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B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 41 (Único) :159·171, 1984 ESTUDO DE TRINTA E CINCO ASSOCIAÇÕES DE GRAMfNEAS E LEGUMINOSAS SOB EFEITO DE DOIS MANEJOS. I. ESTABELECIMENTO (1) (Studies on 35 mix tures of grasses and legumes under two managements. I. StablishmentJ PAULO BARDAUIL ALCÂNTARA (2) e PEDRa i.urs GUÂRDIA ABRAMIDES (3) RESUMO: No experimento, conduzido durante três anos consecutivos (1980-83) na sede do Instituto de Zootecnia em Nova Odessa (SP), foram comparadas 35 associações de gra- míneas e legumlnosas forrageiras tropicais sob efeito de dois manejos simulados: alto e baixo. O dei ineamento experimental fo i blocos completos ao acaso, sendo as sete gram íneas e as cinco leguminosas estudadas distribu ídasem faixas cruzadas, com duas repetições por mane- jo, totalizando 140 parcelas de 49m 2 cada uma. Foram avaliados nos períodos das águas e da seca do segundo e terceiro ano, a composição botânica (número de plantas por área e cobertura do solol, quantidade de matéria seca e teor de proteína bruta das forrageiras. Dentre as gramíneas, no manejo alto, destacou-se o colonião por apresentar bom "stand", ótima cobertura do solo e boa disponibilidade de matéria seca, e, no manejo baixo, a setária kazungula. Com relação às leguminosas, em ambos os manejos, sobressaiu-se a soja-perene comum. A seleção das melhores consociações baseou-se em' critérios de eliminação ou não em função de seu enquadramento dentro das características preestabelecidas como adequa- das para cobertura do solo, quantidade de matéria seca e participação percentual em peso da leguminosa na mistura. Dessa forma, foram selecionadas, por manejo, as seguintes conso- ciações: A - Manejo alto: colonião + siratro, gatton panic + siratro , colonião + soja- -perene comum, capim nativo de Mato Grosso + soja-perene comum, setária kazungula + + soja-perene comum e green panic + centrosema;B - Manejo baixo: green panic + sir a- tro , nativo de Mato Grosso + siratro, green panic + soja-perene comum, nativo de Mato Grosso + soja-perene comum, gatton panic + soja-perene,comum e setária kazungula + + soja-perene comum. São apresentados também no trabalho os teores protéicos das mis- turas selecionadas e perspectivas de uso para gado de corte e leite. INTRODUÇÃO Em face da atual crise enerqeuca, os preços dos adubos nitrogenados, quase todos importados, tornaram proibitivo o uso correto e em dosagens adequadas de nitrogênio em pastagens. Além disso, segundo ROCHA ~ a produção mundial de fertilizantes nitrogenados seria insuficiente para a adubação correta de todas as pastagens somente do Estado de São Paulo. A alternativa, portanto, é lançar mão de fontes mais baratas de nitrogênio, visto constituir-se requisito indispensável à nutri- ção de gramíneas. O uso das leguminosas forragei- ras. já conhecidas como fixadoras do N atmosfé- rico, em associação aos capins, numa pastagem, fornece-Ihes através da fixação simbiótica, esse macronutriente necessário ao seu desenvolvimento, (') ROCHA, G. L. - Informação pessoal, 1982. além de contribuir sob forma de consumo direto, na melhoria da dieta animal, influenciando a pro- dução, conforme demonstrado por ALCÂNTARA et alii 2 . MATTOS & WERNER 12 mostraram que a contribuição da leguminosa em termos de nitro- gênio fixado e colocado à disposição das gram (- neas situa-se próximo de 75kg de N/ha/ano. Entre- tanto, torna-se diflcil tirar o maior proveito desse N biológico quando se trabalha com espécies tro- picais. Pertencendo a ciclos fotossintéticos dife- rentes, as duas famílias possuem características anatômicas, morfológicas e fisiológicas que difi-, cultam sua convivência. Necessário se faz, assim, grande número de estudos visando apontar as espé- cies compatíveis, bem como seu melhor manejo, a fim de estabelecer pastagens mistas. (1.) Parte do Projeto IZ-018. Recebido para publicação a 22 de setembro de 1983. (2) Da Seção de Agronomia de Plantas Forrageiras, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens. Bolsista do CNPq. (3) Do Setor de Ecologia das Pastagens, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens. Bolsista do CNPq. 159

ESTUDO DE TRINTA E CINCO ASSOCIAÇÕES DE GRAMfNEAS E ... · . e à fase de coleta de dados, que durou dois anos. m íneas e leguminosas tropicais sob efeito de dois manejos simulados:

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B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 41 (Único) :159·171, 1984

ESTUDO DE TRINTA E CINCO ASSOCIAÇÕES DE GRAMfNEAS E LEGUMINOSASSOB EFEITO DE DOIS MANEJOS. I. ESTABELECIMENTO (1)

(Studies on 35 mix tures of grassesand legumes under two managements. I. StablishmentJ

PAULO BARDAUIL ALCÂNTARA (2) e PEDRa i.urs GUÂRDIA ABRAMIDES (3)

RESUMO: No experimento, conduzido durante três anos consecutivos (1980-83) na sededo Instituto de Zootecnia em Nova Odessa (SP), foram comparadas 35 associações de gra-míneas e legumlnosas forrageiras tropicais sob efeito de dois manejos simulados: alto e baixo.

O dei ineamento experimental fo i blocos completos ao acaso, sendo as sete gram íneas e ascinco leguminosas estudadas distribu ídasem faixas cruzadas, com duas repetições por mane-jo, totalizando 140 parcelas de 49m2 cada uma. Foram avaliados nos períodos das águas e

da seca do segundo e terceiro ano, a composição botânica (número de plantas por área ecobertura do solol, quantidade de matéria seca e teor de proteína bruta das forrageiras.Dentre as gramíneas, no manejo alto, destacou-se o colonião por apresentar bom "stand",ótima cobertura do solo e boa disponibilidade de matéria seca, e, no manejo baixo, a setária

kazungula. Com relação às leguminosas, em ambos os manejos, sobressaiu-se a soja-perene

comum. A seleção das melhores consociações baseou-se em' critérios de eliminação ou nãoem função de seu enquadramento dentro das características preestabelecidas como adequa-

das para cobertura do solo, quantidade de matéria seca e participação percentual em peso daleguminosa na mistura. Dessa forma, foram selecionadas, por manejo, as seguintes conso-ciações: A - Manejo alto: colonião + siratro, gatton panic + siratro , colonião + soja-

-perene comum, capim nativo de Mato Grosso + soja-perene comum, setária kazungula ++ soja-perene comum e green panic + centrosema;B - Manejo baixo: green panic + sir a-

tro , nativo de Mato Grosso + siratro, green panic + soja-perene comum, nativo de MatoGrosso + soja-perene comum, gatton panic + soja-perene,comum e setária kazungula +

+ soja-perene comum. São apresentados também no trabalho os teores protéicos das mis-turas selecionadas e perspectivas de uso para gado de corte e leite.

INTRODUÇÃO

Em face da atual crise enerqeuca, os preçosdos adubos nitrogenados, quase todos importados,tornaram proibitivo o uso correto e em dosagensadequadas de nitrogênio em pastagens. Alémdisso, segundo ROCHA ~ a produção mundial defertilizantes nitrogenados seria insuficiente para aadubação correta de todas as pastagens somente doEstado de São Paulo. A alternativa, portanto, élançar mão de fontes mais baratas de nitrogênio,visto constituir-se requisito indispensável à nutri-ção de gramíneas. O uso das leguminosas forragei-ras. já conhecidas como fixadoras do N atmosfé-rico, em associação aos capins, numa pastagem,fornece-Ihes através da fixação simbiótica, essemacronutriente necessário ao seu desenvolvimento,

(') ROCHA, G. L. - Informação pessoal, 1982.

além de contribuir sob forma de consumo direto,na melhoria da dieta animal, influenciando a pro-dução, conforme demonstrado por ALCÂNTARAet alii2 .

MATTOS & WERNER12 mostraram que acontribuição da leguminosa em termos de nitro-gênio fixado e colocado à disposição das gram (-neas situa-se próximo de 75kg de N/ha/ano. Entre-tanto, torna-se diflcil tirar o maior proveito desseN biológico quando se trabalha com espécies tro-picais. Pertencendo a ciclos fotossintéticos dife-rentes, as duas famílias possuem característicasanatômicas, morfológicas e fisiológicas que difi-,cultam sua convivência. Necessário se faz, assim,grande número de estudos visando apontar as espé-cies compatíveis, bem como seu melhor manejo, afim de estabelecer pastagens mistas.

(1.) Parte do Projeto IZ-018. Recebido para publicação a 22 de setembro de 1983.

(2) Da Seção de Agronomia de Plantas Forrageiras, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens. Bolsista do CNPq.(3) Do Setor de Ecologia das Pastagens, Divisão de Nutrição Animal e Pastagens. Bolsista do CNPq.

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SCHULTZE·KRAFT & GIACOMETTI14

apontam como mais promissores os seguintes gê·neros: Stvlosenthes, Oesmodium, Zornls, Centro-seme, Aeschynomene, Macropti/ium, Vigna eGa/actia. Enfatizam, porém, que tais gêneros, rnes-mo tidos como adaptados a solos ácidos e infér-teis, requerem pesquisas consideráveis., Os AA.citam a Centrosems, o Macropti/ium e a Vignacomo sendo de ampla distribuição geográfica ecujo potencial para solos ácidos ainda não foi to-talmente explorado. A mesma conclusão foi tiradapor ALCANTARA I em trabalhos de zoneamentoecológico de forrageiras.

AND RADE3, estudando a evolução da com-posição botânica de pastagens de gram íneas dehábito cespitoso consorciadas com uma misturade leguminosas, concluiu que o green panic e ogatton panic foram as gram íneas que possibili-taram a rnaturaçâo das mais altas porcentagens deleguminosas em peso de matéria verde, destacando--se dentre estas a soja-perene e o siratro. Já o Pas-pa/um p/icatu/um, e as setárias Nandi e Kazungulamostraram-se menos adequadas à consociação.Entre outros fatores, o manejo empregado influina manutenção do equil íbrio de gram íneas e legu-

m inosas na pastagem, conforme demonstrado porHULLetalii7, HULLetalii8 eJONESlo.

Segundo JOHNSTONES-WALLACE &KENNED9 e WAITE et aliil6, a ingestão de for-ragem não é afetada enquanto sua oferta não caiabaixo de 1.000-1.100kg/ha, e o ganho máximopor animal é atingido quando a quantidade de for-ragem residual na pastagem é de 1.900-2.500kg/hade matéria orgânica (HOGSON et alii" e TAY-LERIs).

Para a mantença do gado de corte, são ne-cessários 7,0-7,5% de proteína bruta (PB) na ma-téria seca (MI LFORD & MINSONI3 e EVANSs)e de 8,7 a 11,8% para seu desenvolvimento, emfunção da idade, tamanho do animal, ganho depeso diário e tempo de acabamento (BOGDAN4

e Blaser et alii, citados por MARASCHINI1).

Para o gado leitei ro, o nível de mantença é decerca de 8%, com um adicional de 4,4-4,6kg dePB por quilograma de leite produzido (BOGDAN4).

O presente ensaio teve como objetivo oestudo de 35 associações compostas por setegram íneas e cinco legum inosas, submetidas adois tipos de manejo, a fim de selecionar mistu-ras compatíveis para cada manejo.

MATERIAL E M!:TODOS

O experimento foi conduzido durante três 450kg de superfosfato simples, por hectare, 100kganos consecutivos (1980-83) na sede do Instituto de cloreto de potássio, por hectare, 9kg de su Ifatode Zootecnia, em Nova Odessa (SP). de zinco, 5kg de sulfato de cobre e 600g de molib-

O solo do local é um Latossolo Vermelho- dato de amônio. A calagem foi realizada 90 dias-Amarelo variação Laras cuja análise qu ímica apre- antes da semeadura, que se deu em novembro desentou a seguinte composição média: 2,23% M.O.; 1979.

pH = 4,85; em e.mg/100ml de T.F.S.A.: A13+ = De março de 1980 a abril de 1981, a área foi

= 0,53; ea2+ = 1,03; Mg2+ = 0,35, e em j.J.g/ml depastejada periodicamente por animais para facilitar

T.F.S.A.: K = 109 e P = 2.o perfilhamento das gramíneas e evitar o sombrea-

As espécies estudadas e as respectivas quan-mento das leguminosas, possibilitando uma boa

tidades de sementes utilizadas constam do qua-dro 1. formação das associações. A partir de abril de

1981, deu-se início ao uso dos manejos definitivosForam comparadas 35 associações de gra-

. e à fase de coleta de dados, que durou dois anos.m íneas e leguminosas tropicais sob efeito de doismanejos simulados: alto e baixo. O objetivo da utilização das áreas de forma

O delineamento experimental foi de blocos mais intensiva (manejo baixo) ou menos int~nsivacompletos ao acaso, sendo as sete gram íneas e as (manejo alto) foi somente verificar o comporta-cinco leguminosas estudadas. distribuídas em fai- mento de cada mistura sob ação animal, não tendoxas cruzadas, com duas repetições por manejo, sido computados os ganhos de peso.

totalizando 140 parcelas de 49m2 cada uma. Nesta fase de estabelecimento, nos períodosO preparo do solo constou de uma aração das águas e da seca, foram feitas avaliações da com-

profunda, duas gradagens e emprego de enxada posição botânica (número de plantas por área erotativa. A correção do solo e a fertilização básica, cobertura do solo), quantidade de matéria seca eiguais para todos os tratamentos, conforme reco- teor de proteína bruta de cada consociação. Asmendação da Seção de Nutrição de Plantas Forra- amostragens foram feitas através de um quadradogeiras, constaram da aplicação, por hectare, de 2,4 de 0,50 x 0,50m jogado ao acaso, sendo amostra-toneladas de calcá rio dolomítico, por hectare, do 1m2 por parcela.

160

t') f .

. I

QUADRO 1. Espécies de qrarnrneas e lequrninosas estudadas sob efeito de dois manejos e respectivas quantidades de sementes utilizadas na formação daspastagens consorci adas

GRAMI'NEAS LEGUMINOSAS (1)---Nome científico Nome comum Quantidade

sementes--kg/ha

'.Macroptilium atropurpureum Siratro 5cv: Siratro

Ga/actia striata Galáxia 5

Neonotonia wightii Soja-perene 4cv. Tinaroo

Centroseme pubescens Certtrosema 5

Stvlosenthes guyanensis Estilosantes 2,5

Nome cient ífico Nome comum Quàntidadesementes

Panicum msximum Green panicvar. trichog/ume

Panícum meximum Gatton paniccv. Gatton

Panícum mexirnum Colonião~ CV. Colonião

Setaría sphace/ata Setáriacv. Kazungula kazurtgula

Paspa/um vírgatum Nativo deMato Grosso

Andropogon qevenus Gambavar. squamu/atus

Me/inís minutittore Gorduravaro cabe/o-de-negro

kg/ha10

10

16

4

Mudas

Mudas

25

(1) As leguminosas foram inoculadas com Rhizobium específico e peletizadas com hiperfosfato.

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B. Indústr. anim., Nova Odessa,SP, 41 (Único) :159·171, 1984

RESULTADOS E DISCussAo

"stand", que proporcionou ótima cobertura do so-10 e boa disponibilidade .de matéria seca. O nati-vo, embora tenha apresentado disponibilidade dematéria seca residual superior aos demais (P << 0,05), apresentou baixo "stand" e apenas razoá-vel cobertura do solo, mostrando que teve altaquantidade de matéria seca por planta individual.O green panic, a setária kazungula e o gattonpanic foram superiores ao gordura e ao gamba(P < 0,05), quanto à quantidade de matéria secadisponível, e não diferiram entre si, apresentandorazoavelmente boa cobertura do solo e "stand"regular.

Com relação ao manejo baixo, observando-setrês variáveis, o destaque ficou para a setária ka-zungula, que inclusive apresentou disponibilidadede matéria seca nitidamente maior do que as de-mais gramíneas (P < 0,05), enquanto colonião,green panic, nativo e gatton panic não diferiramentre si e foram superiores (P < 0,05) ao gordurae gamba.

Comparando o efeito dos dois manejos,nota-se que houve acentuado decréscimo na cober-tura do solo e disponibilidade de matéria seca dogordura, nativo e gatton panic com o uso do paste-jo baixo e queda somente na quantidade de maté-ria seca para o colonião, green panic e gamba.Quanto à setária kazungula, houve com o uso domanejo baixo acréscimo substancial tanto do"stand" como da cobertura do solo (provavelmen-te pelo hábito de "gramar" sob pastejo pesado).como da disponibilidade de matéria seca.

Comportamento das gramfneas

A evolução da quantidade de forragem rnan-tida sob pastejo durante o período de avaliaçãodo estabelecimento para as sete gram (neas e cincoleguminosas, nos dois manejos, acha-se ilustrada nafigura 1. Analisando-se seu quadrante I, observa-seque no manejo alto o green panic foi a gram (nea

que apresentou menores alterações, enquanto ocolonião, setária kazungula e gatton panic mostra-ram comportamento semelhante, ocorrendo sobrasde forragem no segundo período de seca. O nativode Mato Grosso apresentou grandes sobras acumu-lativas de matéria seca, devido ao crescimentoexcessivo dos colmes, que não eram consum idospelos animais, havendo somente consumo das fo-lhas. Já o gordura e o gamba apresentaram baixasdisponibilidades durante todo o período.

No manejo baixo (quadrante 11), nota-se queo green panic, o gatton panic e o nativo de MatoGrosso apresentaram pequenas flutuações no pe-r iodo. A setária e o colonião tiveram comporta-mentos opostos, e o gordura e o gamba tiverambaixíssima disponibilidade de matéria seca durantetodo o período.

O quadro 2 apresenta o número de plantaspor área, cobertura do solo e quantidade de maté-ria seca remanescente sob paste]o das sete gram (-neas, em função do manejo.

Para o manejo alto, observa-se que conside-rando-se as três variáveis, o colonião sobressaiu so-bre as demais gram íneas por apresentar bom

QUADRO 2. Número de plantas por área, cobertura do solo e quantidade de matéria seca remanescente sobpastejo, das sete gram fneas,em função dos manejos. Média das quatro avaliações

MANEJO ALTO MANEJO BAIXOGRAM(NEAS

Plantas/m 2 Cobertura do Matéria seca Plantas/m2 Cobertura do Matéria secasolo solo

(%) (kg/ha) (%) (kg/ha)

Gordura 3 12 155c 2 2 30c ~Green panic 8 40 1.243b 12 43 772bColonião 17 63 1,708b 20 62 899bNativo 5 31 3.312a 3 13 495bGamba 1 1 3& 1 1 12cGatton 5 40 1.393b 8 29 444bSetária 9 46 1.420b 16 64 1.808a

Médias assinaladascom a mesma letra numa mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

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GRAMíNEAS

6,0

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4,0

3,0

2,0

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1,0

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/Setário

-------- Colonião_._-- Green p onic

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-f,-f,- Gorduro............... Gamba

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m MonejQ. Alto'""O 2,4

., Soja'O

o 1,8 -_._.- Centrosemo'O -1-1- Goldxioc ................... Estilosanteso

1,2~ ------- Siratroo

0,6

o.s0,4

c 0,3

0,2

0,1

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/6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

LEGUMINOSAS

1,0

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0,2

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Ág~as 82/83 Seca 81 Águas 81/82 Seca 82 Águas 82/83

163

Setória

Colonião

Green poníc

NativoGalton

Seca 81 Águas 81/82 Seca 82

-A-f,- Gordura

Gamba

--------- ------~------:::::" __ ~-- --::.: I----=-: ~ ;::.::. ;-• .::::::-.1__ • __ I. _

Fig.1- Evolução da quantidode de forragem montida sob pcstejo duronte o penedo de ovoliocóo do estabelecimento

(1981/83) pora os sete qrorrunecs e cinco leguminosas nos dois monejos.

Soja

Centrosemo

GalóxiaEstilosantes

-------- Siratro

B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP. 41!Únicoi.159-171, 1984

Comportamento das leguminosas

No quadrante III da figura 1, vê-se efeito domanejo alto sobre a quantidade de matéria secaremanescente das cinco legum inosas no períodoestudado. Esse manejo favoreceu sobremaneira asoja-perene, havendo um grande acúmulo de maté-ria seca no período das secas do último ano deavaliação devido ao desenvolvimento intensivoocorrido nas águas de 1981. As dem ais forrageirasmantiveram baixa disponibilidade durante todo operíodo.

No último quadrante da figura 1 (manejobaixo), observa-se que a soja apresentou tambémmaiores quantidades de matéria seca, seguida pelosiratro, sendo baixas as disponibilidades de maté-ria seca registradas para as demais forrageiras.

Considerando as três variáveis (número deplantas por área, cobertura do solo e matéria se-ca) apresentadas no quadro 3, conclui-se que,dentre as leguminosas, para o manejo alto, a sojase destacou acentuadamente sobre as demais,apresentahdo bom "stand", cobertura do solo edisponibilidade de matéria seca, e também para omanejo baixo, a soja, seguida do siratro, sobres-sa íram-se. o que corrobora os resu Itados obtidospor ANDRADE3.

Houve queda acentuada na disponibilidadede matéria seca de todas as leguminosas com ouso de manejo baixo em relação ao alto e tambémpara a cobertura do solo por galáxia e soja. Já o si-ratro proporcionou maior cobertu ra no pastejobaixo, enquanto a do estilosantes e a da centro-sema não foram afetadas pelo manejo.

Seleção das misturas

Os quadros 4 e 5 mostram a quantidade dematéria seca da mistura (qramrneas + legumino-sas) remanescente sob pastejo e a proporção empeso de leguminosas na mistura no último ano deavaliação (média de águas e seca), respectivamentepara os manejos alto e baixo. Já os quadros 6 e 7apresentam a porcentagem de cobertura do soloproporcionada pela mistura e a participaçãopercentual da legum inosa, respectivamente, para osmanejos alto e baixo.

Consideraram-se 1.000 e 2.000kg/ha dematéria seca como quantidades m (nimas a seremmantidas sob pastejo respectivamente para osmanejos baixo e alto, uma cobertura m (nim a dosolo pelas forrageiras estudadas de 50% e uma par-ticipação de 25 a 65% de legum inosas em peso namistura.

Confrontando os quadros 4 e 6 e 5 e 7 elevando em consideração os critérios adorados.selecionaram-se as misturas mais adequadas paracada manejo, que se encontram na figura 2, bemcomo as misturas que podem ser usadas comalguma reserva por apresentarem pequeno desa-cordo com algum dos critérios adotados.

Por essa figura, observa-se que foram sele-cionadas para o manejo alto as misturas: colonião +

+ siratro, gatton panic + siratro, colonião + soja,nativo + soja, setá rla kazu ngu Ia + soja e greenpanic + centrosema; e para o manejo baixo:green panic + . siratro, nativo + siratro, greenpanic + soja, nativo + soja, gatton panic + sojae setária kazungula + soja.

QUADRO 3. Número de plantas por área, cobertura do solo e quantidade de matéria seca remanescente sobpastejo, das cinco leguminosas, em função do manejo. Média das quatro repetições

MANEJO ALTO MANEJO BAIXOLeguminosas

Plantas/m2 Cobertura do Matéri a seca Plantas/m 2

Cobertura do Matéria secasolo solo

(%) (kg/ha) (%) (kg/ha)

Siratro 5 15 338b 5 20 248abEstilosantes 2 2 45b 2 2 17cGaláxia 5 12 217b 4 6 61cSoja 10 57 1.499a 8 26 485a

Centrosema 4 9 118b 5 8 70c

Médias assinaladas com a mesma letra numa mesma coluna n50 diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

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B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 41(Único) :159-171, 1984

Conclui-se, portanto, que não houve nenhu-ma gram (nea que se consorciou bem com todas asleguminosas, nem vice-versa, o que mostra queessas associações dependem da afinidade entre asespécies envolvidas e reafirma a importância doestudo conjunto das associações gram ineas e legu-minosas de forma a se estudarem todas as .combi-nações de associações.

Valor protéico das misturas selecionadas

O quadro 8 mostra os teores de proteínabruta na matéria seca das gram rneas e legum ino-sas componentes das misturas selecionadas emfunção das épocas do ano e dos manejos.

Observa-se que os teores apresentados pelasleguminosas foram bastante superiores, em ambasas épocas do ano, aos das gram (neas. o que com-prova a importância da leguminosa na melhoria daqualidade da forragem consum (vel pelos anim ais,e está de acordo com o exposto por ALCANTARAet alii2•

Houve também queda no teor protéico noperfodo seco do ano em relação ao das águas,exceto para as duas parcelas de capim nativo domanejo baixo.

Utilizando os dados do quadro 7 e consi-derando a porcentagem de participação em peso dematéria seca da qramfnea e leguminosa na mistura

.em cada época e o fato de que seriam necessáriosno m (nirno cerca de 7,2 e 12% de PB na matériaseca para, respectivamente, mantença e ótimaprodução animal, construiu-se a figura 3, em quesão apresentados os teores de proteína na matériaseca de cada mistura, para cada época do ano e ma-nejo: observa-se que todas as misturas selecionadasapresentaram níveis protéicos suficientes paraatendimento do nível de mantença dos animais emambas as épocas do ano.

Observa-se ainda que, considerando os dadosde BOGDAN4 e Blaser et alii, citados por MAR AS-ÇHIN11, no manejo alto, teoricamente a soja asso-ciada com os capins nativo, setária ou coloniãoperm itiria a obtenção de altas produções de carneou leite (maiores do que 10kg de leite por vacapor dia), enquanto, para o manejo baixo, as me-lhores produções animais poderiam ser obtidascom gatton + soja, nativo + soja e nativo + si-ratro.

As demais misturas selecionadas podem serutilizadas sobretudo para gado de corte, sendo asproduções esperadas relativamente boas.

QUADRO 4. Quantidade de matéria seca, remanescente após pastejo e proporçãO em peso das leguminosasna mistura, no manejo alto

LEGUMINOSASGRAMINEAS

Siratro Estilosantes Galáxia Soja Centrosema

2 2 2 2 2

~Gordura 831 86 26 62 650 40 3.301 100 142 64

Green panic 1.795 25 2.074 4 2.010 16 2.274 91 2.045 30

Colonião 2.974 25 2.749 16 1.998 2 2.461 64 2.475 151- Nativo 7.014 2 5.349 O 5.172 O 5.761 37 6.005 O

Gamba 360 100 O O 50 100 1.636 100 90 100

Gatton 2.674 25 2.396 2 1.875 O 3.308 75 2.270 8

Setária 1.789 12 1.883 O 2.611 9 3.138 65 2.320 8

1. Quantidade de matéria seca da mistura remanescente após pastejo (kg/ha). 2. Proporção em peso da legu-

minosa na mistura (%).

165

-O)O)

MANEJO ALTO MANEJO BAIXO

S .SOJA-PEREIIE GALÁXIASI RATRO GALAXIA CENTR)SEMA STYLO SIRATRO 9JJA-FERENE CENTROSEMA STYLO

GRAMINEAS

~

V%~

GREEN- PANIC ---- ----

~

~

GATTON- PANIC ---/~ ---

~-/;;

~

I/~COLONIÃO

--- f------ //- ;/;~~~

----

~

SETARIA >----- /

KAZUNGULAV///

-NATIVO DE >---

M. GROSSO -.-

GORDURA

GAMBA

Fig. 2 - Associações selecionados como mais viáveis e combinações com alguma restrição para uso, dentro ~ cadaestudando ápos tr ê s anos de pastoreio.

Legenda 17177771 Mistura com possibilidade de uso.

manejo

Mistura selecionados.

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<.)O 20Q

o 15ou

~ 10

DÁguas

~Seca

------ Exigência mínimo poro mantença

--._-- Exigência mínima para ótima produçôo

Manejo alto

Nativo+

Soja

Setória+

Soja

o•...-~ 5oEg 0...1.----1-

E;: 20~

o.s 15Q).-o~ 10

•..o~

5

Manejo baixo

Nativo+

Soja

Gotfon+

Soja

Setário+

Soja

Nativo+

Sirotro

Green+

Sirotro

Green+

Soja

Ol-L..----'--Consorcioções selecionados e épocas do ano

Fig. 3 - Teor de proteína bruta na matéria seca a loooe das misturos se-

lecionadas em cada manejo e época do ano.

QUADRO 5. Quantidade de matéria seca, remanescente após pastejo e proporção em peso das leguminosasna mistura, no manejo baixo

LEGUMINOSASGRAM(NEAS

"é:Siratro Estilosantes Galáxia Soja Centrosema

2 2 2 2 2

Gordura 410 93 225 41 78 22 819 100 90 100Green panic 1.068 25 975 O 708 O 1.187 27 710 19Colonião 1.170 22 751 3 827 O 871 ~ 18 376 3Nativo 1.011 37 615 2 411 29 1.826 61 680 39Gamba 423 100 65 O 16 100 907 100 12 100Gatton 790 38 468 21 477 O 1.220 48 780 21Setária 1.838 23 1.533 O 2.530 4 2.812 26 2.064 6

1. Quantidade de matéria secada mistura remanescente após pastejo (kg/ha). 2. Proporção em peso da legu-minosa na mistura (%).

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QUADRO 1). Porcentagem de cobertura do solo, pela mistura (gramínea + leguminosa) e participação percen-tual das leguminosas na mistura, no manejo alto. Média anual do último ano de estabelecimento

LEGUMINOSASGRAM(NEAS

Siratro Esti losantes Galáxia Soja Centrosema

2 2 2 2 2

Gordura 20 85 3 67 14 54 89 100 6 92Green panic 52 33 70 8 64 19 80 98 58 44Colonião 68 32 81 15 68 4 98 74 91 29Nativo 62 8 36 O 46 O 88 73 48 2Gamba 19 100 1 O 2 100 51 100 7 86Gatton 72 28 64 2 48 2 93 88 60 12Setária 54 17 72 O 65 12 82 77 76 16

1. Porcentagem de área do solo coberta pela mistura. 2. Participação percentual da leguminosa na mistura.

QUAD RO 7. Porcentagem de cobertura do solo pela mistura (gramínea + leguminosa) e participação percen-tual das leguminosas na mistura, no manejo baixo. Média anual do último ano de estabelecimento

LEGUMINOSASGRAMINEAS

Siratro Estilosantes Galáxia Soja Centrosema

2 2 2 2 2

Gordura 38 93 8 56 2 75 37 99 10 90

Green panic 70 21 58 O 62 O 58 34 52 24

Colonião 78 28 70 4 67 O 72 25 62 5Nativo 51 73 15 17 12 29 55 84 25 64

Gamba 27 98 7 79 1 100 42 100 6 83

Gatton 48 44 28 20 46 1 67 45 58 27

Setária 82 21 66 2 89 5 92 31 75 10

1. Porcentagem de área do solo coberta pela mistura. 2. Participação percentual da leguminosa na mistura.

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QUADRO 8. Teor de proteína bruta na matéria seca das gramíneas e leguminosas componentesdas misturas selecionadas em função das épocas do ano e manejo

GRAMfNEAS LEGUMINOSASMISTURA

Ág~as Seca Águas Seca

Colonião + siratroGatton panic + siratroColonião + sojaNativo + sojaSetária + sojaGreen pariic + centrosema

9,0910,189,919,879,788,04

9,48ME:DI'A

Manejo alto

7,277,038,427,777,357,70

7,59

20,70 19,4618,50 18,1219,57 15,5019,03 16,8121,55 16,8020,16 19,60

19,92 17,72

Manejo baixo

Green panic + siratroNativo + siratroGreenpanic + sojaNativo + sojaGatton + sojaSetária + soja

8,216,027,124,739,108,41

7,28ME:DIA

7,157,786,875,627,707,29

18,75 15,0017,84 18,8917,57 17,2922,68 16,8920,10 18,0918,29 16,83

19,20 17,16.7,07

CONCLUSOES

1. Dentre as gram (neas, considerandonúmero de plantas, cobertura do solo e quanti-dade de matéria seca, destacou-se o coloniãopara o manejo alto e a setária kazungula parao baixo e, dentre as legum inosas, a soja em am bosos manejos.

2. O manejo baixo ocasionou descréscimoacentuado na quantidade de matéria seca residualdo colonião e green panic, e, desta variável e cober-tura do solo, do gordura e gatton panic, em contra-posição à setária kazungula, para a qual esse mane-jo foi bastante benéfico.

3. Houve queda acentuada na disponibi-lidade de matéria seca de todas as leguminosas como uso do manejo baixo em relação ao alto, e tarn bémpara a cobertu ra do solo por galáxia e soja, enqu an-to para o siratro foi obtida maior cobertura dosolo com o emprego desse manejo.

4. As melhores misturas para o manejoalto foram: colonião + siratro, gatton panic + si-ratro, colonião + soja, nativo + soja, setária ka-zungula + soja e green panic + centrosema.

5. As melhores misturas para o manejobaixo foram: green panic + siratro, nativo + si-ratro. green panic + soja, nativo + soja, gattonpanic + soja e setária kazungula + soja.

6. Nenhuma gramínea se consociou bemcom todas as leguminosas, e vice-versa, compro-vando a dependência de afinidade entre as espéciesenvolvidas.

7. Os teores de P8 obtidos nas legum ino-sas foram bastante superiores, em ambas as épocasdo ano aos apresentados pelas gram rneas.

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8. Houve queda no teor protéico no pe-ríodo 'seco do ano em relação ao das águas, excetopara as duas associações selecionadas de capimnativo no manejo baixo.

9. Todas as misturas selecionadas apresen-taram nível protéico mais que suficiente para aten-dimento dos níveis de mantença dos animais du-rante o ano todo.

10. Teoricamente, as misturas com possi-bilidade de fornecer maiores produções animais fo-ram, para o manejo alto, aquelas em que se asso-ciou a soja com os capins nativo, setária ou colo-nião e, para o manejo baixo, gatton + soja, nati-vo + soja e nativo + siratro.

11. Para comprovação das estimativas, asm istu ras selecionadas devem passar por estudos emmaior escala, visando avaliar a capacidade de su-porte e determinação do nível real de produçãoanimal.

SUMMARV: This experiment was carried out during three consecutive years in the Institutode Zootecnia in Nova Odessa,State of São Paulo, Brazil comparing 35 mixtures of sevengrassesand five legumes under two managementssimulation (high and low managements).The utilized design was a complete randomized blocks with two replications beeing thespeciesdistributed in interscted strips with a' total of 140 plots of 49m2 each. During thedry and wet seasons, it was evaluated the botanic composition (n? of plants per area andground coveringl, dry matter amount and crude protein percentage of the forage plants. Inthe midst of the grasses,under the high management, the colonial grass (Panicum maximumJacq.l was contrasted with the others and under the low management Setaria anceps cv.Kazungula gave better results. Among the legumes, perennial soybean overcame the otherspecies.The selection of the better mixtures was basedon soil covering, dry matter amountand percentage of legumes in the mixture. Therefore, these rnixtures were selected: a) highmanagement: Colonial grass + Siratro , Gatton Panic + Siratro, Colonial grass + PerennialSoybean, Paspalum virgatum + Perennial Soybean, Setaria kazungula + Perennial Soybeanand Green Panic + Centrosema; b) low management: Green Panic + Siratro, Paspalumvirgatum + Siratro, Green Panic + Perennial Soybean, Paspalum virgatum + PerennialSoybean, Gatton Panic + Perennial Soybean and Setaria kazungula + Perennial Soybean.Inside the paper are the protein levels of the selected mixtures and the perspectivesfor theuseof them for dairy and meat cattle.

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