821 Dim Output() As Boolean

822

823

824

825

826 'Trecho 1: Variáveis globais recebem valores.

827 'eTol corresponde à média máxima dos módulos das diferenças

828 'entre as forças obtidas na análise e os valores alvo.

829 'numStays corresponde ao número de estais.

830 'unitarySF corresponde ao fator a ser multiplicado ao resultado

831 'da equação matricial.

832 'numStages: Número total de estágios da análise construtiva.

833

834 eTol = Worksheets("panel").Cells(13, 10).text

835 numStays = Worksheets("influence matrix").Cells(2, 21).text

836 unitarySF = Worksheets("influence matrix").Cells(1, 21).text

837 numStages = Worksheets("disassembly").Cells(3, 2).text

838

839 'Fim do trecho 1.

840

841 'Trecho 2: Parâmetros iniciais são extraídos da planilha

842 '"assembly" e algumas variáveis são inicializadas.

843

844 LC = Worksheets("assembly").Cells(1, 2)

845 NumLC = Worksheets("assembly").Cells(2, 2)

846 myStage = 1

847 countStages = 0

848 logFile = APIPath & "logAssembly" & txt()

849

850 'Fim de trecho 2.

851

852 'Trecho 3: Arquivo log é criado e a matriz contendo as forças de

853 'cada estai ao longo dos estágios de desmontagem é extraída

854 'da planilha "assemblyResults".

855

856 Call logTi(startTime)

857

858 Call getMatrices(2)

859

860 'Fim de trecho 3.

861

862 'Trecho 4: O primeiro Load Case terá como matriz de rigidez a

863 'configuração final do Load Case "assembly00": o elemento rígido

864 '"apoio", localizado entre o tabuleiro e o elemento P0, e com

865 'comprimento de 1e-5m, é excluído do modelo.

866

867 LC = LC & "00"

868 Call runLC(LC)

869

870 'Fim do Trecho 4.

871

872 LC = Worksheets("assembly").Cells(1, 2)

873

874 For i = 1 To NumLC

176

875

876 'Trecho 5: Cada loadcase apresenta como nome um número

877 'prescedido pelo prefixo extraído da planilha "assembly".

878 'A variável "analysisMode" é uma flag que indica qual é o modo

879 'de análise a ser efetuado. O número de estágios analisados

880 'é contabilizado para extração de resultados na matriz

881 '"disassemblyResults".

882

883 LC = LC & Format(i, "00")

884

885 Print #1, LC

886

887 analysisMode = Worksheets("assembly").Cells(i + 5, 1).Value

888

889 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

890 GetStageDefinitions_1(LC, NumberStages, Duration, _

891 Output, OutputName, Comment)

892

893 countStages = countStages + NumberStages

894

895 'Fim do trecho 5.

896

897 If analysisMode = 1 Then

898

899 'Trecho 6: A matriz "disassemblyResults" fornece a força alvo.

900 'O elemento no qual a força axial será aplicada, por sua vez,

901 'é especificado na planilha "assembly". Antes da primeira

902 'iteração, extrai-se o esforço axial no nó do elemento adjacente

903 'ao pilone (local correspondente à região de aferição das

904 'forças) no loadcase precedente e calcula-se a diferença entre

905 'essa força e a força alvo. Caso a diferença seja maior que

906 'eTol, o processo iterativo é iniciado.

907

908 numIterations = 0

909

910 LC = Worksheets("assembly").Cells(1, 2)

911 LC = LC & Format(i - 1, "00")

912

913 myFrame = Worksheets("assembly").Cells(i + 5, 2).Value

914 goalF = disassemblyResults _

915 (numStages - countStages + 1, _

916 Int(Right(myFrame, 2)))

917

918 Worksheets("assembly").Cells(i + 5, 3).Value = goalF

919

920 'A linha de código a seguir indica a partir de onde o VBA irá

921 'iniciar a execução após captura de exceção. O objetivo é fazer

922 'com que o programa analise novamente o modelo caso um eventual

923 'erro de comunicação entre VBA e SAP2000 ocorra durante a

924 'extração dos esforços axiais nos estais.

925

926 Error1:

927

928 'Caso haja captura de exceção o Load Case é analisado

929 'novamente.

930

931

932

933 If err.Number <> 0 Then Call runLC(LC)

934

935 'A linha de código a seguir permite que o VBA receba outra

177

936 'instrução de captura de exceções.

937

938 On Error GoTo -1

939

940 'Obs.:

941

942 '* "On Error GoTo Label", sendo "Label" um nome qualquer do

943 ' label a partir do qual o VBA irá executar imediatamente

944 ' após a exceção;

945 * "On Error GoTo 0" desabilita qualquer captura de erro

946 ' presente na rotina;

947 '* "On Error GoTo -1" limpa o tratamento de exceção e

948 ' configura para "nothing", o que permite a criação de outra

949 ' captura de exceção.

950

951 On Error GoTo Error1

952 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

953

954 LC = Worksheets("assembly").Cells(1, 2)

955 LC = LC & Format(i, "00")

956

957 deltaF = goalF - axialF

958

959 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.

960 GetStageData_1(LC, myStage, NumberOperations,

961 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, MyType,

962 MyName, SF)

963

964 'Fim do trecho 5.

965

966 'Trecho 6: A partir desses métodos obtém-se o diâmetro da seção

967 'transversal do estai, consequentimente sua área, e o módulo de

968 'elasticidade do material constituinte.

969

970 ret = SapModel.FrameObj.GetSection _

971 (myFrame, PropName, SAuto)

972

973 ret = SapModel.PropFrame.GetCircle _

974 (PropName, FileName, MatProp, t3, Color, Notes,

975 GUID)

976

977 ret = SapModel.PropMaterial.GetMPUniaxial _

978 (MatProp, E, a, temp)

979

980 Area = 0.25 * pi * t3 * t3

981

982 'Fim do trecho 6.

983

984 'A função indexPSF busca o índice correspondente ao

985 'pré-alongamento nos parâmetros de saída do método

986 'GetStageData_1.

987

988 indexSF = indexPSF(LC)

989

990 'Atribui-se valor inicial nulo ao pré-alongamento.

991 SF(indexSF) = 0

992

993

994 While Abs(deltaF) > eTol

995

996 'Trecho 7: A cada iteração são calculados os fatores de escala

178

997 'a serem adicionados ao pré-alongamento e é efetuada nova

998 'análise. Caso a diferença seja menor que eTol, a iteração é

999 'interrompida.

1000

1001 numIterations = numIterations + 1

1002

1003 epsilon = deltaF / Area / E

1004

1005 SF(indexSF) = epsilon * 1000.0# + SF(indexSF)

1006

1007 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

1008 SetStageData_1(LC, myStage, NumberOperations, _

1009 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, MyType, _

1010 MyName, SF)

1011

1012 Error2:

1013 Call runLC(LC)

1014 On Error GoTo -1

1015 On Error GoTo Error2

1016 Call getAxialForce(axialF, myFrame, LC, 1, 3)

1017

1018

1019 deltaF = goalF - axialF

1020

1021 Print #1, "Iteration: ", numIterations

1022 Print #1, "Frame: ", myFrame

1023 Print #1, "PSF: ", Sci(SF(indexSF))

1024 Print #1, "axialF: ", Sci(axialF)

1025 Print #1, "deltaF: ", Sci(deltaF)

1026

1027 'Fim do trecho 7.

1028

1029 Wend

1030

1031 Print #1, "Total of iterations:" & numIterations & "."

1032

1033 Else

1034 'Caso o modo de análise não seja especificado, executa-se

1035 'apenas uma análise em staged construction do Load Case.

1036 Call runLC(LC)

1037

1038 End If

1039

1040 LC = Worksheets("assembly").Cells(1, 2)

1041

1042 Next i

1043

1044 'Trecho 8: Os resultados são armazenados na planilha

1045 '"assemblyResults" e no arquivo

1046 '"assemblyResults.aaaa.mm.dd.hh.mm.ss.txt".

1047 'O arquivo de log é finalizado.

1048

1049 Call getAssemblyResults(LC, NumLC)

1050 Call logTf

1051

1052 'Fim do trecho 8.

1053

1054 End Sub

179

Sub-rotina createTempLCs

1055 Sub createTempLCs()

1056

1057 Dim NumberLoads As Long

1058 Dim LoadType() As String

1059 Dim LoadName() As String

1060 Dim SF() As Double

1061 Dim LC As String

1062 Dim previousLC As String

1063 Dim tempNumberLoads As Long

1064 Dim tempLoadType() As String

1065 Dim tempLoadName() As String

1066 Dim tempSF() As Double

1067 Dim eList() As String

1068 Dim indexE As Long

1069 Dim i, j, k As Integer

1070

1071 Call writeLog("'Call createTempLC' begins")

1072

1073 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1074 GetLoads("PreStretch", NumberLoads, _

1075 LoadType, LoadName, SF)

1076

1077 LC = "_influence" & Format(1, "00")

1078 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1079 SetCase(LC)

1080 tempNumberLoads = NumberLoads - numStays + 1

1081

1082 ReDim tempLoadType(tempNumberLoads)

1083 ReDim tempLoadName(tempNumberLoads)

1084 ReDim tempSF(tempNumberLoads)

1085 ReDim eList(1 To numStays)

1086

1087 For i = 1 To numStays

1088 eList(i) = "e" & Format(i, "00")

1089 Next i

1090

1091 k = 0

1092 For i = 0 To NumberLoads - 1

1093

1094 If Left(LoadName(i), 1) = "e" Then

1095

1096 If LoadName(i) = "e01" Then

1097

1098 indexE = i

1099 SF(i) = unitarySF

1100

1101 Else

1102 For j = 2 To numStays

1103

1104 If LoadName(i) = eList(j) Then GoTo Continue For

1105

1106 Next j

1107 End If

1108 End If

1109

1110 tempLoadType(k) = LoadType(i)

1111 tempLoadName(k) = LoadName(i)

1112 tempSF(k) = SF(i)

180

1113 k = k + 1

1114 If k = tempNumberLoads Then i = NumberLoads - 1

1115 Continue For

1116

1117 Next i

1118

1119 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1120 SetLoads(LC, tempNumberLoads, _

1121 tempLoadType, tempLoadName, tempSF)

1122 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1123 SetGeometricNonlinearity(LC, 1)

1124

1125 previousLC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

1126 previousLC = previousLC & "00"

1127 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1128 SetInitialCase(LC, previousLC)

1129

1130 For i = 2 To numStays

1131 LC = "_influence" & Format(i, "00")

1132 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetCase(LC)

1133 tempLoadName(indexE) = "e" & Format(i, "00")

1134 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1135 SetLoads(LC, tempNumberLoads, _

1136 tempLoadType, tempLoadName, tempSF)

1137

1138 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1139 SetGeometricNonlinearity(LC, 1)

1140 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1141 SetInitialCase(LC, previousLC)

1142 Next i

1143

1144 Call writeLog("'Call createTempLC' ends")

1145

1146 End Sub

1147

Sub-rotina createPreStretchLC

1148 Sub createPreStretchLC()

1149

1150 Dim NumberLoads As Long

1151 Dim LoadType() As String

1152 Dim LoadName() As String

1153 Dim NumberOperations As Long

1154 Dim Operation() As Long

1155 Dim ObjectType() As String

1156 Dim ObjectName() As String

1157 Dim Age() As Long

1158 Dim MyType() As String

1159 Dim MyName() As String

1160 Dim SF() As Double

1161 Dim LC As String

1162 Dim previousLC As String

1163 Dim PreStretchNumberLoads As Long

1164 Dim PreStretchLoadType() As String

1165 Dim PreStretchLoadName() As String

1166 Dim PreStretchSF() As Double

1167 Dim i, j As Integer

1168

181

1169

1170 Call writeLog("'Call createPreStretchLC' begins")

1171

1172 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged.GetStageData_1_

1173 ("disassembly01", 1, NumberOperations, _

1174 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, _

1175 MyType, MyName, SF)

1176

1177 LC = "PreStretch"

1178 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetCase(LC)

1179

1180 PreStretchNumberLoads = 0

1181 For i = 0 To NumberOperations - 1

1182 If (Operation(i) = 3) Or (Operation(i) = 4) Then

1183 PreStretchNumberLoads = PreStretchNumberLoads + 1

1184 End If

1185 Next i

1186

1187 ReDim PreStretchLoadType(PreStretchNumberLoads)

1188 ReDim PreStretchLoadName(PreStretchNumberLoads)

1189 ReDim PreStretchSF(PreStretchNumberLoads)

1190

1191 j = 0

1192 For i = 0 To NumberOperations - 1

1193 If (Operation(i) = 3) Or (Operation(i) = 4) Then

1194 PreStretchLoadType(j) = MyType(i)

1195 PreStretchLoadName(j) = MyName(i)

1196 PreStretchSF(j) = SF(i)

1197 j = j + 1

1198 End If

1199 Next i

1200

1201 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear.SetLoads _

1202 (LC, PreStretchNumberLoads, PreStretchLoadType, _

1203 PreStretchLoadName, PreStretchSF)

1204

1205 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1206 SetGeometricNonlinearity(LC, 1)

1207

1208 previousLC = Worksheets("disassembly").Cells(1, 2)

1209 previousLC = previousLC & "00"

1210 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinear. _

1211 SetInitialCase(LC, previousLC)

1212

1213 Call writeLog("'Call createPreStretchLC' ends")

1214

1215 End Sub

1216

1217

Sub-rotina printInfluenceMatrix

1218

1219 Sub printInfluenceMatrix()

1220 Dim i, j As Integer

1221

1222 Call writeLog("'Call printInfluenceMatrix' begins")

1223

1224 Open APIPath & "influenceMatrix" & txt() For Output As 2

1225 For i = 1 To numStays

182

1226 For j = 1 To numStays

1227 If j = numStays Then

1228 Print #2, Sci(Planilha6.Cells(i + 1, j).Value)

1229 Else

1230 Print #2, Sci(Planilha6.Cells(i + 1, j).Value),

1231 End If

1232 Next j

1233 Next i

1234 Close 2

1235

1236 Call writeLog("'Call printInfluenceMatrix' ends")

1237 End Sub

1238

Sub-rotina deleteTempLCs

1239 Sub deleteTempLCs()

1240

1241 Dim LC As String

1242 Dim i As Integer

1243 Call writeLog("'Call deleteTempLC' begins")

1244

1245 For i = 1 To numStays

1246 LC = "_influence" & Format(i, "00")

1247 ret = SapModel.LoadCases.Delete(LC)

1248 Next i

1249

1250 Call writeLog("'Call deleteTempLC' ends")

1251

1252 End Sub

1253

1254

Sub-rotina getAxialForce

1255 Sub getAxialForce(ByRef axialF As Double, ByVal myFrame As

String, ByVal LC As String, ByVal numStep, ByVal ResultOption)

1256

1257 'dimension variables

1258 Const numStation = 3

1259 Const numStations = 3

1260 Dim NumberResults As Long

1261 Dim Obj() As String

1262 Dim ObjSta() As Double

1263 Dim Elm() As String

1264 Dim ElmSta() As Double

1265 Dim LoadCase() As String

1266 Dim StepType() As String

1267 Dim StepNum() As Double

1268 Dim P() As Double

1269 Dim V2() As Double

1270 Dim V3() As Double

1271 Dim T() As Double

1272 Dim M2() As Double

1273 Dim M3() As Double

1274

1275 'deselect all cases and combos

1276 ret = SapModel.Results.Setup._

183

1277 DeselectAllCasesAndCombosForOutput

1278

1279 'set case and combo output selections

1280

1281 ret = SapModel.Results.Setup.SetCaseSelectedForOutput(LC)

1282

1283 'set output option

1284

1285 ret = SapModel.Results.Setup.SetOptionNLStatic(ResultOption)

1286

1287 '1 = Envelopes

1288 '2 = Step-by-Step

1289 '3 = Last Step

1290

1291 'get frame forces for line object

1292

1293 ret = SapModel.Results.FrameForce(myFrame, 0, _

1294 NumberResults, Obj, ObjSta, Elm, _

1295 ElmSta, LoadCase, StepType, _

1296 StepNum, P, V2, V3, T, M2, M3)

1297

1298 If ResultOption = 2 Then

1299 axialF = P((numStep - 1) * numStations + numStation - 1)

1300

1301 'frame's last station is adjacent to pylon.

1302

1303 Else

1304 axialF = P(numStation - 1)

1305 End If

1306

1307 End Sub

1308

Função indexPSF

1309

1310 Function indexPSF(ByVal LC As String) As Long

1311 'dimension variables

1312 Dim myStage As Long

1313 Dim NumberOperations As Long

1314 Dim Operation() As Long

1315 Dim ObjectType() As String

1316 Dim ObjectName() As String

1317 Dim Age() As Long

1318 Dim MyType() As String

1319 Dim MyName() As String

1320 Dim SF() As Double

1321 Dim Area As Double

1322 Dim E As Double

1323 Dim axialF As Double

1324 Dim deltaF As Double

1325 Dim epsilon As Double

1326 Dim newSF As Double

1327 Dim NumLC As Long

1328 Dim indexSF As Long

1329 Dim i, j As Integer

1330

1331 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

184

1332 GetStageData_1(LC, 1, NumberOperations, Operation, _

1333 ObjectType, ObjectName, Age, MyType, MyName, SF)

1334

1335

1336 For i = 0 To NumberOperations - 1

1337 If Left(MyName(i), 1) = "e" Then

1338 For j = 1 To numStays

1339 If MyName(i) = "e" & Format(j, "00") Then

1340 indexPSF = i

1341 Exit Function

1342 End If

1343 Next j

1344 End If

1345 Next i

1346

1347 End Function

1348

Sub-rotina getDisassemblyResults

1349 Sub getDisassemblyResults(ByVal LC As String, ByVal NumLC As

Long)

1350 Dim axialF As Double

1351 Dim myFrame As String

1352 Dim myFile As String

1353 Dim myLC As String

1354 Dim NumberStages As Long

1355 Dim Duration() As Long

1356 Dim Output() As Boolean

1357 Dim OutputName() As String

1358 Dim Comment() As String

1359 Dim i, j, k As Integer

1360 Dim stageNumber As Integer

1361

1362

1363 myFile = APIPath & "resultsDisassembly" & txt()

1364

1365 Call writeLog("'Call getResults' begins")

1366

1367 Open myFile For Output As 2

1368

1369 stageNumber = 0

1370 For i = 1 To NumLC

1371

1372 myLC = LC & Format(i, "00")

1373 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

1374 GetStageDefinitions_1(myLC, NumberStages, _

1375 Duration, Output, OutputName, Comment)

1376

1377 For j = 1 To NumberStages

1378

1379 stageNumber = stageNumber + 1

1380

1381 For k = 1 To numStays

1382

1383 myFrame = "T" & Format(k, "00")

1384 Call getAxialForce(axialF, myFrame, myLC, j, 2)

1385 If k < numStays Then

1386 Print #2, Sci(axialF),

1387 Else

185

1388 Print #2, Sci(axialF)

1389 End If

1390 Planilha4.Cells(stageNumber + 1, k).Value = Sci(axialF)

1391

1392 Next k

1393 Next j

1394 Next i

1395

1396 Close 2

1397 Call writeLog("'Call getResults' ends")

1398

1399 End Sub

1400

Sub-rotina getAssemblyResults

1401 Sub getAssemblyResults(ByVal LC As String, ByVal NumLC As Long)

1402 Dim axialF As Double

1403 Dim myFrame As String

1404 Dim myFile As String

1405 Dim myLC As String

1406 Dim NumberStages As Long

1407 Dim Duration() As Long

1408 Dim Output() As Boolean

1409 Dim OutputName() As String

1410 Dim Comment() As String

1411 Dim i, j, k As Inteegr

1412 Dim stageNumber As Integer

1413

1414

1415 myFile = APIPath & "resultsAssembly" & txt()

1416

1417 Call writeLog("'Call getResults' begins")

1418

1419 Open myFile For Output As 2

1420

1421 stageNumber = 0

1422 For i = 1 To NumLC

1423

1424 myLC = LC & Format(i, "00")

1425 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

1426 GetStageDefinitions_1(myLC, NumberStages, _

1427 Duration, Output, OutputName, Comment)

1428

1429 For j = 1 To NumberStages

1430 stageNumber = stageNumber + 1

1431 For k = 1 To numStays

1432 myFrame = "T" & Format(k, "00")

1433 Call getAxialForce(axialF, myFrame, myLC, j, 2)

1434 If k < numStays Then

1435 Print #2, Sci(axialF),

1436 Else

1437 Print #2, Sci(axialF)

1438 End If

1439 Planilha7.Cells(numStages - stageNumber + 2, k). _

1440 Value = axialF

1441 Next k

1442 Next j

1443 Next i

1444

186

1445 Close 2

1446 Call writeLog("'Call getResults' ends")

1447

1448 End Sub

1449

Função errorPreStretch

1450

1451 Function errorPreStretch(ByRef deltaF() As Double)

1452 Dim error As Double

1453 Dim i As Integer

1454

1455 Error = 0

1456 For i = 1 To numStays

1457 Error = error + Abs(deltaF(i))

1458 Next i

1459 Error = error / numStays

1460

1461 errorPreStretch = error

1462

1463 End Function

1464

Sub-rotina appendFilePreStretch

1465

1466 Sub appendFilePreStretch(ByRef SF() As Double, ByRef deltaF() As

Double, ByVal error As Double)

1467 Dim i As Integer

1468

1469 Print #1, "SF:"

1470 For i = 1 To numStays

1471 If i = numStays Then

1472 Print #1, Sci(SF(i))

1473 Else

1474 Print #1, Sci(SF(i)),

1475 End If

1476 Next i

1477

1478 Print #1, "deltaF:"

1479 For i = 1 To numStays

1480 If i = numStays Then

1481 Print #1, Sci(deltaF(i))

1482 Else

1483 Print #1, Sci(deltaF(i)),

1484 End If

1485 Next i

1486

1487 Print #1, "error:"

1488 Write #1, Sci(error)

1489

1490 End Sub

1491

187

Sub-rotina calcPSF

1492

1493 Sub calcPSF(ByRef F() As Double)

1494 Dim i, j As Integer

1495

1496 For i = 1 To numStays

1497 For j = 1 To numStays

1498 PSF(i) = PSF(i)+unitarySF*inverseInfluence(i, j)*F(j)

1499 Next j

1500 Next i

1501

1502 End Sub

1503

Sub-rotina calcInitialPSF

1504

1505 Sub calcInitialPSF()

1506 Dim i As Integer

1507 ReDim PSF(1 To numStays) As Double

1508 Call getMatrices(1)

1509

1510 For i = 1 To numStays

1511 PSF(i) = 0#

1512 Next i

1513

1514 Call calcPSF(finalF)

1515 End Sub

1516

Sub-rotina runLC

1517

1518 Sub runLC(ByVal LC As String)

1519

1520 Call writeLog(LC & " analysis begins")

1521 ret = SapModel.Analyze.SetRunCaseFlag(LC, False, True)

1522 ret = SapModel.Analyze.SetRunCaseFlag(LC, True)

1523 ret = SapModel.Analyze.RunAnalysis

1524 Call writeLog(LC & " analysis ends")

1525

1526 End Sub

1527

Sub-rotina getMatrices

1528

1529 Sub getMatrices(ByVal flag As Integer)

1530 Dim i, j As Integer

1531

1532 If flag = 1 Then

1533 ReDim inverseInfluence(1 To numStays, 1 To numStays) As

Double

1534 ReDim finalF(1 To numStays)

188

1535 For i = 1 To numStays

1536 For j = 1 To numStays

1537 inverseInfluence(i, j) = Planilha6.Cells(i + 20,

j).Value

1538 Next j

1539 finalF(i) = Worksheets("PreStretch Factors").Cells(i + 1,

6)

1540 Next i

1541 ElseIf flag = 2 Then

1542 ReDim disassemblyResults(1 To numStages, 1 To numStays) _

1543 As Double

1544 For i = 1 To numStages

1545 For j = 1 To numStays

1546 disassemblyResults(i, j) = Planilha4.Cells(i + 1,

j).Value

1547 Next j

1548 Next i

1549 End If

1550

1551 End Sub

1552

Sub-rotina setFirstStage

1553

1554 Sub setFirstStage(ByVal LC As String)

1555

1556 Dim NumberOperations As Long

1557 Dim Operation() As Long

1558 Dim ObjectType() As String

1559 Dim ObjectName() As String

1560 Dim Age() As Long

1561 Dim MyType() As String

1562 Dim MyName() As String

1563 Dim SF() As Double

1564 Dim i, j As Integer

1565

1566 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

1567 GetStageData_1(LC & "01", 1, NumberOperations, _

1568 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, MyType, MyName,

SF)

1569

1570 For i = 0 To NumberOperations - 1

1571 If Left(MyName(i), 1) = "e" Then

1572 For j = 1 To numStays

1573 If MyName(i) = "e" & Format(j, "00") Then

1574 SF(i) = PSF(j)

1575 Exit For

1576 End If

1577 Next j

1578 End If

1579 Next i

1580

1581 ret = SapModel.LoadCases.StaticNonlinearStaged. _

1582 SetStageData_1(LC & "01", 1, NumberOperations, _

1583 Operation, ObjectType, ObjectName, Age, MyType, MyName,

SF)

1584

1585 End Sub

1586

189

Sub-rotina getPSF

1587

1588 Sub getPSF()

1589 Dim i As Integer

1590 ReDim PSF(1 To numStays) As Double

1591

1592 For i = 1 To numStays

1593 PSF(i) = Worksheets("PreStretch Factors").Cells(i + 1,

1).Value

1594 Next i

1595

1596 End Sub

1597

Sub-rotina getDisp

1598

1599 Sub getDisp(ByRef disp As Double, ByVal joint1 As String, ByVal

joint2 As String, ByVal LC As String, ByVal result, ByVal

ResultOption)

1600 Dim myFile As String

1601 Dim myLC As String

1602 Dim i, j As Integer

1603 Dim NumberResults As Long

1604 Dim Obj() As String

1605 Dim Elm() As String

1606 Dim LoadCase() As String

1607 Dim StepType() As String

1608 Dim StepNum() As Double

1609 Dim U1() As Double

1610 Dim U2() As Double

1611 Dim U3() As Double

1612 Dim R1() As Double

1613 Dim R2() As Double

1614 Dim R3() As Double

1615 Dim j1(3) As Double

1616 Dim j2(3) As Double

1617 Dim d(3) As Double

1618

1619 'clear all case and combo output selections

1620 ret =

SapModel.Results.Setup.DeselectAllCasesAndCombosForOutput

1621

1622 'set case and combo output selections

1623 ret = SapModel.Results.Setup.SetCaseSelectedForOutput(LC)

1624

1625 'set output option

1626 '1 = Envelopes

1627 '2 = Step-by-Step

1628 '3 = Last Step

1629 ret = SapModel.Results.Setup.SetOptionNLStatic(ResultOption)

1630

1631 If ResultOption = 2 Then

1632

1633 result = result - 1

1634

1635 Else : result = 0

190

1636

1637 End If

1638

1639 ret = SapModel.Results.JointDispl(joint1, 0, _

1640 NumberResults, Obj, Elm, LoadCase, _

1641 StepType, StepNum, U1, U2, U3, R1, R2, R3)

1642

1643 j1(0) = U1(result)

1644 j1(1) = U2(result)

1645 j1(2) = U3(result)

1646

1647 ret = SapModel.Results.JointDispl(joint2, 0, _

1648 NumberResults, Obj, Elm, LoadCase, _

1649 StepType, StepNum, U1, U2, U3, R1, R2, R3)

1650

1651 j2(0) = U1(result)

1652 j2(1) = U2(result)

1653 j2(2) = U3(result)

1654

1655 d(0) = j1(0) - j2(0)

1656 d(1) = j1(1) - j2(1)

1657 d(2) = j1(2) - j2(2)

1658

1659 disp = (

1660 d(0) * d(0) +

1661 d(1) * d(1) +

1662 d(2) * d(2)) ^ 0.5

1663

1664

1665 End Sub

1666

1667

Função getLogFile

1668 Function getLogFile() As String

1669 getLogFile = logFile

1670 End Function

1671

Função getStartTime

1672

1673 Function getStartTime() As Double

1674 getStartTime = startTime

1675 End Function

1676

191

MÓDULO AUXILIAR

1677 Option Explicit

Função taskKill

1678 Function TaskKill(sTaskName)

1679 TaskKill = CreateObject("WScript.Shell"). _

1680 Run("taskkill /f /im " & sTaskName, 0, True)

1681 End Function

1682

Função txt

1683 Function txt() As String

1684 txt = "." & Format(Now, "yyyy.mm.dd.hh.nn.ss") & ".txt"

1685 End Function

1686

Função getFile

1687

1688 Function getFile(ByVal extension As String)

1689 '***************************************************************

**

1690 'Função desenvolvida a partir de código disponível no seguinte

1691 'link:

1692 'https://bytes.com/topic/access/answers/883193-use-button-open-

file-dialog-box-import-excel-spreadsheet

1693

1694 'Declare a variable as a FileDialog object.

1695 Dim fd As FileDialog

1696

1697 'Set the starting look location

1698 Dim strComPath As String

1699 strComPath = Application.ActiveWorkbook.path

1700

1701 Dim strFilePath As String

1702 'Create a FileDialog object as a File Picker dialog box.

1703 Set fd = Application.FileDialog(msoFileDialogFilePicker)

1704

1705 'Declare a variable to contain the path

1706 'of each selected item. Even though the path is a String,

1707 'the variable must be a Variant because For Each...Next

1708 'routines only work with Variants and Objects.

1709 'Dim vrtSelectedItem As Variant

1710

1711 'Use a With...End With block to reference the FileDialog object.

1712 With fd

1713 .InitialFileName = strComPath

1714 .AllowMultiSelect = False

1715 .Filters.Clear

1716 'Add filter to only show sdb files.

1717 .Filters.Add extension & " files", "*." & extension, 1

1718 'Use the Show method to display the File Picker dialog

192

1719 'box and return the user's action.

1720 'The user pressed the action button.

1721 If .Show = -1 Then

1722

1723 strFilePath = .SelectedItems(1)

1724

1725 Else

1726

1727 Exit Function

1728

1729 End If

1730

1731 End With

1732

1733 getFile = strFilePath

1734

1735 Set fd = Nothing

1736

1737 End Function

1738

Função getFolder

1739

1740 Function getFolder(ByVal strComPath As String)

1741

1742 '***************************************************************

**

1743 'Função desenvolvida a partir de código disponível no seguinte

link:

1744 'https://bytes.com/topic/access/answers/883193-use-button-open-

file-dialog-box-import-excel-spreadsheet

1745

1746 'Lets get the file name

1747 'Declare a variable as a FileDialog object.

1748 Dim fd As FileDialog

1749

1750 Dim strFolderPath As String

1751 'Create a FileDialog object as a File Picker dialog box.

1752 Set fd = Application.FileDialog(msoFileDialogFolderPicker)

1753

1754 'Use a With...End With block to reference the FileDialog object.

1755 With fd

1756 .InitialFileName = strComPath

1757 .AllowMultiSelect = False

1758 .Filters.Clear

1759 'Use the Show method to display the File Picker dialog box and

1760 'return the user's action.

1761 'The user pressed the action button.

1762 If .Show = -1 Then

1763

1764 strFolderPath = .SelectedItems(1)

1765

1766 Else

1767

1768 Exit Function

1769

1770 End If

1771 End With

1772

193

1773 getFolder = strFolderPath & "\"

1774

1775 Set fd = Nothing

1776

1777 End Function

1778

Sub-rotina writeLog

1779

1780 Sub writeLog(ByVal text As String)

1781 Dim HoursElapsed As Long

1782 Dim MinutesElapsed As Long

1783 Dim SecondsElapsed As Double

1784

1785 Dim logFile As String

1786 Dim startTime As Double

1787 logFile = getLogFile()

1788 startTime = getStartTime()

1789

1790 SecondsElapsed = Timer - startTime

1791 If SecondsElapsed < 0 Then _

1792 SecondsElapsed = SecondsElapsed + 86400

1793

1794 HoursElapsed = Fix(SecondsElapsed / 3600)

1795 SecondsElapsed = SecondsElapsed - HoursElapsed * 3600

1796 MinutesElapsed = Fix(SecondsElapsed / 60)

1797 SecondsElapsed = Round(SecondsElapsed-MinutesElapsed*60, 2)

1798 Print #1, Format(text, "!" & String(40, "@")) & _

1799 " --> at t0 + " & Format(HoursElapsed, "00") & _

1800 ":" & Format(MinutesElapsed, "00") & _

1801 ":" & Format(SecondsElapsed, "00.00")

1802 Close 1

1803 Open logFile For Append As 1

1804 End Sub

1805

Sub-rotina logTi

1806

1807 Sub logTi(ByRef startTime As Double)

1808 Dim logFile As String

1809 logFile = getLogFile()

1810

1811 Open logFile For Output As 1

1812 startTime = Now

1813 Print #1, "t0 = " & Format(startTime, "yyyy/mm/dd,_

1814 hh:nn:ss")

1815 startTime = Timer

1816 Close 1

1817 Open logFile For Append As 1

1818

1819 End Sub

1820

194

Sub-rotina logTf

1821

1822 Sub logTf()

1823 Dim startTime As Double

1824

1825 startTime = Now

1826 Print #1, "tf = " & Format(startTime, "yyyy/mm/dd, hh:nn:ss")

1827 Close 1

1828 End Sub

1829

Função Sci

1830

1831 Function Sci(n As Variant) As Variant

1832 Sci = Format(n, "#0.00000E+00")

1833 End Function

195

EVENT HANDLERS

Pasta de Trabalho

1 Private Sub Workbook_Open()

2 'Sub-rotina chamada ao abrir o arquivo xlsm.

3

4 Worksheets("panel").CommandButton1.Enabled = True

5 Worksheets("panel").CommandButton2.Enabled = True

6 Worksheets("panel").CommandButton3.Enabled = False

7 Worksheets("panel").CommandButton4.Enabled = False

8 Worksheets("panel").CommandButton5.Enabled = False

9 Worksheets("panel").CommandButton6.Enabled = False

10 Worksheets("panel").CommandButton7.Enabled = False

11 Worksheets("panel").CommandButton8.Enabled = False

12

13 Worksheets("panel").CheckBox1.Enabled = True

14

15

16 If Dir(Worksheets("panel").TextBox1.text) = "" Then

17 Worksheets("panel").CheckBox1.Value = False

18 End If

19

20 If Not Worksheets("panel").CheckBox1.Value Then

21 Worksheets("panel").TextBox1.text = ""

22 End If

23

24 If (Dir(Worksheets("panel").TextBox2.text) = "") _

25 Or (Worksheets("panel").TextBox2.text = "") Then

26 Worksheets("panel").TextBox2.text = _

27 Application.ActiveWorkbook.path & "\"

28 End If

29 End Sub

Planilha “panel”

30 Private Sub CommandButton1_Click()

31 'Sub-Rotina chamada ao clicar no botão "Abrir Arquivo sdb".

32 Dim FileName As String

33 FileName = TextBox1.text

34 If (Not CheckBox1.Value) Or (FileName = "") Then

35 FileName = getFile("sdb")

36 If FileName = "" Then Exit Sub

37 End If

38 Call openSDB(FileName)

39 If FileName <> "" Then

40 Worksheets("panel").CheckBox1.Value = True

41 TextBox1.text = FileName

42 CommandButton1.Enabled = False

43 CommandButton2.Enabled = False

44 CommandButton3.Enabled = True

45 CommandButton4.Enabled = True

46 CommandButton5.Enabled = True

47 CommandButton6.Enabled = True

48 CommandButton7.Enabled = True

49 CommandButton8.Enabled = True

50 End If

196

51

52 End Sub

53

54 Private Sub CommandButton2_Click()

55 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão "Pasta de Saída".

56 Dim path As String

57

58 path = getFolder(TextBox2.text)

59 If path <> "" Then

60 TextBox2.text = path

61 End If

62 End Sub

63

64 Private Sub CommandButton3_Click()

65 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão "Fechar SAP2000".

66

67 CommandButton1.Enabled = True

68 CommandButton2.Enabled = True

69 CommandButton3.Enabled = False

70 CommandButton4.Enabled = False

71 CommandButton5.Enabled = False

72 CommandButton6.Enabled = False

73 CommandButton7.Enabled = False

74 CommandButton8.Enabled = False

75 Call closeSDB

76

77 End Sub

78

79 Private Sub CommandButton4_Click()

80 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão "Matriz de Influência".

81 Call getInfluenceMatrix

82 End Sub

83

84 Private Sub CommandButton5_Click()

85 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão "SF das Forças Finais".

86 Call getPreStretchFactors

87 End Sub

88

89 Private Sub CommandButton6_Click()

90 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão "Desmontagem".

91 Call disassemblyAnalysis

92 End Sub

93

94 Private Sub CommandButton7_Click()

95 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão "Montagem".

96 Call assemblyAnalysis

97 End Sub

98

99 Private Sub CommandButton8_Click()

100 'Sub-Rotina chamada ao clicar o botão

101 '"Análise de Fases Construtivas".

102 Call main

103 End Sub