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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
ALEXANDRO SOUZA
PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA
ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC
Joaçaba
2015
ALEXANDRO SOUZA
PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA
ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de Engenheiro Civil.
Orientador: Prof. MSc. Sergio Constantino Stares
Joaçaba
2015
ALEXANDRO SOUZA
PROJETO DE ADEQUAÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO DE MERCADO PÚBLICO NA
ANTIGA RODOVIÁRIA DE JOAÇABA-SC
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade do Oeste de Santa Catarina – Campus de Joaçaba, como requisito parcial à obtenção de grau de Engenheiro Civil.
Aprovado em ............ de ......................................... de 201....
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________ Prof. MSc. Sergio Constantino Stares Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
_________________________________________________ Prof. Scheila Lockstein Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
_________________________________________________ Prof. Esp. Tulainy Parisotto Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC
Dedico este trabalho aos meus pais, fonte
de meu conhecimento......
AGRADECIMENTOS
A todos os familiares que me apoiaram nas horas mais difíceis.
A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para que este trabalho
fosse concluído.
Apesar dos tropeços em meu caminho, agradeço a Deus por ter me dado
saúde suficiente para ter chegado até aqui.
“Aprender é a única coisa de que a mente nunca se
cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende.”
(Leonardo da Vinci)
RESUMO
Desenvolvimento de Projeto Arquitetônico, além do Projeto Geométrico, Memorial
Descritivo e uma estimativa de custos visando tornar o antigo Terminal Rodoviário de
Joaçaba-SC, praticamente em desuso, em um Mercado Público. Projeto baseado em
Estudo de Viabilidade Técnica e Legal realizado no primeiro semestre de 2015. O
Projeto Arquitetônico contempla reaproveitamento de área pelo fechamento da
plataforma de embarque com cortina de vidro temperado e a substituição da cobertura
existente por uma composta por estrutura metálica, telhas metálicas com isolamento
térmico e acústico e dois pontos com iluminação zenital, para aproveitamento de
iluminação natural durante o dia. O projeto ainda traz soluções para a regularização
de acessibilidade do imóvel, dividido em setores e grupos de atividades. Todas as
calçadas externas, passeios públicos e áreas de entorno da edificação foram
adequadas à acessibilidade e compatibilizadas com relação ao fluxo de entrada e
saída de pessoas e mercadorias, através de reorganização do espaço do antigo
estacionamento e pátio de manobra dos ônibus. O custo para a obra foi estimado em
R$ 1.207.938,58 e foram implementados 31 boxes para atividades comerciais e
serviços públicos no local.
Palavras-chave: Engenharia. Mercado Público. Projeto. Adequação.
Geométrico. Arquitetônico. Joaçaba.
ABSTRACT
Development of Architectural Design, in addition to Project Geometric,
Descriptive Memorial and a cost evaluation in order to make the former bus terminal
Joaçaba-SC, practically in disuse, in a public marketplace. Project based on technical
and legal feasibility study conducted in the first half of 2015. The architectural design
includes area of reuse by closing the boarding platform with tempered glass curtain
and replacement of existing coverage by a composed of metal structure, tiles Metal
with thermal and acoustic insulation and two points with overhead lighting, daylighting
use during the day. The project also brings solutions to the Property Accessibility
settlement, divided into sectors and activity groups. All external walkways,
promenades and surrounding areas of the building were adequate accessibility and
made compatible with respect to the inflow and exit of people and goods through
reorganization of the space of the old car and the bus-switching yard. The cost for the
adjustment was estimated at R$ 1,207,938.58 and 31 boxes were implemented for
commercial activities and public services on-site.
Keywords: Engineering. Marketplace. Project. Adequacy. Geometric.
Architectural. Joaçaba.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 – Exemplos de layouts para lojas .......................................................... 25
Ilustração 2 – Mobiliário, padarias e hortaliças.......................................................... 26
Ilustração 3 – Implantação atual ................................................................................ 43
Ilustração 4 – Planta baixa, as built do projeto original ............................................. 44
Ilustração 5 – Maquete tridimensional renderizada ................................................... 44
Ilustração 6 – Corte em perspectiva, com renderização ........................................... 45
Ilustração 7 – Fluxograma de materiais e produtos ................................................... 49
Ilustração 8 – Vista do Box 31 e da cozinha no Box 22 ............................................ 57
Ilustração 9 – Vista do depósito e da praça de alimentação ..................................... 57
Ilustração 10 – Vista dos sanitários feminino e masculino ........................................ 58
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1 – Escada em 08/10/2015 ...................................................................... 29
Fotografia 2 – Rampa de acesso no passeio ............................................................ 30
Fotografia 3 – Abrigo GLP a remover ........................................................................ 30
Fotografia 4 – Tanque a remover .............................................................................. 31
Fotografia 5 – Fachada dos fundos ........................................................................... 31
Fotografia 6 – Condicionador de ar improvisado em janela ...................................... 32
Fotografia 7 – Janela com grade ............................................................................... 32
Fotografia 8 – Afundamento do pavimento ............................................................... 33
Fotografia 9 – Muro de fechamento e boca-de-lobo .................................................. 33
Fotografia 10 – Caminhos pavimentados .................................................................. 34
Fotografia 11 – Piso da cozinha ................................................................................ 35
Fotografia 12 – Cozinha em 08/10/2015 ................................................................... 35
Fotografia 13 – Claraboia do sanitário feminino ........................................................ 36
Fotografia 14 – Piso do sanitário feminino ................................................................ 36
Fotografia 15 – Saguão, próximo ao restaurante ...................................................... 37
Fotografia 16 – Saguão, próximo aos sanitários ....................................................... 37
Fotografia 17 – Plataforma de embarque .................................................................. 38
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Zona de desenvolvimento 1 – ZD1 .......................................................... 20
Tabela 2 – Dimensões mínimas dos compartimentos permanentes ......................... 22
Tabela 3 – Edificações comerciais ............................................................................ 23
Tabela 4 – Coeficientes de escoamento pelas superfícies ....................................... 25
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
% Porcentagem
° Graus
A Área
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BIM Building Information Build – Modelagem da Informação
da Construção
CEASA Centrais de Abastecimento
Cm Centímetros
CMBSC Corpo Militar de Bombeiros de Santa Catarina
DAT Diretoria de Atividades Técnicas
F/L/F Frente, lateral e fundos
FDU Fundo de Desenvolvimento Urbano
GLP Gás Liquefeito de Petróleo
H Altura da edificação
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IN Instrução Normativa
Kg Quilograma
kVA Quilovolt-ampere
LC Lei Complementar
Ltda. Limitada
m² Metros quadrados
m³ Metro cúbico
Mgon Miligrado
Mm Milímetros
NBR Norma Brasileira
Ppm Partes por milhão
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
S/A Sociedade Anônima
T Testada
ZD1 Zona de Desenvolvimento 1
15
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 18
1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................... 18
1.2 OBJETIVOS ......................................................................................... 19
1.2.1 Objetivo geral ..................................................................................... 19
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................ 19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 20
2.1 REQUISITOS LEGAIS ......................................................................... 20
2.1.1 Plano Diretor Municipal de Joaçaba-SC ........................................... 20
2.1.1.1 Zoneamento Urbano ............................................................................ 20
2.1.1.2 Código de Edificações .......................................................................... 21
2.1.2 Segurança contra incêndio ............................................................... 22
2.1.3 Exigências quanto à higiene e conservação de alimentos ............ 23
2.2 REQUISITOS TÉCNICOS .................................................................... 24
2.2.1 Acessibilidade .................................................................................... 24
2.2.2 Pavimentações Permeáveis .............................................................. 24
2.2.3 Saídas de emergência ........................................................................ 25
2.2.4 Layout ................................................................................................. 25
3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................... 27
3.1 DADOS DO IMÓVEL E SITAÇÃO CADASTRAL ................................. 27
3.1.1 Consulta Prévia de Viabilidade ......................................................... 27
3.1.2 Cadastro Municipal de Imóveis ......................................................... 27
3.1.3 Escritura .............................................................................................. 27
3.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO..................................................... 27
3.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ..................................................... 28
3.3.1 Áreas externas ................................................................................... 28
3.3.1.1 Fachada e entorno ............................................................................... 28
3.3.1.2 Pavimentações ..................................................................................... 32
3.3.2 Ambientes internos ............................................................................ 34
3.3.2.1 Cozinha ................................................................................................ 34
3.3.2.2 Sanitários ............................................................................................. 35
3.3.2.3 Saguão ................................................................................................. 36
3.3.2.4 Plataforma de embarque ...................................................................... 38
16
3.4 DADOS ESTATÍSTICOS DO IMÓVEL ................................................. 38
3.5 VERIFICAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E LEGAIS ................. 39
3.5.1 Vagas de garagem e estacionamento .............................................. 39
3.5.2 Altura dos ambientes internos (existentes) ..................................... 40
3.5.3 Acessibilidade .................................................................................... 40
3.5.4 Segurança ........................................................................................... 40
3.5.5 Higienização ....................................................................................... 41
3.5.6 Sanitários ............................................................................................ 42
3.6 ELABORAÇÃO DOS PROJETOS........................................................ 43
3.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS .................................................................. 45
3.7.1 Cobertura ............................................................................................ 45
3.7.2 Pisos e pavimentações ...................................................................... 46
3.7.3 Painés e alvenarias ............................................................................ 46
3.7.4 Aberturas e esquadrias ..................................................................... 46
3.7.5 Forros .................................................................................................. 47
4 RESULTADOS .................................................................................... 48
4.1 SETORES E FLUXOS ......................................................................... 48
4.2 DEFINIÇÃO DO LAYOUT FINAL ......................................................... 49
4.2.1 Grupos de Atividades ........................................................................ 50
4.2.1.1 Artesanato ............................................................................................ 50
4.2.1.2 Carnes e peixes ................................................................................... 51
4.2.1.3 Diversos ............................................................................................... 51
4.2.1.4 Empório ................................................................................................ 51
4.2.1.5 Exposição ............................................................................................. 51
4.2.1.6 Gastronomia I ....................................................................................... 51
4.2.1.7 Gastronomia II ...................................................................................... 52
4.2.1.8 Gastronomia III ..................................................................................... 52
4.2.1.9 Horti-fruti .............................................................................................. 52
4.2.1.10 Serviços ............................................................................................... 52
4.2.1.11 Temperos e condimentos ..................................................................... 52
4.2.2 Layout dos boxes ............................................................................... 52
4.3 MATERIAIS E ACABAMENTOS .......................................................... 53
4.3.1 Telhado ............................................................................................... 53
4.3.2 Pisos .................................................................................................... 54
17
4.3.3 Painéis e alvenaria ............................................................................. 54
4.3.4 Aberturas ............................................................................................ 55
4.3.5 Pavimentações externas ................................................................... 55
4.3.6 Instalações prediais ........................................................................... 56
4.4 APRESENTAÇÃO FINAL ..................................................................... 57
4.4.1 Vistas tridimensionais ....................................................................... 57
4.5 MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................... 58
4.6 CUSTOS ESTIMADOS PARA A ADEQUAÇÃO .................................. 58
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 59
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60
APÊNDICE A – CONSULTA PRÉVIA DE VIABILIDADE ........................................ 63
APÊNDICE B – PROJETO GEOMÉTRICO .............................................................. 64
APÊNDICE C – PROJETO ARQUITETÔNICO ........................................................ 65
APÊNDICE D – MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................. 66
APÊNDICE E – PLANILHA DE CUSTOS................................................................. 67
ANEXO A – DOCUMENTAÇÃO ............................................................................... 68
18
1 INTRODUÇÃO
Elaboração de Projeto Executivo (Arquitetônico e Geométrico) contendo
Memorial Descritivo e Orçamento, visando adequações necessárias para que a
funcionalidade da edificação seja redefinida como Mercado Público.
Todas as adequações seriam baseadas em exigências técnicas e de
acordo com a legislação vigente.
O Projeto Geométrico contempla reorganização dos espaços para
acomodação de vagas de estacionamento e área de manobra, remanejo das áreas
verdes e recuperação da pavimentação existente, execução de rampas de acesso
para pessoas portadoras de necessidades especiais.
Já o Projeto Arquitetônico apresenta alteração de layout (demolição e
execução de alvenaria), com expansão de uso de área já coberta (plataformas de
embarque), com fechamento em cortinas de vidro, substituição do telhado (telha
trapezoidal em fibrocimento) por estrutura metálica e telha metálica com isolamento
térmico e acústico. Substituição de pisos e execução de piso na área de ampliação
(plataformas de embarque). Substituição das aberturas, boa parte delas são de difícil
manutenção e carecem de segurança.
1.1 JUSTIFICATIVA
O imóvel situado está sendo ocupado como garagem para diversos órgãos
públicos e servindo como depósito de mobiliário destinado à rede de ensino municipal
e estadual, em razão de sua localização privilegiada (lote em esquina em área urbana
central, próximo de ligações intermunicipais e conectada a Rodovia SC-303), é tido
como um imóvel subutilizado pelo poder público municipal desde a inauguração do
novo Terminal Rodoviário.
A edificação não estava sendo habitada até o mês de outubro, as condições
de conservação não estão adequadas e patologias já estão aparecendo, devido à
ausência de cuidados de limpeza e manutenção no local (basicamente, infiltrações,
ramais de esgoto inoperantes.
Quanto à ocupação, esse espaço público carece de ideias que tragam
benefícios à população. Um mercado público proporcionaria melhor qualidade
alimentar para os consumidores da região, por tratar-se de produtos naturais, e além
19
de ser um possível ponto de encontro e confraternização para a população local. Em
geral, seria uma forma de possibilitar a comercialização de produtos locais,
atualmente limitados à operação da feira-livre ou de eventos coloniais escassos.
Para os consumidores em geral, haveria um espaço agrupado para
comercialização de produtos e especiarias que atualmente só se alcançaria em
grandes centros.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
Desenvolver um projeto executivo visando a funcionalidade da edificação
(antigo Terminal Rodoviário de Joaçaba-SC) como Mercado Público regional, com
foco em produtos da agroindústria local.
1.2.2 Objetivos específicos
Desenvolver Projeto Arquitetônico visando à conformidade da edificação para
a nova atividade (Mercado Público).
Elaborar Projeto Geométrico, de modo a reorganizar os acessos de entrada e
saída, bem como das vagas para estacionamento exigidas pelo Plano Diretor
Municipal.
Conceber por meio de Memorial Descritivo o detalhamento para a execução
das intervenções necessárias, especificadas em projeto.
Estimar os custos dos materiais e serviços necessários para a implantação do
projeto
20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 REQUISITOS LEGAIS
2.1.1 Plano Diretor Municipal de Joaçaba-SC
2.1.1.1 Zoneamento Urbano
Segundo o Anexo IV da Lei Complementar 137 (JOAÇABA, 2007, p. 53),
para Horto Mercados e Supermercados acima de 150 m² as vagas de estacionamento
e garagens devem atender o mínimo de 01 vaga para cada 30 m² de área construída,
com o adicional de 01 vaga para caminhão a cada 500 m² de área construída.
Já o Anexo VI da LC 137 (JOAÇABA, 2007, p. 63) classifica os requisitos
mínimos conforme o tipo de zoneamento, dados em forma de tabelas:
Tabela 1 – Zona de desenvolvimento 1 – ZD1
Testada e Área mínima
Recuos e Afastamentos
Taxa de ocupação
Índice de Aproveitamento
Gabarito Taxa de
Permeabilidade
A: 360,00 m² T: 12,00 m
F/L/F: Livre até o 4º Pavimento L/F da Torre: H/10 e H/8
60% IA Básico: 3,6 IA Max: 4,8
Livre 12%
Objetivo: Tem por objetivo incentivar a instalação do comércio e prestação de serviço, aproveitando-se a infraestrutura existente, tendo condições de adensamento.
Propostas de uso
Permitido Permissíveis
Uso 1 – Residências Unifamiliar Uso 2 – Residências Multifamiliares Uso 4 – Comércio Vicinal Uso 5.A – Comércio Varejista e Prestação de Serviço 1 Uso 9 – Comércio de Veículos Leves Uso 15 – Recreação e Lazer
Uso 5.b – Comércio Varejista e Prestação de Serviço 2 Uso 10 – Educacional Uso 11 – Institucional Uso 14 – Religioso Uso 15.A – Recreação e Lazer Especial 1 Uso 18 – Hotéis e Pousadas Uso 20 – Atividade de Nível de Incomodo 1
Observações: Os recuos nesta zona são livres até o 4º pavimento, obedecendo A.T.O Recuos: Uso de permanência Prolongada será utilizado h/8 Onde h é a maior altura do prédio com relação a rua de acesso. Nesta zona serão implantados o Imposto Progressivo no Tempo e Outorga Onerosa do Direito de Construir – Instrumentos do Estatuto da Cidade. Uso 16.C – Cultura (Redação dada pela emenda 04/2006)
FONTE: Adaptado da LC 137 (Joaçaba, 2007, p. 63).
É estabelecido pelo Art. 85 da LC 137 (JOAÇABA, 2007, p. 30) que “[...]
21
deverão ser reservadas vagas para deficientes físicos [...] destinados aos usos
comerciais e de serviços públicos, com largura mínima de 3,50 m [...] e comprimento
de 5,00 m [...]” de acordo com:
I. Até 25 vagas: 1 vaga;
II. De 25 a 50 vagas: 2 vagas;
III. De 51 a 75 vagas: 3 vagas;
IV. De 76 a 100 vagas: 4 vagas;
V. De 101 a 150 vagas: 5 vagas;
VI. De 151 a 200 vagas: 6 vagas;
VII. De 201 a 300 vagas: 7 vagas;
VIII. Mais de 300 vagas: 8 vagas e mais uma para cada 100 vagas ou fração.
2.1.1.2 Código de Edificações
Conforme define o Art. 60 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 35) para
edificações destinadas ao comércio em geral deve-se obedecer aos seguintes
requisitos quanto ao pé direito:
I. 3,00 m quando a área do compartimento for de até 150,00 m²;
II. 3,50 m quando a área do compartimento for superior a 150,00 m².
De acordo com o Art. 62 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 36), todas as
unidades das edificações comerciais deverão ter sanitário:
I. Acima de 150,0 0 m² da área total é obrigatória a construção de
sanitários separados para os dois sexos, na proporção de um sanitário a cada 200,00
m²;
II. Quando se tratar de um conjunto de lojas ou salas em um mesmo
pavimento, poderá ser feito um agrupamento de instalações sanitárias.
Pelo Art. 63 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 36), fica estabelecido que se
tenha, para os corredores de galerias, obrigatoriamente, um pé direito mínimo de 3,5
m de altura e largura de 3,00 m com adicional de 10% para cada 5,0 m de comprimento
que exceder a extensão de 15,0 m.
Ainda, segundo o Art. 66 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 37):
22
Nos supermercados, mercados e estabelecimentos do gênero, além das normas municipais pertinentes, o acondicionamento, a exposição e a venda dos gêneros alimentícios estarão sujeitos a normas de proteção à higiene e à saúde, dos órgãos estaduais e federais.
Já o Art. 67 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 37) estabelece que “As
edificações destinadas a comércio, serviços ou atividades profissionais deverão ter
dispositivo de prevenção contra incêndio de conformidade com as determinações
deste Código e normas específicas do Corpo de Bombeiros.”.
O Art. 328 da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 120) define que “Em qualquer
edificação, a exceção das habitações unifamiliares, deverá ser garantido o acesso aos
deficientes físicos em cadeiras de rodas ou com aparelhos ortopédicos, observadas
as disposições da ABNT [...]”.
É estabelecido pelo Art. 231 da LC 134 (JOAÇABA, P. 92) as dimensões
mínimas para os compartimentos permanentes, conforme o apresentado na Tabela 2,
a seguir.
Tabela 2 – Dimensões mínimas dos compartimentos permanentes
Compartimentos Área (m²) Dimensão mínima (m) Altura (m) Largura dos vãos de
acesso (m)
Lojas 25,00 3,00 3,00 0,80
Boxe e “Stands” 12,00 2,80 2,40 1,00
Salas Comerciais 15,00 2,80 3,00 0,80
Sobrelojas 12,50 2,80 2,40 0,80
Fonte: Adaptado da LC 134 (JOAÇABA, 2007, p. 93).
2.1.2 Segurança contra incêndio
Segundo o Art. 127 da Instrução Normativa 001 (Diretoria de Atividades
Técnicas, Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, 2014, p. 34), para
estabelecimentos comerciais será exigido:
23
Tabela 3 – Edificações comerciais
Altura Área total Sistema ou medida
- - Saídas de emergência
- - Instalação de gás combustível (quando houver consumo de gás)
- - Iluminação de emergência e sinalização para abandono do local nas
áreas de circulação, nas saídas de emergência e nos elevadores
- - Materiais de acabamento e revestimento
- ≥ 50 m² Proteção por extintores (ou com carga de incêndio ≥ 25 kg/m²)
- ≥ 3.000 m² Chuveiros automáticos (desde que com carga de incêndio > 120 kg/m²)
≥ 20 m ≥ 750 m² Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
≥ 4 pav ≥ 750 m² Sistema hidráulico preventivo
≥ 4 pav ≥ 750 m² Plano de emergência
≥ 4 pav ≥ 750 m² Sistema de alarme e detecção de incêndio
> 20 m - Dispositivo para ancoragem de cabos
> 40 m - Local para resgate aéreo
> 60 m - Elevador de emergência
Fonte: Adaptado da IN 001 (DAT, CBMSC, 2014, p. 34).
O Art. 127 da IN 001 (DAT, CBMSC, 2014, p. 34) ainda estabelece o
seguinte para edificações:
I. Serão exigidos brigadistas de incêndio voluntário, quando a população fixa
for superior a 20 pessoas, e brigadistas de incêndio particular, quando a
população fixa for superior a 100 pessoas;
II. Que possuírem áreas destinadas ao armazenamento, manipulação e
manutenção de recipientes de GLP fica sujeito às prescrições de IN
específica;
III. Destinadas à distribuição, abastecimento ou venda a varejo de
combustíveis e de lubrificantes para qualquer fim, ao comércio de armas,
munições e fogos de artifícios ficam sujeitos às determinações previstas
em instrução normativa específica.
2.1.3 Exigências quanto à higiene e conservação de alimentos
Para a Resolução RDC 216 (BRASIL, 2004, p. 7), as áreas de exposição
de alimentos preparados e de consumação devem ser mantidas organizadas em
condições adequadas de higiene. Os equipamentos, móveis e utensílios disponíveis
devem estar compatíveis com as atividades, em número suficiente e em bom estado
24
de conservação.
Segundo a RDC 275 (BRASIL, 2002, p. 5), deve ser utilizada, somente
água potável durante a manipulação de alimentos e os reservatórios de água devem
estar em adequado estado de conservação e higiene.
2.2 REQUISITOS TÉCNICOS
2.2.1 Acessibilidade
É definido pela NBR 9050 (Associação Brasileira de Normas Técnicas,
2015, p. 55) que as rampas tenham inclinação entre 6,25% e 8,33%, devendo ser
previstas áreas de descanso nos patamares, a cada 50,0 m de percurso. Para
reformas, quando esgotadas as possibilidades, a norma permite a utilização de
inclinações superiores a 8,33% até 12,5%.
Para os sanitários, NBR 9050 (ABNT, 2015, p. 86) estipula como valores
mínimos de largura e profundidade, 1,5 e 1,7 m para cada boxe para bacia sanitária,
admitindo ainda 1,5 por 1,5 m para o caso de reforma, porém exige área de manobra
de 1,2 x 1,5 na parte externa.
2.2.2 Pavimentações Permeáveis
Conforme afirma Ferguson (2005), pavimentos permeáveis são
caracterizados por possuírem espaços vazios em sua estrutura que permitem a
passagem de água.
Na Tabela a seguir estão descritos os coeficientes de escoamento obtidos
no ensaio realizado por Araújo, Tucci e Goldefum (1999) através da relação entre a
chuva total e o volume total de água escoado:
25
Tabela 4 – Coeficientes de escoamento pelas superfícies
Revestimento Chuva total
(mm)
Escoamento total
(mm)
Coeficiente de
escoamento
Solo compactado 18,66 12,32 0,66
Paralelepípedos 18,33 10,99 0,60
Bloco de concreto 19,33 15,00 0,78
Concreto 18,33 17,45 0,95
Blocos vazados 18,33 0,5 0,03
Concreto permeável 20,00 0,01 0,005
Fonte: Adaptado de Araújo, Tucci e Goldefum (1999).
2.2.3 Saídas de emergência
De acordo com a NBR 9077 (ABNT, 2001, p. 3), define-se como saída de
emergência um caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas,
corredores, halls, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, a ser
percorrido pelo usuário, protegido em caso de um incêndio, de qualquer ponto da
edificação até atingir espaço aberto.
2.2.4 Layout
Para definição de layout de lojas e boxes comerciais em shopping centers
e galeria, Neufert (2010, p. 264) oferece as seguintes disposições:
Ilustração 1 – Exemplos de layouts para lojas
Fonte: Adaptado de Neufert (2010).
26
Com relação ao mobiliário, Neufert (2010, p. 270) também dispõe de
exemplos práticos para composição do layout interno através de mobiliário para
peixarias, padarias, venda de hortaliças e carniçarias comuns a grandes mercados
públicos.
Ilustração 2 – Mobiliário, padarias e hortaliças
Fonte: Adaptado de Neufert (2010).
27
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 DADOS DO IMÓVEL E SITAÇÃO CADASTRAL
3.1.1 Consulta Prévia de Viabilidade
Através da Consulta Prévia de Viabilidade realizada referente ao imóvel
01.02.001.051.001.001 – disponível no Apêndice A – considerando a implantação de
Comércio Varejista e Prestação de Serviços 2 (Supermercados acima de 350 m² e
uso 5.B), constatou-se a classificação como uso Permissível e a necessidade de um
Estudo de Impacto de Vizinhança junto ao Conselho de Desenvolvimento Municipal.
A Consulta Prévia de Viabilidade também traz informações pertinentes ao
imóvel, tais como a área do lote (2.901,60 m²), a área total construída (1.275,90 m²),
a profundidade do lote (48,28 m), como testada principal junto à Rua Eliziário De Carli
(medindo 60,10 m) e como testada secundária a Rua Marcelino Champagnat
(medindo 50,42 m).
3.1.2 Cadastro Municipal de Imóveis
Procurando pelo cadastro do imóvel 01.02.001.051.001.001, verificou-se
que a posse do imóvel pertence ao Município de Joaçaba e possui área de 2.901,60
m² e área construída de 1.275,90 m², valores correspondes aos anteriores.
3.1.3 Escritura
Segundo a escritura da matrícula nº 30.179 do Registro de Imóveis,
Comarca de Joaçaba, confirmou-se a área do imóvel como sendo 2.901,60 m² e
verificou-se uma área construída averbada de 1.380,39 m² (não sendo descontado a
área relativa à plataforma de embarque).
3.2 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
Com relação à edificação, foi realizado um projeto as built com base na em
cópia (degradada) da planta baixa original, fornecida pela prefeitura. O projeto foi
então comparado com os resultados da medição feita em campo, e constatou-se que
haviam poucas variações, tanto no alinhamento, quando nas dimensões dos
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compartimentos. A maior variação foi encontrada nos vão de aberturas e dimensões
dos pilares (alguns fora do padrão pré-moldado preponderante no local).
Foram encontradas estruturas para alocação de botijões de gás GLP,
tanques de lavar, entre outros, no entorno da edificação, quase todas em situação
precária.
Quanto ao terreno, a medição apurorou diverngências em relação a
documentação levantada, nesse caso, a área excedente encontrada refere-se ao
trecho de canalização de corpo d’água e provavelmente deve existir outra matricula
do imóvel vinculada a essa área averiguada.
Uma vez construído o projeto geométrico, foi possível fazer o levantamento
das áreas, necessárias para o levantamento dos índices legais exigidos, tais como,
áreas permeáveis, parcialmente permeáveis, necessárias para o cálculo da taxa de
permeabilidade, que nesse caso, deveria ser de no mínimo 12,0%. O valor verificado
foi de 22,02%, estando, portanto, em acordo com a legislação vigente.
Através do projeto geométrico, também foi possível determinar as áreas de
pavimentação com blocos de concreto, áreas das calçadas em concreto armado no
entorno da edificação, nos passeios públicos e acessos das áreas verdes e o
comprimento total de meio-fio necessário para o travamento das pavimentações.
Esses dados foram então alimentados em planilha de quantitativos para estimativa de
custos da obra.
3.3 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
Após a verificações iniciais, realizadas durante a etapa do Estagio
Supervisionado II, mais uma vistoria foi realizada em parceria com a colega Ana Paula
Abatti, no dia 08 de outubro, dessa vez, com acesso à área interna da edificação.
3.3.1 Áreas externas
3.3.1.1 Fachada e entorno
Na fotografia 1 é possivel verificar a situação inusitada da base da escada
que garante acesso ao antigo ecônomo, no pavimento superior (intermediário). Na
parte superior da escada não há um patamar de espera, ou descanso, os últimos
degraus morrem no guarda corpo de alvenaria, estando a porta de entrada do
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ecônomo em ângulo perpendicular, dificultando o acesso. Além disso, os degraus
apresentam comprimento nitidamente reduzido e altura superior a 20,0 cm.
Fotografia 1 – Escada em 08/10/2015
Fonte: O autor.
No entorno da fachada em frente à Rua Marcelino Champagnat, averiguou-
se a existência de uma rampa de acesso, em frente ao que teria sido uma faixa de
pedestres. A rampa apresenta 50,0 cm de comprimento e precisa vender 17,0 cm de
desnível do piso do passeio até o nível da rua, resultando numa declividade de bruta
de 34%. Para adequar a rampa a uma inclinação de 8,33% seria necessário um recuo
de 204,0 cm, que é um pouco mais do que a largura média do passeio, mais os 80,0
cm para tráfego longitudinal. Como se trata de uma adequação, admite-se uma
inclinação de até 10% desde que não haja outra possibilidade no local. A NBR 9050
(ABNT, 2015, p. 55) também aceita que até 0,5 cm de desnível seja desconsiderado,
ou que até 1,5 cm seja em forma de chanfro com inclinação de 100%, nesse caso,
para atender à regularização da rampa, seria preciso reduzir o desnível entre a rua e
o passeio, ou então aumentar a largura do mesmo, o que pode ser feito, rebaixando
o piso em frente à edificação, garantindo um uma inclinação adequada e assegurando
o espaço mínimo para o tráfego de pedestres.
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Fotografia 2 – Rampa de acesso no passeio
Fonte: O autor.
No lado externo da edificação, no rumo do espaço anteriormente destinado
as loja e lancherias, há um abrigo de gás liquefeito de petróleo (GLP), esse abrigo
poderá ser remanejado para outros locais do imóvel, a critério de um eventual projeto
complementar.
Fotografia 3 – Abrigo GLP a remover
Fonte: O autor.
No canto da fachada voltada para a área arborizada, há um tanque de lavar,
em péssimas condições que também seria removido, por não ser necessário ao
empreendimento em vista.
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Fotografia 4 – Tanque a remover
Fonte: O autor.
Na figura a seguir, nota-se um volume, sem função para o projeto, e seria
demovido, também observa-se a vegetação crescendo, evidenciando a falta de
cuidados com a pavimentação; alguns tijolos cerâmicos danificados, que precisariam
ser preenchidos com algum material de enchimento (argamassa); presença de peça
de concreto, provavelmente a rampa do volume, deixada ao chão; e ainda, uma grade
sobre a porta de acesso à cozinha, nos fundos (que seria removida).
Fotografia 5 – Fachada dos fundos
Fonte: O autor.
Foi observado que algumas janelas sofreram modificações grosseiras,
como essa da foto a seguir, para acomodar um equipamento eletrodoméstico
(condicionador de ar).
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Fotografia 6 – Condicionador de ar improvisado em janela
Fonte: O autor.
Muitas janelas apresentam grades, mas aparentemente, de vários modelos
diferentes, como se pretende a substituição das abertura, as grades também seriam
removidas, por tornarem-se obsoletas para a função.
Fotografia 7 – Janela com grade
Fonte: O autor.
3.3.1.2 Pavimentações
Em alguns trechos isolados do pavimento, observa-se patologias na base
da pavimentação, como o afundamento exemplificado na figura a seguir.
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Fotografia 8 – Afundamento do pavimento
Fonte: O autor.
Os muros de fechamento também poderia ser recuperados e revitalizados,
a grades estão começando a se desprender dos perfis, já em estado de corrosão
devido à falta de manutenção.
Fotografia 9 – Muro de fechamento e boca-de-lobo
Fonte: O autor.
Com relação as áreas arborizadas, foi constatado a presença de vários
caminhos pavimentados e nichos em concreto ao redor da árvores. Esses nichos
seriam e a pavimentação removidos, substituídos por grama e novos caminhos, em
menor quantidade e mais largos seriam executados, evitando a possível colisão entre
os circulantes, estimulando a passagem pelo loca.
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Fotografia 10 – Caminhos pavimentados
Fonte: O autor.
3.3.2 Ambientes internos
Durante as diligências realizada são longo do ano, verificou-se que a
maioria dos locais se encontravam em péssima condições de higiene e
completamente obstruídas com mobiliários escolares e diversos outros entulhos ali
estocados, alguns ambientes, como os sanitários masculinos não puderam ser
inspecionados, pois o ambiente encontrava-se atrás de pilhas de móveis e entulho,
além de a porta estar lacrada com uma parede de madeira.
3.3.2.1 Cozinha
Na inspeção, pôde-se observar que uma parte do revestimento cerâmico
se desprendeu do piso, parte dele apresentando peças quebrada remanescentes.
Praticamente todo o rejuntamento entre a peça foi perdido.
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Fotografia 11 – Piso da cozinha
Fonte: o autor.
Ao observar o interior, nota-se que havia uma bancada de alvenaria
próxima à janela, com revestimento em cerâmica e parcialmente destruída, também
verificou-se que há nos fundos, uma região sem assentamento de revestimento
cerâmico, no alto, alguma cerâmicas estão faltando.
Fotografia 12 – Cozinha em 08/10/2015
Fonte: o autor.
3.3.2.2 Sanitários
Logo na entrada, percebe-se que existe uma diferença de
aproximadamente 3,0 cm de nível entre o piso do sanitário feminino e o saguão. No
seu interior, constatou-se que após a reocupação parcial da edificação, havia
funcionalidade do ambiente, higienização, além do bom estado de conservação, com
ressalvas para claraboia, impregnada com sujeira e algas marrons.
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Fotografia 13 – Claraboia do sanitário feminino
Fonte: o autor.
Fotografia 14 – Piso do sanitário feminino
Fonte: o autor.
3.3.2.3 Saguão
Em geral, verificou-se que o piso das partes visíveis/acessíveis do
ambiente, o piso estava em bom estado, apenas repleto de entulho, mobiliários
diversos, provenientes da lanchonete ou do restaurante que havia ao lado, como
evidenciado na fotografia a seguir.
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Fotografia 15 – Saguão, próximo ao restaurante
Fonte: o autor.
No topo, observa-se um laje maciça, revestida apenas com pintura, em bom
estado de conservação. As alvenarias internas que puderam ser vistoriadas também
apresentaram boa condições visuais de conservação. Já no interior do que eram a
lojas, constatou-se um piso de concreto bruto, sem revestimento e desnível 2,0 cm
acima do nível do saguão.
Logo na primeira loja (fotografia a seguir), verificou-se que um dos pilares
estava em posição diferente do projeto original, não estando no canto previsto, a
largura dessa loja também era inferior ao esperado, sendo a única alteração
construtiva em divergência enconctrada até então.
Fotografia 16 – Saguão, próximo aos sanitários
Fonte: o autor.
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3.3.2.4 Plataforma de embarque
Durante a vistoria, pôde-se observar que o degrau existente entre os pisos
do saguão e da plataforma de embarque apresentava descolamento do revestimento
de pedra – placa de basalto regular lixado – ao longo de toda a sua extensão, inclusive
na base (soleira) da vidraçaria.
Fotografia 17 – Plataforma de embarque
Fonte: o autor.
Em alguns pontos a calçada existente apresentava trincas e afundamento,
acompanhando a deformação sofrida na pavimentação adjacente.
3.4 DADOS ESTATÍSTICOS DO IMÓVEL
Estatísticas do imóvel após as alterações propostas em projeto:
Área do terreno: 3.776,93 m²;
Área construída (total): 1.213,23 m²;
Áreas descontada: nenhuma;
Área Útil (total): 1.137,01 m²;
Índice de Aproveitamento = área construída
área do terreno
Índice de Aproveitamento: 1.213,23 m² / 3.776,93 m² = 0,32;
Área projetada da edificação – para Taxa de Ocupação: 1.184,42 m²;
Taxa de Ocupação = área projetada da edificação
área do terreno × 100%
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Taxa de Ocupação: 1.184,42 m² / 3.776,93 m² x 100% = 31,36%;
Área parcialmente permeável (22% – pavimentação com blocos de
concreto): 1.442,39 m²;
Áreas permeáveis (100% – gramados): 515,96 m²;
Área permeável (total): 1.442,39 m² x 0,22 + 515,96 m² = 833,29 m²;
Taxa de Permeabilidade = ∑ áreas permeáveis
área do terreno × 100%
Taxa de Permeabilidade: 833,29 m² / 3.776,93 m² x 100% = 22,06%.
3.5 VERIFICAÇÃO DAS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E LEGAIS
3.5.1 Vagas de garagem e estacionamento
Por meio de cálculos, foi verificado se a área do imóvel comporta o número
de vagas de estacionamento e garagem necessário para atender ao requisitado pelo
Plano Diretor Municipal:
Número de vagas = área construída
30 m²
Número de vagas = 1.275,90 m² / 30 m² = 42,53 (43 vagas);
Número de vagas de caminhões = área construída
200 m²
Número de vagas de caminhões = 1.275,90 m² / 200 m² = 2,55 (3 vagas).
Cada vaga de estacionamento é dada por 2,5 m de largura por 5,0 m de
comprimento, a área calculada ainda considera um espaço para manobra igual a
100% da área. Ainda, acrescenta-se 5 m² para cada vaga de deficiente, necessária
para atender ao Art. 85 do Plano Diretor Municipal, nesse caso, para 43 vagas, é
necessário ter 2 vagas para deficientes:
Área estacionamento = 43 x (2,5 x 5) m x 2 + 2 x 5 m² = 1.085 m².
Já para as vagas de caminhão, adotou-se uma área de 10 m de
comprimento por 3,5 m de largura:
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Área estacionamento, caminhões = 3 x (3,5 x 10) m x 2 = 210 m²;
Área estacionamento, total = (1.085 + 210) m² = 1.295 m².
Pela verificação, pode-se afirmar que é possível acomodar todas as vagas
de automóveis requisitadas pela legislação atual.
3.5.2 Altura dos ambientes internos (existentes)
Foram encontradas variações quando à altura do pé-direito em diferentes
dependências durante a verificação do equipamento urbano (variações de até 3,0 cm
foram desconsideradas):
Plataforma de embarque: 4,50 m;
Saguão e restaurante: 3,98 m;
Lojas (Boxes): 2,85 m.
Os valores estão compatíveis com os exigidos pelo Código de Edificações
do município.
3.5.3 Acessibilidade
Durante a verificação no local, constatou-se a presença de degraus e a
existência insuficiente de rampas de acesso a pessoas portadoras de necessidades
especiais, sendo assim, torna-se necessário a realização de adequações, nesse caso,
a NBR 9050 (ABNT, 2015, p. 55) admite rampas com inclinação de até 12,5% –
quando da impossibilidade de executar rampas de adequação em edificações
existentes.
Constatou-se que nenhum dos sanitários existentes está equipado para
atender ao uso de pessoas portadoras de necessidades especiais.
3.5.4 Segurança
Os acessos de entrada do equipamento urbano possuem a capacidade
para comportar saídas de emergência sem ultrapassar a distância máxima percorrida
(30,0 m).
Para calcular a unidade de saídas, foi levado em consideração 03 pessoas
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por metro quadrado no pavimento principal e capacidade de passagem de 100
pessoas por minuto para cada saída, uso C3 na tabela 5 da NBR 9077 (ABNT, 2001):
População = 1.275,9 m² x 1 pessoa / 3 m²= 425,3 (426 pessoas);
Número de saídas = 426 pessoas / 100 pessoas = 4,26 (5 saídas)
As portas de acesso e saída possuem abertura livre variando entre 1,1 e
1,90 m de largura e 2,5 m de altura, as demais portas de saída têm como dimensões
0,80 m de largura e 2,1 m de altura. De acordo com o projeto arquitetônico proposto,
algumas dessas portas serão substituídas, bem como todas as esquadrias e
vidraçarias existentes. Nos vãos da estrutura existente, será utilizado cortinas de vidro
temperado, com estrutura metálica (alumínio e aço), permitindo aberturas em portas
de correr (vidro temperado) com vão livre de 1,85 m para os acessos direcionados à
Praça da Rua Marcelino Champagnat, 2,16 m para os acessos voltados aos
estacionamentos (atualmente as plataformas de embarque). O projeto prevê, ainda, a
implantação de mais dois acessos, voltados para a o pátio de manobra, e frente à Rua
Eliziário De Carli, sendo duas portas duplas pivotantes de vidro temperado e com vão
livre de 1,96 m, totalizando 6 saídas de emergência.
A altura do pé-direito também está de acordo com as rotas de fuga, pois o
mínimo exigido é de 2,5 m.
As escada de acesso ao ecônomo do pavimento superior possui degraus
curtos, com altura acima do estabelecido em normas de acessibilidade e segurança,
e 1,2 m de largura. O projeto especifica a sua demolição e substituição por uma outra
escada, metálica, com dimensões de acordo com as normas de segurança e Corpo
Militar de Bombeiros de Santa Catarina.
Levando-se em consideração a eventual presença de estabelecimentos
como restaurantes, lanchonetes, cafeterias ou bares, considera-se a possibilidade de
implantação de uma central de GLP.
3.5.5 Higienização
No caso do mercado público, as exigências quanto à higienização dos
ambientes, produtos alimentícios e sua manipulação devem ser atribuídos
individualmente para cada um dos boxes, eventualmente implantados, em especial
quanto à conservação de carnes e frios, no entanto, a edificação conta com espaço
42
destinado a câmara fria, atualmente desativado e poderia ser realizada uma
verificação no caso de sua reutilização futura.
Os boxes devem ser implantados com materiais que possibilitem a limpeza,
nesse caso a ANVISA recomenda o uso de materiais lisos no piso, paredes e no teto.
Quanto ao estado de conservação dos sanitários, recomenda-se uma
reforma completa, incluindo uma revisão em todos os pontos hidráulicos e no sistema
de tratamento, a fim de se evitar focos de contaminação. Tal reforma contemplaria
ainda a adequação quanto às exigências de acessibilidade.
Devido à falta de manutenção, possíveis patologias em estágio inicial
podem, ao longo do tempo, promover condições propícias ao acúmulo de sujeira e
umidade e atrair vetores e proliferação de pragas indesejadas.
A edificação conta com abastecimento de água potável, proveniente do
Sistema Intermunicipal de Água e Esgoto (SIMAE) e possui reservatório adequado.
Recomenda-se a revisão minuciosa de todos os pontos hidráulicos e possíveis
reparos seriam realizados num processo de adequação da edificação. A potabilidade
e o fornecimento de água são de suma importância para a manipulação correta dos
alimentos e a limpeza do local.
3.5.6 Sanitários
Para a verificação da quantidade de sanitários, foi considerado a área do
pavimento:
Número de sanitários = 1 + (1.114,54 – 150) m² / 200 m² = 5,83.
A legislação ainda exige uma unidade sanitária para cada 50 m² de
restaurantes:
Número de sanitários = (108,51 + 23,03 + 13,3 + 13,13 + 10,56) m² / 50
m² = 3,37.
Total de 14 unidades sanitárias necessárias, mesmo se fosse considerado
separadamente o conjunto todo da praça de alimentação.
43
3.6 ELABORAÇÃO DOS PROJETOS
Ambos os projetos foram desenvolvidos com auxílio do software Autodesk
Autocad, versão 2016, baseados nas planta baixas construídos na fase de estudo de
viabilidade, durante o Estágio Supervisionado II. Estes foram desenvolvidos com base
em levantamento topográfico e consulta de documentação junto à prefeitura.
Pelas informações contida nesses projetos (ilustrações 3 e 4), foi possível
realizar o novo traçado das pavimentações e áreas verdes, em conformidade com as
exigência legais, construindo então o Projeto Geométrico de Implantação do Mercado
Público, constado no Apêndice B.
Uma vez definido o traçado do projeto geométrico e da área de ampliação
da edificação o passo seguinte foi exportar as plantas para o software Autodesk Revit,
versão 2016, onde foi modelado a estrutura e o entorno da edificação, criando assim
a maquete eletrônica tridimensional do projeto.
Ilustração 3 – Implantação atual
Fonte: O autor.
44
Ilustração 4 – Planta baixa, as built do projeto original
Fonte: O autor.
Após a construção do modelo tridimensional, é possível gerar plantas,
cortes, elevações e detalhes específicos do projeto, além da opção de renderização
de vistas e cortes em perspectiva, como mostrado na ilustrações 5 e 6.
Ilustração 5 – Maquete tridimensional renderizada
Fonte: o autor.
Pela alimentação das informações em cada material modelado, é possível
separar o que já existe, o que será demolido, o que será construído e até mesmo
elementos temporários, em diferentes etapas de projeto.
O sistema de informação por modelagem também realiza a quantificação
de elementos construtivos por categoria, com opção de informar custos finais se estes
45
forem informados aos materiais e peças criadas.
Ilustração 6 – Corte em perspectiva, com renderização
Fonte: o autor.
Após o tratamento dos elementos de projeto, é possível criar o
detalhamento em pranchas, que podem ser impressos diretamente, ou exportados
para uma plataforma CAD (Computer Aidded Design – desenho assistido por
computador).
3.7 ESTIMATIVA DE CUSTOS
Levantamento de quantitativos pertinentes a demolição e remoção de
elementos construtivos e decorativos da edificação e benfeitorias do terreno com
posterior levantamento de custos de execução para cada categoria.
3.7.1 Cobertura
Retirada das peças de Talhekão 90 – 8 mm, limpeza da laje e instalação
da nova cobertura, com revisão e ou instalação de elementos de drenagem e
impermeabilização.
46
3.7.2 Pisos e pavimentações
Nivelamento do piso da atual platataforma de embarque, que está no nível
do pátio e 15 cm abaixo do nível dos pisos internos a qual será igualado.
Retirada e recolocação de todas as peças eventualmente soltas.
Reparos diversos e subtituição de pisos em determinados ambientes, como
sanitários e cozinhas.
Retirada dos blocos de concreto sextavados, de todo o pátio e
estacionamento.
Regularização da base existente, recompactação e reforço em áreas com
afundamento e recolocação dos novos blocos de concreto intertravado.
Demolição de calçadas na área verde, e reconstrução de todas as calçadas
no entorno da edificação e na ligação dos acessos ao passeio público.
Execução de rampas de acesso com acessibilidade.
3.7.3 Painés e alvenarias
Demolição parcial de paredes internas e externas, de constituições
diversas: alvenaria de tijolos maciços, de 6 furos com e sem revestimetno,
em reboco ou azulejos.
Execução de paredes de fechamento em alvenaria e painéis com divisórias
para delimitação do novo layout interno da edificação.
Retirada e recolocação de revestimento cerâmico.
3.7.4 Aberturas e esquadrias
Retirada de portas e janelas, com fechamento da alvenaria, igualando o
acabamento existente.
Retirada da cortina de vidro que separa o saguão da plataforma de
embarque.
Instalação da nova cortina de vidro, para fechamento da fachada sul do
mercado público.
Substituição de todas as demais esquadrias.
47
3.7.5 Forros
Colocação de forro rebaixado em gesso acartonado para os boxes e
setores administrativos.
48
4 RESULTADOS
4.1 SETORES E FLUXOS
A partir do estudo de caso realizado durante o Estágio Supervisonado II, foi
definida a estrutura em setores para a edificação, sendo a composição formada por
um setor administrativo, responsável pela gerência e manutenção do local; um setor
de serviços públicos, onde a Administração Municipal teria espaço reservado para a
implementação de prestação de serviços diversos, à fim de compor atrativo para a
visitação do Mercado Público; por fim o último setor seria composto todas as
atividades comerciais instaladas no imóvel.
Em seguida, foi montado o fluxo das mercadorias, produtos e materiais
para manutenção do empreendimento, tudo isso em conjunto com a necessidade de
se criar acessos de entrada e saída para os visitantes, compradores, funcionários de
modo a que a edificação tenha sinergia com a atividade proposta.
Os setores ficaram agrupados da seguinte maneira:
I. Administração, compreendendo a gerência, atendimento, depósito de
materiais, sendo o setor resposável pela manutenção geral do mercado
público, bem como das atividades atrativas convidada para realização de
pequenos cursos, apresentações culturais no espaço de alguns boxes
agrupados, no intuito de promover o conhecimento dos visitantes quanto
aos produtos comercializados.
II. Mix de Serviços Públicos, que seriam os boxes destinados à prestação de
serviços públicos a fim de descentralizar o atendimento da prefeitura e ao
mesmo sempre servindo como um atrativo para a circulação de pessoa
pelo mercado.
III. Gastronomia, que nada mais são do que lanchonetes, lancherias e
restaurantes com culinaria diversificada e especializada, sendo um dos
principais atrativos no local, dispondo ainda de uma praça de alimentação.
IV. Comercial, composto por todas as unidades de varejo instaladas, esse
setor seria subdividido em vários grupos com venda temática de produtos
especializados, desde carnes exóticas a frutas raras, temperos,
condimentos, embutidos, bebidas, tecidos, calçados, artesanatos, enfim,
toda uma gama de produtos de origem, preferencialmente, regional, ma
49
não ficando restrito a esse tema, apenas.
Ilustração 7 – Fluxograma de materiais e produtos
Fonte: o autor.
4.2 DEFINIÇÃO DO LAYOUT FINAL
Para elaboração do layout, foi verificado as dimensões dos boxes
existentes (lojas) do antigo terminal rodoviário, nesse caso, apurou-se que eles teriam
em média 2,85 x 4,85 m (13,82 m² de área) e 2,85 m de altura como pé-direito. Com
base nos tamanhos usuais de boxes encontrados em diversos mercados públicos do
país – foram encontrados valores entre 6,0 e 45 m², sendo o valor médio variando
entre 12,0 e 15,0 m²) – adotando-se as dimensões dos boxes existentes como padrão
para os demais, e o valor mínimo ficou estabelecido conforme o exigido pela
legislação, ou seja, 12,5 m² de área e 2,80 m como menor dimensão.
Quanto ao pé-direito, o valor mínimo exigido para os boxes é de 2,80 m, e
será adotado como valor mínimo 2,85 m para os demais boxes.
Para as áreas administrativas, foram reservadas os compartimentos
atualmente ocupadas pelo ecônomo e a câmara fria, por se tratarem de um conjunto
compatível como o de loja e sobre-loja, porém, os 2,20 m de altura estão 20,0 cm
abaixo do mínimo exigido, além do espaço relativamente apertado e isolado, optou-
se por destinar o espaço para fins de depósito de materiais diversos, limpeza,
escritório, entre outros que seriam utilizados pela administração do mercado. No piso
térreo, optou-se por reservar esse espaço para a adaptação de snaitários próprios
50
para pessoas portadora de necessidades especiais, já que o espaço era compatível,
isolado, e de qualquer forma, é exigido pela legislação que se tenha esse tipo de
ambiente para estabelecimentos comerciais desse porte.
Em diversos boxes, novos e existentes, será necessário realizar
adequações com relação ao revestimento das alvenarias, compostas por tijolos
cerâmicos maciços à vista, em especial, por conta das exigências sanitárias impostas
aos empreendimentos com uso e manipulação de alimentos, nesse caso, como o
tema do mercado seriam os produtos provenientes da agropecuária regional, faz-se
necessário a inclusão de um revestimento com acabamento liso nas faces internas
das paredes de alvenaria.
Para os espaços de circulação, elaborou-se uma ilha central de boxes,
circudado por menos 2,20 m de largura, sendo que em média os corredores definidos
acabaram por ter 3,40 m de largura, a fim de proporcinar um melhor aproveitamento
das áreas para os boxes e a garantir um espaço para interação dos visitantes, sem
ter um hall de entrada específico.
Quanto à segurança, propões que as portas individuais externas dos boxes
existentes sejam removidas, substituídas por fechamento da abertura com alvenaria,
em condições similares às existentes (revestimento liso interno, quando necessário e
tilojos maciços à vista na face externa).
Dessa maneira, realizou-se a delimitação dos espaços disponíveis no
antigo terminal rodoviário, de modo que no final do estudo, obteve-se a ordem de 31
boxes ao todo, sendo o padrão 14,28 m² de área (com poucas variaçãoes), e alguns
poucos com área diferenciada em função de limitaçoes de espaço físico disponível;
uma praça de alimentação com 108,51 m² de área; uma sala de administração
(gerência e atendimento) com 39,17 m², além de um depósito com 23,52 m² no
pavimento superior (ou intermediário) e uma despensa de 10,56 m².
4.2.1 Grupos de Atividades
4.2.1.1 Artesanato
Box 1 e 2, destinados ao comércio de produtos diversos, desde que a
origem não seja industrializada.
51
4.2.1.2 Carnes e peixes
Açougues com carnes frescas e congeladas, com iguarias provenientes da
agropecuária local e peixes, de diversos tipos, a fim de promover a fonte alimentar,
ainda pouco consumida na mesa do brasileiro. Box 16 ao 18, em função da nova
infraestrutura disponível.
4.2.1.3 Diversos
Produtos industrializados, prestação de serviços, a fim de trazer para o
mercado mais atrativos, tornando-o mais próximo de um shopping center. Box 25 ao
29 e 31.
4.2.1.4 Empório
Box 3, 4 e 12. Ficariam na ala frontal dos acessos principais do mercado, a
localização e disposição contemplam a ideia central de focar o comércio de produtos
oriundos da agropecuária regional, como laticínios, embutidos, bebidas (vinhos,
cachaças, etc.).
4.2.1.5 Exposição
Do Box 13 ao 15, seriam atividades promovidas pela administração local
do mercado, da prefeitura municipal, ou de um ou mais comerciantes locais, a fim de
promover o mercado, que para ter sucesso, depende da criação de uma identidade
com a população.
4.2.1.6 Gastronomia I
Reservados para o comércio de alimentos, preferencialmente de origem
colonial e regional, mas com foco na venda dos produtos já prontos e armazenados,
embalados para o consumo, ou transporte, sem a necessidade do preparo no local.
Box 19 ao 21.
52
4.2.1.7 Gastronomia II
Compreende o espaço conjugado de uma cozinha, e ainda dispões de uma
despensa exclusiva, para armazenagem dos produtos perecíveis. Sugere-se o
preparo de pratos complexos, típicos, dos mais variados sabores, além de parceria
com cursos e palestras culinárias em conjunto com o grupo exposição. Box 22.
4.2.1.8 Gastronomia III
Box 23, destinado ao preparo de sucos, batidas e bebida sem geral,
dispondo de infraestrutura com pia de cozinha.
4.2.1.9 Horti-fruti
Comércio de frutas e verduras, grãos, focado em produtos orgânicos, de
origem regional. Box 7 ao 10.
4.2.1.10 Serviços
Compreende das atividades prestadas pela prefeitura que estariam
disponíveis no local, fornecendo um atrativo para a vinda de pessoas e ao mesmo
tempo descentralizando os serviços no prédio central do município. Box 11, 24 e 30.
Estes dispostos de maneira esparsa, a fim de não concentrar a vinda de pessoas, mas
estimular a circulação dentro do mercado.
4.2.1.11 Temperos e condimentos
Comércio de especiarias voltadas à culinária, como pimentas e temperos
diversos, que normalmente não seriam encontrados em um supermercado ou então,
pelo menos, a preços mais acessíveis para a população em geral.
4.2.2 Layout dos boxes
Para os boxes 21 a 23, definiu-se que os mesmos teriam fechamento com
toldos sobre bancadas em granito, na altura de 1,20 m do piso, sendo que no box 23
53
haverá uma bancada com pia para o preparo de bebidas. Já no box 21 haverá uma
cozinha e ainda estará ligado a uma despensa, com prateleiras e/ou armários.
Com relação aos boxes do Mix de Serviços, estes terão um layout padrão
de sala de atendimento, com mesa e cadeira para funcionário(s), cadeiras para
acomodação dos cidadãos em espera, gabinetes com arquivos.
Para os demais boxes, foi criado um layout interno genérico, com algumas
alterações em função da geometria das peças, sendo estes, basicamente compostos
por bancadas, mostruários, prateleiras, armários e vitrines.
No caso da sala da gerência, foi adotado um layout simples, com mesas e
cadeiras para os funcionários, sem divisões internas, sem bancadas, a fim de
aproximar o contato da administração para a interação dos funcionários com os
lojistas e visitantes do mercado.
4.3 MATERIAIS E ACABAMENTOS
4.3.1 Telhado
Um dos objetivos estabelecidos foi o de elaborar uma cobertura com uso
de iluminação zenital e ventilação natural, o que em parte, foi possível, na realidade,
mantido. O fator que determinou pelo não uso do sistema foi a constatação da
existência de laje maciça no topo da estrutura (tendo em média 15 cm de espessura),
funcionando como suporte para o telhado composto por telhas estruturais de
fibrocimento – tipo “kalhetão 90” – com 8 mm de espessura.
Nos sanitários, será possível aprimorar o sistema de iluminação zenital,
substituindo a estrutura de policarbonato da claraboia existente por um telhado em
duas águas com vidro temperado ou laminado 8 mm, preferencialmente na cor âmbar
ou verde, suportado por estrutura em alumínio reforçada em aço, ou aço com
tratamento anticorrosivo.
Para o telhado, optou-se pela cobertura com telha metálica trapezoidal, do
tipo sanduiche, composta por material de isolamento térmico e acústico em
poliuretano ou poliestireno expandido (EPS) envoltos por duas chapas metálicas,
sustentadas por estrutura metálica (apoiada em estrutura de concreto armado
existente) compatível com a segurança do uso da edificação.
54
4.3.2 Pisos
O piso dos sanitários, bem como o dos boxes com cozinha, na despensa
de alimentos e na praça de alimentação, o revestimento de piso adotado será o
cerâmico, do tipo porcelanato, devido ao baixo teor de umidade – sendo portanto, mais
higiênico – na categoria PEI 5 (vem de Porcelain Enamel Institute – Instituto de
Esmalte Porcelânico – grau 5), para alto tráfego, característico para uso em
restaurantes e lugares com concentração de pessoas.
Com relação aos demais pisos, após o nivelamento e regularização, será
mantido o mesmo acabamento, no caso, placas de basalto regular lixado, que será
também adotado na área de expansão de piso (atual plataforma de embarque).
Nos locais onde houver mudança no acabamento do piso, será utilizado o
uso de soleiras em granito, a fim de se evitar a possibilidade de fissuras nas peças
cerâmicas.
4.3.3 Painéis e alvenaria
Para o fechamento da plataforma de embarque, adotou-se a opção pela
cortina de vidro temperado de 8,0 a 10,0 mm, em razão de preservar parte da
iluminação natural durante o dia, já que o lado está voltado para o sul, com menor
incidência solar durante o período da tarde, mesmo no verão. O vidro será na cor
verde ou âmbar a fim de diminuir o excesso de calor irradiado pelo Sol.
O fechamento das fachadas será preservado nas demais áreas do projeto,
com exceção de um pequeno trecho de alvenaria em tijolo maciço com 25,0 cm de
espessura.
Quanto à redistribuição dos panos de alvenaria, optou-se pela execução de
uma parede central de alvenaria de blocos cerâmicos ou de concreto na divisão central
do conjunto de novos boxes criados, os demais panos seriam divisórias formadas por
estrutura em perfis metálicos e acabamento em gesso acartonado, garantindo a
possibilidade de reordenação futura do layout criado.
Na face frontal dos boxes, optou-se pelo uso de vidraças em vidro
temperado com 8,0 ou 10,0 mm de espessura.
55
4.3.4 Aberturas
Inicialmente, optou-se pela remoção completa de todas as esquadrias
existentes que não vierem a sofrer alterações de layout, basicamente em função do
estado de conservação, das condições operacionais, da manutenção, além do fator
estético e tecnológico proporcionando um visual modernizado e compatível com o
novo uso da edificação.
As portas internas dos sanitários e da despensa serão em madeira, com
acabamento em esmalte sintético acetinado, na cor branca, tendo dimensões básicas
de projeto, com exceção daquelas ligadas às cabines sanitárias, que terão menores
dimensões.
Já as portas dos boxes e setores administrativos, será padronizado o uso
de vidro temperado, com 8,0 a 10,0 mm de espessura, tendo em torno de 1,1 m de
largura e alturas variadas (em função da altura das vigas frontais nos boxes de lojas
reaproveitados.
As janelas, serão todas compostas por esquadria em perfil de alumínio e
vidro temperado, com soleira de granito na base. Sendo na maioria janelas
basculantes ou máximo ar. O vidro temperado possui maior resistência ao choque do
que o vidro normal, 4,0 a 6,0 mm característico das esquadrias existentes no local,
sendo assim, todas as grades existentes serão removidas. Para fins de
complementação da segurança, recomenda-se o monitoramento com equipe
contratada de vigilância.
Nos acessos, as portas serão de abrir, para fora, em vidro temperado 10
mm, na mesma cor da vidraça das cortinas. Para as portas pivotantes, estas terão
ainda reforço estrutural em perfis de aço com acabamento em alumínio (proteção,
higiene e estética). Essas portas terão dimensão inicial de 2,50 m de altura por 2,20
m de largura, variando em função do tipo de acabamento, estrutura, ou fechamento.
4.3.5 Pavimentações externas
No entorno da edificação, decidiu-se pela uniformidade dos níveis e tipos
de pisos, pois atualmente, existem diversos tipos, com desníveis acentuados,
superfícies irregulares, trincas com acúmulo de sujeira, onde cresce vegetação.
O material padrão seria uma calçada composta por um lastro de concreto,
56
com acabamento alisado. Essa pavimentação seria no entorno da edificação, e na
ligações do equipamento urbano com os passeios públicos.
As rampas de acesso seriam compostas pelo mesmo tipo de estrutura e
acabamento das calçadas.
Para os passeios, sugere-se a revisão das placas, atualmente em bom
estado, como alteração, sugere-se a conformidade das rampas de acesso, atualmente
estando em inclinação insuficiente, devido ao pouco espaço existente entre a guia
(meio-fio) e um degrau de 6,0 cm na borda da calçada. A proposta escolhida foi a
eliminação desse desnível, rebaixando toda a porção de piso posterior das duas porta
de acesso principal existentes, executando duas rampas adicionais, tendo espaço
disponível para ambos os conjuntos, eliminando assim o inconveniente degrau.
Adicionalmente, seria executada a sinalização tátil com placas de borracha sintética
sobre os passeios, sendo esta direcional ao longo do desenvolvimento dos passeios,
ao centro, e de alerta na borda ao redor das rampas de acesso e no ponto de mudança
de direção.
Há ainda, a possibilidade de a prefeitura refazer a sinalização da rua com
faixas de pedestres, nesse caso, sugere-se a execução de rampas de acesso,
devidamente sinalizadas, nesses pontos.
Para a escada externa, a ser recolocada, optou-se pela escolha da
estrutura metálica, por ser leve, o material seria composto por tubos, perfis e chapa
de aço, com propriedades anticorrosivas, nesse caso, aço inoxidável escovado ou
polido para o guarda corpo e aço galvanizado ou com tratamento anticorrosivo
(pintura) nos espelhos e na estrutura. Além disso, na face superior dos degraus e no
patamar da escada, haveria revestimento emborrachado antiderrapante, sendo este
colado ou através de pintura apropriada.
Com relação ao pátio do estacionamento e acessos de veículos, a escolha
do material se deu pelo uso de blocos intertravados de concreto, por ser semelhante
ao existente, com aproveitamento da base existente, com exceção de alguns poucos
pontos onde será necessário executar a regularização de afundamentos existentes na
base do pavimento.
4.3.6 Instalações prediais
Para estas, há a necessidade de se criar projetos complementares
57
específicos, cabendo como sugestão o uso de elementos (tubulações, caixas ou
calhas) de sobreposição ou suspenção em estrutura de alvenaria e/ou concreto, a fim
de se preservar a versatilidade dos ambientes para as atividades comerciais.
4.4 APRESENTAÇÃO FINAL
4.4.1 Vistas tridimensionais
Foram criadas vistas em perspectiva dos interiores, renderizadas a partir
do modelo construído no software Autodesk Revit 2016, pelo motor de renderização
gráfica Ray Tracer, já para as vistas exteriores (disponíveis na prancha ARQ-8 do
projeto arquitetônico, disponível no Apêndice C) foi utilizado o motor de renderização
gráfica Nvidia Mental Ray. A seguir algumas vistas criadas:
Ilustração 8 – Vista do Box 31 e da cozinha no Box 22
Fonte: o autor.
Ao final do projeto as imagens renderizadas, mesmo em baixa qualidade e
tamanho reduzido estavam levando horas para serem geradas, provavelmente devido
à limitação computacional do equipamento disponível em função do grande volume
de mobiliário criado. Mesmo assim as imagens foram criadas a partir de um versão
anterior do modelo, sem a adição dos mobiliários em todos os ambientes.
Ilustração 9 – Vista do depósito e da praça de alimentação
Fonte: o autor.
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A seguir, vistas do interior dos sanitários feminino para o fraldário e vista
do interior do sanitário masculino em direção à claraboia:
Ilustração 10 – Vista dos sanitários feminino e masculino
Fonte: o autor.
Todas as imagens receberam tratamento final dentro do software Adobe
Photoshop CS6, a fim de correção de tons, cores e redimensionamento. No caso das
imagens de vista exteriores, em alguma foi utilizado a ferramenta para gerar o fundo
com nuvens.
4.5 MEMORIAL DESCRITIVO
Contempla uma descrição simples e objetiva de todos os principais serviços
a serem executados na obra de reforma e que também estão listados na planilha de
custos. Ainda, expõe a necessidade dos projetos complementares, até mesmo para
fins de orçamentação e composição final do projeto, que por sua vez, poderia ser
enriquecido por projetos individuais (croquis) de cada atividade, exigidos num eventual
processo licitatório, possibilitando um projeto de adequação racional para a reforma
de adequação do empreendimento proposto.
O Memorial Descritivo, básico, encontra-se disponível no Apêndice D.
4.6 CUSTOS ESTIMADOS PARA A ADEQUAÇÃO
O custo estimado para a reforma de adequação ficou em cerca de R$
1.207.938,58 e a planilha completa com a relação de serviços encontra-se disponível
no Apêndice E.
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CONCLUSÃO
Foi constatado ainda na etapa de estudo de viabilidade (Estágio
Supervisionado II) que não se tem diretrizes, normas técnicas ou legislação aplicada
diretamente ao funcionamento de mercados públicos, houve até dificuldades para se
definir um plano de necessidades, até em razão da indefinição das atividades, o
projeto teve de ser baseado em possibilidades e interpretações de legislação
pertinentes a diversas atividades. Muitas decisões tiveram de ser arbitradas em
função dessa indefinição, mas por outro lado, houve maior liberdade de criação no
projeto.
Durante as vistorias realizadas no imóvel, comprovou-se o descaso da
administração pública frente às condições de uso e conservação do imóvel, em parte,
houve pequena evolução até o término do projeto, pois na última vistoria, verificou-se
que uma pequena parte do imóvel passou a ser ocupado como garagem da prefeitura,
com motoristas de plantão, em especial para o programa Transporte Fora do Domicílio
(TFD). Ainda assim, um quadro de aproveitamento pífio no imóvel como um todo.
Quanto às condições do imóvel, a maior parte do pátio abriga automóveis
inoperantes, viaturas sucateadas, de órgãos estaduais e municipais, alguns micro
ônibus da rede escolar e veículos da secretaria de saúde. No interior da edificação, a
grande maioria está abrigando mobiliários escolares e entulhos proveniente da
ocupação pelo antigo terminal rodoviário e suas dependências.
Ao término, foram incluídos 31 boxes, com dimensões predominantemente
de 4,85 x 2,85 m (14,30 m²), com algumas variações, incluindo três boxes para
serviços públicos e mais três sugeridos para uso em apresentações, palestras e
exposições, permitindo condições favoráveis para uma melhor ocupação da
edificação, beneficiando a comunidade.
Com um custo estimado na ordem de R$ 1.200.000,00, num primeiro
momento o custo pode ser financeiramente inviável para o Município, mas pelo tipo
de atividade (comercial), cabe perfeitamente a possibilidade de Parceria Público
Privadas ou até mesmo sistema de concessão pública para o financiamento do
empreendimento.
60
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A – CONSULTA PRÉVIA DE VIABILIDADE
64
APÊNDICE B – PROJETO GEOMÉTRICO
65
APÊNDICE C – PROJETO ARQUITETÔNICO
66
APÊNDICE D – MEMORIAL DESCRITIVO
67
APÊNDICE E – PLANILHA DE CUSTOS
68
ANEXO A – DOCUMENTAÇÃO