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Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ Centro de Tecnologia - CT Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE Programa de Engenharia Civil - PEC Disciplina de Análise de Estruturas Offshore I Trabalho 2 ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES Profº Gilberto Ellwanger Aluno: Carolina Barichello Matrícula: 113004789 Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2013.

ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

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Este trabalho visa o estudo das curvas de fadiga através da geração das mesmas. Para tanto, forampré-estabelecidos diversos valores de ciclos de carregamentos (n) e correspondentes valores de amplitude detensões pré-determinados (ΔS) para estes carregamentos

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Page 1: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Centro de Tecnologia - CT

Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia - COPPE

Programa de Engenharia Civil - PEC

Disciplina de Análise de Estruturas Offshore I

Trabalho 2

ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS

CORRESPONDENTES

Profº Gilberto Ellwanger

Aluno:

Carolina Barichello

Matrícula:

113004789

Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2013.

Page 2: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

1. Introdução

Este trabalho visa o estudo das curvas de fadiga através da geração das mesmas. Para tanto, foram

pré-estabelecidos diversos valores de ciclos de carregamentos (n) e correspondentes valores de amplitude de

tensões pré-determinados (ΔS) para estes carregamentos– ver Tabela 1.

Tabela 1 – n e ΔS pré-definidos

Os valores de amplitude de tensões são baseados na amplitude de tensão correspondente à

bifurcação de uma curva S-N (ΔS3). Para gerar os valores de plotagem de cada curva, utilizou-se valores

menores e maiores que a referência ΔS3 e calculou-se o número de ciclos de carregamento que a estrutura

resiste (N) de acordo com os parâmetros de curvas já existentes.

Foram geradas curvas para as seguintes situações:

• Parte 1: utilizou-se os parâmetros da curva F da DnV-RP-C203;

• Parte 2: utilizou-se os parâmetros da curva F da DnV-RP-C203 considerando também a influência de

um fator de concentração de tensões (SCF) de valor 2;

• Parte 3: utilizou-se os parâmetros da curva B1 da DnV-RP-C203 considerando também a influência de

um fator de concentração de tensões (SCF) de valor 2;

• Parte 4: utilizou-se os parâmetros da curva F da DnV-RP-C203 considerando que a bifurcação

aconteceria em N = 107.

ΔS1 = ΔS3/10 n1 = 1000000

ΔS2 = ΔS3/2 n2 = 100000

ΔS3 = ΔS3*1 n3 = 10000

ΔS4 = ΔS3*2 n4 = 1000

ΔS5 = ΔS3*3 n5 = 100

ΔS6 = ΔS3*5 n6 = 10

ΔS n

Page 3: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

Figura 1 – Parâmetros da curva B1 e F da DnV

Para cada parte descrita acima, foram calculados danos individuais (Di) um dano total (D), utilizando a

regra de Miner e considerando a ação dos 6 carregamentos.

Os resultados obtidos neste trabalho podem ser vistos no item 3.

Page 4: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

3. Trabalho 2: Cálculo do dano a fadiga em situaçõe sdiversas

3.1 Parte 1: Utilizando curva F da DnV

3.1.1 Parâmetros da curva:

ā1 exp 11.455( ):= ā1 9.437 104×= ā2 exp 15.091( ):= ā2 3.58 10

6×=

m1 3:= m2 5:=

3.1.2 Cálculo:

N3 106:=

∆S3ā1

N3

1

m1

:= ∆S3 0.455=

n3 10000:=

D3n3

N3:= D3 0.01=

∆S1∆S3

10:= ∆S1 0.046=

N1ā2

∆S1m2

:= N1 1.83 1013×=

n1 1000000:=

D1n1

N1:= D1 5.463 10

8−×=

∆S2∆S3

2:= ∆S2 0.228=

N2ā2

∆S2m2

:= N2 5.857 109×=

n2 100000:=

D2n2

N2:= D2 1.707 10

5−×=

∆S4 2∆S3:= ∆S4 0.911=

N4ā1

∆S4m1

:= N4 1.25 105×=

n4 1000:=

D4n4

N4:= D4 8 10

3−×=

Page 5: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

∆S5 3∆S3:= ∆S5 1.366=

N5ā1

∆S5m1

:=

N5 3.704 104×=

n5 100:=

D5n5

N5:= D5 2.7 10

3−×=

∆S6 5∆S3:= ∆S6 2.276=

N6ā1

∆S6m1

:= N6 8 103×=

n6 10:=

D6n6

N6:= D6 1.25 10

3−×=

D D1 D2+ D3+ D4+ D5+ D6+:= D 0.022=

3.2 Parte 2: Utilizando curva F da DnV com fator SC F

3.2.1 Parâmetros da curva:

ā1 exp 11.455( ):= ā1 9.437 104×= ā2 exp 15.091( ):= ā2 3.58 10

6×=

m1 3:= m2 5:=

3.2.2 Cálculo:

N3 106:=

∆S3ā1

N3

1

m1

:= ∆S3 0.455=

n3 10000:=

D3n3

N3:= D3 0.01=

SCF 2:=

∆S1∆S3 SCF⋅

10:= ∆S1 0.091=

N1ā2

∆S1m2

:= N1 5.72 1011×=

n1 1000000:=

Page 6: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

D1n1

N1:= D1 1.748 10

6−×=

∆S2∆S3 SCF⋅

2:= ∆S2 0.455=

N2ā1

∆S2m1

:= N2 1 106×=

n2 100000:=

D2n2

N2:= D2 0.1=

∆S4 2 ∆S3 SCF⋅( ):= ∆S4 1.821=

N4ā1

∆S4m1

:= N4 1.562 104×=

n4 1000:=

D4n4

N4:= D4 0.064=

∆S5 3 ∆S3 SCF⋅( ):= ∆S5 2.732=

N5ā1

∆S5m1

:= N5 4.63 103×=

n5 100:=

D5n5

N5:= D5 0.022=

∆S6 5 ∆S3 SCF⋅( ):= ∆S6 4.553=

N6ā1

∆S6m1

:= N6 1 103×=

n6 10:=

D6n6

N6:= D6 0.01=

D D1 D2+ D3+ D4+ D5+:= D 0.196=

Page 7: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

3.3 Parte 3: Utilizando a curva B1 com SCF

3.3.1 Parâmetros da curva:

ā1 exp 14.917( ):= ā1 3.009 106×= ā2 exp 17.146( ):= ā2 2.795 10

7×=

m1 4:= m2 5:=

3.3.2 Cálculo:

N3 106:=

∆S3ā1

N3

1

m1

:= ∆S3 1.317=

n3 10000:=

D3n3

N3:= D3 0.01=

SCF 2:=

∆S1∆S3 SCF⋅

10:= ∆S1 0.263=

N1ā2

∆S1m2

:= N1 2.204 1010×=

n1 1000000:=

D1n1

N1:= D1 4.536 10

5−×=

∆S2∆S3 SCF⋅

2:= ∆S2 1.317=

N2ā1

∆S2m1

:= N2 1 106×=

n2 100000:=

D2n2

N2:= D2 0.1=

∆S4 2 ∆S3 SCF⋅( ):= ∆S4 5.268=

N4ā1

∆S4m1

:= N4 3.906 103×=

n4 1000:=

D4n4

N4:= D4 0.256=

Page 8: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

∆S5 3 ∆S3 SCF⋅( ):= ∆S5 7.902=

N5ā1

∆S5m1

:= N5 771.605=

n5 100:=

D5n5

N5:= D5 0.13=

∆S6 5 ∆S3 SCF⋅( ):= ∆S6 13.17=

N6ā1

∆S6m1

:= N6 100=

n6 10:=

D6n6

N6:= D6 0.1=

D D1 D2+ D3+ D4+:= D 0.366=

3.4 Parte 4: Alterando bifurcação da curva F da DnV

3.4.1 Parâmetros da curva:

ā1 exp 11.455( ):= ā1 9.437 104×= ā2 exp 15.091( ):= ā2 3.58 10

6×=

m1 3:=m2 5:=

3.4.2 Cálculo:

N3 107:=

∆S3ā1

N3

1

m1

:= ∆S3 0.211=

n3 10000:=

D3n3

N3:= D3 1 10

3−×=

Page 9: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

∆S1∆S3

10:= ∆S1 0.021=

N1ā2

∆S1m2

:= N1 8.496 1014×=

n1 1000000:=

D1n1

N1:= D1 1.177 10

9−×=

∆S2∆S3

2:= ∆S2 0.106=

N2ā2

∆S2m2

:= N2 2.719 1011×=

n2 100000:=

D2n2

N2:= D2 3.678 10

7−×=

∆S4 2∆S3:= ∆S4 0.423=

N4ā1

∆S4m1

:= N4 1.25 106×=

n4 1000:=

D4n4

N4:= D4 8 10

4−×=

∆S5 3∆S3:= ∆S5 0.634=

N5ā1

∆S5m1

:= N5 3.704 105×=

n5 100:=

D5n5

N5:= D5 2.7 10

4−×=

∆S6 5∆S3:= ∆S6 1.057=

N6ā1

∆S6m1

:= N6 8 104×=

n6 10:=

Page 10: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

D6n6

N6:= D6 1.25 10

4−×=

D D1 D2+ D3+ D4+ D5+ D6+:= D 2.195 103−×=

Page 11: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

4. Resumo dos resultados

Os danos e números de ciclos N calculados por carregamento em cada situação podem ser vistos na

Tabela 1.

Tabela 2 – Resumo dos valores para cada carregamento

Observação: os valores com fadiga de baixo ciclo (N menor que 10^4) não foram contabilizados no dano.

Fadiga de baixo ciclo deve ser tratada com outra metodologia, não disponível neste trabalho.

Os gráficos que traduzem o resultado de cada carregamento podem ser vistos abaixo.

Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4

ΔS1 4,600E-02 9,100E-02 2,630E-01 2,100E-02

n1 1,000E+06 1,000E+06 1,000E+06 1,000E+06

N1 1,830E+13 5,720E+11 2,204E+10 8,496E+14

D1 5,464E-08 1,748E-06 4,537E-05 1,177E-09

ΔS2 2,280E-01 4,550E-01 1,317E+00 1,060E-01

n2 1,000E+05 1,000E+05 1,000E+05 1,000E+05

N2 5,857E+09 1,000E+06 1,000E+06 2,719E+11

D2 1,707E-05 1,000E-01 1,000E-01 3,678E-07

ΔS3 4,550E-01 4,550E-01 1,317E+00 2,110E-01

n3 1,000E+04 1,000E+04 1,000E+04 1,000E+04

N3 1,000E+06 1,000E+06 1,000E+06 1,000E+07

D3 1,000E-02 1,000E-02 1,000E-02 1,000E-03

ΔS4 9,110E-01 1,821E+00 5,268E+00 4,230E-01

n4 1,000E+03 1,000E+03 1,000E+03 1,000E+03

N4 1,250E+05 1,562E+04 3,906E+03 1,250E+06

D4 8,000E-03 6,402E-02 2,560E-01 8,000E-04

ΔS5 1,366E+00 2,732E+00 7,902E+00 6,340E-01

n5 1,000E+02 1,000E+02 1,000E+02 1,000E+02

N5 3,704E+04 4,630E+03 7,716E+02 3,704E+05

D5 2,700E-03 2,160E-02 1,296E-01 2,700E-04

ΔS6 2,276E+00 4,553E+00 1,317E+01 1,057E+00

n6 1,000E+01 1,000E+01 1,000E+01 1,000E+01

N6 8,000E+03 1,000E+03 1,000E+02 8,000E+04

D6 1,250E-03 1,000E-02 1,000E-01 1,250E-04

D 2,197E-02 1,956E-01 3,661E-01 2,195E-03

Page 12: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

Gráfico 1 – Variação da amplitude de tensões de cada carregamento x parte

Gráfico 2 – Variação do número de ciclos resistidos de cada carregamento x parte

Page 13: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

Gráfico 3 – Variação do dano de cada carregamento x parte

Gráfico 4 – Variação do dano acumulado para os 6 carregamentos x parte

Page 14: ESTUDO DE CURVAS DE FADIGA E DANOS CORRESPONDENTES

Gráfico 5 – Curvas S-N geradas com valores de ΔS e N obtidos em cada parte

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5. Considerações finais

Observou-se, através do exposto no item 4, que as variações de amplitude de tensões, de número de

ciclos resistidos e de danos individuais obedeceram a tendência dos valores pré-estabelecidos, o que valida a

análise a seguir.

Ao cruzar os dados, foi possível demonstrar no Gráfico 5, as curvas S-N formadas pelos conjuntos de

parâmetros pré-estabelecidos (ΔS, n e N). Observou-se que a curva B1 resultou “mais alta” que as demais. E

isto era esperado, pois esta curva serve para dimensionamento de membros íntegros, sem solda e, portanto,

mais resistentes à fadiga.

Entre as curvas que utilizaram a F da DnV como base, tem-se que a da Parte 2 (que considera o SCF)

está mais alta que a da Parte 1 (sem SCF). Ou seja, para uma mesma amplitude de tensões, a curva com SCF

fornecerá valores menores de N para o dimensionamento, o que já era esperado.

Entre a curva da DnV com a bifurcação em 10^6 (Parte 1) e a curva com bifurcação alterada para 10^7

(Parte 4), a segunda fornece valores maiores de N para uma mesma amplitude de tensões. Este

comportamento era esperado e isso corrobora uma prática comum em projetos – a alteração da bifurcação

da curva no dimensionamento.

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6. Referências bibliográficas

ELLWANGER, Gilberto B. Capítulo 5 – Fadiga – Notas de aula. COPPE/UFRJ - Programa de Engenharia Civil - Área de Estruturas. Rio de Janeiro, 2013. RIVA, Ikaro R. Análise de Fadiga de Estruturas Metálicas com Ênfase em Offshore. UFRJ – Escola Politécnica – Curso de Engenharia Civil – Departamento de Mecânica Aplicada e Estruturas. Rio de Janeiro, 2004. DET NORSKE VERITAS - DNV. DNV-RP-C203 (2010). Fatigue Design Of Offshore Steel Structures.