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ESTUDO DE CASO PARA COMPARATIVO ENTRE USO DE ARGAMASSA PRODUZIDA EM OBRA E ARGAMASSA ENSACADA Daniel Giacometti Nunes Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadora: Ana Catarina Jorge Evangelista Rio de Janeiro Agosto de 2014

estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

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Page 1: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

ESTUDO DE CASO PARA COMPARATIVO ENTRE USO DE ARGAMASSA

PRODUZIDA EM OBRA E ARGAMASSA ENSACADA

Daniel Giacometti Nunes

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro.

Orientadora: Ana Catarina Jorge Evangelista

Rio de Janeiro

Agosto de 2014

Page 2: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa
Page 3: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

ii

ESTUDO DE CASO PARA COMPARATIVO ENTRE USO DE ARGAMASSA

PRODUZIDA EM OBRA E ARGAMASSA ENSACADA

Daniel Giacometti Nunes

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

Prof.ª Ana Catarina Jorge Evangelista

Prof.ª Isabeth da Silva Mello

Prof. Jorge dos Santos

Prof. Wilson Wanderley da Silva

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

AGOSTO DE 2014

Page 4: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

iii

Nunes, Daniel Giacometti

Estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

produzida na obra e argamassa ensacada/ Daniel Giacometti

Nunes. - Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2014.

XIV, 77p.: il; 29,7 cm.

Orientadora: Ana Catarina Jorge Evangelista

Projeto de Graduação - UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de

Engenharia Civil, 2014.

Referências Bibliográficas: p. 76-77.

1. Argamassa. 2. Produção. 3. Logística. 4.Consumo.

5. Custo. I. Evangelista, Ana Catarina Jorge. II. Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de

Engenharia Civil. III. Estudo de caso para comparativo entre

uso de argamassa produzida na obra e argamassa

industrializada.

Page 5: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

iv

AGRADECIMENTOS

Família, amigos, professores, faço questão de dividir com todos vocês essa

conquista que hoje se realiza. Cada um de vocês esteve ao meu lado em algum momento

fundamental para a conclusão desse desafio. Sozinho, eu não faria essa vitória ter o

mesmo valor e o significado extraordinário que vocês ajudaram a fazê-la ter.

Compartilho essa vitória com vocês, professores e funcionários da Escola

Politécnica, que com muito trabalho e muita competência, me deram todas as condições

para seguir meu percurso e alcançar minhas metas. Obrigado pelas lições e pelos

conhecimentos que me concederam e ajudaram a me tornar o profissional que serei a

partir de hoje.

Compartilho essa vitória com vocês, amigos, cujos caminhos cruzaram o meu à

procura do mesmo objetivo; com quem dividi as dificuldades e os êxitos; que me

ajudaram quando precisei e a quem ajudei quando foi necessário; que me acompanham

até hoje ou foram seguir outras direções. Todos vocês fazem parte dessa etapa e a

tornaram mais prazerosa. Todos os nomes não cabem nesse trabalho, mas cada um tem

um lugar especial na minha história.

Compartilho essa vitória com vocês, avós, tios, primos e meu querido irmão, que

fazem parte da minha vida desde seu início e estiveram presentes em todos os

momentos que me levaram até aqui.

Compartilho essa vitória especialmente com vocês, meus amados pais, que me

presentearam com a vida e a encheram de amor e dedicação. Obrigado por terem aberto

as portas do meu futuro; por terem me incentivado a seguir quando encontrei obstáculos

pelo caminho; por participarem e estarem presentes em todos os dias da minha vida.

Foi o amor e a convivência de vocês que me fizeram mais forte por todos os dias dessa

jornada e tornaram possível que ela hoje se complete.

Compartilho essa vitória com vocês porque vocês compartilharam comigo cada

dia desse sonho. Muito obrigado a todos que fizeram parte desse ciclo que agora se

encerra e abre caminhos para novos desafios.

Page 6: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

v

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa produzida na obra e argamassa

ensacada

Daniel Giacometti Nunes

Agosto/2014

Orientadora: Ana Catarina Jorge Evangelista

Curso: Engenharia Civil

A construção civil envolve uma grande quantidade de processos até a conclusão do

produto final. Cada subsistema compreende uma ampla diversidade de soluções que

podem ser adotadas. Cabe ao engenheiro a decisão, planejamento e implantação do

método mais adequado à sua obra. Essa escolha engloba análises como custo, prazo,

parâmetros técnicos, condições logísticas, etc.

No caso dos revestimentos, uma importante definição se refere à forma de produção da

argamassa, entre métodos mais tradicionais, como a produção na obra, e soluções

industrializadas, como o fornecimento em sacos. Esse trabalho foi desenvolvido de

forma a estabelecer um comparativo entre essas duas soluções. Essa análise foi possível

através da apreciação dessas duas soluções numa mesma obra, que adotou métodos

diferentes para locais distintos.

Esse estudo de caso considerou aspectos qualitativos, além de análise de consumo dos

materiais e custo das duas soluções. A argamassa industrializada apresentou resultados

mais favoráveis à logística do canteiro de obras, por evitar que diversas etapas fossem

realizadas dentro dele. Já a análise de custo mostrou que o processo tradicional tem

menor custo para os materiais, mas um elevado custo de mão de obra de apoio, havendo

pouca variação entre os custos finais dos dois processos.

Palavras-chave: Argamassa, Produção, Logística, Consumo, Custo.

Page 7: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

vi

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Civil Engineer.

Case study for comparing the use of mortar produced on site and bagged mortar

Daniel Giacometti Nunes

August/2014

Advisor: Ana Catarina Jorge Evangelista

Course: Civil Engineering

Building involves a lot of processes to completing of the end product. Each subsystem

comprises a wide range of solutions that can be chosen. The decision is up to the

engineer, as well as the planning and the implementation of the most appropriate

method to the project. This choice includes analyzes such as cost, time, technical

parameters, logistics conditions, etc.

In the case of coatings, an important definition refers to the way of production of mortar

between traditional methods (such as mortar produced on site) and industrial solutions

(such as bagged mortar). This work was developed to establish a comparison between

these two solutions. This analysis was achieved through observation of these two

solutions in the same project, which allowed different methods for different places.

This case study considered qualitative aspects, in addition to analysis of material

consumption and cost of the two solutions. Bagged mortar presented more favorable

results to the logistics of the construction site because many steps are not performed on

it. On the other hand, cost analysis showed that traditional process has lower cost for

materials, but a high cost of labor. So, there is little variation between the final costs of

the two processes.

Keywords: Mortar, Production, Logistics, Consumption, Cost.

Page 8: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

vii

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1

1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................. 1

1.2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 2

1.3. METODOLOGIA .................................................................................................. 2

1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA ..................................................................... 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 4

2.1. SELEÇÃO DA ARGAMASSA ............................................................................. 4

2.2. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ........................... 14

2.3. PROJETO ............................................................................................................ 19

2.4. PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA .................................................................... 22

2.5. PRODUÇÃO ....................................................................................................... 27

2.6. CONTROLE E INSPEÇÃO ................................................................................ 28

3. ESTUDO DE CASO - A OBRA E AS DIFERENTES FORMAS DE PRODUÇÃO DE ARGAMASSA ......................................................................................................... 30

3.1. DESCRIÇÃO ....................................................................................................... 30

3.2. CONTRATAÇÃO, RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO ....................... 32

3.3. PROJETO E DOSAGEM .................................................................................... 39

3.4. PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA .................................................................... 43

3.5. CONTROLES ...................................................................................................... 51

3.6. CUSTO ................................................................................................................ 55

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 62

4.1. AVALIAÇÕES .................................................................................................... 62

4.2. CONCLUSÕES ................................................................................................... 74

4.3. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ............................................... 75

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS ....................................................................... 76

Page 9: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Vedação e revestimentos internos dos blocos: (a) unidades comerciais com

vedação interna em dry-wall e sem revestimentos; (b) unidades residenciais com

vedação interna em alvenaria e revestimentos em argamassa ........................................28

Figura 2 - Vedação e revestimentos externos dos blocos comerciais e residenciais: (a)

blocos comerciais com predomínio de esquadrias de alumínio e vidro; (b) blocos

residenciais totalmente em alvenaria e argamassa .........................................................29

Figura 3 - Armazenamento dos sacos de cimento, isolados e empilhados sobre estrados

de madeira .......................................................................................................................31

Figura 4 - Armazenamento da areia, em baias em local coberto ...................................31

Figura 5 - Amostras das areias aprovadas para conferência durante o recebimento .....32

Figura 6 - Procedimento de dosagem e preparação das medidas de areia, em sacos: (a)

colocação da areia no dosador; (b) passagem da areia do dosador para o saco ..............34

Figura 7 - Central de produção de argamassa com misturador: (a) visão geral da central

montada no pavimento; (b) equipamento utilizado para mistura ...................................35

Figura 8 - Central de produção de argamassa com betoneira: (a) central montada no

pavimento; (b) central montada no térreo .......................................................................36

Figura 9 - Equipamentos de transporte vertical: (a) grua; (b) elevador de obra.............37

Figura 10 - Andaimes utilizados: (a) andaime suspenso; (b) andaime fachadeiro ........37

Figura 11 - Painéis protótipos com as argamassas aprovadas: (a) chapiscos aprovados

pela engenharia e pelo projetista; (b) execução da amostra da argamassa para contrapiso

para aprovação da engenharia e do projetista ................................................................38

Figura 12 - Imagens dos blocos residenciais durante a etapa de execução de alvenaria

das unidades e fundação e estrutura do térreo ...............................................................41

Page 10: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

ix

Figura 13 - Layout do canteiro de obras, destacando a logística para transporte dos

insumos para produção de argamassa, durante a etapa de execução de alvenaria das

unidades e fundação e estrutura do térreo ......................................................................42

Figura 14 - Armazenamento e transporte dos insumos, na etapa de alvenaria: (a) Baia

de areia e equipamentos para dosagem em local coberto no subsolo; (b) Plataforma de

descarga da grua, pela qual eram descarregados os insumos transportados pela grua ...43

Figura 15 - Central de produção de argamassa no pavimento na etapa de alvenaria: (a)

armazenamento dos insumos em local próximo à plataforma de descarga; (b)

equipamento de mistura ..................................................................................................43

Figura 16 - Painel colocado nas centrais de produção de argamassa: (a) Operador ao

lado do painel; (b) Painel explicativo com as dosagens das argamassas ........................44

Figura 17 - Layout do canteiro de obras, destacando a logística para transporte dos

insumos para produção de argamassa, durante a etapa de execução de revestimentos das

unidades, com fundação e estrutura do térreo concluídas ..............................................45

Figura 18 - Armazenamento da areia, na etapa de revestimentos: (a) furos na laje do

térreo, por onde era descarregada a areia para o subsolo; (b) armazenamento da areia no

subsolo, após a descarga .................................................................................................45

Figura 19 - Central de produção de argamassa no pavimento na etapa de revestimentos

internos: (a) armazenamento dos insumos em local próximo ao elevador de obra; (b)

equipamento de mistura na central .................................................................................46

Figura 20 - Central de produção de argamassa para contrapiso no pavimento .............47

Figura 21 - Produção e transporte de argamassa na etapa de revestimento externo: (a)

central de produção de argamassa montada no telhado; (b) transporte da argamassa até o

balancim através de funis e mangueiras .........................................................................48

Figura 22 - Transporte da argamassa produzida até o balancim, através de funis e

mangueiras: (a) argamassa chegando ao balancim pela mangueira; (b) colaborador

transportando a argamassa pelo funil .............................................................................48

Page 11: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

x

Figura 23 - Central de produção de argamassa na etapa de revestimento externo do

térreo: (a) equipamento de mistura no térreo; (b) aplicação da argamassa em andaime

fachadeiro .......................................................................................................................49

Figura 24 - Ocorrências de trincas e fissuras: (a) revestimento interno com argamassa

produzida na obra; (b) revestimento externo com argamassa industrializada ................63

Figura 25 - Execução de contrapiso com argamassa produzida na obra........................64

Page 12: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

xi

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Materiais utilizados em cada processo de produção da argamassa ..............30

Tabela 2 - Equipamentos utilizados em cada processo de produção de argamassa ......33

Tabela 3 - Quantidade de material utilizado para produção da argamassa na obra .......50

Tabela 4 - Quantidade de material utilizado para argamassa industrializada ................50

Tabela 5 - Índices de consumo de argamassa produzida na obra ..................................51

Tabela 6 - Resumo comparativo com os índices de consumo de cada insumo medido na

obra para cada serviço ....................................................................................................52

Tabela 7 - Quantidade de material utilizado para argamassa industrializada ................52

Tabela 8 - Percentual de incidência do custo dos serventes para ensacamento de areia

no bloco 1, por mês .........................................................................................................55

Tabela 9 - Percentual de incidência do custo dos serventes para ensacamento de areia

no bloco 2, por mês .........................................................................................................55

Tabela 10 - Histograma para equipe de produção de argamassa, no bloco 1 ................56

Tabela 11 - Histograma para equipe de produção de argamassa, no bloco 2 ................56

Tabela 12 - Estudo preliminar de custo da argamassa produzida na obra .....................58

Tabela 13 - Estudo preliminar de custo da argamassa industrializada ..........................58

Tabela 14 - Orçamento final da argamassa produzida na obra ......................................59

Tabela 15 - Orçamento final da argamassa industrializada ...........................................59

Tabela 16 - Resumo comparativo dos custos de cada serviço no estudo preliminar .....60

Page 13: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

xii

Tabela 17 - Resumo comparativo dos custos de cada serviço no orçamento final ........60

Tabela 18 - Acréscimos de valor para mistura mecanizada da argamassa

industrializada..................................................................................................................61

Tabela 19 - Resumo comparativo dos custos de cada serviço, considerando mistura

mecanizada para a argamassa industrializada ................................................................62

Page 14: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

xiii

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABCP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

AI - ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA

APO - ARGAMASSA PRODUZIDA EM OBRA

AS - ASSENTAMENTO

ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS (SOCIEDADE AMERICANA DE TESTES E MATERIAIS)

BS - BRITISH STANDARDS (NORMAS BRITÂNICAS)

CE - CHAPISCO EXTERNO

CHI - CAL HIDRATADA TIPO I

CI - CHAPISCO INTERNO

CP - CONTRAPISO

CPII E32 - CIMENTO PORTLAND COMPOSTO COM ADIÇÃO DE ESCÓRIA (CLASSE DE RESISTÊNCIA 32 MPa)

fck - RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA DO CONCRETO À COMPRESSÃO

NBR - NORMA BRASLEIRA

PVA - ACETATO DE POLIVINILA

PVC - POLICLORETO DE VINILA

RE - REVESTIMENTO EXTERNO

RI - REVESTIMENTO INTERNO

SCO - SISTEMA DE CUSTO DE OBRAS

SINTRACONST-RIO - SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

TCPO - TABELAS DE COMPOSIÇÕES DE PREÇOS PARA ORÇAMENTOS

Page 15: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

xiv

LISTA DE SÍMBOLOS E UNIDADES

% - PORCENTAGEM

cm - CENTÍMETRO

g - GRAMA

h - HORA

H - HOMEM

kg - QUILOGRAMA

l - LITRO

m² - METRO QUADRADO

m³ - METRO CÚBICO

mm - MILÍMETRO

MPa - MEGAPASCAL

R$ - REAIS

sc - SACO

un. - UNIDADE

Page 16: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

1

1. INTRODUÇÃO

1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A industrialização dos processos envolvidos na construção civil é cada vez mais

frequente e notória aos olhos de quem convive no ambiente de obras. A expectativa por

maior rapidez nos resultados e a dificuldade apresentada pela logística de muitos

canteiros faz com que muitas construtoras optem por soluções que façam com que os

materiais utilizados na obra sofram seus processos de fabricação fora do canteiro de

obras, chegando lá apenas para a realização das etapas que devem ser feitas

indispensavelmente dentro do canteiro. No entanto, também é bastante comum ver

construtoras e obras que ainda optam pelos processos mais tradicionais e baseados na

produção dentro do canteiro de obras.

Por que isso acontece, se há uma tendência em industrializar cada vez mais os

processos e levá-los para fora da obra, diminuindo assim as dificuldades apresentadas

pelo canteiro? Enquanto muitos interpretam a adoção de processos tradicionais como

“retrocesso”, outros veem como uma boa solução para diversos problemas enfrentados

pelas construtoras, como redução de custos (que poderiam vir provenientes da aquisição

de produtos industrializados); busca por características do produto que atendam aos

requisitos; necessidade de maior controle da qualidade do produto final por parte da

construtora; entre outros.

Para os processos passíveis da industrialização, é necessário analisar todos os

aspectos antes de definir se a produção na obra é ou não uma boa solução para aquele

serviço. Alguns processos de produção na obra podem mostrar desvantagens como

desperdício, perdas, etc. e vantagens como maior controle de qualidade. Podem também

apresentar diferenças significativas no custo, podendo haver aumento ou redução.

Esses casos mostram, portanto, que cada serviço possui suas particularidades e,

sendo assim, seus processos de produção na obra e de industrialização também terão

diferenças; logo, não é bom generalizar que a produção no canteiro é necessariamente

uma solução boa ou ruim. É necessário que se façam estudos que mostrem qual das

duas soluções é a mais adequada ou se ambas apresentam bons resultados, ficando a

critério da construtora qual será adotado.

Page 17: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

2

Este trabalho terá o enfoque no uso de argamassa, analisando diferentes formas

de produção adotadas no canteiro de obras, com base na bibliografia consultada, no

acompanhamento dos processos na obra e observação dos resultados.

1.2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivos:

• Analisar os aspectos referentes ao uso de argamassa conforme descrito nas

referências bibliográficas, com ênfase na análise das formas de produção da

argamassa e suas diferenças em relação a custo, planejamento e logística na

obra;

• Estabelecer um comparativo entre as duas formas de produção adotadas pela

obra do estudo de caso, e entre os aspectos observados na obra e os

analisados na revisão bibliográfica.

1.3. METODOLOGIA

Este trabalho compreende duas etapas: a primeira contém as considerações

iniciais, objetivos, metodologia, estrutura da monografia e a revisão bibliográfica; a

segunda apresenta o estudo de caso e se encerra com as considerações finais.

O estudo de caso foi elaborado compreendendo as seguintes passos:

• Descrição da obra que abrange o estudo de caso;

• Análise qualitativa e ponderações quanto aos aspectos comuns a ambos os

processos observados, como: planejamento; contratações; características dos

materiais e equipamentos; formas de recebimento, armazenamento e

transporte; e gerenciamento dos processos na obra.

• Resultados dos controles realizados na obra e comparativo com valores

previstos nas consultas:

Page 18: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

3

� quantidades de material e de serviço por local de aplicação, função de

revestimento e tipo de produção;

� índices de consumo por local de aplicação, função no revestimento e

tipo de produção;

� análise comparativa de custo através dos índices calculados, preços

praticados e considerações estabelecidas.

1.4. ESTRUTURA DA MONOGRAFIA

Este trabalho é composto por quatro capítulos.

O capítulo 1 compreende a introdução, em que são descritas as circunstâncias do

tema no cenário da construção civil e são apresentados os objetivos e a metodologia

utilizada.

O capítulo 2 expõe a revisão bibliográfica, que mostra referências encontradas

em pesquisas, manuais e normas técnicas , sobre todas as etapas e aspectos do tema

abordado.

O capítulo 3 contém o estudo de caso, em que são descritas as características da

obra em que foi realizado o estudo e mostradas as diferenças observadas entre os dois

sistemas apresentados, através de aspectos como planejamento, condições de canteiro,

custo, materiais e equipamentos.

O capítulo 4 mostra as considerações finais do estudo de caso, estabelecendo as

comparações entre os dois sistemas estudados e entre os aspectos observados na obra e

os estudados na revisão bibliográfica. Aponta, ainda, sugestões para trabalhos futuros.

Page 19: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

4

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. SELEÇÃO DA ARGAMASSA

CEOTTO et al. (2005) recomendam que a escolha da argamassa utilizada deve

ser feita na fase de projeto. Essa decisão deve considerar todos os fatores que irão

interferir em todo o processo de revestimentos, desde o planejamento, contratação, até a

aplicação e utilização do revestimento.

2.1.1. Tipo de argamassa

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) define a argamassa como um

material de construção constituído por uma mistura homogênea de um ou mais

aglomerantes (cimento ou cal), agregado miúdo (areia) e água, podendo ainda ser

adicionados aditivos ou adições para melhorar ou conferir propriedades ao conjunto.

2.1.1.1. Classificação quanto à quantidade de aglomerantes

A NBR 13529 (ABNT, 2013) classifica as argamassas quanto à natureza e à

quantidade de aglomerantes:

• Argamassa de cal: argamassa preparada com cal, como único

aglomerante;

• Argamassa de cimento: argamassa preparada com cimento, como único

aglomerante;

• Argamassa mista: argamassa preparada com mais de um aglomerante;

• Argamassa de cimento e cal: argamassa mista preparada com cimento e

cal como aglomerantes.

Page 20: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

5

2.1.1.2. Classificação quanto à função

A NBR 13529 (ABNT, 2013) classifica as funções da camada de revestimento:

• Chapisco: camada de preparo da base para uniformizar a superfície

quanto à absorção e melhorar a aderência do revestimento;

• Emboço: camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a

base ou o chapisco, de forma a receber a próxima camada ou constituir-

se no revestimento final;

• Reboco: camada de revestimento executada para cobrir o emboço, de

forma a receber a próxima camada ou constituir-se no revestimento final;

• Acabamento decorativo: revestimento aplicado sobre o revestimento de

argamassa, podendo ser pintura, cerâmica, papel, etc.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) define também massa única (ou

emboço paulista):

• Massa única (emboço paulista): revestimento executado numa camada

única, cumprindo as funções de emboço e reboco;

A NBR 15575-3 (ABNT, 2013) define contrapiso:

• Camada de contrapiso: estrato com as funções de regularizar o substrato,

proporcionando uma superfície uniforme de apoio, coesa, aderida ou não

e adequada à camada de acabamento, podendo servir como camada de

embutimento, caimento ou declividade;

A NBR 8545 (ABNT, 1984) define argamassa de assentamento:

• Argamassa de assentamento: argamassa plástica e com consistência para

suportar o peso dos tijolos e mantê-los no alinhamento por ocasião do

assentamento;

Page 21: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

6

2.1.1.3. Classificação quanto a consistência e plasticidade

BARROS et al. (1991) classificam as argamassas quanto à quantidade de água:

• Argamassa plástica: argamassa com mesma consistência da argamassa de

revestimento, mas que tem seu uso restrito em contrapisos devido aos

equipamentos vibratórios de grandes dimensões (incompatíveis com os

ambientes onde o contrapiso é aplicado) usados no adensamento e à

elevada umidade que potencializa a fissuração;

• Argamassa seca (tipo "farofa"): apresenta composição e dosagem

semelhante à argamassa de revestimento, mas com menor quantidade de

água na mistura, permitindo a compactação manual e cura mais favorável

devida à baixa umidade;

2.1.1.4. Classificação quanto ao fornecimento ou preparo

A NBR 13529 (ABNT, 2013) classifica as argamassas quanto às condições de

fornecimento ou preparo:

• Argamassa dosada em central: argamassa simples ou mista, cujos

materiais são medidos em massa em central;

• Argamassa dosada em obra: argamassa simples ou mista, cujos materiais

são medidos em massa ou em volume na própria obra;

• Argamassa dosada industrializada: produto industrializado de dosagem

controlada, com aglomerante de origem mineral, agregado miúdo e

aditivos e adições, sendo adicionada pelo usuário apenas a quantidade de

água recomendada;

• Mistura semipronta para argamassa: mistura fornecida ensacada ou a

granel, sendo adicionado na obra aglomerantes, água e aditivos;

Page 22: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

7

2.1.2. Funções

Na escolha da argamassa, deve-se levar em conta que o revestimento cumpra

adequadamente suas funções. Segundo MACIEL et al. (1998), as funções do

revestimento em argamassa são: proteger os elementos de vedação de agentes

agressivos; auxiliar os elementos de vedação em suas funções, como isolamento térmico

e acústico e estanqueidade à água e aos gases; regularizar a superfície como base regular

para os próximos acabamentos; colaborar para a estética.

MACIEL et al. (1998) apontam ainda que não é função do revestimento corrigir

imperfeições geométricas grosseiras da base devidas a falhas na execução da estrutura e

das vedações, o que é uma pratica comum no ambiente da obra mas que pode gerar

espessuras maiores que as admissíveis e práticas não recomendadas, o que compromete

o cumprimento das reais funções do revestimento.

Como funções do contrapiso, BARROS et al. (1991) destacam: possibilitar

desníveis entre ambientes; proporcionar declividades para escoamento de água;

regularizar a base e ser suporte e fixação para revestimentos de piso; servir como

barreira estanque ou impermeável e isolante térmico e acústico.

A NBR 8545 (1984) aponta como funções da argamassa de assentamento: ter

consistência para suportar o peso dos tijolos e mantê-los no alinhamento na ocasião do

assentamento. MARTINELLI et al. (1991) destacam outras funções: unir os elementos

de alvenaria e unir as juntas.

2.1.3. Propriedades

Devem ser consideradas as principais propriedades para seleção do tipo e da

composição da argamassa.

2.1.3.1. Propriedades do revestimento em argamassa no estado fresco

Segundo MACIEL et al. (1998), as principais propriedades do revestimento em

argamassa no estado fresco são as seguintes:

Page 23: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

8

• Massa específica: é a razão entre a massa de argamassa e o volume por ela

ocupado; pode ser absoluta (não considera os vazios no volume de

argamassa) ou relativa (os vazios são considerados). Uma argamassa com

maior teor de ar tem maior volume de vazios e, portanto, maior massa

específica relativa, o que pode melhorar a trabalhabilidade, mas prejudicar

resistência e aderência. É uma grandeza fundamental para a conversão do

traço em massa para o traço em volume, utilizados na dosagem das

argamassas produzidas em obra.

• Trabalhabilidade: é uma avaliação qualitativa que permite considerar como

trabalhável a argamassa que: permite penetrar a ferramenta facilmente sem

ser fluida; permanece coesa (sem segregação) durante o transporte sem aderir

à ferramenta; preenche todas as cavidades da base e se espalha com

facilidade; não endurece rapidamente após a aplicação.

• Retenção de água: é a capacidade de a argamassa reter água de amassamento,

para não perdê-la rapidamente por sucção da base ou por evaporação, fazendo

as reações de endurecimento da argamassa e hidratação do cimento ocorrerem

de forma gradativa e adequada e promovendo ganho de resistência.

• Aderência inicial: é a ancoragem da argamassa através da entrada e

endurecimento da pasta pelas cavidades da base (que deve estar limpa e com

rugosidade adequada) e posterior compressão para ter maior contato com a

base.

• Retração na secagem: ocorre durante a secagem da argamassa devido à

evaporação da água de amassamento e às reações químicas dos aglomerantes,

o que pode ocasionar fissuras, que podem ser prejudiciais (que permitem

percolação de água no estado endurecido) ou não prejudiciais. As fissuras

prejudiciais ocorrem com mais frequência: nas argamassas “fortes” (com alto

teor de cimento), devido às altas tensões; argamassas com espessuras

superiores a 2,5 cm; e argamassas cujo sarrafeamento e desempeno foram

realizados antes do tempo para atingir a umidade adequada a essas operações.

Page 24: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

9

2.1.3.2. Propriedades do revestimento em argamassa no estado endurecido

• Aderência: propriedade da argamassa de manter-se fixa ao substrato, através

da resistência às tensões normais e tangenciais na interface base-

revestimento, sendo resultante das resistências de aderência à tração e ao

cisalhamento e da extensão de aderência.

• Capacidade de absorver deformações: propriedade da argamassa de sofrer

deformações sem ruptura ou através de fissuras não prejudiciais, para aliviar

as tensões devidas às deformações na base, devido a alterações de umidade e

temperatura. Interferem nessa propriedade: módulo de deformação (menor

teor de cimento implica em menor módulo de deformação e maior capacidade

de absorver deformações); espessura das camadas (espessuras maiores

permitem maior capacidade de absorver deformações, mas comprometem a

aderência); quantidade de juntas de trabalho (mais juntas resultam em maior

quantidade de panos, cujas dimensões passam a ser menores e compatíveis

com as deformações); técnica de execução (compressão após a aplicação e

durante o acabamento superficial).

• Resistência mecânica: propriedade do revestimento de resistir a ações

mecânicas como abrasão superficial, impacto e contração termoigroscópica,

em função da compactação da argamassa após a aplicação e durante o

acabamento, e da dosagem dos componentes da argamassa, tendo maior

resistência argamassas com menor proporção de agregado e menor fator

água/cimento.

• Permeabilidade: relacionada a percolação de água pelo revestimento, que

deve ser estanque a água no estado líquido, não podendo apresentar fissuras

que facilitem seu caminho até a base; no entanto, é recomendável que seja

permeável ao vapor para auxiliar na secagem de umidade.

• Durabilidade: propriedade que reflete o desempenho do revestimento devido

às ações externas ao longo do tempo.

Page 25: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

10

2.1.3.3. Propriedades da argamassa para contrapiso no estado fresco

BARROS et al. (1991) apresentam as seguintes propriedades do contrapiso:

• Condições superficiais: propriedade responsável pela aderência entre piso e

revestimento de piso.

• Trabalhabilidade: característica no estado fresco devida às relações entre

água, aglomerante e agregado, que deve permitir um grau de compactação

compatível com as exigências de uso do contrapiso.

2.1.3.4. Propriedades da argamassa para contrapiso no estado endurecido

• Aderência: capacidade das interfaces piso-contrapiso e contrapiso-base de

absorver deformações decorrentes das solicitações de uso.

• Resistência mecânica: capacidade de o contrapiso manter sua integridade

física perante a ações durante execução e utilização.

• Capacidade de absorver deformações: capacidade de o contrapiso se

deformar sem apresentar fissuras que comprometam seu desempenho.

• Compacidade: capacidade de o contrapiso resistir ao esmagamento, definida

pela razão entre volume de vazios e volume total.

• Durabilidade: propriedade decorrente das condições de exposição do

contrapiso e da compatibilidade entre contrapiso e piso.

2.1.3.5. Propriedades da argamassa de assentamento no estado fresco

O estudo de MARTINELLI et al. (1991) expôs sem maiores descrições as

propriedades das argamassas de assentamento:

• Trabalhabilidade;

• Retenção de água;

Page 26: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

11

• Resistência mecânica inicial.

2.1.3.6. Propriedades da argamassa de assentamento no estado endurecido

• Estanqueidade;

• Resistência mecânica final;

• Aderência;

• Estabilidade volumétrica;

• Capacidade de assimilar deformações.

2.1.4. Parâmetros técnicos

Na avaliação das argamassas, a recomendação de CEOTTO et al. (2005) é de

que sejam considerados os parâmetros especificados pelo projetista do revestimento,

indicados pelos intervalos aceitáveis de:

• resistência à compressão e à tração na flexão (NBR 13280);

• retenção de água (NBR 13277);

• módulo de elasticidade;

• resistência de aderência à tração (NBR 13528 e 13749);

• resistência de aderência à tração superficial.

Os ensaios que não forem normalizados devem ter seu método definido pelo

projetista.

2.1.5. Condições de canteiro

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) recomenda escolher a alternativa

de produção (industrializada ou produzida no canteiro) considerando as seguintes

considerações que intervirão na qualidade e produtividade dos serviços:

Page 27: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

12

• redução das áreas de estocagem de materiais (produção no canteiro necessita

grande área e baias para separar os insumos; industrializada necessita área

menor de estocagem);

• gestão do estoque de insumos (produção no canteiro necessita maior

monitoramento dos estoques por serem muitos insumos; industrializada tem

apenas um item controlado, facilitando o controle);

• local de produção (produção no canteiro deve considerar a logística de todo

o canteiro, pois a central abastece vários pontos; industrializada pode ser

feita próximo ao local de aplicação);

• desperdício de materiais (produção no canteiro potencializa maiores perdas

durante as etapas de produção);

• perdas no transporte (produção no canteiro potencializa perdas durante o

transporte, devido aos trajetos algumas vezes longos já que um ponto de

produção abastece várias frentes; industrializada pode ser feita próximo ao

local, mas podem haver perdas por danos nos sacos) ;

• mobilização dos meios de transporte (produção no canteiro utiliza com mais

frequência equipamentos como elevador, grua, etc. no horário de trabalho,

competindo com outros serviços da obra; industrializada pode ter os sacos

transportados fora do horário de pico);

• instalações e consumo de água e energia (produção no canteiro permite

instalação centralizada; industrializada precisa de instalações nos vários

pontos de aplicação);

• limitação de peso e altura (deve-se atentar às cargas admissíveis das lajes

onde ocorrem os estoques);

• manutenção de equipamentos;

Page 28: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

13

• disponibilidade de fornecedores (há muitos fornecedores de insumos em

ambos os processos; deve-se atentar para selecionar os fornecedores ideais

de areia);

• ajuste no traço (produção no canteiro possibilita ajuste no traço durante a

após a produção; industrializada tem traço padronizado);

• responsabilidade na dosagem (produção no canteiro tem como responsável a

construtora, enquanto industrializada responsabiliza o fabricante);

• domínio da tecnologia e treinamento (produção no canteiro costuma ter

dosagem de forma empírica e necessita investimento em treinamento para

boa produtividade);

• mão de obra e produtividade (produção de canteiro consome mais mão de

obra e vai contra a tendência de retirar do canteiro atividades que não

agregam valor direto ao produto final; industrializada requer menos mão de

obra e menos treinamento);

• planejamento (produção no canteiro exige maior planejamento de todas as

etapas, enquanto industrializada permite maior flexibilidade);

2.1.6. Custo

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) destaca o custo como um dos

parâmetros para decisão do tipo de argamassa a ser utilizada, determinando custo total

como a soma de vários fatores, inclusive custos indiretos e custos "ocultos", como

perdas, desperdícios, pouca produtividade, etc. e não somente os custos diretos da

atividade. O TCPO (PINI, 2010) define custo como todo gasto envolvido na produção:

todos os insumos (mão-de-obra, materiais e equipamentos) e toda a infraestrutura

necessária para a produção (canteiro, administração, mobilização e desmobilização).

As composições do TCPO (PINI, 2010) referentes a argamassa apresentam esses

serviços considerando dois aspectos diferentes: a composição convencional, com a mão

de obra utilizada para aplicação e a argamassa como material; e também as composições

detalhadas incluindo a produção de insumos, incluindo os custos chamados acima como

Page 29: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

14

"indiretos". Nos casos de produção de insumos, observa-se: maior consumo de mão-de-

obra de servente do que na composição convencional; a inclusão do custo de betoneira;

e o detalhamento dos insumos, considerando cimento e cal por kg e areia por m³. Na

composição convencional, o consumo de mão de obra de servente é menor, e a

argamassa já produzida é considerada o único material, por m³.

O estudo de SOUZA et al. (1997) destaca que os custos de equipamentos e mão

de obra que atendam a vários serviços que demandem argamassa devem ser divididos

quando esses serviços ocorrem simultaneamente. A incidência destas parcelas do custo

quanto ao valor total das argamassas deve ser avaliada em função do ritmo dos serviços

que as utilizam e se superponham.

2.2. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

2.2.1. Materiais

A NBR 11172 (ABNT, 1990) define os aglomerantes cimento e cal, e seus

principais tipos. O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) também define esses

materiais e destaca suas principais funções e utilizações, além de também destacar os

demais materiais constituintes da argamassa:

2.2.1.1. Cimento Portland

A NBR 11172 (ABNT, 1990) define o Cimento Portland como um aglomerante

hidráulico (endurecimento da pasta através de reação com água) artificial, obtido através

da moagem do clínquer Portland e pela adição de sulfato de cálcio, e mostra suas

principais variações.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) destaca que o cimento contribui

principalmente para a resistência mecânica; ajuda também na retenção de água e na

plasticidade devido à composição por finas partículas; e melhora a aderência à base mas

aumenta a retração quando em maior quantidade.

MACIEL et al. (1998) apontam os principais aspectos a analisar na escolha do

cimento: tipo de cimento; classe de resistência; disponibilidade e custo; comportamento

da argamassa com o cimento.

Page 30: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

15

2.2.1.2. Cal hidratada

A NBR 11172 (ABNT, 1990) define a cal como um aglomerante constituído por

óxido de cálcio ou óxido de cálcio em presença natural de óxido de magnésio; a cal

virgem é definida como a cal resultante de processos de calcinação, podendo reagir com

água; já a cal hidratada é descrita como a cal, sob a forma de pó seco, obtida pela

hidratação adequada da cal virgem, ficando constituída principalmente de hidróxido de

cálcio.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) aponta que argamassas de cal têm

a cal com a função principal de aglomerante e se destacam por boas trabalhabilidade e

capacidade de absorver deformações, mas têm reduzidas resistência mecânica e

aderência. Já nas argamassas mistas de cimento e cal, há retenção de água em volta das

partículas de cal devido à sua finura, o que favorece a hidratação do cimento, além de

melhorar outras propriedades da argamassa, como a trabalhabilidade e a capacidade de

absorver deformações.

MACIEL et al. (1998) apontam os principais aspectos a analisar na escolha da

cal: tipo de cal e suas características; forma de produção; massa unitária;

disponibilidade e custo; comportamento da argamassa com a cal.

2.2.1.3. Areia

A NBR 9935 (ABNT, 2011) apresenta a areia como o agregado miúdo,

originado através de processos naturais ou artificiais de desintegração de rochas, ou

proveniente de processos industriais.

CARNEIRO et al. (1999) definem a areia como a "fração inerte" da argamassa

(enquanto o cimento e a cal hidratada compõem a "fração ativa"), uma vez que não

participa das reações químicas de endurecimento. A composição granulométrica e

formato dos grãos interferem na trabalhabilidade e retenção de água (no estado fresco) e

na resistência mecânica, capacidade de deformação e permeabilidade (no estado

endurecido).

A NBR 9935 (ABNT, 2011) define composição granulométrica como a

distribuição percentual, em massa, das várias frações dimensionais do agregado.

Page 31: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

16

CARNEIRO et al. (1999) reforçam que areias de distribuição granulométrica contínua

reduzem o consumo de água sem perder trabalhabilidade; reduzem a permeabilidade,

uma vez que reduzem o volume de vazios entre os grãos; e aumentam a resistência

mecânica e o módulo de deformação.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) resume como variam as

propriedades da argamassa de acordo com as características da areia:

� areias mais finas melhoram trabalhabilidade, retenção de água e retração na

secagem da argamassa, mas pioram aderência e aumentam permeabilidade;

� areias de com maior teor de grãos angulosos compõem argamassas de

melhor retenção de água e aderência, mas de pior trabalhabilidade;

� areias de granulometria descontínua conferem maior retração na secagem e

porosidade, mas pioram trabalhabilidade, aderência e resistência mecânica e

aumentam permeabilidade.

MACIEL et al. (1998) realçam os principais aspectos a analisar na escolha da

areia: composição mineralógica e granulométrica; dimensões do agregado; forma e

rugosidade superficial dos grãos; massa unitária; inchamento; comportamento da

argamassa com a areia; manutenção das características da areia.

2.2.1.4. Água

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) define a água como o componente

que permite a reação dos demais, e sua quantidade deve atender ao traço estabelecido,

não devendo ser adicionada sem critério pelo profissional até obter trabalhabilidade. A

água deve ser preferencialmente potável, não podendo estar contaminada ou com

excesso de sais solúveis.

2.2.1.5. Aditivos

A NBR 13529 (ABNT, 2013) define aditivo como produto adicionado à

argamassa em pequena quantidade para melhorar uma ou mais propriedades nos estados

fresco ou endurecido.

Page 32: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

17

A NBR 13529 (ABNT, 2013) e o Manual de Revestimentos da ABCP (2002)

descrevem os principais tipos de aditivo utilizados em argamassa:

� redutor de água (plastificante): melhora a trabalhabilidade sem alterar a

quantidade de água;

� retentor de água: reduz a evaporação e exsudação de água da argamassa

fresca e confere capacidade de retenção de água em relação à sucção da

base;

� incorporador de ar: forma microbolhas de ar distribuídas na argamassa,

melhorando a trabalhabilidade;

� retardador de pega: retarda a hidratação do cimento, proporcionando maior

tempo de utilização

� aumentador de aderência: proporciona aderência química ao substrato;

� hidrofugante: reduz absorção de água por capilaridade

2.2.2. Equipamentos

2.2.2.1. Equipamentos de dosagem

A NBR 7200 (ABNT, 1998) aponta que os materiais devem ser medidos em

volume, utilizando recipientes de volume conhecido, evitando o uso de recipientes que

não assegurem o volume, como pás e latas. Deve-se usar régua para retirar o excesso

quando o recipiente estiver cheio, para assegurar a constância do volume medido.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) sugere como equipamento de

dosagem a padiola, um recipiente de plástico ou metal com dimensões definidas para

medir a quantidade de agregado e transportar até o local da mistura, devendo estar em

boas condições para evitar perdas.

SAURIN et al. (2006) propõem a substituição da padiola por carrinhos

dosadores, que necessitam de apenas um operário para operação, mas devem ter seu

Page 33: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

18

formato favorável à descarga no equipamento de mistura. Para isso, deve-se também

utilizar betoneira autocarregável ou rampas para descarga do material na betoneira.

2.2.2.2. Equipamentos de mistura

A NBR 7200 (ABNT, 1998) afirma que as argamassas devem ser misturadas por

processo mecanizado ou, em casos excepcionais, por processo manual.

A ABCP (2002) apresenta a betoneira como um misturador mecânico com

recipiente metálico giratório, podendo ter diferentes capacidades e eixo horizontal,

vertical e inclinado. Sugere também a argamassadeira: um misturador mecânico com

eixo horizontal e vertical, que mistura os materiais de forma mais eficiente, é leve,

possui rodas (facilitando o transporte), mas é indicado na literatura para argamassa em

sacos.

2.2.2.3. Equipamentos de transporte

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) atenta que as atividades de

transporte são necessárias à execução de revestimentos e possuem grande potencial de

racionalização e redução de custos. Portanto, devem ser definidos os equipamentos de

transporte horizontal e vertical dentro do canteiro, como carrinho de mão, jericas,

caçambas, além de elevadores, gruas, etc.

SAURIN et al. (2006) atentam para a importância de considerar a localização do

guincho em função do arranjo do posto de produção de argamassa, da betoneira e dos

estoques de materiais, evitando sua locação em locais que não permitam um layout

viável. Sugerem também que esteja próximo ao centro geométrico do pavimento tipo,

de forma a minimizar as distâncias percorridas pelo pavimento e o tempo gasto com

transporte de materiais.

2.2.2.4. Outros equipamentos

Devem ser previstos equipamentos e ferramentas para aplicação da argamassa,

como: colher de pedreiro; régua de alumínio para sarrafeamento; desempenadeiras;

espuma para camurçamento; cantoneiras de alumínio; réguas de canto; frisador de

juntas; soquete para compactação do contrapiso; etc. (ABCP, 2002).

Page 34: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

19

2.3. PROJETO

2.3.1. Projeto de revestimento interno e externo

A NBR 7200 (ABNT, 1998) aponta que o projeto para execução de revestimento

em argamassa deve especificar, pelo menos: os tipos de argamassa e respectivos

parâmetros para definição dos traços; número de camadas; espessura de cada camada;

acabamento superficial; e tipo de revestimento decorativo. Aponta também que as

etapas sejam definidas a partir das especificações do projeto e de verificações

preliminares.

CEOTTO et al. (2005) recomendam que o projeto de revestimentos deve

determinar materiais, geometria, juntas, reforços, pré-moldados e acabamentos; e conter

procedimento de execução e controle e diretrizes para manutenção da obra, de modo

que o desempenho do revestimento seja satisfatório ao longo do uso.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) destaca como outro importante

aspecto as interfaces com os projetos de arquitetura (detalhes construtivos,

posicionamento de peitoris, pingadeiras, etc.), estrutural (características do concreto

com fck, rugosidade e absorção), de instalações (tubulações embutidas na alvenaria),

impermeabilização (aderência com o substrato, espessura das camadas de regularização

e proteção) e esquadrias (características de fixação). O projeto de revestimentos deve

considerar todos os demais para a definição dos materiais utilizados ser a mais

adequada.

CEOTTO et al. (2005) destacam que o projeto de revestimento se diferencia dos

demais projetos porque alguns dados do projeto devem ser aferidos em determinado

momento da obra, como desaprumo da estrutura e da alvenaria, propriedades reais das

argamassas utilizadas, etc.

Dessa forma, deve ser desenvolvido o projeto inicial, com as especificações

básicas de desempenho dos materiais e, já nas condições da obra, deve ocorrer a

verificação dos parâmetros definidos do projeto, através de testes e ensaios em painéis

na obra, e das variações geométricas da alvenaria e da estrutura. Em seguida, deve haver

Page 35: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

20

definição dos produtos, mão de obra e equipamentos utilizados, e conclusão do projeto

com as informações recomendadas acima.

2.3.2. Projeto de contrapiso

BARROS et al. (1991) apontam, para o projeto de contrapiso, os principais

projetos que fazem interface: projeto de estrutura (características da base como

resistência e deformabilidade), arquitetura (características do revestimento de piso,

níveis de piso acabado, declividades de áreas molháveis), instalações (posicionamento e

dimensões de tomadas de piso e tubulações embutidas) e impermeabilização (dimensões

da área impermeabilizada e sistema utilizado).

Uma importante definição do projeto é a espessura do contrapiso, que deve levar

em conta todos os projetos já citados de forma a definir o nível das lajes através do nível

acabado do contrapiso e da espessura mínima do contrapiso e da camada de

impermeabilização, o que pode reduzir as espessuras usuais por menores, reduzindo

custo e melhorando a produtividade.

2.3.3. Dosagem

A NBR 7200 (ABNT, 1998) define traço como a expressão da proporção entre

constituintes da argamassa, referida ao aglomerante principal.Afirma ainda que o traço

deve ser definido pelo projetista ou pelo construtor, atendendo às especificações do

projeto e obedecendo às condições do serviço, como tipo de argamassa, número de

camadas, espessura das camadas, etc.

Segundo o Manual de Revestimentos de Fachada da COMUNIDADE DA

CONSTRUÇÃO (2006), ainda não há um único método reconhecido pelo meio técnico

nacional para dosagem da argamassa e tem-se adotado recomendações de

proporcionalidade em volume da ASTM e BS. Atenta ainda para a variação no consumo

dos materiais na argamassa produzida na obra, devido às diferenças para as massas

unitárias obtidas em laboratório e aos ajustes que são realizados na prática.

De acordo com QUARCIONI et al. (1998), o estudo do de traço da argamassas

deve avaliar a influência da variação dos teores de aglomerante e agregado na análise

química e estimar a influência da presença de cal hidratada. CARNEIRO et al. (1999)

Page 36: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

21

apontam a importância de considerar a granulometria da areia de forma a obter uma

argamassa trabalhável no estado fresco e que possua, no estado endurecido,

compacidade elevada, menor volume de vazios e capacidade de deformação.

No TCPO (PINI, 2010), as composições referentes a revestimentos consideram

os seguintes traços:

• argamassas de cimento e areia (chapisco): 1:3 e 1:4;

• argamassas de cimento e areia (paredes internas e externas): 1:3, 1:4 e 1:5;

• argamassas de cal e areia (paredes internas e externas): 1:2, 1:3 e 1:4,5;

• argamassas mistas de cimento, cal e areia (paredes internas): 1:2:8, 1:2:9 e

1:2:11;

• argamassas mistas de cimento, cal e areia (paredes externas): 1:2:6,5 e

1:2:6.

CARASEK (2007) lembra que a versão antiga da NBR 7200 (ABNT, 1982)

recomendava argamassas mistas com traço em volume de 1:2:9 a 1:2:11, mas a versão

atual não apresenta essas proposições.

Para contrapisos, o estudo de GODOY et al. (2000) utilizava os traços em

volume 1:3 (por ser o mais estudado por autores em bibliografias e comumente

utilizados em obras e especificado por projetistas durante essa pesquisa) e 1:5 (para

representar uma alternativa com menor consumo de cimento). Anteriormente, BARROS

et al. (1991) criticaram o consumo excessivo de materiais por desconhecimento de

técnicas, utilizando como exemplo a utilização de traços da ordem de 1:3, enquanto

profissionais afirmavam a utilização de traços como 1:5 e 1:6 alcançando o desempenho

desejado.

No TCPO (PINI, 2010), esse serviço é denominado como "regularização

sarrafeada de base para revestimento de piso" e propõe os seguintes traços:

• argamassas de cimento e areia (contrapiso): 1:3, 1:4 e 1:5.

Page 37: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

22

No caso das argamassas industrializadas, o Manual de Revestimentos da ABCP

(2002) afirma que são produzidas por processos industriais com controles rígidos de

produção e, por isso, apresentam grande uniformidade da dosagem, ou seja, consegue-se

a repetição de um traço com credibilidade.

2.4. PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA

2.4.1. Treinamento das equipes

CEOTTO et al. (2005) recomendam que o treinamento das equipes aborde todos

os aspectos da produção através do projeto e dos procedimentos de forma que todos

dominem todos os detalhes, desde os controles de recebimento, inspeção e

armazenamento dos insumos até a execução dos serviços e aplicação das argamassas.

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) aponta a importância do

treinamento, pois, caso não seja realizado, pode resultar em baixa produtividade, baixa

qualidade e retrabalho.

2.4.2. Contratação de recursos

2.4.2.1. Mão de obra

Segundo CEOTTO et al. (2005), deve ser definido se as equipes de produção

serão próprias ou terceirizadas. Em seguida, avaliar o perfil dos colaboradores que irão

cumprir as funções de encarregados, pedreiros, serventes e operadores de bombas e

argamassadeiras. Além disso, deve-se definir o número necessário de equipes e

profissionais, considerando a produtividade média do processo e os prazos previstos no

cronograma.

2.4.2.2. Materiais

Segundo CEOTTO et al. (2005), as propriedades e detalhes relativos às

argamassas utilizadas devem ser avaliados antes da contratação.

No caso de argamassas industrializadas, deve-se avaliar junto aos fabricantes

concorrentes informações como os valores de suas propriedades, de forma a serem

Page 38: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

23

compatíveis com os recomendados pelo projetista; e outras informações, como tempo e

forma de mistura; quantidade de água a adicionar; forma de aplicação; espessura

máxima e número máximo de camadas.

Para argamassas produzidas na obra, o projetista deve fornecer a composição do

chapisco e da argamassa, e participar da definição dos fornecedores dos insumos. Após

essa avaliação e definição dos insumos contratados, estes devem manter as

características conforme a avaliação inicial durante o fornecimento.

CEOTTO et al. (2005) atentam para a influência da areia, por ser o único

insumo não industrializado utilizado na produção da argamassa, na variabilidade de seu

desempenho; para selecionar o fornecedor de areia, podem ser solicitadas amostras do

material para determinar características como a curva granulométrica, teor de

impurezas, massa específica, massa unitária e curva de inchamento, e considerar para

contratação os pontos de areia que atenderem às especificações.

CEOTTO et al. (2005) recomendam a execução de painéis para análise inicial

das argamassas nos estados fresco e endurecido, simulando todas as condições previstas

para o revestimento. Devem ser avaliados dados como mistura, trabalhabilidade,

aderência inicial e consumo.

2.4.2.3. Equipamentos

CEOTTO et al. (2005) recomendam que a contratação de equipamentos e

ferramentas deve ser planejada considerando aspectos como disponibilidade do canteiro,

depósitos e locais de produção.

Devem ser providenciados equipamentos para transporte horizontal e vertical,

como gruas, caçambas, guinchos e elevadores, considerando as capacidades de carga,

interferências nos serviços de fachada devido às localizações, os períodos de

disponibilidade e as distâncias aos depósitos, centrais de produção e locais de aplicação.

Devem ser considerados para ambas as soluções, mas considerando a logística

adotada dependendo da opção de produção. Para a produção no canteiro, devem ser

providenciados também equipamentos para dosagem e mistura da argamassa.

Page 39: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

24

Para aplicação das argamassas, devem ser providenciados equipamentos e

ferramentas para limpeza da base, para armazenamento da argamassa, e outros

equipamentos como carinhos de mão, andaimes, arames de fachada, régua de alumínio,

esquadro, linha, trena, colher de pedreiro, broxa, desempenadeira, rolo para chapisco,

etc.

2.4.3. Recebimento de materiais

CEOTTO et al.(2005) orientam que as entregas de argamassas industrializadas

sejam conferidas considerando tipo de material, quantidade recebida e data de

fabricação e entrega. Para lotes de no máximo 30 toneladas, uma amostra de 10 sacos

deve ser verificada de forma a não estarem rasgados, molhados, manchados ou fora do

prazo de validade.

No caso de argamassas produzidas na obra, os insumos fornecidos ensacados,

como cimento e cal, devem seguir o mesmo procedimento das argamassas

industrializadas. No entanto, a cal hidratada, por ter maior variabilidade, deve ter sua

massa unitária aferida, através de teste realizado na obra, pesando-se um volume

conhecido do material, que deve estar entre 0,5 a 0,8 kg/l.

Já a areia deve ser recebida considerando uma amostra de cerca de 1 kg por

entrega, para verificação visual de granulometria e uniformidade do aspecto geral,

comparando com a amostra pré-estabelecida durante a fase de testes do painel protótipo

e mediante sedimentação em água dentro de garrafas.

2.4.4. Armazenamento de materiais

A NBR 12655 (ABNT, 2006) recomenda que a guarda do cimento deve ser feita

em local fechado, protegido da ação de intempéries, com os sacos empilhados sobre

estrado de madeira para evitar contato direto com o piso. O empilhamento máximo deve

ser de 15 sacos se ficarem estocados por menos de 15 dias, caso contrário o

empilhamento máximo deve ser de 10 sacos. CEOTTO et al. (2005) propõem que

materiais ensacados sejam armazenados com separação física e visual entre os lotes,

podendo o armazenamento da cal e da argamassa industrializada ter disposições

Page 40: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

25

semelhantes às recomendadas para o cimento, com relação às condições de exposição e

levando em conta o empilhamento máximo.

De acordo com a NBR 12655 (ABNT, 2006), os agregados devem ser

armazenados separadamente por granulometria, sem contato direto entre graduações

diferentes, sem contato com o solo, sobre uma base que permita escoar a água livre de

modo a eliminá-la, e protegidos de contaminação e intempéries, para maior controle da

umidade.

A NBR 12655 (ABNT, 2006) orienta ainda que a água para amassamento seja

armazenada em caixas estanques e tampada, de modo a evitar contaminação.

2.4.5. Condições de canteiro

SAURIN et al. (2006) propõem algumas diretrizes para movimentação e

armazenamento de materiais para inclusão do posto de produção de argamassa de

acordo com o "layout" do canteiro.

2.4.5.1. Locais para estocagem

Segundo SAURIN et al. (2006), as baias de agregados devem ter largura igual

ou um pouco superior à largura do caminhão, enquanto altura e comprimento devem

ser suficientes para estocagem do volume de uma carga. A área de estoque de cimento

deve ser estimada baseada no orçamento e programação da obra, considerando as

dimensões dos sacos de cimento e o empilhamento máximo. O portão de veículos deve

ter dimensões compatíveis com o maior caminhão que entrará por ele na obra.

O estoque de materiais deve dar preferência a estocagem no subsolo, pois é uma

área geralmente protegida de intempéries e desobstruída, facilitando o estoque e

deixando o térreo livre para áreas de vivência e circulação de visitantes e colaboradores.

No entanto, a descarga para armazenamento no subsolo deve ser pensada racionalmente,

considerando alternativas como abertura na laje do subsolo ou nas alvenarias. Outra

alternativa é o duplo manuseio, que é decorrente do armazenamento intermediário entre

a descarga e o armazenamento no local definitivo, mas essa opção deve ser evitada

devido ao desperdício de recursos de mão-de-obra e a perdas nos insumos.

Page 41: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

26

2.4.5.2. Posto de produção de argamassa

A NBR 7200 (ABNT, 1998) indica que, para garantir a qualidade das

argamassas produzidas em obra, deve haver adequação do canteiro à instalação dos

equipamentos e instalar central de produção de argamassa, com a infraestrutura mínima

contendo misturador mecânico, compartimentos para estoque de diferentes materiais,

ponto de água próximo ao misturador, peneiras e dispositivos para medição dos

componentes. Em casos excepcionais, a norma admite que a mistura seja preparada por

processo manual até obtenção de massa perfeitamente homogeneizada, em volumes

inferiores a 0,05 m³ de cada vez. CEOTTO et al.(2005) mencionam a decisão da

administração da obra entre instalar uma central de produção ou dispor argamassadeiras

no andar em que será aplicada a argamassa.

SAURIN et al. (2006) indicam que deve estar definido no layout do canteiro o

local da betoneira e dos estoques, fazendo as seguintes considerações:

• preferencialmente próximos ao elevador de carga;

• trajetos sob áreas cobertas e evitando cruzamentos de fluxo;

• utilização de sistema dosador de água, para evitar uso de água contaminada,

aumentar a homogeneidade dos traços e evitar correção do traço no posto de

trabalho pelo operador;

• utilização de quadros indicadores dos traços, em local de fácil visualização;

• identificação dos equipamentos dosadores em função das diferentes

utilizações;

• utilização de carrinhos dosadores no lugar de padiolas, visando a diminuir o

consumo de mão de obra, e facilitando a descarga no equipamento de

mistura;

• traços especificados em função do saco de cimento inteiro, para diminuir

perdas e aumentar precisão da dosagem, atentando para a capacidade da

betoneira.

Page 42: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

27

2.5. PRODUÇÃO

2.5.1. Preparo das argamassas

A NBR 7200 (ABNT, 1998) orienta que a medição dos materiais para o preparo

das argamassas seja feita em volume, em recipientes de volume conhecido,

identificados por cores ou símbolos, não se admitindo o uso de instrumentos como pá

ou latas, que não asseguram o volume utilizado na mistura. CARASEK (2007) lembra

que, em laboratório, as dosagens são realizadas em massa, portanto cabe ao construtor a

conversão do traço em volume, através das massas unitárias dos constituintes.

Em seguida, segundo a NBR 7200 (ABNT, 1998), deve-se misturar os materiais

por processo mecanizado, entre 3 e 5 minutos. No caso de argamassas de cal ou mistas,

a norma recomenda que seja feito o processo de maturação da cal, deixando-a misturada

com água, e possivelmente com a areia, formando uma pasta viscosa, por 16 horas no

mínimo. Após esse tempo, deve ser adicionado o cimento. Já o Manual de

Revestimentos da ABCP (2002) recomenda apenas que a mistura seja feita em duas

etapas, sendo a primeira com a cal e a areia e a segunda misturando o cimento.

Para o caso de argamassas industrializadas, a NBR 7200 (ABNT, 1998)

recomenda seguir as instruções do documento técnico do produto com relação a

quantidade de água a adicionar, tempo de mistura, etc.

2.5.2. Aplicação e acabamento

Para garantir a qualidade dos revestimentos com as argamassas utilizadas,

devem ser obedecidas as boas técnicas de execução, segundo o Manual de

Revestimentos da ABCP (2002):

• Revestimento externo: verificação das condições iniciais; montagem dos

balancins; preparo da base; locação e descida dos arames; mapeamento; ajuste

dos parâmetros de projeto; taliscamento; aplicação da argamassa; execução do

acabamento; execução de detalhes construtivos (reforços, quinas, cantos, juntas

de trabalho, etc.)

Page 43: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

28

• Revestimento interno: verificação das condições iniciais; preparo da base;

taliscamento e execução das mestras; aplicação da argamassa; execução do

acabamento; execução de detalhes construtivos (quinas, cantos, requadramentos,

etc.);

• Contrapiso: verificação das condições iniciai; preparo da base; definição dos

níveis conforme projeto; assentamento das taliscas; execução da camada de

aderência; execução das mestras; aplicação da argamassa; acabamento

superficial (desempenado ou alisado).

2.6. CONTROLE E INSPEÇÃO

2.6.1. Rastreabilidade

Para revestimentos de fachadas, CEOTTO et al. (2005) atentam que não é

comum que as construtoras façam seu mapeamento como na estrutura de concreto, e

ressaltam sua importância para identificar possíveis patologias. Para isso, sugerem a

divisão da fachada em lotes, com a largura de cada balancim e altura máxima de 2m, e

que sejam identificados e registrados os respectivos insumos aplicados e funcionários

que executaram o serviço. As etapas, de preparo da base, aplicação do chapisco,

aplicação do emboço e aplicação do acabamento final devem ser fiscalizadas e testadas

por avaliações qualitativas e quantitativas.

2.6.2. Ensaios e controles

A NBR 13281 (ABNT, 2005) orienta que sejam coletadas como amostras de

cada lote dos materiais recebidos:

• Argamassa industrializada em sacos: dois sacos por lote;

• Argamassa dosada na obra: um saco de cimento, um saco de cal, 50 kg de

agregado e uma embalagem de aditivo por lote.

Em seguida, indica que sejam realizados ensaios em laboratório para verificação

dos seguintes requisitos mecânicos e reológicos: resistência à compressão aos 28 dias

(MPa); retenção de água (%); e teor de ar incorporado (%).

Page 44: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

29

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) recomenda alguns controles para

os serviços com argamassa. Para a produção da argamassa, indica que devam ser

verificadas as características dos materiais no recebimento e o cumprimento dos

procedimentos de produção, conforme especificado pelo fabricante (no caso de

argamassa industrializada em sacos) ou pela construtora e pelo projetista (no caso da

argamassa produzida na obra). Os demais controles recomendados se referem às

técnicas de preparo das bases, definição dos planos de revestimento e aplicação das

argamassas.

Page 45: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

30

3. ESTUDO DE CASO - A OBRA E AS DIFERENTES FORMAS DE PRODUÇÃO

DE ARGAMASSA

3.1. DESCRIÇÃO

A obra onde foi realizado o estudo está situada no bairro da Barra da Tijuca. A

oportunidade de trabalho na construtora e o envolvimento na implantação do processo

de produção de argamassa nessa obra possibilitaram o desenvolvimento deste trabalho.

Essa oportunidade foi favorecida também pelo fato de a mesma obra ter optado,

em alguns casos, pelo uso da argamassa industrializada. Apesar do já acompanhamento

de outras obras que utilizaram argamassa pronta, foi proveitoso acompanhar os dois

processos simultaneamente com tanta proximidade, observando seus pontos em comum

e suas diferenças, o que torna válido um comparativo.

A obra é composta por cinco blocos, cada um composto por subsolo, térreo, três

pavimentos tipo e cobertura. Três desses blocos são constituídos por salas comerciais e

lojas, entregues “em osso”, com revestimentos sob responsabilidade do cliente após a

entrega; os outros dois blocos são compostos por unidades administradas como

residenciais com serviços e, portanto, os revestimentos são executados pela construtora.

(a) (b)

Figura 1 - Vedação e revestimentos internos dos blocos comerciais e residenciais:

(a) unidades comerciais com vedação interna em dry-wall e sem revestimentos; (b)

unidades residenciais com vedação interna em alvenaria e revestimentos em

argamassa.

Page 46: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

31

Nos blocos comerciais, aproximadamente 80% da área da fachada é composta

por esquadrias de alumínio e vidros, sendo a área revestida em argamassa muito menor

do que nos blocos residenciais. Além disso, a entrega “em osso” das unidades

comerciais e suas vedações internas executadas em dry-wall também contribuem para a

desproporção referente às quantidades de argamassa de assentamento, revestimento

interno e contrapiso em relação às unidades residenciais.

(a) (b)

Figura 2 - Vedação e revestimentos externos dos blocos: (a) blocos comerciais com

predomínio de esquadrias de alumínio e vidro; (b) blocos residenciais totalmente

em alvenaria e argamassa.

Devido à pequena quantidade de serviço de argamassa nos blocos comerciais e

da localização afastada da entrada para recebimento dos materiais, optou-se por utilizar

argamassa industrializada nesses locais, pois foi avaliado no local que a dificuldade de

mobilização e logística na produção da argamassa para esses blocos não condizia com

suas pequenas quantidades de revestimentos. Dessa forma, ficou estipulado que os dois

blocos residenciais produziriam sua argamassa no canteiro, enquanto os três blocos

comerciais utilizariam a argamassa industrializada.

Para o caso da argamassa dosada em obra, o projetista especificou para

revestimento interno e externo massa única com uso de argamassa mista de cimento e

cal. A mesma argamassa foi definida para assentamento de alvenaria. Já para o

contrapiso, foi especificada argamassa "seca" de cimento, com adição de água se

necessário somente para obter umidade ótima para boa trabalhabilidade. Para o caso de

argamassa industrializada, as argamassas foram contratadas após concorrência entre as

opções especificadas pelo projetista.

Page 47: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

32

3.2. CONTRATAÇÃO, RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO

3.2.1. Materiais

Os materiais utilizados na obra para produção das argamassas são os seguintes:

Tabela 1 - Materiais utilizados em cada processo de produção da argamassa

Argamassa produzida na obra

Argamassa industrializada

- Cimento Portland (fornecido em sacos)

- Argamassa industrializada (fornecida em sacos)

- Cal hidratada (fornecida em sacos)

- Água

- Areia (fornecida a granel)

- Aditivos (fornecidos em barricas)

- Água

3.2.1.1. Cimento Portland

Foi selecionado para uso cimento Portland composto com adição de escória e

classe de resistência 32 MPa (Cimento CPII E32). A massa unitária informada pelo

fabricante é de 1,15 g/cm³.

O cimento é fornecido em sacos de 50 kg e fica armazenado em local protegido

de intempéries e empilhado sobre estrados de madeira para evitar o contato direto com o

piso. O depósito mudou de lugar durante a obra para atender às condições logísticas,

mas permaneceu atendendo aos critérios de armazenamento.

Os sacos ficam isolados e abertos somente no momento da colocação no

misturador ou na betoneira, ficando o operador do equipamento cuidando da guarda dos

sacos, de forma a evitar que outros colaboradores peguem pequenas quantidades de

cimento dos sacos para execução de outros serviços (como pequenos arremates),

havendo o risco de o saco com a quantidade modificada ser utilizado como uma medida

de cimento para um traço, alterando a dosagem.

Page 48: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

33

Figura 3 - Armazenamento dos sacos de cimento, isolados e empilhados sobre

estrados de madeira

3.2.1.2. Cal hidratada

Foi selecionada cal hidratada aditivada CHI. A massa unitária informada pelo

fabricante é de 0,55 g/cm³. A cal é fornecida em sacos de 20 kg e seu recebimento e

armazenamento tiveram as mesmas disposições do cimento.

3.2.1.3. Areia

Foi estabelecido que para produção de argamassa seria utilizada areia fina. A

massa unitária informada pelo fornecedor no laudo de caracterização da areia é 1,26

g/cm³.

A areia é recebida a granel e fica armazenada em local protegido de intempéries,

sobre superfície de concreto com uma pequena inclinação para a parte de trás das baias,

permitindo o escoamento de água. Essas providências são tomadas para não alterar o

grau de umidade da areia após o recebimento, uma vez que isso modificaria as

propriedades da argamassa, já que os traços estão definidos para a umidade adequada.

Figura 4 - Armazenamento da areia, em baias em local coberto.

Page 49: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

34

Para garantir a granulometria da areia conforme definida pelo projetista, esta

deve ser conferida visualmente durante o recebimento, considerando o aspecto geral e a

uniformidade, através da amostra definida nos primeiros testes e da sedimentação em

recipiente com água.

Figura 5 - Amostras das areias aprovadas para conferência durante o recebimento.

3.2.1.4. Água

A água é disponibilizada na obra através de ligações provisórias ou de caminhão

pipa para um reservatório, e canalizada até a central de produção de argamassa. Lá,

galões tampados podem ser cheios de água de forma a facilitar a coleta para adicioná-la

à mistura com mais rapidez na produção dos traços.

3.2.1.5. Aditivos

O único traço que se utiliza de algum aditivo é o traço para chapisco, que tem

uma solução à base PVA entre os componentes da mistura. Nele, além do cimento e da

areia, é adicionada a solução obtida a partir da diluição de uma porção de aditivo para

chapisco em 6 porções de água, em volume..

O aditivo adotado é uma emulsão à base de acetato de polivinila (PVA), de

forma a melhorar a aderência nas interfaces entre base e chapisco e entre chapisco e

argamassa. A massa unitária informada pelo fabricante é 1,02 kg/l. O produto é

fornecido em barricas cilíndricas de 50 kg, e deve ser armazenado na própria barrica em

que é fornecido, com a base circular apoiada no piso, em local coberto e fresco.

Page 50: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

35

3.2.1.6. Argamassa industrializada

As argamassas industrializadas utilizadas para assentamento, revestimentos e

contrapiso são fornecidas em sacos de 50 kg, enquanto as argamassas para chapisco têm

sacos de 20 kg. As disposições de recebimento e armazenamento são as mesmas dos

materiais ensacados (cimento e cal): ficam armazenadas em local seco, protegido de

intempéries, e sobre estrados de madeira para evitar contato direto com o piso.

3.2.2. Equipamentos

Na obra, foram utilizados os seguintes equipamentos:

Tabela 2 - Equipamentos utilizados em cada processo de produção de argamassa

Atividade Argamassa produzida na

obra Argamassa industrializada

Dosagem dos componentes

- Dosador. -

Transporte até o local de mistura

- Elevador de obra; - Grua.

- Elevador de obra; - Grua.

Mistura - Misturador; - Betoneira.

- Masseira de plástico; - Enxada.

Transporte até o local de aplicação

- Carrinho; - Jerica; - Balde com corda; - Funil; - Mangueira.

- Balde com corda; - Funil; - Mangueira.

Armazenamento da argamassa

fresca - Masseira de plástico. - Masseira de plástico.

Acesso ao local de aplicação

- Andaime suspenso; - Andaime fachadeiro.

- Andaime suspenso; - Andaime fachadeiro.

Aplicação - Colher de pedreiro; - Régua de alumínio; - Desempenadeira, etc.

- Colher de pedreiro; - Régua de alumínio; - Desempenadeira, etc.

Alguns desses equipamentos estão descritos nos itens seguintes.

Page 51: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

36

3.2.2.1. Dosador

O dosador metálico foi adquirido de forma a estabelecer o volume padrão de

uma medida de areia, com função semelhante à da padiola, mas com maior praticidade

para aplicação da metodologia adotada pela obra. O dosador tem um recipiente com as

dimensões 35 x 35 x 21 cm, ou seja, prepara uma medida de 0,0257 m³

(aproximadamente 26 litros) de areia que é colocada em sacos de ráfia.

O dosador tem um fundo falso, que é aberto quando já está plenamente cheio de

areia e com seu topo nivelado, além de ter em sua parte inferior o saco onde cairá toda

a areia quando o fundo falso for aberto. Os sacos são, então, fechados e amarrados com

corda.

(a) (b)

Figura 6 - Procedimento de dosagem e preparação das medidas de areia, em sacos:

(a) colocação da areia no dosador; (b) passagem da areia do dosador para o saco.

Depois de ensacada a areia, os sacos são transportados até o local onde está o

misturador, ou seja, próximo ao local de aplicação da argamassa.

3.2.2.2. Misturador

O misturador foi selecionado para atender à capacidade de um traço como os

descritos nesse trabalho. Possui eixo batedor horizontal de seis pás com superfície,

inclinação e disposição de forma a obter bom rendimento e homogeneidade na mistura.

A descarga é feita por uma comporta na parte inferior da caçamba. É necessária

limpeza do sistema ao final da operação diária e em pausas de trabalho para evitar

ressecamento e entupimento.

Page 52: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

37

O misturador foi o equipamento indicado pelo projetista para obter a mistura

para os traços definidos, ao passo que a maior parte das bibliografias faz menção ao uso

de betoneira. O equipamento fica na central de massa, próximo ao local de aplicação, e

junto aos quadros com as ilustrações das dosagens e os materiais que já foram

transportados até a central de massa.

(a) (b)

Figura 7 - Central de produção de argamassa com misturador: (a) visão geral da

central montada no pavimento; (b) equipamento utilizado para mistura.

3.2.2.3. Betoneira

A betoneira foi locada para mistura do traço de contrapiso. Apesar de o locador

dos equipamentos e o projetista recomendarem o misturador para mistura da argamassa

para contrapiso, houve muitas reclamações por parte das equipes de revestimentos com

relação aos primeiros testes feitos para o traço de contrapiso, e que foram constatadas

pela engenharia como procedentes. De acordo com os colaboradores, a massa de

contrapiso produzida no misturador fica “empelotada”, ou seja, não fica uniforme e

apresenta formação de “bolas” secas. Demonstrada a procedência durante os testes, foi

aprovado pela engenharia da obra e pelo projetista o uso da betoneira.

Page 53: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

38

(a) (b)

Figura 8 - Central de produção de argamassa com betoneira: (a) central montada

no pavimento; (b) central montada no térreo.

3.2.2.4. Equipamentos de transporte vertical

Nas primeiras etapas de uso de argamassa, o transporte vertical dos materiais até

o local de mistura foi realizado pela grua, e descarregado no pavimento através de uma

plataforma metálica. Com pouco tempo, foram instalados os elevadores de obra, que

substituíram as gruas. Esses equipamentos eram responsáveis pelo transporte somente

dos componentes até o local de mistura, e não da argamassa já produzida até o local de

aplicação.

Como esses equipamentos não realizavam transporte exclusivamente de

materiais para produção de argamassa, precisou haver planejamento rigoroso do uso

desses equipamentos, de forma a nenhum serviço ser afetado por problemas para

transporte vertical. Como a produção de argamassa na obra consome uma quantidade

muito grande de insumos, o transporte destes era realizado na maioria das vezes nas

últimas horas do dia. Para argamassa industrializada, a quantidade de insumos a

transportar era menor, podendo fazer uso desses equipamentos com mais flexibilidade.

Page 54: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

39

(a) (b)

Figura 9 - Equipamentos de transporte vertical: (a) grua; (b) elevador de obra.

3.2.2.5. Andaimes

Para revestimento externo, foram utilizados andaimes suspensos (balancins) para

execução da fachada acima do aparalixo. Nos demais locais, foi utilizado andaime

fachadeiro.

(a) (b)

Figura 10 - Andaimes utilizados: (a) andaime suspenso; (b) andaime fachadeiro.

3.3. PROJETO E DOSAGEM

Os traços foram definidos pelo projetista, através de estudos em obras anteriores

e das características esperadas para a obra, assim como da análise dos painéis

protótipos. As amostras foram executados para chapisco, massa única e contrapiso e,

para a execução destas, foram utilizados vários tipos de areia de granulometrias

diferentes, mas com mesmas proporcionalidades.

Page 55: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

40

(a) (b)

Figura 11 - Painéis protótipos com as argamassas aprovadas: (a) chapiscos

aprovados pela engenharia e pelo projetista; (b) execução da amostra da

argamassa para contrapiso para aprovação da engenharia e do projetista.

O projetista especificou o proporcionamento dos materiais através das

quantidades em volume e utilizando um saco dos materiais ensacados como unidade de

medida, para facilitar a dosagem pela equipe de campo e dispensar o uso de dosadores

ou padiolas para os ensacados. Para cálculo dos traços em massa e conversão para traço

em volume, foram consideradas as massas unitárias de acordo com os fabricantes:

� Cimento: 1,15 kg/l

� Cal: 0,55 kg/l

� Areia: 1,26 kg/l

� Aditivo para chapisco: 1,02 kg/l

Um saco de areia tem a medida do dosador metálico, de 0,0275 m³, ou

aproximadamente 26 litros. Com isso, a massa de uma medida de areia é de

aproximadamente 33 kg.

Os traços especificados pelo projetista são:

• Chapisco

o 1 saco de 50 kg de cimento

o 5 sacos de 26 litros de areia (165 kg)

o Solução PVA (1 medida de aditivo + 6 medidas de água, considerando

a relação água/cimento de aproximadamente 0,45)

Page 56: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

41

No caso do chapisco, um dos componentes é o aditivo à base de acetato de

polivinila (PVA), que é acrescentando à mistura junto à água, depois de os outros

componentes serem misturados manualmente. A quantidade dessa solução PVA na

mistura foi estabelecida considerando a relação água/cimento de aproximadamente 0,45.

Sendo assim, um traço de chapisco tem:

� Medida de cimento, em massa: 50 kg

� Medida de cimento, em volume: 50 kg ÷ 1,15 kg/l = 43,48 l

� Medida da solução PVA, em volume: 0,45 x 43,48 l = 19,57 l

� Medida do aditivo, em volume: 19,57 l ÷ 7 = 2,8 l

� Medida do aditivo, em massa: 2,8 l x 1,02 kg/l = 2,86 kg

Os traços calculados a partir das quantidades dos componentes na mistura são:

� Traço em massa:

50

50∶ 165

50= �: ,

� Traço em volume:

1�1,15

1,15∶3,3�1,15

1,26= �: , ��

Observa-se, portanto, que o traço para chapisco utilizado no caso estudado é

bastante próximo à média recomendada na bibliografia.

• Assentamento, revestimento interno e externo:

o 1 saco de 50 kg de cimento

o 1 saco de 20 kg de cal

o 11 sacos de 26 litros de areia (363 kg)

Os traços calculados a partir das quantidades dos componentes na

mistura são:

Page 57: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

42

� Traço em massa:

50

50∶ 20

50∶ 363

50= �: �, �: �, ��

� Traço em volume:

1�1,15

1,15∶ 0,4�1,15

0,55∶ 7,26�1,15

1,26= �: �, ��: �, �

Percebe-se que o traço tem a proporção de areia próxima à recomendada na

bibliografia para revestimento externo. Já para revestimento interno, a proporção de

areia recomendada na bibliografia é superior à utilizada no caso estudado.

Na bibliografia, a proporção de cal também é maior do que a utilizada na obra.

Isso significa que a obra adotou traços com maior teor de cimento do que a maioria dos

traços observados nas referência. Ou seja, a obra utilizou maior quantidade de cimento

para produção de 1 m³ de argamassa do que as dosagens recomendados nas

bibliografias.

• Contrapiso:

o 1 saco de 50 kg de cimento

o 7 sacos de 26 litros de areia (266 kg)

Os traços calculados a partir das quantidades dos componentes na mistura são:

� Traço em massa:

50

50∶ 266

50= �: �, �

� Traço em volume:

1�1,15

1,15∶5,32�1,15

1,26= �: �, ��

Page 58: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

43

Observa-se, portanto, que o traço adotado para contrapiso é bastante próximo à

média recomendada nas poucas referências observadas na bibliografia.

3.4. PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA

O armazenamento dos materiais, transporte aos locais de produção e a

localização das centrais de massa precisaram ser adaptados conforme a etapa em que a

obra se encontrava.

Como as datas dos serviços nos blocos coincidiram com a execução da fundação

e da superestrutura do subsolo e térreo dos trechos não compreendidos pelas torres, a

logística precisava ser revista sempre que houvesse interferência da execução da

estrutura.

3.4.1. Primeira fase

O primeiro serviço com produção de argamassa foi assentamento de alvenaria

em blocos cerâmicos e de concreto. Nessa etapa, a obra ainda não contava com elevador

de cremalheira, uma vez que sua instalação e localização dependiam da conclusão de

área cuja estrutura no subsolo e térreo ainda encontravam-se em fase de término. No

entanto, a obra ainda contava com a grua.

Figura 12 - Imagens dos blocos residenciais durante a etapa de execução de

alvenaria das unidades e fundação e estrutura do térreo.

Page 59: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

44

Nessa etapa, o recebimento da areia era feito com a entrada do caminhão pela

portaria 1 e levado até a área de projeção das torres dos dois blocos residenciais, no

nível do subsolo. Esses locais já tinham a estrutura do piso e do teto do subsolo

concluída e sem escoramentos, podendo servir de base para o armazenamento de areia

sem grandes riscos de contaminação (a areia ficava sobre base em concreto) e sem

interferências (o subsolo era o último pavimento contemplado no cronograma de

alvenaria). O caminho da portaria 1 até as baias de areia ficava desimpedido porque a

área já tinha terraplenagem realizada e ainda não estava mobilizada para execução da

infraestrutura e da superestrutura, que seguia a sequência vinda de outros trechos.

Figura 13 - Layout do canteiro de obras, destacando a logística para transporte

dos insumos para produção de argamassa, durante a etapa de execução de

alvenaria das unidades e fundação e estrutura do térreo.

Próximo à baia de areia nos subsolos das torres e da grua, era realizado o

ensacamento da areia. Depois disso, os sacos eram transportados pela grua, através de

uma grande rede de poliamida presa ao garfo da grua, até a plataforma metálica para

descarga no pavimento onde era realizado o serviço. Próximo à plataforma, já no

próprio pavimento onde seria aplicada a argamassa, ficava mobilizada a central de

massa, onde ficava o misturador, numa área que compreendia um apartamento cuja

alvenaria seria executada por último.

Page 60: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

45

(a) (b)

Figura 14 - Armazenamento e transporte dos insumos, na etapa de alvenaria: (a)

Baia de areia e equipamentos para dosagem em local coberto no subsolo; (b)

Plataforma de descarga da grua, pela qual eram descarregados os insumos

transportados pela grua.

O transporte de cimento e cal até a central de massa era realizado de maneira

similar, mas empilhados em estrados de madeira, transportados por um "garfo paleteiro”

preso à grua até a plataforma no pavimento. O armazenamento destes materiais era feito

no subsolo, em área coberta, em local próximo ao alcance da grua. Após ser

descarregado no pavimento, ficava armazenado na central de massa. O transporte desses

materiais até a central de massa era feito ao final de cada dia.

(a) (b)

Figura 15 - Central de produção de argamassa no pavimento na etapa de

alvenaria: (a) armazenamento dos insumos em local próximo à plataforma de

descarga; (b) equipamento de mistura.

A central de massa era também abastecida com um ponto de água canalizada e

um galão onde esta poderia ser armazenada. Na central, foi afixado um painel com os

Page 61: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

46

traços utilizados para cada fim, de fácil visualização e entendimento de forma a evitar

erros na dosagem.

(a) (b)

Figura 16 - Painel colocado nas centrais de produção de argamassa: (a) Operador

ao lado do painel; (b) Painel explicativo com as dosagens das argamassas.

Como a produção da argamassa era realizada no pavimento em que o serviço

estava sendo executado, o transporte horizontal da argamassa produzida era feito

através de carrinho de mão até o local de aplicação.

3.4.2. Segunda fase

Após a estrutura do embasamento no lado da portaria 2 estar concluída, pôde ser

instalado o elevador de cremalheira desse lado e a outra parte da obra conseguiu ser

mobilizada para execução das fundações. Essa segunda fase coincide com a fase final

do assentamento de blocos cerâmicos e com o início do revestimento interno e

contrapiso.

Page 62: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

47

Figura 17 - Layout do canteiro de obras, destacando a logística para transporte

dos insumos para produção de argamassa, durante a etapa de execução de

revestimentos das unidades, com fundação e estrutura do térreo concluídas.

A partir desse momento, o recebimento da areia, do cimento e da cal passa a ser

feito pela portaria 2, já mais próxima dos blocos e esses materiais passam a ser

estocados no térreo e subsolo desses blocos, podendo ser transportados verticalmente

através do elevador. Para o armazenamento da areia em local seco, foram

providenciados na entrada da obra furos na laje para descarga da areia diretamente no

subsolo. Esses furos foram previstos na fase de fôrma e armação dessa laje e ficavam

protegidos por tampas de madeira, que eram abertas apenas nos momentos de descarga

dos caminhões de areia.

(a) (b)

Figura 18 - Armazenamento da areia, na etapa de revestimentos: (a) furos na laje

do térreo, por onde era descarregada a areia para o subsolo; (b) armazenamento

da areia no subsolo, após a descarga.

Page 63: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

48

No início dessa fase, o assentamento entrava em fase final, no último pavimento

tipo e na cobertura, enquanto o revestimento se iniciava, no primeiro pavimento tipo.

Com isso, a central de massa permaneceu no pavimento onde era executada a alvenaria,

sendo os traços destinados a assentamento transportados horizontalmente por carrinho

de mão; já os traços destinados a revestimento interno transportados verticalmente

através de funil e mangueira ou de tubos de PVC emendados por abraçadeiras, passando

por furos nas lajes que futuramente seriam destinados a passagem de instalações,

chegando até o pavimento onde seria realizado o revestimento.

(a) (b)

Figura 19 - Central de produção de argamassa no pavimento na etapa de

revestimentos internos: (a) armazenamento dos insumos em local próximo ao

elevador de obra; (b) equipamento de mistura na central.

Com o término da alvenaria, a central de massa passou a se concentrar no local

onde era realizado revestimento interno. Com a entrada de novos serviços, como

contrapiso e revestimento externo, foram criadas centrais de massa especialmente para

produção da argamassa para esses serviços, visto que a demanda por argamassa era

muito maior nessa época. Como o revestimento interno sempre esteve um pavimento à

frente do contrapiso, as centrais de massa para ambos ficavam localizadas na mesma

coluna (no acesso ao elevador de cremalheira), porém em pavimentos diferentes, com as

mesmas logísticas de chegada de material às centrais e liberação da argamassa para as

frentes de serviço.

As soluções de produção na mesma central para serviços diferentes e transporte

da argamassa através dos pavimentos por tubos de PVC ou funil e mangueira não

puderam ser adotada no caso do contrapiso devido à argamassa "seca" utilizada, que não

possibilitaria seu transporte vertical com eficiência; devido aos traços diferentes

Page 64: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

49

utilizados para revestimento e contrapiso, que poderiam potencializar erros na dosagem

se preparados na mesma central pelo mesmo operador; e aos diferentes equipamentos

especificados (misturador e betoneira).

Figura 20 - Central de produção de argamassa para contrapiso no pavimento.

3.4.3. Terceira fase - Revestimento externo

Com o início do revestimento externo, com a execução do serviço com uso de

balancins, a localização da central de argamassa precisou ser passada para a cobertura,

de forma a atender com maior facilidade todas as frentes de serviço, uma vez que vários

balancins tinham revestimento sendo executados simultaneamente e em pavimentos

diferentes, que poderiam sempre ser atendidos pela localização na cobertura. A central

foi locada na área em que os serviços de impermeabilização já estavam concluídos,

portanto também não interferiu na execução dos serviços.

O transporte vertical de material continuava sendo realizado através do elevador

de cremalheira, até a cobertura, porém com o cuidado de transportar somente o material

que seria utilizado no dia, já que a central de massa localizada na cobertura fica mais

exposta a intempéries (apesar de ter sido executado um telhado para a central de massa),

o que poderia ocasionar as reações químicas do cimento e da cal antes da utilização no

misturador e alterar o grau de umidade da areia, alterando a dosagem.

Page 65: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

50

(a) (b)

Figura 21 - Produção e transporte de argamassa na etapa de revestimento externo:

(a) central de produção de argamassa montada no telhado; (b) transporte da

argamassa até o balancim através de funis e mangueiras

Após a produção da argamassa no misturador, esta passa a ser transportada

horizontalmente pela cobertura, através do carrinho de mão, até a fachada onde seria

aplicada. A argamassa era passada ao balancim no pavimento e fachada onde estivesse

sendo executado o revestimento através de funil instalado na cobertura e acoplado a

uma mangueira ou tubo de PVC emendado por abraçadeiras. Como as torres possuem

apenas três pavimentos tipo, a diferença máxima entre a cobertura (de onde era lançada

a argamassa) e a altura onde se encontrava o balancim era relativamente pequena (no

máximo 9 metros), o que não possibilitava que a argamassa atingisse uma pressão muito

alta ao chegar ao balancim e provocasse acidentes ou grandes perdas.

(a) (b)

Figura 22 - Transporte da argamassa produzida até o balancim, através de funis e

mangueiras: (a) argamassa chegando ao balancim pela mangueira; (b)

colaborador transportando a argamassa pelo funil.

Page 66: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

51

Para realização do revestimento externo no térreo, a central de argamassa foi

passada para este pavimento após a conclusão das fachadas nos balancins. Esta fase

favoreceu bastante a logística, devido ao encurtamento dos trajetos entre os insumos e a

central de argamassa e entre a central de argamassa e o local de aplicação. No entanto,

este pavimento tem alturas superiores a 5 metros e que não eram alcançadas pelos

balancins da fachada, devido à localização da bandeja apara lixo, sendo necessária a

utilização de andaime fachadeiro. Para transporte vertical da argamassa até o andaime

fachadeiro, procedeu-se à utilização de balde e corda após a produção.

(a) (b)

Figura 23 - Central de produção de argamassa na etapa de revestimento externo

do térreo: (a) equipamento de mistura no térreo; (b) aplicação da argamassa em

andaime fachadeiro.

3.5. CONTROLES

3.5.1. Controle de quantidade de material utilizado por local

Para orçamento inicial e contratação dos materiais e insumos, foram

considerados os índices de consumo já conhecidos, como os calculados em obras

anteriores e os publicados no TCPO. Já no decorrer da obra, foi considerado o consumo

nos locais com serviço já executado na obra. Para obtenção e atualização dos índices de

consumo e avaliação das quantidades programadas para os meses seguintes, foi

implantada a planilha de controle da quantidade de material utilizado por local.

As planilhas desse item mostram o resumo das informações de material utilizado

por mês e por local de aplicação, que estão detalhadas nos apêndices A e B.

Page 67: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

52

3.5.1.1. Argamassa produzida na obra

Para a argamassa produzida na obra, foi contabilizada a quantidade de traços

utilizados, considerando o pavimento onde foi aplicado o traço e o tipo de utilização. As

quantidades eram registradas diariamente e entregues mensalmente à engenharia.

Tabela 3 - Quantidade de material utilizado para produção da argamassa na obra

SERVIÇO QUANTIDADE DE MATERIAL

Descrição Qtde.

Traços Areia Cimento Cal Aditivo

m² m³ kg kg kg

CI 231,28 13 1,69 650 0 37,18

CE 4.788,68 346 44,98 17.300 0 989,56

RI 5.115,33 773 221,08 38.650 15.460 0,00

RE 4.788,68 1.066 304,88 53.300 21.320 0,00

CP 5.461,36 1.323 378,38 66.150 0 0,00

AS 17.790,66 1.195 341,77 59.750 23.900 0,00

3.5.1.2. Argamassa industrializada

Para a argamassa industrializada, foi contabilizada a quantidade de sacos de

argamassa utilizados, considerando o pavimento onde foi aplicada a argamassa e o tipo

de utilização. As quantidades eram registradas diariamente e entregues mensalmente à

engenharia.

Tabela 4 - Quantidade de material utilizado para argamassa industrializada

SERVIÇO QUANTIDADE DE

MATERIAL

Descrição Qtde. Argamassa

m² sc kg

CI 977,60 252,00 5.040,00

CE 4.184,24 997,00 19.940,00

RI 977,60 923,00 46.150,00

RE 4.184,24 8.879,00 443.950,00

CP 3.266,00 5.868,00 293.400,00

AS 18.434,67 10.224,00 511.200,00

Page 68: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

53

3.5.2. Consumo de materiais

3.5.2.1. Argamassa produzida em obra

Para a argamassa produzida na obra, foram calculados os consumos dos insumos

a partir da quantidade de argamassa produzida para cada serviço (a quantidade de vezes

que o traço com as composições estabelecidas foi produzido); das quantidades de cada

insumo na composição de um traço produzido; e da quantidade de serviço de

revestimento ou assentamento, em m².

A partir da quantidade total de traços produzidos, contabilizada na planilha do

item 3.5.1.1, foi calculada a quantidade utilizada de cada insumo. Isso foi feito pelo

produto entre quantidade de vezes que foi produzida a argamassa e a quantidade, em kg

ou m³, da medida de cada insumo para uma produção da argamassa, descrita no item

3.3. O quociente entre a quantidade de cada insumo e a área de revestimento ou

assentamento em que foi aplicada a argamassa fornece o índice de consumo.

O índice final considerado foi o que observou a quantidade total de serviço. As

quantidades para cada local foram calculadas para identificar possíveis distorções para o

valor final. As tabelas 5 e 6 mostram o resumo dessas informações, que se encontram

detalhadas no Apêndice C.

Tabela 5 - Índices de consumo de argamassa produzida na obra

SERVIÇO

Traços

CONSUMO

Descrição Qtde. Areia Cimento Cal Aditivo

m² m³/m² kg/m² kg/m² kg/m²

CI 231,28 13 0,007 2,800 0,000 0,161

CE 4.788,68 346 0,009 3,600 0,000 0,207

RI 5.115,33 773 0,043 7,550 3,020 0,000

RE 4.788,68 1.066 0,064 11,150 4,460 0,000

CP 5.461,36 1.323 0,069 12,100 0,000 0,000

AS 17.790,66 1.195 0,019 3,350 1,340 0,000

Page 69: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

54

Tabela 6 - Resumo comparativo com os índices de consumo de cada insumo

medido na obra para cada serviço

Serv.

Areia Cimento Cal Aditivo

m³/m² Dif. %

kg/m² Dif. %

kg/m² Dif. %

kg/m² Dif. % TCPO Obra TCPO Obra TCPO Obra TCPO Obra

CI

0,006

0,007 13%

2,430

2,800 13% - - -

0,250

0,161 -55%

CE

0,006

0,009 32%

2,430

3,600 33% - - -

0,250

0,207 -21%

RI

0,024

0,043 43%

3,640

7,550 52%

3,640

3,020 -21% -

- -

RE

0,031

0,064 52%

6,075

11,150 46%

6,075

4,460 -36% -

- -

CP

0,037

0,069 47%

8,760

12,100 28% - - - -

- -

AS

0,032

0,019 -68%

4,750

3,350 -42%

4,750

1,340 -254% -

- -

3.5.2.2. Argamassa industrializada

Para a argamassa industrializada, foram calculados os consumos a partir da

quantidade de sacos de argamassa industrializada utilizada para a execução cada

serviço; e da quantidade de serviço de revestimento ou assentamento, em m².

A partir da quantidade total de sacos utilizados, contabilizada nas planilhas do

item 3.5.1.2, foi calculada a quantidade, em kg, de argamassa utilizada. O quociente

entre a quantidade de argamassa industrializada e a área de revestimento ou

assentamento em que esta foi aplicada fornece o índice de consumo.

O índice final considerado foi o referente à quantidade total de serviço. As

quantidades para cada local foram calculadas para identificar possíveis distorções para o

valor final. A Tabela 7 mostra o resumo dessas informações, que se encontram

detalhadas no Apêndice D.

Para a argamassa industrializada, não foi realizado resumo comparativo entre os

índices de consumo medidos na obra com os divulgados no TCPO, já que a obra mediu

o consumo por kg/m², enquanto o TCPO divulga seus índices por m³/m².

Page 70: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

55

Tabela 7 - Índices de consumo de argamassa industrializada

SERVIÇO QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Descrição Qtde. Argamassa Argamassa

m² kg kg/m²

CI 977,60 5.040,00 5,16

CE 4.184,24 19.940,00 4,77

RI 977,60 46.150,00 47,21

RE 4.184,24 443.950,00 106,10

CP 3.266,00 293.400,00 89,84

AS 18.434,67 511.200,00 27,73

3.6. CUSTO

3.6.1. Considerações

Para avaliação e comparação do custo dos dois tipos de argamassa, foram

considerados todas as despesas envolvidas e as mesmas quantidades de serviço, em duas

etapas:

• Estudo preliminar: esse estudo foi realizado antes do início dos serviços.

Como não havia índices de consumo da obra, foram utilizados os índices

das composições do TCPO - 13ª edição (PINI, 2010) e os preços unitários

pesquisados entre os itens de obra no site da SCO-Rio.

• Orçamento final: esse orçamento foi realizado após o final dos serviços,

com os índices de consumo medidos na obra e os preços unitários praticados

na obra.

As despesas envolvidas e as respectivas considerações a respeito são as que

seguem:

3.6.1.1. Mão de obra para execução do serviço

O valor da mão de obra foi calculado através da quantidade de serviço e do

preço unitário da mão de obra empreitada, por m² de serviço executado.

Page 71: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

56

As quantidades de serviço, tanto para o estudo de viabilidade inicial, quanto para

o orçamento final, foram consideradas as mesmas em ambos os casos (argamassa

produzida na obra e argamassa industrializada), para que fosse possível a comparação.

Essas quantidades foram avaliadas como o total das quantidades dos blocos 1 e

2, nos quais foi utilizada a argamassa produzida na obra. Isso foi ponderado para que se

mantivesse a coerência com as quantidades e valores referentes aos custos fixos de

operação das centrais de argamassa.

3.6.1.2. Equipe para produção de argamassa

Para o estudo preliminar, foram utilizados para a mão de obra os índices

divulgados no TCPO - 13ª edição (PINI, 2010) para serviços com argamassa

considerando produção dos insumos. Nessas composições, os índices referente a

pedreiro e servente considera esses recursos envolvidos tanto na produção quanto na

aplicação da argamassa. Por isso, o índice referente a servente é maior do que nas

composições que avaliam produção dos insumos do que nas demais.

Para o orçamento final, o valor da mão de obra envolvida na produção dos

insumos foi calculado separadamente. Nesse caso, foram considerados os pisos salariais

das categorias dos profissionais envolvidos (de acordo com o SINTRACONST-Rio, em

2014), acrescidos dos percentuais de encargos sociais e trabalhistas, como os referentes

a INSS, FGTS, 13º salário, provisão de férias, etc. O percentual considerado para a

soma desses encargos foi de 125% sobre os pisos salariais. Os profissionais

considerados são os seguintes:

• Operador de betoneira: foi utilizado um profissional para cada frente de serviço

e para cada bloco, ou seja, um para cada betoneira ou argamassadeira elétrica.

R$ 6,98/h x (1 + 1,25) = R$ 15,71/h

R$ 15,71/h x 220 h/mês = R$ 3.455,10/mês

• Servente: foram utilizados dois serventes para cada bloco, como apoio para

atividades como ensacamento de areia na medida estipulada, para todos os

serviços que se utilizam da argamassa produzida.

Page 72: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

57

R$ 5,20/h x (1 + 1,25) = R$ 11,70/h

R$ 11,70/h x 220 h/mês = R$ 2.574,00/mês

Como a equipe atendeu a todos os serviços, foi avaliada a incidência do custo

dessa equipe em cada serviço através do percentual de traços produzidos e sacos

de areia utilizados para cada serviço, no mês.

Tabela 8 - Percentual de incidência do custo dos serventes para ensacamento de

areia no bloco 1, por mês

BL. 1 % DE SACOS DE AREIA POR SERVIÇO, POR MÊS

Serviço

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

CI 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

CE 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 4% 7% 11% 13%

RI 0% 0% 0% 38% 46% 28% 41% 25% 8% 0% 0%

RE 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 32% 55% 72% 73%

CP 0% 0% 0% 0% 0% 18% 40% 39% 30% 17% 14%

AS 100% 100% 100% 62% 53% 54% 19% 0% 0% 0% 0%

Total: 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Tabela 9 - Percentual de incidência do custo dos serventes para ensacamento de

areia no bloco 2, por mês

BL. 2 % DE SACOS DE AREIA POR SERVIÇO, POR MÊS

Serviço

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

CI 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

CE 0% 0% 0% 0% 0% 0% 2% 7% 16% 5% 0%

RI 0% 0% 16% 42% 54% 41% 27% 8% 0% 0% 0%

RE 0% 0% 0% 0% 0% 0% 14% 51% 49% 80% 74%

CP 0% 0% 0% 0% 0% 22% 35% 34% 35% 15% 26%

AS 100% 100% 84% 57% 46% 37% 22% 0% 0% 0% 0%

Total: 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Com esses dados, foi montada a planilha com o histograma de mão de obra,

cujos dados finais foram utilizados nas planilhas com o orçamento final.

Page 73: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

58

Tabela 10 - Histograma para equipe de produção de argamassa, no bloco 1

BLOCO 1 QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Serv. Insumo

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

Total

CI Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,03

CE Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,1 0,2 0,3 0,73

RI Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 6,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,8 0,9 0,6 0,8 0,5 0,2 0,0 0,0 3,71

RE Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 4,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 1,1 1,4 1,5 4,64

CP Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 6,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,8 0,8 0,6 0,3 0,3 3,12

AS Op. Equip. 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,00 Servente 2,0 2,0 2,0 1,2 1,1 1,1 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 9,77

Total Op. Equip. 1,0 1,0 1,0 2,0 2,0 3,0 3,0 3,0 3,0 2,0 2,0 23,00 Servente 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 22,00

Tabela 11 - Histograma para equipe de produção de argamassa, no bloco 2

BLOCO 2 QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Serv. Insumo

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

Total

CI Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,02

CE Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,3 0,1 0,0 0,59

RI Op. Equip. 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,0 6,00 Servente 0,0 0,0 0,3 0,8 1,1 0,8 0,5 0,2 0,0 0,0 0,0 3,75

RE Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 5,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,3 1,0 1,0 1,6 1,5 5,35

CP Op. Equip. 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 6,00 Servente 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,7 0,7 0,7 0,3 0,5 3,36

AS Op. Equip. 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 7,00 Servente 2,0 2,0 1,7 1,1 0,9 0,7 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 8,92

Total Op. Equip. 1,0 1,0 2,0 2,0 2,0 3,0 4,0 3,0 2,0 2,0 2,0 24,00 Servente 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 22,00

Page 74: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

59

3.6.1.3. Equipamentos para produção de argamassa

No estudo preliminar, não há consideração de equipamentos de mistura.

Algumas composições do TCPO - 13ª edição (PINI, 2010) apreciam esses índices, mas

não foi o caso das composições utilizadas para esse estudo.

No orçamento final, o valor dos equipamentos foi calculado através da

quantidade de meses de utilização, obtida da mesma planilha com o histograma em que

se considerou a equipe de produção de argamassa. O preço unitário é o preço unitário

mensal de locação do equipamento.

3.6.1.4. Insumos e materiais

Os aglomerantes, agregados, aditivos e sacos de argamassa industrializados

tiveram suas quantidades calculadas de acordo com as quantidades de serviço e os

índices de consumo considerados. Para o serviço de assentamento de alvenaria, esse

orçamento não considerou o custo dos blocos cerâmicos por se tratar de um

comparativo entre os dois tipos de argamassa.

O estudo preliminar utilizou os índices de consumo do TCPO - 13ª edição (PINI,

2010), das composições que mais se adequaram ao caso estudado, e os preços unitários

pesquisados entre os itens de obra da SCO-Rio. O orçamento final utilizou os índices de

consumo obtidos na obra, calculados no item 3.5.2, e os preços unitários praticados pela

obra. Os preços unitários são os preços de cada material, em kg ou em m³.

Page 75: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

60

3.6.2. Orçamento

3.6.2.1. Estudo preliminar

O estudo preliminar foi realizado antes do início dos serviços. Como não havia

índices de consumo da obra, foram utilizados os índices das composições do TCPO -

13ª edição (PINI, 2010) e os preços unitários pesquisados entre os itens de obra no site

da SCO-Rio. As tabelas 12 e 13 contemplam o resumo dos custos observados, estando

esses orçamentos detalhados por serviço nos Apêndices E e F.

3.6.2.1.1. Argamassa produzida em obra

Tabela 12 - Estudo preliminar de custo da argamassa produzida na obra

Serviço Qtde. (m²) Custo Total (R$) Custo Unitário

(R$/m²)

Chapisco interno 231,28 R$ 1.377,20 R$ 5,95

Chapisco externo 4788,68 R$ 28.515,17 R$ 5,95

Revestimento interno 5115,33 R$ 112.377,72 R$ 21,97

Revestimento externo 4788,68 R$ 123.448,41 R$ 25,78

Contrapiso 5461,36 R$ 87.375,30 R$ 16,00

Assentamento 17790,66 R$ 890.861,96 R$ 50,07

TOTAL:

R$ 1.243.955,77

3.6.2.1.2. Argamassa industrializada

Tabela 13 - Estudo preliminar de custo da argamassa industrializada

Serviço Qtde. (m²) Custo Total (R$) Custo Unitário

(R$/m²)

Chapisco interno 231,28 R$ 1.141,95 R$ 4,94

Chapisco externo 4788,68 R$ 23.644,11 R$ 4,94

Revestimento interno 5115,33 R$ 115.684,21 R$ 22,62

Revestimento externo 4788,68 R$ 122.497,79 R$ 25,58

Contrapiso 5461,36 R$ 86.783,74 R$ 15,89

Assentamento 17790,66 R$ 905.869,02 R$ 50,92

TOTAL:

R$ 1.255.620,82

Page 76: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

61

3.6.2.2. Orçamento final

Esse orçamento foi realizado após o final dos serviços, com os índices de

consumo medidos na obra, os preços unitários praticados na obra e valores finais gastos

para realização dos serviços. As tabelas 14 e 15 contemplam o resumo dos custos

observados, estando esses orçamentos detalhados por serviço nos Apêndices G e H.

3.6.2.2.1. Argamassa produzida em obra

Tabela 14 - Orçamento final da argamassa produzida na obra

Serviço Qtde. (m²) Custo Total (R$) Custo Unitário

(R$/m²)

Chapisco interno 231,28 R$ 1.764,88 R$ 7,63

Chapisco externo 4788,68 R$ 53.771,24 R$ 11,23

Revestimento interno 5115,33 R$ 225.185,35 R$ 44,02

Revestimento externo 4788,68 R$ 290.002,36 R$ 60,56

Contrapiso 5461,36 R$ 229.882,80 R$ 42,09

Assentamento 17790,66 R$ 599.237,57 R$ 33,68

TOTAL:

R$ 1.399.844,21

3.6.2.2.2. Argamassa industrializada

Tabela 15 - Orçamento final da argamassa industrializada

Serviço Qtde. (m²) Custo Total (R$) Custo Unitário

(R$/m²)

Chapisco interno 231,28 R$ 1.470,69 R$ 6,36

Chapisco externo 4788,68 R$ 42.911,74 R$ 8,96

Revestimento interno 5115,33 R$ 166.511,15 R$ 32,55

Revestimento externo 4788,68 R$ 278.175,38 R$ 58,09

Contrapiso 5461,36 R$ 218.328,79 R$ 39,98

Assentamento 17790,66 R$ 534.538,17 R$ 30,05

TOTAL:

R$ 1.241.935,92

Page 77: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

62

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

4.1. AVALIAÇÕES

4.1.1. Custo

Os custos calculados no estudo preliminar e no orçamento final podem ser

observados de forma resumida nas tabelas 16 e 17.

Tabela 16 - Resumo comparativo dos custos de cada serviço no estudo preliminar

Serv.

Estudo preliminar - índices TCPO

Custo total (R$) Custo unitário (R$/m²) Dif. (%) A.P.O. A.I. A.P.O. A.I.

CI R$ 1.377,20 R$ 1.141,95 R$ 5,95 R$ 4,94 20,60%

CE R$ 28.515,17 R$ 23.644,11 R$ 5,95 R$ 4,94 20,60%

RI R$ 112.377,72 R$ 115.684,21 R$ 21,97 R$ 22,62 -2,86%

RE R$ 123.448,41 R$ 122.497,79 R$ 25,78 R$ 25,58 0,78%

CP R$ 87.375,30 R$ 86.783,74 R$ 16,00 R$ 15,89 0,68%

AS R$ 890.861,96 R$ 905.869,02 R$ 50,07 R$ 50,92 -1,66%

R$ 1.243.955,77 R$ 1.255.620,82 -0,93%

Tabela 17 - Resumo comparativo dos custos de cada serviço no orçamento final

Serv.

Orçamento final - Índices OBRA

Custo total (R$) Custo unitário (R$/m²) Dif. (%) A.P.O. A.I. A.P.O. A.I.

CI R$ 1.764,88 R$ 1.470,69 R$ 7,63 R$ 6,36 20,00%

CE R$ 53.771,24 R$ 42.911,74 R$ 11,23 R$ 8,96 25,31%

RI R$ 225.185,35 R$ 166.511,15 R$ 44,02 R$ 32,55 35,24%

RE R$ 290.002,36 R$ 278.175,38 R$ 60,56 R$ 58,09 4,25%

CP R$ 229.882,80 R$ 218.328,79 R$ 42,09 R$ 39,98 5,29%

AS R$ 599.237,57 R$ 534.538,17 R$ 33,68 R$ 30,05 12,10%

R$ 1.399.844,21 R$ 1.241.935,92 12,71%

Page 78: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

63

A argamassa produzida na obra teve seu custo bem superior ao da argamassa

industrializada, num comparativo que considera as mesmas quantidades de serviço.

No entanto, se o orçamento for dividido em grupos menores, percebe-se que o

custo de material para a argamassa produzida em obra (soma de cimento, cal, areia e

aditivos) é bem menor do que o custo da argamassa industrializada. Para a mão de obra

para aplicação, não houve diferença nos custos. Já os equipamentos e equipe de

produção de argamassa aparecem apenas no custo da argamassa produzida na obra, já

que a construtora optou pela mistura manual para argamassa industrializada, ao

contrário da mistura mecanizada recomendada pela norma. Isso contribuiu com bastante

impacto no custo da argamassa produzida em obra.

Se for considerado que a argamassa industrializada seria preparada por mistura

mecanizada, supondo as mesmas quantidades e, portanto, as mesmas durações dos

serviços, haveria um acréscimo dos valores abaixo, referentes aos equipamentos de

mistura e aos operadores.

Tabela 18 - Acréscimos de valor para mistura mecanizada da argamassa

industrializada

ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA - preparação mecanizada

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total Un. Índice Un. Qtde.

Argamassadeira - - un. x mês 35,00 R$ 990,00 R$ 34.650,00

Betoneira - - un. x mês 12,00 R$ 200,00 R$ 2.400,00

Operador de equipamento

- - H x mês 47,00 R$ 3.455,10 R$ 162.389,70

Total: R$ 199.439,70

Com esses acréscimos referentes a mistura mecanizada, os valores dos serviços

passariam a ser os que estão resumidos na tabela 19. Esse orçamento detalhado

encontra-se no Apêndice I.

Page 79: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

64

Tabela 19 - Resumo comparativo dos custos de cada serviço, considerando mistura

mecanizada para a argamassa industrializada

Serv. Orçamento final - Índices OBRA

Custo total (R$) Custo unitário (R$/m²) Dif. (%) A.P.O. A.I. A.P.O. A.I.

CI R$ 1.764,88 R$ 1.470,69 R$ 7,63 R$ 6,36 20,00%

CE R$ 53.771,24 R$ 42.911,74 R$ 11,23 R$ 8,96 25,31%

RI R$ 225.185,35 R$ 219.852,35 R$ 44,02 R$ 42,98 2,43%

RE R$ 290.002,36 R$ 318.181,28 R$ 60,56 R$ 66,44 -8,86%

CP R$ 229.882,80 R$ 262.189,99 R$ 42,09 R$ 48,01 -12,32%

AS R$ 599.237,57 R$ 596.769,57 R$ 33,68 R$ 33,54 0,41%

R$ 1.399.844,21 R$ 1.441.375,62 -2,88%

Portanto, para as considerações usadas para cada processo no caso estudado, a

argamassa industrializada tem vantagem sobre a produzida em obra no aspecto custo.

No entanto, ao considerar a mistura mecanizada para ambos os processos, os custos se

tornam semelhantes, com uma pequena vantagem para a argamassa produzida na obra.

4.1.2. Propriedades

4.1.2.1. Propriedades do revestimento em argamassa no estado fresco

Na obra, não foram realizadas medições para comparar as massas específicas

dos dois tipos de argamassa; a massa específica foi uma grandeza utilizada apenas para

os insumos da argamassa produzida em obra, para a conversão do traço em massa para o

traço em volume.

Em relação a trabalhabilidade, os colaboradores entrevistados preferiram a

argamassa produzida na obra, que eles consideraram "mais macia" (expressão por eles

utilizada), apresentando maior facilidade tanto para aplicação quanto para acabamento.

Nos testes realizados antes do início dos serviços, a argamassa produzida com areia fina

foi aprovada pela maioria.

Retenção de água e aderência inicial são propriedades que não apresentaram

diferenças significativas durante a aplicação de ambos os tipos de argamassas e não

tiveram ensaios que permitissem a comparação de valores entre os dois processos.

Page 80: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

65

Também para os dois tipos de argamassas, não foi observada ocorrência

significativa de trincas ou fissuras prejudiciais - que poderiam ser decorrentes de

retração - nos primeiros momentos após a aplicação. Em ambos os casos, foram

observadas apenas poucas microfissuras.

4.1.2.2. Propriedades do revestimento em argamassa no estado endurecido

Na obra não foram realizados ensaios que permitissem a comparação de valores

referentes a resistência de aderência e resistência mecânica. Permeabilidade e

durabilidade são características que também não foram comparadas através de ensaios e

não puderam ser avaliadas de forma qualitativa já que essas análises podem ser feitas

com eficácia somente após algum tempo de vida útil do empreendimento.

A ocorrência de fissuras e trincas foi identificada de forma pontual em ambos os

processos. Como houve apenas poucos casos específicos, não houve aprofundamento

sobre o estudo das causas, podendo ter havido problemas na produção das argamassas

ou na técnica de execução do revestimento. Em todos os casos, foram estabelecidas

ações imediatas de remoção da argamassa e nova aplicação, após restabelecidas as

condições da base.

(a) (b)

Figura 24 - Ocorrências de trincas e fissuras: (a) revestimento interno com

argamassa produzida na obra; (b) revestimento externo com argamassa

industrializada.

Page 81: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

66

4.1.2.3. Propriedades do contrapiso

Na obra, não foram realizados ensaios que permitissem a comparação de valores

para resistência mecânica, aderência, condições superficiais e compacidade. Apesar

disso, os dois tipos de argamassa apresentaram resultados satisfatórios para análises

qualitativas. No entanto, os locais executados com argamassa industrializada

apresentaram grãos de argamassa se soltando após um tempo em exposição sem

revestimento de piso.

Com relação a trabalhabilidade, não houve grandes diferenças na opinião dos

colaboradores entrevistados.

Figura 25 - Execução de contrapiso com argamassa produzida na obra.

4.1.3. Condições de canteiro

Os aspectos relacionados à logística, como recebimento, armazenamento e

estocagem dos insumos, produção e transporte dos insumos, apresentaram diferenças

significativas para análise de qual sistema deve ser selecionado para a obra.

4.1.3.1. Armazenamento dos insumos

A bibliografia (ABCP, 2002) mostra esse aspecto favorável à argamassa

industrializada porque os sacos de argamassa são o único insumo a ser armazenado e

controlado, enquanto a produção no canteiro requer estocagem e controle de cimento,

cal, areia, etc., necessitando maiores áreas e maior controle.

Na obra, no entanto, a argamassa industrializada apresentou adversidades

parecidas com a da produção em obra: foram utilizadas diferentes argamassas para cada

Page 82: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

67

tipo de utilização (chapisco, contrapiso, assentamento, etc.), necessitando separação

visual entre os tipos e, portanto, áreas de estocagem de dimensões semelhantes às dos

estoques de cimento e cal. Os ensacados também dispensaram cuidados e controle para

evitar perdas decorrentes de más condições de armazenamento, em ambos os sistemas.

Também foi necessário maior controle sobre a argamassa ensacada, para haver liberação

das argamassas para suas utilizações específicas.

A única vantagem desse aspecto no uso da argamassa ensacada foi dispensar uso

de areia, cujo armazenamento exige baias de grande extensão e cuidados especiais.

Apesar disso, esse insumo é usado na obra independente da forma de produção de

argamassa, pois é necessário a outros serviços.

4.1.3.2. Local de produção

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) considera que a argamassa

produzida em obra deve avaliar toda a logística do canteiro, pois a central abastece

vários pontos, enquanto a industrializada pode ser misturada no próprio local de

aplicação. Já CEOTO et al. mencionam a disposição e argamassadeiras no andar de

aplicação da argamassa.

No caso estudado, observou-se que a argamassa industrializada tinha sua mistura

realizada no local de aplicação, assim como previsto na bibliografia, dispensando

maiores preocupações com logística.

Para a argamassa produzida na obra, houve maior atenção à logística. A

metodologia adotou uma argamassadeira para cada frente de serviço. Nesse caso, foi

necessário o planejamento já descrito para localização das centrais e gestão de

armazenamento e transporte dos insumos, mas não houve necessidade de planejar a

localização de uma única central de produção que atendesse a todas as frentes.

4.1.3.3. Perdas nos insumos

A bibliografia (ABCP, 2002) mostra maior vantagem à argamassa

industrializada nesse aspecto, por não haver estoque de matérias-primas nem etapas de

manuseio, sendo mais provável a ocorrência de perdas na argamassa produzida na obra.

Page 83: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

68

Na obra, observou-se que os materiais ensacados têm os mesmos riscos de

perdas, sejam as argamassas industrializadas ou o cimento e a cal. Ambos têm os

mesmos procedimentos de descarga, armazenamento e transporte até o local de

utilização, podendo as perdas ocorrerem por rasgos ou outros danos nos sacos durante

essas etapas. Como os traços estabelecidos para produção na obra utilizam o saco de

cimento e o saco de cal como unidades de medida, estes são abertos apenas para a

colocação no equipamento de mistura, evitando a medição na padiola ou no dosador,

quando poderia haver perdas.

No caso da areia, o procedimento adotado também evita perdas, pois a areia

ganha tratamento de material ensacado durante o transporte até a central de produção,

sendo os sacos abertos apenas para colocação no equipamento de mistura. Durante o

ensacamento, também não há desperdício, pois a areia que seria "perdida" durante o

ensacamento permanece na baia.

4.1.3.4. Perdas no transporte da argamassa

A bibliografia (ABCP, 2002) coloca a argamassa industrializada como mais

vantajosa por possibilitar menos perdas no transporte devido à produção realizada

próximo ao local da aplicação, enquanto a produzida na obra percorre trajetos algumas

vezes longos até chegar ao local da aplicação.

No entanto, a produção da argamassa próximo ao local de aplicação

proporcionou o encurtamento dos trajetos entre os locais de produção e aplicação,

permitindo menos perdas durante esta etapa. A argamassa industrializada realmente teve

o benefício de ter a mistura feita no local da aplicação, mas foi satisfatório o resultado

da argamassa produzida em obra com relação a poucas perdas no transporte.

4.1.3.5. Mobilização dos meios de transporte

A bibliografia (ABCP, 2002) expõe que a argamassa industrializada tem melhor

proveito nesse aspecto por utilizar menos o elevador de obra, a grua, etc. enquanto a

produção em obra necessita desses recursos com mais frequência, competindo com

outras frentes de serviço que também os utilizam.

Page 84: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

69

Essa característica realmente foi observada no caso estudado: a argamassa

industrializada utilizava os meios de transporte com muito menos frequência, por

precisar levar ao local de utilização apenas a quantidade de sacos que seria utilizada.

A argamassa produzida em obra precisava fazer transporte vertical dos sacos de

cimento e cal, além de uma enorme quantidade de sacos de areia, já que a quantidade

por traço é bem grande. Porém, pôde-se utilizar a solução de fazer o transporte vertical

dos insumos fora do horário de pico, ao final do expediente. No entanto, as contratadas

se queixaram dessa saída, por requerer muitas horas extras da equipe de apoio.

Para o caso da argamassa produzida na obra para revestimento de fachada, em

que a central de massa estava localizada na cobertura (local que não era totalmente

protegido de intempéries), o transporte precisava ser feito no dia da aplicação, para

evitar alteração do grau de umidade da areia e reação dos aglomerantes antes da mistura

em caso de chuva ou umidade. Nesses casos, não havia como evitar o inconveniente do

uso dos meios de transporte no horário normal e "disputa" com outras frentes.

4.1.3.6. Instalações e consumo de água e energia

Segundo o Manual de Revestimentos da ABCP (2002), a produção no canteiro

permite instalações centralizadas na central de massa, enquanto o uso de argamassa

industrializada necessita de instalações nos vários pontos de aplicação.

Na obra, a argamassa produzida no canteiro foi realizada com várias centrais

para os diferentes serviços, o que necessitou de instalações para cada central. Já no uso

da argamassa industrializada, não foram utilizados equipamentos que necessitassem de

instalações elétricas, como betoneira ou argamassadeira. Já a água utilizada é coletada

através de um ponto de fornecimento disponibilizado por pavimento, para este e outros

fins. A água deve ser colhida pelo ajudante e levada até o local da aplicação.

4.1.3.7. Limitação de peso e altura

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) expõe que ambas as soluções

devem atentar para as cargas admissíveis das lajes onde ocorrem os estoques.

Essa observação se aplicou às duas soluções, de forma que os insumos

ensacados fossem armazenados respeitando o empilhamento máximo recomendado

Page 85: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

70

pelos fabricantes e pelas normas, além de sua carga ser inferior à carga suportada pela

laje. As baias de areia tiveram suas dimensões estipuladas de acordo com o local

escolhido e com o volume e peso de uma carga.

4.1.3.8. Manutenção de equipamentos

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) aponta que, para ambos os casos,

os equipamentos, como betoneira e argamassadeira, requerem manutenção que deve ser

dada pelo fornecedor.

No caso estudado, o uso da argamassa industrializada não se utilizou de

equipamentos elétricos, sendo utilizados apenas equipamentos básicos para mistura

manual. Já no caso da produção na obra, foram utilizados betoneira e misturador, que

necessitavam de manutenção com frequência pré-estabelecida, ou quando fosse

necessário por mau funcionamento.

Como a produção depende do funcionamento desses equipamentos, existe o

risco de defeito que pode ocasionar a interrupção da produção entre a falha e o conserto

do equipamento, daí a necessidade de manutenção preventiva. Ainda assim, houve casos

em que o equipamento apresentou defeito e foi necessária manutenção corretiva. Nesse

meio tempo, era necessário que outro equipamento, que estivesse atendendo a outra

atividade, se dividisse entre dois serviços. Isso fazia com que um dos serviços não fosse

interrompido, mas reduzia a produtividade.

Os equipamentos para transporte vertical também necessitam de manutenção e a

falta destes prejudica a logística e a produtividade dos serviços em ambos os processos.

No caso estudado, foram utilizados a grua e, posteriormente, o elevador de obra para tal

fim. Por um período curto, os blocos eram atendidos pelos dois equipamentos, podendo

na falta de um, utilizar o outro. No entanto, a maior parte do tempo da obra teve apenas

um equipamento por bloco. Como o atendimento para manutenção não era imediato,

houve grandes transtornos em relação a logística durante o tempo que não houve

elevador de obra, já que o transporte vertical pelas escadas reduz muito a produtividade

de transporte de materiais.

Page 86: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

71

Para isso, foi constatado que existe a necessidade essencial de manutenção

preventiva de todos os equipamentos envolvidos e de transporte antecipado

considerando estoque para vários dias de frente, em ambos os processos.

4.1.3.9. Disponibilidade de fornecedores

Segundo a ABCP (2002), há muitos fornecedores em ambos os processos e

deve-se ter cuidado para a seleção do fornecedor de areia.

Na obra estudada, não houve transtornos com relação a falta de material em

nenhum dos processos. Cimento, cal e argamassas industrializadas tiveram entregas

programadas e monitoramento dos estoques. Areia teve dois fornecedores aprovados

para atender à demanda do serviço.

4.1.3.10. Ajuste no traço

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) afirma que a argamassa

industrializada tem o traço padronizado e não permite ajuste durante a mistura, o que

pode ocorrer com a argamassa produzida em obra.

A situação observada na obra é de que, entre os componentes da argamassa

industrializada, existe a possibilidade de adaptação na quantidade de água por parte dos

colaboradores, caso não sigam a quantidade recomendada pelo fabricante, por julgar

que se deva adicionar mais água para melhorar propriedades como trabalhabilidade,

sendo essa prática desaconselhável pelos fabricantes e motivadora de diversas

patologias devido ao uso de relação água/cimento inadequado.

No caso da argamassa produzida em obra, também há potencial de ajuste da

quantidade de água, caso o colaborador não siga as recomendações e julgue que deve

ser adicionada mais água para melhorar algumas propriedades. Os outros componentes

não necessitam de ajuste, já que o proporcionamento é pré-definido.

O que pode ocorrer no caso da argamassa produzida em obra é que os

componentes sejam adicionados na quantidade errada, por falha na contagem de sacos

ao adicioná-los no equipamento. Isso pode ocorrer principalmente com a areia, que tem

um número maior de unidades a ser adicionada.

Page 87: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

72

O potencial de alteração da dosagem dos insumos por decisão dos colaboradores

foi desconsiderado, por ter sido avaliado que os treinamentos foram eficazes e os

colaboradores assimilaram bem a orientação de não alterar os traços definidos.

4.1.3.11. Responsabilidade na dosagem

A literatura (ABCP, 2002) coloca a dosagem da argamassa industrializada como

responsabilidade do fabricante, enquanto a produção em obra responsabiliza a

construtora.

Esse foi um dos motivos para adoção da argamassa produzida em obra, para

possibilitar maior controle da dosagem por parte da construtora. Ainda assim, a

argamassa industrializada contratada foi aprovada pelo projetista que também

estabeleceu a dosagem da argamassa produzida na obra, por julgar que ambas iriam

conferir propriedades semelhantes ao revestimento.

4.1.3.12. Domínio da tecnologia e treinamento

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) atenta para os problemas da

produção de argamassa na obra nesse aspecto: dosagem costuma ser empírica e

investimento em treinamento é necessário para alcançar boa produtividade.

No caso estudado, os problemas descritos não foram observados, uma vez que os

traços foram estabelecidos pelo projetista antes do início do serviço, de maneira muito

simplificada, o que facilitava a dosagem e evitou erros; ademais, a equipe de produção

de argamassa - relativamente pequena - possibilitava treinamentos simples e frequentes.

Para a equipe de aplicação de alvenaria e revestimentos, também foram realizados

treinamentos, sendo estes comuns a ambos os processos.

4.1.3.13. Mão de obra e produtividade

De acordo com o Manual de Revestimentos da ABP (2002), a produção no

canteiro consome mais mão de obra e vai contra a tendência de retirar do canteiro

atividades que não agregam valor direto ao produto final, enquanto o uso da argamassa

industrializada requer menos mão de obra e menos treinamento.

Page 88: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

73

O estudo de caso realmente expôs maior consumo de mão de obra na produção

em canteiro, representado pelos serventes para ensacamento e transporte da areia das

baias até as centrais de produção; e pelos operadores dos equipamentos de mistura dos

insumos. Esses serviços e seus respectivos colaboradores são necessários na produção

em obra, mas não no uso de argamassa industrializada. Além das desvantagens de

aumento da quantidade de colaboradores envolvidos, isso provoca grande impacto no

custo do processo convencional.

4.1.3.14. Planejamento

O Manual de Revestimentos da ABCP (2002) aponta necessidade de maior

planejamento em todas as etapas da produção de argamassa em obra, enquanto o uso de

argamassa industrializada permite maior flexibilidade. Foi o que realmente foi

observado na obra, como foi exposto no estudo de caso.

De um modo geral, ambas as metodologias envolveram etapas básicas de

planejamento que também abrangem a maioria dos materiais usados na obra, como:

programação, recebimento, armazenamento e controle da utilização dos materiais. No

entanto, a utilização da argamassa industrializada compreende o uso de apenas um

material controlado: a argamassa pronta fornecida em sacos, ainda que deva haver

controle dos vários tipos de argamassa utilizados (assentamento, revestimento externo,

contrapiso, etc.). No caso da produção na obra, há mais materiais a serem controlados,

entre eles a areia, que é o mais "crítico" devido às condições mais adversas de

armazenamento e dosagem e por exigir maior avaliação durante o recebimento.

Com relação à logística, a produção no canteiro exige mais planejamento e

monitoramento do que o uso da argamassa pronta. Os principais diferenciais da

produção no canteiro são o armazenamento, ensacamento e transporte de areia;

montagem das centrais de massa; e mobilização dos equipamentos. Na metodologia

adotada, o armazenamento e transporte de materiais ensacados apresentam dificuldade

semelhante em ambos os processos. O transporte da argamassa produzida até o local de

aplicação também não tem grandes diferenças, uma vez que a proximidade entre os

equipamentos de mistura e os locais de aplicação - conforme estabelecido na

metodologia para produção em obra - reduziram os percursos do material.

Page 89: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

74

4.1.4. Outras considerações da equipe de campo

Alguns colaboradores envolvidos na produção e na aplicação da argamassa,

como encarregados e pedreiros foram entrevistados para opinar sobre as diferenças e

preferências com relação aos dois processos adotados. Algumas opiniões relatadas

foram:

� A argamassa produzida na obra apresenta melhor trabalhabilidade, tanto na

aplicação quanto no acabamento, especialmente com a utilização de areia

fina. A maioria dos colaboradores definiu a argamassa usando a expressão

"mais macia".

� Para as etapas subsequentes - como pintura - a argamassa produzida na obra

também teve a preferência da maioria dos colaboradores;

� Os colaboradores preferem mistura mecânica, já que a mistura manual

demora muito tempo e demanda muito esforço para ser realizada. Na obra,

foi adotada mistura manual para a argamassa industrialiada.

� Nos testes dos equipamentos no início da obra, a argamassadeira teve

melhor desempenho para os traços de assentamento e revestimento, pois a

betoneira joga muita massa para fora devido à menor consistência da

argamassa, desperdiçando material e sujando o ambiente. Já para a

argamassa de contrapiso, a betoneira teve melhor desempenho, porque no

misturador apresentou formação de "bolas secas" (os colaboradores

utilizaram a expressão "argamassa embolada");

� Produção no canteiro tem a desvantagem de consumir muita mão de obra e

disputar os equipamentos de transporte - como grua e elevador - com outros

serviços. Com isso, o transporte de insumos demanda mais trabalho fora do

horário normal, o que acarreta pagamento de horas extras.

4.2. CONCLUSÕES

O trabalho mostrou que a argamassa industrializada era a opção mais viável para

o caso estudado, que tinha um terreno grande mas com dificuldades de logística. Apesar

Page 90: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

75

disso, o bom planejamento aliviou os obstáculos que o canteiro impunha a ambos os

processos. Além disso, houve diferenças significativas no custo, também favorecendo a

argamassa industrializada, principalmente devido à mistura manual adotada na obra,

sem uso de equipamentos e mão de obra indireta, ainda que essa prática não siga a

recomendação da norma.

Com relação às propriedades e ao cumprimento das funções do revestimento, os

dois processos apresentaram resultados semelhantes e satisfatórios qualitativamente, já

que não foram realizados ensaios que permitissem a comparação dos parâmetros em

valores.

Enfim, devido às dificuldades de logística apresentadas pela maioria dos

canteiros para recebimento, armazenamento, transporte e logística, o estudo mostrou a

argamassa industrializada fornecida em sacos como o processo mais vantajoso, por

levar os processos de produção da argamassa para fora da obra, onde são realizadas

apenas as etapas que necessariamente devem ser executadas na obra.

Apesar disso, a produção da argamassa na obra não demonstrou ser algo tão

complicado de ser planejado, implantado e operado como muitas referências expõem. É

uma solução que pode ser considerada, mas deve sim vir acompanhada de um bom

planejamento, como foi observado nesse estudo de caso.

4.3. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como propostas para trabalhos futuros que possam complementar essa e outras

pesquisas sobre o tema, são dadas as seguintes ideias:

• Complementar o comparativo entre os dois sistemas, através de ensaios,

para que haja valores que permitam uma comparação quantitativa do

desempenho dos dois processos.

• Dar continuidade à comparação de sistemas de produção de argamassa,

incluindo outras formas de produção, como argamassa dosada em central e

argamassa industrializada em silos.

Page 91: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

76

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS

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Janeiro, RJ, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

ABNT, 2006, Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento -

Procedimento, NBR 12655, Rio de Janeiro, RJ, Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT).

ABNT, 2013, Edificações habitacionais - Desempenho - Parte 3: Requisitos para os

sistemas de pisos, NBR 15575-3, Rio de Janeiro, RJ, Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT).

ABNT, 1984, Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos

cerâmicos, NBR 8545, Rio de Janeiro, RJ, Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT).

ABNT, 1998, Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas

inorgânicas - Procedimento, NBR 7200, Rio de Janeiro, RJ, Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT).

ABNT, 2013, Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas -

Terminologia, NBR 13529, Rio de Janeiro, RJ, Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT).

BARROS, M.M.S.B., SABBATINI, F.H., 1991, Tecnologia de produção de

contrapisos para edifícios habitacionais e comerciais. BT/PCC/44, Escola Politécnica

da USP, São Paulo, SP.

CARASEK, H., 2007, "Argamassas". In: ISAIA, G.C., Materiais de construção civil e

princípios de ciência e engenharia de materiais, 1. ed., chapter 26, São Paulo, SP,

IBRACON - Instituto Brasileiro do Concreto.

Page 92: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

77

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curvas granulométricas. BT/PCC/237, Escola Politécnica da USP, São Paulo, SP.

CEOTTO, L.H., BANDUK, R.C., NAKAKURA, E.H., 2005, "Revestimentos de

argamassas: boas práticas em projeto, execução e avaliação". In: Recomendações

Técnicas Habitare, v.1, 1. ed., Porto Alegre, RS, ANTAC.

COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO, 2006, Manual de revestimento de fachada. 1.

ed. Salvador, BA, Comunidade da Construção.

GODOY, E.H.P., BARROS, M.M.S.B., 2000, Diretrizes para produção de

contrapiso estanques. BT/PCC/268, Escola Politécnica da USP, São Paulo, SP.

MACIEL, L.L., BARROS, M.M.S.B., SABBATINI, F.H., 1998, Recomendações para

a execução de revestimentos de argamassa para paredes de vedação internas e

exteriores e tetos, São Paulo, SP.

MARTINELLI, F.A., HELENE, P.R.L., 1991, Uso, Funções e Propriedades das

Argamassas Mistas Destinadas ao Assentamento e Revestimento de Alvenarias,

São Paulo, SP.

QUARCIONI,V.A., CINCOTTO, M.A., 1998, Reconstituição de traço de

argamassas: atualização do método IPT. BT/PCC/207, Escola Politécnica da USP,

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SAURIN, T.A., FORMOSO, C.T., 2006, "Planejamento de canteiros de obra e gestão

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<http://www2.rio.rj.gov.br/sco/>.

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SP, Pini.

Page 93: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa
Page 94: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

1

APÊNDICE A - CONTROLE DE QUANTIDADE DE MATERIAL PARA ARGAMASSA PRODUZIDA NA OBRA

A.1 - Controle de quantidade para chapisco interno produzido na obra

CHAPISCO INTERNO - Argamassa produzida em obra

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Total m

ar/1

3

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

Bl. 1 Térreo 0 0 0 0 0 1 1

Bl. 1 1º Pav. 1 1 0 0 0 0 2

Bl. 1 2º Pav. 0 0 1 1 0 0 2

Bl. 1 3º Pav. 0 0 0 1 1 0 2

Bl. 2 Térreo 0 0 0 0 1 0 1

Bl. 2 1º Pav. 1 0 0 0 0 0 1

Bl. 2 2º Pav. 0 1 1 0 0 0 2

Bl. 2 3º Pav. 0 0 1 1 0 0 2

Total: 2 2 3 3 2 1 13

A.2 - Controle de quantidade para chapisco externo produzido na obra

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa produzida em obra

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Total

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

Bl. 1 Fachada 0 28 52 19 0 99

Bl. 1 Telhado 0 0 0 40 17 57

Bl. 2 Fachada 13 48 39 19 0 119

Bl. 2 Telhado 0 0 60 11 0 71

Total: 13 76 151 89 17 346

Page 95: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

2

A.3 - Controle de quantidade para argamassa de revestimento interno produzida

na obra

REVESTIMENTO INTERNO - Argamassa produzida em obra

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Total

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

Bl. 1 Térreo 0 0 0 0 0 7 24 31

Bl. 1 1º Pav. 0 42 69 12 0 0 0 123

Bl. 1 2º Pav. 0 0 0 54 64 0 0 118

Bl. 1 3º Pav. 0 0 0 0 49 66 0 115

Bl. 2 Térreo 0 0 0 0 14 27 0 41

Bl. 2 1º Pav. 13 73 18 0 0 0 0 104

Bl. 2 2º Pav. 0 0 53 68 0 0 0 121

Bl. 2 3º Pav. 0 0 0 47 73 0 0 120

Total: 13 115 140 181 200 100 24 773

A.4 - Controle de quantidade para argamassa de revestimento externo produzida

na obra

REVESTIMENTO EXTERNO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Total

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

Bl. 1 Fachada 1.527,73 0 93 176 63 0 332

Bl. 1 Telhado 805,82 0 0 0 106 43 149

Bl. 2 Fachada 1.649,31 46 168 137 67 0 418

Bl. 2 Telhado 805,82 0 0 0 142 25 167

Total: 4.788,68 46 261 313 378 68 1066

Page 96: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

3

Tabela 7 - Controle de quantidade para argamassa de contrapiso produzida na

obra

CONTRAPISO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço (m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Total

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

Bl. 1 Térreo 250,42 0 0 0 0 41 13 54

Bl. 1 1º Pav. 816,04 64 135 0 0 0 0 199

Bl. 1 2º Pav. 816,04 0 38 162 0 0 0 200

Bl. 1 3º Pav. 816,04 0 0 17 148 20 0 185

Bl. 2 Térreo 314,70 0 0 0 0 63 14 77

Bl. 2 1º Pav. 816,04 99 116 0 0 0 0 215

Bl. 2 2º Pav. 816,04 0 65 133 0 0 0 198

Bl. 2 3º Pav. 816,04 0 0 39 156 0 0 195

Total: 5.461,36 163 354 351 304 124 27 1323

Tabela 8 - Controle de quantidade para argamassa de assentamento produzida na

obra

ASSENTAMENTO - Argamassa produzida em obra

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (traço/mês)

Total

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

Bl. 1 Térreo 0 0 0 0 0 125 54 179

Bl. 1 1º Pav. 75 62 0 0 0 0 0 137

Bl. 1 2º Pav. 0 16 73 37 0 0 0 126

Bl. 1 3º Pav. 0 0 0 32 79 0 0 111

Bl. 2 Térreo 0 0 0 0 0 104 72 176

Bl. 2 1º Pav. 126 33 0 0 0 0 0 159

Bl. 2 2º Pav. 0 79 68 11 0 0 0 158

Bl. 2 3º Pav. 0 0 0 88 61 0 0 149

Total: 201 190 141 168 140 229 126 1195

Page 97: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

4

APÊNDICE B - CONTROLE DE QUANTIDADE DE MATERIAL PARA ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA

B.1 - Controle de quantidade para chapisco interno industrializado

CHAPISCO INTERNO - Argamassa industrializada

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (sc/mês)

Total

nov/

12

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

Bl. 3 Térreo 0 0 0 0 0 0 0 9 18 17 44 Bl. 3 1º Pav. 0 0 0 0 6 11 0 0 0 0 17 Bl. 3 2º Pav. 0 0 0 0 0 10 13 0 0 0 23 Bl. 3 3º Pav. 0 0 0 0 0 0 10 12 0 0 22 Bl. 4 Térreo 0 0 0 0 0 0 13 6 0 0 19 Bl. 4 1º Pav. 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 9 Bl. 4 2º Pav. 0 0 0 0 7 3 0 0 0 0 10 Bl. 4 3º Pav. 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 9 Bl. 5 Térreo 0 0 0 8 16 16 0 0 0 0 40 Bl. 5 1º Pav. 6 14 0 0 0 0 0 0 0 0 20 Bl. 5 2º Pav. 0 8 11 0 0 0 0 0 0 0 19 Bl. 5 3º Pav. 0 0 10 10 0 0 0 0 0 0 20

Total: 6 22 21 27 29 49 36 27 18 17 252

B.2 - Controle de quantidade para chapisco externo industrializado

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa industrializada

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (sc/mês)

Total

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

nov/

13

Bl. 3 Fachada 0 0 0 0 57 93 45 31 226 Bl. 3 Telhado 0 0 0 0 0 42 120 0 162 Bl. 4 Fachada 0 0 14 76 28 0 0 0 118 Bl. 4 Telhado 0 0 0 0 83 11 0 0 94 Bl. 5 Fachada 33 91 52 41 0 0 0 0 217 Bl. 5 Telhado 0 0 85 95 0 0 0 0 180

Total: 33 91 151 212 168 146 165 31 997

Page 98: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

5

B.3 - Controle de quantidade para argamassa de revestimento interno

industrializada

REVESTIMENTO INTERNO - Argamassa industrializada

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (sc/mês)

Total

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

Bl. 3 Térreo 0 0 0 0 0 0 0 116 43 159 Bl. 3 1º Pav. 0 0 0 19 45 0 0 0 0 64 Bl. 3 2º Pav. 0 0 0 0 41 42 0 0 0 83 Bl. 3 3º Pav. 0 0 0 0 0 32 47 0 0 79 Bl. 4 Térreo 0 0 0 0 0 59 11 0 0 70 Bl. 4 1º Pav. 0 0 29 6 0 0 0 0 0 35 Bl. 4 2º Pav. 0 0 0 30 8 0 0 0 0 38 Bl. 4 3º Pav. 0 0 0 0 36 0 0 0 0 36 Bl. 5 Térreo 0 0 0 99 45 0 0 0 0 144 Bl. 5 1º Pav. 60 13 0 0 0 0 0 0 0 73 Bl. 5 2º Pav. 7 45 18 0 0 0 0 0 0 70 Bl. 5 3º Pav. 0 6 57 9 0 0 0 0 0 72

Total: 67 64 104 163 175 133 58 116 43 923

B.4 - Controle de quantidade para argamassa de revestimento externo

industrializada

REVESTIMENTO EXTERNO - Argamassa industrializada

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (sc/mês)

Total

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

out/

13

nov/

13

Bl. 3 Fachada 0 0 0 0 543 785 382 302 2012 Bl. 3 Telhado 0 0 0 0 0 375 1069 0 1444 Bl. 4 Fachada 0 0 115 670 262 0 0 0 1047 Bl. 4 Telhado 0 0 0 0 736 100 0 0 836 Bl. 5 Fachada 251 832 445 406 0 0 0 0 1934 Bl. 5 Telhado 0 0 755 851 0 0 0 0 1606

Total: 251 832 1315 1927 1541 1260 1451 302 8879

Page 99: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

6

B.5 - Controle de quantidade para argamassa de contrapiso industrializada

CONTRAPISO - Argamassa industrializada

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (sc/mês)

Total

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

ago/

13

set/

13

Bl. 3 Térreo 0 0 0 0 0 0 41 204 126 371 Bl. 3 1º Pav. 0 0 0 244 454 0 0 0 0 698 Bl. 3 2º Pav. 0 0 0 0 272 392 0 0 0 664 Bl. 3 3º Pav. 0 0 0 0 0 258 422 0 0 680 Bl. 4 Térreo 0 0 0 0 0 134 26 0 0 160 Bl. 4 1º Pav. 0 0 297 29 0 0 0 0 0 326 Bl. 4 2º Pav. 0 0 0 295 36 0 0 0 0 331 Bl. 4 3º Pav. 0 0 0 0 322 0 0 0 0 322 Bl. 5 Térreo 0 0 46 120 221 0 0 0 0 387 Bl. 5 1º Pav. 479 186 0 0 0 0 0 0 0 665 Bl. 5 2º Pav. 51 413 171 0 0 0 0 0 0 635 Bl. 5 3º Pav. 0 58 502 69 0 0 0 0 0 629

Total: 530 657 1016 757 1305 784 489 204 126 5868

B.6 - Controle de quantidade para argamassa de assentamento industrializada

ASSENTAMENTO - Argamassa industrializada

Local

QUANTIDADE DE MATERIAL (sc/mês)

Total

nov/

12

dez/

12

jan/

13

fev/

13

mar

/13

abr/

13

mai

/13

jun/

13

jul/

13

Bl. 3 Térreo 0 0 0 0 0 0 203 1019 630 1852 Bl. 3 1º Pav. 0 0 0 269 499 0 0 0 0 768 Bl. 3 2º Pav. 0 0 0 0 309 445 0 0 0 754 Bl. 3 3º Pav. 0 0 0 0 0 309 503 0 0 812 Bl. 4 Térreo 0 0 0 0 0 811 155 0 0 966 Bl. 4 1º Pav. 0 0 321 32 0 0 0 0 0 353 Bl. 4 2º Pav. 0 0 0 309 38 0 0 0 0 347 Bl. 4 3º Pav. 0 0 0 0 338 0 0 0 0 338 Bl. 5 Térreo 0 0 240 619 1138 0 0 0 0 1997 Bl. 5 1º Pav. 499 194 0 0 0 0 0 0 0 693 Bl. 5 2º Pav. 54 442 184 0 0 0 0 0 0 680 Bl. 5 3º Pav. 0 60 531 73 0 0 0 0 0 664

Total: 553 696 1276 1302 2322 1565 861 1019 630 10224

Page 100: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

7

APÊNDICE C - ÍNDICES DE CONSUMO DE INSUMOS EM ARGAMASSA PRODUZIDA EM OBRA

C.1 - Consumo de insumos para produção de argamassa para chapisco interno na

obra

CHAPISCO INTERNO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL CONSUMO

Traços Areia Cimento Aditivo Areia Cimento Aditivo

m³ kg kg m³/m² kg/m² kg/m²

Bl. 1 Térreo 13,64 1 0,130 50 2,86 0,010 3,650 0,209 Bl. 1 1º Pav. 34,00 2 0,260 100 5,72 0,008 2,950 0,169 Bl. 1 2º Pav. 34,00 2 0,260 100 5,72 0,008 2,950 0,169 Bl. 1 3º Pav. 34,00 2 0,260 100 5,72 0,008 2,950 0,169 Bl. 2 Térreo 13,64 1 0,130 50 2,86 0,010 3,650 0,209 Bl. 2 1º Pav. 34,00 1 0,130 50 2,86 0,004 1,450 0,083 Bl. 2 2º Pav. 34,00 2 0,260 100 5,72 0,008 2,950 0,169 Bl. 2 3º Pav. 34,00 2 0,260 100 5,72 0,008 2,950 0,169

Total: 231,28 13 1,690 650 37,18 0,007 2,800 0,161

C.2 - Consumo de insumos para produção de argamassa para chapisco externo na

obra

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL CONSUMO

Traços Areia Cimento Aditivo Areia Cimento Aditivo

m³ kg kg m³/m² kg/m² kg/m²

Bl. 1 Fachada 1.527,73 99 12,870 4950 283,14 0,008 3,250 0,186 Bl. 1 Telhado 805,82 57 7,410 2850 163,02 0,009 3,550 0,203 Bl. 2 Fachada 1.649,31 119 15,470 5950 340,34 0,009 3,600 0,206 Bl. 2 Telhado 805,82 71 9,230 3550 203,06 0,011 4,400 0,252

Total: 4.788,68 346 44,980 17300 989,56 0,009 3,600 0,207

Page 101: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

8

C.3 - Consumo de insumos para produção de argamassa para revestimento interno

na obra

REVESTIMENTO INTERNO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL CONSUMO

Traços Areia Cimento Cal Areia Cimento Cal

m³ kg kg m³/m² kg/m² kg/m²

Bl. 1 Térreo 239,16 31 8,866 1550 620 0,037 6,500 2,600 Bl. 1 1º Pav. 762,87 123 35,178 6150 2460 0,046 8,050 3,220 Bl. 1 2º Pav. 762,87 118 33,748 5900 2360 0,044 7,750 3,100 Bl. 1 3º Pav. 762,87 115 32,890 5750 2300 0,043 7,550 3,020 Bl. 2 Térreo 298,95 41 11,726 2050 820 0,039 6,850 2,740 Bl. 2 1º Pav. 762,87 104 29,744 5200 2080 0,039 6,800 2,720 Bl. 2 2º Pav. 762,87 121 34,606 6050 2420 0,045 7,950 3,180 Bl. 2 3º Pav. 762,87 120 34,320 6000 2400 0,045 7,850 3,140

Total: 5.115,33 773 221,078 38650 15460 0,043 7,550 3,020

C.4 - Consumo de insumos para produção de argamassa para revestimento

externo na obra

REVESTIMENTO EXTERNO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL CONSUMO

Traços Areia Cimento Cal Areia Cimento Cal

m³ kg kg m³/m² kg/m² kg/m²

Bl. 1 Fachada 1.527,73 332 94,952 16600 6640 0,062 10,850 4,340 Bl. 1 Telhado 805,82 149 42,614 7450 2980 0,053 9,250 3,700 Bl. 2 Fachada 1.649,31 418 119,548 20900 8360 0,072 12,650 5,060 Bl. 2 Telhado 805,82 167 47,762 8350 3340 0,059 10,350 4,140

Total: 4.788,68 1066 304,876 53300 21320 0,064 11,150 4,460

Page 102: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

9

C.5 - Consumo de insumos para produção de argamassa para contrapiso na obra

CONTRAPISO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Traços Areia Cimento Areia Cimento

m³ kg m³/m² kg/m²

Bl. 1 Térreo 250,42 54 15,444 2700 0,062 10,800 Bl. 1 1º Pav. 816,04 199 56,914 9950 0,07 12,200 Bl. 1 2º Pav. 816,04 200 57,200 10000 0,07 12,250 Bl. 1 3º Pav. 816,04 185 52,910 9250 0,065 11,350 Bl. 2 Térreo 314,70 77 22,022 3850 0,07 12,250 Bl. 2 1º Pav. 816,04 215 61,490 10750 0,075 13,150 Bl. 2 2º Pav. 816,04 198 56,628 9900 0,069 12,150 Bl. 2 3º Pav. 816,04 195 55,770 9750 0,068 11,950

Total: 5.461,36 1323 378,378 66150 0,069 12,100

C.6 - Consumo de insumos para produção de argamassa para assentamento na

obra

ASSENTAMENTO - Argamassa produzida em obra

Local Serviço

(m²)

QUANTIDADE DE MATERIAL CONSUMO

Traços Areia Cimento Cal Areia Cimento Cal

m³ kg kg m³/m² kg/m² kg/m²

Bl. 1 Térreo 2.409,01 179 51,194 8950 3580 0,021 3,700 1,480 Bl. 1 1º Pav. 2.253,61 137 39,182 6850 2740 0,017 3,050 1,220 Bl. 1 2º Pav. 2.253,61 126 36,036 6300 2520 0,016 2,800 1,120 Bl. 1 3º Pav. 2.253,61 111 31,746 5550 2220 0,014 2,450 0,980 Bl. 2 Térreo 1.859,99 176 50,336 8800 3520 0,027 4,750 1,900 Bl. 2 1º Pav. 2.253,61 159 45,474 7950 3180 0,02 3,550 1,420 Bl. 2 2º Pav. 2.253,61 158 45,188 7900 3160 0,02 3,500 1,400 Bl. 2 3º Pav. 2.253,61 149 42,614 7450 2980 0,019 3,300 1,320

Total: 17.790,66 1195 341,77 59750 23900 0,019 3,350 1,340

Page 103: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

10

APÊNDICE D - ÍNDICES DE CONSUMO DE ARGAMASSA

INDUSTRIALIZADA

D.1 - Consumo de argamassa industrializada para chapisco interno

CHAPISCO INTERNO - Argamassa industrializada

Local Serviço

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Argamassa Agamassa Argamassa

m² sc kg kg/m²

Bl. 3 Térreo 193,44 44 880 4,55 Bl. 3 1º Pav. 75,88 17 340 4,48 Bl. 3 2º Pav. 75,88 23 460 6,06 Bl. 3 3º Pav. 75,88 22 440 5,80 Bl. 4 Térreo 78,08 19 380 4,87 Bl. 4 1º Pav. 34,80 9 180 5,17 Bl. 4 2º Pav. 34,80 10 200 5,75 Bl. 4 3º Pav. 34,80 9 180 5,17 Bl. 5 Térreo 166,44 40 800 4,81 Bl. 5 1º Pav. 69,20 20 400 5,78 Bl. 5 2º Pav. 69,20 19 380 5,49 Bl. 5 3º Pav. 69,20 20 400 5,78

Total: 977,60 252 5.040 5,16

D.2 - Consumo de argamassa industrializada para chapisco externo

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa industrializada

Local Serviço

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Argamassa Agamassa Argamassa

m² sc kg kg/m²

Bl. 3 Fachada 1.000,64 226 4.520 4,52 Bl. 3 Telhado 705,84 162 3.240 4,59 Bl. 4 Fachada 494,43 118 2.360 4,77 Bl. 4 Telhado 350,54 94 1.880 5,36 Bl. 5 Fachada 936,49 217 4.340 4,63 Bl. 5 Telhado 696,30 180 3.600 5,17

Total: 4.184,24 997 19.940 4,77

Page 104: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

11

D.3 - Consumo de argamassa industrializada para revestimento interno

REVESTIMENTO INTERNO - Argamassa industrializada

Local Serviço

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Argamassa Agamassa Argamassa

m² sc kg kg/m²

Bl. 3 Térreo 193,44 159 7.950 41,10 Bl. 3 1º Pav. 75,88 64 3.200 42,17 Bl. 3 2º Pav. 75,88 83 4.150 54,69 Bl. 3 3º Pav. 75,88 79 3.950 52,06 Bl. 4 Térreo 78,08 70 3.500 44,83 Bl. 4 1º Pav. 34,80 35 1.750 50,29 Bl. 4 2º Pav. 34,80 38 1.900 54,60 Bl. 4 3º Pav. 34,80 36 1.800 51,72 Bl. 5 Térreo 166,44 144 7.200 43,26 Bl. 5 1º Pav. 69,20 73 3.650 52,75 Bl. 5 2º Pav. 69,20 70 3.500 50,58 Bl. 5 3º Pav. 69,20 72 3.600 52,02

Total: 977,60 923 46.150 47,21

D.4 - Consumo de argamassa industrializada para revestimento externo

REVESTIMENTO EXTERNO - Argamassa industrializada

Local Serviço

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Argamassa Agamassa Argamassa

m² sc kg kg/m²

Bl. 3 Fachada 1.000,64 2.012 100.600 100,54 Bl. 3 Telhado 705,84 1.444 72.200 102,29 Bl. 4 Fachada 494,43 1.047 52.350 105,88 Bl. 4 Telhado 350,54 836 41.800 119,25 Bl. 5 Fachada 936,49 1.934 96.700 103,26 Bl. 5 Telhado 696,30 1.606 80.300 115,32

Total: 4.184,24 8.879 443.950 106,10

Page 105: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

12

D.5 - Consumo de argamassa industrializada para contrapiso

CONTRAPISO

Local Serviço

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Argamassa Agamassa Argamassa

m² sc kg kg/m²

Bl. 3 Térreo 189,19 371 18.550 98,05 Bl. 3 1º Pav. 376,41 698 34.900 92,72 Bl. 3 2º Pav. 376,41 664 33.200 88,20 Bl. 3 3º Pav. 376,41 680 34.000 90,33 Bl. 4 Térreo 83,39 160 8.000 95,94 Bl. 4 1º Pav. 179,79 326 16.300 90,66 Bl. 4 2º Pav. 179,79 331 16.550 92,05 Bl. 4 3º Pav. 179,79 322 16.100 89,55 Bl. 5 Térreo 207,20 387 19.350 93,39 Bl. 5 1º Pav. 372,54 665 33.250 89,25 Bl. 5 2º Pav. 372,54 635 31.750 85,23 Bl. 5 3º Pav. 372,54 629 31.450 84,42

Total: 3.266,00 5.868 293.400 89,84

D.6 - Consumo de argamassa industrializada para assentamento

ASSENTAMENTO - Argamassa industrializada

Local Serviço

QUANTIDADE DE MATERIAL

CONSUMO

Argamassa Agamassa Argamassa

m² sc kg kg/m²

Bl. 3 Térreo 2.891,16 1.852 92.600 32,03 Bl. 3 1º Pav. 1.563,08 768 38.400 24,57 Bl. 3 2º Pav. 1.563,08 754 37.700 24,12 Bl. 3 3º Pav. 1.563,08 812 40.600 25,97 Bl. 4 Térreo 1.525,90 966 48.300 31,65 Bl. 4 1º Pav. 702,11 353 17.650 25,14 Bl. 4 2º Pav. 702,11 347 17.350 24,71 Bl. 4 3º Pav. 702,11 338 16.900 24,07 Bl. 5 Térreo 3.122,81 1.997 99.850 31,97 Bl. 5 1º Pav. 1.366,41 693 34.650 25,36 Bl. 5 2º Pav. 1.366,41 680 34.000 24,88 Bl. 5 3º Pav. 1.366,41 664 33.200 24,30

Total: 18.434,67 10.224 511.200 27,73

Page 106: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

13

APÊNDICE E - ESTUDO PRELIMINAR DE CUSTO DA ARGAMASSA

PRODUZIDA EM OBRA

E.1 - Estudo preliminar para chapisco interno produzido na obra

CHAPISCO INTERNO - Argamassa produzida em obra 231,28 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 2,430 sc 562,01 R$ 0,42 R$ 236,04 R$ 1,02

Areia m³/m² 0,006 m³ 1,41 R$ 67,23 R$ 94,85 R$ 0,41

Aditivo para chapisco

kg/m² 0,250 kg 57,82 R$ 5,41 R$ 312,81 R$ 1,35

Pedreiro h/m² 0,100 h 23,13 R$ 15,17 R$ 350,85 R$ 1,52

Servente h/m² 0,150 h 34,69 R$ 11,03 R$ 382,65 R$ 1,65

R$ 1.377,20 R$ 5,95

E.2 - Estudo preliminar para chapisco externo produzido na obra

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa produzida em obra 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 2,430 sc 11.636,49 R$ 0,42 R$ 4.887,33 R$ 1,02

Areia m³/m² 0,006 m³ 29,21 R$ 67,23 R$ 1.963,85 R$ 0,41

Aditivo para chapisco

kg/m² 0,250 kg 1.197,17 R$ 5,41 R$ 6.476,69 R$ 1,35

Pedreiro h/m² 0,100 h 478,87 R$ 15,17 R$ 7.264,43 R$ 1,52

Servente h/m² 0,150 h 718,30 R$ 11,03 R$ 7.922,87 R$ 1,65

R$ 28.515,17 R$ 5,95

Page 107: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

14

E.3 - Estudo preliminar para argamassa de emboço interno produzida na obra

EMBOÇO INTERNO - Argamassa produzida em obra 5.115,33 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 3,640 kg 18.619,80 R$ 0,42 R$ 7.820,32 R$ 1,53

Cal kg/m² 3,640 kg 18.619,80 R$ 0,24 R$ 4.468,75 R$ 0,87

Areia m³/m² 0,024 m³ 124,81 R$ 67,23 R$ 8.391,25 R$ 1,64

Pedreiro h/m² 0,600 m² 3.069,20 R$ 15,17 R$ 46.559,73 R$ 9,10

Servente h/m² 0,800 h 4.092,26 R$ 11,03 R$ 45.137,67 R$ 8,82

R$ 112.377,72 R$ 21,97

E.4 - Estudo preliminar para argamassa de emboço externo produzida na obra

EMBOÇO EXTERNO - Argamassa produzida em obra 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 6,075 kg 29.091,23 R$ 0,42 R$ 12.218,32 R$ 2,55

Cal kg/m² 6,075 kg 29.091,23 R$ 0,24 R$ 6.981,90 R$ 1,46

Areia m³/m² 0,031 m³ 146,05 R$ 67,23 R$ 9.819,26 R$ 2,05

Pedreiro h/m² 0,820 h 3.926,72 R$ 15,17 R$ 59.568,31 R$ 12,44

Servente h/m² 0,660 h 3.160,53 R$ 11,03 R$ 34.860,63 R$ 7,28

R$ 123.448,41 R$ 25,78

Page 108: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

15

E.5 - Estudo preliminar para argamassa de contrapiso produzida na obra

CONTRAPISO - Argamassa produzida em obra 5.461,36 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 8,760 sc 47.841,51 R$ 0,42 R$ 20.093,44 R$ 3,68

Areia m³/m² 0,037 m³ 199,89 R$ 67,23 R$ 13.438,32 R$ 2,46

Pedreiro h/m² 0,250 h 1.365,34 R$ 15,17 R$ 20.712,21 R$ 3,79

Servente h/m² 0,550 h 3.003,75 R$ 11,03 R$ 33.131,34 R$ 6,07

R$ 87.375,30 R$ 16,00

E.6 - Estudo preliminar para argamassa de assentamento produzida na obra

ASSENTAMENTO - Argamassa produzida em obra 17.790,66 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 4,750 kg 84.509,19 R$ 0,42 R$ 35.493,86 R$ 2,00

Cal kg/m² 4,750 kg 84.509,19 R$ 0,24 R$ 20.282,21 R$ 1,14

Areia m³/m² 0,032 m³ 566,49 R$ 67,23 R$ 38.085,14 R$ 2,14

Pedreiro h/m² 1,600 h 28.465,06 R$ 15,17 R$ 431.814,90 R$ 24,27

Servente h/m² 1,861 h 33.108,42 R$ 11,03 R$ 365.185,85 R$ 20,53

R$ 890.861,96 R$ 50,07

Page 109: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

16

APÊNDICE F - ESTUDO PRELIMINAR DE CUSTO DA ARGAMASSA

INDUSTRIALIZADA

F.1 - Estudo preliminar para argamassa industrializada para chapisco interno

CHAPISCO INTERNO - Argamassa industrializada 231,28 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Chapisco m³/m² 0,005 m³ 1,16 R$ 463,50 R$ 535,99 R$ 2,32

Pedreiro h/m² 0,100 h 23,13 R$ 15,17 R$ 350,85 R$ 1,52

Servente h/m² 0,100 h 23,13 R$ 11,03 R$ 255,10 R$ 1,10

R$ 1.141,95 R$ 4,94

F.2 - Estudo preliminar para argamassa industrializada para chapisco externo

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa industrializada 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Chapisco m³/m² 0,005 m³ 23,94 R$ 463,50 R$ 11.097,77 R$ 2,32

Pedreiro h/m² 0,100 h 478,87 R$ 15,17 R$ 7.264,43 R$ 1,52

Servente h/m² 0,100 h 478,87 R$ 11,03 R$ 5.281,91 R$ 1,10

R$ 23.644,11 R$ 4,94

Page 110: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

17

F.3 - Estudo preliminar para argamassa industrializada para emboço interno

EMBOÇO INTERNO - Argamassa industrializada 5.115,33 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Argamassa m³/m² 0,020 m³ 102,31 R$ 344,76 R$ 35.271,22 R$ 6,90

Pedreiro h/m² 0,600 h 3.069,20 R$ 15,17 R$ 46.559,73 R$ 9,10

Servente h/m² 0,600 h 3.069,20 R$ 11,03 R$ 33.853,25 R$ 6,62

R$ 115.684,21 R$ 22,62

F.4 - Estudo preliminar para argamassa industrializada para emboço externo

EMBOÇO EXTERNO - Argamassa industrializada 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Argamassa m³/m² 0,025 m³ 119,72 R$ 344,76 R$ 41.273,63 R$ 8,62

Pedreiro h/m² 0,820 h 3.926,72 R$ 15,17 R$ 59.568,31 R$ 12,44

Servente h/m² 0,410 h 1.963,36 R$ 11,03 R$ 21.655,85 R$ 4,52

R$ 122.497,79 R$ 25,58

Page 111: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

18

F.5 - Estudo preliminar para argamassa industrializada para contrapiso

CONTRAPISO - Argamassa industrializada 5.461,36 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Argamassa m³/m² 0,030 m³ 163,84 R$ 311,35 R$ 51.011,83 R$ 9,34

Pedreiro h/m² 0,250 h 1.365,34 R$ 15,17 R$ 20.712,21 R$ 3,79

Servente h/m² 0,250 h 1.365,34 R$ 11,03 R$ 15.059,70 R$ 2,76

R$ 86.783,74 R$ 15,89

F.6 - Estudo preliminar para argamassa industrializada para chapisco interno

ASSENTAMENTO - Argamassa industrializada 17.790,66 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Argamassa m³/m² 0,026 m³ 464,34 R$ 344,76 R$ 160.084,56 R$ 9,00

Pedreiro h/m² 1,600 h 28.465,06 R$ 15,17 R$ 431.814,90 R$ 24,27

Servente h/m² 1,600 h 28.465,06 R$ 11,03 R$ 313.969,57 R$ 17,65

R$ 905.869,02 R$ 50,92

Page 112: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

19

APÊNDICE G - ORÇAMENTO FINAL DE ARGAMASSA PRODUZIDA EM

OBRA

G.1 - Orçamento final para chapisco interno produzido na obra

CHAPISCO INTERNO - Argamassa produzida em obra 231,28 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 2,800 kg 647,58 R$ 0,39 R$ 252,56 R$ 1,09

Areia m³/m² 0,007 m³ 1,62 R$ 62,00 R$ 100,38 R$ 0,43

Aditivo para chapisco

kg/m² 0,161 kg 37,24 R$ 6,80 R$ 253,21 R$ 1,09

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 231,28 R$ 4,40 R$ 1.017,63 R$ 4,40

Servente - - H x mês

0,05 R$ 2.574,00 R$ 141,11 R$ 0,61

R$ 1.764,88 R$ 7,63

G.2 - Orçamento final para chapisco externo produzido na obra

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa produzida em obra 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento sc/m² 3,600 sc 17.239,25 R$ 0,39 R$ 6.723,31 R$ 1,40

Areia m³/m² 0,009 m³ 43,10 R$ 62,00 R$ 2.672,08 R$ 0,56

Aditivo para chapisco

kg/m² 0,207 kg 991,26 R$ 6,80 R$ 6.740,55 R$ 1,41

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 4.788,68 R$ 7,15 R$ 34.239,06 R$ 7,15

Servente - - H x mês

1,32 R$ 2.574,00 R$ 3.396,24 R$ 0,71

R$ 53.771,24 R$ 11,23

Page 113: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

20

G.3 - Orçamento final para argamassa de emboço interno produzida na obra

EMBOÇO INTERNO - Argamassa produzida em obra 5.115,33 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 7,550 kg 38.620,74 R$ 0,39 R$ 15.062,09 R$ 2,94

Cal kg/m² 3,020 kg 15.448,30 R$ 0,37 R$ 5.715,87 R$ 1,12

Areia m³/m² 0,043 m³ 219,96 R$ 62,00 R$ 13.637,47 R$ 2,67

M.O. empreitada m²/m² 1,000 m² 5.115,33 R$ 23,11 R$ 118.215,28 R$ 23,11

Argamassadeira - - un x mês

12,00 R$ 990,00 R$ 11.880,00 R$ 2,32

Operador de equipamento

- - H x mês 12,00 R$ 3.455,10 R$ 41.461,20 R$ 8,11

Servente - - H x mês 7,46 R$ 2.574,00 R$ 19.213,45 R$ 3,76

R$ 225.185,35 R$ 44,02

G.4 - Orçamento final para argamassa de emboço externo produzida na obra

EMBOÇO EXTERNO - Argamassa produzida em obra 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 11,150 kg 53.393,78 R$ 0,39 R$ 20.823,57 R$ 4,35

Cal kg/m² 4,460 kg 21.357,51 R$ 0,37 R$ 7.902,28 R$ 1,65

Areia m³/m² 0,064 m³ 306,48 R$ 62,00 R$ 19.001,48 R$ 3,97

M.O. empreitada m²/m² 1,000 m² 4.788,68 R$ 36,87 R$ 176.558,63 R$ 36,87

Argamassadeira - - un. x mês

9,00 R$ 990,00 R$ 8.910,00 R$ 1,86

Operador de equipamento

- - H x mês

9,00 R$ 3.455,10 R$ 31.095,90 R$ 6,49

Servente - - H x mês

9,99 R$ 2.574,00 R$ 25.710,49 R$ 5,37

R$ 290.002,36 R$ 60,56

Page 114: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

21

G.5 - Orçamento final para argamassa de contrapiso produzida na obra

CONTRAPISO - Argamassa produzida em obra 5.461,36 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 12,100 kg 66.082,46 R$ 0,39 R$ 25.772,16 R$ 4,72

Areia m³/m² 0,069 m³ 376,83 R$ 62,00 R$ 23.363,70 R$ 4,28

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 5.461,36 R$ 22,01 R$ 120.204,53 R$ 22,01

Betoneira - - un. x mês

12,00 R$ 200,00 R$ 2.400,00 R$ 0,44

Operador de equipamento

- - H x mês

12,00 R$ 3.455,10 R$ 41.461,20 R$ 7,59

Servente - - H x mês

6,48 R$ 2.574,00 R$ 16.681,21 R$ 3,05

R$ 229.882,80 R$ 42,09

G.6 - Orçamento final para argamassa de assentamento produzida na obra

ASSENTAMENTO - Argamassa produzida em obra 17.790,66 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Cimento kg/m² 3,350 kg 59.598,71 R$ 0,39 R$ 23.243,50 R$ 1,31

Cal kg/m² 1,340 kg 23.839,48 R$ 0,37 R$ 8.820,61 R$ 0,50

Areia m³/m² 0,019 m³ 338,02 R$ 62,00 R$ 20.957,40 R$ 1,18

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 17.790,66 R$ 24,50 R$ 435.871,17 R$ 24,50

Argamassadeira - - un. x mês

14,00 R$ 990,00 R$ 13.860,00 R$ 0,78

Operador de equipamento

- - H x mês

14,00 R$ 3.455,10 R$ 48.371,40 R$ 2,72

Servente - - H x mês

18,69 R$ 2.574,00 R$ 48.113,50 R$ 2,70

R$ 599.237,57 R$ 33,68

Page 115: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

22

APÊNDICE H - OÇAMENTO FINAL DE ARGAMASSA INDUSTRALIZADA

H.1 - Orçamento final para argamassa industrializada para chapisco interno

CHAPISCO INTERNO - Argamassa industrializada 231,28 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 5,155 kg 1.192,25 R$ 0,38 R$ 453,05 R$ 1,96

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 231,28 R$ 4,40 R$ 1.017,63 R$ 4,40

R$ 1.470,69 R$ 6,36

H.2 - Orçamento final para argamassa industrializada para chapisco externo

CHAPISCO EXTERNO - Argamassa industrializada 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 4,766 kg 22.822,85 R$ 0,38 R$ 8.672,68 R$ 1,81

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 4.788,68 R$ 7,15 R$ 34.239,06 R$ 7,15

R$ 42.911,74 R$ 8,96

H.3 - Orçamento final para argamassa industrializada para emboço interno

EMBOÇO INTERNO - Argamassa industrializada 5.115,33 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 47,207 kg 241.479,38 R$ 0,20 R$ 48.295,88 R$ 9,44

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 5.115,33 R$ 23,11 R$ 118.215,28 R$ 23,11

R$ 166.511,15 R$ 32,55

Page 116: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

23

H.4 - Orçamento final para argamassa industrializada para emboço externo

EMBOÇO EXTERNO - Argamassa industrializada 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 106,101 kg 508.083,74 R$ 0,20 R$ 101.616,75 R$ 21,22

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 4.788,68 R$ 36,87 R$ 176.558,63 R$ 36,87

R$ 278.175,38 R$ 58,09

H.5 - Orçamento final para argamassa industrializada para contrapiso

CONTRAPISO - Argamassa industrializada 5.461,36 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 89,835 kg 490.621,28 R$ 0,20 R$ 98.124,26 R$ 17,97

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 5.461,36 R$ 22,01 R$ 120.204,53 R$ 22,01

R$ 218.328,79 R$ 39,98

H.6 - Orçamento final para argamassa industrializada para assentamento

ASSENTAMENTO - Argamassa industrializada 17.790,66 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 27,730 kg 493.335,00 R$ 0,20 R$ 98.667,00 R$ 5,55

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 17.790,66 R$ 24,50 R$ 435.871,17 R$ 24,50

R$ 534.538,17 R$ 30,05

Page 117: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

24

APÊNDICE I - ORÇAMENTO FINAL PARA ARGAMASSA

INDUSTRIALIZADA, CONSIDERANDO MISTURA MECANIZADA

I.1 - Orçamento para argamassa industrializada para emboço interno,

considerando mistura mecanizada

EMBOÇO INTERNO - Argamassa industrializada 5.115,33 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 47,207 kg 241.479,38 R$ 0,20 R$ 48.295,88 R$ 9,44

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 5.115,33 R$ 23,11 R$ 118.215,28 R$ 23,11

Argamassadeira - - un. x mês

12,00 R$ 990,00 R$ 11.880,00 R$ 2,32

Operador de equipamento

- - H x mês

12,00 R$ 3.455,10 R$ 41.461,20 R$ 8,11

R$ 219.852,35 R$ 42,98

I.2 - Orçamento para argamassa industrializada para emboço eterno,

considerando mistura mecanizada

EMBOÇO EXTERNO - Argamassa industrializada 4.788,68 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 106,101 kg 508.083,74 R$ 0,20 R$ 101.616,75 R$ 21,22

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 4.788,68 R$ 36,87 R$ 176.558,63 R$ 36,87

Argamassadeira - - un. x mês

9,00 990,00 R$ 8.910,00 R$ 1,86

Operador de equipamento

- - H x mês

9,00 3.455,10 R$ 31.095,90 R$ 6,49

R$ 318.181,28 R$ 66,44

Page 118: estudo de caso para comparativo entre uso de argamassa

25

I.3 - Orçamento para argamassa industrializada para contrapiso, considerando

mistura mecanizada

CONTRAPISO - Argamassa industrializada 5.461,36 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 89,835 kg 490.621,28 R$ 0,20 R$ 98.124,26 R$ 17,97

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 5.461,36 R$ 22,01 R$ 120.204,53 R$ 22,01

Betoneira - - un. x mês

12,00 200,00 R$ 2.400,00 R$ 0,44

Operador de equipamento

- - H x mês

12,00 3.455,10 R$ 41.461,20 R$ 7,59

R$ 262.189,99 R$ 48,01

I.4 - Orçamento para argamassa industrializada para assentamento, considerando

mistura mecanizada

ASSENTAMENTO - Argamassa industrializada 17.790,66 m²

Insumo Consumo Quantidade

R$ Unit. R$ Total R$/m² Un. Índice Un. Qtde.

Arg. Ind. kg/m² 27,730 kg 493.335,00 R$ 0,20 R$ 98.667,00 R$ 5,55

M.O. empreitada

m²/m² 1,000 m² 17.790,66 R$ 24,50 R$ 435.871,17 R$ 24,50

Argamassadeira - - un. x mês

14,00 990,00 R$ 13.860,00 R$ 0,78

Operador de equipamento

- - H x mês

14,00 3.455,10 R$ 48.371,40 R$ 2,72

R$ 596.769,57 R$ 33,54